Revista Automotive Business - edição 32

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• ELETRÔNICA AMPLIA HORIZONTE DOS AUTOMÓVEIS BRASILEIROS

• 65 BOAS INICIATIVAS DO SETOR DISPUTAM O PRÊMIO REI 2015

• FÓRUM AVALIA A RETOMADA DOS NEGÓCIOS NA INDÚSTRIA

Automotive

ABRIL DE 2015 ANO 7 • NÚMERO 32

JEEP

O DESAFIO DE CHEGAR À LIDERANÇA COM O RENEGADE

SÉRGIO FERREIRA, DIRETOR DA MARCA NO BRASIL, TEM COMO TRUNFOS PARA AVANÇAR NO DISPUTADO SEGMENTO DE SUVs A NOVA FÁBRICA EM PERNAMBUCO, A EXPANSÃO DA REDE E O LANÇAMENTO DO JEEP RENEGADE COM PREÇO A PARTIR DE R$ 69.900

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quando o futuro precisa de soluções, elas nascem com ideias.

A maneira de pensar o mundo está sempre em transformação, exigindo soluções diferenciadas. A ideia que nos move é construir, com a nossa tecnologia, um futuro cada vez melhor para o nosso país e para o mundo. a fca encontrou esse futuro em Goiana-pe. parabéns, fca, pela grandeza de sua nova fábrica!

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grupoz.com.br

Se beber n達o dirija.

Tecnologia de Vanguarda

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ÍNDICE

50

CAPA | JEEP

RENEGADE É APOSTA PARA CHEGAR À LIDERANÇA

8F ERNANDO CALMON ALTA RODA Renegade, o abre-alas 12 NO PORTAL

DIVULGAÇÃO \ CUMMINS

MARCOS CAMARGO

A Fiat Chrysler já vende o Renegade montado na fábrica de Goiana, PE, e amplia a rede de concessionárias Jeep para disputar o mercado onde estão os nacionais Ford EcoSport, Renault Duster, Peugeot 2008 e Honda HR-V

16 CARREIRA 20 NEGÓCIOS

DIVULGAÇÃO \ HYUNDAI

33 R ECONHECIMENTO CUMMINS DESTACA MAHLE E SANDVIK Empresas foram as melhores de 2014

34 P REMIAÇÃO HYUNDAI ELEGE MELHORES PARCEIROS Maxion Wheels foi a empresa do ano ONDA 36 H MONTADORA PREMIA FORNECEDORES 26 empresas receberam troféus

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38 A FTERMARKET A REAÇÃO À QUEDA DO ZER0-KM Automec apontou crescimento

MARCIO SHAFFER

LETRÔNICA 42 E EXPANDINDO HORIZONTES Novas perspectivas para o carro

68 A RTIGO ELETRÔNICA: O PONTO DA VIRADA O Brasil como polo de produção ENAULT 90 R DUSTER MAIS COMPETITIVO Marca renova o utilitário esportivo DIVULGAÇÃO \ RENAULT

DIVULGAÇÃO \ HONDA

46 L ANÇAMENTO HR-V NA ONDA DOS SUVS Honda quer vender 50 mil unidades

48 M ERCADO BRASIL NA ESTRATÉGIA DA BMW Fabricante quer crescer no País EUGEOT 56 P 2008 ENTRA NA BRIGA DOS SUVS Preço parte de R$ 67.190

58 FÓRUM

A RETOMADA DOS NEGÓCIOS Encontro teve 861 participantes

66 L UXO AUDI: OTIMISMO NO BRASIL Montadora avança no mercado

68 P RÊMIO REI

65 FINALISTAS DISPUTAM TROFÉUS Vencedores serão conhecidos em junho

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EDITORIAL

REVISTA

www.automotivebusiness.com.br

Paulo Ricardo Braga Editor paulobraga@automotivebusiness.com.br

É A JEEP “É

a fábrica da Jeep”, diz o pessoal da pequena cidade de Goiana, em Pernambuco, referindo-se ao multibilionário complexo automotivo da Fiat Chrysler que começa a ganhar contornos definitivos. A afirmação popular revela a estratégia da montadora ao tomar a decisão de fincar bandeira em território inexplorado pela indústria automobilística. Enquanto o polo automotivo amadurecia, reunindo fornecedores, centro de desenvolvimento, campo de provas e uma possível planta de motores, desenhava-se também a opção pela marca Jeep. A tradição local do nome Jeep ganhou força, alimentada pela experiência internacional com a aposta na marca, que triplicou as vendas para quase 1 milhão de unidades/ano depois que a Fiat iniciou a compra da Chrysler. Os projetos da Jeep no Brasil são ambiciosos. Na apresentação do Renegade, no Rio de Janeiro, em março, sem nenhuma modéstia, o diretorgeral da Jeep América Latina, Sérgio Ferreira, avisou que pretende liderar o segmento de SUVs no País, alicerçado por uma rede que terá duas centenas de lojas até o fim de 2015. A tarefa não será fácil, apesar das surpreendentes qualidades do Renegade. O veículo terá de desbancar o EcoSport, que vendeu 54 mil unidades em 2014, o Duster e enfrentar os recém-lançados Honda HR-V e o Peugeot 2008, igualmente bem recebidos pelo mercado. Pedro Kutney, editor do portal Automotive Business, testou e aprovou o Renegade no lançamento. Ele observa que há duas variações bem diferentes – a diesel, com motor turbodiesel de 170 cavalos, surpreendente, e a do motor flex de 132 cavalos, mais mansa e sem as qualificações de off road da primeira. As outras impressões do jornalista você vai conhecer nesta edição e também na publicação especial de junho que estamos preparando sobre o polo automotivo da Fiat Chrysler em Pernambuco. Nesta revista você vai saber também o que ocorreu no VI Fórum da Indústria Automobilística, que espantou a crise e recebeu 861 participantes no Golden Hall do WTC, em São Paulo. O evento, com 70 marcas patrocinadoras e apoiadoras, teve como destaques uma feira de tecnologia e workshops que colocaram frente a frente os participantes e uma centena de profissionais das áreas de compras e engenharia das montadoras. Confira o caderno especial que revela os 65 finalistas do V Prêmio REI, que estão sendo submetidos à votação dos participantes de nossos fóruns e leitores das revistas e portal Automotive Business para escolha dos vencedores. Os troféus aos eleitos serão entregues em junho. Boa leitura e até a próxima edição.

Editada por Automotive Business, empresa associada à All Right! Comunicação Ltda. Tiragem de 12.000 exemplares, com distribuição direta a executivos de fabricantes de veículos, autopeças, distribuidores, entidades setoriais, governo, consultorias, empresas de engenharia, transporte e logística e setor acadêmico. Diretores Maria Theresa de Borthole Braga Paula Braga Prado Paulo Ricardo Braga Editor Responsável Paulo Ricardo Braga (Jornalista, MTPS 8858) Editora-Assistente Giovanna Riato Redação Mário Curcio, Pedro Kutney, Sueli Reis e Victor François Editor de Notícias do Portal Pedro Kutney Colaboradores desta edição Alexandre Akashi, Gustavo Henrique Ruffo e Rodrigo Lara Design gráfico Ricardo Alves de Souza e Josy Angélica (RS Oficina de Arte) Fotografia Estúdio Luis Prado Publicidade Carina Costa, Greice Ribeiro, Monalisa Naves Atendimento ao leitor Patrícia Pedroso WebTV Marcos Ambroselli Comunicação e eventos Carolina Piovacari Impressão Margraf Distribuição Treelog

Administração, redação e publicidade Av. Iraí, 393, conjs. 51 a 53, Moema, 04082-001, São Paulo, SP, tel. 11 5095-8888 contato@automotivebusiness.com.br Filiada ao

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ALTA RODA

RENEGADE: O ABRE-ALAS LUIS PRADO

Í

FERNANDO CALMON é jornalista especializado na indústria automobilística fernando@calmon.jor.br

Leia a coluna Alta Roda também no portal Automotive Business PATROCINADORAS

ntegro. Se fosse o caso de usar uma só palavra para definir o Jeep Renegade, esta é sob medida. Adjetivo de largo espectro cobre desde sua fidelidade ao estilo e conceitos da marca até sensação verdadeira de robustez quando se exige dele fora de estrada. Surpreende ainda o acabamento interno e a longa lista de equipamentos e opções inéditas. Trata-se do primeiro SUV a diesel abaixo da barreira simbólica de R$ 100.000 (exatos R$ 99.900) com tração 4x4 não permanente, bloqueio central do diferencial, modo virtual de reduzida e caixa de câmbio automática de nove marchas. Suspensão independente nas quatro rodas, freio de estacionamento elétrico e controle de trajetória (ESC) compõem itens de série. Entre os opcionais se destacam o inédito (entre carros nacionais) sistema de assistência eletrônica para estacionar e dois tetos solares de compósito de fibra de vidro (o dianteiro, elétrico) destacáveis para guardar no porta-malas. Em termos de segurança, o Renegade deverá obter nota máxima porque estruturalmente é igual ao produzido na Itália. Aqui pode ter também até sete bolsas de ar. Apesar de

produzido em uma fábrica inteiramente nova, em Goiana (PE), com investimentos pesados, longe de alguns fornecedores e ainda à espera de investimentos atrasados em infraestrutura, o utilitário esporte compacto da Jeep tem preços bastante competitivos, em especial ante o EcoSport e o recém-lançado HR-V. O preço inicial de 69.900 na versão Sport já o coloca em posição privilegiada e dentro de dois meses terá versão despojada por R$ 66.900. A intermediária Longitude, de tração dianteira como a primeira, custa R$ 80.900 e traz câmbio automático de seis marchas. Todos os modelos a diesel nesse segmento, por legislação, devem ter tração nas quatro rodas, o que encarece bastante, além de não se encontrar combustível S10 em todos os postos. No outro extremo se coloca a Trailhawk (2 L, 170 cv e impressionantes 35,7 kgfm) por R$ 116.900 que deve ter participação quase simbólica. Cerca de 80% das vendas serão mesmo com motor flex de 1,75 L que manteve potência de 132 cv, mas teve ligeiro aumento de torque para bons 19,1 kgfm e em giro mais baixo. Em torno de metade do mix inicial está previs-

ta com câmbio automático e aí começam alguns pontos fracos. Pela robustez do projeto este SUV pesa 1.432 kg e suas acelerações são relativamente modestas. Fábrica informa 0 a 100 km/h em 11,5 s, mas dá a impressão de ficar acima de 13 s (câmbio manual o deixa mais ágil). Versão a diesel, com 250 kg extras em razão do motor, sistema de tração e equipamentos, acelera de 0 a 100 km/h em 9,9 s (segundo o fabricante). Porém, o que se destaca é a 120 km/h o motor sussurrar a pouco menos de 2.000 rpm. Em uso fora de estrada o Renegade impressiona pela capacidade de vencer obstáculos sem ser desconfortável. Nos congestionamentos o rival HR-V tem a vantagem do freio de estacionamento elétrico de aplicação automática e liberação ao toque no acelerador, sempre muito conveniente. Porta-malas do Renegade é limitado, apenas 260 litros, menor que alguns hatches compactos. No entanto perde por pouco para o EcoSport (com estepe fixado na tampa) e por muito para os 437 litros do HR-V. Entre estes três modelos o Jeep é o mais cotado para liderar, mas a Ford deve reagir e a Honda brigará para-choque a para-choque.

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FERNANDO CALMON

RODA VIVA conta, o Ghost Series II. Há um interessado em pagar R$ 2,9 milhões. Subsidiária da BMW, a centenária marca inglesa oferece duas opções de entre-eixos (3,2 m e 3,46 m). Como cresce agora em todo o mundo, por que não aqui em longo prazo?

RENAULT garante: Logan e Sandero continuarão a ser fabricados em São José dos Pinhais (PR). Parte da produção será transferida para JEEP RENEGADE SPORT: preço parte de R$ 69.900 a Argentina pela complicada situação MAIS uma prova da cambial e econômica do país descentralização no mercado vizinho. A marca francesa (ainda) brasileiro. Em 2004 São Paulo não confirma, mas se dá como respondia por um terço dos certo o compacto de baixo custo, veículos novos vendidos. Uma sucessor do Clio, na fábrica década depois, em 2014, o Estado paranaense. representou 26% do total. Tendência é cair para 25% ou menos. SPIN Activ surgiu de pesquisas sobre atratividade do estepe MERCADO em franca fixado na tampa traseira. Para recessão diminuiu um pouco a evitar danos involuntários em pressa por lançamentos inéditos outros veículos, em manobras no segmento de picapes, menos de ré, o sensor de distância é de afetado que o de automóveis. série. De fato, indispensável no Dois fabricantes atrasaram uso cotidiano. Retrovisão fica algo em alguns meses o início de prejudicada e o peso extra do produção. Picape média para robusto sistema de suporte exige uma tonelada da Fiat (ainda muito do motor de 1,8 L/108 sem nome) ficou para outubro cv, em especial com câmbio e a compacta de quatro portas automático. Renault Oroch para novembro. Vendas, um mês depois. CRISE econômica do País não desanimou a Rolls-Royce. Decidiu importar seu modelo mais em ATUALIZAÇÕES de estilo,

centradas na parte frontal, deram rejuvenescida no Nissan chamado agora de Novo Versa, a partir de R$ 41.990. Trata-se de sedã anabolizado (ao jeito de Cobalt, Grand Siena e Logan) com espaço no banco traseiro de fato surpreendente. Passa a contar com o motor de 3 cilindros/1 L/77 cv: vai muito bem no hatch March, mas nem tanto no Versa que é mais pesado por ser maior. Motor de 1,6 L/111 cv supre potência faltante por apenas R$ 1.500 extras. DIVULGAÇÃO-FCA \ MARCOS CAMARGO

CONFORME comentado pela Coluna, a consolidação mundial ainda não terminou. Uma possível fusão entre Peugeot Citroën e FCA (Fiat Chrysler Automobiles) era especulada há tempos. O presidente do grupo francês, o português Carlos Tavares, admitiu abertura a negociações logo que superar a fase atual de recuperação financeira.

PORSCHE produziu em 2014 o recorde de quase 200.000 unidades. Crescimento fantástico, pois há duas décadas vendia apenas 30.000 carros/ ano. Natural, portanto, instalação em meados deste ano de uma filial no Brasil em joint venture com o atual importador Stuttgart Sportcar. Este tem feito bom trabalho, porém há necessidade de fôlego financeiro para expansões. GOVERNO não ampliará valor máximo de R$ 70.000 para retirada de imposto nos automóveis de câmbio automático destinados a pessoas com deficiências motoras. Assim, modelos médios compactos tendem a sair desse mercado. Civic, por exemplo, já está fora. Corolla se mantém no limite, mas com aumentos de custos inevitáveis também sairá. Restarão apenas compactos. n

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PORTAL

| AUTOMOTIVE BUSINESS

AS NOVIDADES QUE VOCÊ ENCONTRA EM WWW.AUTOMOTIVEBUSINESS.COM.BR COBERTURA COMPLETA DO VI FÓRUM Maior encontro de líderes do setor automotivo, o VI Fórum da Indústria Automobilística reuniu 861 profissionais no dia 6 de abril. A cobertura completa do evento, com reportagens e entrevistas em vídeo, está no ar no Portal AB. Confira.

GOODYEAR COMEÇA A VENDER NOVA LINHA DE PNEUS A Goodyear passa a oferecer em sua rede a linha de pneus EfficientGrip SUV, voltada a utilitários esportivos e picapes. Haverá ao todo 12 medidas, a ser lançadas até agosto. A primeira delas, 205/60 R16, já é equipamento de série do novo Peugeot 2008. A produção ocorre em Americana (SP).

VENDAS DE VEÍCULOS IMPORTADOS PATINAM O segmento de veículos importados ampliou em 19,9% as vendas em março na comparação com fevereiro, ao emplacar pouco mais de 6,9 mil unidades, segundo dados da Abeifa, associação dos importadores e fabricantes de veículos. Ainda assim, o primeiro trimestre de 2015 registrou queda de 21,8% na comparação ao mesmo período de 2014.

WEB TV www.automotivebusiness.com.br/abtv 90 SEGUNDOS

ENTREVISTA

NOTICIÁRIO

Confira em um minuto e meio a opinião de executivos da indústria automotiva sobre o cenário para os negócios em 2015

LUIS CARLOS PIMENTA, presidente da Volvo Bus para a América Latina, comemora o segundo melhor ano da companhia na região

BALANÇO SEMANAL Um resumo dos acontecimentos mais importantes do setor automotivo

EXCLUSIVO QUEM É QUEM A ferramenta exclusiva e gratuita traz os contatos de quem comanda o setor automotivo. automotivebusiness.com.br/ quemquem.aspx

REDES SOCIAIS ESTATÍSTICAS Acompanhe a evolução das estatísticas das principais organizações do setor. automotivebusiness.com.br/ estatisticas.aspx

MOBILE WEBSITE Formato leve e adequado para quem acompanha as notícias pelo smartphone ou tablet. m.automotivebusiness.com.br

LINKEDIN – Notícias, análises e a programação da ABTV agora são postadas diariamente na plataforma profissional. TWITTER – Siga o Portal AB na rede social e veja os links e novidades postados pela nossa equipe. @automotiveb PINTEREST – Acompanhe os painéis com as principais novidades do Portal, Revista e AB webTV. pinterest.com/automotiveb

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INSCREVA-SE JÁ! Tel. 11 5095-8888 www.automotivebusiness.com.br PROGRAMA A Retomada dos Negócios Luiz Moan Yabiku Junior, Presidente da Anfavea Forecast para a Indústria Automobilística Projeções para o mercado de leves e pesados O Desempenho do Setor de Autopeças Os novos cenários para as empresas de autopeças Competitividade em Autopeças Convidadas: empresas de autopeças A Evolução da Cadeia de Suprimentos Convidados: diretores de compras de montadoras

PATROCÍNIO MASTER

Insights para o Planejamento 2016 Análise conjuntural. O clima político e macroeconômico Cenários para a Economia As previsões para a economia e os desafios do crescimento O Ponto de Vista dos Pesados A recuperação da indústria de caminhões e ônibus A Equação do Planejamento para as Empresas do Setor Automotivo Letícia Costa, Sócia-Diretora, Prada Assessoria

PATROCÍNIO

APOIO

ASSESSORIA DE IMPRENSA

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CARREIRA

OS DESAFIOS DE

JULIAN NEGRI NA MINI BRASIL AUTOMOTIVE BUSINESS – Por que decidiu deixar a Mini na Argentina para vir comandá-la no Brasil? JULIAN NEGRI: Tive a possibilidade de mudar após mais de 10 anos na Argentina e de ter passado pelo comando da Mini e na BMW Motorrad. Vejo o Brasil como um mercado com muito potencial e o mais importante da América do Sul.

O

executivo assumiu em 2015 a diretoria da Mini no mercado nacional após atuar pela marca por 11 anos na Argentina. Com experiência em outras empresas do Grupo BMW, ele conta os desafios que terá no Brasil diante do setor em retração.

AB – Quais são seus desafios ao assumir uma marca premium no mercado em retração? JN– Estou chegando da Argentina, que apresenta restrições ainda maiores, com problemas de câmbio e importações. Não há nenhuma grande barreira para a

Mini no Brasil e seguiremos com nossos planos de expansão da rede. Pretendemos manter os bons resultados de 2014. AB – E suas perspectivas para o futuro? JN – A Mini é um sucesso no Brasil e apresentou bom crescimento nos últimos anos, alcançando recordes. Para curto e médio prazos queremos incrementar o portfólio, aumentar o número de concessionárias e ganhar market share. O segmento premium é o menos afetado em turbulências como a atual e consegue se blindar. Assim, focaremos esforços em aumentar nossa visibilidade. n

EXECUTIVOS J ORGE PORTUGAL (foto 1) é o novo vice-presidente de vendas e marketing da Volkswagen no Brasil. O

executivo argentino de 49 anos substitui Ralf-Jochen Berckhan, que retorna à Alemanha por motivos pessoais. O presidente da Renault do Brasil, OLIVIER MURGUET (foto 2), assume o cargo de vice-presidente sênior e presidente do conselho da região Américas, no lugar de Denis Barbier, que retorna para a França em novas funções. A Volvo Cars Brasil tem como novo diretor de marketing e relações públicas LEANDRO TEIXEIRA (foto 3), que já atuou na área em empresas como Unilever, Pepsico e Ambev. R ICARDO BARION (foto 4) foi contratado pela Iveco como novo diretor de marketing no lugar de Christian Gonzalez, que foi designado diretor de marketing da Case IH. C ARLOS SANTIAGO (foto 5) é o novo diretor de produção de caminhões da Mercedes-Benz no Brasil. O executivo responderá pelas fábricas de São Bernardo do Campo (SP) e Juiz de Fora (MG). Seu antecessor, André Luiz Moreira, deixa a empresa após dez anos. A Dana contrata EDUARDO BUCHAIM (foto 6) como diretor de vendas de produtos para veículos comerciais na América do Sul. Ele já trabalhou em empresas como SKF, Plásticos Mueller e Dayco.

