Atlas Virtual da Pr茅-Hist贸ria
Tiranossauro
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Versão 1.0
"Grandes líderes inspiram grandeza nos outros."
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Índice Capitulo 1- INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 4 Capitulo 2 - PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS TIRANOSSAUROS............................................... 7 Capitulo 3 - DINOSSAUROS ......................................................................................................... 12 Capitulo 4 - O PERÍODO CRETÁCEO ............................................................................................ 18 Capitulo 5 - REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 23
Índice de figuras Capitulo 1- INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 4 Figura 1 – Tiranossauro ............................................................................................................. 4 Figura 2 – Reconstrução de Tiranossauro ................................................................................. 5 Capitulo 2 - PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS TIRANOSSAUROS............................................... 7 Figura 3 – Crânio de Tiranossauro rex....................................................................................... 9 Capitulo 3 - DINOSSAUROS ......................................................................................................... 12 Figura 4 – Dinossauros ............................................................................................................ 13 Figura 5 – Dinosauria............................................................................................................... 15 Capitulo 4 - O PERÍODO CRETÁCEO ............................................................................................. 18 Figura 6 – Mapa da Terra durante o Cretáceo ........................................................................ 18 Figura 7 – Evento KPg .............................................................................................................. 20
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Capitulo 1- INTRODUÇÃO O Tiranossauro rex cujo nome tem origem no grego e significa "lagarto tirano rei", foi um dos maiores carnívoros terrestres que já existiu e viveu há aproximadamente entre 67 a 65,5 milhões de anos atrás durante o final do período Cretáceo na América do Norte.
Figura 1 – Tiranossauro O Tiranossauro foi um dinossauro terópode (carnívoro bípede) de enormes proporções, eles chegavam a medir 12,0 metros de comprimento, 5,0 metros de altura e pesavam cerca de 8 toneladas. Possuíam pernas fortes e longas, o suficiente para sustentar o grande corpo e movimentá-lo à velocidades de até 40 km/h. Os pés possuíam enormes garras fortíssimas, sendo que apenas 3 desses dedos eram de apoio e um era pequeno e não tocava o chão. Os braços eram minúsculos, possuindo apenas dois dedos cada um e eram muito pequenos se comparados ao tamanho do animal. Não se sabe ao certo para que os Tiranossauros usassem seus braços.
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Seu crânio era enorme, cilíndrico e muito resistente, com uma circunferência média de um metro. Era constituído por vários filamentos de ossos interligados que eram conectados à coluna vertebral por um osso grosso e longo. Os crânios possuíam várias aberturas, para diminuir o peso, eram amplos na parte traseira e o focinho era curto com narinas grandes. Essa pesada cabeça era sustentada por um pescoço curto em formato de "S", grosso e musculoso. Sua cauda era longa, grossa e musculosa, formada por mais de quarenta vértebras, que servia para contrabalancear o peso do tronco e da enorme cabeça.
Figura 2 – Reconstrução de Tiranossauro
- Informações: Nome: Tiranossauro rex Nome Científico: Tyrannosaurus rex Época em que viveu: Cretáceo Local onde vive: América do Norte Peso: Cerca de 8,0 toneladas Tamanho: 12,0 metros de comprimento e 5,0 metros de altura Alimentação: Carnívora
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- Classificação científica: Reino: Animalia Filo: Chordata Classe: Reptilia Superordem: Dinosauria Ordem: Saurischia Subordem: Theropoda Superfamília: Tyrannosauroidea Família: Tyrannosauridae Subfamília: Tyrannosaurinae Gênero: Tyrannosaurus Espécie: Tyrannosaurus rex (Osborn, 1905)
- Sinonimos:
T. amplus (Marsh, 1892) originalmente chamada de Aublysodon, aceito como Aublysodon amplus.
T. imperiosus (Osborn, 1905), originalmente Dynamosaurus, aceito como Tyrannosaurus rex.
T. lancensis (Gilmore, 1946), originalmente Gorgosaurus, aceito como um possível Tyrannosaurus rex.
T. bataar (Maleev, 1955), aceito como Tarbosaurus bataar.
T. efremovi (Maleev, 1955), aceito como possível Tarbosaurus bataar.
T. lancinator (Maleev, 1955), originalmente Gorgosaurus, aceito como um possível Tarbosaurus bataar.<br>
T.
novojilovi
(Maleev,
1955),
originalmente
Gorgosaurus,
possível
Tarbosaurus bataar.
