Revista Automotive Business - edição 33

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• FCA ABRE AS PORTAS DO POLO AUTOMOTIVO JEEP

• TECNOLOGIA: A BOSCH JÁ ACELERA CARRO DO FUTURO

• A REVOLUÇÃO DOS INSUMOS NA INDÚSTRIA AUTOMOTIVA

Automotive

JUNHO DE 2015 ANO 7 • NÚMERO 33

PRÊMIO REI

ELEGE OS MELHORES DE 2015

A FIAT CHRYSLER AUTOMOBILES, COMANDADA POR CLEDORVINO BELINI (AO CENTRO), É A EMPRESA DO ANO. PHILIPP SCHIEMER (À DIREITA), PRESIDENTE DA MERCEDES-BENZ DO BRASIL, É O PROFISSIONAL DE MONTADORA E WILSON BRICIO (À ESQUERDA), PRESIDENTE DA ZF AMÉRICA DO SUL, O PROFISSIONAL DE AUTOPEÇAS. CONHEÇA OS OUTROS DEZ VENCEDORES

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ÍNDICE

40

CAPA | PRÊMIO REI

FCA É A EMPRESA

DO ANO

A FIAT CHRYSLER AUTOMOBILES FOI A GRANDE VENCEDORA NA ELEIÇÃO DO PRÊMIO REI. PHILIPP SCHIEMER É O PROFISSIONAL DE MONTADORA E

LUIS PRADO

WILSON BRICIO O PROFISSIONAL DE AUTOPEÇAS.

Wilson Bricio

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Cledorvino Belini

Philipp Schiemer

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DIVULGAÇÃO

08 F ERNANDO CALMON ALTA RODA Eficiência energética 12 NO PORTAL 14 CARREIRA CARLOS SANTIAGO NA MERCEDES-BENZ Foco em gestão nas operações de caminhões

58 CADERNO DE MATERIAIS A REVOLUÇÃO DAS MATÉRIAS-PRIMAS 59 Instrumentos de teste 60 Plásticos 62 Aço 64 Alumínio 65 Vidro 66 Borracha 67 Pneus 68 Tintas 69 Fibras naturais 70 Impressão 3D

16 NEGÓCIOS 32 PREMIAÇÃO TOYOTA DESTACA 41 FORNECEDORES Os melhores foram Maxion Wheels e ZF 34 SUPRIMENTOS PSA RECONHECE MELHORES PARCEIROS Bosch ganhou o prêmio especial 36 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO O CARRO DO FUTURO E O BIG DATA Estratégias para avaliar avalanche de dados

CLELIO TOMAZ

37 POLO AUTOMOTIVO FCA ABRE AS PORTAS DA JEEP Unidade em Pernambuco recebeu R$ 7 bilhões

72 INSUMOS A QUÍMICA DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA Importados e nacionais disputam preferência 76 TRATAMENTO DE SUPERFÍCIES PROCESSO MAIS SAUDÁVEL Cromo hexavalente tem os dias contados 78 QUALIDADE ESFORÇO PARA MELHORAR Chery e Lifan lapidam sua imagem

51 FÓRUM DE RH

PROTEÇÃO DO EMPREGO EM PAUTA Setor automotivo quer flexibilização da jornada

DIVULGAÇÃO

80 DISTRIBUIÇÃO REDE ENCARA TRANSFORMAÇÃO Esforço nas áreas de usados e pós-venda

55 TECNOLOGIA BOSCH ACELERA CARRO DO FUTURO Aposta em conectividade, automação e eletrificação

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EDITORIAL

REVISTA

www.automotivebusiness.com.br

Paulo Ricardo Braga Editor paulobraga@automotivebusiness.com.br

OS REIS DE 2015 J

á são conhecidos os Reis de 2015, eleitos por um júri, leitores e participantes de fóruns promovidos por Automotive Business. Depois de uma maratona para avaliar os melhores cases, em primeira etapa, e da eleição, para escolha dos vencedores, a entrega de troféus foi realizada em São Paulo dia 10 de junho. A Fiat Chrysler Automobiles (FCA) ganhou destaque, como Empresa do Ano, juntamente com Philipp Schiemer, apontado como Profissional de Montadora, e Wilson Bricio, eleito Profissional de Autopeças. Os outros dez campeões do prêmio REI – Reconhecimento à Excelência e Inovação você vai conhecer nesta edição. Dedicamos espaço adicional à FCA em virtude de suas expressivas realizações, materializadas com a expansão na fábrica de Betim, MG, e implantação do polo automotivo em Goiana, PE. Nossos jornalistas fizeram a cobertura da inauguração das instalações em Pernambuco e, com muito fôlego, prepararam uma edição extra totalmente dedicada à fábrica da Jeep, revelando sua história, propósito, tecnologias, produtos, fornecedores, estratégias e uma maneira diferente de fazer a gestão de seus colaboradores. Com a nova fábrica brasileira ganhando reconhecimento como o projeto mais moderno do gênero no mundo, a Fiat Chrysler tem planos ousados para a marca Jeep e sai na frente com o Renagade, que nós testamos e aprovamos. Confira na edição extra. Junto desta revista e da publicação especial dedicada à fábrica da Jeep você recebe também edição especial comemorativa dos 20 anos de existência do IQA, o Instituto da Qualidade Automotiva, editada por Automotive Business. Além de revelar a história da entidade, a revista mostra os avanços do País na área da qualidade e o esforço para certificação de produtos e serviços. Você vai encontrar, ainda, no corpo desta revista, um caderno especial sobre a evolução dos insumos utilizados pela indústria automobilística, entre os quais o aço, alumínio, plásticos, borrachas, vidro, fibras naturais e tintas. Acrescentamos uma apresentação dos instrumentos utilizados para testes desses materiais e um artigo sobre impressão 3D, que vem conquistando espaço no setor. Como complemento, as reportagens sobre a química na indústria automobilística e tratamento de superfícies mostram as aplicações das matérias-primas apresentadas. Boa leitura e até a próxima edição.

Editada por Automotive Business, empresa associada à All Right! Comunicação Ltda. Tiragem de 12.000 exemplares, com distribuição direta a executivos de fabricantes de veículos, autopeças, distribuidores, entidades setoriais, governo, consultorias, empresas de engenharia, transporte e logística e setor acadêmico. Diretores Maria Theresa de Borthole Braga Paula Braga Prado Paulo Ricardo Braga Editor Responsável Paulo Ricardo Braga (Jornalista, MTPS 8858) Editora-Assistente Giovanna Riato Redação Mário Curcio, Pedro Kutney, Sueli Reis e Victor François Editor de Notícias do Portal Pedro Kutney Colaboradores desta edição Alexandre Akashi, Edileuza Soares, Fernando Neves e Luiz Fernando Dompieri Design gráfico Ricardo Alves de Souza Josy Angélica (RS Oficina de Arte) Fotografia Estúdio Luis Prado Publicidade Carina Costa, Greice Ribeiro, Monalisa Naves Atendimento ao leitor Patrícia Pedroso WebTV Marcos Ambroselli Comunicação e eventos Carolina Piovacari Impressão Margraf Distribuição Treelog

Administração, redação e publicidade Av. Iraí, 393, conjs. 51 a 53, Moema, 04082-001, São Paulo, SP, tel. 11 5095-8888 redacao@automotivebusiness.com.br Filiada ao

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ALTA RODA

LUIS PRADO

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

FERNANDO CALMON é jornalista especializado na indústria automobilística fernando@calmon.jor.br

Leia a coluna Alta Roda também no portal Automotive Business PATROCINADORAS

G

anho de eficiência energética, ou menor consumo de combustível, é o maior benefício ao consumidor com o programa governamental Inovar-Auto. É economia direta para o bolso do motorista, principalmente se os fabricantes de veículos forem atraídos pelos incentivos adicionais estabelecidos e ultrapassarem a meta – compulsória – de 12% de ganho em 2017 em relação ao consumo da média dos modelos vendidos por marca em 2011. As metas colocadas como desafio são consumir menos 15% e menos 19%, cada uma com prêmio de 1 ponto porcentual de IPI, revertido para as empresas, por só três anos. No melhor cenário se atingiria a média de consumo de gasolina atual na União Europeia, apesar dos métodos de medição e combustíveis diferentes que, na prática, dão vantagem ilusória aos carros de lá. Até o momento nenhum fabricante daqui se voluntariou, mas há forte movimentação e segredos estratégicos. No simpósio sobre eficiência energética, emissões e combustíveis, realizado no mês de maio em São Paulo pela Asso-

ciação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), viu-se que soluções são conhecidas, embora esbarrem em custos maiores. Como o País necessitará, nos próximos anos, de importação crescente de gasolina e diesel, contar com uma economia de até 28 bilhões de litros de gasolina entre 2014 e 2021 seria uma boa forma de manter em níveis baixos ou mesmo anular os gastos com combustíveis do exterior. Para Francisco Nigro, professor da USP e pesquisador do IPT, diferenciar metas do Inovar-Auto para etanol e valorizá-las adequadamente fazem todo o sentido para o desenvolvimento tecnológico do setor no País. Sugeriu IPVA menor para carros com motores flex de melhor consumo relativo de etanol (há proposta semelhante no âmbito federal que ainda não saiu do papel). Lembrou que motor turbo, injeção direta e câmbio CVT formam combinação bastante favorável ao etanol, sem prejuízo de eficiência e desempenho ao usar gasolina. Mário Massagardi, representando o Sindipeças, defendeu que os modelos mais eficientes em seus segmentos tenham

incentivo específico ao apresentar redução de consumo superior à média entre todos os modelos à venda. Ajudariam a estimular a introdução de tecnologias inovadoras e compensariam em parte seu maior preço. Até agora o governo federal optou por dar uma espécie de “prêmio” a recursos que melhoram o consumo na vida real, porém sem refletir nos ciclos cidade/estrada medidos nos laboratórios: sistema desliga-liga motor, indicadores de troca de marcha e de pressão dos pneus, além de controle da aerodinâmica da grade frontal. Ar-condicionado de maior eficiência ainda não foi contemplado, embora esse equipamento esteja em mais de 80% dos veículos leves novos. Discutiu-se ainda como veículos híbridos, plugáveis em tomada elétrica ou não, irão se enquadrar numa segunda fase do Inovar-Auto e também a convergência aprofundada dos programas de consumo e de emissões veiculares. Má notícia veio dos bastidores: governo deve adiar pela segunda vez, para 1o de janeiro de 2017, a aditivação obrigatória da gasolina, para motores mais limpos e eficientes. Assim não dá.

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FERNANDO CALMON

RODA VIVA

SUBSTITUTO do Linea em alguns países, o Aegea (nome provisório) modificado ainda é o candidato mais forte a quarto produto da “fábrica Jeep” em Goiana (PE). Sua plataforma, a mesma do Renegade, já gerou os sedãs Dodge Dart (EUA) e Fiat Viaggio (China). Dimensões maiores em relações aos compactos anabolizados (do City ao Logan) aumentam suas chances no mercado. TERCEIRA geração do Audi TT o deixou com ares mais modernos, sem macular as linhas inconfundíveis. Recebeu quadro de instrumentos totalmente eletrônico e programável, ficou 50 kg mais leve, ganhou 4 cm na distância entre eixos (sem melhorar exíguo espaço atrás) e aerofólio de elevação automática. Agora a potência é 11 cv maior: 230 cv. Preços: R$ 209.990 a 229.990. MERCEDES-BENZ aposta que sua linha AMG ainda tem como crescer no Brasil, apesar

dos preços proporcionais ao alto desempenho: sedã C 63 S por US$ 209.990 (dólar referenciado em R$ 2,60 pela desvalorização do euro). Empolga mesmo é o cupê biposto Mercedes-AMG GT S (US$ 329.900), um carro esporte autêntico com chassi próprio, V8 de 510 cv e mais do que perfeito em curvas. ESTE tem sido ano excepcional de lançamentos concentrados. Apenas coincidência, pois projetos sofrem atrasos em diferentes fases e são difíceis de recuperar. Informantes garantem início de produção do Golf nacional em julho próximo em São José dos Pinhais (PR) e da picape média da Fiat em Goiana (PE) em setembro. POUCO se sabe ainda sobre Ford GT. Supercarro esporte terá chassi de alumínio e compósito de fibra de carbono. Interior sem alavancas de limpador e setas. Motor V-6 biturbo de 3,5 litros e mais de 600 cv. Produção de 250 unidades/ano e preço superior a US$ 300 mil. Será feito em Ontario, Canadá, pela

Multimatic. Pronto só em 2016, ao se completarem 50 anos das três primeiras posições do GT 40 original nas 24 Horas de Le Mans. BMW 428i Grand Coupé reúne elegância ímpar de um sedãcupê de quatro portas ao tamanho racional e desempenho alto. Tudo na medida certa e com muito poucos a desafiálos no quesito preço-benefício. Janelas sem molduras metálicas conferem toque adicional de esportividade. Mas o teto baixo exige atenção a quem entra no banco traseiro. ADIAMENTO de decisões já não surpreende. Contran postergou por um ano as placas veiculares padronizadas do Mercosul para 1o de janeiro de 2017 e não de 2016. Discute-se controle de produção e distribuição. Ou seja, o básico. Então não se deveria marcar data apertada.

INDÚSTRIA de autopeças também tem sido obrigada a demissões: a cada emprego perdido numa fábrica de veículos, dois desaparecem nos fornecedores. Bosch, a maior do setor, conseguiu administrar a situação em 2014, quando o sistema ABS se tornou obrigatório. Em 2015 confia em alguma recuperação de exportações para América Latina e TERCEIRA GERAÇÃO DO AUDI TT: assim melhorar seus preços variam de R$ 209.990 a R$ 229.990 resultados. n DIVULGAÇÃO AUDI

EMBORA tenha diferenças em relação ao carro lançado na Índia, o compacto Kwid será produzido no Brasil, numa prova de pragmatismo da Renault: um produto puramente francês, como o Clio, não se enquadraria na faixa dos R$ 30.000 necessária para ser competitivo aqui. O hatch é mais curto que outros compactos, mas com bom espaço interno.

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PORTAL

| AUTOMOTIVE BUSINESS

AS NOVIDADES QUE VOCÊ ENCONTRA EM WWW.AUTOMOTIVEBUSINESS.COM.BR FROTA CIRCULANTE CHEGA A 41,5 MILHÕES A frota circulante brasileira cresceu 3,7%, atingindo 41,5 milhões de veículos. O número inclui os automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus que rodavam no País em 2014. O estudo foi divulgado pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). A idade média da frota, que era de oito anos e seis meses nos dois anos anteriores, subiu para oito anos e oito meses, o que indica menor entrada de veículos novos no mercado.

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA SERÁ PESADELO DA INDÚSTRIA Enquanto administra a severa redução do ritmo de vendas, o setor automotivo terá de focar em um segundo desafio: o Inovar-Auto. Apesar de o regime automotivo estar em vigo desde 2013, nem todas as montadoras estão com a estratégia definida para atender às exigências do programa, segundo Valter Pieracciani, sócio-diretor da Pieracciani Desenvolvimento de Empresas. “A eficiência energética será o grande pesadelo da indústria nos próximos 12 a 16 meses.”

BYD VAI INAUGURAR FÁBRICA NO BRASIL EM JULHO Está marcada para julho a inauguração da fábrica da BYD no Brasil, em Campinas (SP), que está em fase final de construção, já no processo de instalação de máquinas e equipamentos e de obtenção da licença de funcionamento. Com investimento inicial de R$ 150 milhões, a empresa de origem chinesa especialista em baterias e veículos híbridos e elétricos prevê a entrega dos primeiros ônibus elétricos nacionais ainda no segundo semestre.

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ENTREVISTA

NOTICIÁRIO

VERA GOBETTI, FRANK SOWADE, diretora de RH da da Volkswagen e Nissan, conta como da SAE Brasil, fala foi o desafio de sobre sua trajetória contratar mais de profissional e 1,5 mil pessoas para trabalhar aponta os desafios da carreira na fábrica de Resende (RJ) e da engenharia. EXCLUSIVO QUEM É QUEM A ferramenta exclusiva e gratuita traz os contatos de quem comanda o setor automotivo. automotivebusiness.com.br/ quemquem.aspx

BALANÇO SEMANAL dos acontecimentos mais importantes do setor automotivo

REDES SOCIAIS ESTATÍSTICAS Acompanhe a evolução das estatísticas das principais organizações do setor. automotivebusiness.com.br/ estatisticas.aspx

MOBILE WEBSITE Formato leve e adequado para quem acompanha as notícias pelo smartphone ou tablet. m.automotivebusiness.com.br

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CARREIRA

CARLOS SANTIAGO

FOCO EM GESTÃO NAS OPERAÇÕES DOS CAMINHÕES MERCEDES-BENZ SUELI REIS

O

novo diretor de produção de caminhões da empresa no Brasil conta os principais caminhos de sua gestão. AUTOMOTIVE BUSINESS – Quais são os novos desafios com a mudança de empresa e cargo? CARLOS SANTIAGO – O primeiro desafio é assumir o cargo de operações, totalmente focado em caminhões, nas fábricas de São Bernardo do Campo (SP) e Juiz de fora (MG). Isso permite ter uma gestão mais macro da produção, mas também possibilita observar

os detalhes. Coordenar duas plantas industriais requer diversas responsabilidades, como a própria gestão da manufatura, todo o sistema de qualidade do produto, custos industriais, manutenção, logística, manufatura, segurança, meio ambiente e, principalmente, gestão de pessoas. AB – Quais são os seus objetivos no cargo de diretor de produção na Mercedes-Benz do Brasil? CS – Além de gerir com eficiência e qualidade um sistema produtivo em sinergia com as duas fábricas, queremos aumentar a nossa competitividade e estar preparados para os lançamentos futuros. Isso significa colocar o investimento da

Mercedes-Benz em prática. Sem esquecer que todos esses planos serão atingidos com a tradicional integração e empenho de todos os nossos colaboradores. AB – Quais são as suas perspectivas a curto, médio e longo prazos para o setor automotivo no Brasil? CS – O mercado brasileiro tem potencial para a produção de veículos comerciais. Porém, precisa de novos estímulos econômicos que aumentem as vendas no País. Uma das iniciativas necessárias é um programa voltado para a renovação da frota de caminhões.n

EXECUTIVOS M ARTIN LUNDSTEDT (foto 1) deixa o cargo de presidente e CEO global da Scania, onde estava havia mais de 20 anos, para assumir a mesma função no Grupo Volvo a partir de outubro. JCB, fabricante de máquinas e equipamentos de construção, anuncia a contratação de JOSÉ LUIS GONÇALVES A (foto 2) para assumir o cargo de presidente da empresa no Brasil, no lugar de Carlos Hernández, que após nove anos foi transferido para a matriz, na Inglaterra. A LCIDES BRAGA (foto 3) foi reeleito presidente da Anfir, Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários. A nova diretoria comandará a entidade no triênio 2015-2018. J OSÉ CARLOS MACEDO (foto 4) assume a diretoria de vendas da Nissan do Brasil. O executivo deixou a GM após 24 anos e entrou no lugar de José Luiz Vendramini, agora diretor de suporte estratégico da marca japonesa no País. A MWM International tem agora CRISTIAN MALEVIC (foto 5) como diretor de engenharia de produto de motores no Brasil. O executivo está na empresa desde 1998. A NTONINO LABATE (foto 6) é o novo diretor geral da Ducati no Brasil, tradicional marca de motocicletas pertencente ao Grupo Audi. O executivo italiano deixa as marcas Fiat e Abarth após 11 anos.. PEDRO LUIZ DIAS (foto7), diretor de comunicação da GM, se aposenta após 14 anos no cargo e 37 dedicados à companhia, onde começou como estagiário. Em seu lugar assume o atual gerente de comunicação, Nelson Silveira.

