caderno ESPECIAL
A MELHOR INCUBADORA DO MUNDO INSTITUTO PEDRO NUNES
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JORGE BOTELHO ALGARVE TAMBÉM É ZONA INDUSTRIAL Pág. 7
Incubadoras, Ninhos e Parques
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QUE MIL EMPRESAS FLORESÇAM
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ESPECIAL MUNICÍPIOS
EDITORIAL
INSTITUTO PEDRO NUNES
O pulsar dos municípios
INCUBADORA DE EMPRESAS
rriscam por vezes ademanes e ousadias arquitectónicas para não serem acusados de deixar uma marca fria na paisagem. Mas muitos dos que por lá passaram ou ainda trabalham e lutam para fazer prosperar a sua empresa, vida e sonhos agradecem-lhes a existência. São as Incubadoras, os Ninhos e Parques Empresariais e Tecnológicos, catalisadores de crescimento económico, por onde corre a dinâmica de desenvolvimento de alguns municípios e regiões. Para atrair investimento, nacional ou estrangeiro, e fixar mão-de-obra local, de Norte a Sul do País houve e há Câmaras Municipais – por vezes em parceria com centros do saber e associações empresariais – que alavancadas por fundos públicos nacionais e comunitários estiveram e estão a investir nessas infra-estruturas. Que também suportam feiras e exposições destinadas a dinamizar o comércio local e a levar mais longe o nome e a capacidade produtiva dos seus Concelhos. Algumas tiveram ou prometem o sucesso. Que se traduz na criação de ‘clusters’ na fileira das pescas e agro-alimentar, em indústrias como a do têxtil e vestuário, das madeiras, do automóvel ou das novas tecnologias e telecomunicações, ou até mesmo em sectores como os transportes e logística ou o turismo. E isto porque, desde logo, garantem às empresas que aí se ins-
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talam terrenos e instalações a custo reduzido, infra-estruturas com alguma qualidade, alívios de natureza burocrática e fiscal e, nalguns casos até, facilidades de acesso ao crédito e a fontes alternativas de financiamento. Numa segunda fase assumem-se como elos de uma cadeia de relações materiais e imateriais e canais de distribuição que geram redes de partilha de informação, de transferência de tecnologia e conhecimento. Estes ‘germinadores’ económicos dão às empresas e aos negócios o clima de confiança de que precisam, o solo fértil para, crescerem, internacionalizarem-se e incubarem novas empresas e ‘spin-offs’. Por outro lado a redução de custos que propiciam permite capitalizar e alavancar alianças estratégicas e a conquista ou consolidação de posições nos mercados externos. Numa época de urgência de desenvolvimento, dinâmica empresarial, inovação e empreendedorismo, o SOL quis dar a conhecer algumas das experiências de municípios portugueses que abrem as portas e recebem de braços abertos os investidores nacionais e estrangeiros. Do Alentejo e Algarve à Beira Litoral, a viagem começa aqui ao lado, no Instituto Pedro Nunes. Em 2010 atribuíram-lhe o título de melhor incubadora empresarial do Mundo. António Salaviza Manso
FICHA TÉCNICA: Caderno especial SOL Coordenação Editorial: António Salaviza Manso Textos: Marinela Malveiro e Mário Lino Publicidade: Cristina Caratão, Emanuel Gonçalves, Luís Sousa e Castro e Sandra Esteves; Cristina Silva Design gráfico: Hugo Monteiro Infografia:Helder Brites Fotografia: Serginy Costa Tratamento de imagem: Júlio Rodrigues e Luís Torres Produção: Mário Silva
DEPOIS DE OITO ANOS COMO VICE-REITORA DA UC, TERESA MENDES É HÁ 14, O ROSTO DO IPN-INCUBADORA. AO ATINGIR AMAIORIDADE O CURRÍCULO É INVEJÁVEL: MAIS DE 200 EMPRESAS CRIADAS, 1.800 NOVOS POSTOS DE TRABALHO DIRECTOS E 75 MILHÕES DE EUROS DE FACTURAÇÃO.
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uebalançofazdos18anosde vida do IPN-Incubadora?
O início foi difícil pelo relato que tenho de quem cá estava. Este era um conceito novo e na altura o sonho dos futuros licenciados era arranjar um emprego na Função Pública ou numa grande empresa e terem uma carreira mais acomodada. Este bichinho do empreendedorismo na sociedade portuguesa é muito recente. Esta atitude empreendedora teve que ser trabalhada para provocar a mudança.
Sente que o Poder Local reconhece o vosso trabalho na construção do tecido empresarial?
Teresa Mendes, Presidente do Instituto Pedro Nunes
O que foi feito para mudar essa postura?
O Instituto sempre funcionou muito próximo da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra e tudo começou com os investigadores das Engenharias a apoiaram, com o seu ‘know-how’, os alunos que tinham uma ideia de negócio. Depois foi tudo uma questão de mostrar que era possível estimular essa atitude, através de Concursos de Ideias, com prémios pecuniários que lhes permitiam começar a empresa. Com a Critical Software foi tudo mais fácil. A empresa foi logo muito bem sucedida, teve muita visibilidade não só nacional como internacional e cresceu muito rapidamente. A partir daí houve o efeito contágio e aquilo que parecia uma coisa abstracta: criar uma empresa… ficou mais claro e daí… temos tido a Incubadora sempre cheia.
Quais os principais desafios de quem está à frente de uma Incubadora de Base Tecnológica?
Conseguir perceber os investigadores, saber detectar e valorizar o potencial do que fazem e, por outro lado, perceber o que as empresas precisam e de que maneira se consegue ligar os dois mundos de forma vantajosa para ambos. Que apoios tiveram ou têm para as actividades do IPN-Incubadora?
Somos autosustentáveis. Temos tido investimento público em relação à parte física do edifício, através de candidaturas. Candidatamo-nos a nível competitivo a um conjunto de projectos tanto nacionais como europeus e aí temos apoios para essas actividades.
Sim. A Câmara é associada do IPN e trabalhamos em conjunto. Quer saber o que se passa, como é que as empresas estão, como é que elas se entrosam com a cidade. Somos parceiros em projectos concretos. Por exemplo, a pedido da autarquia, vamos receber um conjunto de pessoas da UCCLA (União das Cidades Capitais Luso-Afro-Américo-Asiáticas), no âmbito da Assembleia Geral que este ano decorre em Coimbra. Quando organizamos eventos também pedimos o apoio da autarquia. Numa cidade com a dimensão de Coimbra é muitíssimo importante manter esta ligação. Desenvolvem sinergias com outros Institutos ou Centros Tecnológicos no País e lá fora?
Temos tido a preocupação de estar sempre inseridos em redes. Em Portugal temos projectos conjuntos, como o GAPI 3.0, a terceira edição de um projecto que junta os gabinetes de transferência de tecnologia de muitas universidades portuguesas e que têm, por exemplo, um plano de tentar criar novas empresas… Pertencemos a uma rede regional aqui no Centro que junta todas as incubadoras. Quanto a projectos internacionais, estamos envolvidos no ACE – Acceleracion Programme – projecto em que um conjunto de países tenta ajudar a internacionalização de dez em-
ESPECIAL MUNICÍPIOS 03
MANUEL MACHADO
O PLENO DO CICLO DAS EMPRESAS HÁ CENTENAS DE IDEIAS DE NEGÓCIO QUE FERVILHAM EM COIMBRA. NA CIDADE UNIVERSITÁRIA, NO CENTRO DO PAÍS, ESTÁ CRIADA TODA UMA REDE PARA TRANSFORMÁ-LAS EM HISTÓRIAS DE SUCESSO. O Edifício do IPN-Incubadora, em Coimbra
presas de cada um deles. Temos colaborado também com a Austin Technology Incubator (EUA) e fazemos parte da Rede Ibero-Americana de Universidade de Pesquisa que integra Portugal, Espanha e América Latina. Liderámos ainda na Europa um programa de Erasmus para Jovens Empreendedores. Que benefícios para as empresas capitaliza essa rede de ‘networking’?
