EXPEDIENTE
Realização: Publicação independente e promocional do Consultor Político Aurizio Freitas. Este e-book foi lançado no dia 18 de Maio de 2018, dentro do XIII Congresso Brasileiro de Estratégias Eleitorais e Marketing Político, ocorrido em FortalezaCE. Esta publicação não tem objetivos acadêmicos ou editoriais. Capa: Ricardo Calvão (www.ricardocalvao.com)
Diagramação: Alex Guenther (www.alexguenther.com) (ilustrebook.blogspot.com)
www.auriziofreitas.com
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SOU CANDIDATO, E AGORA? PEQUENO MANUAL PARA NOVOS CANDIDATOS SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO: O PORQUÊ DESSE E-BOOK................5 2. PRIMEIRAS QUESTÕES......................................................10 2.1 POR QUE VOCÊ SERÁ CANDIDATO.............................10 2.2 O AMBIENTE POLÍTICO E ELEITORAL........................14 2.3 SEUS ALIADOS DE PRIMEIRA HORA: A COMUNICAÇÃO E A ESTRATÉGIA......................................................................15 3. PLANEJAMENTO E GERENCIAMENTO DA CAMPANHA...........................................................................................17 3.1 SOBRE O PLANEJAMENTO DE CAMPANHA...............17 3.2 GERENCIAMENTO DA CAMPANHA.............................20 3.3 PRÉ-CAMPANHA VERSUS CAMPANHA.........................21 4. COMUNICAÇÃO ELEITORAL...........................................23 4.1 COLETA DE INFORMAÇÕES, SEGMENTAÇÃO E PÚBLICOS-ALVO.....................................................................23
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4.2 CAUSA NA POLÍTICA E POLÍTICA COM CAUSA...........26 4.3 COMUNICAÇÃO PERMANENTE.........................................27 4.4 TUDO COMEÇA NA PESSOA................................................28 5. ENFRENTANDO CRISES NA CAMPANHA..........................31 6. SAUDAÇÃO FINAL.....................................................................33
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APRESENTAÇÃO: O PORQUÊ DESSE E-BOOK
Caro leitor, “resisti” durante algum tempo a escrever sobre eleições, julguei simplesmente não haver tal necessidade. Ora, estou em um país em que pelo menos nas últimas sete décadas atuam profissionais e autores de Marketing Político, Estratégias Eleitorais, Comunicação Política e Opinião Pública do quilate de Carlos Manhanelli, Gaudêncio Torquato, Chico Santa Rita, Rubens Figueiredo, Helcimara Telles, Cila Schumann, Marcelo Serpa, Tadeu Comerlatto, Antônio Lavareda, Luciana Panke, Márcia Cavallari, Adolpho Queiroz, Alberto Carlos Almeida, Marta Quadros, Sérgio Arapuã (in memorian), Cid Pacheco (in memorian), dentre tantos outros com quem cometo talvez irreparável injustiça por não mencionar. Será que ainda haveria algo a dizer a respeito de eleições? Recentemente, lendo uma entrevista do publicitário Washington Olivetto (leia a entrevista aqui: https://www. superempreendedores.com/empreendedorismo/marketing/grandespublicitarios-washington-olivetto), uma outra grande referência para mim, conheci uma definição muito particular, inovadora e válida sobre o sucesso: “sucesso é poder ser amigo de seus ídolos”. Eu diria que isso é mais importante do que o sucesso, é uma forma de realização pessoal, especialmente quando os ídolos são líderes do conhecimento. Feito este merecido registro, retomo a questão: o que mais um trabalho sobre eleições poderia agregar?
