Michelle m pillow senhores de var 02 o rei brincalhão

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Michelle M. Pillow. SĂŠrie Os Senhores de Var 02 O Rei Brincalh o

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Tradução e Revisão Inicial: Laura Carrez Equipe de Segunda Revisão Adriana Leal, Ana Lucia Nora, Carina Pereira, Gisleine S, Liriah, Luber Katia Revisão Final: Ros Leitura Final e Formatação: Eli Sales

INFORMAÇÃO SOBRE A SÉRIE

01 -O Rei Selvagem – Distribuído 02 – O Rei Brincalhão – Lançamento 03 - O Príncipe Prisioneiro – Revisão Inicial 04 - The Rogue Prince – Na lista 05 - The Pirate Prince – Na lista 2


“Um homem não pode curvar-se a uma mulher e ainda chamar a si mesmo de homem.” (Attor - Rei de Var)

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SINOPSE

O Príncipe Quinn de Var não está à procura de um relacionamento sério. Na verdade, ele nunca sequer considerou isso. Pulando de amante para amante, está contente em se divertir, sem levar nada a sério, exceto seu trabalho. No entanto, quando a Dra. Tori Elliot é enviada para o palácio para testar armas biológicas, não consegue ficar longe dela. Tori Elliot acaba de terminar seu último trabalho e está a caminho de suas merecidas férias. Mas quando a Agência de Inteligência Humana exige que ela lidere uma equipe em algum planeta distante, sabe que para o seu bem não deve recusar. Sempre séria, sabe que estará lá para fazer um trabalho e não importa como, irá agir como uma profissional. Ao ver o Príncipe Quinn com seu corpo pressionado contra outra mulher nos salões do palácio, ela sabe que ele não é o homem certo para ela. Infelizmente terá que lidar com ele já que é o embaixador, porém um muito sexy para seu próprio bem. Lutando contra o seu desejo Tori deve tentar fazer seu trabalho e não sucumbir ao brincalhão príncipe de Var.

Sobre Os Senhores de Var: Os Príncipes Var foram criados por um homem duro, que não deu amor a eles e nunca se importou em ter o amor de uma mulher. Criados para nunca ter uma companheira de vida, estes homens vão fazer de tudo para viver de acordo com as expectativas do falecido Rei Attor e nunca se apaixonar.

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OPINIÃO DA TRADUTORA Laura Carrez

Um romance adorável e quente entre uma mulher independente, altruísta e corajosa, embora menos séria do que inicialmente parece e um homem que além de persistente é uma delícia, ainda que um fofo com garras... rs... E que garras... As cenas hot são maravilhosas, e as cenas familiares finais nos dão o desejo de ter uma relação simples, honesta e feliz – 08 corações e 08 calcinhas.

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“A tradução em tela foi efetivada pelo Grupo Pégasus Lançamentos de forma a propiciar ao leitor o acesso à obra, incentivando-o à aquisição integral da obra literária física ou em formato e-book. O grupo tem como meta a seleção, tradução e disponibilização apenas de livros sem previsão de publicação no Brasil, ausentes qualquer forma de obtenção de lucro, direto ou indireto. No intuito de preservar os direitos autorais e contratuais de autores e editoras, o grupo, sem prévio aviso e quando julgar necessário poderá cancelar o acesso e retirar o link de download dos livros cuja publicação for veiculada por editoras brasileiras. O leitor e usuário fica ciente de que o download da presente obra destina-se tão somente ao uso pessoal e privado, e que deverá abster-se da postagem ou hospedagem do mesmo em qualquer rede social e, bem como abster-se de tornar público ou noticiar o trabalho de tradução do grupo, sem a prévia e expressa autorização do mesmo. O leitor e usuário, ao acessar a obra disponibilizada, também responderá individualmente pela correta e lícita utilização da mesma, eximindo o grupo citado no começo de qualquer parceria, coautoria ou coparticipação em eventual delito cometido por aquele que, por ato ou omissão, tentar ou concretamente utilizar da presente obra literária para obtenção de lucro direto ou indireto, nos termos do art. 184 do código penal e lei 9.610/1998." 7


Capítulo 01 Tori Elliot, a digníssima cientista, abriu a boca. Seu coração batia furiosamente no peito, batendo tão forte que ecoava em seus ouvidos. Por um momento, nenhum som saiu dela enquanto ela mantinha os olhos voltados para frente. Houve uma pausa dramática e tudo ao seu redor estava em silêncio mortal. De repente, a música terráquea do século XX pegou-a e colocou o seu corpo nu em movimento. Ela cantou a música em seu anti-séptico bucal como microfone tendo seu espelho como plateia. Após algumas notas, ela deixou cair o anti-séptico, dançou e cantou em torno de sua cabine de metal. Os braços lançados ao ar, selvagem e despreocupada, enquanto ela se vestia lentamente. A nave espacial onde ela estava pertencia à Comissão de Ciência Exploratória. A CCE contratava funcionários e cientistas autônomos para grandes corporações, especialmente no trabalho ecológico e grupos meioambientalistas de saúde. A nave estava viajando pelo espaço há semanas, atingindo apenas agora, a borda externa do Quadrante Y. Tori não se importava realmente sobre onde eles estavam. Seu último trabalho, testando compostos minerais a quatorze mil metros abaixo da superfície de gelo de Sintaz, tinha sido um grande sucesso. Com o bônus que a empresa de perfuração havia lhe dado, ela tinha feito créditos espaciais suficientes para manter-se em alto estilo, pelo menos, por um par de anos. Ela planejava pegar esse dinheiro e ter um longo mês de

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tratamento em um SPA em Quazer quando ela descobriu seu próximo trabalho. O material do macacão preto ajustado ao corpo, esticou-se enquanto ela empurrava os braços por ele. A roupa moldava-se ao seu corpo, cobrindo os braços e pernas completamente. Mesmo que ela tecnicamente não trabalhasse para a CCE, era uma contratada, esperava-se que ela trajasse o uniforme quando trabalhasse para eles. Todos os trajes vinham com um transmissor costurado no decote v do pescoço, para que a empresa pudesse encontrá-los caso alguém desaparecesse. Havia sempre certa quantidade de risco no que ela fazia, mas as recompensas científicas valiam a pena. Além disso, ela nunca se arriscava desnecessariamente. — Dra. Elliot. — Ah! Porcaria! ─ Tori saltou. A música da Terra desligou-se automaticamente enquanto a voz invadia sua privacidade. Virando-se para o espelho redondo da cabine, ela rapidamente alisou para baixo seu cabelo selvagem e jogou-o nos ombros. Ela ficou parada, observando a superfície brilhante. Ela brilhava ligeiramente, desvanecendo-se em uma tela de exibição. Seu reflexo foi substituído pelo do Conselheiro CCE Sênior da embarcação, Dr. Fontaine. — Bom dia, Dr. Fontaine, — Tori respondeu, mantendo uma expressão rigidamente profissional. O coração dela saltitava em seu peito do medo de ser pega no meio de seu número de dança improvisada. Essa era a última coisa que ela queria que seus colegas vissem.

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— Está tudo bem, Dra. Elliot? — Fontaine perguntou. Ele era um homem idoso com cabelos negros envelhecidos. Usava o macacão preto da companhia coberto por um jaleco branco. Tori não havia tido muito contato com ele em Sintaz, uma vez que ele havia permanecido na superfície, enquanto ela fora abaixo do solo com a sua tripulação. — Você parece corada. — Eu estava entrando em minhas horas de exercícios físicos mais cedo. — Tori respondeu devidamente. Ok, isso era uma extensão da verdade, mas ela tinha trabalhado até suar. Além disso, ela realmente odiava o horário de exercícios físicos. — Ah, muito bem — Fontaine respondeu, esquecendo facilmente sua pergunta. — Escute, nós temos um pequeno incidente. A Agência de Inteligência Humana virá a bordo para comandar o nosso navio. Eles pediram

que

todos

os

registros

pessoais

fossem-lhe

entregues

imediatamente e nós o fizemos. Eles nos asseguraram que isso só adiaria a viagem por alguns dias a mais. — O que a AIH quer com um grupo de cientistas? —Tori perguntou, suavemente sobre o assunto. — Eles suspeitam de algo a bordo? — Eu não tenho todos os detalhes, doutora, mas eles pareciam insistentes de que se trata de uma emergência intergaláctica. Eles pediramlhe para dirigir a equipe. — Espere, que equipe? —Tori questionou. Caramba! Ela estava de férias tão logo completasse sua última atribuição. Ela não estava pronta para assumir outro trabalho tão cedo. Além disso, ela não havia assinado um contrato com a CCE. Eles não podiam obrigá-la a fazer nada! Mantendo seu nível de voz, ela disse: — Eu não sou do quadro funcional. 10


Por que meus registros privados foram entregues? Com a conclusão de minha última missão, sou tecnicamente um passageiro civil. — Desculpe, doutora, eles tinham um mandado intergaláctico. Nós não tivemos escolha senão dar-lhes as qualificações de todos os cientistas a bordo. — A expressão de Fontaine não deixava escapar nada, mas ela nem esperava isso dele. Se a AIH queria que ela encabeçasse uma equipe, ela sabia que teria que encabeçar a equipe. Eles poderiam pagar, mas ela não estava feliz sobre ser forçada a fazer um trabalho. Tecnicamente, ela teria de receber uma “escolha”, mas se ela se recusasse eles poderiam tornar o resto de sua carreira um pesadelo. Quando terminassem com ela, seria sortuda se conseguisse trabalho como professora de ciências de uma escola para crianças em algum planeta remoto. Bem, Fontaine tinha dito que seria apenas alguns dias de atraso por isso não deveria ser tão ruim assim. Eles provavelmente tinham um acidente no tanque de um navio vazando minério líquido em uma área isolada, ou algum outro tipo de desastre ecológico. Por que mais eles precisariam dela? Suas especialidades eram biologia alienígena e geologia. Permanecendo profissionalmente calma, ela declarou: — Muito bem, Dr. Fontaine. Favor informar-me quando eles chegarem. Eu gostaria de ser informada sobre a minha nova tarefa o mais rapidamente possível para que possa me preparar. — Obrigado, doutora — disse Fontaine. — Sua boa-vontade é conhecida e apreciada. 11


— Doutor, — disse Tori, assentindo. O espelho piscou e ela ficou mais uma vez a sós com seu reflexo. Sob sua respiração, ela sussurrou, — Boa vontade minha bunda! O que a AIH queria com ela? Ela não se sentia com vontade de trabalhar. Ela precisava de uma pausa... tempo, férias relaxantes em um lugar que não tinha temperaturas árticas o ano todo. Tori suspirou. Com seu bom humor atenuado pelo rumo dos acontecimentos. A música começou de novo de onde tinha sido desligada, mas ela já não estava mais no clima. Irritada, ela comandou, — Música. Desligar. Cama. A música desligou e uma cama estreita deslizou para fora da parede de metal da cabine. Ela jogou-se para baixo no colchão duro com um baque. Gemendo muito, ela olhou para o teto de metal com desalento. Com um resmungo, ela virou de costas para a sala, de frente para a parede de metal. — Tanta coisa para fazer em meu tempo livre.

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— Este é o planeta Qurilixen, — disse Franklin, como ele falou para Tori chamá-lo. Ele apontou para um mapa 3-D flutuando acima da mesa. A pequena, esfera transparente vermelha rodou lentamente entre eles. Não havia muitos corpos de água que ela podia ver, mas havia uma montanha e muita área de floresta. Era bem possível que a floresta densa escondesse

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rios e pântanos. Pela aparente altura das árvores, ela achava que eles eram cercados por umidade excessiva. Franklin era um diretor da missão com a AIH. De acordo com ele, ela era agora uma empregada temporária da AIH e ele era o seu novo patrão temporário. Seu cabelo castanho escuro, curto estava cortado em estilo militar e ele andou rigidamente com postura. Ele era jovem para um diretor, mas isso não o impedia de comandar aqueles em torno dele com confiança. Tori já tinha encontrado o tipo antes... todo trabalho, sem diversão. Não que houvesse algo errado com isso. Ela era da mesma forma durante o trabalho... ok, na maioria do tempo ela era. — E aqui, — continuou Franklin, seu quadril encostado na beira da mesa, enquanto ele apontava para a esfera flutuante, — é o palácio Var. — É onde nós iremos pousar e fazer contato com a minha Agente. — Desculpe-me, senhor, — Tori interrompeu. Ela olhou para o mapa e então para ele. — Mas por que, exatamente, estamos desembarcando em Qurilixen? Preciso saber para formar a minha equipe, empacotar meus suprimentos, trabalhar sobre as licenças de segurança. A fim de fazer tudo isso, eu preciso saber o que estaremos indo de encontro. — Tudo que você precisa já foi montado para você, Dra. Elliot. Quanto à sua equipe, você vai comandar todos os cientistas a bordo deste navio pela duração da missão. — Franklin fez uma pausa e Tori instantaneamente encheu o silêncio. — Mas, há cerca de uma centena de cientistas neste navio, talvez mais. Você não quer dizer que eu comandarei a todos eles. 13


— Sim, eu quero, — afirmou facilmente, como se fosse uma ocorrência diária ao invés de uma enorme atribuição profissional como esta. Tori engoliu em seco. Mesmo que fosse por apenas alguns dias, o fato de que a AIH fosse selecioná-la no meio de centenas para lidar com sua “emergência intergaláctica” faria volume em seu currículo, sem mencionar no quanto iria ganhar. Ela tentou não ficar nervosa. Ela não podia estragar seu seja-lá-o-que-fosse. Ela se perguntou qual parte do seu registro de trabalho tinha os impressionado. A categorização biológica em Denat 7? O tempo que ela fora a segunda no comando e auxiliou na limpeza do vazamento mineral em Merca? Suas numerosas publicações sobre o sequenciamento de DNA e sua aplicação para a ciência exploratória moderna? — É uma tarefa simples e você será munida com os melhores equipamentos e engrenagem de proteção que a AIH tem para oferecer. — Franklin sorriu para ela, mas o olhar dificilmente pareceu agradável. — Vou oferecer-lhe toda a assistência que eu posso. Tudo o que pedimos é que você seja rápida e eficiente. Eu quero que você entre e saia de lá rapidamente. A discrição é uma chave muito vital neste assunto. Tori escondeu o sorriso. Como o envio de até uma centena de cientistas para um planeta primitivo seria discreto? — E o que essa atribuição ‘simples’ poderia ser? — ela insistiu. — Um de nossos agentes detectou armamento biológico vindo de Ranoz. Eles acreditam ter encontrado a arma intacta. Será seu trabalho testar o palácio Var e todos que entraram em contato com a caixa para ver 14


se eles foram contaminados. Também será o seu trabalho se certificar a situação está contida. — Franklin pausou novamente e Tori se perguntou se ele estava fazendo isso pelo efeito dramático. Isso não era realmente necessário. O que ele dissera era dramático suficiente por si só. — Você terá a equipe lá em baixo com você por um dia. Espero que os utilize de forma eficiente e consiga concluir o trabalho durante esse tempo. Tori assentiu, já está fazendo uma corrente de listas de comando em sua cabeça. — Isso é tudo? — Não, — Franklin continuou. — Depois de um dia a maioria dos cientistas vai voltar para bordo. Nós gostaríamos que você ficasse para trás com uma equipe de não mais do que três. Nós precisamos de que você execute uma varredura da área pantanosa para verificar se existe algo que o meu agente poderia ter deixado escapar. Estimo que só deve demorar um pouco mais de um mês para testar a área circundante. Tori escutou-o com uma sensação de espanto. — Você está brincando. Foi-me dito que a atribuição seria apenas por alguns dias. Eu não tenho tempo para… — Eu nunca brincaria com algo tão sério, — Franklin respondeu com firmeza. Tori duvidou que o homem brincasse sobre qualquer coisa que fosse. — E a CCE me garantiu que você não tinha outro compromisso. Eles disseram que você se recusou a assinar outro contrato e que estava planejando tirar férias. Eu diria que salvar vidas tem precedência sobre estes planos, Dra. Elliot. Tomei a liberdade de cancelar o seu quarto de hotel em Quazer e todos os seus planos de vôo. As restituições foram 15


creditadas em sua conta, como bem como um adiantamento da AIH por este trabalho. Eu poderia sugeri-la como voluntária para a tarefa, Dra. Elliot. Se nós tivermos que forçá-la a fazer isso, você não receberá pagamento. Tori franziu o cenho. Essas eram opções encantadoras. Fazê-lo e receber o pagamento, fazê-lo e não receber o pagamento. Em sua cabeça, ela riu sarcasticamente, mas ela não se atreveu a fazer um som para ele. — Mas... Por que eu? — Ela perguntou, confusa. — Nunca lidei com uma ameaça de armas biológicas antes. Eu me especializei em derrames de produtos químicos e testes ambientais. Acho que houve um erro. Certamente há alguém a bordo mais qualificado para lidar com... — Há, mas você tem qualificações únicas que nós sentimos vai ajudar nesta situação particular. Nós queremos você no comando. — Franklin parou, parecendo desconfortável. Ele estendeu a mão, escolhendo uma prancheta eletrônica. Ele apertou um botão e começou a percorrer seu olhar em seu arquivo. — Seu registro como cientista é impecável e você está qualificada nas áreas que precisamos para esta atribuição em particular. Seus placares registram que você é uma das maiores autoridades em geografia física e biogeografia, para não mencionar sua experiência em uma ampla gama de ciência de área-atmosférica, química, oceanografia, física, botânica e microbiologia. Nós também observamos a sua formação em bio... — Sim, — Tori interrompeu. — Eu estou bem ciente do meu campo de estudo. Eu realmente não preciso que meu passado educacional e a história do trabalho sejam lidos para mim. O que eu preciso saber é porque exatamente minhas qualificações únicas me fazem o melhor candidato para este trabalho. 16


Franklin limpou a garganta e colocou a prancheta sobre a mesa. Ele apertou o botão para descer o mapa em 3D. A esfera vermelha desapareceu. — Diretor, — ela insistiu quando ele ficou quieto. — Quanto você sabe sobre Qurilixen? — Franklin esfregou a ponta de seu nariz. — Não muito — Tori admitiu. — Eu não acho que eu já o tenha ouvido ser mencionado antes de hoje. — Qurilixen é um planeta predominantemente do sexo masculino. Devido à radiação azul de um dos seus três sóis, é quase impossível para eles geneticamente produzirem crianças do sexo feminino. Lá existem duas raças principais... Os Var, com quem estaremos em contato, e os Draig. Ambas são monarquias. — Franklin levantou uma pasta de papel de sua mesa e entregou a ela. — Aqui, eu fui esperto em colocar isso junto para você. Uma vez que este planeta não é parte do tratado intergaláctico, não temos muito mais para trabalhar. Mas, nós tivemos uma agente trabalhando no planeta durante vários meses e fomos assegurados que os Var serão colaboradores para com nossos esforços. O que temos sobre eles está aqui. Sugiro que você leia com cuidado. Tori assentiu uma vez e colocou a pasta debaixo do braço. — Nós precisamos que você obtenha uma proposta científica pronta para apresentar ao rei Var e quaisquer outros oficiais que possa haver. Como eu disse, eles não fazem parte do tratado intergaláctico. Seria melhor para todos os envolvidos se nós obtivéssemos permissão para verificar seus pântanos e cavernas, em primeiro lugar. Isso diminuiria severamente o risco, do que ter alguém bisbilhotando lá sem ter essa permissão. Eu vou 17


ser franco. Se tivermos de fazer isso secretamente, faremos, mas aumenta muito o risco de vida. — Ou seja para mim, — disse ela. — Sim, doutora, ou seja, para você e qualquer um com você. — Há razão para acreditar que este seja um território hostil? — Ela perguntou, mantendo sua voz calma, embora por dentro ela estivesse tensa com os nervos. — Eu honestamente não sei. Se existe, são escaramuças territoriais, isoladas para o planeta em si. — Franklin limpou a garganta, encontrando corajosamente o seu olhar. — Fique neutra e não tome lados. — Ainda não entendo o que me deixa qualificada para isso, — Tori disse, puxando a pasta para debaixo do braço. Ela olhou para a capa estampada com ‘confidencial’, mas não abriu-a. — Eu não fui treinada para território hostil e sei muito pouco sobre negociações intergalácticas. Será que você não precisaria de alguém com um embasamento político para isso? — É simples, Dra. Elliot. — Franklin fez o máximo para não sorrir, mas ela podia ver o humor seus olhos. Ótimo, agora ele decide começar a ter senso de humor, ela pensou. — Eles são um planeta dos homens, — Franklin continuou. — E você é a mais jovem, mais atraente, mais qualificada cientista do sexo feminino que temos.

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Estudos científicos avançados desde que ela pudesse ler, um doutorado em dois campos científicos pela volta dos doze anos e vários mestrados em muitas outras áreas desde então, dez anos de intensa experiência no trabalho, incontáveis atualizações cerebrais, e aqui estava ela reduzida a ser uma alcoviteira da AIH porque era uma mulher. Se sua irmã top model da Galáxias, 'Sapphire', descobrisse isso, ela nunca pararia de falar. Era muito humilhante para descrever. — Oh, isso é ótimo, — Tori resmungou. — Eles perdem alguma estúpida arma governamental e eu fico reduzida a ter um sorriso tolo e flertar com um bando de selvagens, para que eles possam se certificar de que pegaram tudo. Tori tomou um gole de vinho e olhou para o conteúdo da pasta “confidencial” que lhe fora entregue. A maioria das fotografias eram vistas aéreas tiradas de um satélite. Havia algumas páginas de especificações sobre a superfície do planeta, alguns gráficos de leituras atmosférica, e notas diversas sobre o clima e cultura. Tudo isso era bastante básico e a fez se questionar sobre quão inteligente a “inteligência” da AIH realmente era. Tori bufou, descendo a garrafa de vinho até o chão para esvaziá-la no copo. Ela estava bem em seu caminho para se embebedar, mas não importava. Eles não estariam chegando em Qurilixen até a manhã seguinte e ela teria tempo de sobra para dormir. Os Var eram uma raça de shifters de gatos. Aparentemente, não havia muito realmente conhecido sobre eles, mas que eles estavam em processo de negociação de paz com os Draig, seus vizinhos shifters de 19


dragão. Os Qurilixians em geral eram classificados como uma classe de guerreiros que tinham vários pequenos conflitos territoriais que eclodiam a cada quinze anos ou mais entre os reinos rivais. A melhor comparação que alguém poderia fazer é que os homens eram semelhantes aos guerreiros bárbaros da terra medieval. Ambas as raças adoravam muitos deuses e preferiam os confortos naturais às modernas conveniências tecnológicas. Por inteligência presumia-se, as áreas de concentração de terras agrícolas e rebanhos de animais como vaca no extremo norte e sul, onde preferiam plantar, crescer, e cozinhar sua própria comida. Tori suspirou, empurrando os papéis para longe. Nenhuma das informações era realmente útil para ela. De qualquer forma, ela estava para ser absorvida por essa sociedade bárbara, eles seriam facilmente influenciados pelo batimento de cílios e quadris balançando. O que no mundo ela sabia sobre flertar? Ela não era feia, mas nunca seria votada para top model Galaxy do ano como a sua irmã tinha sido. Quando Sapphire estava aprendendo a usar maquiagem, ela tinha sido reconstruída pelos modelos ideais, enquanto reestruturavam sua densidade. “Terra Medieval” — ela pensou, chutando a pasta e o conteúdo dela da cama com seu pé, ela se deitou. Alçando-se pelo lado da cama, ela colocou o copo de vinho no chão. — Não é exatamente uma descrição lisonjeira... doença, ignorância, superstição, má higiene, falta de dentes, furúnculos, marcas de acne... Tori continuou resmungando sua longa lista, enquanto fechava os olhos. A imagem mental que ela tinha do povo de Qurilixian não era exatamente lisonjeira. Estava acostumada a lidar com pessoas do tipo 20


corporativo e outros cientistas, não com camponeses supersticiosos. Em sua mente, ela decidiu recapitular o que aprendera com o fino arquivo. O palácio Var era uma magnífica estrutura, dominando a cidade Var em torno do vale, abaixo dela. De acordo com as mulheres humanas que tinham vindo a viver no palácio através dos séculos, ele as lembrava da estrutura básica dos castelos medievais encontrados há muito tempo atrás na Terra, com um toque marroquino no projeto arquitetônico. O povo Var era artesão e isso era visível. Uma vez que um homem Var vivia centenas de anos, eles tinham um monte de tempo para aperfeiçoar suas habilidades. Em seu interior, o palácio tinha tapetes fantasticamente tecidos à mão para os pisos e camas. As paredes eram de belos azulejos embutidos com intrincados padrões simétricos. As telhas apresentavam uma exibição excepcional de cores: azul, vermelho, laranja, dourado, verde. Os portais em arco foram esculpidos com perfeição e grande detalhe. Mas, o palácio não era apenas belo, era funcional. As salas eram como um labirinto e era fácil para aqueles não familiarizados com eles se perderem. O computador de grande porte estava inserido em todos os quartos e salão, até mesmo no pátio central da família utilizado privadamente. Siren, era o nome programado do servidor, este poderia responder perguntas, ler funções vitais, abrir portas, preparar comida... tudo que um príncipe Var ocupado pudesse precisar. Com o nível exato do certificado de segurança, uma pessoa poderia até mesmo ordenar a Siren para localizar qualquer pessoa na estrutura ou alertar os guardas do palácio. Fora neste confortável, paraíso exuberante que os cinco príncipes de Var tinham crescido.

