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DE CARDIOVERSOR-DESFIBRILADOR

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IMPLANTÁVEL (CDI) NA PREVENÇÃO

Paciente com QT longo refratário a betabloqueadores e/ou a simpatectomia, com síncope ou TV polimórfica recorrente

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Classe de recomendação Nível de evidência

Classe IIa

1. Pacientes com SQTLc que evoluem com síncope ou TVS, apesar do uso de betabloqueador em dose máxima tolerada e expectativa de vida de pelo menos 1 ano (NE B);

2. Pacientes com SQTLc que apresentem contraindicação para o uso de betabloqueador e expectativa de vida de pelo menos 1 ano (NE C).

Classe IIb

1. Pacientes com SQTLc do tipo LQT2 ou LQT3 e expectativa de vida de pelo menos 1 ano (NE C).

Classe III

1. Pacientes assintomáticos sem diagnóstico específico por análise genética (NE C).

Livro SBC 3ª edição

SÍNDROME DO QT CURTO (SQTC)

Descrita pela primeira vez em 2000 por Gussac et al, doença hereditária autossômica dominante, caracterizada pela presença de QT curto (< ou = 320ms), promovendo risco aumentado de morte súbita por FV, sendo a parada cardíaca arrítmica a primeira manifestação e a mais comum (31% dos pacientes), que ocorrem mais frequentemente durante o repouso ou sono. Muita relação com síncopes prévias, história familiar positiva de morte súbita e FA. Até o momento identificadas mutações de 6 genes: KCNH2 (QTC1), KCNQ1 (QTC2) e KCNJ2 (QTC3), CACNA1C (QTC4), CACNB2b (QTC5) e CACNA2D1 (QTC6).

O padrão típico do ECG consiste em intervalo QT < ou = 320ms (QTc < ou = 340ms) associado a onda T alta e apiculada nas derivações precordiais com segmento ST muito curto ou mesmo sem segmento ST.

O CDI está indicado naqueles pacientes sintomáticos para evitar morte súbita cardíaca.

IIb

B

C

CDI: cardioversor-defibrilador implantável; TV: taquicardia ventricular

Arq Bras Cardiol. 2023; 120(1):e20220892, pg: 39

RECOMENDAÇÕES PARA IMPLANTE

De Cdi No Qt Longo

QT curto

Classe I

1. Pacientes com SQTLc, sobreviventes de parada cardíaca e expectativa de vida de pelo menos 1 ano (NE A).

Descrita pela primeira vez por Haissaguere et al, que identificou mutação no gene KCNJ8, essa pesquisa de base genética foi motivada pelo fato de 16% dos seus pacientes com Fibrilação ventricular idiopática (FVI) e um padrão de repolarização precoce apresentavam história familiar de morte súbita.

A repolarização precoce é caracterizada pela elevação (> ou = 1mm acima da linha de base) da junção QRSST (ponto J), elevação do segmento ST com concavidade superior e ondas T proeminentes em duas ou mais derivações contíguas.

Na população geral sua prevalência varia de 1 a 13% dependendo de idade, sexo e raça. Tal alteração sempre foi considerada inócua, porém Haissaguere et al observaram que a elevação do ponto J (> ou = 1mm) nas derivações inferolaterais era marcante em 31% de uma população de indivíduos estudada que sofreram parada cardíaca (PCR) por FVI. Tais pacientes eram em sua maioria do sexo masculino e apresentavam história prévia de síncope ou PCR durante o sono. Diversos estudos se seguiram liderados por Haissaguere, Rosso e Tikkanen, em todos foi observado que aqueles pacientes com elevação do ponto J nas derivações inferiores de pelo menos 1mm apresentavam risco aumentado de morte súbita cardíaca quando comparado aos pacientes sem elevação do ponto J, o que não foi evidenciado naqueles pacientes com RP apenas nas derivações laterais.

Permanece um desafio a diferenciação da SRP potencialmente fatal daquela encontrada em atletas e indivíduos jovens saudáveis.

estratificação. No livro da SBC são elencados 5 fatores de risco: HF positiva de MS; síncope inexplicada; espessura da parede do VE maior ou igual 30mm; TVNS; e TVS espontânea. E na presença de 1, e somente 1 desses, está indicado o implante de CDI.

RECOMENDAÇÕES PARA INDICAÇÃO DE CARDIOVERSOR-DESFIBRILADOR IMPLANTÁVEL (CDI)

Classe de recomendação Nível de evidência

Paciente com pelo menos 1 fator de risco maior IIa B

Paciente com TVNS ou hipotensão arterial anormal no esforço, na presença de fatores de risco adicionais é razoável indicar CDI desde que expectativa de vida >1 ano

IIa B

Estratificação de risco invasiva com EEF III B

Fatores de risco: Espessura de parede > 30mm; História familiar de MS; TVNS; presença de realce tardio na RM; síncope há menos de 5 anos; aneurisma de VE; FEVE < 50%. CDI: cardioversor-desfibrilador implantável; EEF: estudo eletrofisiológico; TVNS: taquicardia ventricular não sustentada.

Arq Bras Cardiol. 2023; 120(1):e20220892, pg: 35

Recomenda Es Para Implante De Cdi Na Mcph

Classe I

1. Pacientes com CMH que tenham apresentado TV/FV sustentada de causa não reversível e expectativa de vida de pelo menos 1 ano (NE B).

Classe IIa

1. Pacientes com CMH que apresentem 1 ou mais fatores de risco maiores para MSC e expectativa de vida de pelo menos 1 ano (NE C).

Classe III

1. Pacientes com CMH sem fatores de risco (NE C).

Livro SBC 3ª edição

CARDIOPATIA ARRITMOGÊNICA DO VENTRÍCULO DIREITO (CAVD)

Repolarização precoce

MIOCARDIOPATIA HIPERTRÓFICA (MCPH)

Doença autossômica dominante, que apresenta diversas mutações. É uma doença primária do coração, caracterizada por hipertrofia sem dilatação ventricular, hipertrofia septal assimétrica e grave desarranjo das fibras musculares, que propicia o surgimento de arritmias graves.

Muito se estudou sobre os principais fatores de risco para MS, porém, ainda existem dúvidas sobre a melhor

Doença autossômica de penetrância incompleta e variável. Desordem primária do coração, caracterizada por substituição das células miocárdicas por tecido adiposo ou fibroadiposo.

O comprometimento se dá predominantemente na parede livre do VD, ocasionalmente o VE, resultando em diminuição da espessura da parede e dilatação localizada ou generalizada do VD, levando à disfunção e propensão a arritmias graves.