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Vivemos no Brasil concretamente um dos mais graves momentos de nossa história política. Não tenho referência de momento anterior tão trágico nesse campo, um momento de enorme desgaste e descrédito das instituições políticas incluindo parcelas muito significativas dos Três Poderes, dos Partidos Políticos, da classe política em geral. Sem fixar atenção em apontar inocentes e culpados, é preciso agir a respeito. É por isso que este e-book foi escrito. Muito além de explicar o porquê temos que nos politizar e trazer a política para nossa vida quotidiana, a questão central que coloco neste e-book é como exercer a participação política através de uma candidatura. Elaborar, transmitir e aplicar análises, métodos e estratégias são tarefas cotidianas de um consultor: ele define formas de como fazer as coisas, de como equacionar e resolver problemas. É por excelência o que o define como tal. O consultor exerce suas tarefas em função do que acumulou ao longo do tempo em termos de informação, conhecimento, experiência e vivência de campo. Em consultoria política não é diferente. Eleições por si só marcam o início de novos ciclos de quatro anos, mandatos no Executivo e no Legislativo, em todos os níveis: município, estado e federação. Proponho como pano de fundo deste e-book uma estratégia de mobilização cujo marco inicial e reforçado a cada dois anos é a participação de um maior número de brasileiros e brasileiras nas eleições como candidatos a diversos cargos. Certamente não estamos acostumados a dimensionar o peso
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que o simples ato de votar impacta em nossa vida quotidiana. Mas pensemos para além disso: e se você caro leitor além de ser eleitor a cada dois anos for também candidato? E por que não? Candidaturas em massa, repetidas sistematicamente ao longo de várias eleições, trazendo novos nomes, homens e mulheres das mais diversas ocupações: profissionais autônomos, donas de casa, lideranças de comunidades, profissionais liberais, estudantes, professores, empresários, ativistas de causas sociais, artistas, comunicadores, funcionários públicos... Um conjunto de pessoas que tragam novos olhares, novos conceitos para a política brasileira e que somados aos esforços dos mais antigos na atividade política possam estabelecer uma reação diante do atual estado de coisas. Outrossim, que este e-book não seja lido - ou pelo menos visto - como um manifesto contra os atuais políticos, mas sim como a possibilidade de agregar dezenas e centenas de novos quadros para a vida pública. Não seria possível nem muito menos desejável que se trocasse toda a classe política. Se assim fosse possível perderíamos muitas experiências e iniciativas boas que diante da crise de imagem e de todos os problemas não conseguem ser vistos. Há muito por fazer e sempre haverá muito por fazer. Esse é um trabalho de muitas mãos e de muitas gerações: mudar o país, construir um projeto de nação com solidariedade, responsabilidade, espírito público. Dentro da mesma estratégia de mobilização os períodos entre as eleições serão o momento de ocupar e de fortalecer os partidos políticos – OCCUPARTY – com dezenas de novos quadros cuja participação quotidiana em questões políticas é indispensável.
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A maioria dos partidos, eu não tenho dúvida, esperam e desejam há muito tempo esta “ocupação” pelos cidadãos. Mas em paralelo é preciso também ousar, inovar nas formas de organização e de participação como por exemplo através de candidaturas independentes sem partido, assunto atualmente em fase de avaliação e debate no Supremo Tribunal Federal - STF e sob o atento acompanhamento de diversos segmentos da sociedade civil brasileira. Por fim o período entre duas eleições será também o momento de cada cidadão tomar parte das discussões políticas e se mobilizar em torno de causas. Mas ressalto que tudo se inicia com você sendo candidato e entrando no meio político. Alguns serão eleitos, muitos não. É sempre assim, independente de nossa vontade. Teremos candidatos de 50, 100, 1.000, 10.000, 100.000 votos ou mais. O número de votos é importante, mas não é determinante. Esse é um projeto coletivo em que todos contribuem e têm peso na soma total. É também um projeto de acúmulo de forças ao longo de várias eleições, força capaz de estabelecer a mudança de algumas pautas e de algumas práticas políticas a médio e longo prazo. Partindo do princípio que você já topou o desafio, que já abraçou essa tarefa cidadã, os capítulos que se seguem mostram a você algumas orientações para uma boa campanha e para a sua estreia em grande estilo no universo da política. Se você que lê já disputou outras eleições ou mesmo já tem um mandato público esse e-book também lhe servirá. Ele lhe traz a oportunidade de uma autoavaliação e poderá contribuir com o seu planejamento e com a qualidade da sua campanha eleitoral e de sua atuação política.
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Seja muito bem-vindo, boa leitura e parabéns pela atitude cívica de ser candidato! Aurizio Freitas.
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PARTE 2 – PRIMEIRAS QUESTÕES 2.1 POR QUE VOCÊ SERÁ CANDIDATO? A primeira pergunta que todo candidato deve fazer a si mesmo (e normalmente não faz). É também a primeira pergunta que eu, na condição de consultor político, faço a quem conversa comigo e tem o objetivo de se candidatar. Por vezes tenho que insistir para obter uma resposta. Mas porque uma pergunta tão simples causa tanto embaraço? Causa embaraço porque para alguns essa questão ainda não está devidamente esclarecida. Há muita gente que é atraída para a política partindo do princípio de que a atividade política só apresenta vantagens, ou pelo menos apresenta muito mais vantagens do que desvantagens: • O político tem alto status social, visibilidade, notoriedade; • O político normalmente é reconhecido pelas pessoas por onde anda; • O político – pelo menos grande parte deles – é querido por um grande número de pessoas e goza de grande satisfação pessoal por isso; • O político tem uma remuneração acima da média e tem uma grande estrutura de trabalho a serviço do seu mandato; • O político, de acordo com o cargo que ocupe, tem os meios para influenciar no funcionamento do Poder Público e nos rumos da sociedade em vários assuntos.