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O mais velho, Kirill, era agora Rei. Ele tinha sido recentemente nomeado regente após a morte de seu pai, o Rei Attor. O próximo na linha era Falke, o Comandante da Guarda. Reid era o Comandante da Outlands e também tinha um irmão gêmeo chamado... Tori franziu a testa e sentou-se. Olhando para o lado da cama, ela viu o papel que estava procurando e o pegou. Correndo seus olhos sobre a folha sob a luz fraca, ela leu: Irmão gêmeo chamado Jarek, personalidade e situação desconhecida. Ela deixou cair o papel que pousou voltado para baixo. Os gêmeos eram os únicos príncipes com a mesma mãe. Jarek estava no espaço, então ela não tinha que se preocupar com ele. “Cultura adorável,” — ela pensou, rindo bêbada. Ok, Tori, foco. Quanto mais fatos souber, melhor preparada você está. O Príncipe Quinn, o mais jovem dos irmãos Var, era o embaixador. Embaixadores, em sua experiência, eram geralmente chatos... feio, chato, chatos tediosamente pomposos. — Hmm, príncipe Quinn. Bem, sendo estrangeira como sou, eu provavelmente vou ter que lidar com você, — Tori murmurou, pensativa. —Vamos apenas esperar que tenhamos alguma semelhança de costumes, não é? — Tori bufou, rindo para si mesma. Ela fechou os olhos, muito perto de cair no sono. Sua mente rodava com o entorpecimento agradável do licor. — Mmm, vamos apenas esperar que você saiba como se banhar.

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Capítulo 02 O príncipe Quinn de Var sorriu alegremente para a linda mulher ao lado dele. Inclinando o seu rosto para frente, ele esfregou o rosto com suaves beijos sedutores, pincelando sua língua sobre sua pele até que ela estremeceu. — Eu lhe disse que o rei estava apaixonado. Ele não vai tomar qualquer outra amante. Sinto muito, Linzi, mas você vai ter que procurar em outro lugar. — Outros lugares, como aqui? — Linzi riu. Ela sorriu lindamente, enquanto sua mão foi direta para a grande ereção de Quinn. Impiedosamente batendo suas pestanas escuras para o belo príncipe, ela o acariciou através de suas roupas. O olhar dela era de puro convite, deixando claro que estava mais do que pronta para atender os desejos do jovem príncipe imediatamente e ali no corredor do palácio. Ela lambeu os lábios e inclinou sua boca até a dele em oferta. Quinn deu uma risadinha. Linzi era uma mulher bonita e, felizmente, ele não tinha o mesmo problema que seu irmão mais velho Kirill. Kirill estava apaixonado por sua amante, uma agente secreta da Agência de Inteligência Humana. Se Kirill jogasse sua mão corretamente, Ulyssa logo seria sua rainha e ele estaria ligado a uma mulher para o resto de seus dias... dando a ela a capacidade de viver tanto quanto ele. Linzi acariciou-lhe mais forte quando ele não tomou seus lábios oferecidos imediatamente. O olhar de Quinn se escureceu, tornando-se diabolicamente malicioso em sua intenção enquanto ele se inclinava para 23


um beijo. Seus dedos se levantaram para segurar uma mama firme, fazendo a mulher gemer. Ele não tinha tais planos para acasalamento por toda vida com uma mulher. Gostava de estar despreocupado. Gostava de brincar, se divertir. Casamento não parecia muito divertido para ele. Além disso, o que seu pai sempre dissera? — As mulheres são como uma fruta na videira, cada pedaço é mais doce do que o primeiro. Por que experimentar uma, quando você pode experimentar todas? Quinn gemeu levemente. Se ele brincasse corretamente com sua mão, Linzi logo estaria pressionada contra a parede do palácio cumprindo seus desejos mais masculinos. Ele aprofundou o beijo, empurrando sua língua corajosamente pelos lábios dela. — Desculpe-me, senhor, poderia me dizer onde... Oh bom Deus no céu! Quinn afastou-se dos lábios de Linzi e sussurrou: — Só um momento, querida. Não vá a lugar algum. Linzi riu. Ela estava pressionada contra a parede pelo corpo de Quinn, então ela não poderia se mover mesmo que quisesse. Pelo olhar em seu rosto, ela definitivamente não queria. Sorrindo, o príncipe inclinou-se para trás apenas o suficiente para ver o portador da voz mortificada. Quinn não ficou muito surpreso ao ver que era uma cientista do sexo feminino. Cientistas do AIH estavam rastejando por todo o palácio, checando para garantir que todos estavam bem e não contaminados.

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Seu pai, o Rei Attor, encomendara uma arma biológica da Máfia Médica, armazenando-o em uma caverna nos pântanos. A agente secreta da AIH Ulyssa Payne, amante de Kirill, a tinha descoberto. Com a ajuda combinada das casas reais de Var e dos Draig, eles conseguiram recuperar a arma de modo que a AIH poderia retirá-la de Qurilixen. O fato de que os Draig, seus antigos inimigos, tinham se unido para ajudá-los era um grande momento histórico. Attor sempre se esforçara para conquistar os Draig, mas seu último ato comprando a arma biológica acabou fazendo com que as duas casas encontrassem a paz. Isso forçou os Draig e os Var a trabalharem juntos, a confiarem uns nos outros as vidas de seus entes queridos. Os príncipes Draig e suas esposas agora eram hóspedes do palácio e tinham ficado para ter certeza de que a arma realmente sairia. Ninguém queria que a arma ficasse no planeta e estavam todos mais do que felizes em vê-la partir. Se parte desta partida significava ter que lidar com um monte de cientistas, que assim fosse. Era melhor ser verificado, em vez de não saber até que fosse tarde demais e que o palácio havia sido contaminado. A mulher cientista desviou o olhar para o lado, franzindo a testa em desaprovação. Linzi puxou sua mão da excitação dele e descansou-a no braço dele. Quinn ficou onde estava, não movendo a palma de sua mão do seio dela. Ele não tinha nada para se envergonhar. O sexo era natural para o seu povo, como respirar. Além disso, a médica tinha entrado em seu salão privado. — Posso ajudar você? — ele perguntou educadamente, como se ele tivesse sido pego a olhar para uma nuvem no céu azul esverdeado de Qurilixen e não apalpando uma mulher descabelada. 25


Ele não achava que isso fosse possível, mas as feições bronzeadas da cientista coraram em um tom de vermelho mais escuro. Ela olhou para o chão, depois de volta para a parede. Seus dedos agarravam a prancheta eletrônica que carregava. Quinn finalmente largou Linzi quando viu que a mulher não estava nem tentada a olhar para trás, para eles. Ele sorriu. Não havia sentido em continuar um show se não havia mais uma plateia. — Eu te vejo mais tarde, meu senhor, — Linzi disse suavemente. Quinn mal prestou atenção quando ela saiu correndo pelo corredor em direção do harém do palácio onde vivia. Ela tinha sido uma das mulheres do Rei Attor, embora nunca realmente tivesse dormido com o rei morto, mas era apenas um membro esquecido de sua coleção enorme. Quando seu pai morreu em batalha contra os Draig, Kirill havia aconselhado as mulheres a encontrarem maridos e deixarem o palácio. Muitas tinham feito isso com alegria. Aquelas que ficaram ainda estavam tecnicamente à procura de companheiros. No entanto, até que esse dia chegasse, elas estavam mais do que felizes em esperar seu tempo no harém, flertar e dormir com os belos príncipes ricos. A cientista não falou prontamente assim que Linzi desapareceu na esquina. Quinn encostou na parede e cruzou os braços sobre o peito. Agora que ele estava mais perto, foi tendo uma melhor visão dela. Ela não era, sem melhor definição, nem delgada ou frágil, mas também não era gorda. As curvas de seu corpo exuberante chamavam por suas mãos. As palmas das suas mãos coçavam para tocar ela, para testar sua suavidade feminina. Suas ancas arredondadas, seus seios amplos... peitos feitos para sufocar o rosto de um homem em prazer. Quinn não achava que isso era possível, mas sua ereção cambaleou e se tornou mais dura, dolorosa em seu tamanho e necessidade.

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A cientista respirou fundo e lutou com as suas palavras. Finalmente, ela declarou: — Estou procurando o príncipe Quinn. Foi-me dito que ele estava nessa direção. Quinn sorriu. A mulher novamente agarrou nervosamente a prancheta eletrônica em suas mãos, trabalhando seus dedos ao longo dos lados. Deixando sua voz sair, ele disse: — Eu sou Quinn. —Você...? ─ Ela piscou, surpresa, virando seus olhos escuros para ele. Ela o avaliou de uma maneira fria que realmente não fez nada para impedir a sua excitação. Pelo contrário, ele se tornou mais excitado por isso. — Você não pode ser... Quero dizer... você é... Um príncipe? As palavras dela sumiram enquanto seus olhos finalmente viajaram para baixo até sua virilha saliente. Um estranho rangido soou no fundo da sua garganta. Quinn sorriu, farejando o ar. O súbito interesse feminino derramando emanou de suas coxas e ele cheirou o perfume distinto do desejo dela, sua cobiça inconfundível. Ela o chamava. Antes que ele soubesse o que estava fazendo, ele se adiantou e estendeu a mão para ela.

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Tori estava atordoada por encontrar o príncipe Quinn tateando uma mulher no salão para todos verem, mas ela não podia dizer que estava terrivelmente surpresa. Sua “namorada” não pareceu tão orgulhosa de ser 27


pega em público e Tori viu como a mulher praticamente tropeçou para se afastar deles. Tori respirou calmamente, avaliando silenciosamente o príncipe. Ele era um homem bonito, com olhos azuis brilhantes que cintilavam com malícia inconfundível. Ele era jovem demais... muito mais jovem do que qualquer embaixador que já tinha visto. Seu corpo era esguio, mas indubitavelmente ágil. Mesmo imóvel, ela poderia dizer que ele se moveria com a graciosidade líquida de sua espécie. Havia algo de lento e sedutor na maneira como os Var moviam-se... como caçadores agachados à espreita de suas presas, prontos para atacar. Eles realmente eram como gatos selvagens. Sua camisa parecia ser um pedaço de material, com duas tiras estreitas sobre os ombros. A camisa era mantida unida por laços pretos em cruz debaixo de seus braços, deixando a lateral de sua musculatura e cintura expostos. Suas calças eram do mesmo material que a camisa, macia, moldando ao seu firme e delicioso corpo. Um cinto se agarrava ao redor de sua cintura fina. Mais laços desciam até os joelhos, ao longo da extensão de suas coxas, os recortes não deixando nada da musculatura firme para a imaginação, como revelava a carne bronzeada. Os músculos ao longo de seu quadril flexionaram eroticamente enquanto ele alternou seu peso e uma ondulação sedutora se formou. Ela agarrou a prancheta, louca para chegar a frente, para empurrar para dentro da abertura atada de suas calças para sentir a sua carne rija por si mesma. Seus olhos foram atraídos para os quadris dele, movendo-se ao longo de sua cintura fina. De repente, eles pararam. Entre as coxas dele erguia-se a protrusão de maior massa que já tinha visto em um homem. Sua boca ficou seca. Seu corpo respondeu imediatamente, formigando com calor e 28


desejo. O macacão da CCE tornou-se estranhamente constrito sobre sua carne, fazendo com que seus mamilos se eriçassem a partir de seus seios. Ela tornou-se quente, quase suando. A umidade se acumulava entre suas coxas, tornando-a pronta para ele. Ela estava agradecida por estar vestindo o jaleco branco para que a reação violenta estivesse escondida. Inconscientemente, ela puxou a frente do casaco, fechando-o. Tori sempre tinha sido uma pessoa sexualmente carregada, mas normalmente ela cuidava destes assuntos por si mesma. Sua vida profissional não deixava muitas aberturas para encontrar amantes. Às vezes fica isolada com as mesmas pessoas durante meses por um tempo, por isso muitas vezes não era aconselhável começar um caso. Havia sempre alguém que acabava ficando com ciúmes, a concorrência por ela poderia advir muitas vezes do fato de que era a única mulher, e brigas começariam. No entanto, se ela tivera um caso, era sempre com alguém de seu nível acadêmico e eles sempre eram discretos sobre isso. Uma onda de aversão veio quando ela pensou neste selvagem expondo-a para todos verem... e ele era um príncipe afinal! Vergonhoso. Totalmente e absolutamente vergonhoso. O movimento repentino dele chamou a atenção dela e ela percebeu que ele pisara em sua direção. Ele ergueu a mão, como se para tocá-la. Tori se encolheu e deu um passo para trás. — Senhor, — Tori gaguejou. — Quero dizer, meu... ah? — Quinn, — ele informou com um sorriso jovial.

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— Sim, meu Quinn ... espere, não. — Ela deu mais um passo para trás enquanto ele movia-se agressivamente para a frente. O olhar em seu rosto fez seu coração vibrar em excitação. — Seu Quinn? — Ele meditou em uma voz baixa que enviou calafrios sobre sua coluna. — Você deseja que eu seja o seu Quinn? — Pare! — Ela exigiu estendendo a mão. Ele fez uma pausa em sua busca para chegar até ela e sorriu, esperando. Tori engoliu, nervosamente e distraída.

— Príncipe Quinn. Eu sou o Dra. Elliot do CCE... bem, na

verdade da AIH, bem, não realmente, tecnicamente do AIH ou CCE, exceto... Ela estava balbuciando? Tori tinha quase certeza de que soava como se ela estivesse balbuciando. Cientistas não balbuciavam. Não era adequado. Sua carranca se aprofundou. Oh, por que ele continua a olhá-la daquela maneira? — Bem, Dra. Elliot não tecnicamente com a AIH ou CCE, — Quinn disse, baixando a mandíbula enquanto se inclinava para frente. — Eu estou com T-E-S-Ã-O e você é muito bonita. — T-E...? Oh! Realmente! — Tori engasgou, consternada. Ela balançou a cabeça em desaprovação. — O quê? Você está realmente tão surpresa? Você pode me culpar, Dra. Elliot? Você estava olhando tão atentamente para... — Quinn começou um movimento para baixo, agindo como se a conversa deles fosse um tópico diário. Tori ergueu a mão e balançou a cabeça freneticamente para detê-lo. Respirando fundo, ela centrou seus pensamentos e fez uma promessa 30


silenciosa de nunca beber na noite anterior à uma grande tarefa novamente. Certamente era por isso que seu coração estava batendo tão forte e seus membros tremiam. Engolindo, ela forçou sua voz à calma rígida. — Existe alguém com quem eu poderia falar sobre ganhar permissão para pesquisar os sistemas de cavernas onde as armas biológicas foram descobertas? A AIH solicitou que eu limpasse a caverna e áreas nos arredores de toda e qualquer ameaça de contaminação. Alguém que não seja você, ela pensou, não se importando se ele visse o seu desgosto por sua lascívia. O sorriso de Quinn se desbotou e para sua surpresa, ele ficou sério. — Você acha que alguma coisa ainda está lá em cima? — Eu honestamente não estou certa. A arma recuperada parece estar intacta e contém química suficiente para exterminar, pelo menos, cinco planetas. A partir desse item da informação, eu diria que existia apenas uma, a menos que as cavernas estivessem sendo utilizadas como uma unidade de armazenamento de algum tipo, o que dado o clima político do seu Reino, não parece ser o pressuposto. Pelo que entendi, seu pai estava em uma guerra com... Tori parou, percebendo que ela poderia estar falando muito francamente. Por isso ela odiava estar em situações políticas. Fatos eram fatos e ela estava acostumada a estabelecê-los, independentemente de sua popularidade. Em seu trabalho, os fatos eram tudo o que importava. Na política, uma pessoa deveria dizer coisas diplomaticamente, torcendo as palavras em apenas uma frase direita. Era uma habilidade que lhe faltava.

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Ela olhou para o príncipe. Seu rosto não havia mudado. Ela engoliu em seco, nervosa. Ele moveu suavemente sua mão para ela continuar, não parecendo ofendido por suas palavras. Fracamente, Tori disse: — Minha checagem seria simplesmente uma sábia precaução para todos os interessados, especialmente o seu povo. Não lhe custará nada se essa é a sua preocupação. A AIH está cuidando do meu salário e dos outros cientistas. Quinn assentiu, um movimento que ela esperou ser de concordância. — Minha equipe está fazendo testes através dos moradores do palácio e até agora todos apresentaram resultados negativos. Acredito que eles estão prestes a terminar. Tori olhou para sua prancheta e fingiu fazer a varredura através dos dados. Este homem a enervava. Não conseguia se concentrar no que estava dizendo a ele. Estaria ela se repetindo? Ele estava mesmo ouvindo? Ela já tinha lhe contado sobre os testes nos habitantes do palácio? Ela pensou nisso, mas ela tinha dito isso? Porra, ele tinha os olhos azuis mais brilhantes que ela já tinha visto em sua vida. Com delicadeza, limpando a garganta, ela disse: — Mas, nós ainda gostaríamos de fazer uma varredura completa das cavernas. Não há nenhum ponto em deixarmos algo para trás. Quinn pareceu contemplar as palavras dela. Tori baixou a voz e se aproximou. Ele não se moveu, exceto os olhos azuis. Eles seguiram-na, mantendo-se fixos em seu rosto. Ficando animada, Tori esqueceu o nervosismo enquanto ela admitia em um sussurro secreto, 32


— Houve também outra coisa. Tomei a liberdade de analisar a estranha lama escura na caixa da arma biológica. Eu acredito que é do seu pântano, porque eu encontrei alguns musgos frescos que me leva a crer que ele já não estava na caixa quando foi trazido para cá. Enfim, havia um nível extremamente alto do que parece ser composto DTH12, que tenho certeza não é deste planeta em particular, sendo que o solo do seu pântano é classificado como GR13H e não TDH14. O que não faz sentido é que o DTH12 é encontrado principalmente na trilha de lama das lesmas amarelas do nordeste no planeta de Fluk em H... Quê? — Você está rindo de mim? Quinn estava realmente rindo. Balançando a cabeça, ele disse: — Mulher, eu não tenho a menor ideia do que você acabou de dizer. Tori franziu o cenho. Ela deveria ter sabido. Sarcasticamente, ela balbuciou: — Sua lama é pura e eu gostaria de olhar para ela. Ok, talvez aquilo tenha parecido um pouco condescendente demais. Quinn fez uma careta, mas não apareceu muito ofendido. Sorte dela, porque ele era justamente o homem que ela teria de impressionar. Política dum raio! Percebendo que tinha se aproximado dele, ela recuou e recuperou uma distância profissional. Seu rosto tornou-se duro e sem emoção. — A quem eu devo pedir permissão para montar um acampamento dentro dos pântanos, perto do sistema de cavernas? Eu acredito que é território Var e seria necessário, primeiro a permissão que o seu reino exige, antes de iniciar um estudo científico das características geológicas e dos animais selvagens ao redor, caso contrário, eu nunca vou ter a possibilidade de aplicar o financiamento para mais tarde se eu encontrar alguma coisa que vale a pena estudar. Pelo que vejo, posso fazer minha pesquisa e limpar as 33


cavernas ao mesmo tempo. Posso garantir pessoalmente que nós não seremos um incômodo para ninguém. — Hmm, para isso, é melhor buscar uma audiência com o rei. Ele será aquele a dar aprovação final uma vez que o sistema de cavernas está na terra do Lorde Myrddin, — Quinn respondeu. O sorriso reapareceu na boca brincalhona e ela duvidou que ele alguma vez já levara algo a sério. — Agora, sobre esta atração entre nós. O franzido na testa de Tori se aprofundou e o sorriso de Quinn se ampliou. Seus brilhantes olhos azuis brilhavam naturalmente. — Príncipe Quinn, — ela abriu a boca para dar a ele um pedaço de seu cérebro, apenas parando quando se lembrou que sua meta era permanecer no planeta. Tori não estava mentindo quando disse a lama pantanosa era muito interessante para ela, como cientista. Embora no momento ela odiasse seu senso de dever cívico, ela queria certificar-se que o sistema de cavernas estava limpo. Ela não seria capaz de viver com ela mesma se descobrisse 10 anos mais tarde que todos no planeta morreram porque ela tinha xingado um príncipe insuportavelmente malandro e fora chutada para fora do planeta. Em seu tom mais profissional, ela disse: — Obrigada pelo seu tempo. Tenho certeza que o seu... — Tori acenou com a mão na direção da sala onde a namorada dele tinha desaparecido, —... dever real o chama. — Dra. Elliot. — A cabeça de Quinn inclinou-se ligeiramente para a frente.

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Ela poderia dizer que ele ia dizer mais, então em vez disso, ela acenou de volta às pressas e declarou: — Bom dia. Tori virou sobre os calcanhares e correu pelo corredor até ficar longe dele. Quinn assistiu a mulher correr para longe dele e sorriu. A cientista adorável era definitivamente uma personagem estranha. Rindo, ele caminhou atrás dela em um ritmo mais lento. Tinha ficado claro que ela o desejava. O cheiro de seu ardor estava em sua cabeça, provocando-o. Ele não esperava que ela caísse em seus braços, mas isso não o impedia de sentir-se provocado. Ela era tão grave, tão confusa, que ele simplesmente não conseguia evitar. O fato de que ela resistira a ele fez com que a desejasse mais. O sorriso de Quinn se ampliou, tentando ver a figura dela através do movimento do jaleco largo. Sentindo-se alegre, começou a assobiar e ele pegou o caminho para o salão principal para encontrar seus irmãos.

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O salão de festas era um local esplêndido, com um teto alto abobadado de vidro que permitia a entrada da luz difusa dos três sóis. Longas mesas e bancos corridos estavam ao longo do chão para o jantar do grupo. Na frente do salão, em uma plataforma elevada, estava a mesa do Rei. Tori respirou profundamente, muito cansada para olhar para o padrão 35


de mosaico nas paredes ou para o adorável chão de azulejos. Ela estava trabalhando desde antes do amanhecer... recolhendo amostras de sangue, coordenando os relatórios do laboratório e cientistas, supervisionando os testes na arma biológica que eles já tinham armazenado com segurança na embarcação da AIH. Tinha sido um longo dia, e seria uma noite ainda mais longa. Ela teria a sorte de ir para a cama antes da meia noite. Respirando fundo, ela alisou o cabelo escuro de volta em seu coque, esperando que parecesse profissional. Pelo menos ela tinha sido capaz de sair do equipamento branco de proteção que tinha usado à chegada. Odiava ternos de contaminação. O capacete plástico e as luvas rígidas tornavam difícil a locomoção em um ambiente laboratorial. O rei Kirill estava em sua mesa, mas não estava sozinho. Os príncipes Reid e Quinn estavam com ele. Reid, que ela se lembrava era um gêmeo, era o irmão mais moreno e muito bem apessoado, teve um pensamento sobre ele que a fez torcer o rosto em uma careta. — Por favor, não deixe que o resto dos príncipes seja como ele, — ela sussurrou sob a respiração, enquanto olhava para o lindo Quinn. Os homens Var não eram nada como ela imaginara na noite anterior. Eles eram fortes, bonitos, charmosos e muito charmosos para seu próprio bem. Quando estava fazendo os exames físicos nos guardas, ela recusou mais propostas de casamento que jamais imaginara receber em cinco vidas, muito menos em um dia. Certamente, eles estavam brincando, mas isso tinha feito maravilhas para o seu ego como mulher. — Dra. Elliot? — Um técnico por perto perguntou. Ele estava no meio da assinatura de uma prancheta quando ele ouviu Tori falar. Tori limpou sua garganta: — Nada. Continue. 36


Tori deu o seu olhar mais digno, enquanto se dirigiu para a mesa principal. O rei parecia estressado, não que ela pudesse culpá-lo. Ter seu reino assolado por cientistas estrangeiros e o pessoal da AIH, não poderia ser um tempo fácil. Tori parou e esperou até que ganhasse a atenção do rei. Quando ele se virou para olhar para ela, ela curvou a cabeça em respeito. — O palácio está limpo, sua Alteza, — afirmou claramente. Alguns dos cientistas pararam para olhar curiosamente para ela. Ela fez sinal para que eles continuassem. Tori fez uma pausa, esperando que eles rolassem o pesado carrinho de equipamentos passado por eles, antes de virar para frente mais uma vez. A última coisa que ela queria era uma audiência agora. Seus nervos estavam baleados e ela precisava de cada último gota de sua energia para certificar-se de que não daria ao príncipe Quinn uma oportunidade para embaraçá-la. — Meus cientistas fizeram uma varredura final dos terrenos e estão carregando o equipamento de volta para a nossa nave. — Obrigado, doutora, — Kirill respondeu. Ele acenou para ela da mesa do salão principal. O príncipe Falke se aproximou. O comandante sentou-se ao lado de seus irmãos. Tori estremeceu. Ele realmente era o mais assustador dos príncipes... grande, militar, e sem emoção. Ela descobriu que não podia olhar para ele diretamente nos olhos. Ela deu um passo hesitante para frente e baixou a voz. — Sua Alteza, peço permissão para permanecer em sua terra. Eu gostaria de explorar as cavernas onde a caixa foi encontrada e fazer alguns testes. — Houve um vazamento? — Kirill perguntou alarmado. Seus longos cabelos negros correram sobre seus ombros, quase igualando a cor dos seus olhos castanho-pretos. Ele olhou para ela, preocupado. 37