Acomete adultos jovens, homens, que muitas vezes apresentam a MS como a primeira manifestação da doença.

O tratamento medicamentoso pode ser feito com sotalol, no entanto os CDI são preferíveis devido ao caráter progressivo da doença e ao mau prognóstico.

Classe III

1. Pacientes com CAVD assintomáticos, sem fatores de risco (NE C).

Livro SBC 3ª edição

SÍNDROME DE BRUGADA (SB)

Doença autossômica dominante, relacionada ao gene SCN5A, descrita em 1992, caracterizada por elevação do segmento ST nas derivações direitas (V1, V2 e V3), na ausência de BRD incompleto ou completo e suscetibi-lidade para arritmias graves.

ECG de DAVD (onda T negativa de V1 a V4, onda épsilon (seta), ainda pode ser encontrado: QRS mais largo em V1 que V6, onda S empastada, R de DIII > S de DIII).

Mais comum entre 30 e 40 anos, predominando em homens. Devido ao seu caráter multifocal, não possibilita ablação. A primeira manifestação da doença muitas das vezes é uma TV polimórfica ou FV.

CAVD e MSC abortada ou TVS se sobrevida esperada maior que 1 ano

CAVD e disfunção importante de VD ou FEVE ≤35% se sobrevida esperada maior que 1 ano

IIa

ECG típico de SB (supra de ST de V1 a V3, sem sinais de BRD) - ECG tipo 1.

Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3

Amplitude da onda J > Ou = 2mm > Ou = 2mm > Ou = 2mm

Onda T Negativa Positiva ou bifásica Positiva

C

CAVD: cardiopatia arritmogênica do ventrículo direito; CDI: cardioversordesfibrilador implantável; FEVE: fração de ejeção do ventrículo esquerdo; MSC: morte súbita cardíaca; TVS: taquicardia ventricular sustentada; VD ventrículo direito.

Arq Bras Cardiol. 2023; 120(1):e20220892, pg: 38

RECOMENDAÇÕES PARA IMPLANTE DE CDI NA CAVD

Classe I

1. Pacientes com CAVD que tenham apresentado TV/FV sustentada de causa não reversível e com expectativa de vida de pelo menos 1 ano (NE B).

Classe IIa

1. Pacientes com CAVD com doença extensa, incluindo envolvimento do VE, associada a história familiar de MSC em 1 ou mais membros, ou síncope de origem não determinada e com expectativa de vida de pelo menos 1 ano (NE C).

Configuração ST-T Convexa Em sela Em sela Segmento ST (porção terminal) Gradualmente descendente Elevada > ou = 1mm Elevada < 1mm

Braunwald 10ª edição

INDICASÇÕES DE CARDIOVERSOR-DESFIBRILADOR IMPLANTÁVEL (CDI) NA PREVENÇÃO PRIMÁRIA NA SÍNDROME DE BRUGADA

Classe de recomendação Nível de evidência TVS ou síncope de provável causa arrítmica e ECG com padrão Brugada tipo 1 espontâneo I B

Síncope provável de causa arrítmica e ECG com padrão Brugada tipo 1 induzido farmacologicamente.

IIa B ventricular leva também ao movimento anormal do septo, que resulta em aumento do diâmetro ventricular e redução da FE.

O paciente ideal para o implante de RSC é aquele que apresenta uma eletropatia (BRE), que levou a piora da FE e dilatação ventricular. E não aquele paciente que apresenta uma miocardiopatia que levou a dilatação ventricular, diminuição da FE e, só então, ao alargamento do QRS. No entanto, essa definição de quem veio primeiro, a eletropatia ou a miocardiopatia, é difícil. Isso é possível apenas naqueles pacientes que apresentam um histórico de exames e consultas bem documentados. Ao se observar que antes da queda da FE, antes da dilatação ventricular, o paciente desenvolveu BRE, apenas após essas alterações se desenvolveram, estamos então diante do paciente ideal, que apresenta maior chance de responder a RSC.

A RSC visa o implante de um cabo-eletrodo na parede lateral do VE (região de maior atraso), via seio coronário. Quando essa não é possível, é lançada mão da toracotomia como via e implante de eletrodo epicárdico, formando assim uma estimulação átrio-biventricular.

Não respondedores são aqueles que não apresentam melhora dos sintomas ou dos parâmetros hemodinâmicos e ecocardiográficos.

Os pacientes que apresentam a menor probabilidade de resposta a RSC são: homens; isquêmicos; QRS < 150ms; não BRE; QRS > 200ms; NYHA IV; hipertensão pulmonar; fibrilação atrial; doença renal crônica.

Para uma RSC ótima, devemos nos preocupar com a correta seleção dos pacientes; técnica adequada de implante, escolhendo veias adequadas (região lateral) e mantendo distância entre os eletrodos (ideal de 10cm); programação adequada do dispositivo (intervalo VV e AV); adesão medicamentosa; e controle de arritmias.

Diversos estudos já evidenciaram a redução dos sintomas, a redução da morbidade, a melhora da sobrevida e o remodelamento reverso pós implante de RSC. Uma metanálise, publicada em 2006, mostrou NNT de 11 com o implante deste dispositivo, ou seja, é necessário implantar 11 RSC para salvar 1 vida em 2,5 anos. Extrapolando para o período médio de longevidade deste dispositivo, será necessário implantar 5 dispositivos para evitar uma morte.

Recomenda Es Para Implante De Rsc

Classe I

1. Pacientes com FE ≤ 35%, ritmo sinusal, IC com CF II, III ou IV, apesar de tratamento farmacológico otimizado e BRE com QRS > 130ms (NE A)

2. Pacientes com indicação de marca-passo quando a estimulação ventricular é imprescindível por alto grau de bloqueio AV, FE ≤ 40%.

Classe IIa

1. Pacientes com IC em CF II, III ou IV, sob tratamento medicamentoso otimizado, com FE ≤ 35%, distúrbio da condução interventricular que não BRE, QRS > ou = 150ms

Classe IIb

1. Pacientes com IC em CF II, III ou IV, sob tratamento medicamentoso otimizado, com FE ≤ 35%, distúrbio da condução interventricular que não BRE, QRS entre 130 e 150ms.

RSC (seta vermelha: eletrodo de VE; seta preta: eletrodo de VD; seta azul: eletrodo de átrio).

Os pacientes são considerados respondedores à ressincronização quando: melhoram uma classe funcional da NYHA; aumentam relativamente em 15% ou mais a FE; diminuem em 15% o volume sistólico final do VE; aumentam em 10% a distância percorrida no Teste de Caminhada de 6 minutos; diminuem em 15 ou mais o índice de qualidade de vida (QOL).

