revista municipal
Revista Semestral | dez 2018 - #1
vita
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Viver, Investir e Trabalhar em Azemeis
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14 EDIFÍCIO DO ANTIGO CENTRO DE SAÚDE
A 16 ENTREVISTA ANTÓNIO MARQUES
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ENTREVISTA A FLORBELA SILVA
26 EDUCAÇÃO EUROPEU 34 ANO DO PATRIMÓNIO CULTURAL
DE 36 FERREIRA CASTRO
44 CARACAS 50 ANOS 46
DA 33 PARQUE CIDADE
AGOSTINHO GOMES 100 ANOS
vita revista municipal
Edição e propriedade CÂMARA MUNICIPAL DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS | Diretor da publicação JOAQUIM JORGE | Coordenação editorial e redatorial GABINETE DE COMUNICAÇÃO | Composição gráfica GABINETE DE COMUNICAÇÃO | Fotografia GABINETE DE COMUNICAÇÃO | Impressão e distribuição 0,52€ | ISSN 2184-3732 | Gráfica ORGAL IMPRESSORES | Depósito Legal 449601/18
54 EMPRESÁRIO ANTÓNIO RODRIGUES
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um concelho com vita Caro munícipe, O concelho de Oliveira de Azeméis é extraordinário. A sua grandeza está nas pessoas, na capacidade económica, no espírito empreendedor dos empresários, na diversidade cultural, na inovação, no ensino, no forte espírito associativo e no relevante património imaterial. O município possui todas as condições para se afirmar como uma terra de oportunidades. E já o é, claramente. Temos uma taxa de desemprego inferior à média nacional, o nosso tecido empresarial é constituído por milhares de empresas gerando riqueza e emprego e apostamos diariamente na educação e formação das nossas crianças e jovens. O desenvolvimento económico e a indústria, marcada pela inovação e alta densidade tecnológica, têm um lugar de primazia tornando Oliveira de Azeméis num dos municípios mais exportadores do país. Orgulhamo-nos dos nossos empresários e da sua capacidade de afirmação nos mercados globais mais exigentes. Contribuímos fortemente para a economia nacional. Neste primeiro número da revista municipal vita, de periodicidade semestral, mostramos um dos muitos exemplos de empresários de sucesso com percursos de vida conquistados a pulso, feitos de lutas e sacrifícios. A massa empresarial, a mais-valia económica que representam as empresas oliveirenses no contexto da economia portuguesa são espelhados também neste número. A revista enfoca ainda o ensino e a formação I
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que se faz em Oliveira de Azeméis, importantes investimentos ligados à qualidade de vida dos munícipes, alguns eventos culturais diferenciadores e os projetos de juntas de freguesia e do executivo municipal para os próximos anos. A revista vita é um projeto editorial apostado em divulgar as dinâmicas, as propostas estruturais, as potencialidades económicas, sociais, culturais, desportivas e associativas não esquecendo, naturalmente, as pessoas e o papel fulcral dos oliveirenses na construção e na afirmação do nosso concelho. Joaquim Jorge Ferreira Presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis
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DESENVOLVIMENTO E QUALIDADE DE VIDA A melhoria da rede viária, a eficiência energética e o alargamento das redes de abastecimento de água e saneamento são áreas prioritárias para o desenvolvimento do município. Estão em marcha importantes e avultados investimentos fundamentais para aumentar a qualidade de vida dos oliveirenses.
Ao longo deste ano os oliveirenses começaram a sentir melhorias na rede viária. E se 2018 fica marcado por uma intervenção profunda a este nível, o investimento no próximo ano será reforçado visando dar mais segurança, conforto e fluidez à malha viária do concelho, com ênfase na interligação entre freguesias. O objetivo é criar uma boa rede viária dando respostas às necessidades sentidas, quer nas freguesias, quer na própria cidade. O trabalho feito nos primeiros 12 meses de mandato vai prosseguir em 2019, com forte investimento. No último ano foram realizados várias intervenções: por administração direta foram investidos 400 mil euros, a que se juntou mais 180 mil euros, por concurso público, verbas que permitiram efetuar alargamentos e repavimentações em dezenas de ruas das freguesias mas também intervir na área urbana, com enfoque nas rotundas da cidade. Um outro concurso, no valor de 200 mil euros,
a lançar até final do ano, vai possibilitar a requalificação de algumas vias estruturais no concelho: a reabilitação da rua do Mosteiro, na freguesia de Cucujães, e da rua José Bento Pereira, na freguesia de Ossela. Serão ainda requalificadas, em Santiago de Riba Ul, as ruas José Maria Pinto, Nossa Senhora da Nazaré, Visconde de Santiago e Nossa Senhora da Luz. Além destes locais a requalificação de vias estender-se-á, em 2019, às restantes freguesias melhorando a circulação automóvel e a segurança dos automobilistas. Uma nova via, o troço 5 da via circular interna entre a rotunda do antigo supermercado “Carpan” e a rua Ator Alfredo Ferreira da Silva, abriu ao trânsito resolvendo os problemas de circulação automóvel em especial no acesso à parte poente do concelho. Com uma ligação mais rápida e segura, o novo troço de 166 metros beneficiou as freguesias de Santiago de Riba Ul, Madaíl e São Martinho da Gândara bem como facilitou o acesso à zona industrial.
A intervenção na rede viária ficou mais facilitada com a aquisição de uma nova máquina para tapar buracos, alterando o paradigma da reparação das vias no concelho. A máquina é inovadora fazendo a reparação a quente, por projeção da massa asfáltica e sem o uso do tradicional cilindro ou placa compactadora. Outra vantagem é a durabilidade da reparação. O município é o terceiro concelho do país, a seguir a Lousada e a Paços de Ferreira, a adquirir este tipo de equipamento. Uma outra prioridade é a segurança dos peões no centro da cidade. Entre as alterações a introduzir destaca-se a proibição de estacionar junto às passadeiras, a melhoria da sinalética, a erradicação de pontos negros no que se refere à mobilidade.
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POUPAR E SERMOS AMIGOS DO AMBIENTE As questões energéticas têm estado no centro das atenções e têm sido implementadas medidas de poupança racional e inteligente. É o que se passa, por exemplo, com a eficiência nos custos de energia dos edifícios municipais e com a rede pública de iluminação onde as antigas luminárias (de vapor mercúrio) continuam a ser substituídas por tecnologia LED com o objetivo de reduzir custos. Em março de 2019 terão sido substituídas 1574 luminárias num investimento total de 253.684€, comparticipado por fundos comunitários. Estes investimentos refletem-se numa poupança na fatura de iluminação pública. Os números são elucidativos: ao fim de 12 anos a autarquia conseguirá uma poupança de 1 milhão de euros. Mas as vantagens serão, também, evidentes do ponto de vista ambiental já que a substituição das luminárias por outras mais amigas do ambiente permitirá uma redução anual de 203 toneladas de emissão de dióxido de carbono
(CO2) para a atmosfera. A eficiência energética far-se-á sentir igualmente na piscina municipal. Este equipamento sofrerá melhorias a este nível bem como em termos de sustentabilidade ambiental e económica. O investimento total previsto, financiado por fundos comunitários, é de 346 mil euros e envolve a introdução de sistema fotovoltaico de auto produção, substituição da iluminação por tecnologia LED, isolamento na cobertura da nave, cobertura do plano de água e substituição dos grupos circuladores por equipamento de alta eficiência de última geração. Tudo isto permitirá uma poupança energética anual superior a 46 mil euros e a redução anual de 111 toneladas de emissões de CO2.
“CASA” NOVA PARA PRESERVAR A MEMÓRIA Preservar a memória e a história coletiva é uma prioridade pelo que ela representa, do ponto de vista da identidade social e cultural, de uma sociedade. Em Oliveira de Azeméis preserva-se a história e criam-se condições para que não se perca. O município requalificou o pavilhão Cipriano Martins, um edifício amplo utilizado pela autarquia para arquivo central. A substituição do telhado por uma nova cobertura deu outra dignidade ao imóvel, assegurando os requisitos fundamentais para o armazenamento e conservação de documentos face ao perigo que constituíam as infiltrações de água e ao estado degradado das instalações.
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MAIS ÁGUA E SANEAMENTO Estão em curso um conjunto de investimentos nas redes de água e saneamento. Entre eles, pela sua importância ambiental, destaca-se a construção da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Ul pela Indaqua, empresa responsável pela concessão do abastecimento de água e recolha, tratamento e rejeição de águas residuais. Desta obra, no valor de 2,5 milhões de euros, sairão beneficiados 23.800 habitantes das freguesias de Oliveira de Azeméis, Macinhata da Seixa e Ul que verão subir para taxas consideráveis a cobertura da rede de saneamento com destino final adequado. Com a construção da ETAR, essa cobertura passará de 8,3% para os 65,45% na freguesia de Oliveira de Azeméis e para os 49,73% e 21,58% nas freguesias de Ul e Macinhata da Seixa, respetivamente. Este investimento, aliado ao alargamento da rede de água impulsionado pelo atual executivo, é mais uma resposta a um problema sério - o saneamento - com que se defronta a população mas que deixa o município ainda longe das metas do Plano Estratégico de Abastecimento de Água e Saneamento de Águas Residuais. Mesmo assim o esforço é enorme para alterar o quadro atual ainda que a resolução do
problema exija avultados investimentos que poderão passar pela ajuda do Poder Central. A autarquia tem vindo a sensibilizar a tutela para esta questão, reclamando maior investimento da Administração Central para que o município veja reconhecido o contributo que dá para a economia nacional e para o Produto Interno Bruto. Mesmo assim o esforço é enorme para alterar o quadro atual. No setor da água executaram-se já algumas obras em várias freguesias e outras estão prestes a arrancar, é o caso da rede de abastecimento a partir do reservatório R17 e o prolongamento da rede do R24 abrangendo as freguesias de São Martinho da Gândara, Madaíl, Ul e parte da freguesia de Travanca. Esta obra representa um investimento de 1,9 milhões de euros e quando ficar concluída colocará as freguesias de Madaíl e São Martinho da Gândara com taxa de cobertura de cem por cento. Em Travanca e Ul as taxas subirão para os 36% e os 81%, respetivamente. O aumento da rede de abastecimento de água é uma aposta do atual executivo com o objetivo de aumentar a atual taxa de cobertura que se situa na ordem dos 70 por cento. Na freguesia de Cucujães a rede de água foi igualmente ampliada depois de um investimento superior a 400 mil euros, contribuindo para que
a atual taxa de cobertura se situe nos 80 por cento. O aumento da rede é uma aposta do executivo com o objetivo de levar a água a casa de todos os oliveirenses.
FIM ÀS RENDAS A poupança racional vai prosseguir, com reflexos positivos nas contas do município. Parte significativa da redução de gastos vai passar pela transferência de serviços a funcionar em espaços arrendados para edifícios que vão ser requalificados pela autarquia. O objetivo é reduzir as rendas que o município paga mensalmente em 17 espaços e que custam 400 mil euros anuais. Este montante é financeiramente insustentável pelo que se vai avançar em 2019 com a requalificação de três edifícios – onde funcionaram as Finanças, o antigo centro de saúde e a antiga escola Bento Carqueja – para ali albergar, concluídas as obras, serviços que funcionam, há muitos anos, em espaços alugados. Só o antigo centro de saúde, adquirido ao Ministério da Saúde, vai permitir poupar cerca
de 100 mil euros de renda por ano. Estes são bons exemplos não só quanto à eficiência na gestão de recursos financeiros, mas também quanto à gestão dos recursos da autarquia, dando mais dignidade às condições físicas de trabalho aos colaboradores.
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PONTOS DE ÁGUA REFORÇAM REDE DE DEFESA DA FLORESTA O concelho possui uma grande mancha florestal que exige cuidados especiais, em linha com o que acontece com os congéneres que compõem a Associação de Municípios Terras de Santa Maria onde mais de 50% da área geográfica total corresponde a floresta. Este número justifica a necessidade de organização e infraestruturação dos espaços florestais, quer na requalificação de pontos de água, quer na construção de novas estruturas. O objetivo é reforçar a rede de defesa da floresta que facilite o combate aos incêndios, permitindo uma resposta rápida e segura dos operacionais. Ao longo do último verão foram investidos mais de 100 mil euros que visaram a intervenção em
LIMPEZA URBANA REFORÇADA COM AQUISIÇÃO DE ASPIRADOR ELÉTRICO A Câmara Municipal adquiriu um aspirador urbano elétrico que vem reforçar a limpeza e higiene urbana. O aparelho vem aumentar a eficiência dos trabalhos de limpeza das ruas, espaços verdes e locais públicos com ganhos ambientais tanto ao nível do ruído como de emissões poluentes para a atmosfera. “Esta é mais uma solução ecológica e eficaz no âmbito das nossas políticas ambientais e que irá melhorar a limpeza da cidade melhorando a paisagem urbana”, afirma o presidente da Câmara, Joaquim Jorge. O equipamento, moderno, silencioso e com elevado poder de aspiração, é uma resposta mais eficaz em termos de varredura urbana e a sua aquisição representou um investimento de 18.757 euros, comparticipado pelo Fundo Ambiental.
