A revolta de Amaury AMAURY’S HELLION
Série VAMPIROS DE SCANGUARDS LIVRO DOIS
TINA FOLSON
Envio: Soryu Tradução: Márcia de Oliveira Equipe de Revisão: Carina Pereira, Armia Mitzvi, Sandra P, Adriana Revisão Final: Chayra Moom Leitura Final: Cris S. Formatação: Chayra Moom
Informação sobre a série:
Sinopse O vampiro Amaury LeSang é amaldiçoado por sentir as emoções das pessoas com uma enxaqueca permanente. A única maneira de aliviar a dor é através do sexo. Quando ele encontra a mal-humorada humana Nina, uma cura para sua doença parece estar ao seu alcance, pois em sua presença toda a dor desaparece. Infelizmente, Nina está fora de si e quer matá-lo, porque acredita que ele esteja envolvido na morte de seu irmão. Ela só teria sucesso se Amaury, com seu charme bad boy, parasse de causar tantos estragos em seus hormônios fazendo-a querer estar em seus braços e na sua cama, cada vez que estava perto dele. Com cada beijo o laço entre eles se estreitavam, mas o perigo está à espreita e ameaça destruir a pouca confiança que eles têm entre si.
Capitulo 1 A partir do seu ponto de vista privilegiado, Amaury LeSang olhou sobre as cabeças da multidão na discoteca da moda. O mar de corpos balançavam ao ritmo techno, alto e monótono. Seus olhos hábeis inspecionaram os frequentadores que se contorciam uns contra os outros, à procura de uma mulher com necessidade de companhia. Muitas emoções bateram em sua mente neste lugar muito cheio, e este era o motivo do porque ele preferia a sua própria companhia à multidão. Um raio de dor o assaltou. ... nunca deveria ter saído com este idiota... ...convide ela para dançar, ou talvez fale com ela primeiro, amigo... ...idiota. Como se eu me importasse. Eu vou lhe mostrar... Bloquear os sentimentos aleatórios dos indivíduos na pista de dança tornava-se cada vez mais difícil e doloroso, quanto mais tempo ele permanecesse neste lugar. Menos como palavras e mais como golpes de uma lâmina afiada que o cortava, e não um após o outro, mas tudo de uma vez. O impacto seria como um gigante bater em um homem menor. Mas Amaury era mais forte do que os outros. Ele se concentrou nessas mulheres, que pareciam estar desacompanhadas. Tudo o que ele precisava era de uma mulher solitária que acolhesse a sua atenção. Alguém que estivesse no clube para transar. Ele não estava mais disposto a obrigar. Lá, a morena despretensiosa. Não só ela se sentia solitária, mas também estava desesperada pelo toque de um homem. Ele caminhou pelas escadas e atravessou a pista de dança, deixando que seus sentimentos o guiassem diretamente para ela. A mulher balançou com a música e olhou-o quando ele parou na frente de seu corpo flexível. Amaury lançou um de seus sorrisos mais encantadores. Combinado com seu belo olhar de olhos azuis, a maioria das mulheres não podia resistir a ele, um fato que ele sempre usou para seu pleno
proveito. Dance comigo. Ele moveu os lábios e enviou o seu pensamento para a mente dela. Ela iria acreditar que ele tinha falado, quando na realidade, ela não podia ouvi-lo sobre o barulho da música. Ela sorriu e acenou com a cabeça. Um tímido sim, mas acolhedor, no entanto. Serpenteando um braço em volta de sua cintura, o outro em torno de seu ombro, ele a puxou para perto. Sua cabeça só chegou ao seu peito, fazendo-a pelo menos uns trinta centímetros mais baixa que ele. Se movendo no ritmo da música, Amaury apertou seu corpo contra o dela. Ela moldava-se a ele, e ele gostava da sensação de sua carne quente através de suas roupas provocativas, esfregando-lhe com suas coxas e movendo seus quadris. Cercados pela multidão, a pressão que se construía em sua cabeça, com a dor aguda nas têmporas, se intensificava. Como uma incapacitante enxaqueca humana, a dor ditava as suas ações. No entanto, ele lutou para não sucumbir às suas exigências durante o tempo que pôde, não cedendo aos limites de sua prisão mental. Amaury não se interessou particularmente pela dança, e este, definitivamente, não era seu gosto musical, mas ele forçou-se a dançar com ela uma música inteira, antes de fazer a sua jogada. -Eu quero ficar sozinho com você. - ele sussurrou em seu ouvido, inalando o cheiro natural de sua pele brilhante. Ele poderia, é claro, fodê-la aqui na pista de dança, mas depois teria que controlar mais danos, algo que não ele não estava com vontade. Ele ressaltou suas palavras deslizando a mão em sua bunda e acariciando suas bochechas arredondadas. Quando ela olhou-o sob os cílios, ele leu o desejo em seus olhos, assim como em sua mente. Ela não era particularmente bonita, exceto pelos lábios generosos que podiam sugar o seu pênis, mas estava disposta. Disposta era tudo o que precisava. Ele não tinha outras expectativas. Seu pênis já estava totalmente ereto, armado em suas calças de sarja camuflada. Com a mão na parte inferior das costas, ele a levou pelo meio da multidão, pegando as emoções aleatórias em torno dele.
Uma inveja estranha atingiu-o. ...ela pegou esse pedaço? Oh, não é justo. Que gostoso! Amaury examinou a mulher, cujo vigoroso e ciumento sentimento, ele tinha capturado. Claramente, ele queria levar a morena a algum lugar. Ele podia sempre voltar para uma segunda, se necessário. Só mais alguns minutos e ele se sentiria melhor. Seu peito subia com antecipação, quando respirou fundo e apressou o passo, dirigindo a morena pela saída lateral. O beco era silencioso e escuro. Vários estrados com caixas empilhadas em diversas alturas estavam alinhados a um lado. Amaury varreu a área com um olhar para ver se estavam sozinhos. Um homem sem teto estava em torno da entrada do beco, vasculhando contêineres de lixo. Vá embora. Amaury verificou que o homem tinha obedecido a sua ordem tácita e se arrastou fora de vista, antes que ele puxasse a mulher para o canto, atrás das caixas. -O que você está fazendo? - Ela riu. -Beijando você. - Ele baixou a cabeça para a dela. -Você tem os lábios mais lindos que eu já vi. O elogio funcionou. Seus lábios se encontraram com nenhuma resistência quando ele esmagou os seus nos dela, queimando-os em um beijo exigente. Sua língua deslizou por seus lábios entreabertos e duelou com a dela em segundos. Sem hesitar, ele colocou a mão em seu seio e amassou-o através do tecido fino, trabalhando em seu mamilo sensível até torná-lo um pico rígido. Ele a havia lido direito, ela desejava muito o seu toque, pois arqueou o seio na palma da sua mão e exigiu mais. -Oh, querida. - ele murmurou contra seus lábios. -Tão doce. - Pela experiência, ele sabia que as mulheres eram mais sensíveis quando as ações físicas estavam entrelaçadas com carinhos verbais. O corpo dela o acolheu quando sua mão entrou sob a saia curta e encontrou o seu caminho em sua calcinha. Seus dedos deslizaram através de seus cachos e tocou suas dobras molhadas. Amaury capturou o gemido que ela lançou. Não levaria muito
tempo. Ele percebeu o quanto ela estava carente por sexo e deixou seus dedos fazer a magia. Acariciando-a, rolando o clitóris entre o polegar e o indicador, ele podia sentir a sua emoção aumentar. Ele iria tornar isso bom para ela. O aroma de sua excitação chegou as suas narinas, e ele respirou fundo. O cheiro ajudou a abafar as emoções bombardeadas de dentro e fora do clube. Mas não foi o suficiente. Sua cabeça continuava latejando de dor. Sem soltar sua protuberância, perto do prazer, ele colocou um dedo em seu canal molhado. Seus músculos estavam deliciosamente apertados. Ninguém havia visitado sua vagina apertada em um longo tempo. Movendo o dedo para trás e para frente, auxiliado por seus sucos abundantes, Amaury trabalhou em desabrochar a sua excitação. Era o mínimo que ele poderia fazer em troca do que ela faria por ele em poucos minutos. Ela ofegou quando ele acrescentou um segundo dedo, e sabia que ela estava perto. Mais alguns golpes hábeis e ela gozou, chovendo mais creme em sua mão, enquanto seus músculos passavam por espasmo após espasmo. -Mmh. - ele murmurou em seu ouvido. -Você está bem, querida? Seu orgulho masculino estava satisfeito, mas o resto dele não estava, pelo menos ainda. -Oh, Deus, sim! - Respondeu ela, ofegante. -Eu aposto que você poderia me fazer sentir bem também. Deixeme sentir sua boca em mim, querida. Sem esperar a resposta, ele abriu a calça e deixou seu pênis vir para fora. Lentamente, ele pegou sua mão e guiou-a para embrulhar em torno de seu eixo. Mãos macias, que não fechavam completamente em torno dele, muita carne e perímetro. - Você é tão grande. Amaury sacudiu a cabeça. Ele era perfeitamente proporcionado, mas ser do tamanho de um jogador de futebol americano, também significava que o seu pênis seria grande. -Eu sou do tamanho perfeito para a sua boca bonita.
Sem qualquer objeção, ela caiu sobre uma das caixas e dirigiu a sua boca para ele. Ele sentiu a sua língua tocar a ponta de sua ereção um segundo depois. -Oh, sim, querida. Eu aposto que você pode dar o melhor trabalho de boca que eu já tive. – Um incentivo nunca falhava. Sua língua lambeu todo o caminho do seu eixo antes que ela finalmente colocasse os lábios ao redor da cabeça bulbosa e deslizasse sobre ela, levando-o ao máximo. Nada melhor do que sentir o calor e a umidade da boca de uma mulher ao redor de seu pênis. Sua respiração disparou de seus pulmões, com a sensação tentadora. Ele se firmou, colocando as mãos sobre os ombros e começou a mover o seu pênis para frente e para trás. - Ah, foda, querida, você é tão boa. Finalmente, ele foi capaz de esquecer o barulho das emoções. Paz e sossego encheram a sua mente. Ele relaxou quando a pressão em sua cabeça diminuiu e os sentimentos que invadiam sua mente começavam a desaparecer. Amaury olhou para cima, e pela primeira vez nesta noite, ele percebeu o dossel de estrelas no céu noturno. Belo e pacífico, um espelho do que sua mente poderia ser. Clara e desobstruída por qualquer neblina ou nuvens, as estrelas estavam vigiando suas ações. Esse sentimento de tranquilidade seria temporário, ele precisava manter a sua sanidade. Só o sexo podia fechar as emoções que o assaltavam a cada minuto de sua vida. A boca da morena funcionou lindamente. Com cada golpe e cada volta de sua língua ficava mais duro. Ela chupou mais profundo em sua boca, e ele se moveu mais rápido, esquecendo a dor em sua cabeça. Em vez disso, ele se concentrou em seu calor úmido, engolindo-o. A suavidade de uma mulher, a promessa de alguns momentos de felicidade. Alguns segundos de contentamento, era tudo que ele precisava, sabendo que a felicidade estava fora do seu alcance, um sentimento que nunca poderia alcançar. -Querida, sim. Estou quase lá. Ah, sim, chupe mais forte. Ele poderia praticamente cheirar sua liberação iminente. Tão perto. Tão deliciosamente perto.
Amaury sentiu o bolso de sua jaqueta vibrar. Ele ignorou. Agarrando a base de seu pênis com uma mão e colocando a outra na parte de trás da cabeça dela, ele fodeu a sua boca, mais freneticamente, desesperado pela liberação. Ele não podia parar agora, não quando estava apenas a alguns segundos de seu objetivo. Precisava. Agora. Seu pênis pulsava com uma necessidade desesperada. -Aperte minhas bolas. - ele exigiu. A menina pegou os seus testículos, seu toque suave enviou uma chama quente através de seus quadris quando raspou as unhas contra seu saco apertado. Seu celular vibrou novamente. Desta vez ele não iria parar. Liberando o seu pênis, Amaury enfiou a mão no bolso do casaco e arrancou o telefone. -Ah, foda. - ele assobiou, enquanto verificava o identificador de chamadas. A mulher parou instantaneamente. -Não é você, querida, não pare. - ele ordenou e moveu a tampa de seu celular para abri-lo. -O que? - Ele soprou ao telefone, com a voz rouca. Com a mão na cabeça da garota, ele continuou bombeando seu eixo para ela, que voltou a chupar-lhe profundamente em sua boca. -Por que você não atende a porra do telefone? - Ricky berrou. -Idiota. – O tempo de seu amigo era uma merda - O que você quer? -Reunião de emergência com Samson, em quinze minutos. Ele sabia perfeitamente que não podia faltar a uma reunião com seu chefe e melhor amigo, Samson. E se fosse uma reunião de emergência, alguma merda estava acontecendo. -Tudo bem. Amaury desligou o celular, fechou-o e o empurrou de volta no bolso. Quinze minutos era tempo suficiente, mas ele tinha que acabar com isso, aqui. Ele fechou os olhos e se concentrou na sensação de sua língua deslizando ao longo de seu eixo, a suavidade de sua boca, e da intensidade de seu movimento de sucção. Mais uma vez, ele agarrou
sua ereção e alimentou-a com mais de si mesmo, enchendo a sua boca com todo o seu pênis, e ela quase engasgou. Mas ela continuou. Sua boca molhada puxou-o com força, enquanto sua língua quente corria ao longo da parte inferior de sua carne inchada, do jeito que ele gostava. -Oh, sim, querida. Você gosta do meu pênis grande, não é? Ela cantarolava e sua resposta reverberou em sua pele, provocando seus sentidos. O aroma de pêssego de seu xampu chegou ao seu nariz. Ele sentiu uma fina camada de umidade construir em seu rosto e pescoço. Riachos minúsculos de suor se formavam e corriam ao longo dos cumes superiores de seu corpo musculoso, pegando-se no pouquinho de pelo no seu peito. Amaury sentiu o seu coração bater mais depressa. Seus pulmões bombeando mais oxigênio através de seu sistema, enquanto o seu sangue corria mais rápido por suas veias, trovejando em seus ouvidos num crescendo violento, semelhante à Quinta de Beethoven. E então ele sentiu a corrida de seu sêmen através de seu eixo na boca da mulher, em disparos rápidos e pulsantes. Seu orgasmo foi curto, mas poderoso. Ele limpou a sua cabeça e, por alguns minutos, estaria em paz. Ele não seria capaz de sentir os sentimentos das pessoas ao seu redor e poderia sentir seu próprio coração e a sensação de calma que se espalhava dentro dele. Apenas por alguns momentos. Então ele seria novamente invadido pela dor de todos, a fome, a raiva e todas as outras emoções das pessoas, sentidas por ele. E ele perceberia o amor de alguém e seria lembrado das coisas que ele não poderia sentir. Mas, por agora, ele estava em paz. Relutantemente, ele puxou-se para fora da boca da mulher e colocou seu pênis ainda semiereto de volta dentro de suas calças. -Você foi espetacular. - ele a elogiou e puxou-a para um abraço. Seus lábios brilhavam com seu sêmen, e ela estava linda com ele. Amaury puxou o seu cabelo de lado e expôs o adorável pescoço, sua pele pálida chamando-o como um farol de luz que guia um marinheiro para casa. Seus lábios tocaram a pele macia, antes que sua língua sair para lambê-la. Ela gemeu, um som tão suave e doce, que só uma mulher poderia
libertar quando satisfeita. -Venha para casa comigo. Amaury apreciou o convite sussurrado, mas não tinha intenção de aceitá-lo. Ele queria algo totalmente diferente. O batimento de sua veia contra seus lábios, um movimento tão sutil, que um ser humano não podia notar, mas seus sentidos eram mais do que os de um mortal. Suas presas alongaram, passando por seus lábios. -Querida, deixe-me tirar de você. As pontas afiadas de suas presas afundaram em seu pescoço e perfuraram a pele delicada. Por uma fração de segundo, ela lutou contra ele, mas manteve seus braços presos à volta dela. Ele puxou o corpo dela no dele, esmagando seus seios contra seu peito. Com o sangue dela revestindo a sua garganta seca, seu pênis pulou de volta à vida, mas ele não tinha tempo para entrar nela uma segunda vez, mesmo querendo enterrar seu eixo em seu calor escorregadio. Amaury não tomou muito do seu sangue, apenas o suficiente para se sustentar. Quando ele sentiu a fome diminuir, retirou-se de seu pescoço e lambeu as feridas. Sua saliva fechou os dois pequenos buracos instantaneamente. Na parte da manhã, ela não teria marcas visíveis de sua alimentação, sem efeitos colaterais. Então, ele olhou nos olhos dela e enviou os seus pensamentos em sua mente. Você nunca me conheceu. Você nunca me viu. Nada aconteceu. Vá para casa agora e durma. E tenha cuidado. Nunca deixe um homem tirar vantagem de você. Você é linda. Você merece o melhor. Seus olhos estavam vidrados, e ele sabia que tinha conseguido. Ele limpou a memória dela. Se ela o encontrasse amanhã na rua, não o reconheceria. Nem mesmo o fantasma de um déjà vu permaneceria.
Capitulo 2 Amaury percorreu as ruas do centro de São Francisco, antes que chegasse a uma parada de bonde e saltasse para o bonde antigo, que o levou até a colina íngreme, em direção à casa de Samson. Ele gostava da vizinhança dos bairros da cidade, pois estava disfarçada como uma metrópole e não era difícil esconder ser um vampiro. Era uma população tão eclética como o interior de uma loja de penhores, São Francisco era o cenário perfeito para os vampiros modernos. Ser excêntrico ou estranho não era nada incomum nesta cidade, onde até o prefeito era um deles. A população de vampiros de São Francisco crescia constantemente, atraídos por muitas das coisas que os humanos gostavam, ou seja, da neblina sobre a cidade, bela arquitetura, vistas deslumbrantes e os habitantes tolerantes. Muitos vampiros criaram várias empresas. Havia vários clubes noturnos, um jornal, o SF Vampire Chronicle que era discretamente distribuído às famílias de vampiros, empresas de investimento e a empresa de Samson, de segurança nacional, a Scanguards. Ele tinha serviços de guarda-costas e segurança, para pessoas ou corporações, dignitários estrangeiros, políticos e celebridades. No momento em que Amaury chegou à casa vitoriana de Samson, no bairro exclusivo e caro de Nob Hill, e abriu a porta com a sua chave, todos estavam lá. Antes mesmo de ouvir as suas vozes, ele sentiu o tumulto de emoções na casa: raiva, descrença, confusão. Seu alívio não durou muito tempo. A próxima onda de dor seria como se um tsunami estivesse se construindo próximo da costa do Pacífico. Ele se preparou, enquanto andava pelo corredor com painéis de madeira, para o escritório particular de Samson, na parte de trás da casa. Colocando seu habitual sorriso em seu rosto, entrou na sala, mantendo o seu tormento para si mesmo, como sempre. Mesmo os seus amigos sabendo sobre seu ‘’dom’’, não tinham ideia sobre a dor que lhe causava diariamente e as coisas que tinha que fazer para evitar que sua cabeça explodisse. Ele não queria sua pena. Todos eles pensavam que ele era um maníaco sexual, por foder
todas as mulheres em que pudesse colocar as mãos, apenas pela diversão. Na realidade, sem sexo, ele estaria em um tumulto enlouquecedor, há muito tempo, matando tudo e todos em seu caminho. O sexo igualava a sobrevivência, para ele e para os que o rodeavam. - Amaury, finalmente. - Samson cumprimentou-o, com uma pitada de desgosto em sua voz. Ele tinha bem mais de um metro e oitenta de altura, mas com uma estrutura muito mais magra do que a ampla de Amaury, o mesmo cabelo preto, olhos penetrantes, mas castanhos, seu chefe olhou para cada um, demonstrando o quão poderoso ele era. -Samson, caras. - ele respondeu e olhou em volta. Todos estavam lá: Ricky, Thomas, Carl, todos vampiros como ele. Mesmo Oliver, assistente humano de Samson, um jovem de apenas 24 anos de idade, estava presente. E, claro, Delilah, a esposa humana de Samson, sua companheira de sangue. Amaury deu um sorriso quente, quando ela varreu seus longos cabelos escuros por cima do ombro, seu corpo pequeno parecia ainda menor estando em pé ao lado de seu homem. Ele notou que Samson colocou a mão sobre a dela, um gesto tão instintivo, que Amaury duvidava que seu amigo tivesse notado. O amor que irradiava do casal quase o pôs de joelhos. Ele endireitou-se. -Qual é a crise? - Ele perguntou. -Thomas, ligue para Gabriel. - Samson ordenou. Thomas digitou alguma coisa no teclado e afastou-se da tela. Como sempre, o especialista em tecnologia da informação residente da Scanguards, estava vestido com sua roupa de motociclista favorito: couro, couro, couro e mais couro. -Gabriel, você está conectado. Um segundo depois, Gabriel Giles, chefe de operações da Scanguards na sede de Nova York, apareceu no monitor do computador que foi transmitido para a tela, para que todos pudessem ver. Sua presença imponente encheu a tela. Seu longo cabelo castanho estava preso em um rabo de cavalo, e a cicatriz que se estendia desde o seu ouvido direito até o queixo parecia pulsar. Ninguém jamais ousou perguntar-lhe como ele a havia obtido. E Gabriel não daria essa informação de forma voluntária, pois não era da conta de ninguém.
Amaury só sabia que resultou de algo quando Gabriel era humano, desde que, a pele de um vampiro não mantinha uma cicatriz. -Boa tarde para todos. - o vozeirão de Gabriel veio alto e claro. Nós apenas fomos alertados para um problema. Não há nenhuma maneira fácil de dizer isso, então aqui vai. Um guarda-costas matou um cliente e depois se suicidou. Os murmúrios e suspiros coletivos de descrença foram rapidamente abafados, enquanto as emoções continuavam a ferver sob a superfície. -Como vocês todos se lembram, mais de um mês atrás, um dos guarda-costas da Scanguards de São Francisco matou o milionário que estava protegendo e depois cometeu suicídio. Nós pensamos que era um incidente isolado. Infelizmente, com este segundo assassinato, que diz respeito a outro empregado de São Francisco, não podemos nos dar ao luxo de achar que é apenas uma atitude de um indivíduo frenético. Alguém está brincando com a gente. Samson concordou. -Gabriel e eu conversamos mais cedo esta noite. O noticiário da noite vai divulgar a história. Temos que estar prontos para fazer o controle de danos. Amanhã os jornais vão nos triturar em pedaços. Ninguém vai dar de ombros para isso, como se fosse uma coincidência. Temos certeza de que não é. - Algum vampiro em luxuria de sangue? - Thomas perguntou. Amaury ouviu atentamente. Luxuria de Sangue, todos eles temiam isso, o desejo incontrolável de tomar mais sangue do que necessário e isso levava ao assassinato e loucura. Gabriel sacudiu a cabeça. -Não. Os dois guarda-costas eram humanos. -Qualquer ligação entre os dois? - Amaury interrompeu. -Negativo. - Samson respondeu rapidamente, - Pelo menos, nada que pudéssemos determinar rapidamente. Além do fato de que ambos foram contratados aqui em São Francisco, eles não tinham nada óbvio em comum. -Eu conhecia Edmund Martens. Eu o contratei. - disse Ricky. Ele poderia ter sido confundido com um verdadeiro menino de praia da
Califórnia, se não fosse por seu cabelo vermelho e o rosto sardento ou o seu nome decididamente irlandês, O‘Leary. -Deus, Eddie parecia tão promissor. Mas quando ele matou o cliente no mês passado, eu pensei que ele tinha ido ao fundo do poço e voltado aos seus velhos hábitos. -Que hábitos? - Amaury perguntou. -Infância ruim, fugiu de sua família adotiva, voltou-se para o crime, o de sempre. Nunca pensei que ele iria tão longe e mataria alguém. Ele não parecia do tipo violento. Mas, então, às vezes, não é preciso muito para que alguém deslize mais fundo. Eu apenas pensei que ele, finalmente, tinha superado tudo isso. -Talvez ele tivesse. - Samson falou em voz alta, com olhar preocupado e disse-lhes que não acreditava que os dois guarda-costas humanos tivessem culpa. -Quem é o segundo cara? - Ricky quis saber. -Kent Larkin. A mandíbula de Ricky caiu. -Ele era apenas uma criança. Ele devia trabalhar para nós por não mais de seis meses. -Um pouco mais de cinco meses. - confirmou Gabriel. -Que provas nós temos de que Edmund e Kent realmente mataram seus clientes? - Amaury queria saber os fatos necessários. Ele não queria tirar conclusões precipitadas. -Uma testemunha ocular no caso de Edmund e uma arma fumegante no caso de Kent. -Nós não temos nenhum contato no interior da polícia? - Delilah perguntou, de repente. Todos os olhares se voltaram para ela. -Bem, é melhor ter certeza de que se sabe o que eles sabem, antes que se torne do conhecimento público. Desde que Delilah estava ligada com o sangue de Samson, ela começou a ter um interesse ativo na empresa. E como uma companheira ligada por sangue, tinha direito a tudo o que Samson tinha, e o fato de que ela começou a compartilhar suas decisões importantes não parecia incomodar o homem em nada. Afinal de contas, ela era sua igual. Amaury ficou surpreso com a mudança que ele tinha visto em seu
velho amigo. Depois de 200 anos de solidão, Samson não teve problemas na adaptação ao casamento com uma mulher forte. Amaury duvidava que ele próprio conseguisse se ajustar tão facilmente como Samson, mas esta questão era outra coisa diferente. Amaury sabia que ele nunca teria um vínculo, porque nunca poderia realmente amar alguém. -Eu vou falar com G. - Samson disse, referindo-se ao prefeito. -Eu tenho certeza de que ele vai nos manter informados. - Ele olhou para a tela. -A que horas vocês pousam? -Estamos todos a caminho para o aeroporto, agora. Nós vamos chegar cerca de uma hora antes do nascer do sol. -Você não acha que está se arriscando um pouco? - Ricky perguntou. -Não podemos evitar. Eu tinha que mobilizar as tropas primeiro e preparar-me. -Você está vindo para cá? - Amaury perguntou surpreso. Gabriel raramente saia de Nova York para qualquer coisa. Se ele estava deixando a Costa Leste para isso, ele claramente esperava que estes eventos se transformassem em um grande problema. E se ele estava se arriscando em céu aberto, tão perto do nascer do sol, a avaliação de Gabriel sobre a situação tinha que estar à beira da catástrofe. -Nós não podemos confiar em ninguém de São Francisco. Eu estou levando três dos meus melhores comigo: Quinn, Zane e Yvette. Nós vamos conduzir a investigação a partir daí. Fora desse grupo, ninguém pode ser confiável. Ninguém. -Gabriel está certo. - Sansão confirmou. -Se dois de nossos guardas humanos mataram seus clientes, alguém tem uma mão sobre isso. E até sabermos quem e por que, temos que ficar calados sobre isso. Os funcionários vão querer uma explicação. Ricky, você vai fazer uma reunião de equipe, uma vez que Gabriel e seu pessoal estejam aqui. Todos na Scanguards estão sob suspeita, humanos e vampiros. Carl vai buscá-los ao aeroporto. Carl, o dedicado mordomo de Samson, seu motorista e o homem que comandava a casa, concordou com a cabeça instantaneamente. Seu corpo um pouco pesado, como sempre, estava bem espremido em um terno escuro. -Amaury, você vai com Carl. - Samson ordenou.
Amaury assentiu. Ele não via os seus amigos de Nova York há muitos anos, e encontrar-se com eles iria distraí-lo de sua dor. Não que ele estivesse excessivamente ansioso para ver Yvette novamente. Ela ainda estava, provavelmente, chateada com ele. -Thomas, - Samson continuou -eu quero que você me envie os antecedentes completos de todos os funcionários, e faça um cruzamento de uns contra os outros. Vamos ver o que Edmund e Kent tinham em comum, e então vamos executar esses critérios contra o resto dos empregados. Precisamos ver quem mais poderia ser vulnerável a tudo o que está acontecendo. -Não há problema. - disse Thomas, concordando. - Eu vou fazer isso, agora. Eu vou trabalhar no centro. -Oliver, você é o único aqui que pode se locomover durante o dia. Vou confiar em você pesadamente. Você vai ser a nossa ligação. Antes que Oliver pudesse responder, Dalila interrompeu-o. -Espere, eu posso sair durante o dia também. Mesmo que Delilah fosse uma companheira de sangue e bebesse o sangue de Samson, ela permanecia inteiramente humana, exceto por uma coisa: ela não envelheceria mais do que envelheceu. -Fora de questão. - Sansão estalou. -Você não vai se envolver na investigação. -É a minha empresa também. - Ela apoiou as mãos em seus quadris. -Eu não nego isso. Mas você não vai colocar-se em perigo, não em sua condição. -Condição? - Amaury ouviu-se perguntando e imediatamente sentiu a resposta a sua pergunta. Todos na sala deram ao casal um olhar interrogativo. Samson sorriu com orgulho. -Eu acho que o gato está fora do saco. - Ele puxou Delilah em seus braços. -Delilah está me fazendo o cara mais sortudo nesta terra. Nós vamos ter um bebê. O homem era um sortudo. Amaury sacudiu a cabeça. -Parabéns.
Como seus amigos, ele deu seus melhores desejos e felicitou-os em seu evento feliz e Amaury assistiu Samson segurar sua esposa mais apertada, enquanto sussurrava algo em seu ouvido. Ele não precisava ouvir o que ele tinha dito, por que as emoções emitidas pelos dois o atingiram como um tijolo caindo de um arranha-céu. A pressão aumentou nas suas têmporas. Se ele não saísse dali em breve, sua cabeça iria explodir. O amor era o sentimento mais devastador, enroscando-se na cabeça de Amaury. Ele não tinha de nenhuma forma ciúmes de Samson, por que ele não tinha interesse em sua adorável companheira, mas ele simplesmente não podia suportar a sua companhia por muito tempo. Sempre que o amor de outras pessoas bombardeava sua mente, a dor que sentia era praticamente insuportável. Sendo amaldiçoado, para nunca sentir o amor em seu coração novamente, sua mente não podia lidar com esta emoção e só reagia com dor e rejeição. Infelizmente, a reunião ainda não havia terminado. E ele já chegou tarde. Sair mais cedo estaria fora de questão. Afinal, ele era um oficial da empresa e tinha um interesse nela. Esta crise tinha de ser tratada. Amaury agarrou a antiga mesa maciça atrás dele, para se equilibrar e tentou distrair-se do trovão batendo em sua cabeça. Deixando sua boca em outro meio sorriso, tentando disfarçar sua agitação interna, ele se dirigiu para Gabriel através do monitor. -Algum outro setor relatou problemas? -Estou enviando reforços para Houston, Seattle, Chicago e Atlanta. Nós não sabemos ainda se isto vai limitar-se a São Francisco ou não. Mas temos de ser muito cuidadosos. Quanto mais rápido descobrirmos quem ou o que está por trás disso, melhor para todos os que estão envolvidos. Isso não deve se espalhar. Vamos ser arruinados se isso acontecer. Samson deu um sorriso triste, com Delilah ainda aconchegada ao seu lado. -Você está certo. A empresa não pode sobreviver a este tipo de publicidade. E se a polícia ou a imprensa insistir muito, estaremos em apuros. Nenhum de nós pode se dar ao luxo de ser exposto por aquilo que somos. Assim, ao menor deslize com qualquer ser humano, limpe suas memórias. É crucial. Sem exceções. -E nós não podemos deixar mais ninguém morrer. - acrescentou
Delilah. -Até que isso acabar, nós todos devemos minimizar nossos contatos com os seres humanos. Samson não tinha que olhar para onde ele estava, mas Amaury sabia que o soco era apontado para ele. Fácil para o seu amigo lhe dizer, ele tinha sua esposa humana ao seu lado dia e noite. Ele entendeu a mensagem, que era alta e clara. Amaury tinha que ficar longe de mulheres humanas. E onde isso lhe deixava? Ter relações sexuais com mulheres vampiras que não o tinham chutado para fora de sua cama ainda? Não que ele não se entregasse quando se tratava de sexo, mas muitas das senhoras vampiras tinham começado a fazer exigências emocionais. Por que todas tinham, de repente, se transformado em criaturas carentes, pegajosas, ele não tinha ideia. Com certeza, a integração foi a culpa. Como se o objetivo delas fosse imitar os humanos. Ele, com certeza, não iria se transformar em um desses idiotas faladores, indo todo gosmento olhando uma mulher, nem mesmo se ele fosse capaz de amar, o que, naturalmente, ele não era.
Capitulo 3 Nina puxou o capuz de seu moletom escuro sobre a cabeça. Pela centésima vez esta noite, ela colocou uma mecha de seu cabelo loiro escuro enrolado atrás da orelha. Se ela deixasse seu cabelo crescer mais, seria capaz de puxar as indisciplinadas mechas para trás, em um rabo de cavalo. Mas o cabelo comprido era impraticável, especialmente em uma luta. Em todo caso, ela não era feminina. Com um metro e setenta e dois, ela certamente não era pequena, um fato que ela era grata, especialmente quando estava contra alguns caras grandes e maus. O nevoeiro se dissipou horas mais cedo, tornando esta uma linda e estrelada noite, mas sem lua. Quase silenciosa em sua paz, ela guardava enquanto a cidade dormia. Nina continuou observando a bela casa vitoriana de seu esconderijo do outro lado da rua. Mais de uma hora atrás, ela tinha visto vários deles entrarem, e ninguém havia saído ainda. Eles. Ela sabia o que eram. Um mês antes, ela havia mexido nas posses de seu irmão e reunido o que a princípio ela pensou que era impossível. Ela imediatamente descartou suas descobertas como ridículas. Mas quanto mais ela voltava, mais ela cavava, mais claro tudo havia se tornado. Ela encontrou notas na agenda de Eddie, desenhos de armas e símbolos estranhos. E nas margens de um livro sobre o paranormal tinha feito mais notas. Em seguida, sob o colchão, ela tinha encontrado uma lista com nomes. Ao lado de cada nome, ele colocou humano ou vampiro. No momento em que Nina tinha lido a palavra pensou que ele tinha enlouquecido. E por um curto espaço de tempo ela tinha acreditado que ele era culpado do que tinha sido acusado. A doença mental seria uma explicação. Mas nunca houve um sinal de instabilidade nele. Eddie não era louco, de jeito nenhum ela iria acreditar nisso.
Então ela cavou mais fundo, seguindo aqueles que ele tinha classificado como vampiros em sua lista. A maioria trabalhava para a Scanguards. Nina fungou e limpou o nariz na manga de sua camiseta. Suas roupas escuras a confundiam com a paisagem atrás dela. Ninguém seria capaz de notá-la, mesmo que olhasse em sua direção. Várias semanas seguindo aqueles que ela suspeitava serem vampiros tinha se transformado em um curso intensivo de discrição. Até agora, ela ficou longe o suficiente deles para estar fora de perigo. Hoje à noite, ela teria que chegar perto. O som de uma porta abrindo tirou Nina de seus pensamentos. Um rápido olhar sobre a pessoa que saia da grande casa vitoriana confirmou que era um dos vampiros, o maior deles, Amaury. Ela seguiu-o várias vezes, descobriu onde morava e tentou encontrar o seu ponto fraco. Ela não estava particularmente interessada em ele ser o primeiro que ela teria que levar abaixo, mas talvez devesse ser assim. Livrar-se do maior e pior vampiro primeiro, os restantes seriam presas fáceis, em comparação. Nina o assistiu cambalear nos degraus da escada, quase como se ele estivesse bêbado. Na calçada, ele parou e se apoiou contra a porta à sua direita. A luz do lampião iluminou seu rosto. Ao invés do largo sorriso que tantas vezes ostentava na companhia de outras pessoas, seu rosto estava distorcido, com sulcos profundos ao redor da boca e dos olhos, criando uma máscara de dor. Dor? Ela franziu o cenho. De tudo o que sabia sobre os vampiros, era quase certo que não sentiam muita dor, isso se houvesse alguma. No entanto, Amaury parecia como se estivesse com uma enxaqueca, as palmas das mãos pressionadas firmemente contra suas têmporas. Com a respiração suspensa, ela viu seu peito subir e descer, quando ele inalou e exalou profundamente. Havia algo tão humano, tão vulnerável sobre ele, que fez seu próprio peito apertar com simpatia. Ela imediatamente sacudiu o pensamento de sua mente. Alguns segundos se passaram antes que ele, finalmente, se endireitasse, seu rosto ficou normal novamente. Nina permaneceu a uma distância segura atrás dele enquanto o seguia, o pavimento úmido absorvendo o som de seus sapatos de sola macia. A partir da direção que ele tomou, ela percebeu que ele estava indo para casa. Porque ele vivia em Tenderloin, um dos desgastados
bairros de São Francisco, quando ele certamente poderia pagar um lugar muito melhor, era um mistério para ela. Suas roupas, enquanto casuais, eram de marcas. E uma vez ela o tinha visto em seu carro, um Porsche. Conforme ela o seguia para baixo do morro, incorporando lentamente as partes menos movimentadas da cidade, onde muitos dos viciados em drogas e sem-teto se reuniam, já havia se decidido por um lugar para matá-lo. Pacientemente ela não corria contra o tempo, cada passo trazendo-a mais perto do local, que lhe daria uma vantagem definitiva. Nina deu a volta, quando outro homem sem-teto desmaiou na calçada. O cheiro de álcool e urina agrediu os seus sentidos. De repente, o bêbado se contorceu e grunhiu, assustando-a. A adrenalina bombeava através de suas veias. Ela olhou para o homem, pronta para se defender se necessário, mas ele estava com frio. Quando ela olhou para cima, Amaury acabara de dobrar a esquina. Ela só viu uma ponta da barra de seu longo casaco. Imediatamente, apressou o passo. Ela não podia se dar ao luxo de perdê-lo, quando estava tão perto de seu objetivo. Dois quarteirões mais era o local que ela tinha sondado dias atrás. A escada obsoleta que ela descobriu a levou sobre o telhado de um edifício histórico abandonado. No canto diagonal dele, de um ponto de vista claro, acima de um beco estreito, um beco que Amaury gostava de tomar. Ele iria passar por ela, e ela seria capaz de saltar em cima dele, estaqueando-o ao mesmo tempo. Nina enfiou a mão no bolso e tocou a estaca. A madeira parecia suave em sua mão enquanto ela a acariciava como um amante, adaptada à sua palma. Amaury LeSang, você vai ser um vampiro morto em um minuto. Um homem tão grande, mas um objeto tão pequeno poderia provocar a sua morte. Era quase poético. Por toda a sua força e poder, os vampiros eram surpreendentemente vulneráveis a algo tão simples como um pedaço de madeira. Havia justiça neste mundo depois de tudo. Ela iria chamar esta justiça nesta noite. Ela virou a esquina que ele virou apenas segundos antes. A rua estreita estava escura e vazia. Nina derrapou até parar. E se ele a tivesse notado depois de tudo e começado a correr, uma vez que ele tinha estado fora de sua linha direta de visão?
Ela examinou a calçada e portas. Nada, exceto por um par de desabrigados discutindo e um adolescente à espreita nas sombras, provavelmente à espera de seu traficante de drogas, se ele não fosse um deles. Nenhum som ou visão de ninguém na vizinhança. Um calafrio viajou por sua coluna, espalhando desconforto em seu corpo. Uma quadra mais e viraria para pegar o beco. Talvez ele já tivesse chegado lá. Mais alguns passos à frente e para a direita, ela se abaixou sob o arco pequeno que levava para a escada antiga. Ela subiu dois degraus de cada vez. Se ela se apressasse, ainda poderia estar no local, a tempo de atacar. Nina pegou velocidade e correu até os últimos degraus antes que fizesse uma brusca virada. Um arranco curto através do telhado e chegou ao ponto de vista que expunha o estreito beco abaixo. Ela sabia que ele gostava de tomar este atalho para sua casa. Ela o tinha visto fazer isso várias vezes. Só que desta vez, ele não estava no beco. Ela sentia falta dele. Todo o seu trabalho dessa noite foi por nada. Um completo nada. Droga! Nina bateu o pé em frustração e empurrou o ar de seus pulmões. Um som fraco por trás dela a fez girar em seus calcanhares. Somente sua reação rápida salvou de ser agarrada por trás, mas a mão grande ainda pegou o braço dela. Sua respiração engatou e o medo apertou em torno de sua garganta com o contato inesperado. Sem sequer olhar para o rosto dele, ela sabia com quem estava lidando. Amaury era construído como um tanque: duro, inflexível, e impagável. Ela sentiu a força bruta enviar cargas elétricas ao longo de sua pele. Preocupação genuína cantarolava através dela. Sem o elemento surpresa ao seu lado, ela não tinha nenhuma chance de vencer uma luta contra ele. Ele poderia facilmente dominá-la, e ela estaria lhe dando tanta resistência quanto uma folha de grama no vento. A fuga era a única opção, neste momento. Ela não era orgulhosa ou estúpida o suficiente para ficar por perto. Com um movimento rápido, ela torceu o braço e empurrou-o, fazendo-o perder o controle sobre ela. Um chute firme em sua canela, e ela disparou passando por ele, maldições abafadas foram ditas atrás dela. Quando ela sentiu sua mão agarrar seu moletom, chutou de volta com sua perna, e em seguida, girou sobre o outro pé e usou ambos os
braços para forçá-lo a liberar sua roupa. Mas ela tinha subestimado sua força, ou a força de qualquer vampiro nesse assunto. -Quem diabos é você? - Amaury cuspiu. O ronco profundo de sua voz enviou um tremor através de seu corpo e fez arrepiar a pele. -E por que você está me seguindo? Sua estrutura imponente se erguia mais de quinze centímetros acima dela, enchendo seus sentidos. Com uma mão ainda no seu moletom, ele arrancou o capuz fora com a outra, ignorando seus braços batendo. Seus cachos caíram fora. Nina tentou, sem sucesso, apertar sua mão quando ele a fez subir o queixo, forçando-a a olhar para ele. -Você é uma mulher! Seus olhos se arregalaram quando ele olhou-a. Ela usou seu momento de hesitação para torcer fora de seu controle e correu para longe dele. Ela nem sequer deu dois passos antes de seus braços serem arrebatados novamente. Mais apertado dessa vez, transportando-a em seu tórax rígido. Ele a fez virar-se para ele. Pressionando os lábios em uma linha fina, ela olhou para ele, e olhou para os olhos mais azuis que ela já tinha visto. Nina sempre observou Amaury de longe, sempre a partir de uma distância segura. Esta era a primeira vez que ela estava a poucos centímetros de seu rosto e de seu corpo maciço. Ele era alto e musculoso, ossos grandes e ombros largos. Mas não havia um grama de gordura nele. Seu cabelo era tão negro como um corvo, não exatamente na altura dos ombros, e um pouco enrolado em suas extremidades. Mas não foi o cabelo ou o seu corpo forte, que capturou sua atenção, nem mesmo as mãos que a mantinha presa contra sua vontade. Foram seus olhos. Tão azuis e tão profundos como se um oceano olhasse para ela, hipnotizou-a. Talvez ela pudesse ter sacudido as mãos dele de alguma forma, mas não seus olhos. Nem a curva sensual de sua boca, a plenitude de seus lábios, ou a linha forte de sua mandíbula. Mesmo o nariz estava em perfeita proporção ao seu tamanho, longo e reto, quase grego. Nunca em sua vida tinha ficado cara a cara com um homem tão bonito, sensual e áspero ao mesmo tempo. Apesar da situação precária em que ela se encontrava, capturada por um vampiro, não lutou para sair de seus braços e ficar longe de seu corpo. Em vez disso, ela encontrou-se avançando para frente, movendo cada vez mais perto dele para saborear o calor que irradiava dele. Amaury cheirava a terra e
couro, puramente masculino. Sua barriga apertou em resposta. A reação desenfreada de seu corpo enviou um sinal de alarme a sua cabeça. Que diabo ela estava fazendo? Ela deveria chutar sua bunda daqui para Alcatraz, não ficar cobiçando-o como uma estrela que atingiu o auge. Ele era o inimigo, um dos homens responsáveis pela destruição de sua pequena família. Por que o seu corpo não se moveu, quando ela deveria pelo menos ter tentado alguns golpes de karatê para escapar de seu agarre? Seus olhos apertados eram afiados e avaliadores, observando-a com desconfiança, mas ele não disse nada. Ela não achava que ele pudesse ainda estar chocado com o fato de uma mulher tê-lo seguido, mas algo estava segurando a sua língua. Nina baixou suas pestanas para olhar para sua boca e viu seus lábios como um convite. Lábios firmes e sensuais, que roçaram entre si, apenas para confirmar que ela não estava sonhando com a perfeição em sua frente. Não. Ainda assim é o inimigo. Um vampiro mau. Ela poderia resistir a essa tentação. Ela era forte, até que ele exalou e ela tomou a sua respiração, almiscarado e terroso. Seu perfume era inebriante, droga, como se contivesse uma substância secreta projetada para deixá-la tonta. Umedecendo os lábios secos, agora era incapaz de pensar claramente, ela esticou para cima e inclinou o rosto para ele. Ele estava se inclinando para ela agora, ou foi uma ilusão? Realmente um vampiro mau. No entanto, tão atraente. Não! Ela tinha que lutar contra isso, lutar contra ele. Improvise! Sim, ela tinha que virar esse jogo, torná-lo sua vantagem. Encontre a sua fraqueza. Pense! Você é uma mulher inteligente, caramba, pense!
Era isso: uma mulher. Ela era uma mulher, e sua fraqueza era mulheres. Ela o tinha visto na companhia de muitas delas, sim, ela poderia usar isso. Ele poderia cair. Ou explodir na sua cara. Nina não ouviu a sua voz interior, que indicava dúvida. Em vez disso, ela avançou para frente, mais uma vez, mais perto de seu rosto perfeito e apertou seus lábios contra os dele. Ele pareceu espantado, seus lábios ficaram rígidos por um momento. Mas, então, as mãos lançaram um aperto mortal em seus braços, e ele a puxou em seu corpo. Uma mão circulou sua cintura, a outra segurou a sua cabeça, os dedos fortes se enterrando em seus cachos como um amante faria. Seu coração pulou de alívio, ele estava caindo. Ela seria capaz de distraí-lo e fugir. Mas, no momento em que seus lábios responderam ao dela, e sua língua invadiu sua boca, seu corpo assumiu. Seu beijo acionou o interruptor desligando o seu cérebro e fechou todo o pensamento sensato que ela já teve, limpando o plano brilhante de sua mente como se ele nunca tivesse existido.
Amaury trouxe a mulher humana para mais perto dele, esmagando os seios dela em seu peito. Seus curtos cachos loiros eram macios sob sua mão, como seda. Assim que ele sentiu os lábios dela pressionarem os seus, respondeu com um gemido gutural. E então ele a beijou de volta. Ela recebeu sua língua, duelando com a dela, incentivando-o a explorá-la. Ele não iria decepcioná-la. Dobrando a cabeça, ele buscou uma penetração mais profunda e encontrou-a ansiosa para aceitar a sua exigência. Pelas deselegantes roupas, ela poderia ser confundida com uma delinquente juvenil, não parecia quente e nem tão disposta, quanto ela acabou sendo. Mas o que realmente o tinha deixado por um fio foi o fato de que ele não podia captar qualquer uma de suas emoções, o que era mais do que um pouco enervante, era fascinante. Francamente, ele poderia beijar uma mulher sem focar em sua liberação. Ele sentiu como se fosse um presente do céu, ser capaz de desfrutar de um beijo como o que ele agora compartilhava com ela. Um beijo cheio de fogo, paixão e
desejo. E ele não tinha ideia de por que ela o beijara, quem era ela, ou o que queria, mas seu corpo pressionado contra o dela, parecia totalmente certo. Por sua própria vontade, a sua mão desceu de sua cintura, e ficou sobre o traseiro arredondado. Com um gemido, Amaury puxou-a contra a sua ereção crescente e assumiu o comando. Seus lábios tinham o sabor de flores, de baunilha, de inocência. Ele inalou o cheiro dela, levando-o profundamente dentro de seu corpo. Ondas de prazer caíram através dele, acendendo a luxúria que ele manteve mal contida dentro dele. Seu gosto era inebriante, puramente feminino, e indescritivelmente sexy. Recusando-se a parar, ele forçava as cavernas de sua boca como um bárbaro invasor, selvagem e feroz. Em vez de fugir de seu ataque, ela lançou os braços em volta do seu pescoço, como se para garantir que ele não fosse parar. Sem chance de isso acontecer, não enquanto seu pênis pulsava com precisão e sua língua enviava choques pequenos através de seu corpo cada vez que ela acariciava-se contra ele. A mulher sabia como levar um homem à loucura com seu beijo. Seu gosto doce era como ambrosia para ele, como um prazer perdido há muito tempo e que ele tinha esquecido. Ela lembrou-lhe de emoções a muito enterradas e agitou sua carne como nenhuma outra mulher tinha feito, em quatro séculos. Sob suas mãos gananciosas, ele capturou o calor e a suavidade de uma mulher cheia de paixão, uma mulher que poderia coincidir com suas próprias necessidades. Os sons de prazer vindos dela eram como explosões de fogos de artifício para ele, alimentando seu desejo ainda mais. Isso o fez querer coisas que ele nunca ousou reconhecer, proximidade, afeto, calor. Amaury beijou-a enquanto soltava um gemido e engoliu-o, quando ele ricocheteou nas cavidades de seu peito, saltando fora de seus pulmões e contra o seu frio coração. E por um instante, uma faísca acendeu onde seu coração batia quase congelado. No segundo seguinte, o seu coração bateu mais rápido do que nunca. Um momento depois, ele ouviu um som atrás dele. Perigo! Por reflexo, ele a soltou imediatamente e virou. Atrás dele havia apenas escuridão. Ninguém mais estava no telhado, apenas os dois.
O momento em que ele se voltou para ela, ela já se afastava dele e corria em direção à borda do edifício. Um segundo depois, ela se foi. Ele ouviu o estrondo e seguiu o som. Quando chegou à borda, ele olhou para baixo. Abaixo dele estava o beco que ele tantas vezes tomou a caminho de casa, e lá, no final estava a mulher, fugindo dele. -Espere. - ele gritou para ela. -Quem é você? Mas ela já dobrava a esquina e estava fora de vista. Amaury engoliu em seco. Ele ainda podia sentir o gosto dela em sua língua, ainda sentia o fantasma de sua forma suave pressionado em seu corpo. Que diabos tinha acontecido? Ele balançou a cabeça. Geralmente ele era o único a seduzir. Mas, desta vez, uma mulher virou a mesa contra ele. E ele gostou. Muito. Foi uma pena ela não ter ido mais longe. Por que, de repente ela correu, quando tudo estava indo tão bem? E por que ele não tinha sido capaz de sentir suas emoções, nem uma única, quando apenas alguns minutos antes sua cabeça latejava dolorosamente? A única razão para ele ter descoberto que ela o estava seguindo era por que ele tinha ouvido seus passos, mas sua mente estava completa e totalmente silenciosa. Como se ela não tivesse emoções. No entanto, seu beijo apaixonado tinha falado de forma diferente. Talvez algo estivesse acontecendo com ele. Seria possível que as sessões com seu psiquiatra, Drake, tinham de alguma forma, ajudado? Isso poderia ser um começo, um sinal de que sua maldição estava diminuindo. Quando ele se virou e caminhou de volta em direção à escada, ele tropeçou em alguma coisa, mas se conteve instantaneamente. Ele abaixou-se e pegou o item. Ele prendeu a respiração, e seu coração bateu na garganta. No instante em seus dedos tocaram o instrumento de madeira, ele sabia o que era. Sua forma era conhecida por ele e qualquer vampiro, e, temido por todos eles. Uma estaca de madeira.
Capitulo 4 Apesar de seus esforços incansáveis, pelo resto da noite Amaury não conseguiu encontrar um traço da misteriosa mulher, até chegar o tempo de se reunir com Carl. Na verdade, ele tinha passado tanto tempo com a busca, que ele negligenciou suas outras atribuições. A danada da mulher estava fodendo com a sua cabeça, e ele foi ficando cada vez mais irritado com isso. Essa pequena cadela podre o tinha beijado com pleno conhecimento de que ele era um vampiro. E por quê? Assim, ela poderia matá-lo. Ele estava completamente distraído. Com um beijo! Ele, de todas as pessoas, devia ser totalmente imune a essas distrações, dado que ele era um especialista sobre sexo e todas as coisas ligadas a isso. A mulher brincou com ele como se fosse um idiota excitado! Isso tinha deixado um gosto amargo. Ela estaria em maus lençóis uma vez que ele a encontrasse. E ele iria encontrá-la, eventualmente. E então as máscaras iriam cair, e ele daria a ela o que merecia. Ela receberia uma dose letal de Amaury. Ninguém faz Amaury LeSang de bobo, ou pelo menos, ninguém fugiu como ela. Muito menos uma mulher humana. A buzina o alertou para Carl, para que entrasse no carro. Amaury abriu a porta da limusine preta e entrou no lado do passageiro. -O carro parece sujo. - Amaury advertiu. Carl tinha um olhar irritado em seu rosto. Perfeito. Dois vampiros putos, juntos em um carro. A noite não poderia ficar melhor do que isso. -Eu sei. Essa equipe de construção inútil bloqueou a entrada para a garagem, então eu tive que manter o carro estacionado do lado de fora. Eu não ficaria surpreso de encontrar arranhões na pintura. -Sim, é uma merda. - Seu comentário não era para Carl, mas para si mesmo. Onde diabos foi se esconder a mulher? Por que beijá-lo assim, com tanta paixão, como se ela quisesse dizer isso, quando tudo
que queria era matá-lo? Mesmo horas após o beijo, ele ainda podia sentir o gosto dela, e isso o levou a loucura. -Será que você visitou alguma casa esta noite? - Carl perguntou. Como corretor pessoal de Samson, Amaury tomava conta de todos os investimentos imobiliários dos Scanguards, bem como das propriedades de Samson. Amaury sacudiu a cabeça. -Algo aconteceu. Sim, seu pênis. Que, por sinal, ainda está duro. Só de pensar na diabinha loira, ele se manteve em permanente estado de prontidão. -Eu não tive a chance. Mas existem algumas casas que só agora vieram ao mercado. Algumas delas podem funcionar para Samson e Delilah. Eu vou vê-las amanhã à noite. Com a chegada do bebê, eles definitivamente vão precisar de mais espaço agora. Ele enfiou a mão no bolso do casaco. Na expectativa de ver algumas casas ele estava com as chaves com ele. Isso lhe daria acesso as casas vazias para venda, sem a necessidade de um agente imobiliário ter que estar presente. Um sistema limpo, especialmente desde que ele só poderia ver as casas à noite. E, felizmente, o mito medieval de que um vampiro precisava ser convidado para uma casa era simplesmente falso, caso contrário, ser um agente imobiliário iria ser ridículo como uma opção de carreira para um vampiro. Em silêncio, eles foram para o aeroporto privado a vários quilômetros ao sul de São Francisco. Os Scanguards tinham seus próprios aviões, especialmente equipados para o transporte de vampiros durante o dia. Tomar aviões comerciais era muito arriscado. Carl estacionou na beira da pista, desligou o motor e olhou para o relógio. -Eles devem pousar em poucos minutos. Amaury tamborilava os dedos em suas coxas. Ele não estava no clima para encontrar seus velhos amigos, uma vez que o levou para longe de sua busca pela mulher humana, que tão bem o beijou. Ele irritou-se que até agora não conseguiu encontrá-la em qualquer lugar.
Assim que pudesse, iria retomar sua pesquisa. Ele não tinha muita informação, só o cheiro dela, mas ela não ia fugir dele. O som estrondoso anunciou a descida do jato particular. Minutos depois ele teve uma parada completa do outro lado da pista de pouso. Carl dirigiu o carro até o avião quando as portas se abriram. Gabriel foi o primeiro a sair. Sempre com um dom para o dramático, ele surgiu vestindo calça jeans preta, camisa de botão e casaco de couro. Juntamente com sua grande cicatriz, ele representava autoridade e confiança. E como o número um de Nova York, ele exercia um poder considerável dentro da empresa. Apenas Samson era mais poderoso. Amaury estava em pé de igualdade com Gabriel. No passado as suas lutas internas de poder causaram alguns conflitos. No entanto, desde que Amaury tinha se mudado para a Califórnia, suas lutas acalmaram, e sua amizade tinha se tornado prioridade. Amaury pulou para fora do carro para cumprimentar seu velho amigo. Eles apertaram o braço direito um do outro. -É bom ver você. -Tem sido um longo tempo, - respondeu Gabriel. -Não o suficiente, - disse uma voz feminina que vinha atrás. Amaury olhou em sua direção. Yvette, tão sexy e deslumbrante como sempre, deslizou para baixo pelas escadas. Calças de couro e uma blusa apertada rosa, acentuavam suas curvas sedutoras. Seu cabelo preto e curto estava para trás, longe de seu rosto impecável. Mulheres matariam por um rosto como o dela. -Ainda magoada? - Amaury forçou-se a sorrir. Ele não ia permitir que ela chegasse até ele. -Não fique se achando, Amaury. Ela desceu com as pernas longas e sexys, as mesmas que se lembrava muito bem, sendo enrolados na sua cintura há muito tempo. Amaury abalou a imagem fora e seus olhos vieram de volta ao presente. Yvette parou ao lado de seu chefe, talvez um pouco mais perto do que a sua relação de trabalho sugerisse que fosse necessário. -Você não é tão memorável.
Ele sabia que era, mas não ganharia a satisfação de tentar provar a ela. Era melhor deixar que os leões dormissem, ou leoas, antes que suas garras fizessem dano. Gabriel virou-se para a porta do jato. -Quinn, Zane, o que diabos vocês estão fazendo? Nós temos que sair antes do nascer do Sol. -Estou indo! - Foi a resposta. Um segundo mais tarde, Zane apareceu na porta, com dois sacos na mão. -Bagagem. Ei, Amaury, você pode me dar uma mão? -Permita-me, - Carl interrompeu e pegou as malas de Zane. -Obrigado, Carl. Depois de se livrar da bagagem, Zane apertou a mão de Amaury. Sua cabeça estava ficando careca, e apesar da falta de cabelo, ele era um diabo bonito. Magro e bronzeado, vestido de calça jeans desbotada e uma camisa polo branca, ele tinha um ar casual. Mas Amaury o conhecia melhor. Zane era uma maldita máquina de combate, rápido, cruel e letal. Ele nunca iria querer ficar no seu lado ruim, não que Zane tivesse um lado bom. -É bom ver você. - Amaury se dirigiu a ele. -Eu me sinto melhor sabendo que você está se juntando à luta. Zane torceu a boca, mas não chegou a atingir um sorriso. -Qualquer coisa por uma boa luta. Gabriel raramente me permite entrar em ação. Um olhar de lado para Gabriel, mostrou a Amaury que o chefe de Nova York agraciou-os com um olhar impaciente, sua boca torcendo para um lado. -E Zane sabe exatamente o porquê. Soou como uma reprimenda nos ouvidos de Amaury. Zane parecia encolher os ombros, como se não fosse nada. -Vai ser como nos bons e velhos tempos. -Eu não me lembro dos bons velhos e tempos sendo tudo de bom, - veio a voz de Quinn de dentro do avião. Um segundo depois a cabeça do loiro bateu para fora. Ele tinha a pele clara, suaves olhos cor de
avelã e um sorriso de menino. Sua idade foi congelada para sempre no final dos 20. E ele tomou isso como a liberdade para se comportar com sua idade que aparentava, mesmo que ele tivesse bem mais de duzentos anos de idade. -Talvez não para você, - Zane respondeu, -mas para Amaury e eu, as coisas eram muito divertidas. Não muito bem certo de qual de suas muitas batalhas seu velho amigo tinha se referido, Amaury apenas concordou. Ele não diria que fosse divertido. Macabro, era provavelmente, a melhor palavra. A maioria das lutas de Zane envolvia muita confusão e sangue. Quinn finalmente saiu do avião, com um saco de roupa pendurado no ombro. -Eu estou pronto. -Em tempo. - Gabriel olhou para o relógio e franziu as sobrancelhas. Assim que eles foram empilhados na limusine, Carl virou o carro de volta para São Francisco. Amaury teve certeza de que ele não estivesse enfrentando Yvette, que já tinha olhado com olhos de punhais para ele mais cedo. Com Quinn sentado entre ele e ela, enquanto enfrentava Gabriel e Zane, Amaury foi salvo do contato físico e visual. Por um momento, houve silêncio até que Gabriel finalmente falou. -Samson deve estar em êxtase. -Nunca pensei que eu iria vê-lo assim, - Amaury confirmou. -Isso não acontece a muitos de nós, mas quando acontece, é uma mudança de vida. - Havia um olhar triste nos olhos de Gabriel. Ele não tinha encontrado sua companheira ainda, e Amaury soube imediatamente que a solidão estava acompanhando-o. Era mais forte agora do que quando ele o tinha visto pela última vez, frente a frente, alguns anos antes. Como eles, muitas vezes falavam através de vídeo conferência, Amaury não tinha conhecimento de como as emoções intensas de Gabriel haviam se tornado. O dom de Amaury não funcionava com longas distâncias. Ele precisava de certa proximidade física para sentir os sentimentos das pessoas. Quinn saltou um olhar confuso entre eles.
–Êxtase, sobre o quê? Parecia que o chefe de Nova York ainda não tinha contado aos seus funcionários sobre os últimos acontecimentos na casa Woodford. -Samson vai ser tempo, não é?
pai. - respondeu Gabriel. –Ele não perdeu
Apenas três meses antes, Samson e Delilah tinham se tornado parceiros. -Eles estão bem juntos. - Amaury lançou um olhar melancólico para fora da janela quando correu a mão ao longo do acabamento suave de mogno da porta. Ele teria preferido que Gabriel tivesse escolhido para falar sobre o trabalho, em vez de jogar conversa fiada. Ele não queria obter a imagem do casal feliz em sua mente. Falar sobre a felicidade de outras pessoas era demais em contraste com sua própria vida vazia. -Uau, isso é ótimo. - comentou Quinn. Amaury achou necessário terminar o bate-papo. -Você montou uma estratégia, Gabriel? Qual é o seu plano? Ação era uma boa maneira de tirar a sua mente de outras coisas. -Eu liguei para o Ricky do avião. Primeiro, vamos realizar uma reunião pessoal. Nós vamos ficar na retaguarda e deixar Ricky executálo, mas nós estaremos usando nossos poderes para examinar suas mentes. Basicamente, é você e eu, Amaury. Vou tentar desbloquear as suas memórias e passar por elas para encontrar alguma coisa útil, e você vai checar suas emoções e descobrir o que eles estão pensando. Gabriel explicou. Amaury se mexeu na cadeira. Ele via uma grande dor de cabeça se aproximando, literal e figurativamente. -Há uma grande diferença entre pensar e sentir, - Amaury disse. Você sabe tão bem quanto eu que não posso ler a mente das pessoas. Claro, eu posso descobrir mais ou menos o que eles poderiam estar pensando, com base no que seu estado emocional mostra, mas não é uma nenhuma maneira confiável e detalhada. Seu dom é muito mais preciso. Talvez a gente devesse confiar apenas no seu.
Amaury foi tão usado para detecção de emoções, que seu cérebro já traduzia pensamentos para ele, mas ele não tinha ideia se o seu cérebro estava fazendo um bom trabalho ou não. -Não, nós precisamos de você para isso. - protestou Gabriel. O som da voz de Gabriel disse a Amaury que ele não seria deixado de fora. E agora, ele estava muito cansado para uma luta verbal, que não tinha certeza de que fosse ganhar, melhor dar u tempo. -Estamos falando de centenas de pessoas aqui. Nós não podemos fazer tudo em uma só sessão. - Não havia nenhuma maneira que ele pudesse absorver muitas emoções ao mesmo tempo. A dor seria insuportável. -Nós vamos dividi-las em grupos menores. Com quantos você pode lidar ao mesmo tempo? De preferência, um de cada vez. -Talvez, vinte e cinco. - Ele nunca se arriscaria a ser visto como um covarde. -E você? -Vinte e cinco está muito bom. Vou instruir Ricky. Nós não podemos ficar juntos ao mesmo tempo de qualquer maneira. Nós vamos ter algumas noites agitadas à nossa frente. Amaury percebeu que Gabriel estava certo, essas seriam noites agitadas. Não haveria muito tempo para caçar por uma refeição fresca ou obter sexo o suficiente para manter a sua dor distante. Ele teria que encontrar tempo para escapulir, caso contrário, as coisas começariam a ficar feias para ele. Em qualquer tempo, perto de 48 horas sem sexo e ele começaria a subir nas paredes. -O que os outros irão fazer? -Eu vou estar nas reuniões do pessoal com você e Gabriel, Yvette respondeu. Amaury levantou as sobrancelhas, mas não disse nada. Ele pegou o olhar de Gabriel sobre ele. -Yvette será útil. Ela tem uma memória fotográfica, como Samson. Agora havia um pedacinho de informação que ele não sabia sobre ela. Como isso lhe escapou? Ótimo, e ela o tinha visto nu! Será que ela ainda carregava aquela imagem em particular em sua mente? Amaury se encolheu.
-Perfeito. - Ele tentou conter todo o sarcasmo de sua voz, mas não tinha tanta certeza se tinha conseguido. Zane limpou a garganta. -Eu vou estar infiltrado entre os elementos criminosos da cidade para ouvir a videira. Eu tenho certeza que vou cavar alguma coisa. -Eu deveria ajudá-lo com isso, - Amaury se ofereceu. Andar na parte central de São Francisco era muito melhor do que ter sua cabeça enfiada em uma sala com 25 funcionários e suas emoções. Pelo menos teria a chance de chutar alguns traseiros. Estar fora com Zane, praticamente garantia isso. -Nós precisamos de você nas reuniões de equipe, - insistiu Gabriel, seu tom cada vez mais irritado. -Como eu já disse, precisamos do seu dom. Dom, uma ova! É uma maldição! Antes que Amaury pudesse responder, algo o sacudiu. No instante seguinte, a fumaça subiu por debaixo do capô do carro e entrou através das aberturas. -Carl, o que foi isso? -Não sei, mas não é bom. Segurem-se todos. - Carl gritou. Eles já estavam em uma rua residencial, nos arredores de São Francisco. Carl continuou dirigindo, mas parecia ter dificuldade com o motor, que de repente, parou. -Carl, fale comigo, - Amaury ordenou. Sua mão agarrou a barra acima da janela. -O motor explodiu, freios estão pegajosos, e a direção está dura. O que mais você quer? Um comentário contínuo? Pela primeira vez desde que ele tinha conhecido Carl, ele o viu perder a calma. Seus ombros contraídos, a pele sobre os músculos do pescoço, puxadas em apertadas linhas horizontais, Carl estava mais perto de entrar em pânico do que Amaury jamais tinha visto. O carro voou sobre uma colisão na estrada e caiu com força, levantando todos para fora de seus assentos antes que caíssem com força em seus lugares novamente. Vampiros não usavam cintos de segurança.
Em outra manobra selvagem de direção Carl trouxe o veículo sobre a calçada. Tanto o meio-fio como o para-lamas do carro ajudaram a parar, centímetros antes de atingir uma cerca baixa. Amaury olhou para seus colegas. Todos pareciam um pouco desalinhados, mas ninguém ficou ferido. Imediatamente, Carl puxou a alavanca do capô e saltou para fora, Amaury correu em seus calcanhares. Ele ouviu grunhidos descontentes atrás dele, enquanto se juntou a Carl que já tinha apoiado o capô para cima. Com as mãos, Carl espantou a fumaça e vapor para longe, antes que ele começasse a inspecionar o motor. -Droga, - Carl exclamou após alguns segundos. -O quê? -Aqui, vê isso? - Carl apontou para uma mangueira, não que Amaury soubesse exatamente o que era. Parecia ter explodido em pedaços. -Isso não aconteceu por conta própria. Alguém fez isso. Isso não foi um acidente. - O olhar grave de Carl era preocupante. Ele não dava um surto de acusações sem fundamento. Amaury confiou na avaliação de Carl, embora ele mesmo não pudesse confirmá-la. Além de dirigir um carro alemão rápido, ele não estava realmente interessado na mecânica do mesmo. Carl apontou para alguns itens minúsculos pendurados na mangueira desfiada. Amaury seguiu seu dedo. Dois fios. -Parece que alguém não quer que a gente volte. Alguém colocou uma bomba. -Merda. - Amaury levantou a cabeça para o horizonte e depois olhou para o relógio. -Quinze minutos para nascer o sol.
Capitulo 5 Os vampiros de Nova York desceram do carro e se reuniram ao redor da capota aberta. Quinn deu ao motor mais do que um olhar superficial quando se inclinou sobre ele e cheirou. - Não podemos concertá-lo aqui. Leva muito tempo. -Quinn deu a Amaury um olhar compreensivo. -Explosivos. Amaury concordou. -E agora? - Gabriel perguntou, com sua voz tensa. -Eu vou chamar Oliver para nos pegar na van apagão. - Carl pegou o seu telefone e abriu. -Não há tempo. Nós vamos ser torrados antes de ele chegue aqui. Nós precisamos nos esconder, - disse Amaury. -Onde? - Yvette perguntou, olhando ao redor do bairro tranquilo. Você não está sugerindo que entremos em uma casa e assustemos a merda dos habitantes, não é? -Isso é exatamente o que teremos que fazer, - Zane insistiu. -Não há tempo para suas sensibilidades equivocadas. - Havia um tom perigoso em sua voz. -A exposição deve ser evitada a todo custo. - Yvette retrucou. Zane deu um passo em direção a ela, ficando nariz com nariz, quando ele soltou um rosnado baixo. -Você prefere ser exposta ao sol? Isso pode ser arranjado. -Cale-se, Zane, e deixe-a em paz, - Amaury a defendeu. Ele tinha uma ideia melhor. -Vamos. Mantenham-se comigo. Há uma casa à venda cerca de quatro quarteirões rua acima. -Por mais que eu goste da Califórnia, eu não acho que essa seja a hora de comprar uma casa, Amaury. - Quinn interrompeu. Como sempre, ele era o mais descontraído entre eles. -Você não tem que comprá-la, mas eu gostaria de mostrar a vocês o interior. Agora. Amaury se lançou a uma corrida. Seus amigos se juntaram a ele,
enquanto corriam pela calçada. -Você não precisa de uma identificação para mostrar uma casa? Quinn perguntou em tom casual. Amaury puxou a chave eletrônica do bolso da jaqueta e acenou para Quinn. -Não, se você tem uma chave para ela. -É melhor estar preparado para usar nossos poderes no caso de alguém estar lá. - aconselhou Gabriel. -Está vazia. Eu estava indo visitá-la para Samson e Delilah. Nós podemos nos esconder lá até Oliver poder vir e nos pegar. Yvette parou próxima a ele enquanto eles continuaram correndo pela rua. -Eu não esperava que você me defendesse contra Zane. - Ela estava lhe agradecendo? Agora, isso era um rompimento de suas interações anteriores. -Em todo caso, eu posso cuidar de mim mesma. Não, não soava como um agradecimento, depois de tudo. Amaury deu-lhe um olhar de soslaio. -Isso não significa nada. -Ele não queria que ela tivesse a impressão de que ele estava sendo carinhoso. Zane tinha saído fora da linha, e a preocupação de Yvette era válida. Isso era tudo que importava. Os outros, ele não dava a mínima sobre o que pensavam dele. -Ainda mantendo a mesma cara de velho, né? - Sua voz tinha um tom de zombaria, da qual ele não gostava. -É a única que eu tenho. - Antes que Yvette pudesse voltar com outra observação inteligente, o que ele sentiu que chegaria a qualquer segundo, a voz de Gabriel os interrompeu. -É isso? - Ele apontou para a casa de estilo georgiano grande com um sinal de venda no gramado da frente. Amaury correu para o portão. Ele encontrou a fechadura eletrônica em uma caixa azul familiar aparafusada nele. Rapidamente, ele apertou a sua senha em sua chave eletrônica e apontou-a para a caixa. Um bipe indicou os dois dispositivos estavam se comunicando. Ele olhou por cima do ombro. Em poucos segundos, o sol
romperia o horizonte. Finalmente, ele ouviu um estalo e pressionou o objeto. Ele lançou um olhar e pegou a chave da casa. -Vou conseguir. Quando ele olhou para cima, viu seus cinco companheiros já parados na porta de entrada, com os olhos fixos no horizonte. Eles abriram caminho para ele chegar a porta. Alguns segundos depois, a chave girou, e a porta se abriu. -Rápido, puxem as cortinas e as fechem. - ele instruiu quando eles correram, cada um deles correndo em um quarto para fechar as cortinas e persianas, protegendo-os do sol nascente. -Não há cortinas na cozinha. - veio a voz de Quinn. Amaury bateu a porta de entrada a fechando atrás dele. -Feche a porta da cozinha. Um levantamento rápido da casa mostrou-lhe que o melhor lugar para esperar era na sala, que não só tinha cortinas escuras, mas também era apoiada a um pátio protegido com árvores exuberantes. A propriedade foi decorada com muito bom gosto, com mobiliário alugado, mesmo que fosse desocupada. -Nós conseguimos. - Gabriel suspirou com alívio. Amaury ouviu Carl falando em seu celular, instruindo Oliver para buscá-los. -Samson, obviamente, tem outras coisas em sua mente, se ele não pode sequer garantir a segurança de seu próprio povo. - Zane repreendeu, claramente precisando de uma saída para a sua raiva com a situação. Amaury lançou-lhe um olhar de advertência, mas Carl foi mais rápido quando se tratava de uma resposta. -O Sr. Woodford não merece o seu desrespeito e, não que isso seja da sua conta, as circunstâncias... -Ninguém jamais deveria ter chegado a ter a chance de colocar uma carga explosiva no carro. - Zane atirou de volta. Amaury sentiu a indignação de Carl fisicamente e rapidamente virou-se para esconder o rosto do grupo quando suas emoções coletivas
colidiam com ele. Essa dor nunca iria mudar. Até mesmo seu psiquiatra havia praticamente desistido dele. Durante sua última sessão, uma semana antes, o Dr. Drake havia lhe sugerido fazer uma pausa. Amaury ainda podia ouvir sua voz. -Não tem nada a ver com a psicanálise. Seu problema não é psicológico. Amaury atirou-se da cadeira e jogou o casaco no cabide, derrubando a frágil cobertura metálica. -Muito obrigado. Depois de gastar uma fortuna com estas sessões, agora você tem a noção de que isso não tem nada a ver com a minha psique? Isso é ótimo! -Ouça Amaury. Nós exploramos todas as possibilidades. É hora de ceder ao inevitável. Você foi amaldiçoado, e nenhum dos meus conhecimentos médicos irá ajudá-lo a tirar esta maldição. Você precisa de uma bruxa para ajudá-lo, não um psiquiatra. -Você esquece que as bruxas não são exatamente nossas amigas. Na verdade, as bruxas e os vampiros eram inimigos declarados. Não eram muitos os vampiros modernos que se lembravam de quando esta animosidade tinha começado, mas quando chegava a hora, as duas facções estavam em guerra. Era tudo sobre bruxas serem boas e vampiros serem maus, que no final, era tudo um monte de merda de cavalo de qualquer maneira. -Eu não posso te ajudar mais quando se trata de minha profissão. E ambos sabemos que aliviar a dor com o sexo é apenas uma medida temporária. Você precisa encontrar algo permanente. - Ele fez uma pausa, antes que, de repente, mudasse de tom. -Há uma coisa que eu posso fazer, ainda. Amaury tinha olhado para o médico quando ele abaixou a voz, como se tivesse medo de ser ouvido. Com dois passos Drake havia cruzado a distância entre eles. -Há uma bruxa que me deve um favor. Eu vou falar com ela em seu nome e ver se ela sabe como libertá-lo de sua dor. Mas eu não posso prometer nada. Amaury tinha sacudido a mão do médico, grato por um vislumbre de esperança, não importava o quão fraco. Mais de uma semana se passou desde então, e ainda não houve resposta de Drake.