Facilita muito o contacto das nossas empresas com mercados estrangeiros e nós aqui tentarmos arranjar um parceiro português para alguém quem queira vir para o mercado português ou europeu. Qual a taxa de sobrevivência das empresas geradas na Incubadora do IPN? Até 2012 era de 80%. Agora baixámos para 75% mas temos que ter atenção à forma como fazemos a leitura dos números porque a crise teve outra consequência além do encerramento de empresas. Houve uma reorganização do tecido empresarial, fusões, empresas que encerraram o formato que tinham e renasceram com os mesmos promotores mas com novos sócios para chegar aos mercados externos. Esta quebra pode, portanto, não ser necessariamente negativa. Obviamente, a crise sente-se. Mas continuamos a ter um número enorme de ideias que apresentam as suas pré-candidaturas, continuamos a ter uma taxa altís-
sima de criação de empresas e cada vez mais, provavelmente, por causa da crise! Que empresas criadas no IPN-Incubadora destacaria?
A Critical Software é a nossa mais velha, foi a nossa primeira empresa, com algum volume. A Crioestaminal que já se mudou para os laboratórios em Canta-
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O exemplo vem do centro do País. Coimbra dá cartas na arte de criar empresas inovadoras e gerar emprego. O berço está montado numa incubadora empresarial distinguida como a melhor do Mundo em 2010
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nhede, mas esteve aqui a incubar depois de ganhar um dos nossos Concursos de Ideias de Negócio. A Wit-Software e mais recentemente, a Lazer Lip que veio de uma investigação feita no departamento de Química da Universidade de Coimbra para patentear uma tecnologia que permite a absorção de fármacos através da pele sem recurso a seringas. E ainda a FEEDZAI que trabalha com grandes quantidades de dados e que vai passar para a nossa Aceleradora recentemente aberta. Abriram recentemente uma Aceleradora de Empresas. Qual o seu papel no empreendedorismo?
O Instituto participa cada vez mais em projectos europeus de investigação aplicada e percebemos que as empresas, mesmo depois de terem saído da Incubadora ainda lhes falta maturidade. Daí veio a ideia de criar uma nova infraestrutura para as empresas que precisam de apoio para um crescimento mais rápido. A nível da intensidade tecnológica, do apoio à criação de novos produtos, através do ‘know-how’ dos nossos Laboratórios, da Universidade ou de instituições de investigação. E também na fase da internacionalização, através da nossa rede de contactos. Tudo isto nos levou a este conceito: Aceleradora de Empresas, que é um apoio numa fase mais madura dos projectos. Uma Incubadora numa 2ª fase.
Presidente da Câmara oferece-nos de Coimbra um ângulo de visão de 360 graus: “a cidade é, provavelmente, a única do País a possuir o ciclo completo de acolhimento empresarial. Desde uma variada oferta de espaços de incubação e ‘coworking’, aceleradoras de empresas, parques de ciência e tecnologia e áreas de acolhimento empresarial”. O autarca assegura que o investimento do município não tem parado nesta área, para criar condições para o desenvolvimento económico. E dá o exemplo do Coimbra Inovação Parque, com uma área de 100 hectares, como a ‘jóia da coroa’ mais recente do Concelho, um espaço que, apesar de novo, apresenta já uma taxa de ocupação de 50 por cento. O IPN-Incubadora é também, para Manuel Machado, outra das referências incontornáveis: “O IPN, de que a Câmara de Coimbra é accionista, é uma pedra basilar de toda a estrutura empresarial de Coimbra e um parceiro estratégico da Cidade, com uma visão à frente do seu tempo”. Na radiografia empresarial do município, a visão integrada é algo que Machado destaca como diferenciador, a somar à elevada disponibilidade de recursos humanos qualificados e à lógica de incorporação do tecido empresarial num sistema de fileira. O autarca cita com orgulho os cerca de 10 milhões de euros in-
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vestidos nas ‘start-ups’ em Coimbra, só através de sociedades de capital de risco e recorda os empregos criados no concelho como fruto da estratégia de investimento em unidades de acolhimento empresarial. Como criá-las não basta, destaca o investimento na criação da Plataforma Estratégica Empresarial de Coimbra, organismo que, no Concelho, terá a missão de promover, de forma também integrada, as várias unidades do mesmo tipo. Num raio mais alargado, surgirá depois uma nova rede – a INOV-C – que terá como missão delinear uma estratégia comum e coordenar os vários sectores empresariais. “Coimbra é um parceiro nuclear desta estratégia. Entendemos que há matérias que devem ser trabalhadas em parceria. No entanto, há outras que, pelas suas especificidades, terão de ser trabalhadas isoladamente”, reconhece.
Manuel Machado, Presidente da Câmara de Coimbra
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ESPECIAL MUNICÍPIOS
OPINIÃO
NÃO HÁ MILAGRES A
problemática do desenvolvimento nos espaços afastados das áreas metropolitanas é um dos calcanhares de Aquiles da questão territorial portuguesa. As respostas concebidas, ao longo dos últimos anos, para gerarem desenvolvimento nos municípios das designadas áreas periféricas ou de baixa densidade, não têm conseguido inverter as tendências pesadas que aí se manifestam. A adoção de políticas de desenvolvimento regional, na alvorada da democracia, tentou amenizar o dualismo existente, induzindo ações que deveriam ter disseminado níveis de desenvol-
vimento equilibrado para o conjunto do território. A intervenção expressiva de fundos estruturais europeus, a partir de meados dos anos 80, introduziu uma outra dinâmica nas áreas periféricas. Uma política de investimento regional, com forte reflexo nas áreas de baixa densidade, foi adotada. A disponibilidade de abundantes recursos gerou uma enorme pressão junto das diversas administrações locais e o ciclo das infraestruturas rolou, adquirindo uma velocidade razoável, até mesmo inesperável. Sucederam-se a instalação de equipamentos culturais, sociais e desportivos, destinados a melhorar a vida quotidiana das fa-
JOÃO GUERREIRO PROFESSOR DA UNIVERSIDADE DO ALGARVE ASSESSOR CIENTÍFICO DO CRIA (DIVISÃO DE EMPREENDEDORISMO E TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA / UALG) E ANTIGO REITOR DA UNIVERSIDADE DO ALGARVE
mílias e das pessoas, num padrão que correspondia às legítimas exigências do desenvolvimento. O país ficou dotado de infraestruturas que fariam a inveja de muitos dos nossos parceiros europeus. Mas a vida nessas regiões de baixa densidade, baseada na fixação de pessoas, depende das atividades que aí possam ter lugar e da criação de emprego e de riqueza que delas resultam. E, nos últimos vinte anos, a inibição de atividades económicas dispersas, aí localizadas, conduziu a resultados desastrosos e foi reforçando o padrão desequilibrado de distribuição da população. Essas regiões, mais fragilizadas, foram as primeiras a sentir de novo o ciclo de emigração, de abandono e da marginalização. O modelo de desenvolvimento que prevaleceu após a adesão à União Europeia prestou uma enorme atenção aos equipamentos e às infraestruturas locais e desprezou a questão da fixação das atividades económicas. E este aspeto seria essencial para garantir a criação de riqueza local e a afirmação das comunidades. Sem economia dificilmente se conseguirá dar vida coletiva às comunidades rurais ou aos espaços de baixa densidade. A equação para a qual se procura solução não é fácil e obriga a integrar diversas variáveis que, reconhecidamente, têm um comportamento divergente. A crescente qualificação das atividades, exigindo a incorporação de elevados níveis de conhecimento, obriga a que o mundo empresarial se desenvolva com solidez nos locais onde possa beneficiar de acesso ao emprego, de recursos humanos qualificados, da cooperação com instituições de I&D, da proximidade com outras atividades cujos produtos ou serviços sejam necessários para integrarem os respetivos processos produtivos. A densidade de relações impõe-se como fundamental para detetar os melhores parceiros, para testar os serviços mais eficientes, para estabelecer laços de maior confiança.