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No trânsito somos todos pedestres.

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NEGÓCIOS

PONTO DE VISTA Desta vez existem menos ferramentas para resolver o problema. Em 2008 tínhamos moeda estável, juro baixo, redução de IPI e crédito abundante. Hoje não temos mais essas condições para ajudar. JAIME ARDILA, presidente da General Motors América do Sul, ao avaliar a atual contração do mercado brasileiro de veículos

RANKING DO SETOR AUTOMOTIVO

MAIORES ANUNCIANTES DE 2014

GM É A QUE MAIS GASTA POS. RANKING GERAL POSIÇÃO EMPRESA RANKING 2014* COM PUBLICIDADE 2014 2013 AUTOMOTIVO

A

2013*

VAR. %

GENERAL General Motors foi a 1fabricante de 13 veículos que14 mais investiu em publicidade 334.736 314.992 MOTORS no ano passado, com aporte de R$ 335 milhões em ações nos meios de VOLKSWAGENA informação 2 do Ibope 14 8 324.696 comunicação. Media foi publicada pela Meio & 376.203 Mensagem. FIAT 3 16 13 317.522 315.573 Além da GM, Volkswagen, Fiat, Renault e Hyundai Caoa aparecem, nesta ordem, RENAULT 4 26 geral das 12 empresas 218.812 166.146 entre as 30 primeiras colocadas no ranking do setor que mais HYUNDAIem CAOA 24 31 213.854 325.623 aplicaram marketing.5 FORD 6 31 27 201.488 193.109 PSA PEUGEOT 7 63 34 87.347 157.125 CITROËN NISSAN 8 68 51 83.152 104.410 HONDA 9 77 67 70.856 73.236 AUTOMÓVEIS TOYOTA 10 80 47 66.828 113.322 MITSUBISHI 11 82 80 61.529 85.427 HONDA MOTO 12 92 82 54.966 55.585 KIA 13 99 132 47.745 27.371 CAOA 14 111 96 40.690 43.562 YAMAHA 15 174 # 22.089 # MAN LATIN 16 184 156 20.939 22.669 AMERICA AUDI 17 202 # 18.205 # BMW 18 217 # 16.450 # JAGUAR 19 243 # 14.072 # LAND ROVER 20 244 # 14.045 # VOLVO CHERY 21 276 233 12.408 15.009 SUZUKI 22 284 # 12.021 #

Fonte: Ibope Media e Meio & Mensagem

6 -14 1 31 -34 4 -44 -20 -3 -41 5 -1 74 -7 # -8 # # # # -17 #

MONTADORAS

GM É A QUE MAIS GASTA COM PUBLICIDADE

A

General Motors foi a fabricante de veículos que mais investiu em publicidade no ano passado, com aporte de R$ 335 milhões em ações nos meios de comunicação. A informação do Ibope Media foi publicada pela Meio & Mensagem. Além da GM, Volkswagen, Fiat, Renault e Hyundai Caoa aparecem, nesta ordem, entre as 30 primeiras colocadas no ranking geral das empresas do setor que mais aplicaram em publicidade.

*Em R$ 000

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NEGÓCIOS

AFTERMARKET

CAOA APLICA R$ 25 MILHÕES EM CENTRO DE SERVIÇOS pós-venda do Grupo Caoa ganhou reforço com a inauguração do Hyundai Premium Services no bairro de Moema, na cidade de São Paulo. O centro de serviços recebeu investimento de R$ 25 milhões e vai acrescentar potencial para que sejam atendidos 3 mil clientes por mês, aumento de 10% a 15% da capacidade da empresa na capital paulista. O espaço conta com 80 funcionários e vai receber apenas veículos da marca Hyundai, tanto os importados quanto os fabricados no Brasil em Anápolis (GO) e em Piracicaba (SP). “Queremos ser referência no atendimento e satisfação dos clientes”, determina Rogério Gonzaga, diretor de pós-venda do Grupo Caoa. Além do aporte feito no Hyundai Premium

PANDALUX

O

ASSISTA À ENTREVISTA COM ROGÉRIO GONZAGA, DIRETOR DE PÓSVENDA DO GRUPO CAOA

Services, a Caoa aplica R$ 30 milhões na abertura de novas concessionárias – em Santos (SP), Natal (RN) e São Caetano do Sul (SP) – e na melhoria dos

processos. O montante dará conta da implementação do sistema SAP, que vai integrar todas as áreas da empresa e aprimorar a gestão. (Giovanna Riato)

AFTERMARKET

PEDRO BICUDO

FORD KA VIRA FIGO NA ÁFRICA DO SUL

O

compacto Ka, carro global cujo desenvolvimento a Ford aponta ter sido liderado pelo time brasileiro de engenharia, será lançado na África do Sul no fim deste ano. Como na Índia, o veículo vai receber o nome Figo, mas a oferta de carrocerias será como a do Brasil, com versões hatch e sedã. Motores a gasolina e a diesel estarão disponíveis, assim como câmbio manual ou automático. Os sulafricanos comprarão os carros fabricados na Índia. Eles vão substituir uma geração do modelo baseada no Fiesta RoCam.

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NEGÓCIOS

CAMPEÃO EM EFICIÊNCIA

VOLKSWAGEN JÁ VENDEU TODOS OS XL1

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DIVULGAÇÃO / VOLKSWAGEN

visual excêntrico do XL1, capaz de rodar 100 quilômetros com apenas 1 litro de diesel, não impediu que o modelo tivesse sucesso no mercado. Limitada a 200 unidades, toda a produção do carro já foi vendida na Europa. Os interessados pagaram salgados t 101 mil para ter uma unidade na garagem, preço simbólico, já que o projeto especial não trará lucro à Volkswagen. O carro é equipado com um motor a diesel de dois cilindros e um elétrico, conjunto que oferece 75 cv. O design priorizou o coeficiente aerodinâmico, que chegou a 0,19. Há uso expressivo de fibra de carbono para garantir o baixo peso, de 795 kg. (Giovanna Riato)

18 ANOS

HONDA SUMARÉ EM ALTA PRODUTIVIDADE

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trabalho em dois turnos, a unidade no interior paulista conseguiu aumentar a produção diária de 540 para 652 carros, a fim de dar conta do sucesso de mercado dos quatro modelos fabricados (Fit, City, Civic e HR-V). Nada mau para quem nasceu, em outubro de 1997, fazendo 20 sedãs Civic por dia. A procura pelos carros da marca está em alta, mas só a partir do início

de 2016 a fábrica de Sumaré poderá ser desafogada com a inauguração da planta de Itirapina (SP), a 100 km dali, e a transferência da produção do Fit para lá. O HR-V, lançado em março passado, gerou filas de espera que chegam a três meses, dependendo da versão. Por isso o modelo ocupa cerca de um terço da produção em Sumaré, com 240 unidades/dia. (Pedro Kutney)

DIVULGAÇÃO / HONDA SUMARÉ

fábrica da Honda em Sumaré chega perto de fazer 18 anos de idade no topo da produtividade. A planta trabalha acima de sua capacidade máxima instalada de 120 mil unidades/ano – em 2015 a conta deve ficar próxima de 150 mil veículos. Graças a investimentos de cerca de R$ 100 milhões nos últimos três anos, além de quase 3,5 horas extras de

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NEGÓCIOS

HYUNDAI APRESENTA HB20S IMPRESS

A

WAGNER MENEZES/WM PHOTO STUDIO

Hyundai criou a série especial Impress para o HB20S. Limitada em 3 mil unidades, a versão traz motor 1.6 flex e tem opções manual e automática, com preços sugeridos entre R$ 53.665 e R$ 57.225. O sedã vem com ar-condicionado, direção hidráulica, travamento central e vidros com acionamento elétrico nas quatro portas. Volante com regulagem de altura e profundidade, retrovisores elétricos com repetidor de seta, sensor de estacionamento, chave canivete com abertura e fechamento automático dos vidros e sensor crepuscular (para acionamento automático dos faróis) também fazem parte da lista de equipamentos de série.

DIVULGAÇÃO / GM

SÉRIE ESPECIAL

CESVI

CRUZE E SENTRA SÃO OS MELHORES CONTRA ROUBOS

O

s modelos Chevrolet Cruze, versão LTZ 1.8 flex automática, e Nissan Sentra 2.0, nas três configurações (S, SV e SL), todas automáticas, foram os mais seguros no Índice de Furto, classificação criada pelo Cesvi, Centro de Experimentação e Segurança Viária, que ranqueia os modelos de acordo com a oferta e qualidade dos dispositivos de segurança contra roubo. Embora nenhum modelo verificado pelo órgão tenha alcançado a nota máxima, os carros citados obtiveram índice de 4,5 em escala de 1 a 5 estrelas. O estudo considera os equipamentos como chaves codificadas, imobilizadores, localização da bateria, trava de coluna de direção, alarme e vidros laterais laminados.

MERCADO

QUEDA JÁ PASSA DE 20%

A

contração do mercado brasileiro de veículos se aprofunda a cada mês. Dados do Renavam divulgados pela Fenabrave, entidade dos distribuidores do setor, mostram que os emplacamentos sofreram queda de 20,9% entre janeiro e maio de 2015 na comparação com igual intervalo do ano passado. Foram vendidas no Brasil 1,1 milhão de unidades, entre leves e pesados. Com isso, a queda começa a ser maior do que a expectativa da organização de que as vendas vão encolher 18,9% em 2015, para 2,83 milhões de veículos.

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NEGÓCIOS

AUTOPEÇAS

A

DIVULGAÇÃO / ITAIPU BINACIONAL

queda na produção automotiva no acumulado do ano não foi suficiente para evitar déficit de US$ 2,41 na balança comercial de autopeças na soma dos meses de janeiro a abril. No entanto, esse total é 30,4% menor que o registrado em igual período de 2014. Os números foram divulgados pelo Sindipeças, entidade que representa os fabricantes da indústria de componentes.

ELÉTRICOS

BRASIL TERÁ FÁBRICA DE BATERIAS DE ÍONS DE LÍTIO

A

Itaipu Binacional e a Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI) assinaram acordo com a Mira, empresa inglesa focada em serviços de engenharia, para o desenvolvimento e fabricação no Brasil de bateria de lítio para veículos elétricos e motores de energia estacionária. A parceria projeta ainda a criação de um centro de pesquisa e desenvolvimento sobre armazenamento de energia no País. As empresas não revelaram o valor do investimento previsto para o projeto. A bateria de lítio terá arquitetura modular, o que significa que poderá ser utilizada em diversos meios de transporte, desde motocicletas e veículos leves até caminhões e ônibus, além de permitir o armazenamento de energias limpas, como a eólica e a solar.

ESPORTIVO

AUDI TRAZ TERCEIRA GERAÇÃO DO TT

A

s concessionárias Audi começaram a vender a terceira geração do TT, lançado na Europa no fim de 2014. Equipado com motor 2.0 que oferece 230 cv, o modelo segue a tradição de inovação com sofisticação tecnológica. É um foguetinho que responde rápido a qualquer leve toque do acelerador. O torque máximo de 370 Nm é alcançado a apenas 1.600 rpm – na prática, é um legítimo cola-no-banco. Por questão de segurança a velocidade máxima é limitada eletronicamente a 250 km/h. O powertrain é completado pelo câmbio S-Tronic, automático de dupla embreagem, com seis velocidades e possibilidade de trocas manuais nas aletas atrás do volante. A Audi espera vender este ano no Brasil apenas cerca de 500 unidades do modelo icônico. O pequeno e endiabrado cupê 2+2 da Audi chega em duas versões e preços de R$ 209.990 ou R$ 229.990. Entre as várias inovações do carro está o cockpit virtual. Nele, velocímetro, conta-giros, computador de bordo, mapa de navegação, controles do rádio e sistema de som ficam todos dentro da tela configurável de acordo com o gosto do motorista – que pode, por exemplo, reduzir o tamanho dos marcadores de velocidade e rotação do motor para aumentar a navegação. (Pedro Kutney) DIVULGAÇÃO / AUDI

ALÍVIO NO SALDO COMERCIAL NEGATIVO

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NEGÓCIOS

ARGENTINA

FORD FAZ APORTE DE US$ 220 MILHÕES

A

Ford confirmou novo plano de investimento de US$ 220 milhões para o biênio 2015-2016 em sua fábrica de General Pacheco, na região metropolitana de Buenos Aires, Argentina. A unidade monta os modelos Ranger e Focus. Do total anunciado, pouco mais da metade será aplicada no desenvolvimento e renovação de peças, para a localização de 290 itens, a partir da aquisição de ferramentais, enquanto outros 50% contemplarão novos processos de manufatura e engenharia, com a renovação da estamparia e modernização da área de pintura.

FIAT COMEÇA A APRESENTAR LINHA 2016

O

DIVULGAÇÃO FIAT / ADEILDO SILVA

s comerciais leves Fiat já chegam à rede em suas versões 2016. Os utilitários urbanos Uno Furgão 1.0 e Fiorino 1.4 chegam com preços a partir de R$ 35.580 e R$ 46.580, respectivamente. O Fiorino utiliza motor flex de 88 cavalos e tem compartimento traseiro com volume total de 3,1 mil litros e capacidade de carga de 650 quilos. O Uno Furgão 1.0 também é flex, tem até 75 cavalos, compartimento para mil litros e capacidade máxima de 400 kg de carga. A companhia também começa a vender a linha 2016 da Strada, líder de vendas do segmento há 14 anos, entre R$ 40.980 e R$ 65.870. O modelo é oferecido em seis versões, com destaque para as configurações com cabine estendida e cabine dupla, que ganharam ampliação do pacote de equipamentos. As versões incluem itens como retrovisores elétricos, sensor de estacionamento, volante em couro com comando de áudio, rádio com entrada USB e capota marítima.

INOVAR-AUTO

MONTADORAS RENOVAM COMPROMISSOS DIVULGAÇÃO

LANÇAMENTO

O

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) concedeu a renovação da habilitação no Inovar-Auto para 25 empresas, entre fabricantes, investidoras e importadoras de veículos. A nova inscrição no programa tem validade até 31 de maio de 2016. De acordo com as regras do regime automotivo, as empresas devem solicitar anualmente a renovação de suas habilitações. Dessa forma, ficam isentas do adicional de 30 pontos porcentuais no IPI dos carros vendidos no Brasil e são mantidos os compromissos de investimentos em pesquisa, desenvolvimento, engenharia, realização de etapas fabris e cumprimento de metas de eficiência energética previstas pelo regime automotivo.

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MARCA

TOYOTA É A MONTADORA MAIS VALIOSA

O

ranking BrandZ Top 100, da WPP e Millward Brown, destacou a Toyota como marca automotiva mais valiosa do mundo. O levantamento apresenta as cem empresas com maior valor de mercado com base em pesquisa e análise do desempenho financeiro e dos negócios de cada marca. Apesar de ser a primeira entre as montadoras, a companhia ocupa a 30ª colocação no ranking geral, que é liderado principalmente por empresas de tecnologia. Entre as automotivas, aparecem atrás da fabricante japonesa BMW, Mercedes-Benz, Honda, Nissan e Ford.

RANKING DO SETOR AUTOMOTIVO VALOR DA MARCA 2015

VAR. %

Toyota

28.913

-2

BMW Mercedes-Benz Honda Ford Nissan

26.349 21.786 13.332 13.106 11.411

2 1 -15 11 -17

POSIÇÃO GERAL NO RANKING 100

EMPRESA

30 34 43 78 80 93

(EM MILHÕES US$)

Fonte: WPP e Millward Brown

DIVULGAÇÃO / CHERY

SÃO BERNARDO

MERCEDES-BENZ FAZ PDV PARA DEMITIR 500

A CHERY ANUNCIA MAIS US$ 300 MILHÕES EM JACAREÍ

A

Chery anuncia investimento de US$ 300 milhões a ser feito por 25 empresas que formarão o futuro parque de fornecedores automotivos em Jacareí (SP). Projetado para ser construído ao redor da fábrica de automóveis da marca chinesa, o polo ficará em área de 4 milhões de metros quadrados para abrigar fabricantes de autopeças e prestadores de serviços, com estimativa de gerar 5 mil postos de trabalho. Com o novo aporte, o investimento total na região soma US$ 700 milhões, incluindo os US$ 400 milhões aplicados na fábrica de automóveis (Mário Curcio e Sueli Reis)

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DIVULGAÇÃO / MERCEDES-BENZ

FORNECEDORES

Mercedes-Benz enxugou o quadro de funcionários da planta de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. A empresa reabriu programa de demissão voluntária na unidade para cortar 500 vagas de trabalhadores que estavam em layoff na planta havia um ano. A iniciativa fez parte de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para beneficiar os funcionários, que receberão R$ 55 mil além dos direitos trabalhistas. Como medida adicional para adequar a produção à demanda, na primeira metade de junho a montadora começou período de férias coletivas para toda a produção na unidade, envolvendo 7 mil funcionários. Além de um grupo de 215 trabalhadores que permanece em layoff até setembro e dos 500 demitidos, a Mercedes-Benz afirma ter hoje um excedente de 1.750 funcionários.