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De fato, em muitos casos, as “vantagens” acima citadas são reais e bastante sedutoras. O escritor Bertrand Russel afirmou há bastante tempo, em 1938, que “dos infinitos desejos do homem, os principais são os desejos de poder e de glória”1 . As palavras de Bertrand Russel são mais do que atuais e resumem bem a expectativa de grande parte daqueles que entram de alguma forma na política. Entretanto, as “desvantagens” ou, melhor dizendo, os sacrifícios relacionados à atividade política também devem ser tratados de forma transparente para oferecer uma visão mais ampla e, portanto, mais crítica. Ao entrar no mundo da política você deve ter em mente que: • Você se tornará uma pessoa pública, portanto sua privacidade diminuirá consideravelmente, podendo esta situação se estender aos seus familiares; • Ser uma figura pública faz com que você tenha que “prestar contas” de suas atividades de forma permanente aos mais diversos públicos e à sociedade em geral. Esta situação difere bastante, por exemplo, de várias atividades profissionais privadas em que o profissional “presta contas” - quando muito - aos seus clientes, parceiros e funcionários. Ou seja, se você é político “o que você faz é da conta dos outros”; • O cotidiano de quem faz política é muito, muito intenso. Costumo dizer que: “se você quiser nunca mais ‘ter sossego’ entre na política”. Naturalmente, depois da frase uma boa gargalhada para descontrair! • Diante do grande desgaste junto à opinião pública qualquer pessoa que atue no meio político corre o risco de ser rotulada como desonesta ou de estar envolvida em corrupção. É uma visão equivocada, mas tida como certa por muitos, talvez até por pessoas próximas a você
1 Retirado do livro Anatomia do Poder, de J. Kenneth Galbraith.
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e que reprovarão abertamente ou reservadamente a sua candidatura. Se você leu esta segunda lista inteira e ainda pretende ser político, meus parabéns e um caloroso abraço! Você é antes de tudo um vocacionado e deve ter em mente que candidatar-se hoje, diante da grave crise de credibilidade porque passa a política, é antes de tudo uma tarefa cívica. Sim, porque a política é uma obra coletiva e deve ser construída pelo maior número de pessoas. Democracia se faz com quem está presente, opinando, debatendo, pesquisando e se posicionando sobre assuntos de interesse público, atuando em partidos e em movimentos cívicos, exercendo cargos públicos, candidatando-se. O interesse pelo que acontece na esfera pública, sobre os temas que de uma forma ou de outra atingem a vida dos diversos segmentos da população, não é uma tarefa que possa ser totalmente delegada, não pode ser totalmente entregue a algumas poucas pessoas. Mesmo que o nosso sistema político e eleitoral seja essencialmente representativo, ou seja os eleitos representam ao conjunto da população, a participação política fortalece e dinamiza as Instituições e os Poderes, sendo inclusive capaz de evitar ou corrigir distorções nas decisões políticas. Numa sociedade de “comunicações por segundo” via celular, tablet, telefone, computador, isso se torna cada vez mais possível e necessário. Não tenho dúvida de que por isso e pela crise de credibilidade já citada, cada vez mais pessoas vão hostilizar a política, mas por outro lado, cada vez mais pessoas vão se interessar por política. Isso é paradoxal, parece meio absurdo, mas é real. É preciso, portanto, garantir uma formação política e cidadã ampla para maior
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e melhor engajamento político. Por aqui vou fazendo a minha parte, no que diz respeito a eleições e a novas candidaturas. Que outros profissionais e acadêmicos mais habilitados possam, com o mesmo espírito reunir, organizar e disponibilizar informações sobre os mais diversos temas políticos. Vamos juntos! Há muito por fazer em seu projeto cívico, na organização de sua candidatura.
