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Homo Sapiens
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"Grandes líderes inspiram grandeza nos outros."
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Índice Capitulo 1- INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 4 Capitulo 2 - O DESPERTAR DA HUMANIDADE ............................................................................... 8 Capitulo 3 - A INVASÃO HUMANA............................................................................................... 12 Capitulo 4 - REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 26
Índice de figuras Capitulo 1- INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 4 Figura 1 – Adaptação de "Criação de Adão" de Michelangelo ................................................. 4 Figura 2 – Do macaco ao Homem ............................................................................................. 5 Figura 3 – Esqueleto de H. sapiens............................................................................................ 6 Capitulo 2 - O DESPERTAR DA HUMANIDADE ............................................................................... 8 Figura 4 – De mãos dadas ....................................................................................................... 11 Capitulo 3 - A INVASÃO HUMANA............................................................................................... 12 Figura 5 – África....................................................................................................................... 12 Figura 6 – Península Arábica ................................................................................................... 14 Figura 7 – Índia ........................................................................................................................ 15 Figura 8 – Oceania ................................................................................................................... 16 Figura 9 – China ....................................................................................................................... 17 Figura 10 – Europa .................................................................................................................. 18 Figura 11 – Norte da África ..................................................................................................... 19 Figura 12 – Estreito de Bering ................................................................................................. 20 Figura 13 – América do Norte ................................................................................................. 21 Figura 14 – América do Sul ...................................................................................................... 22 Figura 15 – Ilha de Flores na Indonésia ................................................................................... 23 Figura 16 – Ilhas Polinésias...................................................................................................... 24 Figura 17 – Mapa das Migrações Humanas (mil anos) ........................................................... 25
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Capitulo 1- INTRODUÇÃO O aparecimento da espécie Homo sapiens no planeta é tema estudado por filósofos, cientistas e religiosos há muitos séculos. As evidências (restos fósseis, ferramentas, armas, habitações, vestimentas, etc) nos mostram que existiram dezenas de primatas muito parecidos conosco e com o passar dos milhares de anos foram surgindo novas espécies cada vez mais semelhantes a nós, substituindo as anteriores por serem mais adaptadas ao meio, culminando no Homo sapiens atual.
Figura 1 – Adaptação de "Criação de Adão" de Michelangelo Diante dessas evidências somos levados a pensar sobre a idéia das espécies estarem em constante evolução, sempre tentando sobreviver da melhor forma que conseguem, resultando em uma seleção natural que transformou ao longo de milhões de anos o "macaco em homem" e somente estendendo as mãos aos nossos irmãos menos evoluídos e ampliando nossas mentes para conhecê-los melhor é que conseguiremos entender a nossa "criação".
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Figura 2 – Do macaco ao Homem O Homo sapiens cujo nome Homo significa "humano" e sapiens que significa "saber", pois "eles já sabiam", surgiu há aproximadamente 200 a 150 mil anos atrás, no leste da África, como resultado de adaptações do Homo heidelbergensis ao meio ambiente em transição em que viviam. Desde então o Homo sapiens veio evoluindo e espalhando-se por toda África, substituindo as populações de H. heidelbergensis. As principais evoluções presentes no Homo sapiens estão no crânio, sendo um dos maiores que já existiu, com capacidade média aproximada de 1300 centímetros cúbicos, que mesmo sendo pouco menor do que os dos Homo neanderthalensis, eram maior em relação ao tamanho do corpo. O crânio em si é muito mais alto do que as outras espécies de hominídeos, as laterais do crânio são quase verticais, porém não é reforçado como nas outras espécies, estão ausentes as grandes arcadas superciliares e proeminências ósseas vistas em H. neanderthalensise H. heidelbergensis. Os primeiros H. sapiens mantinham uma aparência bastante robusta, sendo as arcadas superciliares de H. sapiens primitivos bastante grandes, mas diferiam na forma dos de H. neanderthalensis e H. heidelbergensis. A face ficava totalmente abaixo da caixa craniana. Os dentes e as mandíbulas eram menores do que as das espécies anteriores de hominídeos e a mandíbula tinha uma proeminência que nunca foi vista em qualquer outra espécie de hominídeo, o queixo. O esqueleto é levemente constituído em relação à espécies anteriores e não tem as adaptações a ambientes frios encontrados em H. neanderthalensis, Atlas Virtual da Pré-história – www.avph.com.br
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pois evoluiu em ambientes tropicais africanos antes de migrar para o resto do globo. Nestes ambientes tropicais, as proporções do corpo alto e magro eram favoráveis porque maximizava a área superficial, melhorando a dissipação de calor, com a mesma massa corporal.