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cinco pontos de água e reforço da capacidade de reserva das estruturas da Minhoteira e do Pedregulhal. A defesa da floresta tem passado também pela gestão de combustível (limpeza de terrenos) com o objetivo de reduzir a deflagração e propagação dos incêndios e pela melhoria de acessos florestais com históricos de fogos rurais, com o apoio financeiro do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR).
AMBIENTE
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FONTES DA CIDADE MAIS ENERGÉTICAS E AMBIENTAIS Ao fim de mais de seis meses sem água, as principais fontes da cidade voltaram a ganhar vida surgindo com “cara” renovada e dotadas de equipamentos energéticos mais eficientes que vieram diminuir a fatura energética mensal e evitar significativas perdas de água da rede pública. Através de soluções económicas e ambientais a autarquia decidiu acabar com o que chamou de “desperdício do erário público” que se verificava nas fontes do largo Luís de Camões, na rotunda do monumento ao bombeiro e na Praça José da Costa. Um investimento superior a 50 mil euros abriu caminho a uma poupança substancial de água naqueles equipamentos que chegava a totalizar 80 000 euros anuais. I
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CONCELHO EM NÚMEROS Um concelho rico, diversificado, empreendedor e cheio de história. Oliveira de Azeméis é tudo isto, uma realidade económica e cultural onde diariamente se projeta o futuro. É uma cidade integrada na Área Metropolitana do Porto, sede de município constituído por 19 freguesias, das quais 12 em união. Possui uma área geográfica de 163,41 km2 e cerca de 67 mil habitantes. Historicamente, Oliveira de Azeméis tem presença humana confirmada nos castros de Ul e Ossela e foi ponto de paragem das vias romanas de Conimbriga-Porto e Braga-Lisboa. Hoje afirma-se no contexto regional e nacional em várias áreas, sobressaindo a sua capacidade empresarial e exportadora em setores importantes da economia portuguesa. É terra do escritor Ferreira de Castro, uma das maiores figuras da literatura portuguesa do século XX mas também é terra de ancestrais moinhos de água usados para a moagem de cereais, de importante património histórico-cultural, de belos recantos naturais como o parque La Salette e de uma variada gastronomia.
O concelho apresenta uma densidade populacional bastante elevada em relação aos valores de Portugal e da NUT3 a que pertence. Destaca-se a capacidade de atração das freguesias centrais do concelho – Oliveira de Azeméis e Vila de Cucujães. Nestas duas freguesias concentra-se cerca de 30% da população total do concelho.
Com uma área de 163,16 Km2 e uma população total de 66.496 habitantes em 2016, sendo 31.774 Homens e 34.772 Mulheres, o Concelho apresenta uma densidade populacional de 412,8 hab/ Km2, valor bastante elevado se tivermos em consideração os valores para Portugal (118,8 hab/km2), para a Região Norte (162,4 hab/km2) e até para a densamente povoada AM Porto (842,1 hab/km2).
Em 2017, 7.198 empresas/entidades empregavam mais de 27.926 trabalhadores, gerando um volume de negócios superior a 2 milhões de euros. É possível identificar no concelho cinco grandes grupos de atividades associadas à indústria transformadora: • Têxtil, vestuário e couro, incluindo fabrico de calçado - 47,3%; • Metalomecânica 23%; • Fabrico de artigos de matéria plástica e de produtos de borracha 5,5%; • Alimentar 8%; • Madeira, cortiça e mobiliário 3,6%; O fabrico de calçado e seus componentes, emprega mais de 1/4 da totalidade dos trabalhadores que aqui exercem a sua atividade.
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Em 2016, de acordo com dados publicados pelo IAPMEI, 28 empresas foram distinguidas com o estatuto PME Excelência por se evidenciarem pelos seus melhores desempenhos no universo das 95 PME Líder nos vários setores de atividade.
A FACE DE UM CONCELHO EMPREENDEDOR Mercado de Trabalho 2018 (nº inscritos no IEFP - INE, 2018)
Nº Empresas na Indústria Transforma na AMP
1589
(MOA, 2018)
1534
2032 | Santa Maria da Feira 2000
963
1475
626
1453
930
V. N. Gaia | 1746
879 876
604
596
1350
577
804
1257
546
1212
1250 | Gondomar 1216 | Paredes
Oliveira de Azeméis | 1217 Porto | 1103
898 | Maia
655
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
522
506
1000
Santo Tirso | 877
735
1147 706
Junho
492
Julho
Agosto
758 | Matosinhos
Valongo | 710
573 | Vila do Conde
Trofa | 570
442 | Póvoa do Varzim Vale de Cambra | 347
321 | São João da Madeira
Arouca | 242
199 | Espinho
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A resiliência, a inovação, a investigação e o empreendedorismo fazem parte do ADN dos oliveirenses. A estas características junta-se ainda a sua visão estratégica e a vontade de vencer os desafios do futuro. A classe empresarial é o exemplo de tudo isto e a mola impulsionadora para ser um concelho empreendedor, competitivo, gerador de riqueza e apetecível para investir. As unidades de ensino e de formação profissional são um aliado importante nesta afirmação nos contextos regional, nacional e internacional. A indústria transformadora tem um forte peso na estrutura económica do concelho. Só neste I
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setor trabalham mais de 16 mil trabalhadores, o equivalente a cerca de 60% da mão-de-obra da população ativa. Tem relevância o fabrico do calçado mas também a metalomecânica (onde se insere o importante setor dos moldes) e a indústria da injeção de plásticos virada para a indústria automóvel. Já nas exportações para a União Europeia (EU) assegura também posições invejáveis: é o 2º concelho da região de Entre Douro e Vouga e o 7% na região Norte, entre 86 concelhos com volume de negócios superior a 500 milhões de euros. Para fora da EU, Oliveira de Azeméis é o 14º município mais exportador da região Norte.
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QUINTA DOS BORGES
Bem no centro de Oliveira de Azeméis existe uma quinta outrora residência de Júlio Borges Soares de Pinho e Maria Aldina Alegria. Uma residência rica onde nunca nada faltou… Um comerciante de artefactos pirotécnicos e uma antiga professora primária permaneciam ali durante os fins de semana, altura em que a quinta passou a ser conhecida pelo nome da família - Quinta dos Borges. Inicialmente era conhecida por quinta da Gandra, geograficamente bem localizada no lugar da Laje. O espaço era gerido por caseiros que diariamente e até à sua aposentação trataram da casa, do celeiro, dos anexos, dos currais…
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O avô Júlio adquiriu, na década de 40, terrenos com o objetivo de ali construir e passar bons momentos em família e fugir à rotina que diariamente viviam no Porto. Toda a quinta era cultivada e ali se viviam tradições, construíam-se memórias e sonhos. Os campos eram cultivados com a ajuda de 6 pares de bois e, ao longo da propriedade, era possível avistar jardins organizados onde as japoneiras, camélias e roseiras catalogadas faziam as delícias da avó. Os dois irmãos, Júlio e Manuel, recordam com mais saudade os tempos da pisa do vinho e a apanha da uva – as vindimas, as desfolhadas e o tratamento do gado.
Era na feira de Santo Amaro que o avô ia comprar o gado sempre que queria completar as 6 cabeças que gostava de manter. A Páscoa era comemorada na Quinta com toda a família. Havia a tradição de enfeitar os caminhos com pétalas das japoneiras e camélias para a entrada do padre. A quinta era a segunda ou terceira casa a ser visitada pelo Padre. Aqui, existia liberdade para tudo: andar na carroça de bois, percorrer a quinta de uma ponta à outra, participar nas colheitas, e muito mais.
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EDIFÍCIO DO ANTIGO C SAÚDE JÁ É DA AUT
CENTRO DE TARQUIA!
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COLABORADORES MUNICIPAIS ZAIDA COSTA Tesouraria
“Os 43 anos ao serviço deste Município têm sido enriquecedores do ponto de vista profissional e pessoal. Quando me aposentar, levo daqui a sensação do dever cumprido para com os munícipes, a razão de ser desta instituição.”
JOSÉ CORREIA Atendimento ao Munícipe
“Fui convidado a assumir a responsabilidade da Loja do Munícipe e apesar do peso que esta liderança acarreta senti que estava na hora de sair da minha zona de conforto e embarcar neste novo desafio. Tem sido uma aventura gratificante pois estamos em reformulação dos procedimentos o que torna o desafio ainda maior e mais aliciante.”
ANA BORRALHO Biblioteca Municipal Ferreira de Castro
“Trabalhar na Biblioteca Municipal tem sido um privilégio, considerando o espaço físico, o acervo documental, as atividades desenvolvidas e os colaboradores que a integram. O desafio, constante, é transformar este equipamento cultural num espaço, cada vez mais, atrativo indo sempre ao encontro das expetativas dos Munícipes, para que possam usufruir dele na sua plenitude.”
O edifício do antigo centro de saúde é finalmente propriedade da autarquia e dos oliveirenses. Dentro de poucos meses alguns serviços e respostas municipais ficarão ao dispor dos oliveirenses neste espaço requalificado, como por exemplo a Loja Ponto JA, o Centro de Línguas que funciona atualmente no Centro Comercial Rainha. A requalificação prevê a substituição do telhado de amianto e correção de problemas de infiltrações, a remodelação da instalação elétrica, novas instalações sanitárias, a execução de divisórias e pavimentos, pinturas, a instalação de um elevador. Esta relocalização de serviços, para além de oferecer melhores condições aos colaboradores da autarquia e aos utentes, permite também a poupança de mais de 100.000€ em rendas anuais.
CRISTINA MARTINS Centro Lúdico
“Trabalhar na Câmara Municipal continua ainda hoje a ser sem dúvida uma experiencia enriquecedora. O caminho não foi fácil, venho de um país com uma cultura diferente, mas a vontade de crescer, aprender e mostrar que sou capaz fez com que o esforço valesse a pena. Gosto muito do trabalho que faço, esforço-me diariamente para melhorar a nível profissional e poder prestar um melhor serviço.”
NUNO PEREIRA Arquivo Municipal
“Enquanto colaborador da Câmara Municipal, vejo com agrado a intenção do executivo de centralizar os serviços, bem como a tentativa de melhoria dos espaços e condições de trabalho dos funcionários.”
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PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA DE SÃO MARTINHO DA GÂNDARA
António Marques Que balanço faz do primeiro ano de mandato e de que forma têm sido ultrapassadas as dificuldades? Neste primeiro ano de mandato foi notória a mudança da relação entre a junta de freguesia e a câmara municipal, existe uma relação de maior proximidade e diálogo entre as duas instituições, que nos satisfaz bastante. Esta relação tem ajudado na resolução de alguns problemas, o que nos leva a fazer um balanço positivo deste primeiro ano de mandato, uma vez que realizamos algumas das obras que estavam previstas, no entanto, nunca nos sentimos totalmente satisfeitos, uma vez que as necessidades da freguesia são imensas e os meios humanos e financeiros são escassos para dar resposta a todas essas necessidades. Quanto às dificuldades, só são possíveis ser ultrapassadas, com a rigorosa gestão dos poucos meios que possuímos e da excelente relação que temos atualmente com a Câmara Municipal. Quais são as principais preocupações do executivo? Em que áreas se sentem mais as carências? A principal preocupação do executivo é sem dúvida alguma a falta de rede de abastecimento de água e saneamento. Esta é a principal lacuna da freguesia e que está com um atraso de décadas. Não são obras da responsabilidade da junta de freguesia, no entanto, sempre foi a nossa principal preocupação, razão pela qual temos pressionado desde de sempre a Câmara Municipal para a sua realização. Temos esperança que a rede de abastecimento de água fique concluída até ao final do ano de 2019, ficando a faltar a rede de saneamento. Mas a freguesia tem muitas mais carências, como por exemplo a requalificação da rede
viária, uma vez que se apresenta em algumas vias já com um elevado nível de degradação, a falta de sinalização de trânsito numa grande parte das vias, a necessidade de substituição das placas informativas e de toponímia, a construção de uma casa mortuária, e de um lar residencial sénior. Relativamente a esta última carência enunciada, não será da competência da junta de freguesia a sua construção, estando no entanto o executivo disponível para colaborar em tudo o que seja necessário para a sua realização, quer através da cedência do terreno para construção quer através da colaboração financeira conjuntamente com a Câmara Municipal. Que projetos espera realizar ou concluir até 2020? Os projetos que queria ver realizados até ao final de 2020, são a conclusão da rede de abastecimento de água e se possível o início do processo da rede de saneamento, claro está que estas obras não dependem da junta de freguesia mas sim do município. Quanto aos projetos que dependem da junta de freguesia em colaboração com a Câmara Municipal, gostaria de concluir até ao final de 2020 os alargamentos de vias que temos previsto, na Rua Quinta do Formal, Rua de Sá e Rua da Ínsua, podendo ainda surgir outros. Gostaria também de repavimentar as vias mais danificadas e pavimentar a Rua da Pedrinha. Gostaria ainda de iniciar e concluir a obra de construção da casa mortuária, tendo já o compromisso do município na atribuição de um subsídio de vinte e cinco mil euros para a sua construção, necessitando somente da cedência de terreno por parte da comissão fabriqueira para a sua construção.