Tori balançou a cabeça em negação. — Não, mas nunca é demais ter cautela. — Dra. Elliot encontrou um pedaço de barro endurecido no caixote e analisou. Ela acredita que há algo estranho sobre os nossos pântanos. Ela deseja fazer alguns testes, — Quinn informou adiantando-se. Tori esperava que ele falasse, mas ela não estava preparada para isso. O coração dela se acelerou nervosamente. Ela não podia se impedir-se de olhar em sua direção. O belo rosto de Quinn se iluminou com malícia e ele piscou para ela, soprando um beijo suave com os lábios. Ela sabia que ele apenas brincava com ela, mas isso colaborou para que ela perdesse a linha de raciocínio. Endurecendo-se, ela engoliu nervosamente e orou para que ninguém visse como ele a perturbava. — Tudo, naturalmente, está em meu relatório, Vossa Alteza. A AIH também irá fazer uma varredura planetária. É apenas uma precaução e somente com sua permissão, é claro. Eu vou montar um acampamento com uma equipe de três. Você não será incomodado por nós. Somos cientistas e não causaremos nenhum problema. Queremos analisar a caverna para nos certificar de que retiramos todo o armamento biológico para fora do planeta, que poderia ser perdido por uma varredura. Certamente você pode ver a sabedoria nisso. Ao mesmo tempo, eu gostaria de fazer uma análise concisa da terra. Em última instância, minhas descobertas podem realmente beneficiar você e seu povo, tornando mais produtiva sua terra. — O que a sua Agência diz? —Kirill perguntou. — Eu não trabalho para a Agência. Fui contratada unicamente para este trabalho. A equipe deles não poderia realizá-lo em tempo. — Tori 38


parou, recusando-se a olhar para Quinn que ela podia sentir, mantinha seus olhos nela. —No entanto, se o senhor prefere alguns espiões do governo passeando por seu reino... — Tori deu de ombros. — Escreva a sua proposta, doutora, — Kirill respondeu, suprimindo um sorriso, mas não antes que ela o visse. — Dê-a ao meu irmão, o príncipe Quinn. Ele vai dar-lhe a sua aprovação e supervisionar o projeto. — Mas, Vossa Alteza! — Ela começou, antes que pudesse parar as palavras. Ela olhou para Quinn. Ele não estava sorrindo, mas a malícia ainda estava em seu olhar azul brilhante. Ela estremeceu, perguntando-se como um homem tão insultuoso poderia ter um efeito tão intenso sobre ela. Tinha a ser a privação de sono. Não havia razão outra para isso. Lentamente, ela aquiesceu, — Obrigada. Quinn assistiu a bela cientista ir embora, suprimindo seu sorriso. Ele sabia que a tinha ofendido, mas ele não conseguia evitar. Havia algo nela que o fazia desejar, necessitar, provocar. Quando ele viu seu rosto sério, ele apenas se sentiu... brincalhão. Quando ficaram a sós, Kirill disse para Quinn, — Aprove o plano dela, se puder. Precisamos ter essas cavernas checadas e ela é a única especialista que conheço neste planeta. Além disso, tem um rosto honesto. Acho que podemos confiar nela. Quinn assentiu. Ele estava secretamente feliz que teria alguém verificando as cavernas para ter a certeza de que eles estavam a salvo. E se a pequena doutora queria brincar na lama enquanto estava fazendo isso, então ele só teria que se certificar de que estaria por perto para brincar com ela. 39


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Tori suspirou, olhando ao redor da cabine de metal do navio CCE. Levantando sua mochila sobre seu ombro, ela se virou para ir embora. Após falar com Franklin, o Var concordou em deixar que ela e sua equipe ficassem sem a sua proposta escrita. Parecia que quando a AIH queria alguma coisa, eles a conseguiam. Ainda bem. Ela odiava papelada burocrática. Não muitos dos cientistas do CCE estavam dispostos a montar acampamento na superfície Qurilixen com ela. A maioria deles estavam contratados e não podiam deixar a empresa de qualquer forma, mesmo que quisessem. Dr. Simon Martens, um senhor mais velho, concordou por causa de seu interesse apaixonado em documentar espécies de insetos alienígenas. Simon era uma figura careca, redondo que se contraía enquanto falava e, frequentemente se distraía de seu propósito. Entretanto, ele tinha uma sólida longa reputação que viria a calhar quando chegasse a hora de acrescentar legitimidade a qualquer projeto que ela pudesse desejar instituir. Dr. Grant e Dr. Vitto eram, ambos, cientistas mais jovens, não tão experientes, mas ambos profissionais com suficiente experiência. Ela trabalhara com ambos em suas últimas tarefas, e muitos outras, por isso não estava preocupada. Dr. Grant era louro e bronzeado, mesmo após passar meses longe do sol abaixo da superfície gelada de Sintaz. Dr. Vitto tinha cabelo castanho escuro curto e ressaltadas características que evidenciavam sua herança terráquea da antiga Europa. 40


Parte dela queria se chutar por ingressar em outro projeto, mudando seus planos de uma muito merecida viagem de relaxamento para gastar quem sabe quantos meses em um planeta selvagem coletando amostras de lama para análise. Ela tinha acampado antes e poderia facilmente fazê-lo novamente. Tori pensou no príncipe Quinn. Ele estava muito feliz em dar sua aprovação para seu projeto. Ela tinha uma sensação de que veria muito mais do príncipe. Suspirando, Tori fez seu caminho ao longo do corredor. Ela sabia que a única coisa que fazia o contrato suportável era que não estaria no palácio durante a sua estadia.

Capítulo 03 — Dra. Elliot, este será o seu quarto pela duração da sua estadia.

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Tori franziu a testa para o guarda Var antes de entrar na suíte de luxuoso palácio depois dele. O pacote caiu de seu ombro para pousar no chão de ladrilhos com um baque forte. Ela o deixou onde estava, deu um passo à frente para olhar ao redor. O queixo dela caiu, enquanto ela olhava para o teto. Um amplo lustre de cristal estava pendurado debaixo de uma cúpula de vidro colorido. Tomaria cinco homens de braços abertos, só para fazer um anel em torno do dispositivo. Os cacos de cristal pendiam como gotas de chuva, iluminando o amplo quarto oval. O guarda fez o seu caminho ao redor da parede lateral. Tori fechou a boca e o seguiu com os olhos cansados. A suíte era simplesmente fantástica. — Simulador de alimento, — ele afirmou, mostrando-lhe onde estava escondido o botão na parede ao lado de uma faixa longa com o símbolo real Var de um gato selvagem na posição vertical. — Eu também vou lhe estender um convite do rei para que você se junte a eles no salão de banquetes do palácio para as refeições enquanto estiver aqui, se você preferir. Muitos no palácio optam por se reunirem no salão. O guarda, que foi um guia turístico ímpar, olhou para ela com expectativa. Tori assentiu indicando que ela tinha entendido o convite. Um pequeno sorriso iluminou o rosto dele, brilhando no fundo dos seus olhos. Era o mesmo olhar que todos os guardas Var estavam dando a ela desde a sua chegada. Era um olhar de convite aberto.

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— Por aqui, — o guarda continuou, movendo para onde uma cortina de veludo roxo se pendurava do teto. Ele pisou em cima da plataforma e puxou a cortina para trás. —Você vai encontrar um banheiro. Tori viu uma banheira redonda grande rodeada por janelas com cortinas. As cortinas de veludo poderiam ser movidas para a entrada da luz ou para frente sobre as janelas para a privacidade. — A luz do teto irá manter a penumbra dentro das cortinas, se assim quiser. Ela assentiu novamente com a cabeça para o guarda. Seus olhos vagavam para baixo sobre seu corpo e sua expressão estava como que envidraçada. Limpando a garganta para chamar sua atenção para fora de seus seios, ela atirou-lhe um olhar fulminante. A última coisa que ela precisava era este homem imaginando-a no banho. Estava cansada e só queria tombar na cama mais próxima. Queria escuridão e um travesseiro. Isso era tudo. Era quase meia-noite e a luz do sol só tinha se reduzido a uma névoa suave. Ela novamente olhou para o teto. — A lareira é acesa pelo comando, — disse o homem, passando pela grande lareira circular em frente à porta da frente. Foi projetado para aquecer o quarto inteiro de uma vez… banheiro, sofás à sua frente, ou o lado oposto ao banheiro, que ela adivinhou era uma cama escondida por mais cortinas roxas. O guarda parou e, apontando para o último conjunto de cortinas, confirmou sua suspeita. — Esta é a cama. Se você desejar escuridão, tudo que você tem a fazer é colocar as cortinas em torno dela como estão agora.

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Tori novamente assentiu. O homem sorriu para ela, não se movendo do quarto. — Navid, não é? — Perguntou ela. — Sim, — o guarda sorriu, olhando para ela de forma estranha. — Obrigada, Navid, pela turnê. — Tori deu-lhe um sorriso estranho. — Hmm, sim... oh, sim, — disse ele. —Muito bom. Se você tiver necessidade de alguma coisa, é só pedir a Siren. Navid fez o seu caminho até a porta. Tori moveu-se para segui-lo, observando-o se arquear enquanto ela fechava a porta atrás dele. Ela moveu-se para dar um passo atrás, parou, e então trancou a porta por medida de segurança. Sem se preocupar em pegar sua bolsa no chão, ela tirou os sapatos e caminhou para a cama com cortinas. Seu jaleco escorregou de seus braços e flutuou até o chão atrás dela. Não se preocupou em tirar o macacão preto. Esta não seria a primeira vez que dormiria dentro dele. Lutando com o pesado veludo roxo, ela finalmente encontrou uma abertura. Seus olhos se fecharam antes dela bater no colchão macio e espesso. Grandes almofadas de seda cercavam-na e um gemido escapou de seus lábios enquanto ela relaxava contra eles. — Mm, finalmente. Pensei que você nunca chegaria aqui. Os olhos de Tori se abriram em surpresa. Ela se manteve perfeitamente imóvel, não se atrevendo a acreditar em seus ouvidos.

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Uma mão veio da escuridão para passear por sobre seu estômago, enviando fogo quente através de seu corpo, fazendo-a formigar com a consciência de sua excitação. Ela golpeou os dedos para trás e eles pararam com um pequeno protesto. Sentando-se na cama, ela gritou e puxou as cortinas. Tori tropeçou da cama escura para o chão. Virando-se, bufando de raiva, ela encarou o príncipe Quinn. Pelo menos, ela se convenceu de que era raiva que fazia o seu coração bater e seu sangue ferver. A alternativa era muito inaceitável. — O que você está fazendo aqui? — Ela exigiu as mãos nos quadris. — Quê? — O príncipe malandro deu de ombros. Ele sorriu, posicionando-se nos cotovelos deitado ao longo da cama. Seus cabelos castanhos claros estavam eroticamente desgrenhados sobre seus ombros. Seus olhos azuis pediam o seu retorno para o lado dele. Ela olhou suas mãos fortes, seu estômago formigando onde ele se atrevera a tocá-la. Cada nervo dentro dela cantarolava com vida, implorando-lhe para deixá-lo continuar. Seu tom era um baixo ronronar sedutor em seu peito. — Você não está feliz em me ver, Dra. Elliot? Seu tom fácil a enfureceu, mais uma vez que ela o achava incrivelmente sexy sentado em cima do grande mar de seda púrpura e ouro. A curva de sorriso sexy brincava em seus lábios, confiante e positivo. Seu peito estava nu... bronzeado e, oh! tão definido. Uma necessidade primária irrompeu de dentro dela de saltar em cima dele. Seu corpo pulsava a vida. O sorriso dele aumentou.

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— O que?... Por que eu estaria feliz em te ver? — Os olhos de Tori se arregalaram em incredulidade. Feliz não era exatamente a palavra para o que ela estava sentindo no momento. Seus olhos novamente percorriam para baixo seu corpo longo, hesitando na excitação óbvia entre suas coxas. Levou todas as suas forças para não ofegar como uma tola e lamber os lábios. — Bem, mais cedo, no corredor... — ele começou, com um leve gesto significativo. — Mais cedo, o quê? — Tori pausou. — Você me ouviu dizer, Ei, Príncipe, venha ao meu quarto mais tarde hoje à noite? Encontre-me na cama para que possamos nos satisfazer? Eu acho que não, colega. Quinn riu um som ultrajantemente rico para os ouvidos dela. Ela estremeceu novamente, sua boca seca. Sentando-se, ele deu de ombros levemente. — Bem, não exatamente com as palavras, Dra. Elliot. Foi mais a maneira que você me olhou, encarou realmente. A maneira como seu corpo veio à vida com a fragrância do desejo. Tori abriu a boca, mas nada saiu. Pela primeira vez em sua vida, ela não conseguia pensar em nada para dizer. As lindas feições do príncipe se contorceram em um beicinho, enquanto ele se ajoelhava diante dela. —Vamos, Dra. Elliot, não recebi a minha liberação física. Preciso que você me examine para ver se fui contaminado. O corpo de Tori tremeu. Um desejo desenfreado a enchia, correndo em seu sangue, aquecendo todos os cantos de seu corpo. A barriga e as coxas apertavam-se em antecipação. Ela engoliu em seco, lutando contra a 46


reação do seu organismo a ele. Seria tão fácil pular na cama e jogar o seu joguinho. Correção. Seria muito divertido jogar o seu joguinho. — Ah, sim, esse é o cheiro que me lembro. — O príncipe respirou profundamente, fazendo uma grande representação farejando o ar antes de mover-se para a cama. —O que você me diz, doutora? Que tal um pouco de diversão? Deseja correr suas mãos sobre meu corpo firme e examinar seu paciente? —Você parece tensa. Venha, eu vou fazer uma massagem em você ao invés disso. Vou brincar de médico e você pode ser a paciente. Seu sorriso era de todo muito lascivo. A ponta de sua língua passou no lado de seu lábio inferior cheio. O corpo dela tremeu novamente, e novamente ele pareceu sentir o cheiro dela. Sim! Oh, sim! A mente dela gritava. O rosto de Tori ficou vermelho em mortificação. Ela apontou para a porta. — Saia! — Mas... — Não, eu não quero ouvi-lo. Saia. De onde eu venho este simplesmente não é um comportamento aceitável. — Tori sacudiu seu dedo para a porta mais uma vez e bateu o pé em incômodo, verdadeiramente mais irritada com a sua reação para ele do que por ele. — Na minha cultura, se você quiser conhecer alguém melhor, você os convida para sair em um encontro adequado. Você os leva a um lugar agradável... música, jantar, piqueniques, e peças... locais agradáveis para fazer bonito, coisas civilizadas. Você não apenas aparece em sua cama sem ser convidado!

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— Mm, briallen , este lugar não é bom? — A voz de Quinn parecia um denguinho. Ele veio na frente dela, dando um passo ousado enquanto erguia a mão para roçar sobre o pescoço dela. — E, acredite-me, o que tenho em mente para fazer será uma coisa muito agradável de fazer. Prometo que você vai se divertir tanto que vai gritar meu nome por mais. Seu toque era quente, seus olhos igualmente ardentes. Calor, puro e intenso, lavava sobre ela dos seus dedos que a sondavam. Os lábios dela se entreabriram para respirar. Ela não podia se mover, não podia falar, enquanto ele a segurava paralisando-a com seus brilhantes olhos azuis. Ele era realmente um homem bonito com uma adorável face sorridente. Suas feições não eram muito rígidas e definidas... não como seus irmãos, mas nem era muito delicadas. Seu corpo, por outro lado, era definido, bronzeado, e maravilhoso. Movia-se com uma graça relaxada e ela poderia facilmente vê-lo descansando diante de uma lareira, tão quente e confortável para se aninhar como um cobertor grosso. — Deixe-me dar prazer a você, Dra. Elliot. Diga sim para mim. Deixe-me fazer amor com você aqui mesmo nesta cama. — Sua boca se aproximava. — Ou no banho, no piso, no sofá, onde e onde você quiser. —Não, — ela sussurrou, fraca. A boca dele pairou perto dela por um momento. Os olhos dela começaram a se fechar esperando em expectativa por esse contato. — Oh, muito bem, Dra. Elliot. — Quinn afastou sua mão e deu um passo atrás. Ela não fechou os olhos, enquanto ficava diante dele, ofegante. 1

Briallen – nome criado pela autora, seu significado que aparece mais claramente no livro 1 é mulher.

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Um suspiro pesado escapou-lhe. — Descanse um pouco. Vejo você amanhã. Podemos discutir mais sobre, então. Um pequeno som de decepção estrangulada veio do fundo da garganta dela. Seus lábios se moveram em protesto, mas ele já estava se virando e caminhando em direção à porta. Ela não pode evitar que seus olhos mergulhassem sobre a linha forte de sua coluna vertebral para sua bunda firme. Este homem era demais. — Não há nada para discutir, seu... príncipe... solitário, — ela disparou após uma longa pausa... pausa longa demais. — Boa noite, doutora. Doces sonhos e que eles possam ser comigo... Nú e metendo dentro de você. — Os dedos de Quinn se levantaram para acenar para ela e ele riu baixinho. Sem um olhar para trás, ele a deixou sozinha. — Oh, meu... — Tori disse suavemente, sentindo como se seu corpo estivesse em chamas. Ela estava quase com medo de mover de modo que ela ficou congelada em seu lugar. O toque dele tinha feito alguma coisa para ela, algo que fez seu corpo se apertar e palpitar em todos os lugares certos. Seus seios formigavam e doíam. Os músculos de seu sexo se apertaram. Uma roçar de seus dedos e ela estaria perto de um orgasmo. Sem respiração, ela ofegou, — Oh, meu... O que no mundo era aquilo? Tori lentamente se arrastou para a cama. A seda fez-lhe bem à pele e antes que ela parasse para pensar, ela estava despida em cima dela. Seus dedos

percorriam

o

corpo,

apertando

e

beliscando

seu

corpo

excessivamente sensível. Fechando os olhos, ela pensou em Quinn. Seu 49


sexy olhar azul dançava à sua frente, e ela não podia evitar, mas evocar a imagem de seu corpo firme sobre o dela, metendo dentro dela, enquanto ela beliscava com força seus mamilos. Ela se agarrou à imagem dele chegando entre suas coxas para acariciar sua carne tenra. Com uma pequena ajuda de seus dedos, ela veio ao clímax com a mão. Sua cabeça virou-se e ela mordeu o travesseiro ao lado dela para não gritar. Mesmo encontrando liberação, ela sentiu um vazio no fundo e um desejo de mais... muito mais. Quando os tremores diminuíram e seu corpo ficou temporariamente saciado, tudo que ela conseguia pensar para sussurrar era, — Oh, meu...

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—Desculpe-me, o que quer dizer com eles cancelaram a nossa viagem para a floresta? — Tori colocou as mãos na cintura e olhou para o guarda. Este dia não estava indo como o planejado. —Aconteceu alguma coisa? O rei nos disse que podíamos partir hoje. Estamos prontos para partir hoje. Não estou entendendo. Se houve um acidente, preciso chegar lá para contê-lo. Tori franziu a testa para o guarda. Ela tinha passado uma noite no palácio e toda a manhã empacotando os suprimentos, fazendo o seu melhor para não correr para os braços do príncipe Quinn antes de partir. Ela não queria “discutir” nada com ele. Aquele homem era mais complicação do que qualquer mulher precisava... especialmente uma mulher como ela, que tinha mais de duas células do cérebro em sua cabeça. 50


Para sua vergonha, ela sonhara com o príncipe na noite anterior e o sonho não tinha sido completamente inocente. Ok, não havia nada de inocente sobre o que estavam fazendo em sua mente... ou nas posições que eles estavam fazendo lá. Tori engoliu o rubor que a memória trouxe para seu rosto. Ela nunca, nunca, nunca diria nada a uma alma sobre isso. Algumas coisas eram melhores quando levadas para a sepultura. — Eu tenho todo o suprimento preparado, — disse ela desnecessariamente, apontando para as caixas atrás dela. — Não houve nenhum acidente, — o guarda disse em um tom baixo. Ele sorriu para ela, fazendo sua carranca se aprofundar. Toda vez que um homem Var olhava para ela, ela se sentia como um pedaço de carne a ser aproveitado. — Hoje é um dia de celebração, não de trabalho. Ninguém estará viajando do palácio até amanhã, talvez no dia seguinte se a celebração for bem feita. Um guarda não pode ser poupado para guiá-la. — Que festa? — Tori perguntou. — Eu ouvi que o Rei vai se casar, — Simon ofereceu ao seu lado. Dr. Grant e Dr. Vitto vieram por trás do cientista idoso. Eles não pareciam prontos para partir. Era claro que alguém já lhes havia informado da mudança de planos. Tori mordeu seu lábio em irritação. Ela estava no comando, e não esses palhaços! Ela teria definitivamente que ter uma conversa com alguém sobre este pequeno acontecimento. Tremendo, ela percebeu que este alguém era provavelmente Quinn. — Sim, todos os convidados são esperados para participarem da festa. — Grant esfregou as mãos, descartando um descuidado sorriso de 51


menino bonito para ela. Era como ele olhava para qualquer um, então ela ignorou. Virando-se para Vitto, ele riu: — Eu ouvi que eles têm um harém cheio de belas mulheres que vão estar presentes. Vitto sorriu, mas não disse nada. Tori virou-se para olhar para ele. — O quê? — Vitto perguntou, levantando as mãos para cima como uma criança repreendida. Seu lábio saliente em um bico, ele perguntou: — O que eu fiz? Grant disse isso. — Ei, — Grant empurrou Vitto para um lado. Em seguida, encolhendo os ombros, ele riu: — É verdade. Eles têm um harém. Eles disseram que as mulheres estão sós porque o velho rei morreu e estão à procura de... er... Algum conforto. Vitto riu. Mesmo os ouvidos de Simon pareciam estar aguçados. Tori suspirou. Sob sua respiração, ela murmurou para o teto, — Eles me enviaram crianças. Eu pedi por cientistas e eles me deram filhos. — Ei, nós somos todos adultos, — Grant disse, sabendo que Tori só os provocava. Eles tinham passado um monte de tempo juntos e sentiam-se mais como irmãos do que colegas. -Escute, eu fui congelado em um bloco de gelo somente para que Deus se lembrasse de quantos meses estou apenas com vocês. — Tori levantou uma sobrancelha e ele rapidamente acrescentou: — Desculpe, Elliot, mas você não conta porque você me recusou. Agora, eu estou lhe contando como um cara por causa disso. A menos é claro que você quisesse reconsiderar a minha oferta muito tentadora. Tori fez um movimento de engasgo para ele e ele deu de ombros. Vitto deu-lhe um tapinha de leve no ombro. 52


— Seu prejuízo, docinho, — Grant respondeu, sem entraves. — Eu sei que vocês não me chamariam de docinho, — Tori fez uma careta, tentando esconder o riso. — O quê? Eu? Não, bochechas macias, eu nunca seria tão desrespeitoso. Você é a cientista na liderança desta expedição e todos nós sabemos que a ordem deve ser mantida em todos os momentos, certo, botão de amor? Grant sorriu. A boca dela se abriu e ele correu antes que ela pudesse intervir. — Nós temos trabalhado realmente duro e todos nós merecemos um pouco de S e M, Dra. Elliot, senhora, madame. Eu sei que eu poderia usar algum. — Não quer dizer R e R? — Vitto perguntou, rindo. — Oh, sim, — Grant soltou uma gargalhada bem-humorada e encolheu os ombros. — Essa é a tal. Tão fácil de colocá-los confusos. Mas, tenho certeza que a Elliot aqui sabe tudo sobre isso, não é, Elliot? — R e R? Tori congelou. O príncipe Quinn tinha de mostrar-se naquele exato momento. Ela olhou em volta, perguntando se ela poderia escapulir graciosamente antes que ele a visse. Tarde demais. Os olhos dele estavam diretamente em seu rosto. Ela corou ligeiramente. — Príncipe Quinn, — Tori reconheceu-o educadamente, profissionalmente, quando ele não desviou o olhar do dela. — Dra. Elliot, — Quinn devolveu, não tão profissional.

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Um estranho silêncio caiu sobre o grupo enquanto ele olhava. A mente dela escolheu aquele momento para recordar a vivacidade dos seus sonhos e os detalhes do seu peito nu quando ele se ajoelhara de brincadeira em sua cama. Suas bochechas tentaram ficar em chama de vergonha, mas ela engoliu-a para baixo, fazendo seu melhor para permanecer profissional e calma. Seu coração acelerou no peito, correndo para ser livre. O que existia neste homem que enviava seus sentidos ao limite? Ela limpou a garganta desconfortavelmente. Vitto ficou ao lado dela, um pouco perto demais. — R e R. Repouse e Relaxe, — Vitto ofereceu com um sorriso. — É o que dizemos quando nós precisamos de uma pausa merecida do trabalho. — Ah, e S e M?— Quinn perguntou, olhando de novo para Tori. —Sono e M...— Tori vacilou. Ela não conseguia pensar em nada. Ela olhou desesperadamente para Grant, mas ele simplesmente deu de ombros e não ofereceu nenhuma ajuda. — Ma... massagens. A boca de Quinn se abriu. Vitto esticou a mão à frente em oferta. — Oi, eu não acredito que já nos conhecemos. Todos me chamam de Vitto. Este é o Dr. Grant, ignore tudo o que ele diz... nada disso é verdade. Nós não estamos realmente certos de que ele é um médico de verdade, mas o deixamos vir de qualquer maneira. E este distinto cavalheiro é o Dr. Simon Marten. Quinn assentiu com a cabeça educadamente para todos, sorrindo com a introdução animada. — Então, eu ouvi os cavalheiros falando do nosso harém?