Figura 3 – Esqueleto de H. sapiens
As características mais intrigantes encontrados em H. sapiens eram os traços comportamentais, essas características representam estratégias que não são vistas em qualquer outra espécie de hominídeo, entre elas estão estratégias de caça que lhes permitia caçar animais de pequeno, médio e grande porte, bem como peixes e mariscos. As ferramentas que eram confeccionadas pelo H. sapiens refletem essa variedade, entre elas então inclusas lâminas (um artefato raramente visto em conjuntos líticos associados com o H. neanderthalensis), ferramentas feitas de ossos e ferramentas compostas por outras ferramentas. O H. sapiens foi o pioneiro nas artes, iniciando com as pinturas rupestres, estátuas, conchas trabalhadas, trabalhos em ocre, pingentes e estatuetas. Esse pioneirismo sugere que o H. sapiens teve uma maior Atlas Virtual da Pré-história – www.avph.com.br
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capacidade de pensamento abstrato, simbólico. Com base na anatomia da parte superior da coluna vertebral e estruturas associadas, também é altamente provável que o H. sapiens tenho sido a primeira espécie de hominídeo a ser capaz de utilizar a linguagem falada. Esses comportamentos tem início na África há cerca de 150 mil anos atrás, evoluindo lentamente com o passar dos anos, já na Europa eles aparecem rapidamente, sugerindo que ao chegarem lá, já os possuíam.
- Informações: Nome: Homem Nome Científico: Homo sapiens sapiens Época em que viveu: Holoceno Local onde vive: Todo o Planeta Terra Peso: Cerca de 70 quilos Tamanho: 1,7 metros de altura Alimentação: Onívora
- Classificação científica: Reino: Animalia Filo: Chordata Classe: Mammalia Ordem: Primates Subordem: Haplorrhini Superfamília: Hominoidea Família: Hominidae Subfamília: Homininae Género: Homo Espécie: Homo sapiens Linnaeus, 1758
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Capitulo 2 - O DESPERTAR DA HUMANIDADE Esta jornada tem início há 7 milhões de anos atrás, quando surge nas florestas africanas o primeiro macaco com características bípedes que se conhece, o Sahelanthropus tchadensis, vislumbrando assim a possibilidade do início da história da linhagem humana. Lentamente o andar ereto foi praticado pelos primatas e mesmo após 1 milhão de anos, ele ainda não havia se consolidado, porém liberava gradualmente as mãos para realização de atividades mais nobres, iniciando assim a habilidade manual com o Orrorin tugenensis há 6 milhões de anos atrás. A alimentação foi um fator importante durante a evolução dos primatas. Analisando-se os dentes e mandíbulas dos fósseis podemos determinar qual o tipo de alimentos a espécie consumia e dessa forma saber como era o estilo de vida. No caso dos primatas há 5 milhões de anos atrás, a evolução provocou uma redução gradual nos caninos, resultando em uma menor agressividade e maior facilidade no convívio social. Como verificado na espécie Ardipithecus kadabba há 5,5 milhões de anos atrás. Há 4,5 milhões de anos atrás, mudanças morfológicas nos pés auxiliaram na evolução do andar ereto. A estrutura corporal também se tornou mais ereta, facilitando o equilíbrio do corpo durante o caminhar e mudanças faciais tornaram o rosto mais plano, dando características mais humanóides a esses primatas. Como se verifica na espécie Ardipithecus ramidus. Passados mais 500 mil anos no processo de adaptação ao novo ser, há cerca de 4 milhões de anos atrás, o andar ereto passa a predominar nesse ramo da família dos primatas e com isso as mãos se tornam livres de vez para executarem diversas tarefas mais nobres e para potencializar essa habilidade, se iniciou o desenvolvimento do maior diferencial dessa família e melhor ferramenta competitiva entre as espécies, o cérebro. Como se verifica na espécie Australopithecus anamensis.