Uma voz irritada o puxou de volta para o presente. -Quem quer que fosse, temos que pegar o bastardo, - respondeu Zane, com a raiva saindo dele. -Você está bem? - Gabriel perguntou de repente. Amaury sacudiu a cabeça. -Sim, com certeza. - Mas ele não tinha certeza de quanto tempo ele iria ficar bem. Já o passeio de carro tinha tributado a sua mente. Se ele tivesse que passar meia hora com eles e sentir suas emoções agitadas invadindo sua cabeça, ele ficaria louco. -O que Oliver disse? -Ele vai estar aqui em cerca de 20 minutos. Ele disse que tinha que mapear o endereço primeiro, - Carl assegurou. Amaury revirou os olhos. Mapear? O que estes jovens fariam se não tivessem um computador? Eles não iriam encontrar o caminho em torno de seus próprios bolsos traseiros. Onde Amaury tinha crescido, não havia qualquer mapa preciso de um continente inteiro, e muito menos o de um bairro. Amaury sacudiu a cabeça e olhou para seus colegas. Os quatro vampiros de Nova York estavam caídos nas cadeiras e no sofá. Carl levantou-se para o lado, enquanto Amaury continuava andando para lá e para cá. Ele precisava ficar sozinho e descansar sua mente. -Você está pensando o que eu estou pensando? - Carl sussurrou para ele. Ele acenou com a cabeça. -Não foi uma coincidência que você teve que estacionar o carro fora da garagem. Deu a alguém a oportunidade de mexer nele. Alguém planejou isso. Amaury encostou-se na parede e fechou os olhos. Era muito evidente. Alguém estava tentando impedi-los de obter reforços, o que significava que alguém estava observando-os e sabia todos os seus movimentos. Eles teriam que estar nas pontas dos pés a cada minuto do dia e da noite. -Você não teria qualquer sangue engarrafado com você, Carl, não é? - Yvette perguntou.
Carl tirou um frasco do bolso da jaqueta e entregou a ela. -Não há muito. É apenas o meu estoque de emergência. Yvette empurrou a garrafa de volta para sua mão. -Mantenha-o. Eu posso resistir um pouco mais de tempo. -Não, por favor, eu não preciso disso. Eu me alimentei mais cedo, - insistiu Carl e entregou a garrafa de volta para ela. Pelo conhecimento de Amaury, Carl nunca havia se alimentado de um ser humano. Ele tinha sido criado no sangue engarrafado e era comparativamente jovem. Ele era um vampiro por apenas 18 anos, criado por Samson que o tinha encontrado à morte, após um ataque violento. Carl era o único vampiro criado por Samson. -Não, obrigada, tudo bem. - Quando ela tentou entregar a garrafa para Carl, Zane se ergueu do sofá e agarrou-a. -Pegue a maldita garrafa, Yvette, e cale-se! Nós todos sabemos como irritadiça você fica quando não se alimenta, então faça-nos um favor, a todos, e beba. - Zane deu-lhe um olhar exasperado quando ele empurrou a garrafa em sua mão. Interiormente Amaury teve que sorrir. Ela poderia ser uma dor na bunda, quando estava com fome. Pelo menos ele não seria o motivo de sua irritação nas próximas horas. Zane tinha acabado de assumir seu ponto favorito. Yvette resmungou algo incompreensível e colocou o sangue na sua boca. Amaury sentiu o cheiro do sangue e sentiu seu próprio estômago contrair. Ele normalmente se alimentava apenas uma vez por noite, mas a busca por sua mulher misteriosa drenou sua energia mais do que de costume, e ele não teve tempo para se alimentar uma segunda vez antes que ele e Carl tivessem que ir para o aeroporto. Amaury sentiu seu celular vibrar no bolso e puxou-o para fora. Ele foi para o corredor e atendeu ao telefone, mantendo a voz baixa. -Samson, você está ouvindo? -Sim, Oliver me ligou. Ele está a caminho. O que está acontecendo? - A voz de Samson soou preocupada. -Alguém mexeu no carro. Vou providenciar para que seja rebocado para um dos nossos mecânicos para verificar isso, mas pelo que Carl estava dizendo, parecia que alguém não queria a gente
chegando ao nosso destino. Quinn acha que eram explosivos. -Droga! Uma toupeira? A suposição de Samson não estava errada, em absoluto. Depois de terem sido traídos pelo amante de Thomas, Milo, apenas meses antes, ninguém estava acima de qualquer suspeita. A traição de Milo resultou em risco de vida e lesões, e só o pensamento rápido e a abnegação de Delilah, tinha salvado a sua vida. -Nós não podemos eliminar a possibilidade. Eu vou procurar por isso. -Você não acha que um de nossa equipe de Nova York fez isso? Samson perguntou. -Como é que Quinn sabia que era um explosivo? Amaury não queria colocar uma marca negra em qualquer um deles, mas qualquer um poderia ser um traidor. -Eu percebi que ele cheirava. Poderia ter cheirado o resíduo, especialmente se ele está familiarizado com plástico. Ele está? -Ele fez uma temporada com uma unidade antibombas alguns anos atrás, se bem me lembro, - Samson confirmou. -E os outros? Algo suspeito? -Eles estavam em perigo, tanto quanto Carl e eu, a menos que um deles tinha um plano alternativo. Zane só estava ansioso para entrar em qualquer casa antes do nascer do sol. Graças a Deus, não foi necessário. Eu tinha a minha chave eletrônica. Sansão riu. -Eu sempre posso contar com você para multitarefas. Então, e como é a casa, bonita? -Definitivamente, vale uma olhada. Eu acho que você e Delilah deveriam verificá-la. Só que é um pouco suburbana. O que Delilah quer? Samson soltou outra risada suave. -Se fosse por Delilah, nós ficaríamos em nossa casa atual, mesmo se tivéssemos cinco filhos, o que, francamente, poderia acontecer. Mas vamos precisar de espaço, de modo que esta será uma decisão que vai ser tomada. Amaury deixou seu sorriso se espalhar pelo rosto inteiro.
-Claro, se você diz. - Como seu amigo tivesse qualquer chance, uma vez que Delilah se decidisse sobre algo. -Não é engraçado, Amaury. É claro que era engraçado. Desde que Samson tinha se unido com Delilah, ele suavizava quando se tratava de alguma coisa a ver com ela. Nos negócios, ele ainda era o cara durão que sempre foi, mas sua esposa era definitivamente seu ponto fraco. -Eu vou verificar com você mais tarde. Ele desligou a chamada e caminhou de volta para a toca quando ouviu o motor de uma van. Rapidamente, ele foi para a sala de estar e deslizou para trás da cortina para espiar pela janela. Um raio de sol roçou sua mão. -Ai! - Ele assobiou e pulou para trás, deixando a cortina cair novamente. O cheiro do cabelo chamuscado do seu corpo encheu o ar. Ele olhou para sua mão queimada. Isso não deveria ter acontecido. Ele estava ficando desleixado. Alguém tinha de ir e abrir a porta da garagem por dentro, para que Oliver pudesse dirigir a van para dentro. Jogando um olhar para trás, para o grupo, Amaury deu de ombros. Se ele quisesse alguma coisa, era melhor fazê-lo sozinho. Ele abriu a porta da garagem e bateu a fechadura eletrônica da porta da garagem à esquerda. Esperando que a porta da garagem se levantasse automaticamente, ele imediatamente voltou para o corredor e fechou a porta atrás de si. Nada aconteceu. Amaury esperou alguns segundos, mas o som esperado da elevação da porta da garagem não veio. Impaciente, ele voltou para a garagem e apertou o botão de novo. Nada. Então, ele percebeu um aviso ao lado do interruptor. Agentes companheiros - Por favor, não use o abridor de porta da garagem. A porta da garagem está presa e foi trancada. A reparação está marcada para quinta-feira. Amaury tirou o celular e discou o número de Oliver. -Estou fora, Amaury. Você pode me deixar entrar? – A voz de Oliver respondeu imediatamente. -Isso é um problema. A porta da garagem está quebrada.
-Oh, Deus! Sim, oh, Deus. Ele e seus companheiros vampiros não seriam capazes de embarcar na van sem a segurança da garagem, longe dos raios ardentes do sol. Este dia o estava sugando, muito. Seus colegas gostaram da notícia ainda menos do que ele, quando explicou a situação para eles. -Você não pode estar falando sério, - Yvette resmungou, puxandose em linha reta em seu canto do sofá. -Eu não estou indo para fora enquanto é dia. Pegue-me à noite. Eu vou ficar aqui. - Ela cruzou os braços sobre o peito amplo e fez beicinho. -Eu gostaria de ver você tentar, - Zane provocou-a. - Agora mesmo você está com sede. Quanto tempo você acha que pode aguentar sem sangue? Ou você está pensando em chupar um de nós? -Foda-se! - Yvette assobiou. Amaury rosnou. Ele estava doente com as brigas. Não importa o que alguém dissesse, ele e seus colegas não poderiam permanecer na casa por muito tempo. -Ficar aqui não é uma opção. A casa pode ser aberta por um corretor, começando às nove e meia. O agente de vendas vai estar aqui pelas nove horas. Nós não podemos ficar, - Amaury informou. -Nós podemos limpar a sua memória quando ele chegar aqui e fazer o mesmo com qualquer um dos compradores que estão vindo. Eles nunca vão se lembrar de que estivemos aqui, - Yvette sugeriu. Amaury soltou uma risada triste. -Eu acho que você não vai a um monte de casas abertas, Yvette, caso contrário, você saberia que a primeira coisa que o corretor vai fazer é abrir as cortinas e deixar a luz entrar. Você não mostra uma casa no escuro. A boca de Yvette transformou-se em uma linha fina. Ele sabia como ela odiava estar enganada. -Amaury está certo. Nós não podemos ficar, - em voz calma Gabriel respondeu. -É apenas uma corrida curta. Sim, nós vamos ter algumas queimaduras, mas vamos sobreviver. Quando é que fomos transformados em fracos?
-Não podemos consertar a porta da garagem? - Yvette perguntou. -Eu não sei quanto a você, mas eu não sou um eletricista, Quinn comentou sem malícia. -Nós vamos continuar com o plano de Amaury, e é isso. - Gabriel bateu o pé. Pelo menos uma pessoa estava do lado de Amaury. Ele sabia que seu plano não era grande, mas a alternativa era pior. Mesmo que impedisse o corretor de abrir as cortinas, usando o controle da mente sobre ele, alguém poderia deslizar através das fendas. Ficar aqui era muito arriscado. Amaury virou-se para Oliver. -Traga a van tão perto da porta da frente o quanto você puder, em seguida, abra as portas de trás. -Há roseiras bloqueando a porta de entrada, - ele advertiu. -Eu não me importo. Passe por cima delas. -Ele poderia mandar alguém mais tarde para cuidar dos danos e ter tudo retificado antes do agente de vendas chegar. -Ligue para o meu celular quando você estiver pronto. Oliver se virou para sair. -Eu poderia te dar uma tapa por meter-nos nesta situação. Eu deveria saber que você estragaria tudo. - Yvette pulou do sofá e deu um olhar azedo para Amaury. -Oh, vá em frente. Tome um balanço se isso te faz se sentir melhor. Como se eu desse a mínima. Ele deu de ombros ao ouvir a abertura da porta da frente e depois fechar novamente. Ele conhecia Yvette muito bem. Ela era toda conversa e nenhuma ação. Logo ela acalmaria os nervos e se aquietaria novamente. Não valia a pena perder o fôlego sobre isso. O chute no seu estômago fez Amaury rever sua opinião sobre ela. Ele se dobrou. Ela, obviamente, aperfeiçoou seus movimentos de caratê e decidiu dar-lhe a surra que planejou por anos. -Cadela! - Ele não teve fôlego suficiente para uma resposta mais espirituosa, enquanto seu corpo lidava com o ataque inesperado. -Yvette, é o suficiente, - Gabriel repreendeu. -Nós todos sabemos
do que se trata. Amaury endireitou-se. Seus músculos do estômago se reajustaram. Seu chute não teve nada a ver com o presente e tudo a ver com o passado. Ele fez uma nota mental, para nunca transar com uma colega de novo, não importa o quão desesperado ele estivesse. Era, definitivamente, melhor ficar com mulheres sem nome, sem rosto, cujas memórias ele poderia apagar e que nunca voltaria a ver. -Acho que agora nós estamos quites. - disse ele e acenou para ela. -Vamos ver. - ela limitou. A mulher sempre poderia guardar rancor. Tinha a memória tão longa como um elefante. -Eu vou primeiro. - Quinn ofereceu alegremente como que para dissipar a tensão. Alguns segundos depois, o telefone celular de Amaury tocou. Oliver estava pronto.
Uma hora mais tarde, Amaury estava de volta em seu apartamento no andar de cima do Tenderloin, cuidando de suas queimaduras de segundo e terceiro grau. A escuridão em seu lugar o acalmava. Suas cortinas eletrônicas eram fechadas automaticamente segundos antes do nascer do sol. Elas foram programadas para levantar novamente pouco depois do pôr do sol. O bairro era desprezível, mas lhe convinha. Pelo menos aqui, a chance de ser constantemente rodeado por pessoas amando era remota. Raiva, desespero e fome eram as emoções predominantes em circulação no bairro. Suas feridas físicas se curavam enquanto ele dormia durante o dia, mas ele precisava de sangue para ajudar no processo. Ao contrário de muitos de seus amigos, ele nunca tinha tomado o sangue engarrafado e, portanto, não tinha fonte pronta em sua casa. Mas havia inquilinos no edifício. A maioria delas estaria fora durante o dia, mas havia um que estava quase sempre em casa. Amaury se arrastou através da escadaria escura e sem janelas, comandando suas pernas doloridas para fazê-lo descer um lance de
escadas. Ele tocou a campainha e esperou. Parecia demorar uma eternidade até que ouviu o arrastar de passos no outro lado. A corrente foi tirada um momento depois, e a porta abriu-se plenamente. A velha senhora o olhou como se ela tivesse acabado de acordar. Ela apertou o cinto do roupão ao redor de sua cintura. -Bom dia, Sra. Reid. - Amaury cumprimentou. -Oh, Amaury, você acaba de voltar do turno da noite? - Só que agora ela parecia ter um bom olhar para ele e se retraiu instantaneamente. -Oh, querido, outro acidente na fábrica? Ele fez alguns comentários, há muitos anos, dizendo-lhe que ele trabalhava como supervisor de noite em uma fundição na Baía Oriente. Isso explicaria por que ele dormia o dia todo e, ocasionalmente, voltava para casa com ferimentos. Ele acenou com a cabeça. -Temo que sim. -Você está horrível. Você já viu um médico? -A querida velha era toda preocupada e doce. Amaury odiava a si mesmo pelo que ele tinha que fazer, mas não tinha escolha. Ele precisava de sangue para se curar. Ele iria fazer as pazes com ela mais tarde. Ele poderia baixar o aluguel e até mesmo cozinhar-lhe um de seus melhores pratos franceses. Ela gostaria disso. Amaury empregou o controle da mente e entrou em seu apartamento. Assim que ele fechou a porta atrás dele, afundou suas presas em seu pescoço. Somente quando o sangue rico revestiu sua garganta ele percebeu a extensão da sua necessidade de se alimentar. Desesperado de sede e querendo recuperar suas forças, ele tomou grandes goles de sua veia.
Capitulo 6 Nina culpou seu informante. Ele claramente vendeu-a para eles. Por que mais ela estaria de pé em um beco, olhando para as caras feias de dois vampiros, piscando suas presas para ela e se inclinando para chutar a sua bunda? Ela, sem saber, entrou em uma armadilha. Bem, pelo menos, um mistério estava resolvido: nem todos os vampiros eram bonitos. Na verdade, o mais alto dos dois era uma bunda feia. Seu nariz era inclinado muito para cima, mostrando suas narinas, um focinho de um porco ficaria mais bonito. Ela certamente não teria nenhum escrúpulo em transformá-lo em pó, caso tivesse uma chance. No momento, as chances pareciam muito remotas. Em vez de se encontrar com um criminoso de baixo nível que tinha informações sobre os vampiros, seu contato, a merda da fuinha a tinha propositadamente deixado entrar em uma armadilha. Se ela saísse com vida, iria bater a merda fora desse canalha podre, mesmo que fosse a última coisa que ela fizesse. Nina não precisava olhar para trás para saber que ela estava em um beco sem saída, literal e figurativamente. Ela estava em um dos becos muito pequenos. Havia um constante fedor de vômito, urina e álcool no bairro. As calçadas estavam sempre cheias de lixo. Agarrando uma estaca em cada mão, ela apertou os dentes. Nina não era uma estranha para o combate. Ela era extremamente ágil e era uma profissional em kickboxing, estilo baixo e sujo, do jeito que era lutado nas ruas, não nas salas das academias de luxo. Ela chutava mais bundas do que Jean Claude Van Damme em qualquer um de seus filmes B. Mas essa luta não seria igual. Um dos sanguessugas ela provavelmente poderia derrotar, mas dois ao mesmo tempo, era um desafio que não estava acostumada em enfrentar. Suas mãos estavam suadas, seu batimento cardíaco irregular, mas não tinha escolha. Ela tinha que lutar. Um olhar em direção à saída do beco só disse a ela que, enquanto havia muitos carros passando na estrada principal, ninguém pararia. A cavalaria não estava chegando.
Ela sabia que tinha que ser esperta sobre isso, usar o cérebro em vez de músculos. -Vocês não são dos mais bonitos. - Nina zombou. Ela não iria mostrar-lhes como estava assustada. O vampiro que estava mais perto deixou um rosnado rasgar sua garganta. -Hum, parece delicioso o jantar. Jantar? Não se ela pudesse ajudá-lo. -Mais como um divertido bocado. Não há suficiente para um de vocês, muito menos para dois. - Talvez ela pudesse levá-los a lutar entre si. -Olha, realmente não há muito de mim em tudo. Ela estendeu os braços para os lados para mostrar seu corpo magro, enquanto secretamente ajustava sua postura para combater melhor. -Isso vai ser o bastante, - o Bunda Feia assegurou-lhe e mostrou suas presas. -Agora, eu espero que você tenha escovado os dentes esta noite. Não há nada pior do que um vampiro com mau hálito, - ela o repreendeu. Foi inteligente provocá-lo? Francamente, qualquer coisa para ganhar tempo para que pudesse elaborar uma estratégia, estava bom para ela. Mesmo que isso significasse torná-los loucos. -Atrevida, eu lhe concedo isso. Tenho certeza de que o seu sangue vai parecer bastante picante. O que você acha Johan? - Um lado de sua boca se inclinou para cima e se transformou em um grunhido presunçoso. Seu companheiro sorriu. -Eu acho que devemos fazer com ela, primeiro. - Ele moveu a pélvis de uma forma que deixou pouco para a sua imaginação. Ótimo! Agora o que eles queriam fazer com ela. Por que os homens sempre tinham que pensar em sexo quando não podiam controlar uma mulher de outra maneira? -Típico de homens! Não pode derrotar uma mulher com seu intelecto, então tem que sacar seu pênis. Isso é muito viril, uau. - Ela
sacudiu o dedo do meio para eles. Johan deu um passo mais perto, mas o Bunda Feia o deteve. -O chefe disse para nos livrar dela e impedi-la de ficar bisbilhotando por mais tempo, de modo que é tudo o que vamos fazer. Ele fez uma pausa e inclinou a cabeça, como se a avaliasse pela primeira vez. -Bem, não ouso desperdiçar um bom lanche. - Ele estalou os lábios em um gesto inconfundível. Nina não gostou do som dele. Não era de admirar que seu informante a tinha vendido para eles. Alguém estava atrás dela. E ela tinha uma ideia de quem havia enviado os capangas. Amaury tinha obviamente percebido que após seu encontro de ontem à noite, ela sabia que ele era um vampiro e tinha tomado uma atitude. Se ela não estivesse completamente perdida durante o beijo, talvez sua mão não tivesse se contorcido e deixado cair acidentalmente a estaca. Ele, provavelmente, a ouviu cair no chão e encontrou-a. Não demorou muito para juntar dois mais dois. Ela não podia pensar nisso. Seu plano semi pronto para distraí-lo com um beijo, tinha saído pela culatra, e agora ela ia pagar por isso. Caro. Se ela fosse cair, pelo menos iria tentar levar um deles com ela. Além de sua vida, não tinha mais nada a perder. -Eu falhei com você, Eddie. - ela sussurrou para si mesma. Um segundo depois, ela levantou a cabeça e trancou sua mandíbula. Uma respiração profunda para encher seus pulmões com oxigênio, e estava pronta para sua última luta. Nina começou a correu em alta velocidade, ganhou impulso e saltou, chutando o pé no peito de Johan em um estilo Bruce Lee. O vampiro foi pego de surpresa e cambaleou para trás. Sem tomar um fôlego, ela ficou firmemente sobre os dois pés e imediatamente se virou para trás, de frente para o segundo vampiro. O Bunda Feia desdenhou. Seu gancho de direita bateu em seu ombro, antes que ela sequer tivesse visto isso chegando. Seu corpo chicoteou de volta, enquanto a dor irradiava para baixo. Por um momento, pontos pretos nublaram a sua visão. Seus pulmões lutaram para respirar, lutando contra a queimação escorregando através de suas células. Porra, o desgraçado foi rápido! Um som atrás dela avisou que Johan estava de pé novamente.
Adivinhando o que estava por vir, ela rolou para o lado antes que suas garras pudessem agarrá-la. Isso não a salvaria por muito tempo. O Bunda Feia sacudiu a cabeça e pulou em sua direção. Nina se lançou para o lixo saltando e escapou de seu alcance por saltar fora do outro lado. -Vá em torno dela. - O Bunda Feia ordenou para seu companheiro. Agora, os dois vinham em sua direção, um na direita, um na esquerda. Lembrando-se de seu treinamento de ginástica, ela fez uma cambalhota e passou as caixas uma segunda vez. Seu sapato prendeu no lixo e ela escorregou, caindo duro em seu lado. Uma dor lancinante rasgou através dela. Suas costelas estavam seriamente machucadas. Ela teria sorte se não estivessem quebradas. Mas ela não teve tempo de verificar. Seus atacantes já estavam em cima dela. Uma garra cavou em seu ombro e puxou-a, levantando-a ao chão. -Agora eu tenho você. - disse Johan, com o triunfo colorindo sua voz. -Seus bastardos! - Ela gritou a plenos pulmões e chutou as pernas para ele, ainda suspensa no ar. Com o braço direito ela tentou descobrir em qual parte de seu corpo ela poderia fazer dano, mas só agora percebeu que tinha perdido uma de suas estacas com suas manobras evasivas. Sua mão esquerda ainda segurava a segunda estaca, mas Johan tinha imobilizado-a com seu aperto doloroso em seu ombro. Ela chutou novamente, ganhando um golpe de suas garras sobre o peito. A sensação de queimação bateu nela. O bastardo tinha cortado a sua camisa e pele. Ela podia sentir o escoar do sangue no corte em seu peito. Doeu como o inferno. Por um instante, ela temeu que as náuseas fossem dominá-la e derrotá-la friamente. Ela empurrou de volta o sentimento. -Isso cheira bem. - disse Johan e moveu a cabeça para a ferida aberta. Nina engoliu mais duro, mas o seu corpo apertado não se movia. Ele iria sugá-la até secar, e não havia nada que pudesse fazer. Ela não tinha nenhuma chance de sair de seu agarre. O pânico se enrolava em seu corpo, seu coração bateu tão rápido quanto um trem em alta velocidade.
Uma fração de segundo antes que suas presas cravassem em seu peito, ele foi puxado para longe dela. Um momento depois, ela caiu com força, sobre sua bunda. Ela olhou para o corpo a corpo, esperando ver o Bunda Feia lutar com seu amigo vampiro. Em vez disso, ela olhou para as costas largas de um homem enorme. Mesmo sem ver seu rosto, ela reconheceu que ele estava lutando com seus dois assaltantes, agora. Nina se levantou novamente. Em descrença, ela assistiu Amaury chutar e golpear os dois vampiros, mantendo-os à distância. Por que ele estava lutando contra os dois vampiros que ele tinha enviado para matá-la? Isso não fazia qualquer sentido. -Você vai me ajudar ou não? - Amaury chamou. Ele estava falando com ela? -Você, a loira que me beijou ontem à noite. Então, ele estava falando com ela. Afinal, ela era a única loira no beco, e duvidava que Bunda Feia ou Johan o houvessem beijado. Ela correu para o seu lado. -Bem a tempo. - ela reconheceu, com um olhar de soslaio. Com um chute rápido e alto, ela lutou contra Johan e deu a Amaury a chance de bater na porcaria do Bunda Feia. Mas Johan voltou imediatamente, agora batendo mais intensamente. Quando ela tentou outro chute, ele foi mais rápido e agarrou seu pé. Ela torceu, mas perdeu o equilíbrio, caindo para trás, contra Amaury. -Abaixo. - ele gritou. No mesmo instante, ele se virou para trás. Instintivamente, ela se agachou, e olhando para cima, viu Amaury dar um gancho pesado de direita no rosto de seu atacante, batendo-o contra a parede cinco metros de distância. -Obrigada. - ela suspirou. -Não foi nada. - Ele voltou para o seu próprio atacante. Nina pegou o momento em que as garras de Bunda Feia bateram em Amaury, forçando-o ao chão. Tendo a ajudado, ele havia se distraído e custou-lhe a vantagem. O atacante prendeu-o e levantou o braço. -Não! - Ela ouviu o grito de Amaury e viu a estaca brilhar na mão de Bunda Feia sob a luz fraca vinda de uma das janelas de frente para o beco. Sem pensar, Nina pulou nas costas do vampiro desagradável. Assim como a ponta da estaca atingiu o peito de Amaury, ela bateu a sua estaca nas costas do vampiro e esperava que tivesse encontrado o local onde o seu maldito coração estava localizado.
Como o bastardo se dissolveu em pó, ela caiu bem em cima de Amaury, suas pernas montada nele. Por um momento, o calor de seu corpo a assustou. A mão dele virou o seu pulso, que ainda tinha a estaca. Ele cutucou o item ofensivo para longe dele, enquanto a imobilizava com um olhar de surpresa. -Cuidado, você pode ferir alguém com isso. - ele sorriu. Espertinho! Nina não teve a chance de responder. Pelo canto do olho, viu Johan com uma faca nas mãos. Ele ergueu o braço e apontou diretamente para ela, pronto para usá-la com um movimento rápido do pulso. Antes que ela pudesse se mover, Amaury se contorceu debaixo dela, passou os braços em volta dela e pulou. Em vez da faca atingi-la no peito, ela roçou seu ombro, cortando a camada superior da sua pele. A dor foi substituída pelo tiro de adrenalina através de seu corpo. Ela notou o olhar furioso de Amaury, antes que ele sem a menor cerimônia a despejasse no chão e pulasse sobre seus pés. Obviamente Johan tinha apanhado o mesmo olhar e instantaneamente virou para fugir. Com o perigo imediato afastado, a dor de suas feridas caiu sobre ela, que soltou um gemido frustrado. Amaury imediatamente se virou para ela em vez de perseguir o outro vampiro. -Você está bem? - Era preocupação, em sua voz? Ele se agachou ao lado dela, com um olhar preocupado em seu rosto. Seria uma boa ideia estar tão perto de um vampiro, quando ela era uma propaganda ambulante de sua comida favorita? -O que lhe parece? - Ela achou que era melhor não mostrar a ele que estava preocupada com o fato de que estava vazando sangue como uma fonte de soda, num autoatendimento. Será que ele tentaria mordêla, agora que certamente poderia cheirar seu sangue? Mesmo o nariz dela sentiu o cheiro metálico do mesmo. -Você está muito abatida para mim. Vamos te concertar. Ele tomou seu braço para puxá-la, mas ela se puxou para longe dele, logo que se levantou. -Não me toque. - Um instante depois, sua postura vacilou e
tonturas a afligiram. -Você não pode ficar em seus próprios pés. - comentou ele, com um tom presunçoso em sua voz, e pegou-a como se ela fosse tão leve quanto uma sacola de compras. -Você está vindo comigo. -Não! - Nina protestou e tentou escapar dos braços de Amaury, mas sua força foi rapidamente drenada. -Eu não vou acompanhar um vampiro. -Azar, eu sou o único aqui. E eu não estou deixando uma mulher ferida na rua, onde pode ser atacada novamente. - Sua voz soava firme e inflexível. Grande, não só era um vampiro, também era um Neandertal com esteroides. Você Tarzan, eu Jane. -Então, você tem um implacavelmente pela noite.
nome?
-
Perguntou
ele,
levando-a
-Humm, - ela resmungou. Ele não iria receber um sinal sonoro dela. -Tudo bem, eu posso continuar a chamá-la de loira que me beijou. A propósito, beijo bom. Você ia repetir isso em breve? Porque se eu chamá-la de loira que me beijou, eu poderia ter ideias. - O bater exagerado de suas sobrancelhas era quase cômico, ela teve vontade de rir. O homem era uma figura. Mas ela não queria ser lembrada de que o beijara, a cada minuto. Ele ia ser bastante difícil, com ela sendo pressionada contra o seu peito forte. Com cada passo que ele dava, seus músculos se mexiam e esfregavam contra ela, enviando as sensações mais deliciosas através de seu corpo dolorido. Era realmente irritante. -Nina. Meu nome é Nina, - ela finalmente admitiu. -E você é bem vindo. - Ela ergueu o queixo e passou pela mandíbula dele. Ele levantou uma sobrancelha. -Ei, eu salvei sua bunda lá atrás, - ela elaborou. Sua memória de curto prazo precisava, claramente, ser trabalhada. -Só depois que eu salvei a sua, então no meu livro nós estamos quites. Ele estava certo, mas ela preferia morder a língua a admitir isso.
-Eu posso ouvir um obrigado. - Seu olhar era um desafio. -Você primeiro. - Ela não teria problema em agradecer a ele, se ele agradecesse a ela primeiro. -Não, você primeiro. - ele respondeu e continuou andando, carregando-a como se ela não pesasse nada. Um jovem casal passou por eles na calçada e deu-lhes olhares perplexos. Nina se conteve de dizer-lhes para manterem a suas mentes nos seus próprios malditos negócios. -Esqueça isso. -Pirralha! -Quem você está chamando de pirralha? Olhe para si mesmo, você é um brutamontes! Grande, bruto, bonitão e sexy. -Bem, o brutamontes veio a calhar há poucos minutos, você não acha? E, além disso, não me achou um bruto quando me beijou na noite passada. Lembro claramente como você estava em cima de mim. O constrangimento varreu através dela, fazendo-a incendiar as bochechas com o calor. Ela não precisava de nenhum lembrete de seu comportamento libertino da noite anterior. Não era como ela, normalmente, reagiria aos homens. Eles deveriam ser usados, do mesmo jeito que a tinham usado, nada mais, nada menos. E que sempre tinha funcionado para ela: sem envolvimento emocional, sem abandono de seus bons sentidos, bem, não do jeito que tinha acontecido na noite anterior, de qualquer maneira. Foi apenas um deslize, ela se assegurou. Mesmo o alcoólatra mais determinado escorregava, ocasionalmente. Agora tudo o que tinha a fazer era ir embora e esquecer o que tinha acontecido. Como se isso fosse assim tão fácil, pela maneira como o seu corpo formigava sob o toque dele. Seu cheiro de couro e especiarias só deu mais espasmos no seu estômago e ela não estava falando de cólicas menstruais, não, ela estava falando espasmos de orgasmo. Ela ficaria bem se ficasse longe dele. -Você precisa de um lembrete? - Amaury abaixou a cabeça. Claro que não! Ela se lembrava muito bem.
-Não se atreva! - Nina gritou, mais para si mesma do que para ele. Se ela permitisse que a beijasse novamente, ela derreteria completamente e se transformaria em uma galinha sem cabeça. Não podia permitir que isso acontecesse com ela. Uma vez tinha sido suficiente, muito obrigado. Ele sorriu para ela com seu charme bad boy e virou seu interior em uma desordem. -Talvez mais tarde? - ele perguntou e continuou caminhando, aparentemente, não afetado por sua explosão. Nina olhou ao redor, tentando se orientar. Eles ainda estavam no Tenderloin e a apenas uma quadra de sua casa. -Onde você está me levando? - Ela podia adivinhar, mas queria a confirmação. -Para a minha casa. Duvido que você queira que eu a leve para um hospital. Estou certo? Um hospital não seria uma boa escolha. Com seus ferimentos, ela tinha certeza de que iria envolver a polícia. Não, ela não seria capaz de explicar a eles que tinha estado em uma briga com vampiros, mas o seu próprio seguro, viria para cima no processo. E ela preferia que o seu seguro permanecesse onde estava, no escuro. -Pode me explicar o que uma garota como você estava fazendo lutando com dois vampiros? -Que tal você explicar isso? Seu olhar atordoado pareceu genuíno e a surpreendeu. -Você não está sugerindo que eu tive alguma coisa a ver com isso, está? -Bem, não tem? Amaury moveu lentamente a cabeça de um lado para o outro. -Eu não sou o tipo de homem que envia dois caras atrás de mulheres indefesas como você. -Eu não sou impotente. Ele levantou uma sobrancelha zombeteira. –Seja o que for. Eu faço o meu próprio trabalho sujo. Eu não
contrataria outras pessoas para fazer isso por mim. -Eu vejo. -Eu não vejo como você possa. - Ele fez uma pausa. -Eu estava procurando por você. Parece que alguém a encontrou primeiro. Quer explicar-me o que queriam de você, além do óbvio? Quanto tempo da luta ele tinha visto e ouvido, antes dele intervir? Ele estava ciente de que Johan queria ter sua diversão com ela? -Eu não sei. Eu fiquei tão surpresa com os dois como você. -Acredite em mim, os vampiros não atacam indiscriminadamente. Há sempre uma razão. Ele não podia estar falando sério. Vampiros atacavam sempre que aparecia ou encontrava um alvo fácil. Como se eles precisassem de um motivo para fazer mal. Será que ele achava que ela era ingênua o suficiente para acreditar que vampiros tinham algum tipo de código moral? -Uma vez que eles foram os que me atacaram talvez você devesse perguntar a eles. -Vampiros mortos não falam. -Um ainda está vivo. Que tal você ir atrás dele, em vez de raptarme? -Eu estou cuidando de você em primeiro lugar, você gostando ou não. Eles entraram em um prédio de apartamentos de seis andares, e sem esforço Amaury a carregou pelas escadas para o piso superior. -Você pode pegar minhas chaves no bolso direito da jaqueta, por favor? Seria mais fácil se ele a deixasse sobre os seus pés, mas ele parecia não ter nenhuma intenção de fazê-lo. Nina se inclinou para o lado e esticou o braço para chegar a chave em seu bolso. O processo a fez inclinar a cabeça mais perto dele. Ela sentiu que ele inalava profundamente. Ele estava cheirando o cabelo dela? Ela rapidamente pegou as chaves do bolso e estendeu a mão para a porta. Em poucos segundos, eles estavam lá dentro. Nina olhou o apartamento grande. O teto tinha pelo menos três metros de altura, e o
estilo lembrava a década de 1920, que foi, provavelmente, quando o prédio foi erguido. À sua direita estavam janelas do chão ao teto com vista para o centro e para a Bay Bridge. Havia um nicho pequeno, um escritório e uma área de estar. Em outro canto, viu um saco de pancadas suspenso a partir do teto, algo que ela esperava ver em uma academia de boxe, não na casa de um vampiro. Não que ela já tivesse estado no covil de um vampiro antes. Amaury se sentou com ela no sofá. Quando seus braços a soltaram, ela sentia-se estranhamente fria e tremeu instantaneamente. -Você perdeu um pouco de sangue. Aqui. - Ele entregou-lhe uma manta que havia ficado descuidada sobre o encosto da poltrona. -Obrigada. - Ela pegou o cobertor com dedos trêmulos e cobriu a parte inferior do corpo com ele. O nervosismo rastejava através de seu corpo, com o reconhecimento de estar a sós com ele em sua casa. Esta era a sua própria casa e ele tinha toda a vantagem que poderia querer. -Veja, você tenha boas maneiras. - Ele caminhou em direção a uma das portas e desapareceu por trás do que ela imaginou ser o quarto de dormir ou de um banheiro. -Você é um tolo, - ela resmungou baixinho. O homem era irritante. Ele a tratava como uma criança, quando ela não era uma criança em nada. Fugir de sua última casa de adoção, com seu irmão mais novo a reboque, tinha garantido que ela crescesse rápido. Roubar, trapacear e lutar foi o seu caminho até a adolescência, tinha feito o seu melhor. E agora ela era uma mulher autossuficiente, crescida, com 27anos. Definitivamente, criança ela não era mais! -O que você está resmungando? Ele a surpreendeu com a rapidez com que ele voltou, com uma bacia de água e uma toalha na mão. -Eu não estou resmungando qualquer coisa. -Deite-se, - ele ordenou. -Eu vou limpar os seus cortes. -Eu posso fazer isso sozinha. Você não vai estar em qualquer lugar perto do meu sangue. - Ela tinha ingênua tatuada na testa? Como se ela não soubesse o que ele queria. -Ah, eu vejo a questão. Você está preocupada que eu vá te
morder? Se essa fosse a minha intenção, eu teria feito isso onde eu encontrei você. Confie em mim, limpar está bom para mim. Eu me alimento em qualquer lugar. Ele comparou-a a comida de fora? -Essas suas presas não vão a lugar nenhum perto de minha pele. - Ela ressaltou sua resposta com um olhar de advertência que o vampiro mau e grande ignorou completamente. -E eu que pensei que você gostava de mim, considerando que me beijou... Ele teve a ousadia de jogar essa questão de volta em seu rosto. Idiota!
Capitulo 7 Amaury suprimiu a sua vontade de sorrir. Nina era uma boa adversária e lutava com ele continuamente, a cada turno. Ele tinha estado vagando pelas ruas em busca de uma refeição para curar as feridas após as queimaduras do dia anterior, quando um perfume inebriante atravessou seu caminho. Imediatamente, ele reconheceu como o perfume da mulher que o beijou na noite anterior. Seguindo o rastro dela, ele, de repente, ouviu um grito. Instintivamente sabia que era ela, mesmo que nunca tivesse ouvido a sua voz antes. Uma vez que ele viu o dilema em que ela estava, não houve nenhuma hesitação por parte dele. Ele tinha que protegê-la, não importava do quê. Ele não conhecia nenhum dos dois vampiros que ela estava lutando e tinha certeza de que eles eram novos na cidade. Nina provou ser muito boa com a estaca, e felizmente ela não tinha usado contra ele. No entanto, subitamente ela desabou depois que transformou o bastardo em pó, sua frequência cardíaca dobrou. Amaury não tinha certeza se o motivo foi a estaca na sua mão, ou a posição que ela ficou contra dele. Apesar de seus protestos, ele sentou-se no sofá, empurrando-a para o lado com a coxa contra seu quadril. E ele teve a resposta do por que, seu coração estava acelerado novamente. Foi o contato com o corpo dela que fez o seu pico de frequência cardíaca aumentar, da mesma forma que acelerou quando ela encostou-se a ele durante seu primeiro beijo. Primeiro? Sim, porque haveria uma segunda e uma terceira e uma... Amaury limpou a garganta. -Nina, vamos tirar essa camisa de você. - Ele gostava de usar seu nome. Parecia adequado à ela com aqueles cachos ondulados, lábios
macios e saborosos como mel, que foram feitos para beijar. Ele prometeu a si mesmo que ela não sairia dali até que ele tivesse provado os seus lábios novamente. -Não! Eu não estou usando nada por baixo. Seu coração parou por um instante, quando uma visão de sua pele nua apareceu em sua mente. Melhor ainda!! -Bem, isso me poupa de ter que tirar o seu sutiã. Ela pode ouvir o desejo em sua voz, e sentir o calor em seu corpo. A antecipação de vê-la nua levantou a sua temperatura? -Idiota! Ela poderia gritar com ele tudo o que quisesse. Ele sabia que não havia outras armas com ela, bem, pelo menos nenhuma que pudesse machucá-lo. A faca que levava na cintura era de metal, felizmente não era de prata, e não faria nenhum dano a ele, o que significava que, pelo menos esta noite ela não iria tentar matá-lo. Era uma melhoria definitiva sobre a noite anterior. -Como você espera que eu cuide de suas feridas, se não quer tirar sua camisa? -Eu posso fazer isso sozinha. -Você é sempre assim teimosa? Nenhuma resposta. -Será que vai matá-la deixar alguém ajudá-la? Nina apertou os lábios em uma linha fina, em seguida, delicadamente empurrou para um lado de seu ombro a camisa esfarrapada, revelando um corte grande. Sua pele estava rosa. O cheiro do sangue dela envolveu-o em sua essência. Como ele poderia não ser eventualmente afetado por esta criatura tentadora? Resistir era inútil, render-se inevitável. O júri ainda estava sobre quem iria se entregar a quem. -Parece ruim. - Ele dobrou um canto da toalha molhada e passou suavemente na ferida, absorvendo o sangue que escorria do corte. Ela
estremeceu apesar do fato de que ele mal utilizava qualquer tipo de pressão sobre a ferida. -Sinto muito, mas eu vou ter que limpá-la, para que não fique infectado. Felizmente a faca apenas roçou-lhe. Quando ele viu o vampiro preparando-se para lançar a faca, ele reagiu por instinto puro. Porque ela montou nele, uma posição que ele tinha apreciado por um breve tempo, ele não tinha sido capaz de se mover rápido o suficiente para impedi-la de ser ferida. Amaury abaixou a cabeça, fingindo inspecionar a ferida. Na verdade, ele gostava de sua proximidade. -Não é muito profundo. -Não tem álcool ou algo assim? - Ela perguntou. -Eu não estou com medo. -Eu não mantenho um kit de primeiros socorros ao redor, desde que eu não preciso de um. Suas próprias feridas do dia anterior tinham curado sem a ajuda de qualquer medicamento humano, enquanto ele dormia. -Certo, ser um vampiro, eu suponho, tem suas vantagens, - ela comentou em um tom cortante. A maneira como ela disse isso não soou como se ela considerasse ser uma coisa boa. Francamente, a sua capacidade de se curar rapidamente era uma das coisas que ele mais gostava de ser um vampiro. Ser curado normalmente feria. -O que mais você sabe sobre mim? Devo me apresentar ou é desnecessário? – Ele perguntou. Por um segundo, ele reconsiderou a sua decisão de trazê-la em sua casa, mas já que ela sabia o que ele era não havia necessidade de se esconder. Talvez ela já tivesse um dossiê inteiro sobre ele. Ele não se importaria de ajudá-la a acrescentar alguns detalhes nele, como o que ele gostava na cama. -Amaury LeSang. - Nina respondeu simplesmente. Não foi surpresa para ele que ela soubesse seu nome. Desde que ela o seguiu na noite anterior e tinha vindo preparada com uma estaca, provavelmente sabia mais do que apenas o seu nome.
-Esta é a primeira vez que eu tenho a minha própria pequena perseguidora. Estou muito lisonjeado. - A não ser, claro, que ela tentasse matá-lo de novo, se essa tinha sido a sua intenção na noite anterior. -Eu não sou uma perseguidora. - Seu olhar desafiador o atingiu como um soco no estômago. Havia tanta dor em seus olhos, ele queria apenas envolvê-la em seus braços e apertá-la firmemente. Sua própria reação o surpreendeu. Ele não era o tipo fofinho. -Como você chama então, o fato de você me seguir ontem à noite? Mais uma vez a boca apertou em uma linha fina. Nina, obviamente, não gostava de ser encurralada. Nenhuma resposta veio. Ela estava chateada agora e não ia falar mais com ele? -Você quer dizer que eu não sou o único que você persegue? Bem, agora eu estou magoado. E eu que pensei que você estava interessada em mim. -Oh, você é um jumento pomposo! - Ela cuspiu. -Jumento pomposo ou não, isso você é que diz. - Amaury sorriu. Ele adorou a maneira como seu rosto ficou vermelho e quase pode sentir o calor que irradiava. Ela era adorável quando estava com raiva. Talvez ele devesse continuar provocando-a. Ele sentiu sua pele quente sob sua mão, onde segurou o ombro para mantê-lo imóvel. Ele deixou o polegar descer, lentamente, deslizando sobre a pele. O movimento aqueceu os óleos naturais em sua pele, e o cheiro inebriante chegou ao seu nariz. Ela era como um perfume inebriante, deixando-o tonto. Isso e o aroma de seu sangue provocavam estragos com o seu corpo e mente. Suas presas se contraíram prontas para descer e atingir sua carne, com fome de seu sabor. -O que você está olhando? - Nina perguntou de repente, a voz nervosa. Ela o pegou olhando? -Nós vamos ter que fechar a ferida, caso contrário, ela não vai parar de sangrar. Boa ideia, Amaury!
-Você não teria um Band-Aid perdido por aí? - Seu tom era sarcástico. Ela claramente não confiava nele mais do que podia, o que não era muito. Não com sua enorme proporção. Ele olhou seu corpo bonito. Ela não era pequena, mas em relação a ele, ela parecia frágil. Seu corpo era bem proporcionado: curvas generosas, músculos fortes, mas femininos. -Ei? - Sua voz o fez levantar os olhos para olhar para a ferida novamente. Band Aid, não, ele não tinha tal coisa. -Eu tenho algo melhor do que isso. - Que diabos, ele tinha acabado de dizer que faria? Normalmente fechava as feridas com sua saliva. Usava as ferramentas que ele tinha. Amaury baixou a cabeça em seu ombro e a sentiu se afastar dele. -O que você está fazendo? - Com pânico em sua voz, seus olhos se arregalaram. -Eu vou lamber o seu ferimento. Minha saliva vai consertá-lo. Era bastante simples e seria delicioso. Ele ficaria com o gosto de seu sangue depois de tudo. Nina o empurrou para trás, lutando para ficar longe dele, mas ele a puxou de volta com as duas mãos. -Confie em mim, não vai doer. - Ele infundira à sua voz um tom suave. -Você acha que eu sou idiota? -Nem um pouco. Na verdade, eu acho que você é muito inteligente. Poucos humanos têm conhecimento de nossa existência, mas, obviamente, você tem. -É isso mesmo. E é exatamente por isso que eu não vou deixar você perto do meu sangue. - Havia um tom duro em sua voz, espelhando o seu olhar gelado. Derreter esse gelo tinha acabado de se tornar a tarefa mais importante de sua agenda. -Não fique histérica. Eu não vou morder. Você pode me bater se eu fizer. - ele ofereceu com um sorriso maroto. Então, ele puxou-a para mais perto, enquanto continuou a observar seus olhos. Ela ainda estava assustada. Não confiava nele, mas permitiu que ele se aproximasse. Sem pressa, ele baixou os lábios em sua pele. Tão suave como seda,
como veludo. O cheiro de sangue quase o drogava, mas ele afastou a fome. -Você vai sentir a minha língua. Isso vai formigar. Pronta? Não houve resposta, mas ele a podia sentir prendendo a respiração. Lentamente, sua língua se lançou através de seus lábios e lambeu o corte. O sangue dela saltou para sua língua e correu por sua garganta quando ele lambeu para cima até o fim da ferida. Nina tinha sabor de baunilha e especiarias. Ele nunca tinha provado nada tão bom. Se ele tivesse uma escolha, estaria banqueteando-se com ela todas as noites e nunca mais provaria outro sabor. Ele lambeu o corte, uma vez mais, ainda mais lento para saborear mais o momento, mas já sentiu a pele fechar e consertar. O sangue não escoou mais dele. Ela teria uma pequena cicatriz, mas a ferida já tinha sarado. Incapaz de se afastar, ele colocou seus lábios no local que ele tinha curado e beijou-a. -É isso faz parte? - Ele a ouviu perguntar. Não, mas, para ela, faria parte do processo de cura. -Sim. - Amaury plantou outro beijo suave como luz sobre a ferida. Ele olhou para cima e encontrou seu olhar. Ela sabia que ele estava mentindo? Nina inspecionou o local e, pela primeira vez deu-lhe um olhar de aprovação. -Uau, isso é impressionante. -Não machucou, não é? A pergunta a fez corar. De repente, ela parecia suave e vulnerável, não a lutadora dura que ele conheceu no beco. -Vamos verificar os seus outros ferimentos. Amaury tentou ser o mais profissional que podia, mas tinha certeza de que ele mal conseguia disfarçar sua ansiedade. Ele esperava encontrar muitos pequenos cortes que poderia selar. Qualquer desculpa para tocar sua pele e beijá-la. Ele queria fazer isso a noite toda. Lamber
cada centímetro quadrado de seu corpo sedutor, explorar cada dobra e cada cume. -Eu estou bem. Essa foi a única lesão, - Nina assegurou-lhe e se endireitou. Amaury olhou para sua camisa e percebeu o tecido rasgado sobre o peito e as manchas de sangue. -Mentirosa. Ele abriu o botão superior de sua camisa, enquanto Nina tentou empurrar as mãos. -Fique quieta. Eu só estou tentando ajudá-la. - Não haveria nada de errado se ele usasse um pouco de ação no processo. -Certo, - ela sussurrou. -Vamos lá, pense em mim como médico. - Ele ficaria mais do que feliz em brincar de médico com ela, especialmente se ele tivesse que examiná-la nua. E se ela fosse tímida, ele a ajudaria com sua timidez, ficando nu ele mesmo. Na verdade, ele pediria a ela para despi-lo. Implacável, ele abriu outro botão. A mão de Nina veio para detêlo. Gentilmente, ele roçou-a fora e continuou. Quando ele abriu outro botão e vislumbrou a curva do seio, chupou em uma respiração afiada. Ar condicionado. Ele deveria ter ligado o ar condicionado. Estava ficando muito quente no apartamento. Quando o último botão foi aberto, ele puxou o lado direito de sua camisa, expondo o seu seio. Ignorando o corte por um segundo, ele percebeu o arredondamento perfeito, do tamanho de uma laranja pequena, à espera de sua carícia. Fruta madura pronta para a colheita. Ele era um sortudo filho da puta. Mais uma vez, Amaury teve de limpar a garganta seca. -É um corte ruim. Eu limpo com água morna primeiro. - Ele tinha que continuar falando, senão iria cair sobre ela e devorá-la. -Eu acho que ele arranhou você com uma de suas garras. Ele olhou para cima e notou que Nina tinha virado o rosto como se ela não quisesse ver. Seu olhar voltou para o seu seio. O corte foi de cerca de três centímetros de comprimento e mal chegava ao seu
mamilo. Ele continuava sangrando. Lentamente, ele tirou a toalha molhada e começou a limpar a ferida com uma mão, enquanto a outra embalou seu seio por baixo para prendê-lo. Ela empurrou no início, quando ele encaixou seu globo macio na palma da mão, mas não disse nada. Ele gostava de sentir o peso dele na mão, percebendo que era o tamanho perfeito para ele. Ele deu-lhe um aperto pouco perceptível. Ele cumprimentou a combinação perfeita de firmeza e suavidade -Eu vou ter que fechar o corte agora. Você está perdendo muito sangue. - Ele falou em voz baixa, não querendo alarmá-la de qualquer forma, não querendo destruir este momento perfeito. Nina finalmente encontrou seus olhos. -Faça isso. - Ele foi surpreendido pela rouquidão de sua voz. Nesse momento Amaury baixou a cabeça em seu seio, ele sabia que ele iria fazer mais do que curá-la do corte. O desejo correndo em suas entranhas o tinha em um aperto. Na primeira volta de sua língua sobre a lesão, ele ficou rígido. Ele deixou o sangue escorrer pela volta de sua língua e se obrigou a levá-lo lentamente, para que ele pudesse prolongar o momento de felicidade pura e completa que ele sentia. Já por duas vezes ele lambeu o corte, que já tinha selado, mas ele foi incapaz de parar. -Nina. - ele sussurrou enquanto sua língua se afastou do corte e rodou sobre seu mamilo endurecido. Endurecido? Ela estava excitada? E então ele sentiu suas mãos em seus cabelos, como se para segurá-lo no lugar. Seus lábios travaram em torno de seu mamilo, e, lentamente, ele sugou. Sua mão amassou o seio lindo e ele chupou seu mamilo mais fundo em sua boca. Ele não conseguia o suficiente dela. Ela tinha gosto de céu, como um sonho, um conto de fadas. Até mesmo a maneira que ela brincava com seu cabelo excitava-o. Quando de repente ela lançou um gemido, ele pensou que iria ali mesmo se derramar em suas calças. Seu pênis ansiava por seu centro macio, dando-lhe uma lembrança dolorosa que ele não fazia sexo há mais de vinte e quatro horas. Amaury soltou seu mamilo, apenas para dar atenção ao seu outro seio. Ele não se atreveu a usar os dentes para dar um puxão mais forte, para que ela não ficasse com medo. Mas ele queria, não, precisava dela debaixo dele. Ele apertou-a de volta para as almofadas do sofá e mudou
a própria posição, empurrando sua coxa entre suas pernas.
Nina sentiu o peso sobre ela e sua coxa pressionando contra seu sexo, quando ele continuou a usar sua língua talentosa em seus seios. A cada volta, ele enviava raios de fogo para o seu núcleo, derrubando tudo em seu caminho. Ela sentiu sua calcinha ensopada com a evidência de seu desejo e não foi capaz de parar o seu corpo de responder a ele. Da mesma forma que ele respondeu a ela: sua ereção pressionando contra seu quadril era impossível de ignorar. Grande demais para ignorar, muito duro para desejar fora, mesmo se quisesse. Nina arqueou as costas para forçá-lo mais perto e deslizou sua mão em sua bunda firme. Seus músculos agruparam sob seu toque quando ela apertou-o. Será que sua pele era macia ou áspera? Seria suave, firme e quente? Sem pensar, ela deixou a mão deslizar por baixo da calça de sarja folgada, para explorar. Ela ofegou quando o sentiu. O homem nem sequer usava cuecas. Apenas o pensamento aumentou a temperatura do corpo dela em cinco graus. Ele gemia alto quando ela o agarrou com firmeza. Amaury soltou seu seio apenas o tempo suficiente para um excitado gemido. Ah, sim passar por seus lábios. Então sua boca abriu caminho como lava derretida de seu seio para o pescoço, antes ele olhou para ela. O momento em que ele pressionou seus lábios nos dela, ela notou que seus olhos brilhavam vermelho. Seus lábios lhe pediam para se render, enquanto sua língua brincava com ela. Resistir seria impossível. Sua língua encontrou a dele para um duelo desigual. Ele foi ganhando terreno, sentiu de repente que ele pressionou com mais força nas almofadas, até que sua língua tocou seus dentes! Que diabos ela estava fazendo? Dormindo com o inimigo? Nina gritou Instantaneamente, novamente.
e o empurrou de volta com toda a força. uma onda de dor percorreu suas costelas
-Ai! Ela era estúpida, estúpida, estúpida!
Amaury levantou o peso dela. -O que há de errado? - Ele parecia preocupado, mas ela não se deixou enganar. Seus olhos estavam piscando em vermelho como faróis de alarme, e os dentes pontudos culminavam para fora debaixo de seus lábios. Se ela tinha dúvidas sobre o que ele era, todas foram extintas ao olhar em seus dentes afiados. Segurando suas costelas para neutralizar a dor, olhou para ele. Ela não podia formar uma frase coerente, ainda muito tonta de seu toque e seus beijos. -Por que você não me disse que tinha outra lesão? - ele acusou e tocou seu lado com a mão. Nina se encolheu, não por que doía, mas por que não queria sentir o seu toque. Isso a fez se sentir tonta e estúpida. Apenas uma mulher estúpida estaria fazendo isso com um vampiro, e como ele era... -Não me toque, - ela ganiu. Amaury deu-lhe um olhar assustado. -Eu sinto muito, eu não queria te machucar. Você devia ter dito algo antes. Ele chegou ao lado dela e colocou a mão sobre as costelas. Ela queria puxar de volta, mas ele atirou-lhe um olhar de advertência. -Fique quieta Seus movimentos foram suaves, para testar se suas costelas foram quebradas, e isso foi inesperado. Como poderia um vampiro com mãos tão grandes ter um toque tão suave? Talvez ela tivesse batido a cabeça durante a luta e estava alucinando. -Nada parece estar quebrado. Apenas machucado. - Quando ele olhou para ela novamente, notou que o vermelho em seus olhos havia desaparecido e foi substituído por um azul profundo. Porque esse homem tinha que ter um olhar tão lindo? Nina concordou. -Dói como o inferno. Sua mão subiu para acariciar seu rosto tão suavemente, que ela não conseguia conciliar esse lado dele com os vislumbres de vampiro
que tinha visto. -Eu vou ser mais cuidadoso no futuro. - Amaury curvou os lábios em um sorriso maroto. -Então, onde estávamos? Sua boca se aproximou dela, mas ela se afastou. O homem era obviamente tão confiante que ele pensou que poderia apenas continuar de onde tinha parado. Como se ela fosse alguma donzela grata em perigo, que ia toda abobada ao seu salvador. Idiota arrogante! -Estávamos bem no final. E isso não vai a lugar nenhum por aqui. Nina tinha que parar com essa loucura e sair da casa dele. Ele havia provavelmente usando algum truque vampiro aqui, algum tipo de glamour ou controle. Por que outra razão ela o teria deixado tocá-la e beijá-la tão intimamente? Esta tinha que ser a razão, com certeza. Ela não era do tipo de mulher que deixava seus hormônios derreter a raiva, no momento em que um cara quente mostrava-lhe alguma atenção. Não, ela estava sempre no controle. Vampiro ou não, ele era um homem, e os homens não eram confiáveis. -Talvez você devesse descansar um pouco. Posso arranjar-lhe alguma coisa? O que Amaury estava querendo? Talvez ele estivesse planejando drogá-la. Não era seguro ali. Ela nunca deveria ter permitido que a trouxesse para o seu apartamento. O olhar lascivo dele lembrou-lhe que sua camisa ainda estava escancarada, expondo seus seios. Ela rapidamente puxou a camisa na frente e o pegou franzindo a testa. -Você pode me trazer um saco de gelo para minhas costelas para que não haja inchaço? Amaury levantou-se do sofá, trazendo sua virilha para o seu plano de visão. Sua enorme ereção era impossível de ignorar. Ele estava fazendo isso de propósito para tentá-la? Seu útero se apertou com o pensamento de qual seria a sensação de ter o seu pênis dentro dela. -Claro. Dê-me um minuto. Nina observou enquanto ele caminhava para a cozinha. Ela achou
que tinha menos de um minuto antes que ele voltasse com o saco de gelo, e ela o usou sabiamente. Em menos de dez segundos, ela estava na porta de entrada, abrindo-a silenciosamente. Por sorte não tinha tirado os seus sapatos. Ela não se incomodou em abotoar a camisa, mas correu para a porta, sem olhar para trás. Amaury era perigoso e não só porque era um vampiro. Ele era um homem que poderia chegar até ela, penetrar suas defesas, e devastá-la. Ela nunca poderia deixar isso acontecer. Todos esses anos tinha guardado cuidadosamente o seu coração para que ninguém jamais pudesse machucá-la novamente. Ela não baixaria a guarda agora. Não para ele ou qualquer outra pessoa. E ele ainda era o inimigo. Ela não podia trair a memória de Eddie para unir-se com o homem que, juntamente com seus parceiros, foi o responsável por sua morte. Ela se sentiu como uma traidora por ter sentido prazer quando Amaury a havia tocado. Ela nunca permitiria isso novamente.
Capitulo 8
Ao socar no rosto do ‘cara de doninha’, este caiu para traz batendo na porta da cozinha conectada com o estúdio, em sua desculpa de apartamento. O lugar fedia. Nina tentou ignorar os odores desagradáveis de fumaça, mofo e alimentos estragados, e se concentrou no homem a sua frente. Com raiva, empurrou-o com seu pé e fechou a porta atrás de si. Seu informante ficou com seu nariz sangrando e deu-lhe um olhar chocado. Ela o chutou nas bolas, e ele se dobrou. Quem era o sexo frágil, agora? -Pare com isso, - ele implorou. Ela odiava espancar pessoas que eram menores do que ela, mas desta vez não teve compaixão. Ele vendeu seu esconderijo a esses vampiros, e ela precisava saber o porquê. -Agora, vamos conversar, - ela anunciou. Nina teve uma estranha sensação de que Benny sabia a verdade, e a única maneira de obtê-lo era tirando a força dele. Algo que ela estava, definitivamente, no clima esta noite. Ainda segurando suas bolas, seu rosto se contorcia com a dor. Benny ergueu uma das mãos em sinal de rendição. Nina não acreditou, não se enganaria. No momento em que ele se recuperasse, ele iria lutar. Mas ela não iria deixá-lo se recuperar, não desta vez. Ela já descobrira que Amaury não poderia estar por trás do ataque a ela. Afinal, o vampiro Bunda Feia a tinha quase matado, e Amaury não parecia nem um pouco chateado, quando ela tinha destruiu o sugador de sangue. A menos que ele tivesse feito tudo isso para enganá-la e fazê-la confiar nele, o que não fazia sentido. Ela rejeitou a ideia de imediato.
Benny endireitou-se. Sem hesitar, ela fechou sua mão em um punho e bateu-lhe no estômago, seus músculos não treinados, não ofereceram nenhuma resistência real. -Ai! -Ele gritou quando caiu para trás, contra o balcão da cozinha. Utensílios se espalharam pelo chão. -Há mais de onde esse veio. Agora eu quero uma resposta. Ele deu-lhe um de seus falsos olhares inocentes, onde ele levantou as sobrancelhas, surpreso e zombador. -Qual é a resposta? Você não me perguntou nada ainda. -Não sou tão burra como você pensa, e vou transformá-lo em um eunuco. - Alguém como ele deve ser definitivamente retirado do conjunto genético. Benny olhou em torno de si. Ela notou o olhar truncado em um conjunto de facas de cozinha próximo de seu alcance. -Eu não faria isso se eu fosse você, - ela alertou, em tom baixo. Nina sabia que ele não iria ouvir. Ele não era exatamente a mente mais afiada e, obviamente, ainda não aprendeu que a desobediência poderia dar-lhe outras lesões. O momento em que Benny pegou a faca no balcão e apontou para ela, Nina tirou sua própria lâmina de seu bolso. Ela nunca saia de casa sem ela. ━Benny, Benny, - ela repreendeu e balançou a cabeça em sinal de desaprovação. Ele deu um sorriso maroto, olhando de sua faca para ele. -Eu acho que eu tenho a maior. Típico homem! -Tamanho não importa sempre. É o que você faz com ele que importa. -Vem pegar, Nina. - Sua mão livre apontou para a abordagem. O idiota tinha visto demais filmes ruins e claramente imaginava-se como o próximo Rambo, bem, o próximo Rambo realmente era pequeno, sem os
músculos ou o cérebro, de qualquer maneira. -Por que você fez isso? - Ela perguntou. Benny deu-lhe um olhar indiferente. -Porque não? Você não paga exatamente um prêmio, quando se trata das informações que deseja. Um homem tem de viver. Seu velho dilema, o dinheiro. Nina estava ciente de que não podia pagar sempre o suficiente pelas coisas que ela precisava. Desde a morte de Eddie, ela mal tinha se mantido acima da água. Seu irmão tinha sido o principal sustento, e ela tinha ido para a escola para melhorar suas chances de conseguir um bom emprego. Mas agora que ela tinha que vingá-lo, claramente não tinha tempo para conseguir um emprego ou continuar com a escola. Ela mal teve tempo suficiente para descobrir onde poderia roubar as coisas que precisava para sobreviver. As pequenas poupanças que ela tinha foram embora. -Você, pequeno rato! - Nina deu dois passos em direção a ele, com os braços estendidos ao lado do corpo, pronto para o combate. -Vá em frente, dê um golpe em mim. O vencedor leva tudo. -Foda-se, - respondeu ele. Ela foi para cima dele. Era hora de mostrar ao idiota em frente dela que ele não deveria mexer com ela. Com um grito Benny se lançou sobre ela, de repente. Ela mergulhou para o lado e evitou-o por um fio de cabelo. Seu lado bateu na parede e trouxe de volta a dor de sua já machucada costela, mas não tinha tempo para pensar nisso Ela girou nos calcanhares e encarou-o quando ele investiu contra ela novamente. Seu braço bloqueando a faca nem um segundo cedo demais. -Pronto para me dar uma resposta? - Ela resmungou entre os dentes. -Você não ganhou, - Benny respondeu e puxou de volta somente para empunhar a faca para ela novamente. Nina mostrou o quanto ela era boa. Facada após facada ela evitou, assim como ele escapou de suas tentativas de causar danos. Por um tempo eles estavam equilibrados. Ela sentiu o cansaço dominá-la. A dor em suas costelas impediam
a sua flexibilidade. Talvez ela devesse ter adiado o seu confronto com Benny até que ela se recuperasse. Ela não estava nas melhores condições esta noite. A luta com os dois vampiros tinha tomado muito dela e resistir a Amaury tinha feito o resto. A próxima facada de seu oponente acertou em seu alvo. O corte em seu braço era apenas uma ferida superficial, mas o resultado não era uma dor tão fugaz, quanto uma facada teria sido. -Bastardo fodido, - ela gritou e saltou em direção a ele, totalmente possessa. A dor deu-lhe outro tiro de adrenalina necessária, acelerando o seu motor. Ao mesmo tempo em que ela apontou a faca para ele, sua perna acertou um chute bem colocado na sua canela, levando-o a perder o equilíbrio. Ele dobrou. Ela aproveitou e cortou sua mão, fazendo-o derrubar sua faca, como resultado. -Sua vagabunda! - Ele cuspiu. Nina agarrou a mão ferida e torceu-a, chutou seu joelho em suas costas e segurou a faca em seu pescoço. Seu corpo estremeceu. Bom, ele devia temê-la. -Talvez agora você esteja pronto para conversar. Você tem dez segundos. Suas costelas pulsavam com dor, e ela só tinha mais alguns minutos de energia, antes que ela entrasse em colapso. Seu tempo estava acabando. -Eles vão me matar se eu falar. -Adivinha o que eu vou fazer se você não falar. E eu estou aqui. Você tem uma escolha, morrer agora, ou morrer mais tarde, - ela ofereceu e esperou que o idiota fosse inteligente o suficiente para escolher depois. Benny respirava pesadamente. -Tudo bem. Só não me machuque mais. -Fale rápido. Minha mão está se contraindo, e quem sabe o que vai acontecer se eu escorregar. - alertou.
-Quando perguntei em torno para você, esse cara se aproximou de mim, disse que iria me pagar o triplo do que você pagava, se eu a enviasse nessa armadilha. -Quem é ele? -Eu não sei. Ele não deu um nome. Pagou em dinheiro, ali. Eu não perguntei nada. -Isso não é bom o suficiente. Por quê? -Por quê? -Por que ele quer se livrar de mim? Ombros Benny mexeram-se como se ele estivesse tentando encolher de ombros. -Disse algo sobre você colocar o nariz em algo que não é da sua conta. Nina balançou a cabeça. Era o que estava fazendo para descobrir o que realmente aconteceu com o seu irmão. Ela não podia aceitar que ele fosse um assassino. -Você deve saber algo mais. -Não. Isso é tudo que eu sei. -Use seu maldito cérebro, - ela sussurrou e apertou mais o joelho em suas costas. Ele gemeu. -Eu o ouvi dizer ao seu amigo que ele irá para uma reunião de equipe amanhã à noite. -Um encontro pessoal? -Alguma empresa como Scanners ou algo assim. Nina piscou. –Scanguards? -Sim, sim, esse é o nome. Ele disse que estaria em uma reunião da equipe de Scanguards.
Ela sabia disso. Seu palpite estava certo. Foi alguém dentro do Scanguards, como ela tinha suspeitado. Amaury e seus amigos tinham que estar envolvidos. -Como ele é? -Comum. Alto, moreno. Amaury era alto e moreno, mas ele com certeza não era comum. -Isso não é muito útil. Eu acho que você vai ter que vir comigo para identificá-lo amanhã à noite. Benny tentou soltar de sua mão, mas ela segurou. Seu protesto foi instantâneo. -De jeito nenhum. Eu serei um homem morto se fizer isso. -Vamos ver sobre isso. Nina sentiu que a força escoava dela. Ela não tinha mais tempo, caso contrário, ele iria virar o jogo em cima dela. -Amanhã, - ela prometeu, antes que o empurrasse para o chão e corresse para a porta. Ela correu escada abaixo e para fora do prédio, esquivando-se para a porta do lado escuro, para recuperar o fôlego. Segurando suas costelas, ela inalou e sentiu a dor de seus pulmões roçando os ossos machucados. O corte em seu braço ainda estava sangrando. Nada que Amaury não pudesse corrigir para ela, mas não iria voltar para ele. Ele podia não ter enviado os vampiros atrás dela, mas um de seus amigos ou colegas enviou. Eles estavam todos trabalhando juntos. Só por que Amaury poderia não estar envolvido em todos os detalhes, não significava que ele não era, em última análise, o culpado. Ele era o inimigo. A compreensão bateu mais forte do que o esperado. Antes, ela só suspeitava que ele estivesse envolvido, agora havia mais certeza em seus pressupostos. A Scanguards estava, definitivamente, envolvida, o que significava que Amaury estava envolvido. E se ele a tivesse enganado o tempo todo, jogado de socorrista apaixonado e carinhoso, para prosseguir com a sua agenda? Mas por quê? Ele teve todas as oportunidades para matá-la, ainda que ele a defendesse uma vez. Por quê?