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_Anuncio_Fechamento.indd 18-- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 34657-014-ChryslerFCA-AF-Jeep-FabricaBrasil-41x27.5_pag001.pdf Job: 2015-Chrysler-Abril

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NEGÓCIOS

PONTO DE VISTA rise é algo que passa longe C do setor automotivo

PROJEÇÃO

VENDAS DEVEM DIMINUIR 13,2% EM 2015

D

iante da forte contração das vendas, a Anfavea decidiu revisar as expectativas para 2015. A companhia, que em janeiro anunciou que o mercado se manteria estável na comparação com 2014, espera agora queda de 13,2% nos emplacamentos, para pouco mais de 3 milhões de veículos. A maior contração deve acontecer no segmento de pesados, com redução de 31,5%, para 113 mil caminhões e ônibus. A expectativa para a produção também ficou bem menor. As fábricas brasileiras deverão reduzir em 10% o ritmo, para 2,83 milhões de unidades. Será a primeira vez desde 2007 que o nível de produção ficará abaixo dos 3 milhões de veículos. A única variação positiva deve acontecer nas exportações. Por enquanto a Anfavea trabalha com a expectativa de que os volumes cresçam 1,1% e alcancem 338 mil veículos. Ainda assim, a entidade pretende revisar para cima esta expectativa por causa da renegociação de acordos automotivos importantes, como o com o México e, em breve, o com a Argentina.

NOVA UNIDADE

HONDA CONCLUI CONSTRUÇÃO EM ITIRAPINA (SP)

D

DIVULGAÇÃO \ HONDA

epois de 16 meses de trabalho, a Honda terminou a construção civil de sua nova fábrica em Itirapina (SP), que tem inauguração prevista para o fim de 2015. A planta, segunda da companhia no Brasil para automóveis, produzirá o Fit. A unidade recebe investimento de R$ 1 bilhão e dobrará o potencial produtivo da montadora no Brasil para 240 mil carros por ano.

LGAÇÃO \ RE DIVU NA UL TG R

ARMANDO MONTEIRO, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em declaração otimista justificada por ele pelo tamanho e potencial do mercado interno

O

UP

LIDERANÇA

CARLOS GHOSN TEM SALÁRIO REAJUSTADO

O

franco-brasileiro Carlos Ghosn, CEO mundial da Renault, teve seus ganhos anuais reajustados para US$ 7,8 milhões. O valor é mais que o dobro do registrado em 2013, de US$ 2,9 milhões. O montante inclui salário-base anual (este inalterado) de US$ 1,33 milhão mais bônus e remunerações de ações. O pacote foi aprovado pelo conselho de administração. A montadora afirma que o aumento no salário do CEO está relacionado à melhoria do desempenho da fabricante no ano passado. Em 2014 houve aumento de três vezes no lucro anual, indo a US$ 2 bilhões.

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NEGÓCIOS

ANIVERSÁRIO

STUDIO CERRI \ JAC MOTORS \ DIVULGAÇÃO

JAC COMPLETA 4 ANOS NO BRASIL

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o último mês de março a JAC Motors comemorou quatro anos desde o dia em que abriu as portas de suas 50 primeiras concessionárias simultaneamente. A data foi completada em momento difícil para a companhia, que ainda espera financiamento de R$ 120 milhões aprovado pela Desenbahia para começar a construção de sua fábrica em Camaçari (BA). Com o atraso da planta local, as vendas também patinam. Em 2011, ano de sua estreia no mercado nacional, a marca chinesa vendeu 23,7 mil carros. Em 2014 o volume de emplacamentos caiu para apenas 7,9 mil.

CADEIA PRODUTIVA

VALDIR BEN

BORGHETTI MANTÉM OTIMISMO PARA 2015

G

erson Ribeiro, gerente comercial e de marketing da Borghetti Turbos, empresa de capital nacional de São Marcos (RS) especializada em turbos e conhecida pela marca Master Power, não compartilha do pessimismo de grande parte das empresas de autopeças. Com um portfólio voltado em 95% para o segmento de reposição, ele tem a expectativa de repetir em 2015 o volume de vendas obtido em 2014, da ordem de 10 mil a 12 mil equipamentos por mês, o que garante uma participação expressiva no setor, que tem a presença de BorgWarner, Garrett, Mahle e Holset, entre outros concorrentes. “Haverá algum sacrifício da rentabilidade”, reconhece, lembrando no entanto que as exportações estão sendo favorecidas pela desvalorização do real. As vendas ao exterior representam 35% da produção da Master Power, que atende clientes em mais de cinquenta países.

INVESTIMENTO

ARCELOR MITTAL APLICA US$ 20 MILHÕES EM PESQUISA

C

om foco na criação de seu 12o centro de pesquisa e desenvolvimento no mundo, a Arcelor Mittal investirá US$ 20 milhões no Brasil até 2019. O empreendimento será instalado no complexo da companhia em Vitória (ES). O objetivo é alcançar ali inovações em aço para a indústria automotiva, energia, construção civil, máquinas e linha branca.

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ECONOMIA E EFICIÊNCIA PARA CHEGAR MAIS LONGE.

A Votorantim Metais CBA é uma das maiores produtoras de alumínio da América Latina, com ampla participação em diversos segmentos, sendo grande parceira no fornecimento para o mercado automotivo: de caminhões e estruturas de ônibus a rodas, folhas para trocadores de calor e juntas de vedação. A qualidade, a leveza e a durabilidade do nosso alumínio garantem maior economia, desempenho e eficiência a veículos de todos os portes em todo o continente americano.

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DIVULGAÇÃO \ TOYOTA

NEGÓCIOS

SÃO BERNARDO REBORN

TOYOTA CONCLUI APORTE DE R$ 19 MILHÕES

A

DIVULGAÇÃO \ CUMMINS

Toyota concluiu fase inicial do projeto São Bernardo Reborn, para revitalização da fábrica de São Bernardo do Campo (SP). Foram investidos R$ 19 milhões nas mudanças. A unidade do ABC foi a primeira da Toyota fora do Japão e iniciou as operações em 1962. O projeto

inclui a implantação do terceiro turno no setor de forjaria, que passará a produzir bielas e virabrequins para abastecer a futura planta de Porto Feliz (SP), cuja inauguração está prevista para o primeiro semestre de 2016. Lá serão fabricados os motores 1.3 e 1.5 do Etios.

MOTORES

CUMMINS ESPERA QUEDA NA PRODUÇÃO EM 2015

A

Cummins tem expectativas pouco animadoras para os negócios este ano. A companhia espera queda de 16,8% na produção de propulsores em sua fábrica em Guarulhos (SP), para 45 mil unidades. O executivo admite que o mercado brasileiro decepcionou no início de 2015. Diante do enfraquecimento do mercado, a utilização da capacidade instalada na fábrica de motores brasileira da companhia está em apenas 40%. “Infelizmente, não temos clareza de que haverá recuperação em breve. Mas mantemos a esperança: pior do que está não dá para ficar”, avalia Luiz Afonso Pasquotto, presidente da companhia para a América do Sul. (Giovanna Riato)

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NEGÓCIOS

AUTOPEÇAS

SINDIPEÇAS PREVÊ ANO DIFÍCIL este ano devem se agravar ainda mais os problemas enfrentados pela cadeia de autopeças instalada no Brasil. A expectativa é do Sindipeças, entidade que representa o setor e revisou para baixo a projeção de faturamento de seus 500 associados. A previsão é que as receitas alcancem R$ 67,9 bilhões em 2015, montante 11,5% menor do que o registrado no ano passado. A volta do crescimento deve acontecer apenas em 2016, quando a expectativa é de alta de 4,2% no faturamento, para R$ 70,8 bilhões. A previsão feita para 2015 inclui aumento da importância das exportações, que devem representar 11,8% das receitas. No ano passado essa participação era de 9,5%. O déficit da balança comercial tende a ficar menor, da ordem de US$ 7,23 bilhões contra o saldo negativo de US$ 9 bilhões do ano passado. O investimento estimado para o setor também será afetado. Está previsto aporte de US$ 830 milhões pelas empresas do segmento em 2015, o menor valor dos últimos cinco anos.

SETOR DE AUTOPEÇAS

PROJEÇÕES 2015

Faturamento de R$ 67,9 bilhões (-11,5%) R$ 43,4 bilhões VENDAS ÀS MONTADORAS R$ 13 bilhões REPOSIÇÃO R$ 8,55 bilhões EXPORTAÇÕES - US$ 7,23 bilhões BALANÇA COMERCIAL US$ 830 milhões INVESTIMENTO 177,2 mil (- 9%) EMPREGOS Fonte: Sindipeças

MALAGRINE

N

LANÇAMENTO

MERCEDES TRAZ NOVAS VERSÕES DO MODELO GLA

A

Mercedes-Benz ampliou a lista de versões do pequeno utilitário esportivo GLA, que com isso passará de 22% para 35% do mix de vendas da marca no Brasil. A principal novidade está no motor 2.0 a gasolina de 211 cavalos instalado nos GLA 250 Vision e Sport, que têm preços sugeridos de R$ 171,9 mil e R$ 189,9 mil. Outro destaque é a nova opção GLA 200 Style, que se tornou a versão de entrada. Tem tabela de R$ 128,9 mil. Além da Classe C, o GLA também será montado em Itirapina (SP) a partir de 2016. Ao contrário do que ocorre com a divisão de caminhões e chassis para ônibus da marca, que teve queda de 55% no primeiro trimestre, a área de automóveis vive um grande período: “Batemos nosso recorde em março em vendas no atacado, com 1.953 carros repassados às concessionárias”, comemora o gerente de vendas e marketing Dirlei Dias. (Mário Curcio)

UTILITÁRIO

RENAULT, NISSAN E MERCEDES-BENZ FARÃO PICAPE JUNTAS

A

núncio oficial do governo argentino aponta que a Nissan terá fábrica própria no país, dentro do complexo de Santa Isabel, da sócia Renault, em Córdoba. O plano é produzir picapes médias de uma tonelada de três marcas sobre uma mesma plataforma. A Nissan é a primeira delas, que fornecerá a base da Frontier aos outros dois sócios no empreendimento: Renault e Mercedes-Benz - que em 2010 firmou um acordo de parceria com a aliança franco-nipônica. O investimento inicial é de US$ 600 milhões.

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CAMINHÕES

FORD E MAN FORTALECEM PRESENÇA

O

tombo das vendas de caminhões no primeiro trimestre de 2015 teve impacto mais forte em algumas fabricantes do que em outras. Mesmo diante da contração de 36,1% do mercado total, para 19,3 mil unidades entre janeiro e março, a Ford abocanhou expressivos 6 pontos porcentuais de market share na comparação entre os primeiros trimestres de 2014 e 2015. A maior presença nos segmentos de semileves e de leves foi a grande responsável pelo bom resultado da marca. Outra empresa que alcançou bons resultados mesmo no mercado adverso foi a MAN. Depois de ter sua liderança ameaçada em 2014 pela expansão dos negócios da Mercedes-Benz, a companhia abocanhou 2 pontos porcentuais de participação de mercado no primeiro trimestre de 2015 e respondeu por 29,5% do total de caminhões vendidos no Brasil.

DIVULGAÇÃO \ BASF

INVESTIMENTO

PPG INAUGURA FÁBRICA DE E-COAT EM SUMARÉ

A

MÁRIO CURCIO

fabricante de tintas PPG inaugurou em Sumaré (SP) uma unidade dedicada à produção de e-coat, base anticorrosiva aplicada em automóveis e vários outros produtos industrializados. Com 65 mil metros quadrados, a nova área é a sexta dentro de um complexo de 500 mil metros quadrados. Consumiu R$ 100 milhões e irá substituir importações do México e da Espanha. “Além da indústria automotiva, forneceremos para o setor industrial, que inclui máquinas agrícolas e de construção como Case, John Deere e Caterpillar... Enfim, todos os fabricantes desse segmento são nossos clientes”, afirma o diretor-geral da PPG, Carlos Santa Cruz. A produção vai suprir o mercado local e a Argentina. Nos últimos três anos, a PPG investiu R$ 200 milhões no Brasil, que é a segunda maior operação da empresa na América Latina, atrás somente do México. (Mário Curcio)

FÁBRICA

CATALISADORES BASF FAZEM 15 ANOS EM INDAIATUBA

A

Basf comemorou 15 anos de sua fábrica de catalisadores em Indaiatuba (SP). A unidade começou com duas linhas de produção e tem cinco atualmente. O número de trabalhadores passou de 20 para 100. Do ano 2000 para cá foram produzidos mais de 14 milhões de catalisadores. A planta teve importante ampliação em 2008 na seção de produtos para veículos a gasolina e flex. Houve outra em 2010, quando surgiu uma nova área para componentes da linha diesel. Como ocorre com o segmento automotivo, a unidade vive o período de retração: “Estamos usando cerca de 60% de nossa capacidade produtiva”, afirma o vice-presidente sênior para a América do Sul, Antônio Lacerda. “Estamos trabalhando com a premissa de que nosso mercado voltará a crescer. Pode levar 12, 18 ou 24 meses, mas o crescimento da produção será retomado”, conclui. (Mário Curcio)

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NEGÓCIOS

PIRELLI SERÁ COMPRADA POR GRUPO CHINÊS

A

maior empresa química da China, a ChemChina, anunciou a compra da Pirelli em um negócio acordado em t 7,1 bilhões entre a empresa e a fabricante de pneus italiana. A transação é a maior compra de uma empresa italiana por outra de origem chinesa, mas ainda está sujeita às aprovações das autoridades reguladoras de mercado.

ZERO EMISSÃO

BYD CONCLUI TESTES DE ÔNIBUS ELÉTRICO NA COLÔMBIA

A

BYD, empresa chinesa especializada em veículos elétricos, conclui os testes de um ônibus elétrico em Medelín, na Colômbia, por meio do programa que prevê a introdução de tecnologia limpa no município. As avaliações foram feitas em parceria com a operadora de ônibus Mega Plus e a empresa de energia EPM. Até o momento, os veículos elétricos da BYD são utilizados em mais de 110 cidades em 35 países por todo o mundo. No Brasil, a empresa mantém intenção de construir fábrica para a produção de ônibus elétricos e baterias.

PARQUE DE SOROCABA

SCANIA E POLI-USP INAUGURAM CENTRO DE P&D

A

Scania inaugurou em abril laboratório de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em parceria com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). O empreendimento fica no Parque Tecnológico de Sorocaba, no interior de São Paulo. A cooperação entre a companhia e a instituição foi firmada em 2013 e conta com investimento de R$ 6 milhões da montadora, o maior já feito pela companhia na área de pesquisa no Brasil. Parte deste montante foi destinada à construção do centro de P&D. O objetivo da cooperação é estudar o fluxo de ar em motores diesel e buscar redução de consumo de combustível e, consequentemente, da emissão de poluentes. A Scania não detalha em qual veículo a novidade pode ser implementada quando o programa for concluído, mas garante que a intenção é colocar em uso assim que possível. “A tecnologia poderá ser aplicada em qualquer tipo de motor, tanto Euro 5 quando Euro 6. O que descobrirmos será implementado globalmente”, explica o presidente da companhia para a América Latina, Per Olov Svedlund. Além de realizar o aporte em P&D, a companhia concluiu investimento de R$ 96 milhões em um novo prédio de montagem e pintura de cabines com alto grau de automação no complexo industrial de São Bernardo do Campo (SP). Com 8 mil metros quadrados, a estrutura é inspirada nas linhas da montadora na Suécia e na Holanda. (Giovanna Riato) DIVULGAÇÃO - SCANIA \ EMERSON FERRAZ

FUSÃO

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BALANÇO

MERCADO DE USADOS RETOMA CRESCIMENTO

A

pós registrar queda nas vendas no primeiro bimestre, o segmento de veículos usados voltou a crescer: os negócios subiram 2,2% no acumulado dos três primeiros meses do ano quando comparados com igual período do ano passado, para 2,41 milhões de unidades, segundo dados divulgados pela Fenabrave, federação que reúne as associações das concessionárias.

LOCADORAS DOBRARAM FATURAMENTO EM 2014

A

Abla, Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis, calcula que o setor mais do que dobrou o faturamento no ano passado, indo para R$ 14,72 bilhões. A frota atual em circulação no setor é de 733 mil veículos, sendo que 60% são carros 1.0. Segundo o diretor de relações institucionais da Abla, Paulo Gaba Jr., as empresas do segmento têm 25,9 milhões de usuários no País. A associação indica que o Gol, da Volkswagen, foi o modelo mais procurado pelos frotistas no ano passado. (Victor François) WAGNER MALAGRINE

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RECONHECIMENTO

RECONHECIMENTO ocorreu durante o encontro da cadeia de suprimentos

CUMMINS DESTACA FORNECEDORES MAHLE E SANDVIK FICARAM COM O PRÊMIO MELHOR DOS MELHORES DE 2014

A

III Conferência Nacional de Fornecedores Cummins realizada no Hotel Marriot, em Guarulhos (SP), reuniu as unidades de negócios dos segmentos de motores Diesel, componentes e grupos geradores. O objetivo do evento foi compartilhar com os parceiros da cadeia de suprimentos as iniciativas da empresa e as perspectivas para o futuro. Foram também homenageados e premiados na ocasião os melhores fornecedores de 2014. Com a presença de Luis Afonso Pasquotto, presidente da companhia para a América do Sul e vice-presidente da Cummins Inc., e Tim Millwood, líder global de compras da Cummins Inc., o encontro destacou o papel fundamental da base de suprimentos para o desenvolvimento da organização. As premiações foram divididas em

três categorias: Prêmios Corporativos, Prêmios por Unidade de Negócio e Melhor dos Melhores entre os fornecedores diretos e indiretos. A categoria Prêmios Corporativos reconheceu quatro empresas que se destacaram em Desenvolvimento de Novos Produtos; Transformação na Cadeia de Suprimentos; Seis Sigma e Diversidade. O fornecedor do ano em Desenvolvimento de Novos Produtos foi a Metalúrgica Riosulense, que se distinguiu no programa de lançamentos da Cummins. A Santos Brasil Participações sobressaiu-se no processo de melhorias no supply chain, ficando com o prêmio corporativo Transformação na Cadeia de Suprimentos. O parceiro que melhor desenvolveu a metodologia Seis Sigma e realizou projetos de destaque junto

à Cummins foi a Voss, que obteve o prêmio pertinente. A Emaus, fornecedora do ano em Diversidade, destacou-se entre as micro e pequenas empresas, empresas de propriedade de mulheres, filantrópicas e aquelas cujos proprietários são portadores de necessidade e habilidade especiais. Já as premiações por Unidades de Negócio elegeram os fornecedores do ano para a Unidade de Motores, Geradores e Componentes, que envolve Cummins Filtration, Cummins Turbo Technologies e Cummins Emission Solutions. A Mahle Mogi, Inescap e Johnson Matthey foram apontadas as Melhores do Ano em Motores, Geradores e Componentes. Os prêmios da categoria Melhor dos Melhores destinados aos fornecedores diretos e indiretos ficaram com a Mahle e Sandvik, respectivamente.

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da agricultura de precisÃo para o mundo conectado e mÓvel. A Stara, fabricante de máquinas e equipamentos para a agroindústria, migrou para o Enterprise Resource Planning (ERP) da SAP, integrou suas bases de informações e minerou mais de 20 anos de dados legados para construir um sistema sólido de gestão, que acelera a tomada de decisões de horas para minutos. Com o backoffice em ordem, a companhia investiu em mobilidade, com um aplicativo para tablet que, conectado à internet, acelera o atendimento e suporte ao cliente de dias em horas. Tudo isso com o apoio da T-Systems.