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Os primatas de 3 milhões de anos atrás foram sujeitos a diversos tipos de ambientes, conforme a região em que estavam habitando, eram obrigados a se adaptar há um estilo de vida diferente e se adaptaram muito bem a esses outros ambientes. Cada hominídeo então começou a evoluir de forma distinta, proporcionando assim pela primeira vez no planeta a existência de várias espécies de hominídeos ao mesmo tempo, entre eles estavam os Australopithecus bahrelghazali, Australopithecus afarensis e Kenyanthropus platyops. Durante o processo de adaptação ao meio ambiente, as espécies acabam
trilhando
caminhos
específicos, se
generalizando
e
estando
preparados para diversas situações (porém sem conseguir aproveitar todas as oportunidades oferecidas pela natureza, estando assim sujeitos a dificuldades que poderiam levar a extinção) ou então se especializando e tirando o máximo proveito de um determinado recurso da natureza (porém quando este recurso se tornava escasso, a espécie passava por imensas dificuldades que também poderiam levar a extinção). Há 2,5 milhões de anos atrás a África possuía diversos hominídeos enfrentando diferentes situações, entre eles estavam as espécies
Paranthropus
aethiopicus,
Australopithecus
africanus
e
Australopithecus garhi. Após
5
milhões
de
anos
de
evolução,
o
aparecimento
e
desaparecimento de várias espécies, surge então dentre os primatas, há 2,0 milhões de anos atrás, as primeiras espécies do gênero Homo, a qual pertencemos. Nesse período existiam diversas espécies de hominídeos convivendo e competindo por espaço e alimento, gerando conflitos e impulsionando o processo de seleção natural, onde triunfaram novamente as espécies melhores adaptadas, porém desta vez a seleção atuou de forma diferente, sendo determinada pela capacidade intelectual dos seres. O processo de confecção de ferramentas lhes ajudou a se adaptar ao meio, diversas ferramentas foram confeccionadas por diversas espécies, sendo as melhores pertencentes ao gênero Homo, tornando-os assim os melhores sucedidos. Entre essas espécies estavam presentes o Paranthropus boisei, Paranthropus robustus, Australopithecus sediba, Homo habilis e Homo rudolfensis. Atlas Virtual da Pré-história – www.avph.com.br
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Pela primeira vez na “história” uma espécie do gênero Homo deixa a África, demonstrando uma habilidade nata para esse gênero em efetuar migrações e se adaptar a novos ambientes, mesmo não conseguindo efetuar longas migrações e sucumbindo ao longo do caminho, ela deixou para a posteridade seu espírito aventureiro. As espécies do gênero Homo que se mantiveram na África continuaram sua estória de sucesso, se impondo sobre as demais espécies e praticamente levando-as a extinção. Essas espécies bem sucedidas eram o Homo georgicus e o Homo ergaster. Após restarem somente espécies de hominídeos do gênero homo no mundo, a seleção passou a atuar entre essas espécies, impulsionando-as a novas descobertas. Surge então uma das maiores conquistas da humanidade, o controle do fogo, o qual permitiu preparar melhor os alimentos, iluminação durante os períodos noturnos, aquecimento durante períodos mais frios, entre outras diversas facilidades. Neste contexto há 1 milhão de anos atrás, a migração em grande escala começou, chegando primeiramente ao Oriente médio, em seguida o sul Asiático e sudeste Europeu. Quando essas espécies chegavam em locais novos,
ficavam
sujeitas
a
diversos
desafios
diferentes
(ambientais,
