• PRÊMIO REI 2016 DEFINE OS 65 FINALISTAS EM 13 CATEGORIAS
• FIAT LANÇA O MOBI COMO NOVO CAMPEÃO DE VENDAS
• FÓRUM INDICA RECUPERAÇÃO DA INDÚSTRIA SÓ APÓS 2020
Automotive MAIO DE 2016 ANO 8 • NÚMERO 38
MERCEDES FAZ 60 ANOS COM APOSTA NO FUTURO MONTADORA INVESTE NO DESENVOLVIMENTO DE VEÍCULOS E INAUGURA FÁBRICA DE AUTOMÓVEIS EM IRACEMÁPOLIS
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ÍNDICE
30
CAPA | MERCEDES-BENZ
60 ANOS
DE HISTÓRIA NO BRASIL
LUIS PRADO
MONTADORA BUSCA VENCER OS DESAFIOS DA CRISE APOSTANDO NO FUTURO
22 FÓRUM
8 FERNANDO CALMON ALTA RODA Pregar no deserto
RETOMADA SERÁ LENTA Recuperação plena após 2020 LUIS PRADO
10 NO PORTAL 12 CARREIRA SANDRO BRITO, diretor comercial da Mobil Lubrificantes LUIS PRADO
NISSAN
14 NEGÓCIOS NISSAN LANÇA O KICKS Veículo virá primeiro do México
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PEDRO BICUDO
LUIS PRADO
MALAGRINE
53 L ANÇAMENTO PEUGEOT RENOVA 208 Carro é o mais econômico
38 ENTREVISTA PRESIDENTE PHILIPP SCHIEMER Mercedes demonstra confiança no País
54 L ANÇAMENTO ETIOS: BELEZA INTERIOR Opção por câmbio automático
EDY DANESSI
52 LANÇAMENTO HB 20 AGORA É TURBO Motor 1.0 tem 105 cv
FIAT
44 I RACEMÁPOLIS CARROS ESTRELADOS BRASILEIROS Mercedes já produz na nova fábrica paulista
56 L ANÇAMENTO MOBI, MINIATURA DO UNO Novo campeão de vendas?
62 PRÊMIO REI EXCELÊNCIA E INOVAÇÃO Os 65 finalistas nas 13 categorias 64 Empresa do ano 65 Profissional de montadora 68 Profissional de autopeças 69 Veículo leve 70 Comercial pesado 72 Marketing e Propaganda 74 Manufatura e Logística
76 Engenharia, Inovação e Tecnologia 77 Sustentabilidade e Responsabilidade socioambiental 78 Autopeças 79 Powertrain 80 Insumos 82 Tecnologia da informação e Software
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EDITORIAL
REVISTA
www.automotivebusiness.com.br
Paulo Ricardo Braga Editor paulobraga@automotivebusiness.com.br
EVENTOS DESAFIAM A CRISE A
inusitada presença de 720 participantes no sétimo Fórum da Indústria Automobilística, no início de abril, em São Paulo, demonstra o interesse dos profissionais do setor em conhecer novas opiniões, receber insights sobre mercados e praticar o networking entre executivos qualificados – tudo com o objetivo de rever estratégias em tempos de turbulência nos negócios e amenizar os estragos da crise. Esta edição destaca os pontos principais das palestras e debates realizados, concentrando atenção especial na cadeia de suprimentos, que vem sendo duramente atingida pela tendência de baixa que insiste em perdurar na indústria automobilística. Os workshops foram uma atração especial no fórum, aproximando os participantes dos convidados especiais de montadoras que trabalham nas áreas de compras e engenharia. O workshop A Indústria 4.0 e a Revolução Automotiva, também promovido por Automotive Business, fez sucesso no início de maio, recebendo 180 participantes interessados em conhecer as transformações que chegarão às fábricas com a introdução da manufatura inteligente, caracterizada por elevado grau de conectividade e pelo emprego da internet das coisas nos processos de suprimento, produção e distribuição. Guardamos a cobertura deste evento para o próximo número da revista. Nesta edição você conhecerá os 65 finalistas do Prêmio REI – Reconhecimento à Excelência e Inovação, distribuídos em 13 categorias. Como leitor da revista, assinante da newsletter ou participante dos eventos de Automotive Business, você pode dar seu voto para a escolha dos vencedores. O resultado será conhecido em 15 de junho, quando ocorrerá a entrega de troféus. Vale a pena destacar a cobertura especial que Automotive Business fez sobre os 60 anos da Mercedes-Benz no Brasil, que culminaram com a inauguração da fábrica de automóveis em Iracemápolis, SP, e uma série de eventos na pioneira fábrica de São Bernardo do Campo, SP, para receber jornalistas, fornecedores e distribuidores, além dos próprios funcionários da montadora. Confira ainda os artigos sobre o lançamento de veículos, que incluem novidades como o Fiat Mobi, a renovação do Toyota Etios, a apresentação do novo Peugeot 208 e a opção de turbo para o HB20. Boa leitura e até a próxima edição.
Editada por Automotive Business, empresa associada à All Right! Comunicação Ltda. Tiragem de 10.000 exemplares, com distribuição direta a executivos de fabricantes de veículos, autopeças, distribuidores, entidades setoriais, governo, consultorias, empresas de engenharia, transporte e logística e setor acadêmico. Diretores Maria Theresa de Borthole Braga Paula Braga Prado Paulo Ricardo Braga Editor Responsável Paulo Ricardo Braga (Jornalista, MTPS 8858) Editora-Assistente Giovanna Riato Redação Mário Curcio, Pedro Kutney e Sueli Reis Editor de Notícias do Portal Pedro Kutney Colaboradores desta edição Alexandre Akashi e Ana Paula Machado Design gráfico Ricardo Alves de Souza Josy Angélica RS Oficina de Arte Fotografia Estúdio Luis Prado Publicidade Carina Costa, Greice Ribeiro, Monalisa Naves Atendimento ao leitor Patrícia Pedroso WebTV Marcos Ambroselli Comunicação e eventos Carolina Piovacari Impressão Margraf Distribuição Correios
Administração, redação e publicidade Av. Iraí, 393, conjs. 51 a 53, Moema, 04082-001, São Paulo, SP, tel. 11 5095-8888 redacao@automotivebusiness.com.br
Filiada ao
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MERCADO
FIQUE DE OLHO AS STARTUPS QUE OFERECEM TECNOLOGIA E SERVIÇOS RELACIONADOS AO SETOR AUTOMOTIVO FLEETY FAZ PARCERIA COM BYD PARA ELÉTRICOS
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naugurado em 2014, o Fleety é uma plataforma voltada ao compartilhamento de carros. A empresa brasileira permite que os usuários ofereçam seus veículos para aluguel quando não estão em uso. É uma solução para o conhecido baixo aproveitamento dos automóveis. Agora a startup dá mais um passo ao firmar parceria com a chinesa BYD para oferecer frota de carros elétricos para compartilhamento, o chamado Fleety Garage. A novidade foi lançada em março em Curitiba, mas deve chegar logo a outras cidades brasileiras.
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UBER POOL CHEGA AO BRASIL
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ntes mesmo de toda a polêmica que envolve a Uber passar, a empresa lança mais uma opção para seu serviço no Brasil. O aplicativo passa a oferecer o Uber Pool, que permite compartilhar uma corrida com outras pessoas que estão indo para a mesma direção. Além da vantagem ambiental, já que as viagens coletivas pressupõem que menos carros estarão na rua, a novidade faz bem para o bolso. A Uber promete economia de até 40% nas viagens neste sistema. É mais um motivo para os taxistas ficarem de cabelo em pé.
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ALTA RODA
FERNANDO CALMON
LUIS PRADO
PREGAR NO DESERTO FERNANDO CALMON é jornalista especializado na indústria automobilística fernando@calmon.jor.br
Leia a coluna Alta Roda também no portal Automotive Business PATROCINADORAS
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e fato é uma pena o Programa de Avaliação de Veículos Novos para a América Latina e o Caribe (conhecido pela sigla Latin NCAP) insistir em distorções e “condenações” injustificáveis. Apesar de apoiado por ONGs internacionais e de fundação de filantropia como a Bloomberg, falta às vezes certo grau de seriedade. Na realidade sempre fica uma pergunta sem resposta: o que o consumidor brasileiro tem a ver se na Colômbia ou no México os respectivos mercados locais compram determinado modelo sem os mesmos equipamentos de segurança oferecidos de série no Brasil? O voluntarismo frequentemente irresponsável do Latin NCAP vem de sua origem europeia. Lá existe um bloco econômico e político de 28 países com livre circulação de carros e pessoas. Querem porque querem repetir aqui o que aconteceu lá, sem avaliar implicações econômicas e técnicas. São realidades bastante diferentes. Quando o Latin NCAP começou a atuar em 2010 já existia lei no Brasil que obrigava a adoção de bolsas de ar em todos os veículos em 2014. A entidade
achava possível abreviar a exigência com seus testes de colisão filmados e, claro, foi ignorada. Basta ver exemplos nos EUA. Em 2014 concedeu-se prazo de quatro anos para obrigatoriedade de câmera de ré em razão de veículos de maior porte daquele mercado. Esse país também tornou compulsório, antes da União Europeia, o controle eletrônico de estabilidade (ESC, em inglês). E acaba de anunciar um grande acordo entre o órgão de segurança viária oficial, a entidade lobista das seguradoras e 22 fabricantes (representam quase 100% das vendas) para introduzir em 2022 o dispositivo de frenagem automática de emergência até 30 km/h. Vários modelos europeus, até subcompactos, e mesmo americanos já trazem esse dispositivo de série. No entanto, se não houvesse essa adesão voluntária, a obrigatoriedade por lei, nos EUA, só ocorreria em 2025. Isso não inclui a frenagem antiatropelamento por sua complexidade e custo elevado. Então o Latin NCAP deveria parar de pregar no deserto e assumir pragmatismo. Em 2015 o Brasil exigiu o ESC nos projetos no-
vos a partir de 2018 e, em 2022, para todos os modelos à venda. Está na lei e não mudará. A entidade tem direito de exigi-lo para um veículo receber as cinco estrelas máximas em seus atuais protocolos. Mas daí a retirar uma provável nota máxima da nova picape Ranger, por exemplo, rebaixando-a de cinco para três estrelas só porque em outros países da região o sistema ESC não é previsto em lei ou os compradores não estejam dispostos a pagar por ele, realmente perde qualquer sentido. Também se um modelo chinês, importado por qualquer país sul-americano, só alcança zero-estrela no teste de colisão também gera interesse zero para o comprador brasileiro. Perda de tempo. A Proteste, parceira brasileira do Latin NCAP, afirma que o ESC acrescentaria “apenas R$ 180,00” a um veículo. Mas preço de custo não se confunde com o de venda, além de tempo e dinheiro para testes longos e homologações para cada modelo. Ou seja, dar palpite ou jogar para plateia leiga sobre assuntos técnicos abala mesmo qualquer credibilidade que se queira conquistar.
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PORTAL
| AUTOMOTIVE BUSINESS
AS NOVIDADES QUE VOCÊ ENCONTRA EM WWW.AUTOMOTIVEBUSINESS.COM.BR VOLARE INVESTE R$ 130 MILHÕES NO ESPÍRITO SANTO A Volare investiu R$ 130 milhões na atualização de sua fábrica de São Mateus (ES) para produzir o novo miniônibus Cinco. A unidade tornou-se a mais moderna do grupo Marcopolo, proprietário da Volare, com a utilização de robôs de solda e pintura e corte a laser para tubos e chapas.
MERCEDES PROMOVE 24º PRÊMIO INTERAÇÃO A Mercedes-Benz realizou a 24a edição do Prêmio Interação, que reconheceu os dez melhores fornecedores em seis categorias. Na cerimônia, a fabricante recordou que o momento é de extrema dificuldade, mas pediu resistência aos seus parceiros responsáveis por suprir de componentes as linhas de produção.
GRUPO VOLKSWAGEN TEM PREJUÍZO DE T 5,5 BI O Grupo Volkswagen divulgou o balanço financeiro preliminar de 2015 com prejuízo líquido de T 5,51 bilhões. As perdas são resultado das provisões – ou itens especiais – estimados pela companhia em T 16,2 bilhões, a maior parte relacionada aos custos com o escândalo da fraude de emissões, o dieselgate.
WEB TV youtube.com.br/automotivebusiness 90 SEGUNDOS
PERSONALIDADES AUTOMOTIVAS
Profissionais do setor traçam expectativas para o mercado de caminhões
NOTICIÁRIO
ROBERTO CORTES, da MAN, faz balanço da sua trajetória profissional
EXCLUSIVO QUEM É QUEM A ferramenta exclusiva e gratuita traz os contatos de quem comanda o setor automotivo. automotivebusiness.com.br/ quemquem.aspx
BALANÇO SEMANAL Toda sexta-feira o balanço semanal das principais notícias automotivas
REDES SOCIAIS ESTATÍSTICAS Acompanhe a evolução das estatísticas das principais organizações do setor. automotivebusiness.com.br/ estatisticas.aspx
MOBILE WEBSITE Formato leve e adequado para quem acompanha as notícias pelo smartphone ou tablet. m.automotivebusiness.com.br
LINKEDIN – Notícias, análises e a programação da ABTV agora são postadas diariamente na plataforma profissional. TWITTER – Siga o Portal AB na rede social e veja os links e novidades postados pela nossa equipe. @automotiveb PINTEREST – Acompanhe os painéis com as principais novidades do Portal, Revista e AB webTV. pinterest.com/automotiveb
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CARREIRA
ANDREAS POHLMANN
ROBERTO CORTES MANTÉM O VIGOR DA PRESIDÊNCIA
HÁ 40 ANOS NA INDÚSTRIA AUTOMOTIVA, ELE É UM DOS EXECUTIVOS MAIS RECONHECIDOS DO SETOR SUELI REIS
AUTOMOTIVE BUSINESS – Você acumula uma carreira de 40 anos na indústria automotiva. O que o motivou a seguir ao longo desse período? ROBERTO CORTES – De fato, eu trabalho desde os 13 anos. Sou economista, mas sempre tive a presidência de uma empresa como meta de vida e meu caminho ajudou a alcançar esse objetivo. Comecei trabalhando em banco, depois fui para a indústria, na Engesa. Fui trainee na Ford, minha porta de entrada para o setor. Atuei na AutoLatina, quando fui para a Volkswagen (automóveis) e há 20 anos estou na Volkswagen Caminhões e Ônibus, hoje MAN Latin America. AB – Uma trajetória de 40 anos deve ter tido muitos altos e baixos. Como encarou esses diferentes momentos? RC – Sempre fui uma pessoa calma. Tento ser ponderado,
mas não sou complacente. Não me conformo com as coisas. Tento lidar com as conquistas de uma forma bastante pé no chão. E as derrotas – que foram poucas – eu tiro como lição para que eu possa dar uma resposta melhor da próxima vez. Não me abato. Mesmo com todas as dificuldades políticas nacionais, internacionais, o importante é fazer tudo com muita seriedade, ética e muito respeito. AB – Como é o Roberto Cortes quando não está na cadeira da presidência? RC – Eu divido a minha vida em dois momentos: a vida familiar e a vida no trabalho e tento balancear os dois, as duas demandas. Acho que tenho conseguido. Sou muito feliz com essas minhas duas escolhas. Meu único hobby é e sempre foi a leitura, apesar de que aprecio uma boa comida e gosto de filmes também. Hábitos simples e caseiros. n
VICTOR ALMEIDA
J OSÉ LUIZ GANDINI retorna à presidência da Abeifa, associação dos fabricantes e importadores de veículos. Este será seu quinto mandato à frente da entidade, com duração até 2018.
LUIS FERNANDO PINEDO é o novo chefe do complexo industrial da Volkswagen em São José dos Pinhais (PR). Sucede a Volker Germann, designado para a direção da fábrica de Changchun, na China.
D AN IOSCHPE assumiu a presidência do Sindipeças após 22 anos de gestão de Paulo Butori, que continua como conselheiro da entidade.
A Scania anuncia que em 1o de junho ROBERTO BARRAL assumirá o cargo de diretor comercial no Brasil, sucedendo a Mathias Carlbaum, nomeado vice-presidente global da área.
ARQ. SCANIA
NUNO COUTINHO é o novo diretor de marketing das marcas Citroën e DS no Brasil, no lugar de Laurent Barria, que assume novas funções no Grupo PSA Peugeot Citroën.
PEDRO BICUDO
ARQ. MERCEDES-BENZ
Em 1o de julho CARLOS SANTIAGO sucederá Wolfgang Hänle como vice-presidente das operações da Mercedes-Benz no Brasil, respondendo pelas atividades das fábricas de São Bernardo 12 • AutomotiveBUSINESS do Campo (SP) e Juiz de Fora (MG).
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ARQ. VOLKSWAGEN
ITARU OTANI é o novo presidente da Yamaha no Brasil. Ele assume o cargo no lugar de Shigeo Hayakawa, transferido para a filial tailandesa.
MÁRIO CURCIO
OMAR PAIXÃO
P AULO CEZAR DA SILVA NUNES foi eleito novo presidente do conselho de administração da Marcopolo para o período 2016-2018. Ele assume no lugar de Mauro Gilberto Bellini.
MURAO
EXECUTIVOS
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NEGÓCIOS
PONTO DE VISTA
CONFIRA O BALANÇO DE VENDAS DA FENABRAVE
O agravamento da crise que impacta diretamente o setor resultou em um desempenho muito pior do que havíamos previsto no início deste ano” ALARICO ASSUMPÇÃO JR., presidente da Fenabrave, entidade dos distribuidores de veículos, ao revisar a projeção de queda nas vendas em 2016. A entidade espera redução de 20% nos emplacamentos, para 2,05 milhões de veículos, entre leves e pesados.
DIGITAL
BUSCA POR CARROS NA INTERNET SEGUE EM EXPANSÃO
CARRO DAS OLIMPÍADAS
O
A
o contrário do esperado, as primeiras unidades do Nissan Kicks a ser vendidas no mercado brasileiro virão do México. O utilitário esportivo é o carro oficial das Olimpíadas. “Em agosto haverá 11 mil unidades disponíveis para o Brasil”, garante o presidente da Nissan no País, François Dossa. Ainda em 2016 o Kicks estará à venda em outros mercados latino-americanos e até o fim do primeiro trimestre de 2017 terá início a produção brasileira do modelo, na fábrica de Resende (RJ). A unidade recebe R$ 750 milhões para produzir o utilitário esportivo. (Mário Curcio)
DIVULGAÇÃO \ NISSAN
setor automotivo atrai cada vez mais possíveis clientes no mundo digital. Dados do Google indicam que as vendas de carros são concluídas só nas concessionárias, mas o processo de pesquisa dos consumidores acontece cada vez mais on-line. A ferramenta é usada para mais de 200 milhões de buscas de carros por mês. No primeiro trimestre de 2016 cresceram 43% as pesquisas do setor automotivo na comparação com igual período do ano passado.
NISSAN KICKS VIRÁ PRIMEIRO DO MÉXICO
PRODUÇÃO
DAF CHEGA A MIL CAMINHÕES NO BRASIL
A
DAF já fabricou mil caminhões na planta brasileira de Ponta Grossa (PR), que está em operação desde 2013. A unidade foi inaugurada com aporte de R$ 320 milhões e recebeu outros R$ 60 milhões em 2015 para passar a produzir também motores.
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DIVULGAÇÃO \ BMW
NEGÓCIOS
INVESTIMENTO
FCA VAI APLICAR US$ 500 MILHÕES NA ARGENTINA
TIPO EXPORTAÇÃO
BMW VENDE X1 BRASILEIRO NOS EUA
A
Fiat Chrysler Automobiles (FCA) anunciou investimento de US$ 500 milhões na fábrica de Córdoba, na Argentina. A unidade produz carros da marca Fiat e, com o aporte, fará novo modelo construído sobre plataforma modular da companhia. A novidade deve chegar ao mercado em 2017. O empreendimento tem foco em exportações, com 80% destinados a outros mercados.
C
om o mercado nacional retraído, a BMW vai exportar o X1 feito na fábrica de Araquari (SC) para os Estados Unidos. Está previsto o embarque de 10 mil unidades do modelo a partir de julho. O volume corresponde a quase um terço da capacidade produtiva total da planta. A medida pretende atender ao aumento da demanda do mercado norte-americano, que até então era abastecido apenas pela fábrica de Regensburg, no sul da Alemanha.
FCA
ESTRATÉGIA
ESCÂNDALO
MITSUBISHI FRAUDA DADOS DE CONSUMO
E
nquanto a Volkswagen busca soluções para o dieselgate, a Mitsubishi é pega por fraudar medições de consumo. A manipulação envolve mais de 600 mil veículos vendidos no Japão. O caso foi descoberto quando a Nissan, que vende minicarros – modelos com motores de até 660 centímetros cúbicos – com a sua marca, mas fabricados pela Mitsubishi, percebeu inconsistências nos dados de eficiência dos veículos. Diante disso, a empresa recomendou ao Ministério dos Transportes do país a investigação do já rumoroso caso.
GRUPO PSA ANUNCIA PLANO PUSH TO PASS
A
PSA Peugeot Citroën é agora Grupo PSA. A empresa concluiu o plano Back in the Race e recuperou a lucratividade dois anos antes do previsto. Depois disso a companhia anunciou a estratégia Push to Pass, que pretende garantir bom desempenho e crescimento rentável. A iniciativa vale até 2021 e se baseia em investimentos em pesquisa e desenvolvimento para acompanhar a revolução esperada para a indústria automotiva global. Outra frente é a redução dos custos de produção e dos custos fixos. Em paralelo, a empresa conduz no Brasil plano para elevar o conteúdo local dos carros. A meta é subir o porcentual dos atuais 65% para 90%. Para isso, a empresa vai reduzir pela metade a importação de componentes nos próximos três anos. O processo será apoiado na redução do número de plataformas fabricadas localmente, que diminuirá de cinco para apenas uma base modular, que será usada por todos os veículos das marcas Peugeot e Citroën feitos no País.