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APELO ESPORTIVO

RENAULT FARÁ SANDERO RS NO BRASIL

A

pós divulgar na internet uma série de teasers do Sandero RS camuflado, a Renault confirmou que o modelo será fabricado na América Latina para atender os amantes de carros esportivos na região. O veículo foi projetado pela matriz na França, com auxílio das equipes do Brasil, que sedia o Renault Design América Latina, e da Argentina. Apesar de a montadora ainda não confirmar, o veículo será feito na planta de São José dos Pinhais (PR). Usando o Sandero comum como base, o novo modelo sofrerá modificações no motor, chassi, suspensão, direção e design, tudo para fazer jus à gama Renault Sport. O propulsor será o 2.0 de até 148 cavalos. (Victor François)

FOTO: DIVULGAÇÃO / RENAULT

NEGÓCIOS

ACORDO

DIVULGAÇÃO / VOLVO

VOLVO CHEGA A ENTENDIMENTO COM TRABALHADORES

D

epois de 23 dias de greve na fábrica de caminhões e chassis de ônibus de Curitiba (PR), a Volvo chegou a um acordo com os trabalhadores da unidade. A montadora subiu de R$ 5 mil para R$ 8 mil o valor da antecipação da primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), cujo valor de referência foi confirmado em R$ 30 mil em caso de produção equivalente à registrada em 2014 e quantia proporcionalmente menor caso o volume não se repita. O entendimento colocou fim à paralisação, que começou no início de maio, após a Volvo decidir encerrar o segundo turno de produção como reflexo da queda nas vendas. Durante a greve os metalúrgicos conseguiram que a montadora iniciasse um layoff (suspensão temporária dos contratos de trabalho) para os 600 trabalhadores desse período e um Programa de Demissão Voluntária (PDV). (Mário Curcio)

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DIVULGAÇÃO / SCANIA

ÔNIBUS

SCANIA QUER NACIONALIZAR BIARTICULADO E MODELO A GÁS

A

Scania pretende inflar sua participação nas vendas de ônibus urbanos. O primeiro reflexo da orientação global no Brasil será o lançamento de um chassi biarticulado, programado para julho deste ano. O modelo deve abrir as portas para que a companhia entre em mercados fora de São Paulo, como Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ) e Curitiba (PR). A empresa também trabalha em outra frente para

incrementar a presença no segmento: no fortalecimento do relacionamento com autoridades responsáveis pelos sistemas de transporte. Dessa forma a empresa fica próxima dos tomadores de decisões para apresentar soluções, dar sugestões para o transporte público e, claro, participar das licitações. Outra novidade, mas essa um pouco mais distante, é o interesse em fabricar no Brasil ônibus com

motor a gás que pode ser abastecido também com biometano. A empresa já negocia com a matriz sueca o projeto, que por enquanto não tem investimento definido. “Devemos primeiro importar o motor e montar o chassi aqui. A ideia é que, em uma segunda etapa, o motor também seja nacionalizado”, explica Silvio Munhoz, diretor de vendas de ônibus da companhia para o Brasil. (Giovanna Riato)

FUSÃO

ZF CONCLUI COMPRA DA TRW

A

ZF encerrou o processo de aquisição da TRW Automotive, que foi incorporada como uma divisão denominada Tecnologia de Segurança. O acordo entre as duas companhias prevê que cada ação seja adquirida por US$ 105,60. O processo de integração deve levar de três a cinco anos e contempla o desenvolvimento de novos produtos, gestão de materiais, vendas e pós-venda. Somados, os faturamentos das empresas chegam a t 30 bilhões, com mais de 130 mil funcionários, o que faz da nova organização um dos maiores conglomerados automotivos do mundo.

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NEGÓCIOS

AUTOMÓVEIS CHRISTIAN CASTANHO FOTOGRAFIA

VENDAS DA MERCEDES-BENZ CRESCEM MAIS DE 35%

A

REDE

AUDI ABRE CENTRO DE TREINAMENTO EM SP

A

Audi tem agora um Centro de Treinamento e Competência Tecnológica (CT) na zona sul da cidade de São Paulo. A empresa já investiu R$ 6 milhões na nova estrutura, aporte que chegará a R$ 10 milhões até o fim de 2016. O prédio tem mais de 4,2 mil metros quadrados. O novo CT dá um salto de 900 para 1,8 mil funcionários capacitados por ano. O setor antigo ficava dentro do centro de distribuição de peças de Jundiaí, que com a transferência do CT para São Paulo teve a capacidade de estocagem ampliada em 15%. “Precisávamos ampliar nossa área de treinamento porque queremos vender 30 mil unidades por ano até 2020 e para isso vamos triplicar o número de concessionárias”, afirma o presidente da Audi do Brasil, Jörg Hofmann. Na nova estrutura ocorrerão os treinamentos de vendas e pós-vendas para os funcionários da rede, que no ano passado somavam ASSISTA À 560 colaboradores e chegarão a 765 até o MATÉRIA SOBRE O CT DA AUDI fim de 2016. (Mário Curcio)

SÉRIE ESPECIAL

VOLKSWAGEN LANÇA LINHA ROCK IN RIO

A

Volkswagen aumentou a oferta de modelos da linha especial Rock in Rio, comemorativa de 30 anos do evento. Agora, além do Novo Fox e do Gol, a gama inclui a Saveiro cabine dupla. Os veículos ganharam extensa lista de equipamentos de série. Para diferenciar o visual, os modelos receberam faixas adesivas na lateral com as silhuetas de instrumentos musicais em alusão ao festival carioca.

C

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FOTO: MARCELO SPATAFORA

DIVULGAÇÃO / MERCEDES-BENZ

Mercedes-Benz comemora a venda de 5,7 mil automóveis nos cinco primeiros meses de 2015, registrando alta de 35,3% sobre o mesmo período do ano passado. Em maio foram 1.477 carros emplacados, 50,4% acima do registrado em igual mês de 2014. O resultado se deve principalmente aos bons números do Classe C e do GLA, que serão montados no Brasil em 2016. A empresa acredita que passará do terceiro para o primeiro lugar entre as marcas de luxo em 2016. “Há pouco tempo não tínhamos um utilitário esportivo pequeno para concorrer com o BMW X1 e o Audi Q3”, disse o então diretor-geral de automóveis, Dimitris Psillakis, referindo-se ao GLA. “Até o fim deste ano ele terá volume de venda semelhante ao do Classe C”, estima o executivo, que no segundo semestre será o presidente e CEO da Mercedes na Coreia do Sul. A aposta de Psillakis no crescimento vem também da ampliação do número de revendas, que de 2012 para cá saltou de 34 para 47 e no fim deste ano passará de 55. (Mário Curcio)

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PREMIAÇÃO

TOYOTA DESTACA 41 FORNECEDORES NO BRASIL MAXION WHEELS E ZF TIVERAM O MELHOR DESEMPENHO EM 2014

ENTREGA O prêmio de Excelência em Entrega foi conferido aos fornecedores que entregaram todas as peças no prazo (dia e hora marcados) sem nenhuma divergência do que havia sido encomendado. O Certificado é concedido a quem entregou com pequenas divergências em relação ao que foi solicitado. E XCELÊNCIA: Cestari e Fundição Regali. C ERTIFICADO: Jedal, Olsa e Panasonic.

QUALIDADE O selo de Excelência em Qualidade na categoria é conferido ao fornecedor que não registrou defeitos nas peças entregues e nenhuma reclamação grave. Já a classificação Certificado é dada para as empresas que registraram o índice máximo de 15 PPM (partes por milhão), apenas 15 componentes com defeito a cada lote de 1 milhão. E XCELÊNCIA: Casco, Cobra STEVE ST. ANGELO, chairman da Toyota do Brasil e CEO para América Latina e Caribe; ROBSON OLIVEIRA, gerente de manufatura da ZF do Brasil; TOSHIO TOKUNAGA, gerente técnico kaizen da ZF do Brasil; e DONALD POLK, presidente da Maxion Wheels para as Américas

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Metais, Elring Klinger, GKN Brasil, NSK, Sanko, Schaeffler, SNR e TRW. C ERTIFICADO: 3M, Aisin, Allevard, Autoliv, Basf, Bosal, Budai, Delga, Fagor, Fundição Regali, Jedal, Kautex, Mueller, Nitto Denko, Rassini NHK, Schrader, Sumidenso, Thyssenkrupp, Trelleborg e Tyco.

Américas. A Maxion Wheels produz rodas de aço e de alumínio nas unidades de Santo André, SP, e Limeira, SP. Wilson Sapatel, diretor da Unidade de Negócios Componentes de Chassis da ZF, que foi premiada, justificou o título por meio dos processos de melhoria contínua adotados do princípio ao fim da cadeia de agregação de valor. “Ser reconhecido pela excelência traz muita satisfação e, acima de tudo, motivação para seguir com o desenvolvimento das melhores práticas e soluções para o futuro da mobilidade”, ponderou.

DIVULGAÇÃO / TOYOTA

A

Toyota realizou em 30 de maio a sua 13ª Suppliers Conference no País e premiou os 41 melhores fornecedores no Brasil, nas categorias Qualidade, Entrega e Custos, pelos serviços prestados em 2014. Cada categoria é dividida em dois níveis: Excelência, para as empresas que excederam as metas propostas, e Certificado, para aquelas que atingiram os objetivos. Os dois melhores fornecedores do ano foram a fabricante de rodas Maxion Wheels e a de transmissões, eixos e embreagens ZF do Brasil, que empataram com o melhor desempenho no conjunto das três categorias do prêmio (qualidade, entrega e custo). “A Maxion Wheels se orgulha em ser reconhecida, pelo segundo ano consecutivo, como Best Supplier para a Toyota no Brasil. Este reconhecimento é resultado do trabalho de nossas equipes, que estão sempre focadas na busca da excelência de nossos produtos” disse Donald Polk, presidente da companhia para as

CUSTOS Prêmio dado às empresas que apresentaram ideias de redução de custos. Aquelas que conseguiram exceder em mais de 2% as expectativas da Toyota e tiveram as sugestões implementadas receberam o selo de Excelência. A classificação Certificado foi concedida às que também superaram em mais de 2% as metas, mas ainda não tiveram suas ideias implementadas. E XCELÊNCIA: Faurecia, JCI e Usiminas. C ERTIFICADO: Cooper-Standard e Takata.

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SUPRIMENTOS

PSA RECONHECE OS MELHORES FORNECEDORES 21 EMPRESAS FORAM DESTACADAS EM SEIS CATEGORIAS

DIVULGAÇÃO / PSA

“A

integração local é um dos nossos principais objetivos na região, dentro do plano Back in the Race, e os nossos fornecedores são fundamentais para a conquista desse objetivo. Reconhecemos hoje o seu desempenho durante o ano de 2014, garantindo o desenvolvimento de produtos com um alto nível de qualidade, inovação, competitividade e custos.” Assim, o diretor de compras da PSA Peugeot Citroën, German Mairano, abriu a cerimônia do Prêmio Fornecedores do Ano na América Latina, em 2 de junho, realizada na sede da companhia em São Paulo. Foram contempladas 21 empresas em seis categorias, de acordo com os mesmos critérios globais do grupo, e houve um prêmio especial do júri. Com uma injeção de ânimo, anunciando investimento de t 70 milhões para elevar o índice de localização de peças na região, o diretor global de compras do grupo, Yannick Bézard, deu as boas-vindas aos representantes dos principais fornecedores da

Peugeot e Citroën, que abastecem suas fábricas no Brasil e na Argentina. Ele reforçou a importância das empresas parceiras que “se distinguiram por seus excelentes resultados em 2014 e superaram as expectativas, apesar do momento difícil do setor nestes dois mercados”, destacou. A novidade do prêmio neste ano foi a categoria Melhores Plantas, que utilizou critérios de qualidade, logística e competitividade. O prêmio especial de reconhecimento do júri indicou a

Bosch como grande vencedora por sua excelência global em domínios como inovação, redução de custos e integração local. “Temos uma rica parceria com a PSA Peugeot Citroën, que sempre demonstrou acreditar em nossas tecnologias, como o flex fuel e o flex start. O grupo acreditou nessas apostas e é o que nos faz hoje ter essa parceria com produtos e inovações”, declarou Besaliel Botelho, presidente da Bosch para a América Latina. (Sueli Reis)

MELHORES FORNECEDORES H QUALIDADE

Maxion Wheels e Mahle HE CONOMIA DE CUSTOS

HP ERFORMANCE EM SERVIÇOS E

EQUIPAMENTO INDUSTRIAL Havas Argentina e Brasil e Verzani & Sandrini Brasil

Treves Brasil HP ERFORMANCE DE ENTREGA H L OGÍSTICA

Dura Brasil e Faurecia Escapamentos Argentina

PÓS-VENDA Sogefi Argentina e Brasil HM ELHORES PLANTAS

Brasil: Fastplas (Caçapava); Mann

Hummel (Indaiatuba); Mubea (Taubaté); Nemak (Betim); Plastic Omnium (Porto Real), Simoldes (Caçapava); Treves (Caçapava) e Valeo (Campinas). Argentina: Faurecia Bancos (Escobar). Uruguai: Yazaki (Las Piedras) HP RÊMIO ESPECIAL DO JÚRI

Bosch

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

CARRO DO FUTURO DESPERTA FORD PARA

BIG DATA

SÃO CRUCIAIS AS ESTRATÉGIAS PARA ANALISAR A AVALANCHE DE DADOS QUE VIRÁ COM OS VEÍCULOS CONECTADOS EDILEUZA SOARES DIVULGAÇÃO / FORD

O

carro autônomo, projetado para chegar às ruas por volta de 2020, com uma infinidade de sensores, vai gerar nada menos do que 25 Gigabytes (GB) de dados por hora. Gerenciar essa avalanche de informações com inteligência para trazer vantagem competitiva nos negócios é o quebra-cabeça que executivos da Ford tentam montar com ajuda de cientistas do seu Centro de Pesquisa e Inovação, recém-instalado no Vale do Silício, nos Estados Unidos. Alinhar estratégias para domar o fenômeno do big data não é uma preocupação à toa. Ao considerar que o volume anual de produção da fabricante é de cerca de 6 milhões de veículos, os cálculos indicam que a montadora terá a cada 60 minutos um oceano de 150 milhões de GB de dados, que poderão ser trabalhados de maneira altamente estratégica pelas montadoras. Os desafios que a indústria automotiva enfrenta com o big data foram um dos temas abordados por Ken Washington, chefe dos laboratórios da Ford no Vale do Silício, durante o Seminário Ford de Tecnologia e Conectividade, realizado em

KEN WASHINGTON, chefe dos laboratórios da Ford no Vale do Silício

São Paulo em 13 de maio, quando foi apresentada a nova geração do Focus, que vem com quatro tecnologias possíveis de geração de dados: a plataforma de conectividade Sync com AppLink, que permite acesso a aplicativos de smartphones por comandos de voz; sistema que faz chamada para serviço de emergência em caso de acidente; estacionamento automático; e assistente de frenagem para detectar a possibilidade de uma colisão e redu-

zir a velocidade, acionando os freios do veículo. Os planos da Ford se baseiam em quatro megatendências globais para as próximas duas décadas – o avanço da população urbana, o crescimento da classe média, a sustentabilidade ambiental e as mudanças de hábitos e prioridades dos consumidores. “Em 2030, a infraestrutura das ruas não vai suportar a quantidade de carros nas megacidades. Haverá mudanças na forma de locomoção das pessoas, que se apoiarão mais em tecnologias”, prevê Washington. Ele visualiza um cenário em que veículo e motoristas irão se comunicar para fugir de congestionamentos. “Vemos um mundo onde os veículos não serão apenas propriedade, mas também usados sob demanda ou compartilhados entre dois ou mais proprietários ou locatários, e terão capacidade de operar de forma autônoma ou semiautônoma de acordo com o ambiente”, profetiza o executivo. Ele acredita que esse consumidor pode decidir também compartilhar informações sobre sua direção e roteiros com uma empresa de mobilidade, como a Ford, para que possa melhorar sua experiência. n

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CTZ

POLO AUTOMOTIVO

FCA ABRE AS PORTAS

DA JEEP EM PERNAMBUCO POLO AUTOMOTIVO JEEP, em Goiana (PE)

GRUPO CONTORNA CRISE NAS VENDAS E COMEMORA INVESTIMENTO DE R$ 7 BILHÕES EM UNIDADE CAPAZ DE PRODUZIR 250 MIL CARROS POR ANO GIOVANNA RIATO E SUELI REIS

C

inco anos após anunciar a intenção de construir nova fábrica no Brasil, a Fiat Chrysler Automobiles (FCA) inaugurou o Polo Automotivo Jeep, em Goiana (PE), no fim de abril. Considerada a fábrica de automóveis mais moderna do mundo, é a primeira construída pelo grupo após a fusão entre as duas empresas e a primeira da Jeep fora dos Estados Unidos. A unidade é fruto de investimento de R$ 7 bilhões. Destes, R$ 3,5 bilhões são para a linha de montagem, R$ 2,1 bilhões para o parque de fornecedores instalado no mesmo complexo industrial e o restante para desenvolvimento de produtos. A planta vai adicionar 250

mil unidades por ano à capacidade produtiva da companhia na América Latina, onde já conta com as fábricas da Fiat em Betim (MG) e Córdoba, na Argentina. Sergio Marchionne, CEO da FCA, garantiu que o suntuoso investimento se justifica mesmo diante da atual retração das vendas. “Esta planta reflete decisão sábia. Estou confiante”, afirmou. Para ele, apesar da estremecida conjuntura política e econômica atual, é preciso conter o pessimismo. “Quando analisamos os dados fica claro que o Brasil vai crescer. Temos vários fatores que indicam esse potencial. Podemos nos preocupar com 2015 e pode ser que

a retração se estenda até o início de 2016, mas precisamos nos acalmar”, ponderou. Para o executivo, o Brasil tem o mérito de ter driblado a crise global que abalou grandes mercados entre 2008 e 2010. DESENVOLVIMENTO Marchionne falou em tom humanista na cerimônia de inauguração: “Quero destacar a evolução das pessoas deste Estado, de quem se levanta todos os dias com o sonho de construir um futuro melhor. Como toda história de sucesso, são pessoas que constroem essas histórias: sem elas, não teríamos como realizar o que fizemos aqui. Obrigado por nos ter

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trazido os valores desta terra. Amo este País e, de certo modo, me sinto um pouco brasileiro”, declarou. A expectativa é que a fábrica gere 11 mil empregos quando estiver em plena capacidade. Por enquanto já trabalham ali 5,3 mil pessoas entre as linhas de montagem e os 12 prédios dos 16 fabricantes de autopeças e sistemas que compõem o parque de fornecedores. Durante a cerimônia de inauguração, a presidente Dilma recordou que a fábrica seria um presente pelos 175 anos de Goiana, completados em 5 de maio. Antes da FCA, o município de 70 mil habitantes tinha a produção de cana-de-açúcar como motor de sua economia, com parcela expressiva da população buscando renda no trabalho informal. O Polo Automotivo Jeep representa não só um passo importante na estratégia global da organização, mas forte impulso para o desenvolvimento

FOTOS: DIVULGAÇÃO / GRUPO FCA

POLO AUTOMOTIVO

JEEP: linha de montagem da fábrica em Goiana, PE

local, com a entrada de Pernambuco para o mapa da produção automotiva do Brasil. Estudo realizado pela consultoria Ceplan revela que, em 2020, o complexo contribuirá com 6,5% do PIB do Estado, a partir de uma curva ascendente, considerando que em 2015 a participação do empreendimento será de 2,5% do total das riquezas produzidas no Estado. MAIS MODELOS Por enquanto, o Polo Automotivo Jeep produz apenas o Renegade, mas Marchionne programa o início da fabricação de mais dois modelos nos próximos 18 meses: outro veículo da gama Jeep e um da Fiat, que provavelmente será a picape média deriva-

da do conceito FCC4 que a marca italiana apresentou durante o Salão do Automóvel de São Paulo, em 2014. O líder da companhia deixa claro que, apesar do logotipo que estampa a entrada do complexo industrial nordestino, a unidade poderá fazer carros de qualquer empresa do grupo se for conveniente. Segundo ele, a fábrica é complementar à planta que a companhia tem em Minas Gerais, que se manterá concentrada na produção de carros mais populares enquanto a nova estrutura assume a responsabilidade de montar modelos com maior valor agregado. “Nossas fábricas não vão concorrer entre si. A unidade de Goiana é versátil para fazer projetos que Betim não comporta.”