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PREMIAÇÃO

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Hyundai realizou a segunda edição do Prêmio Fornecedores do Ano no Brasil com a premiação dos melhores parceiros de 2014 durante seminário que a montadora promoveu em 26 de fevereiro no complexo industrial de Piracicaba (SP), sede da marca coreana no País e onde é montada a família HB20. Com base no conceito QCDM (Qualidade, Competitividade, Entrega e Gerenciamento), a empresa avaliou e escolheu os melhores fornecedores em sete categorias, com o objetivo de estimular a obtenção de melhores resultados. “A Hyundai não mede esforços para cultivar uma relação comercial de parceria e reciprocidade, estimulando a busca de maior eficiência a todo o momento, tanto em qualidade como em baixo custo. O desempenho de nossa cadeia de suprimentos é fundamental para a competitividade da própria Hyundai”, enfatizou William Lee, presidente da Hyundai Motor Brasil, durante o evento. O executivo também ressaltou que todas as iniciativas para a nacionalização de componentes em conformidade com o Inovar-Auto serão sempre estimuladas e valorizadas pela montadora.

MAXION, A MELHOR O destaque da premiação foi para a Maxion Wheels, fabricante de rodas automotivas, que venceu como melhor fornecedora por atingir

HYUNDAI ELEGE MELHORES PARCEIROS MAXION WHEELS RECEBEU TROFÉU DE DESTAQUE COMO EMPRESA DO ANO

VALTER SALES, da Maxion Wheels (no centro), levou o prêmio de melhor fornecedor

a maior pontuação na maioria das sete categorias, com desempenho superior em qualidade, entrega e gestão de negócios. A parceria entre Maxion Wheels e Hyundai teve início em meados de 2012, com a produção das rodas de aço e alumínio para atender a demanda do modelo HB20. Desde então a aproximação avançou e hoje quatro modelos de alumínio e outros dois de rodas de aço são produzidos para equipar veículos da montadora.

“Os veículos da marca Hyundai tornaram-se desejo de consumo do brasileiro, que se encantou com o design arrojado e moderno proposto pela fabricante coreana”, afirma Valter Sales, diretor de vendas e marketing da Maxion Wheels, manifestando orgulho pelo destaque recebido, com base nos produtos e serviços das plantas de Limeira, Guarulhos e Santo André. “A premiação sinaliza que a cultura pela melhoria contínua e busca pela competitividade em rodas é nosso grande legado”, observa.

VENCEDORAS DO PRÊMIO FORNECEDORES DO ANO HYUNDAI HM elhor Fornecedor Geral: MAXION WHEELS (rodas) HQ ualidade: MAHLE METAL LEVE (filtros) HC ompetitividade: DONGWON BRASIL

(molduras de portas e janelas) HE ntrega: PIRELLI (pneus) HG estão do Negócio: GRUPO ANTOLIN TRIMTEC

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HE xcelência em Compras: AXALTA COATING

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PREMIAÇÃO

| HONDA

MONTADORA PREMIA MELHORES FORNECEDORES

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26 EMPRESAS SÃO DESTAQUE E RECEBEM TROFÉU EM SETE CATEGORIAS

Honda premiou seus melhores parceiros da cadeia de suprimento pelo desempenho apresentado durante 2014. O reconhecimento ocorreu durante o 17o Encontro com Fornecedores, realizado dia 7 de abril no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Automóveis da empresa, em Sumaré (SP). A entrega dos prêmios foi conduzida por Issao Mizoguchi, presidente da Honda South America, e Roberto Akiyama, vice-presidente da Honda Automóveis. NOVO HR-V A Honda aproveitou o encontro com os representantes de seus parceiros de negócios para agradecer o empenho de todos os envolvidos no projeto de desenvolvimento do HR-V, novo SUV da marca lançado em 20 de março no Brasil. O HR-V, que faz parte da nova safra de SUVs compactos que começam a ser fabricados no Brasil este ano, é o quarto modelo a ser montado pela

Honda no Brasil, na planta de Sumaré (SP). O veículo aproveita muitos componentes dos outros modelos brasileiros da marca japonesa, como a base mecânica do Fit/City, o motor 1.8 do Civic e a transmissão automática CVT. Segundo Mizoguchi, o HR-V chega com cerca de 60% de nacionalização e muitas peças foram reprojetadas para melhor adaptação à realidade brasileira (leia matéria a respeito nas páginas 46 e 47 desta edição).

CATEGORIAS Como destaque na reunião com os fornecedores a montadora premiou 26 empresas por sua excelência em sete categorias distintas: Desenvolvimento de novos produtos, Qualidade, Atendimento, Atendimento à divisão de autopeças, Custos, Desenvolvimento no projeto de nacionalização BR100 e Programa de redução de CO2 e Sustentabilidade.

EMPRESAS PREMIADAS I TAESBRA INDÚSTRIA MECÂNICA NITTO DENKO NTN-SNR JSP BS (BRIDGESTONE) YACHIYO ALPINE YUTAKA

MAXION WHEELS

STANLEY

BLEISTAHL

SUMIDENSO

BASF CATALISADORES

G-KTB

NGK

SAINT GOBAIN

MITSUBA

MICHELIN

WEIDPLAS

TS TECH

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PANASONIC BUDAI

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FOTOS: MARCIO SHAFFER

AFTERMARKET

REPOSIÇÃO

REAGE AO TOMBO DO ZERO-QUILÔMETRO NA AUTOMEC, PROJEÇÃO FOI DE CRESCIMENTO DO PÓS-VENDA NOS NEGÓCIOS PEDRO KUTNEY

A

julgar pela exuberância da 12a Automec, que de 7 a 11 de abril reuniu 1,2 mil marcas nacionais e internacionais de autopeças que ocuparam com seus estandes 78 mil metros quadrados do Anhembi, em São Paulo, o cenário é de expansão dos negócios no mercado de reposição automotiva, capaz de compensar ao menos em parte a retração profunda das compras das montadoras de veículos este ano. “O aftermarket vai revigorar sua força com a expansão da frota brasileira, que hoje já atinge 45 milhões de veículos. Se não vamos comprar carros novos, vamos ter de consertar o que temos e isso aquece o segmento”, afirmou durante a cerimônia de abertura do evento Paulo Butori, presidente do Sindipeças, entidade que agrega cerca de 500 fabricantes de autopeças no País. Com o recuo nas vendas de veículos zero-quilômetro

e a consequente queda nas vendas de componentes às montadoras, o mercado de reposição ganha importância crescente nas receitas das fábricas de autopeças. “Até o fim dos anos 1990 a reposição representava cerca de 20% do faturamento das empresas do setor, mas nos anos 2000 esse porcentual caiu para menos de 15%. Nos últimos dois anos o aftermarket voltou a ganhar relevância e deve passar dos 20% outra vez nos próximos anos”, compara Butori. Segundo o mais recente levantamento do Sindipeças, de 2013 para 2014 a reposição passou de 14,5% (porcentual que ficou quase inalterado desde 2010) para 17% do faturamento das empresas associadas. A projeção da entidade é que esse índice chegue a 19,2% já em 2015 e se repita em 2016. Um estudo encomendado pelo Sindipeças à consultoria Roland Berger revela que as vendas de todos os

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fabricantes de peças ao pós-venda de veículos totalizaram R$ 23,1 bilhões em 2014 e até 2020 a perspectiva é de R$ 30 bilhões. Somando toda a cadeia, incluindo distribuidores atacadistas e varejistas, o giro financeiro do segmento somou R$ 104 bilhões no ano passado – o número é similar aos R$ 106 bilhões computados por um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário. EXPECTATIVA Segundo o estudo da Roland Berger, a frota brasileira deve crescer ao ritmo de 3% ao ano, mas a fatia de veículos com 3 a 15 anos de uso, a parte mais relevante para o aftermarket, cresce em ritmo mais rápido, de 5,6% por ano. “Se o mercado de veículos novos recuar 200 mil ou 300 mil unidades este ano, a maioria desses carros que deixaram de ser vendidos representa um usado que ficou com o consumidor e vai precisar de mais manutenção, puxando as vendas de peças de reposição”, avalia Butori. Para ele, como a maioria dos mercados sul-americanos também passa

ESTAMOS MANTENDO O NOSSO RITMO DE CRESCIMENTO DE 10% AO ANO NELSON BASTOS, diretor de vendas e marketing da ZEN

pela mesma situação de queda nas vendas de veículos novos, as exportações de peças para reposição devem crescer, pois o Brasil tem a maior base de produção de componentes da região.” “Vemos sim um cenário de crescimento das vendas neste e nos próximos anos”, afirma Gerson Ribeiro, gerente comercial da Master Power, que atualmente fabrica turbocompressores em São Marcos (RS) exclusivamente para o mercado de reposição. Para as empresas que já atuavam com força maior no aftermarket, a perspectiva também é de aquecimento dos negócios, mas com avanço mais comedido. “Sempre equilibramos em meio a meio as receitas entre OEM (vendas às montadoras) e IAM (reposição). É muito difícil que todos os mercados subam ou caiam ao mesmo tempo e por isso estamos mantendo nosso ritmo de crescimento de 10% ao ano”, conta Nelson Bastos, diretor de vendas e marketing da ZEN, fabricante de polias, tensionadores e impulsores de partida de Brusque (SC). “O que cresce mais são as exportações, que

MARGARETE GANDINI, diretora do Departamento de Equipamentos de Transporte do MDIC, prestigiou a abertura da Automec

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AFTERMARKET

com o dólar mais favorável já aumentaram de 50% para 60% o nosso faturamento”, acrescenta. “Não vemos exatamente uma explosão dos negócios na reposição, mas um crescimento moderado, porque sempre dividimos em 50-50% nossas vendas entre aftermarket e montadoras”, concorda Marcus Vinicius Pereira da Silva, diretor de aftermarket da Sabó, que produz juntas em São Paulo e retentores em MogiMirim (SP) – além de ter unidades nos Estados Unidos, Europa e China como sócio minoritário da Kako. Com somente 15% a 20% do faturamento obtido no mercado doméstico, a Sabó é das poucas empresas brasileiras de autopeças que têm números externos tão robustos a mostrar. Com forte processo de internacionalização que começou ainda nos anos 1990,

CONSEGUIMOS COMPETIR GRAÇAS AOS FORTES INVESTIMENTOS EM TECNOLOGIA E PRODUTIVIDADE LOURENÇO ORICCHIO, diretor-geral da Sabó Américas

a fabricante de juntas e retentores fincou raízes além das fronteiras no País e suas exportações seguem em alta, independentemente da cotação do dólar. “Conseguimos competir graças aos fortes investimentos em tecnologia e produtividade que fizemos nos últimos”, explica Lourenço Oricchio, diretor-geral da Sabó Américas. Embora a perspectiva seja de avanço do faturamento no mercado de reposição, não será suficiente para compensar todas as perdas do setor de autopeças no País. “A compensação é parcial. As receitas do aftermarket sempre crescem porcentualmente em momentos de queda das compras das montadoras, mas não são suficientes para cobrir todos os aumentos de custos que tivemos”, contrapõe Besaliel Botelho, presidente da Bosch América do Sul.

RANDON UNE FORÇAS NA REPOSIÇÃO GRUPO FORMA O SEGUNDO MAIOR DISTRIBUIDOR DO AFTERMARKET NO PAÍS

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s seis empresas fabricantes de autopeças controladas pelo grupo Randon (Suspensys, Fras-le, Master, Jost, Controil e Castertech) uniram forças na reposição automotiva, formando o segundo maior distribuidor de componentes no aftermarket brasileiro, com faturamento que somou R$ 357 milhões em 2014 e expectativa de chegar a R$ 400 milhões este ano. “Estamos desafiados a buscar mais mercado para esses negócios. Já faz cerca de dois anos que começamos a juntar forças do grupo no segmento. Hoje essa união atinge todos os nossos 13 escritórios regionais, que faturam qualquer produto das seis marcas para mais de 13

mil empresas no País”, enumera Luis Antonio Oselame, diretor que hoje comanda as atividades da Suspensys e Castertech, mas que também já passou por quase todas as unidades da Randon. O executivo informa que metade do faturamento do grupo hoje vem das empresas de autopeças e os outros 50% são gerados pela Randon Implementos. “Como o grupo já tem 30% de participação no segmento de rebocados, fica difícil crescer além disso. Por isso o futuro da expansão da Randon está nas autopeças, onde ainda há espaço para avançar”, explica Oselame. E o mercado de reposição vem ganhando importância para o negócio, em vista do tombo de cerca de 30% nas vendas para montadoras em 2014, que fez o lucro do grupo cair em relação a 2013. “Passamos por um momento agudo de crise, principalmente no segmento de caminhões, nosso maior cliente, que já acumula queda das vendas de 40% este ano. Mas acreditamos que essa situação não vai perdurar”, avalia Pedro Ferro, diretor à frente das operações da Fras-le, Master e Jost. n

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ELETRÔNICA

EXPANDINDO

OS HORIZONTES A ELETRÔNICA VIABILIZOU IDEIAS ANTIGAS E CRIOU PERSPECTIVAS INTEIRAMENTE NOVAS PARA O AUTOMÓVEL, COMO A AUTONOMIA GUSTAVO HENRIQUE RUFFO

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primeiro carro híbrido do mundo, o Lohner Porsche Mixte, é de 1900. O avô do GPS, o Hoffman Road Indicator, é de 1909. O ABS é criação de 1929. Estes três exemplos reafirmam a máxima de que a eletrônica, na maior parte das vezes, só ajudou a colocar em prática, de maneira robusta e confiável, ideias que já têm alguma idade. Mas a contribuição da eletrônica não se limita às boas sacadas do passado. Ela também permite sonhar com coisas inteiramente novas, como veículos interconecta-

dos e autônomos, que muitas fábricas prometem para o fim desta década. Ou até antes disso. “A eletrônica teve uma grande expansão nos últimos anos. Na aplicação automotiva, ela já está presente em muitos sistemas do carro. Num futuro breve haverá uma intensificação dos controles eletrônicos, chegando, sem dúvida, aos carros de entrada, até mesmo os chamados básicos. A tendência é o investimento na conectividade e nos sistemas de auxílio ao motorista com o objetivo de garantir maior segu-

rança, atuando preventivamente para evitar acidentes”, diz Gustavo Schiavotelo, gerente da área de Elétrica/ Eletrônica da Ford. Ricardo Bacellar, diretor de relacionamento da KPMG no Brasil para o setor automotivo, complementa: “Vivemos uma etapa evolutiva em que a eletrônica ganhou espaço nos veículos de maneira silenciosa, pois seus benefícios não eram tão facilmente percebidos pelos usuários. Hoje estamos em um estágio em que a eletrônica já mostra mais a sua cara, tanto que justifica investimentos adicionais por parte dos consumidores em GPS, kit multimídia, espelhamento de celular, sistemas keyless, etc.” De fato, os modelos atuais têm eletrônica em praticamente todos os seus sistemas: freios (ABS e EBD), direção (EPS), câmbios (automatizados de dupla embreagem, CVT e mesmo os automáticos), segurança (airbags e sistemas de controle de estabilidade e tração), motores (injeção eletrônica, direta, gerenciamento e controle de sistemas híbridos), entretenimento e até no ar-condicionado. “Na Magneti Marelli baseamos nossos desenvolvimentos em três pilares: segurança, conectividade e sustentabilidade. Em segurança, além dos sistemas diretamente envolvidos com o assunto, tam-

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ELETRÔNICA

RICARDO DILSER, assessor técnico da Fiat

GUSTAVO SCHIAVOTELO, gerente da área de Elétrica/ Eletrônica da Ford

bém pensamos, por exemplo, que as telas sensíveis ao toque são um fator de distração. E elas devem ser instaladas em local adequado, ter comandos no volante e por voz, para facilitar o manuseio, e também devem vir acompanhadas de sistemas que monitorem quem está em volta do carro como uma forma de compensação. A conectividade não tem a ver apenas com entretenimento, mas sim com o fato de que se gasta muito tempo no trânsito. Com isso, ela ajuda a adiantar o expediente, fazendo do veículo uma parte do escritório. Por fim, a sustentabilidade, no Brasil, tem muito a ver com o Inovar-Auto, que passou a exigir eficiência energética”, diz Ricardo Takahira, gerente de novos negócios

RICARDO BACELLAR, diretor de relacionamento da KPMG

da Unidade Sistemas Eletrônicos da Magneti Marelli. De acordo com Fábio Ferreira, gerente de engenharia da divisão Sistemas a Gasolina da Robert Bosch América Latina, existem hoje três grandes tendências de desenvolvimento da eletrônica. “A primeira delas é a eletrificação, seja com veículos elétricos e a exigência de gerenciamento da carga, seja com os híbridos, que demandam a integração dos sistemas com combustível e dos elétricos. A segunda é o acesso do carro à internet, que não se limita aos serviços e informações atualmente disponíveis, mas pode também evoluir para diagnóstico remoto de defeitos no carro. A terceira é a automação do automóvel. Desde sistemas

FÁBIO FERREIRA, gerente de engenharia da Bosch

de autonomia relativa, como os que estacionam sem ajuda do motorista, até os completos, em que ele se dirige sozinho.” Ricardo Dilser, assessor técnico da Fiat, concorda. “A eletrônica deve ganhar espaço nos periféricos do veículo. Entretenimento, conexão com internet, conexão com as concessionárias, com os órgãos de trânsito... Vale lembrar, porém, que cada mercado irá ditar essa demanda, que vai variar de um país para outro. A direção autônoma é um bom exemplo do ponto de vista técnico, mas cada mercado deverá responder questões ligadas à legislação, perfil do consumidor, infraestrutura viária e outros pontos ainda não esclarecidos sobre o carro autônomo.” n

INTERNET DAS COISAS E DO COMPORTAMENTO

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á existe até uma divisão temporal para a conexão do automóvel à internet, segundo Ricardo Bacellar, diretor da KPMG. “Logo se consolidará a fase Internet of Things (Internet das Coisas), na qual, além do que já temos disponível, a eletrônica, somada aos recursos de telecomunicações, definitivamente tomará conta do carro para nós. Imagine a indústria automobilística tirando o máximo proveito do acesso a todos os dados de telemetria dos nossos veículos para potencializar uma infinidade de serviços a ser explorados no pós-venda. Neste momento

já estaremos migrando para outra etapa, a Internet of Behavior (Internet do Comportamento), na qual não só poderemos tirar mais proveito do nosso tempo a bordo para interagir com o universo móvel, mas também para que ele interaja conosco. Imagine o potencial de negócios a ser explorado pelo mercado em geral (varejo, alimentação, vestuário e entretenimento, entre outras coisas) ao dispor de um canal efetivo de comunicação com motoristas disponíveis dos quais ele saiba a exata localização, o rumo e, principalmente, os interesses.”