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NEGÓCIOS
DIVULGAÇÃO / PORSCHE
ESPORTIVO
PRÊMIO
JOHN DEERE PORSCHE DESTACA VENDE NOVA GERAÇÃO DO 911 FORNECEDORES
A
Porsche traz a nova geração do modelo 911 ao Brasil. A versão de entrada, 911 Carrera, tem preço sugerido de R$ 509 mil. A tabela chega a R$ 1,277 milhão para o 911 Turbo SCabriolet. A participação do modelo nas vendas brasileiras foi de 8,2% em 2015 e tende a crescer com a renovação da linha e o grande número de opções, 14 ao todo. Os novos motores do 911 têm entre 370 e 580 cavalos. As vendas da Porsche no Brasil no primeiro trimestre somaram 179 unidades, com alta de 19,3% sobre o mesmo período do ano passado. Em 2015 a companhia instalou uma subsidiária no Brasil. A operação é uma joint venture entre a Porsche, que detém 75% do controle do negócio, e a Stuttgart Sportcar, até então importadora oficial dos veículos. A rede de revendas atual tem seis unidades e ganhará mais duas até o fim do ano. (Mário Curcio)
A
John Deere reconheceu seus melhores parceiros no 11o Encontro de Fornecedores da América do Sul, que contou com a presença de mais de 250 empresas. A Schaeffler foi uma das companhias premiadas. Para receber o troféu o fornecedor deve cumprir padrões de qualidade, gerenciamento de custos, inovação e competitividade.
NACIONALIZAÇÃO
FOTON CONFIRMA PRODUÇÃO DE VANS E SUVS
E
LUIZ CHAVES / PALÁCIO PIRATINI
m visita ao Brasil, o presidente internacional da chinesa Foton aproveitou para confirmar que a empresa montará localmente as linhas de vans e de SUVs da marca. O anúncio ocorreu em reunião com o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori. A intenção é aproveitar a planta que já está em construção em Guaíba, no mesmo Estado, voltada para caminhões. O empreendimento deve ser ampliado para receber as novas linhas de montagem, com aporte adicional aos R$ 250 milhões já anunciados.
INSUMOS
SURTEC E CHEM-TREND TÊM NOVA FÁBRICA
A
s empresas SurTec e ChemTrend agora dividem espaço em nova fábrica na cidade de Valinhos (SP). Com investimento de R$ 60 milhões, a unidade tem 11,3 mil m² de área construída e outros 2,2 mil m² reservados para a expansão. Ambas as empresas pertencem ao Grupo Freudenberg e fornecem produtos químicos para tratamento de superfície e desmoldantes para componentes metálicos, plásticos e de borracha, entre outros itens. Em 2015, 26% das vendas mundiais da Freudenberg foram feitas para o setor automotivo. (Mário Curcio)
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NEGÓCIOS
OMAR PAIXÃO
NOVA GESTÃO
MEGALE ASSUME PRESIDÊNCIA DA ANFAVEA
E
m meio ao conturbado cenário econômico e político, a Anfavea começa novo ciclo. Antonio Megale, diretor de assuntos governamentais da Volkswagen Brasil, assume a presidência da entidade que representa os fabricantes do setor. Ele sucede Luiz Moan, que comandou a associação durante os últimos três anos e agora se aposenta. Megale terá Rogélio Golfarb, da Ford, como primeiro vice-presidente, cargo que tradicionalmente sinaliza quem será o próximo a assumir o comando da entidade. “A nossa prioridade será garantir previsibilidade para que as empresas do setor possam se planejar e sair da crise”, anunciou Megale ao tomar posse.
CONHEÇA AS PRIORIDADES DE MEGALE NO COMANDO DA ENTIDADE • EXPORTAÇÕES E COMPETITIVIDADE
Com a ociosidade da capacidade produtiva na casa dos 50% na indústria automotiva, Megale quer elevar as exportações para melhorar o aproveitamento das fábricas nacionais. • BUSCA POR RETOMADA
SILVIO SERBER
O novo presidente enfatiza que o Brasil tem enorme potencial de vendas de veículos. Por isso, ele acredita que a atual crise não vai
tirar o País do mapa dos principais mercados globais. “Perdemos algumas posições no ranking, mas vamos recuperar”, diz. • INOVAR-AUTO
Com a proximidade do fim do programa nos moldes atuais, a entidade avalia que é o momento de discutir uma possível continuidade. “O ideal seria estabelecer uma política industrial apoiada em dois pilares:
eficiência energética e pesquisa e desenvolvimento local.” • LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
O novo presidente da Anfavea quer melhorar e tornar mais flexíveis as leis trabalhistas. Megale aponta que o Programa de Proteção ao Emprego (PPE) é uma vitória, mas que só tem validade de dois anos. “Queremos isso como algo perene que possa ajudar a indústria.” (Giovanna Riato)
PICAPE
FORD RANGER 2017 ESTÁ DE CARA NOVA
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linha 2017 da Ford Ranger recebeu nova dianteira, mudanças no painel, nos motores e tem mais itens de segurança e tecnologia. As versões a diesel chegam primeiro às concessionárias, todas com tração 4x4. O preço inicial é de R$ 129,9 mil. Uma das novidades da linha é a opção automática para a XLS 2.2, que tem agora 160 cavalos, 10 cv a mais, e preço sugerido de R$ 142,9 mil. Em junho vêm as opções flex, somente com tração 4x2 e tabela inicial de R$ 99,5 mil. A garantia de toda a linha passou de três para cinco anos. Independentemente do motor, no primeiro momento só haverá cabine dupla. A Ranger para os mercados latino-americanos é feita na fábrica de Pacheco, na Argentina, que recebeu US$ 220 milhões em atualizações para produzir o novo modelo. No Brasil a picape terá um ano difícil. Vai enfrentar as também reestilizadas Chevrolet S10 e Toyota Hilux, mais a Fiat Toro, que tem a seu favor o fator novidade e preços mais baixos. (Mário Curcio)
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FCA TRABALHARÁ COM GOOGLE EM CARRO AUTÔNOMO
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FCA – Fiat Chrysler Automobiles – firmou parceria com o Google para o projeto de carro autônomo. A minivan híbrida Chrysler Pacifica vai compor a frota de protótipos da gigante de tecnologia. Inicialmente serão desenvolvidos e fabricados 100 veículos já com a tecnologia autônoma. As responsabilidades da engenharia serão compartilhadas com base na área de domínio de cada companhia. É a primeira vez que o Google conta com o envolvimento direto de uma fabricante de veículos no projeto. As duas empresas deslocarão parte de suas equipes de engenharia para um prédio em Michigan, nos Estados Unidos, de onde o programa será tocado.
GEELY FECHA AS PORTAS NO BRASIL
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Geely Motors decidiu encerrar as atividades localmente. A empresa era representada pelo Grupo Gandini, o mesmo que distribui os carros da Kia Motors. A decisão foi motivada pelo fraco desempenho de vendas no mercado interno, que sofre com a queda da demanda por veículos. Comunicado da companhia aponta, no entanto, que há intenção de retomar a operação nacional quando os negócios voltarem a um patamar mais elevado. DIVULGAÇÃO / GEELY MOTORS
ARQUIVO / GOOGLE
TECNOLOGIA
MUDANÇA DE PLANOS
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LUIS PRADO
FÓRUM DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA
2020
RECUPERAÇÃO PLENA SÓ APÓS
COM REDUZIDO NÍVEL DE ATIVIDADE, O SETOR PATINA NA PRODUÇÃO E NAS VENDAS, ENQUANTO AS EXPORTAÇÕES MOSTRAM EVOLUÇÃO
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FOTOS: RUY HIZATUG U
rincipal evento do gênero no País, o Fórum da Indústria Automobilística, realizado dia 28 de março, no Golden Hall do WTC, em São Paulo, reuniu 720 profissionais do setor para avaliar a evolução dos empreendimentos e analisar riscos e oportunidades na direção da retomada. No SANDRO BRITO, diretor entender da maioria dos palestrantes e debatedores, um patamar de atividade correspondente comercial da Mobil Lubrificantes: estí mulo ao ao de 2014 só será alcançado depois de 2020. “Dois mil e dezesseis será um ano de resolução fóru m como patrocinador prin cipal de incertezas”, profetizou Octávio de Barros, economista-chefe do Bradesco. “A retomada será lenta”, arrematou Letícia Costa, consultora da Prada Assessoria, falando da velocidade da mudança nos negócios automotivos. A pesquisa eletrônica realizada entre os participantes do evento também não deixou dúvida das dificuldades a serem enfrentadas: 55% das respostas indicaram que as vendas de veículos este ano serão inferiores a 2 milhões de unidades. Em 2015 foram emplacados 2,57 milhões de unidades. Na sessão de abertura, o presidente da Anfavea, Luiz Moan, que passou o cargo a seu sucessor, Antonio Megale, no dia 25 de abril, admitiu que uma das principais preocupações reside na ociosidade das fábricas nacionais, que superou 52% em 2015 e sobe para 74% no caso dos caminhões. O executivo, homenageado durante o fórum com um Prêmio REI especial por Automotive Business pelo trabalho e dedicação em defesa da indústria local, deixou uma boa notícia no tocante às exportações, que avançaram 26% no primeiro trimestre. Sandro Brito, diretor comercial da Mobil Lubrificantes, patrocinadora principal do fórum, também emitiu mensagem de otimismo ao citar a evolução do powertrain dos veículos nacionais e a tecnologia dos lubrificantes, que caminham para o LUIZ MOAN, presidente domínio dos produtos sintéticos, mais avançados. da Anfavea, à dire ita de PAULO e PAULA BRA GA, diretores do fórum: homenagem do Prêmio REI
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HORA DE PENSAR GLOBALMENTE
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recessão não vai durar para sempre, mas ainda é difícil pensar em ações pós-crise no meio do turbilhão. É preciso enxergar o mercado automotivo como um todo e as oportunidades que ele oferece – agora e no futuro – em um momento de profunda transformação da indústria. Essa foi a principal mensagem da consultora Letícia Costa, sócia-diretora da Prada Assessoria, em palestra durante a sétima edição do Fórum da Indústria Automobilística. Na visão de Letícia Costa, a crise abre oportunidade para uma mudança de mentalidade dos executivos do setor automotivo brasileiro, que devem pensar a indústria nacional globalmente, com o propósito de ganhar escala e buscar competitividade. Segundo a consultora, há tempo que as empresas fazem a lição de casa: tentam exportar mais, buscam incrementar volumes no mercado doméstico, trabalham o aftermarket, avaliam a cadeia de suprimentos e os fornecedores, fazem proteção de caixa e ajustes de capacidade. “Mas isso não é suficiente quando pensamos no longo prazo”, afirmou. “A indústria não tem apresentado ganhos sustentáveis nem mesmo quando não há crise”, completou. Na avaliação da consultora, a recuperação da crise será lenta. Ela prevê retomada do patamar de produção automotiva de 2014 somente depois de 2020. “Neste cenário, haverá muita dificuldade para justificar investimentos”, alerta. Por isso, recomenda buscar investir em setores em que a indústria brasileira demonstra maior competência. “Não precisamos ser bons em tudo, mas ser competitivos para que, quando a crise passar, em 2021, a indústria esteja inserida no contexto global”, argumentou. Para Letícia, se a indústria nacional não começar a se mexer agora, corre o risco de ficar parada no tempo, enquanto o mundo desenvolve veículos conectados, autônomos, movidos a eletricidade, sob o conceito de mobilidade compartilhada. “Mesmo que o País não tenha infraestrutura para absorver tudo isso, temos de mirar a exportação, dentro de um contexto globalizado, com produtos de qualidade e competitivos”, afirmou, observando que dessa forma o setor se protege da instabilidade e volatilidade do mercado nacional, uma vez que estará inserido em um universo mais amplo e consistente. (Alexandre Akashi)
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É PRECISO GANHAR ESCALA E COMPETITIVIDADE, ALERTA CONSULTORA
SE A INDÚSTRIA NACIONAL NÃO COMEÇAR A SE MEXER AGORA, CORRE O RISCO DE FICAR PARADA NO TEMPO LETÍCIA COSTA, sócia-diretora da Prada Assessoria: recuperação da crise será lenta
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FÓRUM DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA
MONTADORAS MANTÊM CAUTELA NAS OPERAÇÕES DETERIORAÇÃO DO MERCADO FAZ EMPRESAS REPENSAREM DECISÕES DE NEGÓCIOS
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atualmente é produzido apenas em Indaiatuba (SP). “Havíamos identificado uma demanda maior que a oferta para o Corolla, o que nos levou a decidir pela sua produção também em Sorocaba, que é uma fábrica bastante flexível, mas o programa ainda está em stand by”, afirma Miguel Fonseca, vice-presidente executivo da Toyota. Também em modo de espera está a nova fábrica de motores da companhia localizada em Porto Feliz (SP), para a qual a empresa destinou R$ 1 bilhão. Segundo Fonseca, a nova unidade é legitimamente uma filha do Inovar-Auto e a intenção da empresa é torná-la uma base exportadora, uma vez que a unidade possui tecnologias únicas de manufatura. No entanto, a Toyota se mantém RUY HIZATUGU
deterioração do ambiente econômico está obrigando as montadoras a repensar estratégias e manter a cautela nas operações a fim de se adequarem à nova realidade do mercado nacional, cuja demanda segue em queda livre. Neste contexto, os desafios enfrentados por BMW, Honda, Toyota e CNH Industrial foram tema de painel de debates no Fórum da Indústria Automobilística. O conservadorismo e o cuidado imperam nas empresas de origem japonesa. No caso da Toyota, a companhia decidiu postergar o início da produção do Corolla na unidade de Sorocaba (SP), onde é feita a família Etios. Em dezembro de 2015 a montadora anunciou investimento de R$ 30 milhões para aumentar sua capacidade e receber o Corolla, que
VILMAR FISTAROL (CNH Industrial), ROBERTO AKIYAMA (Honda), MIGUEL FONSECA (Toyota) e HELDER BOAVIDA (BMW)
cautelosa quanto ao prazo dado anteriormente, de abrir as portas ainda neste primeiro semestre. Além disso, a Toyota desistiu por ora da produção do Prius no Brasil: “Houve a intenção. Discutimos o tema, mas pelas circunstâncias atuais não houve finalização do projeto.” Por sua vez, o vice-presidente da Honda Automóveis, Roberto Akiyama, explica a decisão que deixou o mercado perplexo em outubro de 2015 ao anunciar o adiamento da inauguração da fábrica em Itirapina (SP), cuja capacidade é de 120 mil unidades por ano em dois turnos. “Se o mercado não está apto para absorver a produção de Itirapina por que vou produzir? Foi uma decisão extremamente difícil”, afirmou Akiyama. Passada a euforia de sua entrada no segmento de SUVs compactos a partir do lançamento do HR-V, a Honda começou a sentir os efeitos do mercado contraído. “A situação do primeiro trimestre já é bastante diferente do que vimos em 2015. O diálogo muito próximo com a rede tem sido fundamental para readequar e reduzir os volumes de acordo com a demanda real.” Em sua participação durante o painel, o presidente da BMW no Brasil, Helder Boavida, prevê três anos ainda duros pela frente. “O desafio é encontrar a forma de enfrentar este período. Como um todo, o Brasil ainda é muito focado no mercado interno”, ponderou. Ele lembra que
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embora a unidade de Araquari (SC) tenha sido projetada para baixos volumes e dependa de muita importação, ainda é vantagem produzir aqui mesmo com o câmbio desfavorável. Acrescenta que foi o Inovar-Auto que trouxe a fábrica da BMW para o País e que mantém a expectativa de um novo modelo do programa a partir de sua renovação pós-2017. “Ainda neste ano deveremos incluir mais um produto em Araquari, o sexto modelo em linha”, revelou Boavida. Atualmente, a unidade fabrica os BMW Série 1, Série 3, X3, X1 e o Mini Countryman. BENS DE CAPITAL Para o presidente da CNH Industrial, Vilmar Fistarol, que também participou do debate, os desafios e dificuldades para o setor de bens de capital são os mesmos quando comparados com a indústria em geral. Embora sob a ótica da agroindústria a situação seja um pouco melhor, sendo ela responsável por 25% do PIB, a velocidade de reação é mais lenta e o setor já se deu conta de que não pode esperar ajuda do governo. “Temos uma nova expectativa de safra recorde, mas o setor continua patinando. O que falta? Confiança. Se conseguirmos separar um pouco a economia e a política, acredito que teremos números mais interessantes para a agroindústria. É um setor que carece de empurrão para continuar investindo”, afirmou. Fistarol aponta que a experiência do Grupo CNH tem sido muito positiva na América do Sul desde a mudança de estrutura da companhia que mantém sob sua alçada os diferentes segmentos da indústria de bens de capital, como caminhões (Iveco), máquinas agrícolas e de construção (Case e New Holland), motores diesel e transmissões (FPT). (Sueli Reis)
ANO DE RESOLUÇÃO DAS INCERTEZAS VOLTA AO PATAMAR DE ATIVIDADE ECONÔMICA DE 2014 DEVERÁ OCORRER ATÉ O FIM DE 2019
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economista-chefe do Bradesco, Octávio de Barros, fez previsões bem realistas da economia brasileira durante o VII Fórum da Indústria Automobilística. Segundo ele, 2016 poderá ser um período de “resolução das incertezas”, sobretudo no plano político, e isso poderá favorecer alguma retomada de atividade até o fim do ano. Porém, ressalta o economista, “para o País voltar ao patamar de atividade de março de 2014 (pico de atividade na ótica do PIB) isso só deverá ocorrer ao fim de 2019”. Em outras palavras, com a forte queda da ocupação dos últimos anos, a recuperação ocorrerá, mas levaremos um tempo longo até voltarmos ao melhor momento do nível de atividade, que foi março de 2014. CONFIANÇA “Ninguém vive sem cenário. A volta da previsibilidade, sobretudo É A FORMA política, é fundamental para a melhora do cenário econômico”, diz MAIS BARATA Barros. Segundo o economista, o DE ESTÍMULO Brasil nunca esteve tão próximo de avançar em relação às reformas ECONÔMICO tão necessárias para o País. “Digo isso não por esperar algo no curto OCTAVIO DE BARROS, prazo, mas por perceber que um economista-chefe do Bradesco consenso começa finalmente a se forjar em relação a temas efetivamente relevantes para o País.” Com relação às previsões, o economista trabalha com uma queda importante da inflação, que pode ficar próxima de 6,5% em 2016 e em torno do centro da meta em 2017. Ele considera que com alguma pacificação dos conflitos políticos a taxa de câmbio tende a se situar em R$ 3,65/US$ ao fim do ano e também em 2017. Octavio de Barros prevê a taxa Selic em torno de 10% até o fim de 2017 ou mesmo taxa de apenas um dígito. Finalmente, considera que, depois de uma queda esperada do PIB de 3,5% em 2016, a economia poderá surpreender com um crescimento em torno de 2% em 2017, dependendo, é claro, do equacionamento da crise política. O economista conclui dizendo que “confiança é a forma mais barata de estímulo econômico”. (Ana Paula Machado)
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FÓRUM DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA
PÓS-VENDA E EXPORTAÇÃO VÃO SEGURAR AUTOPEÇAS ALTERNATIVAS GANHAM FORÇA PELA GRANDE QUEDA NO FORNECIMENTO ÀS MONTADORAS
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om queda de faturamento em 2015 da ordem de 42% e expectativa de retração de mais 18% em 2016, a indústria de autopeças nacional terá de se reinventar para permanecer viva diante do cenário atual. Para os participantes do painel Revigorando a Cadeia de Suprimentos, David Wong, diretor da AT Kearney, Maurício Muramoto, diretor da Deloitte, e Paulo Butori, ex-presidente e atual conselheiro PAULO BUTORI, à direita, foi homenageado ao deixar a presidência do Sindipeças, que do Sindipeças, enquanto a atual ocupou durante 22 anos consecutivos situação política do País não se resolver será difícil voltar a ter um cenário econômico positivo. O painel contou com a participação do público por meio no mercado de reposição. A pesquisa interativa mosde pesquisa interativa que revelou dados interessantes co- trou, porém, que essa é uma realidade para apenas mo a expectativa de inflação, que para a maioria deverá 36% dos presentes no auditório. “Quem trabalha só ficar acima de 8% este ano (67% acreditam que ficará entre com reposição está bem”, afirma Butori. “É importante 8% e 11% e 24,6% acham que ficará acima de 11%). trabalhar o setor e torná-lo mais representativo dentro Como consequência, poucos apostam que as ven- da empresa”, diz Muramoto. das de veículos zero-quilômetro vão superar os 2,5 Além de trabalhar mais pelo mercado de reposimilhões de unidades este ano. Para 55,7%, as vendas ção, os executivos defendem a estratégia de ampliar serão inferiores a 2 milhões de unidades. Isso, segundo as exportações como forma de vencer a crise. Para as a audiência, afetará igualmente montadoras e autope- pequenas e médias empresas, que não dispõem de exças, com maior tendência de prejudicar mais as auto- pertise, uma alternativa é, segundo Muramoto, buscar peças, que sofrem com margens reduzidas no forneci- trabalho conjunto com as montadoras. Paulo Butori mento, baixa demanda e excesso de tributos na cadeia. recorda que o Sindipeças conta com serviço de trading A pesquisa interativa mostra também que a ociosi- para dar suporte a quem não tem essa competência. dade nas empresas do setor automotivo será alta. Para 35,3% dos participantes será inferior a 40%, para INVESTIMENTO 33,7% estará entre 40% e 50%, para 19,1% entre 50% O nível de investimentos também foi tratado no debae 60% e para 11,9% ficará acima dos 60%. te, uma vez que a pesquisa interativa mostrou que quaCom relação ao Inovar-Auto, a maior parte do públi- se 60% do público acredita em redução. Mas, segundo co (50,9%) estima que o programa até agora não trou- os executivos convidados, a indústria deve manter o xe vantagens, mas o que realmente chama a atenção é nível de aportes, tal como votaram 32% dos espectaque apenas 2,5% acreditam que trouxe benefícios para dores do painel. as autopeças. “As aplicações já caíram 60% em relação à média dos últimos anos”, diz Butori ao comentar que a CAMINHOS previsão para este ano é de US$ 575 milhões, o que Os executivos participantes do painel foram unânimes representa uma queda de 7,6% em relação a 2015. em afirmar que o caminho para driblar a crise é investir (Alexandre Akashi)
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SETOR AUTOMOTIVO
RECUA QUASE 13 ANOS INDÚSTRIA DEVE PRODUZIR 2,04 MILHÕES DE VEÍCULOS EM 2016
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om a economia em recessão, as previsões para o mercado automotivo não são animadoras. No VII Fórum da Indústria Automobilística, o consultor sênior da IHS Automotive, Fernando Trujillo, estima para este ano queda de 12,7% na produção das montadoras aqui instaladas, para 2,04 milhões de veículos. Com esse volume, a indústria retrocede quase 13 anos. Em 2003, 1,82 milhão de unidades foram fabricadas no Brasil. “As vendas devem acompanhar o comportamento da produção. As exportações também não devem crescer neste ano, visto que o Brasil tem acordos automotivos limitados, principalmente com o México e com a Argentina, nossos maiores parceiros”, disse Trujillo durante o evento.