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Que particularidades tem a freguesia que possam ser uma mais-valia para o desenvolvimento e a afirmação do município? A freguesia de S. Martinho da Gândara é tipicamente rural, possuindo lindíssimas paisagens e uma enorme quantidade de moinhos ao longo do rio negro que atravessa a freguesia, assim como algumas casas centenárias que são uma referência no concelho. Todos estes aspetos, conciliados com a criação de percursos pedestres, seriam importantes para o desenvolvimento turístico da freguesia e do concelho, até em conjunto com as outras freguesias que apresentam idênticas condições, podendo-se por exemplo, criar um percurso de maior dimensão que englobe 2 a 3 freguesias com possibilidade de paragem em alguns locais de referência.
O que mudou na sua vida desde que foi eleito? Desde que se é eleito muita coisa muda na nossa vida, deixa de haver tanta disponibilidade para a família, aumenta o trabalho e as preocupações com a resolução dos problemas, que deixam de ser só os nossos mas de toda a comunidade. Temos de estar disponíveis praticamente 24 horas por dia, pois a qualquer momento existe uma ocorrência à qual temos de dar resposta. A minha principal preocupação é a família, pois sei que muitas vezes fica prejudicada em prol da resolução dos problemas da junta de freguesia, mas também sei que compreende este meu gosto e paixão, apoiando-me sempre incondicionalmente.
O melhor da freguesia: As paisagens Preferência gastronómica: Robalo Grelhado O fim-de-semana ideal: Em repouso absoluto Oliveira de Azeméis: Orgulho A viagem de sonho: Maldivas A família: A minha paixão I
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PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA DE MACIEIRA DE SARNES
Florbela Silva Que balanço faz do primeiro ano de mandato e de que forma têm sido ultrapassadas as dificuldades? É um balanço razoável. Classifico-o assim porque houve muito trabalho realizado que não se vê. Concretizámos alguns objetivos em várias áreas mediante os poucos recursos que temos. Na área social implementámos uma medida de incentivo à natalidade com a atribuição do Cheque Bebé, no valor de 100€. Este apoio já contemplou oito bebés. Realizámos o passeio anual do idoso e em parceria com a assistente social Dr.ª Andreia iniciámos o atendimento mensal de ajuda às famílias. Fizemos duas recolhas de bens (roupas, calçado, louças e bens alimentares) para as populações vítimas dos incêndios do ano passado em Castelo de Paiva. Oferecemos os lanches aos idosos do clube sénior e realizámos com o Futebol Clube Macieirense um protocolo para o transporte deles. Promovemos o magusto com a catequese e os idosos e comparticipámos a deslocação das crianças na peregrinação a Fátima. Promovemos a Festa das Coletividades, implementámos a Feira na Aldeia e, em parceria com as associações, realizámos o desfile de Carnaval. Oferecemos troféus para o Grande Prémio de Atletismo, Concurso de Pesca da ARI e Dia da Coletividade, da Sociedade Columbófila. Aumentámos o subsídio anual às associações e contribuímos nas festas de Nossa Senhora do Livramento e Santa Eulália. Oferecemos materiais escolares e comparticipámos a ida das crianças à praia e a visitas de estudo. Estivemos presentes e atentos às reais necessidades das crianças. Este ano letivo temos mais alunos, aos quais foi oferecido os livros de fichas, a frequentar a escola. Na área ambiental decidimos não utilizar herbicida nas bermas e valetas porque preocupamo-nos com a saúde da população
bem como com a contaminação dos solos. O rápido crescimento das ervas e os poucos recursos humanos impediram termos, em simultâneo, todas as ruas da freguesia limpas. Realizámos uma ação de sensibilização, através de uma circular em todas as caixas de correio, para a limpeza dos terrenos na freguesia de forma a prevenir os incêndios. Efetuámos um estudo para a colocação de ecopontos e substituição dos que se encontram em mau estado bem como nova localização para outros. A colocação de lixo junto aos ecopontos e contentores é uma preocupação. Todas as semanas solicitamos aos funcionários a recolha de monos e lixos estando a ser realizada, neste âmbito, uma ação de sensibilização junto da população. A nível de obras estruturantes conseguimos a doação do terreno à entrada da freguesia, na Rua do Alto das Casas, onde concluímos a primeira fase da obra que foi a construção de um muro em pedra. Prevê-se para o próximo ano a conclusão da obra com o ajardinamento do espaço. Reunimos com proprietários da Rua dos Ingleses para a doação de terreno para o alargamento da via. Construímos um passeio no lugar da Pedra Branca e reparámos os passeios no Largo da Capela. Contactámos a Altice para a substituição da cabine telefónica no Largo da Capela e para colocar a funcionar o telefone da cabine da Pedra Branca. Concluímos o Bar no Campo do Viso. Adquirimos sinais de trânsito e começámos a cumprir o projeto de sinalização da freguesia. Todas estas ações foram executadas exclusivamente pela junta de freguesia. Quais são as principais preocupações do executivo? Em que áreas se sentem mais as carências?
As nossas preocupações são várias e sentimos carências em todas as áreas. Precisamos de atrair investimento a nível industrial, imobiliário e viário. A junção destes fatores atrairia população a Macieira de Sarnes. A criação de uma área industrial, nos limites com outras freguesias, seria o motor de arranque para que houvesse investimento imobiliário e daí maior procura habitacional na freguesia, a qual não dispõe de oferta imobiliária para quem quer viver aqui. Temos cada vez menos população e casas desabitadas. Aliado a tudo isto saliento a conservação da rede viária, que se encontra em péssimo estado. A abertura de novas ruas e o alargamento de outras potenciariam o investimento na freguesia. Temos o dever de pensar a médio e longo prazo e não só para o imediato, com medidas do desenrasca. Que projetos espera realizar ou concluir até 2020? Espero realizar tudo o que nos propusemos fazer. As decisões para a nossa terra têm de ser tomadas em conjunto e não em gabinetes. Não tenho dúvida de que concretizaremos os projetos que forem financeiramente viáveis para o executivo da freguesia. Já os que terão obrigatoriamente de ter o apoio da Câmara Municipal não sei, como por exemplo a ampliação da capela mortuária, o muro da Quinta do Miranda, entre outros. Ainda não percebemos quais as prioridades do executivo camarário para a freguesia de Macieira de Sarnes.
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Que particularidades tem a freguesia que possam ser uma mais-valia para o desenvolvimento e a afirmação do município? Penso que temos um enorme potencial a nível geográfico. Se, por um lado, é uma fragilidade a aproximação a São João da Madeira, por outro lado, poderá ser uma vantagem. Temos de pensar o território e as potencialidades que o mesmo pode trazer, nomeadamente ao nível industrial. Estamos no limite de dois concelhos, com acessos ao IC2 e à autoestrada, fronteiriços com um histórico foco industrial que não tem mais por onde alargar. Penso que deveríamos ter visão e estratégia de forma a encararmos a freguesia como uma unidade potenciadora de crescimento e desenvolvimento. O que mudou na sua vida desde que foi eleita? Mudou o sentido de responsabilidade e as prioridades. Assumi um compromisso com a minha terra e as minhas gentes daí a minha prioridade ser Macieira de Sarnes.
O melhor da freguesia: As pessoas Preferência gastronómica: Peixe O fim-de-semana ideal: Passear em família Oliveira de Azeméis: Concelho A viagem de sonho: Grécia A família: O melhor de mim O melhor livro: “Cem anos de solidão” Gabriel Garcia Marquez O filme de eleição: Paixão de Shakespeare I
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DESENVOLVIMENTO
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CÂMARA MUNICIPAL DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS
VEREADOR COM PELOURO
VEREADORA COM PELOURO
Rui Luzes Cabral
Inês Lamego
rui.cabral@cm-oaz.pt
ines.lamego@cm-oaz.pt
VEREADOR COM PELOURO
VEREADORA COM PELOURO
helder.simoes@cm-oaz.pt
ana.jesus@cm-oaz.pt
VEREADOR SEM PELOURO
VEREADORA SEM PELOURO
PRESIDENTE
Joaquim Jorge joaquim.jorge@cm-oaz.pt
Hélder Simões
Ana Jesus
Ricardo Tavares
Carla Rodrigues
ricardo.tavares@cm-oaz.pt
carla.rodrigues@cm-oaz.pt
VEREADOR SEM PELOURO
VEREADOR SEM PELOURO
rui.lopes@cm-oaz.pt
jose.campos@cm-oaz.pt
Rui Lopes
José Campos
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS 1º SECRETÁRIO Manuel José Tavares Soares
2ª SECRETÁRIA Maria Isabel Santos Barbosa
MEMBROS
PRESIDENTE
Helena Santos am.azemeis@cm-oaz.pt
Bruno Armando Aragão Henriques
Ana Maria Ferreira Alves da Silva Neves
Luís Filipe Moreira S. Bastos Oliveira
Fernando Manuel Gomes País Ferreira
Bruno Miguel Silva Costa
José Filipe da Silva Carvalho
José Manuel Marques Ribeiro
António IlÍdio Martins Godinho
Raquel Marília Tavares Faria
Bruno Moreira Rodrigues
Rui Jorge Duarte Rios Santos Rocha
Liliana Marisa Pinto da Silva
Pedro Luís Paiva Dias
Jorge Paulo de Melo Pereira
Márcia Oliveira Gomes João Pedro Santos Costa Carla Sofia Silva Brandão Nuno Miguel Soares Jesus Rosa Maria de Castro Rodrigues Carlos Manuel Costa Gomes Albino Valente Martins Helga Alexandra Freire Correia António Luís da Fonseca e Grifo Domingos Baltar Ferreira de Oliveira
Gestão Inteligente O capital humano é o ativo mais valioso de cada concelho. É para as pessoas que todo o sistema se prepara, planeia, adapta e readapta, organiza, cria e se implementa. É com visão estratégica, atitude ágil e assertiva que se consegue iniciar aquilo que é a utopia para muitos: smart citie ou cidade inteligente! Pretende-se para Oliveira de Azeméis, o melhor. Oliveira de Azeméis, com todas as suas necessidades, certamente será um concelho onde é possível pensar-se num conjunto de fatores capazes de otimizar e colocar a nossa
eficiência ao mais alto nível. É preciso, portanto... trabalhar, investigar, estudar todas as variáveis, todas as possibilidades e consciencializar a população de que conseguimos e estamos à altura de chegar mais longe. O envolvimento de todos é crucial para a evolução que marca o desenvolvimento do nosso concelho. Todos juntos conseguiremos fazer de Oliveira de Azeméis um concelho melhor.