T. torosus (D. A. Russell, 1970), originalmente Daspletosaurus, considerado parte da família dos Daspletossauros.
T. lanpingensis (Yeh, 1975), possível Tarbosaurus bataar.
T. turpanensis (Zhai, Zheng& Tong, 1978), possível Tarbosaurus bataar.
T. luanchuanensis (Dong, 1979), hoje aceito como membro da família do Tarbosaurus luanchuanensis.
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T. megagracilis (Paul, 1988), originalmente Albertosaurus, possível Tyrannosaurus rex.
T. gigantus (1990), aceito como um Tyrannosaurus rex.
T. stanwinstonorum (Pickering, 1995), aceito como um Tyrannosaurus rex.
Capitulo 2 – Principais Características dos Tiranossauros A extremidade da maxila superior tinha formato de letra "U", diferente dos demais terópodes, que possuíam a maxila superior em forma de um "V", mas essa particularidade permitia que tivessem uma mordida mais forte. Seus dentes eram afiados e ligeiramente curvos, de forma a agarrar melhor suas presas. Uma vez que o Tiranossauro abocanhava sua vítima, para escapar de seus dentes curvos era necessário ir mais fundo em sua boca. Possuíam cerca de cinquenta dentes circulares de até 30 centímetros de comprimento que variavam em formatos e tamanhos. Estes dentes eram constantemente substituídos durante toda a vida. Os dentes superiores e inferiores eram distanciados entre si, permitindo que se encaixassem perfeitamente, resultando em uma melhor mordida. Possuíam visão binocular, que facilitava focar suas vítimas prediletas que eram os hadrossauros e ceratopsídeos. Outros Carnívoros terrestres que rivalizavam em tamanho eram o Giganotossauro, o Carcharodontossauro, Mapussauro e o Espinossauro, possivelmente eram mais ágeis e agressivos que o Tiranossauro, pois alguns cientistas acreditam que o Tiranossauro era um dinossauro carniceiro e que roubava carcaças de animais mortos caçados por outros predadores menores, pois suas cavidades olfativas eram extremamente grandes, que lhes permitiam sentir o odor de cadáveres a grandes distâncias, semelhantes aos abutres atuais, os dentes trituradores de ossos seriam mais úteis para devorar uma carcaça inteira com os ossos do que para caçar um animal vivo e sua velocidade máxima que não passaria dos 40 km/h seria muito baixa para um caçador. Entretanto os tiranossauros ainda continuam sendo descritos como caçadores, pois muitas provas sobre caça ativa foram encontradas em fósseis de outras espécies, como um Edmontossauro que tinha marcas de mordida em suas vértebras, provocando assim sua morte e indícios no fóssil de um Tricerátopos que possuía marcas de mordida na parte frontal de seu crânio, indicando uma batalha entre eles. Acredita-se que os tiranossauros viviam em grupos familiares similares, disputando violentas batalhas por alimento e para o acasalamento e que faziam Atlas Virtual da Pré-história – www.avph.com.br
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seus ninhos em planícies aluviais ou no meio de bosques subtropicais, em territórios repletos de rios e lagos e com abundância de vegetações como cicadáceas e samambaias, cercado por muitas árvores como coníferas, devido ao formato dessas árvores, que escondiam o ninho e protegiam os filhotes de outros predadores. Os Tiranossauros habitavam toda a América do Norte, com fósseis tendo sido encontrados desde o estado de Alberta, no Canadá, até o estado de Coahuila, no México. Os Tiranossauros rex cresciam rapidamente até atingirem a maturidade sexual aos 19 anos, quando atingiam 90% do tamanho máximo. Cerca de metade dos fósseis de tiranossauros encontrados apresentam idades entre 12 a 14 anos, pois nessa época se envolviam em violentas lutas contra membros de sua espécie pelo direito de acasalar, como ocorre hoje em dia com outros animais. Raramente os tiranossauros passavam dos 30 anos de idade. Em 2004, após a descoberta vestígios de penas em estado primitivo em alguns tiranossaurídeos como o Dilong e o Archaeopteryx foi proposta a teoria de que os Tiranossauros rex poderiam possuir penas, entretanto, outras descobertas na Mongólia e no Canadá mostraram vestígios epiteliais de outros tiranossaurídeos apresentando abundância de escamas, sem a presença de penas. A incerteza quanto a presença de penas ainda continua. Robert T. Bakker e John Ostrom publicaram