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2.2 O AMBIENTE POLÍTICO E ELEITORAL A política é um esporte coletivo, não é um esporte individual em que o atleta obtém o resultado em função do seu desempenho pessoal, no máximo ele tem um assessor técnico que o orienta. No esporte de desempenho individual, o atleta praticamente não depende de mais ninguém. Imagine um corredor maratonista, se enquadra perfeitamente nesse exemplo. Mas a política está muito mais para o futebol. É preciso ter uma equipe. Para que haja o êxito é preciso que cada membro dessa equipe realize a sua função específica. Somado a isso, o político tem que ter grupo político, quem na política não faz parte de um grupo é político fraco e não sobrevive nesse campo de disputa intensa que é a política. Político que não tem grupo pode ser facilmente derrotado. Em uma campanha eleitoral devemos, entretanto, fazer uma diferenciação entre grupo político e entre equipe de campanha. A equipe de campanha é uma parte do grupo político que está envolvida diretamente no cotidiano da campanha. O grupo é uma esfera mais ampla. É possível que algumas pessoas que compõem o grupo político possam não estar envolvidos diretamente na campanha, mesmo assim têm um compromisso com o candidato, estão “para o que der e vier” com o candidato. A natureza do ambiente político é de muita competitividade, o que em algumas situações pode significar uma disputa de todos contra todos. É preciso armar-se com conhecimento para se manter na disputa dos espaços que são poucos, pois há muitas pessoas buscando ocupá-los.
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2.3 SEUS ALIADOS DE PRIMEIRA HORA: A COMUNICAÇÃO E A ESTRATÉGIA Como aliados do novo candidato estão a comunicação e a estratégia. A comunicação nos diz como fazer chegar a mensagem do projeto político-eleitoral junto aos públicos da candidatura. A estratégia nos diz como entender, enfrentar e vencer as dificuldades do, por vezes tumultuado, caminho da política. Candidato você que está entrando na política tem em suas mãos o poder da comunicação. É preciso compreender esse poder e sua dimensão para que possa utilizá-lo da melhor maneira possível em seu favor. Comunicação gera comportamento, sugestiona as pessoas. Muitos dos costumes políticos não são modificados simplesmente porquê os políticos não mudam a sua comunicação, não mudam o conteúdo da mensagem que eles estão apresentando às pessoas. O político em uma sociedade em desenvolvimento como a brasileira é antes de tudo um educador. E o educador não pode nunca estar satisfeito com o estado de coisas, trabalha sempre pela melhoria dos seus educandos. É comum em vários lugares do Brasil que os eleitores façam pedidos aos políticos, eis um assunto em que a comunicação poderá atuar de forma educacional, mostrando aos eleitores que uma vantagem imediata pode gerar várias desvantagens no médio e no longo prazo para cada indivíduo e para o conjunto da sociedade. Essa tarefa educacional deve ser assumida pela classe política. Há uma espécie de máxima em programação neurolinguística
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que diz o seguinte: “se você deseja um resultado diferente faça algo diferente”. Se você como político mantém sempre a mesma mensagem e não ousa modifica-la talvez por insegurança ou por temor, você não poderá gerar mudanças na atividade política ou pelo menos influenciar o comportamento dos eleitores, de seus apoiadores, das pessoas com as quais você dialoga. Já o poder da Estratégia é o poder da autodefesa. É o poder de conhecer como funcionam os embates políticos e como lidar com eles. Estratégia pode ser definida como a “sabedoria do General”, esse é o seu significado etimológico. A Estratégia como área do conhecimento reúne um conjunto de princípios e premissas fundamentais, obrigatórios a toda e qualquer pessoa interessada em interagir de alguma forma com o ambiente político e eleitoral. “A política é a continuação da guerra por outros meios”, assim falou Michel Foucault. E a guerra, segundo centenas de cientistas políticos, está presente de maneira forte ao longo da história do ser humano. A política é uma vacina que previne a guerra, a política existe para garantir a paz social e para que a disputa entre grupos seja através de métodos democráticos e não através de métodos violentos. “Prepara-te para quiseres ser”, diz um ditado antigo. Esse e-book possui diversas orientações estratégicas que visam fortalecer a sua candidatura e a sua entrada no universo da política. Em síntese: não entre na política ou em uma eleição sem estar acompanhado da Comunicação e da Estratégia, do contrário poderá ser muito doloroso.