2. Pacientes com FE ≤ 35%, com FA, IC com CF II, III ou IV, apesar de tratamento farmacológico otimizado e com QRS > 130ms

3. Paciente FE < ou = 40%, submetidos a implante de MP convencional com percentagem de estimulação ventricular > 40% que apresentam piora da IC.

Livro SBC 3ª edição

RECOMENDAÇÕES PARA INDICAÇÃO DE TERAPIA DE RESSINCRONIZAÇÃO CARDÍACA (TRC)

EM PACIENTES COM RITMO SINUSAL

Classe de recomendação

Nível de evidência

TRC é recomendada para pacientes com ICFEr sintomática em ritmo sinusal, com BRE e QRS ≥150ms, com FEVE ≤ 35% a despeito da TFO

Agora Resolva Essas Quest Es Recentes

Quest O Exemplo

1. TEC 2022 - Em relação à síncope, assinale a alternativa INCORRETA: a) Quando causada por arritmia cardíaca, o início da síncope é rápido e a duração é breve. b) Morder a língua e a incontinência são comuns na síncope cardíaca. c) Sintomas premonitórios podem ou não estar presentes, e tipicamente a síncope não é seguida por estado de confusão pós-icta. d) Palpitações que a precedem quase sempre estão ausentes se a perda de consciência for rápida. e) Convulasão é rara e ocorre principalmente após assistolia prolongada ou arritmia ventricular rápida.

Quest O Exemplo

2. TEC 2022 - Assinale a alternativa correta referente à síndrtome postural ortostástica taquicardizante (SPOT): a) Caracteriza-se por excelente capacidade de tolerar a postura ereta associada a aumento discreto na frequência cardíaca 10 minutos após assumir postura ereta. b) SPOT é facilmente reconhecível e não há como confundí-la com ansiedade ou taquicardia sinusal inapropriada. c) O Tilt-Test não é útil no diagnóstico de SPOT. d) A SPOT é uma variante da intolerância neurocardiogênica. e) Programas de treinamento de resistência e forçar não são úteis no tratamento de SPOT.

Quest O Exemplo

3. TEC 2022 - Sobre a Síndrome de Brugada (SBr), assinale a alternativa INCORRETA: a) A SBr caracteriza-se por eletrocardiograma com elevação em cúpula do segmento ST (≥2mm), sequidos de onda T negativa nas derivações precordiais direitas V1 a V3. b) A SBr associa-se a aumento do risco de morte súbita cardíaca secundária a episódios de taquicardia ventricular polimórfica. c) A SBr não é uma síndrome arrítmica hereditária d) A penetrância e a expressividade desse distúrbio são altamente variáveis, desde indivíduos de idadea mais mais avançadas assintomáticos até casos de morte súbita cardíaca no primeiro ano de vida. e) Vários são os genes implicados na patogenicidade de SBr, mas somente o SCN5A domonstra contribuição significativa para a doença.

Quest O Exemplo

4. TEC 2022 - Assinale a alternativa correta sobre a taquicardiomiopatia: a) A forma mais tradicional de taquicardiomiopatia é causada por taquicardia sinusal inapropriada detectada ao Holter de 24 horas. b) Taquicardia por períodos prolongados pode induzir disfunção ventricular mesmo na ausência de doença estrutural. c) Contrações ventriculares prematuras persistentes e frequentes não levam à taquicardiomiopatia. d) Apenas as arritmias supraventriculares com resposta ventricular elevada podem causar taquicardiomiopatia. e) Na maioria dos casos, independentemente da correção da arritmia, a disfunção ventricular é irreversível.

Quest O Exemplo

5. TEC 2022 - Paciente em tratamento otimizado para insuficiência cardíaca de origem isquêmica, fração de ejeção do ventrículo esquerdo de 26%, admitido com taquicardia ventricular monomórfica sustentada e síncope.

Qual é a melhor conduta?

a) Ablação de taquicardia ventricular é suficiente para prevenção de novos eventos e deveria ser utilizada em vez do implante de cardiodesfibrilador implantável.

b) Considerando que o paciente não utilizava antiarrítmicos anteriormente, é importante realização de prova farmacológica com amiodarona antes de discutir implante de cardiodesfibrilador.

c) Implante de cardiodesfibrilador implantável é a melhor opção para prevenção de novos eventos.

d) Estudo eletrofisiológico invasivo negativo, se realizado após 10 dias de evento, serve para identificar os pacientes que não terão benefício do implante do cardiodesfibrilador implantável.

e) Paciente é considerado candidato à profilaxia primária.

Quest O Exemplo

6. TEC 2022 - Paciente do sexo masculino, de 70 anos de idade, hipertenso, dislipidêmico, com queixa de tontura e um evento de perda de consciência sem liberação de esfincter ou convulsão há uma semana, em tratamento com inibidores da enzima conversora da angiotensina (iECA) e atorvastatina. Ao exame: consciente, dispneico, sem alteração neurológica ou hemodinâmica.

Eletrocardiograma de 12 derivações foi obtido com o papel na velocidade de 25 mm/seg.

Qual é o diagnóstico e a conduta adequados?

a) Wolff-Parkinson-White. Ablação por radiofrequência.

b) Distrofia muscular de Duchene. Implante de marca-passo definitivo.

c) Cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito. Implante de cardiodesfibrilador implantável.

d) Síndrome de Brugada. Trocar amiodarona por ivabradina.

e) Síndrome de Lown-Ganong-Levine. Ablação por laser.

Qual é a orientação mais adequada?

a) Teste de atropina.

b) Realização do Tilt-Test (teste de inclinação).

c) Realização de estudo eletrofisiológico.

d) Solitação de Holter.

e) Implante de marca-passo definitivo.

Quest O Exemplo

7. TEC 2022 - Paciente do sexo feminino, de 18 anos de idade, com história de três internações em prontosocorro para reversão de arritmia com medicação endovenosa. Medicada com amiodarona há alguns meses; no momento assintomática. Teve conhecimento sobre os problemas do uso crônico da amiodarona. Seu exame físico está dentro dos limites da normalidade.

Eletrocardiograma a seguir.

Quest O Exemplo

8. TEC 2022 - Paciente do sexo masculino, de 60 anos de idade, portador de cardiopatia isquêmica crônica, sob tratamento farmacológico otimizado, sem isquemia miocárdica passível de tratamento por revascularização cirúrgica ou percutânea e com expectativa de vida de pelo menos 1 ano.