Com sua última gota de força ela chegou em casa. O apartamento de um quarto estava localizado em Chinatown. Era escuro e pequeno. Ela mantinha tão limpo quanto podia, mas mesmo a limpeza não poderia distrair do fato de que o lugar era pobre. A mobília era antiga e desgastada, uma mistura de estilos e épocas, mas ela não se importava. Isto era melhor do que os lares adotivos que ela viveu na adolescente. Pelo menos ela estava sozinha. Ninguém viria para o quarto dela à noite. Ninguém iria vê-la... Nina proibiu as lembranças em sua mente. Ela tinha sobrevivido. Era tudo o que importava. Ela fechou a porta atrás de si e trancou-a. Depois de retirar os sapatos, caiu sobre a cama. Ela estava exausta demais para chegar até a geladeira para retirar a bandeja de gelo para por num saco. Em vez disso, ela virou o rosto para a foto na mesa de cabeceira. Um jovem sorriu de volta para ela, suas covinhas profundas, o cabelo desgrenhado cor de areia. -Oh, Eddie, eu estou sozinha. O que eu vou fazer? Quando as lágrimas se formaram em seus olhos, ela deixou cair. Na segurança de suas próprias quatro paredes, se permitia um momento de fraqueza, esperando que as lágrimas lavassem sua dor e solidão, mesmo sabendo que não.
Capitulo 9 Sempre que Amaury precisava pensar, ele cozinhava. A atividade o relaxava. Claro, ele nunca poderia comer os pratos que preparava, mas isso era irrelevante. Ele tinha um monte de pensamentos, então ele se decidiu pela comida francesa. Ele não tinha ideia de por que Nina tinha fugido dele. Para qualquer outro homem, esta seria uma ocorrência comum, já que nenhum homem nunca soube realmente o que uma mulher estava pensando ou sentindo de qualquer maneira. Mas Amaury sempre soube o que todos estavam sentindo, assim, ele deveria saber o que sentiam todas as pessoas a sua volta. Só que, por algum motivo, ele não era capaz de sentir suas emoções. Isso nunca tinha acontecido antes. Assim como na noite em que ela o beijou, ele nem sequer notou a ausência de emoções bombardeando-o. Durante a luta de rua, ele tinha sentido a determinação dos dois vampiros em matá-la, e a sua reação para salvá-la tinha sido automática. Enquanto ele a levava para o seu apartamento e depois cuidou de suas feridas, ele estava tão emocionado com o efeito que tinha sobre seu corpo, que ele não tinha notado nada. Nem mesmo o fato de que sua cabeça estava livre de quaisquer emoções externas. E ele ainda não tinha tido relações sexuais com ela. Infelizmente. Amaury atirou um galho de tomilho e vinho para o caldo, misturando o que ele já tinha derramado sobre as pernas e peito de frango sem pele. O cheiro familiar de Coq-au-Vin flutuava para seu nariz, e ele desejou ardentemente que pudesse comer uma refeição agradável, saboreando um suculento bife de novo, ou uma caçarola aromática. Ele fechou a tampa e colocou para ferver. Quando ele começou a organizar as batatas cortadas perfeitamente, em um prato para preparar um gratinado, ele voltou seus pensamentos para Nina.
Ele ainda ficava duro só de pensar em como era doce o sangue que tinha provado e como sua pele parecia macia sob os seus beijos. Quando ele tinha tocado e beijado muitas mulheres humanas em sua época, ninguém sabia o que ele era. Se o soubessem, elas nunca responderiam a ele. Mas Nina sabia o que ele era. Inferno, ela matou um vampiro na sua frente. E enquanto ela, inicialmente, tinha lutado contra ele para deixá-lo tomar conta dela, ela tinha se rendido ao seu toque. Ele não tinha usado o controle da mente sobre ela. Foi sua a decisão de responder a ele. Ok, talvez ele tivesse usado todos os seus poderes de persuasão como um homem, para ajudar nessa decisão, mas não tinha usado as suas habilidades de vampiro. Seus séculos de experiência com mulheres lhe tinham ensinado o que as mulheres gostavam, e ele nunca foi tímido sobre usar o que ele tinha aprendido. Quando se tratava de sexo, estava preparado para qualquer coisa que uma mulher pudesse jogar com ele. E jogava sempre para mais. Mas algo tinha mudado repentinamente no humor de Nina, mesmo que seu corpo tivesse fervilhado como um piano bem afinado. Ele teria gostado de compor uma sinfonia sobre ela, se ela tivesse lhe dado uma chance. Um ping suave anunciou que o forno estava pré-aquecido, na temperatura correta, e ele colocou o prato gratinado sobre a bandeja do meio. A agitação rápida da panela no fogão garantiu que nada estava queimando. Nada, além de seu desejo por Nina. Ele iria encontrá-la. Agora que ele tinha provado seu sangue, ele teria uma chance infinitamente melhor de persegui-la. Ele era como um cão de caça, seu olfato era tão desenvolvido que ela não seria capaz de evitá-lo. Os lábios de Amaury se curvaram em um sorriso. E uma vez que ele a encontrasse, eles iriam terminar o que tinham começado. O único problema a ser enfrentado agora, eram seus colegas. Se qualquer um deles descobrisse que ele estava vendo uma mulher humana e não tinha apagado a memória dela, ele estaria na casa do cão. Seu aviso ainda tocou em seus ouvidos: a exposição tem de ser evitada a todo custo. Bem, não foi culpa dele. Nina já sabia sobre ele ser um vampiro antes mesmo de terem contato. Quem sabe o quanto de sua memória, ele teria que apagar, quão longe ele teria que ir? Era impossível saber.
Não, a melhor maneira era encontrá-la, falar com ela, descobrir o que ela sabia e depois decidir. Ele definitivamente poderia justificar sua abordagem. E se no processo ele tivesse um pouco de ação horizontal, certamente ninguém poderia culpá-lo por isso. Qualquer homem de sangue quente faria o mesmo. Afinal, ela era uma mulher desejável com seios lindos e uma boca atrevida. Quem não gostaria de ter um pedaço dela? Ele, com certeza, não se importaria de passar uma noite inteira com ela, deixando os lençóis em chamas. Isso era algo que ele não tinha feito em um longo tempo. Claro, tinha sexo toda noite, não apenas na cama. Aquele local estava reservado para alguém especial, e ele teve a sensação de que ela merecia um convite para a sua cama. E da próxima vez ele teria certeza que a porta estivesse trancada, e ela não iria fugir tão rapidamente. No momento em que a comida estava pronta, Amaury tinha definido seu plano para encontrá-la. Supondo que ela vivia na cidade, ele patrulharia em um padrão de grade, começando com todos os bairros do centro antes de mudar para os subúrbios. Ele levaria algumas noites no máximo. Amaury elevou a comida para servir pratos e colocou-os em uma bandeja, antes de deixar seu apartamento e fez o seu caminho até um lance de escadas. O apartamento da Sra. Reid parecia escuro, mas ele sabia que ela normalmente dormia tarde, tocou a campainha e esperou. Um minuto se passou, e nada aconteceu. Ele tocou a campainha de novo e não ouvia qualquer som de dentro de seu apartamento. Atrás dele, ele ouviu outra porta abrir. -Ela não está, - a voz masculina disse. -Oh, ela volta mais tarde? - Amaury perguntou, virando-se para Philipp, um dos inquilinos reclusos no prédio. -Você não ouviu? Ela está no hospital. Amaury sentiu uma pontada no peito. Ele se alimentou dela na noite anterior, e agora ela estava no hospital. O que ele fez? -No hospital? - Um arrepio subiu pela sua espinha. -Sim, ela está em má forma. - Philipp esticou o pescoço para olhar para a bandeja nas mãos de Amaury. -Isso cheira bem. É comida francesa?
-Sim, com certeza. Pegue. Amaury pressionou a bandeja nas mãos de Philipp e virou-se antes que o homem pudesse agradecer-lhe. Ele subiu as escadas e voltou para seu apartamento, batendo a porta atrás de si. A pobre mulher. A doce velhinha. Ele tinha tomado muito dela, e agora ela estava pagando o preço. E se ela não se recuperasse? E se morresse? Sua força o deixou, e ele caiu de joelhos, a culpa tomando conta dele. Ele perdeu o controle. Ele tinha tomado muito. Era verdade, ele era um monstro. E isso estava acontecendo novamente. Ele estava matando novamente. Assim como naquela época. Ele não tinha mudado nada. Depois de 400 anos, ele ainda era o mesmo monstro cruel. Um assassino.
France, 1609. A luta de Amaury para apoiar sua família iria acabar em breve. Ele tomou uma decisão. A oferta que tinha recebido uma semana antes era tão boa quanto qualquer outra que ele nunca iria conseguir. E por tudo o que ele sabia sobre o homem que se apresentou apenas por seu primeiro nome, Hervé, pagaria por algo que Amaury não precisava mesmo entregar. Ele acreditava apenas na metade da história de qualquer maneira. O luar o ajudou a encontrar o caminho para a pequena ponte onde ele concordou em se encontrar com Hervé. Se tudo corresse bem, Amaury seria bem pago para deixar o homem se alimentar dele todas as noites, bom o suficiente para ter certeza de que sua esposa e seu filho teriam o suficiente para comer e roupas em seus corpos. Ele já tinha recebido algum dinheiro como um sinal da intenção honesta do homem. Foi o amor por sua família que o levou a este ato desesperado. E daí que algum homem rico tinha um fetiche, e queria beber o sangue de alguém? Se ele estava disposto a pagar por ele, Amaury estava preparado para aguentar a dor momentânea e suportar. O quão ruim poderia ser? A ponte estava encharcada pelo luar. Exceto a sombra de um homem alto, ninguém mais estava por perto. Houve relatos de ataques de
animais selvagens, e poucos habitantes tiveram a coragem de aventurarse depois de escurecer. Ninguém iria testemunhar o que estava para acontecer. Quando Amaury se aproximou do homem, perguntou-se se estava fazendo a coisa certa, mas lembrando dos olhares esfomeados de sua esposa e filho, ele sabia que não poderia voltar. No momento em que o rosto de Hervé veio à vista, ele viu o brilho das presas do homem. Não havia como negar isso agora. Ele era um vampiro, assim como ele tinha alegado. Um calafrio correu pela espinha de Amaury, e os pequenos pelos na parte de trás do seu pescoço se levantaram -Faça rapidamente. - Quanto mais rápido isso fosse, melhor. Amaury estendeu a mão e senti as moedas geladas na palma de sua mão um segundo depois. A picada das presas em seu pescoço era apenas dolorosa por uma fração de segundo, então ele caiu em um estado como se tivesse bebido muito vinho. Não era desagradável. Mas quando ele quis se afastar de Hervé, viu que não podia. O homem não iria deixá-lo ir, e apesar do seu corpo enorme, Amaury não era páreo para a força desumana do homem. As presas do vampiro cravaram mais fundo nele, drenando mais sangue de seu corpo. Sua visão ficou turva, as pernas fracas, até que ele entrou em colapso. Amaury acordou com uma sede de um tipo que nunca tinha conhecido. Uma sede de sangue. Hervé o havia enganado. Ele não queria apenas para se alimentar, ele queria transformá-lo em um vampiro. E ele tinha feito. Para construir uma comunidade, uma família da espécie. Mas Amaury tinha uma família, uma família própria, e eles precisavam dele. Ele não ouviu quando Hervé o avisou de que ele agora era um perigo para eles. Em vez disso, ele correu para casa, ignorando sua sede. A primeira pessoa que ele encontrou em seu retorno, foi o seu filho Jean-Philippe. Com seus pequenos pés descalços, correu em direção a ele, com os braços estendidos, querendo ser levantado nos braços de seu pai. -Papai! Mas o momento em que Amaury agarrou seu filho no peito, a besta dentro dele assumiu, e a sede o dominou.
Não sabendo o que ele estava fazendo, ele afundou suas presas no menino. Momentos depois, o corpo sem vida de seu filho estava aos seus pés, e os gritos histéricos de sua mulher enchia o ar da noite. Não havia caminho de volta a partir do que ele tinha feito. E, como um novo vampiro, ele não sabia como salvá-lo, como, talvez, transformar seu filho em um vampiro também, então pelo menos ele poderia ter sobrevivido com alguma capacidade. Só mais tarde é que ele aprendeu como criar um vampiro, como ele teria que alimentar seu filho com seu próprio sangue no momento em que seu coração levou suas ultimas batidas. -Monstro! Você matou o seu filho! - Sim, ele tinha matado seu próprio filho. Os gritos de sua esposa eram misturados com lágrimas, com a voz rouca. Mas a forma como ela olhou para ele, quando ele saiu de seu transe momentâneo, quando a besta nele estava satisfeita pelo sangue do menino, os olhos o condenaram ao inferno. Vivendo em um inferno. -Você vai sentir toda a dor do mundo, Emoções de cada um, e você vai ser aleijado para sempre. Você nunca vai sentir o amor novamente. Nunca. O que ela o condenou, era o que ele merecia: sentir as emoções de todos, sentir a dor que o deixaria aleijado por toda a eternidade, sem amor para acalmar o seu coração novamente. - Meu Deus, o que foi que eu fiz? - O que ele fez? Amaury caiu de joelhos e chorou.
Capitulo 10 Era a última reunião da equipe para esta noite. Amaury estava cansado e esgotado. Ele podia sentir que Gabriel não estava se saindo muito melhor. Usar seus poderes exigia muito deles. As cadeiras na sala de reunião foram dispostas de modo que Yvette pudesse ver o rosto de todos e registrá-los em sua mente. Ambos, Amaury e Gabriel estavam ao lado dela, enquanto Ricky estava no pódio e respondia as perguntas depois de ter feito o seu discurso padrão sobre os incidentes. -Isso é exatamente o que precisamos, a polícia escavar em torno do nosso passado. - um dos funcionários cochichou. Um murmúrio coletivo atravessou a sala. Ricky levantou a mão para pedir silêncio. -Eu entendo as suas preocupações. Tenha certeza, nós não iremos divulgar informações para a polícia, se eles não nos apresentarem uma intimação adequada. Como todos sabem, muitos de nós temos antecedentes menos que estelares. Mas passamos disso. Nós ficamos de fora desta e mudamos. Amaury percebeu que Ricky usou o coletivo nós. Ele era um orador extraordinário, sempre sabendo o que a multidão queria, como ele poderia ganhá-los para o seu lado. Muitos guarda-costas Scanguards, eram criminosos reformados e, enquanto Ricky não era um ex presidiário, ele dizer que era um deles, foi uma jogada inteligente. -Estamos juntos nessa. Uma maçã podre não vai estragar todo o lote. Eu acredito em vocês. Sem vocês, não haveria Scanguards. Sem vocês, o mundo seria menos seguro, - ele continuou a sua preleção. -A empresa precisa de vocês para ficar forte e vigilante. Se suspeitarem de qualquer irregularidade, peço-lhe para virem a mim. Amaury examinou a multidão e tentou filtrar as várias emoções que saltaram ao redor da sala. Sua cabeça estava perto de explodir, mas como sempre, ele não deixou transparecer. As emoções que o bombardeavam eram o que ele esperava: medo, raiva e descrença.
-Nós não podemos permitir que esses incidentes possam rasgar a empresa ao meio. Muitas pessoas dependem de nós. Muitos empregos seriam perdidos. Todos nós temos famílias que dependem de nós. Não vamos decepcioná-los. -Há alguma pista? - Uma pergunta veio da plateia. Ricky sacudiu a cabeça. -Nós não estamos a par de todas as informações, a polícia considera confidencial. Vamos conduzir nossa própria investigação interna, porém, e para isso, contamos com a sua ajuda. Muitos de vocês conheciam tanto Edmund quanto Kent. Então, eu tenho um favor para lhes pedir. Se vocês acham que alguma coisa estranha aconteceu com eles antes destes incidentes, qualquer coisa que possa ser considerada estranha, ou se vocês sabem de todos os problemas que tiveram, por favor, falem comigo em confiança. Não tenham medo de alguma represália. Se vocês sentem que preferem permanecer em anonimato, eu vou respeitar o seu pedido. -Haverá uma recompensa? Amaury franziu o cenho. Típico, havia sempre um que queria ganhar com uma situação como esta. Ele afinou as emoções do homem. -Neste ponto nada foi decidido. Mas todos sabem como trabalhamos. A empresa não vai esquecer a sua contribuição. Nós somos dependentes uns dos outros, e cuidamos dos nossos. Ele realmente tinha que dar uma mão para Ricky, ele podia dar uma interpretação positiva sobre qualquer coisa. Os homens na multidão pareciam muito mais relaxados agora do que no início da reunião. Um monte de sua ansiedade se foi, e as suas emoções tinham se equilibrado para ficar tranquilas. Ainda assim, havia mais algumas cabeças quentes para serem tratadas. -Eu não posso me dar ao luxo de ser atraído para isso. Estou em liberdade condicional, - um grande cara gritou e pulou de seu assento. Cabeças se viraram para ele. -Bem, você não é o único, - outro do outro lado da sala disse, Então, cale a boca. -Você quer um pedaço de mim? - O cara da liberdade condicional estava com os dentes cerrados, punhos em riste. Ricky deixou a multidão sob controle.
-Por favor, senhores. Não há necessidade de obter violência física. Vocês podem imaginar a papelada que tenho de lidar com apenas o preenchimento de formulários do trabalhador? Por favor. Acalmem-se. Nenhum de nós pode se dar ao luxo de ser envolvido no presente, mas estamos. Nós não escolhemos isso, mas temos que lidar com isso. Peço a todos que mantenham a cabeça fria. Nosso primeiro dever é para os nossos clientes. Eles vão ficar nervosos e com razão. Se um de vocês perder a calma, nossos clientes irão notar. Se querem ser puxados para fora, é melhor vocês me deixarem saber agora. Ricky olhou para a multidão, mas ninguém falou. -Acho que isso significa que estamos todos fazendo o que deveríamos estar fazendo. Proteger os nossos clientes, fazer o nosso trabalho. Nós vamos chegar a esclarecer isso, eu lhes prometo. Boa noite, meus senhores. Estejam seguros. Ricky ofereceu a Amaury e Gabriel um olhar silencioso. Amaury assentiu. Ele teve tempo suficiente para se aprofundar nos empregados. Emoções, mas nada de importante havia acontecido. Todas as emoções pareciam razoáveis para a situação. No entanto, havia alguns membros do pessoal que ele queria dar uma olhada. Como a sala ficou limpa e as conversas cessaram, os vampiros se reuniram em um canto. -Alguma coisa? - Ricky perguntou. -Eu bati em suas memórias, mas não havia nada de qualquer um deles ligado a Edmund ou Kent. Sim, alguns deles conheciam, um ou mesmo os dois, mas eu não pude ver as incidências que me levam a crer no jogo sujo. A menos que alguém esteja bloqueando o meu acesso. - admitiu Gabriel. -Eles podem fazer isso? - Amaury perguntou surpreso. Ele sempre assumiu que o dom de Gabriel era infalível. -Os seres humanos não podem. Nem todo mundo pode me bloquear, mas alguns dos vampiros podem ter poderes suficientes para, pelo menos, me bloquear parcialmente ou criar um véu em suas memórias para que eu não possa acessá-los suficientemente. Você não tem esse problema com o seu poder? Amaury sacudiu a cabeça e soube imediatamente que ele estava mentindo. Ele só recentemente encontrou a única pessoa cujas emoções ele não conseguia ler, mas tinha certeza de que foi um acaso. Além
disso, ela era humana. -Não, eu posso sentir qualquer coisa, seja de humano ou vampiro. E após as sessões longas com os funcionários, ele estava completamente e totalmente esgotado, exausto. Ele precisava desesperadamente de sexo para não explodir. Ele olhou para o relógio. As discotecas ainda estariam cantarolando agora. Ele precisava se alimentar, e depois ele precisava continuar sua busca por Nina. -Bem, bom para você. - Se Gabriel soubesse. Bom não era o atributo de Amaury associava ao seu dom. - Qualquer coisa do seu lado? -Eu senti algumas pessoas com problemas de culpa, possivelmente, alguém com sentimentos de decepção e medo, mas não posso identificar o que quer dizer. - Ele olhou para Gabriel. -Seu dom é muito mais preciso do que o meu. O dom de Amaury estava aberto à interpretação, e desta vez ele não podia contar com adivinhação. Isto era muito importante para todos eles. Por isso que o dom de Gabriel era necessário para complementar o seu. -Nós devemos entrevistar alguns deles um a um. Mostre-me a lista, Ricky. - ele exigiu. Ricky puxou a lista de funcionários e entregou a ele. Amaury rapidamente fez anotações ao lado de vários nomes. -Vamos definir alguma coisa para a noite de amanhã. Ricky olhou para a lista. -Ok, juntamente com os poucos das reuniões anteriores, isso completa 11 deles. Yvette? Yvette tinha ficado quieta durante todo o tempo. Agora, ela limpou sua garganta. -Eu gostaria de sentar nas entrevistas com o Amaury. Amaury levantou as sobrancelhas, mas não protestou. Se ela queria um olhar mais atento para os caras que ele escolheu que assim fosse. -Estarei lá também. – Gabriel disse. Pelo menos com Gabriel lá, ele e Yvette não começariam
imediatamente uma luta. -Onde está o Quinn? - Yvette perguntou, de repente. -Provavelmente lá fora. Ele deveria fazer com que todos deixassem o prédio. Vamos. - Gabriel ordenou. -É hora de conferir com Zane.
Esta era a terceira noite consecutiva que Nina tinha problemas com um vampiro. Talvez ela não fosse feita para isso, afinal. E este era um cara mediano. Sua cabeça era tosquiada, seu corpo não tinha um grama de gordura, ele tinha sua presa contra a parede exterior dos escritórios da Scansguards do centro. Sua boca torceu em um rosnado, enquanto seu braço pressionava contra seu pescoço, tornando a respiração praticamente impossível. Tudo correu bem até a poucos minutos. Ela tinha visto os empregados deixarem o prédio após a reunião de equipe. Infelizmente, Benny havia fugido antes que ele a ajudasse a identificar o seu contato. Isso fez Nina achar que seu informante tinha visto o cara entre os funcionários naquele momento e decidiu que era mais seguro pular fora. Não que ele tivesse ido com ela, voluntariamente, em primeiro lugar. Ela teve que usar a persuasão do tipo violento para arrastá-lo com ela. Obviamente, ‘a doninha’ tinha um melhor instinto de autopreservação do que Nina, caso contrário, ela não seria a única em que as garras do vampiro careca estavam agora. A corrente de prata que ela carregava no bolso de sua jaqueta era de nenhum uso agora, ela não seria rápida o suficiente para envolvê-la em torno de seu pescoço, mesmo se conseguisse se livrar de seu aperto. E mesmo que ela se armasse com uma estaca, a que estava em seu bolso interno, estava inacessível no presente. Ela tinha que jogar com uma estratégia diferente. -Quem é você? Sim, sua voz sova calma, como ele parecia. Não havia dúvida sobre isso. Ela abriu a boca, mas nenhum som saiu. Ele estava esmagando sua traqueia. -Fale!
Fácil para ele dizer. Ele não estava ficando sem ar. Ela suspirou e ergueu o braço fazendo gesto para seu pescoço. Um segundo depois ele afrouxou o aperto em seu pescoço, mas apenas marginalmente. Instantaneamente Nina tossiu. -Agora fale rápido. -Eu estava cuidando da minha vida. - Se ele pensou que ela iria contar a verdade tão rapidamente, então nunca conheceu alguém tão teimoso quanto ela. Ele balançou a cabeça. -Não em meu território. Você estava nos espionando. Quem é você? -Eu estava indo para uma caminhada, isso é tudo. Ele enfiou a coxa contra ela em uma exibição de dominação física. Ela não se intimidou com isso facilmente, bem, pelo menos ela não ia admitir isso. -Rondando é a palavra que você está procurando, eu acredito. Pelo canto do olho ela percebeu que em seus arredores poderiam ter transeuntes, mas eles estavam sozinhos. Era tarde da noite, e o distrito financeiro estava deserto. Os restaurantes já estavam fechados, e não havia casas noturnas nas proximidades. -Este é um país livre. -Para algumas pessoas, talvez. Ele era diferente dos dois vampiros que ela lutou na noite anterior. Ele poderia tê-la matado uma dúzia de vezes desde que a capturou, mas ele tinha a intenção de questioná-la. Isso lhe deu esperança de que ele não foi enviado pelo mesmo cara que tinha mandado os outros dois vampiros. -Ouça, eu não tenho nenhum problema com você. Se este é o seu território, mano, eu vou ficar “fora de sua área”, tudo bem? - Ela tentou o seu melhor jargão de gangue de rua com ele. Se pudesse convencê-lo de que ela era apenas alguma pessoa de baixo nível e não estivesse pesquisando vampiros, talvez ele a deixasse ir. -O que você quer? Como ela ia dizer a ele. Inferno, o cara era insistente.
-Zane! Sua cabeça chicoteou de volta para a voz atrás dele. Várias figuras vieram em direção a eles, todos ainda como sombras escuras. Grandes, mas vampiros. As chances de sobrevivência dela tinham acabado de diminuir. -O que está acontecendo? - A mesma voz perguntou. O homem entrou em vista. A primeira coisa que Nina viu foi a grande cicatriz que atingia do queixo e fazia o caminho até seu ouvido. Horrível. Ela poderia dizer que em algum momento no passado, ele tinha sido bonito, mas a cicatriz feia tinha posto um fim a isso. -Este homem me atacou! - Talvez ela pudesse criar alguma confusão e apelo para o senso de cavalheirismo de alguém para com uma mulher, não que ela tivesse muitas esperanças. Ela só estava apelando. -Nina? Agora havia uma voz que ela, definitivamente, reconhecia. Amaury surgiu em sua visão, um olhar atordoado em seu rosto lindo. Porra, o homem ainda estava tão bonito quanto na noite anterior. Ela não tinha imaginado isso. -Você a conhece? - O cara com a cicatriz e rabo de cavalo, perguntou. -Zane, tire suas garras dela. Agora! - Amaury ordenou ao vampiro que ainda a mantinha aprisionada. Zane não mostrou nenhuma intenção de deixá-la ir. Ao contrário, ela sentiu como se apertou mais sobre ela. -Não me diga que ela é uma de suas prostitutas! - A voz feminina a surpreendeu. Nina olhou em sua direção. Se já houve uma mulher que poderia ser chamada de Mulher Fatal, era essa. Calças de couro preto, uma blusa apertada colorida, abundância de peitos. E um rosto emoldurado por um absolutamente impecável cabelo preto curto. Algumas meninas tinham muita sorte. -Cale-se, Yvette! Zane deixe-a ir. - Amaury repetiu a ordem. -Quem é ela? - Zane não estava claramente disposto a fazer isso. -Não é da sua maldita conta. -É que ela estava espionando os Scanguards.
-Nina você não estava espionando os Scanguards, não é? – O olhar cúmplice de Amaury foi sutil. -Claro que não. Eu estava esperando por você. - Ela esperava que ninguém pudesse ouvir o tremor em sua voz. -Você está namorando uma humana? - O vampiro com o rabo de cavalo e cicatriz, deu uma olhada de repreensão para Amaury. -Posso lembrá-lo do que discutimos há duas noites? -Eu sei o que discutimos Gabriel. Não há necessidade de me lembrar. Eu vou cuidar disso. -Sério? - Yvette interrompeu. -Sim, realmente. - Amaury soou bastante chateado. -É melhor. Nenhuma exposição. - Gabriel fez uma indicação para Zane soltá-la. Nina sentiu sua relutância em fazê-lo. O bastardo tinha, obviamente, esperado fazer um pouco de mal a ela, e ainda estava bloqueando-a. -Eu acho que eu prefiro fazer isso sozinho, - Zane insistiu. -Eu não acho que você possa ser confiável para limpar a memória dela. Limpar sua memória? Como eles iriam fazer isso? Por perfuração em seu crânio? Zane e Amaury atiraram punhais um no outro. Se olhares pudessem matar, bem, felizmente eles não podiam, ou pelo menos ela não achava que eles podiam. Mas o que ela sabia sobre o que mais os vampiros eram capazes? -Nina, venha até aqui. Ela suprimiu o desejo de mostrar a Zane o dedo e foi muito feliz em cumprir o comando de Amaury. Melhor o vampiro que ela conhecia... Ela notou o olhar que Yvette lhe deu, quando ela finalmente parou ao lado de Amaury. Seu próximo comentário não foi nenhuma surpresa. -É por ela que você está disposto a trair seus amigos? - A mulher viajou o olhar sobre o corpo de Nina, fazendo-a se sentir como se estivesse passando por uma inspeção que ela não tinha chance de passar.
-Eu não vou trair meus amigos. Ela é inocente, isso é tudo. -Essa é boa de cama, hein? - Yvette jogou um sorriso frio em Nina. -Cuidado, ele vai tomar o que ele quer e não dará a mínima para as consequências. Nina não sabia como responder. Ela estava feliz por não precisar. Gabriel cortou a conversa. -Isso é o suficiente. Amaury, você sabe o que fazer. Se você não cuidar dessa situação, eu cuidarei. Ou pior, Zane cuidará. Entendemosnos? Houve uma ligeira hesitação por parte de Amaury. Ela notou como suas mãos fecharam em punhos. -Alto e claro. Ele virou-se e agarrou seu braço. -Vamos. - A aspereza de sua voz não mostrava nada de bom para o seu futuro imediato. Nina não tinha ideia de por que ele não tinha acabado de jogá-la aos leões, e tinha tomado a sua ira sobre si mesmo, para tirá-la da situação precária. Ela o olhou de lado, enquanto lutava para manter-se com ele, sua mão ainda presa em torno de seu braço em uma forma não muito gentil. -Para onde vamos? - Ela perguntou a ele, uma vez que estavam fora do alcance da voz de seus amigos vampiros. -Em algum lugar onde possamos conversar. -Conversar sobre o quê? Amaury parou e puxou-a para ele. O olhar furioso dele fez Nina segurar sua língua. -Nós dois sabemos que você e eu não temos um relacionamento, pode cortar a porcaria. Você tem sorte que eu pude enganar os meus amigos. Mas agora você me deve uma explicação. Mais uma vez ele a puxou para perto. -Devagar, eu não posso acompanhá-lo. -A menos que você queira que eu a jogue sobre meu ombro, você vai conseguir.
Nina ignorou o arrepio rolando pelas costas. Homem das cavernas!
Capitulo 11 Nina o estava deixando louco, a delirar. No momento, quando Amaury tinha visto que Zane era grosseiro com ela, ele tinha visto vermelho. Não, carmesim, escarlate, roxo! Que diabos ela estava fazendo lá, espionando-os fora dos escritórios? E, claramente, os estava espiando. Não havia maneira de ser uma coincidência. Amaury resmungou para si mesmo enquanto entravam no apartamento e ele trancou a porta. Sua decisão de tirá-la de lá tinha sido uma reação instintiva, simples. Ele não tinha pensado sobre as consequências. A única coisa que podia pensar era afastá-la de Zane. Ele conhecia Zane muito bem, e seus métodos de interrogatório não eram em nada suaves. Ele não queria que Nina fosse submetida a sua brutalidade. Zane seguia a diretiva em uma linha reta, ele era leal e ferozmente protetor com seus irmãos, mas seus métodos eram questionáveis. Só de imaginar Nina sofrendo nas mãos de Zane, virava o seu estômago. E não só pelas razões óbvias. Mesmo se Zane não fosse tão brutal como ele costumava ser, ele não gostaria das mãos de outro vampiro sobre ela. -Mulher, você está me dando dor de cabeça. -Se esse é o caso, por que não me deixa só? - Ela fez uma tentativa de passar por ele e para a porta, mas ele a segurou por trás e virou seu corpo em direção a ele. -Boa tentativa, Nina, se esse é mesmo seu nome verdadeiro. Ela inclinou a cabeça para cima, em desafio. -Você está nos termos do primeiro nome, na verdade. Touché! -E Nina é o meu nome. - ela acrescentou. -Você pode muito bem ficar confortável, desde que não vai a lugar nenhum. - Ele largou seus ombros, antes que ele pudesse se entregar ao desejo de puxá-la contra seu corpo e puni-la com um beijo. -Vá, sente-se.
Ela não se moveu. -Eu prefiro ficar de pé. -Faça como quiser. E pode começar a falar. -Se parece com uma névoa queimando… Ele a cortou. -Por que você estava rondando a Scanguards? -Eu não estava à espreita. Suas pálpebras inocentemente esvoaçantes, não iriam funcionar com ele. Nem os lábios macios vermelhos fazendo beicinho, em protesto. -Você não estava esperando por mim, isso é certo. Parece que temos uma verdadeira Buffy em nossas mãos. -Você está me chamando de caçadora? -Isso é o que você é, não é? - Amaury deixou seu olhar derivar sobre sua forma esguia. Ela era alta para uma mulher, bem construída, com músculos que iriam colocar um macho humano de porte médio com vergonha. Mas ela não era forte o suficiente para lutar contra um vampiro, e especialmente não contra Zane. -Eu não sou uma assassina. -Então o que você estava fazendo? Procurando vampiros para matá-los? Em meu livro isso é matar. E nem tente negar. Eu estava lá, lembra? - Mas ele não estava pensando na luta com os vampiros, e sim nas imagens que sua mente conjurou, imagens de mais tarde naquela noite, imagens de seus seios nus. Com uma vibração impaciente de sua cabeça, ele tentou se livrar da imagem mental. -Esse é o agradecimento que recebo por salvar a sua bunda? Se eu não tivesse matado esse cara, você seria poeira agora! Nina tinha um ponto. Francamente, ele não tinha ideia de por que ela o salvou, quando poderia ter tomado o momento para correr por sua vida. Em vez disso, ela corajosamente saltou sobre o vampiro e o matou. -E a minha bunda não precisaria de salvação em primeiro lugar, se eu não tivesse que salvar a sua. -Eu não pedi ajuda.
Ela apoiou as mãos em seus quadris, ficando a jaqueta aberta em seu peito. Ele estava tendo alucinações, ou esta ação simples fez seus seios parecerem mais voluptuosos? -E você não precisava. Ficou muito claro de onde eu estava que precisava de ajuda. - A lembrança da sua luta contra os dois vampiros enviou um arrepio gelado através de seus ossos. Ele poderia tê-la perdido tão facilmente. A perdido? -Macho arrogante! -Megera insolente. Eu estou no clima certo para dobrar você sobre os joelhos e bater em seu traseiro teimoso. - O momento em que ele disse isso, ele sentiu um tiro de desejo através de seus quadris. A imagem de seu traseiro nu provocou-lhe uma contração no pênis, com antecipação. Como ele gostaria de sentir sua pele sob sua palma. -Eu gostaria de ver você tentar! Amaury ouviu a fúria em sua voz. Suas bochechas ficaram de um vermelho profundo, e seu peito subia fortemente com cada respiração que ela dava. Toda vez que seus seios empurravam contra o tecido, ele podia notar os mamilos duros sob a roupa. Ele não era o único a ficar animado com a situação. -Você não me tente! - Mas ele já estava tentado. -Você não tem ideia do que teria acontecido se eu não tivesse parado Zane. Por que você acha que seus pais lhe deram esse nome? - Ele a prendeu com um olhar furioso. -Aquele desgraçado doente escolheu esse nome de propósito. Sua ideia de ironia. Ninguém sabe ao certo se ele é tudo que mostra. É melhor você ficar longe dele. -Como se você fosse menos louco que ele! Ela comparou-o a Zane? Agora ela tinha que pagar. Antes que ela pudesse piscar, ele a agarrou. Um segundo mais tarde, ele caiu sobre o sofá com Nina se inclinando sobre suas coxas, com o seu traseiro virado para cima. -Não se atreva! - Ela gritou a plenos pulmões e mexeu as pernas. A primeira tapa de sua palma em sua parte traseira parou a próxima palavra. Amaury não confiava em si mesmo para puxar a sua calça jeans para baixo, pois esta situação iria acabar em outro lugar inteiramente diferente. Mas se ela continuasse lutando, talvez ele
tivesse que tirá-la depois de tudo. -Você é um bruto! Ele lhe deu outra tapa, desta vez, com um pouco mais de força. E um terceiro e um quarto. -Ai! - Seu protesto soou pouco convincente. Ele bateu de novo, depois alisou a palma da mão sobre o local que ele tinha acabado de espancar e acariciou delicadamente. -Pare com isso! Amaury percebeu que sua voz demonstrava menos determinação do que quando ela o chamou de bruto. Ele sorriu e percebeu, de repente, que sua dor de cabeça tinha diminuído. Quando estava com a sua equipe a sua cabeça parecia explodir, e mesmo fora, durante o confronto com seus amigos, ainda tinha uma enxaqueca. Mas agora que ele pensava sobre isso, em algum lugar entre ele caminhando para casa com Nina e agora, sua cabeça tinha apagado. Na verdade, ele estava ótimo. Nina torceu sob seu colo. -Você vai se comportar agora? Amaury tomou seu silêncio como um sim e virou-a para si, para que ela se sentasse em seu colo, que ela imediatamente tentou sair. Ele parou-a, Nina sentada em seu colo parecia certo. -Agora a gente conversa. - Isso se ele fosse capaz de ouvi-la com sua bunda deliciosa esfregando contra ele, enquanto ela continuava tentando sair de seu colo. Ela poderia mover-se tudo o que queria. Ele não iria impedi-la. Será que ela tinha alguma ideia de que os movimentos que fazia contra ele era o motivo de sua ereção crescente? -O que eu sou? Uma criança sentada no colo de Papai Noel? – Ela disse e cruzou os braços. - Confie em mim, chérie, Papai Noel não é tão grande como eu. Ele empurrou sua virilha contra a coxa para enfatizar sua declaração e sentiu o aperto em suas calças. Se ele fizesse outro movimento, ele iria estourar. Ela estava claramente irritada agora, enviando-lhe um olhar ácido. Talvez ela finalmente tenha ficado sem insultos verbais para retribuir.
-Eu já tive maior. Maior? Ele ia mostrar-lhe. -Eu duvido muito disso. Talvez você devesse fazer uma comparação adequada antes de fazer declarações como essa. - Amaury pegou a mão dela e puxou-a para ele, colocando-a firmemente no bojo de suas calças. Nina tentou se afastar, mas depois sua boca ficou aberta, e ele sentiu a palma da mão o apertar levemente através do tecido. -Oh. O calor de sua mão passou por ele, e ele empurrou contra ela, incentivando-a a apertar novamente. Ele poderia questioná-la mais tarde. Não havia pressa. -Toque-me. - Ele olhou para o rosto dela, e ela finalmente encontrou seu olhar. Então sua mão se moveu ao longo de seu comprimento de aço, explorando-o, medindo-o. Ele sugou um gole rápido de ar e com ele o cheiro dela. Lentamente, ele moveu a cabeça para mais perto dela até que seus lábios pairaram a menos de uma polegada sobre os dela. -Eu quero sentir as suas mãos na minha pele, - ele sussurrou contra sua boca, sua respiração se misturando com a dela. -Você está vestindo muitas roupas. Sua resposta o fez rir. -Por que você não me despe, então? - Ele gostou da ideia de tomar a seu cargo, de suas mãos abrindo os botões de sua camisa, baixando o zíper de suas calças. -Talvez mais tarde. - Seus lábios roçaram contra os dele. - Você está fazendo isso? -Fazendo o quê? -Fazer-me ter vontade de beijá-lo. Nina queria beijá-lo? Não havia objeções aqui. -Eu não estou usando meus poderes em você. - Somente aqueles que qualquer homem usaria para seduzir uma mulher. -Eu não preciso. Nós dois sabemos que queremos isso.
Amaury puxou o lábio inferior entre os seus e tocou com sua língua. Ela intoxicou-se com o seu sabor. -Por quê? - Suas mãos subiram para pegar as lapelas de sua camisa. -Eu não sei. E eu não me importo. Deixe acontecer. Ele não podia explicar a atração entre eles, ou por que ele não estava seguindo as ordens de Gabriel, limpando a memória dela sobre todos os vampiros. -Estou segura com você? Ele recuou alguns centímetros para olhar em seus olhos. -Machuquei você alguma vez, até agora? -Bem, você bateu em minha bunda, como você tão elegantemente disse. Ele sorriu. Ela apanhando tinha sido mais do que apenas um pouco agradável. Na verdade, ele tinha ficado bastante quente e duro. Ele não se importava de repetir num momento próximo. -Você mereceu por... - Por me dar um susto ao vê-la ser capturada por Zane, ele queria dizer, mas por pouco mudou o que ia dizer. -... por me ter perseguindo e aos meus amigos. Pegou-o por sua camisa e o puxou para perto dela. -Da próxima vez que você bater em mim, você deve fazer isso direito. Eu mal senti alguma coisa através das calças. Amaury quase se engasgou. Nina estava sugerindo que ele devia bater em seu traseiro nu? -Você está dizendo o que eu acho que você está dizendo? - Ele ficaria feliz em fazer qualquer coisa que ela quisesse em seu traseiro. Ela só tinha que pedir. Na verdade, ela nem precisa pedir, uma simples dica seria suficiente para colocá-lo em ação. -Acho que você vai ter que descobrir isso, não é? - Mas ela não lhe deu outra chance para responder e afundou seus lábios nos dele. Sua carne macia se reuniu com a sua, abrindo uma enxurrada de sensações que correram através de seu corpo. Seu calor infiltrou no dele, viajando por sua pele e penetrando suas células. Mais sangue bombeava para seus quadris, tornando o seu eixo inchado, ainda mais
duro. Ele permitiu que suas mãos vagueassem sobre seu corpo enquanto sua boca estava na dela, prendendo-a contra si. Enquanto suas mãos estavam nas costas dela apertou-a mais contra ele, deixou sua mão deslizar por seu pescoço, acariciando a pele macia, em seguida, tocando seu rosto. Seu polegar acariciou sua mandíbula e correu ao longo da parte inferior do queixo, sentindo o músculo macio abaixo e o sangue quente correndo por ela. Amaury inclinou a cabeça e tentou a entrada com a sua língua em sua boca empurrando em seus lábios. Com um suspiro, ela se rendeu à sua demanda gentil e abriu os lábios úmidos. Um raio de luz ardente correu através de seu núcleo quando ele invadiu as cavernas deliciosas de sua boca, suas línguas se entrelaçaram, enrolavam-se perfeitamente como se fossem gêmeas. Ele lançou um gemido gutural quando começou um duelo com a língua. Ela brigava com ele do jeito que brigou verbalmente. Sua boca talentosa puxou-o mais profundo, pedindo-lhe para explorar e aprender cada detalhe dela. Era exatamente o que ele queria fazer. Nina de repente se afastou. -Você está vestindo muitas roupas. Sem esperar por uma resposta, ela rasgou a sua camisa, enviando botões pelo ar. Imediatamente ela cravou suas mãos em seu peito, enviando choques elétricos que viajavam sobre sua pele onde ela tocava. Quando foi a última vez que teve uma mulher com tanta paixão? -Eu não gostava da camisa de qualquer maneira. - Amaury puxou a cabeça para ele novamente e continuaram o seu beijo apaixonado, enquanto Nina lhe tirava a camisa e jogava-a no chão. Ele sentiu-se ligado com a maneira que ela manejou com ele, confiante e assertiva. Ter uma mulher forte como ela em seus braços, despertou-lhe mais do que qualquer mulher de uma noite, que já teve. Nunca uma mulher fez tais exigências apaixonadas a ele, e ele nunca esteve tão disposto a deixar a fêmea tomar o comando. Isso era novo para ele. Novo e excitante. Tudo o que ela queria fazer com ele, ele não se oporia, desde que ela estivesse usando a boca, a língua e as mãos da forma como estava agora. -Leve-me para a cama, - ela sussurrou. Seu murmúrio foi abafado por seus lábios. Não que ele precisasse
de palavras para responder a ela. Ele simplesmente levantou ambos do sofá, sem interromper o beijo e a levou até seu quarto. Com o pé, ele chutou a porta que abriu. Os lençóis de sua cama estavam uma bagunça, a prova de seu pesadelo no dia anterior. Lentamente, Amaury caiu sobre a cama. Com um movimento rápido Nina empurrou-o, e ele caiu de costas no colchão, e ela montou-o. Não era uma posição ruim. Tinha passado um longo tempo desde que ele tinha tido uma mulher em sua cama. A maioria de seus encontros sexuais aconteciam em becos escuros, discotecas ou salas de trás de um tipo ou outro. Esta era diferente, mais intensa, mais íntima. Amaury agarrou seus quadris e apertou sua ereção contra seu centro. -Eu quero você. - Ele puxou seu casaco, mas ela o deteve. -Você primeiro. Eu quero ver você nu. - Seus olhos estavam nublados com paixão e desejo, enquanto ela olhava para ele sob seus longos cílios. Aquele olhar, aqueles olhos lindos olhando para ele como se isso significasse alguma coisa, mexeu com seus sentidos. -Então me dispa. - Ele queria se entregar a ela, lhe dar carta branca, só para ver aquele olhar em seu rosto, que dizia que ela o queria. Suas mãos estavam firmes quando ela abriu o botão da calça como se tivesse feito isso com ele uma centena de vezes. Um segundo depois ele a viu abaixar o zíper. Ele deu um suspiro de alívio quando o seu eixo ingurgitado saltou livre. Ela rapidamente o libertou de suas calças e botas antes de ela se arrastar de volta em direção ao seu centro. Ele não a deixou fora de vista, nem mesmo por um segundo, observando cada movimento sedutor. Havia algo excitante sobre o fato de que ele estava nu, enquanto ela permanecia completamente vestida. Algo quase proibido. Sua língua saiu e lambeu os lábios quando ela se concentrou em seu pênis orgulhosamente situado em uma cabeleira preta grossa. -Você é lindo. - Nina olhou para seu rosto. -Eu quero provar você. Seu olhar caiu para sua carne dura. Ele nunca tinha sido tão consciente de sua masculinidade do que sob o seu olhar faminto. Quando ele tinha morrido e ido para o céu? Quando foi a última vez que uma mulher realmente queria lhe dar prazer, sem ele ter de
convencê-la? Ela era de verdade? Amaury chegou para ela, querendo assegurar-se de que ela não era uma invenção da sua imaginação. -Mantenha as suas mãos sobre a sua cabeça. Segure as barras, ela aconselhou-o e apontou para a cabeceira de metal de sua cama. Não me toque. Eu quero fazer do meu jeito. Seu sorriso sedutor derreteu suas entranhas e disparou outra onda de prazer através de seu corpo, todo o caminho até os dedos dos pés. Ela ainda estava totalmente vestida, e ele estava na sua frente, esparramado, nu e excitado como o inferno. O aroma de sua excitação caiu em suas narinas e aumentou o seu desejo por ela ainda mais. -Não tocar? - Como ele poderia manter suas mãos para si mesmo quando a mulher de seus sonhos estava em sua cama? Nina balançou a cabeça. -Ainda não. Mais tarde. Ele fez o que ela disse e agarrou as barras acima de sua cabeça. Ele podia esperar, por mais difícil que fosse para ele. Logo ele iria rasgar suas roupas fora de seu corpo e vê-la em toda a sua nudez gloriosa, tocar e beijar cada centímetro do seu corpo e enterrar-se nela. Mas ela queria isto primeiro, e ele não era de negar a uma mulher, especialmente se ela queria dar prazer a ele, desinteressadamente. Deus, ele era um sortudo filho da puta. -Feche os olhos e apenas sinta. Obedecer, de repente, soou como a coisa mais natural a fazer. Seus lábios roçaram sua coxa, e sua língua quente abriu caminho para cima como lava derretida em direção à sua barriga. Instantaneamente sua respiração acelerou, seu batimento cardíaco aumentou. Amaury lutou contra a vontade de agarrá-la, botá-la debaixo dele e mergulhar-se nela. Meticulosamente, lentamente, e tentadoramente ela lambeu seu caminho até a coxa, depois parou um pouco abaixo do ponto onde seu desejo fez uma declaração clara. Sua outra coxa recebeu o mesmo tratamento tentador, fazendo seus quadris se erguerem. -Querida, você está me matando. - Muito, muito lentamente e amou cada segundo.
-Ainda não. Sua resposta ficou presa em sua garganta quando sentiu sua língua lamber a base de seu pênis. Calor e umidade o inundou quando seus lábios roçaram sua pele, seguido de pequenos beijos onde a língua tinha lambido antes. Seus gemidos encheram o quarto. -Eu gosto do seu gosto. Amaury chegou-se para mais perto dela, passando a mão pelo cabelo. -Ah, chérie. Imediatamente, ela se afastou. -Sem as mãos. Olhos fechados. Porra, ele a queria, mas o olhar determinado de Nina o fazia cumprir seus desejos, e ele colocou as mãos de volta para a cabeceira da cama. Um momento depois, foi recompensado por sua língua lambendo contra sua ereção, lambendo todo o caminho desde a base até a ponta, onde um pouco de umidade já escorria. Ela simplesmente o lambia e cantarolava contra sua pele. Ela estava claramente com a intenção de matá-lo com prazer. Amaury arqueou seus quadris para cima, ansiando sentir seus lábios em torno dele. Agarrando a barra de metal de sua cabeceira mais apertado, ele soltou uma respiração irregular. Ele morreria se ela não acalmasse em breve a fome de seu corpo, com que estava lutando. No instante em que Nina o tomou em sua boca úmida e quente e abaixou-se até o fim de seu comprimento de aço, ele quase perdeu a consciência. Seu coração batia como uma britadeira, fazendo um barulho ensurdecedor em seus ouvidos. Sua pele estava encharcada de suor, e seus olhos teriam rolado para trás em sua cabeça, se não tivessem fechados. A sensação de estar dentro de sua boca foi intensa, inebriante, e de total felicidade. E então ela se mudou. Seu corpo quase levantou da cama quando ela deslizou para cima e para baixo o seu eixo, sugando primeiro suavemente, depois mais firme. Ele tinha recebido muitos boquetes em sua vida, mas menino Nina o estava dominando sem qualquer treinamento, como se soubesse exatamente o que ele precisava.
Amaury mal podia esperar para retribuir com o mesmo tipo de atenção que ela atualmente derramava sobre ele. Na verdade, ele queria enterrar seu pênis latejante dentro dela, mas antes iria sentir o gosto dela completamente e fazê-la gozar em sua boca. Ele beberia seu creme como se fosse o néctar dos deuses. Hoje à noite, ele não permitiria que o sono a cercasse, iria satisfazer todos os desejos dela, até que ela entrasse em colapso em seus braços. Então, e somente então, ele permitiria que ela dormisse, de forma segura em seus braços, protegendo-a do mal fora de suas quatro paredes.
Capítulo 12 Nina sentiu sua excitação. Era difícil de perder. Com cada movimento de sua boca, os gemidos de Amaury se tornavam mais altos e mais frequentes, e seus quadris bombeavam com mais força. Ela estava satisfeita consigo mesma sobre como ela poderia reduzir esse vampiro para o homem sem cérebro pela luxúria que ele estava agora. A única coisa que ela ouvia no momento era seu desejo. Todos os outros sentidos estavam embotados. Exatamente como tinha planejado. Bem, quase. Ela não tinha planejado gostar tanto. Nunca antes o corpo de um homem tinha a despertado, com sua forma de deus, como ele estava fazendo. Mas, apesar do desejo que ele acendeu nela, tinha que fazer o que devia. Caso contrário, tudo era em vão. Após seu encontro com os amigos de Amaury, ela já tinha acreditado que esta noite fora um desastre completo, até o momento em que ele começou a beijá-la. Logo em seguida, um plano havia se formado em sua mente. Ela tinha de usar esta oportunidade para obter informações dele. Ela poderia transformar esta noite catastrófica em um resultado positivo. Não esperava que no processo ela fosse gostar de seu corpo incrível, isso ela não esperava. A culpa enviava um sentimento através de seu coração que era difícil de negar. Mas ela tentou justificá-lo, no entanto. Ela deu a sua ereção uma última e longa lambida sobre sua cabeça bulbosa. Porra, mas ele tinha um gosto tão bom. Sexy, quente, masculino. Seu aroma picante fez seu sexo apertar violentamente e seu útero protestou quando ela o soltou. -Vem cá, quero estar dentro de você. - Amaury olhou para ela e levou as mãos para agarrar seus ombros. Ela balançou a cabeça. -Não disse para manter os olhos fechados e as mãos sobre a cabeceira da cama? -Ainda assim? -Sim. Eu não terminei com você. - Não, ainda não. Ela não estava
em posição ainda. Ela precisava de cerca de quinze segundos mais. -Chérie, você está me matando. Se ele soubesse. Como um bom menino, ele fechou os olhos e pôs as mãos de volta para as barras da cabeceira da cama, claramente esperando mais prazer em seu caminho. E em outras circunstâncias ela teria aproveitado a chance de o pôr selvagem com sua boca. Puramente para a gratificação sexual, é claro, sem emoções envolvidas, disse a si mesma. Mas agora era hora de agir. Enquanto sua boca dava pequenos beijos em seu abdômen e lambia seu umbigo, colocou a mão no bolso de sua jaqueta. Seus dedos sentiram a corrente fria. Ela estava ciente de que ele iria ouvir o sussurro, mas sabia como distraí-lo. -Seu corpo é incrível. Tão duro tão sexy. - Nina soltou um gemido falso e sentiu-o responder com um gemido abafado. Ela aproveitou o momento para puxar a corrente de prata do bolso. Por um segundo, ela se perguntava se estava correta com a informação de que um vampiro não poderia quebrar uma corrente de prata, mas era tarde demais para voltar atrás agora. Ela tinha que executar seu plano. Lambendo seu caminho para o norte, sua língua lambia seu mamilo rígido, onde permaneceu por alguns segundos. Ela levou o pequeno mamilo duro em sua boca e chupou avidamente e de seguida, cravou os dentes em sua carne. Ela mordeu cautelosamente, apenas o suficiente para aumentar a sua excitação e levá-lo até a borda. Infligiu a tortura em seu outro mamilo, ergueu-se sobre ele e montou-o. Instantaneamente seus quadris ondularam, e seu eixo rígido pressionou contra seu centro. Porra era bom sentir sua dureza. Ela sentiu o corpo derreter quando a umidade entre suas coxas aumentaram. Sua calcinha estava encharcada de seu desejo. Se ela pudesse senti-lo dentro dela, apenas uma vez, talvez pudesse erradicar a dor que sentia no momento. Talvez a vontade fosse embora, talvez seu útero parasse em resposta a seus movimentos. Não! Nina deixou seu mamilo e se mudou mais para cima, beijando o lado de seu pescoço, que ele tão gentilmente ofereceu-lhe, quase como se Amaury quisesse que o mordesse. Que estranho esta noção, morder um vampiro, e ela viu claramente a imagem diante ela, seus dentes afundando em sua carne. O líquido vermelho pintando seus lábios, lambendo sobre sua língua, correndo em sua garganta. Ela piscou e a
visão desapareceu. Era agora ou nunca. Ela agiu rápido. Levou dois segundos para pegar os pulsos com a corrente e ligá-lo de forma segura à cabeceira da cama, antes de sentir o seu rugido encher a sala. À velocidade da luz, ela sentou-se e foi atingida por seu olhar furioso. -Que porra é essa? - Sua voz era um trovão e reverberou por todo o seu corpo. Amaury sacudiu as cadeias, mas sua carne chiou com cada movimento que ele fazia. O cheiro de carne queimada e de pelos do corpo picava suas narinas, enquanto observava seu rosto distorcer na dor. -Quanto menos você se mexer, menos vai doer. - Bom, as correntes o estavam segurando. Seus batimentos cardíacos diminuíram uma fração, a prata funcionou. Pelo menos alguma coisa estava seguindo o seu caminho hoje à noite. -Sua puta desonesta! -Ei, boas maneiras. - ela repreendeu. -Agora vamos conversar. Finalmente, tinha o controle. Ela tinha que o usar a seu favor agora e manter a cabeça limpa. -Liberte-me! - Ele puxou as correntes novamente, mas não conseguiu quebrá-las. -Eu não acho que você está em posição de mandar em mim agora. Ele mostrou suas presas para ela, seus olhos brilharam vermelhos. -Ooh, parece que o grande vampiro mau está com raiva. - E parecia ainda mais sexy do que antes. Isso era possível? Um arrepio agradável viajou até sua espinha e enrolou em volta do pescoço. Seus mamilos frisaram involuntariamente. Traidores! -Nina, estou avisando. Tire essas correntes de mim, ou você vai se arrepender em breve. Amaury poderia rosnar com aquela voz sexy tudo o que queria. Ela não iria liberá-lo. -Ameaças vazias. Para com isso, Amaury. Você perdeu, eu ganhei.
Você é tão fácil de distrair. Não deve deixar seu pênis governar você. Ela olhou para baixo, onde seus corpos ainda estavam se tocando. Seu pênis estava tão duro como nunca e ainda pressionava contra ela. Com o dedo ela tocou sua cabeça e preguiçosamente ficou manchada com uma gota de umidade sobre ele. A cabeça aveludada contraiu sob seu toque, inclinando em direção a ela, pedindo atenção. -Pare com isso! - Sua ordem foi emitida em uma voz rouca, seguido por um gemido mal contido. Agradava-lhe que, mesmo amarrado ele ainda a queria. Ela poderia trabalhar com isso. -Você não quer dizer isso. Eu acho que quer que eu continue. – Se fossem circunstâncias diferentes, ela o capturaria em sua boca novamente e o deixaria selvagem até que ele se perdesse. E então ela iria despertá-lo novamente e montá-lo até que ele não aguentasse mais. Mas as circunstâncias eram o que eram. Ele era o inimigo, e ela tinha de lidar com ele agora. -O que você quer de mim? Droga! -Eu quero respostas. Seus olhos se encontraram com os dela, e ela podia sentir sua mente trabalhando. Ela ouviu uma voz em sua cabeça, invadindo-a. Liberte-me. Nina sentiu que ele estava tentando controlar sua mente, mas o empurrou de volta, recusando-se a ouvir, tentando expulsá-lo. Aquele desgraçado sorrateiramente estava usando seus poderes sobre ela. Saia da minha cabeça! De repente, seus olhos ficaram azuis novamente, e ele olhou para ela com admiração neles. -Você está me bloqueando. Como? Ela ignorou a pergunta, não que ela tivesse uma resposta de qualquer maneira. Tudo o que tinha feito era empurrar contra ele, negar-lhe a entrada. Como, era incapaz de explicar. -Eu preciso de respostas. Nós podemos fazer isso da maneira fácil ou da maneira mais difícil. O que é que vai ser? Em vez de uma resposta, de repente, levantou as pernas e bateu contra suas costas, empurrando-a para frente sobre o peito, ficando
cabeça a cabeça com ele. Sua boca balançou para frente, e ele capturou seus lábios. Mas ele não a mordeu. Sua língua percorreu os lábios, exigindo entrada. Será que ele realmente achava que ela ia vacilar assim facilmente? Ela apertou os lábios, recusando-se a ele. -Liberte-me agora, e eu não vou te machucar. - Amaury fez uma pausa. -Com exceção de uma pequena surra. Nina empurrou-se contra seus ombros e ficou em pé, longe de sua boca tentadora e seu cheiro intoxicante. O pensamento de ser espancada por ele como uma criança travessa enviou um formigamento pelo seu corpo. -Tentador, mas não, obrigada. Eu prefiro manter a vantagem. -Você sabe que vai se arrepender mais tarde. - Sua voz era um rosnado baixo agora. Havia algo selvagem sobre ele, algo tão animalesco, ela devia ter medo. Em vez disso, se sentiu respondendo ao seu grunhido com seu próprio corpo. Ela balançou a cabeça para parar seus pensamentos errantes e claramente estúpidos. -Não haverá mais tarde. -O que você quer? -Vingança, justiça. Isso é o que eu quero. Ele respondeu com um olhar de surpresa. -Eu não te machuquei. Eu não fiz nada que você não quisesse. -Você tomou o que era mais querido para mim. Você e seus amigos levaram Eddie para longe de mim. -Eddie? Quem é Eddie? - As rugas na testa eram testemunhas de sua falta de entendimento. Ele pareceu completamente ignorante. -Veja você não sabe mesmo. Vocês são tão insensíveis sobre a vida humana, que não se lembra do que você fez. É apenas a vida de outro ser humano, não é? Outro que não contava. Como muitos outros além de Eddie, que você não pode sequer acompanhar? Ela bateu com o punho em seu peito, mas ele mal se encolheu. -Droga, Nina você não faz nenhum sentido. Quem diabos é Eddie? -Foi. Quem era Eddie? Eddie está morto. E por causa de vocês. Porque ele trabalhou para eles e de alguma forma ficou envolvido com eles. - Até que se livraram dele, de alguma forma.
-Eu não matei ninguém. Você tem o vampiro errado. Nina balançou a cabeça. -Eu tenho o certo. Ele estava trabalhando para vocês, você e Samson. Ele era um guarda-costas para a Scanguards. Tudo o que ele fez foi trabalhar para você, e o que vocês fizeram? Traíram-no, usaramno. O reconhecimento acendeu em seus olhos. -Edmund Martens. Você está falando de Edmund. Finalmente, ele foi pego. Já era tempo. -Ele matou o seu cliente e, em seguida, a si mesmo. - Amaury retrucou. -É um fato. Pergunte a polícia. Eles têm as provas. Nem Samson nem eu temos nada a ver com sua morte. -Vocês fizeram isso. Você forçou-o, o coagiu a isso. Um de vocês armou para ele. Eddie nunca teria matado ninguém, muito menos a si mesmo. -Isso é loucura. Eu mal o conhecia. Nós não fizemos nada para ele. Nenhum de nós, não eu, nem Samson. Amaury estava protelando, e ela não podia aceitar. -Eddie não era um assassino. Ele não poderia machucar uma mosca. Sim, ele roubou, traiu, por que ele tinha que fazer. Nós não tínhamos mais nada. Mas não era um assassino, ele não era mau. Ele era gentil e amável. - Ela sentiu as lágrimas em seus olhos. -Ouça, Nina. Talvez você não saiba bem sobre o seu namorado, mas ele… Ela o cortou. -Namorado? Eddie não era meu namorado, ele era meu irmão! Meu irmão caçula. Eu cuidei dele. Eu me importava com ele. - Ela o conhecia melhor do que ninguém. Ela tinha tomado conta dele depois que tinham fugido de seu último lar adotivo. E então, quando ele finalmente conseguiu um emprego de verdade, na Scanguards, tinha tomado conta dela, para que ela pudesse voltar para a escola para obter uma educação. Mas isso agora acabou. Porque ele morreu por causa dos vampiros. - Seu irmão? Ah, chérie, eu sinto muito.
Amaury soou tão verdadeiro, ela queria acreditar nele. Mas ela sabia melhor. Com uma onda impaciente de sua mão, ela parou-o de dizer qualquer outra coisa. -Você e seus amigos, você é o responsável. Você mudou-o. Você fez algo para ele, o controlava com sua mente, assim como você tentou comigo um minuto atrás. Você o fez fazer isso. E agora você vai pagar por isso. Ela pegou uma estaca de seu bolso interior. Seus olhos se arregalaram quando ele viu melhor a arma em sua mão. -Você não pode estar falando sério. -Eu estou falando sério. - Ela sentiu-se no dever de obter justiça pelo seu irmão. Ele teria feito o mesmo por ela. -Nina seu irmão não vai voltar, mesmo se você me matar. Ela sabia disso. -Mas eu me sentirei melhor se o fizer. Amaury sacudiu a cabeça. -Não, você não vai. Se é verdade o que diz, que o seu irmão não era um assassino, o que a faz pensar que você é uma? Você é igual a ele, são do mesmo pano. Seus olhos azuis pareciam querer penetrá-la. Ela não queria ouvilo por mais tempo, por que suas palavras começavam a soar verdadeiras. -Você é um vampiro, você já está morto. Não seria como matar um ser humano. -Eu não estou morto. Meu coração bate, meu sangue corre nas minhas veias. Eu respiro. - Amaury empurrou seus quadris contra ela, fazendo-a muito consciente da parte dele que estava ainda mais viva do que o resto do corpo. -Eu estou vivo, e você sabe disso. -Isso não importa. Você é responsável. Vai ter que pagar, assim como seus amigos. Eles vão todos pagar por isso. Ele era apenas uma criança. -Nenhum de nós fez isso com seu irmão. Mas eu sei alguma coisa sobre isso, que fede. É por isso que trouxe reforços. Estamos investigando isso. Nina, acredite em mim, nós estamos tentando chegar
a quem fez isso. Estamos tão preocupados com isso como você. Estamos tentando descobrir quem fez isso com ele. -Mais como varrer a sujeira para debaixo do tapete. -Não. Sabemos que algo está errado, e estamos fazendo tudo que podemos para descobrir o que é. Precisamos de algum tempo. Por favor, confie em mim. Eu vou ajudá-la a descobrir quem fez isso com Eddie. Eu posso encontrar o responsável. Seus olhos estavam implorando a ela, mas ela não podia confiar nele. Assim que o soltasse, ele iria virar a mesa sobre ela e castigá-la. Não, não poderia voltar agora. Ela já tinha ido longe demais. Ela segurou a estaca apertada. -Alguém tem que pagar por sua morte. -Alguém, chérie, eu prometo a você. Mas não faça isso. - Sua voz era mais suave, um sussurro. Muito suave para um vampiro, muito suave para um assassino. -Você vai se odiar por ferir uma pessoa inocente. Eu posso te ajudar. Vamos trabalhar juntos. Eu posso te proteger. Você não vai querer estar lá fora sozinha. Quem é responsável é perigoso. Por favor.
Amaury não entendeu o que estava oferecendo a ela, mas o olhar triste no rosto de Nina rasgou o seu coração. De repente, ela parecia menor e mais vulnerável, não como o assassino que estava tentando retratar. Apesar da estaca na sua mão, ele sabia que ela tinha um bom coração. Ele podia ver um brilho nos seus olhos, que ele reconheceu como dúvida. Ela não tinha mais certeza de que sua ação fosse correta. Ele tinha que usar sua dúvida para chegar até ela. -Deixe-me beijá-la e tornar tudo melhor. - Ele sentiu como seu corpo reagiu a ele, e duvidava que ela tivesse falsificado tudo. Ela não era uma atriz boa. -Por favor, você sabe que o meu corpo não mente. E nem o seu. Você realmente acha que você teria gostado tocar-me e beijar-me, se você realmente pensasse que eu era culpado? Confie nos
seus instintos. Seus instintos lhe diziam que ele era bom, e só o desespero a levou a estas medidas extremas. De alguma maneira ele chegaria até ela. Ele tinha que tentar. -Antes de Zane ter capturado você hoje à noite, tivemos uma reunião com o pessoal. Meus colegas de Nova York e eu estamos tentando descobrir quem sabia alguma coisa sobre o seu irmão e o que aconteceu. Temos algumas pistas. - Eles não tinham ainda nada conclusivo, apenas palpites. Ele sentiu algumas esquisitices sobre várias pessoas presentes e escolhidas daqueles que foram entrevistados separadamente. -O que sabe? Houve interesse em seus olhos agora. Ele estava chegando a algum lugar. -Algumas indicações de que alguns caras não estão nos dizendo toda a verdade. Há algo escondido, e nós vamos encontrá-lo, confie em mim. Encontrar a verdade é tão importante para nós como é para você. -Você só está dizendo isso para pacificar-me. Seus lábios macios se separaram. O que ele não daria para beijá-la agora. Ela iria acreditar nele então. Amaury sacudiu a cabeça. -Se não pudermos resolver isto, vamos arruinar a empresa. Vamos perder nossos clientes. Ninguém quer ser protegido por guarda-costas que são instáveis. Samson passou anos construindo a empresa, para tornar-se o que é hoje. Você realmente acha que ele ia jogar isso tudo fora, por dirigir uma equipe que comete assassinato? Ele percebeu que a expressão de seus olhos mudou. Alguma coisa estava chegando até ela. Ele estava fazendo algum sentido? -Você sabe o que eu sou, e eu vou te machucar? Não. Porque eu não faço isso. Eu não machuco mulheres. Bem, as palmadas não contam como ferir, de qualquer maneira, não especialmente quando a outra parte o encorajou. -Eu sou um vampiro, e você me beijou. Você me permitiu tocar em você, e compartilhou sua paixão por mim. - Ele baixou o olhar para sua boca. -Você tem os lábios mais suaves que eu já provei. Nenhuma
mulher jamais acendeu esse tipo de desejo em mim. Sua boca em mim me deu mais prazer do que eu já senti antes. Nina você não pode me dizer que não sentiu isso. Isto não foi falso. Foi real. Agora me deixe mostrar-lhe o mesmo prazer. Por favor, deixe-me fazer amor com você. Amaury procurou em seus olhos pelos sinais de aceitação e desejou que ele pudesse sentir suas emoções, mas seu coração não liberava as emoções para ele ler. Ele nunca aprendeu a ler os rostos das pessoas por que ele nunca tinha precisado, por que seu dom sempre lhe proporcionou tudo o que ele precisava saber. Agora, ele lamentava sua inépcia. Nina de repente balançou a cabeça como se começasse a tremer. -Não. Eu não posso. Não posso trair Eddie. Ele era tudo o que eu tinha. Era o único que se importava comigo. De repente, ela levantou-se e saiu da cama. Amaury sacudiu em suas correntes, mas a prata picou sua pele. -Nina, eu me preocupo com você. Não me deixe. Sem outra palavra, ela virou-se e saiu do quarto. -Nina, volte! Ela não respondeu. Ele ouviu seus passos quando ela atravessava a sala de estar. Em seguida, a porta de entrada abriu. -Nina, caramba! Volte e termine o que começou! Seu pênis estava totalmente ereto, a pequena fenda na ponta olhando para ele acusadoramente. Ele estava doendo agora, desejando estar dentro dela, para encontrar a sua liberação com ela. E ele percebeu que pela primeira vez a sua dor era diferente. Ele não estava doendo por um clímax porque sua cabeça estava explodindo. Não, desta vez o seu corpo estava doendo pela ligação, uma conexão com Nina. Ela era exatamente o que ele precisava. Com seus dentes humanos, sem pontas, ela tinha mordido seus mamilos, e nesse instante ele esperava que ela fosse tirar seu sangue. Ele sofria por ela, para mordê-lo novamente, enquanto ela trabalhava seu caminho até seu corpo. Deliberadamente ele havia apresentado seu pescoço para ela, esperando, querendo e atraindo-a para beber seu sangue. Era uma tolice. Ele nunca permitiu que qualquer das suas amantes vampiras o mordesse, nunca ofereceu seu sangue a um ser humano, mas sua mordida tinha despertado um desejo que ele não conseguia explicar. No
entanto, queria explorar. Espere até eu encontrar você. Mas até lá, ele teria que descobrir uma maneira de sair de sua situação atual. Quebrar a corrente não era uma opção, mesmo que ela não fosse muito grossa. O fato de que era feita de prata tornava impossível para ele fazer qualquer dano. Amaury olhou em volta de seu quarto para qualquer coisa que ele poderia usar para livrar-se de suas correntes. Ele balançou a cabeça. Como ele poderia ter estado completamente perdido e não ter percebido ela pegar a corrente e amarrá-lo? Nenhuma mulher jamais o pôs em tal estado onde ele tivesse perdido completamente todos os seus sentidos. Nas últimas décadas, ele raramente tinha relações sexuais por causa do sexo. A única razão que ele tinha tido sexo era para obter alívio da dor em sua cabeça. Mas quando Nina começou a seduzi-lo, tudo o que tinha pensado era o que ela estava sentindo e desfrutava dela. Não porque ele tinha que ter sexo, mas por que ele queria. E isso não tinha acontecido em anos. A prata irritava seus pulsos dolorosamente a cada movimento que ele fazia, mas não podia simplesmente ficar aqui e esperar até que um de seus amigos viesse à procura dele. Não havia tempo a perder. Além disso, sua ereção não estava descendo, por si só, especialmente desde que o cheiro dela ainda permanecia no quarto. Ele precisava sair e começar a procurar por ela. Amaury olhou para o telefone que estava na mesa de cabeceira. Estava a vários metros fora do alcance de suas mãos. Ele tentou deslocar mais perto, mas a corrente não ia tão longe. Quanto mais a prata danificada seus pulsos e corroia sua pele, mais ele começou a xingá-la. Espere até eu colocar minhas mãos em você, chérie. E por que ele ainda estava usando a palavra francesa para querida? Ele balançou a cabeça em sua própria estupidez e concentrou a sua mente para a tarefa em mãos. Torcendo o corpo de lado, ele estendeu as duas pernas para o telefone sem fio. Se ele tivesse uma distensão muscular por causa disso, ela iria fazer a massagem com a língua, ele prometeu a si mesmo. A imagem só intensificou sua ereção que parecia crescer mais grossa a cada minuto.