POLO SOMA RECURSOS DA FCA E DO ESTADO

A

SERGIO MARCHIONNE, CEO da FCA, na abertura da fábrica da Jeep

cerimônia que marcou o início oficial da operação da fábrica nordestina reuniu autoridades e os principais executivos globais da companhia, entre eles o chairman John Elkann, que veio ao País especialmente para a inauguração: “É um projeto muito ambicioso, que não poderíamos ter começado sem o apoio dos governos federal e estadual”, destacou. A presidente da República, Dilma Rousseff, destacou a parceria com a montadora. “Este projeto é fruto de uma ação conjunta. De um lado temos uma das principais empresas automotivas do mundo, de outro estão o Brasil e o Estado de Pernambuco”, destacou. Dilma ressaltou que dois terços do valor do investimento vieram de créditos concedidos pelo BNDES e fundos constitucionais: Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), Banco de Desenvolvimento do Nordeste e Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Além disso, incluem-se outros incentivos, como deferimento de ICMS concedido por Pernambuco e desconto de PIS e Cofins. “Não recebemos nada de graça. O governo nos ajudou com financiamentos e juros que vamos pagar nos próximos anos”, afirmou Marchionne, acrescentando que entre 20% e 25% do aporte foi investimento direto da empresa.

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POLO JEEP EM NÚMEROS

Investimento: R$ 7 bilhões Capacidade produtiva: 250 mil carros/ano Parque de fornecedores: 16 empresas Potencial de empregos: 11 mil Participação no PIB de PE em 2020: 6,5%

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RASTREABILIDADE EM PROCESSOS INDUSTRIAIS Conceito chave em programas como INOVAR AUTO e Lean Manufacturing, a rastreabilidade é hoje tema central nos projetos de melhoria nos processos fabris da indústria automotiva. A Balluff fornece sistemas de Rastreabilidade Industrial para as principais autopeças e montadoras no Brasil e no Mundo. Uma gama de produtos concebida e aprimorada dentro de mercado automotivo que incluí Sensores de Visão e uma extensa linha de RFID, garantindo velocidade, confiabilidade, flexibilidade, qualidade e economia ao processo de fabricação.

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PRÊMIO REI

FIAT CHRYSLER É A EMPRESA DO ANO O PROFISSIONAL DE MONTADORA ELEITO É PHILIPP SCHIEMER, PRESIDENTE DA MERCEDES-BENZ DO BRASIL, ENQUANTO WILSON BRICIO, PRESIDENTE DA ZF, FOI ESCOLHIDO COMO PROFISSIONAL DE AUTOPEÇAS

A

Fiat Chrysler Automobiles (FCA) é a Empresa do Ano, segundo os votos apurados pelo Prêmio REI – Reconhecimento à Excelência e Inovação entre os leitores das publicações de Automotive Business e participantes de seus fóruns promovidos este ano. Para os eleitores, o Profissional de Montadora foi Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz do Brasil, enquanto Wilson Bricio, presidente da ZF América do Sul, foi o Profissional de Autopeças do ano. A Mercedes-Benz emplacou também o primeiro lugar em outras três das 13 categorias do Prêmio REI 2015: Comercial Pesado, com o Actros 2646 6x4, indicado para o transporte rodoviário de longa distância; Marketing e Propaganda, com a campanha Ritmos do Brasil, de nacionalização do Actros, para aproximar a marca do caminhoneiro; e em Manufatura e Logística, com o case da instalação da linha com alto grau de flexibilidade na soldagem de cabines para caminhões na fábrica de Juiz de Fora, MG, capaz de montar 40 mil cabines/ano. O Ford Ka foi apontado como o Veículo Leve do Ano, enquanto a Bosch destacou-se pela conquista de duas posições: em Engenharia, Inovação e Tecnologia, com a menor câmara de vídeo estéreo do mundo, e em Powertrain, no desenvolvimento da tecnologia Start & Stop que equipa o Uno 2015. Foram 65 os cases finalistas do Prêmio REI 2015, selecionados por 19 jurados e depois submetidos à votação dos leitores da newsletter e da revista Automotive Business e participantes de seus fóruns para a escolha dos vencedores em 13 categorias. Nenhuma taxa foi cobrada das empresas concorrentes e os profissionais de Automotive Business não participaram do processo de seleção, garantindo total independência à iniciativa.

OS REIS DE 2015

EMPRESA DO ANO: PROFISSIONAL DE MONTADORA: PROFISSIONAL DE AUTOPEÇAS: VEÍCULO LEVE: COMERCIAL PESADO: MARKETING E PROPAGANDA: MANUFATURA E LOGÍSTICA: ENGENHARIA, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA: SUST. E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL: AUTOPEÇAS: POWERTRAIN: INSUMOS: TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E SOFTWARE:

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FIAT CHRYSLER AUTOMOBILES PHILIPP SCHIEMER, presidente da Mercedes-Benz do Brasil WILSON BRICIO, presidente da ZF América do Sul FORD Ka MERCEDES-BENZ MERCEDES-BENZ (CAMINHÕES) MERCEDES-BENZ DO BRASIL BOSCH MARCOPOLO MAHLE METAL LEVE BOSCH USIMINAS GOODYEAR DO BRASIL

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OS MELHORES DE 2015

PAULA BRAGA, diretora de Automotive Business, RAFAEL BONATO, gerente de contas corporativas da Cosan Lubrificantes e PAULO BRAGA, diretor e editor de Automotive Business

A CERIMÔNIA DE ENTREGA dos troféus aos finalistas e aos vencedores do Prêmio REI 2015 foi realizada no dia 10 de junho, em São Paulo, no espaço Villa Bisutti

EMPRESA DO ANO

FIAT CHRYSLER AUTOMOBILES

FCA EXPANDE OPERAÇÕES E INVESTE EM PRODUTOS INOVADORES As expressivas iniciativas da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) em 2014 e no início de 2015 influenciaram decisivamente o voto dos leitores e participantes dos fóruns de Automotive Business, elegendo a montadora como Empresa do Ano. Enquanto o mercado de veículos sofreu crescente deterioração, a empresa acelerou os investimentos na fábrica de Betim, MG, e finalizou a construção da unidade de Goiana, PE, que deu início ao Polo Automotivo Jeep, reunindo um expressivo parque de fornecedores. Conduzido de forma ousada por Cledorvino Belini, Presidente da FCA para a América Latina, o grupo reforça a identidade da Jeep, que tem o inovador SUV Renegade como primeiro produto da marca montado na nova fábrica.

CLEDORVINO BELINI, presidente da FCA para a América Latina

FINALISTAS BMW CAOA FIAT CHRYSLER AUTOMOBILES FORD BRASIL HYUNDAI MOTOR BRASIL

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OS MELHORES DE 2015

PRÊMIO REI

PROFISSIONAL DE MONTADORA

PHILIPP SCHIEMER

PHILIPP SCHIEMER, presidente da Mercedes-Benz do Brasil

PRESIDENTE DA MERCEDES-BENZ DO BRASIL Presidente e CEO para a América Latina, Philipp Schiemer destacouse por apresentar 40 inovações no portfólio de caminhões, elevar a participação dos ônibus da marca em projetos de mobilidade urbana, ampliar a oferta de serviços de pós-venda e, dentro das possibilidades do mercado, ampliar as vendas de caminhões. O executivo anunciou, ainda, expressivos investimentos para veículos comerciais e a construção da fábrica de automóveis premium em Iracemápolis (SP), que será inaugurada em 2016. Essas iniciativas, somadas, valeram a ele o título de Profissional de Montadora do ano do Prêmio REI.

FINALISTAS CLEDORVINO BELINI Presidente da Fiat Chrysler Automobiles América Latina PHILIPP SCHIEMER Presidente da Mercedes-Benz do Brasil ROBERTO CORTES Presidente e CEO da MAN Latin America VILMAR FISTAROL Presidente da CNH Industrial WILLIAM LEE Presidente da Hyundai Motor Brasil

PROFISSIONAL DE AUTOPEÇAS

WILSON BRICIO

PRESIDENTE DA ZF AMÉRICA DO SUL Wilson Bricio, presidente da ZF América do Sul, destacou-se por aumentar o portfólio de produtos locais, antecipando-se às demandas cada vez mais competitivas do mercado de caminhões pesados e extrapesados. Ele anunciou em 2014 a nacionalização da transmissão automatizada AS Tronic e deu início à produção do novo eixo agrícola TSA 09. Foi o artífice de grandes mudanças nas fábricas da ZF no Brasil, visando a uma gestão mais eficiente com reflexos diretos nos negócios. Em janeiro foi eleito presidente da VDI-Brasil. WILSON BRICIO, presidente da ZF América do Sul

FINALISTAS

JOSÉ EDUARDO LUZZI LUIS AFONSO PASQUOTTO PAULO BUTORI PIETRO SPORTELLI WILSON BRICIO

Presidente da MWM International Presidente da Cummins América do Sul Presidente do Sindipeças Presidente do Grupo Aethra Presidente da ZF América do Sul

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OS MELHORES DE 2015

PRÊMIO REI

VEÍCULO LEVE

FORD

KA O novo modelo de entrada da Ford, que do antecessor só conservou o nome, foi uma boa surpresa para o mercado e registrou uma arrancada nas vendas na categoria de entrada. A carroceria é de quatro portas, o motor 1.0 é de três cilindros e a plataforma é a mesma do New Fiesta, a moderna B Global. Eis a receita que a empresa adotou para transformar o Ka em um de seus maiores sucessos no Brasil em toda a história. Além do moderno motor 1.0 flex de 85 cv com etanol, ele conta com o motor 1.5 Sigma, de 110 cv, também com o combustível vegetal. OSWALDO RAMOS, gerente-geral de marketing, Ford Brasil

FINALISTAS FIAT UNO (REESTILIZAÇÃO) FORD KA (NOVA GERAÇÃO) FORD KA+ TOYOTA COROLLA (NOVA GERAÇÃO) VOLKSWAGEN UP!

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COMERCIAL PESADO

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MERCEDES-BENZ

ACTROS 2646 6X4 GARANTE EFICIÊNCIA NO TRANSPORTE DE CARGAS Com acesso a 100% do Finame, o Actros 2646 6x4, vencedor entre os comerciais pesados, é considerado pela Mercedes a melhor e mais rentável opção para o transporte rodoviário de longas distâncias. Ele é o único da categoria a oferecer cabine com piso totalmente plano. O extrapesado conta com avançada tecnologia de segurança, referência em sistemas de prevenção de acidentes, com confiabilidade e durabilidade. A Mercedes ressalta que o motor BlueTec 5, de seis cilindros e 455 cv de potência, é garantia de ótimo desempenho. GILSON MANSUR, diretor de vendas e marketing de caminhões da Mercedes-Benz do Brasil, e JOERG RADTKE, gerente sênior de estratégia de vendas de caminhões da Mercedes-Benz do Brasil

FINALISTAS FORD A volta da Série F MAN LA Constellation 25.420 V-Tronic, caminhão mais vendido da MAN MERCEDES-BENZ Actros 2646 6x4 garante eficiência no transporte de cargas SCANIA P 310 8x2 inova com câmbio automatizado de série VOLVO Nova linha F leva setor de transportes para a era digital

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LIDERANÇA MUNDIAL EM TECNOLOGIA PARA

COMBUSTÍVEIS ALTERNATIVOS

O Centro Tecnológico da MAHLE em Jundiaí faz parte da rede de pesquisa e desenvolvimento do grupo, com 10 centros ao redor do mundo. Como segundo maior do grupo em importância e projetos de novas tecnologias e produtos, o centro brasileiro é líder mundial em desenvolvimento de componentes e sistemas para combustíveis alternativos. Possui, portanto, experiência e competência para trabalhar com os mais diversos desafios para tornar motores flex mais eficientes. Por meio da introdução de tecnologias inovadoras, aumenta-se a eficiência com etanol em motores flex sem perda de desempenho com gasolina. Estas são as soluções certas para o Inovar-Auto e as próximas regulamentações.

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PRÊMIO REI

MARKETING E PROPAGANDA

MERCEDES-BENZ (CAMINHÕES)

RITMOS DO BRASIL A campanha vencedora, Ritmos do Brasil, comunicou a nacionalização do Actros, aproximando a marca do caminhoneiro. O vídeo “SambActros”, no YouTube, aproveitou a proximidade do carnaval e mostrou que o “alemão” aprendeu a sambar e passou a atender as necessidades específicas dos frotistas brasileiros, financiado via Finame. Houve mais de 1,3 milhão de visualizações. Confira em https://www.youtube.com/watch?v=ti94KXBXDkc JOERG RADTKE, gerente sênior de estratégia de vendas de caminhões da Mercedes-Benz do Brasil, e CLAUDIA CAMPOS, gerente de marketing e comunicação de caminhões da Mercedes-Benz do Brasil

FINALISTAS

AUDI DO BRASIL Salão dos sonhos HYUNDAI MOTOR BRASIL O sucesso da campanha da Copa do Mundo MERCEDES-BENZ (AUTOMÓVEIS) Novo Classe C: o clássico ganha toque de rebeldia MERCEDES-BENZ (CAMINHÕES) Ritmos do Brasil VOLKSWAGEN Tudo nele é up!

MANUFATURA E LOGÍSTICA

MERCEDES-BENZ DO BRASIL

LINHA FLEXÍVEL PARA SOLDAGEM DE CABINES DE CAMINHÕES O case vencedor na categoria apresentou o desafio de estruturar de forma eficiente a área de soldagem para cabines de caminhão, em Juiz de Fora, MG, onde a Mercedes-Benz possui uma planta. A montadora implantou a linha para as cabines Accelo e Actros, prevendo a incorporação futura de mais três modelos com a linha em produção; e ampliações e flexibilidade total do mix de produção, com maior produtividade em relação à instalação de São Bernardo do Campo, SP. A instalação para 40 mil cabines/ano está concluída e atende plenamente às premissas do projeto. ELIEZER SCHUINDT DA SILVA, gerente de engenharia de manufatura da Mercedes-Benz do Brasil

FINALISTAS

BORGWARNER Automatização para produção de turbos para carros de passeio flex CHERY BRASIL O desafio logístico de implantar fábrica em tempo recorde FORD BRASIL O estado da arte na produção de motores MERCEDES-BENZ DO BRASIL Linha flexível para soldagem de cabines de caminhões NISSAN DO BRASIL Modernidade e sustentabilidade da produção

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OS MELHORES DE 2015 ENGENHARIA, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA

BOSCH

MENOR CÂMERA DE VÍDEO ESTÉREO DO MUNDO Veio da Bosch o melhor case de engenharia, inovação e tecnologia, na opinião dos eleitores. A câmera de vídeo estéreo da marca incorpora tecnologia de ponta que faz uma gravação tridimensional completa à frente do veículo, tornando possíveis diversas funções. Como uma solução de sensor único e menor do mundo, oferece aos fabricantes baixo custo e alto desempenho para todas as classes de veículos, a fim de reduzir o número de acidentes de trânsito.

FINALISTAS

AETHRA Inovação na automação de linha de prensa de estampagem para grandes peças AXALTA COATING E FORD BRASIL Introdução do E-coat AquaEC 4027 BOSCH Menor câmera de vídeo estéreo do mundo CONTINENTAL Freios ABS para motos de baixa cilindrada FIAT AUTOMÓVEIS Start & Stop flex e nacional

CARLOS ABDALLA, gerente de marketing e comunicação corporativa da Bosch América Latina

SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

MARCOPOLO

INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO O Programa de Inclusão Envolver alcançou ótimos resultados na inclusão de pessoas com deficiência no quadro de funcionários da Marcopolo. Um dos motivos do sucesso do projeto foi o engajamento dos diferentes profissionais da empresa na inserção e desenvolvimento das pessoas com deficiência. Hoje há 373 colaboradores com deficiência na Marcopolo, em Caxias do Sul (RS), e 96 na Marcopolo Rio, em Duque de Caxias (RJ).

FINALISTAS

BORGWARNER Certificação Green Building DELPHI Projeto de educação ambiental FIAT AUTOMÓVEIS Árvore da Vida completa dez anos HONDA Programa Green Dealer MARCOPOLO Inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho

PAULO CORSO, diretor de operações comerciais da Marcopolo

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OS MELHORES DE 2015

PRÊMIO REI

AUTOPEÇAS

MAHLE METAL LEVE

FERNANDO JUN YOSHINO, gestor de pesquisa sênior da Mahle Metal Leve; TADEU AMARAL, engenheiro de desenvolvimento sênior da Mahle Metal Leve; e FÁBIO MOREIRA, gerente de pesquisa e desenvolvimento da Mahle Metal Leve

SISTEMA DE PARTIDA A FRIO ELETRÔNICO E AUTOCONTROLÁVEL PARA VEÍCULOS FLEX Sistemas de partida a frio tradicionais de injeção de gasolina estão sendo substituídos por sistemas de aquecimento que, apesar da vantagem de eliminar o duplo abastecimento, demandam elevado consumo de energia e complexo controle eletrônico. O novo conceito de partida a frio da Mahle suplanta estas dificuldades com semicondutores sensíveis a temperatura e dissipador de calor, que melhora a troca térmica, torna a temperatura do combustível homogênea e melhora o desempenho na partida a frio com menor consumo de energia e redução de até 40% de emissões de poluentes.