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PARTE 3: PLANEJAMENTO E GERENCIAMENTO DA CAMPANHA 3.1 SOBRE O PLANEJAMENTO DE CAMPANHA Ao longo do tempo as eleições brasileiras se tornaram cada vez mais competitivas e isso impôs a necessidade de profissionalização. A atividade que melhor expressa essa necessidade de profissionalismo nas campanhas chama-se planejamento. Para tornar clara a importância do planejamento vou definir com alguns exemplos o que são campanhas sem planejamento: • Campanhas em que se conta com a sorte e com o poder do acaso; • Campanhas onde se fala muito e se faz pouco; • Campanhas dependentes do apoio de terceiros, de pessoas “de fora”, distantes do cotidiano. Campanhas em que se exercita a famosa expressão: “ficar esperando por quem não vem”; • Campanhas com equipe numericamente insuficiente, como se diz por aí: “exércitos de um homem só”, “com muito cacique para pouco índio”; • Campanhas com equipe despreparada, em que falta experiência e conhecimento sobre política e sobre eleições; • Campanhas sem objetivos (onde você quer chegar ao fim da jornada) e sem metas (sem resultados a serem quantificados); • Campanhas em que apenas um pequeno grupo tem acesso a informações importantes e isolam os outros participantes da campanha; • Campanhas sem o mínimo de diálogo entre o candidato, os coordenadores e os apoiadores;
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• Campanhas onde as pessoas não sabem ao certo as suas funções e agem de qualquer forma; • Campanhas com fortes conflitos internos que inviabilizam o próprio funcionamento da campanha; • Campanhas em que todos – inclusive os adversários – sabem de tudo o que acontece, sabem dos problemas internos e das dificuldades, sabem das vantagens e dos planos de curto, médio e longo prazo; • Campanhas em que o candidato é ausente, não exerce seu papel de candidato e muitas vezes sequer compreende esse papel. Planejar, de forma bem simples, é o ato de prever acontecimentos futuros e de projetar, imaginar em que situação se deseja estar após um determinado tempo. As pessoas de uma maneira geral – as vezes sem perceber isso com muita clareza – planejam suas vidas. Definem onde desejam trabalhar, estudar, se divertir e definem também o que precisam fazer para alcançar esse futuro desejado. Para isso se aconselham com seus amigos, parentes mais próximos, professores, líderes religiosos, enfim, com pessoas de sua confiança e que acreditam serem capazes de lhes orientar. Depois disso partem rumo à construção de seus sonhos e aspirações. No meio do caminho é preciso fazer ajustes porque “na prática a teoria é outra”, porque surgem dificuldades que não foram pensadas antes, que não poderiam ser previstas no momento do planejamento ou mesmo porque os objetivos e aspirações das pessoas mudam. Na política como em qualquer outra atividade humana não é diferente. É preciso fazer esse exercício de projetar o futuro. Para isso deve-se utilizar instrumentos científicos, técnicas de planejamento.
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Quanto mais consistente e melhor elaborado for o seu planejamento, maiores as chances de você dar certo como político e como candidato. Você que inicia sua carreira política agora com uma candidatura deve ter em mente onde deseja estar nos próximos 5 anos, 10 anos, 20 anos e assim por diante. Vamos começar com uma tarefa simples: liste três objetivos principais da sua carreira política e depois liste as atividades que precisará realizar para atingir a cada um desses objetivos. Calcule também o tempo que será necessário para realização dessas atividades. Compartilhe e debata com pessoas de confiança à respeito disso, mas não com muitas pessoas. Observe que eu falei “liste”, portanto escreva, registre. Depois você reavaliará, de tempos em tempos, o que escreveu. Para isso é fundamental realizar esse registro.
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3.2 GERENCIAMENTO DA CAMPANHA Uma campanha corresponde a uma organização, a uma empresa que funciona focada em atingir determinado resultado na eleição. A complexidade dessa empresa varia com o tamanho do projeto e com o tipo de cargo que está em disputa, mas em todas as campanhas independente do seu tamanho é preciso haver um processo de organização do trabalho, de divisão de tarefas e de integração do conjunto da equipe. É preciso, além dos recursos humanos como nós falávamos acima, organizar também os recursos financeiros. É preciso ter em mente que o volume de atividades da campanha crescerá conforme se aproxima o dia da eleição, portanto o volume de recursos necessários também crescerá. Assim um bom planejamento de campanha deve considerar a necessidade de uma gestão otimizada dos recursos, com gastos planejados e realizados no momento certo: com maior intensidade na reta final da campanha.