Com determinação renovada, ele agarrou o receptor entre seus pés e puxou-o para a cama. Os dedos dos pés eram grandes demais para discar números individuais, mas se ele pudesse pressionar a rediscagem, ele chegaria a um de seus amigos. Ele não tinha certeza de qual, mas pelo menos alguém viria para ajudá-lo. O dedão do pé apertou o botão, e sua audição sensível pegou o som do toque. Mesmo que ele não pudesse colocar a chamada no viva-voz, seria suficiente para ele se comunicar. -Ei, o que há? Grande. Thomas? Sério? Alguém iria ter uma piada às custas de Amaury.
Capitulo 13 Era apenas sorte para Amaury, que estava amarrado na cama, com uma ereção do tamanho da Califórnia, e teve de pedir a seu único amigo gay para vir desamarrá-lo. Perfeito. -Amaury? – a voz de Thomas veio do receptor novamente. Ele engoliu em seco antes de falar. -Thomas. Eu preciso de sua ajuda. -Claro o que você precisa? Amaury franziu o cenho. -Eu estou tipo amarrado aqui. Você se importaria de vir e me ajudar a sair dessa confusão? -Que confusão? -Eu estou amarrado. -Sim, você disse. Mas o que é a confusão? Se isso nunca acabasse, Amaury seria o motivo de chacota no mundo dos vampiros. -Essa é a confusão. Eu estou amarrado. Houve silêncio do outro lado, depois um riso abafado. -Oh, eu tenho que ver isso. Estarei ai em 20 minutos. O clique na linha confirmou que Thomas tinha desligado. Amaury poderia imaginar o sorriso no rosto de seu amigo agora. Ele olhou para o relógio. Thomas foi fiel à sua palavra. Vinte minutos mais tarde Amaury ouviu a chave girar na fechadura e seu amigo entrar com suas botas de motoqueiro pesadas. Por razões de segurança todos eles tinham as chaves sobressalentes das casas uns dos outros. Sem muita sorte Amaury tentou cobrir-se com os lençóis emaranhados, mas foram torceu debaixo dele e não chegou a sua metade. Ele amaldiçoou sob sua respiração. Um momento depois, o amigo entrou pela porta e olhou-o em toda a sua glória nua.
-Agora, essa é uma visão que eu não tive o prazer de me deliciar... Amaury lançou-lhe um olhar irritado. Era embaraçoso ser observado por um cara gay, mesmo que ele fosse um de seus amigos. -Nem pense nisso. -Não admira que as mulheres estejam sempre atrás de você. Thomas claramente examinou sua ereção. Amaury sacudiu a corrente, tentando desviar sua atenção. -Você se importa? Thomas se aproximou enquanto colocava suas luvas de couro. -Eu sabia que você estava numa merda estranha, mas prata? Ele estalou a língua. -Isso não foi de minha própria escolha. -Ora, diga. - Seu amigo riu. -Eu não beijo e falo. - Amaury apertou os lábios em uma linha fina. -Você vai me libertar ou veio para olhar? -Eu pensei em só olhar até que você me diga como chegou a esta situação. Eu tenho tempo. Foi uma noite lenta... Além disso, eu estou entediado. Thomas, claramente, se divertia às suas custas. Seu amigo se sentou na beira da cama, e Amaury instantaneamente se moveu na direção oposta. -Cubra-me com o lençol, e talvez eu conte o que aconteceu. -Talvez eu vá conseguir alguma coisa. -O lençol, - Amaury insistiu laconicamente. -Qual parte você quer cobrir? - Thomas sorriu de uma orelha a outra. Amaury agraciou-o com um olhar azedo, antes de Thomas finalmente concordar e pegar o lençol emaranhado. -E eu não quero suas mãos chegando perto do meu pênis. -E sobre a minha boca? -Thomas!
-Estou brincando. Você deveria ver sua cara. Vá, conte tudo. Thomas colocou o lençol na parte inferior do corpo de Amaury. -Qual de suas senhoras vampiro fez esta pequena brincadeira com você? Ela deve ser muito boa, dado o tesão que você ainda está demonstrando. Amaury se encolheu. -Você não a conhece. -Eu conheço cada fêmea vampiro nesta cidade, não tão intimamente como você, é claro, mas mesmo assim eu conheço cada uma. -Você não a conhece. Thomas pegou o lençol e ia retirá-lo de Amaury novamente. -Mantenha-o ai, - alertou Amaury e apontou para o lençol que Thomas usava para a sua chantagem. -Nova na cidade? Outro puxão no lençol. Amaury balançou a cabeça, em seguida, ele olhou o amigo nos olhos. -Ela não é um vampiro. Thomas soltou a roupa de cama. -Não é uma...? Oh, Amaury, o que diabos você está fazendo? Um ser humano? Você se deixou ser amarrado por um ser humano? Você está louco? Provavelmente. -Ouça. Foi o que aconteceu. Eu sobrevivi a isso. Acabou. - Quanto menos ele fizesse soar como uma grande coisa na frente de seu amigo, melhor. Thomas levantou a mão. -Espere um pouco. Não tão rápido. Será que você limpou sua memória antes de sair? -Nem uma chance. - Verdade seja dita, ele ainda não tinha pensado nisso, estava como um drogado com o desejo que ele não tinha consumado. E, além disso, ele suspeitava que não teria funcionado. De alguma forma, Nina tinha sido capaz de resistir ao seu controle da mente. Ele nunca conheceu um ser humano que fosse
imune a ele. Este fato o intrigou ainda mais. Por que Nina era tão diferente? -Eu preciso lembrá-lo sobre isso... -Sim, sim. Eu não sou surdo. Primeiro Samson, depois Gabriel, agora você. Eu sei as regras. Isto é diferente. Seu amigo levantou uma sobrancelha. -Como assim? -Ela sabe quem somos. Ela sabia, mesmo antes de eu conhecê-la. -O quê? – A descrença e pânico de Thomas se tornou pavor. -Ok, mas isso vai ficar entre você e eu. Eu vou cuidar disso, mas os outros não podem descobrir. Você está comigo? Seus olhares travaram um no outro, até que Thomas finalmente concordou. -Ela é irmã de Edmund. O guarda-costas que matou o cliente no mês passado. - explicou Amaury. -Ah, merda! - Thomas pulou. -Exatamente. Ela está bisbilhotando. Acha que Edmund não poderia ter feito isso, que ele foi coagido ou algo assim. De alguma forma, ela descobriu o que somos, e está nos culpando. Ela quer vingança. Como ela descobriu-os, Amaury não sabia ainda. Francamente, ele não tinha sequer tentado interrogá-la, tão obcecado que tinha ficado com a ideia de tê-la na cama. -Merda, ela poderia ter matado você. Por que não fez? Amaury poderia arriscar um palpite. Apesar de tudo, o modo que ela chupou seu pênis lhe disse que ela não era totalmente imune a ele em seu encontro. -Eu não sei. -Você não sabe? - Thomas parecia cético e arriscou outro olhar para o local onde a ereção de Amaury se elevava no lençol. -Tudo bem. Há algo acontecendo entre nós, mas é puramente sexual.
Com quem ele estava brincando? O que havia entre ele e Nina era mais profundo do que o sexo. Se tivesse sido apenas sexo, ele a teria pego em um beco e limpado sua memória depois. Essa era a norma com todas as outras mulheres. Que o lembrou, ele não tinha tocado em outra mulher desde que ele conheceu Nina. -Amaury, você é tão cheio de merda que eu precisaria de um periscópio para ver sobre ela. - Ele balançou a cabeça. -É melhor encontrá-la antes que ela provoque um caos ainda maior. - Thomas usou as mãos enluvadas para afrouxar a corrente de prata e desatar Amaury. -Nossa como arde! -Sirva-se bem. - a reprimenda de Thomas ardeu até mais do que o efeito da prata. -Ajude-me a encontrá-la, e eu vou cuidar dela. Não deve ser tão difícil. Investigue a fundo. Tenho certeza de que o arquivo de Edmund tem algo sobre ela. Ele esfregou os pulsos doloridos. Felizmente, eles se curavam logo. Thomas apontou para seus ferimentos. -Você vai precisar de sangue. - Ele tirou um frasco do bolso interno de seu casaco de couro e entregou a ele. Amaury hesitou, mas aceitou. Depois do fiasco com a Sra. Reid, não estava preparado para colocar ninguém em risco. A culpa ainda roia dentro dele. E seu amigo estava certo, ele precisava de sangue para curar. Ele tomou vários goles e entregou-lhe de volta o frasco vazio. -Obrigado. Deixe que me vista. Meu computador está ligado. Você pode começar com ele? -A propósito, por que você não quebrou a barra de ferro forjado para se libertar? - Thomas inclinou a cabeça para a cama. Amaury seguiu seu olhar e franziu a testa. A cabeceira de sua cama era uma tapeçaria de ferro intricada e tecida. Com sua força de vampiro teria sido possível quebrá-la, não era fácil, mas definitivamente possível. -É uma antiguidade. Comprei-o há apenas um mês. - Não havia
necessidade de destruir um móvel perfeitamente bom. Thomas balançou a cabeça e se dirigiu para a porta. Amaury pegou suas roupas de onde Nina jogou no chão. Em segundos ele estava vestido. Em retrospecto, ele estava contente por ser Thomas quem o tinha soltado. Pelo menos ele não era defensor das regras como Ricky ou Gabriel. E Samson teria realmente sido difícil. Ele não queria nem pensar na reação de Zane. No momento em que ele saiu do quarto e foi para a sala, que abrigava seu escritório em casa, Thomas já tinha puxado a investigação nos arquivos de Edmund. -Aqui, de parentes próximos. Nina Martens. É ela? - Seu amigo olhou para cima, sobre o computador. -Sim, esse é o nome dela. Qual é o seu endereço? -Nenhum. Apenas um número de telefone. Local. -Você pode descobrir onde ele está registrado? Thomas puxou outra janela e começou a digitar. Minutos se passaram. Amaury andava atrás de seu amigo. -Quer parar com isso? Isso está me deixando nervoso. Amaury interrompeu aos trancos. -Por que está demorando tanto? -Humm. - Outro minuto passou. -Droga. -O que? -É um telefone celular. Com endereço registrado em uma caixa de correio. -Experimente o departamento de transito. Ela deve ter uma carteira de motorista, - Amaury sugeriu. Ele tinha que encontrá-la, não importava como. Outra tela se abriu. Amaury observou como seu amigo, o gênio da informática invadiu o sistema. -Aqui estamos. Bem vindos ao Departamento de Veículos Motorizados. - Thomas sorriu amplamente. Ele estava em seu elemento. Infelizmente, minutos depois, ele teve que admitir a derrota.
-Ela não tem carteira de motorista, pelo menos não na Califórnia. -O quê? Como pode ser isso? Thomas encolheu os ombros. -Ei, ela não vive em Los Angeles, onde ela tem que dirigir para se locomover. São Francisco tem transporte público. -E agora? - Amaury franziu o cenho. Ele não podia desistir. -Eu posso tentar rastrear seu telefone celular, mas não posso fazer isso daqui. Eu preciso do meu equipamento de casa. - Ele olhou para seu relógio de pulso. -Está ficando tarde. Ligo para você. Eu vou para casa, para tentar descobrir onde seu celular está e dar-lhe uma área aproximada. Você acha que pode trabalhar com isso? Amaury concordou. -Se você me enviar para perto de alguns quarteirões de onde ela está eu vou encontrá-la. - Com seu sangue ainda em suas veias, da noite anterior, ele não teria nenhum problema em pegar o cheiro dela se estivesse perto. Thomas jogou um olhar para a barriga de Amaury. -E faça algo sobre esse tesão, você vai, não é? É francamente perturbador. Antes de Amaury pudesse bater na sua embora.
cabeça, seu amigo foi
No momento em que Thomas chamou de sua casa, já era perto do nascer do sol. Ele e seu amigo tiveram uma má notícia. -Seu celular esta fora de área ou desligado. Amaury amaldiçoou sob sua respiração. -Eu vou tentar novamente mais tarde. Você não pode sair agora de qualquer maneira. Nós vamos ter que esperar até hoje à noite. É melhor gastar o seu tempo dormindo para que seus pulsos possam curar. Desde quando Amaury precisava de uma enfermeira? Mas não havia necessidade de mijar em Thomas com o comentário atualmente sentado em seus lábios. -Tudo bem. Chame-me logo que você souber onde ela está.
Ele bateu o fone no gancho e soltou um grito de frustração. Uma vez que ele a descobrisse, ela seria punida. Lentamente, gravemente, e sem piedade.
Capitulo 14 Pela segunda vez, Nina olhou para a mensagem de texto. Mezanino esta noite, cuidado, ele sabe quem você é, a mensagem dizia. Aparentemente, Benny decidiu dar-lhe um presente de despedida antes de deixar a cidade, para salvar a sua bunda magra. Ela não podia dizer se a informação era verdadeira. Era mais provável ser outra armadilha. Ela tinha que assumir tudo. No entanto, desta vez, estaria preparada. Esperando uma armadilha, ela estaria bem preparada e poderia fazer isso trabalhar a seu favor. Valeria a pena tentar. Depois das coisas que Amaury havia dito na noite anterior, ela tinha desenvolvido sérias dúvidas sobre seu envolvimento na morte de Eddie. A sinceridade em seus olhos lhe tinha dado uma pausa. E sua insistência de que os Scanguards estavam investigando internamente, tinha jogado um pouco mais longe na sua certeza anterior. Agora ela iria colocar todas as suas fichas no homem que contratou Benny para enviá-la a uma armadilha. Desde que ele a queria fora do caminho, porque ela estava investigando a morte de Eddie, sua conclusão era de que ele estava envolvido. Em que qualidade, ela não tinha certeza ainda, mas descobriria, de uma maneira ou de outra. Mas antes que estivesse pronta para ir atrás dele, ela teria de estocar armas. Desta vez, iria armada até os dentes. Ela precisava de outra corrente de prata, no mínimo. Mesmo que ela não tivesse certeza de quem era a pessoa, tinha um palpite de que ele seria um vampiro. E ela não iria para a cova dos leões sem proteção. Ela pegou sua jaqueta de couro da cadeira e colocou-a, enfiou as chaves no bolso e tirou a corrente da porta. Quando ela abriu a porta e saiu para o corredor escuro, algo maciço bloqueou sua saída. -Indo a algum lugar, chérie? O coração de Nina parou. Sua reação imediata era de fugir, mas ela não teve a chance. Amaury empurrou-a através da porta aberta e fechou a porta atrás deles. Em seu pequeno estúdio, ele parecia ainda maior do que o habitual. Ratos, ele parecia chateado. Ela não pensava que ele fosse achá-
la. Bem, pelo menos não tão rápido. -O que você quer? - Ela ergueu o queixo, tentando parecer corajosa, quando sentia apenas pavor. Ele segurou seus ombros e apertou-a contra a parede. -Eu quero avisá-la. A respiração de Nina parou no peito, enquanto observava seus olhos penetrando-a. -Nunca, jamais, me amarre e me deixe excitado sem terminar o que começou. Você entendeu isso? Ela assentiu com a cabeça automaticamente. -Eu vou te dar outra chance de se redimir. Um erro, e eu vou entregá-la nas mãos capazes de Zane. Ela engoliu em seco. -Zane? - Não tinha sido Amaury quem a avisou sobre o tal de Zane? E agora ele queria deixá-la à sua mercê? Muito para toda a besteira sobre ele querer oferecer-lhe proteção. -Agora, você vai fazer exatamente o que eu digo. Estamos entendidos? Ela entendia muito bem, quando ele deixou seu olhar varrer para baixo, sobre o seu corpo. -Deixe-me ir! Ela empurrou contra seu agarre, mas seu aperto era férreo. -Tire o seu jeans agora. -Não! - Ela bateu o pé contra a sua canela, mas o efeito sobre ele era insignificante. -Cuidado, Nina. Você não quer me irritar ainda mais, - ele avisou, com voz firme. -Eu estou dizendo a você uma última vez, tire. Seu comando fez Nina tremer. Ela não imaginava que isso iria acontecer, ou pelo menos não dessa forma, não aqui, com ele tão irritado. Do jeito que ela se sentia despreparada para a vergonha, a culpa a inundou. Que tipo de mulher era ela que se sentia atraída por um homem ordenando-lhe para tirar as roupas? Será que seu
autorrespeito tinha sumido? Ou era uma prova de que sua história sexual manchava a forma como via o sexo, que nada era destorcido, nada era violento, eram as normas para ela? Com dedos trêmulos, ela tentou abrir o primeiro botão da calça jeans, mas não conseguiu. Um segundo depois, ela sentiu as mãos quentes sobre a dela, ajudando. O botão saltou aberto. -Puxe o zíper. - Seu hálito quente provocou seu pescoço. Devagar. Ela fez o que ele pediu, incapaz de lutar contra si mesma. -Agora, empurre sobre seus quadris. - Sua voz estava ficando rouca? -Por favor, não faça isso. - ela insistiu com ele, fazendo uma última tentativa para detê-lo. Seus lábios roçaram seu pescoço, depois mordiscou o lóbulo da sua orelha. -Você vai ter que aprender esta lição. Faça. Alguns momentos depois, ela tinha arrancado suas calças jeans. Ela se sentia nua, apenas com a pequena calcinha. As coxas de Amaury roçaram contra as dela. Fortes, poderosas e musculosas. -Você lembra o que você me fez na noite passada? -Sim. - Sua garganta estava seca. Ela se lembrava muito bem. -Não, você não lembra. Você nunca se sentiu tão frustrada como eu fiquei ontem à noite. Posso demonstrar? - Ele não esperou a permissão dela. Sua mão acariciou seu quadril, antes de escorregar entre suas pernas, tocando-a através do tecido de sua calcinha. Ela suspirou involuntariamente. Seu toque não era rude como ela esperava, mas suave, provocante. E se ele não tivesse vindo para puni-la, depois de tudo? -Eu estava tão duro para você na noite passada, - continuou sussurrando em seu ouvido, enquanto seu dedo corria ao longo de suas dobras. -Eu estava doendo por você. Sua respiração prendeu com o pensamento. Ele a queria, ele ainda a queria. O pensamento a deixava exultante.
A mão de Amaury deslizou e se colocou brevemente sobre seu clitóris, antes de deixá-lo deslizar em sua calcinha. Nina prendeu a respiração quando ele viajou pelo seu monte de cabelos crespos, então acariciou. O tiroteio de calor através de seu núcleo a fez exalar forte. Quando seu dedo tocou seu sexo nu, ela percebeu que estava molhada e desejava ser tomada por ele. -Eu queria meu pênis em você na noite passada. Para enchê-la, de novo e de novo. Eu queria comer sua vagina e fazer você gozar na minha boca. As imagens que ele estava projetando, juntamente com o seu dedo sondando o núcleo dela, a fez quebrar em um lampejo quente e instantâneo. Sua boca mordiscando o lóbulo da orelha dela, não estava ajudando. Em vez de tentar impedi-lo, ela inclinou a pélvis em direção a sua mão. Isto era uma loucura. Mas ela não se importava. Ele era diferente dos outros homens. Ele não tinha voltado para machucá-la, ele iria dar-lhe prazer. -Gostaria de saber qual será o seu sabor, - disse ele e molhou o dedo dentro dela. Seus quadris balançaram em direção a ele, querendo mais, mas Amaury imediatamente puxou para fora e para longe dela. Ela olhou para ele e viu como o seu dedo veio aos lábios, e como ele chupou em sua boca, lambendo-o. -Delicioso. Nina engasgou e sentiu seus joelhos se dobrarem. Ele ia seduzila, pura e simplesmente. Ela não tinha defesa. -Amaury, por favor... - Ela não tinha ideia do que queria perguntar ou dizer-lhe. Seu cérebro virou mingau. Seu perfume era tudo ao seu redor, envolvendo-a em um casulo de desejo. Talvez ele tivesse entendido o que ela era incapaz de dizer a ele, porque sua mão voltou e, novamente, ele colocou-a em sua calcinha. Ele penetrou mais uma vez, em seguida, retirou-se de imediato, e puxando seu dedo para cima sobre o clitóris, circulando-o lentamente. -E eu queria saber como iria me sentir quando você gozasse para mim, se os seus músculos se apertariam em volta do meu pênis, ordenhando-me, me fazendo derramar dentro de você. - Amaury falou lentamente, sua voz era rouca e calma ao mesmo tempo. Esta não era a voz de um homem irritado. Ele não estava machucando-a com seu toque. Em vez disso, estava tentando-a para se render a ele. Sua mão tinha mente própria, uma vez que, de repente, o agarrou, encontrando o seu eixo inchado escondido atrás do tecido da
calça. Ela sentiu o quanto ele estava duro para ela. Antes que ela pudesse desfrutar do calor sob a palma da mão, ele agarrou a mão dela e puxou-a para longe. -Não novamente. Hoje à noite, eu posso tocar em você, e não o contrário. Nina olhou em seus olhos e foi arrastada pelo azul deles, sua profundidade, sua beleza. Ela não queria nada mais do que beijá-lo, tocá-lo, senti-lo dentro dela. -Beije-me. Ele balançou a cabeça e voltou a sua tarefa de tocá-la. Seu polegar acariciou seu centro de prazer, primeiro bem de leve, quase como que por acidente. Mas ela sabia que nada do que ele fizesse era um acidente. Enquanto seus lábios beijaram o lado de seu pescoço, um pescoço que ela ofereceu-lhe, sem medo que ele a mordesse, seu dedo escorregou em sua vagina apertada. Lenta e progressivamente dirigia fundo, depois se retirava. Toda vez que ele mergulhava mais fundo, ela tentava segurar seu dedo apertando seus músculos, mas cada vez ele se retirava, deixava-a querendo mais. -Mais. - Ela não se importava de implorar. Ela ia além do orgulho tolo. -Então, você gosta disso? - Sua voz cantarolava contra o dente na base de seu pescoço. -Diga-me o que você quer. Ela umedeceu os lábios secos. Por fim, ele daria a ela o que precisava. -Mais. -Mais do que? - Amaury retirou o dedo completamente. -Por favor. Mais. Mais dedos. Mais profundo. - Ela era incapaz de formar uma frase coerente. Tudo o que podia pensar era no prazer que ele lhe deu, com o seu toque. -Gosta? - Ele dirigiu dois dedos em seu canal. Nina resistiu contra ele. -Oh, sim! - Seus músculos pulsavam em torno dele quando ela tentou impedi-lo de se retirar. Mas ela não podia impedi-lo de sua intenção de deixá-la despojada.
-E sobre o seu clitóris? Você quer que eu o toque? - Sua mão pairou e ela inclinou a pélvis em direção a ele. Mas ele se afastou. -Você tem que dizer para mim. -Amaury, por favor, me toque. - Ela faria qualquer coisa para ter seu toque outra vez, para que ele terminasse o que tinha começado. Ele não tornava mais fácil. -Onde? -Toque meu clitóris. - Sua respiração era irregular, com a voz baixa. Um segundo depois, Nina sentiu o golpe do polegar onde ela mais precisava. Ela apoiou a cabeça no ombro dele, respirando seu perfume masculino. Ela precisava deste homem, deste vampiro. Não havia nenhuma razão para negar. Ele acordou a fêmea nela. Quando estava perto dele, sentia-se como uma cadela no cio. Ela estava com nojo de si mesma por sua fraqueza, mas não podia lutar contra ele por mais tempo. Amaury sabia exatamente como tocá-la, criando todas aquelas sensações deliciosas em seu corpo, que a fazia quase delirar de prazer. Sem dúvida ela o queria, não podia esperar para sentir o seu corpo forte reclamando-a, marcando-a. E ela sabia como seria: uma reivindicação feroz, uma possessão poderosa. Por que ele tinha o poder sobre seu corpo, para fazê-la entregar-se a ele. E ela iria se render, não importando o que ele fizesse, contanto que seu corpo estivesse lá para acalmar a sua necessidade, para preencher esse vazio escancarado, para acabar com a sede de mais. -Faça amor comigo, - ela ouviu sua própria voz implorar.
Amaury ouviu as palavras que ele esperava e liberou de seu abraço. Relutante, com certeza, mas, no entanto, determinado a executar seu plano. Ela o havia deixado excitado e querendo, na noite anterior. Agora ele retribuiria o favor. Era a única maneira de dar o troco para ela. Seu pênis protestou veementemente como ele puxou de volta, mas desta vez ele não quis ouvir seu pênis. Ela estava pronta para ser tomada, implorando-lhe, e ele quis, tanto que lhe doía.
-Boa noite, Nina. Ele virou-se e caminhou para a porta, ansioso para sair rapidamente, para não perder a sua determinação. -Você não pode sair agora! - Houve uma pontada de desespero em sua voz. Será que ele tinha sentido algo parecido na noite anterior? -Olhe para mim. - Amaury saiu pela porta e fechou-a atrás dele. Ele ouviu a voz de Nina chamando por ele, enquanto caminhava pelo corredor escuro, mas não voltou. Quando ele entrou no ar fresco da noite, preparou-se por um momento. Deus, ele queria aquela mulher. Ele tinha provado sua excitação e seu sangue, e ambos eram os mais doces sabores que já teve. Ele poderia perder-se nela. No início, parecia ser um bom plano fazer com ela o que tinha feito com ele: excitá-la e depois deixá-la insatisfeita. Mas tocá-la intimamente, provando sua excitação, e sentindo sua resposta a ele, tinha chegado a ele mais excitada que um marinheiro depois de uma turnê de doze meses a bordo de um navio. E metade tão refinada. Pela maneira como ele se sentia agora, poderia fazer com ela na rua, à vista de toda a cidade e não dava a mínima para a exposição. Ele tinha que sair daqui, antes que voltasse para ela, a derrubasse no chão e a levasse como um selvagem que ele era, não se importando se ela queria ou não. Apenas ansioso pela sua própria concupiscência. Amaury clicou o controle remoto do carro e ouviu os bipes familiares. Seu Porsche preto estava estacionado a poucos metros de distância. Normalmente ele não usava o carro para o centro, em viagens curtas, mas Gabriel e os outros estavam esperando por ele para o primeiro turno de entrevistas um a um com os funcionários que tinham sido selecionados durante as reuniões de equipe. A porta do carro foi arrancada de sua mão e se fechou, quando ele a abriu. Ele reconheceu o pé que tinha batido a porta. -Você não está me deixando! - A voz furiosa de Nina estava bem atrás dele. Ele virou o rosto para ela e desejou que não tivesse olhado. Seus olhos ainda mostravam sinais de excitação, mas agora eles estavam entrelaçados com raiva. A combinação era letal. Que homem seria capaz de resistir a uma mulher que olhasse para ele dessa maneira?
-Volte para casa, Nina. - Segurando a sua vontade de agarrá-la. -Isso é tudo o que você tem a dizer? - Ele viu a dor em seu rosto. -Você deveria ficar longe de mim. - Ele não era bom para ela. Eventualmente iria machucá-la, o que seria pior do que o que ela sentia agora. Se ele fosse esperto, limparia sua memória sobre ele e também deveria fazer o mesmo com ele. Mas toda a sua esperteza o tinha abandonado durante a noite. -Você está me rejeitando, depois da maneira que me tocou? -Isso mesmo. - Sua garganta parecia apertada, e ele não conseguia respirar. -Tudo bem. Vá, vá embora. Eu não preciso de você. Há uma abundância de homens nesta cidade que vão querer o que eu estou oferecendo. E não me importa quem. Enquanto ele tiver um pênis grande, não há diferença para mim de qualquer maneira! Alguém vai terminar o que você "começou". -Nina virou sobre seus calcanhares. Ele tinha ouvido direito? Outro homem? Ela estava indo dormir com outro homem? Amaury agarrou-a pela sua jaqueta e a puxou de volta para enfrentá-lo. Ela ia deixar outro homem tocá-la, beijá-la, fazer amor com ela? Sobre seu corpo morto! -Entre no maldito carro! Ela lançou-lhe um olhar surpreso. -Agora! - Antes que ele perdesse a noção e a levasse contra a porta do carro, para sua reivindicação. No momento em que se sentou no carro, ele pisou no acelerador e disparou pela a rua. Ele estava cambaleando. Ela o manipulou, empurrando seus botões. A pequena megera o tinha feito ficar com ciúmes! Ele, o homem que não poderia se importar menos com as mulheres, a menos que fosse para se coçar. Uma mão quente escorregou em sua coxa, e ele soltou um rosnado baixo. -Você não sabe no que você está se metendo. Nina se inclinou para ele, o que não era difícil, considerando o quão pequeno o interior do seu Porsche Carrera era.
-Nem você. Sua mão viajou mais para cima na coxa, fazendo estragos com a sua concentração. Ele acelerou e passou um sinal vermelho. Buzinaram com raiva atrás dele, mas ele ignorou. -Você está jogando um jogo perigoso. - Sua advertência parecia passar direto sobre a sua cabeça, enquanto a palma da sua mão, de repente segurou a protuberância em suas calças. Se tivesse qualquer espaço no carro, ele teria pulado fora de seu assento, mas, infelizmente, tudo o que ele podia fazer era soltar um gemido frustrado. -Você está tentando me fazer bater o carro? -Eu só quero ter certeza de que não vai mudar de ideia novamente. Amaury lançou-lhe um olhar de soslaio. -Eu posso lhe fazer uma promessa agora. Você não vai ficar longe de mim até que eu a coma de todas as maneiras que eu possa pensar, e de alguns jeitos a mais. E então eu vou fazer tudo de novo, por que você vai me implorar para isso. Ele não se importava que estivesse soando arrogante. Ele não se importava com nada neste momento. Tudo o que queria era estar dentro dela. Só então ele seria capaz de pensar claramente de novo. Certo, era o que ele precisava. Ele tinha certeza de que depois, as coisas iam voltar ao normal para ele. Sua mão quente apertou sua ereção em acordo, e ele soltou um gemido abafado. -Droga, Nina você não pode esperar dois minutos? -Dirija mais rápido se você não quiser ser preso por levar um boquete no carro. Seu pé pressionou o pedal do acelerador em desespero, enquanto sentia-a cutucar e abrir o zíper de sua calça. Um quarteirão antes de seu prédio a mão alcançou e tirou o seu pênis. Ele apertou o controle que abria a porta da garagem e aumentou a velocidade, rangendo os dentes. Colocou o Porsche na garagem privada com nem um segundo de sobra, a porta da garagem já fechando atrás deles. O instante em que ele parou e desligou o motor, ele puxou sua mão fora e puxou-a para ele.
-Você sabe o que acontece com as meninas travessas? Nina parecia quase inocente quando ela balançou os curtos cachos loiros, fazendo cócegas em seu rosto com eles. Seu perfume inebriante estava em volta dele. -Não. -Elas acabam realmente com bad boys. -Como você? - Um lampejo de emoção iluminou os seus olhos. -Assim como eu. - Ela não tinha ideia de onde estava se metendo e nem ele. -Você ainda está com raiva de mim? -Sim. - Mas ele seria capaz de redirecionar sua raiva e transformá-la em paixão. -Você quer me bater de novo? Ele levantou uma sobrancelha. Ela parecia um pouco ansiosa demais. Que diabos ele tinha começado? E se ele não pudesse lidar com ela? Ou era o que ela precisava? -Eu vou pensar sobre isso. Amaury olhou para os lábios vermelhos, que acenavam para um beijo. -Vamos lá para cima. Este carro não é propício para o que eu tenho em mente. – Porque um beijo levaria a muito mais, e com certeza ele não podia se mover no maldito carro. Quando ele saiu do Porsche, ele percebeu que seu pênis estava ainda espreitando fora de suas calças. Uma brisa fresca soprava contra sua carne. Mas ele não se preocupou em se arrumar. A garagem era privativa e o elevador que ele havia construído os conduziria diretamente para seu apartamento. Nenhum dos inquilinos tinha acesso a ele. Assim, ele puxou Nina para o elevador e apertou o botão para o andar superior, ele pressionou-a contra a parede e afundou seus lábios famintos sobre os dela. Ele quis dizer a verdade quando ele disse que não iria deixá-la ir até que ele a fodesse completamente. E ele não ia perder mais um maldito minuto. O elevador era um lugar tão bom para começar como
qualquer outro. A governanta tinha vindo no dia anterior, então ele sabia que até o chão do elevador estava impecável, apenas no caso de ele decidir fazer uso dele. Talvez ele fizesse. Amaury esmagou seus lábios com os dele e mergulhou em sua boca deliciosa, procurando sua língua talentosa. Sua resposta foi dura e determinada, atraindo-o para suas profundidades tentadoras. Convidando-o, puxando-o, em seguida, retirou para que ele visse através dela. Jogar não era difícil de conseguir, mas difícil de manter. Um desafio que ele só sentia muito prazer. Ele soltou um suspiro e forjou mais profundo, mal conseguindo respirar, mas incapaz de parar o beijo. Ela provou ser muito doce muito inocente, quando ele sabia que ela não era inocente, isso era uma possibilidade remota. Não da maneira que ela tinha tomado seu pênis em sua boca na noite anterior ou a maneira como ela o beijava agora. As mãos de Nina ansiosamente puxaram sua jaqueta, empurrando-a para fora de seus ombros com facilidade. Ela parecia gostar de despi-lo, e ele dava boas vindas a isso, com seu corpo esquentando rapidamente. O espaço de dois metros e meio por um e meio, iria se transformar em uma sauna em breve, dado o calor que seus corpos estavam gerando. Ainda bem, já que ele estava pensando em estar despido dentro de segundos. Amaury libertou-a da jaqueta de couro que ela ainda usava, deixando sem cerimônia no chão limpo. Ela usava uma camiseta por baixo. Quando ele puxou-a contra seu peito, ele sentiu o molde dos seios macios, sem o sutiã impedindo o seu toque. Ele apreciava a simplicidade de suas roupas, seu estilo sem frescuras. Sua mão encontrou o seu caminho debaixo de sua camiseta, e imediatamente saboreou a suavidade e o calor de sua pele. Ele deixou a mão parada por um momento, em contato de pele na pele, antes de se permitir a mover para cima, onde seus globos gêmeos acenavam para serem atendidos. Seus dedos chegaram ao primeiro seio, tocou a parte inferior, então deslizou mais ao norte, em busca do broto endurecido que já estava ereto como se estivesse saudando sua chegada. Assim, ele retribuiu o gesto acariciando seu polegar sobre ele, aplicando pressão suficiente para provocar um suave gemido de sua proprietária. Um gemido que tinha previsto e agora capturou com sua boca faminta. Um gemido que agora reverberou através de seu corpo, despertando as células adormecidas, trazendo sensações há muito esquecidas.
-Alguém vai nos ver, - Nina sussurrou contra seus lábios. Ele curvou as pontas de sua boca para cima. Sua preocupação era injustificada, mas ela não poderia saber, e ele não iria dizer a ela. Ela parecia ser o tipo de mulher que gostava do risco adicional de ser descoberta. E ele a queria muito, com o tesão que ele estava agora. -Então o que? Eu prometo a você, eu não vou deixar que ninguém se junte a nós. - Não que ele tivesse quaisquer objeções à três, mas quanto a Nina ele não queria compartilhá-la . Isto era apenas entre os dois. Privado. Íntimo. Ele empurrou a camiseta. -Tire isso, Nina. -Tire você. Ela queria jogar? Ele rosnou baixo e escuro, em seguida, puxou-a com os dentes. Um puxão e a camisa rasgou pelo meio. -Você é mau. - Sua voz estava sem fôlego, mas não acusadora. -Eu não comecei ainda. Amaury chegou aos seus lindos seios redondos, levando-os em suas mãos, deixando que o seu peso fosse suportado por suas palmas. Quando ele apertou levemente, ele viu seus cílios fecharem, escondendo parcialmente o desejo em seus olhos. Seu olhar prendeu o dela. Mais uma vez ele amassou a carne macia em suas mãos, e ela reagiu puxando o lábio inferior entre os dentes. Seu pênis inclinou em direção a ela, e ele fez um favor a si mesmo e pressionou seus quadris contra seu sexo. Ela respondeu atirando os braços ao redor de seu pescoço e puxando seu rosto para ela. -Beije-me quando você fizer isso. - Foi a sua demanda, não dele. Seu desejo, sua escolha. A mão de Amaury serpenteava em torno de seu corpo, enquanto a outra deslizava para a parte de trás do seu pescoço. Ele tomou sua boca duramente e sem piedade, forçando os lábios abertos, dirigindo sua língua em sua boca, como a lança de um guerreiro antigo, e ele conquistou. Não havia nenhuma resistência. Ela era sua. Com uma mão, ele empurrou o botão de seu jeans e abriu, em seguida, puxou o zíper. Ele precisava de ambas as mãos para empurrar seus jeans apertados para baixo dos quadris. -Ajude-me. Suas mãos se juntaram, e segundos depois a calça caiu no chão.
Seus próprios jeans o seguiram momentos mais tarde e foram imediatamente seguidos por sua camisa e os trapos rasgados que costumava ser a camiseta dela. Ele não tinha paciência para deixá-la tirar a calcinha, então ele rasgou-a. Ele ia comprar calcinhas novas depois. Na verdade, pensando bem, ele teria certeza de que ela nunca mais usasse qualquer roupa de baixo. Nus, ficaram um na frente do outro. O elevador há muito tempo tinha parado no andar de cima, mas a porta não abriu. É só faria isso se ele usasse a chave que estava enterrada em algum lugar da pilha de roupas no chão. Amaury varreu o olhar por sua forma nua. Ela era uma loira real, evidenciado pelos suaves cachos loiros guardando seu sexo. Sem dizer uma palavra, ele caiu de joelhos e enterrou o rosto em seu cabeleira, sentindo a sua essência. Sua língua saiu, tendo o seu primeiro gosto. Uma volta foi suficiente para confirmar que ele estava perdido. Seu creme revestia a língua e propagava na sua boca. Suas narinas, suas presas coçavam. Ela era mais deliciosa do que qualquer prato que ele se lembrava, da época em que ele era humano. E mais saborosa do que qualquer sangue que ele já havia provado, com exceção dela. Ele soltou um suspiro profundo e enfiou as mãos em sua parte traseira para puxála para perto dele. A respiração de Nina pareceu mais desigual agora, e sua audição sensível pegou seu batimento cardíaco mais rápido. Ele olhou para cima e encontrou-a observando. -Venha até aqui. - Ele a puxou para o chão com ele e colocou seu corpo diante dele, espalhando-a sobre a roupa. Com movimentos deliberados ele abriu suas pernas e deixou seus olhos devorá-la onde sua boca iria a seguir. Suas dobras rosadas brilhavam com o seu desejo, provocando seus sentidos. Amaury afundou sua boca sobre ela e explorou seu centro mais íntimo. Ele percebeu imediatamente que ele estava errado, sua vida nunca mais iria voltar ao normal novamente, não depois de uma noite de paixão em seus braços.
Capitulo 15 Nina assistiu o mergulho de Amaury, de cabeça entre as suas pernas, sua cabeleira escura ocultando seu rosto. Mas ela tinha um vislumbre de seus olhos, pouco antes dele ter afundado sua boca sobre ela. A luxúria desenfreada era afiada para eles. Ela nunca tinha visto um homem tão determinado. Deus a ajudasse se alguém entrasse no elevador naquele momento, pois não seria ela que iria distraí-lo de sua tarefa, nunca se sentiu tão vulnerável em toda a sua vida. E assim, sua intenção era de permitir qualquer coisa que ele quisesse, desde que isso significasse que lhe daria prazer. Ela se surpreendeu com a delicadeza deste grande homem, este vampiro poderoso, como ele adorava seu corpo. Ela não esperava esse tipo de finesse que sua língua estava exercendo sobre ela, não daquele que poderia facilmente tê-la esmagada com o seu peso. Mas a forma como a sua língua lambia suas pétalas ansiosas era quase reverente. Seus movimentos eram tão lentos, tão atentos como se estivesse contendo todos os detalhes para a memória. Como um cartógrafo que desenhava um mapa de um continente recém-descoberto para que ele pudesse encontrar seu caminho de volta. Amaury murmurou algo contra a sua pele, que ela não conseguiu entender. Mas as reverberações ecoavam dentro de seu corpo, provocando arrepios em suas células. Nina arqueou seus quadris para forçá-lo a aumentar a pressão sobre seu órgão sensível. Sua resposta foi um gemido ganancioso. -Paciência, - foi tudo o que ele disse antes da ponta da língua brigar com o pico sensível de seu desejo. Ele circulou como um guerreiro em uma carroça, em seguida, pegou a protuberância ingurgitada entre os lábios e puxou. Como um relâmpago a deliciosa sensação disparou através dela. Um desesperado gemido escapou de seus lábios.
-Oh, Amaury, oh, Deus! - Sua reação parecia instigá-lo, dava-lhe um novo propósito. Mais uma vez ele rodou sobre seu clitóris sensível, atormentando-a ainda mais, como se fosse um fantasma de um toque. Ela precisava de mais. Nina enfiou as mãos em seu cabelo e puxou o seu rosto para o seu sexo. Seus olhos azuis fixaram os dela. -Mais forte! Ele balançou a cabeça, com um sorriso malicioso se formando em seus lábios. Ele iria deixá-la frustrada mais uma vez? Ele estava jogando com ela novamente? Ela iria matá-lo se ele fizesse isso. -Eu não quero que isso acabe tão cedo. Você tem um gosto muito bom. Ela deu um suspiro de alívio quando ela leu o seu desejo, não só em suas palavras, mas também em seus olhos. Sua boca caiu de volta para seu centro úmido, mas desta vez ele abriu as pernas ainda mais e separou suas dobras com os dedos. Lançando sua língua, ele se dirigiu para ela, e ela o acolheu. Sua respiração quente queimou seu centro, como o interior de uma caldeira. E depois acrescentou mais combustível. Era a intenção dele que esta caldeira explodisse? Ela sentiu seu dedo invadir seu interior, e ele retirou sua língua para permitir a viajem de volta para seu negligenciado pequeno clitóris. Com ataques determinados, ela persuadiu-o a voltar a dar atenção a ele. Nina nunca tinha estado com um homem que fosse tão talentoso e com tanta determinação em agradá-la. Seus encontros sexuais tinham sido, principalmente, os meios para um fim, o pagamento de algo, ou apenas escapismo simples. E muitas vezes, totalmente insatisfatórios, pelo menos para ela. Os homens geralmente tinham o que eles buscavam. Mas ninguém tinha realmente se preocupado muito sobre ela ter encontrado sua própria liberação. Então, ela sempre achou mais fácil fingir. E, além disso, ela nunca se sentiu segura o suficiente com alguém a ponto de realmente deixar-se ir. No entanto, Amaury parecia ter a intenção em mostrar-lhe que um homem podia ser altruísta o suficiente para fazer uma mulher se sentir bem. Pelo menos por um tempo. -Por quê?
Quando de repente ele olhou-a, ela percebeu que tinha falado em voz alta. -Por quê? -Isto. Ele parecia entender instantaneamente. -Porque você precisa disso. E porque eu não posso pensar em nada mais que eu prefira fazer, do que fazer você gozar com a minha boca. Ouvindo suas palavras simples, algo apertou em sua barriga, enviando uma onda semelhante a um choque elétrico através de seu corpo. Quente e agradável. Era o conhecimento que ele queria fazer isso, que criou esta emoção? Ou era simplesmente a forma como ele tinha dito isso, como se fosse a única resposta possível? Antes que ela pudesse dizer qualquer outra coisa, sua língua estava lambendo suas dobras úmidas, separando-as, sondando, provocando. As presas de vampiro estavam bem onde ela estava mais vulnerável, mas suas defesas, contudo, não se moveram uma polegada. Nenhum aviso veio para dizer-lhe que não devia permitir que ele prosseguisse com o estava fazendo. E, ao mesmo tempo, não sentia a pontada de costume, de medo, nem a adrenalina disparar através de suas veias alertando-a para o perigo. Porque agora ele parecia ser apenas um homem em estado de luxúria, e não um vampiro, não um lutador. Ela poderia deixar-se ir. Ele iria pegá-la, Amaury, o homem. -Sim, Amaury. - Ela falou mais para si mesma do que para ele, dizendo que o seu corpo se sentia seguro com ele, que estar com ele era bom. Ele empurrou as mãos sob seu traseiro e a levantou. Sua língua dirigiu aprofundou-se e seus gemidos ecoaram os dela. Nina enterrou as mãos em seu cabelo sedoso e escuro e sentiu-o estremecer. Seus músculos tensos com as sensações que ele enviou através de seu corpo, deixando-a cada vez mais alta. Ela empurrou contra sua boca, sentindo sua língua aumentar sua pressão sobre seu clitóris, mas não o suficiente. -Morda-o. Um rosnado baixo foi a resposta a sua demanda. Um momento
depois, ela sentiu seus dentes morderem a sua pele sensível, então seu puxão de lábios, suavemente, em seguida, um pouco mais firme. -Por favor. Seus dentes se fecharam em torno dela e apertaram o botão ingurgitado em sua pele, não cortando, mas exatamente o que ela precisava. Com um gemido sem fôlego, ela cumprimentou as ondas que caíram sobre ela e levou-a. A língua de Amaury alisou sobre o local que ele tão cuidadosamente mordeu, só intensificando seu clímax.
O corpo de Nina balançou em seus braços, seus músculos se contraindo e soltando em rápida sucessão. Amaury lambeu o creme que seu orgasmo liberava, ficando viciado no seu gosto. No momento em que seu corpo tinha acalmado e seu orgasmo acalmou, ele a embalou em seus braços, apertando-a contra seu corpo nu. Ele nunca tinha visto uma visão tão doce igual a do corpo satisfeito de Nina. Encheu-o com um sentido desconhecido de orgulho. Sua palma alisou os cachos antes de viajar mais, por suas costas e sentiu as bochechas suaves em sua bunda. E que bunda bonitinha ela tinha, assim como o resto dela. Quando ela estava enrolada contra ele, o rosto apoiado em seu peito, seus braços em volta de seu corpo, ela não se parecia com a lutadora dura que ele conheceu. De repente, ela estava mole. Ele sentiu um arrepio percorrer seu corpo. -Você está com frio. Vamos tirá-la deste chão. -Antes que alguém caminhe sobre nós. -Sem chance de isso acontecer, - Amaury anunciou. Sem esforço, levantou-os do chão, encontrou a chave em suas calças e entrou no apartamento. Ele não se preocupou em pegar as roupas que havia jogado no chão. Levar Nina em seus braços era uma tarefa muito mais importante. Ela olhou para o apartamento, depois de volta para o elevador, obviamente, finalmente percebendo que era privado.
-Você é um rato! Você me fez pensar que poderia ser surpreendida lá! Ele deu de ombros, mas por dentro, ele riu. –Isso não evitou que você ficasse nua. Seu tapa no ombro dele nem sequer foi registrado. Era praticamente uma carícia. -Você pode me por no chão agora. De jeito nenhum. Seu corpo se sentia muito bem e seu pênis tinha suas próprias ideias de como continuar a noite. Banquetear seu pênis com sua doce vagina o deixava mais excitado do que antes. E, francamente, por uma vez seu pênis e ele estavam em perfeito acordo. -Você prefere fazer amor no sofá ou na cama? - Pessoalmente ele preferia levá-la para sua cama, mas se ela estava mais confortável ali e não em outro lugar, ele não tinha problemas com a sua escolha. Em vez de uma resposta, viu o seu rosto colorido por um belo tom de rosa. Será que ele poderia fazê-la corar ainda mais? -Na cozinha ou no banheiro, talvez? No terraço? Sim, seu rubor poderia ir a um tom mais profundo. E fazer seu olhar ainda mais sexy. Como ela poderia ainda corar depois do que lhe permitiu fazer no elevador, e que ela tinha feito com ele na noite anterior, estava absolutamente fora de seu entendimento. Ele baixou o rosto próximo ao dela, olhando em seus lindos olhos castanhos. -Não há problema em admitir que o que nós acabamos de fazer. Eu não vou contar a ninguém que esta matadora feroz tem um lado suave. Nina encontrou seus olhos e não vacilou. -Então eu acho que eu não vou dizer que esse vampiro não é em tudo tão duro como ele se esforça para parecer. É claro que ele era duro! E como! Ela deve ser temido pelo que ele era e pelo que ele poderia fazer. Ela estava sugerindo que ele era fraco? Ele soltou um grunhido escuro. -Sim, sim. Você pode rosnar tanto quanto quiser seu vampiro grande e mau.
Ela estava zombando dele? -Você quer alguém grande e mau? Eu vou dar-lhe algo grande e mau. Com uma marcha determinada, Amaury levou-a para o seu quarto e ela caiu sobre a cama. Por um momento, ele apenas ficou lá, olhando para ela. Então, ele tocou sua ereção, acariciando-a sugestivamente. -Qual o tamanho que você quer? Nina parecia fascinada quando olhou para ele, seus olhos estavam grudados em seu pênis ereto. Ele estava ansioso para enchê-la dele, mergulhando o seu eixo latejante em sua vagina até que ela não aguentasse mais. Sua boca formou apenas uma palavra. -Grande. Seus braços a puxaram contra ele, que encaixou seu corpo ao dela. Ela se sentia bem, presa debaixo dele. E ela não seria capaz de escapar a menos que ele permitisse. Felizmente escapar parecia ser a coisa mais distante de sua mente. Ou por que mais ela envolveria as pernas ao redor dele e puxou-o para seu centro? Amaury acolheu o convite aberto, e assim o fez seu pênis já pressionado contra sua coxa. O contato pele a pele foi o suficiente para disparar uma onda de calor através dele. No fundo, ele ouviu um zumbido fraco, mas ele bloqueou, não dando importância. Pela primeira vez, ele amaldiçoou seus sentidos aprimorados. Ele não queria ser distraído do corpo flexível em seus braços, os de seus dedos suaves o explorando, o doce aroma engolindoo. Nina merecia toda sua atenção. E ela teria. Por um momento, ele fechou os olhos e bloqueou todo o resto. Com alegria, percebeu que estava sem emoções o bombardeado. Sua mente estava clara. Paz. Quando abriu os olhos, seu olhar se chocou com o dela. -O que há de errado? Ele sentiu uma pontada de alarme em sua voz e balançou a cabeça, sorrindo.
-Nada! Absolutamente nada. - Pela primeira vez em séculos. Sem dor. Sem emoções alheias. Era só ele, sozinho. -Você está esperando alguma coisa? Atrevida impaciente. -Sim, você calar a boca, chérie. Amaury abafou seu protesto com os lábios. Com sua ereção encaixada contra seu núcleo macio, ele empurrou para frente, encontrando a sua umidade. Apertada, sua entrada era muito apertada. Ela seria capaz de levá-lo? Por que ele não tinha gozado fora, antes? Embora a masturbação não fizesse nada na maneira de bloquear as emoções e a dor de cabeça, pelo menos facilitava o seu perímetro. Agora, ele estava perto de estourar. Sua pelve inclinou em direção a ele, em silêncio, pedindo para ser penetrada, mas ele se afastou. Não poderia machucá-la. Muito grande. Não. Ele deveria prepará-la melhor. Talvez outro orgasmo a ajudaria a relaxar os músculos tensos. Ou melhor, seu dedo fodendo-a primeiro, esticando seu canal estreito. Ele não queria que ela associasse estar com ele com a dor. Ele já teve que trabalhar contra sua aversão aos vampiros. Agora a dor por que o pênis dele era muito grande? Não poderia fazer isso. Não. Ela iria odiá-lo. E por alguma razão, não era o tipo de emoção que ele queria que ela tivesse com ele. Ele precisava de paciência para chegar ao seu objetivo. A campainha do telefone ao lado da cama o assustou, mas um momento depois, sua atenção foi desviada, quando as mãos de Nina agarraram o seu pênis, tentando forçá-lo a mergulhar em seu interior. Ela estava impaciente e obviamente não tinha ideia de como selvagemente seu pênis poderia machucar, se seu pênis entrasse nela sem ela estar devidamente preparada. Amaury se afastou e tomou seus braços, imobilizando-os ao lado de seu corpo. Outro toque do telefone abafou o que ela queria dizer e o fez parar no meio da fala. -Nina, nós vamos ter que ir devagar. A secretária eletrônica estalou. -Eu sou muito grande. Deixe-me prepará-la...
Sua voz metálica encheu a sala. "Eu não estou aqui. Você sabe o que fazer." Bipe. -Onde diabos você está? Era para você estar aqui há quinze minutos, merda. Amaury se encolheu. Gabriel estava procurando por ele. E ele não estava de bom humor. -Pegue o fodido telefone... Ele pulou para o telefone, agarrando-o fora do gancho. Então ele imediatamente colocou o dedo nos lábios, apontando para Nina não dizer uma palavra. -Gabriel... A resposta quase perfurou o tímpano. -Tire sua bunda daí e venha para o escritório. Caramba, ele tinha esquecido os interrogatórios que foram planejados para esta noite. Não era nenhuma surpresa Gabriel estar tão chateado. -Sim, eu estou no meu caminho. -Ou eu vou ter uma conversa com Samson sobre aquela mulher humana da noite passada. Ele não vai gostar. Ele o estava ameaçando? -Eu já disse que estava a caminho. - Ele bateu o telefone e olhou para Nina. -Eu tenho que ir, Nina. - Amaury exalou um suspiro. Ele poderia pensar em coisas melhores a fazer do que ir para o escritório agora. Ela sentou-se. -Bem, eu vou me vestir então. Amaury impediu-a de sair da cama. -Não, fique. Estamos longe de terminar. Eu estarei de volta em três horas. -Eu deveria ir. Não. Ele queria que ela estivesse aqui quando ele voltasse e então
continuariam o que tinham começado. -Por favor, fique e espere por mim. Sinta-se confortável. Ei, você pode até mesmo bisbilhotar se você quiser. - Seu apartamento não revelaria nada sobre ele que ela já não soubesse. -Eu não vou bisbilhotar! - A indignação em sua voz parecia real. Ele a beijou na bochecha. -Ok, então não. Mas fique. - Sua boca arrastou para os lábios dela e os capturaram. Se ele continuasse assim, chegaria aos interrogatórios com uma ereção do tamanho de um mastro e chamaria ainda mais atenção para as suspeita de seus colegas. Eles não poderiam saber que ele ainda não tinha apagado a memória de Nina. E que ele não tinha intenção de fazê-lo. Pelo contrário, queria fazer mais novas memórias com ela. Amaury pulou da cama e pegou roupas limpas de seu armário. -Tudo bem, eu vou ficar. Seus olhos estavam sobre ele, enquanto ele se vestia, e gostava do jeito que ela olhava para ele. Um homem podia se acostumar com uma mulher olhando para ele assim. -Mas quando você voltar... Ele deu-lhe um olhar expectante. -O que? -Não há mais atrasos. Se você não transar comigo no momento que voltar, eu estou fora daqui. Ele sorriu. -Sim, senhora. Nina jogou um travesseiro para ele e ele pegou instantaneamente. Seus reflexos eram tão intensos, como seu pênis estava duro. Ele foi para a porta e deu ao seu corpo um último e longo olhar. Ela nem sequer tentou se cobrir com os lençóis da cama. Ele iria tentar estar de volta em duas horas, no máximo. -Se você ficar com fome, há alguma coisa na geladeira. Antes que ele se virasse e saísse, ele pegou seu olhar confuso.
Amaury riu interiormente. Ele tinha comida na geladeira e daria a ela algo para pensar, enquanto ele estava fora. Ele não era um vampiro comum.
Capitulo 16 Amaury mantinha comida na geladeira? Que tipo de vampiro louco era ele? Nina balançou a cabeça e pulou da cama. Pegou uma de suas camisas de seu armário e colocou, em seguida, entrou na sala de estar. Ela se sentiu revigorada. Seu corpo inteiro formigava de forma agradável como seria depois de uma massagem sensual. Só que ela não teve uma massagem, mas um orgasmo incrível das mãos e boca muito talentosas do vampiro estranho. Quem pensaria que ele iria deixá-la sozinha em seu covil e praticamente esperava que ela bisbilhotasse, o que, naturalmente, tornava muito menos atraente. Um desmanchaprazeres. Três horas para matar antes que o vampiro sexy voltasse e, finalmente, cumprir a sua promessa de fodê-la de todas as maneiras que pudesse. E então mais, o gostoso arrogante tinha dito. Ela queria dar um tapa nele, se não estivesse tão ligada por suas palavras. A hesitação de Amaury realmente em penetrá-la tinha vindo como uma surpresa total. Quando ele tinha transformado tudo em suavidade e decidido que não queria machucá-la? E quem disse que ela não podia lidar com um homem tão grande como ele? E ele era grande. A visão de seu pênis duro, de carne túrgida, quase na cor roxa, com veias grossas que serpenteavam em torno dele, mandou-a para outro lampejo quente. Era como se ele fosse maior do que na noite anterior, quando ela o teve em sua boca. Mas talvez ela estivesse fantasiando. Ele era apenas um homem grande e era tudo, e enquanto seu pênis era extraordinariamente grande, ele estava em perfeita proporção com o resto do seu corpo. Mas ela não podia continuar sonhando com ele. Ela faria sexo com ele e depois o esqueceria e continuaria com a sua missão. Nada havia mudado. Na verdade, tendo lidado com ele e alguns de seus amigos lhe deram mais detalhes sobre os seus poderes e se era alguma coisa, ela já estava mais preparada para enfrentá-los do que antes. Amaury não queria machucá-la fisicamente, de alguma forma ela sentia isso, mas não significa que ele iria ajudá-la a descobrir o que se passava no Scanguards. Talvez ele só estivesse tentando amenizar até que ela desistisse e não se metesse em seu caminho. Bem, se é isso que
ele estava tentando, não teria sucesso. Como se o sexo mudasse alguma coisa sobre o que era certo ou errado. Talvez fosse melhor desistir de fazer sexo com ele depois de tudo. Nada de bom viria disso. Exceto um orgasmo espetacular. Ah, cala a boca! Desde quando ela estava pensando com sua vagina? Teria o homem transformado-a em uma mulher completamente sem esperança e indefesa? Isso não poderia acontecer. Os homens não poderiam ser confiáveis e os vampiros ainda menos. Claro, ele era quente, a queria, e ele não a tinha machucado, mas isso não significa que podia ser confiável. Não que este fato iria impedi-la de ter relações sexuais com ele. Ela não precisava confiar em um homem para ter relações sexuais. Uma coisa não tinha nada a ver com a outra. Talvez fosse melhor assim. Ela confiou na pessoa errada uma vez antes, e isso tinha estragado a vida dela. Ela não iria cometer o mesmo erro duas vezes. Nina empurrou as lembranças sobre os acontecimentos em seu último lar adotivo de sua mente. Este não era o momento de se debruçar sobre a dor que ela tentou esquecer por mais de dez anos. Seus olhos correram ao redor da sala, e ela viu suas roupas em uma cadeira perto da entrada. Ambas, sua camiseta e calcinha estavam rasgadas e inutilizadas. Ela balançou a cabeça. Amaury certamente era um vampiro apaixonado. Ela não entendia por que ele deixou-a sozinha em seu covil, a menos que... Nina virou-se para a porta de entrada e empurrou-a. Não, ela suspirou de alívio, ele não a trancou dentro. Será que ele confiava que ela fosse esperar por ele, ou era apenas arrogância clara de sua parte? Ou ele tinha visto a vontade em seus olhos antes que ele a deixasse? Nina estremeceu com a ideia do quanto de si mesma Amaury já tinha visto, e não seu corpo, ela não se importava com isso, mas sua mente, sua alma e seu coração. Todas as coisas que ela mantinha escondidas, porque era mais seguro esconder seu verdadeiro eu, o medo, a menina insegura e magoada que ainda tinha dentro de si. A menina que tão desesperadamente desejava ser amada, mas estava com medo de abrir seu coração para alguém. A menina que o queria para
sempre, mas resolvida por agora, porque era tudo o que ela jamais tinha oferecido. A garota que nunca pedia nada, porque ela não podia enfrentar, não, não podia lidar se fosse rejeitada e jogada de lado mais uma vez. Não, ela tinha que ser a mulher forte, que tinha um propósito na vida. Um som vibrou em sua pilha de roupas a trouxe de volta para o presente. Seu telefone celular. Ela puxou-o para fora do bolso de sua jaqueta. Um lembrete piscou. Droga! A mensagem de texto que tinha chegado pouco antes de Amaury ter invadido seu apartamento, ela tinha esquecido completamente sobre isso. Talvez não fosse tarde demais para ir ao Mezanino para encontrar com esse cara. Pelo menos ela tinha que tentar. Ela não estava exatamente vestida para o clube, mas o seu apartamento era praticamente no caminho. Ela poderia vestir algo mais apropriado e estar no seu caminho minutos depois. Nina tirou sua calça jeans da cadeira e colocou-a sem calcinha. Três horas seria tempo de sobra para chegar ao clube, tentar encontrar o suspeito e obter algumas informações dele. Se ela fosse rápida, poderia mesmo voltar antes de Amaury saber que ela estava desaparecida. Ela deixaria a janela para a escada de incêndio aberta e voltaria para o apartamento desta maneira. E se a sua investigação encontrasse algo que apontasse para Amaury, afinal, então faria o que fosse necessário. Ela só esperava que ele não estivesse envolvido no assassinato de Eddie, e que seu motivo para voltar para a sua casa, fosse para finalmente fazer sexo com ele, e não para matá-lo em vez disso.
Amaury estava cara a cara com Gabriel. Ele teve a clarividência de usar algum antisséptico bucal e rapidamente limpar o sabor delicioso de Nina de seu rosto antes de sair de seu apartamento. Não que isso fosse suficiente para eliminar completamente o cheiro dela. Mas com um pouco de sorte, Gabriel estaria preocupado demais para notar. -Estou aqui agora, não estou?
-Eu sei que você é seu amigo mais antigo, mas nem mesmo Samson vai cortar qualquer folga de você se não fizer o que é esperado. Se o impulso viesse, Samson estaria do seu lado, Amaury sabia instintivamente. Eles haviam passado por mais juntos do que Gabriel poderia até imaginar. Amizade significa alguma coisa para eles. -Cai fora. - Ele era seu próprio mestre e não precisava de ninguém para lhe dizer onde suas lealdades estavam. -Pare com isso! - Uma determinada voz feminina cortou através da tensão. E ele pensou, Yvette adoraria ver uma luta física entre os dois. -Abaixem a testosterona e vamos começar a trabalhar. Ou talvez ela não quisesse que Gabriel se machucasse? Ele cortou-lhe um olhar rápido, mas seu rosto era impermeável. Se ela tivesse algum sentimento por Gabriel, Amaury não podia pegar. -Depois de você. - Amaury acenou com a mão para a porta do escritório particular, onde os interrogatórios aconteceriam. Sua cabeça estava doendo novamente, as emoções das outras pessoas bombardeando-o como se o alívio curto de mais cedo não tivesse sequer acontecido. E ele ainda não tinha feito sexo. Setenta e duas horas, ele contou. Isso não era bom. Ele deveria ter acabado de tomar o que Nina lhe tinha oferecido, as pernas abertas para ele, a vagina molhada e tremendo. Mas não, desde quando, de repente, ele tinha desenvolvido escrúpulos? Ele nunca se importou muito antes, se as mulheres sentiriam dor e desconforto por que ele era muito grande para ela ou estivesse muito duro. E com certeza, ele teria montado Nina duro, sendo o bastardo cheio de tesão, que estava sentindo. -Vamos fazer isso. Eu não tenho a noite toda. - O corte de Gabriel veio em voz alta através da névoa na cabeça de Amaury. Nem ele. Afinal, tinha uma mulher esperando por ele na sua cama. O que era mais atraente que isso. Durante quase duas horas interrogaram empregados depois de empregados, sem resultados reais. Nem ele, nem Gabriel encontraram nada que teria virado qualquer um deles em um suspeito. Gabriel instruiu para que o último funcionário da noite fosse trazido e soltou um suspiro profundo.
-Pronto para o último? Amaury levantou a cabeça para encontrar o olhar de Gabriel. -Claro. Traga-o. - Ele sabia que era tudo bravata, mas ele não quis admitir para Gabriel como estava drenado. Não era bom para ele mostrar fraqueza, especialmente para um vampiro companheiro. Não só por que ele não teve relações sexuais em horas longas demais, ele não tinha se alimentado desde que Thomas o tinha desatado de sua cama. Ele estava correndo no vazio e estava decididamente rabugento. Antes que ele voltasse para Nina, teria que sair em uma caça rápida para se alimentar. Ele não gostava da ideia. O fato de que a Sra. Reid estava no hospital por causa dele ainda o corroia por dentro. E se ele fosse negligente novamente e matasse alguém? -E que temos aqui? - Gabriel abordou o funcionário que Yvette levou para a sala. Quando o homem estava sentado em frente de Gabriel e Amaury, Yvette tomou seu lugar de observação ao lado da porta. -Paul Holland. Amaury, instantaneamente, sentiu o medo do homem. Ele deu a Gabriel o sinal pré-estabelecido de levantar o copo de água aos lábios para alertá-lo. Alternadamente Amaury e Gabriel fizeram perguntas sobre seu trabalho e sua relação com os dois guarda-costas mortos, dando a um a oportunidade para usar seus poderes, enquanto o outro fazia a pergunta. -Assim, você só os conhecia casualmente? - Gabriel perguntou. -Sim, às vezes saíamos para tomar uma cerveja com um grupo inteiro de nossos colegas, o de sempre. Amaury sentiu o medo de Paul crescer. Mas isso não parecia ser dirigido a ele ou Gabriel. O homem estava com medo de alguém. -Onde vocês costumavam ir? - Foi a vez de Amaury fazer uma pergunta para dar a Gabriel a oportunidade para mergulhar em seu banco de memória. -Só alguns bares esportivos. Gabriel deu o sinal de que ele tinha tudo o que precisava, era sutil, mas Amaury percebeu.
-Obrigado, Paul. Eu acho que não temos mais perguntas. Paulo levantou-se e saiu da sala. -Ele está com medo de alguém, e não é de nós. O que você conseguiu? -Não muito. É quase como se alguém estivesse fazendo uma interferência, como uma estática em um telefone celular. -Você acha que um vampiro o está controlando? - Amaury perguntou. Gabriel assentiu. -Eu vou ter Zane atrás dele. Ele está lá fora. - Ele discou um número em seu telefone celular. -Zane, temos um suspeito. Ele está deixando o lugar agora. Siga-o e mantenha-me informado. Se você precisar de suporte, ligue para Quinn. - Ele virou e desligou o telefone. -Eu vou chamá-lo à noite. - Amaury levantou-se e foi para a porta, acenando para Yvette que estava sentada. -Amaury. Ele virou-se para enfrentar Gabriel. -Eu confio em você, tomou conta da menina? Merda. Era melhor ele suprimir suas memórias para que Gabriel não conseguisse descobrir que ele tinha tomado cuidado com Nina, mas não da maneira como Gabriel havia exigido. -Está tudo feito. Rapidamente, ele virou de volta para a porta e saiu, sentindo a descrença de Yvette segui-lo. Ela sabia que ele estava mentindo. Ele não podia sair do edifício rápido o suficiente. O momento em que ele saiu para o ar fresco da noite, seu celular vibrou. Porra é melhor não ser Gabriel exigindo que ele voltasse! Com alívio ele reconheceu o número de Drake e atendeu a chamada. -Doutor, o que há? -Eu tenho uma resposta para sua pergunta. - A voz do psiquiatra era tranquila.
O peito de Amaury se apertou. Finalmente, uma resposta de como ele poderia vencer a maldição. -Diga-me. -Não por telefone. Eu não quero ser ouvido. Encontre-me na escadaria da Catedral da Graça em quinze minutos. -Eu vou estar lá. - É melhor que a resposta seja boa. Amaury chamou um táxi para levá-lo até a colina. Suas mãos estavam pegajosas com a propagação da ansiedade em seu corpo. Será que a bruxa tinha chegado a algum tipo de bebida que ele poderia tomar, e é por isso que Drake queria vê-lo em pessoa? Por que, de repente, quinze minutos parecia uma eternidade? Será que o seu calvário desta noite terminaria? A esperança cresceu em seu peito. Será que sentir sempre o tipo de paz que só sentia naqueles breves momentos depois do sexo, poderia realmente estar ao alcance? Amaury pagou o motorista e saiu do táxi. Quando chegou ao lado de fora da catedral, o imponente edifício jogava sombras sobre os seus vizinhos, mas ele achou a escuridão reconfortante, ao invés de se intimidar. Depois de mais de quatrocentos anos de vida no escuro, a escuridão tornou-se um companheiro confiável. Ele não estava sozinho. Sem dúvida ele podia sentir Drake de pé nas sombras. -Eu gosto de vir aqui. É um lugar tranquilo. Amaury concordou e virou-se para ele. -Sim, eu sei o que você quer dizer. Ele viu a figura magricela de Drake saindo de perto da parede atrás dele e se aproximando. -Desculpe eu fiz você me encontrar aqui e não no meu escritório. Mas eu não posso ser ouvido falando com você sobre uma bruxa, caso contrário... Amaury grunhiu seu entendimento. -Vamos caminhar. Seus passos ecoavam nos edifícios, enquanto eles começaram a caminhar.
-O que você tem para mim, Drake? Houve uma hesitação, um estiramento no corpo do médico. Então, a notícia era ruim. Ele devia ter adivinhado. Não é de admirar que Drake quisesse falar com ele pessoalmente. -Vá em frente, doutor, me dê a má notícia, agora. -Não é de todo ruim, Amaury. Isso só não faz muito sentido em primeiro lugar. -Nada realmente faz sentido, de qualquer maneira. -Bem, então você vai apreciar este boato. A bruxa com quem eu falei, e acredite em mim quando eu digo que ela é totalmente confiável e tão conhecedora como elas são, examinou o seu dilema e fez algumas pesquisas. Ela encontrou uma maneira de você reverter a maldição. Quando ela me disse eu imediatamente perguntei a ela sobre isso, mas ela insistiu que era o único caminho. Ela foi muito enigmática sobre isso também. Amaury parou e virou-se para o médico. -Sem rodeios. -Tudo bem. Eu só queria que você estivesse preparado para isso. Há uma solução escondido nela. - O homem estava protelando, e Amaury sentiu as cordas apertadas de sua paciência sob pressão. -Doutor! -Tudo bem. Ela disse que, se você se apaixonar a maldição será revertida e se o objeto do seu amor... -Isso é ridículo e você sabe disso. Esta não era uma solução para o seu problema. Não podia ser, por que ele era incapaz de amar. Era parte de sua maldição, nunca sentir o amor em seu coração novamente. Assim, como na terra, ele poderia se apaixonar? -Olhe isso não é tudo, há mais peças para isso. -Você pode parar por aqui. Eu não posso mesmo cumprir a primeira condição. -Espere Amaury. Eu sei que há uma solução escondida em algum lugar. Por favor, ouça. Essa bruxa disse, que o objeto de sua afeição, seu amor será desconhecido.