artigos afirmando que os dinossauros terrestres seriam animais de sangue quente (Endotérmicos), devido a seu estilo de vida ativo e que um animal de sangue frio não teria energia suficiente para uma vida com esse nível de atividade. A dúvida ainda persiste se tiranossauros e outros os dinossauros, foram animais de sangue frio (Ectotérmicos) ou não, necessitando de maiores estudos para obter a confirmação. O Tiranossauro rex foi um dos maiores carnívoros de todos os tempos, sendo o primeiro a ter um fóssil totalmente montado, o "FMNH PR2081", apelidado de "Sue", medindo doze metros de comprimento e cinco metros de altura, possuindo o maior crânio já encontrado, com 1,5 metros de circunferência, medidas que se tornaram parâmetro de comparação para outros espécimes. Essas razões entre outras que o levou a se tornar o mais famoso dos dinossauros e a criar a reputação de grande predador que é principalmente representada nas mídias, tornando-o símbolo de predador supremo e uma referência entre os dinossauros. Essa reputação de predador supremo provocou sua aparição de destaque já nos primórdios televisivos, onde em 1925 apareceu no filme The Lost World, na qual um grupo de exploradores encontram uma colônia de dinossauros ainda vivos na Floresta Amazônica e entre eles um Tiranossauro, nesse filme que ocorre a famosa cena de luta entre o Tiranossauro e o Atlas Virtual da Pré-história – www.avph.com.br
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Tricerátops, que os marcou para sempre como principais adversários. Em 1933, o Tiranossauro retorna em King Kong, onde ocorre uma batalha entre o gorila gigante e o tiranossauro, ocorrendo novamente na regravação de 2005. Em 1993, ocorre a estreia de maior destaque no filme Jurassic Park, de Steven Spielberg, onde é mostrado como grande vilão durante todo o tempo e que no final acaba salvando as pessoas dos velociraptores. Em 1997 aparece novamente em destaque em Jurassic Park II, sendo levado para a cidade americana de San Diego junto com um filhote, mas durante a viagem de navio ele acorda e quando o navio atraca no porto ele foge e causa uma grande destruição na cidade, até que são enviados de volta à ilha de onde foram retirados. Em 2001 em Jurassic Park III, o tiranossauro perde a luta contra um Espinossauro e o estrelato passa agora a ser da nova espécie em destaque.
Figura 3 – Crânio de Tiranossauro rex
Existem mais de 30 esqueletos de tiranossauros totalmente remontados, permitindo que esses animais fossem profundamente estudados e que muita informação fosse descoberta. Entre essas descobertas o dimorfismo sexual dos tiranossauros foi um dos bem estudados, verificou-se que haviam fósseis robustos e outros mais delicados, concluindo-se que os Tiranossauros mais robustos eram fêmeas, pois a pélvis dos espécimes robustos mostrava-se mais larga, tendo um chevron reduzido para permitir a passagem dos ovos, tal como acontece nos crocodilos.
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Os primeiros restos fósseis desta espécie foram descobertos em 1874 na cidade Golden, nos Estados Unidos e eram compostos apenas por enormes dentes de um Tiranossauro rex adulto. Em 1890, o pesquisador J. B. Hatcher coletou pedaços do crânio de um Tiranossauro rex adulto no estado de Wyoming, mas achou que pertenciam a um Ornitomimo. Em 1892, o paleontólogo Edward Drinker Cope achou uma vértebra incompleta pertencente a uma espécie desconhecida e chamou essa nova espécie de Manospondylus gigas. Em 1900, Barnum Brown, funcionário do Museu Americano de História Natural, encontrou diferentes partes de um tiranossauro, também no Wyoming, mas então pensando ser outra nova espécie, o pesquisador o chamou de Dynamosaurus imperiosus. Em 1915, Henry Fairfield Osbor remontou o primeiro fóssil do animal que ele chamou de Tiranossauro, o exibindo em público em 1917, entretanto devido as más condições do fóssil Manospondylus, não houve como provar totalmente que eles pertenciam a mesma espécie. Alguns anos depois Osborn descobriu um novo fóssil a qual acreditava ser da mesma espécie e ao verificar as semelhanças entre seu fóssil e os outros dois antes descobertos, provou sua teoria de que os três pertenciam a mesma espécie e o exibir publicamente criando o nome Tyrannosaurus rex que foi a partir