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3.3 PRÉ-CAMPANHA VERSUS CAMPANHA A legislação eleitoral brasileira, especialmente a partir de 2016 com a redução do tempo de campanha para cerca de um mês e meio, gerou um fortalecimento da pré-campanha. Tornaram-se amparadas em lei as diversas atividades realizadas a partir do início do ano eleitoral e que objetivam dar visibilidade ao pré-candidato. o pré-candidato só não deve pedir explicitamente o voto, mas pode por exemplo se apresentar em reuniões fechadas na condição de précandidato e participar de entrevistas expondo suas ideias. Listo a seguir, alguns exemplos de Atividades típicas de précampanha: • Reuniões com líderes políticos e líderes partidários – para apresentação do pré-candidato, para definição de parcerias, para avaliação de cenários, para novas adesões a sua pré-campanha; • Reuniões com líderes sociais – para apresentação do pré-candidato, para novas adesões, para a realização de dinâmicas e rodas de conversa, para debater propostas, enfim para o exercício do diálogo e para a “escuta ativa”, ou seja, para buscar informações e melhor compreender os problemas enfrentados pela população daquela comunidade, cidade ou estado sob o olhar da própria população (a chamada “escuta ativa” vale para todos os ambiente e públicos que sejam importantes para o futuro candidato); • Visitas à projetos comunitários e sociais; • Visitas a apoiadores potenciais e de grande peso; • Presença em eventos públicos; • Publicação de artigos; • Participação em debates;
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• Concessão de entrevistas; • Fóruns para elaboração do futuro Plano de Governo ou Plano de Ação Parlamentar; • Cobertura das atividades do pré-candidato com divulgação através da internet e redes sociais. Há ainda uma tarefa permitida pela legislação eleitoral e válida em 2018: a atividade de arrecadação através de doações individuais, as popularmente chamadas “vaquinhas”, que podem ser feitas através de sites especializados e autorizados pelo Tribunal Superior Eleitoral, a partir do dia 15 de maio de 2018. Após ler esses exemplos faça a sua própria lista e vá marcando as atividades que você já realizou na sua pré-campanha. A Campanha propriamente dita se inicia no dia 15 de Agosto de 2018. A partir desse dia há uma ampliação das atividades possíveis: • Participação em grandes eventos; • Comícios para apresentação de propostas; • Caminhadas; • Carreatas; • Programas eleitorais e inserções de Rádio e TV; • Postagens impulsionadas nas redes sociais (anúncios pagos no facebook ou no instagram, por exemplo); • Visitas a eleitores. Sobretudo e além das ações acima é necessária uma ação explicita e intensa de pedido de voto em cada local e a cada momento, ininterruptamente, até às 17h do dia 07 de outubro de 2018, dia da eleição.
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PARTE 4 – COMUNICAÇÃO ELEITORAL 4.1 COLETA DE INFORMAÇÕES, SEGMENTAÇÃO E PÚBLICOS-ALVO A segmentação, ou seja, o trabalho de comunicação e de relacionamento com grupos específicos é muito importante tanto para campanhas majoritárias, quando para campanhas proporcionais. Essa é uma tendência irreversível: buscar cada vez mais proximidade através de uma comunicação com conteúdo elaborado e direcionado para cada grupo importante em sua candidatura. Comunicação com o “público em geral” é um conceito defasado, atualmente com pouca aplicação. Mesmo se você utilizada a comunicação de Rádio e de TV, que são meios de comunicação de massa, é preciso inserir dentro da sua mensagem geral, mensagens específicas para cada público importante. Complicado? Imagine que você está procurando se aproximar de uma pessoa, procurando criar amizade com ela. O que você faz? Procura conversar com ela sobre assuntos que a interessam, este é um exercício poderoso chamado de empatia. Se você vê que essa pessoa utiliza a camisa de um time de futebol então, naturalmente, para se aproximar você vai fazer alguma menção sobre este esporte ou sobre o time dela, ou ainda perguntar sobre o resultado de uma partida recente. Isso é algo tão natural em nosso dia a dia que às vezes nem percebemos. O seu diálogo com seus futuros eleitores deve seguir o mesmo costume, a mesma linha de raciocínio. Você precisa identificar o que pensam seus potenciais eleitores (divididos em grupos, em segmentos), o que sentem (tanto os sentimentos
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positivos quanto os sentimentos negativos), quais as suas principais preocupações, quais os seus principais desejos e aspirações. Para levantar essas informações você pode contar com os mais diversos instrumentos, mas um deles se destaca: a pesquisa de opinião pública, em suas duas principais metodologias, a pesquisa qualitativa e a pesquisa quantitativa. Em linhas gerais a pesquisa qualitativa nos dá condições de compreender de maneira profunda sentimentos, desejos, interesses aspirações, questões subjetivas de uma maneira geral em relação a um grupo pesquisado. Já a pesquisa quantitativa funciona com uma régua, medindo, quantificando a opinião das pessoas sobre determinados temas. Em suma: com informações de pesquisas qualitativas compreendemos determinada opinião da população; com informações de pesquisa quantitativa medimos a abrangência, o alcance dessa opinião. Sua tarefa nesse item é listar os grupos que você considera serem os principais alvos de sua candidatura. Seja bem específico, por exemplo: • Homens e mulheres de baixa renda residentes na região norte do seu estado; • Jovens até 24 anos, homens e mulheres, com escolaridade de nível universitário; • Pessoas interessadas em educação digital residentes nas cidades de uma determinada Região Metropolitana; • Atletas e interessados no esporte vôlei, homens e mulheres, residentes na região sul do seu estado;