I
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DESENVOLVIMENTO
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JUNTAS E ASSEMBL
SÃO ROQUE Nº HABITANTES 5.228* ÁREA 7,05 km2 HORÁRIO 2ª » 6ª | 9h »
e 14h30 » 18h
12h30
ASSEMBLEIA DE FREGUESIA JUNTA DE FREGUESIA PRESIDENTE
PRESIDENTE
Carla Carvalho
Bernardo Simões
1º SECRETÁRIO
256 871 275 geral@jf-vsroque.pt www.jf-vsroque.pt
2ª SECRETÁRIA
SECRETÁRIA
Teresa Xará
TESOUREIRO
Vitor Andrade
Leonardo Santos Marlene Ferreira MEMBROS
Carlos de Almeida Cláudia Silva Nuno Pires Manuel Ângelo Silva Clarinda Estrela Célia Maria Sá
CUCUJÃES Nº HABITANTES 10.705* ÁREA 10,42 km2 HORÁRIO 2ª » 6ª | 9h » 12h30
e 14h » 16h
Cucujães
ASSEMBLEIA DE FREGUESIA JUNTA DE FREGUESIA PRESIDENTE
PRESIDENTE
António Gomes
Simão Godinho
1º SECRETÁRIO
256 890 210 geral@jfcucujaes.pt www.jfcucujaes.pt
2ª SECRETÁRIA
SECRETÁRIA
Ana Susana Fonseca
TESOUREIRO
Almiro Almeida VOGAIS
Olga Freitas Joaquim Costa
Sã
Mário Leite
Maria Orlanda Bastos MEMBROS
Paulo Neto Jorge Ascenção Sónia Oliveira António Nogueira Fernando Santos Maria Margarida Santos Gracinda Leal António Ferreira Ana Margarida Amorim António Lopes
São Martinho da Gândara
Santiago de Riba-Ul
Olivei Azem Madail
M d
Ul
SÃO MARTINHO DA GÂNDARA Nº HABITANTES 1.985* ÁREA 8,13 km2 HORÁRIO 2ª » 6ª | 9h »
12h30 e 13h30 » 17h15
Travanca Loureiro
ASSEMBLEIA DE FREGUESIA JUNTA DE FREGUESIA PRESIDENTE
PRESIDENTE
Teresa Oliveira
António Silva
1ª SECRETÁRIA
256 687 920 geral@fsmgandara.pt www.fsmgandara.pt
2º SECRETÁRIO
SECRETÁRIO
Fernando Lopes
TESOUREIRA
Álvaro Silva
Ana Almeida
Pinheiro da Bemposta
Américo Neves MEMBROS
Manuel Lopes Rogério Silva Emília Oliveira Paulo Santos Celina Costa Teresa Leite
*INE, 2011
LEIAS DE FREGUESIA
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NOGUEIRA DO CRAVO, PINDELO Nº HABITANTES 5.390* ÁREA 12,54 km2 HORÁRIO 2ª » 6ª | 9h »
13h e
14h » 18h ASSEMBLEIA DE FREGUESIA JUNTA DE FREGUESIA PRESIDENTE
Fajões
Cesar
Manuel Rebelo 256 866 128 info@nogueiradocravoepindelo.pt secretaria@nogueiradocravoepindelo.pt www.nogueiradocravoepindelo.pt SECRETÁRIO
Macieira de Sarnes
José Almeida TESOUREIRA
Anabela Gama Nogueira do Cravo
Carregosa
PRESIDENTE
André Pinho 1º SECRETÁRIO
Ricardo Rocha 2º SECRETÁRIO
José Sousa MEMBROS
Ricardo Sá Gaspar Almeida Arlete Andrade Pedro Cardoso António Campos João Santos
OLIVEIRA DE AZEMÉIS, SANTIAGO DE RIBA-UL, MACINHATA DA SEIXA, MADAIL E UL
ão Roque
Nº HABITANTES 20.761* ÁREA 25,95 km2 HORÁRIO 2ª » 6ª | 9h » 17h30
Pindelo
ASSEMBLEIA DE FREGUESIA JUNTA DE FREGUESIA PRESIDENTE
ira de méis
1ª SECRETÁRIA
256 674 181 geral@ufoaz.pt
2º SECRETÁRIO
João Castro TESOUREIRO
Adriano Pinto VOGAIS
Ossela
Maria de Fátima Ferreira
Manuel Alberto Pereira
SECRETÁRIO
Macinhata da Seixa
PRESIDENTE
Ana Paula Tavares Sara Oliveira
Maria Madalena Brandão Ângelo Henriques MEMBROS
Ricardo Gaspar Luís Monteiro Marisa Gomes Manuel Silva António Rosa Freddy Silva Cláudia Oliveira José Pinto Mário Cunha José Andrade
OSSELA Nº HABITANTES 2.208 ÁREA 17,89 km2 HORÁRIO 2ª » 6ª | 9h
14h » 18h Sábado | 10h » 12h
» 12h e
ASSEMBLEIA DE FREGUESIA JUNTA DE FREGUESIA PRESIDENTE
Palmaz
José Rego
José Santos
1ª SECRETÁRIA
256 484 885 geral@jf-ossela.pt www.jf-ossela.pt
2º SECRETÁRIO
SECRETÁRIA
Sílvia Martins TESOUREIRO
António Gomes
I
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PRESIDENTE
Fernanda Valente Joaquim Gomes MEMBROS
Adelino Fazenda Leonel Castro Célia Rodrigues António Garcês Paulo Silva Alberto Silva
DESENVOLVIMENTO
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DESENVOLVIMENTO
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JUNTAS E ASSEMBL
CESAR Nº HABITANTES 3.166* ÁREA 5,43 km2 HORÁRIO 2ª » 6ª | 14h
» 19h
ASSEMBLEIA DE FREGUESIA JUNTA DE FREGUESIA PRESIDENTE
PRESIDENTE
Aníbal Campos
Augusto Moreira
1º SECRETÁRIO
256 852 246 junta.cesar@outlook.pt www.jfcesar.pt
2ª SECRETÁRIA
SECRETÁRIO
Manuel Silva TESOUREIRO
Pedro Barbosa
Ricardo Oliveira Mª Clara Resende MEMBROS
Ana Filipa Oliveira Ângelo Silva José Augusto Santos Lizete Paiva Manuel Machado Maria Clara Lopes Maria Rosa Alves Ricardo Oliveira
MACIEIRA DE SARNES Nº HABITANTES 1.925* ÁREA 3,87 km2 HORÁRIO 2ª » 6ª | 9h »
Cucujães
Sã
12h e 13h » 16h30 ~ 3ª e 5ª | 20h30 » 21h30 ASSEMBLEIA DE FREGUESIA
JUNTA DE FREGUESIA PRESIDENTE
PRESIDENTE
Fermino Santos
Florbela Silva
1ª SECRETÁRIA
256 834 861 jfmsms@gmail.com www.freguesiademacieradesarnes.pt
2º SECRETÁRIO
SECRETÁRIO
Nuno Rocha TESOUREIRO
João Silva
Joaquina Santos
São Martinho da Gândara
Santiago de Riba-Ul
Olivei Azem
Celestino Santos MEMBROS
Madail
Carla Freitas Manuel Pinho Susana Pinho Fernando Barata António Almeida Raquel Faria
M d
Ul
LOUREIRO Nº HABITANTES 3.531 ÁREA 17,13 km2 HORÁRIO 2ª » 6ª | 9h
» 12h e 13h30 » 16h ~ 3ª | 20h » 21h 1º sábado do mês | 10h » 12h
Travanca Loureiro
ASSEMBLEIA DE FREGUESIA JUNTA DE FREGUESIA PRESIDENTE
PRESIDENTE
Jorge Resende
José Queirós
1ª SECRETÁRIA
256 692 000 junta.freg.loureiro@sapo.pt www.junta-freg-loureiro.com
2º SECRETÁRIO
SECRETÁRIA
Susana Silva TESOUREIRO
Sérgio Santos
Anabela Silva
Pinheiro da Bemposta
Hector Pinho MEMBROS
Sara Ferreira Belmiro Rosa Fernando Silva António Silva Elsa Castro Carlos Marques
*INE, 2011
LEIAS DE FREGUESIA
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FAJÕES Nº HABITANTES 3.087* ÁREA 8,12 km2 HORÁRIO 2ª » 6ª | 10h
e 14h » 18h
» 13h
ASSEMBLEIA DE FREGUESIA JUNTA DE FREGUESIA PRESIDENTE
Fajões
Cesar
1º SECRETÁRIO
256 851 522 geral@fajoes.jfreguesia.com www.fajoes.jfreguesia.com
2ª SECRETÁRIA
Cláudia Silva
Macieira de Sarnes
TESOUREIRO
José Lino Pina
Carregosa
Luís Amorim
Óscar Teixeira
SECRETÁRIA
Nogueira do Cravo
PRESIDENTE
Pedro Vieira
Luciana Correia MEMBROS
Anabela Pinho Carlos Soares Célio Oliveira Jorge Paiva Manuel Silva Ricardo Pina
CARREGOSA Nº HABITANTES 3.419* ÁREA 11,82 km2 HORÁRIO 2ª » 6ª | 14h
6ª | 20h » 21h
» 17h30
ASSEMBLEIA DE FREGUESIA
ão Roque
JUNTA DE FREGUESIA Pindelo
PRESIDENTE
Maria Helena Moreira
256 412 393 junta.carregosa@gmail.com geral@jf-carregosa.pt www.jf-carregosa.pt SECRETÁRIO
Diamantino Melo Almeida
ira de méis
TESOUREIRA
Constança Correia Melo
Macinhata da Seixa
PRESIDENTE
Vera Aguiar 1º SECRETÁRIO
Armando Marcelino 2º SECRETÁRIO
Daniel Tavares MEMBROS
José Correia Alípio Soares Marco Azevedo Ana Patrícia Almeida António Amorim Júlio Rodrigues
PINHEIRO DA BEMPOSTA, PALMAZ E TRAVANCA
Ossela
Nº HABITANTES 7.207* ÁREA 32,76 km2 HORÁRIO 2ª » 6ª | 9h »
12h30 e 14h » 17h30
ASSEMBLEIA DE FREGUESIA JUNTA DE FREGUESIA PRESIDENTE
Palmaz
PRESIDENTE
António Choupeiro
Susana Mortágua
1ª SECRETÁRIA
256 991 128 junta@pinheirodabemposta.com www.freguesia-pbemposta.pt
2ª SECRETÁRIA
SECRETÁRIO
Davide Oliveira
TESOUREIRA
Laura Tavares VOGAIS
Cláudia Costa Constantino Oliveira
I
Viver, Investir e Trabalhar em Azemeis
Ana Filipa Oliveira Cátia Monteiro MEMBROS
Josefa Tavares Manuel Murça Ricardo Gomes Hernâni Dias Adalberto Caçoilo João Vieira José Lourenço Isabel Quintela Manuel Soares Helena Oliveira
DESENVOLVIMENTO
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Quando um vale faz a diferença Oliveira de Azeméis afirma-se, cada vez mais, como um município integrador proporcionando oportunidades iguais a todos os oliveirenses. Desta forma atinge-se mais facilmente o sucesso e constrói-se uma comunidade unida e forte da qual todos saem a ganhar. Este desejo de bem-estar coletivo e de justiça está presente, de forma vincada, nas políticas educativas do executivo que este ano letivo atribuiu mais de três mil Vales-educação a alunos do 1º e 2º ciclo, num investimento superior a 90 mil euros. Pela primeira vez as famílias oliveirenses viram aliviados os gastos na compra de material escolar para os seus filhos, através do ValeEducação: um vale no valor de 30 euros para cada aluno adquirir, entre outros objetos, cadernos, lápis, esferográficas, borrachas, marcadores ou estojos. Os objetivos deste apoio são claros: 1) colocar todas as crianças em pé-de-igualdade, apoiando-as para atingirem o desejável aproveitamento; 2) melhorar ainda mais a qualidade de ensino e o sucesso escolar do concelho. O Vale-Educação resulta de um compromisso e é uma importante ajuda económica para os agregados familiares. O futuro do concelho está nas gerações que estamos a formar e no investimento que fazemos na Educação. Apostar na educação das nossas crianças vale a pena.
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As mais valias do Saber e da Formaçao A realidade económica do concelho exige uma permanente aproximação do ensino superior e profissional ao tecido empresarial e vice-versa. É neste casamento entre a indústria e os centros de saber que se alicerça o futuro do setor empresarial em toda a sua dimensão.
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Viver, Investir e Trabalhar em Azemeis
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ESAN, a escola do Futuro Quem chega pela primeira vez impressiona-se com a tranquilidade do espaço e a arquitetura do edifício que acolhe a Escola Superior Aveiro Norte (ESAN), uma unidade orgânica da Universidade de Aveiro (UA) instalada em Oliveira de Azeméis e dedicada ao ensino e à investigação. É dentro das paredes daquele moderno e inovador edifício que se aposta na formação e se pensa, prepara e projeta o futuro da indústria de uma das regiões mais industrializadas e exportadoras do país. A ESAN tem crescido sem parar, forma técnicos para os quadros intermédios da indústria, desenvolve soluções ao nível do design e do desenvolvimento do produto, aposta fortemente na investigação e é claramente um importante parceiro estratégico das empresas e do tecido socioeconómico. “Neste momento a escola está com uma dimensão adequada áquilo que são as necessidades do desenvolvimento do tecido empresarial, diz o seu diretor, Martinho Oliveira. O impacto da ESAN tem-se notado “ao nível da colocação dos alunos nas empresas e dos projetos de investigação que desenvolvemos” levando o seu responsável a afirmar que “temos dado um importante contributo para o desenvolvimento da região”. A criação da escola esteve ligada à necessidade de induzir no tecido industrial maiores
competências técnicas e conhecimento. Martinho Oliveira explica: “os estudos em que assentou a decisão de criar a escola apontavam para uma região com forte presença industrial, uma forte indústria transformadora e para pessoal que era aliciado muito cedo para trabalhar abandonando os estudos e apresentando carências em termos de conhecimento”. A leitura que faz hoje é de que “a relação da ESAN com o tecido empresarial tem sido muito frutífera”. Ao ficarem colocados nas empresas “os alunos têm contribuído para o desenvolvimento da região”. Não há desemprego na ESAN, ou seja, “todos os alunos conseguem emprego” e há muitos que “ainda durante a formação são aliciados para trabalharem nas empresas”. Com orgulho, o diretor da ESAN afirma que “temos alunos, inclusive, que escolhem a empresa e o local para onde querem ir trabalhar”. Mas as empresas continuam a sentir carência de formação e mão-de-obra? Martinho Oliveira diz que sim, “geralmente ao nível de quadros intermédios”, acrescentando que a escola “tem vindo sempre a readequar a sua formação às necessidades das indústrias”.
A ESAN “tem vindo a readequar a sua formação às necessidades das indústrias”
No que se refere à investigação a ESAN reparte esse trabalho pelo produto, pela tecnologia e pelo desenvolvimento de estudos visando um maior aprofundamento da região. “Temos um estudo em curso sobre as características macroeconómicas da região e em breve iniciaremos um outro estudo dedicado essencialmente à indústria metalomecânica e dos plásticos”, refere. Na área do produto a ESAN desenvolve vários projetos. Dois exemplos: a escola produziu o primeiro comando da box de televisão da Vodafone Portugal e foi responsável pela conceção do design e desenvolvimento do interior de ambulâncias produzidas por uma empresa da região no âmbito de um consórcio envolvendo o Instituto Nacional de Emergência Médica. Em mãos está um grande projeto com o grupo Simoldes na área do fabrico aditivo ao nível do fabrico de componentes para moldes. “Algo de ponta que se vai começar a fazer em Oliveira de Azeméis a nível mundial”. Além desta tecnologia, a escola aposta nas nano partículas, materiais que conferem propriedades excelentes nomeadamente do ponto de vista de desenvolvimento mecânico ou de eficiência térmica que é o que mais interessa à região. “Estamos com projetos onde estamos a começar a processar nano partículas para formulações, quer seja de matérias plásticas quer seja de moldes para aumentar a eficiência térmica, por exemplo no caso dos moldes para melhorar as propriedades mecânicas e o peso e, no caso das matérias plásticas, a densidade do material”. Isto mostra bem “o potencial da escola enquanto parceira da indústria e a apetência natural que a UA e a sua escola têm em ajudar ao desenvolvimento da região”.
