Manual de automassagem para idosos Tatiana Leite Müller e Daniela Dallegrave Manual elaborado como requisito parcial de conclusão do curso de especialização em Gestão da Atenção à Saúde do Idoso da Escola GHC no ano de 2014.
Manual de automassagem para idosos Tatiana Leite Müller e Daniela Dallegrave
Automassagem como autocuidado
Local para a prática da Automassagem: A escolha do local para a prática da automassagem é importante. Não faça sua prática em qualquer lugar, de qualquer forma. O cuidado já começa aí. Escolha um local onde se sinta bem. Pode ser na sua casa, em um ponto arejado, ou mesmo na rua, em uma praça em um dia agradável. Se for em casa, prepare o local para a prática. Pode ser no chão, em cima da cama, ou mesmo em uma cadeira ou poltrona caso sinta-se melhor acomodado. Caso escolha o chão, podes colocar uma manta para proteger seu corpo do contato direto com o solo. Essa pode ser sua mantinha da prática de automassagem! Podes usar ela no chão, em cima da sua cama, ou mesmo na praça.
Automassagem requer atenção e dedicação desde o preparo do local adequado, até a escolha do melhor horário para praticar. Lembre-se que tudo
isso faz parte do seu autocuidado. Cuidar de
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A prática da
si mesmo é tão importante quanto cuidados especializados em saúde. Afinal de
contas, quem fica mais tempo em contato comigo? Eu ou o profissional de saúde?
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Horário para a prática: O horário para sua prática pode variar de acordo com seu interesse. Para a prática regular, o interessante seria
escolher um horário específico para todas as suas automassagens. Isso confere certo ritmo e também facilita a adquirir o hábito regular.
Automassagem
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Pode se transformar em
Pela manhã pode ser uma boa escolha; assim já se começa a movimentar o corpo
um “ritual” no qual seu
logo ao acordar, o que proporciona uma
corpo tem a
maior sensação de bem-estar no decorrer
oportunidade de
reiniciar, a cada dia, o
do dia, principalmente para as pessoas que
aprimoramento do seu
sofrem de dores corporais. Assim, a
potencial.
automassagem pode se transformar em um ritual no qual seu corpo tem a oportunidade de reiniciar, a cada dia, o aprimoramento do
seu potencial. No final da tarde também é um horário interessante para aquelas pessoas que sentem mais dores ou fadiga ao final do dia. Mas também a escolha do horário da prática da automassagem pode dar-se de acordo com a necessidade que sentes naquele dia, no momento em que percebe que seu bemestar está alterado e que tens um recurso
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imediato em suas mãos: a automassagem! O que importa é que se conecte com sua necessidade corporal para determinar o melhor horário para sua prática.
Respiração: Para a prática da automassagem, é importante dar atenção especial para a respiração. Em uma respiração completa, quase todas as partes do corpo são mobilizadas, configurando-se assim, o próprio ato de respirar uma forma de automassagem! Pela respiração muitos órgãos internos são mobilizados e vitalizados pelos movimentos de expansão e contração das paredes do tronco e pela movimentação de subida e descida do diafragma, que é o músculo que separa as cavidades do
tórax e do abdômen. O alinhamento da coluna aliado a uma boa respiração também alimentar, dos impulsos nervosos, além de outros tantos mecanismos e torna, assim, mais harmônico nosso organismo. Portanto, antes de iniciarmos a automassagem é sempre bom entrarmos em contato com nosso organismo, centrando a mente nas sensações orgânicas, observando o tônus muscular, o ritmo respiratório, a batida do coração, procurando esvaziar a mente de pensamentos desnecessários para aquele momento e colocando sua intenção no ato de auto cuidar-se!
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facilita o fluxo de sangue, de linfa, das secreções internas, do bolo
Frequência: A frequência com que se deve fazer a automassagem varia, podendo ser empregada diariamente em casos crônicos ou ser realizada várias vezes ao dia em casos agudos. 3
Canais e Meridianos:
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Meridianos fazem parte de um sistema de canais que percorrem o corpo todo, por onde circulam substâncias que dão vida ao organismo, segundo a MTC.
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Podemos ver e palpar alguns desses canais. Como exemplo temos as artérias e veias, tendões, nervos, músculos, a árvore brônquica, entre outros. Cada um desses canais possui uma energia pulsátil que é inerente à suas forma e função: o tônus e as tensões dos músculos e tendões, a pressão das artérias, a eletricidade dos nervos são algumas das formas mais conhecidas de energia do nosso corpo. Todas essas energias formam um campo eletromagnético ao interagirem entre si, ocupando uma distribuição espacial que se sobrepõe aos canais das diversas estruturas anatômicas do organismo em funcionamento. Os meridianos fazem parte dessa resultante energética gerada pela movimentação da matéria. Têm forma e fluxo próprios, que se originam do funcionamento dos músculos, tendões, nervos, ossos, vasos, pele e órgãos. Apesar de ser possível vê-los e tocá-los, não existe uma estrutura individualizada que corresponda aos meridianos. Uma vez que eles surgem a partir de um processo de integração biológica, devem ser percebidos como tal. Para sua exploração pratica, seja manual ou visual, é fundamental ter a atenção voltada para captar a síntese do conjunto dos vários tecidos orgânicos e de suas forças.