-Desconhecido? Que diabo é que isso quer dizer? O que exatamente ela disse? -Ele deve se apaixonar por um coração que perdoa, - Drake recitou, -seu controle é ineficaz, o seu amor desconhecido. Amaury deixou as palavras afundarem, mas não se impactou. Não havia nenhuma solução nelas. -Drake, acho que você desperdiçou seu favor. Drake balançou a cabeça. -Não, há algo lá. Eu só não percebi isso. Sim, há duas partes para a sua maldição. Uma, que você sente as emoções de todo mundo, e dois, que você não pode sentir o amor. -Você já ouviu falar de uma referência circular? É um problema matemático. Isso é o que é. Eu não posso resolver o problema, para resolver uma parte, depende do uso de outra parte desconhecida. O médico deu-lhe um olhar confuso. Matemática não era, obviamente, a sua força. -Hein? -Esqueça isso Drake, a mulher não tem ideia do que ela está falando. A esperança que ele tinha experimentado minutos antes havia drenado o seu corpo. Ele ainda estava no mesmo e velho barco, à deriva num oceano sem os remos. E os remos que ele tinha acabado de ver aparecer no horizonte acabou por ser apenas uma miragem. Era melhor não pensar nisso. -Escute, eu vou pensar um pouco mais sobre isso. - Drake parecia ansioso para ajudá-lo. -Por quê? É um desperdício de tempo. -Como médico eu tenho uma responsabilidade com meus pacientes. O que era novo. Agora, todo mundo, de repente, desenvolveu uma consciência? Até agora, Drake tinha levado seu dinheiro, mesmo se suas sessões ajudassem ou não. Amaury encolheu os ombros. Bem, não era seu problema se o bom médico, de repente, tinha escrúpulos sobre todo o dinheiro que ele tinha jogado fora, sem produzir qualquer
resultado tangível. -É o seu tempo, não meu. -Eu vou estar em contato. - Drake virou na próxima esquina e desapareceu em meio às sombras da noite. Amaury tentou empurrar para trás a decepção que sentiu espalhar em seu peito. Ele nunca deveria ter sentido alguma esperança. Ele só tinha que continuar como ele tinha feito os últimos séculos e usar o sexo para aliviar sua dor. Mas ele ainda não entendia por que não podia sentir as emoções de Nina. Não fazia sentido, principalmente por que ele não tinha nem tecnicamente feito sexo com ela, algo que ele planejava remediar esta noite. No entanto, em sua presença, a dor em sua cabeça parecia sair com facilidade, mesmo sem sexo. E isso era apenas o remédio de que precisava agora. Seu celular vibrou novamente. O que estava acontecendo esta noite? Ele olhou para o número, mas não reconheceu. Um número de Nova York, mas não era de Gabriel, graças a Deus. -Sim? -Amaury, é Quinn. Escute, eu não posso falar muito. -O que é? -Eu estou ajudando Zane a seguir este empregado, chamado Paul, e estamos na boate Mezanino. Zane está resmungando algo sobre sua namorada estar aqui, confraternizando com um cara. Pensei que você deveria saber. -O que? - Amaury sentiu o aumento de seus batimentos cardíacos e seu pico de pressão arterial. -Onde ela está? -Tenho que ir. - A linha ficou muda. Nina? Em uma boate, quando ela prometeu esperar por ele na cama? Que diabo! Será que nada ia de acordo com os seus planos hoje à noite?
Capitulo 17 Nina tomou outro gole de sua cerveja antes de olhar de volta para o cara que estava fazendo avanços para ela durante os últimos minutos. Do bar ela tinha uma boa visão dos acontecimentos no clube. Até agora, ela viu vários homens que se encaixavam na descrição que Benny lhe tinha dado, mas nenhum parecia mostrar qualquer tipo de reconhecimento, quando ela parava de olhava para eles. E se a informação de Benny estivesse correta, então o homem que estava procurando sabia quem ela era e iria mostrar algum sinal de reconhecimento. Era com isso que ela estava contando. Seria a única maneira de ela reconhecê-lo. Isso, e se ele a atacasse. Felizmente, o clube estava lotado e um ataque não passaria despercebido. Enquanto isso, ela tinha que se afastar do homem sentado ao seu lado. Não que ele não fosse bonito, mas ela não estava no clima para paquerar, nem ela queria desperdiçar seu tempo, quando estava à procura do filho da puta desprezível envolvido na morte de Eddie. -Parece que você está esperando alguém. - Disse o homem na banqueta a seu lado e deu-lhe um sorriso sabedor. -O que faz você pensar que eu estou esperando alguém? - Talvez ela devesse se mover para um local diferente no clube, para ficar longe desse cara estúpido. -Você esteve olhando para cada homem que passou aqui na última meia hora. Parece-me que você está esperando alguém. Pode não valer a pena, se ele mantém uma menina bonita como você esperando por tanto tempo. E se alguém apostou a sua reivindicação, em vez disso? Agora, o homem havia acabado de cruzar o limiar de chato para assustador. Ela lançou-lhe um olhar gelado. -Ninguém me reivindicou não que isso seja da sua conta. - Nina se afastou dele. -Eu diria que alguém já o fez. - Um segundo depois, ela sentiu a mão em seu braço. Nina virou a cabeça de volta para ele e puxou o braço para fora de sua mão. Ela percebeu quando ele respirou fundo, como se a estivesse cheirando.
-É melhor você seguir em frente antes de eu chute seu traseiro! Em vez de se sentir ofendido com sua explosão, ele respondeu com um largo sorriso. Foi quando ela olhou para ele pela primeira vez e realmente notou. Oh, Deus, não! Ele era um deles. Ela estava sentada ao lado de um vampiro sem perceber, porque ela estava muito preocupada em encontrar o cara que Benny tinha descrito. -Ah, você finalmente está percebendo. Eu estava começando a ficar entediado com este pequeno jogo. Esta noite foi um fracasso. Ela tinha que sair enquanto podia. Bom, havia muitas pessoas ao redor deles para que ele pudesse prejudicá-la sem que ninguém percebesse. Ela poderia usar os humanos inocentes ao seu redor para fugir. Se ele fosse esperto, não iria querer correr o risco de ser exposto em um lugar público. -Eu não sei o que você quer dizer. - Era melhor ficar na negação o máximo de tempo que pudesse. Talvez ele desistisse. -Eu discordo, para mim você sabe demais. Então, por que você e eu não temos uma pequena conversa? - Ele colocou a mão em seu braço novamente, desta vez agarrando mais forte. Ela tentou se livrar dele, mas ele a puxou para ele, farejando novamente. Um segundo depois, ela se sentiu sendo puxada longe dele por mãos fortes. Ela foi pressionada contra um peito duro, que ela reconheceu instantaneamente. Ela não podia ver Amaury atrás dela, mas viu a reação no rosto do vampiro na frente dela. Ele estava ficando irritado para dizer o mínimo. -Luther. - Rugiu Amaury com uma voz que lhe acalmou os nervos mais do que ela esperava. Ela deixou-se relaxar contra ele. -Amaury. Faz muito tempo que não o vejo. Os dois se conheciam? Com certeza, sendo ambos vampiros. Era provavelmente um mundo pequeno. Ela deveria ter adivinhado que se conhecessem. -Não sabia que você estava de volta à cidade. - A declaração de Amaury soou como uma acusação. -O que, nenhum comitê de boas-vindas para um velho amigo? Pelo
menos sua namorada aqui foi um pouco amigável. E tenho certeza que teria chegado ser ainda mais amigável. - Ele deu-lhe um olhar sugestivo. Em seus sonhos! Instantaneamente os braços de Amaury se apertaram ao redor dela, e seu rugido soou em seus ouvidos. -Se você tocar-lhe novamente você será pó. Ela nunca tinha ouvido tal ameaça na voz de Amaury. -Ainda se enroscando com humanas pelo que eu vejo. Eu podia sentir seu cheiro nela. -Nina, vamos embora. - Ele deslocou-a, puxando-a para fora da banqueta e empurrou-a para trás, onde ela não podia ver o que estava acontecendo. O ruído do clube a impediu de ouvir se houve mais alguma conversa entre eles. Vendo o rosto enfurecido de Amaury, quando ele se virou para ela, a livrou de qualquer incerteza. Talvez fosse melhor que não tivesse ouvido o que tinha sido dito. Ela não precisava adicionar mais palavras ao seu vocabulário. Amaury foi tudo, menos gentil, quando a puxou pelo mar de pessoas em direção à parte de trás do clube. Se ela leu seu rosto corretamente, provavelmente estava para levar a surra que ele tinha lhe prometido. Agora que deixou Luther para trás, parecia que ele havia transferido a sua raiva para ela. Seus dedos cravaram em seu pulso quando ele a arrastou atrás dele, aparentemente em uma missão. -Para onde vamos? No corredor apressou-a para onde estava escuro e levou a um lance de escadas. Sem responder a sua pergunta, ele fez sinal para ela o seguir até chegar a uma porta no nível superior. Ele abriu-a. Ela viu escrito na porta, apenas funcionários, antes que ele a puxasse para dentro e fechasse a porta atrás deles. O quarto parecia servir como um vestiário para o pessoal. Havia um velho sofá, várias cadeiras e uma mesa. Estantes nas paredes que continham suprimentos e vários itens de vestuário. Ela o ouviu trancar a porta. -O que diabos, você estava fazendo lá fora? – A voz de Amaury
poderia deixar um trovão com vergonha. -Nada que seja de sua conta. - Ela não iria para dentro da caverna. Ele não tinha o direito de lhe dizer o que fazer, só porque ela o deixou tocá-la intimamente. Nina levantou o queixo e olhou para ele. Seus olhos estavam brilhando, vermelhos. Ah, sim, ele estava definitivamente bravo com ela. Suas narinas abriram, seu peito arfava com cada respiração que ele tomava. Se ela não tivesse visto a gentileza que estava escondida debaixo de seu exterior áspero, ela o teria visto realmente como um monstro. Sua estrutura imponente pairava sobre ela, como se ele estivesse tentando intimidá-la. -Eu lhe disse para ficar no meu apartamento e esperar por mim. -Você é um grande tirano. Eu posso fazer o que eu quiser. -Não, se isso significa que você está se colocando em perigo. -Eu não estava em perigo. Ele soltou um sopro de ar, em seguida, deu um passo mais perto e apoiou-a contra a parede. -Ah, não? Então deixe que lhe diga algo sobre Luther. Não existe ninguém mais perigoso que ele. A partir de agora você não pode ir lá por conta própria. Seus dias de investigar a morte de seu irmão acabaram. -Você não tem o direito… Ele pressionou seu corpo contra o dela, prendendo suas mãos contra a parede. -Você está me ouvindo agora. Eu vou fazer a investigação a partir de agora. Eu vou te ajudar, mas você não vai mais colocar-se no caminho de cada maldito vampiro da cidade. Está claro? -Obrigue-me. - Se ele pensou que poderia intimidá-la com algumas palavras duras, ele tinha que fazer melhor do que isso. Ela não estava com medo dele. -Olhe para mim. Amaury esfregou seu pênis contra ela. Droga, este vampiro tinha que estar sempre com tesão? -O quê? Essa é a sua solução para tudo, não é? Fazer uma pequena mulher se submeter.
Ele era enorme. Ficar bravo obviamente o despertou. Ela não estava muito atrás. O enorme poder que ele tinha sobre ela fez suas entranhas se derreterem. Isso, e o cheiro inebriante do sexo masculino que era puramente de Amaury, e se engarrafado seria vendido por uma fortuna. -Isso mesmo. - Ele respirou fundo. -E está aparentemente funcionando. Será que ele percebia que seu corpo estava tão agudamente sintonizado com o dele? Que tudo o que ele precisava fazer era pressionar os músculos tensos contra ela para provocar uma reação puramente arbitrária nela? Ele soltou um de seus pulsos e colocou em seu seio, onde o mamilo já estava ereto só pela sugestão de que ele poderia tocá-la. -Eu não vou parar o que estou fazendo. Não por você ou qualquer outra pessoa. - Só porque seu corpo estava desmoronando não significava que sua mente era fraca demais. Amaury cumprimentou seu desafio com um sorriso jovial. -Eu não estava esperando nada menos de você. Mas eu não vou deixar fazer isso sozinha. Você, chérie, não vai sair do meu lado até que isso acabe. -O que você está tentando fazer? Prender-me? - Nina ergueu o queixo em desafio. -Soa como uma ideia interessante. Eu poderia acorrentá-la à minha cama. Como já sabemos você não é estranha à escravidão. Sua sugestão lasciva enviou uma pontada de antecipação através de seu estômago. Ela sentiu uma corrente de umidade no seu núcleo, alagando a sua calcinha. Ele parecia delicioso quando estava bravo. Ela lambeu os lábios secos. -Você tem que fazer mais do que me acorrentar a sua cama se você quer que eu concorde - Pelo menos ele primeiro tinha que fazê-la gritar de prazer, antes de ela sequer considerar tal coisa como uma rendição. -Como o quê? Eu poderia pensar em algumas posições selvagens. Em vez disso, ela disse,
-Faça-me uma promessa. O ponto entre as sobrancelhas torcia-se em um vinco profundo. -Eu não sou o tipo de cara que promete, no caso de você não ter notado. Será que ele a tinha entendido mal, ou ele estava arrancando a corrente? -Oh, por favor, nem sequer insinue que eu estou interessada em você para qualquer coisa mais do que uma transa rápida, - disse ela. Ou duas, ou três. -Eu quero uma promessa de que irá fazer de tudo para limpar o nome do meu irmão. Ela olhou em seus olhos. Eles eram de um azul profundo de novo, bonito e pecaminoso. -Tudo bem. Você tem a minha promessa. Eu vou ajudá-la. Com uma condição. -Que condição? - Ela prendeu a respiração. Havia algo sobre a maneira ardente que ele a olhou que fez seu coração pular uma ou duas batidas. -Nós vamos fechar o negócio agora.
Capítulo 18 Amaury olhou para o rosto apreensivo de Nina. Ela sabia o que estava por vir, ela era uma mulher. Ele não iria decepcioná-la. -Cada promessa precisa de um símbolo. Este é o meu. - Ele levou a mão ao seu pênis impaciente, pressionando a palma da mão aberta contra sua carne dura. Mesmo através do tecido da calça, ele sentiu o seu calor e suavidade. Seu toque fez seu coração pulsar rápido novamente. A mulher o estava deixando louco, e se os vampiros pudessem ter ataques cardíacos, ela certamente causar-lhe-ia um. Vê-la no porão de Luther, não, ele tinha que limpar a imagem de sua mente. -É a única coisa que você pode pensar? - Sua voz doce era mais suave agora. Ele permitiu-se inalar seu perfume feminino. Ela estava usando sabonete perfumado de baunilha ou era o cheiro produzido por seu próprio corpo? Apenas um sopro catapultou seus sentidos. -Aparentemente, quando eu estou com você, é isso que está em minha mente. - E isso não era nenhuma mentira. -Você não pode esperar até que estejamos de volta a sua casa? -Evidentemente que não. - Seu pênis esticou contra sua mão quando ela o torturou apertando-o. Megera. Sirigaita. Sedutora. Quando ele a arrastou para esta sala, ele tinha planejado fazer sexo com raiva, mas agora, não se sentia mais com raiva. Bem, ele podia sempre fazer sexo com raiva em outra ocasião, pois com certeza ela o deixaria furioso sobre outra coisa, em breve. Mas, enquanto Nina ronronava como o gatinho doce que ela certamente não era, ele aproveitava para levá-la sem medo de suas garras ferindo-o. Não que seu prazer não seria agravado por alguns arranhões. Ou algumas mordidas. -Você prefere na mesa ou no sofá? - Ele deveria ao menos dar-lhe
uma escolha de onde ele finalmente poderia violentá-la. Afinal, ele era da velha escola e francês. Ela lançou um olhar para a mesa, então o sofá, em seguida, de volta para ele. Havia um brilho perverso nos olhos dela, enviando uma onda de choque através de seus quadris. Deus, ela estava realmente contemplando a mesa, não estava? -Onde vai se sentir melhor? Ele não pôde reprimir um sorriso. -Chérie, não importa onde eu vou tomá-la, isso vai ser o melhor que você já teve. - Ele estava absolutamente certo disso. -Amaury, você é tão cheio de merda! Agora ele tinha que provar alguma coisa. Ele não era de recuar perante um desafio. -Por que não resolvemos esse argumento depois, quando você tiver comprovado os fatos? – Oh, ele ia provar os fatos, centímetro por centímetro, polegada por polegada. Amaury levantou-a do chão e levoua para o sofá, pegou um pano limpo de uma das prateleiras. Antes que ele a deixasse cair sobre o sofá, ele espalhou o pano branco sobre ele. Ele pegou seu olhar surpreendido. Ela pensou que ele iria fodê-la no sofá imundo, submetendo-a a Deus sabe o que, e a que germes? -Nina, você tem muito a aprender sobre mim. -Então, vamos começar com a lição agora. - Ela puxou-o para ela, seus braços enlaçaram o pescoço dele. Agora ela falava a língua dele. -O que você gostaria de aprender? - Ele roçou os lábios contra seu rosto, em seguida, mordeu seu caminho ao longo de sua mandíbula. Nina era mais suave do que uma mulher vampiro, a sua tentadora fragrância, atraia-o muito, o aroma de seu sangue chegou a sua consciência e o drogou. Lembrou-se do seu gosto quando ele lambeu suas feridas. Como ele queria experimentar o mesmo momento de novo, mais e mais, até que ele se sentiria bêbado com seu sangue. -Tudo. - ela disse. Amaury olhou em seus olhos, e suas ricas íris castanhas brilhavam como fogo. Ninguém jamais olhou para ele assim, cativandoo tão facilmente, roubando sua sanidade. Quando ele notou o seu olhar cair para sua boca, ele não podia deixar de lamber os lábios. Ele estava
salivando por um gosto dela. Deliberadamente moveu sua cabeça lentamente mais perto da dela, até seus lábios, mas tocou os dele. A respiração dela se misturava com a dele, e ele inalou seu perfume. Cutucando seus lábios nos dela ele fez contato e suspirou. Como um toque de luz poderia criar calor em seu corpo. Nenhuma mulher jamais teve esse efeito sobre ele, como se ele estivesse queimando apenas tocando sua pele. O que aconteceria quando ele finalmente a levasse, quando se enterrasse nela? Será que o calor o destruiria? Será que seu sangue ferveria? Seus lábios se separaram debaixo dos dele, pedindo, não, implorando por sua invasão. Não havia necessidade de conquistar o que lhe foi dado livremente. Não fazia a vitória menos doce, ao contrário, quando ele permitiu sua língua mergulhar em sua boca e entrelaçandose com a dela, sentiu o valor do mesmo aumentar dez vezes. Um beijo tão abertamente dado era um presente para acalentar. Um presente que ele raramente recebia. Amaury passou a língua ao longo de seus dentes, traçou o interior de suas bochechas e duelou com ela. Com cursos longos e profundos ele provocou esses sons cativantes de prazer nela. Ele os recebeu como uma resposta direta ao seu toque, um incentivo para continuar, uma confirmação do que ela queria. Ele não se deteve, inclinou a cabeça para uma penetração mais profunda, incapaz de ter o suficiente de seu gosto. Era raro um beijo lhe dar tal satisfação. Mas a moça atrevida tinha um jeito de beijar, que o bateu para fora de suas botas. Beijar sempre foi somente um precursor ao sexo, mas com ela podia facilmente se transformar em o evento principal. Nina apertou seu corpo contra o dele, com as mãos presas juntas atrás de seu pescoço, forçando-o para mais perto. Ela estava com medo que ele parasse. Como ele poderia deixar sua boca, sua língua de seda e seus lábios suaves? Gatinha boba. Como Cyrano iria deixar de ir para Roxanne. Os lábios se encaixavam tão perfeitamente juntos, as línguas dançavam em perfeita harmonia, e as respirações misturadas, se tornaram o perfume francês mais inebriante, complementando-se mutuamente, não havia desapego nisto. Amaury deixou-se cair para trás no sofá e a levou com ele, trazendo-a para cima. Suas mãos foram para suas costas, então deslizaram para baixo, repousando sobre as ondas de seu traseiro
sedutor. Apertando sua bunda firme em suas mãos, ele provocou um gemido alto dela. Como ele gostava de uma mulher que respondia tão livremente. Suas mãos percorriam o seu corpo, e ele encontrou o zíper de sua saia curta e abaixou-o. Deslizando as mãos por baixo do tecido, ele empurrou a saia sobre os quadris e as pernas, expondo sua bunda em suas mãos. Calcinhas minúsculas forneciam apenas uma barreira ao seu toque, mas, no entanto, elas tinham que ir. Era pele que ele queria. Pele nua, suave. Suavidade delicada e calor deram boas vindas as palmas das mãos carentes e congratulou-se com os dedos sondando-a. Sua atenção foi desviada da tarefa que tinha em mãos, quando sentiu as mãos dela desabotoarem sua camisa, seus movimentos apressados, impacientes. Nina sentou-se, escarranchando nele. -Tire isso. - Sua voz era rouca, os olhos pareciam vidrados, suas pupilas estavam arregaladas sob as pálpebras semicerradas. Ele livrouse de sua camisa em um movimento rápido. -Você também. – Empregando a velocidade de vampiro, ele jogou sua camisa para se juntar a sua roupa que estava no chão. Seus globos gêmeos brilhavam como faróis na penumbra do quarto. Certamente o gosto era delicioso. Fazia demasiadas horas desde que ele lambeu estes mamilos sensíveis. Ele adorava enterrar a cabeça entre seus seios, sendo abrigado pela suavidade deles, tendo o cheiro de sua pele. Como um homem, vampiro ou não, poderia resistir a redondeza tão perfeita? Seus lábios encontraram seu mamilo e sugou avidamente, primeiro um e depois outro. Não podia negligenciar. Ele se sentia como um bebê faminto que não conseguia obter o suficiente da refeição generosa. Esses seios cheios necessitavam mais do que alguns golpes superficiais e voltas de sua língua. Com os dedos, ele puxou os pequenos brotos, fazendo-a gritar. Ela jogou a cabeça para trás e arqueou as costas, oferecendo seus seios para outra rodada de tortura. Ele espalmou seu peso em ambas as mãos, em seguida, novamente desceu sobre um de seus mamilos, sua língua avançou, seu profundo gemido parecia um grito de guerra. O contato com seu broto duro, ereto enviou mais sangue em seu pênis já duro como pedra. O calor queimava por meio dele. Então ele
fechou os lábios em torno dela e sugou. Seu pênis cresceu mais um centímetro e agradeceu a ele por não usar qualquer roupa de baixo para contrair sua expansão. De repente, ele sentiu seu olhar sobre ele e olhou para cima. -Você ainda está com roupas demais. Amaury dez segundos mais tarde, depois de ter se livrado de suas calças, deitou-se debaixo dela, agora nu. Seu pênis estava ereto, e ela o montou, perto o suficiente para sentir a comichão de seu ninho de cachos loiros. Selvagem e natural. Ele pegou seu olhar quando ela olhou para a sua ereção. Fascinação ou medo? Ele não poderia dizer. Era ele grande demais para ela? Um dedo escovou sobre a cabeça de seu eixo, onde a umidade já aparecia. Beijá-la tinha feito isso, como se ele fosse um garoto inexperiente. -Você é grande. -Chérie, nós vamos acompanhar seu ritmo. Você vai me levar para dentro quando estiver pronta, um centímetro de cada vez. - Era por isso que ele a queria por cima. Se ela estivesse debaixo dele, ele nunca seria capaz de conter-se de mergulhar nela. Muito rápido, sem dar a ela uma chance de se ajustar a seu tamanho. Ele puxou a cabeça para ele e tomou seus lábios para um beijo. Quando ela se inclinou sobre ele, esfregou seu pênis contra seu estômago, e a megera brincou com ele ainda mais, subindo e descendo ao longo dele, esfregando seu sexo contra o seu comprimento. O cheiro da excitação de Nina encheu a sala drogando-o. Não tinha certeza de quanto tempo ele poderia aguentar, ele espalmou sua bunda e acariciou sua pele nua. Deslizando uma mão ao longo de sua fenda, ele encontrou seu centro úmido. Ela acalmou seus movimentos instantaneamente e inclinou-se em direção a sua mão, oferecendo-lhe suas dobras femininas ao seu toque. Amaury passou o dedo ao longo de sua fenda quente, antes de escorregar para dentro. Seu aperto era inebriante. Como ela apertaria seu pênis até ao fim com seus músculos. Ele mal podia esperar. Um gemido profundo saiu de seu peito. Ela seria sua, em breve. Quando ele a sentiu se afastar dele, não queria deixá-la ir, mas ela
se sentou. Ela levantou-se de joelhos, e suas mãos automaticamente foram para os quadris para a sustentar. Com lentidão meticulosa, ela centrou-se sobre o seu eixo. Nina aliviou-se mais, até a ponta do seu pênis tocar seu sexo úmido. Seus batimentos cardíacos dobraram. Como ele queria levá-la para baixo nele. Ele apertou a mandíbula para se conter. -Tão molhada para mim. Outra meia polegada e sua cabeça bulbosa cutucou em sua entrada, forçando os lábios inferiores se separarem para acomodá-lo. Sua respiração veio em rajadas pesadas, seus belos seios se movendo em uníssono cada vez que ela inalava e exalava. Seu canal aumentou ligeiramente, e ela avançou mais para baixo. Seus músculos interiores apertaram, e ele apertou os dentes. A sensação era muito deliciosa, quase dolorosa, sabendo que ele tinha que ficar parado e não se mover, quando tudo que queria era empurrar os quadris para cima e enchê-la. Amaury observou seu rosto para detectar quaisquer sinais de desconforto, quando ela fechou os olhos e, de repente, se abateu sobre ele, submergindo seus vinte e três centímetros de pênis duro como mármore em seu corpo apertado. Foda, ela o estava matando! Ele estava bem na borda, quase se derramando, como um garoto. Parecia um jovem que nunca sentiu o corpo de uma mulher antes. Seu grunhido alto foi ecoado pelo gutural gemido de Nina. Quando ele sentiu o movimento, imediatamente bloqueou suas mãos sobre seus quadris e segurou-a no lugar. -Ainda não. - Sua voz não soou como sua própria. Ele se concentrou em sua respiração e tentou apaziguar seu coração batendo. Quando seus lábios se curvaram para formar um sorriso travesso, ele lhe deu uma tapa em seu traseiro para avisá-la para não tentar nada. O que ele não contava era que a reverberação da tapa atingisse seu pênis uma fração de segundo depois, enviou uma sensação maravilhosa através de seu corpo, quase roubando de seu controle. Queria tanto bater em sua bunda, enquanto estava dentro dela. Ele tinha que lembrar isso mais tarde, quando usasse de novo seu corpo. Mas, por agora, não era uma boa ideia. Não se quisesse durar mais do que três segundos.
O momento em que ele tirou as mãos dos quadris Nina começou a se mover. Como se fosse Lady Godiva, o cavalgando, os seios saltando para cima e para baixo. Ela levantou-se tão alto quanto podia, deixando apenas a ponta do seu pênis dentro dela, em seguida, caiu de novo. Desta vez, ele encontrou-se com suas próprias investidas para cima, dobrando o impacto, quase tirando o fôlego dela. Ela arfou. Amaury puxou seu tronco para se curvar contra ele. -Alimente-me com os seus seios lindos. - Ele abriu os lábios para receber o primeiro mamilo que ela guiou-o para ele e chupou em sua boca gulosa, lambendo-o com a língua. -Oh, sim. - Seu incentivo foi apreciado. Ele agradeceu, colocando a mão entre seus corpos para encontrar seu lugar mais íntimo, enquanto ele continuava a conduzir para cima seu pênis, movendo os quadris contra os dela. Revestido com o creme de sua vagina, seu dedo encontrou seu clitóris e circulou, em seguida, jogou levemente. O mamilo já duro em sua boca endureceu ainda mais. Tão sensível, tão maduro. Como uma fruta pronta para ser colhida. Seus dentes rasparam a pele dela, mas ele não mordeu. Ele sentiua estremecer e imediatamente se acalmou. Se ele tivesse ido longe demais? E a assustado? Lentamente, ele deixou seu mamilo e olhou para ela. Parecia que ela estava em um estado induzido por drogas. -Faça isso de novo. Amaury olhou para ela, não tendo certeza que tinha ouvido direito. -Seus dentes. Faça novamente. Capturando o outro mamilo, ele lambeu com sua língua, então chupou-o completamente. -Por favor, - ele a ouviu dizer. Ela estava o tentando a mordê-la. Seus dentes deslizaram ao longo de sua pele, raspando a superfície, mas apenas levemente, e não rompeu a pele, apenas brincando. Quando Nina arqueou as costas, empurrou seu seio para ele, ele chupou mais do mesmo em sua boca. Em uníssono com o seu movimento de sucção, seu pênis moveu-se dentro dela, uma e outra vez. E como a cavaleira experiente que ela provou ser, se segurou e
mudou seu ritmo com ele. Seus dedos brincavam com seu clitóris, acariciando, apertando, enquanto sua boca trabalhava seus mamilos, fazendo-os se levantar como bravos pequenos soldados. Ele teria gostado de continuar para sempre, mas a maneira como seus músculos apertavam seu eixo, a maneira como ele deslizava dentro e fora dela, cada vez mais profundo, ele não conseguia se segurar. Seus dentes apertaram um cerco contra o mamilo quando ele lhe deu umas últimas lambidas em sua protuberância, em seguida, sentiu seu canal se apertar ao redor dele, sentiu as ondas de seu orgasmo bater nele, e caiu com ela, sobre a borda e no esquecimento quando ele veio, quente, sem fôlego e com um fluxo aparentemente interminável de sua semente enchendo-a. Ele tinha morrido e ido para o céu, e o anjo de cabelos dourados olhou para ele.
Nina baixou a cabeça no peito de Amaury e exalou. Ela odiava admitir que ele estava certo, mas foi o melhor que ela já teve. Sem dúvida. Não que ela alguma vez admitisse isso a ele. Um homem poderia ficar muito orgulhoso se soubesse. E Amaury certamente não precisava ficar mais cheio de si do que já era. Ela o sentiu apertar um beijo em seu cabelo. Sua ternura repentina a surpreendeu. O homem tinha vários lados que decididamente ela tinha de explorar. E ela estava cansada demais para fazer quaisquer explorações esta noite. Quanto a questionar-se por que estava novamente dormindo com o inimigo, em vez de lutar com ele e os outros vampiros, ela iria se culpar amanhã. -Você vai me dizer agora por que você veio ao clube? Nina levantou a cabeça, cruzou os braços sobre o peito e apoiou o queixo sobre ele. -Por que você se importa? -Nós estamos trabalhando juntos agora. Então é melhor você me dizer o que está acontecendo. Ela suspirou. -Tudo bem. Eu tenho uma mensagem de texto do meu informante, dizendo que um homem envolvido na morte de Eddie estaria aqui esta
noite. -Você acha que ele estava falando de Luther? Ela descartou a ideia com um movimento da cabeça. -Não. Ele não despertou isso em mim. Ele não se encaixa na descrição que eu tenho. Infelizmente, você me interrompeu antes que eu pudesse encontrar o cara. -Felizmente, eu cheguei aqui em boa hora. Zane viu você no clube, e Quinn me alertou. Eles estavam seguindo uma pista. -Sobre os assassinatos dos guarda-costas? Amaury assentiu. -Sim. Eu acho que um dos funcionários humanos dos Scanguards sabe mais do que ele está dizendo. Zane seguiu-o para o clube. Estávamos tentando descobrir se ele estava encontrando alguém aqui. -Pode ser o mesmo cara. Se ele é um empregado de vocês, isso faz sentido. -Por quê? -Porque me foi dito que ele estava na reunião da equipe, naquela noite quando o seu amigo Zane me pegou. Amaury levantou-se para uma posição semi sentada sem deixá-la escapar de seu abraço e cutucou um travesseiro nas costas. Suas mãos permaneceram em torno de suas costas, pressionando-a a seu corpo nu. -Você tem certeza? -Sim. A informação veio do mesmo informante. Não que Benny se incomodou em ficar. Ele fugiu apressadamente de lá antes que ele pudesse ser pego. Serpente. Especialmente desde que ele já tinha vendido minha pele para esses dois vampiros, que você e eu estivemos lutando… -Espere aí! - Amaury interrompeu. - Depois que ele lhe vendeu, na última vez, você acreditou na sua informação e veio para o clube esta noite? Você está louca? Nina fez um gesto de desprezo. -Desta vez eu estava preparada.
Amaury bufou e balançou a cabeça em sinal de desaprovação. -Preparada? Droga Nina você tinha que parar por aí em vez de se colocar em perigo. Ela ignorou completamente sua repreensão. -De qualquer forma, Benny era o único que poderia identificá-lo. Sua descrição pode ter que se adaptar a qualquer número de caras. -Onde está o Benny agora? -Se ele valoriza sua vida, deixou a cidade. -E se o cara estivesse aqui para conhecer Luther? Seria muita coincidência ele aparecer aqui, você receber informações para vir para o clube e Zane e Quinn seguindo nosso empregado até aqui. Eu não acredito em coincidências. Nina sentiu o golpe da mão carinhosamente sobre seu traseiro, um gesto que parecia inteiramente subconsciente considerando que Amaury parecia preocupado com Luther. -Quem é esse Luther afinal? Ele pareceu perceber que eu sabia sobre os vampiros. -Isso é provavelmente por que ele pode sentir meu cheiro em você. -O quê? - Ela não gostava do som disso. -Luther e eu andamos algum tempo juntos. Ele teria sido capaz de detectar o meu cheiro em você. O mais provável é que era por isso que ele estava brincando com você. Nina franziu a testa. -Velhos amigos, então? Houve um momento que ela pensou que tinha detectado um grão de dor em seus olhos. Mas desapareceu imediatamente. -Não é bem assim. Nós costumávamos ser. Infelizmente, ele me culpa e a Samson, pela morte de sua companheira. -Companheira -Luther estava ligado por sangue a uma mulher maravilhosa e foi, provavelmente, o vampiro mais feliz que eu conheci. -Espere um pouco. Não jogue palavras ao redor, eu não entendo. O
que é estar ligado pelo sangue? - Ela tentou afastar-se um pouco, mas Amaury não lhe soltou de seu abraço. Em vez disso, ele a fez se aconchegar ainda mais perto dele. Ela não tinha se atrelado a nenhum tipo fofinho. -É como um casamento, só que é para a eternidade. Um vampiro faz laços de sangue com sua companheira de vida, e eles estão ligados para sempre. Podem detectar um ao outro. É uma conexão incrivelmente estreita entre duas pessoas. -Eu vejo. - Nina achou estranho ele falar sobre o casamento e o amor, enquanto ele ainda a segurava contra seu corpo quente. Um corpo que poucos minutos atrás havia se juntado com o dela em uma união tão perfeita que ela não pensava que fosse possível. -Ele e Vivian estavam esperando seu primeiro filho, quando… -Filho? Eu pensei que os mortos-vivos não podiam ter filhos. Amaury disse as coisas mais incríveis para ela que ela pensava que seria capaz de lidar. Crianças vampiro? Não, muito estranho. -Mortos-vivos? De onde você tirou essa expressão? A companheira de Luther era humana. Quando um vampiro está ligado pelo sangue a um ser humano ele é capaz de engravidá-la. É a única maneira de um vampiro poder ser pai de crianças, se a sua companheira for humana. Sua mão acariciou distraidamente sobre suas costas, para cima e para baixo, provocando arrepios deliciosos ao longo do seu corpo. -E os seus filhos, o que são? -Híbridos. Metade vampiros, metade humanos. Eles têm características de ambas as espécies. Eles podem ser expostos ao sol sem se queimar, mas eles bebem sangue e têm a força e velocidade de um vampiro. E eles são imortais. -Isso é tão bizarro. Ele sorriu. -É raro. Mas acontece. Luther estava trabalhando com a gente, com Samson e eu. Ele estava trabalhando para a Scanguards. Era um cara grande na época. Leal, dedicado. E ele amava Vivian. E ela o amava. Mas houve complicações com a gravidez. Uma noite, ela começou a sangrar. Luther estava fora em uma missão. Ligamos para ele, mas não conseguiu chegar a tempo. Ela estava perdendo o bebê, e nós a estávamos perdendo. Não havia nada que pudéssemos fazer. No
momento em que Luther voltou, ela tinha morrido. Ele culpou-nos. O azul de seus olhos não podia esconder a tristeza neles. -Mas por que, você não podia fazer nada. -Nós poderíamos a ter transformado em um vampiro para salvá-la. Ela não tinha pensado nessa possibilidade. -Ah. Ele queria que você fizesse isso? -Sim. Ele queria estar com ela por toda a eternidade. Ele a amava. Amor eterno era um conceito assustador, mas estranhamente excitante. -Mas se você sabia por que não a transformou? Amaury tinha um olhar triste. -Porque ela não queria. Ela não compreendeu. -Ela não queria? -Não. Nós oferecemos, mas ela disse que se fosse um vampiro, ela não poderia ter filhos. Ela tinha acabado de perder o bebê. Ela preferia morrer. Nina se afastou um pouco dele. -Mas, então, por que ele ainda os culpa, quando era sua escolha? Não estou entendendo. Você e Samson não fizeram nada de errado. -Ele não sabe que ela recusou. -Você nunca disse a ele? - Por que ele manteve um detalhe importante para si? -Não. Como poderíamos? Ele a amava. Você sabe o que faria a ele descobrir que sua companheira, a mulher que amava mais do que qualquer outra coisa em sua vida, escolheu a morte a ficar com ele? De repente, ela entendeu, e lágrimas brotaram de seus olhos. -Oh meu Deus, então você e Samson escolheram que era melhor ele odiar a vocês dois, do que a ela? Amaury assentiu com a cabeça. Nina tocou seu rosto em uma
carícia suave. -Será que ele odeia você e Samson o suficiente para querer destruílos e a Scanguards? -Eu temo que isso seja possível. - Ele fez uma pausa. -Eu acho que é melhor ir falar com Samson. Ele precisa saber que Luther está na cidade. Ela sentou-se. -Sim. Eu acho que você está certo. Além disso, é melhor sair daqui antes que alguém nos encontre e nos jogue para fora. Amaury deu um sorriso maroto. -Eu duvido que isso vá acontecer. Eu tenho cinquenta por cento do clube. Nina ficou de boca aberta, então ela lhe bateu no peito. -Quantos outros segredos você tem na manga? Ele ergueu as mãos. -Sem mangas, viu? Eu estou nu. Ela deixou seus olhos percorrer sobre seu corpo. -Eu posso ver isso. -Uh-oh. Você tem que olhar para você. É melhor nos vestirmos, antes de você tenha o seu caminho comigo novamente. -Eu? Eu estou tendo o meu caminho com você? Agora, se isso não é o sujo falando do mal lavado. Sua resposta foi uma gargalhada gutural, de maneira muito sexy. Este vampiro era muito perigoso.
Capitulo 19 Nunca em seus sonhos mais selvagens, Nina tinha imaginado entrar na casa de Samson em Nob Hill. Mas lá estava ela na porta de entrada, Amaury um passo à frente dela, esperando a porta abrir. Ela trocou nervosamente de um pé para o outro. Será que era uma boa ideia? Com Amaury ela poderia lidar. Ele cobiçava-a e, portanto, não estava interessado em feri-la, mas e os outros? Nina não tinha esquecido a ordem que Amaury recebeu para limpar sua memória. Um feixe de luz iluminou Amaury quando a porta foi aberta até a metade. -Esqueceu-se da sua chave? - Uma voz masculina perguntou. -Eu não quero me intrometer sem aviso prévio. Eu não estou sozinho. A porta se abriu mais, e a luz a inundou quando Amaury puxoua para o lado dele. Ela encontrou o olhar de seu hospedeiro e reconheceu-o como Samson. Seu pulso vibrou. Ela notou ele levantar uma sobrancelha para Amaury, como se para castigá-lo. Mas um segundo depois ele virou o anfitrião perfeito. -Por favor, entre! Eu não acho que nos conhecemos. Samson estendeu a mão em direção a ela, e ela apertou-a, perguntando-se se ele notou como suas mãos estavam úmidas. -Boa noite, - Nina disse, ou o que exatamente era a saudação correta ao ser apresentada a um vampiro? -Samson Woodford. - Sua apresentação foi formal, como se estivessem na festa do chá da Rainha. -Esta é Nina. -Prazer em conhecê-la. - Samson levou-os para a sala de estar. Ele permaneceu rígido então se virou para Amaury. -Posso ter uma palavra com você em particular?
Sim, Samson estava claramente descontente com sua presença. Ela não tinha que ler mentes para descobrir isso. -Isso não será necessário. - A resposta de Amaury provocou uma carranca de seu amigo. -Nina sabe quem nós somos. Houve um silêncio tão espesso que ela poderia tê-lo cortado com uma faca quando Samson olhou para cima e para baixo, pressionando os lábios com força. Seu descontentamento com Amaury era evidente. Talvez esta não fosse uma boa ideia, afinal. Como esperava que Amaury cuidasse dela agora que ele tinha doado os seus segredos? Nina notou como Samson cheirou e sentiu o calor subir para suas bochechas. Se Luther tinha sido capaz de sentir o cheiro de Amaury nela, mesmo antes que tivessem sexo, ela só podia imaginar o que Samson poderia cheirar agora. Os folículos de cabelo queimaram de vergonha sob seu escrutínio. Ela procurou o buraco que, certamente, se abriria em frente para ela ser engolida. -Pode me explicar por que você trouxe uma de suas mulheres para a minha casa? - A voz de Samson era forte e inflexível. Uma de suas mulheres? Ela odiava o som disso. Claro, tudo o que tinham não ia ser nada permanente, mas, para ser classificada como uma de suas mulheres fazia soar como uma vagabunda. E ela não era uma vagabunda. Bem, não realmente de qualquer maneira. Sua moral não estava nem um pouco melhor do que a de Amaury, isso era certo. Não que parecesse ser um padrão tão alto para atingir. -Ela não é uma das minhas mulheres. Ela poderia tê-lo abraçado por defendê-las. Ninguém jamais a defendeu. Talvez ele fosse realmente um bom rapaz. -Ela é a irmã de Edmund Martens, veio para matar vampiros para vingar seu irmão. Ou talvez não. Amaury decidiu jogá-la para os lobos, depois que dormiu com ela. Perfeito. Ele tinha conseguido o que queria, e agora ele voltou atrás em sua promessa. Por que acreditou nele em primeiro lugar? Ela estava completamente delirante? -Bem, isso explica as coisas. Yvette mencionou que você estava com uma humana, - Samson respondeu, sua voz estava muito mais relaxada agora.
-Fofoqueira. - Amaury soltou um grunhido. Samson levantou a mão. -Ela está apenas fazendo seu trabalho. - Ele olhou para Nina e apontou para o sofá. -Vamos sentar? -Samson, querido, você viu o livro sobre gravidez que eu trouxe para baixo mais cedo? Eu não consigo encontrá-lo. - Uma mulher pequena entrou na sala e parou em seu caminho. -Oh, eu sinto muito. Eu não sabia que tinha companhia. Oi, Amaury. -Boa noite, Delilah. Desculpe me intrometer. Delilah deixou o olhar cair sobre Nina. Nina devolveu. Ela era uma vampira também? Ela parecia decididamente normal. -Você não vai me apresentar a sua amiga? - Ela estendeu a mão. Eu sou Delilah. Nina apertou sua mão. -Esta é Nina Martens, - disse Samson. -Martens? - Delilah lhe deu um olhar de surpresa, e Nina assentiu. -Edmund Martens era meu irmão. -Oh, querida. Eu sinto muito. - Um segundo depois, ela encontrou-se abraçada pela mulher bonita. Não sabendo como responder, ela olhou por cima do ombro de Delilah e viu Samson e Amaury com expressões atordoadas, até que os lábios de Samson finalmente se curvaram em um sorriso. -Doçura, desconfortável.
você
está
fazendo
a
nossa
hóspede
se
sentir
Delilah a soltou e respondeu ao marido com um sorriso reprimido. -Eu ando tão emocional nos dias de hoje. - Então ela olhou para Nina. -São apenas os hormônios. Sente-se, eu vou pedir a Carl para trazer-nos algumas bebidas. Antes que ela pudesse voltar atrás, um homem atarracado vestido em um terno escuro apareceu atrás dela. -Senhora Delilah, será que eu posso trazer algumas bebidas
geladas? -Isso seria ótimo, Carl. Minutos depois, eles estavam todos sentados, com bebidas na frente deles. Nina olhou para Delilah quando ela se sentou perto de Samson, com a mão estendida sobre sua coxa, acariciando a mão dele. -Delilah, parece que Nina sabe que somos vampiros, - disse Samson. -Oh! -E parece empenhada em vingar seu irmão, matando alguns de nós. - Samson olhou diretamente para Nina, dando-lhe a sensação de que ela era a aluna má, sendo levada na frente do diretor de um reformatório. No entanto, não parecia haver nenhuma ameaça em sua voz. Ele até parecia que estava zombando dela. Será que ele não percebia que ela poderia lutar com um vampiro? Ela já havia matado um deles. -Eu acho que eu consegui convencê-la de que não somos os caras maus, - Amaury interrompeu. -Mas não é por isso que eu a trouxe aqui esta noite. Nós temos um problema maior em nossas mãos do que esta pequena matadora ou que quer ser. -Ei! Eu sou uma matadora, não quero ser! - Não havia ninguém para levá-la a sério? Amaury riu com seu protesto. -Você prometeu que me deixaria cuidar disso. E eu vou. Então, não vai matar mais ninguém. - Ele pegou a sua mão e apertou-a, antes de olhar para Samson e Delilah. -Luther está na cidade. -Luther? - Samson saltou de sua cadeira e começou a andar. -Sim. Nina o encontrou. Ou melhor, ele se aproximou dela esta noite, quando estava investigando a morte de seu irmão. Ele estava no Mezanino. -Não é onde Zane e Quinn seguiam o seu suspeito? – Samson perguntou. -Sim, e é também onde o informante de Nina, disse-lhe que encontraria o homem que tinha as mãos envolvidas na morte de Eddie. -Você acha que Luther tem sua mão nisto? - Ele se deixou cair no
sofá. Amaury concordou. -Não há motivo para ele voltar a São Francisco, que não seja para se vingar. Eu pensei que o tinha visto pela última vez. -Eu não acho. Luther viu você? -Trocamos algumas palavras. Mas o pior é que ele sabe que Nina está comigo. Com ele? Não lhe parece apenas um pouco possessivo? Só porque ela tinha dormido com ele não significa que ela estava com ele. Era melhor explicar isso a ele. Amaury continuou, -Ele está tramando algo. Eu posso sentir isso. -Você leu suas emoções? - Delilah perguntou. Que pergunta estranha. Como ele leria as emoções de alguém? Nina deu a Amaury um olhar de soslaio. -Não. Por alguma razão, eu não consegui. Talvez ele as tenha escondido de mim para que não descubra o que está fazendo. -Eu pensei que ninguém poderia vetar suas emoções de você. – O olhar atordoado de Samson caiu sobre ele. Amaury encolheu os ombros. -Não tenho certeza sobre isso, recentemente. O que diabos eles estavam falando? A curiosidade levou a melhor sobre Nina. -O que você quer dizer por ler as emoções? Samson levantou as sobrancelhas. -Eu acho que Amaury não disse a você sobre seu dom, ainda. Ela pegou Amaury dando a Samson um olhar como para cortá-lo, mas seu amigo continuou implacável. -Amaury tem um dom psíquico e pode sentir as emoções das pessoas ao seu redor. É um pouco mais do que útil, muitas vezes. Um dom psíquico? Será que isso significa que ele sabia o que ela estava sentindo o tempo todo? Ah, não, isso soou terrível. Ela se sentiu
exposta, nua e vulnerável, de repente. Se tivesse sabido que ele podia ler suas emoções, nunca teria dormido com ele. Ele tinha uma vantagem injusta. Não admira que ele estivesse tocando-a como um instrumento de cordas. O que mais ele sabe? Ele poderia dizer o que ela realmente sentia em seu coração? Ela sentiu a mão dele apertar levemente. -Não se preocupe. Vou explicar mais tarde. Ela puxou a mão de seu aperto. O que havia para explicar? Ele podia ver através dela como através de uma parede de vidro. Agora, ele sabia tudo sobre ela, seus medos, suas esperanças, e o pior de tudo, o que ela sentia por ele, a sensação que não tinha sequer admitido para si mesma. Não, isso não era bom. Isso não era bom mesmo. -Vou entrar em contato com Gabriel e avisá-lo para ficar de olho em Luther. Zane não o viu no clube quando seguiu Paul Holland? - A voz de Samson estava mais calma agora, do que quando ele ouviu pela primeira vez sobre Luther. -Zane nunca encontrou Luther antes. Vou me certificar de que Gabriel distribua sua imagem. Nós também devemos tentar descobrir se Paul é o cara que o informante de Nina identificou. -Concordo, - disse Samson. -Eu tenho uma ideia, - Nina interveio. -Não. - O comando de Amaury veio sem hesitação.
um segundo de
-Você nem mesmo sabe qual é minha ideia. -A resposta ainda é não. Você se colocou em perigo o suficiente para uma noite. Isso é tudo que eu posso lidar por agora. Isso era tudo o que ele poderia lidar? Nina pegou o sorriso de Samson. -Talvez devêssemos ouvir a sugestão de Nina. Afinal, é por causa dela que fomos alertados sobre Luther. O grunhido irritado de Amaury a encheu de satisfação. Por fim, alguém se levantava para ela. Ela gostava de Samson. Ele parecia ser um cara bastante sangue-frio, para um vampiro, é claro. E sua mulher era doce e tão pequena, sentada ao lado dele. Considerando o bruto ao
lado dela... bem, ela lidaria com ele mais tarde. Mas, com certeza, ele não iria fugir deixando tais detalhes importantes como seu dom psíquico de fora da conversa. -Eu estava pensando, se confirmarmos que ele me reconhece, então nós sabemos que ele é o cara certo. -Não é uma boa ideia. Seria melhor encontrar Benny e fazê-lo identificar o cara. - A voz de Amaury soava rouca. -Benny saiu da cidade. Não há como dizer em que buraco ele está se escondendo agora. -Benny? - Samson levantou uma sobrancelha. -Meu informante. -Vamos colocar um de nossos caras atrás dele e ver se podemos localizá-lo. - Amaury olhou para Samson, obviamente, tentando obter a sua aprovação. -É uma perda de tempo. - Nina sabia que seria inútil. -Isso pode levar dias para encontrá-lo. Você realmente quer esperar tanto tempo? Ela se dirigiu a Samson, ignorando completamente Amaury. Agora ela estava muito irritada para lidar com ele, o que não deve ser uma surpresa para ele, pois ele estava lendo suas emoções. Porra, ela odiava isso! -Ela está certa. Eu vou falar com Gabriel e que ele vai definir alguma coisa. - Samson olhou para Amaury com um olhar determinado. -Tudo bem, mas sob uma condição. Nina não vai sair do meu lado. - Como se para afirmar a sua declaração, ele pegou a mão dela novamente. -Tudo bem, - Samson concordou. Aquilo era um sorriso no rosto de Samson? Parecia que sim. Quando ela olhou para Delilah, ela viu isso também, e reprimiu um sorriso. Tinha que ser uma piada interna, porque Nina não conseguia descobrir o que os dois estavam achando tão engraçado.
Capitulo 20 -Inaceitável. Ela vai estar muito longe para mim, se precisar resgatá-la, se algo der errado. - Amaury deixou sua frustração cair sobre Gabriel e olhou para cima e para baixo da rua do centro. Apesar da hora tardia, ainda havia o carro estranho. -Eu posso cuidar de mim mesma, - Nina protestou. -Sim, eu vi nas duas últimas noites. - Ele não estava disposto a vê-la colocando-se em perigo novamente. -Você não tem escolha. Se eu deixar você ir com ela, não será capaz de dizer se Paul reconhece você ou ela. - A voz de Gabriel teve tom de um professor para ele. Amaury não precisava dessa porcaria agora. Ele queria que Nina nem chegasse perto do suspeito. Seu grunhido frustrado só arranjou um aceno de cabeça de Nina. Será que ela não percebe que ele só estava tentando protegê-la? -Ok, em posições então. Quinn está escondido na porta do outro lado. Nina, você sabe o que fazer - Gabriel instruiu. Ela concordou com a cabeça e se virou para ir embora. -Espere. - Amaury não podia deixá-la ir. -Você pode mudar de ideia. Você não precisa fazer isso. Ela virou-se, deu-lhe um olhar severo, que sacudiu com ele. Um segundo depois, ela atravessou a rua. Amaury sentiu o calor atravessar as suas veias. Antes que ele pudesse ir atrás dela para bater em seu rabo insolente, a mão de Gabriel apertou seu braço. -Você pode ensinar seus modos mais tarde. Precisamos dela para fazer isso agora. Gabriel ainda teve a audácia de rir. Amaury lançou-lhe um olhar indignado, mas não impediu o chefe de Nova York de fazer outra observação desrespeitosa. -Devia ter apagado sua memória quando teve a chance, mas não,
você não escutou. Agora ela tem a vantagem. Serviu-lhe bem. Serviu-lhe bem? Onde ele ouviu isso antes? Sim, certo, Thomas tinha feito o mesmo comentário. Amaury enrolou sua mão em um punho e apontou-a para Gabriel. -Outra palavra, e eu vou te ensinar boas maneiras. -O que há com você e as mulheres humanas, afinal? -Nada que seja de sua conta. - Gabriel estava ficando um pouco incomodado agora. -Escute, deixe-me dar-lhe alguns conselhos. -Eu não quero o seu conselho. -Bem, você vai escutar de qualquer maneira. Uma mulher como ela pode ficar sob a pele de um homem. Eu já vi isso antes. Já agora ela o tem todo trabalhado, e quanto tempo você a conhece? Uma semana, um mês? -Três dias, e não que isso seja da sua merda de conta. A surpresa de Gabriel era evidente. -Três dias? Oh, garoto, você está mal. Será que ele não sabe disso? Ele não precisava de nenhum colega para lhe dizer isso. E isso o irritou totalmente. A moça atrevida, um pouco insolente, estava empurrando todos os seus botões, como se ele tivesse um me fode escrito sobre sua testa. Como ela trouxe este lado possessivo nele, um lado que ele achava que não tinha, estava além dele. Por que não podia fodê-la e deixá-la, como fez com todas as outras mulheres? Agora todos zombavam dele. O sorriso de Samson não tinha escapado à sua atenção. O que era? Alegria? Como todo mundo estava feliz com o que estava vindo para ele. Todos poderiam dizer que ele estava se transformando em um gatinho idiota, chicoteado? Ele não podia continuar assim. Hoje à noite, transaria com ela mais uma vez, e então a deixaria livre, limparia a memória dela e seria feito por ele. Ele não podia permitir que ela ferrasse com sua cabeça assim. E, além disso, algo em sua atitude mudou, e ele não conseguia
descobrir o que era. Um som do outro lado da rua fez a sua cabeça chicotear. Alguém estava se aproximando dela. -É só um mendigo - disse Gabriel ao lado dele. Um momento depois, o transporte para o aeroporto se aproximou e parou na frente deles, obstruindo sua visão. O barulho de emoções, de repente bateu em Amaury e ele apertou a mão contra as suas têmporas. Quase toda noite ele não sentiu dor ou desconforto vindo do seu dom, na verdade, ele mal sentiu as emoções de alguém. Ele atribuiu isso a seu interlúdio extremamente gratificante com Nina na sala dos funcionários do clube. Parecia que o sexo com ela manteve as emoções na baia por mais tempo do que qualquer dos seus encontros sexuais anteriores já teve. Ele tentou olhar o através da van de transporte para o outro lado da rua. -Você pode ver o que está acontecendo? Gabriel resmungou. -Não. Não se preocupe, ela pode lidar com um sem-teto. A van ficou parada por muito tempo, enquanto o motorista ajudava uma pessoa com deficiência a entrar. Quem diabos ia para o aeroporto às quatro da manhã? Amaury estava prestes a perder a paciência. Ignorando o olhar indignado de seu colega, ele deu a volta na van e treinou seus olhos na cena do lado oposto. O morador de rua se foi. E Nina estava longe de ser vista. -Ah, merda! Sem esperar por Gabriel, ele correu pela rua, esquivando-se de um carro e um motorista furioso. Seus olhos, bem preparados para o escuro, correram ao longo da rua, verificando cada porta, cada entrada. Com um som fraco, seus ouvidos se animaram. Seus reflexos estavam em alerta e ele virou. Mais dois passos e ele estava em um beco estreito, que conduzia à entrada comercial de um edifício. Ele pode ver duas figuras lutando. Apesar do escuro, o cabelo dourado de Nina era difícil de perder. Amaury saltou para eles e puxou o homem de cima dela. -Seu filho da puta! Tire suas patas sujas dela!
O simples pensamento de que o mendigo a estava tocando virou seu estômago. Ele bateu os punhos para o homem e atirou-o ao chão. Atrás dele Amaury ouviu passos. Gabriel e Quinn. Eles poderiam cuidar do bastardo agora. Amaury voltou toda a sua atenção para Nina. Ela ainda estava no chão, mas gemendo. Porra, ele devia matar o desgraçado por machucála. -Nina, chérie, não se mova. Eu estou aqui. Ele agachou-se ao lado dela e passou as mãos sobre ela, procurando por lesões. -O que você está fazendo? - Sua voz soava menos do que satisfeita. -Fique quieta, eu só estou tentando ver se você está ferida. Ela puxou-se para sentar e saiu, livrando-se de suas mãos. -Eu estou bem. Algo estava errado. Ele não conseguiu encontrar quaisquer lesões físicas, mas tinha que ter uma razão para que ela estar tão irritada com ele. Na verdade, ela estava chateada com ele desde que eles haviam deixado casa de Samson. Antes que pudesse perguntar a ela, ele ouviu Gabriel atrás dele. -Bem, olá, Paul Holland. Amaury girou sua cabeça em torno. Agora que ele olhou para o mendigo de perto, percebeu que era Paul Holland, seu suspeito, disfarçado. Como ele sabia que Nina estava esperando por ele aqui? Tudo o que Gabriel fez foi enviar Paul em uma missão, em que ele passaria pelo lugar onde Nina estava esperando. Então, como ele sabia que teria que se disfarçar? -Eu acho que isso prova que ele é o nosso homem. Leve-o de volta e interrogue-o. - Ele gostaria de botar as suas garras em cima do homem, mas ele precisava cuidar de Nina agora. -Pensando bem, Zane poderia fazê-lo. Eu acho que eu dei tudo de bom por hoje. Gabriel levantou a sobrancelha, mas não se opôs abertamente. -Você não quer fazê-lo você mesmo? -Eu vou levar Nina para casa.
-Eu posso ir para casa sozinha. - O protesto de Nina não teria nenhuma influência sobre suas ações esta noite. -Não, você não pode, por que está indo para casa comigo. Gabriel e Quinn seguravam o suspeito. -Nós vamos deixar vocês com isso. Amaury mal acenou para eles e viu quando Nina levantou-se, com as pernas um pouco instáveis. Instintivamente, ele estendeu a mão para firmá-la. Ela empurrou a mão dele. -O que diabos está errado com você? - Amaury retrucou. -Por que você não acabou de ler minhas emoções? - Ela deu-lhe um olhar desafiador. Então, esse era o problema, ela pensava que ele podia sentir seus sentimentos. O que ela não queria que ele soubesse? -Nina, eu não posso sentir suas emoções. -Mentiroso. Samson disse que é o seu dom. Você estava lá, e você não o contradisse. Ele pegou-a pelos ombros e a virou totalmente para ele, mesmo que ela continuasse lutando contra o seu controle. -Eu não posso sentir as suas emoções. Não as suas. De todo mundo, sim. Mas não as suas. E eu não sei por quê. -Você não pode? - Sua voz era mais suave agora, como se estivesse tentando descobrir se ele estava mentindo. -Eu não tenho ideia do que você sente, e isso me deixa louco. Ainda mais agora que ele suspeitava que havia algo que ela não queria compartilhar com ele. Que diabos era isso? -Ah. - Foi tudo o que ela disse, antes que baixasse o olhar de seu rosto. -Venha, vamos para casa. Você deve estar cansada. Amaury se sentiu drenado. Se preocupar com ela tinha arrebatado toda a sua energia. Ou talvez fosse porque ele não tinha se alimentado desde a noite que Thomas o tinha desamarrado de sua cama. Há quanto tempo foi isso? Isso foi ontem à noite ou na noite anterior? Ele não conseguia se lembrar. Parecia ter acontecido tanta
coisa desde então. Havia ainda algumas horas para a noite acabar, mas tudo o que importava agora era engatinhar para a cama com Nina bem travada em seus braços. Nada menos que isso. No táxi, a caminho de casa, ele colocou o braço em torno do seu ombro, e, finalmente, a mulher teimosa inclinou-se contra ele. -Você está machucada? -Só um pouco. -Você tem certeza? - Ele levantou o seu queixo para fazê-la olhar para ele. -Você vai ter que me deixar saber quando algo a incomoda, por que eu nunca aprendi a descobrir o que uma pessoa está sentindo só de olhar para seu rosto. Eu sempre contei com o meu dom para isso. -Eu acho que isso o faz como qualquer outro homem, então. -Isso não é um consolo. -Você vai acostumam.
se
acostumar
com
isso.
Todos
os
homens
se
-Eu não sou todos os homens. - Para provar isso, ele tomou seus lábios e a beijou. Quando a soltou, ela estava sem fôlego. -Ainda acha que eu sou como todos os outros homens? -Não tenho demonstração?
certeza.
Você
poderia
tentar
me
dar
outra
O brilho perverso em seus olhos estava de volta. Isso era algo que ele poderia trabalhar. Perversão, ele sabia como lidar. Amaury afundou a mão em seus cabelos e segurou a cabeça dela para segurá-la para ele. Sua boca encaixava perfeitamente na dela. Ele tinha sentido falta de seu aroma doce e sua língua faminta. No momento Nina recebeu em seu calor úmido para dançar com ele, ele perdeu a noção do tempo e do lugar. Ele raspou os dentes contra os lábios apenas o suficiente para provocar um estremecimento, antes de usar a língua para alisar o ponto sensível e acalmá-la. -Você está bem agora, voltando para casa comigo? - Ele falou contra seus lábios, não quebrando o contato completamente. -Por quê? -Porque eu não posso suportar saber que você está lá fora, por
sua conta. Quando você está comigo, pelo menos eu sei que está segura. - Ele inalou a respiração e beliscou seus lábios. -Isso é realmente o por quê? Amaury suspirou. -Eu quero você em meus braços. É assim tão terrível? -Por que você não disse isso em primeiro lugar? - Sua língua traçou o contorno da boca dele. -Porque você me deixa tão louco às vezes, que não sei mais o que estou fazendo. - Ele nunca tinha sido tão honesto com qualquer mulher. Mas ele não podia mentir para ela. Nina o estava deixando louco, constantemente, fazendo sua cabeça girar, e ao mesmo tempo ela acalmava sua mente, bloqueava as emoções das outras pessoas para ele, como se ela colocasse um escudo em torno dele. Ela aprofundou seu beijo, e Amaury a puxou para o seu colo, inclinando a cabeça para que ele pudesse ficar mais perto, mais proximidade, calor, mais Nina. Apenas quanto seria o suficiente?
Capitulo 21 Nina olhou para Amaury quando ele a levou para seu apartamento e trancou a porta atrás deles. Ela estava de volta na cova do leão e ficava mais confortável a cada minuto que se passava. Apenas quatro noites atrás, ela tinha tentado, sem sucesso, matá-lo. Agora, esse pensamento estava afastado de sua mente nublada e apaixonada. No táxi, seus beijos haviam praticamente a tirado fora de suas meias. Amaury tinha-a pressionado contra ele, ela mal conseguia respirar, muito menos pensar. Ele tinha provado mais e mais, que queria protegê-la, mesmo depois que ela, intencionalmente o provocou, quando ela tinha lhe mostrado um dedo. Ela estava tão chateada pensando que ele tinha conhecido os seus sentimentos sobre tudo, que tinha procurado briga. Não queria que ele soubesse o que ela sentia, quando ela não tinha certeza sobre seus próprios sentimentos. -Você está com fome? - Sua pergunta foi inesperada. -Na verdade, eu não jantei. Mas isso não importa. - Ela poderia aguentar até amanhã, embora seu estômago logo começasse a resmungar. -Eu tenho algumas sobras na cozinha. Ela torceu o nariz. -Eu não gosto de sangue. -Nesse caso, que tal Coq au Vin com batatas gratinadas? Você não é vegetariana, não é? Ele pegou sua mão e caminhou em direção à cozinha. Nina não tinha outra escolha senão segui-lo em seus calcanhares. -Por que você tem comida humana em casa? - Ela se lembrou do que ele lhe disse sobre a comida no início da noite, mas ela francamente pensava que ele a estava gozando. -Eu gosto de cozinhar. - Como se fosse a explicação mais normal para dar. Um vampiro que gostava de cozinhar.
-Mas você não come. Amaury fez sinal para ela se sentar na ilha de cozinha e abriu a geladeira. -Isso não significa que eu não goste do cheiro da comida. Enquanto ele tirava vários recipientes e seu conteúdo, ela o olhava e percebia o quão confortável ele parecia na cozinha. -Quem come a comida que você faz? Amaury colocou o prato no micro-ondas e ligou-o. -Meus vizinhos ou alguns dos sem-teto do bairro. Ela olhou para ele. Ele tinha uma veia de caridade? -Ah. – Agora, enquanto ela pensava sobre isso, já passara um tempo desde que ela o tinha visto em sua forma de vampiro. Talvez sua memória estivesse falhando, e ele não era um vampiro depois de tudo. -Tem certeza de que é um vampiro? Ele colocou o prato quente à sua frente e lhe entregou alguns talheres. Um sorriso se espalhou pelo seu rosto. -Você gostaria que eu lhe mostrasse os meus dentes? -Talvez mais tarde. -Covarde. - Seu insulto foi dito em voz muito suave, para suavizar o peso de sua ofensa e acompanhado por seu sorriso que quase se transformou em uma carícia. O calor espalhou-se em torno de seu coração. Ele tomou a banqueta ao lado dela, enquanto ela comia. -Então, sobre o seu dom. - Ela precisava saber mais sobre sua habilidade estranha. Ela queria perguntar a ele sobre isso no táxi, mas quando começou a beijá-la, ela não teve jeito de pará-lo. -O que tem? Eu já disse a você, eu não consigo ler suas emoções. Você acredita em mim, não é? Ela concordou com a cabeça. Por alguma razão, sabia que ele não estava mentindo. -Mas você também pode bloquear as outras pessoas, como você me bloqueia? Quero dizer, você ouve todo mundo o tempo todo?
Ela pegou um olhar triste em seus olhos. -Não é algo que eu possa bloquear. Sempre que estou fisicamente perto das pessoas, consigo sentir suas emoções. E eu não estou tentando bloquear agora. Deus sabe os sentimentos da pessoa que eu queria realmente sentir, eram os seus. Mas por algum motivo eu não posso. O coração de Nina pulou uma batida. Ele queria saber o que ela sentia? O que ele faria com eles? O pensamento era, tanto assustador como emocionante. -Qual a sensação quando você sente as outras pessoas? - Ela não podia sequer imaginar como a cabeça dela se sentiria se recebesse constantemente estímulos sensoriais dos outras pessoas. Era como se alguém estivesse constantemente batendo em uma porta para poder entrar. Amaury encolheu os ombros. -Como está a comida? Ela nunca tinha provado nada melhor. -Está excelente. Você é um grande cozinheiro e está mudando de assunto. -Não há mais nada a falar. Existiria muito para falar, se isso estivesse acontecendo em sua cabeça, todos os dias. Seu olhar se chocou com o dele. -Você ouve os pensamentos das pessoas? Amaury sacudiu a cabeça. -Não, não é assim. Eu não posso ler mentes. Eu apenas sinto, sinto as pessoas e suas emoções. São impressões, não palavras que vêm para mim. Meu cérebro traduz as emoções em palavras, mas não são suas palavras. Eu coloco os seus sentimentos em minhas próprias palavras. Eu realmente não posso explicar. É muito intenso. Nina respirou fundo, de repente, lembrando-se da noite em que ela o tinha seguido, quando ele segurou suas têmporas como se tivesse uma enxaqueca. -Deve ser muito doloroso. Como você consegue manter a cabeça sem explodir?
A surpresa brilhou em seus olhos. -Como você sabe? -Você não pode se sentir bem, tendo constantemente a sua mente invadida por todos os tipos de sentimentos. Como você lida com isso? Ele passou os dedos sobre a sua bochecha. -Você sabe que é a primeira pessoa que me pergunta sobre isso? -Mas seus amigos, eles sabem sobre isso, certo? Ele balançou a cabeça. -Eles não sabem sobre a dor. Eu nunca falei com eles sobre isso. -Por que não? -Eu não quero piedade. -Diga-me. Eu quero saber. - Ela pegou sua mão e segurou-a contra seu rosto. Seus dedos quentes instantaneamente acariciaram sua pele. Muito suave para um vampiro, muito suave, mesmo para um homem duro como ele. Não, não um homem duro, apenas a casca dura. Por dentro, ela suspeitava que ele fosse totalmente diferente. Mais suave no interior, mas a casca era mais dura para fornecer proteção. Isso era verdade no caso de Amaury? -Você não quer saber. -Por favor. - Ela virou a cabeça e beijou-lhe a palma da mão. Amaury fechou os olhos por um longo momento. -É como se alguém me espetasse agulhas na cabeça. Continuamente. Grandes, do tipo que você usaria em um elefante. - Ele abriu os olhos. -É um ruído constante na minha cabeça. Batendo incessantemente. Era pior do que tinha imaginado. -Como você consegue obter qualquer alívio com isso? Seus olhos quando se encontraram com os dela pareciam cautelosos, como se ele tivesse revelado demais. Mas ela queria saber tudo. Ela queria entendê-lo. -Deve haver alguma maneira de obter um descanso disso. - Como pode uma pessoa com esse dom conseguir viver com isso o tempo todo?
-Existe. É o sexo. -Sexo? Você está brincando comigo. Ele balançou a cabeça, mas não disse nada. Em seguida, ele abaixou a cabeça. -Quantas vezes? -Diariamente. Todos os dias? Ele fazia sexo todos os dias? Nina olhou para ele, com a boca escancarada, incapaz de dizer qualquer coisa. Ela tinha tido relações sexuais com um homem que estava dormindo com outras mulheres em uma base diária, centenas, milhares talvez. -Você queria saber. - Ele deu-lhe um olhar de desculpas. -Não é por escolha. E isso não significa nada. Não significava nada para ele? Nina sentiu uma pontada desconfortável em seu lado esquerdo. Ele dormiu com ela para aliviar sua dor? Era isso? Ele a tinha usado. E ela tinha sido tão estúpida por sentir alguma coisa. Ele não era melhor do que qualquer outro homem, ele seria pior, porque a tinha levado a acreditar que ele estava do seu lado, que queria ajudá-la. O que ela era para ele? Um analgésico? -Você pode falar isso depois que você fez sexo comigo? Isso não significou nada para você? Isso é apenas o que uma garota quer ouvir. Muito obrigada! - Com um baque forte ela bateu o garfo em cima do balcão e afastou seu prato quase vazio. Ela tinha que sair de sua presença, antes que ela quebrasse na sua frente, antes que derramasse suas lágrimas de decepção. Ela desceu do banco, mas antes que ela pudesse sair da cozinha, ele agarrou seu braço e a virou para encará-lo. -Não significou nada com qualquer uma dessas mulheres. Isso significa alguma coisa com você. -Guarde suas mentiras para alguém um pouco mais ingênuo do que eu. - Ela puxou seu braço livre e caminhou para a sala quando, de repente, ouviu um barulho. Ela virou-se e viu as cortinas de aço descendo sobre as grandes janelas do chão ao teto. -Confinamento, - ele explicou atrás dela. –O nascer do dia será em trinta segundos. Eu programei-as para fechar antes do amanhecer. Elas
vão levantar novamente depois do pôr do sol. -Bem, eu não me importo, por que eu não vou ficar. Você pode jogar seus joguinhos com outra pessoa. - A melhor maneira de protegerse da dor que ela sentia, era o ataque. Ela não podia deixá-lo ver como estava ferida. Ela foi para a porta e ficou surpresa por ele não impedi-la. Bem, isso só provou que sua intimidade não significava nada para ele. Ela puxou a porta, mas ela não abriu. Suas mãos foram para seus quadris quando girou para encará-lo. -Abra a maldita porta. -Eu não posso.