O presidente da consultoria Jato Dynamics, Vitor Klizas, registrou, durante o evento, o avanço das novas marcas no mercado brasileiro sobre as chamadas quatro grandes (Fiat, GM, Ford e Volkswagen). Segundo ele, em termos de valor, em 2013 essas quatro empresas representavam 57% do faturamento total no Brasil. No ano passado elas alcançaram apenas 48% do total dos licenciamentos. PESADOS No mercado de pesados, as perspectivas para as vendas também devem ser de queda expressiva. O presidente da Carcon Automotive, Carlos Reis, enfatizou que este ano os emplacamentos de caminhões devem somar 65 mil unidades e os de ônibus outras
15 mil. Em 2015, os licenciamentos foram de 71,65 mil caminhões e 16,79 mil ônibus. Já a produção deverá ser de 86 mil unidades de caminhões e 27 mil ônibus. No ano passado foram montados 77,68 mil caminhões e 25,65 mil ônibus. “Se ocorrer qualquer melhora no cenário político e econômico neste ano essa expectativa pode melhorar. Os empresários estão aguardando as mudanças para decidir pela renovação de frota. Há espaço para isso. Afinal, 85% dos caminhões que foram comprados entre 2011 e 2012 estão com os contratos de financiamento vencidos. A decisão de compra não ocorre por conta das incertezas políticas e econômicas pelas quais o País está passando”, disse Reis. (Ana Paula Machado)
VITOR KLIZAS, presidente da Jato Dynamics
FERNANDO TRUJILLO, consultor sênior da IHS Automotive
CARLOS REIS, presidente da Carcon Automotive
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FÓRUM DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA
MONTADORAS REDUZEM VOLUME DE COMPRAS P
elo segundo ano consecutivo as montadoras comprarão menos. De acordo com levantamento feito por Automotive Business, a estimativa de compras produtivas em 2016 é de R$ 76 bilhões, ante os R$ 79,5 bilhões computados em 2015, que por sua vez foi 16,3% menor do que o ano anterior, quando o volume somou R$ 90 bilhões. Os números foram apresentados no painel que debateu a evolução nas compras das montadoras. Participaram da sessão os executivos Antonio Carlos Vischi, diretor de compras América Latina da PSA Peugeot Citroën, Edvaldo Picolo, gerente executivo de compras da Volkswagen do Brasil, Erodes Berbetz, diretor de compras da Mercedes-Benz do Brasil, Roxana Molina, diretora de compras da Ford América do Sul, e Rodrigo Custódio, diretor da consultoria Roland Berger. Vischi, da PSA, informou que deve gastar t 700 milhões este ano. A montadora mira o aumento na localização de componentes: “Hoje temos 65% de conteúdo local, mas para 2018 queremos 85%”, afirmou. Já Picolo, da Volkswagen, informou que o volume de compras deste ano deve estar entre R$ 9,5 bilhões e R$ 10 bilhões. AJUDA Menor volume de compras significa redução de atividade nos fornecedores. Pesquisa interativa realizada durante o painel de debates revelou
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ENCOMENDAS DEVEM CAIR 4,4% NESTE ANO. DÓLAR ALTO TENDE A IMPULSIONAR NACIONALIZAÇÃO
CUSTÓDIO (Roland Berger), BERBETZ (Mercedes-Benz), ROXANA (Ford), PICOLO (VW) e VISCHI (PSA).
que a maioria dos participantes da cadeia de suprimentos passa por dificuldades (40,7% em situação crítica e 52,7% em dificuldade, mas administrável). Assim, é fundamental oferecer suporte. Por conta disso já é comum entre as montadoras oferecer programas de capacitação aos fornecedores tiers 2 e 3. Na PSA, Vischi explica que há possibilidade de antecipações de pagamentos, “sobretudo na forma de experiência para ajudar a trabalhar melhor as questões financeira, produtiva e logística”, comenta. Roxana, da Ford, informa que também são desenvolvidos programas com os fornecedores: “Buscamos com eles formas de aumentar a produtividade e trabalhamos também com instituições financeiras para ajudar em questões de crédito”, diz. Apesar de todas as montadoras representadas no painel contarem com programas similares de ajuda aos for-
necedores, quase 70% do público respondeu em pesquisa interativa durante o debate que desconhece qualquer tipo de ação. “Programas existem, mas os problemas vão muito além de melhorias que as montadoras podem oferecer”, afirmou Custódio, da Roland Berger, ao comentar que os fornecedores precisam de volume e reajuste. LOCALIZAÇÃO O desenvolvimento de fornecedores locais também é um desafio para os compradores das montadoras, categóricos em afirmar que o câmbio é mandatório na decisão entre importar ou buscar localmente. Apenas a Mercedes-Benz relatou que o Inovar-Auto foi útil na tomada de decisão. O programa auxiliou a trazer tecnologias que estavam difíceis de incorporar aqui, mas hoje quem manda é o câmbio”, afirma Berbetz. (Alexandre Akashi)
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TRIMESTRE APONTA 2016 RUIM PARA PESADOS ANO DEVE TERMINAR COM 52 MIL A 55 MIL EMPLACAMENTOS NO SEGMENTO
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m tom mais pessimista, os executivos das montadoras de veículos pesados fizeram previsões de queda de vendas para este ano. O vice-presidente de vendas e marketing da MAN Latin America, Ricardo Alouche, disse durante o Fórum da Indústria Automobilística que em razão do declínio de 36% detectado no primeiro trimestre os licenciamentos em pesados deverão atingir entre 52 mil e 55 mil unidades em 2016. No ano passado, as vendas de caminhões alcançaram mais de 70 mil unidades. O diretor de vendas de caminhões da Scania, Victor Carvalho, também acredita numa queda de 10% RICARDO ALOUCHE (MAN), MARCO BORBA (Iveco), VICTOR no mercado este ano. Outro que prevê queda nos CARVALHO (Scania), JOÃO PIMENTEL (Ford), BERNARDO FEDALTO (Volvo) e ARI DE CARVALHO (Mercedes-Benz) licenciamentos de caminhões é o diretor de vendas e marketing da Mercedes-Benz, Ari de Carvalho. O executivo acredita que o mercado deverá alcançar 62 mil unidades, mesma estimativa realizada pela Anfavea. Um dos mais otimistas e esperançosos é o fábrica, principalmente a área de pintura, para diretor de operações da Ford Caminhões, João Pimentel. receber os caminhões Euro VI que serão produzidos Para ele, o mercado deverá se manter este ano. aqui, inicialmente para exportação. “Normalmente, investimos R$ 100 milhões por ano na unidade INVESTIMENTOS brasileira. Em 2016 vamos acelerar esses aportes para Mesmo com o mercado em retração desde 2014, as receber os novos modelos e equacionar um gargalo montadoras de veículos pesados vêm investindo em que tínhamos na área de pintura”, diz Carvalho. produtos e melhora da capacidade produtiva. A Scania A MAN, a Iveco e a Mercedes também anunciaram vai aplicar somente neste ano R$ 400 milhões em sua que vão manter os investimentos, mesmo em tempo linha em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. de crise. O vice-presidente da Iveco, Marco Borba, diz A ideia, segundo Victor de Carvalho, é adequar a que as atuais taxas de financiamento hoje praticadas no Brasil, TJLP, têm condições de manter o nível atual de vendas do mercado. O diretor de vendas de caminhões da Volvo do Brasil, Bernardo Fedalto, acredita que a entrada de novos players no mercado brasileiro não será um problema. “Ter novos competidores é bom para estimular o mercado. Um mercado mais aberto e livre é mais desafiador”, diz, citando como exemplo a holandesa DAF, que WORKSHOPS DE RELACIONAMENTO foram atividade de destaque durante o fórum já tem uma unidade produtiva no Brasil. (Ana Paula Machado) n
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MERCEDES-BENZ | 60 ANOS
FOCO NO FUTURO PARA SUPERAR A CRISE COMPANHIA CHEGA À TERCEIRA IDADE NO BRASIL COM PLANO DE INVESTIMENTO E VIGOR PARA OLHAR ADIANTE GIOVANNA RIATO
O
clima desanimado dos negócios no mercado brasileiro não tirou o brilho da comemoração dos 60 anos da Mercedes-Benz no Brasil. A operação local chega à terceira idade com muito vigor para encarar o futuro. Ao menos é o que demonstra Wolfgang Bernhard, membro do conselho de administração da Daimler responsável pela divisão de caminhões e ônibus, que veio ao País para participar dos eventos que marcaram as seis décadas da empresa. “Vai demorar pelo menos entre três e quatro
anos para voltarmos ao patamar recorde registrado em 2011. Mas estamos pensando no longo prazo, por isso mantemos os nossos investimentos no País”, declarou. Ele se refere ao pacote de R$ 730 milhões que está em curso na divisão de veículos comerciais até 2018. O aporte integra o R$ 1,3 bilhão que também atendeu a construção da fábrica de automóveis Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP), inaugurada em março (leia na página 46). Depois deste investimento, no entanto, não há previsão de que
LINHA DO TEMPO FOTOS: ARQUIVO MERCEDES-BENZ
1949
1953
1956
1961
1968
1972
1973
1976
1979
Alfred Jurzykowsky funda a companhia Distribuidores Unidos do Brasil S.A como representante da Daimler-Benz Aktiengesellschaft
É constituída a Mercedes-Benz do Brasil S.A. e começam as obras da fábrica da empresa em São Bernardo do Campo
É inaugurada a fábrica de São Bernardo e começa a ser produzido o L 312, o “Torpedo”, primeiro caminhão a diesel brasileiro
Início das exportações para o mercado latino-americano, com a venda do ônibus O 321 para a Argentina
Marco de 100 mil veículos comerciais produzidos
Lançamento do Mercedinho, primeiro caminhão leve a diesel do Brasil
Empresa chega a 200 mil veículos comerciais produzidos
Começam as obras da fábrica da Mercedes-Benz do Brasil em Campinas (SP)
Início da produção de ônibus em Campinas
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LUIS PRADO
1984
1991
1992
1997
1999
Marco de 1 milhão de motores fabricados no Brasil
Inaugurado o Centro de Desenvolvimento Tecnológico (CDT) em São Bernardo do Campo
1 milhão de veículos produzidos: 740 mil caminhões e 260 mil ônibus
Chega ao Brasil o primeiro lote de utilitários Sprinter, importado da Argentina
Inauguração da fábrica de Juiz de Fora (MG)
2001
2011
Começa a primeira Classe C entra etapa de adaptação em produção em Juiz de Fora da planta de Juiz de e produção de Fora para a fabricação ônibus volta a de veículos comerciais. Apresentação da se concentrar na tecnologia unidade de BlueTec 5 para São Bernardo atender ao do Campo Proconve P7
2012
2014
Início da produção de veículos comerciais na planta de Juiz de Fora
Nacionalização do caminhão extrapesado Actros
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LUIS PRADO
MERCEDES-BENZ | 60 ANOS
BUCHNER, SCHIEMER e BERNHARD celebram o marco da companhia no País
novo pacote seja definido tão cedo. “Não estamos discutindo nada por enquanto, mas temos de lembrar que, neste momento, muitas empresas estão revendo os aportes e nós mantivemos os nossos”, diz Bernhard. Para ele, no cenário atual, seguir com planos inalterados já é um grande feito. Ao chegar à melhor idade no Brasil, a Mercedes-Benz faz questão de manter o viço jovial ao apresentar pela primeira vez aos clientes e parceiros da região o Future Truck 2025, conceito de caminhão autônomo que antecipa a ambição da empresa de produzir em série veículos de grande porte com a tecnologia já na próxima década. O modelo foi mostrado na Europa pela primeira vez há cerca de dois anos. O atraso para a exibição no Brasil depõe contra qualquer intenção da empresa de aplicar a tecnologia localmente em breve. No fim de abril, no evento que mar-
cou os 60 anos da companhia, Stefan Buchner, presidente mundial da Mercedes-Benz Caminhões, adiantou que para a novidade chegar ao País seria necessário grande avanço e modernização das estradas e rodovias. Philipp Schiemer, líder da operação brasileira da companhia, ameniza: “Mesmo que demore um pouco mais,
a tecnologia vai chegar ao mercado nacional.” Com isso, ele indica que o melhor jeito de celebrar seis décadas de uma boa história é olhar para a frente e pensar em como construir as próximas etapas. MUITO A COMEMORAR As seis décadas no Brasil foram o bastante para a empresa fabricar localmente 2,12 milhões de veículos comerciais. Hoje quatro em cada dez caminhões que rodam nas estradas brasileiras são Mercedes-Benz. No caso dos ônibus a presença da marca é ainda maior: seis em cada 10 veículos ostentam a estrela símbolo da companhia. Essa trajetória de sucesso começou em 1949, quando Alfred Jurzykowsky fundou a Distribuidores Unidos do Brasil S.A. como representante nacional da Daimler-Benz Aktiengesellschaft e de outras empresas. No ano seguinte foi inaugurada a primeira linha de montagem de caminhões Mercedes-Benz da companhia, no Rio de Janeiro, com capacidade para fazer dez unidades por dia. O negócio evoluiu e, em 1951, a Daimler assumiu participação da operação brasileira e começou as obras para erguer em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, a primei-
MERCEDES-BENZ BRASIL EM NÚMEROS • INVESTIMENTO DE R$ 730 MILHÕES PREVISTO ATÉ 2018: R$ 500 PARA MODERNIZAR A FÁBRICA DE SBC R$ 230 MILHÕES PARA ADAPTAR A PLANTA DE JUIZ DE FORA • 2,12 MILHÕES DE VEÍCULOS COMERCIAIS JÁ PRODUZIDOS: 1,45 MILHÃO DE CAMINHÕES 432 MIL ÔNIBUS •60 ANOS DE LIDERANÇA NO SEGMENTO DE ÔNIBUS •50 ANOS DE LIDERANÇA NO MERCADO DE CAMINHÕES
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LINHA DE MONTAGEM de caminhões em São Bernardo do Campo
em produção: caminhões, chassis de ônibus e agregados, como motores, transmissão e eixos. Ainda que seja a primeira, a fábrica não é a única da Mercedes-Benz no Brasil. A ampla operação conta com mais três unidades. Em Juiz de Fora hoje é feito o caminhão Actros. A planta nasceu, na verdade, para fabricar automóveis. Entre idas e vindas, o futuro do empreendimento será tra-
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ra fábrica de veículos comerciais da companhia na região. Desde então, a montadora acumula uma série de marcos locais, como o primeiro veículo brasileiro a diesel, produzido em 1956. “Fizemos parte do desenvolvimento econômico do País”, diz Schiemer, orgulhoso. Segundo o executivo, a Mercedes-Benz do Brasil é a maior fabricante de caminhões e ônibus da América Latina. A empresa ainda garante ter o título de maior exportadora de veículos comerciais, com mais de 430 mil unidades entregues em 60 países nos últimos 60 anos. A operação se destaca também dentro da Daimler, já que a planta do ABC Paulista é a maior da organização fora da Alemanha no segmento de veículos comerciais. É ainda a única com tantos itens
balhar em integração produtiva com a fábrica do ABC Paulista, pintando e montando as cabines dos caminhões (veja mais no quadro a seguir). Há ainda a unidade de Campinas (SP), hoje voltada à remanufatura de peças, que são oferecidas pela empresa com a marca Renov. A recém-inaugurada fábrica de automóveis em Iracemápolis completa as bases da operação nacional da Mercedes-Benz.
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MERCEDES-BENZ | 60 ANOS
NOVO FUTURO PARA JUIZ DE FORA
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ntre os erros e acertos da história da Mercedes-Benz no Brasil está a fábrica de Juiz de Fora (MG), inaugurada em 1999 como a primeira tentativa da empresa de produzir automóveis localmente. Passaram pelas linhas de montagem mineiras o Classe A (1999 a 2005), o Classe C (2001 a 2007) e o CLC (2007 a 2010). A jornada não foi fácil e nem mesmo com a exportação de boa parte dos carros a empresa conseguiu alcançar bom nível de ocupação da capacidade instalada na planta. Em 2010, com parcos 20% do potencial produtivo preenchido, a companhia jogou a toalha e interrompeu a operação. Foram necessários R$ 450 milhões em investimentos e dois anos para adaptar a unidade para fabricar caminhões. Em 2012 a planta nasceu de novo com a promessa de um destino mais feliz e foco na produção dos modelos Accelo e Actros. Na prática não
foi tão simples. A operação exigia que uma série de componentes fosse transportada de São Bernardo para Juiz de Fora. A histórica unidade do ABC Paulista também começou a ter dificuldade para atender a demanda por algumas etapas do processo produtivo dos veículos. “Não fazia sentido produzir caminhão em São Bernardo e em Juiz de Fora porque tínhamos que fazer tudo duas vezes: duas estruturas de pintura, de montagem final, entre outros processos”, conta Schiemer. A solução foi concentrar a essência da operação na planta de São Paulo e deixar para a moderna unidade mineira a missão de pintar e montar as cabines de todos os modelos de caminhões da gama da marca no Brasil. Essa mudança, que garantirá maior integração produtiva, só deve ser concluída nos próximos anos. “Ter foco e chegar a uma especialização é o modelo mais eficiente que encontramos”, garante Schiemer.
EM BUSCA DA SAÍDA PARA A CRISE
“D
LUIS PRADO
epois de anos fortes, o Brasil enfrenta tempos difíceis. Essa não é a primeira crise que passamos aqui e pode ser também uma oportunidade, já que a situação nos força a enfrentar nossas fraquezas e buscar competitividade”, declarou Wolfgang Bernhard, membro do conselho de administração da Daimler responsável pela divisão de caminhões e ônibus. O executivo segue a linha defendida por Philipp Schiemer, presidente da companhia no Brasil, ao atribuir ao governo completa responsabilidade pelas dificuldades atuais. A empresa usufruiu de juros subsidiados pelo BNDES no financiamento de veículos comerciais. Depois que o período de incentivos generosos para a indústria ficou para trás, a companhia se posiciona claramente a favor de uma troca de gestão. “O Brasil precisa de um governo verdadeiramente respeitado pela população e pelas empresas. Só com solução para a crise política nós resolveremos a crise econômica”, defende Bernhard.
“Nos últimos meses a previsibilidade do mercado nacional tem sido de uma semana”, aponta Schiemer. Para ele, a dificuldade que o País enfrenta foi forjada internamente com má administração e política econômica equivocada. “É uma crise desnecessária enquanto o resto do mundo cresce”, reforça, desconsiderando os problemas econômicos que outros países do bloco de emergentes Bric enfrentam, como Índia e China. O tom de alerta do executivo, no entanto, não se confunde com desesperança. “Independentemente do momento atual, acreditamos no potencial para sair dessa crise e estamos trabalhando para isso. Acreditamos na garra dos brasileiros e na força das instituições daqui”, diz Schiemer. Wolfgang complementa com o olhar fresco de quem acompanha a situação toda de fora do Brasil. “Vocês têm recursos naturais abundantes, são a sétima economia global e contam com malha rodoviária de 1,8 milhão de quilômetros. Temos tudo para acreditar no longo prazo.”
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Respeite a sinalização de trânsito.
Uma constelação é resultado de uma grande parceria Que os milhares de quilômetros rodados nesses 60 anos sejam apenas uma parcela do universo que ainda temos a desbravar. Uma homenagem da Fras-le aos 60 anos da Mercedes-Benz do Brasil.
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A EMPRESA E AS PESSOAS A
lém de ter sua história intrinsicamente ligada à evolução da indústria automotiva nacional e, consequentemente, da economia brasileira, a Mercedes-Benz é parte importante da narrativa das pessoas que passam pela companhia. Em 60 anos no País, mais de 100 mil colaboradores tiveram suas carteiras de trabalho assinadas pela empresa.
a a sua s desenvolveram ali tod Alguns destes funcionário ITO, e é o caso de MARIA BR trajetória profissional. Est nheira ercediana”. Hoje a enge que se orgulha de ser “m s volvimento de ônibus, ma é gerente sênior de desen m na companhia ela també em 30 anos de história cei me co o nd ua nhões. “Q atuou na área de cami das na engenharia, fui uma res lhe mu s não via muita bem tindo que a realidade é primeiras”, lembra, garan o a isso tive problema relacionad diferente hoje. “Nunca loriza a z é uma empresa que va porque a Mercedes-Ben diversidade”, conta.
PEDRO AFONSO, ge rente sênior da produção de caminhõe s da companhia no Brasil, é outro profiss ional com história extensa na montadora. São 29 anos desde que ele entrou ali como estagiário. Ao longo deste tempo ele passou por várias áreas, como pós-v enda, compras, exportações e qualidade em países como Alemanha, China e Mé xico. Além do Brasil, é claro. “Pensei que fica ria só uns três anos aqui, mas fui acolhido pela empresa.”
ão de Esta também é a sensaç NAIA, o MA CARLOS FERREIRA RH. Ele começou do conhecido Ferreirinha treinamento e há 30 anos na área de departamento de no construiu sua carreira era engenheiro, mas recursos humanos. “Eu r com pessoas e me de repente vim trabalha do a Mercedes-Benz encontrei”, diz, apontan responsáveis por como uma das grandes e profissional. sua realização pessoal
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ENTREVISTA
RESTA A CONFIANÇA FOTOS: LUIS PRADO
NO FUTURO PHILIPP SCHIEMER, PRESIDENTE DA MERCEDES-BENZ DO BRASIL, FALA SOBRE A IMPORTÂNCIA DO PAÍS PARA O GRUPO DAIMLER E O FUTURO DA OPERAÇÃO BRASILEIRA
PEDRO KUTNEY
H
PHILIPP SCHIEMER, presidente da empresa no Brasil
ASSISTA AOS PRINCIPAIS TRECHOS DA ENTREVISTA EXCLUSIVA COM PHILIPP SCHIEMER
á três anos Philipp Schiemer voltou ao Brasil para presidir a Mercedes-Benz. Depois de ter passado outras duas vezes pela subsidiária brasileira do Grupo Daimler, somando ao todo 14 anos vividos por aqui, a companhia confiou a ele três objetivos: tornar a operação mais eficiente, lançar produtos e retomar participação no mercado de caminhões. “Conseguimos fazer tudo isso, mas infelizmente o ‘bolo’ ficou muito menor. Esse era um ingrediente com o qual eu não contava”, lamenta Schiemer, diante de um sentimento dúbio: o contentamento de estar à frente de uma empresa que comemora 60 anos de atividades no Brasil, tem aqui sua maior fábrica fora da Alemanha, já produziu mais de 2 milhões de veículos comerciais, mas hoje enfrenta a pior crise em suas seis décadas de história. Schiemer garante que o País continua a ter grande importância para o grupo no mundo. Apesar do momento extremamente delicado, resiste a confiança no potencial futuro do mercado brasileiro que recolocará a operação na rota do crescimento. Por causa de tantos altos e baixos, o executivo diz que o Brasil ensina muito: “Quem aprende a vencer aqui vence em qualquer outro lugar do mundo”, afirmou nesta entrevista a Automotive Business.