Para o caso em questão, assinale a alternativa considerada recomendação classe I, nível de evidência A, para implante de cardiodesfibrilador implantável na prevenção primária de morte súbita cardíaca:

(Considerar CF-NYHA= classe funcional da New York Heart Association) a) Fração de ejeção do ventrrículo esquerdo ≤35% e CF-NYHA II-III. b) Fração de ejeção do ventrículo esquerdo ≤30% e CF-NYHA I-IV. c) Fração de ejeção do ventrículo esquerdo ≤35%, taquicardia ventricular não sustentada espontânea e taquicardia ventricular sustentada indutível ao estudo eletrofisiológico. d) Fração de ejeção do ventrículo esquerdo ≤30%, CFNYHA II-IV, QRS ≥120 ms, para os quais tenha sido indicada terapia de ressincronização cardíaca. e) Paciente com cardiopatia isquêmica e fração de ejeção do ventrículo esquerdo ≤ 50%. e) DNS assintomática ou com sintomas comprovadamente não relacionados à bradicardia

Quest O Exemplo

20. TEC 2020 - Qual alteração NÃO está descrita para pacientes portadores de síndrome do QT curto?

a) Fibrilação atrial.

b) Ondas T estreitas e altas nas derivações precordiais.

c) Taquicardia ventricular polimórfica.

d) Fibrilação ventricular.

e) Segmentos ST curtos ou ausentes.

Quest O Exemplo

21. TEC 2020 - Homem, 79 anos, com queixa de palpitações e dispneia de início súbito. É hipertenso e diabético. Ao exame físico, pressão arterial = 80 x 50 mmHg e estertores crepitantes nas bases pulmonares. Conforme eletrocardiograma abaixo, qual a correta conduta inicial para a reversão da arritmia desse paciente?

a) Cardioversão elétrica sincronizada.

b) Ablação por radiofrequência para interromper o circuito da arritmia.

c) Manobra vagal e, caso não resolva, adenosina endovenosa.

d) Manobra vagal e, caso não resolva, betabloqueador endovenoso.

e) Digital endovenoso.

Quest O Exemplo

23. TEC 2020 - Qual a conduta correta frente aos achados identificados neste registro eletrocardiográfico?

a) Cardioversão elétrica sincronizada.

b) Adenosina por via endovenosa.

c) Verapamil por via endovenosa.

d) Ablação por radiofrequência.

e) Amiodarona por via endovenosa.

Quest O Exemplo

22. TEC 2020 - Mulher, 23 anos, queixa de palpitações rápidas e tontura, de início súbito. Refere episódios anteriores similares. Ao exame físico: frequência cardíaca = 190 bpm; pressão arterial = 100 x 70 mmHg. O eletrocardiograma mostrava taquicardia regular, com QRS estreito, não sendo visível atividade elétrica atrial. Qual deve ser a primeira opção para a reversão dessa arritmia?

a) Realização de Holter de 24 horas e indicação de marca-passo se houver pausa superior a três segundos.

b) Implante de marca-passo definitivo.

c) Acompanhamento clínico e indicação de marcapasso definitivo quando ocorrerem sintomas.

d) Realização de estudo eletrofisiológico para avaliar a necessidade de indicação de marca-passo.

e) Avaliação da fração de ejeção e, se inferior a 40%, indicar marca-passo.

Quest O Exemplo

24. TEC 2020 - Assinale a situação em que NÃO há indicação de verapamil por via oral para pacientes com arritmias ventriculares: a) Prevenção de taquicardias originadas na via de saída do ventrículo direito. b) Portadores de cardiomiopatia hipertrófica pósparada cardiorrespiratória. c) Portadores de arritmia ventricular relacionada com espasmo de coronária. d) Pacientes com variante de acoplamento curto de taquicardia ventricular polimórfica. e) Pacientes em pós-infarto do miocárdio sem elevação do segmento ST para prevenção de morte súbita e redução de mortalidade.

Quest O Exemplo

31. TEC 2019 - Homem, 46 anos, com hipertensão leve à moderada e história de crises de palpitação taquicárdica desde a pré-adolescência. Ecocardiograma normal. Nos últimos anos, houve agravamento dos sintomas, apesar do uso regular de amiodarona (400 mg/dia). Após episódio sincopal, deu entrada no setor de emergência, apresentando o eletrocardiograma (ECG) da imagem. Estável hemodinamicamente. Qual o diagnóstico eletrocardiográfico e a conduta indicada?

O eletrocardiograma (ECG) realizado no momento do sintoma encontra-se nesta imagem. Qual o diagnóstico eletrocardiográfico e a conduta indicada?

a) Taquicardia ventricular monomórfica sustentada. Amiodarona venosa.

b) Taquicardia ventricular polimórfica. Cardioversão elétrica sincronizada.

c) Taquicardia paroxística supraventricular (TPSV) com aberrância pelo ramo esquerdo e posteriormente pelo ramo direito. Adenosina para reversão e indicar ablação por cateter.

d) Taquicardia ventricular bidirecional. Cardioversão elétrica de imediato.

e) Fibrilação atrial em portador de síndrome de Wolff-Parkinson-White. Amiodarona venosa.

Quest O Exemplo

32. TEC 2019 - Homem, 62 anos, portador de cardiopatia chagásica e disfunção ventricular esquerda grave (fração de ejeção [FEI = 29%). Havia apresentado um episódio de síncope há 8 dias. Encontrava-se internado para investigação diagnóstica, quando apresentou episódio de palpitação com sudorese profusa.

a) Taquicardia paroxística supraventricular (TPSV) com aberrância pelo ramo direito. Amiodarona venosa e, caso não reverta, cardioversão elétrica.

b) Taquicardia ventricular polimórfica. Cardioversão elétrica e revisão laboratorial.

c) Taquicardia ventricular monomórfica sustentada. Cardioversão elétrica de imediato. Implante de cardioversor desfibrilador implantável (CDI) por profilaxia secundária.

d) Fibrilação atrial com elevada resposta ventricular. Cardioversão elétrica de imediato. Amiodarona.

e) Taquicardia ventricular monomórfica sustentada. Amiodarona. Implante de cardioversor desfibrilador implantável (CDI) por profilaxia primária.