Neste quadro, a atração de investimento e a fixação de atividades necessita de um quadro de condições que nem sempre será fácil oferecer. A articulação institucional é uma das variáveis que condicionam a referida equação. A pulverização das autarquias locais, sobretudo dos municípios, e a ausência de integração funcional em torno das que registam maior afinidade, continua a ser um fator negativo para a dinamização económica de âmbito local. O desafio que se coloca aponta no sentido do estabelecimento de parcerias que reduzam a dispersão e que permitam
A disponibilidade de recursos humanos e de conhecimento não pode ser substituída por infraestruturas físicas partilhar atribuições, num quadro de cooperação estratégica. A disponibilidade de recursos humanos e de conhecimento preenche outro bloco de variáveis que não pode ser substituído por infraestruturas físicas ou por colaborações esporádicas de fazedores de milagres. A fixação de cidadãos qualificados e o acesso a centros de conhecimento são aspetos fundamentais que a agregação de vontades, de estratégias e de territórios permite superar. Finalmente, e perante a escala reconhecidamente pequena, o funcionamento em rede com outos realidades e territórios permite ganhar dimensão e assegurar um patamar mínimo de diversidade, chave para um desenvolvimento sustentado. Este outro desafio que as comunidades locais terão de assumir para dinamizarem o seu tecido social, económico e cultural.
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ESPECIAL MUNICÍPIOS
ECO PARQUE EMPRESARIAL DE ESTARREJA
VÊM AÍ 300 MILHÕES E MIL NOVOS POSTOS DE TRABALHO
nauguradoem2009pelaCâmara Municipal de Estarreja, o Eco Parque acolhe já cerca de seis centenas de trabalhadores de perto duas dezenas de empresas, na sua maioria de vocação marcadamente exportadora. “Para nós o Parque Empresarial será o principal motor do desenvolvimento económico do Concelho. Temos mantido variadíssimos contactos com empresas que nos dão claros sinais do interesse em se instalar cá, podendo criar, no curto-médio prazo, mais 400 postos de trabalho”, assegura-nos o presidente da Câmara, Diamantino Sabina. Nestemomento,comumataxade ocupação que ronda os 35 por cento o Eco Parque, prepara-se para receber em breve num espaço de 45 hectares um investimento, considerado Projecto de Interesse Nacional, superior a 300 milhões de euros que vaigeraracriaçãodemilnovospostos de trabalho. O contrato-promessajáfoifirmadocomaCINCA,uma empresa do universo Ceramiche Ricchetti, poderoso Grupo Italiano do sector dos pavimentos e revestimentos cerâmicos que, possuindo diversas unidades de produção na Europa, actua numa dimensão mundial. Em negociação está a um investimento espanhol de igual monta. Diamantino Sabina realça aquilo que tem atraído quem veio e quem quer vir para o Parque. “Bem articulado, diria num casamento perfeito, com a indústria química instalada aqui que traz riqueza a Estarreja e fez com que o Concelho fosse recentemente considerado um dos maiores exportadores nacionais, o Eco Parque está dotado de uma boa área social e de negócios – um investi-
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mento de dois milhões de euros cristalizado num edifício belíssimo – e de infra-estruturas de qualidade, bem dimensionado, com uma disposição muito interessante dos diversos lotes e uma plataforma intermodal ligada a excelentes acessibilidades que vão beneficiar muito da nova linha ferroviária Aveiro-Salamanca”.
Acessibilidades Toda a plataforma empresarial é provida de vias internas de circulação rodoviária, com possibilidade de ligação directa à rede nacional de autoestradas A1 e A29, ficando próximo o acesso à A25 (ligação para Espanha e Europa), além da EN109. O Eco Parque de Estarreja oferece várias infraestruturas e equipamentos de apoio ao funcionamento das empresas. Está servido por redes de abastecimento público de água potável, de água para uso industrial, rede de combate a incêndios, rede separativa de recolha de águas pluviais, rede de gás natural, ligações à rede eléctrica nacional e ainda uma rede de telecomunicações. Existe ainda uma rede de colecta de águas residuais, com liga-
ASSINATURA FOTO
NUMA LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA, UMA PORTA DA EUROPA À BEIRA DO ATLÂNTICO, OFERECE EXCELENTES CONDIÇÕES PARA QUALQUER EMPRESA SE AFIRMAR NOS MERCADOS GLOBAIS. É O ECO PARQUE EMPRESARIAL DE ESTARREJA, 290 HECTARES DE INFRA-ESTRUTURAS DE EXCELÊNCIA.
Diamantino Sabina, Presidente da Câmara Municipal de Estarreja
ção ao Sistema Multimunicipal de Saneamento da Ria de Aveiro. Optimista, o autarca refere: “agora com alguns sinais de retoma da economia há lotes, de novo, a ser vendidos”. Aotomarposse,oactualpresidente da autarquia baixou o preço médio de venda dos terrenos, que considerou ser alto no Regulamento, que ainda não foi alterado. Não há um preço único por metro quadrado: varia em função de diversos critérios como a tipologia da empresa, dimensão do investimento, número de postos de trabalho. O preço-base estipulado há alguns anos, em condições de mercado completamente diferentes, estava fixado nos 39 euros por metro quadrado. Hoje negocia-se numa banda que oscila entre os dez e os 28-29 euros. A instalação e exercício de atividades empresariais pode ser feita
Vista Aérea do Eco Parque Empresarial
emlotesdediversasdimensões,sendo que essa flexibilidade é mais um factor de atractividade, a juntar a uma cultura empresarial e à capacidade da mão-de-obra concelhia e regional, resultantes de décadas de convivência com várias projectos empresariais.
Problemas e Ameaças Mas nem tudo corre sobre rodas: a desejada expansão futura do Parque Empresarial esbarra com as características da propriedade dominante na região: o minifúndio. Um problema que é agravado pela falta de actualização do cadastro predial. Mas, não é esse problema nem sequer as questões ambientais que mais preocupam quem preside aos destinos de um município situado no coração de uma região que esteve sujeita a uma poluição indus-
trial intensa desde o início dos anos 50 do século passado e continua a albergar o segundo maior núcleo de indústrias químicas do país, o Complexo Químico de Estarreja. Referindo que nos últimos anos tem sido notório o esforço conjunto do sector empresarial e das entidades locais no sentido de garantir um desenvolvimento sustentável, uma razão de peso para a criação do Eco Parque Empresarial, o autarca de um concelho altamente industrializado aponta os elevados custos energéticos como a mais grave ameaça para o futuro do tecido empresarial e o maior entrave ao investimento estrangeiro: “Não é um problema exclusivamente nacional, é um problema europeu. Começa a assustar quem quer trabalhar e produzir. Temos custos energéticos muito acima do que se pratica a nível mundial e para que a nossa indústria química possa continuar a ser competitiva no mercado global face a economias emergentes como a Índia, a China e os próprios Estados Unidos, que começam a dar cartas na exploração de fontes energéticas alternativas e bem mais baratas que as nossas, estão a tornar-se incomportáveis os custos do gás natural. Isto é procupante e a nossa Comunidade Europeia tem de começar a olhar para este problema com outros olhos”, alerta Diamantino Sabina.
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ESPECIAL MUNICÍPIOS
JORGE BOTELHO, PRESIDENTE DA AMAL
‘FAZ FALTA CENTRALIZAR A GESTÃO DOS PARQUES EMPRESARIAIS’ EM ENTREVISTA AO SOL, O PRESIDENTE DA AMAL, COMUNIDADE INTERMUNICIPAL DO ALGARVE, RECLAMA UM OLHAR PARA A REGIÃO NÃO SÓ COMO DESTINO TURÍSTICO MAS TAMBÉM COMO ZONA INDUSTRIAL. ue radiografia faz do Algarve no que diz respeito a Parques Empresariais?