Muita investigação e uma “Fábrica de Futuro” O volume de investigação em projetos é superior a 2,5 milhões de euros. A escola tem 12 pessoas a fazer só investigação e as instalações são já pequenas para exercer esta atividade levando a equacionar a instalação daquilo a que Martinho Oliveira chama “A Fábrica do Futuro”, um espaço de ensaios ligado exclusivamente à indústria para o desenvolvimento de soluções de futuro tanto ao nível do produto como do design e da tecnologia. “Esta é uma região de futuro que precisa deste tipo de apoio, resta-nos trabalhar e materializar esta infraestrutura física que seria muito útil para a região”. Além das empresas tradicionais, que continuarão a ter o seu espaço no futuro, o
diretor da ESAN realça a importância de surgir no concelho de Oliveira de Azeméis outro tipo de unidades abrindo espaço para as indústrias criativas e outras vertentes. “Há necessidade de criar condições para termos novas ideias de negócio” que ajudem a diversificar o panorama tecnológico da indústria oliveirense numa altura em que “a digitalização da economia está por todo o lado e em que se fala muito na indústria 4.0”. O responsável da ESAN explica que mesmo na indústria tradicional é necessário aquilo que ele defende há anos que é “mais inteligência no chão de fábrica”, sistemas mais automatizados, mais comunicação entre máquinas e entre as máquinas e as pessoas.
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NÚCLEO DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS
CENFIM
emprega 99% dos seus formandos na indústria metalomecânica É conhecida a relação muito próxima do Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica (CENFIM) ao tecido empresarial de Oliveira de Azeméis. Por várias razões, Teresa Bernardino, diretora do núcleo de Oliveira de Azeméis do CENFIM, explica essa aproximação pela “necessidade de mão-de-obra qualificada e especializada para satisfazer os altos níveis de rigor e exigência técnica” do elevado número de indústrias metalomecânicas existentes no concelho, dedicadas principalmente ao fabrico de moldes. A responsável do CENFIM constata que face ao crescimento industrial e à “emergência de novas e crescentes necessidades” a indústria dos moldes tem mantido uma “crescente interação com o Centro de Formação” reconhecendo que este tem uma importância determinante na formação de mão-de-obra qualificada para a indústria da região.
Contributo muito significativo na mão-de-obra qualificada
A indústria metalúrgica e metalomecânica necessita, a nível nacional, de 25 mil trabalhadores e Oliveira de Azeméis não é exceção “no que respeita à falta de mão-deobra qualificada”, diz Teresa Bernardino. “As empresas carecem de trabalhadores para praticamente todas as funções”, sublinha a diretora do CENFIM frisando que este organismo “é permanentemente confrontado com pedidos de empresas para colmatar as suas necessidades, em diferentes profissões do setor”.
A responsável salienta o contributo “muito significativo” do CENFIM na “quantidade e qualidade da mão-de-obra qualificada que colocamos no mercado de trabalho pese embora o facto de não conseguirmos dar resposta a todas as solicitações face à carência, no mercado, do tipo de profissionais que formamos”. Impõe-se saber que importância pode ter a qualificação profissional para a competitividade empresarial. Teresa Bernardino é clara quanto a esta matéria sublinhando que “a exigência na indústria metalúrgica e metalomecânica implica rapidez e flexibilidade para dar resposta aos diferentes desafios que se vão colocando, correspondendo às necessidades específicas dos clientes, muitas vezes de áreas de extremo rigor como é, por exemplo, o caso da indústria automóvel”. A responsável adverte que “a evolução tecnológica é permanente e cada vez mais intensa pelo que as capacidades de adaptação e atualização dos técnicos desta área são determinantes sendo fundamental que estes possuam formação de base e contínua que lhes permita acompanhar estes processos”.
Protocolos de formação com 410 empresas da região O CENFIM possui protocolos de formação em contexto de trabalho com cerca de 410 empresas da região em todas as modalidades de formação de longa duração (Aprendizagem, CET e EFA). Segundo Teresa Bernardino, o índice de empregabilidade de formandos ronda os 99%. I
Viver, Investir e Trabalhar em Azemeis
A nível de estágios o CENFIM tem a estagiar, anualmente, nas empresas da região cerca de 250 formandos (jovens e adultos) que no final do percurso formativo acabam por ficar a colaborar nas empresas onde estagiaram ou abraçam novos projetos no setor. Quanto ao futuro da indústria metalomecânica, a perspetiva de Teresa Bernardino é de que esta “demonstra sagacidade e espírito empreendedor” traduzindo-se numa “expansão generalizada” no que se refere ao número de empresas, tamanho, volume de negócios e capacidade tecnológica. Pelo que “a indústria metalomecânica continuará a ser o grande suporte económico do nosso concelho” e continuará a atualizar-se “apresentando uma imagem cada vez mais moderna ao nível dos equipamentos, tecnologias, infraestruturas e políticas de gestão humana”. Número de alunos que receberam formação desde a abertura do CENFIM, núcleo de Oliveira de Azeméis, há 31 anos Até 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Total*
Ações 1 236 85 53 71 71 66 85 66 1 733
Formandos
Horas de Formação
15 677 996 741 1 044 1 099 985 1 368 944 22 854
400 945 15 221 12 443 18 683 20 156 19 516 19 265 16 551 522 780
*Dados de 2018 ainda por apurar.
Volume de Formação 277 082 621 178 096 152 192 248 071 297 812 294 740 292 418 251 609 278 797 559
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Monitorização da satisfação dos estudantes
A Escola Superior de Saúde Norte da Cruz Vermelha Portuguesa (ESSNorteCVP) viu acreditadas este ano pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior duas novas licenciaturas. Os novos ciclos de estudos – osteopatia e acupuntura com quatro anos de duração e 240 créditos – vem consolidar o crescimento contínuo da instituição de ensino sedeada em Oliveira de Azeméis. A transformação da Escola Superior de Enfermagem em Escola Superior de Saúde veio permitir a ampliação da oferta formativa ao nível das licenciaturas e mestrados. As duas novas licenciaturas decorrem desse processo e enquadram-se naquelas que são as preocupações da Escola, a melhoria contínua da oferta formativa e a qualidade do ensino ministrado, às quais se acrescenta o aperfeiçoamento das qualificações do corpo docente. O diretor da instituição, Henrique Pereira, não tem dúvidas de que a ESSNorteCVP “é uma referência nacional onde o ensino e a formação em saúde se focam no desenvolvimento de competências profissionais centradas numa aprendizagem colaborativa para a prática profissional autónoma num contexto de permanente mudança das práticas em cuidados de saúde”. No seu dia-a-dia a instituição promove um “trabalho pedagógico, científico, de investigação e prestação de serviços à comunidade tendo em vista o desenvolvimento socioeconómico da região e da literacia em saúde”.
ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE NORTE É UMA REFERÊNCIA NACIONAL
No que se refere às taxas de sucesso escolar estas são elevadas situando-se nos 93% no último ano. A qualidade dos docentes e o apoio no processo de ensino-aprendizagem são as razões apontadas por Henrique Pereira para esse sucesso. Também importante é a avaliação da satisfação dos estudantes que é realizada. Trata-se de um indicador que é monitorizado pela Escola e que ajuda, segundo o seu diretor, a definir estratégias e oportunidades de melhoria da qualidade do ensino. A preocupação com os alunos e com os meios ao seu dispor vai mais longe: “ao mesmo tempo que desenvolvemos um ensino de proximidade introduzimos no processo as tecnologias educativas como forma de desenvolver nos estudantes essas competências e ajudá-los a lidar com estas ferramentas de apoio aos cuidados”, afirma Henrique Pereira. Este responsável enumera ainda a possibilidade que a escola dá aos alunos para darem continuidade aos seus estudos, quer ao nível da formação ao longo da vida, quer das especializações e pós-graduações. “Esta tem sido uma estratégia muito positiva que se tem traduzido por um elevado número de antigos estudantes a frequentar este tipo de formação”. Henrique Pereira realça o importante papel da instituição na transição dos diplomados para a vida ativa realçando o apoio e o acompanhamento que é feito nessa matéria. A escola “coloca-se numa posição privilegiada para procurar, de uma forma mais informada, as soluções que permitam aos diplomados iniciar o seu trajeto profissional”, diz.
A taxa de empregabilidade dos licenciados, aos seis meses, situa-se muito próximo dos 100 por cento. A investigação feita na Escola Superior está direcionada para a Resposta Humana ao processo de Saúde/Doença, Educação em Saúde, Saúde da Família e Comunidade, Sistemas e Tecnologias da Informação e Simulação. Atualmente estão em curso projetos na área dos cuidados, de temáticas transversais e de ensino e formação. No processo de internacionalização, a escola possui um conjunto vasto de parcerias com universidades estrangeiras com o objetivo de concretizar a mobilidade de estudantes, colaboradores e atividades de investigação. O apoio social aos estudantes é uma preocupação sendo assegurado através do suporte aos processos de candidatura à bolsa de estudo da Direção Geral do Ensino Superior, dos incentivos financeiros à formação contínua, da atribuição de bolsas de estudo, de bolsas para a internacionalização, de prémios de mérito e de alojamento.
Taxa de empregabilidade próxima dos 100 por cento
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SEGURO CÓMODO FÁCIL
O ESTACIONAMENTO NA SUA MÃO!
SEM PAPEL
SEM TROCOS
SEM PREOCUPAÇÕES
PAGAR O ESTACIONAMENTO SEM STRESS A pressa é inimiga da perfeição e as atribulações de um dia, seja de trabalho ou não, podem deixar-nos, por vezes, irritados ou à beira de um ataque de nervos. Imagine que não tem muito tempo ou não tem dinheiro à mão para pagar o estacionamento. Mantenha a calma porque pagar o estacionamento de superfície tornou-se fácil e seguro desde outubro deste ano. Pode fazêlo tranquilamente, sem ter que se deslocar a máquinas de pagamento e usar as tradicionais moedas ou notas. O que tem de fazer é apenas descarregar a aplicação iParque mobile para o seu smartphone, fazer o registo gratuito e carregar o seu saldo. Só terá vantagens em usar a aplicação pois trata-se de um sistema de pagamento mais justo, mais prático e mais acessível. Veja outros benefícios: pagamento ao minuto, ou seja, paga apenas o tempo em que esteve estacionado, I
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pagamento de tempo pré-definido com aviso do tempo de estacionamento a expirar, uso do valor carregado em qualquer altura e possibilidade de associar mais que um veículo ao mesmo registo. Importante: os tarifários não se alteraram com a entrada em vigor da aplicação iParque. Simplificamos a sua vida, a começar pelo estacionamento.
CONTACTOS 800 256 600 (nº verde) 256 600 600 estacionamento@cm-oaz.pt
DESENVOLVIMENTO
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O IMT E A META DE MELHORAR A INFORMAÇÃO AOS MUNÍCIPES
Quarenta lugares foi a subida no Índice Municipal de Transparência (IMT) relativo a 2018, um indicador que incide sobre a estrutura, o funcionamento e a gestão municipal. A última classificação do município na lista da Transparência e Integridade, a entidade portuguesa da rede ONG anti-corrupção Transparency International, posicionou a autarquia no 164º lugar aproximando-a mais perto das exigências do IMT para a elaboração do ranking. A subida na classificação revela uma melhoria na quantidade e qualidade de informação prestada aos cidadãos em várias áreas, desde a organização, composição social e funcionamento da autarquia, aos planos e relatórios, impostos, taxas, tarifas, preços e regulamentos, relação com a sociedade, transparência na contratação pública, transparência económico financeira e transparência na área do urbanismo.
EVENTOS COM ORÇAMENTOS MAIS BAIXOS
UM MILHÃO PARA AS FREGUESIAS A fatia financeira transferida em 2018 para as juntas de freguesia atingiu perto de um milhão de euros. O valor alcançado deveu-se ao reforço financeiro de 15% nas transferências para as juntas, uma decisão tomada pelo executivo municipal, para quem o aumento da autonomia e da capacidade daqueles órgãos é um objetivo estratégico. No final do ano os valores distribuídos totalizam 920 mil euros tendo ampliado a capacidade das juntas de freguesia de realizarem investimentos dos seus planos de atividade, necessários para aumentar a qualidade de vida das populações. As juntas de freguesia viram reforçadas as verbas, em 120 mil euros, no âmbito da delegação de competências. Oliveira de Azeméis quer assumir-se, cada vez mais, como um município com uma forte coesão social e territorial e desse processo fazem parte as freguesias.