Quest O Exemplo

33. TEC 2019 - Com referência aos fatores de risco para morte súbita, é INCORRETO afirmar que: a) A cardiomiopatia hipertrófica, quando é do tipo não obstrutiva, não se constitui marcador de risco para morte súbita. b) A incidência de morte súbita em crianças abaixo de 1 ano é similar à incidência em adultos de meia-idade ou mais velhos. c) A síndrome do QT longo congênito é um contribuinte genético para o risco de morte súbita. d) A doença arterial coronariana é a principal base estrutural para o risco de morte súbita. e) A morte súbita cardíaca pode ser a primeira manifestação de doença coronária em até metade dos casos. a) ECG sugestivo de fibrilação ventricular, devendo o paciente ser desfibrilado imediatamente e submetido a implante de cardioversor desfibrilador implantável (CDI). b) ECG de taquicardia ventricular polimórfica catecolaminérgica. A administração de betabloqueador intravenoso está indicada para controle de arritmias. c) ECG de taquicardia ventricular polimórfica relacionada à síndrome coronariana aguda. O paciente deve ser cardiovertido e encaminhado à sala de hemodinâmica para tratamento percutâneo quanto antes. d) ECG de fibrilação atrial, em paciente com via acessória atrioventricular (AV) apresentando alto risco de morte súbita. Deve ser cardiovertido e encaminhado para ablação por cateter da via acessória. e) ECG de fibrilação atrial de alta resposta e bloqueio de ramo esquerdo. Paciente deve ser cardiovertido e encaminhado à ablação de fibrilação atrial (FA), para isolamento das veias pulmonares.

Quest O Exemplo

38. TEC 2019 - Em relação ao traçado de Holter, qual afirmação está correta: d) Essa manifestação eletrocardiográfica é típica de distúrbio no sistema His-Purkinje. e) Trata-se de bloqueio atrioventricular do 2o grau fisiológico, secundário à extrassístole atrial, o que pode ser causado por uso crônico de betabloqueador e/ou digoxina.

Quest O Exemplo

39. TEC 2018 - Existem situações quando o verapamil pode ser indicado para o tratamento de arritmias ventriculares. Dentre as opções abaixo, assinale o tipo de taquicardia ventricular verapamilsensível: a) Taquicardia ventricular secundária à Doença de Chagas. b) Taquicardia ventricular fascicular. c) Taquicardia ventricular relacionada com cicatriz de infarto do miocárdio. d) Taquicardia na fase aguda do infarto do miocárdio. e) Taquicardia ventricular secundária à displasia arritmogênica do ventrículo direito (VD).

Quest O Exemplo

40. TEC 2018 - Morte súbita cardíaca é uma importante causa de óbito. Assinale a causa de morte súbita cujos fatores desencadeantes sejam ruídos intensos: a) Fibrilação ventricular idiopática. b) Síndrome de Brugada. c) Taquicardia ventricular polimórfica catecolaminérgica. d) Síndrome do QT longo tipo 2. e) Displasia arritmogênica do ventrículo direito.

Quest O Exemplo

a) Trata-se de um bloqueio atrioventricular de 2o grau tipo I, o que normalmente não deve ser considerado de alto risco em pacientes assintomáticos.

b) Trata-se de um bloqueio atrioventricular de 2o grau tipo Wenckebach, que apresenta localização anatômica mais provável no feixe de His.

c) Trata-se de um bloqueio atrioventricular de 2o grau tipo II, que tem sua localização anatômica mais frequente no nó atrioventricular.

41. TEC 2018 - Paciente de 25 anos, em curso de 16ª semana da 2ª gestação, com história de troca valvar por prótese biológica mitral há 4 anos, assintomática, em uso de penicilina benzatina profilática para doença reumática. Procurou o pronto-socorro com queixa de palpitações e dispneia aos esforços, que iniciou há uma semana. Ao exame físico, estava com frequência cardíaca (FC) = 120 bpm; pressão arterial (PA) = 100 x 60 mmHg.

c) Circuitos de macrorreentrada atrial.

d) Reentrada intranodal ou reentrada por via anômala com condução retrógrada (ortodrômica).

e) Circuitos de microrreentrada atrial.

Quest O Exemplo

48. TEC 2018 - Com base no caso clínico da questão 37, a abordagem terapêutica inicial deve ser: a) Manobras vagais e, se não reverter, aplicar adenosina intravenosa. b) Amiodarona intravenosa e, se não reverter, fazer massagem do seio carotídeo. c) Ablação do “foco” da arritmia. d) Cardioversão elétrica imediata. e) Propafenona via oral.

Quest O Exemplo

49. TEC 2017 - A terapia de ressincronização cardíaca faz parte do arsenal terapêutico de pacientes com insuficiência cardíaca crônica. Para a redução de mortalidade, a alternativa Classe I de recomendação é: a) FEVE ≤ 35%, CF III/IV da NYHA, FA de baixa resposta bem controlada, tratamento clínico otimizado e com duração do QRS ≥ 130ms. b) Paciente com indicação formal de marca-passo FEVE ≤ 35%, CF III ou IV da NYHA com tratamento otimizado e duração do QRS ≥120ms. c) FEVE ≤ 35%, ritmo sinusal, CF II a IV da NYHA, tratamento clínico otimizado e com duração do QRS ≥ 120ms com dissincronia ventricular. d) Fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) ≤ 35%, ritmo sinusal, classe funcional (CF) III da NYHA, tratamento clínico otimizado e com duração do QRS ≥ 150ms. e) Paciente com fibrilação atrial (FA) permanente, FEVE ≤ 35%, CF III ou IV da NYHA, tratamento otimizado com duração do QRS ≥ 130ms e dependente de marca-passo após ablação do nó atrioventricular.

Quest O Exemplo

50. TEC 2017 - Cefaleia, náuseas, vômitos, alteração na percepção das cores, visão em halo e mal-estar generalizado são efeitos adversos que sugerem intoxicação pelo uso de: a) Diltiazem. b) Digitálicos. c) Verapamil. d) Propafenona. e) Betabloqueadores.

Quest O Exemplo

51. TEC 2017 - Os componentes mais importantes na avaliação de um paciente com perda transitória da consciência e síncope são: a) História e exame físico. b) Eletrocardiograma e exame físico. c) Exame físico e teste de inclinação. d) Ecocardiograma e ausculta cardíaca. e) Eletrocardiograma e teste ergométrico.

Quest O Exemplo

52. TEC 2017 - Sobre a taquicardia ventricular polimórfica catecolaminérgica, é INCORRETO afirmar: a) O intervalo QT é normal. b) É uma forma hereditária de taquicardia ventricular. c) É uma arritmia que se manifesta mais comumente a partir da sétima década de vida. d) A taquicardia ventricular é reprodutível, induzida pelo esforço e frequentemente bidirecional. e) Pacientes portadores dessa arritmia devem ser orientados a evitar exercícios físicos vigorosos.