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Actualmente, o Algarve tem um conjunto de Parques, alguns Empresariais ligados à logística, outros em programa para a área tecnológica, como o Parque das Gambelas. Temos os Parques de Tavira que também são novos e estão por ocupar e um conjunto de outros que já estão ocupados. Acredito que ainda haverá lugar para a criação de mais um ou dois Parques específicos, devidamente fundamentados mas sempre alicerçados na necessidade da capacitação empresarial. O que efectivamente faz falta é uma articulação entre estas entidades. Talvez fosse uma ideia a trabalhar e a explorar no futuro.
A ideia de uma coordenação regional destas entidades poderia passar pela Associação de Municípios do Algarve?
É uma ideia. Neste momento a gestão é unicamente municipal porque foram as Câmaras que constituíram, criaram e pagaram os parques e as áreas de acolhimento empresarial existentes. O que eu falo não é da titularidade, obviamente. O que eu falo é de uma gestão de visão conjunta numa unidade de captação de investimento para que de uma forma mais fácil pudéssemos distribuir o investimento pelos parques existentes. Esta visão conjunta do acolhimento empresarial do Algarve visto como região, mas obviamente municipalizada, poderia ser uma via para nós, porque a agregação dos 16 municípios na AMAL poderá dar essa visão conjunta e esse apoio aos empresários que queiram investir.
Conhece algum exemplo a nível nacional de uma situação idêntica?
Conhecemos alguns parques que funcionam bem, os de Oeiras, e um par de Parques no Norte do país que funcionam bem. O que me parece interessante é arranjar uma solução inovadora para esta entidade de gestão, partindo do pressuposto de que a unidade já existe. A AMAL não pretende substituir-se aos municípios. O que nós temos que fazer é defender sempre os municípios e respeitar a sua própria competitividade. Claro que diferem ao nível da localização, da competitividade fiscal e isso é fundamental nessa diferenciação. E também entre os que têm e não têm parques de acolhimento empresarial, porque há municípios que poderão beneficiar desta economia de escala, que se criará em zonas limítrofes da localização dos parques empresariais que às vezes estão noutro concelho. Da sua experiência, qual o contributo real destas infraestruturas para o desenvolvimento local ou concelhio?
É importante. Nós estamos numa fase difícil. Mas na fase de acolhimento das estruturas do ponto de vista empresarial, muitas empresas localizaram-se e despontaram novos negócios. Concretamente em relação ao conjunto dos valores agregados sobre os Parques Empresariais a AMAL não tem números. A captação de investimento assenta também na promoção. Poderia ser integrada com a parte turística, com a Entidade Regional de Turismo do Algarve (ERTA)?
No limite, tudo poderia ser integrado numa entidade única, trabalhamos todos para o mesmo. Mas eu penso que há que respeitar o que é turismo e o que são empresários da área turística. Se falarmos nestes últimos, querem uma promoção diferente do que as características de promoção empresarial. O que eu considero é que o modelo, que pode ser um modelo de gestão municipal ou intermunicipal destes parques, obviamente com o acordo de todos os presidentes de Câmara, poderia ter alguma vantagem e potencialidades na promoção dos par-
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O que eu falo é de uma gestão de visão conjunta numa unidade de captação de investimento para que de uma forma mais fácil pudéssemos distribuir o investimento pelos parques existentes
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ques do Algarve como área de acolhimento empresarial, nomeadamente na feitura de projectos articulados e conjuntos para a promoção do Algarve empresarial, logístico e industrial. E essa é que é a questão. Penso que era benéfico haver uma linha de actuação para a promoção do Algarve a nível industrial – o Algarve empresarial de apoio – uma linha que, com a agregação, pudesse ter uma campanha própria, na internacionalização da região para este apoio logístico.
Jorge Botelho, Presidente da Câmara Municipal de Tavira e da Comunidade Intermunicipal do Algarve
O que falta aos Parques para captarem mais investimento?
esta região. Obviamente que o primeiro factor é o turístico mas há uma outra realidade que é o apoio, a logística, e a industria – que não quer dizer que seja pesada ou poluente. Estamos a falar de podermos criar mecanismos para produzir manufacturados que eventualmente sejam para consumo interno ou para exportação. É outra realidade. O Algarve ainda é demasiado associado ao sector terciário, ao sector turístico. E isso às vezes faz com que os empresários – tanto os nacionais como os estrangeiros – não vejam o Algarve como factor de investimento para os Parques Empresariais. Ora eles existem, eles estão cá, podem ser geridos e acima de tudo podem criar óptimas perspectivas de negócios para a região. Mais: a localização de empresas em muitos concelhos também tem um conjunto de isenções de taxas e da própria derrama (imposto municipal) para a localização de empresas. Existem muitos concelhos que não têm derrama. E isso é um factor valorizador para que os empresários a nível nacional e internacional vejam o Algarve e o seu potencial de Parques Industriais capazes de gerar emprego e criar postos de trabalho.
Eu diria que falta a visão de que o Algarve também é uma zona empresarial, não só uma zona de turismo. Nós temos que modelar
Falou na eventual necessidade de criar ainda alguns espaços novos. Que sectores considera prioritários?
O Parque das Cidades seria um ‘case-study’, um agregador de vários serviços e sectores, no fundo algo que poderia funcionar como estrutura regional. Como está esse projecto?
O Parque das Cidades tem muito a ver com os concelhos de Faro e Loulé, que têm um plano que não está concluído. Foi feito o Estádio Algarve, depois o Laboratório Regional de Saúde Pública e há ali um potencial que pode e deve ser explorado futuramente. Eu não tenho ideia dos planos, estão ao nível dessas duas autarquias, com o apoio da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional. Se as Câmaras assim o entenderem e houver dinâmica para isso, penso que todo o Algarve merece ter naquela zona central um Pólo Empresarial forte, de apoio logístico, ou outro, que seja de acolhimento empresarial e que complete aquela oferta.
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Não tenho uma ideia concreta, mas obviamente onde há uma universidade pode haver um Pólo Tecnológico. Temos a zona do interior onde pode ser criada uma nova necessidade em fun-
ção de produtos específicos que aí são produzidos. Cada caso é um caso, teríamos que ver. Sectores tradicionais foram sujeitos a algum abandono. Hoje, as-
siste-se a alguma recuperação?
Existe algum recrudescimento de certos sectores, nomeadamente alguns tradicionais, com a valorização do que é nosso, como a questão da Dieta Medi-
Os erros do passado Quantas vezes não dizemos: “Se soubesse o que sei hoje…”? É esse o exemplo que Jorge Botelho, presidente da Câmara Municipal de Tavira e da Comunidade Intermuncipal do Algarve, escolhe para retratar algum ‘super-crescimento’ de infraestruturas na região algarvia. Olhemos para o Estádio Algarve: “Obviamente que toda a gente pensa que se fosse hoje, não se fazia o Estádio. Mas isso é evidente, o problema é que o processo de decisão não foi hoje, foi há vários anos. E falar depois é muito fácil” retorque, quando questionado sobre a sua utilidade desportiva, dentro de uma infraestrutura com o nome de “Parque das Cidades”. Uma área que poderia ser aproveitada como Pólo Empresarial, por exemplo, para o sector da saúde (está prevista a construção de um Hospital Central, constantemente adiado pela administração central). “Se fosse hoje, poderia essa infraestrutura ter sido dispensada e ser feita a dinâmica do Parque das Cidades de outra forma. Não foi assim, considerou-se estratégico haver um estádio do Algarve na altura e agora temos de ficar cá com esse custo e montar uma estratégia que faça com que aquele Parque tenha o fim para o qual foi criado”. À imagem do Estádio, que alberga aqui e acolá um jogo de futebol, também existem Parques
Empresariais que nasceram sem ser devidamente nutridos e apresentam hoje resultados pobres: “A proliferação como cogumelos dos Parques Empresariais fez com que numa altura em que a economia retravou, haja um excesso de oferta em relação à procura”, constata o presidente da AMAL. E uma vez mais, pega na linha do tempo: “Hoje é muito fácil dizer que foram criadas áreas de localização empresarial em excesso. Mas, em 2006, 2007, 2008, quando isto foi projectado, a economia estava pujante e a crescer e nós tínhamos projecções destas localizações. É preciso dizer também que muitas empresas os largaram”, aponta. Para fazer face ao sobredimensionamento da oferta, Jorge Botelho adverte que a prudência é hoje a melhor conselheira: “O dinheiro não é elástico, temos que amortizar os valores investidos nos parques existentes. Obviamente a criação de novos espaços de acolhimento empresarial ou outros requer uma ponderação muito séria do investimento que se vai fazer, para saber se há ou não mercado e hoje o mercado é difícil”! Acima de tudo, salienta, é necessário repensar globalmente a estratégia e apostar na gestão, para atrair e consolidar investimentos que façam a diferença. M. L.
