Apresentação
A elaboração deste texto, inicialmente, prendeu-se à necessidade de se utilizar, em sala de aula, um livro que versasse sobre as diversas tendências e práticas da educação, que fizesse uso de uma linguagem fácil, descomplicada, que englobasse ideias pedagógicas de diferentes épocas e de autores consagrados, com uma visão holística e sem perder o senso crítico. O trabalho em questão, além de procurar atender as necessidades acima elencadas, é fruto da experiência de algumas décadas em sala de aula, em todos os graus e também, de muitos anos preparando professores para os diversos concursos públicos. Sintetizando o trabalho, se é possível, no mínimo, pode-se dizer que enfoca as principais epistemologias (teorias do conhecimento), com suas tendências e práticas pedagógicas, desde a Idade Moderna da Europa Ocidental (séculos XV ao XVIII). É dividido em capítulos, da seguinte maneira: Síntese das teorias dos nossos grandes mestres, sobre o assunto, suscitando o debate. Pedagogia Liberal, mostrando a linha seguida pelas teorias que procuram reforçar o modo de
produção capitalista. Pedagogia Socialista, enfocando as teorias que defendem a prática pedagógica como instrumento de superação do capitalismo. Pedagogia Libertária, dando ênfase à educação autogestionária, como instrumento de transformação do capitalismo. Pedagogia Crítica da Reprodução, que vê a educação como fator de reprodução das desigualdades sociais, mas não apresenta solução e, a Pedagogia da Leiturização e Escrita, considerando a necessidade de se criar hábitos permanentes de ler e escrever. Ao elaborar o referido texto, levou-se em consideração que o mesmo poderá ser utilizado por alunos dos cursos de graduação, pedagogia, normal superior, pós-graduação, por todos os interessados em assuntos educacionais, mas principalmente como material essencial aos concursos públicos na área do magistério. No entanto o objetivo maior é fornecer bases iniciais, ajudando a levar o leitor à reflexão sobres as diversas tendências pedagógicas e, em última instância, contribuir para a popularização do conhecimento, como pensava o filósofo Antonio Gramsci, no início do século XX. Antecipadamente, agradeço as críticas de todos e desejo estar preparado para dar continuidade ao trabalho dialético e de praxis, entendidos como as principais maneiras de participar da transformação da sociedade brasileira. Solicito a todos, encarecidamente, que as colocações feitas não sejam recebidas como algo pronto e acabado, mas que sejam “pontos de
partida” para se buscar pela reflexão e análise o “ponto de chegada”. A análise crítica pertence ao leitor, que é sempre sujeito do conhecimento, e este por sua vez é sempre um processo.
Geraldo Francisco Filho