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Tori empalideceu, levemente enojada. Ela revirou os olhos. Pior do que o harém era o fato de que o príncipe tinha ouvido sua conversa inteira. Ela tinha certeza que ia ficar doente, imediatamente depois que ela matasse Grant. Grant limpou a garganta: -Sim, eu sinto muito... — Não foi nada, — Quinn sorriu agradavelmente. — As mulheres são livres para fazer o que quiserem. Nós não as possuímos. Na verdade, eu acredito que meu irmão quer que elas encontrem maridos, então por favor, sinta-se livre para levá-las de suas mãos. — Seu irmão, o rei? — Grant perguntou. — Aquele cujo casamento é hoje à noite. —

Na

verdade, o...

ah,

casamento dele,

como chamam,

tecnicamente foi ontem. Eu creio que eles se acasalaram na varanda lateral. — Você crê? — Tori perguntou, franzindo a testa. Acasalado? Todos apenas abaixavam suas calças e encontravam sua metade em qualquer lugar que quisessem? Quinn viu seu olhar e riu. — Acoplado é como casado, Dra. Elliot. Tori ofegou levemente. Então, uma que sua boca já estava aberta, ela perguntou: —Você não sabe onde seu irmão se casou? — Você vai verificar que a nossa cultura não é tão cansativa quando se trata de cerimônia. Uma vez que a decisão é tomada, não há razão para esperar ou adiá-la. O casamento só leva duas pessoas que assim o desejam. Eles dizem, e é feito. Simples. Esta noite é o banquete da coroação da rainha. O rei e a rainha também estarão anunciando 55


oficialmente a gravidez da rainha. Nós adoraríamos se vocês todos se juntassem a nós na celebração da boa fortuna de nossa família. — Nós ficaríamos honrados, — Simon respondeu por eles, curvando e tombando para baixo seu cabelo cinza. Grant lançou um olhar significativo em Vitto e mexeu as sobrancelhas. Tori olhou para eles e suspirou. Os caras estavam trabalhando tão duro quanto ela e todos eles mereciam uma pausa. Vitto virou-se para ela com um olhar de ‘por favor, por favor, por favor’, — em seus olhos implorando. Lentamente, Tori assentiu. — Nós ficaríamos honrados, — Tori imitou, forçando um sorriso. — Maravilhoso! — Quinn exclamou. — Agora, se vocês puderem, venham para a sala de jantar e bebam com a gente. Nós adoraríamos ter vocês... — Não, obrigado, — Tori interrompeu, agarrando uma prancheta eletrônica do topo da caixa. Todos os olhos se voltaram para ela enquanto ela se afastava. —Vão vocês, rapazes. Já que não estamos partindo, eu tenho alguns detalhes para resolver e um relatório para começar. Tori voltou a caminhar pelo corredor. — Ah, Dra. Elliot—, disse Quinn. — Um momento, por favor. Tori parou e fechou os olhos. Ela respirou fundo e lentamente virou sobre os calcanhares para enfrentar o homem. —Seria uma honra para mim acompanhá-la hoje à noite para a celebração, —disse o Príncipe Quinn, sem embaraço porque cada homem à sua volta ouvia a sua oferta. As bochechas de Tori coraram levemente. 56


— Não, eu não acho que será necessário. Tenho certeza de que posso muito bem encontrar meu caminho para o salão. Obrigado, — ela brincou. — Na verdade, Dra. Elliot, isso seria um encontro, — o príncipe Quinn afirmou, sorrindo. Travessura brilhava em seus olhos. —Você sabe, ir a algum lugar legal para fazer coisas agradáveis. Eu acredito que “encontro” é uma palavra de seu costume na Terra. —Oh, sim, — Grant falou, não ajudando. — Isso é correto. Tori congelou, mortificada. Vitto e Grant olharam um para o outro, em seguida, para Tori, com olhos arregalados de maravilha. Ou estavam com os olhos arregalados de zombaria? A boca de Tori se abriu, então fechou, abriu de novo. O Príncipe Var estava lhe pedindo para ir a um encontro. Como na galáxia, ela iria dizer-lhe não sem arriscar-se à sua ira? E o que na galáxia, ele estava esperando que acontecesse neste encontro? Um som fraco deixou sua garganta quando ela começou a balançar a cabeça. Olhando desesperadamente para Vitto, ela disse: — Obrigado, mas eu acho que Dr. Vitto será meu acompanhante esta noite. — Não desta vez, — Vitto disse, sorrindo de orelha a orelha e fazendo uma cara insolente para ela por trás das costas do príncipe. Sorrindo, ele disse, — Eu já tenho um encontro. Grant me perguntou. Vitto cutucou Grant e sorriu de modo mais amplo, de modo que o príncipe Quinn não pudesse ver. Grant piscou de volta para ele. Tori fez uma careta, virando seu olhar suplicante para Grant por ajuda. Ela deveria

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ter-lhe conhecido melhor. Ele deu-lhe um sorriso perverso, soprou-lhe um beijo, e, lentamente, balançou a cabeça em negação. Quase freneticamente, ela se inclinou para encontrar Simon. Suas costas estavam viradas para eles, como se pretendesse examinar uma caixa. Tori mordeu o lábio e engoliu uma maldição. Todos os três estariam em sérios problemas quando pudesse estar com eles mais tarde. Quando ela estivesse com eles, eles estariam em racionamento alimentar permanente e turnos de três horas de sono. O brilho de olhar azul de Quinn não tinha saído de seu rosto. Ela olhou diretamente para ele, sofrendo com a perda de palavras. O sorriso desvaneceu de seus lábios brincalhões, mas a diversão permaneceu em seus olhos. Ninguém falou. Vitto acenou freneticamente para ela responder. Lentamente, ela assentiu, — Muito bem, eu amar... gostaria muito de ser acompanhada por você. Grant e Vitto tentaram esconder suas risadas e falharam miseravelmente. Eles riram como duas crianças. Ela atirou-lhes um brilho de advertência. Simon apenas sorriu para os esquisitos médicos mais jovens, ficar fora disso enquanto observava sua caixa. — Maravilhoso! — Quinn exclamou, sorrindo mais uma vez. As sobrancelhas de Tori subiram em sua testa. Ela assentiu fracamente e se virou. Com passos rápidos, ela saiu correndo antes que pudessem detê-la novamente. Quando ela chegou à esquina, uma rodada de riso masculino explodiu do grupo.

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Quinn virou-se para olhar para os dois cientistas gargalhando e riu. — Eu acho que eu deveria lhes agradecer por me ajudar. — Se você está indo atrás de Elliot, você precisa de toda a ajuda que conseguir, — disse Grant, aspirando de volta às lágrimas de alegria. — Sim, não nos agradeça ainda, — Vitto expôs. —Ela é trabalhosa. —Ah, cara, você se lembra do Schreoder? — Grant sacudiu a cabeça pesarosamente. — Ele tentou lhe pedir para sair em um encontro por quase um mês... — Oh, sim, eu acho que aquele pobre homem ainda está tentando recuperar sua masculinidade, — Vitto exclamou. Ele olhou maliciosamente para Quinn que não pareceu notar, enquanto os olhos do príncipe estavam buscando aonde Tori desaparecera. — Cara, apenas certifique-se que você não falará sobre nada que ela possa tomar como ofensa. O último cientista que ela namorou disse que ele pensava que o complexo de ADP era uma farsa. Ela o pendurou publicamente para secar. Quinn ouviu os dois homens, admirado com o ciúme que ele sentiu de repente com suas palavras. Era evidente que eles conheciam a Dra. Elliot razoavelmente bem. Vitto ficara protetoramente perto dela. Ele não podia evitar, mas se perguntava como eles a conheciam. Parando para pensar sobre isso, nem sequer sabia o seu primeiro nome.

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— A chave para Elliot não é tratá-la muito como uma dama. Ela gosta de se manter. Grant olhou para Vitto buscando confirmação. — Oh, sim, definitivamente. — Vitto assentiu. — Ela odeia quando homens lhe tomam o braço, abrem portas, puxam cadeiras. A deixa louca. Ela é realmente uma feminista. — Bem, obrigado pelo conselho, — Quinn respondeu. Ele começou a se afastar, antes virando. — A propósito, o complexo ADP era um embuste. O homem estava fingindo o transtorno. Enquanto Quinn se afastava, as mandíbulas de Vitto e Grant caíram. Era verdade. Tinha sido uma farsa, mas ambos os cientistas ficaram surpresos que o príncipe já tivesse ouvido falar disso. Quando estavam a sós, ambos os homens começaram a rir. — Oh, homem, ela vai comê-lo vivo, — Grant riu. — Quando você a chamou de feminista Eu quase me mijei. Foi muito engraçado. Nossa Elliot, uma feminista!

Capítulo 04 60


Tori respirou fundo, tentando acalmar seus nervos. Seu coração disparava de forma irregular no peito, batendo tão alto que ela tinha certeza que ecoava fora do corpo. Ela olhou para seu reflexo no espelho de corpo inteiro e suspirou. Fazia muito tempo que ela não vestia algo que não fosse um jaleco e macacão. Ela tinha ficado surpreendida quando o guarda lhe entregou uma caixa do príncipe Quinn com a vestimenta que deveria trajar naquela noite. O vestido que ela usava parecia muito com o estilo Var. Era em um tecido macio, de um material cintilante preto que brilhava com prata quando ela se movia. Drapeava-se lindamente, abraçando seus seios e quadris. O decote aprofundava-se, expondo uma boa quantidade da fenda entre os seios. Ela corou ao pensar que Quinn escolhera-o sozinho. Faixas em cruz elaboravam-no ao longo de suas laterais, expondolhe a carne de sua cintura e quadris. Ela tinha tentado usar roupas íntimas com ele, mas ela não conseguia evitar expor sua calcinha nos lados, por isso, finalmente, ela retirou-a. Ela sentia-se um pouco desconfortável estando tão exposta. O vestido tinha suporte embutido por isso não era necessário um sutiã. Depois de tomar um banho de água, que Tori gostou muito, ela cuidadosamente se cobriu com loção e perfume. Passando muito tempo em planetas remotos, ela já tinha tomado uma série de banhos de água em sua vida e achava-os muito prazerosos.

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Pentear-se era outra questão, mas ela conseguiu prender dos lados, deixando o restante livre. As pesadas madeixas castanhas secaram em ondas naturais e ela deixou que elas descessem sobre os ombros em vez de prendê-las para trás em um coque austero. Com um aceno de cabeça, ela decidiu que estava muito satisfeita com sua aparência. Ouvindo uma batida na porta, ela se enrijeceu. Deveria ser Quinn. Seus dedos tremiam enquanto se movia pela suíte e respondeu. Quando ela abriu a porta, se enrijeceu. Era Quinn e ele parecia absolutamente maravilhoso. Seu coração fez pequenas cambalhotas esvoaçantes no seu peito, causando-lhe vertigens instantaneamente. Seu cabelo castanho-claro descia até os ombros, emoldurando o rosto com perfeição. Seus olhos azuis brilhantes, brincavam com os dela e ela percebeu que ele simplesmente não conseguia evitar. Ele sempre parecia que estava pronto para algo pernicioso. Tori começou a abrir a boca, mas ele ergueu um dedo para silenciála. Lentamente, ele deixou seus olhos vaguearem sobre corpo dela, queimando-a com o fogo de sua leitura. Ela não podia evitar em fazer o mesmo com ele. Usava as roupas tradicionais de seu povo, cruzou camisas amarradas com laços e calças que expunham os lados e os quadris. Botas de couro moldavam-se sobre suas panturrilhas. Droga! Mas ele estava muito sexy para seu próprio bem e, pelo sorriso no rosto, ele sabia disso. Ela esperou, sem fôlego por ele dizer algo romântico. Seus olhos voltaram-se dela, tão potentes quanto uma carícia. Ele abriu a boca para falar. Um lento sorriso tentou rastejar sobre suas feições. — Esse vestido parece quente em você—, Quinn afirmou, sorrindo. — Mas ficaria melhor fora de você e amassado no chão do quarto. 62


O sorriso dela caiu. Quinn corajosamente riu quando ele entrou. Acenando com a mão para trás dele, ele fez um grupo de guardas se moverem para frente. Seus braços estavam carregados com presentes, que prontamente foram colocados na suíte. Tori estava diante dele sem palavras. — Eu pesquisei os costumes do namoro terráqueo, já que você foi tão insistente em querer ter um encontro antes de me deixar entrar em sua cama. — Quando ela abriu a boca para negar, ele prosseguiu. De qualquer maneira, ela não tinha certeza do que ela deveria dizer com os guardas lá. — Não, não se preocupe. Não tenho nenhum problema em jogar do seu jeito. Havia pouca informação, mas eu consegui assegurar todos os itens necessários. Tori fez um som fraco e confuso enquanto tentava sacudir a cabeça. Os guardas saíram tão rapidamente quanto entraram. Quinn fechou a porta atrás deles. Quando ele se virou para ela, ele piscou. Tori assistiu, muda, enquanto o príncipe caminhava até um bloco gigante de chocolate numa grande bandeja de prata. O tamanho era o dobro do tamanho da cabeça dele e tinha tomado dois guardas para transportar. — Chocolate Lithorian, o melhor da galáxia. — Quinn... — Espere, eu ainda não terminei. — Ele apontou para um pássaro estranho que parecia um peru recheado da terra, só que com dentes afiados e garras. A coisa horrível estava pousada em uma prancha de madeira. — Nós não tivemos um urso de pelúcia. E, uma vez que eu nem mesmo tinha a certeza de que tipo de besta um ursinho de pelúcia é ou onde um poderia ser encontrado, eu trouxe-lhe um baldric estofado. Ele terá que funcionar. 63


— Quinn, Eu... — Espere, há mais. — Ele deu-lhe um suspiro exasperado com a interrupção dela e fez sinal para cerca de cinco vasos transbordando com uma pálida flor branca com centros azuis e hastes marrons. — Estas são solarflowers, nativas, mas raras neste planeta. Mais uma vez, não tinha rosas, então estas terão de ser suficiente. Tori nem sequer se incomodou de falar no momento em que ele pausou. Ela manteve a boca fechada, observando-o, completamente perplexa. — De acordo com o seu rei real e a tradição da rainha...— Quinn parou, pensou um minuto, e disse: —... baile do Colegial. Você deveria usar um vestido e eu teria que dar a você um chuvisco. —Um chuvisco? — Tori perguntou, confusa. Seus olhos se estreitaram em suspeita. — Sim, um chuvisco, que quando eu procurei, significava spray. Quando procurei spray, isso significava chuvisco. Você já tem o vestido. Então, se você vier comigo, eu ficarei feliz em colocar um chuvisco sobre você. — Quinn andou em sua direção. Um brilho animado estava em seus olhos quando ele tentou chegar até ela. Tori balançou a cabeça e recuou. — Uh, eu já tomei um banho, obrigado. E eu acredito que a palavra corpete ou corsage também é apenas uma flor que você prende no seu peito ou no pulso.

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— Os homens da Terra furam flores em suas mulheres? Não dói? — Ele parecia horrorizado. —Você acha que existe um problema com a perda de sangue devido à artéria...? — Não, é para as roupas—, Tori corrigiu rapidamente. Fracamente, ela disse: — Eles prendem as flores nas roupas. — Ah, — Quinn suspirou. — Isso faz mais sentido. Vocês, mulheres terráqueas têm uma coisa com flores então. Eu sempre pensei que elas fossem mais como ervas daninhas, mas o harém das mulheres parece cheio delas o suficiente também. Muito bem, vou ter mais vasos entregues antes de nós voltarmos hoje à noite e vou fixá-las em todo o seu vestido. — O jarro é para quê? — Tori perguntou quase com medo da resposta enquanto ela mudava o tema. Perus recheados, uma montanha de chocolate, chuveiros... ela não sabia quantos mais costumes da terra ela poderia aguentar. — É vinho. Nós não engarrafamos o nosso de licor e eu pensei que isso era melhor do que um barril. No entanto, se você desejar o barril, posso trazer-lhe um... — Não, não, o cântaro é perfeito. — Tori forçou um sorriso educado, embora o que ela realmente queria fazer era rir. Quando ela pensava sobre isso, embora tudo estivesse errado, era realmente doce dele fazer um esforço... mesmo que ele estivesse fazendo isso apenas para entrar em sua calcinha. — Grande! — Quinn sorriu. — Então, vamos para essa coroação e então nós poderemos voltar aqui e ter sexo.

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— Espere, só porque você fez tudo isso, não significa que nós vamos ter sexo, — Tori afirmou, as faces coradas. Será que este homem nunca desistia? — Sim, eu estava com medo disso. — Quinn assentiu e, em seguida, piscou. — Mas, você não pode culpar um homem por tentar. Toda vez que estou perto de você, sinto o cheiro de seu desejo e nubla meu julgamento. Eu sei que será em breve. Posso esperar para você saber isso também. — Oh, hum, — Tori suspirou e deu-lhe um sorriso desamparado. —Não é poesia, mas é... Nem sequer perto de poesia, na verdade. O olhar brincalhão que ele atirou nela foi completamente impressionante em sua simplicidade. Erguendo o braço, ele perguntou: — Podemos ir, minha dama?

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A sala do banquete estava cheia com o povo de Var que tinha vindo para ver a sua nova rainha. Tori se sentia um pouco instável por estar na mesa principal ao lado de Quinn e da família real, para onde toda a atenção estava sendo dirigida. Ela viu muitos olhares especulativos em seu caminho e não podia adivinhar, mas imaginar o que eles estavam pensando. Várias vezes durante a longa refeição, os dedos longos de Quinn se desviaram para a sua coxa e duas vezes ele ficou tão ousado a ponto de mergulhar a mão atrás das costas dela e nos laços em cruz do seu vestido. 66


Os dedos quentes dele em sua carne quase arrancou um grito de seus lábios, enquanto uma onda de choque de prazer a agredia. Quando ela não o aceitou afastando-o imediatamente, um sorriso se espalhou sobre as feições dele e Tori foi forçada a se mexer para longe do seu toque. — Então. — Tori começou, olhando para Quinn enquanto os pratos eram retirados. A música tradicional Var tocava em segundo plano. Era bonita, mas ela sentia falta das músicas antigas da sua terra. Ela estava na extremidade da mesa principal, longe dos irmãos de Quinn, então ela não tinha mais ninguém com quem conversar. — Diga-me mais sobre as Casas dos Var e dos Draig. — Os Draig têm sido inimigos dos Var desde antes de meu nascimento. Meu pai acreditava que nós éramos muito diferentes para coexistir em paz. — Quinn deu de ombros e inclinou-se em sua cadeira para estudá-la. — Mas, agora Kirill está trabalhando por paz. —Você não quer paz? — Tori perguntou. — Eu desejo o que for melhor para o povo de Var. Quando ele falava sobre seu dever e seu povo, ela viu uma rara seriedade em seus olhos que não vira em outras vezes. Quinn podia ser brincalhão, mas ele era dedicado ao seu trabalho e sua posição na Sociedade Var, também. Seu amor por sua cultura e sua raça era profundo. Durante o jantar, Quinn falou de seu povo e sua grande história, uma história na qual os príncipes viveram. Os Var viviam um longo tempo e, por vezes, passavam uma vida longa com seus companheiros de vida auxiliado pelo mesmo poder místico que os guiava e pela radiação do sol azul. 67


Ele disse-lhe muito sobre a regra do ex-rei Attor. Pelo que ela já sabia sobre ele trazer as armas biológicas para seu próprio planeta, Tori sentia uma espécie de prazer por ele estar morto. Ela odiaria tê-lo encontrado. Foi uma opinião, ela sabiamente manteve para si mesma. Há muito tempo, várias centenas de anos antes do nascimento dos príncipes, antes de Attor ter se tornado rei, as coisas eram diferentes para o povo de Var. Era uma época selvagem, uma época em que os Var deixavam as emoções governarem suas cabeças e seus corações. Eles agiam de forma precipitada e em instinto puro. Olhando para o encantador Quinn e sua barragem interminável de frases apelativas, ela duvidava muito que as coisas tivessem mudado tanto quanto ele queria fazê-la acreditar. Por razões completamente desconhecidas para seu filho, Attor tinha mudado os caminhos de Var. Ele era um bom rei, alguém que trabalhara duro por seu povo. Ele encorajou distanciamento emocional para que se uma companheira morresse, pudesse haver outras para tomar o lugar dela. Fora Attor quem encorajara os homens a ter controle, a beber nef... uma bebida que de alguma forma os acalmava sexualmente e dava-lhes contenção. Quando ela engoliu nervosamente com isso, Quinn sorriu e lhe disse: — Não se preocupe. Eu nunca apreciei muito o gosto e não bebo. Tori corou profusamente e rapidamente tomou um gole de seu vinho para esconder o rosto corado. Quinn riu em resposta e passou a mão levemente sobre sua coluna. Ela quase caiu da cadeira com o choque de prazer que o gesto lhe deu. O Rei Attor tinha incitado os homens Var a provarem o seu valor e confiabilidade com desapego emocional. Ele ensinou através de seu 68


exemplo que provar grande valentia no quarto mostrava habilidade no campo de batalha, até que uma força em uma, significava força na outra. Muitos dos mais velhos seguiram o exemplo do velho rei e tomaram várias companheiras, embora nenhum tanto quanto o Rei. Várias esposas eram um privilégio até das classes mais baixas... comerciantes, agricultores, caçadores e até mesmo soldados de menor patente, todos os homens que podiam se dar ao luxo de mantê-las podiam ter muitas companheiras, em um planeta tão estéril de mulheres. É por isso que o fato de que o rei Kirill tomara uma rainha como uma companheira de vida era algo tão significativo. Muitos dos anciãos, especialmente o chamado Lorde Myrddin, não seria favorável sobre esta decisão. No entanto, muitas das pessoas de Var seriam. Os rumores de que a Rainha Ulyssa teria se sacrificado por eles na procura pela arma biológica tinha sido amplamente difundida. Pelo brilho em seus olhos, era fácil para Tori ver que Quinn tinha dado uma mão na difusão desses rumores. O pai do rei Attor, o avô de Quinn, tinha sofrido a loucura de se acasalar com uma mulher. Ela tinha morrido quando Attor nasceu e seu pai nunca se recuperara o suficiente para reproduzir filhos em outras mulheres. Embora ele levasse as mulheres para sua cama, ele deixou Attor sem quaisquer irmãos para ajudar na liderança da nação Var. Então, quando Attor assumiu o trono, ele se tornou dependente de algumas casas nobres... como a do Lorde Myrddin. Mesmo quando Attor teve seus filhos, ele dependia fortemente das velhas casas nobres. Com Kirill como o novo rei, as velhas casas nobres não eram mais necessárias, por Kirill ter seus irmãos. Lorde Myrddin não estava feliz por estar fora do poder. Era uma nova era para os Var.

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Tecnicamente, Lorde Myrddin era o proprietário da terra onde ela estaria acampando. Desde que o rei tinha decretado que ela iria, Quinn lhe assegurou que ela não deveria ter um problema com o idoso lorde. Tori não estava tão confiante. Irritados, homens desesperados no poder a tornavam nervosa e ela não queria ser pega em algum tipo de fogo cruzado político. — Você deve me permitir levar este creme de volta conosco para a sua suíte. Eu adoraria lambê-lo em seu corpo. Tori piscou, surpresa. Ela estava perdida em pensamentos e quase se engasgou com a bebida com suas palavras. Por enquanto, apesar das mãos errantes, Quinn estava agindo como um perfeito cavalheiro... abrindo portas, puxando-lhe a cadeira, levando-lhe o braço dela no seu, apresentando-a educadamente para aqueles que vieram à mesa para cumprimentar a nova rainha. Ele até mesmo se referiu a ela como um convidado de maior honra. Olhando para baixo para a mesa, ela viu que os servos tinham deixado uma sobremesa de cobertura de creme diante deles. A ideia de Quinn lambê-lo sobre seus seios nus era quase demais. Ela empurrou a sobremesa para longe e concentrou-se em não ficar excitada. Ela não queria que ele cheirasse a sua reação aos seus comentários. Era quase injusto que ele pudesse sentir quando ela se tornava excitada por ele. Antes que pudesse responder, uma voz de mulher quebrou sua concentração. — Alguém cortou todas as solarflowers do gramado lateral perto do harém.

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Taura disse, com um aceno muito digno de sua cabeça. Ela era uma mulher alta e majestosa com longas pernas de fada muito esguias, característica de sua herança Roane. Seu vestido de ouro brilhava enquanto ela se movia. Seu longo cabelo castanho dourado caia em ondas brilhantes pelas costas, a cor imitada pelo avelã dourado de seu olhos amendoados. Ela era uma mulher bonita e Tori poderia instantaneamente ver porque Attor a tinha escolhido como sua primeira companheira. Taura era também a mãe de nascimento do príncipe Falke. Tori não via como uma mulher tão esbelta poderia ter dado origem a um gigante como o príncipe comandante. De acordo com a apresentação dela à mulher, ela tinha sido uma mãe para todos os príncipes... Especialmente quando suas próprias mães de nascimento haviam morrido. Com as palavras de Taura, Quinn empalideceu ligeiramente e parecia com uma criança apanhada com a mão no pote de biscoitos. Tori percebeu que as flores que estavam em seu quarto foram roubadas do jardim de flores de Taura. Ele tinha dito que eram raros. — Ah, Dra. Elliott — o rei declarou. Ele se inclinou para frente para bloquear Quinn da visão de Taura, enquanto ele salvava seu irmão mais novo de ser pego. Quinn deu uma olhada esperta, que Taura em seu outro lado não pôde ver. — Vocês pegaram todas as provisões? Tori olhou através da mesa de banquete para o rei e assentiu. — Sim, obrigado. A AIH deixou-nos bem abastecidos. Tori viu a rainha Ulyssa sorrir ligeiramente com suas palavras. Ela realmente era linda com seu cabelo vermelho dourados e olhos azuis escuros. Sempre que a mulher olhava para o marido, era com amor e devoção absoluta. Tori voltou-se para sua refeição, pensando no súbito ciúme e saudade que agrediu seus sentidos quando viu o casal feliz. Ela 71


olhou para Quinn, sentindo-o por todo o caminho até os dedos dos pés. O corpo dela desejava-o com certeza. Mas ela sabia que, simplesmente, não era sábio envolver-se com ele. Ele era um príncipe, a chave dela para permanecer no planeta, e Tori sabia bem no que dava misturar trabalho e prazer, não importando o quão delicioso fosse o prazer. Por outro lado, não era como se qualquer um deles fosse atacados ou estivessem em perigo de ser atacados. Tori balançou a cabeça, recusando-se a considerar isso. O que ela estava pensando? Ele era da realeza! Você não tem simplesmente um caso ocasional com a realeza por um capricho e ela certamente não ia justificar dormir com Quinn só porque ela estava ardendo por ele. Não, uma vez que se afastasse dele e do palácio, ela seria capaz de colocar tudo em perspectiva. Até que pudesse considerar todos os lados e tomar uma decisão lógica, racional, nada iria acontecer entre ela e o príncipe de Var.