Intensidade da pressão nos pontos de automassagem A pressão exercida pode ser intermitente (para tonificar) ou continua (para sedar). É importante que a pressão seja feita gradualmente, tanto no seu aprofundamento quando na retirada.
Há, basicamente, três maneiras de atuar sobre o sistema energético: TONIFICAÇÃO SEDAÇÃO HARMINIZAÇÃO -
Mapa 1 – Os três meridianos do aspecto Yin do membro superior (lado esquerdo) (FREIRE, 1996. p. 52).
Mapa 2 – Os três meridianos do aspecto Yang do membro superior (lado esquerdo) (FREIRE, 1996. p. 53).
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Pontos:
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Para utilização dos profissionais de saúde
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Mapa 3 – (FREIRE, 1996. p. 94).
- Meridiano do Pulmão (P): Principais pontos para tratamento: P5, P9 e P11. Deficiência de energia: tosse leve.
Tonificação.
Excesso de energia: peito congestionado, capacidade pulmonar Sedação.
- Meridiano do Intestino Grosso (IG): Principais pontos para tratamento: IG1, IG4, IG10, IG11 e IG15. Deficiência de energia: dores e enrijecimento nos ombros e braços, tonturas e em alguns casos prisão de ventre.
Tonificação.
Excesso de energia: lábios secos e quebradiços, ruídos no tubo digestivo e em alguns casos prisão de ventre.
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reduzida, tosse forte e dolorosa, catarro.
Sedação.
- Meridiano do Coração (C): Principais pontos para tratamento: C3, C7, e C8. Deficiência de energia: depressão ou ansiedade, incapacidade (dificuldade) de tomar decisões.
Tonificação. 7
Excesso de energia: depressão ou ansiedade, incapacidade (dificuldade) de tomar decisões, porém acompanhados de dores no peito, boca seca, e em alguns casos, febre.
Sedação.
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- Meridiano Circulação-Sexo (CS) ou Pericárdio (PC): Principais pontos para tratamento: CS6 e CS8. Deficiência de energia: sono agitado cheio de sonhos, cabeça pesada, respiração curta, vertigem, diarreia.
Tonificação.
Excesso de energia: cabeça pesada, dor de cabeça, dor de estômago, sono leve com sonhos, cabeça febril.
Sedação.
- Meridiano do Triplo Aquecedor (TA): Principais pontos para tratamento: TA3, TA5 e TA14. Deficiência de energia: dores nas têmporas, sensação geral de frio e debilidade.
Tonificação.
Excesso de energia: má audição, dores nos membros superiores, orelhas e ombros.
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Sedação.
Ponto P5
Indicação: tosse, asma, sangramento nasal, dor de garganta, dor e inflamação no cotovelo. Localização: na prega do cotovelo, lateral ao tendão do músculo
Figura x – Ponto P5
Ponto P9
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bíceps; a localização deve ser feita com o braço levemente flexionado.
Indicação: tosse, asma, dor no peito, desordens do punho e tecidos em volta. Localização: na prega do punho, em uma depressão entre o osso radial e o carpo, ao lado da artéria radial.
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Ponto P11
Indicação: resfriado, dor e inflamação da garganta, febre, perda da consciência, desordens mentais.
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Localização: no canto externo da unha do dedo polegar.
Figura x – Ponto P11
Ponto C3 Indicação: depressão, neurastenia, esquizofrenia, neuralgia intercostal, dor, dormência e desordens do cotovelo e do lado Yin do braço. Localização: entre o final da prega medial do cotovelo e o epicôndilo medial do úmero.
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Ponto C7
Indicação: dor no peito, irritabilidade, insônia, epilepsia, falta de memória, desordens mentais, ansiedade, eczema e prurido intenso.
Ponto CS6 Indicação: náuseas, vômitos, soluços, insônia, arritmia, cardíaca, histeria, lactação insuficiente.
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Localização: na linha do pulso, do lado radial do tendão do músculo flexor carpo-ulnar.
Localização: no lado palmar do antebraço, 3 dedos acima da linha do pulso, entre dois tendões centrais.
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Ponto CS8
Indicação: vômito, febre, mau hálito, gengivite, angina pectoris, coma, problemas da mão.
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Localização: onde o dedo médio toca a palma quando a mão está fechada em punho, no lado radial do osso metacarpiano.
Ponto ID3 Indicação: zumbido, deficiência auditiva, epilepsia, malária, dor no ombro e nas costas, dor de cabeça, lombalgia, neuralgia intercostal, rouquidão. Localização: no final da prega transversal da palma, numa depressão erto a a e a o osso metacarpiano, na linha onde há a mudança de cor da pele entre a palma e o dorso da mão.
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Ponto ID9
Indicação: dor na região da escápula, no ombro e nas regiões vizinhas, dor, dormência e problemas motores do braço e mão.