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AUTOMOTIVE BUSINESS – Como se mede hoje a importância da Mercedes-Benz do Brasil para o Grupo Daimler? PHILIPP SCHIEMER – O Brasil continua sendo muito importante para o Grupo Daimler no mundo. Em situação normal é o maior mercado de caminhões da marca Mercedes-Benz – o ano passado não foi e este não será por causa do desastre econômico que estamos vivenciando no País, mas normalmente é. Também é o maior mercado de ônibus da companhia. E para vans e carros fica entre os top 10 do grupo. Outro número que mostra a importância do Brasil é que nós vamos investir em nossas operações aqui R$ 1,3 bilhão até 2018. É um valor significativo que não é aplicado em muitos outros lugares do mundo. Também destaco que em São Bernardo temos a maior fábrica de veículos comerciais da Daimler fora da Alemanha. AB – Qual o significado para uma empresa de 130 anos como a Mercedes-Benz completar 60 anos em um país como o Brasil? SCHIEMER – Existem poucas empresas no Brasil que têm 60 anos.
O BRASIL CONTINUA SENDO MUITO IMPORTANTE PARA O GRUPO DAIMLER NO MUNDO. EM SITUAÇÃO NORMAL É O MAIOR MERCADO DE CAMINHÕES DA MERCEDES-BENZ Completar essa idade aqui e ter acompanhado uma grande parte da história de um jovem País tem significado muito grande. Quando começamos a fábrica aqui não existia praticamente nada em volta, São Bernardo era uma cidadezinha com 50 mil moradores. Hoje tem 800 mil. A Mercedes cresceu com a região. AB – O senhor chegou há três anos para comandar as operações da Daimler no Brasil e América Lati-
ANOS 1940 – Linha de montagem
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na, mas antes disso já tinha trabalhado na subsidiária brasileira em duas oportunidades, de 1991 a 1997 e de 2004 a 2009. Portanto, soma ao todo 14 anos no País. Baseado nessa experiência, como projeta o futuro da Mercedes-Benz do Brasil? SCHIEMER – É a terceira vez que estou aqui, conheço bem a companhia e o Brasil, fazer projeções hoje é muito difícil. Mas podemos olhar para o potencial futuro e isso o Brasil continua tendo como sempre teve. É um país grande, com dimensões continentais, mais de 200 milhões de habitantes, população jovem e muitas cidades a abastecer. Também é um país muito dependente do transporte de carga em cima de caminhões e enorme déficit de infraestrutura. Por tudo isso o potencial futuro é muito grande. Contudo, atualmente, com o cenário político e econômico conturbado, não se consegue fazer uma projeção para mais do que um mês. Temos de viver do dia para a noite e isso torna muito difíceis as coisas no curto prazo. Mas existe algo positivo nisso: quem consegue vencer no Brasil vence em qualquer parte do mundo. Aqui se aprende a ter flexi-
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pecava em eficiência, era ultrapassada. Mas de lá para cá conseguimos muitos avanços com investimentos em novas máquinas e implementação de novas formas de trabalhar e administrar a planta. Adotamos o kaizen (sistema de melhoria contínua) e o lean management (produção enxuta). Com isso, mesmo com o maquinário ainda um pouco velho, conseguimos dar passos muito grandes em termos de eficiência. Podemos dizer que hoje a situação é muito melhor e continuamos constantemente investindo em novos equipamentos para substituir os mais antigos. Mas o importante é que a base para isso já foi feita e vamos entrar em uma nova era. bilidade e capacidade de adaptação para conviver com novas situações, grandes adversidades e os constantes altos e baixos do mercado. Neste país o ambiente obriga você a tomar decisões. AB – Quando o senhor assumiu a presidência da Mercedes-Benz no Brasil, a direção da empresa disse que era a pessoa certa para “pisar no acelerador”. Mas parece que o ciclo de crescimento rápido acabou e o acelerador quebrou. O que fazer agora? SCHIEMER – Quando cheguei há três anos eu sabia que teria de reestruturar a empresa, para tornar a fábrica mais eficiente, lançar produtos adequados à realidade brasileira e fazer a Mercedes voltar a ganhar participação de mercado. Se olhar para esses três objetivos, conseguimos alcançar todos. Mas, infelizmente, o “bolo” ficou muito menor. Esse era um ingrediente com o qual eu não contava, acho que era imprevisível, também desnecessário que a queda
fosse tão grande. Mas assim é a vida, temos de nos adaptar à realidade e fazer o melhor. AB – Uma fábrica de 60 anos como a de São Bernardo ainda consegue manter bons índices de produtividade? SCHIEMER – Este era um dos grandes desafios que teríamos de enfrentar aqui. Há três anos a fábrica
COM O CENÁRIO POLÍTICO E ECONÔMICO CONTURBADO, NÃO SE CONSEGUE FAZER UMA PROJEÇÃO PARA MAIS DE UM MÊS
AB – Há quase 20 anos a Mercedes anunciou o investimento na planta de Juiz de Fora (MG), que nasceu para fazer carros em 1999 e foi convertida para montar caminhões a partir de 2012. Mais recentemente, a unidade foi de novo readaptada somente para montar e pintar cabines de caminhão. Após tantas mudanças, qual é o futuro da planta? SCHIEMER – A fábrica hoje tem um futuro bastante claro: estamos investindo R$ 230 milhões para concentrar lá toda produção de cabines. Essa foi a fórmula mais eficiente que encontramos para distribuir as tarefas entre as fábricas. Não fazia sentido, como era no passado, produzir caminhões aqui e lá, porque dessa forma fazemos todas as atividades duas vezes, são duas pinturas, duas fabricações de cabines e duas montagens. Então decidimos focar a montagem de caminhões e ônibus em São Bernardo e manter a produção de cabines em Juiz de Fora. Com isso conseguimos maior especialização das unidades
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e assim obtemos mais eficiência no processo. AB – Qual a expectativa da empresa em relação à operação de automóveis no Brasil? O que se espera da fábrica de Iracemápolis? SCHIEMER – A planta tem capacidade produtiva atual de 20 mil carros por ano, hoje focada em dois produtos: Classe C e GLA. Queremos primeiro encher a fábrica de trabalho. Infelizmente, no momento o mercado está um pouco mais fraco, então vamos começar a escalada de produção mais devagar, mas achamos que se as vendas melhorarem nós vamos conseguir atingir a capacidade máxima. AB – A Mercedes sempre foi um fabricante líder em desenvolvimento de novas tecnologias. Para o aniversário de 60 anos no Brasil trouxe o protótipo do primeiro caminhão com direção autônoma do mundo. Quando esse tipo de tecnologia pode chegar ao Brasil? SCHIEMER – O caminhão autônomo mostra uma visão para o futuro, a implementação dessa tecnologia vai ser passo a passo. E os primeiros passos nesse sentido já foram dados aqui no Brasil também. Por exemplo, o Actros já tem muitos sensores ce computadores que exercem funções autônomas, como o sensor que mede a distância entre o caminhão e o veículo que vai à frente. Outro sensor avisa se você está rodando dentro da faixa. São sistemas que combinados estão no caminhão autônomo. Portanto, a tecnologia já está no Brasil
DECIDIMOS FOCAR A MONTAGEM DE CAMINHÕES E ÔNIBUS EM SÃO BERNARDO E MANTER A PRODUÇÃO DE CABINES EM JUIZ DE FORA, COM MAIOR ESPECIALIZAÇÃO
e sua evolução será gradativa, com o tempo. Outra tecnologia que já temos aqui é a telemetria do nosso sistema Fleetboard, que permite saber tudo o que acontece no caminhão e exercer controles a distância com muita facilidade. AB – Há cerca de um ano, quando a crise ainda não estava tão ruim, o senhor disse a um grande jornal que só um louco investiria no Brasil. Mas a Mercedes-Benz está investindo. Vocês são loucos? SCHIEMER – Disse isso sob o ponto de vista de um empresário pequeno ou médio, que não vai investir na compra de caminhões em um momento tão difícil que vive o País. O cenário conturbado deixa você em dúvida sobre investir. Mas a Mercedes tem o privilégio de ser uma empresa muito forte, que pensa no longo prazo, daqui a 10, 20 anos. A empresa sempre acreditou no Brasil e não vai sair daqui, por isso continua investindo. Mas poderíamos ter investido muito mais se não tivéssemos essa situação. Pode parecer que a Mercedes foi um pouco louca em continuar investindo, acredito que não, mas o Brasil já perdeu muitas oportunidades com o cenário atual. AB – O Brasil tem condições de retomar o crescimento econômico? SCHIEMER – Um dia isso vai acontecer, é impossível não retomar. A pergunta é quando. Nós torcemos e lutamos para que isso aconteça o mais rápido possível, mas hoje é muito difícil fazer uma previsão realista sobre isso.
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rica de automóveis teve INAUGURAÇÃO da fáb
ades
s da montadora e autorid
a presença de executivo
A NOVA TENTATIVA DE FAZER
CARROS ESTRELADOS NO BRASIL
GRUPO INAUGURA SUA FÁBRICA MAIS FLEXÍVEL DO MUNDO EM IRACEMÁPOLIS, DESTA VEZ COM PRODUTOS E AMBIÇÕES MAIS BEM AJUSTADOS AO MERCADO BRASILEIRO PEDRO KUTNEY | DE IRACEMÁPOLIS (SP)
A
pós um ano de construção, a Mercedes-Benz colocou para funcionar em março sua 26ª fábrica de automóveis no mundo, na pequena Iracemápolis, interior paulista, onde foram investidos pouco mais de R$ 600 milhões no empreendimento. Assim a mítica marca alemã da estrela de três pontas voltou a montar carros no Brasil – a primeira tentativa, malsucedida, foi em Juiz
de Fora (MG) e durou de 1999 a 2010, quando por falta de escala a empresa decidiu converter a unidade para a produção de caminhões. A Mercedes confia que a história em Iracemápolis será bem diferente, pois a nova planta e seus produtos foram planejados com ambições mais bem ajustadas à realidade atual do mercado brasileiro. Para Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz do Brasil
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e CEO para a América Latina, teve efeito pedagógico para a empresa o insucesso da produção de carros em Juiz de Fora, onde a fábrica nunca chegou a utilizar nem metade da capacidade instalada de 60 mil unidades/ano. “Aprendemos muito com os erros que cometemos lá. Fizemos o produto errado no momento errado. O (antigo) Classe A era um bom carro, mas na época muito caro para o consumidor brasileiro e nossas ambições eram altas demais. A desvalorização cambial (do fim de 1998) bem na hora que começamos a produzir tornou as coisas ainda mais difíceis, pois o modelo tinha muitos componentes importados”, recorda o executivo. “Hoje a situação é bem diferente. O mercado premium está crescendo, aumentamos a participação no segmento (contra os rivais Audi e BMW) para 37% e vamos fazer em Iracemápolis os dois modelos (Classe C e GLA) que já são os que mais vendemos aqui. Por isso desta vez vai ser diferente”, garante. Markus Schäfer, membro do board da Mercedes-Benz Cars responsável
timento é de longo prazo e está em linha com o plano de expansão da companhia até 2020, com o objetivo É DE LONGO PRAZO E de tornar a Mercedes-Benz a marca de automóveis premium mais venESTÁ EM LINHA COM O dida no mundo”, afirma. “Em 2015 nossas vendas de carros no mercado PLANO DE EXPANSÃO brasileiro cresceram 50% (17 mil unidades), mesmo em tempos difíceis. ATÉ 2020, COM O Acreditamos no portfólio de produque temos a oferecer e por isso OBJETIVO DE TORNAR tos devemos continuar a ganhar participação aqui”, completa. A MERCEDES-BENZ A Os dois carros que começam a ser no Brasil este ano – agora MARCA PREMIUM MAIS montados o sedã Classe C e depois, no segundo VENDIDA NO MUNDO semestre, o SUV GLA – continuarão sendo vendidos pelos mesmos valores dos importados, pois segundo a Mercedes-Benz a produção naciopor manufatura e logística, assegu- nal não reduz os custos o bastante ra que o aprofundamento da crise para baixar preços, principalmente econômica no Brasil não alterou em por causa da grande quantidade de nada os planos da empresa: “Es- peças importadas em momento de tamos aqui há 60 anos e continua- câmbio desfavorável. Ainda assim, mos a enxergar grande potencial de a fábrica brasileira ajuda a não aucrescimento no País, que é uma das mentar a tabela. “Nossa estratégia é maiores economias entre os países oferecer preços competitivos dentro do segmento em onde vendemos carros. Nosso invesque atuamos, esta planta nos ajuda a fazer isso mais rápido do que apenas importando”, diz Schäfer. Ele acrescenta que, no momento, o objetivo é suprir só o mercado doméstico e não há planos de exportar a partir do Brasil – como já começou a fazer a rival BMW que tem uma opefiam con R SCHÄFER e SCHIEME a par m miu pre ração parecida do rca me na alta do em sua planta o sucesso da fábrica brasileira de Araquari (SC).
NOSSO INVESTIMENTO
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DECISÃO ESTUDADA PARA GANHAR MERCADO ESCOLHA DE IRACEMÁPOLIS DEVEU-SE À BOA INFRAESTRUTURA, LOCALIZAÇÃO PRÓXIMA DE FORNECEDORES E MÃO DE OBRA QUALIFICADA
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va na Alemanha e era vice-presidente de marketing de produto da divisão de automóveis da marca. “Em 2011 começamos a fazer nosso plano 2020, com o objetivo de alcançar a liderança do mercado global de veículos premium. Então analisamos quais mercados apresentavam potencial para esse crescimento e o Brasil surgiu naturalmente. Mas aí Juiz de Fora não estava mais disponível. Ainda havia espaço no terreno lá para outra fábrica, mas a logística não favorecia. Depois, em 2012, foi lançado o Inovar-Auto e ninguém
conseguiria crescer aqui sem uma fábrica. Começamos a procurar um lugar e em 2013 chegamos a Iracemápolis”, lembra Schiemer. O executivo garante que os benefícios recebidos em Iracemápolis dos governos estadual e municipal serviram “apenas para adoçar o bolo, pois não é possível investir em uma fábrica baseada em incentivos que não se sabe se vão continuar”. Segundo Schiemer, o que mais pesou na decisão foi a infraestrutura local, próxima de muitos fornecedores e mão de obra qualificada. MALAGRINE
o embalo da sobretaxação imposta pelo Inovar-Auto aos carros importados a partir de 2012, a Mercedes-Benz foi uma das últimas fabricantes a anunciar novo investimento para montar carros no Brasil, como única condição de escapar da tributação mais elevada. “Depois do Inovar-Auto, não teríamos condições de ganhar mercado no País sem a produção local”, justifica Schiemer, que participou diretamente da decisão da companhia, desenhada pouco antes de ele assumir a presidência da operação brasileira, quando esta-
EQUIPE ATUAL passou por treinamento na Índia, Hungria, Alemanha e Tailândia
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UMA FÁBRICA FLEXÍVEL UNIDADE TEM CAPACIDADE INICIAL PARA 20 MIL CARROS POR ANO
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rência para todo o grupo. Podemos fazer aqui qualquer um dos automóveis Mercedes-Benz, sobre qualquer plataforma, com motor transversal ou longitudinal, tração dianteira, traseira ou integral. Nenhuma outra fábrica do grupo é tão flexível”, explica. Por enquanto, o Classe C feito em Iracemápolis chega da Alemanha parcialmente montado, com a carroceria soldada e pintada, pois só a linha de montagem final brasileira entrou em operação efetiva, agregando muitas partes importadas e algumas nacionais, como bancos e pneus. A Mercedes não informa qual é o porcentual de nacionalização dos veículos, apenas reforça que cumpre as normas do Inovar-Auto. O programa prevê elevado grau de componentes importados em operações desse tipo, de baixo volume, com capacidade menor que 34 mil unidades/ano. No segundo semestre começa a produção do segundo modelo em Iracemápolis, o SUV GLA, e também entram em operação as áreas de funilaria (armação de carroceria)
e pintura, quando mais fornecedores locais poderão ser nomeados. A fábrica só não terá estamparia, pois os volumes não compensam os investimentos vultosos em prensas e ferramental. Assim, as partes estampadas da carroceria seguirão sendo importadas de plantas na Alemanha. Segundo a Mercedes, os 600 funcionários da fábrica passaram por 63 mil horas de treinamento, principalmente em um centro do Senai montado para esse fim em Iracemápolis. Depois disso, 90 deles foram enviados ao exterior para estagiar em plantas na Índia, Hungria, Alemanha e Tailândia. Schäfer lembra que a qualificação de mão de obra é fator importantes para o funcionamento da fábrica brasileira, que tem muitas operações executadas manualmente, não só por questão de baixo volume de produção, mas também porque essa é uma estratégia mundial da companhia: “Nosso objetivo é reduzir o número de robôs, que são inflexíveis e não permitem a produção mais variada de modelos”, afirma.
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ma vez tomada a decisão de erguer a fábrica em Iracemápolis, a tarefa ganhou velocidade máxima. “Ainda lembro de quando vim aqui pela primeira vez e só havia uma grande plantação de cana-de-açúcar. Foi um recorde na história da companhia construir todo o complexo industrial em pouco mais de um ano”, destacou Markus Schäfer, o membro do board da Mercedes-Benz Cars responsável por manufatura e logística. Com capacidade inicial para montar até 20 mil carros por ano, a planta paulista começou as atividades em ritmo bem mais lento do que o empregado em sua construção. Os 600 empregados contratados montam em um turno de trabalho, de segunda a sexta-feira, 50 unidades por dia do sedã Classe C, o que soma o máximo de 12 mil/ano. “Vamos crescer conforme a demanda, temos espaço para isso, podemos fazer até outros modelos se o mercado pedir”, assegura Schäfer. “A principal vantagem desta planta é sua flexibilidade, que já é uma refe-
NOVA FÁBRICA recebeu R$ 600 milhões de investimento e opera em um turno, com 50 carros/dia
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BAIXO CONTEÚDO LOCAL UNIDADE tem 600 funcionários para a produção do Classe C
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FORNECEDORES SÃO PARCEIROS GLOBAIS QUE TÊM FÁBRICA NO BRASIL
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Mercedes-Benz não informa o número de fornecedores já contratados no Brasil. Markus Schäfer diz apenas que “são todos parceiros globais que têm fábricas no País”. Desses, por exemplo, sabe-se que a Lear fornece os bancos a partir de sua fábrica em São Bernardo do Campo (SP). O maior contrato firmado até agora não é exatamente de compra de peças, mas de serviços. A também alemã ZF foi contratada para fazer a montagem de partes fornecidas pela Mercedes, incluindo o powertrain com motor, câmbio, radiador e eixo dianteiro, além do eixo traseiro completo. Parte da operação, como montar os periféricos do motor e agregar sistemas de freios nos eixos, será feita por 42 funcionários da ZF em Sorocaba (SP) e a etapa final da montagem vai ser executada por 25 pessoas em uma área de 2 mil metros quadrados dentro da planta de Iracemápolis, cedida à sistemista para isso.