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Quinn guiou a linda cientista através dos longos corredores em labirinto do castelo enquanto eles faziam o seu caminho de volta para o quarto de hóspedes. Quando ele a vira no vestido que lhe dera, perdeu o fôlego. Deu-lhe prazer o fato dela estar usando-o. Ele tinha ficado temeroso que a natureza teimosa a fizesse recusar o presente. Havia algo sobre a Dra. Elliot que o tinha capturado. Seu cheiro, seu olhar, sua voz... tudo isso levava-o à distração. Ele a queria desesperadamente, mas estava disposto a esperar por ela. Ele apenas rezava 72


para todos os seus deuses que ela não o fizesse esperar muito tempo. Quinn era um homem paciente, descontraído, mas até ele tinha seus limites. Dra. Elliot fizera algo a ele, algo que ele nunca tinha sentido antes. Quando ele a tocara, sentiu-se todo quente e frio ao mesmo tempo. Seu corpo se agitara para o dela, como nunca tinha mexido para qualquer outra. Quando o olhar dela permanecia por muito tempo em um dos guardas, ele ficava com ciúmes e pronto para lutar para ganhar a atenção dela de volta... Como metendo suas mãos sob o vestido dela para fazê-la tremer. Gatos sagrados! Ela tinha a pele como seda, seda morna e lisa. Quinn suprimiu um gemido, sentindo-a sob suas mãos mesmo agora. Era verdade que a Dra. Elliot tinha entrado debaixo de sua pele. Talvez porque embora ela obviamente o quisesse, ainda tentava negar a ambos. Ou, talvez fosse a maneira que seus quadris se moviam sob o vestido preto reluzente. Os olhos de Quinn se tornaram pesados e sua respiração aprofundada. Ele diminuiu o passo, enquanto viraram uma esquina, apenas para que pudesse verificar sua bunda firme novamente. Mordendo seu lábio para se prevenir de gemer, ele brevemente fechou os olhos e sacudiu a cabeça. Sim, isso definitivamente poderia ocorrer pela maneira que seus quadris se moviam sob o vestido. Levou toda sua força de vontade para não agarrá-la contra a parede. Se ele nunca bebera nef antes, podia apenas ter que começar a beber isso agora. O grau em que ele estava excitado, realmente precisava ser sedado para se manter controlado. Sem pensar, o príncipe estendeu a mão, pegou uma bochecha firmemente na palma da mão, e apertou. Tori ganiu e olhou por cima do ombro dele. Quinn atirou-lhe um sorriso audacioso, recusando-se a parecer como pedisse desculpas. Por que ele deveria se desculpar por querê-la? 73


Não era como se sua atenção fosse um insulto. Ele manteve a mão sobre ela até que ela apressou o passo e se afastou. Tori assistiu Quinn pelo canto dos olhos dela, esperando pelo próximo movimento dele e secretamente esperando que ele fizesse. Ela tinha que admitir que a ousadia e a persistência do homem a excitava como mulher. Não havia nada mais sexy do que confiança. Mas, como profissional, que ela era a maior parte do tempo, ela sabia que era ruim para os negócios. Ela ficou firme, dando-lhe uma apropriada franzida de testa punitiva para as mãos errantes antes de sair do seu caminho. — Dr. Grant parecia enganchado com Linzi, — Quinn disse, quebrando o silêncio. Tori olhou de volta para ele com surpresa. Eles caminhavam em silêncio virtual e parecia um estranho tópico para quebrá-lo. Quinn aproveitou a oportunidade de retornar ao lado dela. — Você é ciumento? — Tori perguntou, fazendo o seu melhor para agir indiferente. Ela estava brincando, embora seu coração saltasse um pouco enquanto ela aguardava a resposta. — Por que eu seria? Ela não é minha mulher, — Quinn respondeu. Ele encolheu os ombros como se não fosse grande coisa. — Mas, você estava no salão.... — Nada aconteceu. Estávamos apenas brincando, — Quinn preencheu quando ela hesitou. — Você diz isso como se não fosse nada demais.

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— Não é. Ela é uma mulher, eu sou um homem. Temos necessidades. Nós as satisfazemos. É realmente um conceito simples. Nenhum de nós estava compromissado, muito menos um com o outro. Além disso, Linzi e eu nunca estivemos juntos. — Quinn esticou o braço e pegou o braço de Tori. Ele piscou para ela. — Eu virei minha mira para algo melhor. Tori corou lindamente. Ok, era um elogio estranho, mas isso ainda lhe deu uma onda de prazer ouvir que ela era algo melhor. — Eu tenho certeza que o sexo com você, Dra. Elliot, é um bem calculado, uma perseguição academicamente gratificante. — Quinn sorriu, mostrando que ele estava parcialmente provocando. — Diga-me, você faz listas do porque você não deve escolher alguém como um amante? Tori não disse uma palavra. Ela fez o possível para não parecer mortificada. Ela fazia listas. Quinn riu. — Então, qual é a margem? O homem deve ter dois itens positivos a mais dos negativos? Você tem uma lista para mim? —Não, — ela gaguejou. Seu rosto caiu. — Então, eu não estou nem na corrida? — Não... sim, — Tori franziu a testa, torcendo o nariz para ele. Ele estava apenas tentando embaraçá-la e ela sabia disso. —Você é... — Grande! — Quinn interrompeu-a antes que ela pudesse terminar sua frase. — Deixe-me saber como eu estou. Poderia ser capaz de ajudá-la a inclinar a balança a meu favor. — Isso não era o que eu estava dizendo, — Tori se apressou. 75


Você é incorrigível, era o que ela estava pensando. O sorriso de Quinn se ampliou, enquanto ele mudava de assunto... mais ou menos. — O que há de tão especial nesses cientistas que você namora? Tori limpou sua garganta. A maneira como ele perguntou a fez pensar que ele tinha estado fazendo uma pesquisa sobre ela. Como ele sabia que ela só namorava com cientistas? A resposta bateu nela como um trem sem freio. Era tão óbvio... Grant e Vitto. Ela tinha decidido em turnos de três horas de sono para os homens traiçoeiros? Ela tinha certeza que ela quis dizer dois. — Bem, por um lado, eles recitam poesia para a mulher. Eles dizem coisas boas... bonitas. — Poesia? — Quinn repetiu, quase com nojo. Tori assentiu. A testa do príncipe franziu-se em confusão. — Chocolates, barris de vinho, flores? Eu não entendo esta necessidade de tanta cerimônia e personalização. Agora, as ofertas de caçada, estas eu entendo. Você deseja um homem que seja feroz o suficiente para lutar e matar um temido urso de pelúcia. É muito sábio fazê-lo provar sua força. Você não gostaria de estar associada a um homem que não pudesse protegê-la em tempos de conflito. Tori se esforçou para manter uma cara séria. Oh, sim, o temível urso de pelúcia. Cuidado com seus olhos de botão! Eles poderiam sufocar os pequeninos, as crianças sem vigilância com uma única puxada! Tori fungou. Era difícil não cair na gargalhada.

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— Com toda a seriedade, — Quinn interrompeu seus pensamentos. Eles chegaram a porta de sua suíte e pararam. Quando ela olhou para ele, ele parecia estar em uma contemplação profunda sobre o assunto. — Por que você deseja estas coisas? Palavras floridas memorizadas de um livro? Tudo o que prova é que eles não podem falar por si próprios ou estão escondendo alguma coisa. A honestidade não é muito mais doce? — É bom ser cortejada. O prazer é derivado do esforço feito, — Tori disse, embora ela pudesse ver o mérito das palavras dele. — Os Var não acreditam em elogiar e dar presentes para as mulheres? — Ah, sim, mas quando nós elogiamos com nossas próprias palavras e não com as de outra pessoa. Eu a elogiei muitas vezes e continuarei a fazê-lo, mas não será com poesia porque não sou um poeta. Sou um embaixador. Eu disse que prefiro ver o seu vestido amassado no chão. Que foi um elogio muito verdadeiro. Há mais honra em falar o que é verdadeiro do que aquilo que é apenas agradável. Tori não estava muito certa do que retrucar à sua lógica. O homem tinha um bom ponto de vista e parecia muito sério. Enquanto ele falava, ela estava quase com medo de sorrir, por medo de ofendê-lo. — Quanto aos presentes, nós, Var, somos muito generosos com as nossas amantes e companheiras. Nós gostamos de presentes valiosos, especialmente quando lhes dá prazer recebê-los. — As pálpebras de Quinn caíram sedutoramente sobre seu olhar aquecido. — Mas, nós não exigimos a doação do presente. Se não é dado livremente, então um presente não é além de uma exigência. Qual é o ponto, se ambas as partes estão encontrando prazer mútuo? Isto é o que me confunde sobre os seus costumes terráqueos. De acordo com suas antigas tradições, as mulheres 77


recebem estes presentes, mas os homens não. Então, os homens da Terra pagam por sexo? — Hum, bem, — Tori não sabia como responder a essa. Ela era a última pessoa para dar conselhos de namoro a alguém. Seus encontros geralmente eram piqueniques improvisados em uma missão no meio do campo de pesquisa. Nada como um romance para pegar um bloco de gelo e descongelar o seu cérebro fora, ela pensou com um sorriso. — Bem? — Ele perguntou, quando ela não respondeu imediatamente. — Eu não posso te dizer. A maioria dessas antigas tradições já não é praticada no espaço, mas apenas na própria Terra. — Tori deu de ombros. Seu rosto caiu um pouco e ela se apressou, — Mas foi um gesto maravilhoso de sua parte. Acho que foi muito doce. Ele assentiu. Um silêncio se estendeu entre eles enquanto ele a estudava. — Bem —, Tori começou sem jeito. — Obrigado por uma noite muito adorável. — Ela não tem que acabar, — Quinn insistiu, enquanto ela abria a porta. Ele viu-a caminhar para dentro só para parar e voltar-se para ele. Ele não esperava que ela dormisse com ele, mas ele não podia evitar oferecer a sugestão. Toda vez que estava com ela, seu corpo emitiria o mais inebriante cheiro sexual. O que ele poderia dizer? Era viciado nisso.

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— Sim, é verdade, — ela respondeu suavemente. Seus olhos escuros modestamente baixos, antes de viajarem pelo seu rosto. — Posso pelo menos invocar a antiga tradição de um beijo no final do encontro? — Quinn perguntou. O batente da porta ainda estava entre eles. — Isso é que eu realmente concordo como uma boa ideia. Lentamente, Tori assentiu, mas não se mexeu para juntar-se a ele no corredor. Quinn deixou um sorriso sexy enrolar o lado da boca, antes de pisar em sua direção. Ele deixou a porta aberta, não fazendo qualquer suposição, enquanto vinha ficar diante dela. Quinn inclinou-se lentamente, deixando sua boca ternamente ao longo da dela. Foi difícil, mas ele manteve o beijo casto, não querendo torturar-se mais do que ele já estava. Suas mãos ficaram ao seu lado, não se movendo para tocá-la, embora ele desejasse fazer exatamente isso. Seria uma longa noite e ele não precisava da memória de gosto dela tornando-a pior. Lentamente, ele se afastou e sorriu. — Boa noite, Dra. Elliot. — Boa noite, príncipe Quinn, — ela murmurou em resposta. O coração de Tori batia freneticamente. Ele cheirava tão bem. O seu sangue corria com antecipação, fazendo com que seus membros agitarem-se para segurá-lo. O corpo dela tornou-se quente, inundado com seu desejo por ele. Todos os nervos que tinha formigavam. Com o roçar dos lábios dele contra os dela, ela soltou um pequeno suspiro feminino. Sentia-o por toda a extensão de seu corpo até seus dedos do pé. 79


Seus mamilos estavam duros e formigando. Como na galáxia, os seus mamilos estavam formigando com apenas um breve beijo? Como todo o seu corpo ardia em chamas, como se estivesse derretendo? Era apenas um beijo. Ela respirou fundo várias vezes. Era uma loucura. Não deveria sequer cogitar em dormir com ele. Tinha de pensar logicamente. Tinha que ter controle. Tinha que... Retirá-lo daquelas roupas. Tori gemeu. Ela não conseguia controlar os braços enquanto eles dispararam para frente. Desenfreadamente, ela impulsionou seu estômago contra a excitação dura, gemendo ao sentir o quão quente e grosso ele era. Quinn piscou, surpreso. O corpo dela todo pressionado ao longo do seu e as mãos dela mergulharam em seu cabelo, enrolando em seus fios de seda. Os mamilos dela explodiram com prazer, enviando ondas de choque sobre o corpo dela. Ela puxou-lhe a boca mais plenamente para a dela, fazendo-o tropeçar de volta com a força de seu desejo. O ombro de Quinn bateu a porta e ele golpeou-a para fora do caminho por instinto, batendo-a fechada. Tori riu contra a sua boca, o som deixando-o louco. Os dedos dele ergueram em taça que cobria seus seios fartos. Ele os desejara tocar durante toda a noite. Ele testou o peso deles nas palmas das suas mãos, urgindo para afagar seus polegares sobre os bicos incrivelmente duros que encontrou enterrado no material macio de seu vestido. — Argh, Gatos Sagrados, mulher! — Quinn rosnou, esfregando sua excitação dura contra ela entre suas roupas. —Você é demais. Tori empurrou de volta para a porta, prendendo-o ao seu corpo enquanto lhe acariciava o peito. Ela agarrou a camisa dele, lutando com os laços para retirá-la de seu corpo. Quando ela quase gritou de frustração, ele puxou de volta. 80


— Permita-me. — Levantando um dedo, ele permitiu que ela visse como a ponta do mesmo transformava-se em uma garra. Quinn moveu a garra para sua lateral e, com um golpe hábil, cortou os laços fazendo com que a camisa caísse aberta. Então, rapidamente, ele levou a garra ao decote dela e puxou-a para baixo, rasgando o material aberto

para

libertar

seus

seios

grandes.

O

material

agarrou-se

sedutoramente nos lados, escondendo os mamilos da vista, mas expondo o vale profundo entre os dois. Quando ele olhou para trás, ela olhou para ele admirada. — Você realmente pode se transformar em um gato—, ela respirou. Um sorriso lento e animado emergia sobre suas feições, enquanto movia-se para tocá-lo. Ela começou a arfar enquanto uma nova onda de calor rolava na parte baixa do seu corpo. — O que mais o gatinho grandão pode fazer? Quinn deixou um baixo, som predatório ecoar na parte traseira de sua garganta. Tori parou e apoiou-se distante. Ela lambeu os lábios, esperando numa antecipação sem fôlego por seu ataque. — Será que o grande gatinho quer sair e brincar? — Ela ronronou perversamente. Os olhos arregalados dela caíram sobre sua óbvia ereção. Quinn continuou a persegui-la, baixando a mandíbula enquanto permitia seus olhos mudarem para um verde pálido, deixando um lampejo de seus olhos de gato dobrar suas pupilas. Instantaneamente, ele foi recompensado com um vigoroso odor de seu perfume feminino. Ela estava mais do que pronta para ele e isso o tornava louco por satisfazê-la. Ainda mais excitante era o fato que ela aceitara o seu lado Var sem temor.

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As pernas de Tori atingiram o encosto do sofá diante da lareira. Escalando por cima, ela empurrou sua bunda para o ar. Era mais do que Quinn poderia aguentar. Ele correu para ela, levantando seu vestido desnudando suas coxas. Seus dedos deslizaram sobre sua pele, aquecendoa, acariciando-a, descobrindo-a. Quando o vestido obstruiu sua exploração, ele fez uma careta e deslizou uma garra sobre o material ao longo de suas costas, rasgando-o. Uma vez que a tinha nua, ele começou a beijá-la e acariciá-la por trás. Apesar de sua urgência, ele levou o seu tempo enquanto ele aprendia o funcionamento de seu corpo. Tori não se moveu do sofá enquanto jogava a cabeça para trás em prazer. Seus dedos agarraram na almofada macia, quase a perfurando enquanto ele a tocava. Um som fraco deixou sua garganta e ela mexeu os quadris por atenção. Os dedos dele brincavam, deslizando em todos os lugares menos no centro ardente. O fogo queimava uma trilha quente sobre sua carne, fervendo colérico através de seu sangue até cada canto do seu ser chiando com a necessidade. — Quinn, por favor, — ela implorou, movendo-se para se levantar. Ele a empurrou de volta para baixo. Seus dedos finalmente mergulharam entre as coxas dela, fazendo-a gritar. Acariciando ao longo de sua abertura encharcada, ele provocou o botão sensível que encontrou enterrado em suas dobras de seda. Então, deslizando um dedo para dentro dela, ele testou suas profundezas, acariciando firmemente em um ritmo lento enquanto ela se arremetia contra sua mão. Ela estava quente, pronta, quase gritando com a agonia da necessidade. Quinn moveu seu corpo atrás dela, deixando-a sentir que ele tinha retirado suas roupas. O comprimento poderoso de sua ereção se 82


pressionava para dentro de sua pele macia enquanto as mãos dele a circundavam agarrando seus seios sensíveis nas palmas de suas mãos. Ela era uma mulher apaixonada, mais do que ele jamais imaginara. Suas respostas eram puras, naturais e primitivas. Ela estava confiante nas reações de seu corpo a ele e isso o impulsionou em uma rede irracional de admiração. Colocando-se próximo a ela, ele levemente acariciou o seu pênis ao longo da abertura dela, deixando-a se acostumar com a sensação. Para sua surpresa, os quadris dela deram um pinote para trás, forçando-o a mergulhar dentro da curvatura de seu corpo. Os músculos dela se esticaram ao redor dele, apertando-o tão forte que ele quase se descontrolou. — Ah, — Tori gritou. Os dedos dela agarrados no sofá. — Oh, Quinn, oh, sim, bebê, sim. Os quadris dela se moveram, enquanto tentava fazer ele se empurrar. Ele obedeceu imediatamente, impulsionando seus quadris para frente e para trás enquanto se movia dentro dela. A tensão crescia nas coxas dela, aquecendo seu caminho dentro de seu sangue até que ela estivesse gritando por liberação. Aos seus gritos, ele apenas se moveu mais rápido até que tivesse os quadris dela em suas mãos e estava bombeando tão forte que a palmada de seus corpos ecoava ao redor deles. Quinn grunhiu. Tori gritou. Seus quadris se chocavam mais rápido e mais forte, buscando a liberação que ambos, desesperadamente, precisavam. A tensão cresceu, quase rasgando Tori enquanto ela tentava acabar com ela. Então, repentinamente, com um gemido incrivelmente alto, ela começou a tremer. O corpo dela sentia-se como se fosse despencar de um 83


rochedo. Os membros dela se enfraqueceram e seus músculos se apertaram ferozmente ao redor dele. O grito de prazer de Quinn seguiu o dela. Ele se enrijeceu atrás dela e seu corpo se liberou intensamente dentro dela, ordenhado pela contração e relaxamento dos músculos femininos. Eles permaneceram congelados, incapazes de se moverem por um longo período. Então, caindo contra ela, ele suspirou e começou a acariciála gentilmente. Tori se ergueu, virando para abraçar o pescoço dele. Um pequeno murmúrio de contentamento separou os lábios dela. Quinn abaixou-se, lhe capturando os lábios, e enquanto a beijava roubava-lhe a respiração. Então, puxando-se de volta, ele sorriu perversamente. — Qual é o seu primeiro nome Dra. Elliot? Tenho ansiado saber isso por toda a noite. Tori riu. Um rosnado baixo ecoou dele, fazendo os joelhos dela se enfraquecerem e o coração palpitar. — Tori. É Tori. — Bem, Tori, — Quinn disse, inclinando-se para frente para lhe lamber a boca brincando. Ele a puxou para dentro de seus braços fortes, atirando–a no ar e capturando-a em seguida. Ela guinchou de prazer e alçou seus braços ao redor do pescoço dele. — Vamos para a cama. Eu quero brincar. Tori ria, sentindo-se estranhamente livre em seus braços. Quinn curvou-se para beijá-la enquanto eles percorriam o caminho para o quarto com passos miúdos, a calça dele se arrastando em torno de seus tornozelos atrás deles. 84


Capítulo 05 Na manhã seguinte, Quinn estava sorrindo como um idiota antes de acordar. Tori tinha sido um pouco selvagem, e ele podia honestamente dizer que estava drenado. Nunca antes tinha acontecido dele ter uma amante que o conseguisse acompanhar e talvez até mesmo ultrapassá-lo em sua necessidade. Ah, e ela era uma megera! As coisas que podia fazer com a boca, ele tinha apenas sonhado. Pensando nisso, gemeu. Enquanto seu pau subia com a memória dos lábios dela sobre ele, soube que a tinha julgado errado. Ele estava quase drenado, quase. Ela era aventureira também, permitindo que a dobrasse quando ele a desejara, sem protestar. Ambos tinham estado muito ansiosos para parar e jogar jogos de cama, mas ele tinha certeza que ela prontamente concordaria com eles. Com isso em mente, sua mão deslizou ao lado dele nos lençóis de seda da cama, procurando por ela. Os dedos de Quinn se encontraram com o colchão e ele franziu a testa. Sua cabeça se ergueu, mas não o seu corpo. Automaticamente, soube que ela tinha partido. Sua presença não estava no quarto e sentiu-se gelado sem isso. Um suspiro frustrado deixoulhe os lábios e sua cabeça caiu sobre o colchão. Maldição! Mas ela era uma mulher frustrante!                     

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Tori olhou para os pântanos sombreados. Os quatro cientistas foram colocados de pé por dois guardas Var. Os homens Var olharam timidamente para ela com expressões curiosas, mas nenhum sorriu tão corajosamente quanto antes. Era quase como se a sua atração por ela estivesse temperada e ela não podia evitar de se questionar se eles sabiam sobre a noite dela e do príncipe juntos. Ela não se envergonhava de suas ações, mas estava preocupada que isso pudesse afetar a legitimidade de sua presença ali. Todos eles carregavam grandes mochilas de caminhada em suas costas, todos, à exceção do mais velho, Simon, que carregava uma pequena sacola por cima do ombro. A maior parte de seus suprimentos seria levado mais tarde, naquele dia, tão logo eles encontrassem o lugar perfeito para acampar. Foi-lhes dito que seria uma hora de viagem por terrenos acidentados antes que eles atingissem as cavernas. Tão logo tinham deixado o palácio, passaram pela cidade Var. Estava aninhada no vale abaixo do castelo. A cidade era um labirinto de ruas movimentadas de barro e grandes casas retangulares, cujas paredes e alicerces eram construídos de tijolos queimados unidos por argamassa. Potes de barro estavam posicionados no lado de fora da porta, algumas com flores e outras plantas nativas. As ruas estavam limpas e em ordem. Belos tapetes tecidos e cobertores estavam pendurados ao sol, secando nos varais. Haviam azulejos menos intrincados do que no interior do palácio, mas a cidade era linda mesmo assim. Muitas das casas eram de dois andares, com telhados planos e sem janelas. O grande projeto indicava que a maioria da população Var era próspera. 86


O som de meninos jogando ecoaram ao redor deles brevemente, enquanto passavam pela cidade, então todo o barulho foi engolido pela floresta circundante e pântanos. Tori teve um vislumbre do palácio enquanto viajavam. Ele permanecia ereto contra o céu azul-esverdeado. Torres quadradas erguiam altas no céu, parecendo comandar sobre a cidade. Era verdadeiramente magnífico. De acordo com seus guias, eles marchariam pela borda dos pântanos. As árvores da floresta eram enormes, maiores do que as lendárias sequóias da Terra. Tori sentiu ofuscada por elas. Eles tinham sido orientados a manter os pés fora das águas turvas, pois uma cobra venenosa chamada Givre nadava livremente nelas. Através dos pântanos do norte estava o palácio Draig. Os guardas se retesaram ligeiramente quando ela perguntou sobre o inimigo de longa data dos Var, mas finalmente eles relutantemente admitiram que os Draig agiram com honra até então e que não havia nada para torná-los suspeitos de que eles causariam problema aos cientistas, especialmente porque eles estavam lá para garantir que a armas biológicas fossem completamente retiradas. Uma luz difusa caiu sobre a densa floresta em uma névoa verde e macia que se misturou estranhamente com os fragmentos do morno nevoeiro fumegante dos pântanos próximos. Pelo que Tori poderia dizer, não havia muita diferença entre os mangues e os pântanos, exceto que os pântanos pareciam mortos de toda a vida. Os pântanos eram um lugar horrível. Os musgos pendurados nas copas das árvores, imóveis em seu isolamento sem vento. O ar era úmido, estagnado, e preenchido com o cheiro podre da vida mofando das plantas e carcaças de animais. Mesmo os insetos pareciam ter abandonado a área. 87


Parando, Tori compartilhou um olhar preocupado com Vitto. Silenciosamente, ela disse, — Isso não parece certo. — Vitto assentiu. Grant parou perto deles, ouvindo o seu comentário. Ele franziu a testa, olhando ao redor como se fosse a primeira vez no final daquela manhã. Ele tinha sido mal-humorado desde que fora puxado da cama de Linzi, e eles o tinham deixado sozinho a maior parte do tempo. Agora, uma luz profissional entrou em seus olhos, tornando-os sérios. Ele assentiu lentamente com a cabeça concordando com Tori e Vitto. — Desculpe- me, — Grant disse aos guardas, parando-os em seu avanço. — Os pântanos têm sempre sido assim? — Desde que me lembro, — um respondeu. O outro, que Tori percebeu ser o mais velho, mais endurecido dos dois, disse: — Você sabe, quando eu era um rapaz, nós costumávamos caçar aqui. Havia vida selvagem ao longo dos Picos Oeste, mas isso foi há séculos. Agora, este musgo negro cresce sobre tudo. — Musgo negro? — Tori perguntou, olhando ao redor. Ela não via nenhum musgo negro. — Aqui, — o guarda ofereceu. Ele caminhou até uma pedra e chutou-a. Certo de que havia um fungo preto na parte inferior do mesmo. Enquanto eles observavam, ele lentamente murchou, como se afetado pela luz solar. Dentro de poucos segundos, ele se tornou cinza escuro. — Isso vai dificultar os estudos, — observou Vitto. — Hmm, não se descobrir se é o ar ou a luz que a afeta, — Simon completou, atrás deles.