de então definitivamente adotado. Muitas vezes se utiliza os apelidos de T. rex ou T-rex para se designar esta espécie. Entre 1920 e 1940, dezenas de esqueletos de tiranossauros foram descobertos e remontados. Após essa fase fértil de descobertas, fósseis de tiranossauros tornaram-se raros, porém com o surgimento de técnicas de escavações mais eficientes, vários outros fósseis começaram a ser encontrados. O primeiro T-rex reconstruído após 1980 foi apelidado de "Stan" (BHI 3033 com 65% do esqueleto encontrado) em homenagem ao paleontólogo Stan Sacrison e foi encontrado perto da cidade americana de Buffalo, no estado de Dakota do Sul. As escavações duraram mais de 30 mil horas no ano de 1987 e este fóssil está atualmente em exibição no Museu Black Hills de História Natural, onde foi colocado após uma grande turnê mundial. Atlas Virtual da Pré-história – www.avph.com.br
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Em 12 de agosto de 1990, Sue Hendrickson descobriu um novo fóssil na cidade de Faith, também na Dakota do Sul, sendo apelidado de "Sue" (FMNH PR2081) em homenagem a sua descobridora. Este é considerado o maior fóssil de Tiranossauro rex encontrado, com mais de 90% do esqueleto recuperado. "Sue" acabou sendo alvo de uma batalha judicial sobre quem era o dono dos restos, e os tribunais decidiram em favor de Maurice Williams, dono da Formação de HellCreek, território onde os ossos foram encontrados. Williams vendeu o fóssil por 7,6 milhões de dólares para o Museu Field de História Natural, onde ele está em exibição atualmente. Estudos realizados indicaram que "Sue" atingiu seu auge no tamanho aos 19 anos de idade e que morreu 9 anos depois vítima de uma mordida na parte superior da cabeça, provavelmente ocorrida durante uma batalha com outro Tiranossauro rex, mas essa hipótese nunca pôde ser confirmada. Mais tarde surgiu a hipótese de que Sue morreu vítima de uma infecção parasitária contraída após a ingestão de carne podre, assim sua garganta inflamou e o animal não pôde mais se alimentar essa hipótese é sustentada pelos traços de vermes fossilizados encontrados nos ossos do pescoço, os mesmos traços encontrados em animais que morrem vítimas de infecção atualmente. Juntamente com "Sue" outros dois pequenos fósseis de Tiranossauro rex foram encontrados, mas o estado dos fósseis era péssimo e eles não puderam ser remontados. Em 2000, o pesquisador Jack Horner encontrou cinco fósseis de tiranossauros na Reserva Fort Peck, no estado americano de Montana, o maior deles foi apelidado de "C-rex" e este é apenas 10% menor que "Sue". Em 2001, outro fóssil de um Tiranossauro rex (50% completo) foi encontrado em Montana por um grupo de pesquisadores do Museu Burpee de História Natural da cidade americana de Rockford, o mesmo foi apelidado de "Jane" e representa um exemplar jovem que está em exibição no Museu Burpee de Rockford. Além destes outros foram e continuam sendo descobertos.
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Em 1955, o paleontólogo Evgeny Maleev encontrou um fóssil na Mongólia que foi considerado uma nova espécie de tiranossauro, diferente do Tyrannosaurus rex e batizou essa nova espécie de Tyrannosaurus bataar. O pesquisador Tom Holtz divulgou diversos trabalhos apontando diferenças entre fósseis do T. rex e do T. bataar. Atualmente a espécie foi reclassificada como Tarbosaurus bataar. Outras espécies que já foram um dia classificadas como Tyrannosaurus foram Aublysodon, Albertosaurus e Nanotyrannus, porém atualmente são considerados gêneros a parte.
Capitulo 3 - DINOSSAUROS Os Dinossauros cujo nome tem origem no grego e significa "lagarto terrível", nome este que não era muito adequado, pois eles não eram muito parecidos com lagartos, eram répteis que apresentavam uma postura totalmente distinta dos lagartos atuais, era uma postura ereta que se assemelhava mais aos mamíferos atuais do que aos répteis e a maioria deles não eram tão terríveis assim. Esse grupo de animais foi classificado como pertencente ao grupo Dinosauria. O termo Dinosauria foi proposto em 1842 por Richard Owen para classificar os grandes esqueletos de répteis extintos que haviam sido recémdescobertos no Reino Unido. Sendo o primeiro dinossauro catalogado o Megalossauro (que em grego significa lagarto grande).