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• Pequenos empresários de bairros da periferia da sua cidade; • Trabalhadores do setor da construção civil em cidades acima de 100.000 habitantes etc. Depois de listar seus públicos-alvo, estabeleça uma estimativa de número de eleitores desse grupo e defina uma meta de conquista de votos. Por exemplo: o segmento de atletas e interessados em vôlei, homens e mulheres residentes na região sul do seu estado abrange aproximadamente 10.000 eleitores e minha meta será conquistar 20% desse total de votos, portanto 2.000 eleitores. O próximo passo será definir o que você e sua equipe vão fazer para se comunicar e para se relacionar com esse grupo, listar as atividades a serem feitas. Viu como é fácil planejar? É fácil, mas é trabalhoso de fato. Só que os resultados decorrentes desse trabalho valerão cada minuto investido, pode ter certeza! Mãos à obra: agora faça a mesma coisa para todos os grupos importantes para sua candidatura.
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4.2 CAUSA NA POLÍTICA E POLÍTICA COM CAUSA Política de alta qualidade se faz em torno de causas. Mas afinal o que são causas? Causas são propósitos capazes de orientar toda a trajetória de um líder. Causas podem ser sociais, ambientais, culturais, políticas. De forma muito grosseira, pouco elaborada, eu diria que hoje vivemos um cenário de queda das “grandes utopias” que foram substituídas pelas causas. As causas podem ser definidas como temas ou assuntos de uma dimensão menor e mais próxima da realidade quotidiana e que são capazes de mobilizar grande quantidade de pessoas. Alguns exemplos de causas: • Defesa dos animais; • Alfabetização de adultos; • Igualdade de direitos entre homens e mulheres; • Erradicação da pobreza; • Defesa da vida e contra o aborto etc. Agora liste as causas que você pretende defender em sua candidatura e ao longo de sua carreira política.
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4.3 COMUNICAÇÃO PERMANENTE Você que será candidato pela primeira vez nas próximas eleições deve ter em mente que entra para vida pública em um momento em que a política é cada vez mais comunicação. Esta tendência irreversível faz com que a atuação do político junto à imprensa, na internet, no Rádio e na TV, nos impressos e nas mídias alternativas sejam cada vez mais importantes. O político precisa compreender que ele é antes de tudo um comunicador, portanto precisa desde o início estar habilitado para utilizar de forma permanente as mais diversas ferramentas de comunicação política, a partir dos mais diversos veículos de comunicação.
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4.4 TUDO COMEÇA NA PESSOA A história de vida e a trajetória do candidato são o ponto de partida de toda a estratégia a ser construída e implementada na candidatura. No Brasil temos uma carga maior de “pessoalidade” nas candidaturas por conta de um sistema que privilegia a votação no indivíduo e não no partido político, realidade sentida especialmente nas candidaturas a cargos proporcionais (Vereador, Deputado Estadual e Deputado Federal) mas também nas candidaturas a cargos majoritários (Prefeito, Governador, Senador e Presidente da República). Assim o candidato pela primeira vez deve se preocupar em marcar sua mensagem pessoal das mais diversas formas e utilizando as mais diversas mídias. Para isso você precisa responder a três perguntas: 1. Quem é o candidato? 2. Por que é candidato? 3. O que o candidato pretende fazer no seu mandato? Responda em primeira pessoa e em voz alta, depois anote a sua resposta e vá aprimorando o texto. Repita o exercício até sentir-se totalmente seguro. Essa é base inicial de seu discurso, o conteúdo central de sua mensagem como candidato. É o mínimo que você deve dizer às pessoas que vão lhe ouvir ou buscar informações sobre você nas redes sociais, por exemplo. A seguir uma explicação mais detalhada do que deve conter
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cada resposta. Claro que esse roteiro deve ser adaptado para a realidade de cada candidato. A ordem das informações deve ser estabelecida de forma que o candidato fique o mais à vontade possível. Quem é o candidato? Nome, profissão, idade, local de nascimento, filiação e parentes (se essa informação for importante para o público a quem se dirige). Para enriquecer a mensagem o candidato pode contar um fato de sua vida que tenha relação com a política e/ou falar de um sentimento que possua em relação ao seu país, estado, cidade.