FINALISTAS

BOSCH/VOLKSWAGEN Controle de tração para veículos com ABS FRAS-LE Matrixx – um novo conceito em pastilhas para freio a disco MAGNETI MARELLI Pedaleira híbrida, mais um produto pioneiro MAHLE METAL LEVE Sistema de partida a frio eletrônico e autocontrolável para veículos flex MERITOR DO BRASIL Nova geração de eixos inteligentes para caminhões pesados

POWERTRAIN

BOSCH

START & STOP EQUIPA MOTOR FLEX NACIONAL A tecnologia Start & Stop da Bosch equipa pela primeira vez um carro nacional – o Novo Uno 2015 – e mereceu a escolha de melhor case na categoria Powertrain. O sistema ajuda a economizar até 20% de combustível, dependendo do trajeto, além de diminuir a emissão de poluentes e reduzir a poluição sonora. O sistema desliga o motor automaticamente e o religa, reconhecendo o desejo do motorista por meio do acionamento do pedal da embreagem. O Start & Stop do Novo Uno é similar ao existente na Europa. CARLOS ABDALLA, gerente de marketing e comunicação corporativa da Bosch América Latina, e ALEXANDRE PAGOTTO, chefe de marketing da Divisão Chassis Systems da Bosch América Latina

FINALISTAS BOSCH Start & Stop equipa motor flex nacional FORD Motor Ford 1.0 12V TiVCT Flex MAGNETI MARELLI Nova geração do câmbio automatizado Free Choice MAN LATIN AMERICA Certificação dos motores MAN D08 para diesel de cana puro VOLKSWAGEN DO BRASIL Nova geração de motores 1.6l MSI, da família EA211

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Para rodar com mais segurança, nosso país tem a força do aço Gerdau. A força da transformação.

O aço da Gerdau tem a força da transformação. A indústria automotiva vem evoluindo na construção de veículos mais eficientes, confiáveis e seguros. Sempre ao seu lado, o aço da Gerdau se transforma em produtos de alta tecnologia, que fazem parte dos carros, caminhões e ônibus que rodam pelo Brasil e pelo mundo.

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OS MELHORES DE 2015

PRÊMIO REI

INSUMOS

USIMINAS

DESENVOLVIMENTO DO AÇO DUAL PHASE 1000 A Usiminas desenvolveu o aço DP1000, material de alto valor agregado que só ela produz no Brasil. O case valeu à empresa o Prêmio REI na categoria de insumos pela excelência e inovação. Com microestrutura ferrita/martensita tradicional, esse aço apresenta excelente desempenho na conformação de peças envolvendo estiramento. Mais recentemente, foi solicitado o desenvolvimento desse material incorporando a propriedade de expansão de furos. Foram então lançados dois novos produtos: um com expansão de furo entre 20% e 50% e outro com expansão superior a 50%. MARCOS MENDES, gerentegeral de vendas para montadoras da Usiminas, e EDUARDO SARMENTO, gerente-geral de atendimento ao cliente, garantia da qualidade e produto da Usiminas

FINALISTAS

ARTECOLA QUÍMICA Adesivo estrutural, moderna forma de união para a indústria automobilística FLEXTRONICS Q-Prime – Tecnologia e flexibilidade para a eletrônica automotiva GESTAMP Novas soluções para carrocerias com aços de alta resistência USIMINAS Desenvolvimento do aço Dual Phase 1000 VOTORANTIM METAIS Uso de alumínio na produção de semirreboque tipo silo

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E SOFTWARE

GOODYEAR DO BRASIL

ANTONIO RONCOLATI, diretor de unidade de negócios de pneus comerciais da Goodyear, FABIO GARCIA, gerente de marketing de pneus comerciais da Goodyear e BENEDITO FARIA, gerente-geral de equipamento original da Goodyear para a América Latina

APLICATIVOS INÉDITOS PARA O MERCADO DE PNEUS DE CAMINHÕES E ÔNIBUS Para ajudar o cliente na decisão de compra, a Goodyear lançou os primeiros aplicativos voltados para o mercado de pneus de caminhões e ônibus. Disponíveis para Android e iOS, os apps trazem informações e calculadoras para pneus comerciais. Primeira iniciativa do gênero, os aplicativos auxiliam os donos de frotas e usuários na escolha dos pneus de acordo com o tipo de utilização e perfil da frota, e na simulação on-line dos ganhos em quilometragem, carga transportada ou volume de passageiros, utilizando dados reais da frota.

FINALISTAS

CNH INDUSTRIAL Telemetria para máquinas de construção GOODYEAR DO BRASIL Aplicativos inéditos para o mercado de pneus de caminhões e ônibus NISSAN DO BRASIL NissanConnect TEKSID Inovação a serviço da medicina do trabalho VIRTUALCAE Software nacional para análise de redução de massa de componentes automotivos

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LUIS PRADO

FÓRUM DE RH

PROFISSIONAIS da indústria automobilística debateram questões de recursos humanos no encontro

PROTEÇÃO DO EMPREGO

E TERCEIRIZAÇÃO EM NEGOCIAÇÃO SETOR AUTOMOTIVO PEDE FLEXIBILIZAÇÃO DA JORNADA E COMPLEMENTO SALARIAL DO GOVERNO SUELI REIS

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FÓRUM DE RH

É UMA ILUSÃO AFIRMAR QUE AS EMPRESAS VÃO TERCEIRIZAR

FOTOS: LUIS PRADO

TUDO

JOSÉ PASTORE, professor da FEA-USP

A

Anfavea, associação das montadoras instaladas no País, busca com o governo a adoção de novas medidas trabalhistas no âmbito de proteção ao emprego. O objetivo é melhorar o nivelamento entre trabalho e produção de acordo com a demanda, explicou o presidente da entidade, Luiz Moan. Ele abriu o III Fórum de RH na Indústria Automobilística, promovido por Automotive Business, dia 18 de maio, em São Paulo, com apresentação em vídeo. “Enquanto o layoff afasta o trabalhador 100% do tempo, o Plano de Proteção ao Emprego faz adaptações à demanda. Se uma crise aponta redução em 20% em uma das linhas de produção da fábrica, o afastamento será proporcional, também de 20%, reduzindo o tempo de trabalho e o salário, que será pago parte pela empresa e parte pelo governo”, apontou Moan. O plano, que já ganhou o apelido de “seguro-emprego”, em contrapartida ao seguro-desemprego no Brasil, parte do modelo praticado na Alemanha e difundido para

outros países. Estima-se que 35 a 40 nações já utilizem soluções semelhantes. Segundo Moan, o plano apresentado ao governo sofreu adaptações de acordo com a cultura e o sistema de trabalho locais. TERCEIRIZAÇÃO As montadoras também apoiam outras medidas na área do trabalho, como o Projeto de Lei 4330, que trata da regulamentação da terceirização. Para Moan, o maior benefício da iniciativa é trazer segurança jurídica, enquanto dá as diretrizes legais sobre a relação para os diversos tipos de operação entre a empresa contratada e a contratante. “Não é um projeto perfeito, ainda faltam ajustes”, admitiu, revelando que não acredita em grande onda de terceirização. Por sua vez, José Pastore, professor de relações do trabalho da FEA-USP, alertou para a necessidade de conhecimento mais profundo do projeto de lei, que passou pela Câmara dos Deputados e seguiu para votação no Senado. “É uma ilusão

afirmar que as empresas vão terceirizar tudo. Setores estratégicos e os mais importantes e confidenciais nunca serão terceirizados”, disse. Pastore entende que é necessária revisão de detalhes a fim de que não haja margem para a anulação do projeto em si. Ele afirma ainda que a desinformação faz com que a sociedade civil se equivoque ao deduzir que a terceirização vai precarizar o trabalho. “Pelo contrário, ele ‘desprecariza’ o que está precarizado. A terceirização não é uma coisa nova, ela é uma realidade entre as empresas. A regulamentação assegura direitos aos trabalhadores terceirizados que nem a CLT prevê, equiparados aos dos empregados das contratantes”, afirma. O professor também enfatizou que as empresas vão reavaliar profundamente a necessidade de terceirizar, uma vez que a nova legislação levaria o serviço a encarecer. “Não haverá onda de terceirização, só vai se terceirizar o que é necessário e onde isso se mostrar vantajoso”, indicou.

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SINDIPEÇAS LUTA POR DESONERAÇÃO ENTIDADE TENTARÁ MANTER EM 1% A COBRANÇA SOBRE FATURAMENTO

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ara permitir alguma competitividade ao setor de autopeças e lidar com a retração de mercado, o diretor de RH da Thyssenkrupp e diretor de relações trabalhistas do Sindipeças, Adilson Sigarini, apontou soluções durante o III Fórum de RH. Ele recordou que em 2012 o setor de autopeças e alguns segmentos foram incluídos na desoneração da folha por causa de elevados encargos salariais e que em novembro do ano passado a Lei 13.043 tornou essa alternativa permanente. “Mas o aumento de 1% do faturamento para 2,5% (como consta no PL 863/2015) elevará os custos do nosso setor em R$ 1,2 bilhão por ano”, advertiu. “Queremos manter o porcentual atual (1%) pelo menos até o fim do ano”, disse o executivo, temendo pelo fato de o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, entender que

“os reclames do mercado sejam mais urgentes que os do Sindipeças”. Para proteção dos trabalhadores, Sigarini citou o modelo alemão adotado em situações de queda de mercado como a atual, em que, para evitar demissões, indústria e sindicato ajustam uma jornada de trabalho reduzida. Nesse caso, a empresa paga só as horas trabalhadas e o governo remunera parcialmente as não trabalhadas, na base de 67% para aqueles casados com filhos e 60% para os demais. A proposta do Sindipeças é implantar o modelo no Brasil. Estudos já estão avançados no governo federal e contam com apoio de patrões e sindicatos. Com isso seriam aplicados recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), reduzindo a necessidade de gastos com o seguro-desemprego. (Mário Curcio)

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OS DESAFIOS DO E-SOCIAL SISTEMA ON-LINE DO GOVERNO UNIFICARÁ PRESTAÇÕES DE CONTAS

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erca de 61% das empresas não estão preparadas para digitalizar suas informações trabalhistas, fiscais e previdenciárias, segundo revelou Marcus Vinicius Gonçalves, do departamento de impostos, fusões e aquisições da consultoria KPMG, durante o III Fórum de RH. O e-Social, programa do governo criado em 2009 e ainda em caráter experimental, visa a unificar em meios digitais a prestação de contas de empresas para a Receita Federal, Previdência e Ministério do Trabalho, seguindo exemplos como a declaração on-line do imposto de renda e da nota fiscal eletrônica. Para Gonçalves, o fato de o governo já ter adiado mais de uma vez a publicação do cronograma oficial do programa indica que pode haver uma nova prorrogação de prazos. Por ora, o

sistema opera em testes e é voluntário para empresas que já pretendem unificar seus dados trabalhistas ao novo sistema. “Em curto e médio prazos o e-Social vai dificultar muito a vida do RH das empresas, por causa da burocracia e adaptação às normas e especificidades técnicas de TI e organização interna. Os dois primeiros anos vão ser difíceis”, analisou o executivo. Apesar de o RH ser responsável por 80% do processo de preenchimento das informações do e-Social, o departamento não é o único responsável pela implementação, já que outras áreas estão diretamente envolvidas, como tecnologia da informação, jurídico, financeiro e medicina e segurança do trabalho. “O problema de implementação do e-Social não está em TI e sim no pro-

FOTOS: LUIS PRADO

FÓRUM DE RH

cesso. Se as informações trabalhistas não chegarem adequadas e com qualidade ao RH, haverá rupturas, já que a prestação de contas dura um período de 24 horas do sistema aberto”, explicou Gonçalves. A princípio, as alterações devem ser reportadas no sistema imediatamente e as empresas terão de ajustar processos, a exemplo dos pedidos de férias, que deverão ser feitos com 30 dias de antecedência e sem divisão no período de gozo. As companhias terão de atualizar seus sistemas eletrônicos de armazenar e obter informações como admissão e demissão de funcionários, recolhimento de impostos trabalhistas, afastamentos médicos e folha de pagamento, entre outras, para alimentar o sistema on-line do governo. (Victor François)

AUTOPEÇAS TÊM POUCAS SAÍDAS PARA MANTER EMPREGOS EMPRESAS VIVEM DIFICULDADE PARA APROVAÇÃO DE LAYOFF EM SINDICATOS

N

este período em que a queda na demanda de veículos afeta o setor de autopeças, boa parte das empresas do segmento fica restrita a férias coletivas, banco de horas e PDVs como formas de manutenção de emprego e alternativas à demissão. O problema veio à tona no painel “A Visão das Autopeças”, no III Fórum de RH. “Na TRW não há acordo para utilização de layoff”, afirmou a diretora de recursos humanos da companhia, Ana Carolina Coutinho. “Não temos aliados no sentido de buscar outras medidas”, diz ela referindose à Intersindical Conlutas, que compreende os sindicatos das regiões de Campinas, Limeira, São José dos Campos e Rio Claro, no interior de São Paulo. O diretor de RH da ZF para a América do Sul, Marcel Oliveira, lamentou o período: “Tenta-se diminuir (a demissão de trabalhadores) na medida do possível, mas as perspectivas não são boas. E dá para contar nos dedos as empresas que aplicam layoff, que é muito oneroso. E o PDV acaba levando da empresa muitas pessoas que não queríamos atingir”, lamenta. Vice-presidente de RH da Continental, Marco Galluzzi afirma: “Em algum momento a indústria vai se recuperar e a previsão é de que no ano de 2020 ANA CAROLINA (TRW), OLIVEIRA haja um déficit de 8,5 milhões de pessoas qualificadas. É preciso cuidar (ZF) E GALLUZZI (CONTINENTAL): daqueles que estão a bordo.” (Mário Curcio) soluções para garantir o emprego

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TECNOLOGIA

BOSCH ACELERA O

CARRO DO FUTURO COMPANHIA APOSTA EM CONECTIVIDADE, AUTOMAÇÃO E ELETRIFICAÇÃO GIOVANNA RIATO| de Boxberg, Alemanha DIVULGAÇÃO

TRAFFIC JAM PILOT permitirá que carros rodem em modo autônomo nos engarrafamentos

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FOTOS: DIVULGAÇÃO

TECNOLOGIA

TESLA S adaptado é um dos protótipos com sistema de direção autônoma da Bosch

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aguardado carro do futuro parece estar cada vez mais próximo de chegar ao presente e tornar-se realidade nas ruas. Ao menos é esta a impressão que a Bosch passou em seu encontro bienal com a imprensa, realizado no último mês de maio em Boxberg, Alemanha. A companhia traçou suas expectativas e falou que os esforços em busca de inovação estão apoiados em três pilares: conectividade, automação e eletrificação. “Nós já fazemos muito mais do que freios e sistemas de injeção de combustível. Fornecemos sistemas de mobilidade como um todo, incluindo soluções para carros conectados, outros modelos de transporte e infraestrutura”, afirma Rolf Bulander, chairman da Bosch na área de solu-

ELETRIFICAÇÃO TERÁ IMPULSO COM QUEDA NO PREÇO DAS BATERIAS E AUMENTO DA ESTRUTURA DE RECARGA ROLF BULANDER, chairman da Bosch na área de soluções para a mobilidade

ções para a mobilidade. Segundo ele, a empresa pretende acompanhar nos próximos anos a convergência entre as tendências da área tecnológica e as necessidades da sociedade. O executivo avalia que é necessário defender o transporte multimodal e investir em sistemas que aumentem a segurança, tornem os motores mais eficientes e tragam

facilidade aos motoristas, principalmente para enfrentar os congestionamentos das grandes cidades. Ainda assim, ele acredita que o automóvel permanece como fonte de diversão e objeto de desejo dos consumidores das mais diversas culturas. “Em economias maduras, a demanda por veículos será guiada por inovações. Já nos mercados

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EVOLUÇÃO da conectividade permitirá monitorar todo o ciclo de vida dos automóveis

emergentes há a crescente adoção de novos padrões de consumo.” ESTRATÉGIA A Bosch aposta que eletrificação, automação e conectividade são aspectos complementares do carro que atenderão os desejos do consumidor, as necessidades ambientais e a mobilidade no futuro. Como exemplo, Bulander cita os carros elétricos, que não emitem gases do efeito estufa, mas ainda garantem diversão ao volante, com torque elevado. A companhia avalia que a eletrificação receberá impulso nos próximos anos, com a tendência de queda nos preços das baterias de íons de lítio e aumento da infraestrutura de recarga dos carros até 2020. Ainda assim, a tecnologia não reinará sozinha e vai conviver com outros tipos de propulsão. A expectativa é que, em 2025, este tipo de motor tenha participação de 15% nas vendas de veículos novos. “Isso significa que o motor a combustão permanecerá como a base da mobilidade eficiente”, explica Bulan-

der. Para isso, o executivo lembra que será necessário aumentar a eficiência destes propulsores. Ele estima que seja possível reduzir em 10% o consumo de combustível dos carros a diesel e em 20% o dos modelos a gasolina. Há ainda os motores híbridos, que terão espaço principalmente nas versões plug-in para o segmento de carros premium. “Também temos trabalhado em opções com bom custo-benefício para o segmento de entrada e já temos dois pedidos de fornecimento para produção em larga escala”, comemora. Sobre a automação, Bulander destaca o crescimento da presença de sistemas de assistência ao motorista. “Nossas vendas têm cres-

AUTÔNOMOS

A

Bosch aposta na chegada gradual dos carros que rodam sem grande interferência do motorista. A ideia é que a direção passe de parcialmente a altamente assistida para enfim chegar ao nível de total automação. Com essa visão a companhia anuncia a chegada ao mercado em 2016 do Traffic Jam Pilot. “Será a primeira situação em que o carro rodará em modo totalmente autônomo por alguns momentos”, enfatiza Dirk Hoheisel, membro do conselho administrativo da Bosch. O sistema funciona em situações de congestionamento, quando assume o controle da direção fazendo acelerações, seguindo em frente e freando. Depois de subir este degrau, o próximo marco para o avanço da direção autônoma prevista pela Bosch deve acontecer em 2020, com o lançamento do Highway Pilot. A novidade permitirá ao motorista entregar a condução ao sistema quando o veículo estiver em rodovias. Apenas a partir de 2025 a fabricante prevê a chegada do que chama de Auto Pilot, que seria a tecnologia capaz de assumir o controle do automóvel tanto em estradas como em situações de tráfego urbano.

cido um terço por ano.” Segundo ele, a demanda pelos sensores feitos pela empresa deve dobrar em 2015, como já aconteceu em 2014, quando foram vendidos mais de 50 milhões de unidades. Para garantir que o ritmo permaneça assim a empresa começará a fabricar este ano novos sistemas de estacionamento remoto, de manobras evasivas para a prevenção de acidentes e também tecnologias voltadas a situações de engarrafamentos. Na área da conectividade, a Bosch destaca que novos sistemas oferecerão recursos como diagnóstico remoto de problemas, gerenciamento de manutenção, de combustível e autonomia. Em estágio mais avançado, as tecnologias permitirão gerenciar todo o ciclo de vida do veículo, desde o desenvolvimento e produção até a desmontagem e remanufatura ou reciclagem. O caminho natural, segundo a fabricante, é que os sistemas dos automóveis passem a se conectar e obter informações sobre as vias e possam até encontrar vagas de estacionamento antes mesmo de o veículo chegar ao local, poupando tempo do motorista. Para tornar suas tecnologias mais eficientes, a Bosch pretende ampliar a atuação para além dos automóveis. “Nosso conhecimento vai adiante da área dos automóveis e do transporte. Isso significa que poderemos conectar os carros a casas inteligentes”, sinalizou Bulander, dando pistas dos planos para o longo prazo. n

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A REVOLUÇÃO DAS

MATÉRIAS-PRIMAS A

vanços expressivos ocorrem na área de materiais utilizados pela indústria automobilística, com a busca de insumos com melhor desempenho, mais leves, para reduzir peso e consumo de combustível, ou capazes de acelerar processos de produção. A Ford dá o exemplo: venceu as 24 Horas de Daytona deste ano, com a equipe Chip Ganassi, nos Estados Unidos, usando um coletor de admissão feito em impressora 3D no motor EcoBoost 3.5, utilizando difusores de fibra de carbono. A impressão 3D avança, conquistando novas aplicações. As novidades são boas também nas áreas de metais, plásticos, borracha, vidro e fibras naturais. “Hoje temos aços no Brasil aços com resistência de até 1.500 megapascals, nível disponível em qualquer parte do mundo”, afirma Jesse Instrumentos de teste 59 Plásticos 60 Aço 62 Alumínio 64 Vidro 65

Paegle, responsável pela organização do 6o Simpósio SAE Brasil de Novos Materiais e Nanotecnologia, realizado dia 9 de junho no IPT, Instituto de Pesquisas Tecnológicas, em São Paulo. Hoje, segundo a SAE Brasil, uma carroceria tem 8% a 10% de aços de alta resistência embarcados. No próximo grande volume de lançamentos, que deve ocorrer entre 2018 e 2020, o porcentual deverá chegar a 25% em virtude das demandas por redução de peso e melhoria de desempenho e segurança. Confira, a seguir, a evolução das matérias-primas automotivas e também como avaliar seu desempenho por meio de instrumentos de teste, como mostra a foto acima, de equipamentos para metrologia, com perfilômetro, rugosímetro e autocolimadores.