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Figura 4 – Dinossauros Muitas são as teorias sobre os Dinossauros, teorias sobre a sua aparição no planeta, teorias sobre como eles evoluíram e viviam e teorias sobre sua extinção, falaremos então as quais são mais aceitas pelo meio científico. Acredita-se que os Dinossauros surgiram no início do período Triássico de ancestrais arcossauros após uma extinção em massa onde 78% dos animais foram extintos, e surgiram como seres pequenos alguns carnívoros e outros herbívoros. Os dinossauros mais antigos que se conhece são o Eoraptor, o Staurikosaurus, o Herrerasaurus e o Pampadromaeus e acredita-se que todos os dinossauros são descendentes de animais similares a eles, que começaram a superar os outros animais da época em competições por comida, tornando-se cada vez mais populosos e diversificados (surgindo muitas espécies novas e cada vez mais adaptadas ao meio). Entramos no período Jurássico onde os dinossauros continuavam sua esplêndida evolução, agora já começam a aparecer dinossauros carnívoros de Atlas Virtual da Pré-história – www.avph.com.br
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médio porte e para se defenderem os herbívoros tiveram que se adaptar, alguns se tornam enormes e outros tornaram-se verdadeiros tanques de guerra encouraçados (tem início uma corrida armamentista Mesozóica). No período Cretáceo os dinossauros tem o seu auge em diversidade de espécies e em tamanhos, surgem os magníficos Argentinossauros e os aterrorizantes carnívoros gigantes como o Tiranossauro e o Giganotossauro. Os paleontólogos já conseguiram identificar e classificar mais de 1000 espécies diferentes de dinossauros e com certeza irão descobrir muitas outras. Mas como tudo no mundo tem seu início, meio e fim, o fim dos Dinossauros chegou no final do período Cretáceo e a teoria mais aceita é a de que um asteroide de 10 km de diâmetro atingiu a península de Yucatán no México, criando a Cratera de Chicxulub com aproximadamente 180 km de diâmetro, essa ocorrência ficou conhecida como Evento KPg. Essa teoria foi formulada em 1980 por Walter Alvarez et al, baseada no aumento súbito nos níveis de irídio ao redor do mundo em camadas de rochas desse período, como uma evidência direta de impacto. Esse impacto teria causando a morte de 90% da vida vegetal e 70% da vida animal, marcando assim o fim da era dos dinossauros. Onde os sobreviventes a esse desastre, que eram em sua grande maioria animais pequenos com uma ampla distribuição geográfica, deram origem aos animais atuais e ao homem. Somente após 10 milhões de anos (Paleoceno e Eoceno) é que o nível de variedade de espécies voltou a ser semelhante. Entretanto os dinossauros não foram totalmente extintos, pois um pequeno grupo de dinossauros sobreviveram a essa catástrofe e você pode até ter um em sua casa e não saber, eles são as aves, que evoluíram a partir de pequenos dinossauros emplumados que caçavam insetos e que para se tornarem mais ágeis, para capturar insetos mais facilmente, adaptaram-se a ossos mais leves e a penas para auxiliar em saltos cada vez mais altos até atingirem o voo.
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O grupo dos dinossauros foi subdividido em duas ordens: Ornithischia e Saurischia, onde foram agrupadas as diversas espécies de dinossauros segundo sua morfologia e evolução. Sendo composta basicamente pelos saurópodes, que eram dinossauros herbívoros que podiam alcançar imensos tamanhos e possuíam pescoços e caudas compridos, terópodes que eram quase na totalidade dinossauros carnívoros, ceratopsídeos que eram dinossauros herbívoros com chifres na cabeça, anquilossaurídeos que eram dinossauros herbívoros que possuíam couraças protetoras, estegossaurídeos que eram dinossauros herbívoros com placas ornamentais e espigões defensivos e ornitópodes que eram dinossauros herbívoros adaptados para melhor processarem os alimentos. As aves estão sendo classificadas atualmente, por alguns paleontólogos como pertencentes ao subgrupo Maniraptora, que pertencem ao grupo dos celurossauros, terópodes, saurísquios e dinossauros.