competições com novas espécies e alimentos), forçando assim a se adaptarem e os levando a evoluir a novos patamares, proporcionando assim o surgimento de novas espécies, como os Homo erectus, Homo antecessor, Homo cepranensis e Homo heidelbergensis. As diversas espécies de hominídeos existentes continuavam a trilhar seus caminhos evolutivos, desenvolvendo ferramentas, armas e vestimentas cada vez melhores. Seus cérebros já possuíam tamanhos consideráveis, comparáveis ao nossos, porém sem apresentar a mesma capacidade de pensar e criar coisas novas, estando as espécies Homo floresiensis, Homo rhodesiensis e Homo neanderthalensis fadadas a extinção devido a competição com por uma nova espécie. Surge então na África há 200 mil anos atrás uma espécie nova, com características físicas frágeis, que se destacou por uma qualidade fantástica, a criatividade. Ela foi usada para fazer as coisas que sempre foram feitas a Atlas Virtual da Pré-história – www.avph.com.br
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milênios, porém de formas diferentes e a cada resultado bem sucedido, a informação era passada aos descendentes. Sua evolução foi esplêndida, em pouco tempo mudaram a forma de ver o mundo, revolucionaram nas mais diversas áreas e aos poucos conquistaram o mundo, eliminando de forma gradativa todas as dificuldades que encontravam (porém entre essas dificuldades estavam outras espécies de animais e de hominídeos). Essa espécie foi denominada de Homo sapiens, pois "o homem já sabia".
Figura 4 – De mãos dadas
Dessa forma, de mãos dadas com nosso passado, podemos deslumbrar todo o esplendor da criação, entendendo cada passo dessa jornada que levou o macaco ao homem.
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Capitulo 3 - A INVASÃO HUMANA A Invasão Humana tem inicio entre 160 e 135 mil anos atrás, quando quatro grupos de caçadores - coletores viajaram da região central da África (Região dos atuais Congo, Quênia, Etiópia, Sudão), para o extremo sul africano (região da África do Sul), um segundo para o sudoeste na Bacia do Congo, um terceiro para oeste na Costa do Marfim e um quarto para a região do estreito Bab elMandeb ("Portão das Lágrimas" em árabe, que separa a Península Arábica da África), transportando a primeira geração de DNA mitocondrial (mtDNA) chamados de gene tipo L1. Essas regiões eram anteriormente ocupadas por H. heidelbergensis, que não resistiram a competição com os H. sapiens.
Figura 5 – África
Há 125 mil anos atrás, o Quarto grupo seguiu para o norte, atravessando uma parte verde do Sahara, acompanhando o Nilo até o delta e entrou na Ásia pela Península Arábica, ocorrendo assim a primeira saída do Homo sapiens da África. Uma mudança climática há cerca de 90 mil anos atrás atingiu esse quarto grupo na região fora da África, onde um resfriamento mundial transformou o Oriente médio e o norte da África em desertos, secos ao Atlas Virtual da Pré-história – www.avph.com.br
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extremo. O Oriente médio passou então a ser reocupada pelos H. neanderthalensis. O resfriamento global trouxe consigo um aumento na quantidade de geleiras e consequentemente uma redução nos níveis dos oceanos, que segundo estudos realizados na Groelândia, chegaram em períodos de pico de resfriamento a reduzir em 80 metros o níveis atuais dos oceanos. Com uma população de H. sapiens vivendo próximo ao estreito Bab el Mandeb, essa redução nos níveis dos oceanos, proporcionou imensa facilidade para se atravessar o estreito, que hoje possuí uma largura de 25 km, mas que a 85 mil anos atrás estaria bem menor e foi atravessado por H. sapiens levando consigo geração de DNA mitocondrial (mtDNA) chamados de gene tipo L3. Os tipos de gene L1 foram juntamente com o primeiro grupo que migrou para o sul da África e com os que se mantiveram na região central da África, se diversificando em vários subtipos L1a, L1b, L1c, L1d, L1e e L1f, o segundo grupo que ocupou a região oeste da África deram origem ao tipo de gene L2 e se diversificaram em L2a, L2b, L2c, L2d e L2e.