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LANÇAMENTO

COM 60% DE NACIONALIZAÇÃO, o HR-V utiliza o motor 1.8 de 139 cavalos do Civic e a transmissão CVT usada no Fit e City

HR-V

SURFA NA NOVA ONDA DOS SUVs CARRO MISTURA CONCEITOS DE MINIVAN, SEDÃ, CUPÊ E UTILITÁRIO ESPORTIVO. HONDA ESPERA VENDER 50 MIL EM 2015 PEDRO KUTNEY

M

acio como um sedã, espaçoso como uma minivan, aerodinâmico como um cupê, robusto e elevado como em um utilitário esportivo. Esses foram os ingredientes misturados pela Honda na receita do HR-V, cuja sigla, em tradução livre do inglês, significa algo como “veículo de quadril alto”. Ele é o primeiro da nova safra de SUVs compactos que começam a ser fabricados no Brasil este ano, segmento que represen-

ta a mais nova onda do mercado brasileiro, que a Honda começou a surfar em abril. O carro é o quarto a ser montado pela Honda no Brasil, na fábrica de Sumaré (SP), e também começou a ser produzido na Argentina. O HR-V compartilha muitos dos componentes dos outros modelos brasileiros da marca, como a base mecânica do Fit/City, a transmissão automática já utilizada nestes dois e o motor 1.8 de 139 cavalos do Civic. “O HR-V já

nasce com cerca de 60% de nacionalização. É fruto de um processo que começou há três anos, quando decidimos fazer um centro de desenvolvimento em Sumaré, para agregar valor aos veículos que produzimos no País”, afirma Issao Mizoguchi, presidente da Honda South America. Muito segura da fidelidade que conquistou dos clientes brasileiros, a marca japonesa espera, em nove meses de vendas, emplacar 50 mil HR-V em 2015. O número é ambi-

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cioso para um veículo com preços variando entre R$ 70 mil e R$ 88,7 mil. E a Honda espera vender a maioria deles, 46%, justamente pelo maior valor, e outros 42% pelo segundo maior. Para se ter ideia do tamanho dessa ambição, o líder do segmento por aqui, o Ford EcoSport, que custa um pouco menos, no ano passado inteiro emplacou 54,2 mil unidades. A julgar pelo grande volume de interessados que o HR-V atraiu às concessionárias nas primeiras semanas de abril, parece que a Honda está certa. Para dar conta da demanda esperada, a Honda já encomendou 7 mil unidades que serão produzidas na Argentina até o fim de 2015, pois a fábrica de Sumaré (SP) só teria capacidade para montar 43 mil este ano. Operando em dois turnos, a planta do interior paulista já produziu em

2014 cerca de 20 mil unidades acima do seu potencial máximo de 120 mil/ano. Só no início de 2016, quando a produção do Fit for transferida para a nova unidade de Itirapina (SP), Sumaré terá alguma folga para fazer mais HR-V.

OS PREÇOS VARIAM ENTRE R$ 70 MIL E R$ 88,7 MIL e a Honda espera que 46% das vendas correspondam ao maior valor

BOAS QUALIDADES, MAS SEM DESEMPENHO ESPORTIVO

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Honda HR-V é um carro confortável e agradável de dirigir. Não tem desempenho esportivo, as acelerações são um pouco lentas, mas suficientes para rodar na cidade ou estrada com economia e segurança. Embora tenha a aparência robusta de um utilitário esportivo, o HR-V é o que pode se chamar de “jipe do asfalto”, pois não tem capacidades fora-de-estrada. Para evitar aumentar muito o preço, não está prevista a oferta de versões com tração integral. Das quatro opções disponíveis do HR-V, somente a topo de linha EXL (R$ 88,7 mil) tem disponível a central multimídia com tela tátil de 7 polegadas, que reúne controles do sistema de som, conexão e navegação GPS Garmin, que inclui atualização de trânsito em tempo real por ondas de FM. Outra funcionalidade do sistema é a conexão com smartphone por cabo HDMI, ou sem fio por WiFi ou Bluetooth, que replica na tela informações e imagens que estão no celular. Este talvez seja o maior pecado do HR-V: as opções de entrada e intermediária LX e EX não têm navegador GPS nem como opcional.

À parte esse deslize, todas as versões do HR-V são bastante completas: LX, EX e EXL vêm com direção elétrica, controle eletrônico de estabilidade, freio de estacionamento eletrônico, sistema de áudio com tocador de CD e entradas USB e auxiliar, conexão com celular controlada no volante, câmera de ré e ar-condicionado (digital só na EXL). Só a opção mais barata LX MT (R$ 69,9 mil) tem câmbio manual de seis marchas. Na prática, porém, essa versão só existe na tabela. A Honda estima que só 1% das vendas será do HR-V mais pobre. E calcula que o HR-V mais barato com câmbio automático, o LX CVT (R$ 75,4 mil) responderá por 11% dos emplacamentos. Para a versão intermediária EX CVT (R$ 80,4 mil) a montadora espera 42% das compras e a mais cara, a EXL CVT (R$ 88,7 mil), deverá representar 46% dos negócios. Isso significa que 88% das vendas do HR-V serão das opções mais caras. Se os cálculos da Honda estiverem certos, é a prova inconteste de que este é mesmo o segmento da vez no mercado brasileiro. n

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MERCADO

BMW 328I ACTIVE FLEX, primeiro veículo produzido na fábrica da marca em Araquari, SC

BRASIL

CONTINUA ESTRATÉGICO PARA A BMW APESAR DO MERCADO EM QUEDA DAS VENDAS, FABRICANTE REAFIRMA APOSTA DE CRESCER NO PAÍS PEDRO KUTNEY, DE MUNIQUE (ALEMANHA)

A

contração das vendas no mercado brasileiro já chegou também ao segmento de carros mais caros de marcas de prestígio, que até agora vinha passando imune pelas quedas dos últimos dois anos. “Sentimos o vento de proa no Brasil, mas o País continua sendo um mercado grande e estratégico para nós”, destacou Ian Robertson, membro da diretoria executiva do Grupo BMW responsável por vendas e marketing. Foi ele o executivo da companhia que, em 2012, veio anunciar oficialmente à presidente Dilma Rousseff o investimento de t 200 milhões para

construir a fábrica da BMW com capacidade inicial para montar até 32 mil unidades/ano em Araquari (SC). “Fizemos o investimento porque acreditamos no potencial de crescimento e rentabilidade do mercado de automóveis premium no País (hoje de menos de 2% das vendas totais), ainda muito pequeno quando comparamos com 30% na Alemanha ou 15% nos Estados Unidos. Essa fatia chega a 10% mesmo em países parecidos”, compara. Em 2014 a BMW conseguiu manter suas vendas no campo positivo, mas em ritmo mais lento do que vi-

nha registrando. Foram emplacados 15 mil carros BMW no ano passado, com crescimento de 7% sobre 2013. Contudo, no primeiro bimestre de 2015 o resultado virou para o campo negativo: as pouco mais de 2 mil unidades vendidas representaram declínio de quase 12% em comparação com o mesmo período de 2014. Nesse cenário, a primeira fábrica da BMW na América do Sul começou a operar sua linha de montagem final em setembro passado e deve inaugurar os setores de soldagem de carrocerias e pintura até setembro próximo. A unidade foi planejada para montar

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cinco modelos diferentes, os BMW Série 3, X1 e Série 1 já em produção, além do X3 e Mini Countryman, que entram em linha nos próximos meses. Robertson garante que, mesmo com a operação de pequena escala de produção para padrões mundiais, a planta brasileira será rentável. Sobre a perspectiva do mercado brasileiro em 2015, o executivo afirma: “Ainda é cedo para dizer, não vemos crescimento no momento, mas isso não muda em nada nossos planos para o País. Claro que não esperamos utilizar toda nossa capacidade de 32 mil agora, mas a tendência é que ela seja atingida rapidamente, assim que a economia se recuperar no Brasil. Já tivemos exemplos disso em países como Índia e Rússia”, avalia. “Todos os investimentos do grupo são muito conservadores e de longo prazo, olhamos para 20 a 30 anos à frente. Investimos no Brasil porque é um mercado de tremendo potencial, onde vemos mais possibilidades (de crescimento) do que riscos”, afirma outro membro do board, Peter Schwarzenbauer, responsável pelas marcas Mini, BMW Motorrad (motos) e Rolls-Royce e pelo pós-venda na di-

retoria executiva do Grupo BMW. Segundo ele, todo o investimento feito na fábrica brasileira vem do saudável e sólido caixa próprio da empresa, que não costuma recorrer a bancos para se financiar. “Essa é uma das vantagens que temos, podemos investir e esperar. Uma fábrica leva em torno de cinco a dez anos para dar retornos.”

SENTIMOS O VENTO DE PROA NO BRASIL, MAS O PAÍS CONTINUA SENDO UM MERCADO GRANDE E ESTRATÉGICO PARA NÓS IAN ROBERTSON, diretor executivo do Grupo BMW responsável por vendas e marketing

NACIONALIZAÇÃO “Existe atualmente um movimento de volatilidade maior do que vimos em outros tempos, que está afetando mercados em todo o mundo, como Rússia e até na China”, destaca Robertson. “Temos de nos adaptar a isso porque é a ordem do dia. Nesse cenário compensamos as grandes variações cambiais com produção local. É o que estamos fazendo no Brasil”, acrescenta. Segundo Robertson, com as variações cambiais que ocorrem no País, nacionalizar o maior número possível de componentes não é só uma obrigação para abater impostos conforme as regras do Inovar-Auto: “Essa é também uma necessidade nossa. Tudo o que não seja fácil de importar temos de comprar no local onde produzimos”, afirma.

MARCA REGISTRA RECORDE EM 2014

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lobalmente, após registrar recordes de vendas, faturamento e lucros em 2014, o Grupo BMW projeta mais um ano de avanço dos negócios em 2015, entre 5% e 9%. “Tivemos o nosso quinto ano seguido de expansão e agora vemos possibilidades para conquista de novos clientes e crescimento sustentável”, disse Robert Reithofer, presidente mundial da companhia, ao apresentar os resultados da empresa em março. O Grupo BMW conseguiu colher bons números no ano passado em todos os mercados do mundo onde atua. Pela primeira vez, as vendas de automóveis da empresa superaram a marca de 2 milhões de unidades.

Foram 2,12 milhões das três marcas do grupo, BMW (1,8 milhão, +9,5%), Mini (302 mil, -0,9%) e RollsRoyce (4 mil, +12%), em expansão geral de 7,9% sobre 2013. Com isso, o faturamento cresceu 5,7%, para t 80,4 bilhões, com margem operacional de 9,6% sobre as vendas e robusto lucro líquido de t 5,8 bilhões, em alta de 9,2% ante o exercício anterior. O desempenho recorde garantirá este ano o maior dividendo já pago aos acionistas do grupo, de t 2,90 por ação ordinária, com pagamento total de t 1,9 bilhão, em alta de 33% sobre o ano passado. n

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FIAT CHRYSLER AUTOMOBILES

RENEGADE

CHEGA PARA FAZER A JEEP SUBIR A RAMPA MODELO LIDERA OS PLANOS DE CRESCIMENTO DA MARCA E INAUGURA A PRIMEIRA FÁBRICA DA FCA APÓS A FUSÃO ENTRE FIAT E CHRYSLER PEDRO KUTNEY | DO RIO DE JANEIRO FOTOMONTAGEM: LUIS PRADO

O RENEGADE DIESEL É UM OCEANO AZUL PARA NÓS, ONDE NAVEGAMOS SOZINHOS, SEM CONCORRÊNCIA NO BRASIL NESSE TAMANHO DE VEÍCULO SÉRGIO FERREIRA, diretor-geral da Jeep América Latina

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ASSIM COMO SEUS CONCORRENTES, O RENEGADE TRANSITA EM FAIXA SUPERIOR DE RENDA NO BRASIL, ONDE O MERCADO FOI MENOS AFETADO PELA REDUÇÃO DA DEMANDA 2014. Nessa direção, mesmo antes do lançamento, o Renegade recebeu pré-encomendas de 25 mil interessados inscritos no site da empresa, que para isso tiveram de colocar lá formas

de contato. “Isso demonstra o interesse real que o Renegade gerou no público brasileiro desde sua primeira exibição, no Salão do Automóvel de São Paulo (em outubro de 2014), e nos deixa confiantes em um bom desempenho”, afirma o executivo. Para se ter ideia da importância do Renegade na estratégia de crescimento, nas contas de Ferreira o mais novo SUV do mercado brasileiro deverá representar por aqui 96% das vendas da Jeep em 2015. A marca já é responsável por 90% dos emplacamentos do grupo Chrysler no Brasil, que também vende Dodge, Ram e Chrysler. Hoje o preço médio de carros Jeep vendidos no País é de R$ 180 mil. Com a chegada do Renegade, o ticket de entrada cai a menos da metade, pois o modelo tem tabela entre R$ 69,9 mil e R$ 116,9 mil, atraindo mais e novos consumidores. “Sinalizamos que nos tornamos mais acessíveis, mas não populares”,

MARCOS CAMARGO

ueremos liderar o segmento de SUVs no País.” Assim, direto e sem modéstia, Sérgio Ferreira, diretor-geral da Jeep América Latina, confia na ambição da marca com seu primeiro produto fabricado no Brasil, o utilitário esportivo compacto Renegade, lançado no início de abril na rede de 120 concessionárias da marca em todo o País. O plano, acompanhando o tamanho da cobiça, é chegar a 200 lojas até o fim de 2015. O carro começou a ser produzido em série em março na cidade pernambucana de Goiana, inaugurando a primeira fábrica do grupo FCA construída após a fusão da Fiat com a Chrysler. Embora Ferreira não revele o volume esperado para ser o número um dessa faixa do mercado brasileiro, atualmente é necessário vender mais de 50 mil unidades/ano, já que o líder Ford EcoSport registrou 54 mil em

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FOTOS: MARCOS CAMARGO

FIAT CHRYSLER AUTOMOBILES

O RENEGADE É OFERECIDO NAS VERSÕES SPORT, LONGITUDE E TRAILHAWK, COM DUAS OPÇÕES DE MOTORIZAÇÃO PARA TODAS ELAS, 1.8 FLEX (CÂMBIO MANUAL OU AUTOMÁTICO) OU 2.0 DIESEL (TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA) informa o diretor. “Vamos atrair compradores de outras marcas de SUVs, mas também de sedãs e outros tipos de carro na mesma faixa de preço.” FAIXA SUPERIOR Assim como seus concorrentes, o Renegade transita em faixa superior de renda no Brasil, onde o mercado foi menos afetado pela redução da demanda. Por isso mesmo os fabricantes pesam a mão nos preços. A versão de entrada Sport começa em R$ 69,9 mil, equipada com motor flex 1.8 de 132 cavalos (usando etanol) e câmbio manual, e chega a R$ 116,9 mil no topo de linha Trailhawk, com motor 2.0 turbodiesel de 170 cavalos, tração 4x4 e transmissão automática de nove velocidades. Para junho está prometida uma versão de entrada mais barata, por R$ 66,9 mil. Enquanto a queda das vendas de carros zero-quilômetro no Brasil esbarra em 20% no primeiro trimestre do ano, a perspectiva para o segmento de SUVs compactos é de crescimento de 50%, com a adição de novos modelos que praticamente dobra o número de concorrentes nessa fatia do mercado. O Renegade será vendido em três versões: Sport, Longitude e Trailhawk, com duas opções de motorização para todas elas, 1.8 flex ou 2.0 diesel. Há três tipos de transmissão – manual de cinco marchas ou automática de seis para o 1.8 flex; e automática de

nove para o 2.0. A expectativa é que 22% das vendas sejam das versões turbodiesel 4x4 e que os 78% restantes correspondam à opção 1.8 4x2. “Baseamos essa projeção no interesse demonstrado pelas pessoas que viram o carro no Salão do Automóvel e se inscreveram como interessadas na compra”, diz Ferreira. Usando a mesma base de dados, ele estima que a versão mais vendida deverá ser a intermediária Longitude 1.8 flex. “Mas é importante lembrar que a fábrica tem total flexibilidade para mudar o mix a qualquer momento para atender a demanda.” COMPLETO O Renegade cobra seu preço, mas é bastante completo desde a versão mais simples. O acabamento interno está acima da média nacional: painel e portas têm revestimentos emborrachados, suaves ao toque, e o volante é revestido em couro sintético. Todas as opções vêm de série com sistema de som, ar-condicionado, acionamento elétrico de vidros, faróis de xênon, freio de estacionamento elétrico, travas e retrovisores e direção elétrica. Além dos airbags frontais e freios com ABS obrigatórios por lei, o Jeep também traz de fábrica o sistema eletrônico de controle de estabilidade e tração ESC. O sistema multimídia, que integra som com seis alto-falantes, navegação GPS, comando por voz e conexão com

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MARCOS CAMARGO

celular, está disponível como opcional na versão Sport e vem de série nas demais. Opcionalmente, no Renegade Longitude e Trailhawk é possível trocar a tela tátil de 5 polegadas por outra maior, de 6,5 polegadas. Nas duas versões mais caras também pode-se instalar o sistema de áudio Beats, da Apple, com nove falantes e potência de 506 watts. Existem, ao todo, 60 combinações de opcionais e 71 acessórios. O Jeep Renegade tem qualidades como produto e bom número de concessionárias para disputar o cada vez mais populoso segmento de SUVs compactos no Brasil. A marca também não economiza em propaganda e publicidade – como muitos brasileiros já constataram em revistas, jornais, internet e seus aparelhos de TV. As inserções começaram meses antes

do lançamento de fato, em campanha que já pode ser considerada uma das maiores do ano. Em todo o mundo, a Jeep investe verba estimada em R$ 4,5 bilhões – incluindo também o desenvolvimento do projeto – para lançar o modelo em diversos países. Não se sabe, entretanto, o quanto

esse mercado pode ser elástico para acomodar, nessa faixa de preços, todos que querem uma fatia dele. O certo é que clientes terão de vir de outras preferências para sustentar tamanha ambição de vendas dos competidores que estão chegando à mesma praia.

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FIAT CHRYSLER AUTOMOBILES

DOIS CARROS EM UM É EXPRESSIVA A DIFERENÇA DE COMPORTAMENTO DOS MODELOS EQUIPADOS COM O MOTOR DIESEL IMPORTADO DE 170 CAVALOS E COM O 1.8 E.TORQ EVO FLEX DE 132 CAVALOS

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ependendo da motorização escolhida, diesel ou flex, o Jeep Renegade tem comportamento dinâmico e economia bastante distintos. São dois carros bem diferentes entre si, apesar de terem acabamento e padrão de equipamentos parecidos. A versão diesel é a mais potente e econômica do mercado no segmento de SUVs compactos. Os 170 cavalos do motor turbinado Euro 5, importado da Itália, empurram o Renegade de 0 a 100 km/h em menos de 10 segundos, chegando à máxima de 190 km/h. Tudo com vibrações e ruídos muito baixos – nem se nota que é um motor diesel. O sistema de injeção direta common rail também vem importado, mas foi ajustado pelo fornecedor (Bosch) no Brasil para trabalhar com o combustível nacional. O modelo com motor turbodiesel tem o conjunto do powertrain dos mais sofisticados disponíveis no Brasil: todas as três versões de acabamento

são vendidas com tração 4x4 eletrônica e câmbio automático de nove velocidades da ZF – o mesmo já usado pelo irmão (bem) maior Cherokee. A transmissão esticada faz o motor girar a apenas 1.000 rpm a 120 km/h – quase como se estivesse em ponto-morto. Com isso, o carro oferece a maior autonomia de sua categoria, cerca de 900 km. Rodando por uma rodovia bastante travada entre Niterói e Maricá, próxima do Rio de Janeiro, o marcador instantâneo de consumo mostrou entre 11 e 12 km/l. A economia, contudo, não chega a compensar o preço bem mais elevado da motorização diesel sobre a flex. O Renegade 4x4 também tem a maior capacidade fora-de-estrada entre seus concorrentes, fazendo jus ao legado da Jeep, marca que se notabilizou justamente por essa qualidade. O carro usa o mesmo sistema Jeep Select-Terrain já presente em seus irmãos maiores, como o Cherokee,

PREÇOS VARIAM DE R$ 69,9 MIL A R$ 116,9 MIL

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evido à variedade de versões e opções, os preços do Jeep Renegade têm um amplo espectro, de R$ 47 mil entre a versão mais barata e a mais cara. Em todos os valores sugeridos (veja abaixo) não estão incluídos opcionais como teto solar, monitor de pressão dos pneus, airbags laterais, de cortina e para os joelhos, tomada de 127 volts, sensor de ponto cego e sistema de estacionamento automático, que podem fazer o valor passar dos R$ 130 mil. • Sport 1.8 Flex manual: • Sport 1.8 Flex automática 6: • Longitude 1.8 Flex automática 6: • Sport 2.0 Turbodiesel automática 9: • Longitude 2.0 Turbodiesel automática 9: • Trailhawk 2.0 Turbodiesel automática 9:

R$ 69.900 R$ 75.900 R$ 80.900 R$ 99.900 R$ 109.900 R$ 116.900

que tem quatro opções de tração nas quatro rodas, dependendo do tipo de terreno: automática, lama, areia, neve e pedras. Também vem com controle eletrônico automático de freios e tração para descidas íngremes – o motorista simplesmente tira os pés de acelerador e freios e deixa a inteligência artificial fazer o resto. “O Renegade diesel é um oceano azul para nós, onde navegamos sozinhos, sem concorrência no Brasil nesse tamanho de veículo”, diz Sérgio Ferreira, diretor-geral da Jeep América Latina. A legislação brasileira proíbe motorização diesel para veículos leves sem tração 4x4 e o Renegade está nessa brecha legal. Contudo, a diferença de R$ 24 mil entre as versões automáticas mais baratas turbodiesel e flex reduz drasticamente o número de consumidores em um dos lados. A Jeep trabalha com a estimativa, baseda nas pré-encomendas feitas via internet, de que 22% dos carros vendidos serão diesel e os equipados com motor bicombustível gasolina-etanol ficarão com 78% do mix. E.TORQ EVO Já a versão 1.8 flex usa o motor E.TorQ da Fiat, que passou por algumas modificações para garantir torque maior (em torno de 18 kgfm, com 90% disponíveis a partir de 1.500 rpm) e por isso ganhou a terminologia E.torQ Evo. A potência de 132 cavalos, contudo, permaneceu a mesma. Aí o Renegade se transforma em outro carro, um SUV urbano bem mais lento, sem capacidades offroad. Sem opção de motorização maior ou turbinada, a engenharia da FCA

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MARCOS CAMARGO

no Brasil precisou trabalhar com o que tinha: o motor 1.8 bicombustível, produzido pela Fiat desde 2010 na fábrica de motores de Campo Largo (PR), que equipa os modelos Punto, Linea e Bravo no País. Curiosamente, trata-se de um projeto Chrysler, grupo ao qual pertence a marca Jeep. A fábrica paranaense e seus projetos foram comprados pela empresa italiana em 2008 da Tritec, uma associação extinta da BMW com a também extinta DaimlerChrysler, que até 2007 fazia no Brasil motores para modelos Chrysler e Mini. Muitos anos mais tarde, o antigo motor volta a se encontrar com seu criador original em um dos primeiros carros da agora FCA. Na prática, porém, o reencontro não é dos mais felizes. Apesar do retrabalho feito no motor para elevar

levemente em 0,2 kgfm o torque, não foi o bastante para puxar com agilidade os 1.432 kg do Renegade. Apesar do tamanho reduzido em relação aos outros irmãos da família, o carro foi projetado para ser um Jeep legítimo, com robustez fora-de-estrada garantida. Por isso ficou pesado para os 132 cavalos sob o capô. Com a transmissão automática de seis velocidades, o Renegade demora um pouco a reagir ao acelerador. Com câmbio manual de cinco marchas a performance é melhor. Seja como for, para uso urba-

no, sem grandes arroubos automobilísticos, é o suficiente. Para coisa melhor do que isso um turbocompressor cairia bem, podendo até reduzir a capacidade volumétrica do motor para 1,6 litro com ganhos de potência e consumo. O consolo é que a FCA fez coisa pior na Europa, onde vende o carro com motor e.TorQ a gasolina 1.6 de 110 cavalos. Em compensação, não cometeu o mesmo atrevimento dos Estados Unidos, onde a motorização é de 2,5 litros.