Figura 5 – Dinosauria
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- Classificação Científica dos Dinossauros: Reino: Animalia Filo: Chordata Subfilo: Vertebrata Infrafilo: Gnathostomata Superclasse: Tetrapoda Classe: Sauropsida Subclasse: Diapsida Superordem: Dinosauria A Superordem Dinosauria divide-se em duas ordens, Saurischia e Ornithischia, de acordo principalmente com a estrutura da pélvis: - Saurischia ("pélvis de lagarto", que inclui as subordens Theropoda e Sauropodomorpha) Theropoda (que eram bípedes na maioria carnívoros) Herrerasauria (carnívoros bípedes primitivos) Coelophysoidea (primeiros pequenos terópodes) Dilophosauridae (carnívoros de médio porte) Ceratosauria (carnívoros de médio porte com chifres) Tetanurae (carnívoros com caudas rígidas) o Megalosauroidea (carnívoros de grande porte) o Carnosauria (carnívoros de médio e grande porte) o Coelurosauria (terópodes emplumados) Compsognathidae (carnívoros de pequeno porte com membros anteriores reduzidos) Tyrannosauridae (carnívoros de grande porte com membros anteriores reduzidos) Ornithomimosauria (em sua maioria carnívoros desdentados de médio porte similares a avestruzes) Alvarezsauroidea (insetívoros de pequeno porte, com membros anteriores reduzidos) Maniraptora ("Mãos de ladrões" possuíam tinha braços e dedos longos e finos) Therizinosauria (herbívoros bípedes com garras das mãos enormes e cabeças pequenas) Oviraptorosauria (em sua maioria eram onívoros desdentados de médio e grande porte) Archaeopterygidae (pequenos terópodes alados ou pássaros primitivos) Deinonychosauria (carnívoros de pequeno e médio porte com uma garra enorme no dedo do pé) Avialae (aves modernas e parentes extintos) Scansoriopterygidae (aves pequenas e primitivas) Omnivoropterygidae (aves de médio porte com cauda semi-curta) Atlas Virtual da Pré-história – www.avph.com.br
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Confuciusornithidae (aves pequenas e desdentadas) Enantiornithes (aves primitivas que planavam e viviam em árvores) Euornithes (aves voadoras modernas) Yanornithiformes (aves dentadas voadoras) Hesperornithes (aves mergulhadoras) Aves (aves modernas com bico) Sauropodomorpha (herbívoros com cabeças pequenas, pescoços e caudas longas) Guaibasauridae (eram onívoros primitivos de pequeno porte) Plateosauridae (eram herbívoros primitivos bípedes de médio porte, "prossaurópodes") Riojasauridae (eram herbívoros primitivos de pequeno porte) Massospondylidae (eram herbívoros primitivos de pequeno porte) Sauropoda (eram herbívoros quadrúpedes de grande porte) o Vulcanodontidae (eram herbívoros quadrúpedes primitivos de grande porte) o Eusauropoda ("saurópodes verdadeiros") Cetiosauridae ("répteis baleia") Turiasauria (grupo europeu de saurópodes do Jurássico e Cretáceo) Neosauropoda ("novo saurópodes") Diplodocoidea (eram herbívoros quadrúpedes de crânios e caudas alongados) Macronaria (eram herbívoros quadrúpedes de crânios mais retângulares) Brachiosauridae (eram herbívoros quadrúpedes de grande porte de corpos e pescoços inclinados para cima) Titanosauria (eram herbívoros quadrúpedes de médio e grande porte, com quadris largos) - Ornithischia ("pélvis de pássaro") Heterodontosauridae (pequenos herbívoros ornitópodes onívoros) Thyreophora (em sua maioria levemente blindados e quadrúpedes) Ankylosauria (em sua maioria fortemente blindados e quadrúpedes) Stegosauria (em sua maioria possuíam placas nas costas e espinhos na cauda) Neornithischia ("Novos ornitísquios") Ornithopoda (eram bípedes e quadrúpedes, desenvolveram numerosos dente e flexibilidade no maxilar) Marginocephalia (possuíam crânios grandes) o Pachycephalosauria (eram em sua maioria bípedes com protuberâncias nos crânios) o Ceratopsia (eram em sua maioria quadrúpedes com golas e muitos chifres no crânio) Atlas Virtual da Pré-história – www.avph.com.br
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Capitulo 4 – O Período Cretáceo Iniciou há aproximadamente 144 milhões e durou até 65 milhões de anos atrás, os Dinossauros atingiram seu auge e ao mesmo tempo conheceram o seu fim, muitos tipos de dinossauros surgiram durante esse período, os mamíferos e as aves continuaram evoluindo lentamente. Surgiram as plantas com flores que passaram a dominar desde então. Os continentes começaram a tomar formato para chegar no que são hoje, isto produziu isolamentos geográficos entre animais e plantas, gerando espécies novas e sendo responsável por grande parte da biodiversidade de espécies que existe hoje. No final deste período, ocorre uma enorme extinção em massa, a mais famosa delas, pois deu fim ao reinado dos dinossauros na Terra. Essa lacuna começou a ser preenchida pelas aves e foi seguida pelos mamíferos, que se diversificaram bastante e se tornaram enormes.