O desenvolvimento de cada parcela do território concelhio passa também inevitavelmente pela ação das juntas de freguesia, agora mais capacitadas do ponto de vista financeiro.
PAGAR A TEMPO E HORAS
A Câmara Municipal trabalha para ser um município de boas contas, pagando a tempo e horas. O prazo médio de pagamento a fornecedores tem vindo a baixar e a meta é atingir um período inferior a 30 dias. A intenção de honrar os prazos de pagamento está bem patente na adesão do município à
Os principais eventos socioculturais realizados em 2018 custaram menos aos cofres do município. Relativamente a 2017, houve uma redução financeira de quase 50% na realização de eventos como o Mercado à Moda Antiga, FanZone e Noite Branca. A qualidade dos mesmos não caiu mostrando ser possível, com uma gestão rigorosa, oferecer aos oliveirenses boas programações com orçamentos inferiores e com grande impacto, arrastando para as ruas milhares de pessoas.
Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE). O compromisso demonstra a determinação do executivo em contribuir para inverter a situação que se vive no país onde, segundo dados da ACEGE, cerca de 44% dos pagamentos são feitos com atraso o que, por si, provoca impactos muito negativos na economia. A adesão ao Compromisso de Pagamento Pontual a Fornecedores da Associação Cristã de Empresários e Gestores atribui a responsabilidade na mudança de paradigma do pagamento a fornecedores, reforçando a competitividade da economia local.
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PARQUE DA CIDADE A qualidade de vida das cidades passa também pela existência de amplos espaços verdes onde as pessoas de todas as idades possam livremente estar, passear, praticar desporto, conviver. A afirmação e atratividade das cidades evidencia-se pela existência destes espaços. Para a câmara municipal o Parque da Cidade é um grande projeto assumido como desafio e compromisso prioritário.
A construção do futuro Parque da Cidade irá alargar a rede de manchas verdes existentes introduzindo novas valências mas preservando o património ambiental e histórico. O Parque é uma aposta essencial para o desenvolvimento do concelho tornando-o mais competitivo na oferta deste tipo de infraestruturas. A aquisição da Quinta dos Borges foi o primeiro passo para a concretização deste projeto em prol da comunidade.
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QUALIDADE DE VIDA
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ANO EUROPEU DO PATRIMÓNIO CULTURAL
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O Ano Europeu do Património Cultural, sob o lema «Património: onde o passado encontra o futuro», incentivou mais pessoas a descobrir e explorar o património cultural da Europa e reforçar o sentimento de pertença a um espaço europeu comum. E porque o património cultural influencia a nossa identidade e vida quotidiana, sendo fundamental preservá-lo e transmiti-lo às gerações futuras, Oliveira de Azeméis não ficou indiferente a esta temática e promoveu ao longo do ano diversas iniciativas. O município deu a conhecer o seu património através de visitas temáticas, de concertos em locais históricos e emblemáticos, da edição do número um da revista “Patrimónios de OAZ” e do livro-roteiro histórico da freguesia do Pinheiro da Bemposta, de Luís Melo Ferreira.
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O conjunto de iniciativas incluiu ainda a disponibilização do arquivo municipal digital destinado a divulgar e a facilitar o acesso ao vasto e rico património documental do município, assim como se assistiu à adesão à Rede Portuguesa de Arquivos. A nova plataforma disponível permite aceder a fotos antigas, atas de reuniões de Câmara e Assembleia Municipal, arquivos pessoais, de empresas e associações e um dos documentos mais antigos como o auto de Câmara de oito de agosto de 1830. Agora, todo o património do arquivo de Oliveira de Azeméis fica mais acessível a um cidadão português, europeu ou da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. A nível arqueológico o município procedeu a mais uma campanha de escavações no Castro de Ul e deu-se início no Castro de Recarei.
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FERREIRA DE CASTRO
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Do espólio destaca-se ainda o documento original da proposta de candidatura de Ferreira de Castro ao Prémio Nobel da Literatura. A casa do escritor, atualmente museu, encontra-se aberta ao público e pode ser visitada na Rua Escritor José Maria Ferreira de Castro, 3720-189 Ossela (GPS: 40.836983, -8.428547) Horário: As visitas estão sujeitas a marcação prévia. Contactos: Tel: (+351) 256 020 867 | Tlm: 92 7994397 E-mail: patrimonio.cultural@cm-oaz.pt URL: http://esan.web.ua.pt/FerreiradeCastro
Ferreira de Castro é o expoente máximo da literatura oliveirense, o maior escritor das terras de Azeméis com projeção nacional e internacional. Além da casa onde nasceu, parte do seu espólio encontra-se na biblioteca de Ossela, construída sob a orientação do próprio escritor, com o dinheiro que ganhou com o “Prémio Águia de Ouro Internacional”, em Nice, que distinguiu a sua obra. A biblioteca guarda boa parte do espólio do escritor, várias traduções das suas obras, livros da sua biblioteca pessoal, quadros oferecidos consagrados e, entre outros documentos, o manuscrito de “As Maravilhas Artísticas do Mundo”. Todo esse legado foi enriquecido com dezenas de fotografias, cartas e manuscritos que fazem parte do espólio obtido recentemente pela Câmara Municipal, em leilão. A aquisição veio enriquecer o património documental sobre um dos escritores mais importantes da literatura portuguesa do século XX e dos mais traduzidos do mundo. Do acervo adquirido constam 37 cartas manuscritas de teor literário, datadas entre 1947 e 1973, o texto original de 1971, a cópia do seu testamento, de 1974, 38 fotografias originais da exposição sobre os 50 anos da sua vida literária e um manuscrito de 24 folhas da sua entrevista ao “Jornal do Comércio”. I
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Olh’ó Mercado! As ruas do centro histórico transpiram cultura todos os anos no mês de maio. Dezenas de associações, de mãos dadas com a autarquia, põem em pé durante meses o maior cartaz cultural e turístico do concelho: o Mercado à Moda Antiga. Pelas ruas misturam-se milhares de visitantes, crianças, jovens e menos jovens, num encontro de gerações. Os mais velhos recordam profissões e costumes antigos e como era o mercado que se realizava há mais de um século na antiga Praça dos Vales, hoje jardim municipal. Aos mais novos ensina-se o que herdaram dos nossos antepassados, a cultura, hábitos e modos de vida.
Em 2019, o evento realizar-se-á nos dias 18 e 19 de maio.
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ESPANTALHOS REGRESSAM E COLOCAM O MUNICÍPIO NAS BOCAS DO MUNDO Foram muitas as centenas de espantalhos que coloriram a cidade e as freguesias no âmbito do 1º Festival de Espantalhos de Portugal Francisca OAZ. Passados meses sobre o fim da iniciativa, a grande impulsionadora do evento, Conceição Ferreira, revive ainda, a toda a hora, os meses da iniciativa que mobilizou à sua volta voluntários, coletividades, juntas de freguesias e população. O festival, como se queria, ultrapassou as fronteiras do concelho e de algumas regiões do país chegaram espanta-pássaros que se juntaram aos espantalhos confecionados com ternura e carinho durante semanas sem fim. A conhecida munícipe oliveirense não sabe fazer as coisas de outra maneira. Tudo o que faz é com muito amor, quem a conhece sabe que é assim. A forma emocionada como se refere à Francisca (a imagem do Festival) revela o seu profundo e inusitado afeto pelos espantalhos. Há 20 anos o Macinhata Espanta, que colocou o concelho no “Guiness Book” com a confeção
e exibição de 1.113 espantalhos, foi a mola impulsionadora para Conceição Ferreira. Com o apoio da autarquia, ressuscitar uma tradição da cultura oliveirense. O desafio parece ganho. O Festival foi um sucesso, a população aderiu espontaneamente, decorreram várias iniciativas paralelas, não faltaram turistas a tirar selfies e o nome de Oliveira de Azeméis foi projetado na imprensa e levado a todo o mundo através das redes sociais. O festival é para continuar, diz a autarquia que ambiciona dar cariz internacional ao evento. À semelhança do Macinhata Espanta o festival de espantalhos pretende identificar Oliveira de Azeméis como terra ligada aos espantalhos e colocar o município nas bocas do mundo.
“marca
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cultural
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De ano para ano foi crescendo em público e em espaço abrangendo atualmente toda a parte central da cidade. Hoje, a Noite Branca arrasta multidões, não só a população oliveirense mas também visitantes de outros concelhos que procuram viver uma noite diferente e única, em final de verão. Como no Mercado à Moda Antiga este é um evento onde se nota a força do associativismo e o seu poder organizativo. É também a demonstração do empenho do comércio e dos artesãos na dinamização do centro da cidade.
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CARACAS
50 anos AV ENIDA CINE | 19 47
Pelo cineteatro Caracas, a maior sala de espetáculos da cidade, já passaram grandes nomes da cultura nacional, da música e das artes. Em cinco décadas (cumpridas este ano) o Caracas divertiu muito público e foi o grande espaço de dinamização cultural do município. Em dezembro deste ano, este espaço está a um passo de entrar numa nova fase da sua vida com a requalificação das suas instalações, uma intervenção que está a ser trabalhada com o objetivo de oferecer aos oliveirenses um equipamento cultural moderno, funcional e com todas as condições de conforto e segurança. A Câmara Municipal comprou, em 2003, o Caracas e colocou-o ao serviço dos Oliveirenses. Hoje, a grande sala de espetáculos do município espera voltar a ser uma das melhores salas do país.
A passos la 50º anive Cineteatro
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Mandado construir por José Ferreira Pinto e projetado pelo arquiteto Gaspar Domingues, a 21 de dezembro de 1968, era inaugurado o Caracas, batizado com o nome da capital venezuelana, cidade onde o proprietário tinha estado emigrado. Equipado com o mais moderno equipamento de projeção e de som da época, e também um sistema de aquecimento e arrefecimento da sala, o Caracas, era uma sala moderna de espetáculos, para cinema, peças de teatro e espetáculos musicais. Na sua inauguração foi exibido um filme em estreia nacional, tornando-se um ponto de referência nas salas de espetáculos do país, atraindo público, agentes culturais e grandes nomes do meio artístico português.
AT UA LMEN TE
argos para o ersário do o Caracas I
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o Gom G
es Agostinho Gomes A VIDA...
Agostinho Gomes nasceu na freguesia de Cucujães, a 7 de janeiro de 1918 e faleceu a 11 de Julho de 1998 em Mafamude, Vila Nova de Gaia. Após a instrução primária e secundária, frequentou a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde concluiu a licenciatura em Filologia Românica e o curso de Ciências Pedagógicas, exercendo professorado em diversos estabelecimentos de ensino. Para além da colaboração em diversos jornais e revistas como autor literário, está integrado em diversas antologias e foi traduzido e objeto de críticas literárias em França, Bélgica e Espanha, tendo publicado vários livros e destacando-se como poeta.
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OBRAS
Flama, {Dois contistas – narradores por José Blanc de Portugal}, 30/08/63
“Desaportuguesar Portugal” [editorial), Jornal Cucujães, 20/10/83.
Poesia
Diálogo {Estante}, {sobre Ladeira por Mendonça Prada}, Out. 64
“Sob o signo da intranquilidade” [editorial), Jornal Cucujães, 5/11/83.
República das Letras e das Artes, {sobre As Sombras dos Dias por Alfredo Guisado}, 22/09/67
“Pequenos povos, Grandes lições” [editorial), Jornal Cucujães, 29/2/84.
Diário do Minho, {sobre Ladeira, Música do Silêncio e As Sombras dos Dias}, 25/10/67
“A mulher dos papéis”, Gaia Semanário, 24/6/87.
Ilha Verde, Ed. Nau, Porto, 1968
Diário do Minho, {Um romancista em novelas por Gualter Póvoas, pseudónimo de Francisco J.
“Pontos de ltica. À memória de Rosalia de Castro”, Brétema [J.N.G.), Dez. 87.
Galiza da Minha Ternura, Gaia, 1994
Veloso}, 19/02/68
“Ano Novo”, Brétema [J.N.G.), Fev. 1988.
Janela – e Rua e Mar ao Fundo, Artescrita, 2008
Diário de Notícias, {sobre Ilha Verde por Amândio César}, 31/10/68
“O Natal na Poesia Portuguesa”, Correio de Azeméis, 14/12/90
… da minha Saudade, Ed. Meio Dia, Porto, 1941 Ladeira, Ed. Gente Nova, Porto, 1945 Música do Silêncio, Coimbra, 1957 Ladeira, 2ª ed., Porto, 1964 As Sombras dos Dias, Ed. Nau, Porto, 1967
Criança Meu Amor Sempre, C. M. O. A., 2009
“Noite de Natal”, Correio de Azeméis, 24/12/84.
Quando a Poesia é Visita…, Porto, 2010
Faro de Vigo, {sobre Ilha Verde}, 13/04/69
Canas ao Vento e Canções do Mal-Amado, Porto, 2011
Artigos publicados na Imprensa
Obras sobre o Autor
“Sonata do alvorecer”, A Opinião, 1936.