Ponto ID10
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Localização: a largura do polegar acima do final da prega posterior da axila.
Indicação: dor e fraqueza do ombro e braço. Localização: está em uma depressão logo acima do ponto ID9, abaixo da margem inferior da espinha escapular.
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Ponto IG1 Indicação: febre e irritação da garganta. Indicado também para situações em que seja necessário aliviar a dor e a tensão.
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Localização: a largura de um polegar posterior ao canto externo da unha do dedo indicador.
Ponto IG4 Indicação: todos os problemas localizados na cabeça: dor de cabeça, dor de dente, irritação na garganta, problemas dos olhos e nariz, paralisia facial, travamento da mandíbula, doenças febris, resfriado, constipação, diarreia, dor abdominal, dores no braço, na mão e no corpo em geral. Localização: no dorso da mão entre e metacarpianos.
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Ponto IG10
Indicação: problemas dos membros superiores, paralisia facial, dor de cabeça, no estômago, indigestão, diarreia, vomito, dor de dente.
Ponto IG11
Indicação: febre, urticária, furúnculo, dor de garganta, hipertensão arterial, dor e distensão abdominal, constipação, diarreia, apendicite, bronquite, dor e sensação de peito cheio, dor e problemas motores do ombro e braços.
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Localização: a largura de 3 polegares abaixo do ponto IG11.
Localização: com o braço flexionado, o ponto localiza-se no final da prega do cotovelo, no lado Yin do braço.
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Ponto IG15
Indicação: hipertensão arterial, dor e problemas motores do ombro, braço e articulações da extremidade superior, bursite, problemas da tireoide.
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Localização: em uma depressão entre a borda anterior do acrômio e o tubérculo maior do úmero.
Ponto TA3 Indicação: deficiência auditiva, zumbido, irritação da garganta, desordens da cabeça, do pescoço, dos ombros e das costas. Localização: numa depressão pouco acima da articulação meta ar o alan iana entre o e o ossos matecarpianos, no dorso da mão.
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Ponto TA5 Indicação: febre, dor de cabeça, dor na região lateral do tronco, problemas no ouvido, surdez, zumbido, neuralgia do trigêmeo, torcicolo, dormência e contratura dos dedos, problemas motores do braço.
Ponto TA14
Indicação: hipertensão arterial, dor no ombro e braço.
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Localização: a largura de 3 polegares acima da linha do pulso, na face dorsal do antebraço, entre a ulna e o rádio.
Localização: na depressão localizada posterior e inferiormente ao acrômio, aproximadamente a distância da largura de um polegar posterior ao ponto IG15.
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Para utilização dos usuários
Ansiedade/Angústia Ponto C7
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Técnica: Pressão contínua com a unha do polegar (sedação).
Figura x - Ponto
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Figura x - Ponto
Figura x - Ponto
Bronquite
Ponto P11 e P5
Figura x - Ponto
Figura x – Ponto P11
Falta ilustrações!!!
Circulação deficiente
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Técnica: Pressão contínua com a unha do polegar (sedação).
Ponto CS8 Técnica: Pressão contínua com a unha do polegar (sedação).
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Figura X – Ponto CS8
Ponto CS4
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Técnica: Pressão repetida com a polpa do polegar (tonificação).
CS4
Figura x – Ponto P11
Dor de cabeça Ponto IG4 Técnica: Pressão contínua com a unha do polegar (sedação).
20 Figura x – Ponto IG4 Figura x – Ponto IG4
Dor de dente
Ponto IG1 e IG4
Figura x – Ponto IG1
Figura x – Ponto IG4 Figura x – Ponto IG1
Dor de garganta
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Técnica: Pressão contínua com a unha do polegar (sedação).
Ponto P11 e IG4 Técnica: Pressão contínua com a unha do polegar (sedação).
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Figura x – Ponto P11
Figura x – Ponto P11
Figura x – Ponto IG4
Dor de ouvido
Ponto IG4
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Técnica: Pressão contínua com a unha do polegar (sedação).
Figura x – Ponto IG4
Figura x – Ponto IG4
Garganta (qualquer infecção)
Ponto P11 e IG4 Técnica: Pressão contínua com a unha do polegar (sedação).
22 Figura x – Ponto P11
Figura x – Ponto P11
Figura x – Ponto IG4
Nervosismo
Ponto C7
Figura x – Ponto C7
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Técnica: Pressão contínua com a unha do polegar (sedação).
Figura x – Ponto C7
Prisão de ventre
Ponto IG2 e IG4 Técnica: Pressão contínua com a unha do polegar (sedação).
Figura x – Ponto IG2
Figura x – Ponto IG2 e IG4
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Resfriados (no início dos sintomas) Ponto P11 e IG4
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Técnica: Pressão contínua com a unha do polegar (sedação).
Figura x – Ponto P11
Figura x – Ponto P11
Figura x – Ponto P11 e IG4
Resfriados (com febre) Ponto IG11 Técnica: Pressão contínua com a unha do polegar (sedação).
24 Figura x – Ponto IG11
Figura x – Ponto P11