Figura 6 – Mapa da Terra durante o Cretáceo Durante o Cretáceo o supercontinente Pangeia completou sua separação tectônica dando origem aos continentes como conhecemos atualmente, embora estivessem em posições bem diferentes naquele período. O supercontinente Gondwana que fazia parte da Pangeia continuou seu processo de separação iniciado no Jurássico Superior. Atlas Virtual da Pré-história – www.avph.com.br
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A Antártida, Madagascar, Índia e Austrália começaram a se separar da África e a América do Sul. A América do Sul começa a se deslocar para oeste abrindo um espaço entre ela e a África, dando origem ao Oceano Atlântico Sul. Essa separação criou um isolamento geográfico em larga escala, causando uma grande diversificação evolutiva em toda a vida terrestre. Essa separação também criou amplas zonas costeiras e um aumento do número de novos habitats. Além disso, as estações começaram a se ampliar e a ficar mais pronunciada com um clima global frio, ainda semelhante ao final do Jurássico, porém após o Berriasiano a temperatura aumenta novamente permanecendo assim até o final do cretáceo. Neste período surgem às primeiras angiospermas (plantas com flores) e com elas as florestas evoluíram para uma aparência similar as florestas atuais. As gimnospermas também continuaram a prosperar, sendo abundantes nesse período. O ambiente terrestre era dominado pelos dinossauros, que haviam atingido seu auge com um grande número de espécies. O espaço aéreo era dominado por enormes pterossauros, que eram muito comuns durante o período Cretáceo, sendo desafiados pelo início do desenvolvimento dos pássaros apenas no final desse período. Os mamíferos eram pequenos e viviam escondidos, nas sombras dos grandes répteis. Durante esse período surgem os primeiros mamíferos marsupiais
que
evoluíram
dando
origem
aos
primeiros
placentários
verdadeiros. Os insetos diversificaram-se muito durante o este período que após o surgimento das abelhas e borboletas que foram impulsionados pelas plantas com flores, já eram muito semelhantes aos atuais.
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O ambiente aquático também era dominado por répteis, esses répteis marinhos como ictiossauros, plesiossauros e mosassauros, que se também se tornaram enormes. Vivendo as sombras destes grandes répteis estavam os tubarões e peixes teleósteos semelhantes às espécies modernas e as aves marinhas
como
Hesperornis,
Parahesperornis,
Baptornis,
Enaliornis
e
Potamornis. O final do período Cretáceo é marcado com evento catastrófico denominado de evento KPg (o nome faz referência a divisão entre os períodos Cretáceo e Paleogeno, sendo anteriormente denominado de evento KT pois o nome antigo do Paleogeno era período Terciário). Esse evento é marcado pela extinção em massa que ocorreu há aproximadamente ocorreu a 65 milhões de anos atrás. Esta extinção extinguiu cerca de 26% das famílias existentes na época e algo próximo a 75% do total das espécies. Sendo os animais mais afetados, os répteis e os moluscos, principalmente os que eram de grande porte, como no caso dos dinossauros.