Amaury sorriu, enquanto observava Nina tenta abrir a porta. Ela estava programada para trancar ao mesmo tempo em que as persianas fechavam. Uma medida de segurança que ele tinha posto em prática, de modo que ninguém pudesse invadir o local enquanto ele dormia. Claro, ele podia mudar o sistema em caso de emergência. Mas ele não tinha a intenção de fazê-lo, esta não era uma emergência, pelo menos não para ele. Nina ficaria aqui, querendo ou não. Ele nunca deveria ter revelado a ela o que o seu dom lhe fazia e como ele era capaz de aliviar a dor. Agora ele tinha um motim em suas mãos. A gata selvagem não gostou nem um pouco do fato de que ela era uma das muitas mulheres que ele tinha dormido para aliviar sua dor. Ele teria de alguma forma, convencê-la da verdade, que ela era diferente, que estar com ela o afetou. Ele desejava a sua companhia, não por causa do sexo, mas por que ele a queria. Já era hora de admitir para si mesmo. -Ela não vai abrir, não vale a pena você tentar. Nina, por favor, nós precisamos conversar. -Não tenho nada para lhe dizer. Abra a porta! -Não, eu não vou. Seu lugar é aqui comigo. -Para quê? Para quando ficar sem aspirina? - Ela latiu. Amaury sacudiu a cabeça.
-Quando eu estou com você, eu não tenho dor, quer tenhamos sexo ou não. Eu não sei por quê. Eu só sei que quero estar com você. Ele estendeu a mão, mas ela cruzou as dela sobre seu peito. -Mas eu não quero estar com você. Eu não estou interessada em estar com alguém que não pode manter suas mãos longe de outras mulheres. E eu não preciso de alguém me usando. Eu já tive isso. Ele cruzou a distância entre eles e roçou os dedos na sua bochecha. -Eu não estou usando você, chérie. Eu estou com você por que quero. Se esse não fosse o caso, eu já teria limpado a sua memória há muito tempo atrás e você nem sequer saberia quem eu sou. Amaury não tinha certeza se ele estava dizendo a verdade sobre a parte da memória, uma vez que ela não tinha sido receptiva ao seu controle da mente, ele suspeitava que a tentativa de limpar sua memória não teria funcionado. Não que isso importasse, por que não tinha a intenção de limpar a memória dela, nunca. -Fala o homem que dormiu com milhões de mulheres. Milhões? Não é bem assim. Milhares era mais parecido com ele. Mas se Nina estivesse disposta, ele alegremente ficaria só com uma. Uma? Ele estava realmente disposto a ter apenas ela? Nenhuma outra, pela variedade? A simples ideia de que ele estava pensando sobre isso, deveria tê-lo mandado correndo para se esconder, como se o sol estivesse prestes a subir. Mas ele não estava inclinado a fazer algo semelhante. -Você está exagerando um pouco. -Eu? Quantos anos você tem? Ele percebeu onde ela queria chegar. Ela estava tentando estimar quantas mulheres ele teve. -Velho o suficiente para não saber responder a essa pergunta. -Ah, eu sabia. Você está constantemente escondendo coisas. Você não pode ser confiável. Amaury teve que reprimir o desejo de tomá-la em seus braços e beijá-la, para convencê-la do contrário. Não seria a maneira correta de
fazer isso. Ele precisava que ela acreditasse nele, não por que ele a estava beijando sem sentido, mas por que ele poderia argumentar com ela. Novamente ele acariciou sua bochecha com o polegar. -Eu sei que não é fácil confiar em alguém que você acabou de conhecer, mas você e eu já passamos por muita coisa juntos. Nós lutamos juntos. Minha vida estava em suas mãos e a sua nas minhas. Você não acha que poderia pelo menos tentar me dar uma chance? Sim, o meu passado não é exatamente exemplar, mas eu não toquei ou mesmo tive um pensamento em outra mulher, desde que conheci você. E isso nunca aconteceu comigo. Os olhos de Nina encontraram os seus. -Nunca? -Não. Tudo o que posso pensar é estar com você. Finalmente, ele a viu amolecer. Ela deixou cair os braços para os lados. Ele chegou mais perto. -Eu gostaria de beijar você, - ele disse, -mas eu não quero fazer nada que você não queira que eu faça. - Amaury procurou seus olhos para aprovação. -Amaury, eu estou tão confusa. Eu não sei se posso confiar em alguém. Eu não entendo o que está acontecendo comigo quando eu estou com você. - Seus olhos ficaram úmidos. -Você me deixa louca num minuto e… - Ela engoliu em seco. –... no outro, fraca. -Fraca? - Ele balançou a cabeça. -Você não é fraca. Você é a mulher mais forte que eu já conheci. E ainda... Nina levantou os cílios e olhou para ele com expectativa. Ele suspirou. -Eu não posso me ajudar, mas eu quero protegê-la, mesmo quando eu sei que você pode cuidar de si mesma. Louco, não é? Um leve sorriso cruzou seus lábios. -Talvez nós dois sejamos um pouco loucos ou apenas estamos um pouco cansados. Amaury apanhou sua sugestão.
-Venha, você precisa dormir. Nós dois precisamos. E eu quero segurar você em meus braços. Eu prometo a você, estará segura comigo. Dez minutos depois, ele tinha cumprido seu desejo: Nina estava em sua cama, bem ao seu lado. Ele suspirou satisfeito. Não houve sexo selvagem, não houve beijo apaixonado, não se tocaram freneticamente neste momento. Tê-la em seus braços era o suficiente, esta noite. O suficiente para ele, o vampiro menos propenso a abraçar? Ele balançou a cabeça em descrença. Claramente, alguma coisa estranha estava acontecendo com ele, por estar satisfeito em apenas tê-la em seus braços. A única vez que ele já teve uma mulher em seus braços era quando ele estava transando com ela. Isso era diferente. E ele não podia ter o suficiente dessa intimidade recém-descoberta. -Chérie, por que você me faz sentir dessa maneira? - Ele sussurrou, mas ela não ouviu. Ela já estava dormindo.
Capitulo 22 As luzes estavam acesas na nua sala de interrogatório, no subterrâneo da Scanguards. Gabriel ficou para trás, Quinn ao seu lado, quando Zane assumiu o interrogatório do suspeito. Ele raramente permitia que Zane desencadeasse sua brutalidade, mas desta vez, até mesmo ele sentia que era necessário. Paul Holland, o homem que tinha atacado Nina e que estava de alguma forma, envolvido nos assassinatos dos guarda-costas, não estava falando. Samson tinha ordenado que ninguém devia interferir quando se tratava da relação de Amaury com a mulher humana. Quando ele lançou sua diretiva, Gabriel ouviu o sorriso na voz de Samson, como se ele estivesse extraordinariamente satisfeito consigo mesmo. Ele não tinha questionado seu chefe, mas com certeza queria saber o que tinha ocasionado esta reviravolta, especialmente depois de todos terem sido avisados, dias antes, para minimizar o contato com os seres humanos. Ele balançou a cabeça em silêncio e voltou sua atenção para Zane e o suspeito. O vampiro careca era conhecido por sua total falta de compaixão, assim como por suas técnicas de tortura convincentes, que beiravam ao medieval. A sala de interrogatório da Scanguards não estava equipada para a tortura. Pelo contrário, era uma sala de treinamento para guarda-costas. Mas Zane não precisava de muitas ferramentas. Enquanto Zane teria provavelmente esticado o homem em um cavalete, haveria certamente, formas mais sutis para desenterrar informações. Dizia-se que Zane estudara excessivamente as técnicas de interrogatório usadas pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial e adotou alguns dos seus métodos. Portanto, quando ele puxou um simples par de alicates de seu longo casaco, Gabriel não demonstrou surpresa e só estremeceu interiormente. Ele detestava violência, mas sabia que, neste caso, era necessário. Os olhos de Paul piscaram brevemente quando ele avistou o instrumento, mas um segundo depois ele estava sob controle. Para um humano, ele pareceu extraordinariamente destemido. Gabriel ainda tinha que descobrir o que lhe dava essa força mental.
-Eu mencionei que realmente não me importo se você sobreviver a isso, ou não? - A voz de Zane estava calma e inexpressiva. Um bufo foi a resposta. O homem estava zombando de seu algoz? Gabriel se obrigou a assistir quando Zane agarrou o pulso do suspeito e aplicou o alicate no polegar. O instrumento apertava sobre a ponta do dedo do homem. -Quem está por trás disso? Nenhuma resposta, mas a respiração bufou. A desobediência de Paul foi recebida com um sorriso mau por parte de Zane e um aperto imediato sobre o polegar do suspeito. O som de ossos rachando e músculos sendo esmagados em uma poça de sangue foram abafados pelo grito de Paul. -Quem está transformando nossos guardas em assassinos? – A voz de Zane estava tão calma como se estivesse perguntando sobre o tempo. A boca do suspeito estava apertada em uma linha fina, indicando sua falta de vontade em divulgar qualquer informação. Gabriel sentiu a curta flutuação de uma memória aparecer na mente do homem. Mas foi breve demais para ele aprimorar. Ele acenou para Zane continuar. Mesmo que Paul não estivesse preparado para falar, ele poderia ser enfraquecido o suficiente para liberar a informação através de suas memórias. Para Gabriel não estava claro, como sendo um humano, Paul fosse capaz de proteger as suas memórias contra ele. Fosse quem fosse o seu mestre, e ele sabia que tinha que ser um mestre, tinha de ser um vampiro, uma bruxa ou um demônio. Nenhuma outra criatura tinha poderes suficientes para bloquear o seu dom de ler memórias. Zane apertou o alicate no dedo indicador de Paul, desta vez puxando a unha e arrancando-a. O sangue se espalhou quando o suspeito soltou outro grito. Nos olhos de Paul a dor era evidente. -Eu posso fazer isso o dia todo. - Zane estava certo. Eles tinham tempo. Já era dia, e não havia muito mais que poderiam fazer de qualquer maneira. Se ele levasse cinco minutos ou cinco horas para fazê-lo falar, não importava muito. Desafiadoramente, Paul olhou para Zane e cuspiu. -Eu não vou dizer nada. - Sua voz estava ofegante. O homem
estava com dor, mas ele mostrou uma força tremenda. Em outras circunstâncias Gabriel o admiraria. Afinal, Paul era um guarda-costas da Scanguards, e eles eram conhecidos por sua resistência, determinação e garra. Eles foram treinados para resistir à tortura. E este tinha sido bem treinado. Muito bem. -Você vai. Todos eles dizem quando eu estou junto com eles. - Zane estava claramente se divertindo muito em detrimento do homem. Trinta segundos depois, outra unha sangrenta caiu no chão de concreto. A sala, positivamente, agora cheirava a sangue. As presas de Zane tinham aumentado e Gabriel notou a protuberância em sua calça jeans. Ele sempre assumiu que Zane era ligado em violência, mas agora ele tinha a certeza. Gabriel lançou-lhe um olhar de advertência, que Zane ignorou. Outro grito ecoou na pequena sala quando Zane esmagou outro dedo de Paul com o alicate. -Para quem você está trabalhando? Paul caiu para frente, respirando pesadamente. Ele murmurou algo incoerente. -O quê? - Zane empurrou os ombros de Paul para trás e virou o seu rosto para olhar para ele. -Luther. O coração de Gabriel se afundou. Era verdade então. Até agora ele ainda esperava que as suas suspeitas fossem infundadas. Zane continuou o seu questionamento. -Quem é Luther? - Ele colocou o alicate de novo, mas Gabriel arrancou-o de suas mãos, antes que ele pudesse impedir. -Isso é o suficiente. O olhar furioso de Zane o acertou -Ainda não acabamos. -Eu conheço Luther. - Infelizmente, sim, ele o conhecia, seu examigo e parceiro. O homem que se virou contra eles, depois que sua esposa de sangue tinha morrido. Gabriel virou-se para Paul.
-Ele foi visto na cidade ontem à noite. O que ele quer? Paul deu de ombros, aparentemente, não estava disposto a dizer qualquer outra coisa. A parte traseira da mão de Gabriel bateu em sua bochecha. O sangue instantaneamente saiu da boca de Paul. -Ele quer destruir a Scanguards. Gabriel assentiu. Ele tinha imaginado. -Quanto ele está lhe pagando? O olhar surpreso de Paul o atingiu. -Pagar? Isto não é sobre dinheiro. -Ele está forçando você contra a sua vontade? Ele balançou a cabeça. -Ele me ofereceu a imortalidade. Imortalidade? O coração de Gabriel pulou uma batida. Luther estava planejando criar um novo vampiro? -Você não conhece Luther. O que o faz pensar que ele vai manter sua promessa, depois de você fizer o que ele quer? - Gabriel sacudiu a cabeça. -Ele vai manter a sua palavra. Eu sei que ele vai. - Gabriel se surpreendeu com a crença firme de Paul. Não havia nenhuma razão, a não ser que... -Por que tem tanta certeza? -Ele fez isso para os outros. A respiração de Gabriel engatou. Isso não poderia estar acontecendo. Desde o momento que Luther se voltou contra eles, Gabriel se perguntou o que ele faria, mas não a criação de novos vampiros para construir seu próprio exército. Esse era o plano dele? Será que ele tinha ficado completamente louco? -A história toda. Fala rápido ou, - ele se virou para apontar para Zane, - meu parceiro vai tirar isso fora de você, e desta vez eu não vou pará-lo.
Capítulo 23 Nina foi acordada instantaneamente. Estava escuro. Apenas uma pequena luz noturna passando pela porta aberta do banheiro, iluminava o quarto. O colchão moveu-se, a pessoa ao seu lado mexia-se violentamente, Amaury. Seus gritos a tinham acordado. Nina estendeu a mão para o criado-mudo para encontrar o interruptor da luminária, batendo um livro fora dele, no processo. A pequena lâmpada espalhou um brilho suave sobre o quarto. Seu olhar se voltou para Amaury, que continuou se debatendo, tendo já jogado o cobertor fora de seu corpo. O suor escorria por seu corpo nu. Ele resmungou em francês, uma língua que ela não falava, sua cabeça chicoteava de um lado para outro. Era evidente que estava no meio de um pesadelo violento. Ela não sabia que vampiros podiam sonhar muito menos ter pesadelos. Nina colocou a mão em seu ombro, tentando acordá-lo. Um grunhido alto saiu de sua garganta, fazendo-a se afastar imediatamente. Ela viu suas presas se projetarem de sua boca. -Amaury, acorda! Ele parecia não ouvi-la, mas continuou a debater-se. Ele parecia piorar a cada minuto. Ela tinha que acordá-lo, não importa como. Ela estava plenamente consciente de seu próprio corpo nu, e por um momento se sentiu vulnerável. Nina colocou-se sobre ele, montando-o e ao mesmo tempo pressionando seus braços. Mas, mesmo em seu sono, ele era forte. -Amaury, você precisa acordar. Por favor. Ela apertou seu peso total em cima dele, quando um grunhido encheu a sala. Seus olhos se abriram com uma cor vermelha, olhando para ela. Sua respiração ficou presa na garganta quando ela tentou sair de cima dele. Mas, em uma fração de segundo ele moveu-se e a prendeu embaixo dele, piscando suas presas afiadas para ela, rosnando como uma fera. Ela nunca tinha visto ninguém mais assustador em sua vida.
-Amaury, - ela gritou com seu rosto a poucos centímetros do dela. Sou eu, Nina. Por favor, pare! Tão rapidamente como ele tentou atacá-la, ele soltou-se e recuou, caindo de volta em seus joelhos. Ela puxou as pernas para cima e juntou os seus joelhos, encostando-se contra a cabeceira. Amaury parecia atordoado e confuso, respirando com dificuldade. -O que aconteceu? Quando ela olhou para o seu rosto, seus olhos tinham voltado para seu azul brilhante, e suas presas haviam diminuído. -Você teve um pesadelo. Ele desviou os olhos. -Oh, Deus, eu sinto muito. Eu nunca deveria ter feito você ficar. Ele olhou para ela. -Eu machuquei você? - Seus olhos correram pelo corpo de Nina, aparentemente à procura de qualquer sinal de lesão. -Não. Está tudo bem. - Só o coração dela ainda estava batendo violentamente. Ele balançou a cabeça. -Não, não está. Eu coloquei-a em perigo. Eu poderia ter mutilado você ou pior. Vou dormir no sofá. Tranque a porta atrás de mim. Amaury se levantou, mas ela segurou seu braço, fazendo-o parar em pleno movimento. Seu olhar primeiro caiu para a mão dela, então subiu para o rosto dela. -Fique - disse ela. Havia um olhar triste em seus olhos. -Nina, eu não a quero pôr em perigo. Se eu soubesse que isso iria acontecer, teria lhe pedido para trancar-se aqui, em primeiro lugar. Nina foi para perto dele. -Não foi culpa sua. Por favor, volte para a cama. Eu sinto frio sem você. Ela passou a mão no seu peito. Ela sentiu uma estranha sensação de proteção vinda dele. Protecionismo vindo de um vampiro? -Segure-me e fale-me sobre o seu pesadelo. Eu sei muito sobre
pesadelos. Você não deve ficar sozinho agora. - Seus próprios pesadelos sempre a assustavam, e ficar sozinha depois de acordar no meio da noite a assustava ainda mais. Por que seria diferente para um vampiro? A relutância de Amaury em voltar para a cama era evidente, mas, no entanto, deixou-se ser puxado para ela. Ela moldou seu corpo contra sua pele quente. -Como é que você sabe? -Eu sabia que tinha pesadelos, é claro, mas não de como ficava violento. Eu sempre durmo sozinho. O entendimento caiu sobre ela. -Nenhuma mulher já dormiu aqui com você? Amaury sacudiu a cabeça. -Eu nunca senti a necessidade de realmente dormir com uma mulher. E quando eu digo dormir, eu não quero dizer sexo. Eu não durmo com uma mulher em meus braços desde que eu era humano. -Ah. - Sua raiva sobre as muitas mulheres que ele teve relações sexuais, foi dissipada. De repente, ela se sentiu muito tímida para perguntar a ele por que nunca passou a noite com uma mulher em sua cama. Ou talvez não fosse timidez. Talvez ela simplesmente não quisesse saber isso. Ela não queria ter esperanças de que alguma coisa especial estava acontecendo entre eles. Ela levantou a mão para acariciar seu rosto. -Fale-me sobre o pesadelo. -Eu não tenho certeza se isso é algo que você gostaria de saber sobre mim. -Por que não? -Porque é algo que eu fiz no meu passado, algo mau. Tendo em conta que ele era um vampiro, ela não achava que havia qualquer coisa que pudesse realmente chocá-la. -Todos nós temos demônios em nosso passado. Talvez seja a hora de você falar sobre o seu. -Você soa como o meu psiquiatra.
Sua revelação a surpreendeu. -Você tem um psiquiatra? -Eu tenho, mas ele realmente não pode me ajudar. -Então o que você tem a perder, me contando? Ele olhou para ela por um longo momento. -Nada, eu acho. Um dia, você terá que saber sobre isso, de qualquer maneira. Por que não agora? - Amaury deu um beijo em sua testa. -Prometa-me uma coisa. Nina deu-lhe um olhar perplexo. -Prometa-me que depois de pensar sobre tudo o que vou dizer, você não vai fugir. Eu ainda estou aqui para protegê-la, mesmo de mim mesmo, se for necessário. -Eu não vou fugir. Ele balançou a cabeça e engoliu em seco, antes de olhar diretamente para ela. -Eu cometi um crime terrível. Eu matei o meu pequenino filho. Por um momento, houve silêncio absoluto no quarto. Amaury não respirava. -Oh, meu Deus. - Sua garganta estava seca demais para dizer qualquer outra coisa. A revelação afundou nela. Nina sentiu ele se afastar, mas apertou-se em seu braço. Ela sabia, instintivamente, que a rejeição era a última coisa com que ele poderia lidar agora. -Como isso aconteceu? -Foi na minha primeira noite como um vampiro. Eu não tinha ideia do que a mudança faria comigo. O desejo por sangue, a sede terrível, eu não sabia como lutar contra isso. Jean-Philippe tinha apenas três anos de idade. Ele confiava em mim. – A voz de Amaury se quebrou. Nina o abraçou com força, acariciando com sua mão suas costas largas. Ele foi um pai, teve uma esposa, um filho. Ela nunca teria imaginado. De repente, ela o viu com olhos diferentes. Ele cuidou de alguém antes. Ele amou alguém uma vez.
-Você não queria fazer isso. O vampiro que transformou você foi o culpado. Amaury se afastou dela. -Não. Eu sou o culpado. Talvez eu não tenha pedido para ser transformado, mas provoquei-o. -Provocou, como? -Eu pensei que estava ajudando a minha família. Eu não podia sustentá-los, mas depois um homem me fez uma oferta. Eu a peguei, pensando que eu poderia melhorar as coisas para eles e para mim. Ele fez isso parecer tão fácil. Ele me pagaria para que permitisse que se alimentasse de mim, mas ele não manteve o acordo e transformou-me. Eu não sabia sobre a sede, como ela iria me controlar. Quando cheguei em casa naquela primeira noite, depois da minha mudança, JeanPhilippe estava lá na porta, cumprimentando-me. Eu estava faminto, muito faminto. Amaury passou as mãos pelo seu cabelo, com um olhar assombrado em seus olhos. -Eu caí na sede de sangue. Nina, eu chupei-o até secá-lo. Meu próprio filho. Eu sou um monstro. Nina queria dar-lhe conforto, mas ele a segurou para trás como se não quisesse a sua compaixão. -Quando minha mulher viu o que eu tinha feito, me amaldiçoou. E então ela se jogou da torre da igreja. Ela se matou porque não podia suportar a perda de nosso filho. Ela tinha todo o direito de me odiar. Eu me odiava. - Ele fez uma pausa. - Ela foi a pessoa que me deu este dom. -Dom? -O fato de que eu posso sentir as emoções dos outros. Ela me amaldiçoou. Mesmo ela não sendo uma bruxa. Havia uma crença naquela época, de que se você quisesse algo com todo o seu coração e depois se matasse, seu desejo iria se transformar em uma maldição. Isso foi o que aconteceu. Ela me xingou e ela me amaldiçoou, para nunca amar de novo. Agora você sabe. -Nunca amar de novo? Amaury assentiu e engoliu em seco. -Você sabe por que eu vivo na parte pobre da cidade? Por que eu
não mereço nada melhor. Pelo menos entre as pessoas menos afortunadas desta cidade, eu me sinto em casa. Eu sinto sua dor, sua raiva. Não há muito amor no Tenderloin. Eu não me lembraria muitas vezes do que eu não posso sentir. Isso torna a coisa mais fácil. Nina tomou sua grande mão na dela e apertou-a. -Amaury, por que você é tão duro consigo mesmo? -Por quê? Porque toda noite eu me lembro do que fiz, e todas as noites eu gostaria de poder voltar no tempo e trazê-lo de volta. Trazer os dois. Mas eu não posso. Eu matei os dois. Ela descansou a cabeça em seu ombro. -Você não aconteceu?
se
arrependeu
o
suficiente?
Quando
tudo
isso
-Mais de quatrocentos anos atrás. Nina ofegou. -Até mesmo os assassinos humanos saem da prisão após trinta ou quarenta anos. Você está nessa prisão há mais de quatrocentos anos. -E não existe nada mais fácil. Nada mudou. Meu filho ainda está morto, e eu ainda sou seu assassino. -Você não estava no controle de si mesmo. Em um tribunal humano, teriam chamado de circunstâncias atenuantes. -Isso não é uma desculpa. -Não, mas é a razão por que isso aconteceu. Você não fez isso de propósito. -Como você sabe? -Por que quando você está no controle de si mesmo, não consegue ferir as pessoas. Você não me machucou. Arrependimento cruzou o azul de seus olhos. -Eu quase o fiz. -O ponto é que você não fez. Você não é um monstro. -Desde quando você é uma pessoa que defende vampiros? -Desde que eu comecei a conhecer um.- Ela nunca pensou que
diria uma coisa dessas, e encontrar-se em posição de defendê-lo. Muita coisa tinha mudado em seu mundo nos últimos três dias. A dor que ela viu em seus olhos, doeu também no fundo de seu peito. Por que é que ela estava tão afetada por aquilo que ele sentia? Por que lhe doia tanto vê-lo com dor? -Nina. Eu sou um bem danificado. -Nós todos somos. Você já sofreu o suficiente. Você não acha que é hora de você perdoar a si mesmo? -Perdoar-me? - A voz de Amaury soou chocada. -Eu nunca poderei me perdoar pelo que eu fiz. Ela levantou a cabeça e olhou em seus olhos. -Se você não pode fazer isso por si mesmo, então faça isso por alguém. Você não pode continuar assim. Eu te perdoo, Amaury.
Capítulo 24 Amaury olhou para Nina atordoado, sem entender, por um momento, o que ela tinha dito. Ela o perdoou pelo que ele tinha feito quatro séculos atrás? Não, ele não podia aceitar o perdão. Ele não merecia isso. Ele tentou falar, protestar, mas as palavras não vieram aos seus lábios secos. As mãos dela estavam em volta dos seus quadris e seu corpo nu pressionado contra o dele. Ela devia estar estarrecida com ele, revoltada, fugindo dele. No entanto, ela não estava. Em vez disso, suas mãos o acalmavam, acariciavam ternamente sobre o seu corpo e plantava pequenos beijos em seu pescoço e ombros. Por vontade própria suas mãos a puxaram para mais perto, abraçando-a com força, enquanto ele envolveu os dois de volta nos lençóis. -Eu não entendo. - Por que tinha mudado de repente de lutadora para suave com ele? Ele era um vampiro forte e assustador, o mesmo que a tinha atacado em seu sono, mas ela o acalmou com seu toque e beijo. -Você é muito duro consigo mesmo. Foi um acidente, um acidente terrível. É hora de abandonar a culpa. Amaury não sabia se eram suas palavras que o faziam sentir-se melhor, ou a maneira como ela as disse. Ou talvez fosse apenas a maneira que ela se aconchegou contra ele, confiando que não a machucaria. Mas ele se sentia mais calmo agora, e a tristeza que tinha sentido anteriormente havia praticamente desaparecido. Ele beijou sua testa, em seguida, olhou em seus olhos. -Quem é você? - Não só ela conseguia bloquear o bombardeamento das emoções em sua cabeça, como também parecia entendê-lo em um nível mais profundo, sabia o que precisava quando precisava. Era mesmo possível?
Nina balançou a cabeça. -Eu não sou ninguém. Mas reconheço a dor quando eu a vejo. E ele entendeu. Tendo sido criada em um lar adotivo não poderia ter sido fácil. -Fale-me sobre você e Eddie. Eu li em seu arquivo que vocês cresceram em um lar adotivo. Deve ter sido difícil. Nina fechou os olhos por um momento antes de falar. -Um orfanato? Foram três. Amaury aconchegou para mais perto de seu corpo e puxou o cobertor sobre eles. -Diga-me o que aconteceu. Eu quero saber o que transformou você em um biscoito duro. -Você acha que eu sou dura? Ele sorriu. -Sim, e eu quero dizer, no bom sentido. Eu gosto de uma mulher forte. -Lembro-me de meus pais. - Havia um olhar distante em seus olhos, um olhar que falava de tristeza e saudade. -Mas Eddie era muito pequeno. Ele chorava às vezes à noite, porque não conseguia lembrar como nossa mãe parecia. A primeira família adotiva em que fomos colocados após o acidente, era boa para nós, mas então o nosso pai adotivo perdeu o emprego, e eles não podiam se dar ao luxo de nos manter. Eddie estava de coração partido, mas o Serviço Social nos levou. - Ela suspirou. -Eles queriam nos separar no início, por que eles achavam que era mais fácil colocar apenas um de nós, mas eu não iria deixar Eddie ir. Eu gritei para todo mundo que chegou perto de nós. Amaury escovou os nós dos dedos sobre sua bochecha, querendo consolá-la. -Eu tinha doze anos quando fomos enviados para outra família. Eu era grande para a minha idade e eu já tinha seios. E isso foi um problema. O estômago de Amaury se contorceu. Ele não gostava de onde a história estava indo. -Um dia eu peguei meu pai adotivo me olhando, enquanto eu me
vestia. Ele tentou disfarçar, mas eu sabia que ele me olhava. No começo eu não disse nada porque minha mãe adotiva era muito boa. Eddie realmente gostava de estar lá, e tinha amigos na escola. Eu não queria que ele tivesse que se mudar novamente. Mas aconteceu de novo e de novo. Até que eu não aguentei mais. - Nina olhou para ele com olhos grandes. -Eu encontrei fotos. Não apenas de mim, mas também de outras meninas. O pervertido estava tirando fotos de nós, nuas, no chuveiro, na banheira, ou quando nos vestiamos. Ele tinha buracos para espiar, por toda a casa. -Oh, meu Deus. O que você fez? – As mãos de Amaury se fecharam em punhos. Ele pensava em encontrar o idiota e reorganizar o seu rosto e o resto do seu corpo. -Eu comecei a fechar minha porta, mas a minha mãe adotiva começou a suspeitar. Até que, quando eu tinha quatorze anos, usava roupas que disfarçavam a minha figura, pensando que ele não olharia para mim, mas ele não parou. Então, um dia eu tinha esquecido de trancar a porta e ele entrou, tocou-me, mas eu o chutei. Ele estava tão louco. Eu sabia que ele iria voltar naquela noite e me machucar. Peguei Eddie na escola e disse-lhe que íamos acampar. Amaury deu um beijo suave em seu cabelo. Por que não podia ter estado lá para ajudá-la quando ela precisava dele? -Chérie. - Era tudo o que podia sussurrar para ela. -O serviço social nos encontrou três dias depois, mas então, eu já tinha enviado algumas fotos para a minha mãe adotiva, anonimamente, claro. Quando voltamos, eu vi que ela estava chorando. Uma semana depois, o Serviço Social veio e nos pegou de novo. Ela escolheu seu marido e ficou contra nós. Ela ficou com ele, com aquele pervertido. E ela me jogou para fora, com Eddie. Como ela pode escolhê-lo e não nós? Nós éramos bons garotos. Ele era um homem mau. - Nina conteve as lágrimas. -Eles me culparam. Eddie também. Ele não entendeu. Ele tinha apenas onze anos. Eles nos mantiveram no orfanato por um tempo e eu gostaria de ter ficado lá. Mas Eddie era um garoto bonito e popular, assim eles nos encontraram outra família. Após a última, eu achava que não poderia ficar pior. Amaury sentiu a raiva construíndo dentro dele. -Nina, você não tem que me dizer mais nada. Eu sei que isso é doloroso para você. Eu entendo. Ela balançou a cabeça.
-Não, eu tenho que lhe dizer. Eu fiz algo muito ruim. E você deve saber. Amaury beijou seus lábios suavemente. -Tudo o que fez, tenho certeza, eles mereciam. -Eu esfaqueei um homem, e se eu tivesse tido coragem, teria cortado seu pênis fora. Ele estremeceu, seu corpo instintivamente se sacudiu diante da imagem que ela projetou em sua cabeça. Sua mandíbula caiu, e tudo o que ele podia fazer era olhar para ela. -Sim, eu peguei uma faca e quase castrei meu terceiro pai adotivo. Ele veio ao meu quarto uma noite e me estuprou. Eu sabia que ninguém acreditaria em mim, se eu relatasse. Eles apenas levariam Eddie e eu embora de novo. Então eu fiz o que tinha que fazer. Arrumei Eddie e disse-lhe para esperar por mim no carro. Eu tinha dezesseis anos e já tinha idade suficiente para dirigir. Então eu voltei para a casa e fui sorrateiramente ao seu quarto. A mulher sempre dormia com fones de ouvido, por que ele roncava como um marinheiro. Eu peguei uma faca... Amaury ouviu com a respiração suspensa. -Havia muito sangue. Apenas minha covardia o salvou de cortar o seu pênis fora. Em vez disso, eu só esfaqueei o seu estômago. Eu queria que ele soubesse o que poderia ter feito, o quão perto ele chegou de ser castrado. Eu corri e então dirigi a noite toda para o próximo estado e então o seguinte, antes de abandonar o carro. -O que aconteceu com o filho da puta? - Se ele ainda não estivesse morto, Amaury ficaria feliz em fazer o ato ele mesmo. Ele sentiu uma onda de fúria aumentar em seu estômago. -Eu não sei. Nós nunca mais voltamos. Nós fomos para um esconderijo, mudei muito até que vim para São Francisco. Amaury resmungou. Ele esperava que o idiota tivesse sangrado até a morte. Ele merecia, estuprar uma menina de dezesseis anos. Sua doce Nina, fazendo-a viver esse horror. O pensamento de querer matar alguém correu sobre ele. Ele sentiu o corpo ficar tenso e endurecer. -Então, você vê. Eu fiz uma coisa terrível. Eu fiz isso de propósito. Eu sabia o que estava fazendo e ainda assim eu fiz.
Nina virou a cabeça e enterrou no travesseiro. Ele não sabia o que fazer. Puxá-la em seus braços? Dar-lhe espaço? Ele não podia ler suas emoções como ele saberia o que fazer agora? -Sinto muito, Nina. - Amaury não poderia encontrar palavras, não quando a raiva corria em suas veias. Alguém a tinha machucado, e ele queria se vingar. Ele colocou a mão em seu ombro e ela se encolheu, puxando para trás instantaneamente, seus dedos se transformaram em garras afiadas. Ele sentiu a coceira na mandíbula e suas presas empurrando em sua boca, incapaz de impedir o seu lado vampiro de aparecer. Não, ele não podia deixar isso acontecer na frente dela. A última coisa que ela gostaria de ver agora era um outro homem violento, especialmente depois que ele quase a atacou em seu sono. Ele tinha que bater fora sua ira antes que ele pudesse puxá-la de volta em seus braços. -Durma um pouco mais. Eu vou deixar você descansar. Amaury virou a cabeça e evitou olhar para ela. Ele sabia que seus olhos brilhavam vermelhos. Ele olhou para suas mãos, armas letais. Não, ele não podia tocá-la agora, tanto quanto ele desejava confortá-la. Ele não estava no controle de si mesmo. -Eu sinto muito. Ele saiu da cama e, nu como estava, entrou na sala, fechando a porta atrás de si. Em um canto, estava o saco de pancadas suspenso e pendurado no teto. Ele foi direto para ele. Isso era o que ele precisava: perfurar alguma coisa, se ele não podia perfurar seu estuprador ou qualquer um dos outros homens que a tinham machucado. Amaury bateu suas garras no saco. Ele mataria qualquer homem que a machucasse. Nina era sua para proteger, agora. Ninguém jamais a machucaria novamente. Ele tinha a certeza disso.
Amaury não tinha voltado para a cama depois que Nina tinha falado com ele sobre seu passado. Ela poderia facilmente adivinhar o porquê: ele ficou horrorizado com o que ela tinha feito. E o que foi, provavelmente, pior, ela havia sido estuprada, e que homem queria lidar com isso? Ninguém queria isso. Muito menos um homem como Amaury, que poderia ter qualquer mulher que quisesse. Ele poderia ter uma
mulher que não tivesse o tipo de bagagem emocional que ela tinha. Ele, provavelmente, já tinha se arrependido de ter dormido com ela. Sua desculpa havia soado com pena. Ela achou que ele tinha passado as horas restantes do dia pensando em como poderia livrar-se graciosamente desta relação. Nina tornaria mais fácil para ele. Ela não iria ficar onde não era desejada. Quando Nina deixou a água quente do chuveiro correr sobre seu corpo, ela sabia que nunca deveria ter se aberto para ele. Ela tinha se sentido segura com suas palavras gentis e por suas admissões de seu próprio passado. No início, foi um choque ouvir o que ele tinha feito, mas tinha conseguido perdoá-lo em seu coração, por que não tinha sido ele mesmo. A dor em seus olhos quando ele falou do seu filho mostrava um corte profundo em seu próprio coração. Mas quando tinha falado de sua própria culpa, Amaury não tinha sido capaz de fazer o mesmo. Ela imediatamente sentiu sua hesitação até mesmo em tocá-la, até que ele finalmente se afastou completamente, como se estivesse aborrecido com ela. No momento em que ela mais precisava de seu toque, ele tinha negado a ela, tinha se retirado. Ele rejeitou-a, como todos os outros tinham feito antes dele. Como sua mãe adotiva que a rejeitara, depois que ela tinha exposto seu marido pervertido. Mesmo sabendo que seu marido estava abusando de meninas, ela ainda escolheu ficar com ele. Sua autoestima naquele momento, não poderia ter sido menor, até agora: ser rejeitada por Amaury, após abrir seu coração para ele, foi ainda mais doloroso. Nina temia vê-lo agora. Ela não queria ver a pena em seus olhos ou o arrependimento. Talvez ele a mantivesse em torno dele um pouco mais de tempo, para que fosse muito óbvio que ele não queria mais nada dela, mas ela saberia. Ela não deixaria isso acontecer. Ela iria sair, em seus próprios termos. E só havia uma maneira de fazê-lo: defender o seu coração dolorido, atacando-o. Ela não podia deixá-lo saber o quanto ela estava machucada. Isso apenas tornaria tudo pior. Nina saiu do chuveiro e secou-se antes de se vestir com as roupas da noite anterior. Ela encontrou Amaury na sala de estar, num canto que servia como um pequeno ginásio. Ele estava vestido com roupa de ginástica. A parte superior do corpo estava nua, flexionando seus músculos com
cada movimento que fazia, sua pele brilhava de suor. Ele cumprimentou-a com um olhar cauteloso. -Você levantou. -Sim, fui tomar um banho. Eu espero que você não se importe. -Não. Não, claro que não. Foi nervosismo o que ele mostrou? Ele enxugou o rosto com uma toalha, em seguida, deu alguns passos em direção a ela. A meio caminho ele pareceu mudar sua mente e parou. -Posso deixá-la sozinha por uma hora? Eu preciso me alimentar. Nina não entendeu as palavras de imediato. -Alimentar? Ele acenou com a cabeça, seus olhos permanecendo cautelosos. - Eu não me alimentei na noite passada e também na anterior, eu já não tenho quase sangue. Então, ela tinha entendido direito depois de tudo. Amaury estava planejando sair e beber o sangue de alguém. Bom ele ofereceu-lhe apenas munição e o direito de fazer sua saída. -Você está saindo para morder alguém? O olhar que ele lhe lançou só poderia ser descrito como teimoso. -Eu preciso de sangue para sobreviver. Nina sabia o que um vampiro precisava. -O que há de errado com o meu? - Será que ele mordeu a isca? Será que ele ia para a briga que ela tentou começar, para que ela pudesse sair com a cabeça erguida? Seus olhos arregalaram, ele foi em sua direção e agarrou seus ombros. -Você está louca? Você não sabe o que está dizendo. Você não pode querer que eu a morda. O momento em que ele disse isso, uma descoberta a atingiu como um raio. Ela queria que ele a mordesse.
Ela queria que ele bebesse o sangue dela. Sua vida não seria completa sem Amaury levando-a. E nesse momento de compreensão, sentiu o medo invadir o seu corpo. Com a força que ela pensou que não tinha, Nina sacudiu suas mãos. -Fique longe de mim! - Se ela ficasse, se tornaria seu brinquedo, algo que ele podia empurrar de qualquer forma que ele quisesse, por que ela não teria força para resistir a ele. Ela não se podia permitir a isso. Ela nunca mais poderia estar à mercê de um homem, não importa o quanto ela o desejasse. Não importa o quanto seu coração doía por ele. O rosto de Amaury assumiu um olhar perplexo. -Nina, o que é isso? -Eu não... eu não posso... - Sua voz falhou. Ela virou-se e fugiu, deixando a porta aberta. -Nina! Ela ouviu-o gritar atrás dela, mas ela já estava na escada e continuou correndo. Ela tinha que se afastar do único homem que tinha aberto a porta de seu coração, deixando-o exposto para ser ferido.
Capitulo 25 Amaury parou no topo da escada e olhou para baixo. Os passos rápidos de Nina ecoaram no corredor. O que tinha acontecido? Ele passou as mãos pelos cabelos. Ela realmente tinha lhe oferecido o seu sangue? Isso era o que ele mais fantasiou nos últimos dias, desde que ele lambeu o sangue de suas feridas. Isso o tinha assombrado, o conhecimento de que ele a estava desejando não apenas por de seu corpo, mas também por de seu sangue. Ele queria tudo de Nina. Enquanto ele descia um lance de escadas, ele tropeçou em um pacote na frente da porta da Sra. Reid. Ele imediatamente parou em sua descida. A velha senhora ainda estava ausente e tudo por causa dele. Tão louco quanto ele se sentia agora, a sede da falta de sangue, seu cérebro entrou em ação e espantou o medo em seu peito. E se ele machucasse Nina como tinha machucado a senhora Reid? E se ele não conseguisse se controlar? Pela maneira como queria Nina agora, ele não tinha certeza de que conseguiria ser capaz de parar de beber dela. Lembrou-se do gosto doce do seu sangue em sua língua, o perfume inebriante, a textura lisa, quando tinha revestido sua garganta. Seu pênis ficou duro com o simples pensamento de saboreá-la novamente, bebendo dela, mais desta vez, muito mais. Suas mãos fecharam em punhos enquanto ele lutava contra a vontade de correr atrás dela e cravar suas presas nela. Seu desejo colidiu com a culpa pulsando através dele. Ele tinha algo para verificar em primeiro lugar, tinha de assegurar-se de que a Sra. Reid fosse viver. O fardo de outra morte em suas mãos seria demais para carregar, e ele não poderia voltar para Nina, sabendo que sua consciência não estava limpa. Ela o tinha perdoado por um assassinato, ele não acreditava que ela tivesse tanto amor em seu
coração para perdoá-lo por outro. Se ele pudesse salvar a Sra. Reid, ai então ele mereceria outra chance. Se não, ele não era bom o suficiente para ela, não era bom o suficiente para tomar o que Nina lhe oferecia.
Uma hora mais tarde ele descobriu onde a senhora Reid estava e por que estava em seu quarto no hospital. A Sra. Reid parecia frágil, deitada e cercada por tubos e máquinas. Amaury se sentou ao lado de sua cama e apenas olhou para ela. Sua pele era pálida, e havia muitas contusões. Será que ela tinha caído, por que ele a tinha enfraquecido muito? Seu intestino torceu de desgosto, por si mesmo. Ele era uma criatura desprezível, alimentando-se dos fracos e vulneráveis, um monstro. Amaury deixou cair a cabeça em suas mãos, sem saber como continuar. Um som na porta anunciou a chegada da enfermeira. -Você não pode ficar aqui. O horário de visita já acabou, - disse a jovem enfermeira. Ela estava na porta, com as mãos na cintura e um olhar de repreensão em seu rosto. -Eu sinto muito. Eu só cheguei agora na cidade. -E você é? - Ele sentiu a suspeita com que ela o tratou. -Seu neto - ele mentiu, sabendo que se ele não afirmasse que ele era da família, ela iria buscar os seguranças para expulsá-lo imediatamente. -Eu sinto muito. Eu estava tão preocupado com ela e não queria esperar até amanhã. Seu olhar suavizou, e ela lhe deu um sorriso triste. -Você já falou com a polícia? Amaury enrijeceu. -A polícia? Ela assentiu com a cabeça e deu um passo para dentro do quarto. Se ela estava indo para arrastá-lo para a polícia, ele teria que usar o controle da mente e limpar sua memória.
-Sim, eu acho que eles têm uma pista sobre o cara que fez isso. Ele engoliu em seco. Eles estavam atrás dele? Como? Ele limpou a memória da Sra. Reid. Não tinha ninguém nas escadas quando ele entrou em seu apartamento para se alimentar dela. Amaury estava de pé, pronto para fazer o que ele precisava fazer. Seu corpo endureceu enquanto se preparava para usar seus poderes. -Quer dizer, eles não te contaram ainda? É realmente terrível o que ele fez com ela. Uma senhora simpática como ela, só um bandido para roubá-la e espancá-la, quando ela estava indo descontar seu cheque do seguro social. Eu não sei o que está acontecendo com esse mundo. -Ela foi roubada? - Ele lançou outro olhar de volta para a Sra. Reid. Seus braços ostentavam contusões pretas e azuis. -Você quer dizer que ninguém lhe disse? - A enfermeira lhe atirou um olhar incrédulo. -Ela foi atacada do lado de fora de seu prédio. Amaury sacudiu a cabeça. -Ninguém me disse. Eu vim logo que soube que ela estava no hospital. - Ele não tinha feito isso? Isso não era culpa dele? Ele sentiu uma pedra do tamanho de Ayers Rock sair de seus ombros. -Será que ela vai ficar bem? -Ela vai sobreviver. Ela só precisa de um pouco de descanso. Você deveria ir para casa agora. Volte amanhã, durante o horário de visita. Ele acenou com a cabeça. -Apenas mais alguns minutos? -Eu não vi você. Ele sorriu para ela quando ela saiu do quarto e fechou a porta atrás de si. Amaury se aproximou do sono da Sra. Reid e acariciou a mão sobre sua bochecha. Ele não a tinha machucado, depois de tudo. Foi terrível o que aconteceu com ela, mas pelo menos ele estava livre de culpa. Ele podia sentir a sua dor, e ele sabia que poderia ajudá-la. Rapidamente, ele espetou o dedo e uma pequena gota de sangue apareceu. Ele guiou-a para a sua boca. Com sua mente, ele enviou seus pensamentos para ela.
Abra a boca e tome o remédio. Em seu sono ela entreabriu os lábios, ele deixou algumas gotas de sangue pingar em sua boca. Engula. Algumas gotas seria o suficiente para ajudá-la a curar mais rapidamente. Até amanhã, as contusões preto e azul teriam sumido, e seus ossos e músculos doloridos estariam menos doloridos. Não haveria nenhum efeito adverso. Sangue de vampiro era uma cura para muitas doenças humanas, e se os cientistas soubessem, eles seriam caçados, ele e seus irmãos. Felizmente, eles nem sabiam que vampiros existiam. Agora, durma. Amaury beijou a sua testa. Com um último olhar para o rosto dela, que já tinha uma cor mais natural do que antes, ele saiu de seu quarto. Seu passo era mais leve do que quando ele entrou no hospital.
Capitulo 26 Gabriel correu para a porta da entrada, que Carl tinha aberto para ele. -Ele está em seu escritório. Ele nem mesmo diminuiu seus passos enquanto se dirigia para o escritório de Samson na parte de trás da casa. Samson olhou para ele de sua mesa e fez sinal para ele entrar enquanto ele terminava a chamada. -Obrigado, Thomas, e quando você tiver feito, estamos aqui reunidos, - ele olhou para o relógio, -onze horas. Chame Ricky e Amaury para mim? Gabriel acabou de chegar. Ele desligou o telefone e se levantou. Gabriel não tomou assento. Ele preferiu ficar em pé. -Dá-me os fatos. Samson sempre foi direto ao ponto. Gabriel gostava disso em seu chefe. Sem rodeios, sem políticas. -Temos certeza de que é Luther. Paul Holland confessou depois de um pouco de persuasão por parte de Zane. Samson levantou uma sobrancelha, mas não disse nada. -Depois que ele quebrou, eu fui capaz de chegar até ele. Luther quer vingança, isso é muito claro, e não é de tudo surpreendente, dado o que aconteceu. Samson assentiu. -Compreensível. Depois que ele perdeu Vivian e seu filho não nascido, ele quase foi à loucura. Não havia nada que pudéssemos fazer para ajudá-lo. Ele precisava culpar alguém. -Você não acha que teria sido melhor se você tivesse dito a verdade? Samson sacudiu a cabeça.
-Amaury e eu decidimos que era melhor manter a verdade para nós mesmos. Isso o teria matado. Quando ele desapareceu, primeiro pensei que ele a teria seguido. Mas de alguma forma eu sempre soube que ele ia voltar, quando tivesse recuperado as suas forças. Sabíamos que teríamos que enfrentá-lo algum dia. -E agora? -Nos preparamos o melhor que pudermos. Eu não quero que ele se prejudique, mas temos que nos defender. Paul deu qualquer indicação do que ele está planejando? -Duvido que ele saiba. Eu não consegui encontrar nada em suas memórias que sugiram que ele saiba, e Luther, certamente, é inteligente o suficiente para não divulgar muita informação para seus homens. Mas você o conhece. Ele tem um plano. Ele sempre tem. Podemos ter certeza disso. -Então é melhor ter um plano, também. Você já alertou seu pessoal sobre ele? -Sim, todos sabem quem ele é agora. Todos estão trabalhando para encontrar onde ele está se escondendo. Nós temos uma boa ideia de onde ele está. Eu encontrei algumas dicas de um armazém nas memórias de Paul. Estamos confirmando isso agora. -Uma vez que o meu pessoal chegue aqui, vamos mobilizar o nosso lado. Em quem podemos confiar? Gabriel deu-lhe um olhar cauteloso. -É isso mesmo, não podemos ter certeza. -Por que isso? -Ele está criando novos vampiros. Ele pode ver o queixo de seu chefe cair. -Ele o quê? A criação de novos vampiros, querendo ou não, era uma grande coisa para sua sociedade. Eles apenas não podiam correr e transformar as pessoas. Era irresponsabilidade. -O que deu nele? Uma coisa é descontar a sua raiva em mim e Amaury, e outra completamente diferente, é sair por aí criando vampiros.
-Ele está usando isso para ganhar adeptos fiéis. Se eles se mostrarem leais a ele, ele transforma-os, como recompensa, por assim dizer. Ao mesmo tempo, ele garante que tenha alguma sujeira sobre eles, para que eles não tenham nenhuma maneira para se voltarem contra ele. Samson olhou diretamente para ele. -Que tipo de sujeira? -Ele o induz a cometer um crime para ele, faz todos saberem quem é o culpado, em seguida, o salva e transforma. E, assim, ele criou um fiel seguidor, que lhe deve muito. Eu acho que ele está juntando um exército. E ele vai precisar dele se quer destruir a Scanguards. -É isso o que Paul pensa? -Sim. Parece que ele quer levar as coisas até machucar você e Amaury. -Droga! Quantos ele tem? -Nós não temos como saber, mas eu suspeito que os nossos dois guarda-costas que mataram seus clientes são alguns deles. Eu creio que foi todo um conjunto. -Mas eles cometeram suicídio. Gabriel sacudiu a cabeça. -Isso foi o que disseram as testemunhas, mas os corpos não puderam ser identificados. O primeiro foi queimado como uma batata frita, o outro guarda-costas pulou na Baía de acordo com testemunhas, o corpo não foi encontrado. As testemunhas podem ter sido adulteradas. Pelo que sabemos, Luther usou o controle da mente para plantar falsas memórias em suas mentes, para que eles testemunhassem o que viram. -E eles até mesmo passaram por um detector de mentiras, Samson continuou, -porque eles não sabiam que estavam mentindo. Inteligente. -Sim, Luther sempre foi inteligente. -Então, por tudo que sabemos Edmund e Kent poderiam ser vampiros agora. E apoiam Luther. Quem sabe quantos outros, ele transformou depois dos dois. Alguma ideia?
-Paul não tinha nenhuma informação sobre isso. Samson cerrou os punhos. -Nós temos que pará-lo. Ele ficou louco. Quem está com a gente? Gabriel olhou para o chefe. -Eu diria que apenas o círculo interior. Eu suspeito que Luther está planejando isso há muito tempo. -Você está certo. Eu vou distribuir meus rapazes para a pesquisa. Vamos conversar com Zane e com os outros. Amaury pode executar o show. Gabriel suspirou. -Quanto a Amaury... -O que sobre ele? -Eu acho que sua lealdade está dividida agora. Samson franziu a testa. -A lealdade de Amaury para mim é completa. -A mulher... - disse Gabriel. Samson fez uma pausa e fechou os olhos por um momento. -Eu não tinha pensado nela. Droga, você está certo. Eu esperava que, finalmente, alguma coisa iria mudar para Amaury. Eu não sei quanto tempo mais eu posso fingir que não sei o que ele está passando. -O que ele está passando? -Sim, o seu dom. - Samson zombou. -Não se pode enganar ninguém. -Você sabe de sua dor? -Ele é meu amigo mais antigo. Eu não seria um amigo muito bom se eu não soubesse da dor que ele passa todos os dias. Gabriel deu a Samson um olhar surpreso. -E eu pensei que eu era o único que sabia, porque eu sentia suas memórias, tanto quanto ele estava tentando protegê-las de mim. -Quando eu o vi com Nina, na noite passada, eu pude sentir que
ele estava muito mais calmo do que o habitual, como se estivesse em paz. Tudo o que ela está fazendo, é bom para o Amaury. Ele precisa de uma pausa. Mas eu estou com medo, não podemos deixá-lo continuar isso, tanto quanto eu sinto por ele. -Você acha que ela sabe que seu irmão poderia estar com Luther? Samson claramente contemplou a questão de Gabriel. -Se ela sabe, então a razão para ela estar com Amaury, não tem tão boa aparência. -Merda. - Gabriel não gostou da ideia. - Se ela está do lado de seu irmão, ela será um perigo para Amaury e todos nós.Ele precisa saber. Samson concordou lentamente. -Eu acho que você está certo. Não podemos confiar nela. Se era tão próxima de seu irmão como ela alega, ele nunca teria a mantido na crença de que ele está morto. Temos de assumir que ela sabe. -Então, ela está usando Amaury e a nós, para ajudar Luther. -Essa é uma possibilidade. - Samson olhou diretamente para seu segundo em comando. -Temos de contatar Amaury e avisá-lo.
Capitulo 27
-Eu sei que você está aí. Abra a maldita porta, ou eu vou chutar ela para dentro. Impaciente, Amaury pairou no lado de fora da porta da frente de Nina. O local era um lixão. Claro, ele não morava na melhor área da cidade também, mas não havia maneira de ele deixá-la continuar vivendo neste lugar infestado de vermes. Pelo menos ele tinha um bom motivo para viver. -Vá embora. – A voz de Nina veio de dentro do apartamento, o primeiro som que tinha ouvido nos cinco minutos que ele tinha batido na porta. Era um começo. Ele baixou a voz uma oitava, usando todos os seus poderes de persuasão, sabendo que o controle da mente não funcionava com ela. -Por favor, Nina. Nós precisamos conversar. Deixe-me entrar, chérie. Um momento depois, ouviu uma corrente sendo aberta e a porta sendo destrancada. Finalmente. -Nina, por favor, deixe-me entrar. Nina abriu a porta e deu um passo atrás. Ele olhou para seu rosto e notou que ela esteve chorando. Será que ele fez isso? Ele se sentia como um idiota completo e absoluto por fazê-la chorar. Rapidamente, antes que ela pudesse mudar de ideia, ele entrou, fechou a porta atrás dele e trancou-a. -O que você quer? - Havia uma boa dose de desafio em sua voz, e ela foi direta, sem qualquer disfarce. Ele merecia isso. Amaury deslocou seu peso desconfortavelmente para o outro pé. Era fundamental que ele não cometesse nenhum erro com ela. Mesmo
que ele não pudesse sentir suas emoções, ele tinha uma ideia muito boa do por que ela estava chateada com ele e não faria qualquer besteira. Com sua tendência de agir como um touro numa loja de porcelana, as chances que ele tinha de não fazer bobagem, estavam contra ele. Nenhum bom apostador tomaria essa aposta. -Eu quero pedir desculpas. - Agora se ouvia uma frase que ele não tinha usado muito antes. Parecia estranho vindo de seus lábios, mas foi a primeira coisa que lhe veio a cabeça. Nina não respondeu. Em vez disso, ela olhou para ele, com seus grandes olhos castanhos cheios de dor. Isso bateu em seu estômago, como se tivesse sido um soco. -Eu só queria protegê-la - Amaury tentou novamente. -Eu estava com medo de te machucar. -Você não me quer. Como poderia quatro pequenas palavras causarem tanta dor? Não querê-la? Isso é o que ela pensava? -O que eu fiz? -Nada, você não fez nada. Ele não entendeu. Droga, por que ele não podia senti-la? Por que não podia descobrir o que estava errado? -Por favor, Nina, fale comigo, me diga o que eu fiz de errado. Ela fungou. -Depois que eu disse a você o que eu fiz, você não... - A voz dela quebrou. -Eu não fiz o que? – Ele sondou. -Isso não importa mais. Por favor, vá. -O inferno que eu vou. Eu não vou deixar você, Nina, eu não vou mover uma polegada até que me diga o que está acontecendo. Sua declaração parecia levá-la ao auge, bom. Ele preferia quando ela estava lutando contra ele, em vez de fugir dele. -O que você quer Amaury? Você não visitou favelas por tempo suficiente?
-Favela? - Ele agarrou seu braço e puxou-a para perto. -Se você está se referindo a si mesma quando fala em favela, eu sugiro que pare com isso, agora. -Desista. Você não tem que fingir que se importa. Se você se importasse, você não teria me deixado sozinha quando precisei de você. Pronto, agora você sabe. Agora, vai. Amaury suspirou com alívio. Essa pequena incompreensão a tinha deixado tão irritada? Se tudo foi tão fácil de resolver como isso. -Você é uma pequena gatinha boba. Você não sabe que eu não iria querer nada mais do que segurar você em meus braços? -Então, por que não fez? - Ela gritou, claramente não acreditando nele, ainda. Apesar de sua resistência, ele puxou-a em seus braços. -Porque as minhas mãos tinham se transformado em garras e minhas presas coçavam por uma mordida. Eu estava com raiva, chérie, e eu queria machucar o homem que fez isso com você. Mas eu não queria te machucar. Eu não poderia abraçá-la, por favor, acredite em mim. Eu não estava no controle de mim mesmo. -Eu pensei que você não me quisesse mais, por que soube do meu passado. Você sabe que eu sou lixo. Amaury empurrou-a para trás e olhou para seu rosto. -Você, Nina, é a única pessoa boa e inocente nesta sala. Você não é lixo. -Ele beijou-a suavemente no rosto. -Eu vou matar qualquer um que a fez sofrer. -Eu não quero que você mate por mim. Eles não valem a pena. Ele balançou a cabeça. -Você é a mulher mais confusa que eu já conheci. Eu preciso saber uma coisa. - Amaury fez uma pausa, sabendo que sua resposta era mais importante do que qualquer coisa. -Você quis dizer o que quando me ofereceu o seu sangue, hoje à noite? Você quer que eu a morda? Ele sentiu seu coração bater em sua garganta, enquanto esperava ela responder. -Você não me quis. - Isso não era uma resposta direta, mas ele
poderia trabalhar com isso. -Como você sabe? -Porque você disse isso. -Eu disse que não queria te machucar. -Você não vai me machucar. -Você tem muita fé em mim. Ela assentiu com a cabeça. -Você me protegeu. Por que você me machucaria agora? -Lógica de uma mulher. Como posso discutir com isso? - Amaury fez uma pausa. -Nina, por que você quer que eu tome o seu sangue? Ela apertou os lábios. -Por quê? Por favor, me diga. -Prometa-me primeiro, que você vai tomar o meu sangue. -Acredite em mim, eu estou tão longe, eu não vou ser capaz de resistir. Eu só quero saber o por quê. -Eu não quero que você toque em mais ninguém. Ela estava com ciúmes? Seu coração pulou uma batida. Ela estava com ciúmes! E possessiva! -Você... eu... oh Deus. - Ele não tinha palavras para expressar o que sentia. Em vez disso, ele apertou os braços em volta dela e roçou seus lábios contra os dela. Eles se moldaram instantaneamente. -Você é minha. Minha. Ele se sentia tão absolutamente certo, ao perceber que ela era dele, não importava como, ele não iria deixá-la ir. Amaury tomou seus lábios em um beijo feroz, marcando-a, queimando a memória dela em seu cérebro. Seus lábios estavam crus quando ele a soltou, e Nina respirou tão forte como ele. -É melhor que você me diga que você me quer também. - Ele procurou seus olhos para uma resposta. -Eu quero, mas... - ela começou. Seu coração disparou. Ela o queria.
-Nada de mas. Se você me quer, você me tem. Tudo de mim. E eu levo tudo de você. Sem reservas. Ele sentiu seus braços circulando ao redor de seu torso, como se nunca mais fosse soltá-lo novamente. -Eu sou um bastardo de sorte - ele sussurrou contra seus lábios. -Por favor, me diga que você quer ser minha. - Ele precisava ouvi-la, precisava saber que não estava sonhando, que ele não a estava interpretando mal. Nina se afastou um centímetro e olhou para ele. -Amaury, eu quero você, mas eu tenho medo que você me jogue de lado, quando você já tiver o suficiente de mim. -Mulher tola. Eu posso ser um idiota, mas não sou estúpido o suficiente para deixar ir a melhor coisa que já me aconteceu. -Você está com fome agora? - Havia um brilho perverso em seus olhos. Ele estava faminto. -Sim, com fome de seu corpo e seu sangue. -Vai doer? Amaury sorriu. -Não. Será como um orgasmo ondulando através de seu corpo. Ele estremeceu com o pensamento. Logo, suas presas iriam cravar em sua veia e ele iria beber dela, enquanto ele empalava-a com seu pênis. Não haveria nada melhor do que beber da mulher que ele desejava, enquanto ele fazia amor com ela. Amaury tomou uma respiração profunda e inalou seu perfume. Ela seria sua mulher. Ele nunca tinha sido tão seguro de qualquer outra coisa. Nina dava paz a sua mente e prazer ao seu corpo. Quanto ao seu coração? Se ele não se conhecesse melhor, diria que ela estava descongelando seu coração também.
Nina se sentiu constrangida com a forma como ele estava devorando-a com os olhos. Nenhum homem jamais olhou para ela assim. Amaury parecia imponente quando estava em seu pequeno
estúdio, e ainda, este poderoso vampiro tinha acabado confessar que ele a queria. Ela, uma ninguém. E ele chamava isso de sorte. Seu corpo pressionou contra o dela, e ela podia sentir cada músculo, um em particular. Ele a desejava, e a evidência disso cutucou contra seu estômago, duro, grande e pedindo atenção. Ela sabia que estava completamente louca de desejo, de estar com o vampiro. Não apenas qualquer um, claro, mas Amaury. Como se ela tivesse o mesmo fascínio com os vampiros como o que ela tinha reconhecido nos rabiscos incoerentes de Eddie. E o que ele conseguiu? Uma morte prematura. Será que seu destino seria o mesmo se ela brincasse com fogo, e o fogo sendo Amaury? E se ele estivesse certo e não conseguisse se controlar quando ele a mordesse? Será que ele a deixaria seca? Sim, ela estava com medo, mas tinha ainda mais medo de não estar com ele. Sob seu toque ela estava viva, e finalmente sentiu uma conexão com alguém. Uma ligação que ela não estava disposta a desistir, não importando o que isso significasse a longo prazo. Nina não estava pensando em um futuro. Era perigoso sonhar com um futuro. Ele criava expectativas, e ela não queria isso. Ela não queria esperar algo e depois se decepcionar. Ele só levava a mais dor. Se Amaury a quisesse agora, ela teria que segurá-lo o quanto pudesse, mas se preparar para quando ela o perdesse, percebendo que isso não foi feito para durar. Ela reconheceu a luxúria em seus olhos e a fome pelo sangue dela, mas ela não iludiu a si mesma. Ele era um vampiro, ele era lindo, e ele iria permanecer jovem para sempre. Ela não tinha nada para lhe oferecer, só seu corpo e seu sangue. Talvez por algumas semanas ou mesmo alguns meses, ele seria dela. E então ele passaria para outra conquista. Mas ela não iria pensar sobre isso, não esta noite. Hoje à noite ela ia fazer algumas memórias que ela pudesse manter para si mesma, para quando ela estivesse sozinha novamente. -Você vai me beijar? - Nina perguntou para ele. -Só se você me disser o que está acontecendo por de trás desta testa franzida. Você está tendo segundos pensamentos? Nós não temos de fazer isso se você não quiser. Eu estarei com você, mesmo se não quiser me dar seu sangue.
Nina balançou a cabeça. -Não. Eu não quero que você faça isso com mais ninguém. - Sua objeção saiu mais duras do que tinha previsto. Um enorme sorriso se espalhou pelo rosto inteiro. -Não há necessidade de estar com ciúmes. -Ciúmes? Quem está com ciúmes? - Ela não queria ser vista como algumas amigas, carentes e irritantes. Os homens corriam na primeira chance que eles tinham. -Você, chérie. Você está com ciúmes. - Amaury beijou ao longo da borda de sua mandíbula. -É adorável. - Seus lábios percorriam seu pescoço, plantando beijos de boca aberta ao longo do caminho. Ela inclinou a cabeça para lhe dar melhor acesso e prendeu a respiração. Ela iria sentir suas presas a qualquer momento. Seu pulso batia violentamente sob sua pele e seu coração disparou. De repente, ele riu e levantou a sua cabeça para encontrar seu olhar. -Você não acha que eu ia mordê-la agora, não é? Nina tentou puxou-se para fora de seus braços. Ele estava brincando com ela. –Você... -Shh, Nina. - Ele colocou o dedo sobre os lábios. -Quando eu tomar seu sangue, eu quero fazer amor com você. Eu quero sentir o seu corpo nu se juntando ao meu. Eu quero que você se lembre desse momento para o resto de sua vida e pense, no futuro, sobre o prazer mais incrível que duas pessoas podem experimentar juntas. Este momento vai ser especial, para nós dois. Não há nenhum jeito de me fazer apressar isso. Confie em mim, eu quero isso mais do que você possa imaginar. Seu coração saltou com a admissão dele. Ela correu de volta para os seus braços e moveu os lábios sobre os dele. -Você não pode querer isso mais do que eu. Sua risada suave fez cócegas em sua boca. -Se você desejar isso apenas metade do tanto que eu desejo, eu vou morrer um homem feliz.
-Mas você não é imortal? -Muito bonito. Eu acho que eu vou ter que ser o homem mais feliz vivo então. -Quer dizer que isso vai fazer você feliz? -Não isto, mas você, chérie. Só você. O beijo de Amaury era suave e macio, quase reverente, como se ele a adorasse. Sua boca junto a dela, mordiscando suavemente seus lábios, provocando e degustando. Nina inalou o seu cheiro, uma mistura de terra e couro, ela pensou. Ela o reconheceria em qualquer lugar apenas por seus lábios e seu perfume. Seus sentidos estavam em sintonia com ele, tendo-o em todos os detalhes, como ela sentia a sua pele, como ele soava, mesmo os batimentos cardíacos que sentia em sua mão, que ela repousava sobre o peito. O batimento cardíaco de um vampiro. Um coração que batia rapidamente e de forma desigual contra a mão, como se quisesse falarlhe de seus sentimentos em código Morse. Assim como reduzir a sua necessidade pulsava contra ela em um ritmo diferente. Seu longo e duro pênis apertava contra ela com cada respiração que ele tomava, certa e uniformemente. Ela se sentia segura em seus braços, conforme ele a segurava, uma mão segurando a parte de trás do seu pescoço, a outra serpenteava em volta de sua cintura. Só agora ela percebeu que seus pés não tocavam o chão. Ele levantou-a e a manteve suspensa no ar, como se ela não pesasse nada. -Estou sonhando? - Ela murmurou contra seus lábios. -Se você estiver então estamos tendo o mesmo sonho. E eu prefiro não ser acordado. - Seus lábios reivindicaram os dela, e dessa vez ele a beijou com mais urgência, cutucando seus lábios com a língua sondando, até que ela se rendeu a sua demanda. Nina sentiu ele se mover, e, momentos depois, eles deitaram na cama. Quando Amaury rolou para o lado, sua mão foi para debaixo de sua camiseta. O momento em que seus dedos tocaram a pele nua de suas costas, ela sentiu como se fosse entrar em combustão espontânea. Não podia deixar de escapar um gemido de seus lábios, todo esse tempo se transformou em uma poça de desejo desenfreado. A hábil língua dele foi mais fundo e estimulou o seu corpo a sentir
mais prazer, enquanto o polegar passava ao longo de sua espinha e a acariciava eroticamente. Suas mãos trêmulas trabalhavam nos botões da camisa dele, mas sua boca era muito perturbadora para que ela se concentrasse em qualquer outra coisa. Ela era incapaz de fazer suas mãos trabalharem de forma coordenada. Nina lançou um suspiro de frustração. Ele imediatamente se afastou para olhar para ela. -O que há de errado? -Eu não consigo abrir esses malditos botões. A risada de Amaury soou como música nos seus ouvidos. Parecia um chuvisco morno descendo sobre ela, acalmando-a. -Por que você não os arranca? Eu sei que você é boa nisso. Ela não precisou de outro convite. Sua camisa danificada caiu no chão alguns segundos mais tarde. Antes que ela pudesse voltar a dar atenção ao peito dele, ele puxou a sua camiseta sobre a cabeça. -Muito melhor, - ele comentou, com seus olhos pousando em seus seios nus. Sob seu olhar era quente, ela sentiu que seus mamilos estavam rígidos. Nina notou seu sorriso malvado quando ele olhou para seu rosto. -Oh, sim, muito, muito melhor. Eu espero que você não tenha outros planos para esta noite, chérie, porque eu não tenho a intenção de deixá-la escapar de meus braços novamente. -Promessas, promessas. - Ela passou a unha sobre o peito dele, desenhando um círculo de lazer ao redor de seu mamilo. Enquanto os músculos dele eram duros, sua pele era surpreendentemente suave. -Você pode levar essa promessa para o banco, é tão boa quanto ouro. -Se eu tivesse um centavo por cada promessa... – ela não conseguiu completar sua frase, pois encontrou-se presa por seu corpo, sua boca quente beijando seus lábios. -Calma, chérie, deixe-me amar você. - Ela nunca o tinha ouvido falar com tanta ternura.
Amaury sentiu o corpo quente de Nina embaixo dele, seus seios deliciosos esmagados em seu peito. O calor de seu corpo penetrou-lhe e inflamou suas células. O apelo que ela tinha sobre ele era irresistível. Seu perfume criava um casulo em torno dele, como se para protegê-lo de tudo o mais. Ela era a única mulher com quem ele queria estar. Sua fome por ela agora, era palpável. Com dificuldade, ele empurrou-o de volta, não querendo baratear essa experiência com a pressa. Esta seria uma memória que seria muito prezada, um evento que iria recordar com muita alegria. Nenhuma outra mulher jamais lhe tinha dado tanta alegria, mandando tal prazer através de seu corpo. Seus suaves gemidos e suspiros só alimentavam o fogo queimando dentro dele. Amaury ajeitou-se entre suas coxas e deixou o cume duro de seu pênis contra a sua vagina. Mesmo através das roupas, ele podia sentir sua umidade e calor, enquanto ela respondia a ele com seus quadris ondulantes. Ah, sim, os pequenos fogos de artifício, ele a queria tanto quanto ela o queria. Mesmo sem sentir suas emoções, ele sabia desse fato, com certeza. E ela teria tudo dele. Ele se afastou um pouco para dar às mãos a chance de espalmar seus seios lindos. Os mamilos duros gritavam para serem tocados. Pequenos brotos eretos, rosa e duros, cumprimentaram as pontas dos seus dedos. -Prometa-me, que você nunca vai escondê-los de mim sob um sutiã. - Ele queria esses frutos maduros sempre acessíveis às suas mãos famintas e nunca restritos por qualquer veste. Eles deviam sentir sempre suas mãos acariciando-os, seus lábios beijando-os e sua boca sugando-os avidamente. Talvez até mesmo suas presas tomariam sangue ali, alimentando-se dela. Seu pênis empurrou violentamente com a imagem erótica. -Você não gostaria de me despir? - Nina provocou, mas ele não se importou. -Ah, eu gosto de ver você se despindo, mas eu não quero nada, nem ninguém tocando esses seios lindos, somente eu. Eu não quero um sutiã tendo mais contato com eles do que eu. Eu poderia ficar com ciúmes. - E ele o faria. Ele teria inveja do sutiã que iria envolver seus globos gêmeos todos os dias, enquanto eles saltavam para cima e para baixo. Não, ele devia ser o único a ter permissão para fazer isso, para suportar seu peso, para abraçá-los, apertá-los, massageá-los.