66 Borracha 67 Pneus 68 Tintas 69 Fibras naturais 70 Impressão 3D

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INSTRUMENTOS DE TESTE

DE OLHO NOS INSUMOS EQUIPAMENTOS PERMITEM À INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA AVALIAR MATERIAIS E PROCESSOS PAULO RICARDO BRAGA

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valiar o acabamento de ma- acelerada), Edax (espectrometria), teriais e componentes ou sua Zygo (instrumentos de metrologia resistência às intempéries, fa- óptica) e Taylor Hobson (metrologia). zer medições com precisão, determiA Taylor Hobson fornece sistemas nar a composição ou fotografar um de medição para montadoras e auprocesso de forma ultrarrápida – es- topeças utilizarem na avaliação do sas são especialidades das empresas acabamento de superfícies e formas filiadas à Ametek, fabricante global circulares, determinando a rugoside instrumentos eletrônicos e ele- dade. “Os equipamentos que ofetromecânicos presente em Indaia- recemos são trazidos da Inglaterra”, tuba, SP. A maioria dos equipamen- explica o gerente Marcello Bulhões tos comercializados pela empresa Montagnana. As principais aplicaé importada e atende os mercados ções estão em peças pintadas e automotivo, de óleo e gás, energia, componentes do powertrain, como aeroespacial e defesa, além de uni- motor e transmissão. Outro cliente versidades e laboratórios de pesqui- importante para a empresa são inssa e desenvolvimento. tituições de ensino e pesquisa, in“Distribuímos uma extensa linha cluindo laboratórios. Como regra de equipamentos voltados para ins- geral, equipamentos de pequeno trumentação analítica de processos, porte estão disponíveis para pronta teste, calibração e medição”, esclare- entrega, enquanto os maiores exice Graziela Giusti, gerente de marke- gem prazos de 30 a 120 dias para ting e desenvolvimento de negócios chegar do exterior. da Ametek. O grupo é constituído A Atlas, que a exemplo da Taylor por empresas como a Vision Research (câmaras digitais de alta SOLUÇÕES PORTÁTEIS velocidade e ultra para medição em 3D aplicadas a design, slow motion), Specengenharia e processos tro (instrumentação espectroscópica atômica, para analisar a composição elementar de sólidos e líquidos), Atlas (equipamentos para simular condições climáticas, reproduzindo orvalho, chuva ou névoa de forma

Hobson atua no Brasil sob o guarda-chuva da Ametek, fornece equipamentos para realização de ensaios que simulam a resistência e o comportamento de materiais sob o efeito do meio ambiente. No País, os principais clientes são laboratórios especializados que atendem as montadoras e empresas de autopeças. No exterior, a centenária Atlas se encarrega, muitas vezes, de conduzir os próprios ensaios, que podem ser feitos em condições normais ou aceleradas, sob condições severas de intemperismo, reproduzindo, por exemplo, climas desérticos ou glaciais. “Praticamente todos os materiais utilizados pela indústria automobilística precisam ser avaliados para previsão de sua aplicação nos veículos”, observa Ronaldo Tezuka, gerente da empresa. Calor, umidade e radiações solares afetam vidros, borrachas, plásticos, metais e tecidos utilizados em bancos e painéis. Assim como os equipamentos da Taylor Hobson, os produtos da Atlas são importados e, como regra geral, não têm similares nacionais. O processo de importação leva cerca de três meses e não escapa da burocracia alfandegária para compras no exterior. n

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MATERIAIS | CADERNO ESPECIAL

PLÁSTICOS

IMPORTAÇÃO AVANÇA COMPRAS NO EXTERIOR CRESCEM 9% AO ANO, DESDE 2007. O RITMO DE INOVAÇÃO NO SETOR SÓ NÃO É MAIOR POR FALTA DE DEMANDA FERNANDO NEVES

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volvimento tecnológico e capacidade de construir uma indústria doméstica de autopeças plásticas mais forte e competitiva”, afirma José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Abiplast. A criação do Inovar-Auto, que beneficia os fabricantes de veículos que produzem com maior conteúdo local, abriu a oportunidade para a indústria de plásticos participar desse esforço dando sua contribuição na contagem final do índice de nacionalização. A entidade, por meio da Câmara Setorial de Fabricantes de Componentes Automotivos Plásticos, desenvolve com seus associados e a Fundação Vanzolini o Pró + Auto, programa que qualifica fornecedores de peças e componentes plásticos para aprimorar a capacidade do setor em fornecer DIVULGAÇÃO / MVC

s importações de peças e componentes plásticos pela indústria automobilística não são propriamente uma novidade, mas têm uma razão anual de crescimento superior à média do mercado. Desde 2007 as compras no exterior crescem todo ano 9%, segundo levantamento da Abiplast, associação que reúne os fabricantes de plásticos e produtos afins, ante 5% registrados nas importações totais do setor. Componentes completos, como para-choques, grades de radiador e painéis de instrumentos, representaram US$ 130 milhões em 2014, de acordo com a entidade. “Esses itens poderiam muito bem ser produzidos no mercado doméstico e o valor seria convertido em ocupação de mão de obra, desen-

LINHA DE PRODUÇÃO de plásticos na MVC

soluções para a indústria automotiva. Gilmar Lima, diretor-geral da MVC, joint venture entre as brasileiras Artecola e Marcopolo, observa que a indústria vive situação paradoxal: o mercado exige tecnologia e evolução, mas não na hora de formular os pedidos. “Os clientes são conservadores na utilização e, na prática, a indústria fornece 50% do que teria condições de oferecer”, afirma. Nos primórdios da substituição das peças metálicas pelas plásticas, conta Lima, utilizava-se polipropileno em para-choque, que ficava quebradiço e esbranquiçado. A partir dos anos 1990 houve avanço nas formulações e hoje o produto é resistente até ao fogo. De forma simples, a evolução dos polímeros, comumente chamados de plásticos, se dá no nível molecular. “Fazemos a reordenação das cadeias e incorporamos aditivos, como microesferas de vidro, para melhorar suas características, e surgem produtos com melhor resistência à temperatura e a impactos”, explica. Há 30 anos, conta o executivo, a indústria trabalhava com pouco mais de três materiais básicos. Atualmente, com as variações possíveis nas estruturas moleculares, contam-se aos milhares os produtos que surgem e que podem ser reforçados com fibra de carbono, kevlar e fibra de vidro, entre outros aditivos. “A

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DIVULGAÇÃO / MVC

velocidade de mudança no campo dos polímeros é elevada”, diz. Uma das aplicações é a substituição do capô do carro, por exemplo, por um composto com poliamida que tem elevada absorção de impactos e memória molecular, ou seja, em determinadas condições a peça retorna à conformação original. Lima observa outra vantagem do componente: a segurança de quem está de fora do veículo. “É muito melhor você bater em uma peça de polímero do que em aço”, diz. Mas ele lamenta que essa opção ainda não tenha se difundido entre os fabricantes de veículos porque a indústria “ainda está muito ligada à estamparia do aço”. Lima informa que um caminho para a evolução seria projetar componen-

A INDÚSTRIA VIVE SITUAÇÃO PARADOXAL: O MERCADO EXIGE TECNOLOGIA E EVOLUÇÃO, MAS NÃO NA HORA DE FORMULAR OS PEDIDOS GILMAR LIMA, diretor-geral da MVC

tes a partir dos resíduos da própria produção. “A parte interna (revestimento) pode ser o primeiro passo

porque tem nível de resistência menor e por isso não precisa de formulação mais avançada”, afirma.

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ALEX SILVA

EVONIK APOSTA EM POLÍMEROS ACRÍLICOS ara Carla Camilo, chefe de produtos da área de polímeros acrílicos da alemã Evonik, o movimento evolucionário do plástico está ligado à exigência de mercado por mais tecnologia. A empresa disputa o mercado doméstico com materiais que atendem requisitos estéticos e econômicos. Um deles, o PMMA Hi-Gloss, utilizado em partes como as colunas do carro, é fornecido na cor do veículo ou preto e na versão black piano, top de linha. Trata-se de uma cobertura aplicável que na prática elimina a etapa de pintura de acabamento na linha de produção – o que significa menos tempo e nenhum resíduo para ser tratado. Um dos produtos mais avançados da Evonik, o PMMA com difusores de luz, é fornecido atualmente para peças de lanternas e lentes do painel de instrumento, potencializando a capacidade de iluminação e visualização. Mas a executiva conta que existe outra aplicação desse produto pouco conhecida no Brasil e utilizada somente em veículos top de linha no exterior: a ambientação interna. A Evonik fornece a matéria-prima (o PMMA com difusores de luz), que é utilizada pela indústria de componentes para moldar a peça de acabamento interno, incluindo um iluminador de led. Ao incidir sobre o componente, o facho espalha de forma mais uniforme a luminosidade, criando um ambiente diferenciado dentro do veículo. A empresa também estuda soluções com reflexos na redução de peso. Um deles, apresentado ao mercado internacional em meados de 2014, é o PMMA Automotive Glazing, que pode substituir o vidro nas janelas das portas dos veículos. “O produto é 50% mais leve que a mesma peça de vidro e confere liberdade de projeto”, afirma Carla. No que diz respeito à segurança, o PMMA Automotive Glazing atende as normas ECER 43, europeias, e ANSI Z26.1, dos Estados Unidos. n

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MATERIAIS | CADERNO ESPECIAL

AÇO

SIDERÚRGICAS APOSTAM EM ALTA RESISTÊNCIA AVANÇO NO USO DE AÇOS ESPECIAIS EM PLATAFORMAS GLOBAIS AUMENTA INVESTIMENTOS NO BRASIL SUELI REIS

INOVAR-AUTO COMO CATALISADOR

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ANDRÉ KOPSCH

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os últimos cinco anos, período em que as montadoras aumentaram consideravelmente o número de plataformas globais produzidas no Brasil, cresceu a necessidade de adequar os diversos tipos de materiais a fim de atender as novas exigências internacionais, principalmente as voltadas à segurança e eficiência energética. Esta nova realidade também se aplica ao aço, que hoje conta com tipos mais leves e mais resistentes ao mesmo tempo – os aços de alta resistência. A adoção dessas matérias-primas já é realidade por aqui. É o caso dos novos Ford Ecosport e Volkswagen Up!, concebidos com o Usibor, nome do aço de alta resistência produzido pela Arcelor Mittal. Os dois veículos foram avaliados com nota máxima no crash test do Latin NCAP em 2013. “É muito clara a evolução no uso do aço de alta

PROCESSO de galvanização na Arcelor Mittal

ara João Francisco Batista Pereira, especialista de produto e qualidade da Usiminas, o Inovar-Auto antecipou a tendência no Brasil do emprego de aços especiais como um catalisador para estimular a melhoria da eficiência energética dos veículos. “Entre as várias possibilidades para isso, a redução do peso dos veículos é uma das mais importantes”, pontua. Ele lembra que a empresa realizou investimentos, em 2011 e 2012, em mais uma linha de galvanização em Ipatinga (MG) e em um laminador de tiras a quente em Cubatão (SP) para aumentar sua oferta de volume também para o setor automotivo, incluindo a indústria de autopeças. Além de fornecer aços de alta e ultrarresistência para montadoras no Brasil, a Usiminas criou plataformas para atender novas necessidades, como a divisão Soluções Usiminas, que está investindo R$ 63 milhões na fábrica de Cabo de Santo Agostinho (PE), para atender a demanda do Polo Automotivo Jeep, do Grupo FCA. Especializada em transformação, a unidade fará o serviço de corte e estocagem, com capacidade para armazenar 16 mil toneladas de bobinas.

resistência nas plataformas globais. Já estamos trabalhando em conjunto com as montadoras em projetos que serão lançados em cinco anos e isso inclui diversas inovações, como a criação do aço de terceira geração, também de alta resistência”, explica André Munari, gerente de vendas para o setor automotivo da Arcelor Mittal. A empresa está investindo R$ 15 milhões para fabricar ainda este ano aço de alta resistência na unidade de São Francisco do Sul (SC), a partir da estimativa de aumento dos atuais 6% para 25% do volume de aço de alta resistência utilizado nos veículos brasileiros até 2025. Munari conta ainda que a Arcelor Mittal apresentará este ano suas aplicações também para veículos pesados, tendência que deve começar pela Europa. n

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CHAPAS E FOLHAS PARA REVESTIMENTO

PERFIS PARA ACESSÓRIOS E ESTRUTURAIS

LIGAS PARA RODAS E PEÇAS FUNDIDAS

Leveza, resistência e economia. A Votorantim Metais coloca tudo isso na estrada. Alumínio para implementos rodoviários. A Votorantim Metais é uma das maiores produtoras de alumínio da América Latina e referência no setor de transportes. Uma empresa brasileira que tem como objetivo crescer com responsabilidade, gerando desenvolvimento e agregando valor aos seus negócios e clientes, capaz de oferecer soluções completas e um amplo portfólio de produtos para a indústria de implementos rodoviários. www.vmetais.com.br

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MATERIAIS | CADERNO ESPECIAL

ALUMÍNIO

INDÚSTRIA APOSTA NO PROGRAMA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E PRODUÇÃO LOCAL DE VEÍCULOS PREMIUM PARA ELEVAR O CONSUMO DO METAL

VICTOR BREGUNCCI, coordenador do Comitê de Transportes da Abal

ALEXANDRE AKASHI

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inda que o mercado brasileiro de veículos passe por um período difícil, com vendas e produção em queda, a indústria de alumínio está otimista. Isso porque o metal leve é uma das alternativas que as montadoras têm para atingir as metas de eficiência energética do programa Inovar-Auto e, além disso, a instalação de montadoras premium como Audi, BMW, Mercedes-Benz e Land Rover tende a elevar o consumo médio de alumínio nos veículos produzidos no País. “Apesar do difícil momento atual da indústria nacional, existe um mercado potencial enorme a ser explorado e é incontestável a tendência de crescimento do uso do alumínio nos automóveis brasileiros”, afirma Victor Breguncci, coordenador do Comitê de Transportes da Associação Brasileira do Alumínio (Abal). Ele comenta ainda que na última década o consumo doméstico de alumínio em automó-

LEVEZA O executivo da Abal afirma que o Inovar-Auto já traz benefícios para o setor. “Observamos a maior migração para blocos de motor de alumínio”, diz. De fato, os mais recentes lançamentos da indústria como Volkswagen Gol Rally, Saveiro Cross 1.6, Nissan March e Versa 1.0 utilizam blocos de alumínio. “Redução de peso é hoje a forma mais

eficaz e econômica para diminuir consumo e emissões”, diz Breguncci, ponderando que 75% do consumo médio de combustível de um carro está relacionado diretamente ao peso. Atenta a esse movimento, a Teksid efetuou nos últimos anos investimento de R$ 250 milhões na expansão da fundição e usinagem de alumínio na planta de Betim (MG) para iniciar a produção de blocos de motores de alumínio. Atualmente, a empresa produz cabeçotes com o metal e até 2016 deve finalizar o processo, com ampliação da capacidade de transformação de alumínio das atuais 7 mil toneladas/ano para 24 mil toneladas/ano. Como pertence à FCA – Fiat Chrysler Automobiles, é de se esperar que em breve os modelos Fiat mais populares passem a receber 100% dos motores com blocos também de alumínio. Para a Abal, no entanto, o alumínio pode ser utilizado de forma ainda mais ampla. Breguncci afirma que o metal permite reduzir em mais de 400 kg o peso de um carro, que tem em média 1.200 kg, com potencialidade de redução de até 50% no peso de chassi, de partes de suspensão e de rodas. “Estudos internacionais indicam que cada 10% de redução de peso nos automóveis representa um aumento de 5% a 7% em eficiência de combustível”, diz. n

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ÁR M

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O MOTOR de três cilindros do March utiliza bloco e outros componentes de alumínio

veis cresceu em média 3,5% ao ano. Mundialmente, o segmento de transportes é o maior consumidor desse metal, mas ele alerta que no Brasil ainda estamos longe de empregar as quantidades observadas nos mercados americano, europeu e asiático. Estudo da consultoria Ducker Wordwide mostra que o conteúdo médio de alumínio nos automóveis em 2012 foi de 156 kg por veículo leve na América do Norte, 139 kg na União Europeia, 122 kg no Japão e 60 kg na América do Sul. “A estimativa da consultoria é que, em 2025, esses números sejam de 243 kg, 182 kg, 137 kg e 89 kg por automóvel, respectivamente, nos mercados mencionados”, comenta Breguncci.