JEEP PUXA EXPANSÃO GLOBAL DA FCA QUANDO A FIAT INICIOU A COMPRA DA CHRYSLER ERAM VENDIDOS 330 MIL VEÍCULOS JEEP. HOJE ESSE NÚMERO TRIPLICOU.

E

scolha natural para ser a marca mais global da FCA, a Jeep é a que tem mais tradição e imagem para liderar a expansão mundial da companhia criada em 2014 pela fusão total entre Fiat e Chrysler. E esse crescimento já começou de forma acelerada. Em 2009, quando a Fiat deu início ao processo de compra do Grupo Chrysler, foram vendidos 330 mil veículos Jeep em todo o mundo, número que já encostou em 1 milhão em 2014 e está planejado para chegar a quase 2 milhões até 2018. Nessa estratégia, a Jeep é a marca do grupo que tem o maior volume de lançamentos previstos para os próximos anos, assim como terá expressiva adição produtiva global, com três novas plantas que entram em operação este ano. A fábrica brasileira de Goiana (PE), que começou a produzir o Renegade, é a primeira delas, acrescentando potencial de 250 mil unidades/ano. Na fábrica da China serão mais 500 mil/ano e na Índia outros 250 mil. Ou seja, em 2015 a Jeep ganha capacidade adicional para produzir mais 1 milhão de veículos por ano. “Como se vê, os mercados emergentes terão par-

ticipação expressiva na estratégia de crescimento da Jeep no mundo”, diz Sergio Ferreira, diretor geral da Jeep América Latina. O Renegade puxa essa lista como primeiro carro realmente global do grupo. O design foi criado nos Estados Unidos, o projeto de engenharia foi desenvolvido na Itália, onde o carro começou a ser fabricado e tem filas de espera de clientes na Europa e Estados Unidos. A produção no Brasil, iniciada agora, deverá abastecer também outros países latino-americanos e alguns africanos. China deve se contentar com o próprio e enorme mercado doméstico e Índia poderá exportar para Oriente Médio e Ásia. No Brasil os planos são ambiciosos. A chegada do Renegade provocou a abertura de 70 concessionárias que vão trabalhar exclusivamente com veículos Jeep. Elas se juntam a 50 que vendem outras marcas da Chrysler, como Dodge e Ram. Com isso a Jeep começa o ano com 120 lojas no País, com plano de chegar a 200 até o fim de 2015 para vender mais de 50 mil unidades/ano em um primeiro momento. n

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FOTO: PEDRO BICUDO

PEUGEOT

UNIDADES POR RA VENDER MIL ult A PEUGEOT ESPE orrendo com Ford EcoSport, Rena conc gade ne Re p Jee e -V MÊS DO 2008, HR -lançados Honda Duster e os recém

2008

ENTRA NA BRIGA DOS SUVs

MONTADORA INVESTIU R$ 400 MILHÕES NA PRODUÇÃO DO CARRO MÁRIO CURCIO

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Peugeot começa a vender no Brasil o modelo 2008, um carro que poderá responder por 30% das vendas da marca no Brasil. Com dois motores e cinco versões, ele tem preços entre R$ 67.190 e R$ 79.590. “Sua produção no País custou R$ 400 milhões, utilizados no desenvolvimento para o mercado local e adequações na fábrica de Porto Real (RJ)”, afirma o diretor do Grupo PSA para a América Latina, Carlos Gomes. O carro compartilha plataforma com o hatch 208 e tem índice de nacionalização de 80%.

De acordo com a engenheira responsável pelo projeto, Maria Célia Zican, o desenvolvimento para a produção das grandes partes metálicas da carroceria como laterais, tampa traseira, capô e para-lamas levou um bom tempo. Os componentes são fornecidos pela Magnetto. “Outras peças estão em processo de nacionalização”, diz a engenheira. Componentes eletrônicos como a tela sensível ao toque permanecerão importados. Os dois motores são 1.6 flex e dotados de sistema de partida a

frio que dispensa o tanquinho de gasolina. Um deles é produzido dentro da fábrica PSA Peugeot Citroën de Porto Real, tem 122 cavalos e utiliza câmbio automático de quatro marchas ou manual de cinco. O outro, THP, vem da França com turbo, injeção direta de combustível e produz até 173 cavalos. Sua transmissão é manual de cinco velocidades. O 2008 é o primeiro Peugeot a usar a versão bicombustível do THP. No Grupo PSA, ele estreou no Citroën C4 Lounge em 2014.

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O novo carro ajudará a Peugeot a recuperar parte das vendas, em queda desde 2011: “Esperamos vender mil unidades do modelo por mês”, estima o diretor de marketing, Frederico Battaglia. Embora chamado de crossover pela montadora, o novato vai concorrer com Ford EcoSport, Renault Duster e outros dois utilitários esportivos nacionais recém-lançados, o Honda HR-V e o Jeep Renegade. Também estão no segmento o mexicano Chevrolet Tracker e os chineses Chery Tiggo e Lifan X60 (este último montado no Uruguai). Battaglia e o diretor-geral da Peugeot do Brasil, Miguel Figari, preferiram não dizer na direção de qual ou quais deles a montadora vai apontar o 2008. Battaglia admite, porém, que a versão mais vendida será a Griffe 1.6 automática, tabelada em R$ 74.990. O novo Peugeot tem três anos de garantia e revisões com preços predeterminados, que variam de R$ 372 a R$ 992, conforme a quilometragem rodada e a motorização. n

MUDANÇAS NA REDE

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urante a apresentação do carro, o diretor-geral da montadora no Brasil, Miguel Figari, abordou as mudanças pelas quais a rede está passando. “Começamos um plano de reestruturação em outubro de 2014, que vai até dezembro de 2015. No fim do ano teremos 120 concessionárias”, afirma. Ele e Battaglia explicam que esse número aumentará em duas unidades apenas, já que hoje são 118 lojas, mas a renovação implicará o fechamento e reabertura de 20 lojas já existentes em outros pontos. “Mudamos o foco de nossos produtos. Não temos mais a linha 207 (...) Teremos uma rede rentável sem grandes volumes”, afirma Figari. Segundo ele, a intenção é mostrar a Peugeot como uma marca “premium”, de carros mais completos e sofisticados. E as revendas terão de transmitir essa ideia. “Hoje não há um padrão, mas as concessionárias já passam por um plano de renovação interna, externa e de pós-venda, até porque as oficinas precisaram de mudanças com a chegada do 2008. As alterações incluem a troca do tom de azul e também um novo leão”, conclui o diretor-geral.

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FOTOS: RUY HIZA

FÓRUM DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA

ENCONTRO recebeu 861 profissionais do setor automotivo

A RETOMADA DOS

NEGÓCIOS

OS CENÁRIOS PARA O SETOR AUTOMOTIVO DEVEM MELHORAR EM 2016, MAS A RECUPERAÇÃO SÓ VIRÁ EM 2017. ENQUANTO ISSO, AS EMPRESAS APOSTARÃO NAS EXPORTAÇÕES E NO AFTERMARKET

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riblando a crise instalada entre as empresas do setor automotivo, o VI Fórum da Indústria Automobilística repetiu o sucesso das edições anteriores, reunindo 861 participantes no Golden Hall do World Trade Center, em São Paulo, no dia 6 de abril. O evento promovido por Automotive Business, maior do gênero no País, evidenciou e discutiu as dificuldades que os fabricantes de veículos e autopeças enfrentarão em direção à retomada

dos negócios, prevista para 2017, depois de uma tímida evolução em 2016. Um dos destaques do fórum foram dois workshops, que promoveram o encontro entre profissionais de autopeças e uma centena de representantes das áreas de compras e engenharia das montadoras e de secretarias de Estados que possuem polos automotivos. No entender da maioria dos palestrantes e debatedores presentes ao evento, este ano o mercado de veículos le-

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A INDÚSTRIA NÃO APRENDEU COM CRISES ANTERIORES PARA SE FORTALECER AGORA LETÍCIA COSTA, diretora da Prada Assessoria

ves e comerciais pesados contabilizará vendas no patamar de 2,8 milhões a 2,9 milhões de unidades, embora a projeção da Carcon Automotive, empresa especializada em forecast, seja mais otimista, antecipando o emplacamento de até 3,08 milhões de veículos. A Anfavea, entidade representante das montadoras, estima vendas totais este ano de 3,04 milhões de veículos (queda de 13,2% em relação a 2014), para uma produção de 2,83 milhões de unidades (recuo de 10% ante o ano passado). O presidente da Anfavea, Luiz Moan, que abriu o programa de palestras do fórum, reconheceu as dificul-

MOAN: aposta nas exportações e renovação de frotas

dades enfrentadas pelas associadas, mas disse apostar na recuperação da confiança nos rumos da economia para justificar previsões razoavelmente otimistas. Ele acredita também em um avanço de 1,1% nas exportações, para 338 mil unidades, e revela que o programa de renovação de frotas de caminhões deve avançar. Carlos Eugênio Dutra, diretor de planejamento e estratégia de produtos da Fiat Chrysler Automobiles deixou claro em sua palestra que a Jeep ocupa lugar de destaque dentro do grupo ítalo-americano e ganha fábrica em Pernambuco, que já produz o Renegade, modelo criado para competir no efervescente segmento de SUVs compactos. Já com relação aos produtos da FCA na região, duas das novidades já são relativamente conhecidas: uma picape média e um veículo compacto com vocação urbana. Os outros produtos apontam para um sedã, que substituiria o Linea, e, possivelmente, o Fiat 500X, que compartilha a plataforma small wide com o

Renegade. Dutra, no entanto, negou todas essas possibilidades. Segundo a consultora Letícia Costa, diretora da Prada Assessoria, a indústria não aprendeu com crises anteriores para se fortalecer agora. Para ela, o momento atual é mais grave do que a recessão vivida em 2008 e

DUTRA: Jeep ocupa lugar de destaque entre as marcas da Fiat Chrysler

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FÓRUM DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA

70 empresas patrocinaram ou apoiaram o FÓRUM DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA. Delas, 30 participaram da feira de tecnologia como expositoras

2009. “Nos últimos dez anos o Brasil se preocupou mais em fazer crescer o consumo e as vendas internas do que em entrar efetivamente no mercado global”, advertiu. A consultora acredita que, apesar de a crise de confiança do consumidor e do empresariado abalar o setor, o País não deve proteger as empresas e blindar o mercado, mas focar no aumento da competitividade. Letícia criticou a evolução do Inovar-Auto, mas ressalvou que é fundamental manter as regras do programa. E questionou se a indústria quer continuar tendo um grande e protegido mercado interno ou se vai, finalmente, ser um relevante player no cenário global.

“É HORA DE EXPORTAR”, DIZ PAULO BUTORI O PRESIDENTE DO SINDIPEÇAS AFIRMA QUE AS AUTOPEÇAS BRASILEIRAS VOLTAM A SER COMPETITIVAS NO CENÁRIO INTERNACIONAL

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iante do atual cenário econômico e com vendas de veículos novos capengando, o setor de autopeças deve mirar nas exportações e no pós-venda para contornar a crise. Esta é a opinião do presidente do Sindipeças, Paulo Butori, que participou do VI Fórum da Indústria Automobilística em painel de debates, juntamente com David Wong, diretor da A.T. Kearney, e Maurício Muramoto, diretor da Deloitte. “É momento de tentar exportar, com a relação cambial mais favorável”, disse. Ele observou também que as empresas devem investir na busca de produtividade. Sobre a questão da ociosidade, Butori comentou que o nível provavelmente ficará acima de 40%, caso o mercado permaneça como está. “Em 2016 a tendência é

MURAMOTO, Butori e Wong: exportações e pós-venda ajudam

diminuir, se o câmbio ajudar”, observa. Para o dirigente, o programa Inovar-Auto não trouxe até agora nenhum benefício ao setor de autopeças. “Com a rastreabilidade e o compromisso de compras localizadas, nos próximos dois anos pode ser que a iniciativa do governo ajude um pouco”, disse. (Alexandre Akashi)

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FÓRUM DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA

NACIONALIZAÇÃO

DEPENDE DE COMPETITIVIDADE PARA MONTADORAS COMPRAREM LOCALMENTE, FORNECEDORES PRECISAM OFERECER MAIS

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umentar o índice de nacionalização dos veículos produzidos no Brasil é uma meta permanente, concordaram os executivos de compras das montadoras que participaram do painel A Nova Dinâmica da Cadeia de Suprimentos, durante o VI Fórum da Indústria Automobilística. A sessão de debates reuniu Edvaldo Picolo, gerente executivo de suprimentos da Volkswagen para a América do Sul, Erodes Berbetz, diretor de compras da Mercedes-Benz do Brasil, João Pimentel, diretor de compras da Ford

América do Sul, e Stephan Keese, consultor e diretor da Roland Berger. Diante do dólar em alta e início efetivo da rastreabilidade de autopeças, os executivos de compras e o consultor da Roland Berger admitiram que existem oportunidades para fornecedores localmente, mas com restrições. “A busca é por parceiros mais estáveis, de longo prazo e que adicionem valor”, disse Keese. “Queremos localizar”, afirmou Picolo, da Volkswagen. “O conteúdo local exige das empresas esforço em de-

KEESE, Pimentel, Berbetz e Picolo analisaram a cadeia de suprimentos

senvolvimento”, completou, ao informar que este ano a montadora deve comprar R$ 11 bilhões em autopeças, o mesmo volume do ano passado. O executivo acrescentou que o índice de nacionalização dos produtos da montadora está situado entre 80% a 85% e há oportunidades para avanços. Berbetz confirmou que 75% a 80% das compras da Mercedes-Benz são realizadas no Brasil. “Antes da rastreabilidade já fazíamos um controle do que é comprado no País e nesses seis primeiros meses de testes confirmamos que nosso controle é eficiente”, afirmou, explicando que o volume de compras para este ano será inferior ao de 2014, por conta da retração do mercado. De acordo com o executivo, a empresa está de portas abertas para fornecedores locais. “É importante que o fornecedor venha com competitividade”, ressalvou. João Pimentel, da Ford, comentou que este ano irá comprar 5% a 10% menos. Apesar disso, tem expectativa de ganhar market share com o novo Ka e as picapes da Série F. Ele revelou que a Ford tem utilizado como estratégia a comunização de componentes para gerar escala e conseguir comprar localmente: “Queremos ter o máximo possível de peças do lado da fábrica, mas o fornecedor precisa ser competitivo”. (Alexandre Akashi)

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MERCADO EM QUEDA, NOVATOS EM ALTA NOVOS FABRICANTES MANTÊM PREVISÕES DE CRESCIMENTO EM CENÁRIO ADVERSO

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oa parte das novas fábricas mantém previsão de crescimento, ainda que o mercado tenha perspectiva inversa, de queda. Nissan e Toyota falam em avanço acima de 10% para 2015. A BMW, confiante no crescimento do mercado premium, também espera avançar, especialmente quando sua fábrica de Araquari (SC) estiver em plena operação, até o fim deste ano. Tudo em um cenário de estimativa de queda de 10% a 15% no total de vendas. Na avaliação de Vitor Klizas, diretor-geral da consultoria IHS Automotive, que participou do painel A Evolução dos Empreendimentos, apesar do cenário de contração de vendas, é preciso lembrar que o Brasil continua a ser um dos maiores mercados automotivos do mundo e isso justifica os investimentos, mesmo que no curto prazo as novas fábricas provoquem excesso de capacidade que já encosta nos 50% este ano. As projeções da IHS consideram a volta do crescimento das vendas de veículos no País a partir de 2016, mas ainda em ritmo tímido, em torno de 2%. “O mercado brasileiro só deve voltar a superar 3,7 milhões de unidades depois de 2018”, projetou. A Chery Brasil, que começou a produzir este ano em Jacareí (SP), é a única chinesa que efetivamente concretizou a promessa de ter fábrica no País até o momento, mas também foi a primeira das novatas a enfrentar uma greve. “Este é um momento em que precisamos de entendimento”, explicou Luis Cury, vice-presidente. Mas esse não é o único problema que a chinesa enfrenta. “A desvalorização do real diante do dólar nos prejudicou enormemente. Nós prevíamos ter de atingir uma nacionalização de componentes de 70% em cerca de dois anos, mas o câmbio obrigou essa localização a acontecer agora para que nos mantenhamos competitivos. Hoje essa é a prioridade número um”, destacou. A alta do dólar também impedirá a chegada da nova geração do QQ ainda neste semestre. “A necessidade de aumentar a taxa de nacionalização dos carros vai atrasá-lo”, pondera Cury, prevendo o lançamento para depois de setembro. A grande queixa dos executivos, mais do que o aumento do dólar, é a volatilidade da moeda. “Não saber com que taxa trabalhar é o que mais atrapalha”, ava-