Agostinho Gomes, vida literária (aos que depois de mim vierem), por Rosa Maria Oliveira, Ed.
Ficção
“Retalhos”, Voz de Portalegre, 1940.
Um Rio Separa os Homens, Coimbra, 1957
“Picuinhas … “, A Opinião, 22/9/1940.
Terra Abandonada, Porto, 1963
“Filhos da rua”, A Opinião, 10/11/40.
da C. M. de Oliveira de Azeméis, 2004 – para comemorar, o 5º ano do Concurso Nacional de
Os Vendedores de Pedras, Ed. C. M. V. N. G., 199
“Balanço dum ano lindo”, Estrela do Minho, 19/1/1941.
Poesia Agostinho Gomes, instituído pela Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis.
“Bisantinismos”, Estrela do Minho, 15/6/41. Ensaio Ferreira de Castro, o Homem, Separata do In Memoriam de Ferreira de Castro Gaia, 1984 Quando um Rio é Memória, Comunicação, in 1º Congresso do Rio Douro, Gaia, 1988 Cecília Meireles ou a Poesia Total, Conferência na A. J. H. L. Porto O Universo Poético de Alexandre Herculano, Conferência na Casa-Museu Teixeira Lopes, Gaia
“Notas sobre pedologia”, Estrela do Minho, 14/12/41.
Traduções
“Editoriais e traduções”, Diário de Coimbra, 10/1/1944.
Contos de C. F. Ramuz
“O Brasilismo na obra de Gonçalves Crespo”, A Voz de S. Tomé [Artes e Letras), 12/5/56. “Lanza Del Vasto”, A Voz de S. Tomé [Artes e Letras), 3/11/56. “Quando as Pedras falam”, Jornal Cucujães, 22/3/81.
Contos de Guy de Maupassant Proso-Poemas da Literatura Francesa Títulos inéditos Flores para um túmulo – Contos Os sinos de Baïgory – Poesia Ilha dos Amores (Madeira) – Poesia
Requiem por Um Discurso Poético…, Comunicação apresentada ao 1º Congresso de
“Quando as Fronteiras se Abatem”, Jornal Cucujães, 22/3/81.
Quando a poesia é visita – Poesia
Antropologia de Gaia
“Por terras galegas [Homenagem à Mulher Galega e Portuguesa)”, Jornal Cucujães, 22/7/81.
Père Lachaise – Poesia
Domingos Carvalho da Silva, um Poeta Ausente, Comunicação, no Primeiro Encontro dos Escritores de Gaia Recensões críticas na Imprensa Noticias d’Évora, {Da minha saudade por Alfredo Pinto}, 04/01/41 Jornal de Moura, {Da minha saudade por Artur Tojal}, 25/01/41 Estrela do Minho, {Da minha saudade por Pina Martins}, 30/11/41 Correio de Azeméis, {Ladeira, por M. Mentarfa}, 10/11/45
“Ecos de uma Bienal”, Jornal Cucujães, 8/10/81. “A conversação, uma arte em crise”, Jornal Cucujães, 22/10/81. “Coisas perdidas”, Jornal Cucujães, 8//11/81. “Dacolá, dali, … e daqui”, Jornal Cucujães, Fev., Abr., Out./83. “Em defesa da Língua, ainda” [editorial), Jornal Cucujães, 16/5/83. “Quando a Mãe é memória”, Jornal Cucujães, 15/7/83. “O dia da Mãe”, Jornal Cucujães, 15/7/83. I
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Histórias Pequenas – Contos Poemas para os meus Netos – Poesia
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Banda de Música de Pinheiro da Bemposta
Banda de Música de Loureiro
Banda de Música de Santiago de Riba-Ul
Banda Musical de Fajões
Banda de Música de Carregosa
Sociedade Filarmónica Cucujanense
Concelho Vaidoso das Suas Bandas A existência das seis bandas filarmónicas acentua a cultura musical do concelho. O número de filarmónicas, a qualidade dos seus executantes e o apoio dado à formação musical, são dados claros da expressão que a música tem.
O Festival anual de Bandas Filarmónicas é um espaço de excelência para estas coletividades mostrarem o seu trabalho e talento. É, ao mesmo tempo, a oportunidade de lhes reconhecer o papel que desempenham ao nível da educação musical.
Os oliveirenses orgulham-se de possuir associações que representam de forma exemplar o concelho, em Portugal e no estrangeiro.
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A IMPORTÂNCIA DE REVITALIZAR O CENTRO DA CIDADE A reabilitação urbana reveste-se como uma oportunidade excelente para mudar a face do centro da cidade, criar novas dinâmicas de desenvolvimento e atrair residentes. O executivo municipal, apostado na qualificação urbanística e na revitalização da cidade, promoveu a divulgação do Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Reabilitação Urbana (IFRRU) junto de futuros investidores e a
forma como podem aceder aos financiamentos do programa. Estas são matérias importantes e fundamentais para tornar o centro da cidade mais atrativo e com maior qualidade de vida para as pessoas. O IFRRU 2020 está dotado de 1 400 milhões de euros e destina-se a apoiar financeiramente empresas e particulares na reabilitação de imóveis sem restrições no uso a dar a estes.
POSTO DA GNR DE CUCUJÃES
Os militares da GNR de Cucujães vão finalmente poder contar com novas instalações. O investimento no valor de 641.000€, permitirá a requalificação do edifício da antiga repartição das finanças, cuja propriedade é da junta de freguesia. Para Joaquim Jorge “o atual posto de Cucujães não reúne as condições físicas e funcionais, para militares e utentes, indispensáveis num serviço público de qualidade.” A requalificação permitirá a criação de condições ao nível das camaratas, do arquivo, da área para atendimento, salas de interrogatório, espaço
APOIO AO DESPORTO
de armazenamento de material de guerra, zona para recolha de viaturas, etc”, reforça Joaquim Jorge. O novo espaço, com uma maior centralidade, contará com áreas maiores e tem um prazo previsto de conclusão das obras de nove meses. A autarquia está igualmente empenhada numa solução para o posto da GNR de Cesar, que “é claramente um dos piores do país em termos de condições físicas”, declara o presidente da câmara municipal.
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A Câmara Municipal apoia o desporto e recentemente definiu as regras de atribuição de subsídios às associações desportivas tornando o sistema equitativo. As associações do concelho receberam 946.000€ destinados à melhoria das instalações. A colaboração financeira permite às associações efetuarem um conjunto de requalificações ao nível de vedações, balneários, muros e acessibilidades, bem como introduzir melhorias nos edifícios sede, substituir pisos e sistemas de iluminação e melhorar a eficiência energética. É desta forma que é possível apostar na valorização dos clubes quer através de intervenções físicas nas instalações quer através do apoio a atletas individuais, assegurando a sua atividade desportiva, com reflexos na prática desportiva e na formação.
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CAMPEÕES NACIONAIS Com raça, trabalho e persistência se fazem campeões. Assim é a União Desportiva Oliveirense. A conquista, este ano, do primeiro campeonato nacional de basquetebol deixa todos os oliveirenses orgulhosos e reconhecidos. Por mérito próprio, os novos campeões nacionais, também vencedores da supertaça de basquetebol, figuram agora na galeria dos melhores. Um ano de ouro, inesquecível, que premeia a união que define o clube mais emblemático do concelho.
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DEZEMBRO | Mês
Dezembro é por excelência o mês da solidariedade. As pessoas deixam-se envolver pelo recolhimento dos dias, pela cor e música das ruas, pela solidariedade que nasce de diversas iniciativas de pessoas e instituições. Dezembro simboliza a esperança do surgimento de um mundo melhor, mais solidário e sustentável. Em dezembro, em todo o mundo, qualquer que seja a cultura, a religião, a condição social, vive o encantamento da alegria.
Em Oliveira de Azeméis são também muitas as ações que contribuem para a beleza do Natal. Câmara Municipal, Juntas de Freguesia, IPSS´s, paróquias, empresas, comércio, cidadãos contribuem para que o espírito deste mês seja de partilha. Este ano, o Pai Natal vai pedir a todas as crianças que o ajudem na sua tarefa solidária, através da recolha de bens que serão, posteriormente, entregues às famílias e pessoas mais carenciadas do nosso concelho. Assim,
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da Solidariedade
este Natal, irá ser mais especial, onde a dádiva e partilha solidária para com aqueles que menos têm, será o sentimento marcante. O Pai Natal irá visitar as escolas para deixar uma lembrança aos mais pequenos, onde a mensagem de agradecimento pela participação ficará bem patente na animação proporcionada. Essa visita acontece entre 3 e 13 de dezembro e vai pedir a todas crianças que colaborem com a entrega de produtos alimentares não perecíveis ou brinquedos para que outras crianças possam ser felizes. I
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No final do período de recolha nas escolas e outras instituições (4 de janeiro), os bens serão levantados pela equipa da Câmara Municipal, sendo entregues depois nos bancos de recursos para distribuição aos mais carenciados, de acordo com as necessidades identificadas.
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MUNDO EMPRESARIAL
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Ter sido empresário foi uma contingência da vida? Foi. Nasci em 1942 em Ul, numa freguesia de Oliveira de Azeméis. Até aos 14 anos trabalhei no campo porque existiam na época poucas indústrias. Estive quase a ser serralheiro de automóveis mas por coincidência abriu a empresa Moldoplástico onde eu me tornei no primeiro funcionário. O meu avô foi sócio da empresa mas acabou por ser dispensado. Algum tempo depois, tinha eu 18 anos, o meu avô perguntou-me se eu não queria fazer qualquer coisa pela vida e então, em 1959, nasceu a Simoldes, da qual fui funcionário. Os sócios naquela altura eram o meu avô, com 50%, e mais duas pessoas da Moldoplástico com 25% cada uma. Começámos no rés-do-chão de uma casa no centro da cidade e no início da década de 60 mudámos para um outro local, em Cidacos, aí já como uma pequena empresa. Com a morte do meu avô assumi 25%, por doação. A partir daí passámos a ser três sócios, eu, o meu tio e o Santos Godinho mas, por diversas razões e com o decorrer dos anos, acabei por ficar como único sócio. E aqui estou ainda hoje. Em 1974 mudámos para as atuais instalações. Olhando para trás é mais fácil ser-se empresário hoje? Hoje é mais difícil. A velocidade dos acontecimentos é outra, a concorrência é global e em muitos casos deixou de existir o relacionamento entre os donos das empresas. Estas são hoje multinacionais e não se preocupam com as pessoas mas com os resultados. Cada vez é mais difícil manter-se uma relação pessoal e ter o prazer de apertar a mão ao cliente. É a dimensão e a inovação que diferencia o grupo Simoldes das outras empresas? Não somos muito diferentes das outras empresas. Podemos ser maiores mas no fundo todos os empresários preocupam-se hoje com a inovação, com a qualidade, com resultados económicos e em ter sucesso. Só assim poderemos continuar no mercado. Eu digo aos meus colaboradores que encontrem formas de manter o cliente satisfeito e descubram as soluções inovadoras para resolverem os seus problemas. Como é liderar um setor de atividade no mundo? Não me preocupo se sou ou não líder mundial neste setor. Preocupo-me que os clientes
fiquem satisfeitos com o nosso trabalho, que queiram regressar para novos projetos e que as nossas equipas façam tudo para sermos rentáveis e competitivos para assegurar o nosso futuro. Os empresários oliveirenses recomendam-se e estão preparados para enfrentar os avanços e os recuos da economia mundial? Sim, recomendam-se. Temos excelentes exemplos de empresários que levam o nome de Oliveira de Azeméis por esse país fora e pelo mundo desde o setor dos laticínios ao calçado, arroz, colchões, moldes e outros. Os avanços e recuos da economia não são só de agora, talvez hoje sejam mais curtos e mais dramáticos mas temos de estar preparados e acho que os oliveirenses estão ao nível da média portuguesa e europeia. Relativamente aos moldes trata-se de uma indústria que tem sabido estar na vanguarda do setor e temos uma associação – a CEFAMOL - que tem sido bastante dinâmica no panorama internacional fazendo uma divulgação muito interessante das nossas capacidades. Então são um bom exemplo para o país e para a economia portuguesa… Sim. Há níveis de desemprego no país mas felizmente nos últimos anos em Oliveira de Azeméis tem havido uma redução nesse aspeto. Isso deve-se, em parte, ao empenho que os empresários oliveirenses têm feito na criação de postos de trabalho. Que projetos de expansão tem o grupo Simoldes? Temos vários projetos. Neste momento encontram-se dois em execução, a construção de uma fábrica em Marrocos, que deverá ficar pronta em março de 2019, e do Centro de Ensaios que espero fique concluído no primeiro trimestre do próximo ano. Há um outro projeto na forja que é a construção de uma fábrica na Polónia onde o grupo já detém uma outra unidade. Temos ainda em vista a construção de um Centro Tecnológico em Oliveira de Azeméis ligado à investigação e desenvolvimento. Como caracteriza o setor dos moldes portugueses? Os moldes portugueses conseguiram alcançar importância no programa global da indústria a nível mundial. Estamos numa fase em que é primordial continuarmos a ser vistos como tal. Apesar de nos confrontarmos com o problema de encontrar mão-de-obra qualificada e comparando com outros países, vamos tendo
ANTÓNIO RODRIGUES, LÍDER DO GRUPO SIMOLDES
O empresário partilha o su a sociedade m alguma vantagem. O futuro passará por aumentarmos a nossa eficácia para concorrer com os países que, como Portugal, dominam o setor. Que importância têm para si os colaboradores da sua organização? Não me canso de afirmar que os meus colaboradores são a minha melhor ferramenta. Podemos comprar máquinas de última geração mas de nada adianta se depois não tivermos as pessoas certas para tirar o melhor partido delas. As pessoas são o mais importante. Tentamos reconhecer o trabalho dos colaboradores tanto a nível salarial como ao nível das condições de trabalho e assistência na saúde. Todos os anos renovamos o seguro de saúde para que todos os nossos colaboradores possam ter disponíveis as melhores condições que há no mercado.