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— Vamos lá, rapazes, — Tori insistiu. — Vamos montar um acampamento em primeiro lugar, então podemos começar a coletar amostras e mapear os sistemas de cavernas. — Você sabe, — Grant se permitiu enquanto eles começaram a andar novamente. — Você nunca mencionou como foi seu encontro com o príncipe Quinn. Vitto começou a rir silenciosamente. Tori parou. Ela olhou Vitto e Grant. — O que vocês dois fizeram? — Ela exigiu com uma expressão preocupada. — Nada, — disse Vitto, tentando parecer inocente e falhando. — Sim, nada, — Grant imitou. — É melhor desembuchar, — Tori advertiu. — Eles disseram para ele que você era uma feminista e que você odiava ser tratada como uma dama, — Simon falou com um sorriso acanhado. Vitto e Grant riram mais com sua própria piada. —Vamos, Elliot, — Grant confessou. — Você tem que nos dizer o que aconteceu. O que você disse para o pobre rapaz? Nós sabemos que você o rasgou em pedaços. —Vamos, Tor! Nós estamos morrendo de vontade de saber. — Vitto virou seus olhos escuros para ela em divertimento.

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— Na verdade, seus dois encrenqueiros, ele foi um perfeito cavalheiro, — Tori anunciou. — Ele me trouxe flores, chocolate e uma garrafa de vinho. Parece que alguns homens sabem como tratar uma mulher e como não ouvir idiotas como vocês! —Oh meu Deus! — Grant anunciou. Sua boca aberta. —Você transou! — Eca! — Vitto fez uma careta. Ele agarrou seus ouvidos e começou a lamentar. — Eu não quero ouvir isso! Minhas orelhas, meus ouvidos, eles estão queimando! Faça-o parar, mamãe, faça-o parar! Tori acertou-o várias vezes no braço para fazê-lo ficar quieto. — Isso é abuso no local de trabalho, — ele resmungou bemhumorado. —Vou enquadrá-la em uma seção de carga oito. —Você é um imbecil, — Tori disse. — Seção oito é para uso não apropriado de fundos. Agora cale a boca ou eu vou dizer a todos como você realmente conseguiu este trabalho. — Cale-se você ou eu vou dizer a todos do que eu costumava chamá-la quando éramos crianças, — Vitto retrucou com um sorriso travesso. — Faça-o e eu vou demiti-lo! —Ela brincou. — Tori, — Vitto choramingou. Ele fez uma careta às costas dela enquanto ela se afastava. Grant riu e, com uma voz de criancinha, disse: — Ooooh! Você vai ficar encrencado, Vitto. Eu estou avisando a Dra. Elliot sobre você.

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— O que quer dizer, ela partiu? — Quinn perguntou ao seu irmão no tom rosnante de sua linguagem compartilhada. Kirill olhou para cima de sua longa mesa de pedra no escritório real para estudar seu irmão. Ele estava cercado por cadeiras, um sofá e tapetes. O escritório real era muito parecido com o resto do palácio, com o mesmo lindo trabalho de azulejos nas paredes e a mesma sensação de castelo medieval quanto à sua estrutura. Oposta à mesa de Kirill, uma grande lareira estéril era ofuscada pela parede ainda maior. Longos painéis pendiam de cada lado dela. No chão, um grande tapete tecido de vermelho e azul repousava. Seu padrão intrincado era, talvez, o mais encantador no palácio. Ao lado do tapete estavam cadeiras enormes, tão profundas que poderiam engolir uma pessoa inteira. — Ela insistiu em ir, para começar esta manhã. Estou tendo o resto de seus suprimentos enviados depois que eles estabelecerem o que ela chamou de um acampamento base. Por quê? — Os olhos quase pretos de Kirill estudaram curiosamente o seu irmão. — Aconteceu alguma coisa? Você parece estranhamente... Tenso. É contrário de você. — Estou bem, — Quinn resmungou. Ele passeou em torno do escritório, parando junto à lareira a olhar para nada em particular. — Ah, então não correu tão bem na noite passada, eu presumo? — Kirill perguntou, levantando-se de sua mesa.

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— Você deu-lhe as flores? — Sim. — O chocolate? — Sim. Sim. Sim, — Quinn insistiu. —Eu dei-lhe... Tudo. — Ah, — Kirill respondeu então, enquanto um olhar de conhecimento vinha à ele. Ele disse: — Ooohh. Então você está chateado porque ela se foi. — Desde que você se apaixonou você ficou realmente irritante, você sabe, — Quinn afirmou com uma careta. — Meu humor não tem nada a ver com a Dra. Elliot partir. Eu só queria ser informado de seu paradeiro por causa do meu dever. Não posso ser muito bem o embaixador, se eu não souber onde é que os cientistas estão em todos os momentos, posso? Kirill ignorou a pergunta e ao invés, riu. — Desde que você colocou os olhos sobre a fêmea médica, o seu humor têm sido muito imprevisível. As mulheres irão causar isso a você. — O quê, você está casado por dois dias e de repente você é um especialista em mulheres? Isso vindo do homem que pensou que chamar uma mulher de sua propriedade era um elogio. Quinn balançou a cabeça. Tinha tomado muito tempo para Kirill chegar ao ponto de aceitar seus sentimentos por Ulyssa. — Minha Lyssa sabe o que quero dizer, isso é tudo que importa, — Kirill respondeu com um sorriso e um encolher de ombros. — Sou tanto propriedade dela assim como ela é minha.

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— Estou feliz por você, irmão, — Quinn respondeu. — Ela é uma boa mulher e lhe dará um bom filho. — Obrigado. Quinn moveu-se para sair. — Quinn, — Kirill chamou. — Sim? — Você sabe, não seria tão terrível se você encontrasse uma boa mulher e se acoplasse a ela. A voz de Kirill estava calma, avaliando. — Isso realmente faz alguma coisa para o eu interior. Nunca me senti mais inteiro. — O que nosso pai diria sobre isso? Dois filhos caídos pelas mulheres. — Quinn riu, mas mesmo enquanto ele ria, ele ouvia as palavras do pai ressoando em seu cérebro. — Ser governado por uma mulher é ser governado pela fraqueza. Os reinos são tão fortes quanto os seus governantes, e vocês devem ser fortes meus filhos. Um homem não pode curvar-se à uma mulher e ainda chamar a si mesmo de homem. Se apaixonar por uma mulher é cair para a estupidez. — Attor estava errado, — Kirill disse suavemente quando Quinn não se moveu, não respondendo. — O amor de uma mulher dá força não fraqueza. — Até você perdê-la, irmão, — Quinn respondeu tão suavemente que Kirill não pode ouvir. Ele não amorteceria a felicidade de seu irmão com suas próprias dúvidas sobre o amor e acasalamento. Ele estava feliz

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pelo rei, mas sabia que a coisa de companheiros de vida e felicidade, não era para todos. Isso provavelmente não seria para ele.

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Tori olhou para o acampamento e assentiu com a cabeça em aprovação do mesmo. Eles conseguiram montar quatro barracas em um terreno relativamente plano. Um penhasco rochoso se erguia no alto de um lado e os guardas disseram a ela que era o local onde a entrada para o sistema de cavernas começava. Seus suprimentos chegaram um par de horas após sua chegada e uma quinta tenda foi montada como um laboratório improvisado. Grant e Vitto foram desembalar o equipamento e ela podia ouvir sua discussão maliciosa vinda de dentro da tenda. Ela sorriu quando Vitto gritou. Um tapa alto soou e o choro de dor de Grant logo o seguiu. — Rapazes, — ela gritou. — Não me faça separar vocês dois! — Sim, mãe! — Veio o seu grito em uníssono. Tori riu e balançou a cabeça. — Eu já volto. Vou subir para a caverna. Uma escada de corda se pendurava na entrada. Estava lá quando eles chegaram. Testando-a, ela decidiu que parecia forte o suficiente e começou a subir.

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— Ei, cuidado! — Vitto gritou abaixo dela. — Eu só estou checando a entrada. Não vai demorar muito, — respondeu ela. Tori fez seu caminho para a abertura e se arrastou para dentro. Ela se levantou, olhando para a luz difusa da caverna. Retirando uma lanterna de seu cinto de utilidades, ela iluminou ao redor da abertura. A pedra era vermelha, a cor do solo Qurilixen. Vendo um túnel estreito para trás, ela moveu em direção a ele. Teve que virar de lado para passar, mas conseguiu isso com pequeno esforço. O túnel levou a uma grande caverna. Formações de cristal se projetavam do teto. Elas refletiam a luz exterior, causando salpicos a dançar nas paredes como pequenos arco-íris. Diminutas enseadas e túneis se espiralavam das paredes laterais. Depois, ela apagou a sua luz, não precisando dela. Então, retirando um adesivo do cinto de utilidades, ela destacou e o colocou na parede, marcando a saída com um grande círculo verde. Depois de um rápido passeio ao redor, Tori deixou a bela caverna. Simon começou a ceia na fogueira, quando ela chegou ao final. Sorriu para ele enquanto ele mexia uma panela grande. — O que teremos hoje à noite? — Perguntou ela. — Picadinho, — Simon riu. — Alguma coisa embalada e rotulada como picadinho, — Grant apresentou, segurando a embalagem vazia do pacote para ela ver. Tori riu, antes de perguntar cautelosamente: — Parece bom? 95


— É melhor que seja bom, — Vitto disse enquanto ela se aproximava para sentar ao lado dele em um longo banco que tinham encontrado nos suprimentos. — É a única coisa que temos. Cinco pacotes de nada além de picadinho e café desidratado. — Ugh, — Tori resmungou. —Você está brincando né? Por favor, me diga que você está brincando.

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Quinn estava louco. Ele sabia. Estava andando através do mangue a pé para enfrentar uma mulher que ele mal conhecia para descobrir por que ela fugira de sua cama. Sim, era um plano louco. Um plano estúpido. Era seu plano. Ele havia andado por uma hora, pensando sobre qual desculpa esfarrapada ele usaria uma vez que ele chegasse no acampamento. Talvez, sendo ele o embaixador, não precisasse de uma desculpa para checá-los. Ouvindo vozes, ele parou. O riso de Tori vibrou em torno dele e não pôde deixar de sorrir ao ouvi-lo. — Parece bom? — Tori perguntou. — É melhor que seja bom, — Vitto respondeu. — É a única coisa que temos. Cinco pacotes de nada além de picadinho e café desidratado. Quinn chegou as árvores. Seus olhos se estreitaram quando viu Tori sentada perto de Vitto no banco. Ela inclinou-se para bater no ombro dele com uma cotovelada brincalhona. Garras cresceram das pontas de seus 96


dedos, prontas para cortar a garganta de Vitto, se ela ousasse tocar o homem novamente. — Ugh, — Tori resmungou. — Você está brincando né? Por favor, me diga que você está brincando. — De jeito nenhum, — Vitto respondeu. O braço dele se ergueu ao redor de Tori para dar-lhe um abraço. Quinn segurou o tronco de uma árvore e cavou suas garras enquanto ele lutava contra uma mudança completa. As narinas infladas e sua mandíbula se apertaram dolorosamente. — Ei, parem com isso vocês dois! — Grant exigiu. — Vocês conhecem as regras... nenhuma afeição a menos que eu esteja nela. — Oh, bebê, vem aqui e dê à mamãe um pouco de açúcar! — Tori brincou. As mãos de Quinn se fecharam em punho, raspando a casca da árvore. Ele forçou suas garras a se retraírem. Respirando fundo, ele balançou com indignação. Mas, em vez de saltar em frente como ele queria, se virou e se afastou.

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— Oh, baby, vem aqui e dê um pouco de açúcar para mamãe! — Tori brincou com Grant, com um rolar dos olhos.

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Grant fez uma pausa em sua caminhada por todo o acampamento e apontou o dedo para ela. — Não me tente, doce mamãe. Eu poderia rastejar para dentro de sua barraca esta noite e mordê-la na bunda! — Foi assim que você colocou Linzi em sua cama? — Tori perguntou com um sorriso. — Com ameaças? Grant fez um pequeno ruído e tomou uma respiração profunda, dramática antes de suspirar alto. — Oh, ela foi a única a dar mordidas a noite passada. Eu lhe digo o quê. Ela trouxe estas correntes e um chicote… — Oh! — Tori e Vitto fizeram uma careta em uníssono. — Demais! — Tori gritou em riso. — Meus ouvidos, meus ouvidos! — Vitto fez coro, retirando os braços de Tori para colocá-los sobre suas orelhas. — Silêncio! — Simon exigiu. Todos olharam para ele com os olhos arregalados, surpreso com o seu tom duro. Ele fez sinal de silêncio com uma colher grande. — Vocês dois deixem o menino falar. Esta conversa estava ficando boa! Os cientistas mais jovens rolaram de rir e Simon apenas sorriu, voltando a mexer o seu pote.

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Após algumas semanas no acampamento, eles caíram em uma rotina normal. No período da manhã eles mapeavam as cavernas e verificavam se haviam sinais de contaminação. Os equipamentos que a AIH lhe tinha enviado não era capaz de sentir através da rocha, então eles tinham que ir a cada caverna individualmente para pesquisar. Era um processo tedioso, mas eles eram cientistas e acostumados a atribuições tediosas. No final da tarde, eles coletavam amostras dos pântanos circundantes, água, solo, musgo verde e preto. Foi descoberto que fora o ar que matara o musgo preto, assim cargas de pedra e sujeira foram levados para a tenda laboratório, onde eles montaram um ambiente especial para testar o fungo estranho. Durante seu tempo, os quatro cientistas não tiveram nenhum contato com o mundo exterior. Eles estavam acostumados ao isolamento, mas por alguma razão parecia estar pesando mais em Tori do que o usual. À noite, sozinha em sua tenda, ela revivia em sua cabeça cada momento com Quinn. Fora apenas alguns dias, mas parecia que fora uma vida. A maneira como ele a beijara, fizera amor com ela, permanecia em seus pensamentos durante o dia. À noite, ele assombrava seus sonhos. Não havia nenhuma maneira de evitar. Ela sentia falta dele. — Ah! — Tori gritou enquanto lama respingava em seu rosto. Uma grande quantidade entrou em sua boca, fazendo-lhe engasgar. — Oh, merda! Maldição! Droga! Droga! Porcaria! — Tori? — Vitto chamou, sua voz expondo sua preocupação. Ela ouviu a aba da tenda se levantar atrás dela. — O que aconteceu?

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— Eu... eu me distrai, — Tori respondeu, tirando a lama dos seus olhos e cuspindo. Ela sacudiu as mãos enluvadas no ar. — Eu não estava prestando atenção ao que eu estava fazendo e eu me descuidei. — Maldição, Tori, está em seus olhos! — Vitto se afastou apenas para voltar. Ela sentiu um frio pano em seu rosto enquanto Vitto limpava-a com força. — Esta distração tem acontecido muito ultimamente. Gostaria de compartilhar? — Não, — ela resmungou. —Eu só quero tomar um banho. — Escuta, — Vitto começou. — Estive pensando que já é hora de voltarmos para o palácio para um informe a AIH , para não mencionar o Rei Kirill. Estamos quase terminando com as cavernas, exceto pelo subsistema inferior que Grant encontrou ontem no túnel leste. Eu sei que você está encarregada e faremos o que você decidir, mas é só uma sugestão amigável. — Grant só quer ver Linzi, — Tori respondeu, rindo. Ela tinha sido honesta adiando o retorno para o palácio, embora soubesse que Vitto estava certo. Eles tinham necessidade de manter contato com a AIH e mandar relatórios. E nunca doeu tanto manter os moradores informados de seu progresso. Isso também colaborava para as boas relações quando e se fosse necessário ficar mais tempo do que o planejado. — E você quer um banho e eu quero comer alguma coisa além daquele desidratado horrível, estou certo de que a Agência realmente nos queria matar com aquela coisa picadinha. — Eu sei. Acho que todos estamos no mínimo, cinquenta quilos mais leve desde que isso começou, — Tori riu, cansada. Ela poderia usar 100


uma cama e um banho quente. Lentamente, ela assentiu. — Tudo bem. Assegure-se de que todos estejam prontos para que possamos ir. Vamos partir em cerca de uma hora e meia para o palácio Var.

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Quando os quatro cientistas exaustos marcharam para o palácio, eles foram recebidos pelo rei. Ele sorriu para eles, não parecendo surpreso que eles estivessem lá. Tori adivinhou que os guardas o haviam alertado antes que eles sequer alcançassem a periferia da cidade Var. Depois de um breve relatório para Kirill e Falke sobre seu progresso, eles foram autorizados a voltar para seus quartos para descansar. Tori procurou por Quinn, enquanto caminhava de volta para sua suíte, mas não o viu. Ela estava quase com medo de encará-lo, com medo do que ele pensava dela. Ela agira tão espontaneamente, que tinha ficado demasiadamente nervosa para enfrentá-lo à luz da manhã. Ele não tinha tentado contatar com ela desde que partira, embora ela ansiasse secretamente por ele. Havia muitas noites que ela se deitara sozinha em sua tenda, desejando e rezando que ele viesse para ela, mesmo que fosse por uma noite. Agora que ela estava de volta na suíte, as memórias de Quinn a inundaram. Seu corpo se aqueceu, ondulando com o início do desejo. Cantarolando uma música da terra do século XX, Tori esticou as pernas ao outro lado da banheira. As cortinas estavam fechadas sobre as janelas, deixando o banheiro em penumbra. A água era muito melhor do que tentar 101


se limpar com um higienizador de mão no ar fresco da manhã na floresta. Esfregando sabão sobre sua pele, ela lavou-se preguiçosamente, devaneando que eram as mãos de Quinn sobre seu corpo. — Quer companhia? Tori sacudiu em surpresa. As palavras se materializaram como se saídas de seus pensamentos. Ela virou-se na banheira para ver Quinn em pé abaixo da plataforma. Por um instante um tom rosado manchou suas feições e ela engoliu quase nervosamente. Ela esperava que o vapor da água a fizesse parecer corada para que ele não notasse. Ele parecia cansado, mas lindo. Apenas vê-lo a deixou sem fôlego. Seu coração pulou. — Quinn, — ela ofegou, sem fôlego. —Você está... Aqui. — Kirill me disse que estavam de volta. — Sem esperar a permissão dela, ele começou a tirar a roupa. Parecia natural fazê-lo e ela não protestou. Tori assistiu enquanto o seu belo corpo era revelado. — O que você está fazendo? — Perguntou ela, tardiamente, enquanto ele se aproximava da banheira. Seu corpo foi ereto, pronto para ela, e ela se excitou apenas por saber disso. — Percebi que eu poderia ajudá-la a relaxar—, ele respondeu, dando-lhe um pequeno sorriso. Tori estudou-o cuidadosamente. Havia algo diferente nele, mas era difícil nomear. Eram seus olhos. Eles não pareciam de um azul tão brilhante. E seu sorriso, não parecia tão malicioso na intenção.

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— Há... Há algum problema? — Ela perguntou enquanto ele surgia ao lado dela. — Você parece estressado. Você está tendo problemas com os Draig? Com o Lorde Myrddin? Tem alguma coisa acontece... — Como foi seu trabalho? — Ele interrompeu, em vez de responder. Tomando o pano de sua mão, ele encheu-o de espuma e fez sinal para ela se virar. Ela obedeceu e ele começou a lavar suas costas. Tori gemeu. A mão forte dele a fazia se sentir tão bem quanto ela se lembrava ao longo de sua pele, aliviando a tensão de seus músculos. Ela adorava as mãos dele. — O trabalho foi bem, — ela respondeu com lentidão. — Achamos que temos as cavernas quase toda rastreadas, embora nós realmente não esperássemos encontrar muita coisa. — E a nossa pura lama pantanosa Var? — ele questionou. Ela olhou por cima do ombro e ele piscou para ela. — Ainda é pura, — Ela voltou, dando uma pequena risada. — Entretanto, eu queria perguntar-lhe sobre o musgo preto. Tipo, de onde ele vem? Como…? — Shhh, mais tarde. Vamos discutir isso mais tarde. — Ele se inclinou para lamber sua orelha. — Mmmm, — ela gemeu, de imediato, esquecendo-se do trabalho e do musgo preto. — Então, você sentiu falta de mim? — Ele questionou, deixando cair o pano e esfregando as mãos em torno de sua frente para deslizar em torno de seus seios fartos.

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Tori não tinha certeza de como responder, então ela apenas fez um som fraco. Sim, ela tinha sentido saudades dele terrivelmente. O hálito quente dele bateu contra o seu ouvido, enquanto ele vinha ao longo de suas costas e pressionava seu corpo ao longo do dela. Acaloradamente, ele sussurrou: — Sentiu falta disso? —Ahhh, — ela ofegou, fraca. Ele puxou-a apertada contra a estrutura de seus joelhos, para que ela pudesse sentir o pesado comprimento dele detalhadamente. Seus dedos ensaboados beliscaram seus mamilos endurecendo-os, massageando o peso em movimentos firmes. Ela arqueou de volta para ele, passando as mãos atrás da cabeça para tocar seu cabelo sedoso. Seus dedos se emaranharam nas mechas, puxando-o mais perto. A morna sondagem da lambida da língua dele encontrou seu ouvido. Ele girou em torno da borda exterior, fazendo-a tremer em antecipação. Após mostrar ao lóbulo a mesma atenção minuciosa, seus beijos moveram-se para o pescoço. Ele mordiscou levemente sua carne até que ela formigou prazerosamente. A mão de Quinn deslizou sobre seu estômago, movendo-se para se posicionar entre suas coxas. Seu dedo separou os lábios da sua vagina, deslizando para a frente para acariciar sua carne tenra. Ela estremeceu, chorando em êxtase. Tinha sentido tanto a falta dele. Era difícil explicar, mas ela tinha. Ele tinha sido o melhor amante que ela já tinha tido, trazendo-lhe ao orgasmo tantas vezes que ela quase perdera a consciência. A ideia de que ele iria fazê-lo novamente a fez se contorcer em seus braços.

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Tori fez uma pausa, olhando profundamente dentro de seus olhos azuis. Era como se o tempo não tivesse passado desde que eles tinham se tocado pela última vez. Ela se inclinou para frente, beijando-o, rolando a língua entre seus lábios para massagear o calor de sua boca de veludo. As mãos dela exploraram o seu corpo, deslizando sobre seus braços e peito, tocando seus mamilos, curvando-se para baixo para acariciar sua barriga dura, e as laterais. Ela puxou a boca da dele para explorar o gosto do pescoço, dos ombros. Ela não podia sentir o suficiente dele enquanto ela redescobria os segredos do seu corpo. Quando sua mão se moveu entre eles para tomar a sua extensão na palma da mão, ele soltou um gemido alto para a suíte. A água quente do banho fazia os dedos dela deslizarem facilmente. Tori acariciou-o, movendo-se para segurar com as mãos em concha os globos macios embaixo enquanto ela passava os dedos para cima e para baixo sobre o seu eixo abaixo da superfície. Se não fosse pela água, ela o teria tomado em sua boca. Lembrava-se bem o quanto ele gostara quando ela fizera isso, o quanto ela gostara de fazer isso por ele. — Ah, Tori, — ele gemeu baixinho, empurrando seus quadris para cima. — Gatos Sagrados, mulher! Você me deixa louco. O prazer rolou através dela enquanto ela continuava a beijá-lo. As mãos dele estavam nas costas dela, em suas mamas, buscando explorar baixo entre as coxas úmidas. Levemente, ele circulou um dedo sobre a protuberância sensível que encontrou enterrada em sua profundidade quente e molhada. A água aquecida só tornou a sua exploração ainda mais gratificante. Avidamente, as mãos dele encontraram seus quadris e ele ergueu o corpo dela montando no seu. Sem pausa, ele puxou-a para cima dele, espetando o seu pau dentro dela enquanto a empalava em seu corpo pronto. 105


A água espirrava em volta da cintura dela, balançando nas ondas entre eles. Ela observou a transformação dos olhos dele para o êxtase verde. A ameaça de sua forma transmorfa a excitou, fez o coração dela pular dentro das paredes do seu peito. — Ah, você me faz sentir tão malditamente bem, — ele gemeu, jogando a cabeça para trás para descansar ao longo da borda da banheira. Suas mãos ficaram na cintura dela, enquanto ele a levantava e puxava em carícias muito rasas, muito gentis. — Tão apertada. Tão... quente. Porra, mulher, cada vez que eu te vejo, quase explodo de tesão. Tori tremeu. Ela apoiou as mãos em seus ombros e puxou para cima. As mãos nos quadris a seguiram enquanto ela se movia. Quando ele estava quase fora dela, ele a puxou para baixo com força. Ambos gemeram. Desta vez, Quinn empurrou-a para cima rapidamente e puxou-a para baixo outra vez, repetindo o movimento duro. Seus instintos primitivos assumiram e ela começou a montá-lo. Suas mamas batiam diante dele e ele ansiosamente meteu seu rosto entre os seios grandes, sufocando um gemido de gozo no vale entre eles enquanto estes se moviam para cima e para baixo sobre seu rosto. Suas mãos agarraram os globos pesados, rolando os mamilos, atraindo-os mais para que eles passassem por sua língua enquanto ela se movia. Ela amou o fascínio dele com seus seios. Tori gritou em aprovação. Seu corpo se movia mais rápido, os movimentos se tornando carícias superficiais. A tensão crescia entre eles, levando-os mais forte à medida que se aproximavam da liberação. Ele se sentia tão bem, tão grande e forte. A boca de Quinn se pendurou em seu seio e ele chupou um mamilo duro profundamente em sua boca. Seu 106


polegar se moveu sobre a barriga dela para encontrar a sensível saliência, esfregando-a duramente em pequenos círculos, enquanto ela se arremetia mais e mais rápido. — Oh meu... Quinn! — Ela gritou. Quinn mordeu o mamilo entre os dentes sensíveis e respondeu com um gemido gutural. — Quinn, oh, sim! Lá, baby, oh... oh... não pare! Não pare! Oh, baby, por favor, não pare! Você me faz tão bem, oh é tão bom. Ai mesmo, baby, ali mesmo. É isso aí. Estou indo. Estou innn... ah! Tori gritou, jogando a cabeça para trás, enquanto ela impulsava seu corpo rígido de encontro ao dele. Tremores partiram-na, sacudindo-a de seu núcleo. Quinn gemeu enquanto ela tomava o seu prazer, seu corpo em convulsão estimulando-o a fazer o mesmo. Sua semente jorrou dentro dela e, por um longo momento, eles ficaram completamente conectados. Tori caiu fracamente ao longo de seu corpo e um barulho ronronante soou no fundo da sua garganta. Os olhos dela fecharam e ela descansou contra ele, tão relaxada que quase adormeceu em seus braços. — Mm, Quinn. Quinn inclinou-se para olhar suas belas feições. Olheiras púrpuras estavam sob seus olhos, evidenciando o fato de que ela tinha estado trabalhando muito e sem parar. Ele enviara guardas para verificar os cientistas, incapaz de se forçar a voltar. Mesmo agora, depois de semanas terem passado, o ciúme erguia sua cabeça feia dentro dele. Quando os guardas informaram o seu retorno ao palácio, ele tinha jurado a si mesmo que não iria vê-la. Ou que, se o fizesse, ele agiria 107


indiferente. Ele permaneceu atrás, no canto, ouvindo o relatório que ela dava a Kirill. Apenas o som de sua voz baixa e profissional tinha mexido com o seu sangue e nesse momento ele soube que não podia mais ficar longe dela tanto quanto não poderia viver sem ar nos pulmões. Ele tinha que vê-la. O palácio havia se tornado um lugar triste sem ela nele. Como isso acontecera em tão curto tempo, ele nunca saberia. Ele sentia falta dela, fantasiava sobre ela, e não apenas sobre sexo, que ele tinha esses pensamentos em abundância. Ele fantasiava sobre seu riso macio, sobre o ruído suave que ela fazia quando estava nervosa, ou as músicas estranhas que ele a ouviu murmurar quando estava preocupada. Ele tinha certeza que ela nem sabia que fazia isso. Ou a forma como ela gostava na cama, quando ele acariciava à esquerda apenas um pouco mais duro do que a direita. Como seus seios eram sensíveis e como ela gostava quando ele os mordia. Como ela era a mulher mais vocal que ele já tinha levado ao clímax, o que fazia grandes coisas para o ego de qualquer homem. Nem uma vez ela ficara embaraçada por isso, se preocupara com quem poderia tê-la ouvido. Tudo o que ele aprendera em apenas poucos dias conhecendoa. Tudo que estava permanentemente gravado em sua memória. Enquanto o peito dela subia e descia nas respirações, ele sorriu. Ela estava

dormindo,

seus

braços

caídos

sobre

o

pescoço

dele.