terrânica, não só em Tavira mas em todo o Algarve. Agora, essa identificação de necessidades crescentes deve ser valorizada e vista cada vez mais como um potencial de investimento. O Algarve é a região do país com mais candidaturas do PRODER aprovadas, com muitos jovens a entrar na agricultura e isso para nós é básico para que se rejuvenesça esse sector de actividade, que com o tempo necessitará de espaços em Parques Empresariais. Que tipo de logística faz ainda falta ao Algarve para potenciar a existência das infra-estruturas já construídas?
A ferrovia. No novo plano de investimento, prevê-se a dinamização da ferrovia, que deve ser um meio fundamental para colocar produtos no mercado e para dinamizar o sector exportador e a economia interna. Não existe calendário, mas o Governo prevê investir algum dinheiro na ferrovia algarvia, no próximo Quadro Comunitário de Apoio. Não se sabe em que modelo. Eu defendo que deveria ser ligeira, mas veremos o que os estudos dirão. Obviamente que a exportação por via aérea, a requalificação do aeroporto e seus acessos, é também fundamental. Depois, a questão da requalificação das estradas
O Algarve ainda é demasiado associado ao sector terciário, ao sector turístico. E isso às vezes faz com que os empresários – tanto os nacionais como os estrangeiros – não vejam o Algarve como factor de investimento para os Parques Empresariais. Ora eles existem, eles estão cá, podem ser geridos e acima de tudo podem criar óptimas perspectivas de negócios para a região
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que nos servem. Como sabem, eu sou defensor – e a AMAL tem uma posição clara sobre isso – da suspensão das portagens na Via do Infante, mas acima de tudo é necessária a requalificação da EN125 que não serve a economia regional, porque está absolutamente degradada e a requerer investimento. E isso é mau tanto para a competitividade dos produtos transaccionáveis como dos próprios serviços. Por isso, diria o seguinte: há muito para fazer, muito para investir e tem de haver da parte Governo, obviamente com o apoio dos fundos regionais, uma dinâmica para investir nas infra- estruturas necessárias que levem à nossa competitividade e à criação de postos de trabalho nas áreas de localização empresarial e nas de sectores mais tradicionais, como os da pesca, da agricultura, e claro do turismo, porque esse é o factor-base desta economia que tanto gera retorno no Verão como no Inverno. Mário Lino
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ESPECIAL MUNICÍPIOS
TAVIRA
UM ENTREPOSTO COM FUTURO FOI BASE PARA POVOADOS DE FENÍCIOS, LÍGURES, CELTAS E TURDETANOS, ROMANOS, CARTAGINESES, ÁRABES. HOJE, DESPERTAO INTERESSE DE PORTUGUESES. MAS NÃO SÓ. avira, cidade que a História nos deu a conhecer como um importante entreposto comercial do passado no Mediterrâneo, procura, no séc. XXI, reconquistar parte da sua relevância como centro de produção, transformação e distribuição de recursos. Com o fito de centralizar espaços e criar núcleos para as empresas, o município de Tavira criou a EMPET, em 2002. A empresa, cuja sigla significa Parques Empresariais de Tavira, empenhou-se na criação de dois espaços: um Parque Empresarial e um Parque de Feiras e Exposições, com áreas totais de 97.000 e 99.000 metros quadrados, respectivamente. “O objectivo principal era alavancar a economia local, com impacto regional ou até mesmo nacional. Foi isto que levou à criação dos dois Parques. Penso que foi um investimento acertado, mas ninguém imaginaria que durante o processo acontecesse o que aconteceu, isto é, a crise financeira, o que dificultou tudo um pouco”, reconhece Luís Nunes, arquitecto e presidente do Conselho de Administração da EMPET. Especialista em Reabilitação Urbana, Planeamento e Urbanismo, Luís Nunes sabe no entanto que tal “Roma e Pavia não se fizeram num dia”, também os parques de Tavira precisam de amadurecer. E é por isso que está seguro de que o caminho a seguir – ainda que mais lento do que pensava – é o da aposta na promoção e divulgação dos espaços, interna e externamente, bem como na concentração em três sectores fundamentais: o agroalimentar, o mar e o turismo. Empresas como a multinacional Driscoll’s, de origem norte-americana e de forte implantação na Europa, escolheram Tavira e o seu Parque Empresarial. A entrada da Driscoll’s, especializada na produção e transformação de frutos vermelhos,
T
acabou por atrair o interesse de empresas concorrentes, contribuindo para a criação de um ‘cluster’ agora em crescimento, com elevados benefícios no plano logístico. “Este parque diferencia-se a começar pela localização: está muito próximo de aeroportos, quer o de Faro, quer o de Sevilha. Temos o porto de Faro, o porto de Huelva, a autoestrada… a localização é excelente”, garante o presidente da EMPET. Luís Nunes, arquitecto e presidente do Conselho de Administração da EMPET
Um prato cheio de vantagens Os Romanos foram à época, quem melhor o sabia: para o desenvolvimento territorial, não basta existirem produtos e quem os transforme ou comercialize. É preciso criar infraestruturas e canais de ligação. A sua presença em Tavira é notória e a criação no séc. I a.C. de uma cidade – Balsa – que ultrapassava em tamanho a Lisboa de então (Olisipo) representa bem o interesse geostratégico deste território no Sul de Portugal. Foi por isso que apostaram em estradas, em portos, em mercados, em transportes. No comércio do sal e do peixe. Cerca de 20 séculos mais tarde, o mundo mudou mas o mar ainda cá está. O peixe também. E até o sal, ainda que com menor importância do que no passado. Ciente da História e das mais-valias da sua localização, a EMPET
Parque Empresarial de Tavira
compete com outros Parques Empresariais a uma escala, hoje, não só nacional como internacional. E é por isso que se faz valer de alguns trunfos em carteira: o tamanho variável dos 117 lotes para Indústria ou Armazenagem, entre os 240m2 e os 2.100m2 é um começo. Soma-se o crescimento ‘modular’ e a possibilidade de licenciar, num só processo, um conjunto de lotes contíguos com a mesma individualidade registral. O mesmo se aplica aos 27 lotes para Comércio e Serviços, com áreas entre os 300 e os 420m2. A juntar a estas facilidades, o Parque Empresarial conta ainda com uma EstaçãodeServiço,umecocentropara resíduos diversos, um restaurante panorâmico, água para fins industriais, rede de gás propano, disponibilização de fibra óptica e possibilidade de instalação de uma ETAR. A declaração de Impacte Ambiental
do Parque traz benefícios a todas as empresas que dela precisem, poupando-lhes tempo e dinheiro. Luís Nunes destaca ainda: “A Câmara Municipal de Tavira licencia os projectos num período de 20 dias e as empresas estão isentas de derrama (imposto municipal). É zero por cento. São mais do que razões para que venham para aqui”, incita. A qualidade de vida, para quem queira viver e trabalhar junto ao rio, ao mar, às praias e aos produtos típicos do litoral, da serra e do barrocal, é também algo que marca a diferença.