DIVULGAÇÃO / ABAL

CRISE LEVE

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VIDRO

MERCADO EMBAÇADO COM CUSTO FIXO ELEVADO, FORNECEDORES DE VIDROS AUTOMOTIVOS TÊM ANO DIFÍCIL POR CONTA DA RETRAÇÃO DO MERCADO ALEXANDRE AKASHI FOTOS: DIVULGAÇÃO / PILKINGTON

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pós realizar diversos investimentos em produtividade, os fornecedores de vidros automotivos estão em estado de alerta, uma vez que a produção de veículos no Brasil este ano deve sofrer retração próxima de 10%, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A cautela se deve ao alto custo fixo da indústria de vidros, o que torna o volume de negócios essencial para se manter competitivo no negócio. A Pilkington é um exemplo. Nos anos 2011 e 2012, a empresa realizou investimentos superiores a US$ 50 milhões, principalmente em capacidade produtiva e aperfeiçoamento de processos e tecnologias. “O ano de 2015 começou muito fraco e não vem mostrando sinal de recuperação”, afirma Fabrício Kameyama, diretor comercial da divisão Automotive OEM da Pilkington Brasil. As vendas de veículos de janeiro a maio apresentaram números ruins: foram emplacadas 1.106.476 unidades, ante 1.399.280 veículos no mesmo período de 2014. “Isso afeta diretamente nossa rentabilidade, já que o segmento demanda altos investimentos e possui pouca flexibilidade na redução da capacidade instalada”, afirma Kameyama. “Trabalhamos com um cenário de queda de pelo menos 10% em volume em comparação com 2014,

FABRÍCIO KAMEYAMA, diretor comercial da Divisão Automotive OEM da Pilkington Brasil

seguindo a previsão das montadoras”, comenta. ALTERNATIVAS Para minimizar os efeitos negativos do baixo volume de vendas e produção, Kameyama revela que a Pilkington tem buscado trabalhar com transferências e exportações intragrupo. Segundo o executivo, a iniciativa não é suficiente para compensar a queda interna, mas ajuda a reduzir em parte a capacidade ociosa. Outra forma de tentar driblar a crise é o lançamento de novos produtos. “Estamos desenvolvendo uma tecnologia com iluminação integrada de LED nos vidros que vêm causando grande interesse das montadoras por trazer redução de custo e de peso, dependendo da apli-

cação”, diz o executivo da Pilkington, ao comentar que existe muita tecnologia aplicada a vidros automotivos nos mercados desenvolvidos. “Em algum momento as novidades chegarão ao Brasil”, afirma Kameyama, destacando o para-brisa com head up display, no qual o painel de controle é projetado no vidro à frente do motorista. Há também itens com controle de coloração, para-brisas e laterais com películas de controle solar e acústico, para-brisas e tetos panorâmicos (já usados em modelos fabricados aqui). “Pensando em um futuro ainda mais tecnológico, teremos teto solar fotovoltaico para geração de energia elétrica, além de telas de internet e aplicativos projetados nos vidros do carro”, finaliza. n

LINHA DE PRODUÇÃO de para-brisas na Pilkington

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MATERIAIS | CADERNO ESPECIAL

BORRACHA

INVESTINDO NA CRISE FABRICANTES LUTAM CONTRA ALTA NOS CUSTOS COM EQUIPAMENTOS E INOVAÇÃO

O

s fabricantes de componentes de borracha sentem os efeitos da retração nas vendas e também da alta de custos, como o da energia, mas nem por isso deixaram de investir. “Hoje, quem não evolui tecnicamente não sobrevive”, afirma o presidente da Produflex, Edgar Marreiros. “A empresa avançou na área de compostos e comprou máquinas capazes de triplicar a produção com melhor qualidade. Estamos há alguns anos sem repassar custos às montadoras. Só se consegue isso com investimentos. Gastamos R$ 3 milhões de maio de 2014 para cá em máquinas Banbury alemãs e extrusoras nacionais”, revela. O executivo também preside o Sindibor, que representa fabricantes de artefatos de borracha e reformadores de pneus do Estado de São Paulo. Ele lamenta o período atual: “As empresas estão fechando no vermelho. A energia representa 3% dos custos de produção e subiu 48%. A matéria-prima teve alta de 26%. Isso mostra a fragilidade do setor.” Em sua companhia ele contabilizou queda de 28% nos negócios no pri-

DIVULGAÇÃO / PRODUFLEX

MÁRIO CURCIO

HOJE, QUEM NÃO EVOLUI TECNICAMENTE NÃO SOBREVIVE EDGAR MARREIROS, presidente da Produflex e do Sindibor

meiro quadrimestre e teve de demitir. Marreiros afirma que o setor vive um processo de redução de jornada e de salários para atravessar o momento.

THORSTEN MARTIN

SEGUNDO A LANXESS, preço internacional da borracha sintética tende a pressionar custos

NOVAS SOLUÇÕES A Lanxess acompanha com atenção o período atual e busca alternativas: “O mercado de reposição apresenta desempenho melhor que o de montadoras e também procuramos compensar (a queda do mercado) com exportações a outras regiões em melhor momento econômico”, informa o diretor de vendas e marketing para a América Latina, Marcos Oliveira. A companhia também apostou em novas soluções: “A Lanxess tem investido no aprimoramento tecnológico das borrachas técnicas e sua aplicação no segmento automotivo, como a metalocênica ACE na produção petroquímica, obtendo borrachas com propriedades dimensionais muito mais estáveis”, diz Oliveira. Outros exemplos citados por ele são a substituição da base fóssil por recursos renováveis na produção de borracha EPDM Keltan Eco à base de cana-de açúcar, que se tornou a primeira borracha sintética com matriz orgânica, e a fabricação de polímeros elastoméricos de alta resistência térmica e às intempéries, que resultam em itens capazes de acompanhar a vida útil do veículo. Entre as dificuldades que terá para manter seus produtos competitivos, Oliveira recorda o fato de que a borracha sintética (muito usada na indústria automotiva) é impactada por variáveis como o preço estabelecido em mercados globais e pela taxa de câmbio. n

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PNEUS

ETIQUETA SE TORNARÁ OBRIGATÓRIA PARA ITENS DE PASSEIO, COMERCIAIS E VEÍCULOS PESADOS MÁRIO CURCIO

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RUY HIZATUGU

s pneus para carros de passeio, comerciais leves e veículos pesados fabricados no Brasil ou importados terão de receber a partir de outubro de 2016 uma etiqueta com notas de A a G para resistência ao rolamento, aderência em piso molhado e classificação também para a emissão de ruído de rodagem. “Todas as fábricas instaladas no Brasil foram favoráveis ao Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE)”, afirma o presidente da

ROBERTO FALKENSTEIN é diretor de pesquisa e desenvolvimento da Pirelli

Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip), Alberto Mayer. A indústria vê o programa do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) como consequência do desenvolvimento necessário para atender às exigências das montadoras. “A Goodyear vem investindo US$ 240 milhões desde 2013 na ampliação da fábrica de Americana (SP), no desenvolvimento de novos produtos, tecnologias e no campo de provas”, recorda o gerente de marketing para pneus comerciais, Fábio Garcia. A Continental também se adapta aos novos requisitos “porque há uma demanda muito forte pelas novas tendências de baixa resistência ao rolamento e maior aderência”, afirma o coordenador para pneus de automóveis e camionetas, Eduardo Roveri. “Nossa fábrica no Brasil é bem moderna e nosso trabalho, muito focado em processos e matérias-primas”, diz. O gerente-geral de engenharia de vendas da Bridgestone, José Carlos Quadrelli, recorda a atuação da companhia no PBE: “Participamos das reuniões e sugerimos alterações (...)

MÁRIO CURCIO

INDÚSTRIA TAMBÉM ADERE AO SELO GOODYEAR investiu na fábrica e no campo de provas, ambos em Americana, SP

Nossa pista de testes em São Pedro teve o asfalto trocado. Alguns pneus foram testados lá e outros no Texas (EUA). Já temos vários produtos bem classificados”, recorda Quadrelli. A troca do asfalto das pistas de teste por outro especificado pelo Inmetro é uma necessidade para medições de aderência no molhado e ruído e ocorreu em outros campos de provas nacionais, da Goodyear e da Pirelli. Nesta última, o selo também foi citado como consequência do trabalho que a companhia vinha fazendo: “A Pirelli já estava indo nessa direção por causa do Inovar-Auto”, recorda o diretor de pesquisa e desenvolvimento, Roberto Falkenstein. “Compramos uma máquina de US$ 1,5 milhão para testes de resistência ao rolamento”, revela. Vale dizer que o prazo para os pneus no varejo exibirem o selo é maior, abril de 2018. Seria um tempo razoável para que toda a cadeia (fabricantes, distribuidores e lojistas) possa lidar com os estoques. Segundo a Anip ainda não há discussões para etiquetagem de itens recapados nem dos pneus para moto. n

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MATERIAIS | CADERNO ESPECIAL

TINTAS

QUANDO MENOS É MAIS A ELIMINAÇÃO DO PRIMER NA PINTURA REDUZ EM ATÉ 14% O CONSUMO DE ENERGIA E 7% O DE MATERIAIS DIRETOS MÁRIO CURCIO DIVULGAÇÃO / NISSAN

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SISTEMA PRIMERLESS adotado pela Nissan em Resende traz economia de materiais e energia

SASCHA FEUSTER

eliminação do primer na seção de pintura traz economia significativa e o processo ganha espaço em novas fábricas de automóveis. Tintas à base d’água e outros avanços reduzem emissões, gasto de energia e poupam tempo. “Com a tecnologia primerless ocorre uma redução de 15% do investimento inicial do fabricante na seção de pintura”, afirma o diretor técnico para revestimentos automotivos da PPG, Luiz Mioto. “A redução no consumo de energia chega a 14% e a de materiais diretos, a 7%”, diz o executivo. Outro número colecionado por Mioto são os 13% de diminuição nas emissões evaporativas ou VOCs (sigla em inglês para Compostos Orgânicos Voláteis). Entre as novas fábricas instaladas no Brasil a adotar o primerless ele cita a Nissan (Resende, RJ) e a Jeep

HANS SCHUMACHER, presidente e CEO da Dürr Systems

(Goiana, PE). A BMW (Araquari, SC) começou a produção local a partir de carrocerias vindas da Alemanha pintadas, mas também usará o processo mais moderno a partir de setembro de 2015. A Mercedes-Benz (Iracemápolis, SP) será a próxima, em 2016. A Basf também tem tintas à base d’água e produtos capazes de eliminar o primer do processo de pintura: “Isso economiza tempo, material, energia e reduz emissões”, reforça o gerente da divisão de tintas automotivas, Fabian Garcia. O executivo também cita a redução do consumo de energia no processo de aplicação da tinta com tecnologias de baixa cura, baixa espessura e em métodos integrados que, pela redução de camadas, diminui o processo de aplicação e elimina fases nas linhas automotivas sem comprometer o resultado da cor ou as propriedades da tinta.

APLICAÇÃO EVOLUI Os novos materiais exigiram esforço extra de quem produz equipamentos e robôs: “Mais de 50% da energia necessária para a produção de um carro médio é usada na seção de pintura. Também é o local onde a maior parte das emissões de uma fábrica de automóveis é gerada. A modernização do processo evita esses problemas e por isso ajuda a reduzir custos”, afirma o presidente e CEO da Dürr Systems, Hans Schumacher. “Existe potencial de otimização (e consequente redução de tempo e custos) ao longo de todas as etapas do processo de pintura. A começar com um layout inteligente do setor”, diz. Ele recorda que com as estações de pintura EcoPaint foi possível reduzir em até 30% o consumo de energia na comparação com tecnologias anteriores pela redução da temperatura e da menor movimentação dos robôs. n

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FIBRA NATURAL

JUTA GANHA CLIENTES MATERIAL ATENDE NACIONALIZAÇÃO, SUSTENTABILIDADE E REDUÇÃO DE PESO

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DPA Moldados colhe bons resultados com o movimento de maior procura por autopeças nacionais entre os fabricantes de veículos instalados no Brasil, aliada à constante busca por materiais mais leves e sustentáveis para atender objetivos presentes no Inovar-Auto de nacionalização de produtos, eficiência energética, além de pesquisa e desenvolvimento. Com seus componentes feitos de fibra natural de juta na fábrica de Itupeva (SP), a empresa 100% brasileira consegue atender todas essas três demandas ao mesmo tempo e vem conquistando novos clientes para fornecer apliques e estruturas de painéis de porta com grande economia de peso. Recentemente, a DPA conquistou o fornecimento dos painéis de porta moldados com o apoio de braço para o Jeep Renegade, que começou este ano a ser fabricado em Goiana (PE). Em maio os componentes passaram a ser embarcados em duas a três carretas que seguem direto para a FMM (associação entre Faurecia e Magneti Marelli), que opera no parque de fornecedores interno da fábrica pernambucana. Lá a FMM aplica o revestimento de tecido ou couro sintético (vinil). Até então, a Fiat Chrysler Automobiles (FCA) estava usando as peças importadas da Itália, feitas de

wood-stock (30% de pó de madeira e 70% de plástico). Além da redução de custo obtida na nacionalização, o componente feito com fibra de juta ficou 52% mais leve, ou 1,3 kg a menos por carro produzido. As estruturas dos quatro apoia-braços pesam juntas 1,44 kg, contra 2,75 kg do material usado anteriormente.

ESTRUTURA DO PAINEL DE PORTA DO JEEP RENEGADE: feita com fibra de juta pela DPA em Itupeva (SP)

Fundada em 1998 para fornecer à indústria automotiva peças moldadas para acabamento interno, dutos de ar e isoladores termoacústicos, a DPA já vende seus componentes de fibras naturais para outros veículos além do Jeep Renegade, como apliques para o painel do Fiat Uno e medalhões de porta para a picape Volkswagen Amarok produzida na Argentina. Outro cliente é a Kia, que

adquire revestimentos de teto para o Bongo montado no Uruguai. Outro potencial cliente em negociações é a General Motors. Os componentes de fibra natural chegam a pesar 40% menos que os constituídos exclusivamente por resinas plásticas. Mas existem vantagens adicionais além da redução de peso. Segundo a DPA, é um material reciclável, requer pouca energia na termoformagem (economia de até 55%) graças à redução no tempo de aquecimento, tem boa estabilidade térmica e dimensional. “Peças produzidas com fibras naturais não sofrem deformações, contração ou empenamento e os ferramentais podem ser projetados em suas dimensões nominais”, afirma Arthur Zanetti, gerente de marketing e desenvolvimento da DPA. Zanetti explica que, após a colheita no Pará, a juta usada na produção dos componentes é dividida em fardos. Depois de triturado, o material é misturado em partes iguais com polipropileno para a formação de véus, que passam por uma agulhadeira e são transformados em mantas e cortados em blanks, para alimentar a máquina de termoformagem. O fornecedor da matéria-prima é a Ober que, a exemplo da DPA, é uma empresa nacional e busca suprimento em cooperativas da Região Norte do País. (Pedro Kutney e Paulo Ricardo Braga) n

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MATERIAIS | CADERNO ESPECIAL

ALEX SALIM

ARTIGO | LUIZ FERNANDO DOMPIERI

A IMPRESSÃO 3D

NO SETOR AUTOMOTIVO

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TECNOLOGIA PERMITE PULAR ETAPAS NOS PROCESSOS E CONQUISTA APLICAÇÕES

*LUIZ FERNANDO DOMPIERI é diretorgeral da 3D Systems Latin America

mbora esteja cada vez mais presente no dia a dia, a impressão 3D ainda tem sua principal utilidade ligada à indústria. Setores como o aeroespacial, o de embalagens e o automotivo enxergam essa tecnologia como um facilitador em seus processos de manufatura e, há cerca de 20 anos, investem em máquinas de grande porte. A evolução dessa tecnologia pode ser notada graças a fatores como o aumento na gama de materiais disponíveis para uso em impressoras tridimensionais. Há máquinas nos Estados Unidos, aguardadas no Brasil nos próximos meses, que já produzem peças de metal, um material com densidade superior até à de objetos fundidos. Elas conseguem trabalhar com cerca de 15 diferentes metais, como aço inoxidável, aço ferramenta, alumínio e titânio, e estão prontas para colaborar com setores que exigem produtos com riqueza de detalhes. Isso representa que estamos deixando o desenvolvimento só de protótipos e partindo para a produção, ainda não massificada, mas personalizada. É um tipo de manufatura que já faz a diferença, mas que, em breve, vai ter muito mais presença nos processos industriais. Falando mais especificamente sobre a área de automóveis, as impressoras 3D hoje em dia são utilizadas na fabricação de protótipos, por exemplo, dos coletores de admissão. Graças a essa tecnologia, as montadoras conseguem pular algumas etapas, já que, antes mesmo de aplicarem o modelo de produção, submetem os pro-

tótipos impressos a testes e, inclusive, conseguem fazer a validação da peça final – há alguns anos, o molde para testes tinha de ser feito de aço, fato que aumentava erros e o tempo de produção. Outro fato marcante da presença da impressão tridimensional na produção é um carro totalmente prototipado, desenvolvido para uma das principais montadoras do mundo há alguns anos. O veículo reuniu diversas tecnologias, como usinagem para as rodas, modelamento para frisar o corpo externo, a impressão de faróis e lanternas, além da técnica de vacuum casting (para pré-séries), com moldes de silicone e injeção de poliuretano. Além dos automóveis, a indústria aeroespacial, por conta do baixo volume de produção, também exige peças muito detalhadas, que já são feitas em impressoras e podem ser aplicadas em estrutura, não somente em protótipos. Acreditem ou não, partes metálicas de turbinas já são construídas em impressão 3D! Com as máquinas novas que chegam todos os anos ao mercado, as empresas de impressão 3D conseguem aumentar a flexibilidade, a velocidade e a capacidade de inovação para atender as grandes indústrias. Em breve, será possível fazer peças impressas com muito menos tempo, em ciclos rápidos de manufatura, com equipamentos capazes de concorrer com uma injetora de plástico. Isso ainda é para o futuro, mas um futuro que está muito mais próximo do que podemos imaginar. n

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INSUMOS

A QUÍMICA DA INDÚSTRIA

AUTOMOBILÍSTICA PRODUTOS IMPORTADOS E NACIONAIS DISPUTAM A PREFERÊNCIA DAS MONTADORAS FERNANDO NEVES

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brilho que atrai nas carrocerias dos automóveis é nacional. Dos 104 milhões de litros de tinta comprados pelo setor automotivo em 2014 (43 milhões adquiridos pelas montadoras e 61 milhões pelo segmento de repintura na reposição), nenhuma gota foi importada. Quem assegura é a Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati). “Como a indústria automobilística é globalizada, as especificações e os produtos fornecidos no Brasil são de nível internacional”, explica Dilson Ferreira, presidente executivo da entidade. A indústria de tintas faturou no ano passado R$ 9,6 bilhões. Dessa parcela, 15%, ou R$ 1,44 bilhão, foram obtidos com as vendas ao setor automotivo. “Temos uma relação muito próxima e fornecemos produtos de alta tecnologia e com elevado valor agregado”, explica Ferreira. Por isso a queda nas vendas de veículos registrada nos primeiros meses do ano causará impacto direto no desempenho da indústria de tintas. Pode parecer que no campo das tintas automotivas o produto nacional impera, mas a verdade é que a presença dos componentes importados, embora discreta, é bastante significativa. Um exemplo são os aditivos utilizados em todas as formulações de tintas. A alemã Evonik, há 14 anos no Brasil, abastece o mercado nacional com os insumos produzidos nas fábricas da Alemanha e não houve, até o momento, segundo a empresa, necessidade de produção local, seja por questões de volume, logística ou competitividade. A empresa fornece aditivos para a formulação de tintas e sua aplicação serve para corrigir eventuais problemas que podem surgir no processo de produção. “O produto elimina espuma, falta de nivelamento que forma crateras e melhora

O PRODUTO ELIMINA ESPUMA, FALTA DE NIVELAMENTO QUE FORMA CRATERAS E MELHORA O TINGIMENTO

REGINA KAWAI, chefe de produto da linha de negócios Coating Additives da Evonik

POLIURETANO, VETERANO DO SETOR

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m produto tradicional na indústria automotiva é o poliuretano, que registra ampla aplicação. Curiosamente, ele mudou pouco desde a estreia nos anos 1950. “A espuma utilizada em assentos é essencialmente a mesma”, enfatiza Roberto Luiz, gerente da área de poliuretanos da Evonik, explicando que as formulações sofreram alguma evolução em nome do conforto. Mas o que conta mesmo é a quantidade utilizada: mais nos veículos topo de linha, menos nos carros de menor valor. Segundo Luiz, mesmo sem obrigação legal a indústria trata de controlar a emissão de compostos orgânicos voláteis resultantes do processo de produção do poliuretano. “Por serem um subproduto do processo, acreditamos que os gases são potencialmente nocivos e por isso usamos aditivos na composição para controlar emissões”, explica. O poliuretano é também utilizado em isolamento acústico no painel, nas portas e por baixo do carpete, na produção de para-choque (para absorção de impacto), volante, assentos, painéis das portas, peças de isolamento entre o motor e o habitáculo, teto e manopla de câmbio.