projetos em curso, dos quais destaco cinco no âmbito do Programa Operacional Portugal 2020 (Chromium Like, S-Console, Sim T-RTM, FACS e Tex Boost) e dois Há muitas frases para definir inseridos no programa-quadro um empresário de sucesso? Sim de investigação e inovação da mas há poucas com um sentido tão União Europeia Horizon 2020 profundo e humanista como a de António (ScalABLE 4.0 e Jospel). Temos Rodrigues, líder do grupo Simoldes. “Um ainda projetos financiados pelo Grupo (Proteus, empresário bem-sucedido é aquele que pode andar biomateriais, Decoject, de cara levantada, que partilha o seu sucesso com PhototuminescentProject os empregados e se preocupa com a sociedade que o e Antimicrobiens).
rodeia”. António Rodrigues é este empresário de sucesso. É singular a forma como o reconhecido empresário de Há histórias marcantes Oliveira de Azeméis fala da sua empresa, líder mundial e difíceis na sua vida de do setor dos moldes. Encara a empresa como se fosse empresário? uma família, conhece o nome de muitos dos seus A partir da década de colaboradores, cumprimenta-os diariamente e 90 decidi criar todas as empresas praticamente está pronto a ajudar a sociedade e os que mais ao mesmo tempo – a MDA precisam. A sua dimensão humanista e o olhar e a IMA – e nessa altura emotivo com que fala deixa transparecer toda a gente questionou esse um homem invulgar, humilde, afável investimento tão grande. Felizmente e amigo.
o que ucesso e faz mais feliz A Simoldes é uma família? Sempre gostei de estar muito próximo dos meus colaboradores. Conheço muitos pelo seu nome e, sempre que me é oportuno, gosto de saber como vai a família deles. É um grande orgulho para mim ver nos nossos quadros os filhos e os netos de antigos empregados da Simoldes. O meu desejo é que esta empresa possa continuar a ser uma grande família das famílias oliveirenses. Logicamente que isso hoje não é possível pois somos cerca de seis mil pessoas mas sempre foi uma das minhas alegrias. Que peso tem a componente de Investigação e Desenvolvimento na empresa? A componente de I&D no Grupo Simoldes tem um peso de 3%, correspondendo a cerca de 12,7 milhões de euros. Temos diversos
não me arrependi de ter feito o que fiz. É preciso arriscar mas ter minimamente os pés assentes na terra.
Como começa e acaba o seu dia? Levanto-me às 06h45. Quando não tenho de viajar faço o meu dia-a-dia passando pelas fábricas, terminando cerca das 20h00. Faço questão de chegar à empresa antes das oito da manhã. O dia em que eu não consigo chegar a essa hora fico com o dia estragado. Que importância tem o desporto na sua vida? Pratiquei desporto desde jovem. Fui jogador júnior de futebol da União Desportiva Oliveirense. Quando tenho tempo disponível pratico ténis aos sábados e domingos. É uma paixão que tenho e confesso que custa-me muito passar um fim-de-semana sem jogar. Por várias vezes já aconteceu chegar de viagem ao aeroporto às oito horas da manhã e ir a casa tomar banho e sair logo para praticar ténis. Durante a semana, porque não tenho tempo para o fazer, o meu “desporto” é baixar ao terreno, dar a volta às fábricas, conversar com os meus trabalhadores. Com a sua vida tão atribulada tem tempo para a família e para fazer o que gosta? Resta-me pouco tempo livre. A vida pessoal é sempre prejudicada. O que lhe diz particularmente a União I
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Desportiva Oliveirense? Já vesti a camisola da União Desportiva Oliveirense e este clube é um grande orgulho para mim. Sempre gostei de assistir a jogos. Sempre considerei que o desporto podia ser uma grande ajuda para a formação da nossa juventude. É bom criar-se um espírito de equipa e na UDO é feito um trabalho interessante ao nível da formação e ocupação dos tempos livres dos nossos jovens. Todos nós deveríamos colaborar para que o nosso clube possa progredir nas várias modalidades em prol da nossa terra. Nessa matéria patrocinamos a União Desportiva Oliveirense nas modalidades do basquetebol, futebol e hóquei em patins. Todos temos qualidades e defeitos… Não vou julgar-me, deixo essa apreciação para as outras pessoas. Quais foram os momentos mais felizes da sua vida? O meu casamento e o nascimento do meu filho e dos meus netos. Quais as melhores recordações que guarda da sua infância? Nasci e trabalhei no campo. Infelizmente convivi pouco com o meu pai porque vivi com os meus avós. Naquela altura os tempos eram muito difíceis pois sempre trabalhei, era a vida do campo. Éramos felizes, não nos faltava nada em casa. Tínhamos animais e terrenos, vendia-se um eucalipto ou um pinheiro e era o dinheiro que existia em casa e vivia-se disso. De vez em quando íamos a uma festa e à praia mas a vida foi sempre de trabalho no campo até aos 14 anos. A partir desta idade comecei a trabalhar, trabalhávamos de segunda-feira a sábado. Tive uma infância feliz dentro do possível. Possui uma dimensão humanista reconhecida por todos. O que é que o motiva a ajudar a sociedade, as instituições e os que mais precisam? Responderia com esta máxima: amar ao próximo como a nós mesmos. A vida sorriu-me felizmente. Sempre gostei de ver todas as pessoas felizes. Dentro daquilo que puder fazer e ajudar os outros, a sociedade e as instituições continuarei a fazê-lo. Eu sinto-me bem quando os outros também estão bem e sinto-me mal quando vejo os outros mal. Sempre gostei de ajudar e nunca olhei a quem. Sem receber nada em troca.
MUNDO EMPRESARIAL
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DESENVOLVIMENTO
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INTERVENÇÃO NA
Repavime n Av. Come tação da rotunda d ndador Á lvaro Fig a ueiredo
Abertura do Troço 5 - Junto ao Carpan
Repavimentação da Rua do Castanheirinho - Pa lmaz
Rua de trânsito na Organização veirense Imprensa Oli
Repavime ntação da Travessa de Clavel - Travanc a
Vale do da Rua Linha o çã ta en im v Repa jães Vouga – Cucu
Pavimenta
ção do Esta cionamen Escola Fe ira dos 11 to da
Repavimentação da Travessa João Soares da Silva Reis - Santiago Riba-Ul
Repavime Rua da Lo ntação da ngra - Ca rregosa
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REDE VIÁRIA
om Parceria c
o do Repavimentaçã Roque apa - São Beco da Farr
Repavimentação de troço na Rua Alto das Cavada s – Cesar
to da do alargamen Pavimentação oureiro stria-Sul – L ú d In a d sa Traves
al – a do Pass u R a d o ã ntaç ta Repavime a Bempos in P heiro d
Repavimentação da Rua D. Sebastião Soares de Resende – Nogu eira do Cravo
Pavimentação do al argamento da Rua Sra. da Ribeira – Fajões
eguesia
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a Rua mento n ara a g r a l a tação do da Gând Pavimen São Martinho a– da Ínsu P
PRÓXIMAS INTERVENÇÕES • • • • • • • • • • • • • •
Repavimenta ção da Rua da Remol ha - Pindelo I
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reguesia
Junta de F
Rua das Laboeiras (M. Sarnes) Rua do Ribeiro (Carregosa) Rua da Fonte Seca (S. Roque) Rua de Mirões (Cesar) Rotunda do Centro de Saúde (OAZ) Rotunda da Lomba (Santiago de Riba-Ul) Rotunda Rua Francisco Abreu Sousa (OAZ) Rua Taipa de Cima (M. Seixa) Rua 12 de janeiro (M. Seixa) Travessa Fonte das Manguelas (Cucujães) Rua do Teso (Cucujães) Rua Calçada da Fonte (Fajões) Rua José Alves Silva (Ossela) Rua do Candal – Troço (Fajões)
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GASTRONOMIA
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KITS GASTRONÓMICOS DE CHORAR POR MAIS
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O pão de Ul ou a regueifa, com o mesmo nome, são os produtos mais conhecidos da gastronomia oliveirense. Todos conhecem o sabor e a textura destas iguarias que fazem a delícia de qualquer mesa. Comer padas de Pão de Ul ao pequeno-almoço é um privilégio e a melhor maneira de começar o dia sentindo na boca o estalar da côdea e a suavidade do miolo dos pequenos pães cozidos de madrugada nos fornos tradicionais a lenha. O Pão de Ul é o “ex-libris” sendo hoje um elemento turístico de quem visita a pequena freguesia de Ul onde está situado o Parque Temático Molinológico. Neste local aprazível para os turistas é possível assistir-se ao vivo ao fabrico do pão e da regueifa. Atividade ancestral, a confeção destas duas iguarias continua hoje a ser assegurada por padeiras que, desde 2007, passaram a ser apoiadas pela Associação de Produtores do Pão de Ul (APPUL). As técnicas de confeção antiga mantêm-se sendo elas que garantem a qualidade do pão tornando-o num produto genuíno e único. Na génese de todo este património industrial e gastronómico estão os moinhos de água construídos, há séculos, nos caudais dos rios que atravessa a freguesia de Ul e que foram o sustento de muitas famílias. Mas a gastronomia local estende-se, também, aos doces. Para os mais gulosos, além da regueifa, há zamacóis, beijinhos de azeméis, mel, fruta desidratada, chocolate, crackies e compotas. A estes podemos juntar ainda as infusões e a inconfundível cerveja artesanal produzida no concelho. Todos estes produtos fazem parte de um kit gastronómico que a autarquia criou para, através das ofertas institucionais do executivo ou da sua venda, divulgar o melhor da gastronomia oliveirense, quer dentro, quer fora do concelho. São paladares gastronómicos marcados pela qualidade e que não deixam ninguém indiferente. Os de cá e os que nos visitam.
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1 » 31 dezembro
11 dezembro » 6 janeiro
6 janeiro ~ 14h00
Mês Solidário
Exposição do
Entrega de prémios do
Recolha de bens nas escolas e instituições
1 dezembro » 6 janeiro
Campanha “Natal Solidário” Piscina Municipal de Oliveira de Azeméis
Duendelândia
Concurso de Presépios e de Postais de Natal Biblioteca Municipal Ferreira de Castro
Biblioteca Municipal Ferreira de Castro
11 » 22 dezembro ~ 9h00 » 17h30
Minimercado de Natal Loja Interativa de Turismo
Jardim Público
Comboio de Natal Centro Urbano
Concurso de Presépios e Tarde de Contos com Thomas Bakk 16h00
Concerto de Ano Novo e Reis Cineteatro Caracas
17 » 28 dezembro ~ 9h00 » 17h00
Natal Lúdico*
Centro Lúdico de Oliveira de Azeméis
8 dezembro ~ 10h00 » 18h00
Street Market Especial Natal Ruas Pedonais
18 » 21 dezembro ~ 9h00 » 17h00
Natal, Livros e Tal*
Biblioteca Municipal Ferreira de Castro
* As atividades carecem de inscrição prévia NOTA: Entrada gratuita em todas as atividades,
exceto espetáculo no Cineteatro Caracas
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BOAS FESTAS! A comemoração da noite mais longa do solstício de Inverno perde-se na memória dos confins do tempo. Esta tradição foi ponto de partida das comemorações e dos atos natalícios dos tempos cristãos. Natal do encontro das famílias e dos mais próximos na dimensão da relação fraterna, amiga e solidária. Natal dos sonhos das crianças e das saudades dos mais velhos. Natal das prendas aos que nos dizem mais e das dádivas solidárias aos mais carenciados. Natal um tempo especial a que ninguém fica imune. Natal nos últimos dias do ano que termina e nos alvores de um novo ano que se deseja melhor. Natal que exprime o melhor que o ser humano tem e por isso deveria exprimir-se em todos os dias do ano. Sim, todos os dias deveriam ser Natal. É com este espírito que desejo a todos os Oliveirenses um feliz Natal. É com este pensamento que apelo à solidariedade com os que mais dela necessitam, hoje e todos os outros dias do ano. É com este sentimento que exprimo os votos de um bom ano 2019.
Joaquim Jorge
Presidente da Câmara Municipal
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Município de Oliveira de Azeméis Largo da República 3720-240 Oliveira de Azeméis Tel. 256 600 600 - 800 256 600 Fax 256 674 694 geral@cm-oaz.pt
Daniel Ferreira
/azemeisvida