CURI, Znidarsis, Maciel, Klizas, Andrade e Piñeiro: nacionalização é uma preocupação comum

liou Cury. Luiz Carlos Andrade Júnior, vice-presidente executivo da Toyota, complementou: “Até podemos ter uma boa taxa de nacionalização, mas isso não ajuda nada se os nossos fornecedores estiverem suscetíveis a essa volatilidade.” Maior nacionalização também está nos planos do Grupo Caoa, que monta veículos Hyundai em Anápolis (GO), incluindo o minicaminhão HR e os SUVs Tucson e ix35. No segundo semestre está prevista a volta da produção do caminhão médio HD, desta vez com maior conteúdo local, incluindo o motor comprado no Brasil da FPT, o que vai garantir mais de 60% de itens nacionais em peso e valor, o suficiente para habilitar ao financiamento com taxas atrativas do BNDES Finame. “Já temos um índice médio de nacionalização de 62% nos veículos que fazemos em Anápolis e conversamos com fornecedores para aumentar esse porcentual”, informa Antonio Maciel Neto, presidente do Grupo Caoa. As exportações, apontadas como salvação, especialmente agora com o real depreciado, não são uma solução tão simples. “É preciso ter produtos pensados para os mercados a atingir, coisa de médio a longo prazo”, disse Ronaldo Znidarsis, vice-presidente de vendas e marketing da Nissan. “Se eu pudesse pedir algo ao governo, seria para que ele estabeleça novos acordos comerciais com parceiros relevantes, a fim de incentivar as exportações”, afirmou Arturo Piñeiro, presidente da BMW do Brasil. (Gustavo Henrique Ruffo e Pedro Kutney)

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FÓRUM DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA

UMA NOVA PLATAFORMA DE CRESCIMENTO CENÁRIO É DE OPORTUNIDADE DE VIRAR O JOGO EM 2015, APOSTA OCTAVIO DE BARROS

2015

OCTAVIO DE BARROS, diretor do Bradesco

pode ser mais do que apenas um ano difícil. Segundo Octavio de Barros, economista-chefe e diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, existe a chance de ele ser também o ano de criação de uma nova plataforma de crescimento da economia do Brasil, que recupere a confiança necessária para investimentos. Foi essa a ideia central da palestra As perspectivas da Economia, durante o VI Fórum da Indústria Automobilística. “Em menos de 40 dias, a nova equipe econômica já foi capaz de reverter um modelo econômico que perdurava há quatro anos. Foi isso o que fez a Standard & Poors não reduzir o rating da economia brasileira e dar a ela o benefício da dúvida”, analisou. O conselho de Barros é que as empresas, especialmente as indústrias, refaçam seus planos estratégicos. E a desvalorização do real diante do dólar deve ser o melhor caminho para isso. “A indústria automotiva, por exemplo, terá dois a três anos de ajustes e sofrerá um enxugamento, sem dúvida nenhuma. Hoje ela já enfrenta estoques elevados e capacidade ociosa. Uma saída para isso será uma orientação exportadora, mas isso leva tempo. É preciso recuperar mercados, preparar produtos adequados a cada um deles e voltar a vender para o mercado externo.” (Gustavo Henrique Ruffo)

CAMINHÕES: OTIMISMO, APESAR DO TOMBO MESMO EM ANO DIFÍCIL, CRESCIMENTO SERÁ GRADATIVO, APONTAM FABRICANTES

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ano de 2015 está difícil, mas o período de quedas já passou. Esse foi praticamente um consenso entre os executivos das principais fabricantes de caminhões que participaram do painel Pesados – a Volta do Crescimento: Antonio Baltar, gerente de marketing e vendas da Ford Caminhões; Bernardo Fedalto, diretor de vendas de caminhões da Volvo do Brasil; Marco Borba, vice-presidente da Iveco Latin America; Mathias Carlbaum, diretor-geral de operações da Scania Brasil; Ricardo Alouche, vice-presidente de ven-

das, marketing e pós-vendas da MAN Latin America; e Roberto Leoncini, vice-presidente de marketing, vendas e pós-vendas de caminhões e ônibus da Mercedes-Benz do Brasil. Após um ano de retomada em 2013 (154,5 mil unidades), o segmento de caminhões enfrentou uma queda considerável nas vendas em 2014 (137 mil unidades), número que tende a piorar em 2015 (94 mil unidades, segundo previsão da Carcon Automotive). “O que vemos é que há uma crise de confiança na

economia em geral. Os clientes estão adiando suas compras”, avaliou Antonio Baltar, da Ford. “Quem precisava renovar ou ampliar sua frota já fez isso nos últimos anos, o que faz com que estejamos em um momento de acomodação do mercado”, afirmou Marco Borba, da Iveco. Ainda assim, a fabricante se encontra em um ciclo pesado de investimentos, que contempla R$ 650 milhões a ser gastos na área de pesquisa e desenvolvimento e na nacionalização de produtos.

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Líder de mercado em 2014, a MAN já previa uma retração desde o ano passado. “Com a Copa do Mundo e as eleições, já imaginávamos que 2014 seria um ano difícil, mas acabou sendo um pouco mais. O que fugiu um pouco do previsto foi a retomada do mercado, que está demorando para ocorrer. Nesse ritmo, o resultado de 2015 tende a ser ainda pior, uma vez que já estamos em abril e cada vez há menos meses para recuperar o prejuízo no ano”, lamentou Ricardo Alouche, da MAN. A principal estratégia das marcas para manter suas posições ou avançar nessa disputa diz respeito ao relacionamento com os clientes. “Market share é reconhecimento e passa por entender o que o cliente precisa e ajudá-lo a ser mais produtivo e faturar mais. Ao fazermos isso, ampliar nossa participação é uma consequência”, garantiu Roberto Leoncini, da Mercedes-Benz. RECUPERAÇÃO Entre as soluções discutidas durante o painel de debates está o programa de renovação da frota, que também ajudaria a tirar caminhões muito velhos, poluentes e inseguros das ruas.

LEONCINI, Alouche, Carlbaum, Borba, Baltar e Fedalto: à espera da retomada

Essa medida, aliada à ampliação da oferta de crédito, poderia ajudar a diminuir os efeitos da crise, concordaram os executivos. Apesar do mau momento – que gera desafios às fabricantes no que diz respeito às vendas e à manutenção de seus funcionários –, os investimentos no País estão mantidos, o que mostra que há, sim, otimismo para o médio prazo. A MAN se encontra em um ciclo de investimentos de R$ 1 bilhão, iniciado em 2012 e com término

previsto para 2016. A Mercedes-Benz também está na mesma situação, com R$ 730 milhões sendo gastos entre 2014 e 2015. Volvo (US$ 500 milhões entre 2013 e 2015) e Scania (R$ 100 milhões anualmente) também apostam no País. Entre as empresas que já iniciaram suas operações e as que estão por vir estão a DAF, a Foton Aumark, a Metro-Shacman e a Sinotruk. Somados seus investimentos, os aportes passam de R$ 1 bilhão. (Rodrigo Lara)

PARTICIPANTES DO FÓRUM ADMITEM CRISE NO SETOR 62,3% DOS PRESENTES AO EVENTO DISCORDARAM DA OPINIÃO DO MDIC

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s participantes do VI Fórum da Indústria Automobilística demonstraram opinião contrária à do ministro Armando Monteiro, do MDIC, que recentemente garantiu não haver crise no setor automotivo. “É algo que passa longe”, disse ele. Para 62,3% da plateia do evento, no entanto, o setor vive uma crise intensa, como apontou uma pesquisa eletrônica em tempo real. Outros 36,8% opinaram que a crise existe, mas é moderada. E apenas 0,9% respondeu que não há crise. Somente 5,6% do auditório disse que a retomada dos negócios ocorrerá a partir do segundo semestre,

enquanto 38,3% acreditaram que o cenário vai melhorar em 2016 e outros 45,6% apostaram em um avanço apenas em 2017. Para 10,6%, a retomada chegará depois de 2017. A pesquisa revelou que a desvalorização do real foi desfavorável para as empresas de 62% dos participantes do fórum, ante 24,6% que admitiram efeito favorável e 13,4% que afirmaram que a variação cambial não trouxe efeitos positivos ou negativos. Para 76,2% dos presentes, a inflação de 2015 ficará entre 6% e 9%, enquanto outros 20,8% acreditam que a variação estará acima de 9%. n

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LUXO

AUDI

SUSTENTA OTIMISMO NO BRASIL COMPANHIA ACREDITA QUE O MERCADO INTERNO DE CARROS DE LUXO ALCANÇARÁ 150 MIL UNIDADES POR ANO GIOVANNA RIATO, DE INGOLSTADT (ALEMANHA)

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confiança da Audi em voltar a fabricar automóveis no Brasil não foi abalada nem mesmo pela mudança do cenário da economia nacional. Durante a conferência anual da montadora em sua matriz, na cidade de Ingolstadt, Alemanha, o CEO Rupert Stadler apontou que foi no País que a companhia registrou o maior crescimento porcentual de vendas em 2014. Com evolução de 86,6% sobre 2013, foram entregues 12,4 mil carros da marca nacionalmente. O bom resultado

STADLER, CEO da companhia, destaca o crescimento das vendas da Audi no Brasil

aconteceu mesmo diante da contração de 7,1% do mercado total. O volume ainda é pequeno, mas em seu retorno como fabricante nacional a Audi pretende tirar proveito do grande potencial de expansão das vendas do segmento premium localmente. Martin Sander, vice-presidente da companhia para as Américas, acredita que a demanda por automóveis de luxo no País pode chegar a 150 mil unidades por ano em 2020. Em 2014 foram emplacados localmente perto de 50 mil carros do segmento, com cerca de 1,5% de participação no mercado nacional. Para o executivo, a categoria avança com certa independência da instabilidade econômica. Sander avalia que, até então, o segmento premium era subdesenvolvido no País. “Enquanto no Brasil a categoria não responde nem por 2% das vendas, na Alemanha a participação é de 20%”, analisa. Segundo ele, o porcentual nacional também é significativamente inferior ao registrado em outros países emer-

gentes, como Rússia e China. Para o executivo, o potencial de expansão justifica o início da operação das fábricas de marcas de luxo no País. A Audi deve começar a trabalhar em sua linha de montagem brasileira, em São José dos Pinhais (PR), entre setembro e outubro de 2015. O primeiro carro a sair da planta, compartilhada com a Volkswagen, será o A3 sedã. No próximo ano começa a ser feito ali o Q3. Além de retomar a produção local, a empresa aumentará a cobertura da rede de concessionárias, que deve chegar a 50 casas até o fim do ano e a 67 em 2017. LOCALIZAÇÃO NECESSÁRIA A nacionalização de alguns modelos da marca acompanha o movimento das concorrentes do segmento. A BMW começou a fabricar automóveis em Araquari (SC) em 2014. Já a Mercedes-Benz trabalha na construção de planta em Iracemápolis (SP), que deve iniciar as atividades em 2016. No mesmo ano a Jaguar Land Rover dará início à

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PLANO GLOBAL

AUDI entregou mais de 1,7 milhão de carros no mundo em 2014

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Brasil é um dos pilares do fortalecimento da presença global da Audi. Em 2014 a fabricante alcançou recorde de vendas, com 1,74 milhão de carros. O objetivo é chegar a outro volume histórico este ano, com o emplacamento de 2 milhões de veículos mundialmente. “Queremos crescer mais do que o mercado global, com expansão em todas as regiões”, diz Stadler. A boa perspectiva é sustentada apesar de a empresa reconhecer que o cenário ainda não é de estabilidade para este ano. “As condições gerais para a indústria automobilística permanecem desafiadoras. Embora a economia global tenha crescido 2,7%, a situação de várias regiões importantes permanece desigual”, afirma o executivo. No médio e longo prazo, a Audi pretende sustentar sua expansão em robustos investimentos globais. Serão aplicados t 24 bilhões até 2019. Deste total, 80% irão para as áreas de inovação e desenvolvimento de produtos. Para este ano está programado o lançamento

produção em Itatiaia (RJ). “Temos ainda vantagem competitiva de ter sinergias na operação local com a Volkswagen”, afirma Sander, que espera alcançar em 2020 a capacidade máxima da planta, de 26 mil carros por ano. A Audi pretende alcançar a liderança nacional nas vendas de carros premium, posição ocupada hoje pela BMW. A evolução recente do desempenho da companhia no Brasil mostra que este não é um objetivo tão distante. Em 2013 a Audi ocupava a quarta posição no segmento de luxo, atrás de BMW, Mercedes-Benz e Land Rover. Em 2014 a companhia já avançou para a segunda colocação. Este ano a marca alcançou a liderança da categoria em fevereiro. “Não sei se fecharemos o ano assim, mas isso não é o mais importante. Temos a base para um negócio de sucesso no Brasil”, ressalta Sander. n

mundial dos novos Q7, R8 e A4. Em 2017 deve chegar aos principais mercados o A8 com direção autônoma, importante salto tecnológico da companhia. O modelo rodará de forma independente em situações específicas, como em rodovias. O condutor assumirá o volante caso o sistema não tenha autonomia para administrar a situação. Todas as montadoras avançam em projetos para a chegada de modelos autônomos. O anúncio da Audi é uma resposta ao plano da Mercedes-Benz de começar a vender carros com a tecnologia em 2020. A companhia informa que as primeiras unidades deverão chegar ao mercado com preço elevado, mas, à medida que o volume de produção crescer, os custos ficarão menores. O investimento da Audi nos próximos anos também dará conta de ampliar a gama de produtos dos atuais 52 para 60 modelos.

AUDI EM NÚMEROS RESULTADOS DE 2014

1,74

MILHÃO DE CARROS VENDIDOS NO MUNDO

12,4

MIL EMPLACAMENTOS NO BRASIL

t53,78

BILHÕES DE FATURAMENTO, 7,8% MAIOR QUE O DE 2013

t 5,99

BILHÕES DE LUCRO OPERACIONAL, EM EXPANSÃO DE 12,5%

t4,42

BILHÕES DE LUCRO LÍQUIDO, COM ALTA DE 10,3%

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PRÊMIO REI

65 FINALISTAS DISPUTAM

PRÊMIO REI 2015 ESCOLHA DOS VENCEDORES SERÁ FEITA PELOS LEITORES DE AUTOMOTIVE BUSINESS E PARTICIPANTES DE FÓRUNS

C

onhecidos os 65 cases finalistas do Prêmio REI – Reconhecimento à Excelência e Inovação, já está em curso a segunda etapa para escolha dos vencedores dessa iniciativa, que tem como objetivo apontar os melhores empreendimentos da indústria automobilística no período compreendido entre 1o de fevereiro de 2014 e 1o de fevereiro de 2015. Automotive Business, promotora do prêmio, recebeu cases em 13 categorias, que foram submetidos à apreciação de um júri constituído de 19 profissionais experientes na indústria automobilística. Foram escolhidos, nessa seleção primária, cinco cases em cada categoria, que estão descritos em www.automotivebusiness.com.br. Nenhuma taxa é cobrada das empresas que concorrem ao Prêmio REI e os profissionais de Automotive Business não participam do processo de seleção, garantindo total independência ao empreendimento.

ELEIÇÃO a realização dos eventos. Os votos serão somados aos

O case vencedor, entre os cinco finalistas, será escolhido por meio de eleição entre os leitores da revista e da newsletter Automotive Business. Os leitores da revista recebem uma cédula impressa com senha para votar eletronicamente no mesmo hotsite especial que será utilizado pelos leitores da newsletter para votar. Os participantes do VI Fórum da Indústria Automobilística (6 de abril) e III Fórum de RH (18 de maio) recebem cédulas para votação do Prêmio REI 2015 durante

apurados no hotsite e aos gerados pelas cédulas encartadas na revista Automotive Business. Automotive Business realizará uma cerimônia para a entrega dos troféus aos finalistas e aos vencedores. A festa ocorrerá dia 10 de junho e os resultados finais serão publicados no portal, na newsletter e na revista Automotive Business. Haverá também cobertura da ABTV, divulgada no portal AB e no YouTube.

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AGENDA DO PRÊMIO REI 2015

CATEGORIAS DO PRÊMIO REI 2015 1. EMPRESA DO ANO

• ENVIO DE SUGESTÕES 20 de fevereiro Recebimento dos cases

2. PROFISSIONAL DE MONTADORA

• ANÚNCIO DOS INDICADOS NA PRIMEIRA FASE (FINALISTAS) 16 de março • FASE DE VOTAÇÃO POPULAR De 1o de abril a 1o de junho Votação eletrônica 6 de abril Votação com cédulas no VI Fórum da Indústria Automobilística 18 de maio Votação com cédulas no III Fórum de RH na Indústria Automobilística • DIVULGAÇÃO DOS VENCEDORES E ENTREGA DOS TROFÉUS 10 de junho de 2015

3. PROFISSIONAL DE AUTOPEÇAS 4. VEÍCULO LEVE 5. COMERCIAL PESADO 6. MARKETING E PROPAGANDA 7. MANUFATURA E LOGÍSTICA 8. ENGENHARIA, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA 9. SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL 10. AUTOPEÇAS 11. POWERTRAIN 12. INSUMOS 13. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E SOFTWARE

JURADOS DO PRÊMIO REI ALBERTO LIMENA ProDeal

LUIZ SÉRGIO ALVARENGA Sindirepa

ANGELO MORINO Consultor

MARCOS AMATUCCI ESPM

ARNALDO PELLIZZARO ABI Consultoria CARLOS CAMPOS Prime Action FÁBIO PEAKE BRAGA SAE Brasil FLÁVIA PIOVACARI Consultora FRANCISCO SATKUNAS Consultor FRANCISCO TRIVELLATO Trivellato Inform. & Estratégias JEANNETTE GALBINSKI Setec Consultoria

MÁRIO GUITTI IQA MAURÍCIO MURAMOTO Consultor MOACIR RICCI Consultor PAULO CARDAMONE Bright PAULO GARBOSSA ADK STEPHAN KEESE Roland Berger VALTER PIERACCIANI Pier

JULIAN SEMPLE Carcon Automotive

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PRÊMIO REI

EMPRESA DO ANO

BMW

VEÍCULOS PREMIUM MADE IN BRAZIL Primeira fabricante de veículos premium a iniciar produção no Brasil, a BMW inaugurou em outubro de 2014 planta em Araquari (SC), fruto de investimento de t 200 milhões. Ali serão feitos modelos das marcas BMW e Mini. A operação tem potencial para 32 mil carros por ano. O modelo fabricado inicialmente pela companhia no Brasil foi o Série 3 320i Active Flex, primeiro bicombustível etanol-gasolina da montadora e o primeiro flex turbinado do mundo.

CAOA

EM 35 ANOS, CONQUISTAS E DIVERSIDADE Em 2014, a Caoa comemorou 35 anos. O Grupo comercializa a linha de importados Hyundai e Subaru, além de ser o maior distribuidor da linha HB20, da Hyundai Motor do Brasil e de possuir a maior rede de concessionárias da marca Ford na América Latina. A Caoa apontou alta de 4% em 2014, para 57.425 unidades, e atingiu a produção de 20 mil unidades do ix35 Flex.

FIAT CHRYSLER AUTOMOBILES

FCA EXPANDE OPERAÇÕES E INVESTE EM PRODUTOS INOVADORES O grupo Fiat adotou o nome de Fiat Chrysler Automobiles (FCA) em 2014 e passou a expandir as atividades no País para abrigar também as marcas do grupo Chrysler. A empresa abre a nova fábrica, em Goiana, PE, e reforça a identidade da marca Jeep, que tem o inovador SUV Renegade como primeiro produto da marca a ser montado em Pernambuco. Até o fim de 2016, a FCA lançará no País quatro modelos Fiat e dois Jeep fabricados localmente.

FORD

EM 2014, LINHA 100% GLOBAL NO BRASIL E RESULTADOS EXPRESSIVOS Com o lançamento do Novo Ka, a Ford se tornou a primeira montadora a oferecer uma linha de produtos 100% globais no País. O Novo EcoSport, o New Fiesta Hatch, o Focus Hatch e o Fusion têm bom desempenho de vendas em seus segmentos de mercado. Já no terceiro mês de vendas, o Novo Ka cumpriu o objetivo de ter vendas na casa de cinco dígitos. Em janeiro, o Novo Ka atingiu 50.000 unidades comercializadas no varejo, cinco meses após o lançamento.

HYUNDAI MOTOR

INOVAÇÃO SE TRADUZ EM CRESCIMENTO EM 2014 Em 2014, a Hyundai Motor Brasil alcançou 300 mil unidades vendidas com o HB20, que encerrou o ano entre os cinco veículos de passeio mais emplacados. Parceira automotiva exclusiva da Copa do Mundo Fifa, a Hyundai manteve a produção com seus 2.700 colaboradores e encerrou 2014 com 179.724 HB20 vendidos, anotando 14% de crescimento em vendas em relação a 2013, em mercado que caiu 7%.