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| HB20
HB20 RECEBE OPÇÃO
1.0 TURBO NOVO MOTOR DE 105 CV ESTÁ DISPONÍVEL PARA HATCH E SEDÃ
FOTOS: EDY DANESSI
MÁRIO CURCIO
HB20 HATCH é o segundo carro mais vendido no Brasil e ganha fôlego com o turbo
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Hyundai passa a vender os modelos HB20 e HB20S com opção 1.0 Turbo. O novo motor também é flex e produz até 105 cavalos, mesma potência do VW Up! TSI. No HB20 hatch, o preço inicial para o motor turbinado é de R$ R$ 47.445 e no sedã, R$ 51.595. As versões 1.0 e 1.6 anteriores permanecem à venda. “Existia espaço para as novas opções porque entre nossos 1.0 e 1.6 aspirados havia uma diferença de 48 cavalos, enquanto em concorrentes essa diferença de potência entre a motorização menor e a maior varia de 6 a 39 cv”, afirma o gerente de planejamento de produto, Rodolfo Stopa. “Também havia uma diferença de preço de R$ 6.450 entre os HB20 1.0 e 1.6 aspirados”, recorda Stopa, comparando as versões Comfort Plus de cada um. O propulsor 1.0 Turbo é importado em partes e montado no
Brasil, como os demais. A turbina Honeywell também vem de fora. “Este é um dos itens com possibilidade de localização”, recorda o diretor executivo de vendas e marketing, Sérgio Rodrigues. A opção turbinada ajudará a manter o terceiro turno ativo na fábrica de Piracicaba. As exportações também. Em março o modelo começou a ser enviado ao Paraguai. Uruguai, Colômbia e Argentina são cotados como próximos destinos.
nas versões hatch e sedã somaram 38,5 mil unidades e alta de 3,4%. “A geração 2016 do carro teve muito boa aceitação desde o lançamento”, recorda Rodrigues, que prefere não arriscar a fatia que o 1.0 Turbo terá no mix por causa do momento econômico atual. A linha HB20 mais os carros Hyundai importados ou nacionalizados em Goiás pelo Grupo Caoa (Tucson e ix35) somaram 44,8 mil emplacamentos de janeiro a março e deram à marca sul-coreana o quarto lugar em vendas. Roubou o posto da Ford, que registrou no mesmo período 37,2 mil automóveis. DESEMPENHO Automotive Business dirigiu os HB20 e HB20S 1.0 Turbo no Autódromo de Interlagos. A grande vantagem das novas opções é encarar subidas com mais fôlego, mesmo com o ar-condicionado ligado, mas o motor 1.6 ainda é mais indicado para quem exige bom desempenho. O 1.0 Turbo obteve letra A no programa de etiquetagem do Inmetro. O hatch fez 11,6 km/l na cidade e 14,3 km/l na estrada com gasolina. No etanol conseguiu 8,2 km/l em uso urbano e 10,1 km/l em rodovia. Para o sedã foram 11,9 km/l em cidade e 15,2 km/l na estrada com gasolina. Com etanol chegou a 8,4 km/l em uso urbano e 10,5 km/l em rodovia.n
MERCADO O HB20 foi o segundo carro mais vendido no País no primeiro trimestre, atrás do Chevrolet Onix. E o HB20S ocupou a segunda posição entre os sedãs pequenos. A primeira é de outro Chevrolet, o Prisma. No primeiro trimestre, enquanto os emplacamentos de automóveis recuaram 26,4%, as vendas do HB20
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LANÇAMENTO
PEUGEOT RENOVA 208 E MANTÉM PREÇOS COM PROPULSOR 1.2, CARRO PARTE DE R$ 48.190 E RECEBE TÍTULO DE MAIS ECONÔMICO DO PAÍS GIOVANNA RIATO
da versão Allure com câmbio automático de quatro marchas. Desde a configuração mais simples o 208 segue a estratégia de oferecer bom nível de equipamentos. O modelo vem de fábrica com itens como ar-condicionado, lanternas de LED, direção elétrica, volante com regulagem de altura e profundidade. “Temos coerência no nosso posicionamento de marca. Nossos clientes esperam design e conforto”, destaca Ana Theresa Borsari, diretora-geral da Peugeot no Brasil. Com as novidades, a Peugeot espera significativo aumento das vendas do 208. A previsão é de que o patamar atual de 750 a 800 unidades por mês suba para mil carros/mês. A reestru-
turação da rede de concessionárias, que acontece desde 2014, também deve impulsionar os negócios. MOTOR É PEÇA-CHAVE O motor 1.2 tricilíndrico é uma aposta alta da empresa. Importado da França no atual patamar elevado do dólar, o propulsor pode tornar mais difícil para a marca manter a margem nas vendas do 208. A decisão de trazer a novidade pode ter foco em melhorar a rentabilidade no futuro, garantindo bons resultados em eficiência energética. “O novo motor é peça-chave para que a gente alcance as metas do Inovar-Auto”, diz Carlos Gomes, presidente do grupo na América Latina. n
PEDRO BICUDO
A
Peugeot atualizou o 208, apresentado pela montadora como hot hatch. O carro teve mudanças estéticas e ganhou novos equipamentos, mas a principal novidade é mesmo o motor PureTech 1.2 flex de três cilindros, que equipa algumas versões e leva a sério a tendência de downsizing, que prioriza potência e baixo consumo de combustível. Neste quesito o carro passa com louvor: a configuração garantiu ao modelo o título de automóvel mais econômico do Brasil na etiquetagem veicular do Inmetro. A atualização foi apenas do veículo. Os preços começam exatamente no mesmo patamar, de R$ 48.190 na versão mais simples, a Active com câmbio manual e o novo motor 1.2 de 90 cv em substituição ao 1.5, que deixa de equipar a família 208 e, até que seja completamente substituído, permanece em outros carros da gama da PSA Peugeot Citroën. São oferecidas sete configurações do carro, com preços que chegam a R$ 78.990 na GT com motor 1.6 THP de 173 cv, que promete aceleração de zero a 100 km/h em 7,6 segundos. As versões intermediárias Active Pack, Allure com câmbio manual e Griffe, com transmissão automática, também permanecem com preços inalterados. O motor 1.6 de 122 cv continua na linha, oferecido a partir
CARLOS GOMES, PRESIDENTE DA PSA AMÉRICA LATINA, FALA SOBRE O NOVO MOTOR 1.2
O MOTOR IMPORTADO é peça-chave para atender o Inovar-Auto
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| FIAT TORO
FOTOS: MALAGRINE
LANÇAMENTO
QUASE NADA mudou por fora nas versões hatch e sedã
ETIOS 2017: MAIS BELEZA INTERIOR TOYOTA RELANÇA SEU COMPACTO BRASILEIRO COM MOTORES NACIONAIS MAIS EFICIENTES E NOVAS TRANSMISSÕES, COM OPÇÃO DE CÂMBIO AUTOMÁTICO PEDRO KUTNEY
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Toyota renovou o Etios trabalhando no que sabe fazer melhor em um automóvel: a beleza interior. Quase nada mudou por fora das versões hatch e sedã do modelo produzido em Sorocaba (SP), que continuam com as mesmas linhas insossas de antes. Mas por dentro foram feitas algumas melhorias que tiram o carro da indigência de acabamento em relação ao modelo lançado no Brasil em setembro de 2012, com ganhos estéticos e utilização de novos materiais de maior qualidade percebida. Mas o que melhorou mesmo foi o que já era percebido como bom: a mecânica, com a introdução de novos motores nacionais e transmissões mais eficientes, incluindo a opção de câmbio automático mais barata do mercado.
Com a nova oferta de transmissão automática em todas as versões do Etios, a partir de R$ 47,5 mil, a expectativa da Toyota é que as vendas do modelo cresçam quase 11% este ano, de 61,4 mil em 2015 para 68 mil unidades, sendo 35% do sedã e 65% do hatch. A estimativa é que 40% do total das versões vendidas seja com o câmbio automático de quatro velocidades importado do Japão e 60% com a também inédita caixa manual de seis marchas que a Aisin começou a produzir no Brasil. A escolha da transmissão automática de apenas quatro velocidades – enquanto boa parte do mundo já usa acima de seis – foi a solução encontrada para tornar o modelo mais acessível ao consumidor. Além do preço
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PREÇOS E VERSÕES ETIOS HATCHBACK
X 1.3 MT: X 1.3 AT: XS 1.5 MT: XS 1.5 AT: XLS 1.5 MT: XLS 1.5 AT: Cross 1.5 MT: Cross 1.5 AT:
R$ 43.990 R$ 47.490 R$ 48.995 R$ 52.495 R$ 53.895 R$ 57.395 R$ 57.395 R$ 60.895
ETIOS SEDÃ
X 1.5 MT: X 1.5 AT: XS 1.5 MT: CXS 1.5 AT: XLS 1.5 MT: XLS 1.5 AT:
R$ 48.495 R$ 51.995 R$ 51.695 R$ 55.195 R$ 56.795 R$ 60.295
ETIOS 2017 recebeu melhorias em mais de 600 componentes
inicial mais baixo, o cálculo da Toyota é que a manutenção é cerca de 40% mais barata em relação a uma caixa de seis marchas. Para manter o design do Etios 2017 quase inalterado em relação à geração anterior, com pequenas modificações nas rodas e antena de teto, a Toyota se pautou em pesquisas que indicaram que isso não era um desejo premente dos consumidores, pois menos de 8% disseram que deixariam de comprar o carro por causa de sua aparência. “Com o Etios tivemos um começo difícil, mas conseguimos melhorar o carro aos poucos. Isso fez a participação do modelo em seu segmento (B) saltar de 3% em 2013 para 7% no ano passado”, destaca Miguel Fonseca, vice-presidente executivo da Toyota Brasil. Ele acrescenta que as vendas do modelo cresceram 12,5% no primeiro trimestre de 2016, ajudando substancialmente a Toyota a ser a única marca que apurou crescimento entre janeiro e março, de qua-
se 1%, enquanto no período o mercado registrou queda média de 28%. QUALIDADES MELHORADAS Steve St. Angelo, presidente da Toyota América Latina, disse que listou as 15 principais críticas que leu na imprensa sobre o Etios, a começar pelo quadro de instrumentos. “Fizemos todas essas mudanças e chegamos ao fim da lista com o Etios 2017. Aplicamos melhorias em mais de 600 componentes”, destaca. No Etios 2017 a Toyota melhorou o que já era bom: os motores 1.3 e 1.5, que começaram este mês a ser produzidos no Brasil, na fábrica de Porto Feliz (SP). Com bloco e cabeçote de alumínio, os propulsores ganharam mais potência e torque com as diversas melhorias recebidas, especialmente o duplo comando variável de válvulas na admissão e escape (Dual VVT-i) e taxa
de compressão elevada de 12,1:1 para 13,1:1. A potência do motor 1.3 cresceu 8 cv, para 98 cv com etanol, e o torque aumentou 9%, para 12,8 kgfm a 4.000 rpm. Já o 1.5 avançou 11 cv, a 102 cv (álcool), e o torque cresceu 11%, para 14,4 kgfm a 5.600 rpm. Houve redução de até 9% no consumo em relação ao motor anterior importado do Japão. No painel, onde residiam as principais críticas sobre a excessiva rusticidade do Etios, a Toyota trocou o material plástico por outro de maior qualidade. Mas a principal mudança foi no quadro de instrumentos, que continua no centro do painel e com as mesmas dimensões, mas agora com visor 100% digital, de fácil visibilidade, agregando velocímetro, conta-giros e computador de bordo. Entre as novas funcionalidades está a possibilidade de introduzir o preço do litro do combustível abastecido, para que o sistema faça o cálculo do gasto por percurso. Tudo continua simples no interior do Etios, mas a cabine ganhou mais dignidade com as mudanças, e ficou mais silenciosa com novos isolamentos acústicos. Ao contrário de concorrentes do mesmo nível, desde a versão mais básica, os Etios hatch e sedã já vêm de fábrica bem equipados, incluindo antena externa curta, banco traseiro com encosto rebatível, direção eletroassistida progressiva, ar-condicionado, abertura interna do porta-malas e do tanque de combustível, chave com comando de abertura e fechamento das quatro portas, travas e vidros dianteiros e traseiros com acionamento elétrico. Poderia ter melhorado mais, mas já é um Etios mais digno de ser um Toyota. n
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| MOBI FIAT TORO
DIVULGACÃO / FIAT
LANÇAMENTO
A FIAT aposta que o Mobi se tornará rapidamente o seu campeão de vendas
MOBI,
A MINIATURA DO UNO FIAT LANÇA SEU NOVO SUBCOMPACTO SEM AVANÇOS TECNOLÓGICOS E COM MUITA PROPAGANDA PEDRO KUTNEY
A
Fiat preencheu novamente o espaço deixado pelo Mille desde 2014 na parte inferior de seu portfólio, mas de forma inversa. Enquanto o antigo carro de entrada era a geração anterior do novo Uno que chegou em 2010 e continuou a conviver com o irmão mais velho, o Mobi é uma espécie de Uninho, um “puxadinho” do modelo maior com grau de atualização muito parecido. Apesar do design diferente e das dimensões levemente menores, o Mobi compartilha quase toda a base mecânica com o Uno, usa a mesma plataforma e o mesmo conjunto de câmbio e motor flex 1.0 8V de 73/75 cv.
As semelhanças não são só de projeto, mas também de mercado. O Mobi, com seis versões que variam de R$ 31,9 mil a R$ 43,8 mil, é um subcompacto que trafega nas mesmas faixas de preço das quatro opções de quatro portas do Uno 1.0, de R$ 32,3 mil a R$ 40,1 mil. No topo da tabela, o carrinho chega a ser até pouco mais caro do que a primeira versão do Uno com motor 1.4, que começa em R$ 43,2 mil. Ainda assim, a Fiat aposta que o Mobi irá se tornar rapidamente o seu campeão de vendas, com expectativa de 7 mil emplacamentos por mês, de 60 mil a 65 mil este ano, superando o ritmo atual de Palio e Uno.
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FIAT investe pesado no marketing para construir o valor da simplicidade em torno do carro
“O Mobi vem se somar aos nossos carros de volume e esperamos que divida o mesmo território do Uno como conceito de carro urbano funcional, mas a expectativa é que traga mais vendas do que canibalize o mercado dos outros modelos. O Mobi deverá ser o novo líder de vendas da Fiat e ajudará a reconquistar a liderança do mercado brasileiro este ano (no primeiro trimestre perdida para a GM)”, afirma Carlos Eugênio Dutra, diretor de desenvolvimento de produto da FCA, a Fiat Chrysler Automobiles. Se não tem grandes avanços a mostrar na concepção do carro, a Fiat já demonstrou que investe pesado no marketing para construir “o valor da simplicidade” em torno do carro, a começar pelo mote da publicidade oficial: “O novo jeito de se mover pela cidade”, que na sequência do texto admite que “não é um carro novo, é um novo conceito de se movimentar” – como se houvesse de fato alguma novidade em ligar um carro e sair dirigindo pelas ruas. Para construir uma imagem “descolada”, além das inserções publicitárias tradicionais, a Fiat já canalizou fartos recursos para comprar a opinião à venda de blogueiros, pagar a presença de famosos em eventos de lançamento e promoveu festas chamadas de Mobi Party em diversas cidades.
ESTRATÉGIA É AGREGAR VALOR VERSÃO BÁSICA DEVE REPRESENTAR MENOS DE 10% DAS VENDAS
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ara o diretor de desenvolvimento de produto Carlos Eugênio Dutra, a expectativa criada de que o novo carro teria preço de entrada inferior a R$ 30 mil não deverá frustrar o consumidor. “Esse valor mais baixo poderia fazer algum sentido um ano atrás, não agora com a elevação dos custos”, diz. “Mesmo no caso do nosso carro mais barato, o Palio Fire (que representa 50% das vendas da linha Palio e vai continuar em linha), a versão mais barata não é a mais vendida. O consumidor entende que é mais vantajoso agregar valor e conforto ao produto que está comprando. A estratégia de focar esforços no que é mais barato está ultrapassada. Não queremos mais ser conhecidos como a marca mais barata, mas a que agrega mais valor”, completa. Nesse sentido, a expectativa é que menos de 10% das vendas do Mobi sejam da espartana versão mais barata, a Easy. Logo acima, a Easy On deve obter de 10% a 15% da demanda. O grosso dos emplacamentos, 55%, deverá se concentrar nas versões intermediárias Like e Like On. A roupagem aventureira Way e Way On, com alguns elementos exclusivos de design, ficam com os 20% a 25% restantes. “Em tempos de crise não valem oportunismos que destroem valor, pois criam demandas insustentáveis. Participação de mercado é importante, mas não é a meta. O mais importante é manter o balanço positivo, ou não haverá ciclo de desenvolvimento de produtos nem plano de negócios que sobrevivam”, analisa Stefan Ketter, presidente da FCA América Latina.
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LANÇAMENTO | MOBI
INVESTIMENTO FOI DE R$ 1,3 BILHÃO EM DOIS ANOS META É AMPLIAR PRODUÇÃO DO MOBI COM EXPORTAÇÕES PARA A AMÉRICA LATINA
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Mobi é o segundo passo da renovação completa do portfólio da Fiat na América Latina, iniciada este ano pelas pontas da gama, na parte de cima com a picape Toro produzida em Pernambuco e embaixo com o novo subcompacto popular feito em Minas Gerais, ambos lançados entre fevereiro e abril. “Agora vamos trabalhar no recheio desse nosso sanduíche”, promete Stefan Ketter, presidente da FCA América Latina. Segundo ele, o ritmo será de um lançamento por semestre até 2018, com produtos novos e foco também em aumentar as exportações. “Queremos nos tornar uma base de exportação. Nossa política é de construir um mercado de América Latina real, não só Argentina. A verdade é que nunca fizemos isso, costumamos exportar só para o país vizinho. O plano é expandir esse horizonte para todos os países da região”, afirma Ketter. Impulso adicional ao aumento da produção do Mobi em Betim (MG) deverá vir justamente das exportações. A Fiat estima que elas poderão representar até 30% das vendas do modelo, algo entre 20 mil e 30 mil unidades por ano. “Muito além de ser mais um hatch em nossa linha, o Mobi traz valor ao portfólio e aumenta nossas possibilidades de exportação. O carro é mais um fruto da engenharia nacional da FCA, uma das poucas fabricantes no Brasil que têm
essa capacidade de localização, com design e desenvolvimento próprios, independentes da matriz no exterior”, pondera Ketter. O investimento total feito no projeto do Mobi foi de R$ 1,3 bilhão ao longo dos dois últimos anos. Ketter nega enfaticamente que o lançamento do carro tenha sido adiantado com o objetivo de estancar a perda de participação de mercado que a Fiat vem enfrentando. Era esperado
“Muitas vezes o motor corresponde só à metade do consumo energético do carro, é preciso levar em consideração outros fatores como peso, pneus e aerodinâmica”, explica. O Mobi ganhou selo A no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular do Inmetro, com consumo urbano medido de 8,4 km/l (etanol) e 11,9 km/l (gasolina), e na estrada de 9,2 e 13,3 km/l, respectivamente. Os números são melhores do que os já obtidos pelo Uno com a mesma motorização. O acabamento do Mobi, embora simples, é bastante aceitável, não chega a ser indigente. Para uso urbano o carrinho é ágil e oferece condução confortável e suave, com embreagem leve e trocas macias de marcha. MOBI é fruto da engenharia É um modelo idenacional da FCA al para um casal. Com entre-eixos de que o Mobi fosse lançado com um 2,3 metros, 7 centímetros mais curto novo motor três-cilindros, que só do que o Uno, o espaço para pernas deve ficar pronto no segundo semes- no banco traseiro fica comprometitre deste ano. “Muito pelo contrário, do. O porta-malas de 215 litros (ou nós atrasamos o lançamento contra 235 se o banco traseiro for colocado as expectativas da companhia, por- mais adiante) é bastante apertado, que queríamos fazer mais ajustes ainda menor do que os 280/290 lino projeto. Desde o início o modelo tros oferecidos no Uno, mas uma foi projetado para usar o motor 1.0 divisória ajuda a separar melhor as de quatro cilindros atual”, assegura. compras. Para quem não levar pasApesar do envelhecimento do motor sageiros atrás, é possível rebater to1.0 da Fiat, o diretor de desenvolvi- tal ou parcialmente o banco bipartido mento Carlos Eugênio Dutra destaca em um terço e dois terços. que ele segue sendo uma solução Por fora, os designers da Fiat traeconômica para o Mobi, que depen- taram de conferir traços robustos e dendo da versão é em torno de 60 marcantes ao Mobi, com faróis e lana 70 quilos mais leve do que o Uno. ternas grandes.
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AS SEIS VERSÕES DO MOBI A ALTERNATIVA MAIS BARATA VEM PELADA, COM DIREÇÃO MECÂNICA, E CUSTA R$ 31,9 MIL
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olocado à venda em seis versões desde meados de abril, o Mobi mais barato segue o antigo nível de baixo conteúdo praticado em carros de entrada no mercado brasileiro. A partir de junho, ainda sem preço definido, a Fiat vai oferecer como opcional nas versões Like e Way o Fiat Live On, conjunto de aplicativo e doca para o smartphone no centro do painel, que transforma o aparelho em uma central multimídia conectada ao carro, com controles no próprio celular e no volante multifuncional. É possível atender e fazer chamadas telefônicas,
tocar músicas gravadas ou por streaming, rádio FM, informações sobre calendário, horário e clima, além de rodar qualquer programa de navegação como Waze ou Google Maps. Também dá para ver no celular a localização do carro no estacionamento. ACESSÓRIOS O proprietário de um Mobi também poderá equipar o carro com os acessórios Mopar na rede de concessionárias Fiat. São mais de 40 itens, como retrovisor com câmera de ré, alarme, central multimídia, protetor solar de para-
• A versão de entrada Easy (R$ 31,9 mil) vem pelada, com direção mecânica e nem sequer tem conta-giros no painel de instrumentos. • Na sequência, o Easy On (R$ 35,8 mil) já tem ar-condicionado, direção hidráulica, regulagem de altura do volante e rodas aro 14. Não há opcionais. •O Mobi Like (R$ 37,9 mil) tem o mesmo conteúdo do Easy On mais vidros e travas com acionamento elétrico, preparação para instalação de som, computador de bordo, chave com telecomando, limpador e desembaçador traseiro, maçanetas e retrovisores na cor da
brisa, porta-óculos, pedaleira esportiva, bagageiro de teto tubular, rede elástica para porta-malas, par de bolsas expansíveis, kit de malas, capa de tecido toalha para bancos, capa para transporte de animais e cinta para prancha de surfe, entre outros. O Mobi tem garantia total de fábrica de três anos e o comprador poderá optar por pacotes de revisões programadas no momento da aquisição, podendo diluir os valores, se desejar, nas parcelas do financiamento. Também será oferecida garantia estendida de 12 ou 24 meses.
carroceria e abertura interna para tampa do porta-malas. • O Like On (R$ 42,3 mil), sem opcionais, acrescenta rodas de liga leve de 14 polegadas, faróis de neblina, regulagem de altura do banco do motorista, retrovisores elétricos que abaixam sozinhos ao engatar a ré, sensor de estacionamento, alarme e rádio com comandos no volante.
• A versão com visual “aventureiro” Way (R$ 39,3 mil) traz todos os itens da Like e acrescenta barras longitudinais de teto, para-choques exclusivos e molduras nas caixas das rodas, além de suspensões elevadas. Assim como na versão Like, também é opcional o sistema de som. • O topo de linha é o Mobi Way On (R$ 43,8 mil), com o mesmo conteúdo do Like On e o visual do Way, mas com rodas de liga leve 14” diferenciadas e o console de teto com portaobjetos e espelho adicional.
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PRÊMIO REI
CONHEÇA OS CASES FINALISTAS DO PRÊMIO REI 2016 E DÊ SEU VOTO
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s 65 cases finalistas da edição 2016 do Prêmio REI – Reconhecimento à Excelência e Inovação estão descritos nas páginas seguintes e estarão recebendo o voto dos leitores da revista e da newsletter Automotive Business para a escolha final dos vencedores em 13 categorias. Os finalistas foram selecionados por 22 jurados convidados por Automotive Business. É possível votar por meio das cédulas impressas encartadas na revista ou por meio de votação eletrônica, caso você seja leitor da newsletter diária. As cédulas trazem cinco candidatos, em cada uma das 13 categorias do Prêmio. Serão somados, para definição dos vencedores, também os votos com cédula impressa dos participantes do VII Fórum da Indústria Automobilística, do Workshop Indústria Automobilística 4.0 (2 de maio no
Milenium Centro de Convenções, em São Paulo) e do IV Fórum de RH (16 de maio no Milenium Centro de Convenções). O Prêmio REI, em sexta edição, reconhece as melhores iniciativas da indústria automobilística, sob o prisma da excelência e inovação, entre 1o de fevereiro de 2015 e 1o de fevereiro de 2016. A entrega dos troféus aos vencedores ocorrerá em junho. Os leitores de Automotive Business (newsletter e revista) podem participar diretamente da votação. Cada pessoa poderá fazer a votação eletrônica apenas uma vez. Os leitores da newsletter receberão um link no qual fornecerão seu e-mail e CPF para emissão de uma senha, que será enviada por e-mail com orientação para votar. Os leitores da revista receberão uma cédula (com senha impressa) que pode ser devolvida pelo correio ou utilizada para votação on-line.