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Figura 6 – Península Arábica
Entre 85 a 75 mil anos, os H. sapiens que chegaram na Ásia atravessando o estreito Bab el Mandeb, migraram acompanhando a costa da Península Arábica, atravessaram o Golfo de Oman chegando ao Iran, essas regiões já se encontravam habitadas por outras espécies de hominídeos, os H. heidelbergensis e H. erectus, que com certeza não se deixaram extinguir sem confrontos com os H. sapiens. Acredita-se que esses H. sapiens carregavam consigo o haplogrupo N e durante todas essas migrações, partes da população permaneciam ocupando as regiões ao longo do caminho, enquanto outras partes continuavam a migrar. No final desse período, migrando pela costa, os H. sapiens chegaram a Índia.
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Figura 7 – Índia
Adaptando-se a esses novos meios ao longo do tempo, esses H. sapiens sofreram pequenas mutações, dando origem ao haplogrupo R, que se espalhou por todo o sul asiático. Essa migração inicial continuou indo pelo litoral até a Bornéo na Oceania, quando então mudaram de rumo indo para o norte, onde novamente passaram por adaptações ao meio originando o haplogrupo B (atual etnia oriental) chegando ao sul da China.
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Figura 8 – Oceania
Há 74 mil anos atrás o Monte do Lago Toba sofreu uma super-erupção vulcânica (Teoria da catástrofe de Toba), as cinzas vulcânicas foram lançadas a mais de 3 mil km de distâncias, chegando até a Índia e Paquistão, essa erupção é considerada a mais poderosa conhecida ocorrida nos últimos 2 milhões de anos, provocando extinções em massa em escala planetária, proporcionando um inverno nuclear que duraria cerca de 6 anos e provocando a entrada do planeta em mais uma era glacial, que duraria cerca de 1000 anos. Estima-se que a população mundial de H. sapiens se reduziu a menos de 10 mil pessoas e as que habitavam o sul da Ásia foram quase completamente extintas. As populações de H. heidelbergensis e H. erectus também sofreram com essa super-erupção, ficando a beira da extinção. Após esse período (entre 74 a 65 mil anos atrás) a população mundial de H. sapiens se recuperou novamente, grupos com haplogrupos R sobreviventes na Oceania retornaram pela costa para o sul Asiático, repovoando a Índia, outros grupos seguiram cruzando os mares internos da Oceania com auxilio de barcos migrando a partir do Timor para a Austrália e de Borneo para Nova Guiné. Os haplogrupos B que habitavam o sul da China continuaram a migração pelo litoral até o norte da China. Atlas Virtual da Pré-história – www.avph.com.br
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Figura 9 – China
No período entre 65 e 52 mil anos atrás o clima esquentou consideravelmente possibilitando a ocupação de territórios mais ao norte, onde as temperaturas eram menores. Os haplogrupo N que viviam no Oriente Médio migraram em direção a Europa e os haplogrupos R avançaram por toda a Austrália e na região da Índia em direção ao interior do continente. Essa recuperação da população de H. sapiens provocou a extinção da espécie de hominídeo H. heidelbergensis e um intenso declínio nas populações de H. erectus. No período entre 52 a 45 mil anos atrás ocorre a invasão da Europa, através da Turquia e Bulgária, com grupos de H. sapiens, recebendo então a denominação de Homem de Cro-Magnon, chegando a migrar até ao Oceano Atlântico (através dos da França, Espanha e Portugal), espalhando consigo pela Europa a cultura Aurignaciana.