Trabalhar em rede e na rede Lentamente, o tempo tem provado que a estratégia está certa. É preciso semear primeiro, para colher mais tarde os frutos, e não só os vermelhos: “Não podemos baixar os braços, temos de ir à procura. Sabemos que não vai ser de uma forma imediata mas acredito que vamos conseguir. Aqui ao lado, na Andaluzia, só ao fim de mais de 10 anos é que o parque da Cartuxa (Expo 92) conseguiu começar a ter os primeiros resultados… Existe obviamente uma questão de escala, também, mas é para nós um bom exemplo”, compara Luís Nunes. A ligação à Andaluzia tem sido, aliás, uma peça-chave na aproximação ao mercado espanhol, prioritária nas relações empresariais com
o Algarve. Fica o exemplo: um evento co-organizado em Dezembro passado pela EMPET e pelo PRODETUR (sociedade de Sevilha orientada para a promoção económica) atraiu perto de 300 empresas, oriundas não só da Andaluzia mas também da Catalunha e da Galiza. Na agenda de 2014, está já a repetição de um evento semelhante. Para além da proximidade com Espanha e a abertura a mercados internacionais através da sua rede de contactos, a EMPET destaca um outro factor diferenciador: a existência de uma entidade gestora e de um Centro de Negócios, o Level Up, que ajudam na promoção das empresas que ali se localizam, quer no Parque de Feiras e Exposições quer no Parque Empresarial: “Nós incentivamo-las e encaminhamo-las, dando-lhes mais capacidades por via das fontes de financiamento existentes e a partilha de soluções para os fornecimentos e distribuição, na base de um ‘networking’ consolidado através das nossas redes”. Uma outra rede, a internet, acaba por facilitar o acesso às características e vantagens destas infraestruturas. E não falta sequer um filme criado para o efeito, de forma a imprimir uma dinâmica mais moderna aos parques de Tavira e assim chegar mais rápido à decisão dos empresários. Disponível em http://ativartavira.pt Mário Lino
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DIETA… MEDITERRÂNICA
Pela boca se conquista um empresário provérbio é normalmente dirigido às mulheres para conquistar os homens: ganham-se pelo estômago. Mas o mesmo se poderia aplicar às empresas, criadas e geridas por pessoas. O gosto pela comida é habitualmente um denominador comum e é aí que Tavira deixa para trás – a léguas – muitos dos seus concorrentes mais próximos, a começar pelos espanhóis. Em Tavira a gastronomia é rica, diversa e muito, muito saborosa. Peixe fresco, marisco, cataplanas, mas também comida de tacho, da serra, do barrocal. A cidade tem inúmeros restaurantes, festivais e
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outros eventos ligados à gastronomia. E o facto de ter recentemente conquistado um título de importância mundial com a Dieta Mediterrânica (Património Imaterial Mundial da UNESCO), representa um factor de atractividade para qualquer empresário à procura de condições para a(s) sua(s) empresa(s): “Hoje, muita gente move-se pelo objectivo de se sentar à mesa e degustar coisas genuínas e diferentes daquelas que aprecia no dia-a-dia. Pensamos também por isso que poderemos atrair muito mais gente, mesmo empresários porque há um potencial que pode e deve ser explorado, cumulativamente
com as infraestruturas que já existem ao seu dispor”, assegura Luís Nunes. Tavira – garante – é aliás muito mais do que comida, o que já não seria pouco: “Sim. A Dieta Mediterrânica é mais do que alimentação, é um estilo e qualidade de vida. Poder usufruir dos produtos da região, na época própria. Poder conviver é muito importante e eu penso que as pessoas hoje percebem que à mesa, com tempo e boas iguarias, frescas, podem resolver-se muitas situações. Todos sabemos que muitos negócios são feitos à mesa”, conclui Luís Nunes com um sorriso bem-disposto, já a pensar no al-
moço. É que para além de arquitecto e presidente da EMPET, Luís é também Vice-Grão Mestre da Confraria de Gastrónomos do Algarve e Embaixador para Portugal do Conselho Europeu da
Confraria dos Enogastronómicos. Por isso, sabe bem que os sabores e os saberes de Tavira são algo a ter sempre em conta, na hora da refeição – perdão – da decisão. M.L.
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Os Parques Empresariais de Ermidas do Sado e do Cercal do Alentejo
SANTIAGO DO CACÉM
SEIS PARQUES ENTRE A EUROPA E O ATLÂNTICO O MUNICÍPIO DE SANTIAGO DO CACÉM RECONHECE QUE OS PARQUES EMPRESARIAIS AJUDAM AMOLDAR AMALHAURBANA. SUPORTES E IMPULSIONADORES DO TECIDO EMPRESARIAL, DÃO RESPOSTAS ECONÓMICO-SOCIAIS ATRAVÉS DAPEQUENA INDÚSTRIA, COMÉRCIO E SERVIÇOS. antiago do Cacém já está a desenhar o seu mapa empresarial desde há um quarto de século. Ao longo das últimas décadas, o município tem vindo a regulamentar diversos loteamentos vocacionados para a indústria ligeira, comércio e serviços, como ‘clusters’ complementares da indústria pesada instalada no Complexo Industrial anexo a um dos mais importantes ‘hubs’ logísticos do País, o porto de Sines. São seis no total os Parques Empresariais que hoje acolhem várias pequenas unidades industriais que contribuem para o desenvolvimento do Alentejo. Este investimento municipal em infra-estruturas ocupa cerca de 70.000 m2 dos 1.060 km2 de área total deste concelho do Sul do Tejo.
S
‘Flashback’ Santiago do Cacém foi o primeiro
Parque Empresarial criado no município. Teve por objectivo reinstalar e desenvolver actividades industriais e serviços antes localizados em deficientes condições no interior do perímetro urbano (na altura, a Vila de Santiago do Cacém). Essa mudança permitiu dinamizar a actividade económica, atraindo novas unidades industriais e de serviços de que o concelho já estava carente. Em 1989, com a extinção do Gabinete da Área de Sines, Santiago do Cacém ganhou a gestão e a administração do Parque Empresarial de Vila Nova de Santo André. Seguiu-se o de Vale de Água, com 16 lotes aprovados em 1994, ano em que também são definidas as regras de atribuição de lotes industriais em Ermidas. O Parque Empresarial de Alvalade foi criado três anos depois. O mais recente é o Parque Empresarial do Cercal que, com os primei-
ros contratos celebrados há cinco anos, começa agora a ganhar algum dinamismo. “O Parque do Cercal é aquele que tem menos ocupação por ser o mais recente mas reconhecemos-lhe um elevado potencial, pela sua localização privilegiada. Os mais dinâmicos são os de Santo André e de Santiago do Cacém, com taxas de ocupação próximas dos 90%. Os de Alvalade e de Vale de Água têm uma ocupação próxima dos 100%. Ermidas regista actualmente um elevado número de pedidos e está a sofrer uma expansão para melhor se adequar às necessidades actuais da população e dos empresários”. A visita guiada pela malha empresarial e industrial de Santiago do CacéméfeitaporÁlvaroBeijinha,presidente da autarquia local. A 10 minutos da Plataforma de Sines, o Município atrai empresas com actividades complementares à indústria ali localizada. A recepção e expedição de mercadorias são facilitadas pela proximidade do Porto de Sines e o acesso a importantes vias de comunicação rodoviária com Lisboa e o Algarve, como o são a A2, o IC1 e o IP8. Além da geolocalização favorável e dos preços praticados, abaixo dos valores de mercado, a autarquia garante ainda ‘facilidades burocráticas’ na atribuição dos lotes, através de regras definidas em Regulamen-
Álvaro Beijinha Presidente da Câmara de Santiago do Cacém
to Municipal, disponível para consulta no site do município. “Fazemo-lo quer no licenciamento das edificações, com atendimento técnico na área do Urbanismo, quer na informação e apoio às empresas, com atendimento de proximidade, através do Gabinete de Apoio ao Empresário em Santiago do Cacém e do Centro de Apoio a Empresas, em Vila Nova de Santo André, que disponibiliza apoio técnico à criação de empresas e informação sobre apoios financeiros, comunitários e outros”.