-Isso é uma ordem? Amaury esfregou o dedo sobre seu mamilo. -Vamos chamar de... sugestão. - Ele sabia o quão pouco ela iria responder a uma ordem. Nina arqueou em sua mão. -Qualquer outra... sugestão? - O olhar que ela deu sob os cílios era sensual e fez o seu coração parar momentaneamente. Será que ela realmente o estava atraindo para fazer mais demandas? Ele tinha alguns outros pedidos escondidos que ele não se importaria se ela cumprisse. -Algumas. Se você aceitá-las. - Lentamente, ele amassou a carne flexível na palma da mão. Então seus lábios desceram sobre sua pele sedosa, e ele deixou-os deslizar sobre seu mamilo. Sua língua lambeu a carne, e sua respiração a seguiu, como fantasmas sobre sua pele úmida. Nina deu um gemido estrangulado enquanto o mamilo se transformou em um pico de pedra. -Você está tentando me matar? -Pelo contrário, eu vou fazer você se sentir mais viva do que você já esteve. - Resumidamente ele olhou para sua tarefa deliciosa e encontrou o seu olhar. -E isso é uma promessa. E ele cumpriria essa promessa. Minutos depois, eles estavam despidos. Nada poderia ficar no caminho de sua boca e mãos ávidas, agora. Ele estava oscilando à beira de seu controle quando acomodou o corpo dela debaixo do seu, mais uma vez. Sua excitação era como um farol levando-o a um tesouro enterrado, procurado há muito tempo. Amaury respirou fundo, inalando seu perfume, deixando-a provocar suas narinas, encobrir sua língua e permear seus pulmões. O cheiro doce, como a droga poderosa que ela era para ele. Por um momento, ele se manteve ainda por cima dela, seu peso apoiado sobre os joelhos e braços, quando ele a encarou. O rosto de Nina estava brilhando, seus doces cachos enrolados e amarrotados, com os olhos bem abertos, expectante, mas não com medo. -Por favor, - foi tudo o que ela disse, mas suas ações, disseram
mais. Suas pernas estavam em volta de sua cintura, e lentamente ela o puxou para baixo com ela, até sua ereção se enterrar na entrada de seu núcleo. A umidade quente cumprimentou-o, convidando-o. Seu corpo estremeceu com a tensão, antecipando seu aperto, seu calor, enquanto ele se segurava, para, por um segundo apenas, saborear o momento. Amaury sentiu o acerto de sua decisão, sua determinação em fazer o que precisava. -Você é minha. - Sua reivindicação era como um grito de batalha, quando ele seguiu em frente e empalou-a com seu pênis, deixando seus músculos tensos lutarem contra ele, estava preso em uma gaiola, que nunca seria capaz de escapar. Que nunca mais queria escapar. -Oh, bebê - ela sussurrou sem fôlego. Ninguém jamais o chamou de bebê. -Muito grande? Nina balançou a cabeça. -Perfeito. Era tudo que ele precisava. Amaury se retirou de sua vagina apertada, deixando seu pênis escorregar para fora, ficando apenas a sua cabeça bulbosa, antes que ele mergulhasse de novo em seu calor molhado. Com cada curso, suas bolas batiam contra sua carne, acrescentando apenas a sensação sedutora de seus músculos agarrando-o. Nina jogou a cabeça para trás e se arqueou para ele, encontrando suas estocadas, uma por uma. Seu pescoço sensível ficou exposto a sua visão, a veia pulsando sob a pele pálida, chamando-o, convidando-o. -Nina, eu preciso de você. - Ele afundou seus lábios sobre seu pescoço. Um movimento assustado foi a sua resposta. Teria ela mudado de ideia? Antes que ele pudesse puxar para trás, sentiu a mão em seu pescoço, pressionando-o para mais perto dela. -Sim, Amaury. Suas palavras eram como uma sinfonia para os seus ouvidos, como anjos cantando. Ele podia cheirar seu sangue, quase prová-lo. Suas presas se alongaram, e depois, sem qualquer pressa, as pontas afiadas picaram sua pele e se dirigiram para dentro dela.
O cheiro de seu sangue agrediu-o instantaneamente, quase lhe roubando os sentidos, por ser tão intenso. O líquido espesso revestiu a sua língua e escorreu para o fundo de sua garganta. Quente, doce e abundante, se espalhou em sua boca. Seu primeiro gole era como a primeira mordida após uma fome sem fim. Rico, nutritivo e inebriante. Seu pênis pulsou violentamente quando o sangue reabasteceu o seu corpo, e o ritmo de seus quadris aumentou. Amaury a ouvia gemendo em seus ouvidos, descontrolada, selvagem. As unhas de Nina escavaram em suas costas enquanto ela resistia contra ele. No momento em que sentiu a boca de Nina em seu ombro e seus dentes mordendo-o, ele soube o que precisava. Seus contundentes dentes humanos nunca perfurariam sua pele, mas ele podia fazer isso por ela. Ele não poderia parar a sua próxima ação. Era como se o seu coração o tivesse imobilizado e o seu cérebro ditasse os movimentos de seu corpo. Sua mente não era mais o seu mestre. Pela primeira vez em sua vida como um vampiro, seu coração governou supremo. Como se estivesse em transe, Amaury tirou os dentes de seu pescoço e a puxou de volta. Nina instantaneamente deixou o seu ombro. -Não pare, por favor, não pare, - ela implorou. -Eu não vou. - Com a unha, cortou a pele de seu ombro. Segundos depois sangue escoou do corte. Ele olhou nos olhos nebulosos de paixão. -Beba de mim, chérie, por favor, deixe-me ser seu. Ele observou sua mudança de expressão, primeiro a surpresa, então as juras. Mas não houve cuidado em demasia, nem dúvidas. -Isso não vai transformá-la em um vampiro, você vai ficar humana. Mas eu vou ser seu. - E ela seria sua, para sempre sua companheira. Ligados pelo sangue para a eternidade. Ligada a ele. Para protegê-la para sempre. Seu coração tinha tomado a decisão por ele. Não havia nenhuma maneira para pará-lo. Ele poderia explicar todos os detalhes para ela mais tarde, mas agora não poderia parar este momento mágico. A boca de Nina desceu para o corte. Sua língua saiu e rodou no sangue, antes que ela mudasse para os lábios em torno dele e começasse a chupar. Sua ação enviou um raio através de seu corpo. O peito de Amaury lançou um grunhido triunfante. Um momento depois ele afundou suas presas de volta em seu pescoço.
-Sempre. E então, ele podia senti-la, finalmente, sentir suas emoções. Agora era uma fome diferente, ele precisava ainda mais, não só a necessidade de sangue para alimentá-lo, mas o seu sangue para completá-lo, para estabelecer seu vínculo inquebrável. O sangue de Nina encheu-o e se misturou com o seu próprio em um processo que poderia mudar todo o seu DNA. Se ela quisesse, ele poderia ter filhos com ela. Mas acima de tudo ele sempre estaria ciente dela, sentindo-a, sabendo o que ela estava sentindo, assim como ela faria com ele. Suas almas estariam conectadas. A sensação de paz se espalhou dentro dele, aquecendo seu coração. Nina era dele. Amaury ergueu seu pescoço e retirou suas presas. Sua língua suavizou as incisões e as selou instantaneamente. A boca de Nina ainda chupava seu ombro, e ele foi pego em uma sensação que se apoderou dele. Ela estava levando sua essência com ela, aceitando-o pelo que ele era. -Sim, leve-me dentro de você - ele sussurrou em seu ouvido. Com cada gota de sangue que ela tomou dele, sentia sua excitação crescer. Ela estava tão escorregadia, seu pênis escorregava para trás e para frente em rápida sucessão, bombeando dentro dela, atingindo seu ponto doce com cada estocada. Ele usou cada última gota de seu controle para segurar sua liberação, até que ele, finalmente, sentiu sua respiração se tornar errática e seu corpo tencionar para cima. Um segundo mais tarde ele gozou caindo em cima dela, e seus músculos se apertaram em torno dele. Com um último impulso, ele enterrou-se dentro dela, tocando seu ventre e inundando-a com sua semente. Seu pênis pulsava, liberando fluxo após fluxo, em sua vagina quente. A boca de Nina soltou seu ombro. Ela parou de beber dele. Seus olhos estavam fechados quando ele olhou para ela. -Nina, você está bem? Ela soltou um suspiro, havia uma gota de seu sangue nos seus lábios inchados. -Hmm.
Amaury beijou-a suavemente. Minha.
Capitulo 28 Nina se sentia diferente. Nunca antes o sexo a tinha afetado assim. Se ela não soubesse mais, diria que Amaury era um mágico, não um vampiro. Sentimentos estranhos invadiram sua cabeça, fazendo-a sentir-se quase tonta. Sensações de possessividade, carinho e satisfação, invadiram seus pensamentos. Eram os seus pensamentos? Por que ela estava, de repente, pensando em tais termos? Afinal, isso era apenas sexo. Ela entendia de homens o suficiente para saber que, mesmo que eles encontrassem uma parceira que pudesse satisfazer as suas necessidades sexuais, isso não significava que não iriam se desviar e tentar encontrar variedade em outras mulheres. Ela não era ingênua. Nina tentou sacudir as emoções estranhas. Talvez o seu nível de açúcar no sangue estivesse baixado e ela precisasse comer. Isso explicaria por que ela se sentia tão tonta. É claro, um orgasmo alucinante como o que ela tinha tido, graças às habilidades tremendas de um vampiro super sexy, também podia causar tontura, ela pensou. Ela levantou a cabeça do peito de Amaury para olhar para ele. Ele a puxou para cima, esparramando-a sobre ele, momentos depois de seu clímax sacudi-la violentamente. Ela nunca tinha visto um homem perder o controle como ele tinha perdido. Como se ele deixasse cair todas as paredes, todas as proteções e todos os fingimentos. -Você me matou - disse ele sem abrir os olhos, sua boca se curvando em um sorriso. -Isso foi bom. - Nina minimizou seu ato sexual. Ela não ia cair na armadilha de se tornar uma namorada grudenta, agora. Com certeza isso o faria correr mais rápido do que se ela o perseguisse com uma estaca. Claro, ele disse coisas incríveis para ela, que queria ser dela, mas isso foi durante o calor da paixão. Ela nunca colocaria muito peso sobre o que um homem dizia na cama. Os olhos de Amaury se abriram, e ele a imobilizou com um olhar intenso. -Bom? - Os músculos de seu peito apertaram sob ela. -Isso é tudo
que você tem que dizer? Ah, agora ela estava em apuros. O homem queria ouvir mais do que apenas um bom por seus esforços. Ela nunca imaginou que ele iria se transformar em um falcão, caçando elogios. -Bem, foi muito bom. Ele apoiou a cabeça. -Muito bom? Evidentemente muito bom, não foi suficiente também. -Espetacular, além deste mundo, de explodir a mente? - ele persuadiu. O coração de Nina pulou. Ele sentiu isso também? -Deus, mulher, você está tentando me dar um complexo de inferioridade? Seu bufo exasperado a fez rir. Deixá-lo louco acabou por ser muito divertido. -Complexo de inferioridade? Você? Eu não acho que eu pudesse ter sucesso com isso, mesmo que eu tentasse. Você é apenas um homem muito cheio de si mesmo. Um segundo depois, ela encontrou-se debaixo dele, presa entre ele e o colchão, numa posição que ela cada vez mais apreciava. -Cheio de mim mesmo, hein? - Amaury cutucou seu pênis, já inchado, contra ela. -Quer que eu lhe mostre, de novo, como se sente ao estar cheia de mim? Não havia a menor dúvida em sua mente sobre o que ele quis dizer. -Você tem certeza que eu preciso de mais uma demonstração? Sua respiração flutuou em seu rosto. -Chérie, eu vou te dar quantas demonstrações você precisar, até que esteja pronta para admitir que eu satisfiz todas as suas necessidades. - Seus quadris se moveram, fixando o seu pênis pesado em seu sexo. Nina se moveu contra ele, fazendo sua ereção escorregar sobre o seu clitóris ainda sensível. A respiração disparou, escapando dele.
-Diga-me, - ele hesitou, -quantos golpes do meu pênis você quer, que eu vá devagar, ou você prefere que eu te foda duro e rápido? O suor escorria em sua testa. Tornou-se difícil respirar com as imagens vívidas que ele projetava. -Eu tenho que tomar uma decisão agora? Seus quadris em círculos esfregavam a sua ereção sobre seu centro de prazer mais uma vez. -Não. Você pode apenas deixar que eu cuide de você como eu achar melhor. -Você é sempre assim possessivo? -Possessivo, eu? - Ele sorriu descaradamente. –É, definitivamente, uma primeira vez para mim. Amaury puxou os quadris para trás e lentamente deslizou em seu canal úmido. Involuntariamente, Nina resistiu contra ele, acolhendo o seu eixo duro quando ele a encheu. -Você sempre tem que estar no topo? -Nem sempre, mas agora eu quero ver o seu rosto quando eu te fizer gozar. Não há nada mais atraente do que ver como seus olhos ficam tão sonhadores. - Ele pontuou sua palavra com um impulso de seu pênis. -E seus lábios. - Outro impulso. -Suas bochechas corando. Ele mergulhou mais fundo. -Eu acho que captei o seu ponto, - ela respondeu asperamente. Ele tinha uma forma de apoiar as suas explicações com exemplos. -É claro, também há muito a ser dito para outras posições, - ele colocou e retirou sua ereção, deixando-a desolada. -Tais como? Ele se afastou dela e magistralmente a virou sobre o seu estômago. -Tal como a visão do seu traseiro sexy quando eu te foder por trás. Ele espalmou suas bochechas redondas, enviando um arrepio pelo corpo dela. -Eu acredito que ainda te devo uma surra, - Amaury anunciou.
-Por quê? - Ela parecia muito ansiosa para seus próprios ouvidos. Será que ele percebeu isso? -Você me deu as costas ontem à noite. Essa falta de respeito não pode ser tolerada. -Eu entendo. - Nina levantou a traseiro ligeiramente em direção a ele, com antecipação. -Eu fui má. -Muito má, - Amaury confirmou. -Mas eu não sou cruel. Uma onda de decepção tomou conta dela. Ele não ia castigá-la? Agora que ela tinha ficado toda animada sobre isso. -Não? -Não. Então, para cada tapa que suportar sem protesto, você será recompensada. -Como? - Sua voz ecoou na sala pequena. O batimento de seu coração chegou a seus ouvidos, quase a ensurdecendo. -Isso eu vou decidir. - Suas mãos acariciaram sugestivamente sobre seu traseiro, antes de um deslizar ao longo de sua fenda varrendo suas dobras femininas. Um longo dedo mergulhou em seu calor, sufocando um gemido de sua garganta. Nina cerrou os músculos para segurá-lo, mas tão rapidamente quanto ele invadiu sua vagina, ele escapou.
Amaury olhou para o corpo nu de Nina, para as ondas persuasivas de seu traseiro sexy, arqueadas para ele. Ele realmente encontrou ouro. Sua companheira de sangue não só era linda e forte, mas gostava das mesmas diversões na cama que ele adorava isso encheu seu peito de orgulho, quando ele olhou para ela e contemplou o seu destino. Ela aceitou-o, tomando seu sangue e unindo-se a ele. O conhecimento de que ela era a sua para sempre não podia ser comparado a qualquer outra coisa que ele já havia experimentado. E ele começou seu relacionamento direito, afirmando a sua reclamação sobre ela e mostrando a ela o que ela poderia esperar dele nos próximos séculos: sexo alucinante, devoção total e sua proteção até a morte. Ele iniciou com um estrondo, ou melhor, uma bofetada. Amaury puxou-a para as mãos e os joelhos. Um momento depois,
a palma da sua mão conectou com a carne dela, fazendo-a balançar a bunda. Apenas um gemido reprimido veio de seus lábios. -Boa menina, - ele elogiou e centrou-se atrás dela, empurrando o pênis na entrada de seu canal quente. Sua vagina rosa brilhava como pétalas de flores após uma chuva de primavera, e seu creme revestia a cabeça de seu pênis, ele deslizou uma polegada de profundidade depois parou. Nina tentou deslocar em direção a ele para levá-lo mais profundamente, mas ele a segurou no lugar. -Não, Nina. Você só vai conseguir tanto quanto você merece. -Ele apertou a mandíbula, tentando lutar contra a tensão com que ela apertou a ponta do seu pênis. Sua única esperança era que ele durasse o suficiente para fazê-la gozar. A maneira como ele se sentia agora, ele tinha sérias dúvidas. Sentia-se como um jovem inexperiente que se derramava no momento em que sentia o toque de uma mulher. -Mais, - Nina exigiu, com voz rouca. Deus, como ela transformouo com apenas um som. Como o chamado de uma sereia. Amaury lhe respondeu com uma palmada rápida na outra bochecha de sua bunda. Um pouco mais duro desta vez, deixando uma impressão rosada da palma. Ele sentiu o movimento estender-se ao seu pênis, enquanto seus músculos se apertaram em torno dele. Ele enviou um formigamento às suas bolas que, instantaneamente, se tornaram apertadas. No mesmo movimento ela empurrou de volta e levou-o mais fundo. Amaury bateu em seu traseiro imediatamente, para fazê-la ciente de sua desaprovação. -Pare com isso, Nina. - E para uma boa medida ele esbofeteou uma vez, esquerda, direita. Ela gemeu no colchão. Sua mão foi para o seu cabelo e ele puxou a sua cabeça para cima. -Deixe-me ouvi-la. Não há vergonha nenhuma em admitir que você goste de algo selvagem. - Na verdade, ele acolheu o conhecimento de que Nina queria o que ele tivesse para oferecer. Seu pênis estava a meio caminho dentro dela, e ele não tinha força de vontade para sair. As vibrações que cada tapa enviava para seu pênis e bolas eram demais para resistir. Com cada onda, sua vagina agarrava e apertava, fazendo-o ir mais fundo. -Droga, Amaury, faça isso de novo! - Sua mulher turbulenta
estava toda selvagem nele, exatamente como ele gostava. Agora ela estava pronta para ele. -Essa é a minha garota. - Com o próximo tapa ardendo no seu traseiro delicioso, ele dirigiu seu pênis ao máximo, batendo as bolas contra sua vagina. Ele percebeu que ela gozaria logo. Serpenteando o braço ao redor de sua cintura, deixou cair a mão na junção de suas coxas e encontrou seu clitóris inchado e sensível. Amaury umedeceu os dedos com sua nata e deslizou no botão ingurgitado, puxando-o suavemente. Os músculos de Nina se apertaram em torno de seu pênis, em resposta. Porra, ela estava bem apertada. -Porra, Nina, você está me matando. Ela soltou um gorgolejo de um riso e encontrou seu impulso seguinte com uma ferocidade ainda maior. Ele tocou e apertou o seu clitóris no mesmo instante, arrancando um grito descontrolado de sua garganta. A pequena sedutora estava tentando roubar seu controle, mas ela não o conhecia bem o suficiente para perceber que ele não se permitiria chegar ao orgasmo antes de enviá-la sobre a borda. -Venha bebê, você quer isso - Nina provocou. -Você primeiro! Amaury abaixou a cabeça para seu pescoço e afundou seus lábios sobre sua pele, beijando-a enquanto ele continuava a torturar sua protuberância ingurgitada com os dedos. Seus dentes rasparam contra o pescoço dela, provocando um arrepio nela. -Não é justo, - ela reclamou e gemeu. -Tudo é justo no amor e na guerra. Amor? Ele não tinha tempo para contemplá-la. Um momento depois, um visível tremor trespassou-a, e então ele sentiu que as ondulações viajavam através dela e batiam no seu corpo. Com um gemido triunfante, ele dirigiu nela novamente e caiu sobre a borda, encontrou seu alivio em seu corpo tremulo, roubando-lhe todos os seus sentidos.
Capítulo 29 Amaury encontrou-se embalando Nina nos seus braços, encostoua de volta sobre seu peito, encaixando-se com ela de modo a ficarem juntos pelos quadris. Será que ele tinha caído no sono depois de fazerem amor? Bem, ele estava acordado agora, e seu pênis por algum motivo estava deslizando lentamente para trás e para frente ao longo do sexo de Nina. A umidade escorria de suas pétalas suaves, revestindo seu eixo. Foi isso que o acordou? Porra, ele estava excitado. Ele não poderia manter-se longe dela nem mesmo durante o sono? Ele tirou uma mecha de cabelo do rosto dela e arrastou os dedos sobre seu pescoço. As marcas da sua mordida não era mais visíveis, mas o seu sangue estava correndo em suas veias e o seu nas veias dela. Ele nunca mais iria tomar sangue de qualquer outra pessoa novamente. Nina seria agora a sua única fonte de vida. Os vampiros ligados por sangue com seres humanos, em vez de outros vampiros, rejeitavam o sangue de outra pessoa. Somente o sangue de seus companheiros poderia sustentá-los enquanto eles viviam. Era assegurada absoluta fidelidade, confiança e devoção num casal ligado por sangue. Não que Amaury pensasse que fosse querer tocar em outra mulher, para além de Nina, nem mesmo sem ser vinculado por sangue. Sua bela adormecida não tinha ideia do poder que lhe tinha dado. Ele iria explicar para ela, uma vez que tivessem se estabelecido em sua nova vida juntos. Ele deslizou a palma da sua mão sobre o ombro e beijou sua pele pálida. Nina se mexeu. Com movimentos longos, lentos, ele moveu os quadris para trás e para frente, deslizando languidamente ao longo de sua entrada quente. -Você está tentando se aproveitar de mim, enquanto eu estou dormindo? – Perguntou com sua voz sonolenta.
-Você gostaria que eu o fizesse? Em vez de uma resposta, Nina levantou a perna um pouco e com a mão guiou sua ereção para dentro dela. Sua vagina estava encharcada com seus sucos e a semente dele. Ele nunca tinha conhecido uma sensação mais acolhedora. -Levei-a duro antes. Você não está dolorida? - Ele se moveu lentamente dentro e fora, deixando o ritmo de seu corpo guiar seus movimentos. -E seu ponto é? Sua resposta foi interrompida por um estrondo na porta. Então uma voz familiar. -Amaury! Amaury amaldiçoou sob sua respiração. Nina virou a cabeça, com um olhar ansioso no rosto. -Quem é esse? - Ela sussurrou. -Eu sei que você está aí. -Segure seus cavalos, Thomas. - Ele deu uma olhada tranquilizadora para Nina. -Não há nada para se preocupar. Ele é um bom amigo. – Amaury a beijou. -Devemos nos vestir. - Seu amigo tinha um bom motivo para aparecer em casa de Nina. Com certeza, seu tempo era escasso. Minutos depois, Amaury encontrou um Thomas impaciente olhando para o apartamento. Thomas assentiu secamente para Nina, então se dirigiu a Amaury. -Você não respondeu à chamada. Amaury se lembrava de ter definido o celular para o modo silencioso, para que ele não fosse incomodado. -Como você me encontrou? -Vamos apenas dizer que eu tive um palpite de onde você estaria, quando eu não te encontrei em casa. - Seu olhar foi para Nina. Desculpe-me, eu não me apresentei. Eu sou Thomas. Ele estendeu a mão para apertar a de Nina. O estômago de Amaury se contorceu quando viu o amigo tocá-la, apesar de o toque ser inocente. Era assim que ele iria se sentir a partir de agora, quando
outro homem chegasse perto dela? Droga, ele estava em uma montanha-russa. -Prazer em conhecê-lo, Thomas. Eu sou Nina. Ele percebeu como Thomas respirou fundo, em seguida, olhou-o com um olhar de surpresa. Antes que seu amigo pudesse comentar sobre o que tinha percebido, Amaury continuou a conversa. -Por que você estava procurando por mim? Thomas andou ao redor da sala, examinando claramente a cama bagunçada. -Não sou eu quem está procurando por você. Estou aqui por ordens de Samson. Temos uma pista sobre Luther. -Qual é o plano? -Nós vamos atrás dele. - Thomas olhou para o relógio. -Vamos. Já me custou mais de uma hora encontrá-lo. Todos estão se reunindo na casa de Samson. Amaury olhou para sua companheira. -Nina, pegue seu casaco. Você virá comigo. Thomas levantou uma sobrancelha. -Eu não acho que seja sábio. -Eu não a vou deixa-la desprotegida. -Amaury, eu posso ficar aqui se o seu amigo não… Ele a cortou. -Não, você está vindo comigo. - Ele deu a Thomas um olhar de advertência. Não haveria nenhuma maneira no inferno de deixá-la sozinha, enquanto Luther estava lá fora. Se Thomas pode sentir o cheiro dele ligado com ela, então Luther também poderia. Ele tinha acabado de colocá-la em maior perigo do que antes. Ao fazer o seu movimento, Amaury tinha dado ao seu inimigo outra frente para atacar. Nina virou-se para o armário ao lado do banheiro. Thomas deu um passo para Amaury. -Você está ligado por sangue com ela? - Ele manteve sua voz baixa para que Nina não pudesse ouvir a conversa.
-Sim. E isso não é da sua conta. -Você ficou completamente louco? -Eu disse que não é da sua conta. -O que não é da conta dele? – A voz de Nina veio por trás dele. Amaury girou. Ele não iria lhe contar sobre a desaprovação de Thomas pela sua união com ela e manchar a sua felicidade esta noite. -Nada, chérie. Você está pronta? -Ele pegou sua mão e foi para a porta. -Você vem, Thomas? Um baixo resmungar veio de Thomas, enquanto ele seguia para fora da porta. Amaury imaginou o que seu amigo estava pensando, mas não podia sentir suas emoções. Não era de admirar: após o sexo incrível que tivera com Nina, ele não seria capaz de ler as emoções de ninguém por quase uma hora. Sentiu-se muito bem, e nem mesmo Thomas poderia mudar isso. -Estou aqui com a minha Ducati, - Thomas anunciou quando saiu. -Eu vim de carro. Vamos segui-lo. - Pelo menos ele iria ficar mais alguns minutos a sós com Nina. Assim que eles se sentaram em seu Porsche e partiram, Amaury virou-se para Nina. -Eu vou ter que deixá-la na casa de Samson, assim você estará protegida. -Não seja ridículo. Eu não preciso de proteção. Ele sentiu sua resistência. -Você não vai vencer esta batalha, então pode esquecer. Você é minha mulher, Luther não hesitará em usar esse fato contra mim. -Sua mulher? De onde você tira essas expressões? Estamos no século XXI, se você não percebeu ainda. Eu sou a mulher de mim mesma. Amaury colocou sua mão sobre a dela e a apertou. Nina não podia aceitar que ele estava lá para protegê-la? Ele tinha que ter escolhido para sua mulher uma fortemente independente, não era? -Chérie, você é minha, tanto quanto eu sou seu. Acostume-se com isso.
Amaury puxou a mão dela para sua boca e beijou-a. Ele sentiu-se ficar duro na resposta e se mexeu na cadeira para acomodar seu pênis inchado. -Você sempre tem que ter as coisas do seu jeito? Ele deu-lhe um olhar sério. -Não necessariamente. Mas você tem que entender uma coisa: você é minha para proteger, e ninguém vai me impedir de fazê-lo, nem mesmo você. Ele deixou o carro em um lugar fora de casa vitoriana de Samson. Thomas já tinha estacionado sua moto. Antes que Nina abrisse a porta, Amaury a puxou para seus braços. -Prometa-me que vai ficar aqui até que eu esteja de volta. Ela olhou para ele como se quisesse arranjar uma maneira para questionar a sua ordem, como se quisesse protestar, mas ela simplesmente disse: -Tudo bem. Ele tomou-lhe os lábios e beijou-a ferozmente. Apesar de sua resistência inicial, Nina rendeu-se a ele e abriu os lábios. Amaury gemeu e mergulhou dentro dela, possuindo sua boca, socando com a língua, saboreando sua doçura. Será que ele merecia a sorte de ter uma mulher como ela? Uma batida na janela puxou-o para fora de sua felicidade. Thomas estava ficando impaciente. E acabou que ele não era o único que estava impaciente. No momento em que entrou na casa de Samson, ele e Thomas receberam a ordem de ir para o escritório. Samson esperava por eles, juntamente com o resto da turma: os quatro vampiros de Nova York e Ricky. Sem dar a Amaury um piscar de olhos, Samson apontou para um projeto. -Este é o armazém onde acreditamos que Luther está operando. Achamos que ele tem pelo menos quatro ou cinco homens com ele. Zane e Yvette vão entrar pelos fundos, Gabriel e Quinn irão pelo telhado, eu vou estar com Thomas, entrando pela frente. Amaury e Ricky, vocês vão pelo lado.
-Armas? - Gabriel perguntou. -Estacas e pistolas semi automáticas, com balas de prata. Ricky leve-os ao arsenal, enquanto estamos aqui - Samson ordenou e atiroulhe um conjunto de chaves. -Eu quero-o vivo, mas se suas vidas estiverem em perigo, vocês sabem o que fazer. Seus homens são todos novos vampiros. Eles são mais inexperientes e susceptíveis. Podemos usar isso contra eles. Finalmente ele olhou para Amaury. -Onde está Nina? Amaury não gostou da forma como a pergunta soou. -Na sala com Delilah. -Você a trouxe aqui? - Samson parecia indignado. Amaury enquadrou seu peito. -Ela tem de ser protegida. -Nós não podemos confiar nela. Temos razões para acreditar que seu irmão Edmund não está morto, mas foi transformado em vampiro, por Luther. Achamos que ele está trabalhando para ele. Amaury sentiu a garganta contrair. -Você tem certeza? -Noventa e nove por cento - respondeu Gabriel no lugar de Samson. -Ela é a toupeira mais provável e esteve entregando informação a Luther o tempo todo - Samson continuou. Amaury sacudiu a cabeça. Não. Isso não era possível. Nina não faria isso. Ela era sua companheira. Ele teria sentido se ela o estivesse traindo. Thomas limpou a garganta. -Você vai dizer-lhes, ou eu deveria? Ele olhou para o amigo gay e engoliu em seco, antes de virar-se para o olhar inquisitivo de seu chefe e melhor amigo. -Eu estou ligado por sangue com Nina. E, como tal, vou defendê-la com a minha vida, não importa de que lado ela está.
Amaury mal ouviu os suspiros coletivos e os comentários murmurados por seus colegas, quando ele olhou para a reação de Samson. Seu amigo fechou os olhos por um instante, em seguida, olhou para ele. - Amaury, como? O que aconteceu? Amaury deu de ombros, não era capaz de explicar nem para si mesmo. Tudo o que sabia era que Nina era dele, e ela permaneceria sendo dele. Se ela, de fato, estivesse do lado de Luther, ele iria fazer de tudo para levá-la para longe dele. E se os seus próprios amigos quisessem prejudicá-la, ele a levaria para longe daqui e viveria no exílio com ela. Enquanto ele estivesse com ela nada mais importava. -Ela é minha, Samson. Você, de todas as pessoas, deve saber como me sinto. Foi a única coisa que eu pude fazer. Samson assentiu lentamente. -Você sabe o que isso significa, não sabe? -Estou preparado para as consequências. Se ela é culpada, tudo que eu peço é que você me dê um dia de vantagem. E eu assinarei o meu rompimento com a empresa, para você. Samson ficou de boca aberta. -Você nos deixaria por ela? Amaury nunca tinha estado tão certo de qualquer outra coisa em sua vida. Ele trocaria duzentos anos de amizade, pela eternidade com Nina, em um piscar de olhos. -Ela é minha para proteger. Não há nada que eu não faria por ela. Amaury ampliou sua posição, pronto para provar que não estava blefando. -Ela brinca com você - Gabriel acusou. -Você de todas as pessoas. Eu não o avisei que isso só podia acabar mal? Mas você não me ouviu, não é? Como ela o levou a fazê-lo? Ela é realmente tão boa na cama, que lhe deu esse poder sobre você? Você está louco? Lívido de raiva, Amaury levantou o braço e balançou, mas não conseguiu acertar o rosto de Gabriel. Em vez disso, ele se viu sendo contido por Samson. Amaury torceu fora de seu controle e encarou-o. -Quando eu acabar com Gabriel, eu vou lidar com você! - Sim, ele tinha dado a Nina um poder sobre ele, mas ele confiava nela com sua
vida, ela não iria traí-lo. -Ninguém insulta a minha companheira. Com um aceno de cabeça de Samson, Zane e Quinn seguraram Amaury e torceram os seus braços para trás. Então Samson empurrou um dedo apontando para seu peito. -Você, meu amigo, agora me escute. Nós vamos atrás de Luther, e você pode estar conosco ou contra nós. Nina vai ficar aqui, Carl irá cuidar dela. Se ela fizer qualquer coisa suspeita, Carl vai contê-la. E não há nada que você possa fazer sobre isso. Delilah vai falar com Nina. A mulher de Samson era uma ex-auditora e, como tal, tinha uma maneira estranha de descobrir informações. -Vamos ver o que ela pode descobrir. Se ela provar que é inocente, você vai ter minhas sinceras desculpas, mas, no momento, a minha palavra é lei. Então, o que é que vai ser? Amaury puxou-se contra Quinn e Zane, mas os dois não se mexeram uma polegada. Com desafio ele olhou para Samson. -Eu estou com você, mas se alguém prejudicá-la, Deus o ajude, por que eu vou caçá-lo e matá-lo, com minhas próprias mãos. Samson concordou. Um momento depois, os dois vampiros de New York o soltaram. O porão de Samson era um verdadeiro arsenal de armas. A necessidade de sobreviver por dois séculos de guerras, os fazia, necessariamente, estar preparado para tudo. Amaury tomou suas armas, várias estacas e uma semi-automática com balas de prata, e se familiarizou com o projeto do edifício. Todos fizeram o mesmo. A energia nervosa percorria a sala. Mais uma vez, Samson perguntou a cada elemento da equipe se sabiam sua posição. Depois de todos sincronizarem seus relógios, todos voltaram para cima. Amaury observou como Samson puxou Delilah para a cozinha para uma conversa particular. Nina estava no corredor. Viu-a olhar para os vampiros quando eles se reuniram lá. Ninguém disse uma palavra, ainda que a olhasse com desconfiança. Amaury levou-a para o lado e entrou na sala de estar com ela. -Nós estamos indo atrás de Luther. - Será que ela já sabia disso? Ele procurou seus olhos, mas não encontrou nada suspeito, só
preocupação. Por ele? -Leve-me com você. -Não. É muito perigoso. Você está mais segura aqui. - Se ela realmente estivesse do lado de Luther, ela iria interferir e iria estragar suas posições. E no corpo a corpo? Ela podia se machucar. Amaury sentiu sua apreensão e envolveu-a em seus braços. Não querendo ser ouvido por seus colegas, ele sussurrou em seu ouvido: - Chérie, por favor, fique aqui. Se alguma coisa acontecesse com você, eu me mataria. Nina levantou os cílios e olhou para ele. -E você volte inteiro para mim, ok? -Eu prometo. Ela tentou um sorriso, mas foi infeliz na sua tentativa, como se soubesse do perigo que eles corriam. -Posso levar isso para o banco? Ele riu, tentando colocá-la à vontade. -Como ouro. - Ele tomou-lhe os lábios e beijou-a apaixonadamente. Seus braços apertaram ao redor dele, e seus lábios responderam com a mesma paixão que no início da noite. Não, sua Nina não era uma traidora. Ela não podia ser. Esse beijo parecia muito verdadeiro, não como uma mentira. Com sua mente Amaury estendeu a sua mão para ela, mas antes que ele se conectasse com a mente de Nina, a voz de Gabriel veio do corredor. -Estão todos prontos? Amaury puxou-se dos braços de Nina. Era hora de lutar.
Capítulo 30
-Eu estou com fome. E você? Nina virou-se para Delilah que estava na porta da cozinha. -Como você pode comer agora? A casa estava estranhamente calma, agora que todos os vampiros e o mordomo se foram. -Eu sempre posso comer. E agora eu como por dois. E se eu cozinhar alguma coisa? Venha, junte-se a mim. - Ela acenou para a cozinha, e Nina a seguiu. -Você não parece estar gorda. Eu não posso acreditar que você está comendo por dois. - Ela não queria insultá-la, mas a mulher de Samson realmente parecia perfeitamente proporcionada. Delilah riu. -Eu estou grávida. Água, suco? - Ela apontou para as garrafas na geladeira. -Água está bem. - Nina se sentou no balcão. -Eu queria saber se você era humana ou não, mas eu acho que isso responde. Estou assumindo que as vampiras não podem engravidar. -Amaury não disse a você? Homens, eles muitas vezes se esquecem de dizer as coisas mais óbvias. Ela e Amaury não tinham exatamente uma enorme quantidade de tempo para falar. Eles mal discutiram a sua própria relação, se isso poderia até mesmo ser chamado de um relacionamento. -Pegue. - Delilah entregou-lhe um copo. Nina tomou um gole. -Eu tenho certeza que ele vai explicar todas as coisas importantes para você em breve. Quando eu me liguei a Samson por sangue, havia muito que eu não sabia…
-Desculpe, explicar para mim o quê? - Ela não conseguia seguir as divagações de Delilah, mesmo ela sendo tão agradável. -O vínculo de sangue e tudo o que se passa com ele. - Sua anfitriã fez soar como se fosse a resposta mais óbvia. - Tudo bem. Eu realmente não preciso saber nada sobre isso. Uma vez que quando isto tudo acabar eu vou voltar à minha vida normal. Quanto menos eu souber, melhor. - E não era como se ela quisesse escrever um livro sobre os hábitos de acasalamento dos vampiros. Delilah parecia perturbada. -Mas, você não pode deixá-lo agora. -Amaury? - Não, ela não queria deixá-lo, mas não havia futuro para eles. Ela não era ingênua. Amaury tinha tudo. Não havia nenhuma razão para que ele se juntasse com alguém como ela. Claro, ela poderia tentar mantê-lo interessado nela pelo maior tempo possível, mas em algum momento ele iria se desviar e procurar algo novo. -Isso é realmente apenas uma aventura. - Ela tinha que desvalorizar o que tinham. Quanto menos importância ela desse ao que havia entre eles, melhor. -Aventura? Nina você não faz do vínculo de sangue uma aventura. – O tom de Delilah era de repreensão. -Quem falou algo sobre vinculo de sangue? – Que idade teria Delilah? Só porque ela tinha dormido com Amaury não significava que ela ia se casar com ele. E, além disso, Amaury não tinha dito que ele não era do tipo de cara para compromisso? -Mas você e Amaury estão ligados por sangue. Agora, a pobre mulher tinha, obviamente, ido ao fundo do poço. Era isso o que a gravidez fazia com as mulheres? -Sem ofensa, mas o que lhe dá essa ideia maluca? - Nina pegou o copo e levou-o aos lábios. -Amaury disse a Samson que estavam ligados por sangue. A água saiu da boca de Nina quando ela quase engasgou. -O quê? - Algo estava muito errado aqui. Delilah lhe deu um olhar assustado. -Quer dizer que você não sabe? - Sua testa franziu ainda mais.
-Eu não fiz nada. Freneticamente, Nina procurou em sua memória por tudo o que Amaury lhe disse sobre a ligação de sangue. Ela lembrou a história de Luther claramente, mas em nenhum momento Amaury havia explicado como aquilo realmente acontecia. Por que ele diria uma coisa tão escandalosa para Samson? Delilah veio ao redor do balcão e sentou-se no banco ao lado dela. -Diga-me o que aconteceu mais cedo, esta noite, quando estava com Amaury. Nina sentiu o calor subir por suas bochechas. Ela não ia discutir sua vida sexual com uma mulher que viu apenas duas vezes. -Desculpe, mas eu não posso. Ela sentiu a mão quente de Delilah em seu braço. -É importante. Diga-me o que aconteceu. Com um movimento relutante, Nina abriu a boca. -Nós fizemos sexo. -Isso é evidente. O que aconteceu durante o sexo? Nina limpou a garganta. Ela queria detalhes? -Pode ser um pouco mais específica? - Ela sentiu o rosto corar. -Será que Amaury tomou seu sangue? A repentina corrida de sangue para a sua cabeça a fez sentir-se tonta. -Sim, mas ele se alimenta de outros, e isso não significa que ele criou laços de sangue com eles. - Tinha que haver algum tipo de malentendido. Ela sabia que os vampiros se alimentavam de seres humanos sem quaisquer efeitos secundários. Na verdade, quando ela começou a investigar a morte de Eddie e seguiu alguns deles, ela os tinha visto alimentar-se. Essa tinha sido a prova de que eles eram vampiros. Ela sentiu as mãos de Delilah sobre os ombros, sacudindo-a de seus pensamentos. -Você tomou o seu sangue?
As bochechas de Nina queimaram de vergonha. No calor da paixão ela tinha chupado o sangue dele e, por Deus, ela tinha achado muito erótico. Mas de jeito nenhum ela iria admitir isso para um estranho. Foi duro o suficiente admitir para si mesma. E, além disso, ele prometeu a ela que não iria transformá-la em vampira. E se ele tivesse mentido para ela? -Você tomou? Nina olhou para sua anfitriã. –Não, isso seria nojento! - A mentira saiu de seus lábios como água. -É uma das coisas mais eróticas que você pode fazer com o seu parceiro. Sempre que eu bebo de Samson… -Você bebe o seu sangue? Delilah assentiu. -É parte da obrigação. Na primeira vez, isso estabelece a conexão. Então, mais tarde, sustenta. Nina, por favor, me diga a verdade. Você bebeu dele enquanto vocês faziam sexo, e enquanto ele bebia de você? Nina fechou os olhos e balançou a cabeça. -Você está ligada com ele. Ele estava dizendo a verdade para Samson. Você é sua companheira.Sua companheira. Ela… ela era a companheira de Amaury. Para a eternidade. Sempre. Isso não podia ser verdade. -Por que ele faria isso? - Amaury não a amava, ele admitiu que não podia amar. Ela sabia que seu relacionamento era apenas temporário. -Ele não explicou para você? Então eu acho que ele não pediu sua permissão antes? – A voz de Delilah parecia inexpressiva. Nina lembrou-se da única coisa que ele tinha dito a ela. -A menos que você considere a sua pergunta, você quer tudo de mim? como pedir permissão. -Dificilmente, - Delilah disse. - Ele acabou por mordê-la sem pedir? Você poderia fazer acusações contra ele. Samson pode levá-la ao Conselho. Que desprezível ele é! - Ela parecia realmente irritada com Amaury.
-Não exatamente. Eu lhe pedi para me morder, mas eu não sabia o que isso significava. - De repente, ela sentiu a raiva crescer nela. O macho arrogante tinha feito isso de novo: ele impôs sua vontade sobre a dela. Como se o seu desejo fosse o seu comando! -Aquele filho da puta! Ele me enganou! Ele sabia o que estava fazendo, e ele fez isso de qualquer maneira. Ele vai pagar por isso. Eu vou alimentá-lo com suas bolas no café da manhã, e então eu vou dar o fora daqui! Fúria corria através dela. Ele tinha se ligado com ela sem pedir, sem explicar nada, como se ela fosse uma mulher que não tinha direito. Em que século ele estava vivendo? Ela mostraria ao bastardo o que ele poderia fazer com o seu vínculo de sangue. -Nina você não pode sair. Havia uma firme determinação na voz de Delilah, que fez Nina nivelar um olhar de recusa para ela. -Eu posso e eu vou. Isto e muito mais! Se ele acha que pode me tratar como um pedaço de propriedade, ele pode voltar para a idade das trevas de onde ele veio. -Século XVII, na verdade - Delilah interrompeu. -Qualquer que seja. Eu e Amaury, isto já é história! -Nina. Talvez eu deva explicar algo sobre o vínculo de sangue para você, pois, obviamente, ninguém mais o fez. -Eu sei mais do que eu sempre quis saber sobre isso. Eu não preciso saber de mais nada. Acabou! Delilah limpou a garganta. -Talvez eu devesse lhe dar um conhaque. Eu acho que você vai precisar. Uma sensação de suspeita subiu sobre a coluna de Nina e se estabeleceu desconfortavelmente em sua nuca. -Eu não preciso de um conhaque. Diga o que você tem que dizer. -Um laço de sangue é para sempre. Só a morte pode romper com isso. -Ah, foda-se! Por favor, me diga que você está brincando. Lentamente Delilah balançou a cabeça. Foi quando ela entendeu. Ela estava ligada a Amaury para a eternidade. E não lhe tinha sido
dada uma escolha sobre isso. Ele, homem das cavernas que era, tinha decidido por ela. Isso mudou tudo. -Oh, espere até eu colocar minhas mãos nele! - E isso foi uma promessa que ele podia levar a sério.
Capitulo 31
A minivan chegou a meio quarteirão do armazém. Oliver desligou o motor. Ele seria o vigia, enquanto os vampiros entravam. -Este é o lugar, - disse Samson. -Temos certeza? - Amaury perguntou, olhando para fora da janela. Gabriel assentiu. -Parece exatamente como nas memórias de Paul Holland. Esta é a base de Luther. Paul não poderia mentir sobre isso mesmo se ele quisesse. Luther deveria ter sido mais cuidadoso com o que ele lhe permitia ver. Agora nós vamos pegá-lo. - A cicatriz em seu rosto latejava. -Todos sabem o que fazer. Vamos nos colocar em posição. Gabriel pegue as armas - Samson ordenou. -Equipamento de comunicação. - Gabriel tocou o pequeno dispositivo saindo de sua orelha. Os outros fizeram o mesmo. Checando. Amaury ouviu o som da voz de Gabriel em seu fone de ouvido. Tudo funcionou bem. Eles saíram da van. Amaury esticou as pernas e olhou ao redor. A vizinhança era industrial e, do outro lado dos trilhos, para não dizer do lado errado das faixas. A poucas quadras dali estava a São Francisco Bay, um par de quarteirões depois, era o bairro Potrero Hill. As ruas estavam desertas. Era melhor assim. Ninguém iria chamar a polícia quando a luta começasse. Amaury ficou tenso. Era muito cedo, mas tudo para ele dependia do resultado. Nina estaria realmente do outro lado, ou era apenas um peão, assim como Paul Holland tinha sido? Talvez atraídos por algumas promessas que Luther tinha feito e nunca cumprido? Em pouco tempo,
ele saberia a verdade, e isso o assustava. Seu futuro inteiro dependia da verdade. Ele nunca a deixaria. Ela era sua companheira e ele era responsável por sua vida agora, assim como ela era por ele. -Pronto? - A voz de Ricky veio de trás. Distraidamente ele assentiu. -Pronto como eu nunca estive. O grupo dividiu-se, cada par fazendo o seu caminho para o seu lugar pré-estabelecido, que abrangia os vários pontos de entrada do edifício. Ricky e Amaury caminharam lado a lado, deslizando silenciosamente em direção à entrada lateral. Quanto mais perto chegavam da porta de entrada, Amaury ficava mais preocupado. Ele deveria ajudar o grupo, sentindo as emoções de quem estivesse lá dentro, mas agora ele não podia sentir nem o que Ricky estava sentindo. E o cara estava bem ao seu lado dele. Fazia mais de duas horas desde que ele tinha feito sexo com Nina, e seu dom, ou como quer que quisessem chamar, ainda não tinha retornado. O sexo nunca tinha bloqueado a sua capacidade por tanto tempo antes. No máximo, ele ficava livre de emoções por meia hora, mas nunca por tanto tempo. Se ele não voltasse nos próximos minutos, ele e seus amigos estariam em grande desvantagem. -Todos estão em seus lugares? – A voz de Gabriel soou alto e em bom som no ouvido de Amaury. -Zane e eu estamos na parte de trás, - foi a resposta de Yvette. -Thomas e eu estamos prontos - disse Samson. -Amaury e eu ao lado. Prontos, sempre que você precisar. - Ricky olhou para ele. -Qualquer atividade na parte interior, perguntou, pelo aparelho em sua orelha.
Amaury?
-
Gabriel
Será que ele deveria mentir ou dizer a verdade? -Nada no interior. -O que você quer dizer? Especificamente, por favor. -Quero dizer, eu não posso sentir nada. - Amaury reconheceu que
ele estava ficando irritado. -Ninguém dentro? - Samson pediu esclarecimentos. Amaury bufou. -Eu não sinto porra nenhuma, ok? Ricky deu-lhe um olhar de surpresa. Várias vozes vieram através do fone de ouvido, ao mesmo tempo, antes que a voz de Samson interrompesse. -Explique-se, Amaury. O fone de ouvido ficou em silêncio. -Eu não sou capaz de sentir as emoções de ninguém desde que me liguei com Nina. Mesmo antes, era como se as coisas estivessem ficando vagas, quase como apagões. Eu acho que perdi o meu dom. Ele estava certo disso no momento em que falou. Sua maldição não ia voltar. Sua habilidade psíquica estava perdida. -Fodendo na hora perfeita, - Ricky assobiou. -Pare com isso! - Samson ordenou. -Nós vamos ter que fazer sem ele então. Vamos gerir isso. Gabriel, ao seu comando. -Teste seus pontos de acesso, - Gabriel instruiu. A porta lateral estava trancada. Ricky trabalhou na fechadura. -Atrás? -Aberto, - Zane confirmou. -Frente? -Trinta segundos, - Thomas fez uma pausa. Então respondeu, Ok, a frente está aberta. -Lado? -Quase lá, - respondeu Amaury, observando Ricky. Um aceno de Ricky e Amaury corrigiu, - Feito. -Prontos, no telhado. Dê-nos quinze segundos. Catorze... -A voz de Gabriel sumiu. Amaury contou silenciosamente. Ricky movia os lábios: dez, nove..., - Amaury agarrou sua semi-automática, com ambas as mãos.
Os segundos eram tensos. Agora, seu amigo falou e abriu a porta silenciosamente. Amaury entrou e apertou-se contra a parede ao lado da porta, com os olhos varrendo do interior escuro. Ricky deslizou ao seu lado, um segundo depois. Havia um cheiro de mofo no armazém, que estava cheio de caixas. Amaury não podia ouvir os passos de seus amigos. Bom. Se ele não podia ouvi-los, nem Luther ou seus homens poderiam. Ele acenou para Ricky ficar de um lado, enquanto ele cruzava o caminho entre as grades e se moveu ao longo do outro lado. Apesar da escuridão, ele via claramente onde ele estava andando. No final do corredor de mercadorias, parou e olhou em torno dele. Nada. Ele deu a Ricky um movimento de mão, então foi virando na esquina. Corredor após corredor, ele fez seu caminho em direção ao centro do edifício, com Ricky fazendo o mesmo do outro lado, até que as linhas de caixas e engradados terminasse, e ele chegou no espaço do meio. Um movimento para a esquerda o fez girar em seus calcanhares, o dedo indicador sobre o gatilho de sua semi-automática. -Eles se foram. - Samson entrou na frente dele. -O lugar está vazio. Seus outros colegas entraram, com frustração visível, e a decepção estava no rosto de todos. -Nada, - confirmou Gabriel. -Talvez as memórias de Paul não fossem tão boas, - Zane insinuado. Gabriel prendeu-o com um olhar furioso. -Este é o lugar. Eles estavam aqui. -E agora eles se foram. – A voz de Quinn era a mesma quando ele entrou, - Eles devem ter sabido que estávamos chegando. De repente, vários conjuntos de olhos pousaram em Amaury. Se eles estavam pensando que ele suspeitava, eles iriam ter uma luta. Nina não faria isso. Ele deu um passo em direção a Quinn. -O que você sugerindo? Seu colega se manteve firme.
-Você sabe o que eu estou sugerindo. -Você, deixe-a fora disso, - Amaury assobiou e olhou em volta. Isso vale para todos vocês. Ela não fez isso. Ela não me traiu. - Deus a ajude se ela tivesse feito isso. Ambos, Quinn e Zane, deram um passo para ele, encontrando seu olhar. Eles não estavam recuando. Amaury ampliou sua posição, preparando-se para uma luta. Ele iria defender Nina, mesmo que ele não soubesse o que ela tinha feito ou não. -Há sempre o outro motivo, você sabe. – Com as palavras casuais de Yvette, todos se voltaram para ela. Ela ficou ali, em pé, vestida em couro, apoiada em um caixote, fingindo verificar suas unhas. Vários segundos se passaram. -E você vai compartilhar isso com a gente em breve? - Amaury finalmente perguntou. Ela parou de admirar as unhas e olhou para cima. -Ah, eu vejo, tenho a atenção de todos. -Yvette. – A voz de Gabriel soou como um aviso. -Vocês já se perguntaram por que foi tão fácil capturar Paul Holland? -Vá em frente, - Samson incentivou claramente intrigado. -Eu acredito que Luther queria que nós o pegássemos para que ele pudesse nos levar para uma armadilha. Ele usou Paul para nos alimentar de informações que ele queria que nós tivéssemos e fez com que Paul só visse o que ele queria que ele visse. Acho que foi tudo uma armação. Gabriel zombou. -Eu não vejo ninguém tentando nos matar aqui, não é? -Talvez nós não sejamos os únicos que ele deseja. Paul disse que o plano de Luther era destruir a Scanguards, mas este pode não ser o seu objetivo real. E se isso fosse apenas uma distração? Talvez ele só quisesse nos tirar do caminho. -Para fazer o que? - Samson perguntou. -Se ele odeia vocês dois tanto quanto você diz se vingar destruindo sua empresa, francamente, isso não soa como pessoal o
suficiente. Eu poderia pensar em algo muito mais pessoal do que a empresa, algo muito mais valioso, ou devo dizer especificamente? Amaury, de repente, sentiu uma pontada em sua têmpora, do tipo que esfaqueava, e ele iria sentir muito mais, quando as emoções o invadissem, só que agora era diferente. Havia apenas um pensamento, vindo de uma só pessoa. Nina. Ele podia senti-la. Mas antes que pudesse colocar o pensamento em palavras, ele ouviu o grito de Samson. -Não! Delilah! - Samson pressionou sua mão contra a têmpora. Ele lançou um olhar de pânico para o grupo. –Luther pegou Delilah.
Capitulo 32
Nina se inclinou sobre a pia e jogou água em seu rosto. A primeira onda de raiva contra Amaury, e sua abordagem arrogante sobre seu relacionamento, tinha passado. Ela estava muito mais calma agora, do que durante a sua conversa anterior com Delilah. Talvez tivesse exagerado um pouco. Bem, isso não acontece todos os dias, que uma garota descobre que está ligada por sangue com um vampiro, para a eternidade. Com um vampiro muito quente e sexy. Mas isso não mudava nada sobre o que Amaury tinha feito, obviamente, passaram-se muitos anos desde a idade das trevas, onde uma mulher era atirada por cima do ombro e arrastada para sua caverna, na época era uma forma perfeitamente aceitável de namoro. Mesmo que, o que tinha acontecido na caverna tivesse sido muito agradável. Ainda assim, ele a enganou. Não importava o quanto ela estivesse secretamente animada com este poderoso vampiro e o que tinha feito, ela não poderia deixar suas ações passarem, sem deixá-lo consciente de que ele não poderia tratá-la assim. Se ela deixasse isso passar agora, então o que mais ele poderia pensar que poderia fazer? Ela queria um parceiro em sua vida, não um tirano. Inferno, eles não tinha saído nem uma vez. Ele nunca tinha nem mesmo comprado um jantar para ela. Tudo o que ela tinha eram sobras de comida que ele tinha cozinhado para outras pessoas. Certamente, Samson não tinha tratado Delilah com tal desrespeito. Ela parecia ser toda pegajosa com o seu homem. E o que Amaury fez? Ele a tratou como uma propriedade, nada mais. Ela não era propriedade de ninguém, não importava o quão quente ele fosse ou o quão incrível ele a fazia sentir, cada vez que ele a tocava. Por que não podia ter perguntado a ela, como qualquer homem normal? Claro, Amaury não era nada normal. Inferno, ela não queria um homem
normal! Ela o queria, um vampiro. Mas antes que ela admitisse isso, lhe ensinaria como ele tinha que tratá-la, como uma mulher independente, não como um bem móvel. E agora ela ia falar com Delilah sobre isso. A mulher parecia ter a cabeça bem encaixada, e talvez pudesse ajudá-la a descobrir como ela poderia ensinar a Amaury uma lição que ele precisava aprender antes que eles pudessem iniciar suas vidas juntos. Com um movimento determinado ela pegou a toalha e secou o rosto, em seguida, se olhou no espelho. Um estrondo a assustou. Ela escutou, mas, um segundo depois, tudo estava quieto novamente. Ela deixou sua mão passar através de seus cabelos, antes de se voltar para a porta e abri-la. No mesmo momento em que ela abriu a porta do banheiro e saiu, ouviu um barulho na frente da casa. Um grito de Delilah e alguns grunhidos abafados, misturados com o som de itens pesados batendo no chão, a fez correr pelo corredor. Nina chegou à sala de estar alguns segundos mais tarde. A imagem que ela encontrou fez seu coração parar com o choque. Delilah lutava para sair do aperto de um homem que Nina, instantaneamente, reconheceu como Johan, o vampiro que a tinha atacado algumas noites antes. Carl, obviamente, em uma tentativa de ajudá-la, estava lutando contra dois outros, que estavam com as costas voltadas para Nina. Ela ofegou. Um dos homens virou a cabeça e a viu. Ele largou Carl, deixando seu companheiro lidar com ele. Em estado de choque, ela olhou para o homem que se aproximou dela e agora lembrava que ela o conheceu na boate: Luther. Havia uma expressão curiosa em seu rosto, quase como se ele ficasse surpreso ao vê-la ali. -Agora, olhe para isso. Amaury é um pouco torto. No começo parecia que ele tinha pouco interesse nela. Mas então ela deu um passo para trás, e ele, de repente, estava em cima dela. Nina não se atreveu a se mover. Quando Luther inalou uma respiração profunda, ela, instintivamente, sabia que não era um bom sinal. Um brilho em seus olhos confirmou que sua sorte tinha mudado. Ela amaldiçoou Amaury. Se ele não a tivesse trazido para a casa de Samson para a sua segurança, ela não estaria em perigo agora. -Quem teria pensado? - Ele tomou outro fôlego. -Sim, dois
pássaros com uma pedra. A Senhora Sorte está do meu lado esta noite. No início você era apenas um aborrecimento para me livrar, bisbilhotando no meu negócio, mas agora... O seu valor acaba de subir. Luther tomou um cacho do cabelo dela e torceu-o em torno de seu dedo. Nina virou a cabeça para que saísse do aperto. -Você vai pagar por isso, - ela alertou-o, sentindo que tinha que ser corajosa. Ele soltou um riso amargo. -Eu já paguei há muito tempo. Agora, finalmente, vou conseguir alguma coisa em troca. Eu acho que Amaury vai se arrepender de ter feito de você sua companheira, sim, ele vai. Ele transformou você em um alvo. O peito de Nina se apertou. Ao fazê-la sua companheira, Amaury entregou a Luther outra moeda de troca. Se ele quisesse se vingar de Amaury, que melhor maneira do que tirar-lhe a sua companheira recém-ligada? Ela olhou para ele, Delilah tinha desistido de sua luta contra Johan, que apertava os seus braços atrás das costas. Ela percebeu imediatamente o que Luther estava planejando fazer com ambas. O medo apertou sua garganta, fazendo-a incapaz de falar. Luther olhou por cima do ombro. -Amarre-a. Esta também. Nós vamos levar as duas. Johan grunhiu e amarrou os pulsos de Delilah com fita adesiva. Nina chutou Luther em sua canela, quando sua atenção foi desviada por Carl, que ainda lutava com o outro intruso. -Não, Nina, não vale a pena, - advertiu Delilah. -Bastardo, - Nina gritou no momento que Luther fixou-a contra a moldura da porta, olhando para ela. -Tente outra vez. - O desafio em sua voz continha uma advertência ameaçadora, uma clara indicação de que ele queria infligir dor. Atrás dele, outra figura se moveu. -Nina? Seus ouvidos estavam brincando com ela. A voz que Nina ouvia
pertencia a um homem morto. Ela balançou a cabeça tentando limpar sua mente, mas, em seguida, o homem entrou em seu ângulo de visão, atrás de Luther. Não, não podia ser verdade. Ele estava morto. Ela o enterrou a um mês atrás, enterrou o seu corpo carbonizado. -Eddie? Luther soltou seu agarre quando Eddie falou, -Nina! O que você está fazendo aqui? -Eddie! Ela estava sonhando. Eddie estava vivo. Como? -Mas, você morreu. - Ela tocou em seu braço, olhou para o seu rosto. Era Eddie, mas ele estava diferente. Ele parecia mais forte do que antes, e havia um brilho estranho em seus olhos. Sua pele estava mais clara. Não tinha espinhas, nenhum sinal das manchas, que, pouco antes de sua morte, ele estava lutando contra um surto de acne. Sua mente estava brincando com ela? De repente, ela captou um movimento com o canto do olho, distraindo-a do homem à sua frente. Nina bateu a cabeça para a direita. Carl tinha se posto de pé e detinha uma estaca em sua mão, quando ele pulou para Eddie, com a intenção de matá-lo. Sem pensar, ela empurrou Eddie para fora do caminho e suportou o impacto do ataque de Carl. A estaca de madeira atingiu o seu braço. Ela não penetrou profundamente, mas, no entanto, conseguiu rasgar através de uma camada de músculos. O sangue escorria dela. Ela botou a mão boa sobre o braço ferido, tentando pressionar com força contra a dor aguda. Sem sucesso. Uma dor surda atingia o seu corpo. Quando ela olhou para cima, viu o rosto de seu irmão, diante dela, com os olhos vermelhos e presas afiadas saindo de seus lábios. A realidade bateu mais duro que a estaca que a tinha atingido segundos antes: seu irmão mais novo era um vampiro. E não só isso, ele estava trabalhando para o cara mau. Para Luther, que agora continha Carl. -Oh, não, Eddie. Suas presas chegaram mais perto. Nina sentiu os joelhos fraquejarem, enquanto as náuseas a afligiam. -Por favor, não.
Será que seu próprio irmão iria matá-la? Era demais para sua mente manipular. Manchas negras apareceram na frente de seus olhos. Ela não iria desmaiar, não, ela não podia. Ela não era uma garota frágil que cairia...
Capitulo 33
A luz da porta aberta se derramava sobre a calçada. Samson invadiu, subindo os degraus de entrada de sua casa à frente de Amaury. O corredor e sala de estar eram uma cena de destruição: móveis derrubados, vidros quebrados e sangue. O estômago de Amaury se contorceu dolorosamente. Ele respirou fundo e o cheiro de sangue de Nina acertou-o. Não! Ele tropeçou para dentro, quase atropelando Samson. Carl estava no chão, com um montão de lesões musculares e sangue, mas ele estava respirando, com os olhos abertos. -Onde está Delilah? - Samson perguntou. A resposta de Carl foi um gorgolejo. -Desapareceu. -E Nina? - A garganta de Amaury estava tão seca que mal conseguia falar. Não houve resposta de Carl. Atrás deles, o resto de seus colegas tropeçaram para dentro da casa, Gabriel latindo ordens. -Zane, Quinn, verifiquem no andar de cima. Yvette, Ricky, vejam a parte de trás da casa. Oliver, nós precisamos de você aqui. Samson se ajoelhou ao lado de Carl, que tinha perdido a consciência, o sangue escorria das feridas em seu estômago. Por que eles não tinham matado Carl, Amaury não conseguia entender. -Ele precisa de sangue novo. Gabriel, precisamos de um doador. Antes de Gabriel pudesse responder, Oliver empurrou a porta.
-Você tem um. Sem hesitar, ele se abaixou e puxou a manga. -Carl nunca mordeu ninguém - Samson explicou. -Bem, ele vai ter que morder agora, não é? - Oliver colocou seu pulso na boca de Carl. -Ele não vai ser capaz. Um de nós vai ter que abrir a sua veia para ele. Oliver acenou para Samson e estendeu-lhe o pulso. -Obrigado. Mas Gabriel terá que fazê-lo para você - Samson disse e fez sinal para Gabriel vir até ele. Amaury imediatamente percebeu por que. Quando o vampiro está ligado, como ele e Delilah, ele não toma o sangue de ninguém, além da companheira. Mesmo apenas perfurar a pele de Oliver, para abrir a veia, iria deixar um pouco do sangue do seu empregado entrar em sua boca. O corpo de Samson iria rejeitar a essência estranha, deixando-o doente no processo. Gabriel tomou o pulso de Oliver e definiu suas presas, perfurando sua pele. Um momento depois, Oliver colocou seu pulso na boca de Carl de novo e deixou o sangue gotejar entre os seus lábios. O líquido vermelho correu em sua boca, segundos depois os lábios de Carl travou em torno da ferida. Ele começou a chupar. -Nada na parte de trás da casa, - Ricky anunciou, assim que ele e Yvette voltaram para a sala de estar. -Nenhum sinal delas. Amaury trocou um olhar com Samson. Suas companheiras tinham sido tomadas, e qualquer vampiro ligado por sangue daria a própria vida para ter sua companheira de volta, ilesa. Nunca, nos últimos quatrocentos anos, ele teria alguma vez pensado que sentiria o que ele estava sentindo agora: estava devastado. Nem mesmo a dor que ele tinha experimentado na cabeça todos estes anos, poderia se comparar com isso. Nada era tão doloroso quanto saber que Nina estava nas mãos de um louco. -Precisamos descobrir o que aconteceu e onde ele está. – Samson olhou na direção de Gabriel. -Sinto muito, Samson, não posso entrar nas memórias de Carl, enquanto ele está inconsciente. Precisamos esperar até que ele volte.
Amaury sacudiu a cabeça. -Nós não temos tempo. Nina está lesionada. Senti o cheiro de seu sangue. Ele passeou nervosamente. E se o ferimento for fatal? Ele poderia curá-la com seu sangue, mas ele tinha que chegar até ela. Ele precisava fazer alguma coisa. -Ela deve ter lutado contra ele, quando ele as tomou. Sempre lutando - ele murmurou para si mesmo. Ele lançou um olhar para Samson que ficou imóvel ao lado de Gabriel. -Como você pode estar tão calmo? Os lábios de Samson pressionaram em uma linha fina. -Isso não vai ajudar Delilah ou Nina, se perdermos nossas cabeças. Não é assim que podemos salvá-las. Amaury bufou, mas manteve seu próximo comentário para si mesmo. Samson colocou a mão em seu ombro. -Eu sei exatamente o que você sente agora. Eu estou passando a mesma coisa. - Por um momento a dor era evidente em seus olhos castanhos. Sim, ele sofria tanto quanto Amaury, se não mais. Não só Samson estava perdendo a sua companheira, mas também o seu filho. Mesmo sem o seu dom, Amaury reconheceu a dor em seu amigo. Ele apertou a mão sobre Samson. -Eu sei. -Lá em cima está tudo limpo. - Zane e Quinn, entraram na sala. Tudo aconteceu aqui embaixo. Nada foi perturbado no andar de cima. Nenhum sinal de arrombamento. -Quer dizer que o deixaram entrar? - Samson perguntou. -Isso é o que parece. - Zane acenou para a porta. -Não parece que a porta da frente está danificada. Houve um gemido alto, vindo do chão. Os olhos de todos voaram para Carl, que tinha largado o pulso Oliver e tossia. Samson abaixou-se junto a ele.
-Carl, eu quase te perdi. -Eu não pude detê-los. – Os olhos de Carl se abaixaram de vergonha. -Quantos deles vieram? -Três. Luther, eu reconheci, e dois outros. - Sua voz ainda era fraca. -O que aconteceu? Carl engoliu em seco e aceitou a ajuda de Samson para se sentar. –A senhora Delilah estava na sala quando ouvi a porta da frente abrir. Até o momento que corri para o corredor, eles já tinham invadido e a agarraram. -Onde está Nina? Ela estava lutando contra eles? Foi assim que ela se machucou? - Amaury interrompeu. Carl deu um olhar zangado quando ele respondeu. -Oh, ela estava lutando, mas não contra eles. -O que? - Samson olhou de Carl para Amaury. -Não, você está mentindo! - A implicação encerrada nas palavras de Carl, conjurou imagens que torceram uma faca no intestino de Amaury. Carl ficou de pé. -Eu nunca mentiria. Eu estava lutando com um deles, e ela estava falando com Luther. E então, o sujeito com quem eu lutava a viu. Eles se conheciam. Quando ele se distraiu, tentei acertá-lo com uma estaca, mas ela se jogou no meio e salvou-o. Amaury engasgou. -Não. Você deve estar errado. - Nina não iria traí-los. Ele teria sentido sua traição, sentido a decepção, mas não tinha sentido qualquer coisa em seu coração. -Eu não estou errado. Ela aparou a minha estaca com o seu braço, para salvá-lo. Ela estava toda preocupada com ele e gritou, Oh, não, Eddie - Carl latiu. -Eddie? – O coração de Amaury apertou.
-Seu irmão? - Samson perguntou. Amaury assentiu, apertando os olhos. Sua companheira o tinha traído e ficado ao lado de seu irmão. -Ela não faria isso comigo. Ela não faria isso. - Mas ela tinha. Não poderia haver dúvida agora. Por que ele não viu isso? -Foi por isso que eles não mataram você, então você poderia me dizer o que ela tinha feito? – Era a sua última ação cruel para com ele? Carl balançou a cabeça. -Luther deixou-me vivo para lhe dar, a você e Samson, uma mensagem. Samson enfrentou Carl. -Qual é a mensagem? -Suas palavras foram: Vivian precisa de companhia. Amaury sentiu como se seu estômago tivesse sido arrancado. Pela primeira vez, ele pôde ver uma manifestação física de dor em Samson. Os joelhos de seu amigo dobraram, e ele teve que segurar o braço de Gabriel para ficar de pé. Zane e Quinn olharam curiosos para Amaury. Eles sabiam que Samson não estava em condições de responder. -Vivian está morta. - Luther estava planejando matar suas companheiras. Porém, se ele queria matar Nina, então significava que ela não estava do lado de Luther depois de tudo? Ou teve o seu plano mudado depois que ele percebeu que Nina era, agora, a companheira de Amaury? Se ela estivesse, de fato, do lado de Luther desde o começo, com sua ligação com ele, assinou sua própria sentença de morte? -Eu sei onde eles estão, - disse Samson, de repente. -Vamos. - Ele deu um passo em direção à porta, apenas para ser bloqueado por Gabriel e sua equipe de Nova York. -Não. Amaury instantaneamente tomou o flanco de Samson, ficando em posição de batalha. Por que os seus colegas queriam impedi-los de resgatar suas mulheres? -Saia do meu caminho, Gabriel. – A voz de Samson era um grunhido.
-Não é possível fazer isso. Está muito perto do nascer do sol. Tudo o que você está pensando, não teremos tempo suficiente esta noite. E, além disso, nós não vamos sem um plano. -Ele está certo, senhor - a voz de Carl veio por trás. Samson e Amaury se viraram para ele. -Se ele quisesse matar Delilah imediatamente, ele teria feito isso aqui. Está é uma das razões por que ele me deixou vivo para lhe falar. Carl fez uma pausa. -Ele vai esperar até você chegar lá, então você vai ter que assistir ele matando-a. Samson assentiu lentamente. E Nina, ninguém estava pensando na companheira de Amaury? Eles estavam convencidos de que ela era uma traidora? Amaury não estava. Ele não podia permitir que este pensamento enraizasse em sua mente. Se Luther queria matá-la, só poderia significar uma coisa: ela não estava do seu lado, depois de tudo. Ou foi tudo um grande engano? Carl tinha entendido mal? Ele estava planejando matar apenas Delilah e não Nina? Nina, onde está você? Fale comigo. Ele estendeu a mão para ela com sua mente, mas não houve resposta. Ela devia ouvi-lo. Havia apenas duas razões pelas quais ela não iria responder: se ela se recusasse porque estava com Luther, ou ela estava morta. Amaury não podia aceitar esta razão.