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Figura 10 – Europa
Nesse período a Europa era habitada pela espécie H. neanderthalensis, essa convivência inicial pareceu ser pacífica, com as espécies convivendo de forma harmônica e benéfica para ambas, com os H. neanderthalensis demonstrando grandes saltos evolutivos na confecção de ferramentas e melhora no estilo de vida, desenvolvidos com a observação e imitação dos H. sapiens. Entre 45 e 40 mil anos atrás, os H. sapiens que estavam ainda no Oriente Médio retornam a África passando pelo Egito e ocupando o norte africano, região acima do deserto do Saara.
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Figura 11 – Norte da África
Parte da população do Oriente Médio juntamente com as que habitavam o sul asiático (Índia) migraram para o norte, chegando até o sul da Rússia. Os haplogrupos B começaram a ocupar os territórios do leste asiático e Ilhas da Oceania (Coréia, Vietnam, Japão, Malásia, Indonésia, Polinésia e Ilhas Salomão), outra parcela dessa população migrou para o interior do continente (Ásia Central, região da Indo-China) se encontrando e se misturando com populações do sul asiático, provocando mutações em seus genes. Entre 45 e 25 mil anos, ocorre a migração de grupos europeus e que estavam no sul da Rússia (Ásia Central) para o extremo norte da Rússia, parte desse mesmo grupo que se encontrava na Ásia Central, migrou também para o extremo leste da Rússia juntamente com populações que vieram do nordeste da China (Haplogrupo B) e populações da Ásia Central (Indo-China), chegando até o Estreito de Bering (que possuí hoje cerca de 85 km de largura e profundidade de 30 a 50 m, com as Ilhas Diomedes situadas bem no meio do estreito, porém em períodos de resfriamento global, as chamadas Eras Glaciais esse estreito se transformava em uma ponte de terra entre a Sibéria e o Alasca interligando os continentes Ásia e América do Norte).
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Figura 12 – Estreito de Bering
Nesse período a densidade de hominídeos aumentou na Europa, reduzindo assim a oferta de alimentos, a convivência começou a se tornar difícil, iniciando uma série de conflitos entre as espécies H. neanderthalensis e H. sapiens, que culminaram na extinção dos Neandertais há 27 mil anos atrás. Existem teorias de que podem ter ocorrido cruzamentos entre as espécies H. sapiens e H. neanderthalensis, permanecendo ainda hoje alguns genes Neandertais em nosso DNA. Estudo de sequenciamento genético no H. neanderthalensis estima uma taxa de intercruzamento de 1 a 4 % entre essas espécies. Esses intercruzamentos podem ter auxiliado no processo de extinção dessa espécie, provocando a absorção dos genes da espécie pelos H. sapiens que eram mais numerosos. Ente 25 e 19 mil anos atrás, durante o auge da Glaciação do Wisconsin, alguns grupos de H. sapiens cruzaram a ponte de terra sobre o Estreito de Bering, um grupo portador do gene Haplogrupo B acompanhou a costa marítima do Golfo do Alasca, chegando até a divisa do Canadá com os Estados Unidos, outros grupos compostos pelos Haplogrupos A, C e D, migraram pelo interior do continente chegando próximo da região Washington (capital dos EUA). Esses H. sapiens são também chamados de Paleoíndios. No final desse período as temperaturas globais caíram bastante, tornando
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muito difícil sobreviver acima do paralelo 55° norte, fato este que isolou os grupos que haviam atravessado a ponte de terra no Estreito de Bering e reduziu o ritmo das migrações.
Figura 13 – América do Norte
Entre 19 e 15 mil anos atrás, os Haplogrupos A, C e D continuaram migrando para o sul, para locais de maiores temperaturas, atravessaram a América Central, chegando até ao norte da América do Sul pelo litoral Atlântico, encontrando dificuldades na marcha para o sul ao chegarem ao Brasil e encontrarem o Rio Amazonas. Essas dificuldades climáticas juntamente com o ritmo acelerado de expansão dos H. sapiens, acabaram por provocar a extinção de diversas espécies animais da Megafauna das Américas. Outros grupos que conseguiram manter o ritmo migratório foram os polinésios, chegando a atingir as Ilhas Manus e Filipinas na Oceania.
