Laboratório crítico

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Outros Projetos

Zaha Hadid

Chanel Mobile Art Pavilion Pavilhão metálico "desmontável", estilo futurista. Passou por Hong Kong, Tóquio, Nova York e Paris. 2008/2012 700m² O projeto surgiu de uma ideia de Karl Lagerfeld de fazer uma exposição itinerante em que 20 artistas trabalhariam a partir da famosa bolsa matelassada da grife. Pois agora, é a própria Zaha que invade o espaço com sua arquitetura curvilínea e orgânica, que, segundo Karl Lagerfeld, quebrou a rigidez do Bauhaus. “Zaha Hadid – Une Architecture” não é uma retrospectiva, mas um mergulho em seu processo criativo e suas experimentações com as formas. Nesta mostra, a arquiteta trabalha com diversos tipos de mídia e plataformas e sai daquele mundo exclusivo de maquetes, que é normalmente visto em muitas exposições de arquitetura. Há pinturas, esculturas, protótipos, projeções e programas de computador.

Forma/Conceito O projeto tem como referência o formato da antiga fábrica de jipes militares que existia no local. Assim o museu funciona como uma segunda pele, onde se criam novos caminhos pelo espaço. A forma do projeto proporciona permeabilidade, por ter vários acessos e transparências. Por possui formato em L, o edifício acaba adquirindo outra função também planejada, a de articulador urbano.

O Lugar O grande edifício branco, com formas modernistas não se enquadra completamente com seu entorno, pois a região é uma zona residencial pacata, com prédios antigos do século XX relativamente baixos. Ele parece espalhar suas ‘’raízes’’ entre as edificações do entorno, como um ‘’estrangeiro’’ encontrando seu espaço. O projeto do museu acabou por unir novamente uma passagem que existia no local, que ligava as duas ruas que cercam a quadra, porém ela não era mais utilizada a mais de um século. O projeto também previu a reutilização desse caminho. Quando se entra no MAXXI, o barulho externo, o calor de Roma e a confusão deixam de existir. Todo o espaço do museu envolve o visitante numa harmonia onde interior e exterior se comunicam perfeitamente.

Museu MAXXI

Riverside Museum Museu dos Transportes. Glasgow, Escócia. 2004 - 2011 11000m²

Idealizado em 2004, o projeto arquitetônico foi criado pela Zaha Hadid Architects. A obra fica ao lado do rio Clyde, em Glasgow, na Escócia, e foi pensada para ser uma ligação desse canal fluvial com a cidade - é por isso que o Riverside Museum é aberto nas duas extremidades. Por dentro, curvas em sua estrutura fazem com que o visitante transite de forma fluida pelas cerca de 3.000 peças ligadas à história do transporte e da tecnologia na cidade. Como se fosse um rio sólido, o telhado do prédio é cheio de curvas, que, nas fachadas, se transformam em linhas mais retas e pontudas.

Croqui da concepção da forma

(Museu Nacional de Artes do Século 21) Arquitetos: Zaha Hadid Architects Ano: 1998 - 2009 Área construída: 27000 m² Tipo de projeto: Cultural Status: Construído Materialidade: Concreto Estrutura: Concreto e Aço Localização: Flaminio, Roma, Itália

Processo de trabalho O partido do projeto foi tomado em função da forma, como referência o formato da antiga fábrica de jipes militares que estava no terreno, também foi pensada na geometria do contexto urbano, mantendo o contexto dos alojamentos, desta forma foi composto um edifício baixo contrastando com os residenciais de gabarito alto do entorno. Outro ponto de partida foi a execução de um formalismo rigoroso e marcante, em estrias que envolvem linhas paralelas que se desdobram e se cruzam, formando assim um design atípico, fortemente plástico e desconstrutivo , clássico da arquitetura de Zaha Hadid.

Programa

Técnica/Tecnologia O edi cio possui uma mistura de cimento, vidro e alumínio, onde as cores brancas, preto e cinza predominam. Ao entrar no museu os elementos evidentes são as paredes curvas ( feitas em concreto), as escadas pretas suspensas ( mostrando a grandiosidade do projeto , vencendo grandes vãos) o teto é aberto (para que haja entrada de luz natural nos ambientes). Dessa forma , Zaha cria uma fluidez diferente em seu projeto, pois interiormente notase uma grande ver calização, já que não há pavimentos marcados, ou seja, do 1º pavimento pode-se observar o ul mo, sendo entrelaçado pelas escadas negras suspensas.

Relação crítica com a Arquitetura Modernista O Museu Nacional de Artes do século XXI, apesar de formalmente dissonante e abstrato, mostra-se como parte do entorno urbano ao se "enraizar" pelas edificações vizinhas. A racionalidade da forma é percebida no ajuste do projeto ao território de edifícios históricos, colocando-se diluído entre os demais ao invés de monumentalizar-se. As fronteiras históricas do local, misturam-se ao projeto que fluindo pelos vazios, arremete às civitas romanas, não havendo lugares mas um território com mobilidade e sem hierarquia. A obra de Zaha Hadid apesar de estar incorporada ao meio urbano é capilarizada, lisa e contínua, contrapondo-se fortemente à delimitação e ao enclausuramento. Seu espaço é multidirecional induzindo ao contínuo deslocamento do transeunte nos caminhos formados pelas linhas que o percorrem. Isso evidencia que ao contrário das proporções o que importa é a ambiguidade entre o "dentro e fora" e o " interno e externo". Sua relação crítica com a arquitetura moderna está na complexidade da forma, no processo de desenho não totalmente linear e na mistura de materialidades como vidro, concreto e ferro. O Maxxi é um edifício não só de experiência visual, mas também de experiência estética.

Zaha Hadid Nascimento: 31 de outubro de 1950, Bagdá, Iraque. Prêmios: Pritzker, Stirling. Arquiteta iraquiana identificada com a corrente desconstrutivista da arquitetura. Formou-se em Matemática na Universidade Americana de Beirute. Após se formar, passou a estudar na Architectural Association de Londres.

O Maxxi abriga dois museus distintos, um centro de artes e um de arquitetura, o “Maxxi Arte” e o “Maxxi Architettura”, respectivamente. O projeto previa uma composição de blocos interligados, que se cruzassem em ângulos diversos, porém só foram construídos dois destes blocos, que se interligam e se cruzam. Internamente é dinâmico e complexo, marcado por paredes de linhas sinuosas, possui um espaço fluido, contínuo, fluidez que é muito marcada pelos acessos verticais, as escadas são como a própria obra de arte, elas percorrem o museu e se cruzam pela galeria, marcadas pela cor, seguem em uma continuidade visual. Não há espaços compartimentados, é um espaço único, de circulações contínuas. As exposições que devem se adequar a arquitetura, às curvas e sobreposições, não o contrário, usual nos outros museus, onde se é pensado em onde se localizaram as exposições para se projetar o espaço interno.

LABORATÓRIO CRÍTICO FAU-UFRJ - HAA V

Turma C 2013.1 Profª: Fabiola Zonno

Alunos: Augusto Cesar Santana Beatriz Figueiroa Elaine Moreno


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