Figura 7 – Evento KPg
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A teoria mais aceita para explicar este evento foi o impacto de um asteroide na terra ocorrido na península de Yucatã. Os principais indícios dessa teoria são: a existência de uma fina camada de irídio nas rochas que se formaram no fim do período Cretáceo (O irídio é um elemento raro no planeta Terra, porém existe em maior quantidade em asteroides e cometas); existe uma enorme cratera soterrada em Chicxulub, no Estado península de Yucatã, no México, que mede aproximadamente de 180 quilômetros de diâmetro, que seria a região de impacto do possível asteroide de cerca de 10 quilômetros de diâmetro (um impacto dessas dimensões teria provocado danos terríveis a região e erguido poeira suficiente para tapar a luz do Sol durante anos). Essa colisão com a Terra arremessou para o espaço diversos pedaços do asteroide e da Terra, que entraram ema órbita da Terra, caindo novamente logo em seguida. A explosão e a quedas constantes de detritos provocaram incêndios em escala global, estes por sua vez liberaram grandes quantidades de gás carbônico na atmosfera provocando efeito estufa. Esse efeito estufa gerou calor provocando a quebra e a recombinação de moléculas de nitrogênio, oxigênio e hidrogênio formando chuvas ácidas, que auxiliaram na destruição da vida terrestre e consecutivamente, com o aumento da acidez e da temperatura dos oceanos, na destruição da vida marinha. Esse evento teria matado a maior parte das espécies vegetais e com a morte delas, os dinossauros herbívoros acabaram morrendo de fome e consecutivamente, os dinossauros carnívoros morreram também, provocando uma reação em cadeia que eliminou boa parte da vida na Terra. Os Dinossauros foram as principais vítimas deste evento, desaparecendo quase que completamente, sobrevivendo apenas o grupo das aves. Outros grupos fortemente afetados foram os grandes Répteis Marinhos e os Pterossauros, que foram extintos completamente.
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Após o término das consequências deste evento, a vida continua e como a "Fênix, muitas espécies renascem dessas cinzas", provocando uma radiação adaptativa nos diversos nichos ecológicos, preenchendo de forma esplendida as lacunas deixadas pelos fantásticos animais que se extinguiram. Os animais de pequeno porte, solitários, noturnos, de hábito alimentar onívoro, insetívoro e carniceiros tiveram uma maior chance de sobreviver, e o fizeram de maneira a prosperar e repovoar o planeta. Os mamíferos placentários e as aves foram os primeiros a se aproveitar dessa oportunidade, seguidos pelos Crocodilianos e quelônios. Os ecossistemas formados por rios, córregos, riachos, lagos e lagoas e as profundezas dos oceanos, foram os locais menos atingidos por essa catástrofe global, pois nestas comunidades a escassez de alimentos não foi tão severa, possibilitando a sobrevivência e a recolonização das áreas mais afetadas.
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Capitulo 5 – REFERÊNCIAS - Breithaupt, Brent H.; Southwell, Elizabeth H.; Matthews, Neffra A. (2005-1018). "In Celebration of 100 years of Tyrannosaurus rex: Manospondylusgigas, Ornithomimusgrandis, and Dynamosaurusimperiosus, the Earliest Discoveries of Tyrannosaurus Rex in the West". Abstracts with Programs.2005 Salt Lake City Annual Meeting 37 (7).Geological Society of America. p. 406. - Currie, PJ; Huru, JH; Sabath, K (2003). "Skull structure and evolution in tyrannosaurid dinosaurs" (PDF).ActaPalaeontologicaPolonica 48 (2): 227–234. - En. Niall, J. Mateer e Pei-ji Chen. Tiranossáuridos da Ásia e América do Norte (em inglês). [S.l.]: Ocean Press, 1988. Capítulo: "Aspectos da Geologia do Cretáceo", pg 105. - Erickson, Gregory M., GM; Makovicky, Peter J.; Currie, Philip J.; Norell, Mark A.; Yerby, Scott A.; & Brochu, Christopher A. (2004). "Gigantism and comparative life-history parameters of tyrannosaurid dinosaurs". Nature 430 (7001). - Gregory S. Paul. Tiranossauro Rex - O Rei Tirânico (A Vida do Passado). [S.l.]: Bloomington: Indiana University Press, 2008. Capítulo: "Estilo de vida e hábitos extremos dos gigantes predadores do Cretáceo na América do Norte", pg 316. , 0-253-35087-5. - Henry Fairfield Osborn. Tiranossauros e outros dinossauros carnívoros do Cretáceo. [S.l.]: Bulletin of the AMNH, 1905. Capítulo: 21. , 259–265 p. 22461464. - Houston DC. Pode o tiranossauro ter sido mais ladrão do que predador? (em inglês). [S.l.]: The Royal Society Press, 2003. Capítulo: "Procedimentos", pg 731-733. , 0-169-1292. - Hutchinson J.R., Bates K.T., Molnar J., Allen V, Makovicky P.J. (2011). "A Computational Analysis of Limb and Body Dimensions in Tyrannosaurus rex with Implications for Locomotion, Ontogeny, and Growth".
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