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JURADOS DO PRÊMIO REI ALBERTO LIMENA ProDeal
LUIZ SÉRGIO ALVARENGA Sindirepa
ANGELO MORINO Consultor
MARCELO CIOFFI PWC
ARNALDO PELLIZZARO ABI Consultoria
MARCOS AMATUCCI ESPM
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MÁRIO GUITTI IQA
DAVID WONG AT Kearney
MARTIN BODEWIG Roland Berger
FÁBIO PEAKE BRAGA SAE Brasil
MAURÍCIO MURAMOTO Consultor
FLÁVIA PIOVACARI Consultora
MOACIR RICCI Consultor
FRANCISCO SATKUNAS Consultor
PAULO CARDAMONE Bright
FRANCISCO TRIVELLATO Trivellato Inform. & Estratégias
PAULO GARBOSSA ADK
JEANNETTE GALBINSKI Setec Consultoria
RENATO ROMIO Instituto Mauá
JULIAN SEMPLE Carcon Automotive
VALTER PIERACCIANI Pier
ÍNDICE 64 EMPRESA DO ANO 65 PROFISSIONAL DE MONTADORA 68 PROFISSIONAL DE AUTOPEÇAS 69 VEÍCULO LEVE 70 COMERCIAL PESADO 72 MARKETING E PROPAGANDA 74 MANUFATURA E LOGÍSTICA 76 ENGENHARIA, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA 77 SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL 78 AUTOPEÇAS 79 POWERTRAIN 80 INSUMOS 82 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E SOFTWARE
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PRÊMIO REI
EMPRESA DO ANO
BMW
CONSTRUÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO BEM-SUCEDIDA DA FÁBRICA EM ARAQUARI (SC) – Em outubro de 2015, a fábrica do BMW Group em Araquari iniciou a produção do Mini Countryman, quinto veí-
culo a ser feito nesta unidade fabril, cumprindo com sucesso o ciclo definido para o lançamento de novos modelos produzidos em solo nacional, que inclui ainda os veículos BMW Série 3, BMW Série 1, BMW X1 e BMW X3. Com uma área total de 1,5 milhão de metros quadrados, dos quais 500 mil metros quadrados são de área pavimentada, a fábrica do BMW Group é a 30ª unidade fabril da empresa no mundo, em 14 países. Ela contou com investimento de mais de 200 milhões de euros (cerca de R$ 800 milhões) e tem capacidade para produzir até 32 mil carros por ano.
FCA
LIDERANÇA E INVESTIMENTO NO BRASIL – A FCA – Fiat Chrysler Automobiles liderou as vendas de automóveis e comerciais leves no Brasil em 2015. Contribuíram para esse resultado o 14º ano de liderança da marca Fiat e o relançamento da Jeep no País, com a chegada do Renegade. Em abril o grupo inaugurou sua mais moderna fábrica no mundo, o Polo Automotivo Jeep de Pernambuco, em Goiana, com capacidade para 250 mil veículos por ano. Em Betim, novos robôs foram inseridos na linha de produção da fábrica da Fiat. A FCA também investiu para aumentar a produção de inteligência automotiva no Brasil, inaugurando o Centro de Pesquisa, Desenvolvimento, Inovação e Engenharia Automotiva em Pernambuco e gerando 500 empregos nos próximos anos. Estes avanços fazem parte do maior ciclo de investimentos da FCA no Brasil, iniciado em 2013 e que prevê R$ 15 bilhões até o fim deste ano.
HONDA
CRESCIMENTO RECORDE EM 2015 – No ano em que completou 18 anos de produção no País, a Honda Automóveis do Brasil obteve recorde de vendas. Foram comercializadas 153.395 unidades dos modelos Civic, Fit, City, Accord, CR-V e HR-V. O total aponta para um crescimento de aproximadamente 11% no ano de 2015 em relação ao anterior. Com isso, a Honda atingiu o mais alto market share no Brasil desde 1997, quando a marca iniciou a produção local: 6,7%. Atribui-se o sucesso da empresa em 2015, bastante difícil para o mercado de automóveis no Brasil, à estratégia de renovação do line-up e lançamento de novo segmento (com o HR-V), somada à trajetória de compromisso em oferecer, além de produtos da mais alta qualidade, excelência em serviços pós-vendas, com um pacote de soluções que envolve assistência técnica qualificada, garantia, peças de reposição e valor de revenda.
HYUNDAI
ANO DE CONQUISTAS DA HYUNDAI MOTOR BRASIL –
A Hyundai Motor Brasil encerrou 2015 com o terceiro veículo mais vendido do País – o compacto HB20. Contabilizando os modelos hatch, aventureiro e sedã foram 163.674 unidades emplacadas. Com uma estratégia acertada de produção e vendas, a empresa manteve sua operação na planta de Piracicaba (SP), com a manutenção dos três turnos e dos 2,7 mil colaboradores. Uma grande conquista da Hyundai foi a Diplomação de Boas Práticas em Trabalho Decente, concedida pela Secretaria Estadual de Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo. Primeira montadora a receber a certificação no Brasil, a Hyundai atingiu e superou níveis estabelecidos pela Organização Internacional do Trabalho, agência da ONU, tornando-se a nona empresa no País a ser diplomada. A Hyundai celebrou em 2015 o aniversário de três anos do HB20 e a produção da unidade 500 mil, além de ter lançado no mercado sua primeira reestilização, com mudanças mecânicas e de design no modelo que revolucionou o segmento de compactos no Brasil.
MERCEDES-BENZ
60 ANOS DE BRASIL – MOVENDO O FUTURO – No ano em que completa 60 anos, a Mercedes-Benz
do Brasil construiu uma relação sólida com o País e os brasileiros. Nos últimos dois anos a empresa anunciou investimento de R$ 730 milhões para modernização e ampliação de suas fábricas de São Bernardo do Campo (SP) e Juiz de Fora (MG), que produzem caminhões e ônibus. Com isso, o aporte chega a R$ 3,2 bilhões aplicados no período de 2010 a 2018 – o maior já realizado no segmento de veículos comerciais no Brasil. Na divisão de automóveis premium, a Mercedes-Benz investiu R$ 500 milhões na construção de sua nova fábrica em Iracemápolis (SP), de onde já sai o Classe C e sairá o GLA. Com a nova unidade, a Mercedes-Benz será a única empresa do setor automotivo a produzir na América Latina caminhões, ônibus, vans e automóveis.
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PROFISSIONAL DE MONTADORA
ISSAO MIZOGUCHI
HONDA – Em 2014, Issao Mizoguchi foi o primeiro brasileiro a ser designado ao cargo de chefe de operações na
Honda Motor Co. Ltd., no Japão, e assumiu também a posição de presidente da Honda South America. Em 2015, segundo ano de sua gestão, a Honda Automóveis, empresa integrante da holding, alcançou o mais alto market share de sua história no Brasil (6,7%) e, em um ano em que todas as empresas do setor automotivo sentiram as dificuldades do mercado, a fabricante bateu recorde de vendas e cresceu 11%. Além disso, a Moto Honda da Amazônia manteve sua liderança no setor de motocicletas com mais de 80% de market share em 2015. O executivo acredita que é possível enxergar boas oportunidades em momentos de instabilidade econômica. Para isso, é necessário atuar de acordo com as necessidades e realidade dos diferentes perfis de consumidores espalhados pelas cinco regiões do País.
AUDI DO BRASIL –
JOERG HOFMANN
A Audi saiu de um volume mensal de 500 unidades em 2013 para 1.400 (em média) em 2015, quase triplicando os emplacamentos. À frente da companhia no Brasil há pouco mais de dois anos está o alemão Joerg Hofmann, que levou a empresa da quarta colocação no ranking do mercado premium em 2013 para a primeira em 2015, com 17.541 unidades emplacadas no ano, um recorde para a montadora. Os resultados refletem a nova estratégia para a atuação da empresa no País, com diferentes frentes de investimentos. A estratégia levou a Audi a uma “nova era”, que também envolve a mudança de cultura da empresa no Brasil, com valores concentrados nos pilares de desempenho, relacionamento e identificação com a marca. O novo escritório, o crescimento em número de colaboradores no País, o incentivo à inovação e à saúde e bem-estar dos colaboradores, à maior integração de equipes, ao fortalecimento da cultura Audi também estão entre os esforços de gestão da presidência que refletem no novo momento da empresa.
MERCEDES-BENZ –
PHILIPP SCHIEMER
Há três anos como presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO América Latina, Philipp Schiemer trouxe importantes novidades para o mercado brasileiro. Entre as iniciativas estão o lançamento de 40 inovações no portfólio de caminhões, o aumento da participação dos ônibus da marca em projetos de mobilidade urbana e a ampliação da oferta de serviços de pós-venda com foco nas necessidades dos clientes. Schiemer anunciou, ainda, em apenas um ano e meio de sua gestão, importantes investimentos para o setor de veículos comerciais, como também a construção da fábrica de automóveis premium em Iracemápolis (SP), já inaugurada. Os resultados mostram que, sob seu comando, a Mercedes-Benz liderou as vendas de veículos comerciais no Brasil, com quase 33 mil caminhões, ônibus e vans comercializados em 2015. No segmento de automóveis premium, a empresa bateu recorde de vendas também em 2015, atingindo mais de 17 mil unidades, volume 47% maior que o registrado em 2014.
ROBERTO CORTES
MAN – Em 2015, Roberto Cortes conduziu de forma exemplar os negócios da MAN Latin America, com uma postura positiva diante das adversidades, mas também enérgica para reações rápidas e eficazes. O resultado se vê em números: 19 lançamentos e crescimento na participação de mercado de caminhões (no qual é líder pelo 13º ano consecutivo) e também nos resultados de pós-venda e exportações. Em 2015, os feitos da gestão de Cortes consolidaram a importância da empresa nos negócios mundiais de caminhões e ônibus do Grupo Volkswagen, que ganhou ainda mais projeção com a criação da holding Volkswagen Truck & Bus GmbH. A marca Volkswagen Caminhões e Ônibus, que nasceu no Brasil, tem hoje a mesma importância das demais do grupo e, desde julho deste ano, através de Roberto Cortes, garantiu um assento no board mundial da holding de caminhões e ônibus do grupo.
STEFAN KETTER
FCA – Presidente da FCA para a América Latina desde novembro de 2015, Stefan Ketter é também vice-presidente
mundial de manufatura do grupo. Em 2013 mudou-se para o Brasil a fim de liderar a implantação do Polo Automotivo Jeep em Goiana (PE), inaugurado em abril de 2015. O Polo Automotivo Jeep é a unidade mais moderna da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) no mundo, com aporte total superior a R$ 7 bilhões e capacidade para produzir 250 mil veículos por ano. A trajetória de Ketter na Fiat SpA começou em 2004, quando assumiu a área de qualidade. Em 2005 passou ao comando da área de manufatura. No ano seguinte passou a gerir a implementação do sistema de produção World Class Manufacturing no grupo. Em 2008, Ketter se tornou vice-presidente mundial de manufatura e membro do Group Executive Council, a máxima instância executiva global da FCA. Ketter comandou a reorganização das fábricas da Fiat na Itália e da Chrysler nos Estados Unidos, após a aquisição da empresa pela Fiat, e coordenou o projeto, construção e instalação das novas fábricas do grupo em outras regiões do mundo.
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PRÊMIO REI
PROFISSIONAL DE AUTOPEÇAS
DELFIM CALIXTO
BOSCH – Delfim Calixto está no Grupo Bosch desde 1989 e teve a carreira desenvolvida no aftermarket, ocupando cargos na Alemanha, Argentina, México e Brasil. Há quatro anos é o presidente regional da divisão Automotive Aftermarket da Bosch América Latina. É conhecido pelo excelente relacionamento com clientes, distribuidores e colaboradores, mas fatos e números endossam sua atuação no grupo: a divisão Aftermarket na América Latina cresceu cerca de 7% ao ano nos últimos três anos. O Centro de Distribuição da Bosch, em Louveira (SP), é um exemplo de eficiência. Desde que a Bosch reassumiu sua operação, em 2013, conseguiu obter um ganho de 7% de produtividade, além da redução de 6% nos custos com equipamentos e mão de obra. Atualmente, o índice de satisfação dos clientes com entregas é de 95%. A empresa pretende ainda ampliar a presença no Brasil, dobrando sua rede de oficinas de 5 mil para 10 mil nos próximos seis anos. Se este número se concretizar, cerca de 25% de toda a rede independente de reparação de veículos será credenciada pela Bosch.
LOURENÇO ORICCHIO
SABÓ – Diretor-geral da Sabó Américas, Lourenço Agnello Oricchio Junior destacou-se por preservar e estimular o diferencial tecnológico da Sabó, concorrendo e competindo com grandes players mundiais do setor. Coordenou o fornecimento das juntas alumínio x borracha (nanotecnologia) para as principais fábricas mundiais de transmissões da GM e o desenvolvimento e fornecimento da tecnologia Friction Reduction, com melhor eficiência na vedação dos retentores e sistemas de vedação. O processo, desenvolvido junto à Cummins Indiana (USA) e Inglaterra, foi eleito a melhor solução de vedação no ano de 2015. Lourenço estimulou um processo fabril de alta tecnologia e automação, competitivo, robusto, com eliminação dos desperdícios. O diferencial tecnológico faz com que a Sabó seja uma das grandes exportadoras brasileiras no setor de autopeças, com vendas para mais de 40 países. A Sabó tem uma marca forte e presença no mercado de aftermarket. Lourenço Oricchio é membro dos Conselhos do Sindipeças e SAE Brasil.
MARCO RANGEL
FPT INDUSTRIAL – Após assumir a presidência da FPT Industrial, em junho de 2015, Marco Aurélio Rangel tem
sido o responsável por importantes marcos na história da empresa na América Latina. Entre as conquistas estão a ampliação da produção de motores para geração de energia para a unidade em Córdoba (Argentina), integrando-a à linha de produção em Sete Lagoas (MG); ampliação do contrato de fornecimento para a Modasa, que anteriormente era apenas para motores GNV, incluindo motores G-Drive; fornecimento de motores para os primeiros tratores agrícolas da Landini fabricados no Brasil; início da produção de motores Euro V na unidade de Córdoba para atender o mercado argentino; homologação de 21 novas versões de motores destinadas ao segmento agrícola e de construção, em conformidade com a legislação MAR-I, com o objetivo de validar o total de 49 versões ainda em 2016.
PAULO BUTORI SINDIPEÇAS –
O engenheiro Paulo Butori foi presidente, várias vezes reeleito, do Sindipeças e da Abipeças. Durante sua gestão, mudanças profundas foram experimentadas pelo setor de autopeças, que se desnacionalizou e passou a enfrentar a concorrência internacional de mercados maiores e economicamente mais poderosos. Com inteligência de líder e experiência de empresário “muito nacional”, como gosta de brincar, num contraponto a “multinacional”, ajudou as empresas associadas de médio e pequeno portes a atravessar duras transformações e mostrou aos fabricantes de capital estrangeiro que era necessário trabalhar pelo fortalecimento de toda a cadeia. “O gigante não fica em pé se seus pés de barro estiverem quebrados.” Os “pés de barro” a que Butori se refere são as empresas de segundo e terceiro níveis na produção de autopeças. Paulo Butori conseguiu manter os associados do Sindipeças sempre unidos, projetou o setor e concluiu seu mandato em março deste ano.
WILSON BRICIO
ZF – Mesmo diante da crise econômica que se instalou no Brasil, Wilson Bricio, presidente da ZF América do Sul, colocou em prática duas importantes ações, na contramão do movimento do mercado. Devido à demanda por conteúdo local, a ZF nacionalizou em 2015 duas linhas de eixos para o segmento de construção, com produção instalada em Sorocaba (SP). A linha de eixos Multisteer MS-B 3000 é destinada para altos carregamentos em retroescavadeiras, enquanto a linha MT-B 3000 é voltada para aplicação em retroescavadeiras de design tradicional, com eixo traseiro rígido. Já o Programa de Desenvolvimento de Fornecedores visa a elevar a qualidade dos processos industriais na cadeia automotiva e aumentar a competitividade dos fornecedores. O PDF ZF, em parceria com o Instituto Euvaldo Lodi da Confederação Nacional da Indústria, capacita o desenvolvimento de 25 parceiros por meio dos módulos Financeiro e de Produção (realizado por profissionais da ZF), ambos com recursos oriundos da própria ZF.
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VEÍCULO LEVE
BMW X3 (NACIONAL)
O utilitário esportivo da BMW ganhou uma versão nacional em tudo parecida com a importada da Alemanha. O modelo é oferecido em três versões: xDrive20i, com motor 2.0 turbo de 184 cv, a xDrive20i X-Line, com a mesma motorização, mas mais equipamentos de série, e a xDrive35i M Sport, com motor 3.0 de seis cilindros em linha, turbinado, com 306 cv. A transmissão é automática de oito marchas.
FORD FOCUS FASTBACK
A reestilização do Focus, agora com a chamada “dianteira Aston Martin”, por conta da abertura frontal semelhante a uma boca enorme, chegou ao sedã com uma proposta a mais. Segundo a Ford, era preciso apresentar o carro por suas qualidades dinâmicas, diferentes daquelas dos sedãs concorrentes. Daí o nome Fastback. Além da nova aparência, o carro recebeu reforços estruturais e melhorias na suspensão traseira e assistência elétrica.
HONDA HR-V
Construído sobre a mesma plataforma do Fit, o HR-V foi um dos poucos modelos que não puderam se queixar de 2015. O que a Honda produziu foi vendido e chegou a haver fila de espera pelo SUV compacto. Considerado um dos modelos mais seguros do Brasil, após testes realizados pelo Latin NCAP, o HR-V usa o mesmo motor 1.8 do Honda Civic de entrada, que rende 140 cv e vem conjugado a um câmbio manual de cinco marchas ou a uma transmissão automática CVT.
JEEP RENEGADE
Outro sucesso de vendas em um ano sem muitos acontecimentos para celebrar, o Jeep Renegade foi o carro mais seguro do Brasil por um breve período, enquanto o HR-V não foi testado pelo Latin NCAP. Construído sobre a plataforma SUSW, o Renegade é o único SUV compacto com motor diesel, um 2.0 MultiJet de 170 cv. Outra inovação é seu câmbio automático, de nove marchas. A opção de entrada é um 1.8 flex de 132 cv com transmissão manual de cinco marchas ou automática de seis.
VW UP! TSI
O Up! não é o primeiro 1.0 sobrealimentado do mercado brasileiro, tendo sido antecedido pelo Gol Turbo e pelo Ford Fiesta SuperCharger, mas chega em momento mais propício, com um mercado consumidor mais maduro para a ideia de downsizing. Tanto que a Volkswagen nem precisou apelar para o marketing de esportividade para que o carro se tornasse objeto de desejo. Com 105 cv no etanol, o motorzinho de três cilindros rende muito bem e ainda é econômico.
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PRÊMIO REI
COMERCIAL PESADO
DAF CAMINHÕES
CF AMPLIA PORTFÓLIO NO BRASIL E OFERECE FINAME –
O maior mercado dentro do segmento de pesados ganha um competidor consagrado na Europa, o CF85. O caminhão, voltado a transporte de curtas e médias distâncias, é produzido na fábrica da companhia em Ponta Grossa, no Paraná, e oferecido em cavalo mecânico nas versões 4x2 e 6x2, equipadas com o motor Paccar MX 12.9 litros, capaz de gerar potência de 360 cv ou 410 cv, além de duas opções de cabine, a Sleeper e a Space Cab. O modelo atinge também índice de nacionalização que o habilita para o Finame. O CF85 também se destaca pela robustez aliada ao conforto. O projeto brasileiro do caminhão conta com chassis reforçados e suspensão totalmente balanceada para as condições de uso nas estradas do País. O modelo tem ótimo desempenho com carreta de três eixos, vanderleia ou LS (2+1).
IVECO
CHASSI DESTACA-SE POR BAIXO CUSTO OPERACIONAL – Desenvolvido e fabricado no complexo
industrial da Iveco em Sete Lagoas (MG), o chassi 170S28, consolidado no mercado brasileiro em 2015, tornou-se um trunfo da fabricante para atender o segmento de 17 toneladas, o maior no País. Nas versões urbana e fretamento, o veículo tem ponto forte no baixo custo operacional. O motor é o modelo N67, de seis cilindros em linha. O propulsor de 6,7 litros, com sistema SCR, atende as normas do Proconve-P7, com potência máxima de 280 cv. O torque chega a 950 Nm. A curva plana de torque e a grande disponibilidade de força em baixas rotações garantem economia de combustível e conforto para o motorista, evitando constantes trocas de marcha. O motor foi produzido em parceria com a FPT Industrial. Além do baixo consumo de combustível, outra vantagem da rotação baixa é a redução das perdas de componentes internos do motor, obtida com a diminuição do atrito entre as peças. O chassi é a nova escolha dos principais operadores de transporte de passageiros do Brasil por oferecer uma alternativa que garante eficiência e resistência extra.
MAN LATIN AMERICA
PERFORMANCE E CAPACIDADE DE CARGA DESTACAM CONSTELLATION 30.330 V-TRONIC – As novas demandas do mercado brasileiro para veículos comerciais, como a lei do descanso do motorista, geraram
uma modificação no perfil do segmento. Observando a demanda por veículos com performance superior e maior capacidade de carga transportada, a MAN Latin America lançou o Constellation 30.330 V-Tronic, uma versão 8x2 com PBT de 29.000 kg. Ou seja, o veículo proporciona a opção de transportar mais carga em uma única viagem, minimizando os custos operacionais. Outro item que vem para somar à melhor relação custo-benefício, com maior conforto e segurança, é a transmissão automatizada V-Tronic.
MERCEDES-BENZ DO BRASIL
NOVO CAVALO MECÂNICO ACTROS DE 510 CV E CÂMBIO AUTOMATIZADO – O cavalo mecânico Actros, já com acesso a 100% do Finame, inicia 2016 fazendo mais sucesso no mercado brasileiro de caminhões. Os veículos passam a oferecer o novo motor nacional OM 460 de 13 litros com potência de até 510 cv, câmbio automatizado otimizado para as condições das estradas brasileiras, eixos sem redução nos cubos e freios a tambor, tudo para incrementar a produtividade e reduzir o consumo de combustível e o custo de manutenção do veículo. Os novos tanques de alumínio de 1.080 litros, que garantem a maior autonomia do mercado, e o novo modelo com suspensão metálica asseguram que o veículo esteja preparado para qualquer tipo de aplicação. O conforto do motorista também foi priorizado com a introdução de uma nova cama, climatizador e um novo painel totalmente interativo.