Quest O Exemplo

53. TEC 2017 - Quanto à taquicardia por reentrada nodal atrioventricular, podemos AFIRMAR que: a) Não é causa de síncope. b) Geralmente é assintomática. c) Não altera o débito cardíaco. d) É mais comum a partir da sexta década de vida. e) O prognóstico em pacientes sem doença cardíaca é bom.

Quest O Exemplo

54. TEC 2017 - No código de cinco letras empregado para descrever as operações dos dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis, a terceira letra descreve: a) Câmara sentida. b) Câmara estimulada. c) Estimulação multissítio. d) Resposta à sensibilidade. e) Modulação de frequência.

Quest O 12

Comentário: Casos como esses é fundamental buscar algo familiar, observe na seta azul a onda “p”, na primeira onda “p” marcada ela é seguida de um complexo “QRS”, porém a partir da segunda seta azul não observamos mais complexo “QRS” e temos 7 ondas “p” que não são seguidas de “QRS”. Agora observe na seta vermelha a presença de espícula que significa o estímulo do marca-passo, na primeira seta vermelha essa espícula (estímulo do marca-passo) gera um “QRS”, porém a partir da segunda espícula não observamos mais complexos “QRS”, há então uma falha na capacidade da espícula gerar “QRS”, definida como falha de comando ou falha de captura.

Resposta:

QUESTÃO 14

Comentário: Muitos colegas erraram essa questão, porque foram afoitos e não analisaram todas as informações ofertadas no cabeçalho, se você focasse apenas na informação “com necessidade de desfibrilação externa” você acertaria essa questão em menos de 10 segundos. Qual das alternativas que necessita de desfibrilação externa? Apenas a letra E, simples, simples até demais e pode estar aí o nível elevado de erro. Nós nos preparamos tanto, que quando nos deparamos com uma questão tão simples ficamos achando que é “pegadinha”. Detalhe: implanto dispositivo desde 2014 e NUNCA tive um caso de Torsades na situação descrita no caso acima.

Resposta:

QUESTÃO 15

Resposta:

QUESTÃO 13

Comentário: Letra B errada, a indicação de CDI no contexto de tempestade elétrica é classe III, ou seja, contraindicada. É preciso primeiro estabilizar o paciente, e só aí avaliar o implante de CDI. Letra C errada, é necessário aguardar 40 dias após o IAM para se avaliar indicação de CDI. Letra D errada, difícil até comentar de tão errada que está, não se pode falar de indicação de dispositivo sem mencionar fração de ejeção e sintomatologia. Letra E errada, o estudo SCD-HeFT testou essa hipótese e mostrou que o CDI reduziu o risco relativo de morte em 23% em relação a terapia com amiodarona. Letra A correta e indicação Classe IA de implante de CDI.

Classe I

1. Parada cardíaca por TV/FV de causa não-reversível, com FE ≤ 35% e expectativa de vida de pelo menos 1 ano (NE A);

2. TVS espontânea com comprometimento hemodinâmico ou síncope, de causa não reversível com FE ≤ 35% e expectativa de vida de pelo menos 1 ano (NE A).

Livro SBC 3ª edição

Comentário: Todos os outros critérios fazem parte dos algoritmos diagnósticos de TV, com exceção da letra C, quando encontramos uma “p” precoce, sugere que ela foi a responsável pela taquicardia levando a condução aberrante, como podemos observar na figura abaixo, que demonstra exatamente o que foi comentado na alternativa, na seta vermelha temos uma onda “p” precoce de uma TA conduzida de forma aberrante por 2 batimentos, mas em outras situações ela pode se sustentar e dificultar o diagnóstico. Por isso que nós buscamos a origem e o fim da taquiarritmias, porque esses achados matam a charada.

Resposta:

GABARITO

A = B = C = D = E =

Quest O 16

Comentário: a questão descreve o caso de um paciente admitido com TVMS estável, após reversão todos os exames complementares realizados confirmam a hipótese diagnóstica sugerida pelo ECG (onda épsilon e ondas t invertidas em derivações precordiais direitas) de cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito.

No livro da SBC são elencados 5 fatores de risco: HF positiva de MS; Síncope inexplicada; Espessura da parede do VE maior ou igual 30mm; TVNS; TVS espontânea.

Na presença de 1, e somente 1 desses, está indicado o implante de CDI

Resposta:

Questão 18

ECG de CAVD (onda T negativa de V1 a V4, onda épsilon (seta), ainda pode ser encontrado: QRS mais largo em V1 que V6, onda S empastada, R de DIII > S de DIII).

Recomenda Es Para Implante De

Classe I

CDI NA CAVD

1. Pacientes com CAVD que tenham apresentado TV/FV sustentada de causa não reversível e com expectativa de vida de pelo menos 1 ano (NE B).

Classe IIa

1. Pacientes com CAVD com doença extensa, incluindo envolvimento do VE, associada a história familiar de MSC em 1 ou mais membros, ou síncope de origem não determinada e com expectativa de vida de pelo menos 1 ano (NE C).

Classe III

1. Pacientes com CAVD assintomáticos, sem fatores de risco (NE C).

Resposta:

QUESTÃO 17

Comentário: Descrição clássica de uma ecocardiograma de MCP hipertrófica, com septo muito aumentado, e o clássico SAM (movimento sistólico anterior da valva mitral). Paciente apresenta 3 fatores de alto risco para morte súbita, portanto apresenta indicação de CDI

Comentário: Letra A errada, os maiores benefícios são encontrados naqueles pacientes com FE < 35%, QRS > 150ms e BRE. Letra C errada, os pacientes que apresentam a menor probabilidade de resposta a RSC são: homens; isquêmicos; QRS < 150ms; não BRE; QRS > 200ms; NYHA IV; hipertensão pulmonar; fibrilação atrial; doença renal crônica. Letra D errada, o benefício se mostrou superior naqueles pacientes com QRS > 150ms. Letra E errada, pacientes com FA têm maior probabilidade de não responder a ressincronização que pacientes em ritmo sinusal.

Resposta:

Questão 19

Comentário: Letra A errada, é indicação, porém não é Classe I. Letra B errada, não se menciona angina de peito ou taquiarritmias nas diretrizes. Letra C errada, é uma indicação, porém não é classe I. Letra E errada, isso é uma contraindicação ao implante de MP.