Capitulo 34
Uma voz familiar atravessou o nevoeiro. Nina, onde está você? Fale comigo. Em seguida, ouviu outra voz, esta mais perto. -Nina, você pode me ouvir? Nina abriu os olhos. Estava escuro ao seu redor. Ela encontravase deitada em um chão de pedra fria. -Graças a Deus, você está bem, - disse Delilah. Nina pegou-a pelo braço ajudando a sentar-se. Seu lado ferido. Ela olhou para seu braço. Havia vestígios de sangue no local onde Carl a cravou a estaca, mas a ferida tinha fechado e curado. -Onde estamos? Nina olhou ao redor do quarto escuro. Ele era feito de pedra e concreto, sem janelas, apenas poucas arandelas de parede para iluminar. Havia uma pesada porta, sem móveis ou decoração. Se ela tivesse que adivinhar, diria que era subterrâneo. -Eu não sei. Eles me vendaram no caminho até aqui. Mas nós ficamos no carro por mais de meia hora, talvez mais. Nina deu a Delilah um olhar cauteloso. Ela não parecia estar chateada com ela, quando ela tinha todo o direito de estar. Afinal, ela impediu Carl de matar um dos vampiros, seu irmão. -Como está o seu braço? -Eu acho que esta bem. Parece ter curado. Quanto tempo estive desacordada? - A julgar pelo estado de sua lesão, ela adivinhou pelo menos dois dias. -Só um par de horas. Seu irmão curou sua lesão. Então ela não tinha imaginado. Eddie estava vivo, e ele era um
vampiro, um vampiro que trabalhava para o outro lado. -Eu sinto muito. Eu não sabia. Delilah apertou a sua mão. -Eu entendo. Nina balançou a cabeça. -Eu não podia deixar Carl matá-lo. Ele ainda é meu irmão. -Nina. Por favor, eu teria feito o mesmo na sua situação. Eu também tive um irmão uma vez. Eu teria feito qualquer coisa para salvá-lo. - Havia um olhar distante em seus olhos antes que ela estalasse de volta ao presente. -Agora só temos de convencer Samson e Amaury de sua inocência. Eles pensam que você estava trabalhando para Luther o tempo todo. Nina engoliu o choque da declaração de Delilah. Amaury pensou que ela era uma traidora? No entanto, ele tinha se ligado a ela? Não fazia qualquer sentido. -Quando você falou com ele? -No caminho para cá. -Eles deixaram um telefone celular? Delilah riu suavemente. -Claro que não. Eu me comuniquei com Samson através do nosso vínculo. -Sua expressão deve ter sido totalmente confusa, por que Delilah esclareceu: -Telepaticamente. Todos os casais ligados por sangue podem faze isso. -Ah. - Ela nunca tinha ouvido falar de tal coisa. -Quer dizer que eu posso fazer isso com Amaury? Delilah assentiu. -Tenho certeza de que ele já tentou chegar até você, mas você estava apagada. -Eu não sou, normalmente, uma pessoa que desmaia. - Nina, a auto-confessa lutadora contra vampiros, desmaiou quando a estaca foi empurrada. Como era embaraçoso. -Você foi ferida, tinha muito para enfrentar. O choque de ver seu
irmão foi demais para você. Às vezes, nosso corpo só nos diz quando teve o suficiente. Delilah parecia calma, considerando a situação em que estavam. -Eu não sabia que Eddie estava vivo... Delilah apertou a mão de Nina. -Eu sei disso agora. Mas quando os nossos rapazes voltaram para a casa eles encontraram Carl... Um aperto de culpa atingiu Nina. –Carl, oh Deus, Luther o matou. Eu sinto muito. - Ela empurrou as lágrimas. Delilah balançou a cabeça. -Carl está vivo. Mas ele lhes disse que você lutou ao lado de Luther quando defendeu Eddie. É por isso que acreditam que você nos traiu. -Mas eu não podia deixar Eddie ser morto, eu não podia. Eles têm que entender isso. Ele é meu irmão. Ele é toda a família que eu tenho. Se ela o perdesse, ela não teria mais ninguém. -Eles vão entender, no tempo certo. Amaury vai entender. Amaury. Será que ele realmente entenderia? O homem que pulava as conclusões em dois segundos? Ele iria condená-la. -Infelizmente, eles também acham que você deixou Luther entrar na casa. Eu não tive a chance de dizer a Samson antes que nossa comunicação acabasse. Ele vai ficar tão chateado. Nina olhou para ela. -Sobre o quê? -Luther usou o controle da mente em mim e me fez abrir a porta, - explicou ela. -Não é possível entrar em contato com ele agora? - Nina perguntou. Delilah balançou a cabeça. -Eu não posso alcançá-lo. Ou ele está muito ocupado com a preparação de um plano para nos tirar daqui, ou estamos muito longe.
-Oh, não. E agora? -Eu sei que Samson e os rapazes virão atrás de nós. Nina tinha que admirar a sua confiança. Ela mesma, agora, não sentia esta certeza de nada. Havia muita coisa para enfrentar. Seu irmão estava vivo e trabalhando para o inimigo. Ela estava em uma espécie de carvoeiro subterrâneo, sem meios de fuga, e os homens que estavam supostamente em seu caminho para resgatá-las, acreditavam que ela era uma traidora. Por onde ela começaria a consertar as coisas? -Como é que eles vão encontrar-nos? -Confie em mim, eles vão. Um vampiro ligado por sangue, nunca vai desistir de sua companheira. Se ele o fizer, será sua própria morte. Isso soou muito dramático para ser verdade. -O que você quer dizer? -Samson se alimenta apenas de mim. Quanto mais tempo ele estiver longe de mim, mais tempo ele não se alimentará. Um vampiro ligado por sangue não pode metabolizar sangue estranho. Ele só pode viver do sangue de sua companheira. Enquanto eu estiver viva, ele vai precisar de meu sangue. Só quando eu morrer, seu corpo aceitará o sangue de outra pessoa. As palavras de Delilah foram ditas com calma, apesar das implicações fundamentais que carregavam. -Mas isso não pode ser. -Isso é como é. Sem o nosso sangue, nossos homens vão morrer. Nina engoliu em seco, mas o nó na garganta não desapareceu. -Você quer dizer que Amaury iria morrer de fome sem mim? Delilah assentiu. -Eu sinto muito. -Por que, então? Por que me fazer sua companheira se o faz dependente de mim? -Há apenas uma razão pela qual um vampiro escolhe uma companheira: ele a ama e não pode viver sem ela. Nina conteve uma lágrima. Como ela ansiava por ouvir essas
palavras dele, mesmo que pudesse não ser verdade. -Mas Amaury não pode amar ninguém. Ele me disse isso. Ele está amaldiçoado, para nunca amar de novo. Delilah encolheu os ombros. -Algo deve ter acontecido. Eu só posso dizer o que eu sei da minha própria experiência. Nenhum vampiro faz uma ligação de sangue levianamente. É para sempre. E é por amor. Nina colocou a cabeça entre as mãos. -Delilah, há algo que eu tenho que lhe dizer sobre mim e Amaury. A palma suave de Delilah acariciou seus cabelos. -Você o ama, não é? -Prometa-me que não vai contar a Samson Eu preciso ser a única a dizer isso para Amaury. -Ela fez uma pausa. -Se eu tiver a chance.
Nina foi arrancada de seu sono, quando ouviu um som na porta. Ela olhou para Delilah, que se deitou ao lado dela no chão de pedra, estava dormindo. Nina permaneceu imóvel, fingindo dormir, enquanto ela olhava para a porta abrir. Havia um raio de luz penetrando no calabouço escuro, a silhueta de uma figura alta estava na porta. Ela iria reconhecer o homem em qualquer lugar. -Eddie - ela sussurrou e pulou. Ele olhou para trás, em seguida, entrou no quarto e fechou a porta. -Nina. Um segundo depois, ela colocou os braços em volta de seu irmão. -Por que você não me contou? - Ela engoliu uma lágrima. -Como você pode me deixar pensar que estava morto? Eu enterrei você, eu chorei por você. A mão conhecida de Eddie passou sobre seus cachos, como havia feito desde que ele se tornou fisicamente maior do que ela.
-Eu não poderia, querida. Eu não era eu mesmo. As primeiras semanas foram uma agonia. Ela se afastou para olhar para seu rosto. -Ele forçou-o? -Forçar mim? Quem? -Luther. Ele forçou você. Ele segurou-a a um metro de distância dele. -Claro que não. Ele nunca forçaria ninguém. Não fazia sentido para Nina. Eddie nunca a teria feito sofrer como agora, sem sequer tentar deixá-la saber que ele estava vivo. -Eu não acredito em você. Você poderia ter me dito que estava vivo. Eddie balançou a cabeça. -Eu não podia. Os dias após a transformação foram dolorosos. Eu tive que arcar com a sede. Eu tive que aprender a controlar os meus impulsos e minha força, sem prejudicar ninguém. No primeiro par de semanas eu mal podia pensar direito. Eu não ousava chegar perto de você. Eu estava com muito medo de machucar você. Nina reconheceu a sinceridade em sua voz. -Por que você fez isso? Eu pensei que as coisas começavam a dar certo para nós. Por que você iria jogar isso fora? -Jogue fora o que? Apenas sobrevivendo? Nunca tendo o bastante? Sempre olhando sobre o seu ombro? - Ela podia sentir sua raiva e frustração. -Não era assim. Mas ela sabia que seu próprio protesto era fraco, na melhor das hipóteses. Eles haviam lutado. -Sempre foi assim. Não minta para mim, Nina. Não importa o quanto você tentou me proteger das coisas, sempre foi assim. Você não pode me dizer que estávamos felizes da maneira que tínhamos que viver. -Mas nós tínhamos um ao outro. - Seu protesto se afogou no
bufar irritado dele. -E por quanto tempo? Até que, finalmente, nos encontrassem? -O que você quer dizer? -Não pense que eu não sei o que teve que fazer. Você realmente acha que eu era tão ingênuo para não saber o que o filho da puta fez com você? Eu era um garoto, mas eu não era cego. E agora eu sou um vampiro, e como um vampiro eu finalmente estou forte o suficiente para protegê-la. Ela balançou a cabeça. A descrença enroscando através dela. Ele sabia que ela esfaqueou seu pai adotivo? Ele estava ciente dos fantasmas de seu passado? -Mas você me deixou acreditar que estava morto. -Eu estava por enquanto. Mas eu teria vindo para você. Eu estou aqui agora. Ela olhou para trás, para Delilah dormindo. -Eu não chamo isso de vir para mim. Luther nos sequestrou. -Ele teve os seus motivos. Ele não foi atrás de você. Acredite em mim, ele estava tão surpreso quanto o resto de nós, por encontrar você lá. Tudo o que ele queria era a esposa do bastardo do Samson. - Ele jogou uma olhada na direção de Delilah. -Ele não pode apenas ir em torno de pessoas sequestrando-as. Eu não posso acreditar que você está do lado dele. Isso é errado. Eddie olhou para ela como se ela fosse louca. -Você não tem ideia do que esse homem fez para Luther. Samson destruiu sua vida. Ele matou a sua mulher e o filho. Não importa como você olha para ele, isso tem que ser punido. -Foi o que ele lhe disse? Que Samson matou a esposa de Luther? - Nina não podia acreditar no que ouvia. É assim que Luther tinha convencido Eddie para ajudá-lo, dizendo-lhe mentiras? Fazendo-o pensar que Samson era o bandido? -Porque essa é a verdade. -Luther está mentindo. Não é como ele diz. -Como você sabe? Você não estava lá.
A teimosia de Eddie elevou sua cabeça novamente e lembrou-a do tempo em que ele insistiu aos treze anos de idade, que era melhor na condução do que ela, só porque ele era um menino. -Nem você, - ela respondeu. -Seu Luther não é o herói que parece ser. -Você não sabe nada sobre Luther. -E nem você. - Nina apoiou as mãos nos quadris e desafiou-o com um olhar severo. -Eu sei o suficiente para saber que ele não é tão corrompido e mau quanto Samson e seus homens. -Bem, então talvez você devesse perguntar a ele por que enviou os capangas atrás de mim. -Que capangas? Ele não enviou ninguém atrás de você. Era para nós conseguirmos a mulher de Samson. Você só estava no caminho. Nina acenou com a mão, impaciente. -Hoje não. Ele tentou me matar várias noites atrás. Enviou esse Johan e outro vampiro. Por que você não vai perguntar a ele? -Isso não é verdade. -Em quem você vai acreditar? Sua irmã ou seu novo amigo? Eu não tenho nenhuma razão para fazer isso. -Eu não acredito nisso. Luther me disse que você esta ligada com o tal vampiro Amaury. Será que ele fez lavagem cerebral em você? Eddie agarrou seus ombros e sacudiu-a. - Será que ele fez? -Não é assim. Ele não fez nada. - Bem, Amaury tinha feito um pouco, mas nada que ela estivesse disposta a discutir com seu irmão. Suas questões eram privadas e ela cuidaria de Amaury mais tarde. Se ela conseguisse sair deste lugar. -Não minta para mim. Luther disse que você é a mulher dele. É verdade? Você é dele? É por isso que está do seu lado? -Não! Eu estou do lado deles, por que eles são os bons. -Não se engane. Não há mocinhos. -Você está errado, - ela insistiu. -Não há vilões, apenas pessoas que vivem com mal-entendidos.
-Nina. Acorde. Eu posso te ajudar. Posso garantir que ninguém prejudique você, mas vai ter que confiar em mim. Eu sei o que estou fazendo. Você não vê o que Luther me concedeu? Uma nova vida, um novo começo, para algo maior e melhor. Nós nunca vamos ser pobres de novo. Você sempre estará segura comigo. Curiosamente, foi a mesma coisa que Amaury havia prometido a ela, mantê-la segura. -Mas você não pode interferir mais. Ele apontou para Delilah que ainda parecia estar dormindo, apesar de Nina suspeitar que ela estava apenas fingindo, agora. O argumento deles estava aquecido, e nenhum ser humano normal seria capaz de dormir com ele. -Eu não posso deixar essa injustiça acontecer. Como você pode esperar isso de mim? Você não me conhece? Você acha que depois do que aconteceu comigo, quando éramos jovens, eu posso permitir que outro inocente seja prejudicado e apenas ficasse olhando? Não, se é isso que você quer que eu faça, então eu não tenho um irmão. Por que meu irmão não me forçará a agir assim. Meu Eddie nunca faria isso. Ela olhou para ele, furiosa. Sim, ele era um vampiro mau e grande agora, mas ele ainda era seu irmão mais novo, e se de alguma forma ela pudesse chegar até ele, talvez ela tivesse uma chance de transformar esta situação. -Você não sabe o que está dizendo. Eddie se virou em seus calcanhares, e antes que pudesse argumentar com qualquer outra coisa, ele saiu. Ela ouviu a porta fechar atrás dele. Maldita velocidade de vampiro! Com sua próxima respiração um soluço escapuliu de seu peito. -Sinto muito, Nina, - a voz de Delilah veio do chão. -Dê-lhe algum tempo. Ele vai descobrir isso. Você plantou algumas dúvidas em sua mente. Ele vai voltar. Ela se virou para ela e observou-a sentar-se. -Eddie sempre foi uma criança teimosa. Eu acho que ele se transformou em um inferno de um vampiro teimoso.
Capítulo 35 Amaury cuidadosamente deslizou sua adaga de prata em sua bainha e a prendeu no seu quadril, antes de olhar para Samson. Eles estavam se preparando no porão de Samson, que continha às armas. Os outros estavam ocupados, carregando tudo que eles precisavam. -Eu não acho que isso seja de sua conta, se estou me comunicando com a minha companheira. - Ele não seria censurado por Samson, não importava o por que. Nina tinha, até agora, ignorado todos os seus esforços para entrar em contato com ela. Se qualquer coisa importante aconteceu ele devia chegar até ela, para se certificar que ela estava bem. Talvez ela ainda não soubesse como era a comunicação telepática entre companheiros ligados por sangue. Nas horas que passou sem dormir, ele tinha esperado a chegada do pôr do sol, ele estava pensando em vários cenários de por que ela não lhe respondeu. Para sua própria paz de espírito, ele tinha pensado sobre ela estar inconsciente ou confusa sobre essa habilidade e não sabia como aplicá-la. -É da minha conta, quando ela poderia comprometer a missão de resgate. Se você contar-lhe o que estamos planejando, poderá colocar Delilah em perigo. É isso que você quer? - O tom de aviso na voz de seu amigo o fez parar. -Você sabe muito bem que eu nunca faria nada para colocar Delilah em perigo. Mas Nina é minha responsabilidade. Eu a amo. A compreensão chegou a ele. Amor? Era possível que depois de todos esses anos, mesmo com a maldição? E se ele tivesse a quebrado? Como? Não havia nenhuma rima ou razão para que isso fosse verdade. Ele amava Nina. Amava além do vínculo, do desejo, do sexo. Seu coração sentia-se muito grande para seu peito, como se tivesse se expandido, ampliado para fazer espaço para ela. O calor se espalhou dentro dele e se estendeu por todo o corpo, infiltrando em todas as células e vibrando em sua pele. Amaury estava apaixonado.
-Se você a ama, você não deveria ter se ligado a ela sem dar-lhe uma escolha - Samson estalou. Fúria cresceu em Amaury. -O que você está dizendo? - Uma pontada minúscula de algo que ele não conseguiu identificar apertou o seu estômago, mas se foi rapidamente. Ele deu um passo para mais perto, quase batendo em Samson. -Você sabe exatamente sobre o que eu estou falando. -Por que você não me conta? - Amaury surpreendeu-se com a ameaça em seu tom. Sua lealdade para o seu velho amigo era dominada por seu amor por Nina -Você não contou a ela o que o vinculo de sangue implicava. Nina não tinha ideia de onde estava se metendo. -Isso não é verdade. – A acusação de Samson o picou. Ao mesmo tempo, uma pequena bola de culpa se estabeleceu em seu intestino. -Se não é verdade, então por que Nina ficou tão chocada quando Delilah fez um comentário sobre o seu vinculo de sangue com ela? E por que você acha que Nina está tão zangada com você? Zangada? Ela estava zangada com ele? Era por isso que ela não respondeu aos seus apelos telepáticos? -Você não pode estar falando a sério - Amaury tentou negar a declaração de seu amigo. Samson concordou e deu-lhe um olhar duro. -Delilah me disse que Nina não sabia sobre sua ligação de sangue com ela. Você fez isso sem sua permissão. Amaury deu um passo para trás e bateu contra a parede. -Mas eu perguntei a ela. Eu disse a ela. - bem, ele meio que pediu. Não tinha sido explícito, mas ele estava certo de que ela tinha entendido. -O que exatamente você lhe disse? - A voz de Samson estava mais calma agora, mais controlada. -Eu perguntei se ela queria ser minha, e eu disse a ela que seria dela.
Samson o olhou com desaprovação. -E você pensou que ela iria entender tudo relacionado ao vínculo de sangue? O coração de Amaury se contraiu dolorosamente. Ele estava tão certo sobre ela naquela noite. A maneira que ela olhava para ele, olhouo como se ela sentisse saudade, desejo. Ela pediu-lhe para tomar seu sangue, e não tinha hesitado quando ele pediu-lhe para beber do dele. Nina o queria, ele estava certo disso. Eles pertenciam um ao outro, eles estavam bem juntos. Não havia nenhum mal-entendido. Não podia ter. -Mas ela me queria. Ela... - Sua voz sumiu. Talvez ela quisesse aquilo dele na noite passada, mas por quanto tempo? Isto não podia estar acontecendo. Amaury sentiu a mão de seu amigo em seu ombro e olhou para seu rosto preocupado. -Você está ciente de que ela pode trazer isso para o Conselho. Ele estava ciente do Conselho, o poderoso corpo de vampiros de todo o país, que atuava como uma espécie de tribunal e tratava de infrações graves dentro de sua raça. Ligação de sangue com um humano sem o seu consentimento era um crime grave. -Ou ela pode deixar você. Amaury assentiu. Não havia a opção de se libertar do vínculo. Esse caso significava a morte. Mas ele não iria pensar nisso agora. Ele não podia se deixar distrair da tarefa que tinha nas mãos. -Tudo o que ela quiser, pode fazê-lo. Mas eu tenho que salvá-la. Eu não posso deixá-la morrer nas mãos de Luther. Um mundo sem Nina era inaceitável, e ele faria qualquer coisa para salvá-la. Pela ligação com ela, ele prometeu a sua vida a ela. E ele não hesitaria em cumprir a promessa se fosse necessário.
Capítulo 36
Luther lhe dava arrepios. A frieza que demonstrou em relação a Nina era notória. O cinza de seus olhos parecia gelo, enquanto olhava para ela e Delilah, sem qualquer expressão. Será que ele ainda tinha emoções, ou seu coração era um deserto congelado? Um calafrio percorreu a masmorra. Nina estremeceu e sentiu Delilah agarrar sua mão, em segurança. Mas mesmo o conhecimento que ela tinha uma amiga ao seu lado, não diminuía a intimidação que sentiu por parte de Luther. -Finalmente chegou a hora. Eu nunca imaginei que fosse tão fácil no final. E que Amaury fosse entregá-la de bandeja para mim, isto é de valor inestimável. -Você sabe que eles virão atrás nós, - afirmou Delilah, sua voz soando com certeza infalível, firme e sem tremer. Luther torceu a boca em um sorriso fino. -Eu estou esperando por eles. Eu prometi a mim mesmo que não sentiria por suas mortes. Eu quero que eles testemunhem o momento em que vocês morrerão, para que sintam a dor, a agonia, o desespero. Para saber o momento exato em que a dor os agarrará. Atrás dele Johan grunhiu, em acordo óbvio. Nina lançou-lhe um olhar oculto. Havia alguma forma de contornar os dois e fugir? Depois de ter visto como rapidamente seu próprio irmão tinha feito a sua saída, ela descartou a ideia, como impossível. -Onde está Eddie? - Nina teve uma sensação de mal estar no estômago. Ela não o tinha visto desde seu confronto mais cedo, naquele dia. Ela desejou saber o que estava acontecendo em sua cabeça. Será
que Eddie levou algumas de suas palavras para o coração e mudou sua opinião sobre Luther? -Fazendo os últimos preparativos. A resposta de Luther, fez que uma pontada dolorosa se espalhar em seu estômago. Como poderia seu irmão ser cúmplice de seu assassinato a sangue frio? -Ele não vai deixar você me matar. Eu sou sua irmã. - Seu protesto rendeu-lhe um riso amargo de Luther. -Você realmente acha que ele sabe o que está fazendo? Eu o escolhi, por que ele é muito impressionável. Ele segue cegamente a primeira pessoa que lhe mostra uma maneira de sair de sua miséria. Eu tenho certeza que ele nunca poderá voltar ao que era. Eu o tenho. -Ninguém é dono de Eddie. Eddie era muito teimoso para se deixar controlar por alguém. Mesmo depois de transformado em um vampiro, não tinha mudado essa teimosia. Nina tinha percebido isso quando se encontrou com ele poucas horas antes. -Ele mudou. O poder que ele tem agora, o poder que tem com ele, por ser um vampiro, corre em suas veias. Ele ainda não sabe como controlá-lo. Ele olha para mim para orientação. Eu sou o seu pai agora, e ele vai fazer o que eu quiser. -Não! - Nina gritou. -Eu não vou permitir isso. Luther deu um passo na direção dela. –Visto que você vai estar toda amarrada, em poucos minutos, eu não vejo como você pode me parar. Eu vou conseguir o meu objetivo. Seus homens perderão suas companheiras, assim como eu perdi a minha. Eles vão pagar pelo que me fizeram. E seu irmão vai me ajudar, por que eu vou controlá-lo. A dureza de seu tom de voz bateu através de seus ossos. Nina sabia que só havia uma maneira de pará-lo. Dizer-lhe a verdade. -Você não sabe o que realmente aconteceu com sua esposa. Delilah lhe deu um aperto de mão doloroso, tentando impedi-la. Por que todos tinham a intenção de esconder a verdade dele, quando a verdade era o que poderia salvá-los?
Ele rosnou, suas presas saíram da sua mandíbula apertada. -Eu sei tudo sobre cada minuto de agonia e sobre o seu fim. -Você não sabe a verdade. Ela sentiu outro puxão da mão de Delilah. -A verdade é o que eu digo que é. Luther girou e caminhou para a porta, Johan em seus calcanhares. Antes que ela pudesse dizer qualquer outra coisa, Delilah gritou: -Samson e Amaury vão matar você se nos machucar. Luther lançou um olhar gelado sobre seu ombro. - Oh, eu estou contando com isso. Vivian está esperando por mim. Com um baque forte, a porta se fechou atrás deles. -Oh Deus, ele é mais louco do que eu pensava. Ele está preparado para morrer. - Pela primeira vez, a voz de Delilah estava cercada pelo medo.
Capítulo 37
O mausoléu que Luther construiu para imortalizar sua amada Vivian, era uma engenhoca gótica de calcário e ferro forjado, do tamanho de um McMansion1. Cercado por árvores de carvalho maduro era protegido dos olhos curiosos. Não havia portas o cercando, Amaury acreditava que Luther já havia sido avisado sobre sua presença. Depois de não ser capaz de comunicar-se com Delilah por horas, Samson, finalmente, recebeu uma mensagem curta antes que a comunicação se interrompesse de novo. Ela tinha sido bem explícita: Luther esperava que eles viessem atrás de suas companheiras, de fato, ele estava contando com isso. Ele queria que eles testemunhassem a morte de suas companheiras. Amaury sentiu seu peito contrair dolorosamente com a lembrança das palavras de Samson. Todo o dia, ele e seus irmãos vampiros tinham trabalhado em um plano de como chegar a suas mulheres e resgatá-las ilesas. E de acordo com Delilah, Nina estava em perigo tanto quanto ela. Delilah parecia convencida da inocência de Nina. Enquanto Samson e o resto do grupo ainda estavam céticos sobre a avaliação de Delilah, Amaury sentiu seu coração encher de esperança. Como uma ex-auditora, a mulher de Samson tinha uma cabeça brilhante em seus ombros, e Amaury colocou todas as suas esperanças em sua crença. Mesmo que Delilah tenha sido incapaz de dar-lhes o local onde ela e Nina estavam, Samson tinha suspeitado imediatamente de onde Luther estaria.
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Na América de comunidades suburbanas, McMansion é um pejorativo para um tipo de grande e nova casa de luxo, que é considerada incongruente para sua vizinhança. Como alternativa, um McMansion pode ser uma casa grande e nova em uma sub-divisão das casas grandes, da mesma forma que todos parecem produzidos em massa e sem características distintivas, bem como em desacordo com a arquitetura tradicional local.
Após a morte de Vivian, Luther tinha desaparecido, mas não antes de erigir um monumento para ela, um gênero de santuário. Amaury olhou de volta para a floresta, onde seus amigos estavam escondidos. Eles não precisavam de luz. Sua visão superior seria suficiente para encontrar o seu caminho através da escuridão. Lentamente, eles apertaram o perímetro que tinham formado em torno da propriedade. Com comandos silenciosos em seus fones de ouvido comunicavam suas posições uns aos outros. Todos eles eram treinados como guarda-costas, eles sabiam que eram guerreiros superiores, mas, infelizmente, Luther e seus homens também. Amaury e Samson não haviam descoberto quantos outros vampiros trabalhavam para Luther. Não houve tempo para fazer qualquer reconhecimento detalhado. Amaury escutava através de seu fone de ouvido e moveu-se alguns metros para mais perto do edifício. Por um bosque de árvores, ele parou e treinou seus olhos para o mausoléu. Ele percebeu movimentos. Ele se concentrou e conseguiu distinguir duas figuras perto dos degraus que levavam até a entrada. -Eu vejo duas pessoas - ele sussurrou em seu microfone. -Eu as tenho em vista - Gabriel confirmou - dois deles. Estou indo para mais perto agora para confirmar a identidade. Amaury prendeu a respiração. Sem fazer um som, ele deslizou para frente, procurando o arbusto mais próximo que lhe proporcionaria proteção. -Confirmado, Delilah e Nina estão em um pódio - a voz de Gabriel veio pelo fone no ouvido. Amaury olhou para a direita. Samson foi se esconder atrás do arbusto ao lado dele. Ele acenou, antes que ele olhasse de volta para o mausoléu. Amaury poderia ver o pódio claramente agora. Um pouco à frente do mausoléu, Luther tinha construído um pódio de madeira. E no meio de tudo, Nina e Delilah estavam imóveis, com os braços atrás das costas. Ele ainda estava muito longe para ver com mais detalhes. -Fios - disse Thomas através dos fones de ouvido, - o que ele quer com todos os fios? -Estou me aproximando pela parte de trás, - Ricky anunciou. -
Após os fios. -Qualquer visão de Luther? - Amaury perguntou. Um por um, seus colegas responderam com uma negativa. No pódio, Nina e Delilah não se moviam. Ele treinou seu olho para elas mais uma vez e agora podia ver que suas bocas foram amordaçadas. Luther, obviamente, queria evitar que elas chamassem seus salvadores. Não que isso importasse. Ambas as mulheres ainda podiam se comunicar com seus companheiros se quisessem. Não era a mordaça que as impediria de fazê-lo. Isso só podia significar que Luther estava preocupado com as mulheres alertando os vampiros restantes para alguma coisa. Mas para quê? Amaury fez sinal para Samson que estava pronto para se aproximar. Seu amigo balançou a cabeça e apontou para uma abertura entre dois arbustos. Três passos largos depois e Amaury atingiu o ponto. Ele entrou por ela. Um instante depois ouviu um clique e virou a cabeça para a fonte do som. Ele notou o pequeno dispositivo rodando instantaneamente. -Foda - ele assobiou baixinho. -O quê? - Veio a pergunta rápida de Samson. -Detectores de movimento. Havia apenas duas razões para Luther ter detectores de movimento: para indicar a sua abordagem e para iniciar uma sequência. Um olhar para Samson que se mudou para o lado dele, disse-lhe que o amigo tinha chegado à mesma conclusão. Alguma coisa estava prestes a começar. -Merda!
Nina notou o tique-taque instantaneamente. Ele não tinha estado lá antes, ela tinha certeza, mas, de repente, ele começou. Ela virou a cabeça para olhar para o lado dela. Ela não podia perguntar a Delilah se ela também ouviu. Mas algo estava errado. Bem, muitas coisas estavam erradas, a
começar pelo fato de que ela e Delilah estavam ligadas a um par de postes. Mas até alguns segundos antes, nada estava acontecendo. Agora, parecia que algo tinha começado, com o tique-taque. E um som de relógio nunca era uma coisa boa. Qualquer cinéfilo poderia dizer isso a ela. Nina esticou o pescoço outra vez, e com o canto do olho ela podia ver um brilho de luz. Torcendo seu corpo um pouco mais, ela conseguiu mover um centímetro e, finalmente, viu: um relógio digital, em contagem regressiva. Bem, isso resolvia o mistério do tique-taque. Quem diabos tinha ligado a maldita bomba? Ela não tinha visto ninguém na vizinhança o que significava que alguém estava fazendo isso remotamente. Os fios sugeriam muito. Depois que Johan e outro vampiro as tinham amarrado as tinham deixado sozinhas. Isso tinha sido mais de uma hora atrás, se ela tivesse que adivinhar. Nina? Você pode me ouvir? A voz em sua cabeça soava familiar. Amaury? Era sobre isso que Delilah tinha falado? A comunicação telepática através da ligação? Sim, sou eu. Diga-me o que está acontecendo. Estamos perto. Nina ajustou sua voz em sua cabeça. Deu-lhe uma estranha sensação de calma. É melhor você se aproximar rapidamente, há uma bomba-relógio. Houve um silêncio. Nenhuma resposta veio dele. Onde diabos ele tinha ido? Amaury, droga, o que você vai fazer sobre isso? Mais alguns segundos se passaram antes que ela, finalmente, sentisse o calor de novo que vinha com os pensamentos, atingindo sua mente. Ouça com atenção. Acho que fomos nós que o ativamos. Idiotas!
Existe um relógio? É claro que há um relógio, ela lhe respondeu. Você pode ver o tempo? Nina esticou o pescoço mais uma vez. Menos de dez minutos. Merda! Antes que ela pudesse se concentrar em responder a ele, notou um movimento ao lado dela. Ela se esticou. Pelo canto do olho, viu Eddie. Mas ele não estava andando em sua direção. Ele se arrastou ao longo dos arbustos que cresciam ao lado da escada, escondendo-se atrás deles. O que ele estava tentando fazer? Sua atenção foi desviada novamente quando uma voz potente atrás dela falou. -Eu vejo que todos, finalmente, chegaram. Por que tinha todo vilão tinha que fazer seu discurso obrigatório, antes que tudo explodisse em pedacinhos? -Luzes - Luther chamou, e um momento depois, o pódio foi inundado de luz e a área gramada na frente delas. Não importa quem fosse abordá-los, eles não tinham como se esconder agora. Luther permaneceu atrás dela e de Delilah, claramente usando-as como escudo, para que os vampiros que tentavam resgatá-las fossem capazes de obter uma imagem clara para ele.
Amaury olhou para o pódio. A luz deu-lhe uma visão perfeita do local onde Luther decidiu matar suas mulheres. Ele, imediatamente, percebeu que não havia maneira de chegar ao pódio sem ser visto. Isso não seria uma operação de resgate cautelosa. Isso seria tudo sobre velocidade. Amaury definiu seu cronômetro para nove minutos, o tempo restante até que a bomba explodisse. -Nós não temos muito tempo - ele falou baixinho no microfone. -Os detectores de movimento desencadearam a contagem regressiva para
uma bomba. -Bem-vindos ao meu pequeno show, - a voz de Luther clamou do outro lado da clareira. -Eu confio em que estamos todos aqui? - Houve uma pequena pausa, antes de continuar. -Ótimo. Eu não gostaria de começar sem vocês. Amaury apontou sua semi-automática para Luther e olhou através do visor. Seu alvo estava bem entre Nina e Delilah. Seu dedo apertou o gatilho. Luther se moveu. Pérolas de suor se construíram na testa de Amaury, enquanto seu dedo no gatilho tremia. Um olhar para Nina disse que ele não podia correr o risco de disparar. E se ele se enganasse? Não. Era muito arriscado. Lentamente, ele baixou o braço. Samson agitou-se ao lado dele. -Eu sei. - Então ele falou no microfone. -Nós não podemos fazer nada pela frente. Vocês podem chegar até eles a partir dos lados? -Estou trabalhando nisso - a voz de Gabriel chegou ao seu ouvido. -Ricky, qualquer coisa sobre os fios? Não houve resposta. -Ricky? Samson deu a Amaury um olhar assustado. -Yvette, Zane, verifiquem na parte de trás, por Ricky. -Já vou fazer. - A voz de Yvette soou através do fone de ouvido, em seguida, desligou. -Não importa o que vocês estão planejando fazer, vocês não serão capazes de salvar suas companheiras, assim como eu não fui capaz de salvar a minha. – A voz de Luther ecoou pela noite. -Eu esperei por esse momento por muito tempo. Eu nunca pensei que eu ia pegar dois pássaros com uma pedra. Francamente, Amaury, meu velho amigo, eu não achei que você tinha isso em você. Amaury não deu a mínima para o que Luther pensava. Nina era dele, e ele não permitiria que ela se machucasse. Luther voltou-se para Delilah e afastou uma mecha de seu cabelo longe de seu rosto. Um tremor desafiador de sua cabeça foi a resposta. de
-Que companheira adorável você tem, Samson. Quando eu soube sua ligação há alguns meses atrás, eu queria felicitá-lo
pessoalmente. Desculpe o atraso, mas eu tinha coisas para preparar, você entende. Eu precisava de seguidores leais e que melhor maneira de conseguir do que criá-los eu mesmo, você não acha? Afinal, você colocou todos os meus amigos contra mim. Em meu momento de dor, eu não tive ninguém. Amaury lembrou-se desse tempo. Luther tinha sido o único que tinha se voltado contra seus amigos, empurrando todo mundo longe, acusando todo mundo de delito. -Você poderia ter salvo Vivian. E você a deixou morrer. Você tinha esse poder, ainda assim não agiu. Mas chega de passado. Morro hoje e comigo suas companheiras de sangue. Não foi nenhuma surpresa para Amaury o que Luther tinha preparado para eles. Ele tinha que saber que tanto ele como Samson o caçariam até o fim do mundo. Luther estava tão bem com o momento da morte, que ele colocou as mãos sobre Nina e Delilah. Um rápido olhar sobre Samson confirmou que seu amigo estava pensando a mesma coisa. Amaury olhou para o relógio, apenas seis minutos. Ele fez um gesto para ele e fez um sinal para Samson, indicando o tempo restante com os dedos. -Gabriel, atualização. – A voz de Samson, que soou através do fone de ouvido, parecia mais calma e mais recolhida do que parecia, cara a cara. -Aqui é Quinn. Encontramos o mecanismo de gatilho. Está no automático. Eu não posso desativá-lo a partir daqui. Eu preciso encontrar o console. -Faça isso. -A caminho. Uma palavra de advertência, embora eu ache que há um comando manual em algum lugar. No caso de desativar o automático, ele tem outra maneira de detona-lo. -Eu estou procurando por isso - respondeu Thomas. -Menos de cinco minutos - Amaury sussurrou. -Boa noite, meus amigos. E bem-vindos para a verdadeira escuridão - disse Luther. Um momento depois, ele deslizou de volta para o mausoléu atrás das mulheres, passando pela entrada.
Capítulo 38 Nina estremeceu. As últimas palavras de Luther tinham lhe dado frio. Ela olhou para o lado dela, para onde Eddie havia se escondido antes, mas não podia vê-lo em qualquer lugar. Ela olhou para o relógio. Faltavam menos de cinco minutos. Em toda a área gramada ela conseguia ver algumas sombras. Eles estavam se movendo em direção a ela, ou este era um pensamento, apenas seu desejo? Segundos depois, viu uma forma familiar entrar em seu ângulo de visão. Apesar da escuridão, ela o reconheceu: Amaury. Próximo a ele, um homem magro, mas igualmente alto apareceu: Samson. Nina olhou para a borda da plataforma quando Amaury e Samson continuavam sua abordagem, sem interferência de ninguém. Isso não estava certo. Era muito fácil. Por que Luther deixou-as sozinhas, para que seus homens pudessem vir para libertá-las? Não fazia sentido. Sim, o relógio da bomba ia passando, mas cinco minutos seria tempo suficiente para libertá-las e estar longe o suficiente da plataforma no momento em que explodisse. Não, algo estava seriamente errado com esta imagem. É uma armadilha. Ela se concentrou em Amaury e abriu a mente para ele. Freneticamente, ela olhou em torno de si, seguindo os fios. Pelo canto do olho, de repente, viu um movimento. Eddie passou correndo em direção à plataforma para Samson e Amaury, lançando-se sobre eles. Ela queria gritar e detê-lo, mas a mordaça em sua boca impediu de ela. Em vez disso, ela viu quando ele saltou contra Amaury. Eles lutaram e Samson continuou a se aproximar. Um olhar frenético para Eddie e Samson, disse-lhe que algo estava errado. Eddie não estava
lutando para matá-los, apenas lutando para detê-los. Amaury pare! Não machuque Eddie! Não existe mais nenhum! Pare. Samson faça-o parar agora! Um segundo depois, o comando de Amaury ecoou pela noite. -Samson, fique para trás! Seu amigo instantaneamente se acalmou, e assim o fez Eddie. Ele parou de esmurrar. -Graças a Deus - ela ouviu a voz grossa de seu irmão. Esgotamento transbordava claramente em seu rosto, ele apontou para um ponto apenas um pé à frente de Samson. - Feixe de laser. O coração de Nina palpitou. Amaury ainda tinha seu irmão em um aperto, mas ele não pareceu querer-lhe mal. -Fale. Rápido. – A voz Amaury chegou aos ouvidos de Nina e sentiu-a estranhamente reconfortante. -Uma vez que você passar desse ponto, o feixe de laser é interrompido e aciona um segundo mecanismo e tem apenas sessenta segundos para o pódio explodir - explicou Eddie. O coração de Nina pulou. É por isso que Luther tinha estado tão confiante e deixou-as sozinhas. Se os homens tentassem apressá-lo, eles, inadvertidamente, reduziam o tempo no relógio e explodiriam com elas. Ela piscou e engoliu em seco. Era isso. Eles estavam tão ferrados. -Existe uma maneira de contornar isso? Eddie balançou a cabeça. -A única maneira de chegar ao pódio sem tropeçar o laser é de dentro do mausoléu. Seu irmão olhou para sua direção. -Sinto muito, querida. Eu não sabia que ele iria até o fim. Eu não percebi o quão louco ele é. Quando eu entendi o que ele estava planejando, já era tarde demais. Amaury olhou para Nina, agonia e tortura obscurecendo seus
traços bonitos. Sem quebrar o contato visual com ela, ele se dirigiu a Eddie. -Leve-nos para o mausoléu. Agora. Ela observou como Amaury falou baixinho em seu microfone, em seguida, ouviu seu fone de ouvido. Ela pegou o seu olhar frustrado, antes que ele se reunisse com Samson e Eddie. Eles estavam falando muito baixo para ela ouvir, mas seus gestos disseram-lhe que estavam em desacordo sobre algo. -Não! Você está louco? - Seu irmão gritou com Amaury. -É o único caminho. - A resposta de Amaury estava carregada de emoção. Ele olhou para ela, com um olhar triste em seus olhos. Confie em mim. Nina ouviu sua voz em sua cabeça. Confiar por quê? O que diabos ele estava fazendo? Alguns segundos depois, tudo desabou. Do nada, os vampiros amigos de Amaury apareceram, infestaram a área. E então ela viu os outros, os homens de Luther. Johan caminhou para a cena de trás do mausoléu, juntamente com três outros que ela não reconheceu. Um deles ajudou a amarrar a ela e Delilah. Os outros, ela nunca tinha visto antes. Enquanto ela ainda tentava rastrear a área para entender o que estava acontecendo bem na frente dela, ela notou um movimento de Amaury e Samson. Como velocistas eles correram em direção ao pódio, só que mais rápido do que qualquer humano poderia correr. Seu coração batia em seus ouvidos. Nina não precisava olhar para o relógio para saber que seus últimos sessenta segundos iam passando. Era assim que sua vida iria acabar? Explodindo em pedaços? Seria indolor, pelo menos? Com um baque forte, ambos os vampiros, saltaram para o pódio e em linha reta, em direção a ela e Delilah. Um segundo mais e Amaury estava atrás dela.
Amaury tinha puxado a faca da bainha de suas calças e estava pronto para cortar suas amarras quando as viu: as algemas de prata. -Nããão! - Seu próprio grito misturado com o de Samson, que estava atrás de Delilah e viu o mesmo obstáculo. -Oh Deus, Nina - foi tudo o que ele poderia dizer. Ele sentiu um chute contra o poste. Em frustração bateu contra ela - era feito de ferro, um metal de um vampiro poderia dobrar e quebrar se ele usasse força suficiente. -Samson, o poste, quebre-o! Salve-se, Amaury, por favor. -Eu não vou deixar você! Sua raiva se misturava com determinação. -Dobre para frente, longe do poste tanto quanto você puder - ele ordenou para ela. Nina fez o que ele pediu. Amaury chutou contra o poste com a perna, em seguida, seguiu com a lâmina de sua mão. Mais uma vez a perna, então sua mão. Em um ritmo constante, mas rápido aos olhos de um ser humano que apenas era capaz de seguir, ele chutou e acertou. Outro. E mais um. O poste começou a rachar em um lado. Mais um, só mais um. Ele reuniu toda a sua força e esmagou o seu pé no poste. Uma dor abrasadora subiu por sua perna, mas ele a ignorou. A separação do metal. Com velocidade de vampiro ele apontou para os pulsos, nem mesmo percebendo o dano que a prata fazia a suas próprias mãos. Empurrando o poste, ele torceu-o para longe, deixando-a cair ao pódio. Puxando seus pulsos amarrados, ele tirou-a de lá. Amaury pegou Nina quando ele pulou para fora do pódio. A sombra ao lado dele tinha que ser Samson, mas ele não tinha tempo para olhar. Com vários passos, sua companheira agarrou seu peito, ele foi capaz de pôr distância entre eles e o pódio, antes que ele sentisse a explosão dura nele. A onda de choque empurrou-o para o chão, enquanto o calor queimava sobre ele. Com sua última gota de força ele cobriu Nina debaixo dele, embalando-a na segurança de seu corpo largo, esperando que a queda não a tivesse machucado. Sentia o corpo macio embaixo dele, os seios
esmagados contra seu peito. Mas ela sentia frio. Quanto tempo tinha passado no ar frio da noite? Sua respiração era tão irregular como a sua. Segundos se passaram antes que ele soubesse que era seguro levantar a cabeça. À sua esquerda, encontrou Samson deitado em uma posição semelhante a si mesmo, cobrindo Delilah com seu corpo. Olhando para trás, ele viu seus colegas lutando contra a oposição. Eles superaram os homens de Luther. Agora era seguro se sentar. Amaury saiu de cima de Nina. Seus braços ainda vinculados a suas costas, ela não podia se mover muito sozinha. Ele a ajudou a sentar-se antes que ele puxasse a fita adesiva. -Desculpe, chérie, vai doer. Seus olhos estavam arregalados. Ela estava claramente ainda em choque. Amaury puxou a fita em um movimento rápido, então imediatamente pressionou a palma da mão sobre os lábios tentando aliviar a dor. -Ai! Ele não podia deixá-la com dor, e, que diabo, ele precisava senti-la. -Eu vou curá-la. Sua língua traçou sobre os lábios, que a fita tinha deixado doloridos, acalmando primeiro o inferior, depois o superior. Um momento depois, ele se viu beijando-a e pressionando seu corpo contra o dela. Por um breve momento, ele gostou de sua proximidade. Ele queria que isso durasse uma eternidade, mas tão rapidamente quanto ele a beijou, ele a soltou. Amaury não tinha se esquecido sobre o que ele tinha feito com ela. Ter salvo a vida de Nina não mudava isso. Ela não era sua para manter, porque ele nunca lhe pediu para ser dele, não de uma maneira que teria entendido de qualquer maneira. -Eu sinto muito. - Amaury desviou os olhos e olhou para trás em direção ao mausoléu. Ele ainda estava de pé. Por que não tinha explodido também? -Quinn, o mausoléu não explodiu. Em seu aparelho ele pode ouvir a voz de Quinn. -Desculpe amigo, Luther cruzou os fios de propósito. Cortei um
para o mausoléu, pensando que era para o pódio. Ele pensou em tudo. -Você está bem? -Poderia dar alguma ajuda aqui, ele tem outro amigo. -A caminho - Amaury confirmou. Ele se levantou e lançou um olhar para Nina. -Fique aqui.
Nina viu como Amaury correu em direção ao prédio. Ela olhou para o lado dela e pegou Samson beijando Delilah suavemente. Sua voz era tenra quando falava para ela. -Eu quase perdi você. -Está tudo bem. -E o bebê? -Ela está bem. -Ela? - A voz de Samson estava cheia de surpresa. -Eu vou explicar mais tarde. Você pode tirar essas algemas de mim? Nina sentiu seus próprios pulsos sendo tocados pelas algemas. -Eu também. Amaury escolheu fugir antes de retirá-las de mim. Delilah enviou-lhe um olhar de pena. Sim, o fato é Samson ficou tomando conta de sua esposa, enquanto que Amaury tinha escolhido continuar a lutar, em vez de cuidar dela. -Oliver vai trazer cortadores de metal da van - disse Samson. Nina voltou o olhar para o campo de batalha. Atrás do pódio destruído, uma figura escura emergiu do mausoléu. Luther. Ninguém o tinha visto ainda. Seus olhos procuraram por Amaury. Os remanescentes do pódio ainda estavam queimando. Com dificuldade, ela foi capaz de ver as figuras diferentes lutando na vizinhança. Ela reconheceu Johan que lutava com Gabriel. Outros estavam obscurecidos pelo incêndio que se alastrava como resultado da
explosão. Nina viu a cabeça de Amaury na parte traseira do edifício. Infelizmente Luther avistou-o ao mesmo tempo. Ela viu como o seu olhar seguiu-o, e seu corpo começou a se mover em direção a Amaury. Amaury não podia vê-lo uma vez que ele olhava para uma direção diferente. Se ela não o avisasse, Luther iria golpeá-lo por trás. Nina girou de volta para Samson. -Samson! Luther está atrás de Amaury. Ela não poderia apontar para a direção que ela tinha visto, por que suas mãos ainda estavam impedidas, nas costas. -Onde? - Os olhos de Samson viajaram rapidamente sobre a cena. -Para a direita, lá, ao lado do edifício. Por favor, ajude-o. Samson tocou em seu ouvido, em seguida recuou em choque. -Meu microfone se foi! Foda! O estômago de Nina se torceu. - Amaury! - Samson gritou, mas seu amigo não se virou. Havia muito barulho no campo de batalha. -Ele não pode me ouvir. Pânico rasgou através dela. -Oh, Deus, não. Ela observou como Luther continuava em direção a Amaury. -Você tem que avisá-lo, Nina, você pode fazê-lo. Pânico fez seu cérebro congelar. Se ele não podia ouvir Samson, cuja voz era mais alta do que a dela, como ele poderia ouvir sua advertência? Ela sentiu seu batimento cardíaco bater em sua garganta, em um nó apertado. O desespero a imobilizava. -Amaury, - ela resmungou. -O vínculo - Samson instruí-a. - Use o vínculo. Nina piscou uma vez e, em seguida concentrou-se. Amaury, atrás de você, Luther está atrás de você.
Uma fração de segundo depois viu-o girar e enfrentar o seu adversário. Luther desferiu o primeiro golpe, mas Amaury imediatamente combateu. Eles estavam equilibrados, lidando com golpe após golpe. O estômago de Nina se contorceu dolorosamente enquanto tentava assistir a sua luta. Com cada golpe que Amaury levava, ela se encolhia. Quem era mais forte? Amaury seria capaz de ganhar? Ela se assustou quando, de repente, sentiu as mãos de alguém nas dela. -Sou eu, Oliver. Vou cortar as algemas. Mantenha-se quieta. Um momento depois, ela sentiu o metal frio contra sua pele. Um estalo se seguiu, e as algemas caíram na grama. Sem se virar para agradecer ao homem, ela correu para a cena em frente a ela. Ela tinha que ajudar Amaury, não importava como. Ela tropeçou para frente quando no canto do olho, viu Eddie. Ele estava lutando com Zane. E Zane estava ganhando. Olhando para Amaury depois voltando para Eddie, ela tomou uma decisão em frações de segundo e correu em direção a seu irmão. -Pare! Ele está do nosso lado. Mas Zane ignorou. Ele continuou a bater em seu irmão. -Zane, pare! Não o machuque - ela gritou novamente e pulou para a sua frente, lançando-se entre os dois. Zane agarrou-a e jogou-a de lado, em seguida, estendeu a mão para Eddie. -Ele está com Luther. Sua resposta foi abafada pelo vozeirão de Samson atrás dela. -Zane, ele está com a gente. Solte-o. Um olhar incrédulo surgiu no rosto de Zane, mas obedeceu e largou Eddie de suas garras. Nina correu para Eddie e abraçou-o. Os braços fortes de seu irmão foram em torno dela e a apertaram com força. -Você está viva - disse ele. Por causa de Amaury ela estava viva, mas agora ele estava em perigo. Nina desenvencilhou-se do abraço de Eddie e deixou seus olhos vaguearem em busca de seu companheiro.
Capitulo 39
Amaury se esquivou de outro golpe de Luther e balançou o punho contra seu braço. Momentaneamente, bloqueando o seu adversário, permitiu-lhe retirar a adaga de prata com a outra mão. Ele usou a perna para chutar as pernas de Luther debaixo dele e sentiu-o tropeçar. Sem hesitar, Amaury derrotou-o contra a parede atrás dele e levantou a adaga para atacar. Por ter quase matado sua companheira, Luther teria que morrer. Só então a besta dentro de Amaury seria apaziguada. Não! Pare Amaury! A voz de Nina invadiu sua mente, e ele hesitou por um segundo. Por favor, se você me ama, não o mate. Pelo canto do olho, ele viu um movimento e se virou. Nina vinha correndo na direção dele. -Não se mova, ou você está morto, - ele advertiu Luther e manteve o punhal pressionando em sua garganta. O fio de prata queimava na pele de seu oponente. -Amaury! Não o mate, por favor, não - ele ouviu Nina pedir. Seu intestino torceu. Por que ela queria salvar Luther quando ele estava planejando matá-la? Ele não podia fazer cara ou coroa com ele. Amaury deu-lhe um longo olhar, tentando buscar os olhos por uma resposta. Com quem ela estava? Atrás dela, Samson e Delilah apareceram e um segundo mais tarde alguns dos outros. A luta parecia ter acabado, mas o fogo continuava atiçando a raiva.
Amaury sentiu Luther afrouxar sob seu controle, claramente percebendo que ele tinha perdido. A mão de Amaury se contraiu ansiosa para terminar o que tinha começado. -Não, - Nina avisou -ou você não será melhor do que ele. -Por que eu deveria poupá-lo? - ele perguntou, evitando o olhar dela de olho na garganta de Luther, onde a adaga de prata queimava sua carne. Ele só tinha que pressionar um pouco mais para acabar com sua vida, para fazê-lo pagar pela dor que causava. Recordando a visão de Nina no pódio, e do pânico que tomou conta dele, quando ele percebeu que as algemas eram feitas de prata, fez seu coração bater em uma fúria violenta. Ele poderia ter perdido ela para sempre. -Você não é o juiz. - A voz calma de Nina caiu em seus ouvidos. -Não, mas eu sou o seu carrasco. -Então eu vou ser o seu advogado de defesa. Amaury olhou para ela, seu queixo caiu. -O que você quer dizer? Ele é culpado. Nós todos sabemos isso. -Vamos acabar com isso - Luther interrompeu. -Não - Nina disse, dando um passo à frente. -Há circunstâncias atenuantes. Mesmo o rosto de Luther torceu em uma careta confusa. -Circunstâncias atenuantes? - Amaury repetiu. Ele notou que Delilah tocou o braço de Nina. As duas mulheres trocaram um olhar. -Ele precisa saber - Nina disse calmamente. A sensação de medo tomou conta de Amaury quando Nina fechou os olhos para ele. -Se você e Samson lhe tivessem dito naquela época, isso nunca teria acontecido. -Fique fora disso - Amaury avisou. Isto foi entre homens. Ele e seus colegas poderiam tratar de Luther, e só teria um único caminho possível. Sequestrar e tentar assassinar a companheira de um vampiro, só ensejava uma única punição possível: a morte.
-Quinn, tire as mulheres daqui - ele ordenou. Quando Quinn olhou para Samson para ter a confirmação, seu chefe assentiu. -Não, eu não vou deixar! - Nina ressaltou seu protesto, botando as mãos nos quadris e ampliando sua postura. Sua pequena lutadora estava pronta para fazer a batalha com ele. Mas Amaury não permitiria isso, não desta vez. -Eu disse... Nina interrompeu, sua voz estava furiosa agora. -Eu ouvi o que você disse. E, francamente, eu não dou a mínima. Eu vou dizer o que eu tenho a dizer, e ninguém vai me parar. - Nina empatou um olhar desafiador para ele. Porra, sua mulher tinha bolas. E ela as usou para desafiá-lo. Se ele não estivesse tão ocupado com a manutenção de sua faca na garganta de Luther, ele iria agarrá-la agora e dobra-la sobre seu joelho para umas merecidas palmadas. Ninguém mais, além de Samson, já tinha realmente se levantado para ele. E ele era um vampiro de mais de um metro e oitenta de altura, duro, não a mulher delicada e humana cujos punhos tremiam em sua cintura. Não, ele não tinha perdido isso. Nina estava nervosa, mas ao mesmo tempo ela estava disposta a passar por isso. Ele tinha que admirá-la, mesmo se ele não concordasse com ela, neste momento. Amaury pegou quando Samson abriu a boca para falar, mas foi contido por Delilah. Um tremor suave de sua cabeça e um toque de sua mão em seu braço, o deteve. -Luther, - Nina abordou o vampiro no final de faca Amaury, - eu o desprezo pelo que você tentou fazer para mim e Delilah, mas posso entender a dor em você. Mas você deve saber nem Amaury nem Samson, são o motivo dessa dor. Foi Vivian que escolheu não ficar ligada, foi dada a ela a escolha. Um rugido instantâneo saiu do peito de Luther quando ele tentou agarrar Nina. -Você está mentindo! - Ele lutou contra Amaury. -Você vai pagar por essa mentira! O chute de Luther desembarcou na virilha de Amaury, antes que ele pudesse evitar. A dor atravessou seu corpo inteiro e fez sua mão soltar a adaga de prata, antes que ele se dobrasse. Luther escapou de
sua mão e se lançou para Nina. Um grito assustado veio de seus lábios. Apesar da dor e náusea com que seu corpo estava lutando, Amaury saltou atrás de Luther. Com horror, viu seu inimigo agarrar Nina pelo ombro. -Não! - Um grito rasgou a noite, e Amaury percebeu que era seu. Ele tinha que salvar Nina. Seus amigos foram mais rápidos. Em poucos segundos, Zane e Samson arrancavam Luther de cima dela e eles o tinham contido. Como um homem selvagem, Luther olhou para eles, olhando de um para o outro e depois para Nina. -Você está mentindo, admita você está mentindo! - Ele exigiu. Nina balançou seus cachos de mel, com o rosto triste. -Eu queria que fosse uma mentira. Amaury notou uma lágrima solitária cair do olho de Nina e correr pelo seu rosto. Luther tinha visto também. -Não! - Um grito violento veio de peito de Luther e ecoou na noite. -Não! Não! Um momento depois, Amaury o viu quebrar. O corpo inteiro de Luther desmoronou, quando ele se afundou em seus joelhos. -Oh, Deus, não. Samson voltou-se para seus homens. -Quinn, você e Yvette, tomem Delilah e Nina e voltem para casa. Nós temos que cuidar das coisas aqui. Quinn assentiu. Amaury observou Nina enviar uma olhada interrogativa para Eddie e depois em direção de Luther. Ele deu um passo na direção dela. Com sua voz baixa, ele se dirigiu a ela. -Eddie esta seguro com a gente. Eu prometo. -E Luther? - ela perguntou. -Nós não vamos matá-lo. Mas ele vai ser punido. Por um longo momento ela olhou para ele e assentiu. Ele acenou
para Quinn e Yvette, e os dois levaram as mulheres embora. Amaury seguiu Nina com os olhos. Será que ele tinha um futuro com ela? Quando ele se voltou, viu Samson agachado ao lado de Luther, com uma mão em seu ombro. -Nós não poderíamos dizer, eu sinto muito. - As palavras de Samson foram ditas em voz baixa. -Eu a amava. – A voz de Luther estava carregada com lágrimas não derramadas. Amaury entendia sua dor muito bem. Ele se virou. Samson teria que lidar com Luther. Ele não tinha mais forças. Já custaria o suficiente enfrentar as próximas horas e fazer as coisas direito, com Nina. -O que vai acontecer agora? - Ricky perguntou, ao seu lado. Amaury olhou para cima. -Luther terá que enfrentar o Conselho. Ele vai ter que enfrentar um julgamento por ter criado novos vampiros. E pelos assassinatos dos humanos e dos guarda-costas. -Você acha que pode manter Eddie e Kent fora do processo? Ricky perguntou. -Eles vão ter que depor, mas vão ser considerados sem culpa. Eles estavam sob a influência de Luther quando cometeram os assassinatos, o que significa que os crimes tornaram-se de Luther. -O que vai acontecer com ele? -Eu não sei, mas sei que o Conselho é justo. Eles vão levar em conta a sua motivação. Amaury olhou para Samson, que tinha ajudado Luther a levantar. -Você está pronto? – Samson perguntou. Luther olhou primeiro para Amaury, depois para Samson. Havia algo que Amaury não podia apontar, mas ele podia ver a mente de Luther clicando. -Eu quero dizer adeus a Vivian. Com um aceno de Samson, Zane soltou o braço de Luther e permitiu-lhe voltar-se para o mausoléu. Amaury pegou o ódio brilhando
nos olhos de Luther e percebeu de imediato que este não seria um amoroso adeus a sua esposa morta. Sem saber por que, mas agindo inteiramente por instinto, Amaury pulou para Luther. Mas era tarde demais. Até o momento ele chegou a ele e bateu-o no chão, a mão de Luther já havia retirado um pequeno dispositivo eletrônico de seu bolso. -O gatilho! - Samson gritou atrás dele. Amaury lutou com Luther, tentando tirar o aparelho da mão de seu oponente. Luther foi mais rápido. Seu polegar pressionou o botão. Uma fração de segundo depois, o mausoléu foi abalado por uma implosão. As paredes cederam e desmoronaram antes de afundarem umas sobre as outras. Uma nuvem de poeira levantou dos escombros. O lugar de descanso de Vivian não existia mais.
Capitulo 40
As pernas de Amaury estavam pesadas quando ele entrou em seu elevador privativo e apertou o botão para seu apartamento. Ele tinha passado a noite inteira à procura de Nina. Ela não tinha esperado por ele na casa de Samson. Ela simplesmente saiu sem uma palavra. Para ser honesto consigo mesmo, ele não estava surpreso. Ele tinha sido um burro, e convencer a sua companheira a perdoá-lo e voltar com ele, não seria fácil. Mas, primeiro, ele teria que localizá-la. Depois de ir até seu estúdio em Chinatown, o achou vazio, ele vasculhou cada beco e cada clube, procurando por ela. Nada. Ela tinha desaparecido. A única razão para ele estar voltando para casa agora, era o sol nascente. Uma vez que o sol se pusesse novamente, ele continuaria sua busca por Nina. O momento em que ele entrou em sua casa, Amaury percebeu que não estava sozinho. Com a visão de Nina, em pé na porta de seu quarto, vestida com seu roupão de banho branco, ele congelou. A porta do elevador se fechou atrás dele. Não poderia ser alucinação, não até que seu corpo estivesse no modo de fome, mas era muito cedo para isso. Vinte e quatro horas sem sangue não faria isso com ele. Ele já tinha ficado mais tempo que isso antes. -Amaury, você está em casa. Até mesmo a voz da miragem soava como ela. E o perfume que derivava para as suas narinas, era todo Nina. Ela era real, e estava em seu apartamento, parecendo como se ela tivesse acabado de tomar um banho. Ela não se parecia com uma mulher que estivesse fugindo. E se ela estava tentando evitá-lo, este tinha de ser o pior lugar para se esconder. -Parece que você viu um fantasma. -Você está aqui. - Sua garganta ressecada doía enquanto falava,
mas seu coração pulou de alegria. -E você está afirmando o óbvio. - Nina deu alguns passos em direção a ele, enquanto o observava com cautela. Ela não parecia que estava zangada com ele. Será que ela já sabia o que ele queria dizer a ela? E como tinha chegado em seu apartamento, em primeiro lugar? -Eu entrei pela saída de incêndio, - ela respondeu a sua pergunta silenciosa e inclinou a cabeça para a janela. Ele levantou uma sobrancelha. -Eu teria lhe dado uma chave. Nina encolheu os ombros. -Onde estaria a graça nisso? -Ou você poderia ter simplesmente esperado por mim na casa de Samson, em vez de me fazer procurar por toda a cidade por você. -Diversão menor ainda - ela respondeu. -Você sabia que eu estava procurando por você? Ela deu de ombros, indiferente. -Você não seria o Amaury que eu conheço se não estivesse. Nina queria dobrá-lo? Ele deu alguns passos em direção a ela. -E eu não seria o Amaury que você conhece se eu não batesse em sua bunda doce por isso. Ela surgiu com os punhos em seus quadris, mas a malicia brilhava em seus olhos. -Você terá que me pegar primeiro. - Em um flash ela correu para a janela. Ele a cortou antes que ela estivesse na metade. Graças a Deus pela velocidade de vampiro. Com um movimento rápido, Amaury arrastou seu corpo contra o dela e cruzou os braços em torno dela. Ela deu-lhe um olhar provocante. Droga, ele se sentia bem em ter a sua forma suave aprisionada contra ele. -Então, agora que você já me pegou, vai fazer esse pedido de desculpas, ou você estava pensando em me beijar na submissão? Droga, de novo! Nina estava empurrando todos os seus botões,
um por um. Em poucos segundos ela virou-o de um homem que tinha sido preparado para rastejar, em um predador pronto para reclamar seu prêmio, sem considerar as consequências, de novo. Amaury soltou um suspiro profundo. -Você me diz chérie, dado que você está segurando todas as cordas. Nina deu-lhe um longo olhar, até que sua expressão mudou para séria. -Por que não se salvou quando eu pedi a você? Ele deu uma sacudida lenta de sua cabeça. -Salvar-me para que, para viver uma vida sem você? -Da próxima vez você vai... Ele emoldurou seu rosto com a mão e colocou um dedo sobre os lábios. -Da próxima vez, eu faria exatamente o mesmo. E você pode lutar contra mim tudo o que quiser sobre isso. -Teimosia de vampiro é uma dor na bunda - ela afirmou. -É isso mesmo, chérie, mas você sabe o que é pior ainda? - Ele fez uma breve pausa. -Um vampiro apaixonado. Porque quando ele recebe algo em sua cabeça, não há como pará-lo. -Apaixonado? -Sim, chérie, - ele sussurrou, -eu te amo. Amaury prendeu a respiração e depois soltou, roçou os lábios contra os dela. -Agora, você está pronta para esse pedido de desculpas que eu lhe devo? -Primeiro o beijo, falaremos mais tarde. -Se eu começar a beijar você, eu nunca vou poder falar. E, além disso, você não deve, ainda, estar com raiva de mim? - Ele deu-lhe um olhar curioso. Será que um dia descobrirei o que estava realmente acontecendo dentro de sua cabecinha? -É meio difícil ficar zangada com o homem que salvou sua vida,
sem qualquer consideração pela sua própria. E é ainda mais difícil ficar chateada com você, sabendo o tipo de poder que você me deu sobre você. Ela só podia ter descoberto de uma pessoa. - Delilah lhe disse isso? -Sim, ela e eu tivemos tempo para conversar. Então me diga, por que você faria uma coisa tão estúpida? -Uma coisa estúpida? -Ligar-se a mim sem minha permissão, sem saber se eu ficaria com você. Amaury engoliu, afastando o nó na garganta. Sim, ele deu a ela poder sobre ele, fez-se vulnerável, mas não se sentia fraco. -Naquela noite, eu percebi que eu precisava de você. Pela primeira vez desde que me tornei um vampiro, eu senti algo. Eu não estava preparado para essa sensação, de finalmente, estar completo. E hoje à noite, quando você estava sobre essa plataforma, a um minuto de morrer, eu sabia que uma vida sem você não valeria a pena viver. Nina, eu te amo. - Ele fechou os olhos por um segundo, sabendo que tinha que lhe oferecer uma saída. -Mas, se você não sente o mesmo por mim, vou deixar você ir.
Amaury a amava. O vampiro teimoso e grande a amava. No entanto, estava preparado para dar-lhe a liberdade. Amava? Mas, ele não podia, não é? -Mas você disse que não era capaz de amar. Ele sorriu. -É isso mesmo, eu não era. E então você apareceu. Foi-me dito por uma bruxa que havia uma maneira de reverter a maldição. No começo eu não acreditei, mas depois ela me provou o contrário. Você provou que estava errado. Ela me disse que o objeto do meu afeto tinha que ser um coração que perdoa. Isso só poderia ser você, não só perdoou-me pelo que eu tinha feito no meu passado, mas também Luther.
Nina sorriu. -Sem perdão a vida para. Era hora de seguir em frente. Amaury deu-lhe um beijo suave em seus lábios. -Eu sei, agora. Você já me ajudou a ver isso. Mas não foi a única coisa que a bruxa disse. Meu controle sobre você tinha que ser ineficaz. Lembra-se? O controle da mente não funcionou em você. -Você quer dizer quando você tentou me fazer desamarrar você? -Isso é certo, e não vamos tentar isso de novo, pelo menos não com a prata. Para outros materiais, estou aberto... - O olhar faminto dele passou sobre ela e a fez estremecer de prazer. -E eu ainda não sei como você foi capaz de fazer isso. -Você quer dizer, empurrá-lo para fora da minha mente? - Ela encolheu os ombros. -Eu não sei. Talvez eu seja mais forte do que você. Ele sorriu. -Eu posso viver com isso. -Então eu posso também. -Mas a última coisa que ela disse foi que seu amor tinha de ser desconhecido. Eu não entendia o que isso significava, mas eu acho que eu entendo agora. Eu nunca poderia ler suas emoções, o que significava que eu não sei se você me ama. Ela balançou a cabeça. -Eu não acho que isso é o que ela queria dizer. Um amor desconhecido? Eu não sabia que amava você, até quase perdê-lo. Meu amor era desconhecido para mim. Não é mais. -E agora? Nina afastou uma mecha de cabelo do rosto. -Eu te amo. Será que a maldição toda foi revertida agora? -Desde que nos ligamos a minha cabeça ficou clara e silenciosa. Eu não senti uma única emoção de ninguém, a não ser... -Exceto? -Eu estou começando a sentir você. Eu pude sentir você logo após a ligação, mas depois desapareceu. Eu deveria ter sido capaz de sentir
de forma contínua, mas eu não consegui. -Isso pode ter algo a ver com o fato de eu resistir. Quando Delilah me contou sobre a ligação, eu estava um pouco brava com você, por não me pedir e tentei bloquear tudo sobre você. -Um pouco irritada? Eu não acho que queira estar por perto quando você ficar realmente chateada. - Amaury acariciou sua bochecha com seus dedos. -Sinto muito, Nina. Acredite em mim. Eu queria tanto você, meu coração simplesmente assumiu. Eu pensei que você me quisesse também, mas sei que foi errado. Eu deveria ter lhe dado uma escolha. Nina colocou um dedo sobre os lábios. -Shh. Eu queria você também, eu só não sabia o quanto até esta noite. Venha. Amaury deixou-se ser puxado para o sofá e sentou-se. Com um movimento rápido, ela caiu sobre ele, montando-o. Nina olhou em seus olhos azuis. Que grande fofinho ele era, seu vampiro perigoso. Escondido atrás de todos aqueles músculos havia um coração que ele não gostava de mostrar. Um coração maior do que ela pensou que alguém pudesse ter. Quando ele tinha salvado Eddie, durante a luta, ela não tinha visto nenhuma hesitação nele, como se ele tivesse feito isso só por que ela lhe pediu. A única vez que ele não tinha ouvido suas súplicas foi quando ela lhe pediu para se salvar. É claro que ele não tinha. Amaury nunca a ouvia quando se tratava de sua própria segurança. Ela teria que ter uma conversa com ele sobre isso mais tarde. E agora que ele lhe ofereceu a liberdade, para libertá-la de seu vínculo. Mas não haveria liberdade do vínculo, até que um deles morresse. Ela percebeu que ele estava preparado para dar esse passo, apenas para que ela se sentisse livre. Era o ato final de abnegação de Amaury, que tinha confirmado o que havia sentido se espalhando dentro dela, o conhecimento de que ela era sua, não por que ele tinha se ligado a ela, mas porque ela queria ser sua. -Por que você não me pergunta agora? - Ela brincou. Houve um momento em que ele hesitou, mas depois as palavras derramaram de sua boca.
-Será que você se vincularia comigo, Nina? Você será minha para sempre e eu serei seu? - O azul de seus olhos tornou-se mais brilhante, enquanto esperava a sua resposta. Ela deve deixá-lo esperar, mas a emoção que sentia, sabendo que ela tinha trazido este homem de joelhos, bem, quase, foi emocionante, muito forte. -Sob uma condição. O choque se registrou em seu rosto. -Que condição? Ela puxou a gola de seu roupão e abriu para expor seus seios para ele. Nina notou seu olhar cair para baixo quando ela segurou um dos seios e apresentou a ele. -Alimente-se de mim, Amaury. Debaixo dela, sentiu sua ereção crescer, evidência de seu desejo, pelo que ela ofereceu. De alguma forma, ela sabia que era o que ele queria desde a noite que ele tinha tomado seu sangue. E ela daria a ele qualquer coisa em seu poder. -Oh, Nina, chérie, você não tem ideia de como você me faz feliz. Sua mão foi para seu seio, e cariciou-o levemente. -Eu não te mereço. Mas eu estou tão feliz por ter você de qualquer maneira. Você não vai resistir a mim de novo, não é? -Resisti-lhe? Você sabe que eu sempre vou, por que isso é o que você precisa. -Eu poderia ter que bater em você se fizesse. - Seu sorriso perverso fez o coração dela pular uma batida. -Para isso você vai precisar de sua força. E sem comida, eu não tenho certeza de como você poderá manter a sua força. -Ela baixou o olhar para seus seios e notou que ele fazia o mesmo. -Eu gosto do jeito que você argumenta - Amaury concordou em um tom rouco. Sua mão roçou seu mamilo ereto. Sem pressa, sua boca desceu sobre a sua carne, seus lábios se conectaram com sua pele, colocando-a no fogo. Uma lambida de sua língua se seguiu, fazendo-a formigar o corpo inteiro. Oh, Deus, como ela amava esse homem, esse vampiro.
-Amaury, possua-me, por favor. -Eu sou seu. - ele sussurrou antes de Nina sentir suas presas perfurarem a pele dela. Sua boca fechou-se sobre seu seio e ele chupou, tomando o líquido vital que ela lhe proporcionaria para o resto de sua vida.
Fim