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PROFISSIONAL DE MONTADORA

CLEDORVINO BELINI

PRESIDENTE DA FIAT CHRYSLER AUTOMOBILES AMÉRICA LATINA Belini destacou-se em 2014 pelo comando decisivo das operações que levam a FCA a novos patamares de desempenho no País, com investimentos significativos na fábrica de Betim. A marca consolidou a liderança de vendas no Brasil e Belini comandou a volta das operações da Jeep ao Brasil, com investimento de mais de R$ 7 bilhões no Polo Automotivo Jeep de Goiana, em Pernambuco, que já produz o Jeep Renegade.

PHILIPP SCHIEMER

PRESIDENTE DA MERCEDES-BENZ DO BRASIL Também CEO para a América Latina, Philipp Schiemer lançou 40 inovações no portfólio de caminhões, elevou a participação dos ônibus da marca em projetos de mobilidade urbana e ampliou a oferta de serviços de pós-venda. Anunciou importantes investimentos para veículos comerciais e a construção da fábrica de automóveis premium em Iracemápolis (SP), que será inaugurada em 2016.

ROBERTO CORTES

PRESIDENTE E CEO DA MAN LATIN AMERICA Roberto Cortes mais uma vez mostrou sua visão de negócio tomando ações preventivas antes da retração do mercado, ajustando o volume de produção à demanda de vendas sem traumas ou conflitos. Antecipando-se às dificuldades, garantiu uma conquista histórica: um acordo sindical para redução da jornada de trabalho e a negociação de diversos benefícios em 2015, sem desgaste com a sua força de trabalho.

VILMAR FISTAROL

PRESIDENTE DA CNH INDUSTRIAL Vilmar Fistarol assumiu o desafio de liderar no Brasil uma companhia com atuação diversificada, coordenar as diretorias e a sinergia de seis marcas e gerenciar uma ampla estrutura de colaboradores dividida entre as sete fábricas brasileiras da companhia. Com mais 24 anos de experiência profissional no setor industrial, foi responsável mundial pela área de compras da Fiat Chrysler e Head of Group Purchasing Fiat/Chrysler para a América Latina. É membro do Conselho Sênior da SAE Brasil.

WILLIAM LEE

PRESIDENTE DA HYUNDAI MOTOR BRASIL William Lee tem entre suas conquistas o sucesso do HB20, que encerrou 2014 como o quinto veículo mais vendido e, em janeiro de 2015, alcançou a quarta posição no ranking. Celebrou 300 mil HB20 vendidos em dois anos e mais de 20 prêmios da imprensa especializada. O executivo liderou ações sociais, promocionais e de engajamento de clientes, colaboradores e fãs durante a Copa do Mundo, da qual a marca foi patrocinadora oficial. A Hyundai encerrou 2014 com 14% de aumento em vendas, num mercado que recuou 7%.

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PRÊMIO REI

PROFISSIONAL DE AUTOPEÇAS

JOSÉ EDUARDO LUZZI

PRESIDENTE DA MWM INTERNATIONAL Diante da instabilidade econômica e da retração no mercado veicular brasileiro, José Eduardo Luzzi, presidente da MWM International, foi além do mercado automotivo e encontrou na diversificação oportunidades de elevar os volumes de motores. A companhia intensificou os investimentos nos segmentos fora de estrada e na antecipação dos motores emissionados MAR 1. Em 2014 foram apresentados 22 novos projetos e em 2015 serão 33 lançamentos, um aumento de 50%.

LUIS AFONSO PASQUOTTO

PRESIDENTE DA CUMMINS AMÉRICA DO SUL Lidera as unidades de negócio no continente sul-americano e construiu um excelente time de liderança, mantendo a empresa à frente em mercados como o de motores diesel para caminhões no Brasil e o de geração de energia. Conquistou contratos importantes para as divisões de componentes e anunciou a nacionalização de dois novos motores que são sucessos nos segmentos de caminhões e ônibus. Fortaleceu investimentos em distribuição e aftermarket.

PAULO BUTORI

PRESIDENTE DO SINDIPEÇAS Em seu sétimo mandato como presidente do Sindipeças, permaneceu firme na defesa do setor e comemorou grande conquista: em 2014 enfim foi publicada a regulamentação do aspecto mais importante do Inovar-Auto para a cadeia produtiva, o rastreamento da origem das autopeças. Mantém representados pela mesma entidade fabricantes de todos os portes e diferentes origens de capital. Busca fortalecimento das empresas menores, de capital nacional.

PIETRO SPORTELLI

PRESIDENTE DO GRUPO AETHRA Teve 2014 como um dos anos mais vitoriosos e de maior destaque de sua já consagrada carreira como industrial e empresário. Consolidou a aquisição e a integração da Flamma Automotiva, adquirida da Usiminas. Foi um dos quatro finalistas do Prêmio AutoData e também agraciado com a honraria máxima de Industrial do Ano, pela Federação das Indústrias de Minas Gerais.

WILSON BRICIO

PRESIDENTE DA ZF AMÉRICA DO SUL Aumentou o portfólio de produtos locais, antecipando-se às demandas cada vez mais competitivas do mercado de caminhões pesados e extrapesados. Anunciou em 2014 a nacionalização da transmissão automatizada AS Tronic e iniciou a produção do novo eixo agrícola TSA 09. Foi o artífice de grandes mudanças nas fábricas da ZF no Brasil, visando a uma gestão mais eficiente com reflexos diretos nos negócios. Em janeiro foi eleito presidente da VDI-Brasil.

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VEÍCULO LEVE

FIAT

UNO Ainda que a aparência tenha mudado pouco, o Uno trouxe inovações importantes em seu modelo 2015. O câmbio Dualogic eletrônico, acionado por botões, em vez de por alavanca, e o sistema Start-Stop na versão Evolution são as mais dignas de nota. Com isso, o Uno se torna o primeiro veículo fabricado no Brasil a contar com o sistema de economia de combustível, disponível, por ora, para o motor 1.4 de 88 cv com etanol.

FORD

KA O novo modelo de entrada da Ford só conservou o nome. A carroceria é de quatro portas, o motor 1.0 é de três cilindros e a plataforma é a mesma do New Fiesta, a moderna B Global. Eis a receita que a empresa adotou para transformar o Ka em um de seus maiores sucessos no Brasil em toda a história. Além do moderno motor 1.0 flex de 85 cv com etanol, ele também conta com o motor 1.5 Sigma, de 110 cv, também com o combustível vegetal.

FORD

KA+ Não foram apenas duas portas a mais que o Ford Ka ganhou em sua nova geração. Um porta-malas saliente também entrou no pacote de renovação, dando origem ao sedã Ka+. Equipado com os mesmos motores do hatchback, ele tem a vantagem de oferecer 445 litros de volume de porta-malas, ou 188 litros a mais que o do Ka, que dispõe de 257 litros.

TOYOTA

COROLLA Com estilo mais ousado e espaço interno bem mais generoso que o do modelo anterior, com distância entre eixos de 2,70 m, o Corolla em terceira geração teve outro melhoramento digno de nota. Em vez do câmbio automático de quatro marchas, ele passou a usar um CVT que simula sete delas, de respostas muito mais rápidas e condizentes com o excelente motor 2.0 flex de 154 cv. O 1.8 de 144 cv também foi beneficiado pela atualização.

VOLKSWAGEN

UP! A aposta da Volkswagen para seu novo carro de entrada chegou ao mercado com credenciais importantes. Submetido ao Latin NCAP, ele ganhou cinco estrelas, mesma pontuação do sedã Jetta. Também é equipado com o bom motor 1.0 de três cilindros EA211, que gera 82 cv, e foi o primeiro 1.0 a oferecer a opção de câmbio automatizado.

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PRÊMIO REI

COMERCIAL PESADO

FORD

A VOLTA DA SÉRIE F Um dos grandes desafios da Ford Caminhões em 2014 foi reintroduzir a linha mais tradicional do Brasil, a Série F, com modernidade e novos atributos para o segmento de leves e semileves. O sucesso foi imediato: em poucos meses no mercado, foi a principal responsável por elevar a participação da Ford Caminhões novamente ao patamar de 18%. A Nova Série F foi desenvolvida pela engenharia da Ford para o Brasil.

MAN

CONSTELLATION 25.420 V-TRONIC É O CAVALO-MECÂNICO MAIS VENDIDO DA MAN No primeiro ano de vendas, o veículo assumiu a liderança entre os cavalos-mecânicos da marca. Fatores como a lei do descanso do motorista e falta de profissionais qualificados alteraram o perfil do segmento. Percebendo essa mudança, a MAN lançou o veículo, para atender clientes que procuravam por alternativas mais potentes, com velocidades médias mais elevadas e boa relação custo-benefício.

MERCEDES-BENZ

ACTROS 2646 6X4 TRAZ EFICIÊNCIA PARA O TRANSPORTE DE CARGAS Com acesso a 100% do Finame, o Actros 2646 6x4 é considerado pela Mercedes a melhor e mais rentável opção para o transporte rodoviário de longas distâncias. É o único da categoria a oferecer cabine com piso totalmente plano. O extrapesado conta com avançada tecnologia de segurança, referência em sistemas de prevenção de acidentes, com confiabilidade e durabilidade. O motor BlueTec 5 de 6 cilindros e 455 cv de potência assegura ótima performance.

SCANIA

P 310 8X2 INOVA COM CÂMBIO AUTOMATIZADO DE SÉRIE A Scania revolucionou a categoria semipesados, criou a faixa 8x2 e de forma pioneira trouxe cabine com mais tecnologia, confortável e com leito, suspensão a ar, quarto eixo original e balança digital no painel. Em 2014, inovou oferecendo câmbio automatizado de série, o Opticruise. Virou tendência. Resultado: aumento de vendas em 26,6% na comparação com 2013. É a marca que mais cresce na categoria.

VOLVO

NOVA LINHA F LEVA SETOR DE TRANSPORTES PARA A ERA DIGITAL A Volvo lançou a nova linha F, levando o transporte de cargas para a era digital, com novo design e cabine 1 m3 maior. O novo FH, considerado pela marca o mais moderno do mundo, é até 8% mais econômico que a geração anterior. Sai de fábrica preparado para o I-See, que reconhece estradas por onde já passou, e o My Truck, aplicativo para smartphones para acesso remoto a informações sobre o veículo.

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MARKETING E PROPAGANDA

AUDI

SALÃO DOS SONHOS No Salão do Automóvel de 2014, a Audi do Brasil realizou o sonho de visitantes: um test drive em um circuito externo de 3 km com toda a sua linha superesportiva, incluindo o R8, A3 Sportback e-tron e o A8 L, este escolhido para oferecer “Um dia de presidente”: o modelo foi colocado à disposição com motorista. Dois batedores com motos Ducati seguiam o A8 L, enfeitado com bandeiras do Brasil e da Alemanha.

HYUNDAI MOTOR

O SUCESSO DA CAMPANHA DA COPA DO MUNDO A montadora aproveitou a Copa do Mundo para se conectar com os brasileiros. Entrou para o Guinness com a maior shadow art do mundo: a sombra de um jogador, de 20 metros, projetada em um prédio em São Paulo. Lançou a Hexagarantia, que elevou de 5 para 6 anos a garantia dos veículos adquiridos até o fim da Copa. A marca cresceu 5% em awareness e 14% em vendas, subindo de 5,3% para 7,6% em market share.

MERCEDES-BENZ (AUTOMÓVEIS)

NOVO CLASSE C: O CLÁSSICO GANHA TOQUE DE REBELDIA O Classe C, líder da marca em vendas, será o primeiro veículo nacional produzido em Iracemápolis (SP). A nova geração representa um marco em design, inovação e tecnologia, atraindo novos e mais jovens clientes. No vídeo promocional, a música clássica remete à história e ao glamour do Classe C. A mudança para o rock sugere revolução na forma de enxergar esse ícone. “Novo Classe C. Inovação de Tirar o fôlego”: https://www. youtube.com/watch?v=5eKra635ktA.

MERCEDES-BENZ (CAMINHÕES)

RITMOS DO BRASIL A campanha comunicou a nacionalização do Actros, aproximando a marca do caminhoneiro. O vídeo “SambActros”, no YouTube, aproveitou a proximidade do carnaval e mostrou que o “alemão” aprendeu a sambar e passou a atender as necessidades específicas dos frotistas brasileiros, financiado via Finame. Houve mais de 1,3 milhão de visualizações. “Ritmos do Brasil”: https://www.youtube.com/watch?v=ti94KXBXDkc

VOLKSWAGEN

TUDO NELE É UP! Na campanha publicitária do Up!, o filme “Have fun” é embalado por uma versão especial da música “Girls just want to have fun”, de Cyndi Lauper, na qual a palavra “girls” é substituída pelos personagens que se divertem a bordo do carro. A ideia da campanha foi mostrar que há um Up! para cada pessoa e destacar diferenciais do carro. A campanha, criada pela AlmapBBDO, contemplou filme, hotsite, mídia impressa, mobiliário urbano e spot de rádio.

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PRÊMIO REI

MANUFATURA E LOGÍSTICA

BORGWARNER

AUTOMATIZAÇÃO NA PRODUÇÃO DE TURBOS PARA CARROS DE PASSEIO FLEX A BorgWarner inovou com o downsizing e também modernizou boa parte da sua fábrica para produzir turbos para carros de passeio flex. A implantação de um novo maquinário elevou em 50% a capacidade de produção da unidade, aumentando a produtividade e a segurança para os operadores, com mais precisão na confecção dos componentes.

CHERY

O DESAFIO LOGÍSTICO DE IMPLANTAR FÁBRICA EM TEMPO RECORDE Depois de acertar com o MDIC o projeto de implantação da fábrica no Brasil, a Chery enfrentou o desafio logístico de construir a unidade em Jacareí (SP) em tempo recorde, trazendo equipamentos indispensáveis da Alemanha, Espanha, Estados Unidos e China e recrutando pessoal especializado. O projeto foi cumprido à risca, com tecnologias de ponta, incluindo maquinário de medição tridimensional e implantação de pintura à base de água, totalmente robotizada.

FORD

O ESTADO DA ARTE NA PRODUÇÃO DE MOTORES A fábrica de motores da Ford em Camaçari (BA) produz o motor 1.0 de três cilindros flex do Novo Ka trazendo o estado da arte em produção, desde o bloco e o cabeçote usinados até a montagem final. Todos os equipamentos são conectados via wifi a uma central de gerenciamento, com o monitoramento on-line da produção, da qualidade e da manutenção. O sistema de qualidade inclui a rastreabilidade de 100% das estações, gerando um histórico de produção de cada item do motor.

MERCEDES-BENZ

LINHA FLEXÍVEL PARA SOLDAGEM DE CABINES DE CAMINHÕES O desafio do projeto, em Juiz de Fora, MG, foi implantar a linha para as cabines Accelo e Actros, prevendo incorporação futura de mais três modelos com a linha em produção; e ampliações e flexibilidade total do mix de produção, com maior produtividade em relação à instalação de São Bernardo do Campo, SP. A instalação para 40 mil cabines/ano está concluída e atende plenamente às premissas do projeto.

NISSAN

MODERNIDADE E SUSTENTABILIDADE DA PRODUÇÃO O Complexo Industrial de Resende, RJ, é um dos mais modernos da empresa no mundo e conta com 88 robôs e transporte dos automóveis por Automatic Guided Vehicles (AGVs). Na montagem há quatro portais de verificação da qualidade de componentes em 100% dos motores. O foco é fabricar no Brasil produtos com toda a tecnologia e qualidade japonesa da Nissan.

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PRÊMIO REI

ENGENHARIA, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA

AETHRA

AUTOMAÇÃO DE LINHA DE PRENSA DE ESTAMPAGEM PARA GRANDES PEÇAS Visando elevar sua capacidade produtiva, a Flamma Automotiva (do Grupo Aethra) implementou a automação em sua principal linha de prensas de 2 mil toneladas, com tecnologia inovadora de robots ceiling mounted, instalados em consoles superiores com o sétimo eixo atuando como Pathfinder, deslizando linearmente no fluxo da linha. A aposta dobrou a capacidade de produção, sem necessidade de investimento em novas linhas.

AXALTA COATING E FORD

INTRODUÇÃO DO E-COAT AQUAEC 4027 Problema enfrentado: mercado competitivo nos campos de qualidade, produtividade e responsabilidade ambiental, demandando produtos diferenciados. Solução: iniciar um processo de feedover (reposição) simultâneo nas plantas da Ford com o novo produto AquaECtm 4027, com redução do consumo de energia; economia de gás e água; menos material, resultando em menos peso adicionado no veículo final; e menor emissão de CO2.

BOSCH

MENOR CÂMERA DE VÍDEO ESTÉREO DO MUNDO A câmera de vídeo estéreo da Bosch é uma tecnologia de ponta que faz uma gravação tridimensional completa à frente do veículo, tornando possíveis diversas funções. Como uma solução de sensor único e menor do mundo, oferece aos fabricantes baixo custo e alto desempenho para todas as classes de veículos, a fim de reduzir o número de acidentes de trânsito.

CONTINENTAL

FREIOS ABS PARA MOTOS DE BAIXA CILINDRADA A Continental desenvolveu em 2014 um sistema de freio ABS sob medida para motocicletas de baixa cilindrada, que representam aproximadamente 90% das vendas no Brasil. Hoje, no País, este item de segurança está restrito a motos de média e alta cilindradas. Para a empresa, o principal objetivo do sistema ABS nas motos de baixa cilindrada é aumentar a segurança, evitando acidentes e mortes no trânsito.

FIAT AUTOMÓVEIS

START-STOP FLEX E NACIONAL O Novo Uno 2015 foi o primeiro carro nacional a utilizar o Start-Stop e o primeiro do mundo a equipar um motor flex. Uma redução de até 20% no consumo de combustível pode ser verificada com o sistema ligado. Ocorre redução na emissão de gases e não há o ruído característico do motor na marcha lenta. Todo o sistema de partida do carro foi reformulado, desde o motor de arranque até o gerenciamento eletrônico do novo equipamento.

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PRÊMIO REI

SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

BORGWARNER

CERTIFICAÇÃO GREEN BUILDING A BorgWarner foi a primeira indústria de autopeças no Brasil a receber o certificado Leed (Leadership in Energy and Environmental Design). Seguindo os novos conceitos do Leed, foi possível obter economia de 43% no uso de água das torneiras, 50% em jardinagem e 50% nos sanitários. A BorgWarner, que contribui com seus projetos de downsizing para redução de emissões, tornou-se a primeira empresa a submeter um projeto com vários prédios num mesmo local.

DELPHI

PROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL A Delphi promove nas unidades da empresa na América do Sul o projeto de educação ambiental Semana do Meio Ambiente, para conscientizar funcionários da empresa e alunos de escolas públicas e particulares, das cidades onde atua, sobre problemas ambientais e incentivar práticas ambientalmente amigáveis. Os participantes tornam as lições hábitos diários e influenciam familiares e amigos a agir da mesma forma.

FIAT AUTOMÓVEIS

ÁRVORE DA VIDA COMPLETA DEZ ANOS O projeto Árvore da Vida reflete o papel social da Fiat Automóveis para o desenvolvimento local inclusivo do Jardim Teresópolis, em frente à fábrica de Betim (MG). Em 2014, o programa completou dez anos com ações socioeducativas, fortalecimento da comunidade e geração de trabalho e renda. Em 2014 a empresa convidou moradores, poder público e parceiros para desenhar a visão de futuro compartilhada do território para os próximos dez anos.

HONDA

PROGRAMA GREEN DEALER Em 2003 a empresa iniciou ação que evitasse impactos ambientais no pós-venda, com a criação do Green Dealer, certificação às concessionárias de motocicletas e automóveis que destinam 100% dos resíduos gerados de forma correta e eficiente. Desde a implantação do programa já foram reciclados 1,36 tonelada de pneus, 662.527 baterias, 15,7 milhões de toneladas de resíduos sólidos e 45,8 milhões de litros de óleo, lubrificantes e combustíveis.