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Figura 14 – América do Sul
Entre 15 e 12 mil anos atrás, o clima global começou a esquentar e dessa forma, os H. sapiens reiniciaram as grandes migrações, os Haplogrupos A, C e D que haviam chegado as costas Brasileiras, se dividiram em diversos subgrupos, uns acompanhando o fluxo do Rio Amazonas ao interior do continente e outros atravessando o grande rio e seguindo o litoral Atlântico por toda a costa Brasileira até chegarem no extremo sul do continente Sul Americano, na Terra do Fogo. Em paralelo o Haplogrupo B (descentendes dos orientais) que estava sobrevivendo próximos ao Golfo do Alaska na fronteira entre o Canadá e os Estados Unidos também reiniciou seu processo migratório indo na direção sul, porém permaneceram seguindo o litoral Pacífico, atravessando a América Central e chegando até o Chile. Permanecendo isolados geograficamente dos demais grupos sul americanos devido a presença da Cordilheira dos Andes. Nesse período também novas migrações da Ásia para há América do Norte começaram a ocorrer. Nesse período temos o aparecimento de culturas Atlas Virtual da Pré-história – www.avph.com.br
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destacadas como a de Clóvis no Novo México, Taima na costa oeste da Venezuela, Monte Verde no Chile e Luzia no Brasil. Há 13 mil anos atrás o H. sapiens chega a Ilha de Flores na Indonésia, encontrando a última espécie de hominídeo sobrevivente conhecida no planeta, o pequenino Homo floresiensis, descendente dos primeiros H. erectus que chegaram na Oceania. Iniciou-se então o processo de extinção dessa espécie, que ocorreu de forma rápida devido a pequena população restrita a essa ilha.
Figura 15 – Ilha de Flores na Indonésia
Entre 12 e 8 mil anos a.c., ocorrem diversas migrações para o interior da América do Norte e para o extremo norte da Europa, Eurásia e da Ásia e uma ocupação completa do norte da África (região ao norte do deserto do Saara). No final desse período, começou a ser praticada em diversos locais do mundo a Agricultura, que garantiu para esses povos maior quantidade de alimento, maior expectativa de vida, aumento populacional, fim do modo de vida nômade, formação de aldeias e maior disponibilidade de tempo. Levando ao desenvolvimento da pecuária, da cerâmica, da tecelagem e das religiões. As migrações mais recentes foram as dos povos polinésios, que chegaram nas Ilhas Palau a cerca de 4 mil anos a.c., nas Ilhas Marianas a cerca de 3500 anos a.c., nas Ilhas Samoa, Fiji, Tonga, Vanuatu e Nova Atlas Virtual da Pré-história – www.avph.com.br
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Caledônia a cerca de 3000 anos a.c., Ilhas Hiva ou Marquesas próximo do ano 150 d.c., nas Ilhas do Havaí entre 500 a 800 d.c. e na Ilha de Páscoa por volta do ano 1000 d.c.
Figura 16 – Ilhas Polinésias
Nesse mesmo período em diversos locais do Planeta as civilizações continuaram evoluindo, as aldeias se transformaram em cidades, iniciaram-se as grandes construções e a formação de impérios, culminando no surgimento da escrita e da História. Após esse processo evolutivo, essa espécie passou a ser classificada como Homo sapiens sapiens, pois "O homem já tinha consciência de que já sabia".
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Figura 17 – Mapa das Migrações Humanas (mil anos)
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Capitulo 4 – REFERÊNCIAS - Becoming Human, http://www.becominghuman.org/node/human-lineagethrough-time, 2014. - Bradshaw Foundation, http://www.bradshawfoundation.com , 2014. - Programa de Origem Humana do Instituto Smithsoniano, http://humanorigins.si.edu/evidence/human-fossils/species/homo-sapiens, 2014.
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