SCANIA
CAVALO MECÂNICO RODOVIÁRIO 8X2 ORIGINAL DE FÁBRICA – No início de 2011 entrou em
vigor a resolução do Contran 210/211, que definiu a obrigatoriedade de tração dupla, tipo 6x4, para as combinações cujo peso bruto total combinado fosse superior ou igual a 57 toneladas. A lei teve forte reflexo em alguns modais de transporte, principalmente na combinação cavalo mecânico mais bitrem, antes tracionada por veículo 6x2. A consequência mais impactante no dia a dia do transportador foi o maior investimento para adquirir veículos 6x4. A Scania e a transportadora G10, de Maringá (PR), se uniram para desenvolver uma solução mais rentável e surgiu o cavalo mecânico 8x2. Em cinco meses esse novo caminhão atingiu o objetivo de ser o responsável por 15% das vendas entre os rodoviários da Scania. O cavalo mecânico 8x2 permite o aumento de capacidade de carga em comparação com o 6x2 com “vanderleia”. Na comparação com bitrem, reduz o investimento inicial, o custo operacional, o consumo de diesel e de pneus nas operações carregado/vazio e o custo na compra do implemento.
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PRÊMIO REI
MARKETING E PROPAGANDA
FCA
RELANÇAMENTO DA MARCA JEEP NO BRASIL – Para relançar a marca Jeep no País, a FCA deu início
no Salão do Automóvel de 2014 a um planejamento de ações integradas de comunicação. A estratégia foi criar uma campanha utilizando paisagens e músicas brasileiras para retomar a identificação do País com a marca. O primeiro filme, chamado Poema, teve mais de 1,2 milhão de visualizações no YouTube. Em fevereiro de 2015 foi lançado o filme Nome, com versões de 1 minuto (3,4 milhões de visualizações no YouTube) e 30 segundos (quase 7 milhões de visualizações). Um aplicativo foi oferecido nas redes sociais para que cada pessoa pudesse fazer o próprio filme. Em março entrou no ar a campanha My Brazil (7,8 milhões de visualizações). Pela primeira vez no País uma marca automotiva ficou entre os três vídeos mais assistidos no YouTube. A campanha chegou ao ápice com os eventos de lançamento do Renegade, no fim de março, e da inauguração do Polo Automotivo Jeep, no fim de abril. O resultado pode ser visto nos dois meses seguintes, quando todas as unidades do Renegade que chegaram às lojas foram vendidas.
GKN
VALORIZAÇÃO DA MARCA POR PROGRAMAS ESTUDANTIS – A participação da GKN nos projetos
de Baja e Fórmula, promovidos pelas escolas de engenharia, aumentou substancialmente nos últimos anos. A GKN encontrou nesse projeto um meio para: a) apoiar um público que tem tudo a ver com a essência da empresa; b) contribuir com o desenvolvimento da engenharia local pelo apoio técnico às equipes; c) oferecer oportunidades de carreira para esses jovens; d) proporcionar o conhecimento de um ambiente fabril com visitas dos estudantes. Por meio desse apoio, que consiste na doação de semieixos e apoio técnico da engenharia da empresa, esses jovens se tornaram embaixadores da marca GKN. A marca GKN, amplamente divulgada nos materiais promocionais das equipes, incluindo mídias e redes sociais, já vai além das fronteiras das escolas de engenharia e do Brasil. A maioria das equipes vencedoras das competições do SAE em 2015 tem o apoio da GKN. A GKN patrocina 41 equipes distribuídas em nove Estados do Brasil. O número de equipes em espera por um patrocínio é de mais de 70 em todas as regiões do País. O projeto no Brasil é benchmarking para outras unidades da GKN no mundo.
HONDA
HR-V, A REVOLUÇÃO NA SUA GARAGEM – “Chegou o Honda HR-V, a revolução na sua garagem”. Com esse mote, a Honda lançou a campanha publicitária do HR-V, em parceria com a agência F/Nazca Saatchi & Saatchi, retratando o posicionamento inovador e a revolução positiva que o modelo representa para o segmento de SUVs no Brasil. O grande destaque, considerado a alma da campanha, foi o filme produzido para TV, com versões de 60” e 30”, além de versões exclusivas para a plataforma digital. O vídeo mostra como revoluções históricas alteraram o curso da humanidade. Toda a produção foi realizada no Brasil, reproduzindo cenas históricas em um minucioso trabalho de reconstituição de época. Até uma trilha sonora exclusiva foi criada para o comercial. O HR-V passa pelo cenário da Revolução Francesa, por Woodstock, a queda do muro de Berlim, o comício de Martin Luther King em Washington, terminando com a chegada do homem à Lua. Inspirado por todos esses acontecimentos que trouxeram mudanças positivas e inovações para a humanidade, o HR-V chegou para ser a revolução na sua garagem.
HYUNDAI MOTOR
2015: O ANO DA SUPERAÇÃO – Foram quatro os principais desafios: 1) aproximar-se mais dos brasileiros;
2) manter as vendas num cenário econômico difícil; 3) aumentar a satisfação dos clientes e manter o HB20 como o carro mais desejado do Brasil; e 4) preparar o lançamento do novo HB20. Começamos com um poderoso conceito: “HB20. A escolha mais fácil da sua vida”. Transformamos o Before Service Day num evento nacional de vendas e desenvolvemos o Test Drive Mega Premiado. Para o lançamento do novo HB20, a Hyundai “fez diferente para fazer a diferença”, com uma estratégia em quatro fases: 1) celebração de 500 mil unidades vendidas com um ano adicional de garantia; 2) retrospectiva da história de sucesso do HB20 e anúncio dos patrocínios do Cristo Redentor e de quatro atletas olímpicos brasileiros; 3) teaser: inovou com uma inédita experiência screen 2 screen; 4) lançamento: evento para a rede com test drive, apresentação do filme da campanha e o novo programa de fidelidade Hyundai Sempre. Após um mês, lançou o HB20X com uma abordagem radical em um inédito vídeo interativo em 360º, e o HB20S. A Hyundai atingiu 6 milhões de fãs no facebook e conquistou a primeira posição no Google Search. Obteve 11,2% de share no segmento B e o quinto lugar no ranking. Em 2015, reforçou o fato de que a Hyundai entende necessidades e sonhos brasileiros.
MITSUBISHI MOTORS
NEW OUTLANDER 2016 - O MUNDO VAI TER QUE SE PREPARAR PARA TANTA TECNOLOGIA – A campanha publicitária do New Outlander 2016 foi veiculada nos principais veículos de comunicação do
País. Com a assinatura “New Outlander. O mundo vai ter que se preparar para tanta tecnologia”, as peças exploram o conceito do topo do universo tecnológico. Para alcançar esse resultado grandioso e mostrar que o New Outlander foi ainda mais longe no que diz respeito a tecnologia e inovação, mais de 150 profissionais estiveram envolvidos em 45 dias de pré-produção, dois dias de gravação e quase 15 dias para finalizar todos os efeitos especiais e imagens em 3D. As gravações foram realizadas em três diferentes locações: Campo de Marte (São Paulo), Cenforpe (São Bernardo do Campo) e Ubatumirim (São Paulo).
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MANUFATURA E LOGÍSTICA
CNH INDUSTRIAL
GESTÃO ANTECIPADA COM MINIMOCK-UP 3D E SIMULAÇÕES – Em minimock-up 3D de uma linha de montagem de cabines de colheitadeira e simulação do layout, método e MO, a empresa conseguiu de forma antecipada avaliar problemas relacionados a ergonomia na atuação dos trabalhadores, possíveis riscos envolvendo condições inseguras, reduzir custos operacionais, otimização das atividades logísticas, detalhamento de todos os grupos funcionais do equipamento. A perfeita integração entre o produto e a manufatura possibilitou a projeção de energia elétrica gerada. Esses conceitos possibilitaram melhor integração entre os engenheiros de manufatura, industriais e de manutenção, além dos operadores de montagem e manutentores mecânicos e elétricos, incluindo os gestores da empresa. O foco do projeto foi explorar e garantir os conceitos de lessons learn em todos as fases do design review como forma de garantir o front loading e adequado vertical start-up, evitando gastos reais e gerando cost avoidance. Esse projeto concedeu o Prêmio Inovação 2015 das Plantas CNH da América Latina, concorrendo com 11 fábricas.
FCA
40 ANOS DA PLANTA DA FIAT – A fábrica da Fiat em Betim, MG, completa, em 9 de julho, 40 anos. A data vem coroar um intenso processo de modernização da planta, considerada a segunda maior do mundo em capacidade produtiva e a primeira da América Latina. Os investimentos são de R$ 7 bilhões entre 2010 e 2016. Modernizar-se sem interromper a produção de 16 modelos em quatro linhas de montagem fez a FCA desenvolver know-how para realizar simultaneamente grandes mudanças de processos, incorporação de novas tecnologias e um robusto programa para desenvolvimento de pessoas. Robôs estão sendo inseridos na linha de produção, trazendo tecnologia de ponta e mais precisão. O número de robôs passou de 238 em 2013 para quase mil em 2016. A fábrica terá novo prédio para pintura, com equipamentos modernos e mais produtivos e início de operação em 2016. A pintura vai acontecer ao longo dos quatro andares, que totalizam 88 mil m2. Outro desafio foi fazer da fábrica uma referência em gestão ambiental, alcançado com o “Aterro Zero” o pioneirismo na ISO 50001 (eficiência energética) e o recorde de 99,4% de reúso de água.
MAN LATIN AMERICA
SMART FEEDING – O Smart Feeding, novo conceito de abastecimento de peças na linha de produção, consiste em um dispositivo móvel que leva as peças do estoque necessárias para o uso do posto de trabalho, onde o reabastecimento ocorre uma vez por turno. Com o novo processo, os abastecimentos são realizados por dispositivos móveis em que a reposição das peças no estoque é realizada sem o transbordo sistêmico e a reposição da linha é feita mediante janelas de abastecimento, eliminando excessos na borda de linha. Entre os principais ganhos estão as eliminações do transbordo sistêmico e de equipamentos para impressão. Destaca-se ainda a redução no tempo de abastecimento, a do material em processo (WIP). Outra melhoria relevante é a liberação de 80% da área na borda de linha (fator crítico no Consórcio Modular).
PSA PEUGEOT CITROËN
NOVA LOGÍSTICA TRAZ UMA REVOLUÇÃO NOS FLUXOS E PROCESSOS – Uma nova forma de logística interna e externa foi desenvolvida para a fábrica da PSA em Porto Real. Diante da necessidade de aumentar sua eficiência para receber projetos de novos veículos, foi implantada uma logística capaz de gerar espaços livres, reduzir estoques e aumentar a taxa de serviço por parte dos fornecedores das peças. A mudança nos fluxos logísticos levou a uma economia de g 5 milhões, especialmente em 2015. A transformação começou com o mapeamento do fuxo de valor, que permitiu reduzir os espaços logísticos e os estoques em cerca de 30%. Em paralelo foi implantado um sistema just in time em que a programação é feita com cinco a seis dias de antecedência, sendo as peças entregues hora a hora, diretamente nos supermercados internos. As peças chegam às linhas de montagem em trens e em embalagens marcadas com a data e hora da necessidade do consumo. A taxa de serviço dos fornecedores subiu de 85% para 97%, gerando uma redução significativa do custo de transporte das mercadorias. A revolução logística ajuda a empresa a reduzir seus custos e, consequentemente, a oferecer produtos ainda mais competitivos para seus clientes.
ZF
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE FORNECEDORES – Para elevar a qualidade dos processos industriais na cadeia automotiva e alavancar a competitividade dos fornecedores, a ZF criou o Programa de Desenvolvimento de Fornecedores da ZF (PDF ZF). O programa capacita e estimula o desenvolvimento de aproximadamente 25 parceiros estratégicos das categorias Tier 2 (empresas que fornecem produtos e serviços para a ZF) e Tier 3 (que fornecem para os fornecedores Tier 2). A iniciativa aconteceu após a ZF aderir ao Programa de Desenvolvimento de Fornecedores Automotivos criado pelo MDIC no fim de 2014. Porém, devido à crise econômica e política, os recursos foram temporariamente suspensos. Mesmo assim, os planos da ZF se mantiveram e a empresa, de maneira independente e em parceria com o IEL (Instituto Euvaldo Lodi, da CNI – Confederação Nacional da Indústria), deu início ao programa próprio. O PDF ZF é composto por dois módulos: o Financeiro (realizado por profissionais da IEL) e o de Produção (realizado por colaboradores da ZF), ambos com recursos oriundos da própria ZF.
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ENGENHARIA, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
AXALTA COATING SYSTEMS PINTURA ALTOS SÓLIDOS FORD BRASIL – Esta tecnologia é muito conhecida nos Estados Unidos e Europa, mas era pouco difundida no Brasil, sendo a Ford a primeira a implementá-la. A tecnologia de tinta de altos sólidos traz benefícios como a redução do conteúdo de orgânicos Voláteis (VOC), melhora as métricas de qualidade, trazendo vantagens para absolutamente todas as partes do processo, de economias monetárias a ambientais. Com maior concentração de sólidos por litro, as tintas apresentam maior rendimento, sendo necessária menor quantidade para a pintura de um veículo, o que implica mais eficiência, aumento de produtividade e redução de custos. O processo de pintura fica 20% mais rápido e economiza 60% de produto se comparado à categoria de pintura médios sólidos. A implementação da tecnologia requer baixos investimentos de maquinário, com troca e inclusão de alguns equipamentos e de treinamento de equipe. A tecnologia de altos sólidos tem benefícios como baixa emissão de VOC e redução de resíduos.
BORGWARNER PRIMEIRO TURBO PARA CARRO DE PASSEIO FLEX NO BRASIL – A BorgWarner foi, em 2015, a grande responsável pelo fornecimento do primeiro turbocompressor para carros de passeio flex fabricado no Brasil. O componente melhora o desempenho do motor, reduzindo o consumo de combustível e emissões de poluentes, auxiliando as montadoras a atender os requisitos estabelecidos pelo Inovar-Auto. Projetado para propulsores de 0,8 até 1,6 litro, o novo turbo flex da BorgWarner estreou no mercado na nova versão do VW Up!. Caracterizado pelo seu projeto compacto para aplicações em carros de passeio, o turbocompressor BorgWarner inclui ainda um rotor de compressor de alumínio fresado, sistema de mancais otimizado e válvula de descarga controlada por atuador elétrico, com características avançadas de redução de ruído. A empresa já está desenvolvendo novos projetos com outras montadoras para que, em breve, mais modelos com essa tecnologia estejam disponíveis, configurando o downsizing como uma grande tendência.
DELPHI NOVAS SOLUÇÕES DE CONECTIVIDADE AUTOMOTIVA PARA O MERCADO BRASILEIRO – A conectividade passou a ser uma exigência dos consumidores e a Delphi trabalha para acompanhar essa demanda. Em 2015 a sistemista trouxe ao Brasil sua nova linha de produtos Delphi Data Connectivity, que reforça o portfólio de conectividade com novas entradas USB, que podem ser adaptadas no painel do veículo. O produto apresenta capacidade máxima de carregadores e transferências de dados e possui um design moderno, iluminação por LED e é certificado por todas as montadoras. A empresa também trabalha no desenvolvimento de carregadores sem fio para celulares, ativados automaticamente, iniciando o carregamento assim que o aparelho entra no raio de alcance do equipamento, que utiliza um campo magnético para transmitir energia, eliminando cabos e adaptadores. O carregador tem capacidade compatível com a versão convencional com fio e pode carregar completamente um dispositivo, estendendo a vida útil da bateria.
MAGNETI MARELLI POWERTRAIN PRIMEIRO LABORATÓRIO PARA ANÁLISE DE EMISSÕES DE VEÍCULOS HÍBRIDOS E 4X4 – A Magneti Marelli demostra a sua preocupação com a inovação e com a oferta de soluções pioneiras aos seus clientes ao anunciar novidades relacionadas ao Centro Tecnológico instalado na unidade Powertrain, em Hortolândia (SP). O espaço, que já contava com laboratórios de emissões (veículos e motos) e de motores, recebe agora espaço de 618 m² para aumentar a capacidade de atendimento no que diz respeito aos veículos 4x4 e híbridos, tornando-se o primeiro da América Latina a atender esse tipo de especificidade. A iniciativa busca atender as legislações nacionais e internacionais. O investimento no novo laboratório foi de R$ 16 milhões. O novo espaço conta com tecnologia de última geração, constituído de analisadores, sistemas de amostragem e dinamômetros de chassis para atender o desenvolvimento de programas como os de transportes híbridos, além de outras fontes de matriz energética, em veículos de até 5,4 toneladas. Desde 2010 a empresa vem investindo na atualização tecnológica dos laboratórios para ensaios de veículos e motores e na implementação do laboratório para motos.
NEW HOLLAND AGRICULTURE FORRAGEIRA COMPROVA BOM RENDIMENTO NA COLHEITA DE PLANTAÇÕES ENERGÉTICAS DE EUCALIPTO – A New Holland ampliou a área de atuação de suas forrageiras para o mercado florestal. O modelo FR600 passa a ser equipado com um novo conceito de plataforma chamado FB130. Com uma visão clara das novas demandas de biomassa e se posicionando como empresa líder em desenvolvimento de projetos para produção de energia limpa, a New Holland criou esse conjunto para produção de cavacos, mas também para realizar a remoção de árvores plantadas num sistema adensado e de ciclo curto, ou seja, meio metro entre plantas e três metros entre linhas, com ciclo curto de produção (em média três anos) e com restrição máxima de diâmetro de árvore em 18 centímetros na base. Em parceria com a Unesp de Botucatu (SP) foi possível comprovar seu alto rendimento e apresentar ao mercado o primeiro modelo de máquina capaz de cortar, recolher, picar e distribuir os cavacos sobre o transbordo em um mesmo equipamento.
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SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
CUMMINS BRASIL DE GOTA EM GOTA – Em decorrência da crise hídrica, os engenheiros da Cummins desenvolveram protótipos de cisternas para captação da água da chuva, distribuídas em 50 casas da comunidade de Guarulhos (SP), onde a empresa está instalada, com capacidade de armazenamento de 200 litros. O projeto De Gota em Gota teve 166 voluntários que dedicaram um total de 620 horas trabalhadas. Em três meses de operação o projeto gerou uma economia de 100 mil litros de água. Para este ano, o projeto prevê a distribuição de mais 450 cisternas. Todo o processo de desenvolvimento foi criteriosamente analisado, sendo implantados filtros sobre os reservatórios e nas saídas das tubulações, para impedir a entrada de sujeira e insetos, além de um depósito para a pastilha de cloro. Esta água de reúso é utilizada pela comunidade em vários tipos de atividades domésticas.
FCA COOPERÁRVORE: EMPODERAMENTO FEMININO –
As mulheres da região do Jardim Teresópolis, em Betim (MG), sempre estiveram inseridas em um contexto econômico ligado ao setor industrial. Apesar disso, possuíam poucas chances de emprego. Para superar isso foi criada em 2006 uma cooperativa no âmbito do Árvore da Vida, programa social da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) em parceria com as ONGs AVSI Brasil e CDM: a Cooperárvore. Com refugos doados pela FCA e parceiros, como aparas de cinto de segurança e tecidos automotivos, as cooperadas inovam e criam produtos que são sucesso de vendas, como bolsas e malas. Desde 2006, a cooperativa já reutilizou cerca de 25 toneladas de materiais e faz parte do projeto Aterro Zero. Em dez anos, a Cooperárvore comercializou 233 mil produtos, 14 mil apenas em 2015. As vendas crescentes resultam no aumento da renda das artesãs. A cooperativa teve sua importância reconhecida pela União Europeia, que firmou convênio para aumentar o faturamento e ampliar o atendimento psicológico para mulheres da região.
HONDA REDUÇÃO NAS EMISSÕES DE CO2 SUPERA 7 MIL TONELADAS –
O parque eólico da Honda Energy do Brasil, em Xangri-Lá (RS), gerou em 2015 mais de 60.000 MW e permitiu a redução de 7.475 mil toneladas de CO2 emitidas no meio ambiente, o que representa 30% do total gerado pela fábrica da Honda Automóveis localizada em Sumaré, interior de São Paulo. Inaugurado em 2014, o primeiro parque eólico da empresa, pioneiro no setor automotivo nacional e no grupo Honda no mundo, produziu energia suficiente para atender toda a demanda de energia elétrica da fábrica da Honda Automóveis em Sumaré, que tem capacidade produtiva anual de 120 mil carros.
PIRELLI PRIMEIRO PNEU FABRICADO NO BRASIL COM ECOETIQUETA –
Em outubro de 2015, a Pirelli lançou o primeiro pneu fabricado em território nacional a ser comercializado com a etiqueta de eficiência energética, parte do Programa Brasileiro de Etiquetagem, coordenado pelo Inmetro. Com este lançamento, a Pirelli se antecipou em um ano às datas de implantação do programa brasileiro de etiquetagem de pneus, que entra em vigor a partir de outubro de 2016 para produção e importação e, a partir de abril de 2017, para distribuição. O Cinturato P1 Plus é o primeiro pneu verde desenvolvido exclusivamente para o mercado de reposição, com notas A na frenagem no piso molhado, B-C na economia de combustível e menores emissões sonoras. Ele nasce com padrão de performance e de segurança superior em relação ao produto anteriormente destinado ao mesmo segmento de mercado. O pneu traz economia de combustível (5% em relação a um categoria F), diminuição do ruído durante a rodagem (17% em relação ao antecessor) e frenagem no piso molhado e seco (10 metros em relação a um categoria E). A dirigibilidade em todas as condições climáticas também foi beneficiada.