Resposta:

Classe I

1. Bradicardia sinusal, pausa sinusal, bloqueio sinoatrial ou síndrome bradi-taqui espontânea, irreversível ou induzida por fármacos necessários e insubstituíveis, com documentação de sintomas associados. (NE C)

2. Incompetência cronotrópica sintomática. (NE C)

Livro SBC 3ª edição

GABARITO

A = B = C = D = E =

Portanto, ao se analisar um ECG sugestivo de TRN, devemos identificar RP < 80ms, pseudo “R” em V1, pseudo “S” em parede inferior e PR antes da taquicardia longo.

Resposta:

Questão 27

Comentário: Letra A errada, para ter indicação de ressincronização um fator primordial é ter FE < 35%. Letra B errada, é preciso QRS alargado. Letra C errada, pelo menos 40 dias do infarto, FE < 35% e NYHA II ou III. Letra D errada, no contexto de tempestade elétrica está contraindicado o implante de CDI, é preciso o controle da arritmia antes do implante. Letra E errada, paciente precisa ter expectativa de vida de pelo menos 1 ano para contemplar indicação de CDI. Para mim essa questão deveria ser anulada, não foi informada a FE e isso é fator definidor. A banca deu a letra A como resposta.

Resposta:

QUESTÃO 28

Comentário: ECG evidenciando uma “p” conduzida e uma “p” bloqueada, caracterizando BAV 2:1, admitido após síncope, paciente necessita de implante de marca-passo provisório até o implante do marcapasso eletivo.

Resposta:

QUESTÃO 29

Comentário: Letra A errada, a terapia de ressincronização cardíaca (TRC) está indicada nos pacientes apresentando disfunção sistólica grave (FEVE < 35%) além de distúrbios de condução intraventricular com duração do complexo QRS >150 e não 120ms. Os que apresentam maiores chances de se beneficiar são os de origem idiopática não isquêmica. Letra B errada, há benefício nos casos de disfunção ventricular grave (FE < ou = 35%) em que o paciente apresentará um alto grau de estímulo ventricular pelo marca-passo, como nos casos de BAVT. Letra C errada, alta densidade de ectopia ventricular no Holter não demonstrou ser fator de risco para morte súbita. Letra E considerada errada, porém pela Diretriz Brasileira publicada no livro da SBC 3ª edição, está correta, segue quadro em anexo. Letra D correta e autoexplicativa.

Recomenda Es Para Implante De Cdi Na Preven O Prim Ria De Ms

Classe I

Sobreviventes de IAM há pelo menos 40 dias ou com cardiopatia isquêmica crônica, sob tratamento farmacológico ótimo, sem isquemia miocárdica passível de tratamento por revascularização cirúrgica ou percutânea e expectativa de vida de pelo menos 1 ano com:

1. FEVE ≤ 35% e CF II-III, ou FEVE ≤ 30% e CF I, II ou III (NE A);

2. FEVE ≤40%, TVNS espontânea e TVS indutível ao EEF (NE B).

Classe IIa

1. Pacientes com cardiomiopatia dilatada não isquêmica, CF II-III, com FEVE ≤ 35% e expectativa de vida de pelo menos 1 ano (NE A);

2. Pacientes com cardiopatia isquêmica ou nãoisquêmica, CF III-IV, FEVE ≤ 35%, QRS ≥ 120ms, para os quais tenha sido indicada TRC e expectativa de vida de pelo menos 1 ano (NE B).

Classe III

1. Pacientes com cardiopatia passível de correção cirúrgica ou percutânea (NE B);

2. Pacientes com cardiopatia isquêmica e FEVE ≥ 35% (NE B)

Livro SBC 3ª edição

Resposta:

Quest O 30

Aponte sua câmera ou leitor de QR Code para acessar o comentário desta questão EM VÍDEO, diretamente dentro do seu EAD CardioAula®!

Resposta:

GABARITO

A = B = C = D = E =

Quest O 31

Comentário: Paciente sem cardiopatia estrutural evoluindo com síncope e taquicardia regular de QRS largo que inverte a polaridade (observar V1). Partimos pro diagnóstico diferencial de taquicardia de QRS largo utilizando o algoritmo de Brugada, onde respondemos não a todas as perguntas, ou seja, TSV com aberrância ora pelo ramo direito ora pelo ramo esquerdo. Como a taquicardia é estável pode ser submetida a cardioversão química, no caso com adenosina e, posteriormente encaminhado a ablação por cateter.

Ausência de complexo RS em precordiais  Sim  TV

NÃO

RS > 100ms em qualquer precordial  Sim  TV

NÃO

Dissociação atrioventricular  Sim  TV

NÃO

Critérios morfológicos de TV presentes em V1 e V6  Sim  TV

NÃO

TSV

Resposta:

QUESTÃO 32

Comentário: Paciente portador de disfunção ventricular grave por Chagas, evoluindo com taquicardia monomórfica de QRS largo instável, independente do diagnóstico merece cardioversão elétrica imediata, com isso eliminamos as letras A e E. Utilizando o algoritmo de Vereckei confirmamos o diagnóstico de TV monomórfica. Paciente apresenta indicação de implante de CDI como prevenção secundária como visto no quadro da Diretriz abaixo.

Onda R inicial?  Sim  TV (acurácia: 98,6%)

NÃO

Onda r ou q iniciais > 40ms?  Sim  TV

NÃO

Entalhe na porção descendente da ativação inicial negativa de um QRS, predominantemente negativo?  Sim  TV NÃO Vi/Vt < ou = 1  Sim  TV NÃO TSV com aberrância

Recomenda Es Para Implante De Cdi Na Preven O Secund Ria De Ms

Classe I

1. Parada cardíaca por TV/FV de causa não-reversível, com FE ≤ 35% e expectativa de vida de pelo menos 1 ano (NE A);

2. TVS espontânea com comprometimento hemodinâmico ou síncope, de causa não reversível com FE ≤ 35% e expectativa de vida de pelo menos 1 ano (NE A).

Classe IIa

1. Sobreviventes de Parada Cardíaca, por TV/FV de causa não reversível, com FE ≥ 35% e expectativa de vida de pelo menos 1 ano (NE B);

2. Pacientes com TVS espontânea, de causa não reversível, com FE≥ 35%, refratária a outras terapêuticas e expectativa de vida de pelo menos 1 ano (NE B);

3. Pacientes com síncope de origem indeterminada com indução de TVS hemodinamicamente instável e expectativa de vida de pelo menos 1 ano (NE B).