Cuidadosamente, ele se levantou. Tori resmungou em leve protesto contra enquanto ele a levantava da banheira. Então, puxando uma toalha de perto, ele tentou secá-los. Seus olhos se abriram preguiçosamente e ela sorriu para ele, um sorriso felino que o levou a distração.

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— Por que você não me carrega para a cama? — Ela murmurou, aninhando-se contra ele. — Eu não acho que possa caminhar. Quinn deu uma risadinha e facilmente a ergueu em seus braços. Deitando-a na cama, ele puxou as cobertas sobre eles e puxou-a para o aconchego do seu corpo. —Você não vai escapar novamente, não é? — Perguntou ele, quase hesitante. Os olhos dela estavam fechados e ela não podia ver o olhar vulnerável que cruzou as feições dele. Preguiçosamente, ela abriu um olho para olhá-lo acima dela. — Você vai repousar aqui, cowboy, ou você vai selar acima? Quinn franziu a testa, confuso. — Cowboy? — Mm, não importa, eu vou ter que explicar o conceito mais tarde. — Tori levantou os braços em torno de seu pescoço e uma risada macia escapou-lhe. — Pode ser divertido. — Então você deve definitivamente explicar isso para mim, — Quinn murmurou. Tori ainda estava sonolenta, mas seu corpo tinha aquecido com a ideia de fazer amor com ele novamente, desta vez mais lentamente. Os dedos dela percorreram sem rumo ao longo dos contornos profundos do peito dele. — Porque você não fica no topo desta vez? Quinn não precisou ser requisitado duas vezes. Ele manobrou entre os quadris dela, girando para deitar em cima dela. Ele fez amor com ela lentamente, saboreando o seu corpo com a boca e as mãos.

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Os lábios dele grudaram-se sobre o centro aquecido dela, trazendoa ao clímax com sua língua e lábios exploradores. E, enquanto os tremores deste ainda se acumulavam nela, ele se levantou e penetrou-a em movimentos lentos, profundos, mantendo a sensação viva. Tori amou o olhar dele sobre ela, de seu corpo gracioso, aerodinâmico. Ela gostava de como seus músculos se moviam e curvavam sob sua carne enquanto ele enfiava o seu comprimento duro dentro dela. Os braços dela se movimentaram preguiçosamente, quase exaustos demais para se levantar a ele. Mas se sentia muito bem. Ela nunca queria que ele parasse. Quinn a trouxe novamente ao clímax. Foi uma lavagem suave de tremores em comparação com a dura força que tinham experimentado no banho. Ele tirou o momento agridoce para que o prazer durasse muito tempo. Finalmente, ele soltou, lançando a sua semente dentro dela, deixando o seu corpo fazer sua reivindicação sobre ela, marcando-a como dele. Ela já estava marcada por ele, embora não soubesse. Desta vez, ele faria com tão condenada certeza que ela não poderia tomar outro homem para sua cama, nem Vitto , nem Grant, nem ninguém. — Tori, — ele sussurrou para baixo, para seu rosto sonolento. Seus olhos se abriram, e ela fez sons suaves de contentamento. — Mmmm, você me faz tão bem. Basta ficar ai mesmo, dentro de mim. É tão bom, — Ela murmurou sonolenta. — Gostaria de poder ficar acordada para fazê-lo novamente, mas estou tão exausta.

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— Tori, escuta-me—, ele insistiu em um sussurro apressado. Os olhos cansados dela olharam para ele. —Você é minha. —Mmmm, tudo bem, Quinn, sua, — ela murmurou, antes de cair em um sono profundo.

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Capítulo 06 Tori bocejou e se esticou até coçar seu rosto. Era de manhã cedo, mas ela sempre tinha sido uma madrugadora. Franzindo a testa, ela continuou se coçando. Sua pele parecia que estava pegando fogo. O braço de Quinn pendia possessivamente em sua cintura, sua mão segurando um de seus seios. Os dedos dele se contraíram ligeiramente em seu sono. Um leve sorriso cruzou suas feições enquanto ela gentilmente retirava sua mão. Ele murmurou em protesto e ela se enrijeceu. Então, enquanto ele virava de costas, ela foi capaz de deslizar para fora da cama sem ser detectada. Franziu a testa mais uma vez enquanto sua pele irritada exigia atenção, ela correu para o espelho de corpo inteiro. De pé diante dele nua, ela congelou horrorizada. Seu rosto e pescoço estavam cobertos de grandes inchaços irregulares avermelhados e eles coçavam insuportavelmente. — Eu pareço deformada, — ela sussurrou em horror. Seu coração pulou de seu peito. Tori estava completamente mortificada. Ela olhou de volta para a cama onde dormia o príncipe, sabendo que ela não podia deixar Quinn vê-la assim — Não assim! Tori correu para sua mochila e se atirou em um macacão preto e jaleco. Não se preocupando com seu cabelo, ela saiu correndo da suite. Usando o jaleco e o cabelo para esconder suas feições, apressou-se passando por alguns dos guardas. Ela ficou muito agradecida quando a deixaram passar sem comentários. Alcançando a porta de Vitto, ela bateu nela. Demorou algum tempo, mas finalmente ele respondeu. 112


— Um? — Ele murmurou, meio adormecido. Esfregando os olhos, olhou para fora no salão e fez uma careta. — Cara, Tori, qual é. É muito cedo para... Tori deixou cair o casaco. — Merda! —Vitto exclamou, recuando em estado de choque. — Temos que ir agora! — Ela sussurrou. — Eu estou voltando para o acampamento. Reuna todos e me encontrem lá. Há algo de errado com essas amostras que pegamos e eu vou descobrir o que. — Mas, Tori, — ele começou, erguendo a mão para tocá-la, para então reconsiderar enquanto recolhia a mão do seu rosto. Lágrimas brotaram nos olhos dela. Sibilando entre os dentes, ela resmungou, — Eu sei. Apenas encontre-me de volta no acampamento, ok? Eu não posso ser vista assim! Vitto assentiu. Inclinando-se para o corredor, ele viu com espanto que ela fugira.

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O corpo de Quinn estremeceu de indignação antes mesmo que ele abrisse os olhos. Ele sabia que ela tinha ido embora... sentiu isso antes mesmo que ele alcançasse o outro lado da cama. Sua mão enrolou em um punho, e ele bateu com ele duro no colchão. 113


— Gatos Sagrados! Ela fez isso de novo, — Ele sussurrou, em parte, sem acreditar. O pelo bronzeado encheu o seu corpo. Seus olhos se dilataram e ele se transformou para um pálido amarelo esverdeado. As garras se esticaram de suas unhas das mãos e dos pés enquanto tornavam-se espessas patas. Um rugido saiu de seus lábios entreabertos enquanto eles se ampliavam, prolongando-se enquanto o seu corpo mudava para a forma de um puma. Com um salto, ele se arrancou da cama e não demorou muito para lidar com a maçaneta com suas patas. Raiva cegava-o à razão. Correndo pelo corredor nas quatro patas, ele passou por Kirill. O rei piscou surpreso e gritou: — Quinn! O quê...? Quinn ignorou-o. Ele se arrancou da frente do palácio e desapareceu na floresta gigantesca.

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— Permaneça parada, Tori, — Vitto resmungou sob sua respiração. — Estou quase pronto. — O que é isso? — Perguntou ela, enquanto ele terminava de executar o laser médico sobre o rosto dela. — Parece ser apenas uma erupção de algum tipo. Em qual amostra estava envolvida? — Vitto se virou para pegar uma prancheta eletrônica.

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— As que nós coletamos da seção sul há poucos dias. — Tori se levantou e tocou seu rosto. Parecia que ele estava de volta ao normal. —Você ainda está um pouco vermelha e inchada,- Vitto admitiu, — mas isso vai desaparecer em poucos dias. Você tem sorte, não foi muito pior. Eu não quero você trabalhando com amostras até que sua cabeça esteja correta. Não é seguro. Antes que Tori pudesse contestar-lhe, a voz de Grant entrou pela tenda. — Uh, caras, você tem que ver isso. Eles se voltaram para Grant. Seu rosto bronzeado estava pálido enquanto ele solenemente acenava para que eles o seguissem. Tori e Vitto compartilharam um olhar preocupado, antes de mover a porta da tenda. — O que está acontecendo? — Tori perguntou, enquanto Grant pegava um pacote e se movia para a escada que conduzia para as cavernas. Vendo Simon observá-los, Tori afirmou, — Nós logo estaremos de volta, Simon. — Vou começar o almoço —, Simon respondeu enquanto balançava a cabeça. Uma vez que ele era o mais idoso, Tori odiava fazer ele subir a escada de corda. Além disso, ele era melhor no laboratório do que no campo de qualquer forma e parecia gostar de cozinhar para a equipe. — Eu... você só tem que ver por si mesma. — Grant subiu rapidamente a escada para a caverna.

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Liderando o caminho através do túnel para a caverna principal, ele fez uma pausa. — Quando estávamos no palácio, mal a Linzi tinha acabado... — Grant, — Tori disse, não querendo os detalhes no momento. Grant limpou a garganta. — Bem, de qualquer maneira, você sabe que eu penso melhor depois do sexo, porque minha cabeça está mais clara. De qualquer forma, alguma coisa está realmente me incomodando sobre esse novo subsistema inferior que encontrei no túnel leste. Tirando de sua mochila, Grant entregou a cada um uma máscara. Moveu-se para o túnel leste e apontou para o buraco no chão da caverna. — Olhe para a abertura. Veja como parece mais esculpido do que formado pela erosão? E, olha para isto. A margem está coberta com o mesmo musgo preto, só que ele não está morrendo no ar. Eu sei que não estava lá antes, quando eu encontrei essa entrada. — Grant pegou luvas e entregou-lhes. Evitando o musgo ao longo da borda da abertura, ele pulou para dentro do buraco. Houve um som de movimento antes que sua luz brilhasse para cima. Tori e Vitto o seguiram para o buraco. Enquanto Grant mostrava o caminho, o musgo se tornava mais espesso e mais extenso. A bota de Tori espirrou com o contato com uma poça rasa de líquido, mas ela a ignorou e continuou andando. A luz ficou fraca e era difícil ver enquanto eles caminhavam ao longo do sistema de cavernas rochosas. — Olhe, — murmurou Grant, apontando a sua luz adiante. — Eu acho que o que está por trás disso é a fonte do musgo negro.

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Uma porta de ferro estava montada na parede da caverna. Tori engasgou com espanto ao vê-la. — O que uma porta está fazendo aqui? — Eu não sei, — Vitto sussurrou. — Mas parece velha, basta verificar as dobradiças. Elas estão enferrujadas. Eu não acho que alguém tenha passado por aqui por um tempo muito longo. — Vamos abri-la e descobrir, — Grant disse, suas palavras afiadas com entusiasmo científico. Todos sabiam que era um pouco descuidado prosseguir, mas ninguém o impediu de chegar à frente. Havia sempre uma certa quantidade de risco no que eles faziam. Tori sentiu o ombro de Vitto próximo ao dela. Ele assentiu para ela antes de virar a sua atenção de volta para a porta. Ela ajustou a máscara sobre seu rosto, certificando-se que tinha uma vedação apertada. Após uma breve luta, Grant puxou a porta aberta. A luz inundou-os de dentro. Tori piscou, deixando seus olhos se ajustarem enquanto Grant dava um passo cauteloso para frente. — Sensores de luz de movimento, — Grant disse, desligando sua lanterna. — Quem estava aqui os deve ter deixado conectados. — Quem quer que fosse, ele não tem estado de volta há algum tempo, — Tori acrescentou. O musgo preto cobria quase tudo — mesas, cadeiras, um antiquado sistema de computador com um teclado e um monitor. Apenas pedacinhos do equipamento e parte do chão de metal apareciam. 117


— É um antigo laboratório, — Tori disse. — O que você acha que eles estavam fazendo aqui? — Pela aparência dele, tem cerca de cem ou duzentos anos. Todos os arquivos de computador estão, provavelmente, corrompidos agora. — Vitto franziu o cenho. — Mas, uma coisa é certa. O que quer que este musgo preto seja, ele veio daqui. — Gente, olha, — Grant tinha andado na frente e eles correram para se juntar a ele. Ele tinha encontrado uma dupla de gaiolas trancadas com pilhas de ossos humanoides, como se o que estivesse trancado dentro tinha apenas deitado e morrido. —Você acha que eles poderiam ter morrido de fome? — Possível, — Vitto respondeu. — Este local parece abandonado, e não desligado. Quero dizer, olha, — ele apontou para uma mesa. — Pertences pessoais estão espalhados por toda parte. Você pode ver o contorno de um arquivo e de papéis ali. — Ok, eis aqui o que faremos, — Tori instruiu. Ela olhou para a mesa e viu um longo objeto com forma oval, pegou-o e varreu o musgo a partir dele para estudá-lo. Em um capricho, ela empurrou-o em seu bolso. — Agarrem o que puder que possa ter alguma informação nele. O computador central do palácio Var é um pouco desatualizado, então talvez este material ainda possa ser salvo. Quero descobrir o quê, na galáxia, eles estavam fazendo aqui embaixo. O que quer que este musgo seja, começou aqui e está lentamente envenenando o planeta. Os pântanos já estão mortos. E, pela aparência do musgo na caverna, está sofrendo mutação para sobreviver ao ar. Poderia não ser nada ou poderíamos ter um desastre ecológico em nossas mãos. 118


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Quando Tori desceu a escada da caverna, encontrou seu acampamento sendo revirado por um grupo de soldados Var. Ela franziu a testa, quando viu o Comandante Falke ordenando o desmantelamento de sua tenda. Sua boca se abriu para protestar, mas ela foi interrompida. — Onde você esteve? Tenho guardas vasculhando os pântanos atrás de seus corpos mortos! Tori congelou. Ela se virou. Quinn aproximou-se dela usando um dos casacos de seu laboratório. Os pés descalços e panturrilhas apareciam no final. Lembrando que ela parecia quando ela o deixara, ela inconscientemente levantou a mão para tocar seu rosto. Ficou aliviada ao encontrar sua pele lisa. — Vasculhando os pântanos? — Ela repetiu, franzindo a testa. — Por quê... o que está acontecendo aqui? O que aconteceu? Você está lutando novamente com os Draig? Por que você está desmontando minha tenda? E o que é que esse cara está fazendo com minhas amostras? Levamos duas semanas para coletá-las e organizá-las. Ele não pode carregá-los juntos assim. Oh, ele está contaminando-as com... Tori fez um movimento para ir atrás de um guarda que quase deixou cair as amostras de lama do pântano. Os recipientes pequenos tiniam e caiam, se misturando. A mão de Quinn disparou e agarrou seu cotovelo, puxando-a de volta. 119


Sua boca se abriu, mas antes que ela pudesse falar, Vitto gritou de baixo da caverna. — O que está acontecendo ai embaixo, Tor? Será que vamos passar este material para baixo hoje ou o quê? Quinn franziu a testa para o homem, não liberando seu braço. Olhando para Falke, ele disse: — Ajude-os. Falke assentiu e fez sinal para alguns guardas subirem a escada. Tori engasgou, enquanto Quinn a arrastava para perto da floresta. Quando ficaram a sós, ele se virou para estudá-la. — Você está usando o meu jaleco? — Perguntou ela, com a sobrancelha arqueada em ligeira diversão. — E você está nu debaixo dele? O que está acontecendo aqui, Quinn? Eu não entendo. — Você está ferida? — Quinn exigiu ignorando suas perguntas. Seus olhos corriam sobre ela, não com prazer, mas temerosamente procurando por lesão. — Ferida? — Ela repetiu, confusa. — Porra mulher! Será que você poderia responder a uma pergunta em vez de apenas repeti-la de volta para mim? — P-peraí, — Tori gaguejou, lutando contra sua raiva. Ergueu seu dedo e ela o apontou para ele. — Você esbraveja aqui e começa a destruir o meu acampamento e pensa em me fazer perguntas? Que diabos está acontecendo, Quinn? — Nós pensamos que você estava ferida. Depois que encontramos Simon... 120


— Simon? — Tori repetiu. O sangue fugiu de seu rosto. — O que há de errado com Simon? —Vocês não estavam se escondendo? — Escondendo? Eu estava trabalhando! — Tori ofegou, sentindose doente. — O que há de errado com Simon? —Tori, eu sinto muito.... Ele está morto. — Quinn franziu o cenho. Os olhos escuros dela se arregalaram e ela lentamente balançou a cabeça. — Isso não é possível, — ela sussurrou, começando a tremer. — Ele-ele estava apenas fazendo o almoço... Ele é minha responsabilidade. Ele não pode estar morto. Nós ficamos na caverna apenas por apenas um par de horas no máximo. Como...? — Ele foi... espancado, — Quinn respondeu. Ele moveu seu peso desconfortável de seus pés. O coração dele ainda estava alojado em sua garganta e queria puxála contra o peito para se certificar de que ela estava bem. Ele não sabia o que faria se algo acontecesse com ela. Quinn tinha ficado tão bravo quando ela deixara o palácio para o acampamento. Ele permaneceu shifter em sua forma de puma enquanto correra para confrontá-la. Então, ele cheirara o cheiro inconfundível de sangue na floresta. Em pânico, ele encontrou o corpo de Simon, mas ele não conseguia encontrar os outros. Ele tinha verificado os pântanos, as florestas, a abertura da caverna e não conseguia detectar o seu perfume. Ele não tinha escolha a não ser

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correr de volta para o palácio e pedir ajuda. Agora, olhando para o rosto dela manchado de vermelho, ele se preocupava mais uma vez. — Espancado? — Repetiu ela, piscando em confusão. — Como se fosse por um gato? Quinn ergueu as mãos. — Eu sei que você está pensando Tori, mas não tivemos nada a ver com isso. Vamos apenas levar você de volta para o palácio onde é seguro e depois vamos falar sobre isso. Eu prometo a você que nós vamos descobrir o que aconteceu. — Onde está seu corpo? — Ela exigiu. — Eu quero prova! Eu quero ver seu corpo! — Tori, por favor. — Quinn se aproximou dela. Ela golpeou-o afastando-o e deu um passo para trás. — O que você ainda está fazendo aqui, Quinn? — Estou ajudando você. Tori, eu prometo, vamos descobrir quem fez isso. — Não, — ela disparou, seu tom duro. Seus olhos secaram e ela enrijeceu seus lábios. — Nós vamos descobrir isso. É por isso que estamos aqui. Para descobrir exatamente o que está acontecendo no planeta de vocês. Simon era um dos nossos. Se alguém vai descobrir o que aconteceu, nós o faremos. Uma vez que os seus soldados obviamente colocaram em uma caçamba a maior parte do meu acampamento, vamos segui-lo de volta para o palácio. Mas eu quero o corpo de Simon intocado até chegarmos lá. Eu, junto com minha equipe, iremos examiná-lo para determinar a causa da morte.

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— Tori, espere, — Quinn começou quando ela ia se afastar. Ela se virou para olhar para ele, seu rosto duro. — E nós? — Nós, — ela resmungou, balançando a cabeça como se fosse a coisa mais estúpida que ela já tinha ouvido. — Não há ‘nós’, Quinn. Eu nunca deveria ter misturado negócios com prazer. Mas, você pode ter a certeza de que não vai acontecer novamente. Tudo que fiz foi deixar essa situação mais complicada do que precisa ser. Agora você deve desculpar-me, meu príncipe. Tenho que ir informar os meus homens sobre a nossa perda. Quinn não disse mais nada, assistindo a sua partida. Ele sentiu como se ela o esfaqueasse no peito. Ele não era nada além de uma complicação para ela. A percepção era quase difícil demais de suportar. Ele esperou que o seu coração parasse de bater, de modo que ele poderia cair morto no chão. Quando a dor só piorou, ele forçou as pernas a se mover após ela. Gostando ou não, ela teria a sua ajuda. Era seu dever como embaixador lhe dar.

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Tori tomou um longo e demorado gole de uísque, satisfeita que o simulador alimentar tinha sido capaz de materializar o forte licor para ela. Tinha sido um dia difícil. Quando Quinn lhe dissera que o corpo de Simon tinha sido espancado, ele tinha sido gentil em sua avaliação para ela. Na verdade, havia sobrado pouco para ela e os rapazes estudarem.

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Ela pegou outra bebida, sufocando com o líquido em chamas. Eles tinham examinado Simon, correram testes sobre ele para tentar descobrir quem ou o que faria uma coisa tão horrível. Ela tinha feito os relatórios necessários à CCE e para a AIH. Eles tinham iniciado o sequenciamento de DNA em amostras retiradas do cadáver, mas seria necessário alguns dias antes que qualquer coisa fosse conclusiva. Eles seriam capazes de restringir as espécies, mas não a pessoa exata, a menos que compilassem uma lista de suspeitos e recolhessem amostras de cada um. O problema era que o assassino não iria apenas entregar a prova de boa vontade. Eles teriam que pegá-la. Até que descobrissem quem era o assassino de Simon, o projeto do musgo negro estava suspenso. Tori fez uma careta. Espontaneamente, Quinn entrou em seus pensamentos levemente bêbados. Ela desejava que ele estivesse lá para confortá-la. Eles não se falavam desde a floresta, e ela quase que instantaneamente lamentou suas palavras duras. A dor a tinha oprimido com a necessidade de agredir algo e ele fora a coisa mais próxima. Ela sinceramente não queria acreditar que não havia nada entre eles, pois sentia alguma coisa quando estava com ele, algo cru e poderoso e muito real. O que ela não sabia era se ele sentia o mesmo. Era uma conexão ardente dentro dela que a chamava para ele, reconheceu daquele primeiro momento em que seus olhos se encontraram no corredor. Apenas a memória deste primeiro encontro a fez doente de ciúmes. Seus lábios tinham se pressionados contra os de Linzi. Ela tinha ficado chocada ao vê-los assim, mas ainda mais do que isso, ela tinha ficado invejosa. Isto levara algum tempo para reconhecer a emoção, mas lá estava ela de repente tornando-se clara agora pela névoa de licor terráqueo.

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Ouvindo uma batida na porta de sua suíte, Tori ingeriu o resto de sua bebida e balançou a seus pés. Instável, ela tropeçou por toda a suíte até a porta e a abriu. Quinn estava diante dela e ela piscou para se certificar de que ele estava realmente lá. — Tori, ouça. Eu vim para dizer que sinto muito sobre Simon. — Ele segurava uma flor cortada para ela. — Sei que não é muito, mas me lembrei que as mulheres da terra gostam de flores. Tori olhou para a solarflower pálida e depois de volta para Quinn. Oh, mas ele era lindo. Ela podia olhar para ele durante todo o dia. Sua mão não se mexeu para pegar o presente. As palavras brotaram dentro dela, explodindo com liberdade. Havia tanta coisa que ela queria dizer a ele naquele momento, tanto que ela queria confessar. Seus lábios se entreabriram, mantendo-se abertos por um instante antes que ela dissesse: — Meu rosto está deformado por causa da lama e eu não posso sentir meus dentes. Quinn franziu a testa em confusão. Tori deu de ombros. Então, os olhos dela se rolaram em sua cabeça, ela caiu para frente, completamente desmaiada.                      