TOYOTA PROJETO EDUCACIONAL TRAZ ECONOMIA DE ÁGUA E ENERGIA – Realizado desde 2008 em Indaiatuba (SP) e, mais recentemente, em Guaíba (RS) e Sorocaba (SP), o projeto Ambientação desenvolve estudantes e comunidades usando ferramentas de solução de problemas socioambientais, com base em práticas industriais, o Toyota Business Practices. A metodologia pode ser aplicada em qualquer área. Entre os benefícios estão menor custo e a economia de recursos naturais (energia e água) nas cidades onde a montadora atua. A ação já envolveu mais de 415.000 pessoas, entre alunos, professores e servidores públicos, que agem como multiplicadores para a comunidade. Em 2015, em Indaiatuba, as 46 escolas municipais reduziram 25% do consumo de água. Já em Sorocaba (SP), o Zoológico Quinzinho de Barros reduziu gastos pela metade. Em Guaíba (RS), 18 escolas participantes registraram uma economia de 15% na energia e 34% em água. Também foi implementado 100% do gerenciamento de resíduos em todas as unidades. Desde 2011, a Toyota do Brasil já contratou sete jovens participantes do projeto Ambientação para o programa Menor Aprendiz.
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AUTOPEÇAS
AETHRA
UNIDADE DE PROTÓTIPOS E DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS – Em 2015, a Aethra se posi-
cionou definitivamente como um grupo empresarial automotivo completo. Seguindo seus planos de diversificação de serviços e de crescimento global, a empresa mineira ativou seu novo centro de desenvolvimento e protótipos, o Cedep, em Belo Horizonte (MG). Nesta unidade já estão sendo produzidos protótipos de alguns dos mais esperados lançamentos do mercado automobilístico. Está sendo preparada uma linha de montagem para atender as montadoras na produção de pré-série de seus veículos. O empreendimento pode fabricar protótipos de cabines completas para caminhões e automóveis e componentes internos e externos, além de gabaritos de componentes (meisterbock). O local reúne moderna sala de realidade virtual 3D e um centro de qualificação, testes e homologação de sistemas e conjuntos. Com acesso restrito e vigiada durante 24 horas por dia, a unidade conta com profissionais altamente qualificados.
BOSCH
E-CLUTCH: SISTEMA ACIONA ELETRONICAMENTE A EMBREAGEM - A Bosch, por ser uma em-
presa de vanguarda, está sempre buscando oferecer soluções automotivas integradas que visam a tornar o presente e o futuro da mobilidade ainda mais seguros, limpos, eficientes e confortáveis. Neste sentido, a empresa apresenta ao mercado a tecnologia e-Clutch: electronic Clutch System. O sistema aciona eletronicamente a embreagem, além de proporcionar mais conforto ao usuário, possibilitando ainda a economia de combustível, que pode chegar a um índice de até 5% em um circuito misto entre cidade e estrada. Com o e-Clutch a operação da embreagem é eletrônica e a troca da marcha é realizada de forma manual. Assim, o sistema apresenta características de conforto similares às de um câmbio automático.
GESTAMP
NOVOS CONCEITOS EM AÇOS DE ESTAMPAGEM A QUENTE PARA ESTRUTURAS VEICULARES – Em tempos de recessão é importante manter a confiança no futuro e na evolução tecnológica do mercado
automobilístico. Em um cenário atualmente crítico, mas vislumbrando os novos lançamentos planejados para os próximos anos, a Gestamp investiu em um trabalho de coengenharia avançada com uma grande montadora e na construção de uma nova unidade, dedicada à produção de peças com aços de altíssima resistência, com estampagem a quente. Agregando outra tecnologia chamada patch work, o processo torna-se mais vantajoso com a eliminação da necessidade de ferramental duplo. O investimento quebra novo paradigma: a larga utilização desse tipo de conceito em veículos do segmento B. Dois aspectos principais chamam a atenção deste projeto: 1) investir no momento atual e 2) viabilizar aços de estampagem a quente para veículos do segmento B de uma forma competitiva. Em paralelo a este investimento, há a possibilidade de melhoria da segurança veicular das estruturas desenvolvidas e produzidas no Mercosul.
MAHLE METAL LEVE
CAMISAS COM NÍQUEL – MAIOR CONTROLE TÉRMICO E MAIOR EFICIÊNCIA – Motores de
alumínio ganharam espaço no mercado, sendo a tecnologia de bloco em motores de maior eficiência. Nesses casos existe a necessidade técnica de controlar o nível de deformação do bloco, o que reduz consumo de óleo e emissões. Assim, aumentar a taxa de transferência de calor da câmara de combustão para a galeria de refrigeração contribui para reduzir a deformação do cilindro e melhorar a raspagem do filme de óleo pelos anéis de pistão. Ligada a essa demanda, a Mahle desenvolveu uma camisa de cilindro em ferro fundido revestida externamente com níquel para gerar uma camada de difusão com o bloco em alumínio, aumentando a aderência e a taxa de transferência de calor. Comprovou-se a partir de testes de motor o aumento desta dissipação térmica, apresentando redução do consumo de óleo em 35%, podendo chegar a até 75% quando o motor opera em regimes de alta rotação e carga. Assim sendo é possível atingir eficiência ainda superior para o Inovar-Auto.
THYSSENKRUPP
EIXOS DE COMANDO INTEGRADOS À TAMPA DO CABEÇOTE –
A Thyssenkrupp inaugurou planta em Poços de Caldas (MG) para a produção de eixos de comando de válvula integrados à tampa do cabeçote do motor. Fabricado com tecnologia inédita no Brasil, o componente traz benefícios importantes na montagem, já que o módulo, antes composto por peças individuais, passa a ser integrado. O produto permite reduzir até 40% o peso do conjunto. A tecnologia da Thyssenkrupp aplica em seu processo produtivo conceitos de Indústria 4.0, ou seja, toda a linha de produção é monitorada em um ambiente virtual e a montagem é feita por robôs industriais que trabalham em alta velocidade. Cada estágio é monitorado minuciosamente por sensores que fornecem dados em tempo real para o sistema de controle. As linhas de montagem e os equipamentos podem ser influenciados a qualquer momento por nova formulação, resultando em grande flexibilidade, com consequentes ganhos de eficiência, melhoria de qualidade e redução de custos.
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POWERTRAIN
DELPHI
30 MILHÕES DE BICOS INJETORES PRODUZIDOS NO BRASIL – Pioneira no desenvolvimento de
injetores, a Delphi celebrou, em 2015, a conquista histórica de 30 milhões de bicos injetores produzidos em sua fábrica localizada em Piracicaba, no interior de São Paulo. Isso significa que já foi produzido o equivalente a toda a frota de carros da Grande São Paulo, considerando o uso de quatro injetores por veículo. Os injetores da Delphi possibilitam maior economia de combustível, reduzem a emissão de poluentes e não requerem manutenção. A qualidade superior do produto oferece mais conforto e segurança aos usuários. Os injetores aquecidos, um verdadeiro diferencial tecnológico da Delphi, possuem uma tecnologia que elimina o “tanquinho” de gasolina e proporciona uma redução expressiva de emissões de poluentes quando se faz uso do etanol, o qual é aquecido pelo próprio injetor, além de possibilitar partida em temperaturas abaixo de zero. A qualidade dos produtos da Delphi é reconhecida pelo mercado e esse é o resultado de um trabalho completo, que envolveu investimentos em pesquisa, excelência, trabalho em equipe e muito comprometimento e dedicação.
FPT INDUSTRIAL
MOTOR 10,3 LITROS, LEVE E COM MATERIAIS NOBRES PARA ELEVAR EFICIÊNCIA – O FPT
10,3 litros teve sua concepção e componentes pensados para oferecer mais leveza e, consequentemente, mais economia em todos os quesitos. Os parafusos de titânio suportam até 750 ºC de temperatura e a cobertura do cabeçote e tampa do comando de engrenagens composta por polímeros de alta resistência garantem redução de peso na ordem de 87%. Com foco em reduzir ainda mais o peso do produto final, a carcaça do volante foi produzida em alumínio e tem seu peso reduzido em cerca de 40%. O motor tem seis cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, injeção eletrônica e aftercooler. A potência máxima é de 420 hp a 2.100 rpm com torque máximo de 1.900 Nm a 1.050 rpm. Ideal para aplicações severas, utiliza freio motor por descompressão (CEB), um sistema patenteado que garante potência de frenagem até 30% maior. O comando do ventilador de alta velocidade é acionado por polia magnética e reduz até 1,5% o consumo de combustível.
OUTLANDER PHEV –
MITSUBISHI MOTORS
O Outlander PHEV é o primeiro crossover 4x4 híbrido disponível no mercado brasileiro. Trabalha com três motores: um a combustão no ciclo Otto e outros dois elétricos síncronos com imã permanente, proporcionando máxima eficiência e um rendimento superior aos veículos híbridos convencionais. O veículo sempre irá optar pela forma mais eficiente de trabalho dos motores elétricos ou motor a combustão, privilegiando a máxima economia de combustível, sem comprometer o conforto e a performance. O motorista ainda pode optar pelo botão Charge, que otimiza o uso do motor a gasolina para carregar a bateria, ou o modo Save, em que opta por reduzir o uso de energia da bateria.
NISSAN
MOTOR DE TRÊS CILINDROS: MAIS ECONOMIA E DESEMPENHO – Produzido na fábrica de mo-
tores de Resende (RJ) , o motor HR10 1.0, com 12 válvulas e três cilindros, recebeu nota A no Programa Brasileiro de Etiquetagem do Inmetro, tanto para March como para Versa (na categoria e no geral). O propulsor é moderno, compacto e leve por conta da redução da massa de componentes como bloco, cabeçote, virabrequim e cárter. O cabeçote (com variador na admissão) e o bloco são de alumínio para redução do peso. A dirigibilidade e o prazer ao dirigir foram os focos no desenvolvimento desse novo motor. Derivado do HR12, de 1,2 litro, utilizado em vários países, o HR10 foi desenvolvido pelas engenharias do Brasil e do Japão. Muitos componentes foram nacionalizados e preparados para o etanol. O volante e a polia de amortecimento foram balanceados com contrapesos externos para reduzir as vibrações características dos motores de três cilindros. O isolamento acústico foi reforçado e há uso de corrente no lugar de correia para sincronização do virabrequim com a árvore do comando de válvulas (duplo e variável na admissão), solução que amplia o prazo de manutenção do equipamento para mais de 100 mil km. As velas têm eletrodos de platina, substituídas também a cada 100 mil km.
NOVO MOTOR 1.0 TSI TOTAL FLEX –
VOLKSWAGEN
O motor 1.0 TSI Total Flex da família EA211 é o mais moderno fabricado pela Volkswagen no Brasil, oferecendo excelentes resultados de desempenho e consumo de combustível para sua categoria. Produzido em São Carlos (SP), é o primeiro motor com injeção direta, turbocompressor e flexível feito no Brasil. A sigla TSI representa injeção direta de combustível, combinada ao turbocompressor, que permite o downsizing. A potência máxima é de 101 cv (74 kW) a 5.000 rpm, com gasolina, e de 105 cv (77 kW) à mesma rotação, com etanol. O torque máximo é de 16,8 m.kgf, com gasolina ou etanol, disponíveis já a partir de apenas 1.500 rpm. O valor é próximo do entregue por motores maiores. Combinado ao baixo peso do Up! (951 kg), o motor TSI colabora para que o modelo tenha eficiência energética sem precedentes, consagrando-se como o mais econômico entre todos os equipados com motor flexível avaliados no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular do Inmetro, obtendo a classificação “A”, com a marca de 1,44 MJ/km.
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INSUMOS
ARCELORMITTAL
AÇOS DE ALTA RESISTÊNCIA PRODUZIDOS NO BRASIL – A ArcelorMittal antecipa a necessidade de inovação em aços de alta resistência para a indústria automobilística ofertando localmente suas soluções globais. Exemplo dessa iniciativa é o programa S-in motion, projeto para oferecer mais de 60 soluções em aço com os produtos já disponíveis no portfólio e que permitem criar veículos mais leves, seguros e ambientalmente sustentáveis. As soluções, aplicadas na sua totalidade, permitem redução no peso da carroceria de 20% ou mais, aliada à menor emissão de CO2, que vem ao encontro das tendências de mercado e ao atingimento das metas de eficiência energética do regime automotivo brasileiro, o Inovar-Auto. O S-in motion possui soluções para cada tipo de veículo usando aços de alta resistência produzidos nas plantas de ArcelorMittal Tubarão (Espírito Santo) e ArcelorMittal Vega (Santa Catarina) para estampagem a frio, como os FB (até 590 MPa), CP (até 780 MPa), DP (até 1.000 MPa) e Trip (até 980 MPa), e também para estampagem a quente com o Ductibor 500 MPa e o Usibor 1.500 MPa. Estes últimos aços ao boro com revestimento de alumínio-silício foram especialmente desenvolvidos pela ArcelorMittal para estampagem a quente, utilizados principalmente na produção de peças estruturais críticas para a segurança veicular, algumas delas já utilizadas nos veículos que obtiveram cinco estrelas no Latin NCAP.
EVONIK INDUSTRIES
PMMA ESPECIAL PARA JANELAS AUTOMOTIVAS – Redução no peso, liberdade de design e integração de funções: esses são os principais benefícios das janelas automotivas feitas em polímeros em comparação com o vidro convencional. A Evonik Industries apresenta um novo composto especial para moldagem de janelas automotivas, o Plexiglas/Acrylite Resist AG 100. Ele confere a alta resistência à luz UV e à intempérie, pela qual o Plexiglas/Acrylite já é reconhecido, foi modificado ao impacto e proporciona até 30 vezes a resistência à ruptura do vidro mineral. Em virtude de seu perfil de propriedades balanceado, atende todos os requisitos relevantes no segmento de janelas automotivas. Outra característica importante é a ótima avaliação do ciclo de vida do Plexiglas/Acrylite, de acordo com a norma DIN ISO 14040. Ao fim da vida útil de um carro, o Plexiglas/Acrylite pode ser reciclado e utilizado em outras aplicações transparentes.
GERDAU AÇOS ESPECIAIS
AÇO MICROLIGADO PARA PINO-BOLA DO SISTEMA DE DIREÇÃO – O processo de fabricação
do pino-bola do sistema de direção baseia-se no circuito “forjamento a frio + têmpera + revenimento + endireitamento + medição de empeno + inspeção + usinagem”. Este fluxo ocorre em regra com aços como o DIN 41Cr4, com temperabilidade capaz de adquirir as propriedades mecânicas necessárias à peça pelas transformações de fases oriundas do tratamento térmico. Porém, este mecanismo gera um nível de tensões que ocasiona o empenamento do pino, sendo necessário um processo de desempeno das peças nem sempre eficaz. A inovação proposta pela Gerdau é o uso de aço microligado, o qual combina outros mecanismos de endurecimento para garantia das propriedades mecânicas que dispensam o tratamento térmico e, por consequência, o desempeno do produto. Com o novo processo tem-se a redução de energia elétrica e efluentes (oriundos do tratamento) que levam a uma redução de custos em torno de 25% e uma queda no lead time de produção de até 50%.
SABIC
REFORÇO DO ASSOALHO HÍBRIDO PLÁSTICO-METAL – As montadoras continuam com seus esforços em fazer carros mais leves, com o desafio de melhorar os padrões de resistência e segurança dos veículos. Uma solução global e pioneira que contribui para este desafio é o reforço do assoalho, auxiliando o Jeep Renegade a obter nota máxima (cinco estrelas) no teste do Latin NCAP. Esta peça se encaixa em um espaço abaixo da coluna B do veículo. A peça usa a resina Noryl GTX, uma blenda de poliéter fenileno e poliamida (PPE/PA), com um design exclusivo em forma de colmeia, com flanges integradas de metal que podem ser montadas sem a necessidade de adesivos estruturais ou espumas. A peça é soldada diretamente na parte inferior da coluna. Esta solução híbrida plástico-metal substitui várias peças estampadas de aço e oferece uma redução de 45% do peso. Na colisão lateral a 50 km/h, o chassi apresentou deformação maior na parte de baixo, protegendo a parte superior das colunas e a cabeça dos passageiros. O uso de resina condutiva Noryl GTX permite que a peça possa passar pelo processo de e-coat junto com o resto da carroceria. Esta solução cria precedente para aplicações similares, abrindo potencial real para redução de peso de 5 kg a 8 kg em diversos componentes.
USIMINAS
AÇO PARA CONFORMAÇÃO A QUENTE COM REVESTIMENTO ZN-FE – O aço para conformação a quente é um produto em crescimento em razão das vantagens que proporciona de redução de peso e aumento expressivo da segurança. O aço é aquecido a temperaturas da ordem de 900 °C, conformado e simultaneamente resfriado, quando sua resistência atinge valores da ordem de 1.500 MPa. O produto é constituído de um aço base ao boro ao qual é aplicado um revestimento que deve se manter estável na superfície da chapa, mesmo após submetido a alta temperatura. A Usiminas desenvolveu e testou industrialmente um aço com revestimento Zn-Fe. O produto da Usiminas não apresenta trincas no aço base, a qualidade superficial de amostras pintadas sem a remoção da camada de óxidos de zinco é excelente, assim como a resistência à corrosão e a soldabilidade. A Usiminas conseguiu uma solução técnica para a maior restrição ao uso desse revestimento, que seria a possibilidade do aparecimento de microtrincas no aço base pela penetração de zinco líquido em regiões fortemente estiradas, além de um óxido superficial mais espesso que poderia levar ao jateamento para sua remoção, encarecendo o produto.
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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E SOFTWARE
BMW
CONNECTEDDRIVE – O BMW ConnectedDrive possui as funcionalidades mais avançadas do mercado brasileiro em termos de conectividade. A solução oferece mais conveniência e conforto, segurança e entretenimento para os clientes BMW, transformando completamente a experiência a bordo. Os veículos com o ConnectedDrive são equipados com um SIMCard embutido, responsável por conectá-los à internet. Algumas funcionalidades que podem ser destacadas são: 1) Chamada de Emergência Inteligente sem a necessidade de pareamento de aparelhos móveis; 2) Concierge: serviço exclusivo 24 horas por dia para pesquisar pontos de interesse, programação de cinema, restaurantes; 3) informações de trânsito em tempo real; 4) BMW Remote: o cliente tem acesso ao status de alguns sistemas do veículo e também pode acionar algumas funções como trancar portas e ligar o ar-condicionado.
FLEXSYS SISTEMAS E FEEDER INDUSTRIAL
GESTÃO SISTÊMICA DA PRODUÇÃO E QUALIDADE – Com a implantação dos sistemas Flexsys nas
áreas de produção e qualidade, a Feeder Industrial conseguiu redução significativa de custos e melhoria substancial nos indicadores de qualidade auditados pela ISO/TS 16949. A Feeder Industrial foi uma das premiadas pela Fiat em 2015 no seu concurso O Melhor Fornecedor. O case foi apresentado em outubro no Sindipeças, onde despertou muito interesse nas 20 empresas participantes. O sistema, feito sob medida para indústrias de autopeças, integra os processos de orçamento e desenvolvimento de novos produtos, com APQP, PPAP, FMEA, MSA e CEP; ferramental, metrologia, RH, controle de produção, qualidade, MRP-II e Kanban eletrônico. O sistema foi fundamental para a empresa adequar rapidamente sua produção às variações de demanda no mercado automotivo e atravessar com estabilidade a atual crise. Sua área de qualidade que antes da implantação do sistema possuía 19 colaboradores foi reduzida para nove, com eliminação de papéis nas auditorias e de não conformidades. Os auditores ISO/TS reconhecem que a solução implantada é inédita no País.
MWM MOTORES DIESEL
SOFTWARE DE OTIMIZAÇÃO DE PRODUÇÃO E LOGÍSTICA – Diante da necessidade de otimiza-
ção de produção, a MWM desenvolveu ferramenta que otimiza o controle de produção e logística, o software JIS – Just In Sequence. A ferramenta JIS integra os departamentos responsáveis pelo planejamento de produção, customer service e expedição dos motores com a área de logística do cliente. O planejamento de produção e entrega de motores é realizado conforme a demanda do cliente, que é recebida e tratada automaticamente no sistema da MWM. A produção dos propulsores é realizada sob demanda, mantendo o estoque de produtos acabados em nível saudável, vincula os números de série dos motores aos chassis das aplicações, gera relatórios gerenciais que garantem a visão firme para os próximos dias de produção e entrega propulsores de maneira sequenciada. Como a troca de dados é eletrônica (EDI/SAP) e integra fornecedor e cliente em tempo real, proporciona também um ganho com informações precisas e agilidade nos processos de sequenciamento. Com essa ferramenta JIS foi possível um nível de aperfeiçoamento que reduz 100% o risco de falhas durante o processo produtivo e entrega de produtos. O sincronismo das equipes MWM com o cliente garante extrema evolução e transparência em todas as etapas de planejamento e produção, redução de custos e estoques.
NISSAN
CENTRAL MULTIMÍDIA TRAZ TABLET AO PAINEL DE MARCH E VERSA – March e Versa estreiam mundialmente no mercado brasileiro uma nova tecnologia em interatividade: a central multimídia Nissan Multi-App, que reúne o melhor do tablet no painel dos veículos em uma tela de 6,2 polegadas. Além de rádio, CD e DVD, a novidade traz 13 aplicativos de fábrica que dispensam o espelhamento do celular. É possível ainda: baixar outros apps e transferir arquivos digitais de música e fotografia; acessar a internet; fazer buscas por comando de voz; conectar o celular para atender ligações por viva-voz (via bluetooth); ouvir música por meio da conexão com iPod, streaming, rádio ou arquivos digitais de MP3. O Nissan Multi-App conta ainda com navegador por GPS, atualizado via internet, e mostra as imagens da câmera de ré do veículo. As funcionalidades são controladas na tela sensível ao toque. Outra funcionalidade é a pesquisa por comando de voz pelo Google Search.
SMARTTECH
REVOLUÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS PLÁSTICOS – A Smarttech criou novo conceito que revoluciona o desenvolvimento de componentes plásticos – o Smart Simulation, que permite a redução de tempo e custo do produto. O sistema conecta diversas tecnologias para simular o produto de maneira automática e multidisciplinar desde sua concepção até a linha de produção e transporte. Variações normais de processo, tolerâncias e desgaste de máquinas e moldes reduzem a produtividade industrial, gerando prejuízos da ordem de milhares de reais na tentativa de produzir com a qualidade adequada para o mercado. No Smart Simulation são inseridos diversos parâmetros do processo de fabricação, assim como possíveis variações de cada parâmetro. O Smart Simulation realiza o cálculo estrutural do componente considerando os esforços mecânicos atuantes já na condição deformada da peça, resultante do processo de fabricação. Em uma etapa final, o Smart Simulation permite variar parâmetros de geometria e processo, para que se atinja o critério estabelecido eliminando o processo de tentativa e erro. Com esse novo conceito, a SS gerou em 2015 para seus clientes uma economia de aproximadamente R$ 35 milhões.
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