Revista VITA nº 5

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ENTREVISTA

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PRESIDENTE DA JUNTA DA UNIÃO DE FREGUESIAS DO PINHEIRO DA BEMPOSTA, PALMAZ E TRAVANCA

Susana Mortágua

Más condições da rede viária são um dos problemas mais reclamados

Que balanço faz da sua gestão à frente da Junta de Freguesia e de que forma têm sido ultrapassadas as dificuldades? O balanço é muito positivo. A gestão autárquica exige de nós muita responsabilidade, sentido de dever e preocupação pelos problemas de todos. Tem sido uma experiência muito enriquecedora de conhecimento do nosso território, dos seus problemas, das suas potencialidades e das suas gentes. As dificuldades ultrapassam-se atuando em equipa com os membros do executivo, Assembleia de Freguesia, Associações e Instituições da União das Freguesias, os funcionários da Junta de Freguesia e colaboradores, fornecedores e diálogo constante com a Câmara Municipal. Quais são as principais preocupações do executivo? Em que áreas se sentem mais as carências? Há um problema comum nas três freguesias que se prende com a falta de estruturas de saneamento básico e rede de abastecimento de água. As escolas também são um dos nossos focos principais, temos ao todo cinco escolas primárias/jardim de infância e a E.B.2,3 Dr. José Pereira Tavares. As escolas não são da nossa responsabilidade, a não ser nalgumas pequenas reparações, mas apostamos, sempre que possível, na melhoria das condições destas

instalações pois acreditamos que crianças felizes são mais empenhadas na aprendizagem. Elas são o nosso futuro. Os problemas que chegam a nós são diversos mas, um dos mais reclamados, são as más condições da nossa rede viária. Estamos neste momento a fazer um esforço com a Câmara Municipal para melhorar o nosso tecido rodoviário. Que projetos espera realizar ou concluir até ao final deste ano? Até ao final do ano e início do próximo, esperamos requalificar o espaço exterior do edifício da Junta de Freguesia que visa melhorar as condições de acessibilidade aos serviços que aí estão instalados e que servem toda a população da União das Freguesias. Concluiremos a obra da Casa Mortuária de Palmaz. Em Travanca está a ser realizado um importante investimento ao nível das redes de abastecimento de água e saneamento, apesar de todos os transtornos que causam aos seus habitantes. O que representou o reforço financeiro de 15% na transferência de verbas para a junta de freguesia? Esse valor representa uma percentagem que é pouco significativa no orçamento da Junta mas é uma ajuda para fazermos mais.

Que particularidades tem a freguesia que possam ser uma mais-valia para o desenvolvimento e a afirmação do município? A União das Freguesias tem um enorme potencial a nível do seu património histórico, nomeadamente a zona histórica da Bemposta. Somos atravessados por três rios importantes, o Rio Caima, o Rio Ínsua e o rio Antuã. A beleza das suas margens é de tirar o fôlego e a tradição molinológica também está presente na nossa terra. Uma das apostas fortes a este nível seria a requalificação das margens em pontos estratégicos e união desses pontos através de percursos. A extensão do Parque Molinológico de Ul até ao Pinheiro da Bemposta, aproximando o Parque do Crasto, as iniciativas privadas dos moinhos do Caldeirão e do Hostel Moinho Garcia, estendendo o parque até à Capela da Nossa Senhora da Ribeira. O Parque Molinológico poderia ser o nosso parque municipal. O que mudou na sua vida desde que foi eleita? Mudou muita coisa. Deixei o meu emprego para me dedicar 100% à Junta de Freguesia pois senti que só assim poderia fazer um bom trabalho. Com este cargo tem-se menos tempo para a família mas sente-se uma enorme satisfação quando os projetos se concretizam e sentimos que podemos fazer a diferença.


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