Atendimento de proximidade O apoio directo aos empresários, com gabinetes especificamente criados para o efeito deriva de um pressuposto fundamental: o município reconhece nos Parques Empresariais um papel decisivo e fundamental no desenvolvimento da
região, direccionando assim o seu esforço para a captação de investimento e a criação de novos postos de trabalho. Face à situação económica actual do País, a tabela de preços de venda dos lotes ficou inalterada, com valores de referência de 2013. O facto de Santiago do Cacém estar incluído numa ‘Zona de Convergência’, à luz dos critérios de acesso ao Quadro Comunitário de Apoio 2014-2020, traz ainda vantagens acrescidas no acesso a apoios estruturais para as empresas que aqui venham a fixar-se. Na vertente financeira, o FAME – Fundo de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – serve muitas vezes de trampolim para dar as boas-vindas aos novos empresários. Além das preocupações com o desenvolvimento económico e com o ordenamento urbanístico da região, a linha estratégica de Santiago do Cacém aponta também para uma valorização das indústrias não poluentes e para as actividades mais directamente ligadas ao sector dos serviços. Entreposto físico do tecido empresarial na região, Santiago prepara-se para disponibilizar, em breve, informação sobre os Parques na plataforma Global Find da AICEP, que permite identificar, junto de investidores, as melhores soluções de localização para vários modelos de negócio.
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Parques Empresariais de Santiago do Cacém Total Lotes de lotes disponíveis Vila Nova de Santo André
206
26
Santiago do Cacém
86
5
Ermidas do Sado
75
43
Alvalade
6
1
Vale de Água
16
Cercal do Alentejo
86
Preço dos lotes Área total (euros/m2) (m2)
Tipo de posse Direito de superfície
1,02 a 2,29
252.474,58
15,92 a 79,04
128.412,33
12,74
141.073,24
15,92
5.831,06
0
25,25
5.338,00
45
12,74
172.688,44
Propriedade plena
IC1
Praia de Santo André
Grândola
Santo André
IP8
IP8
Oceano A tlânt ico
1
Ermidas do Sado
2 Sines
São Torpes
Santiago do Cacém
3
5
4
IC4
Vale de Água
Ferreira do Alentejo
BEJA
A2
Alvalade Aljustrel
Porto Covo
6 N390 Vila Nova de Milfontes
Cercal
IP2 IC1
Almograve
Odemira Zambujeira do Mar
Odeceixe
Ourique
PAISAGEM PROTEGIDA DO SUDOESTE ALENTEJANO E COSTA VICENTINA N120
A2
Castro Verde
Almodôvar 20 km
1 Vila Nova de Santo André A2 – 30 kms IP8 – 4 kms Sines – 15 kms 2 Santiago do Cacém IP8 – 10 kms A2 – 35 kms Sines – 19 kms Lisboa – 144 kms 3 Ermidas do Sado A2 – 10 km IC1 – menos de 1 km Santiago – 25 kms Sines – 40 kms Beja – 50 kms
4 Alvalade do Sado A2 – 15 kms IC1 – menos de 1 km Santiago – 30 kms Sines – 50 kms 5 Vale de Água IC1 - 20 kms A2 – 25 kms 6 Cercal do Alentejo Santiago – 25 kms Sines – 25 kms Beja – 90 kms
DADOS SOBRE O EXECUTIVO (EM PERMANÊNCIA) DA CÂMARA MUNICIPAL DE SÁTÃO Presidente: Nome: Alexandre Manuel Mendonça Vaz Contacto: 00351 932665156 Vereadores em permanência Nome: Paulo Manuel Lopes dos Santos (Vice-Presidente) Pelouros atribuídos: Energia, Ambiente, Águas e Saneamento Contacto: 00351 932980003 Nome: Fernando António Correia Gomes Pelouros atribuídos: Obras e Estradas Contacto: 00351 932980013 Nome: Zélia Maria de Figueiredo e Silva Pelouros atribuídos: Educação, Cultura e Desporto Contacto: 00351 932980012 Contactos do Município de Sátão: Município de Sátão Praça Paulo VI – 3560-154 Sátão Tel. 00351 232980000 / Fax: 00351 232982093 Email: geral@cm-satao.pt / URL: www.cm-satao.pt
DADOS SOBRE O EXECUTIVO (EM PERMANÊNCIA) DA CÂMARA MUNICIPAL DE ÁGUEDA Presidente: Nome: Gil Nadais Resende da Fonseca Pelouros atribuídos: Área Jurídica, Modernização Administrativa, Novas Tecnologias da Informação, Sustentabilidade, Inovação, Empreendedorismo, Promoção do Emprego, Gestão da Qualidade e Relações Internacionais. Vereadores em permanência Nome: Jorge Henrique Fernandes Almeida (Vice-Presidente) Pelouros atribuídos: Apoio às Freguesias, Obras Municipais, Segurança e Protecção Civil, Saúde e Higiene e Segurança no Trabalho, Trânsito, Mobilidade e Transportes Urbanos, Ambiente e Qualidade de Vida, Armazéns / Serviços Urbanos. Nome: Elsa Margarida De Melo Corga Pelouros atribuídos: Juventude e Educação, Relação com o Ensino Superior, Solidariedade e Família (Acção Social e Habitação Social), Cultura (Assuntos Culturais, Preservação do Património, Estação Arqueológica, Museus e Bibliotecas). Nome: João Carlos Gomes Clemente Pelouros atribuídos: Recursos Humanos, Gestão Urbanística e Obras Particulares, Mercados e Feiras, Planeamento e Ordenamento do Território, Fiscalização Municipal e Contra-ordenações, Cemitérios, Licenciamentos Diversos. Nome: Edson Carlos Viegas Santos Pelouros atribuídos: Gestão Económica e Financeira, Desporto e Bem-Estar, Turismo, Comércio e Promoção do Concelho (Comunicação, Dinamização do Comércio Local e Actividades Económicas). Vereadores sem pelouros atribuídos Maria Paula da Graça Cardoso Luis Miguel Marques Vidal De Oliveira Contactos do Município de Águeda: Município de Águeda Praça do Município – 3754-500 Águeda Tel. 00351 234610070 / Fax: 00351 234610078 Email: geral@cm-agueda.pt / URL: www.cm-agueda.pt
Cemitério; Venda Ambulante; Mercados e Feiras; Trânsito e Estacionamento; Contraordenações; Proteção Civil; Sinalética Direcional; Segurança. Vereador sem pelouro atribuído António José Messias do Rosário Sebastião João António Rodrigues Palma
Pelouros atribuídos: Cultura, Educação, Juventude, Coletividades, Ciência, Trânsito e Gestão e Manutenção da Frota. Nome: Rosa Simão Pelouros atribuídos: Ação Social, Habitação Social, Recursos Humanos, Gestão da Qualidade, Espaços Verdes, Higiene Urbana, Resíduos Sólidos, Mercado, Comércio e Abastecimentos.