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INSUMOS

EVONIK produz espuma de poliuretano, produto utilizado na indústria automobilística

o tingimento”, diz Regina Kawai, chefe de produto da linha de negócios Coating Additives da Evonik, que trabalha com mais de 200 aditivos. A presença de elementos químicos extras na produção de tintas data do início da própria indústria automobilística. Camila Pecerini, gerente de negócios de sílicas da Evonik, explica que os dois principais são a sílica e o dióxido de titânio. “Os dois elementos permitem que a tinta tenha melhor desempenho em intempéries e ao mesmo tempo preserve as propriedades óticas, como brilho”, conta.

FIXAÇÃO DISPENSA PARAFUSO

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ixar peças e componentes já não é trabalho só para parafusos e rebites. Os adesivos estruturais se destacam por agilizar a produção e reduzir peso e etapas em todo o processo. “Não geram resíduos nem agridem a natureza”, diz Rafael Müssnich, diretor de operações da Artecola Química. Müssnich afirma que há redução de peso na troca de parafusos e rebites pelos adesivos – mas não sabe determinar quanto seria. Ele explica que o adesivo estrutural é fixação química e não danifica as peças que serão unidas. Algumas das aplicações são colagem de para-brisa e revestimento interno de portas e teto. Na produção de implementos rodoviários, os baús de carga seca e frigorificados utilizam fixação química para montagem das paredes do implemento, acelerando o processo e oferecendo um visual melhor do produto acabado. O executivo acredita que a empresa pode crescer em outros campos, seja o de fixação ou o de utilização de novas tecnologias. No âmbito da fixação ele não indica quais itens nos veículos estão na mira da companhia

para não despertar a atenção da concorrência. Entre as novas tecnologias, ele acredita que os adesivos com formulação à base de água, óleo de mamona e até etanol, substitutos dos atuais solventes vindos da cadeia petroquímica, tendem a conquistar espaço. A demanda da sociedade por processos e produtos mais limpos deverá ser o principal motivador. A Artecola é fornecedora de fixadores químicos para a indústria automobilística desde os anos 1990 e para expandir seus negócios na América Latina tem parceria com a francesa AEC Polymers, empresa do Grupo Arkema, especializada em adesivos estruturais. A companhia não produz no Brasil o que comercializa no mercado doméstico. “Não há disponibilidade de matérias-primas”, explica Müssnich. Ele critica a indústria química instalada no País de não ter custos competitivos para fazer seus clientes trocarem as importações pelas compras locais.

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ADESIVOS E SELANTES DE SILICONE

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om base em outra cadeia molecular, a do silicone, existe no mercado a classe de adesivos e selantes que segue essa estrutura. “O produto à base de silicone não substitui o parafuso, mas tem um amplo leque de aplicações”, diz Emir Debastiani, engenheiro de aplicações Dow Corning, que trabalha indistintamente com adesivos e selantes. Ele ressalta que “todo adesivo é selante, mas nem todo selante é adesivo”, resumindo as principais características dos produtos. Uma aplicação comum dos produtos à base de silicone é a vedação em motores e câmbios, por apresentar propriedades superiores aos demais polímeros no que diz respeito à resis-

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tência a temperaturas elevadas e à exposição a fluidos automotivos agressivos. Debastiani conta que antes da chegada do silicone a indústria usava uma peça de papel especial para essa vedação. O processo era manual, exigia colocação uma a uma e apara de arestas. Com silicone o processo é automatizado, utilizando robôs na aplicação. “Ficou tudo muito mais ágil e com menos erros”, afirma. Já para as vedações de tanques e bombas de combustível, expostos ao contato com gasolina e etanol, o produto utilizado é o silicone flúor. Segundo Debastiani, o setor que manipula produtos com base na cadeia molecular do silicone está em constante evolução e o exemplo mais

bem-acabado disso está na indústria de faróis. A selagem entre a lente e a base de policarbonato era feita a frio e levava 24 horas para secar. Isso significa que o teste de estanqueidade aguardava um dia para ser feito. Ante os modernos conceitos de produção, para o fabricante de faróis se ajustar ao ritmo de processos just-in-time era necessário manter o produto parado na fábrica, sem faturamento da produção de um dia. A aplicação do silicone pelo processo hot melt acelera o processo e o farol passou a ser liberado para teste instantaneamente. O executivo acredita que a expansão dos selantes e adesivos à base de silicone contribuirá como solução na nova linha de iluminação automotiva.n

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TRATAMENTO DE SUPERFÍCIES

PROCESSO SAUDÁVEL TECNOLOGIA NO TRATAMENTO DE SUPERFÍCIES JÁ PREVÊ SUBSTITUIÇÃO DE ELEMENTO NOCIVO AO TRABALHADOR FERNANDO NEVES

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cromo hexavalente está com dias contados no tratamento de superfícies. Segundo Raul Arcon, gerente do setor automobilístico da Coventya, a indústria deve mesmo substituir no cromado o produto pelo cromo trivalente, a despeito de o primeiro ser superior em resistência e resultado final de acabamento. O componente químico será trocado porque é nocivo à saúde para quem opera com ele. Sua inalação pode provocar câncer e na Europa já há data marcada para a troca: 2017. Arcon explica que para compensar a perda de desempenho na substituição do cromo hexavalente pelo trivalente será necessária a introdução de novos componentes químicos. Na Coventya a resposta se chama Strata, uma liga de níquel patenteada pela companhia que será adicionada ao processo. Assim, a empresa vai trabalhar com cobre, níquel semi, níquel brilhante, níquel microporoso, Strata (níquel liga) e cromo trivalente. O executivo informa que a empresa tem pronta a receita a ser introduzida no Brasil. “Vamos fazer a mudança por demanda das montadoras ou por força de lei. O que acontecer primeiro”, assegura. Segundo o executivo, no Brasil a empresa atua com os fornecedores desde a fase de pré-tratamento de componentes até o tratamento dos efluentes descartados, limpando e devolvendo a água para reúso no próprio processo, isolando-a de qualquer contato com o meio ambiente.

VAMOS FAZER A MUDANÇA POR DEMANDA DAS MONTADORAS OU POR FORÇA DE LEI. O QUE ACONTECER PRIMEIRO RAUL ARCON, gerente do setor automobilístico da Coventya

PROTEÇÃO E DECORAÇÃO Basicamente, o tratamento de superfícies na indústria automobilística é dividido em protetivo e decorativo. O primeiro é realizado em peças internas para proteção contra corrosão, por exemplo. A aplicação protetiva

surgiu para atender a necessidade de proteger os componentes das ações nocivas do ambiente, sendo a oxidação a mais conhecida e comum. Já a função decorativa, utilizada em peças mais visíveis, como frisos, logotipo do veículo ou indicativo de versões e motorização, é conhecida como cromado. Esse processo é mais recente que o protetivo e deve passar em breve por uma transformação para a saúde dos trabalhadores. A Coventya é francesa, está presente em 40 países e tem no setor automotivo 50% do seu faturamento mundial de mais de t 120 milhões. Arcon diz que 90% do que vende no mercado doméstico é produzido no Brasil. Os insumos importados são aqueles em que não há confiança na origem da matéria-prima. O principal produto da Coventya no mercado brasileiro, o Finigard, é um deles. O produto é aplicado para normalizar o coeficiente de atrito do parafuso, o que significa, de maneira simples, que o Finigard impede que a peça gire, preservando suas características por toda a vida útil. A Coventya tem um estilo de atuação denominado KIM (Key Industrial Management). Nele, 12 pessoas trabalham próximas às montadoras e sistemistas, dando suporte técnico e interpretando as necessidades futuras de mercado. Arcon diz que o Strata nasceu de informações do KIM. O grupo de profissionais troca informações constantes com os demais funcionários da Coventya no mundo. n

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Agr adecemosaPSAPeugeotCi t r oën pel oPr êmi oExcel ênci aGl obal . Reconheci ment oscomoest enos mot i vam,ai ndamai s,af or necer Tecnol ogi apar avi da.

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QUALIDADE

ESFORÇO

PARA MELHORAR CHINESAS CHERY E LIFAN TRABALHAM PARA LAPIDAR A IMAGEM DE SEUS CARROS NO BRASIL GIOVANNA RIATO

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LUIS PRADO

oi-se o tempo em que carro de marca chinesa era sinônimo de preço baixo e qualidade inferior. Pelo menos é nisso que marcas do país asiático como Chery e Lifan têm concentrado esforços. A primeira já fabrica seus modelos no Brasil na unidade de Jacareí (SP) desde o fim de 2014. O Celer feito ali tem mudanças na comparação com a versão asiática. O objetivo é conquistar o consumidor local e acabar de vez com qualquer má fama que possa existir. Luciano Resner, diretor de qualidade da Chery no Brasil, conta que a empresa rodou mais de 100 mil quilômetros com o carro antes de lançar a versão nacional. Dessa forma, foi possível ver quais aspectos precisavam de melhorias. “Procuramos atuar nos pontos que o cliente brasileiro mais valoriza, como frenagem, dirigibilidade, isola-

mento de ruídos e suspensão”, explica. Além de buscar melhoria de desempenho, a Chery quer tornar seus automóveis mais atrativos, com aprimoramentos no design e nos acabamentos. “Estamos ficando mais refinados e temos recebido retornos positivos. Teremos salto de qualidade bastante grande nas próximas gerações de veículos”, enfatiza. A Lifan também está empenhada em fidelizar os clientes brasileiros com produtos adequados ao mercado local e pós-venda eficiente. A empresa vende no País veículos montados no Uruguai a partir de kits CKD vindos da China. Os modelos chegam aqui com algumas adaptações, com pequenos ajustes técnicos e estéticos, como mudanças nas rodas, acabamento interno e ajustes no motor para que possa usar o combustível nacional.

TEREMOS SALTO DE QUALIDADE BASTANTE GRANDE NAS PRÓXIMAS GERAÇÕES DE VEÍCULOS LUCIANO RESNER, diretor de qualidade da Chery no Brasil

“O Brasil é hoje um dos principais mercados para a Lifan e isso pauta a relação entre executivos locais e chineses. Temos aqui nossa própria engenharia, que avalia e especifica os produtos”, aponta Jair Leite de Oliveira, diretor de vendas da companhia. A empresa assumiu a operação no Brasil em 2012. Antes a distribuição local dos carros da marca era controlada pelo Grupo Effa. Além do preconceito natural do consumidor brasileiro com a chegada de marcas chinesas, a Lifan teve de trabalhar para corrigir erros cometidos pelos antigos distribuidores. Parte expressiva das ações da Lifan para alterar este cenário se concentrou na área de pós-venda. Há investimento de R$ 3 milhões previsto para expandir as atividades da área, acompanhando o crescimento da frota de carros da marca em circulação no Brasil. “Na área comercial procuramos montar nossa rede com empresários experientes no segmento de automóveis e temos dedicado recursos importantes para o controle de qualidade, com o estabelecimento de etapas adicionais de ajustes nos nossos carros antes da entrega às concessionárias”, conta Carlos Tavares, diretor de pós-vendas na empresa. O executivo destaca investimento recente que já supera R$ 10 milhões em uma estrutura em Itajaí (SC), de onde os carros da companhia são distribuídos para todo o Brasil. n

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DISTRIBUIÇÃO

REDE ENCARA

TRANSFORMAÇÃO DIANTE DA RETRAÇÃO DO MERCADO, CONCESSIONÁRIAS DEVEM CONCENTRAR ESFORÇOS NAS ÁREAS DE USADOS E PÓS-VENDA GIOVANNA RIATO

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difícil momento para as vendas de carros novos traz uma avalanche de desafios para a rede de distribuição de veículos. A Fenabrave, que representa os distribuidores do setor, estima que já foram fechadas 250 casas em 2015. Caso o mercado mantenha o mesmo nível de queda até o fim do ano, a entidade projeta o encerramento da operação de 800 pontos de venda, número que corresponde a 10% da rede brasileira, que terminou 2014 com cerca de 8 mil concessionárias. Uma redução desta ordem equivale ao corte de 35 mil a 40 mil postos de trabalho. O número supera as demissões realizadas pelas montadoras entre janeiro e abril, quando foram dis-

pensadas 4,9 mil pessoas, e deixa claro que o impacto da redução das vendas no emprego é maior na rede de distribuição do que na indústria. As concessionárias tinham 411 mil colaboradores no fim de 2014. Nesta mesma época os produtores de veículos contavam com 144 mil funcionários. Carlos Campos, diretor da consultoria Prime Action, acredita que, mais do que uma crise de vendas, o setor enfrenta o que chama de período de consolidação, que é o fortalecimento dos grandes grupos empresariais, com a aquisição de mais concessionárias, enquanto as empresas menores vendem ou fecham casas. “Existem várias redes e este processo fica mais nítido entre as

marcas grandes, que têm sido mais afetadas com a queda das vendas”, avalia, citando Volkswagen, Fiat e General Motors. Segundo ele, montadoras como Ford, Honda, Toyota, Nissan e Hyundai vivem outra realidade, sem grande abalo nas vendas ou até mesmo com crescimento. Segundo o consultor, é esperado para os próximos anos que as montadoras busquem estruturar suas redes com investidores mais capitalizados. “Deve acontecer a oferta de pontos de vendas para estes grupos, que ganharão economia de escala, reduzindo a necessidade de estrutura administrativa em cada uma das lojas”, explica o especialista. Ele acredita que a concentração maior de unidades nas mãos de menos

O DESAFIO DO NOVO CONSUMIDOR

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arlos Campos, consultor da Prime Action, destaca o novo consumidor como desafio adicional para as concessionárias. Não só o cenário econômico mudou, mas também o perfil dos clientes. “A rede e as marcas precisarão desenvolver novas práticas de negócio no ambiente da internet, com aplicativos e recursos tecnológicos”, acredita. Há ainda outro aspecto importante que deve receber a atenção. “Quando você tem muitas ofertas, como vemos neste momento do mercado, a tendência é que

a satisfação com o produto e com o atendimento não seja mais o suficiente para garantir a fidelidade do consumidor. É preciso oferecer algo a mais”, explica. Para o consultor, o caminho é buscar diferenciação no tratamento com os clientes e na atenção aos detalhes. Um exemplo apontado por ele é garantir facilidades como a entrega do carro no local e horário mais cômodo para o consumidor. “Com o passar do tempo isso criará uma relação de confiança. A pessoa escolhe ir naquela concessionária porque sabe que não vão deixá-la na mão.”

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feel good about driving 20/06/2015 18:32:43


DISTRIBUIÇÃO

PRIME ACTION / DIVULGAÇÃO

É ESPERADO PARA OS PRÓXIMOS ANOS QUE AS MONTADORAS BUSQUEM ESTRUTURAR SUAS REDES COM INVESTIDORES MAIS CAPITALIZADOS CARLOS CAMPOS, diretor da consultoria Prime Action

empresários é o caminho para que a rede sobreviva e se mantenha saudável, apesar das margens menores. EQUILÍBRIO Se as concessionárias enfrentavam dificuldades nos momentos de mercado aquecido, quando as vendas de carros novos batiam sucessivos recordes, agora é essencial buscar a profissionalização para manter o negócio ativo no cenário de queda. O consultor reforça a ideia de que o segredo está em di-

versificar as fontes de receitas com o fortalecimento da área de pós-venda e, principalmente, da operação de veículos usados. “As montadoras também precisam olhar para este aspecto do negócio, que foi deixado de lado por muitos anos. Em primeiro lugar, a troca de usados estimula as vendas de novos. Em segundo lugar, a rede tem de se manter saudável e esta divisão ajuda nisso”, explica. Segundo Campos, a operação de usados ainda é imatura na maior

INVESTIMENTO NA REDE JEEP

E

nquanto a estrutura de distribuição das montadoras mais tradicionais do País sofre com a ameaça de ficar menor, novas marcas investem para ampliar a cobertura do território nacional. Exemplo disso é a Jeep, que pretende alcançar 200 pontos de venda até o fim deste ano para sustentar o volume de vendas esperado para o Renegade. Em 2014 a marca contava com apenas 45 concessionárias no Brasil. O projeto de expansão da rede recebe um investimento total de R$ 240 milhões dos distribuidores, com aporte médio de R$ 2 milhões para cada nova casa.

parte das empresas no Brasil, mas há esforço para instalar processos e profissionalizar a área, seguindo práticas do Estados Unidos e da Europa. A importância de investir nessa divisão é cada vez mais evidente. No primeiro quadrimestre foram negociados no País 888,4 mil veículos seminovos, o que corresponde a um crescimento de 31,3% em comparação com o mesmo período de 2014. “Olha a oportunidade para as concessionárias”, enfatiza. n

REDE DE DISTRIBUIÇÃO 2014

• 8 MIL CONCESSIONÁRIAS • 411 MIL EMPREGOS

PROJEÇÃO 2015

• FECHAMENTO DE 800 CONCESSIONÁRIAS • CORTE DE 35 MIL A 40 MIL EMPREGOS

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