Classe III

1. TV incessante (NE C).

Livro SBC 3ª edição

Resposta:

Quest O 33

Comentário: Questão direta que cobra conhecimento sobre diversas causa de morte súbita, a Miocardiopatia hipertrófica é doença autossômica dominante, que apresenta diversas mutações. É uma doença primária do coração, caracterizada por hipertrofia sem dilatação ventricular, hipertrofia septal assimétrica e grave desarranjo das fibras musculares, que propicia o surgimento de arritmias graves.

GABARITO

A = B = C = D = E =

Quest O 37

Aponte sua câmera ou leitor de QR Code para acessar o comentário desta questão EM VÍDEO, diretamente dentro do seu EAD CardioAula®!

Quest O 40

Comentário: O QT longo é uma canalopatia, uma vez que se origina de uma mutação nos genes que codificam as proteínas dos canais de sódio e potássio das membranas. Há diversas mutações, porém, o QT longo tipo 1 e 2 origina-se de mutações no gene KCNQ1 e o QT longo tipo 3 apresenta mutações no gene SCN5A. O QT longo tipo 1(LQT1) é o mais frequente, manifestando durante atividade física ou estresse emocional. O QT longo tipo 2 (LQT2) se manifesta durante estímulos auditivos. QT longo tipo 3 (LQT3) apresenta maior mortalidade e se manifesta durante o sono.

Resposta:

Quest O 38

Resposta: Letra B, D e erradas, é sim um Wenckebach, porém sua localização mais comum é nodal. Letra C errada, BAV 2º Mobitz II tem uma “p” bloqueada sem alteração do intervalo “PR” antes ou depois do bloqueio. Letra A correta, estamos diante de um BAV 2º Mobitz I tipo Wenckebach, em que há um aumento progressivo do intervalo “PR” até haver uma “p” bloqueada, sendo o intervalo “PR” seguinte curto, nessas situações em pacientes assintomáticos não indicamos marca-passo pois não são de alto risco de evoluir com bloqueio AV total.

Resposta:

Quest O 39

Comentário: Taquicardia fascicular configura uma taquiarritmia com origem em um dos fascículos (anterosuperior; posterosuperior). A apresentação mais comum é de BRD associado a BDAS. O QRS com largura entre 100 e 140ms, RS < 80ms, normalmente o ECOTT é normal e, na maioria dos casos, responde a verapamil. Nos casos refratários, indica-se ablação. Muitos autores indicam como tratamento de escolha, devido ao alto grau de cura.

Resposta:

GABARITO

A = B = C = D = E =

Resposta:

QUESTÃO 41

Comentário: Paciente com diagnóstico de Flutter atrial de tempo de início maior que 48h ou desconhecido. Necessita iniciar anticoagulação plena, realizar ECOTE e, caso não se identifique trombo, realizar a cardioversão elétrica e manter anticoagulação por pelo menos 4 semanas e avaliar estender por longo prazo a depender do CHA2DS2VASc.

Resposta:

Quest O 42

Comentário: Questão que gerou muita polêmica. Como o enunciado pede o paciente que apresenta maiores chances de responder a TRC, a Letra B está errada, uma vez que BRD tem menor chance de resposta que BRE. A letra D a banca considerou que o paciente permanecia descompensado e, por isso, não teria condições clínicas para o implante. A única alternativa que é indicação Classe IA é a letra C.

Classe I

1. Pacientes com FE ≤ 35%, ritmo sinusal, IC com CF II, III ou IV, apesar de tratamento farmacológico otimizado e BRE com QRS > 130ms (NE A)

2. Pacientes com indicação de marca-passo quando a estimulação ventricular é imprescindível por alto grau de bloqueio AV, FE ≤ 40%.

Resposta:

Quest O 52

Comentário: Doença hereditária caracterizada por TV polimórfica, desencadeada pelo esforço ou estresse emocional, com incidência maior em indivíduos jovens. Ao ECG se apresenta como uma taquicardia instável, com QRS bidirecional, na ausência de doença cardíaca estrutural.

Resposta:

Quest O 53

Comentário: A taquicardia por reentrada nodal (TRN) é a taquicardia paroxística supraventricular mais comum, se apresenta com FC entre 140 e 250bpm. Mais comum em mulheres jovens, associada a palpitações, tonturas e, raramente, síncope. Apresenta o clássico “sinal do sapo”, que se apresenta com a sensação de pulsação no pescoço, causada pela contração simultânea do átrio e ventrículo. Sendo assim, o átrio bate com a valva atrioventricular fechada, gerando uma onda. A em canhão no pulso jugular. Pacientes sem doença cardíaca estrutural apresentam bom prognóstico. O circuito de taquicardia utiliza as vias nodais rápidas e lentas. A TRN se instala descendo pela via lenta e voltando ao átrio pela via rápida. Entra novamente na via lenta, que apresenta período refratário muito mais curto do que a via rápida, mantendo assim o circuito da taquicardia.

Resposta:

GABARITO

A = B = C = D = E =

Quest O 54

Comentário: Atualmente existe um código internacional de 5 letras para definir como está a programação dos dispositivos:

1ª letra: Câmara Estimulada (A, V, D, O);

2ª letra: Câmara Sentida (A, V, D, O);

3ª letra: Resposta do MP, ou seja, o que o MP faz quando ele sente (T, I, D, O);

4ª letra: Modulação da FC biossensores (R, O);

5ª letra: Presença e local multissítio (A, V, D, O).

Exemplo:

VDD  estimula o ventrículo, sente átrio e ventrículo e, quando sente o átrio, triga o ventrículo e, quando sente o ventrículo, se inibe.

AAI estimula o átrio, sente o átrio e, quando sente o átrio, se inibe.

VVI  estimula o ventrículo, sente o ventrículo e, quando sente o ventrículo, se inibe.

DDDR  estimula átrio e ventrículo, sente átrio e ventrículo e, quando sente o átrio, triga o ventrículo e, quando sente o ventrículo, se inibe. E a letra R significa que o sensor está ligado.

DDDR-BIV  estimula átrio e ventrículo, sente átrio e ventrículo e, quando sente o átrio, triga o ventrículo e, quando sente o ventrículo, se inibe. E a letra R significa que o sensor está ligado. E “BIV” significa que o estímulo é biventricular, ou seja, o dispositivo é um ressincronizador.

Resposta:

Quest O 55

Comentário: Pacientes portadores de taquicardias sintomáticas apesar do uso de fármacos ou, nos casos em que não se possa utilizar a medicação, têm indicação de ablação.

Resposta:

Quest O 56

Comentário: BAV 2º MII nunca é benigno, significa doença do sistema de condução. Todas as outras alterações podem acontecer em atletas e não significam necessariamente doença.

Resposta:

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