Contactos do Município de Almodôvar: Câmara Municipal de Almodôvar Rua Serpa Pinto – 7700-081 Almodôvar Tel. 00351 286 660 600 / Fax: 00351 286 662 282 Email: geral@cm-almodovar.pt URL: www.cm-almodovar.pt
Contactos do Município de Estarreja: Município de Estarreja Praça Francisco Barbosa – 3864-001 Estarreja Tel. 00351 234840612 / Fax: 00351 234840607 Email: geral@cm-estarreja.pt / URL: www.cm-estarreja.pt
DADOS SOBRE O EXECUTIVO (EM PERMANÊNCIA) DA CÂMARA MUNICIPAL DE LOULÉ DADOS SOBRE O EXECUTIVO (EM PERMANÊNCIA) DA CÂMARA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO Presidente: Nome: Luís Manuel dos Santos Correia Vereadores em permanência Nome: Arnaldo Jorge Pacheco Brás Pelouros atribuídos: Freguesias, Proteção Civil e Administração Geral Nome: Maria José Barata Batista Pelouros atribuídos: Abastecimento de Água, Saneamento e Resíduos Nome: Paulo Alexandre Martins Moradias Nome: João Nuno Carvalhinho Pelouros atribuídos: Empresas e Participações Sociais; Ambiente, Espaços Verdes e Áreas de Lazer; Área de Localização Empresarial Nome: Fernando Manuel Raposo Pelouros atribuídos: Cultura Nome: Maria Teresa Rodrigues Martins Nome: João Paulo Martins Benquerença Nome: Jorge Manuel Carrega Pio Contactos do Município de Castelo Branco: Câmara Municipal de Castelo Branco Praça Município – 6000-458 Castelo Branco Tel. 00351 272 330 330 / Fax: 00351 272 330 324 Email: camara@cm-castelobranco.pt URL: www.cm-castelobranco.pt
Nome:Ana Isabel Carvalho Machado Pelouros atribuídos: Educação; Jurídico e Contencioso; Recursos Humanos; Higiene e Segurança no Trabalho; Defesa do Consumidor; Plano de Risco contra a Corrupção; Descentralização Administrativa. Secretariado: Sónia Neves Nome: Pedro Maria Neves de Oliveira Pelouros atribuídos: Ambiente e Serviços Urbanos; Obras Municipais; Saneamento e Rede Viária e Trânsito; Energia e Oficinas Municipais. Secretariado: Luís Monteiro Nome: João Manuel de Sousa Martins Pelouros atribuídos: Intervenção e Gestão Social; Comissão de Proteção de Crianças e Jovens; Bombeiros; Fiscalização Municipal; Associativismo Sociocultural;Transportes. Secretariado: Luís Monteiro
DADOS SOBRE O EXECUTIVO (EM PERMANÊNCIA) DA CÂMARA MUNICIPAL DE SANTIAGO DE CACÉM Presidente: Nome: Álvaro Beijinha Vereadores em permanência Nome: Margarida Santos (Vice-Presidente) Pelouros atribuídos: Gestão Urbanística Habitação; Assuntos Jurídicos; Contraordenações; Fiscalização Nome: Norberto Barradas Pelouros atribuídos: Cultura; Desporto; Educação; Juventude; Associativismo; Ação Social; Saúde; Recursos Humanos e Formação Nome: Albano Mestre Pelouros atribuídos: Administração Direta de Obras Municipais; Ambiente; Águas e Saneamento; Serviços Urbanos; Mobilidade; Sinalização e Trânsito; Certames e Feiras e Mercados; Proteção Civil
DADOS SOBRE O EXECUTIVO (EM PERMANÊNCIA) DA CÂMARA MUNICIPAL DE ALMODÔVAR
Vereadores em permanência: Nome: Luís Artur dos Santos Gaiolas (Vice-Presidente) Pelouros atribuídos: Atividade Administrativa; Modernização Administrativa; Gestão Financeira e Controlo Orçamental; Apoios Comunitários; Património; Aprovisionamento; Ordenamento do Território e Gestão Urbanística; Obras Particulares; Sistema de Informação Geográfica; Toponímia; Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento Económico; Museus; Património Monumental, Religioso, com Interesse Histórico e Arqueológico; Biblioteca e Documentação; Cultura. Nome: Ricardo António Monteiro Colaço Pelouros atribuídos: Publicidade; Ocupação da Via Pública;
Vereadores em permanência Nome: Hugo Miguel Guerreiro Nunes (Vice-Presidente) Pelouros atribuídos: Finanças e Património; Tecnologias e Administração de Sistemas; Economia Local e Emprego; Desporto; Eventos; Protecção Civil e Vigilância; Sector Empresarial Local; Saúde. Secretariado: Ligia Brito
Contactos do Município de Loulé Praça da República – 8104-001 Loulé Tel: 289 400 801 Email Geral: gap@cm-loule.pt
Contactos do Município de Santiago do Cacém: Município de Santiago do Cacém Praça do Município – 7540-136 Santiago do Cacém Tel. 00351 269 829 400 / Fax: 00351 269 829 498 Email: geral@cm-santiagocacem.pt URL: www.cm-santiagocacem.pt
Presidente: Nome: António Manuel Ascenção Mestre Bota
Presidente: Nome: Vitor Manuel Gonçalves Aleixo Pelouros atribuídos: Cultura, Bibliotecas e Arquivo; Ordenamento do Território e Urbanismo; Obras Municipais: Edifícios e Equipamentos; Relações Públicas e Comunicação; Relações Institucionais. Secretariado: Ana Paula Murta Telefone: 289 400 800 / Email Geral: presidente@cm-loule.pt
DADOS SOBRE O EXECUTIVO (EM PERMANÊNCIA) DA CÂMARA MUNICIPAL DE ESTARREJA Presidente: Nome: Diamantino Sabina Vereadores em permanência: Nome: Adolfo Vidal (Vice-Presidente) Pelouros atribuídos: Urbanismo, Planeamento, Desenvolvimento Económico e Finanças, Despesas Públicas, Empreitadas, Obras Públicas, Ambiente, Aprovisionamento e Armazéns, Modernização Administrativa, Gestão da Informação e Comunicação e Desporto. Nome: João Alegria
DADOS SOBRE O EXECUTIVO (EM PERMANÊNCIA) DA CÂMARA MUNICIPAL DE TAVIRA Presidente: Nome: Jorge Manuel Nascimento Botelho Pelouros atribuídos: Planeamento Estratégico; Protecção Civil; Projectos e Obras Municipais; Cultura;Turismo Email: jorge.botelho@cm-tavira.pt / Tel: 281 320537 Vereadores em permanência Nome: Ana Paula Fernandes Martins (Vice-Presidente) Pelouros atribuídos: Recursos Humanos; Financeira; Administrativa; Jurídica; Qualidade; Relações Públicas; Modernização Administrativa; Educação; Acção Social; Juventude; Biblioteca Municipal Email: amartins@cm-tavira.pt Tel: 281 320537 Nome: José Manuel Madeira Guerreiro (vereador do Desporto, Ambiente e Equipamentos) Pelouros atribuídos: Desporto; Saúde; Agricultura; Pescas; Caça; Florestas; Mercados e Feiras (funcionamento e organização); Estacionamento; Transportes Escolares; Praias; Cemitérios; Sanidade Alimentar; Instalações Municipais; Iluminação Pública; Trânsito e Segurança Rodoviária; Ambiente; Manutenção do Parque Habitacional. Email: jguerreiro@cm-tavira.pt / Tel: 281 320535 Nome: João Pedro da Conceição Rodrigues (vereador do Urbanismo, Inovação e Empreendedorismo) Pelouros atribuídos: Gestão Urbanística; Património e Reabilitação Urbana; Ocupação da via pública por obras de terceiros Fiscalização; Ascensores; Publicidade exterior; Esplanadas; Comércio; Venda Ambulante; Telecomunicações; Informática; Cartografia Email: jprodrigues@cm-tavira.pt Contactos do Município de Tavira Praça da República – 8800-951 Tavira Tel: 281 320 500 / Fax: 281 322 888 Email: camara@cm-tavira.pt