MARCOPOLO

INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO O Programa de Inclusão Envolver alcançou ótimos resultados na inclusão de pessoas com deficiência no quadro de funcionários da Marcopolo. Um dos motivos do sucesso do projeto é o engajamento dos diferentes profissionais da empresa na inserção e desenvolvimento das pessoas com deficiência. Hoje há 373 colaboradores com deficiência na Marcopolo, em Caxias do Sul (RS), e 96 na Marcopolo Rio, em Duque de Caxias (RJ).

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PRÊMIO REI

AUTOPEÇAS

BOSCH E VOLKSWAGEN

CONTROLE DE TRAÇÃO PARA VEÍCULOS COM ABS O controle de tração M-ABS auxilia o motorista a arrancar ou acelerar o veículo, pelo gerenciamento eletrônico do torque do motor. O M-ABS utiliza os próprios sensores de velocidade e a central eletrônica do módulo ABS. É uma solução apropriada para o mercado brasileiro, pois proporciona um nível a mais de segurança e utiliza hardware ABS já existente nos veículos. Esta função até então só era encontrada em veículos com ESP (controle eletrônico de estabilidade).

FRAS-LE

MATRIXX – UM NOVO CONCEITO EM PASTILHAS PARA FREIO A DISCO O conceito revolucionário Matrixx, de plaqueta para pastilhas de freio a disco, para comerciais pesados, traz resistência estrutural aliada ao formato leve. Há redução de até 25% no peso total da pastilha, permitindo aumento na capacidade de carga do veículo; redução do custo por quilômetro rodado e transferência de calor entre a pastilha e o sistema de freio, além da diminuição do ruído e vibração.

MAGNETI MARELLI

PEDALEIRA HÍBRIDA, MAIS UM PRODUTO PIONEIRO A pedaleira híbrida, aperfeiçoada em 2014, depois de cinco anos do primeiro fornecimento de sistemas semelhantes, contabiliza 92% da produção diária do componente na fábrica de Itaúna, MG. O produto, que combina componentes metálicos e plásticos no conjunto onde são montados os pedais de freio, acelerador e embreagem, assegura ganho de até 37% no peso em comparação a um 100% metálico, além de apresentar menor custo de produção e investimento em ferramentais.

MAHLE METAL LEVE

SISTEMA DE PARTIDA A FRIO ELETRÔNICO E AUTOCONTROLÁVEL PARA VEÍCULOS FLEX Sistemas de partida a frio tradicionais de injeção de gasolina estão sendo substituídos por sistemas de aquecimento que, apesar da vantagem de eliminar o duplo abastecimento, demandam elevado consumo de energia e complexo controle eletrônico. O novo conceito de partida a frio suplanta estas dificuldades com semicondutores sensíveis a temperatura e dissipador de calor, que melhora a troca térmica, torna a temperatura do combustível homogênea e melhora o desempenho na partida a frio com menor consumo de energia e redução de até 40% de emissões de poluentes.

MERITOR

NOVA GERAÇÃO DE EIXOS INTELIGENTES PARA CAMINHÕES PESADOS Redução de peso e durabilidade de rolamentos e do par coroa-pinhão são características no projeto dos novos eixos 17X e 18X, para pesados, que tiveram também simplificado o processo de fabricação, com soldagem a laser na união da caixa de engrenagens satélites à coroa, eliminando a junta aparafusada. O diferencial é selado para toda a sua vida útil. Essa solução inovadora é única no País. Os eixos 17X e 18X oferecem ainda controle automático e inteligente do nível de óleo lubrificante.

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MAIS DO QUE O SEU VOTO, NOSSO MAIOR PRÊMIO É O SEU RECONHECIMENTO.

Finalistas do Prêmio REI 2015 • Vilmar Fistarol – Presidente da CNH Industrial Profissional de montadora

• Telemetria para máquinas de construção – CNH Industrial Tecnologia da Informação e Software

Para votar, acesse www.automotivebusiness.com.br.

A G R I C U LT U R A

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TRANSPORTE

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CO N S TR U Ç ÃO

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ENERGIA


PRÊMIO REI

POWERTRAIN

BOSCH

START-STOP EQUIPA MOTOR FLEX NACIONAL A tecnologia Start-Stop da Bosch equipa pela primeira vez um carro nacional, o Novo Uno 2015. O sistema ajuda a economizar até 20% de combustível, dependendo do trajeto, além de diminuir a emissão de poluentes e reduzir a poluição sonora. O sistema desliga o motor automaticamente e o religa, reconhecendo o desejo do motorista por meio do acionamento do pedal da embreagem. O Start-Stop do Novo Uno é similar ao existente na Europa.

FORD

MOTOR FORD 1.0 12V TIVCT FLEX O motor 1.0 12V TiVCT Flex de três cilindros do Novo Ford Ka é um dos principais responsáveis pelo sucesso do carro. Além de ser o mais potente, com 85/80 cv, é o mais econômico da categoria, com Selo de Eficiência Energética do Conpet. Inovando no conceito de downsizing, traz tecnologias como duplo comando de válvulas variável na admissão e no escape, sistema eletrônico de partida a frio Ford Easy Start, sistema de arrefecimento em dois estágios e correia primária com funcionamento em óleo, que reduz o coeficiente de atrito e dispensa manutenção.

MAGNETI MARELLI

NOVA GERAÇÃO DO CÂMBIO AUTOMATIZADO FREE CHOICE A Magneti Marelli desenvolveu no País uma nova geração de centralinas eletrônicas de controle do câmbio automatizado Free Choice. Com microprocessador mais potente (melhorando a atuação do sistema e deixando a troca de marchas mais rápida e precisa), a terceira geração do câmbio automatizado da Magneti Marelli é dotada de acelerômetro, que permite gravar as condições da rua que o veículo está percorrendo. A nova geração do Free Choice já equipa o Novo Uno.

MAN

CERTIFICAÇÃO DOS MOTORES MAN D08 PARA USO DE DIESEL DE CANA PURO A Lei n° 14.933/09, conhecida como a Lei da Mudança Climática, exigirá a redução no uso de combustíveis fósseis a cada ano, chegando a 100% em 2017, em todos os ônibus do sistema de transporte público no município de São Paulo. Com a certificação da linha de motores MAN D08 para uso de diesel de cana puro é apresentada uma solução tecnicamente viável para o cumprimento dessa lei. Beneficiam-se também os clientes com objetivos estratégicos de redução de emissões de CO2.

VOLKSWAGEN

NOVA GERAÇÃO DE MOTORES 1.6 MSI, DA FAMÍLIA EA211 O motor EA211 1.6 MSI, de 120 cv com etanol, é um dos mais modernos fabricados pela Volkswagen no Brasil em São Carlos (SP). Conta com sistema de partida a frio, duplo circuito de arrefecimento e coletor de escape integrado. Possui bloco e cabeçote feitos de alumínio (com um ganho de cerca de 15 kg no peso), quatro válvulas por cilindro e duplo comando de válvulas, sendo o de admissão variável.

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INSUMOS

ARTECOLA QUÍMICA

ADESIVO ESTRUTURAL, MODERNA UNIÃO PARA A INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA Metal com metal, metal com plástico, metal com fibra de vidro, plástico com plástico e outras diferentes formas de união. É o fim de soldas, parafusos, clipes, rebites, resíduos, rebarbas, corrosão, desperdício. Tudo isso é possível com adesivos estruturais, adotados pela Artecola Química pela parceria com a AEC Polymers, do Grupo Arkema, da França, para o fornecimento exclusivo dos produtos em toda a América Latina.

FLEXTRONICS

Q-PRIME - TECNOLOGIA E FLEXIBILIDADE PARA A ELETRÔNICA AUTOMOTIVA Os circuitos/módulos eletrônicos utilizam o Printed Circuit Board, normalmente rígido. A Flextronics (Multek) oferece uma placa inovadora, flexível e com tecnologia de dissipação de calor diferenciada. Muito usada no segmente de iluminação LED, oferece cerca de 70% de redução de componentes, 40% de alívio no peso e 30% de diminuição no custo. Isso tudo pela substituição, em uma superfície curva, de vários PCBs interconectados por apenas um Q-Prime.

GESTAMP

NOVAS SOLUÇÕES PARA CARROCERIAS COM AÇOS DE ALTA RESISTÊNCIA A Gestamp construiu um plano de desenvolvimento de aços de alta resistência que passaram a ser especificados pelas montadoras e idealizou, em parceria com a SAE, o Primeiro Brasil CarBody, evento que contou com a participação de todas as montadoras instaladas no Brasil para apresentação das soluções em aços disponíveis localmente. O evento terá edição anual. Um plano de desenvolvimento nas autopeças e fabricantes de aço somado a um fórum para difundir os resultados destes desenvolvimentos às montadoras maximizou as especificações de aços de alta resistência.

USIMINAS

DESENVOLVIMENTO DO AÇO DUAL PHASE 1000 A Usiminas desenvolveu o aço DP1000, produto de alto valor agregado que só ela produz no Brasil. Com microestrutura ferrita/martensita tradicional, esse aço apresenta excelente desempenho na conformação de peças envolvendo estiramento. Mais recentemente, foi solicitado o desenvolvimento desse aço incorporando a propriedade de expansão de furos. Foram então lançados dois novos produtos: um com expansão de furo entre 20% e 50% e outro com expansão superior a 50%.

VOTORANTIM METAIS

USO DE ALUMÍNIO NA PRODUÇÃO DE SEMIRREBOQUE TIPO SILO Foi realizado o projeto e confecção de um semirreboque tipo silo para transporte de carga a granel, mais leve e com maior capacidade de carga, utilizando novas ligas de alumínio. Esse desenvolvimento em alumínio, inédito no Brasil, garantiu acréscimo de 6 m3 na capacidade volumétrica do tanque, com redução do peso total do implemento em 6,4 toneladas, possibilitando um acréscimo de 6 t no transporte de óxido de alumínio (34 t contra 28 t no implemento similar, em aço).

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PRÊMIO REI

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E SOFTWARE

CNH INDUSTRIAL

TELEMETRIA PARA MÁQUINAS DE CONSTRUÇÃO A telemetria foi desenvolvida para coletar e transmitir, para um servidor remoto, dados de máquinas de construção em operação. A tecnologia permite monitorar, rastrear, medir desempenho e eficiência, tempo de parada de máquina, realizar diagnóstico e registrar eletronicamente o histórico das máquinas da Case e New Holland, à distância. A telemetria pode ser aplicada em qualquer máquina agrícola e caminhão.

GOODYEAR

APLICATIVOS PARA O MERCADO DE PNEUS DE CAMINHÕES E ÔNIBUS Para ajudar o cliente na decisão de compra, a Goodyear lançou os primeiros aplicativos voltados para o mercado de pneus de caminhões e ônibus. Disponíveis para Android e iOS, os apps trazem informações e calculadoras para pneus comerciais. Primeira iniciativa do gênero, os aplicativos auxiliam os donos de frotas e usuários na escolha dos pneus de acordo com o tipo de utilização e perfil da frota, e na simulação online dos ganhos em quilometragem, carga transportada ou volume de passageiros, utilizando dados reais da frota.

NISSAN

NISSANCONNECT O New March foi o primeiro veículo produzido no País a oferecer conectividade com as principais redes sociais, como Facebook e Google, introduzindo no Brasil a plataforma global NissanConnect, que permite a conectividade de aplicativos de smartphones com o carro, funcionando com Android ou iOS. O pacote de serviço do NissanConnect é gratuito para os primeiros três anos. A plataforma é homologada pelo Denatran e não oferece riscos à segurança dos ocupantes, pois bloqueia o uso quando o veículo está em movimento.

TEKSID

INOVAÇÃO A SERVIÇO DA MEDICINA DO TRABALHO Para agilizar processos e integrar dados da área de saúde ocupacional com as áreas de departamento pessoal e engenharia de segurança, a área de TI da Teksid desenvolveu software específico e diferenciado para atender não apenas todos os processos da medicina do trabalho mas também os atendimentos de urgência, eletivos e aqueles relacionados aos programas de qualidade de vida. O software, que proporcionou o armazenamento de dados em base segura e de fácil acesso, foi planejado de forma a atender aos requisitos legais do E-social.

VIRTUALCAE

SOFTWARE PARA ANÁLISE DE REDUÇÃO DE MASSA DE COMPONENTES A VirtualCAE avançou em 2014 no desenvolvimento de software nacional empregado em análise de redução de massa de componentes automotivos. Como um dos objetivos, a empresa Virtual.PYXIS está sendo estabelecida na Alemanha (Hannover) e nos Estados Unidos (Chicago) para buscar oportunidades relacionadas a engenharia de software voltado para otimização estrutural. A empresa também irá fornecer serviços de engenharia de otimização topológica voltado para o setor automotivo.

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ARTIGO

| ALEXANDRE PICARELLI

ELETRÔNICA AUTOMOTIVA:

O PONTO DA VIRADA PARA O BRASIL? DADOS DA FROST & SULLIVAN INDICAM QUE O CONTEÚDO ELETRÔNICO NOS CARROS VEM CRESCENDO ANUALMENTE 15% NOS ÚLTIMOS SEIS ANOS E CHEGARÁ A US$ 2.500 EM 2020

O

que faz com que um produto, um serviço ou mesmo atitudes virem moda da noite para o dia? Que tipo de mudança faz, por exemplo, com que livros desconhecidos se transformem em best-sellers? Ou o que explica o aumento do consumo de cigarros entre os adolescentes, apesar da campanha antitabagista? Essas são perguntas que o livro “O ponto da virada”, de Malcoln Gladwell, tenta responder. Fazendo um paralelo com a indústria automobilística, o ponto da virada da eletrônica embarcada já aconteceu em diversos países. Mas será que podemos afirmar isso também para o Brasil? Pesquisas da Prime Research com jornalistas especializados em todo o mundo mostram que as maiores tendências do mercado automotivo são: eficiência energética; conectividade; materiais (leves); carros com novas fontes de energia; e design. Em regiões desenvolvidas, como a Europa, pode-se notar que essas tendências já são realidade. Certamente o ponto da virada ocorreu por lá há pelo menos 20 anos. Pressões governamentais exigiram itens de segurança nos carros europeus já na década de 90, como ABS (mais recentemente ESP) e airbag. Essas exigências provocaram nos consumidores engajados a busca por novas tecnologias de segurança, incluindo

câmera de ré, Adas (Advanced Driver Assistance System), sensores de fadiga e de pressão dos pneus, entre outros. Da mesma maneira ocorreu com produtos relacionados à eficiência energética e redução de emissão, entre eles direção elétrica (EPS), downsize de motores e motores turbo, injeção direta, módulos de controle da bomba de combustível, etc. Segundo dados da Frost & Sullivan, o conteúdo eletrônico em um carro vem crescendo anualmente 15% nos últimos seis anos e chegará a U$S 2.500 em 2020. Também mostram que em 2015 mais de 15 OEMs e 10 Tier-1 esperam implementar aplicações em V2X na Europa e que o lançamento de carros autônomos é esperado para daqui a cinco anos. Esses dados globais e da Europa mostram que o fator impulsionador principal é, na verdade, uma soma entre normas estabelecidas pelos governos e consumidores engajados em novas tecnologias de comunicação e no impacto ambiental de seus carros. Aparentemente, o impulsionador no Brasil é exatamente o mesmo. Observando o mercado brasileiro dez anos no passado, tecnologias hoje obrigatórias, como ABS e airbags, eram apenas vistas em carros importados. Atualmente, pode-se encontrar em carros nacionais diversos itens eletrônicos,

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MÓDULO de controle (ao lado) e sistema de conectividade (acima)

como sistemas de conectividade com Bluetooth e comando de voz, multimídias com display touchscreen, direção elétrica, sensores e câmeras de ré, entre outros. Estas tecnologias mais recentemente também estão incluídas em plataformas de entrada como o Ford KA, Fiat Novo Uno, Chevrolet Onix, Nissan March e VW Up!, mostrando assim o engajamento dos consumidores locais em novas tecnologias. A eletrônica automotiva é a grande tendência no Brasil e já faz parte de nossa realidade; sua integração na cadeia de suprimentos local está em desenvolvimento, ainda com grande potencial a ser explorado. Poucos são os fornecedores instalados no Brasil, como a Flextronics, com infraestrutura preparada para fabricar produtos de tendência como os já citados anteriormente. Com o Inovar Auto as expectativas de incentivos para o desenvolvimento desse segmento localmente são grandes e aos poucos seus efeitos estão sendo notados. Exigências governamentais em itens de segurança (airbag e ABS), somadas aos requisitos do Inovar-Auto, como etiquetagem veicular (EPS, downsize de motores, brushless, etc) e P&D local,

evoluem de acordo com a tendência da eletrônica. Ainda ficam pendentes outras ações do governo no que diz respeito ao incentivo para produção local, como para os novos produtos exigidos, nos quais ainda se encontram reduções de imposto de importação para ECUs e módulos eletrônicos com origem mexicana e até mesmo asiática. Existe ainda um grande potencial no que se refere a pesquisa e desenvolvimento local – até o momento não se vê uma aproximação entre este requisito e o parque tecnológico de P&D instalado no Brasil. São raras as pessoas e empresas que atuam na indústria automobilística brasileira que conhecem institutos de desenvolvimento, como o FIT (Flextronics Instituto de Tecnologia), capazes de desenvolver hardware e software localmente, fazendo uso das capacidades construídas nos anos 1990 e 2000 baseadas nos requisitos das Leis do Bem e informática. Está claro que o ponto da virada para a eletrônica automotiva já ocorreu e, usando a grande infraestrutura de manufatura e P&D existente, o Brasil tem tudo para tornar-se um polo global de produção e inovação tecnológica neste segmento. n

ALEXANDRE PICARELLI é business development senior manager da Flextronics Automotive

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RENAULT

DUSTER MAIS COMPETITIVO UTILITÁRIO CHEGA RENOVADO PARA CONTINUAR NA BRIGA PELO SEGMENTO DOS SUVS VICTOR FRANÇOIS

A

Renault tratou de defender seu espaço no nicho de mercado que mais cresce em volume de clientes e concorrentes no Brasil, o de SUVs, segmento que representou 10,3% das vendas totais de carros no País em 2014. Sem dar previsões de vendas nem arriscar uma projeção para o novo Duster, a francesa é bastante reticente quanto à retração geral de negócios em que chega o novo utilitário. “Com o mercado do jeito que está não há como passar uma previsão, mas a meta com o novo carro é manter o market share que a versão anterior teve em 2014”, afirma Bruno Hohmann, diretor de marketing da companhia. O Duster foi o segundo mais vendido no ano passado, com 36,2% de participação, e ficou atrás apenas do Ford EcoSport. Somente no último trimestre do ano passado o utilitário

da Renault ultrapassou o arquirrival. O modelo precisou ser submetido a uma renovação para continuar lutando no segmento que conta, além do EcoSport, com os recém-chegados Jeep Renegade, Honda HR-V e Peugeot 2008, todos fabricados no País. As novas armas do utilitário são melhor acabamento interno, diminuição dos ruídos na cabine e modernização das linhas exteriores e do conjunto óptico. A versão antiga emplacou 48,8 mil unidades no acumulado de 2014 e se manteve como o 18o carro mais vendido do ano, pouco abaixo do modelo da Ford. Já no acumulado do primeiro trimestre de 2015 o SUV da Renault caiu para a 23a posição e emplacou 7.883 unidades, nível inferior às 10.786 do mesmo período do ano anterior, quando era o 16o no ranking. Para alterar essa situação, Hoh-

mann reforça que a marca pretende sustentar o carro como o SUV nacional mais em conta. “Mantendo o Duster com preços atrativos perante os concorrentes cria-se um patamar superior dentro do segmento, onde a Renault ainda não atua”, indicou o executivo, deixando entender que a montadora pode trazer um novo utilitário para brigar com os concorrentes de preços mais altos. Os principais competidores custam a partir de R$ 66,2 mil (EcoSport) e chegam a R$ 116,8 mil (Renegade). A versão de entrada da antiga geração do Duster (R$ 59,6 mil, segundo tabela do Datafolha), não foi renovada pela marca. A nova versão mais em conta, que agora começa em R$ 62.990, é mil reais mais barata do que a opção antiga equivalente. A configuração topo de linha custa R$ 78.490. n

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No trânsito somos todos pedestres.

Sim, eu sei!

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