Por que é candidato? Falar de uma razão central, uma justificativa principal para sua entrada na política e sua candidatura. Falar de razões secundárias, mas que reforçam a primeira. Alguns exemplos de razões para candidatura: • Necessidade de renovação política; • Ausência ou poucas opções de candidatos que representem a sua cidade ou região; • Candidatura que visa trabalhar na resolução de problemas específicos em assuntos específicos.
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O que o candidato pretende fazer no seu mandato? Esse item tem a ver com as propostas do candidato e mais do que isso: no caso de candidatura a cargo no Poder Legislativo é preciso montar o Plano de Ação Parlamentar; no caso de candidatura a cargo no Poder Executivo é preciso montar o Plano de Governo. São documentos obrigatoriamente elaborados por escrito em que o candidato dá ciência ao eleitor sobre suas linhas de trabalho. Mas alguém pode perguntar se isso é realmente necessário... Claro que sim! Por mais simples que seja precisa existir. E mais: é um diferencial, pois nem todos se preocupam com isso e você precisa estrear em grande estilo, provocando a mudança de hábitos do que precisam ser mudados na política brasileira. Ser simpático, educado ou falar bem são coisas importantes para conquistar a atenção dos eleitores, mas não são suficientes. Estamos votando a décadas por esses critérios e olhe só onde chegamos... É preciso ter clareza de por onde se vai caminhar nos próximos 4 anos e transmitir segurança sobre isso.
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PARTE 5: ENFRENTANDO CRISES NA CAMPANHA Já afirmamos anteriormente que a política é um grande campo de batalha porém compreender isso não é suficiente. É preciso mais do que compreender é preciso ter espírito de batalha, ou seja, ter resiliência, a capacidade de resistir às adversidades que serão várias ao longo de sua trajetória, seja nos períodos eleitorais ou no cotidiano político. Especificamente na campanha eleitoral, que é o objeto desse e-book, é preciso preparar-se para enfrentar crises, problemas diversos e de maior ou menor intensidade que com certeza ocorrerão em sua campanha. Invariavelmente você poderá: 1. Sofrer ataques dos seus adversários; 2. Sofrer ataques dos seus aliados ou de ex-aliados. Considerando as duas situações faça duas listas separadas procurando prever quais os ataques possíveis e prováveis em cada uma das duas situações. Em seguida liste soluções preventivas para bloquear cada ataque. Agora você estará mais preparado para lidar com futuras situações de crise. Em todas as situações de crise ressalto a importância do grupo de pessoas que compõem o projeto político coletivo. Sempre que ocorrerem problemas graves na campanha seu grupo deverá se reunir e avaliar de forma rápida o que está acontecendo e tomar decisões para superar as dificuldades. Um parêntese: perceba que ser candidato ou ser político envolve um conjunto de conhecimentos variados que vão desde
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relações humanas, oratória, psicologia, ciência política, direito, gestão, comunicação social etc. Dificilmente uma única pessoa tem todos esses conhecimentos, portanto, mais uma vez a importância de agir em grupo. Ao enfrentar situações de crise, que serão muitas em sua carreira, procure manter a tranquilidade acima de tudo e se necessário busque apoio de um profissional do setor de gerenciamento de crises.
EXEMPLOS DE SITUAÇÕES DE CRISE QUE PODEM OCORRER EM UMA CAMPANHA ELEITORAL: • Escândalo pessoal ou político; • Relacionamento ruim com profissionais da imprensa e com veículos de comunicação; • Desentendimento com aliados, disputas internas e inimigos íntimos; • Desorganização em eventos e atividades de campanha; • Ataques às suas bases políticas, especialmente da reta final da campanha.
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PARTE 6: SAUDAÇÃO FINAL Caro leitor espero que tenha gostado desse breve material. Para mim ele representa a oportunidade de incentivar a alguns candidatos e políticos dos mais diversos partidos, opiniões, perfis e regiões do país e contribuir de alguma forma para que exerçam a política com excelência, responsabilidade e senso patriótico. A atividade política é a atividade mais importante da sociedade e está em permanente construção. Sua qualidade e seus resultados são de reponsabilidade de todos, portanto não deixemos nunca de construir e de aprimorar o nosso sistema democrático. Forte abraço e mãos à obra!
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Aurizio Freitas
www.auriziofreitas.com