— O que há de errado com ela? — Quinn exigiu, olhando Vitto com preocupação. Ele teve o cuidado de manter os olhos sobre o homem enquanto entrava na suíte de Tori.

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Tori estava deitada na cama, onde ele a deixara. As ações dela o tinham assustado e suas palavras não fizeram nenhum sentido. Sem ideia do que fazer com ela, ele tinha ordenado ao computador do palácio que fosse buscar um dos cientistas humanos, esperando que ele fosse capaz de ajudá-la. Foi Vitto quem veio para a chamada. — Ela estava falando de forma incoerente e fazendo barulhos estranhos logo antes de cair mole. Para sua surpresa, Vitto não olhou direto para Tori, mas em vez disso olhou para um copo vazio na mesa. O homem estava dormindo quando o príncipe o chamara e seu cabelo curto estava em pé e despenteado. Ele estreitou seus olhos cansados, enquanto levantava o copo até o nariz e o cheirava. Vacilando um pouco, ele o puxou de volta. — Whiskey. — Vitto afirmou com um suspiro pesado. Moveu-se sobre Tori. — Não é nada para se preocupar. Ela apenas está bêbada, muito, muito bêbada. Hoje foi difícil para todos nós, porém mais para ela. Simon era sua responsabilidade e ele morreu em seu plantão. — A morte do homem não é culpa dela, — Quinn defendeu rapidamente, franzindo a testa enquanto vinha para frente. Ele manteve um olho afiado em Vitto, observando enquanto o homem inclinou-se para sentir a testa de Tori. — Você não entende Tori então, — o homem riu tristemente. — Ela nunca concordaria com isso. Ela foi responsabilizada e, pela ótica dela, falhou.

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— E você acha que a entende tão bem? — Quinn exigiu, antes que pudesse se impedir. Ele viu os olhos de Vitto amaciarem-se com bondade, enquanto ele empurrava para trás o cabelo escuro de Tori. Vitto olhou para ele, seu olhar se estreitando enquanto estudava o príncipe Var. Lentamente, ele balançou a cabeça, — Sim, sim eu entendo. A mandíbula de Quinn se enrijeceu. Ele queria socar algo — qualquer coisa. Seus punhos se cerraram levemente ao seu lado. Vitto voltou-se para Tori e arranjou suas pernas sobre a cama. Ela resmungou, mas não despertou. — Vou ficar com ela esta noite, — Vitto disse, sem virar-se para olhar para Quinn. — Você pode ir em frente e ir. Não há nada mais que possamos fazer por ela. — Não, — o príncipe respondeu sem pensar. — Eu vou ficar. Você pode ir. Vitto piscou, olhando diretamente para ele. — Temo que não possa permitir isso. Ela está inconsciente. — E por que ela estaria mais segura com você? — Quinn cobrou. — Eu sou seu amante. Eu deveria cuidar dela. Vitto tossiu, quase engasgando com sua própria saliva com a declaração ousada. Seu rosto empalideceu e ele olhou para Tori e depois para o príncipe Var. Sua boca se abriu e depois fechou. Lentamente, ele assentiu com a cabeça. — Tudo bem. Nós dois ficaremos. — Tudo bem, — Quinn resmungou. Ele fez um movimento em direção à cama. Vitto ergueu a mão para detê-lo. 127


— Acho que ambos devemos ficar por lá. — Vitto apontou para o longo sofá. Quinn olhou para ele, mas finalmente concordou com a cabeça. Indo para Tori, ele escovou os seus cabelos para baixo e para trás do jeito que estava antes de Vitto tê-lo movido e se inclinou para beijá-la na testa. A pele dela estava quente sob seus lábios, mas ela não se moveu. Ele tocou levemente um trecho vermelho pálido no rosto e franziu a testa. Olhando por cima do ombro, ele viu Vitto observar com olhos sombreados. — Ela disse que a lama fez isso? — Quinn perguntou. — Ela teve um acidente no laboratório ontem antes de voltarmos. Alguma quantidade da lama do pântano que estava testando espirrou em seu rosto. A erupção não apareceu até esta manhã, mas está parecendo muito melhor do que antes. — A expressão de Vitto relaxou, embora ainda estivesse reservada. — Foi por isso que voltamos para o acampamento tão rápido. Quinn assentiu com a cabeça, deixando que sua expressão ficasse em branco. Por dentro, seu coração começou a bater descontroladamente. Talvez ela só o tivesse deixado porque ela precisara fazê-lo, não porque desejasse. — Você pode sentar lá, olhar para ela a noite toda, mas ela não vai a lugar nenhum, — Vitto disse suavemente. — E ela não vai ouvir nada que você tenha a dizer.

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Quinn assentiu com a cabeça, ajeitou o cobertor em volta dos ombros, e se moveu para o chão diante do fogo. Ele começou a despir suas roupas. Vitto deu-lhe um olhar divertido e limpou a garganta. — Ah, o que você está fazendo? — Vitto perguntou um pouco angustiado. — Você pode ficar no sofá. Vou ficar no chão — Quinn afirmou, imaginando o que estava errado com o humano, enquanto ele tirava as calças, expondo seu corpo. Vitto fez um barulho estranho e quando Quinn olhou-o, ele estava olhando para o teto em desconforto. O príncipe balançou a cabeça. Deixando o formigamento da transformação para o puma vir sobre seu corpo, ele ouviu Vitto engasgar enquanto a transformação ocorria. O pelo bronzeado ondulou sua pele e ele logo ficou de quatro. Seria um sono muito mais confortável no chão como um gato do que como um homem. Quando ele se virou, Vitto encarou-o com seu queixo caído. Quinn franziu a testa, supondo que deveria ser uma coisa humana e que era por isso que ele não entendia o que fazia Vitto tão perplexo. Bocejando, a sua mandíbula larga esticou para descobrir seus dentes afiados. O príncipe arqueou as costas para o ar, esticando seus músculos cansados antes de se acomodar para a noite. Enquanto ele se deitava, ele sentiu Vitto relaxar. Com a voz fraca, o homem disse: — Ah, boa noite, então, príncipe Quinn. Quinn levantou a cabeça e assentiu uma vez, deixando um rugido pequeno vir de sua garganta. Ele não podia falar as palavras humanas com

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a sua voz do gato. Vitto engoliu em seco e acenou levemente antes de se deitar no sofá.

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Capítulo 07 Tori sentia uma terrível e pulsante dor de cabeça, o que não a impediu de rolar para fora da cama na manhã seguinte. Tropeçando descalça pelo chão, ela foi para o simulador de alimentos e materializou um copo de água. Então, indo para sua bolsa, tirou uma unidade médica manual, atrapalhando-se com o botão e, em seguida, deu-se um disparo no pescoço. Quase que instantaneamente a tensão diminuiu e ela poderia funcionar, embora seu corpo ainda se sentisse um pouco fraco. Ficou um pouco surpresa ao descobrir Vitto dormindo no sofá, porém mais ainda de ver o puma enorme no chão. Com seu suspiro, o grande gato abriu seus olhos verde pastel e olhou-a. Vindo para ela engatinhando, o gato cutucou a sua mão, brincando, colocando o nariz em sua palma. A pele era macia e não pode evitar de acariciá-la, enquanto esfregava distraidamente ao longo da mandíbula e da garganta dele. Havia algo familiar no gato e ela não teve medo. Suspirando, disse: — Eu não quero nem saber o que você está fazendo dormindo nu no chão, Quinn, mas talvez você deva se vestir antes de Vitto acordar. O rosto ao lado dela começou a mudar e se transformar. A pelagem foi substituída por carne, e os olhos de Quinn mudaram para um azul brilhante ao olhar para ela. Um olhar de espanto cruzou-lhe as feições. Tori estremeceu. Ele realmente era muito bonito para descrever. — Você me reconheceu, — disse, espantado. 131


— Claro que eu sabia que era você, Príncipe. Você é de uma raça shifter de gato. — Tori fez uma careta. Então, colocando a mão em sua têmpora, tomou um gole pequeno de água e virou-se para o banheiro. Por cima do ombro, acrescentou: — Além disso, sou uma cientista. Eu usei lógica. Suas roupas estão amassadas no chão ao lado do sofá. Tori ordenou a banheira para encher, enquanto posicionava as cortinas completamente ao redor da banheira para sua privacidade. Quando terminou, encontrou Quinn vestindo suas calças, mas nada mais. Um sorriso curvou o lado de sua boca firme, enquanto ele olhava sugestivamente para a banheira. Tori balançou a cabeça em negação. — Não, eu acho que você precisa ir. Tenho muito trabalho a fazer. Além disso, Vitto está aqui. — Tori colocou as mãos nos quadris e esperou que ele saísse. As feições de Quinn caíram enquanto olhava para Vitto, em seguida, de volta para ela. Cruzou os braços sobre o peito e disse: — Se ele ficar, eu fico. Não vou deixa-la sozinha com ele. — O quê? — Tori exigiu, sem disposição para lutar. Qual era o problema dele? — Estou perfeitamente segura com Vitto. Além disso, ele está dormindo. — Ele pode acordar, — Quinn rebateu. Uma teimosia irracional atravessou seu rosto. — E você vai estar no banho. — E daí? 132


O rosto de Quinn se endureceu e ficou vermelho de raiva. Ele balançou e ela cambaleou para trás. — Acho que tenho mais medo de você do que dele, — Tori afirmou. As narinas de Quinn arderam. — Além disso, acampei no bosque com ele e outros dois homens quase todas as noites desde que cheguei aqui. Se alguma coisa tivesse que acontecer com qualquer um deles, teria acontecido. Lembrando Simon, ela empalideceu. Quinn não falou. — Basta sair, Quinn. Não posso fazer isso agora. Estou cansada e não quero brigar com você. Tori desapareceu por trás das cortinas. Sentiu uma lágrima deslizar por sua bochecha. Ela não tinha se permitido chorar por Simon e ondas de tristeza a percorreram, afogando-a. —Tori? — A voz de Quinn perguntou. A raiva havia desaparecido de suas palavras, substituída por preocupação. — Tori, posso...? — Falo com você depois, Príncipe, — respondeu, recusando-se a deixar que as lágrimas transparecessem em sua voz. Tinha que ficar forte. Estava no comando e se recusava a deixá-lo vê-la chorar. Era importante que mantivesse uma postura profissional, até que descobrisse o que estava acontecendo. No momento, a sua vida estava muito complicada.

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O som da porta abrindo e fechando invadiram seus pensamentos. Sentia-se ainda mais sozinha sabendo que Quinn tinha ido embora. Tori forçou seus membros a se moverem, despindo-se rapidamente enquanto se arrastava para o banho. Quando estava limpa, enrolou uma toalha em torno de seu corpo e moveu-se para atravessar a suíte até sua bolsa. Vitto estava acordado, sentado no sofá quando saiu da área acortinada. — Bebeu fora os demônios? —Ele perguntou levemente. Tori riu sombriamente, mudando o seu caminho para o sofá. Ajeitou a toalha grande em torno de seu corpo, cobrindo-se completamente da visão. — O príncipe Quinn estava aqui, — Vitto disse quando ela não respondeu. Tori deslizou no sofá ao lado dele e colocou a cabeça em seu ombro. — Eu sei. Eu o vi. — Importa-se de me dizer a quanto tempo são amantes? Grant e eu estávamos apenas brincando sobre isso. Nós realmente não achamos que você tinha dormido com ele. — Vitto cutucou levemente. — Não tenho de lhe dizer que é um erro de se envolver com a realeza, não é? — Não, — Murmurou Tori. — E que é estúpido misturar negócios e prazer? — Não. — Hmm, bem, então, — Vitto levantou o braço para colocar em volta dos ombros dela. — Estou certo ao presumir que ele é a razão pela qual você tem estado distraída? 134


— Não. — A mentira era óbvia e ambos começaram a rir, embora o som fosse sem graça e triste. — Sim. — Quão sério é? — Vitto passou a mão confortavelmente no braço. — Eu terminei, — respondeu. — Acabou. Com a morte de Simon, não posso estar envolvida com ninguém deste planeta, muito menos com um príncipe Var. Não quero ser cega e não posso ter minha opinião neste assunto posta em cheque. — Ele se preocupa com você, Tori, — Vitto insistiu. — Isso é muito claro. E nós nunca iríamos questionar seu julgamento. — Nada virá disso. Além disso, o trabalho em primeiro lugar, diversão mais tarde. Você sabe disso. E agora tenho mais trabalho do que posso lidar. Nós deveríamos ter uma equipe de pelo menos vinte cientistas trabalhando neste problema, e não três. — Já lidamos com coisa pior, — Vitto disse suavemente. — Nós vamos lidar com isso. — Então, o que ele disse sobre mim? — Eu pensei que estava tudo acabado. — Está. — Tori bateu-lhe levemente na lateral, mas não levantou a sua cabeça. — Agora, me diga o que ele disse. — Foi mais como olhou para você—, respondeu Vitto. — E ele se recusou a deixar-me sozinho com você na noite passada.

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Tori riu da ideia de que algo teria acontecido. A risada de Vitto se juntou a dela. — Que foi apenas grosseiro, — Tori bufou. — Concordo, — Vitto respondeu. — Mas, muito... ah, doce da parte dele. — Não, é apenas sua maneira de Neanderthal de demarcar território. Tipo como um animal que faz xixi em um tronco de árvore. — Tori sentou-se. — Posso garantir que um homem como esse não dormiu sozinho enquanto eu estava fora. Quando o conheci ele estava no salão transando com Linzi. — Linzi do Grant? — Vitto riu. — A única e a mesma, — Tori admitiu. Levantou para se vestir, movendo-se sobre a cama de modo que ficou escondida da vista. Vitto não tentou olhar, mantendo os olhos sobre a lareira. — Não diga a Grant. Está convencido de que ele está abalando o mundo daquela mulher. — Vitto riu novamente, antes de suprimir um bocejo. — Grant está convencido de que abalou o mundo de cada mulher apenas por ter nascido. — Tori saiu da cama e levantou os braços para o lado. — Eu pareço ok? Profissional? — Puxa, Tori, — Vitto fez uma careta como uma criança antes de dizer bem humorado: — Sou seu irmão, e não o seu consultor de moda.

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Tori deu-lhe um sorriso irônico. — Sabia que a nossa mãe deveria ter afogado você no nascimento. Eu disse a ela que você não ia ser nada além de problemas.

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Quinn olhou melancolicamente para Tori. Ela tinha chegado à sala do banquete apoiada no braço de Vitto e eles ficaram juntos, amontoados em um canto pela maior parte da refeição matinal. Observou da cabeceira da mesa e viu cada sorriso suave e gesto gentil que ela deu ao homem no que parecia ser um momento íntimo. Um ciúme quente e brilhante queimou dentro dele, fazendo com que repousasse a sua taça com um pouco de força demasiada. Kirill se virou e franziu a testa. — Está tudo bem, irmão? — Tudo bem, — Quinn resmungou. Poderia não aguentar mais. Tori era dele. Não era? Olhou para ela, incerto. De repente, sua ira foi substituída por uma sensação de perda. Ele se levantou e saiu da sala. Não podia mais ver o casal.

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Tori viu Quinn sair da sala. Seus olhos o seguiram muito tempo depois que ele se foi. Queria segui-lo, mas se segurou. Era melhor para ambos se eles não interagissem com exceção do trabalho. Vitto limpou a garganta para chamar sua atenção. — Tori, você está me ouvindo? As amostras de tecido de Simon devem ser analisadas esta noite. Grant disse que ficou acordado a noite toda com eles e pensa que tem o sequenciamento exposto. Os Var não foram descartados, mas existem seis outras espécies na nossa base de dados, para não mencionar as espécies sobre as quais nada sabemos deste planeta. Mas, apenas no caso, precisamos compilar uma lista de possíveis suspeitos Var e precisamos descobrir como nós vamos coletar as amostras que precisamos deles. — O que está pensando? — Tori perguntou, vendo como Vitto se recusou a atender o seu olhar direto. — Bem, ele foi o primeiro a encontrar o corpo, — disse Vitto. — É um lugar lógico para começar. — Quinn? — Tori respirou. —Você acha que...? — Eu não quero pensar isso, mas sou antes de tudo um cientista e você também é. — Vitto soltou um suspiro pesado. — Você está preocupada sobre suas ações sendo questionadas. Bem, não testar o príncipe Quinn como um possível suspeito é um caminho para que isso aconteça. Só estou dizendo para você proteger o seu traseiro nisso. — Eu deveria ter-me tornado uma Playmate Galaxy como Ja... uh, Sapphire, — Tori resmungou. — Nós sempre zombamos dela, mas, às vezes acho que foi a mais inteligente da família. O quão duro poderia ser

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tirar a roupa no palco todas as noites? O inferno, ela provavelmente faz mais créditos espaciais do que nós dois juntos. Vitto ignorou o comentário sobre a irmã stripper deles. — Tudo que precisamos é de um fio de cabelo do príncipe ou um cotonete na boca, e então podemos descartá-lo. — E você gostaria que eu conseguisse isso? — Tori perguntou. — Você é a candidata mais provável para o trabalho. Não é como se nós pudéssemos sair e pedir para ele sem parecer um insulto, — disse Vitto. — Embora, você seja a chefe. Se você quer que eu faça, vou tentar. — Não, — Tori murmurou. — Se você for pegar seu cabelo, será muito óbvio. Vou pensar em alguma coisa. — Oh, droga, o rei está de partida. Você não precisa falar com ele sobre como acessar o seu computador central? — Vitto apontou para a porta. — Oh, sim. Encontro você mais tarde, — Tori acenou distraidamente, enquanto corria do salão de banquetes para tentar parar o Rei Kirill.

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Quinn estava encostado na borda da mesa de Kirill no escritório real, quando seu irmão entrou. Kirill acenou para ele, mas não parecia surpreso ao encontrá-lo lá. 139


— Os cientistas já lhe disseram o que eles descobriram? — Kirill perguntou, apontando a mão para as cadeiras de espaldar alto diante da lareira. Para a lareira, ele ordenou gentilmente, — Fogo. Um fogo se acendeu, dando à sala um rico brilho alaranjado. Quinn moveu-se para uma cadeira e se sentou. Por um longo tempo, fixou o olhar nos intricados desenhos do tapete perto de suas botas. Os padrões se turvavam diante de seus olhos e foi forçado a piscar para enfocá-los. Quando só continuou olhando, Kirill suspirou e se sentou para a frente. Colocando a mão sobre os joelhos, inclinou a cabeça para tentar capturar os olhos azuis de Quinn com os seus olhos pretos. — Os cientistas já lhe disseram o que eles descobriram? — Repetiu ele. — Encontraram alguns documentos nos sistemas de cavernas. Estão muito velhos, mas eles pensam que podem ser capazes de juntá-los. Não me disseram muito, mas falaram que olhariam para eles. Acho que estão mais focados em Dr. Simon do que em qualquer outra coisa. — A testa franzida de Quinn só se aprofundou, distraído. Não conseguia pensar, mal conseguia pôr-se a comer. Seus olhos se voltaram para os padrões de azulejos na parede. Sentiu o olhar de Kirill sobre ele, mas não poderia encarar o seu irmão com medo de que o rei lesse muitos de seus pensamentos. Deixando seu olhar se mover para as longas bandeiras com o seu brasão familiar de um gato de pé, suspirou pesadamente. — Embora, de acordo com o Dr. Grant, eles pensem ter encontrado a fonte de musgo negro dentro das cavernas. — A fonte? — Kirill perguntou. — Eu não sabia que havia uma fonte para ele. 140


— Nem eu. Mas, se você se lembra, alguns dos anciãos costumavam falar sobre caçar nos pântanos. Agora, o ar é quase irrespirável. Acho que poderia ser algo a ser pesquisado. — Quinn encolheu os ombros. Realmente não queria pensar nisso agora, embora soubesse que era seu dever era fazer exatamente isso. Sua mente continuava vagando de Tori e ao Dr. Vitto. O que era exatamente o relacionamento deles? Amigos? Amantes? Por um momento Quinn pensava uma coisa, noutro suspeitava de alguma outra coisa. — Seja o que for, duvido que seja uma ameaça imediata. — Interessante. — Kirill fez uma careta. — Sempre presumi que antigamente eles tinham caçado na área externa e que o supercrescimento do musgo preto aumentara era como o do verde , porque não haviam permanecido animais para se alimentar dele. As coisas eram muito menos estruturadas antes da regra de nosso pai. Esta é a terra do Lorde Myrddin, e ele é conhecido por seu gosto pela caça. Quinn fez uma careta. — Eu sei. Ele não é exatamente a melhor pessoa para tentar falar no momento sobre o musgo ou sobre o que aconteceu com o Dr. Simon. Se ele sabe alguma coisa sobre isso, duvido que vai nos dizer. — Ele é um dos poucos que restaram que não vai dar total apoio ao meu governo, — acrescentou Kirill. — Ele se ressente de que faço a paz com os Draig. Você não acha que ele teve algo a ver com a morte do cientista da Terra, não é? — Eu gostaria de achar que não, — Quinn respondeu. —Nós demos a nossa palavra de AIH para proteger os médicos humanos.

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— Eu sei. — Kirill franziu a testa, suspirando pesadamente. — Eu já falei com Franklin, a minha esposa insistiu, e assegurei-lhe de que estamos ajudando em todos os sentidos possíveis. Entristece-me saber que nós falhamos com eles. Eu não quero que os cientistas saiam do palácio sozinhos. — De acordo, — respondeu Quinn, pensando em Tori. Sentira-se tão assustado quando não pôde encontrá-la. Nunca queria se sentir assim novamente. — Enviei um despacho solicitando a presença do Lorde Myrddin no palácio, mas ele ainda tem que responder. — Kirill passou a mão pelo longo cabelo preto em frustração. — Por um lado, ele poderia estar me desafiando. Por outro lado, poderia simplesmente estar fora caçando. — As armas biológicas foram encontradas em sua caverna. Nosso pai mal dava dois passos sem pedir-lhe a sua opinião, por isso é muito provável que soubesse que elas existiam. Ele poderia ter muito a esconder. — O parecer de Quinn combinava com o de seu irmão. — Pensei a mesma coisa. — Nós deveríamos enviar Falke para convidá-lo. — Os olhos de Quinn voltaram-se pensativamente para o tapete. — Ele pode ser muito persuasivo. — De acordo. Vamos apenas nos assegurar que não o trará de volta amarrado e amordaçado. Se nossas suspeitas estiverem erradas... — Eu sei. Lorde Myrddin é um homem muito poderoso. Não podemos desconsiderá-lo. Aqueles que eram leais ao nosso pai ainda são 142


leais a Myrddin. — Quinn sentiu uma dor de cabeça começar por trás um de seus olhos. Era uma bagunça complicada que enfrentavam. Relutantemente, ele admitiu: — Não acredito que os cientistas serão muito cooperativos em nos informar o que encontraram lá fora nos pântanos. — Depois do que aconteceu com seu colega, você pode culpá-los? — Kirill levantou-se lentamente. Olhando para baixo até Quinn, disse, — Você é o embaixador. Eu espero que você fique perto da Dra. Elliott. Quero que você descubra o que eles sabem. — Eu não tenho certeza... — Quinn se levantou. Seu olhar cansado virou-se para Kirill e ele balançou a cabeça. — Eu não tenho certeza que possa. Tori... Dra. Elliot não vai me ver. — Oh? — Eu... ah... fiz dela... — Sim? — Rrrr, eu fiz dela minha cara-metade, tudo bem. — Quinn fez uma careta. — Somente, não acho que funcionou. — Como poderia não funcionar? — Os lábios de Kirill se contraíram, enquanto tentava esconder sua diversão. — Eu não sei. Só não funcionou. — Quinn encolheu os ombros e, em seguida, jogou a mão em agravamento. — Provavelmente não fiz direito. Nunca tinha tentado antes. Acho que o nosso pai estava certo sobre as mulheres. Elas levam um homem à loucura se você as permitir.

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— Ah, mas é uma loucura maravilhosa, — Kirill riu. — Fale por você mesmo. Ulyssa corresponde ao seu amor, — resmungou Quinn. — Amor? — Sondou Kirill, seus olhos se arregalando, surpresos. — Ah, você sabe o que quero dizer. Tori... Dra. Elliot e eu fomos... somente amantes. Foi um lapso de língua. — Quinn moveu-se para a porta. — Quinn, Dra. Elliot sabe que você estava fazendo dela uma carametade? Quinn parou e franziu a testa. Lembrou-se do rosto sonolento dela naquela última vez em que estiveram juntos. Ela não tinha estado exatamente cem por cento consciente do que estava fazendo. Ele abriu a boca para falar, mas o riso de Kirill gritou de trás. — Ela não estava? Gatos Sagrados, irmãozinho! — O riso de Kirill continuou. — Você está mais desesperado do que eu pensava!

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— Quinn?

— Tori respirou surpresa, já que quase tropeçara em seu

peito. Ela olhou para cima. O rico riso do rei se derramou sobre eles. Ela olhou por trás à sua volta para onde estava Kirill. Lentamente, ergueu o seu olhar. — Eu estava vindo justamente para falar com o rei. 144


O rosto de Quinn se enrijeceu, como se gostaria de debatê-la. Ela estreitou os olhos em confusão. Os lábios dele se apertaram, os olhos endureceram, como se quisesse que ela fizesse alguma coisa. Apenas, ela não sabia o que era. Uma vez que não falava, apenas olhava, ela pediu suavemente: — Posso passar? Quinn, de repente saiu de seu caminho deixando-a passar. Ela franziu a testa em confusão, observando-o se enfurecer no longo corredor. Qual era o problema dele agora? Balançou a cabeça, sem nenhum humor para lidar com um príncipe temperamental. Voltando a atenção para Kirill, observou-o fazendo-a se contorcer por dentro. — Sua Majestade, —Tori inclinou a cabeça polidamente, recusando-se a olhar ao redor na sala imponente. Um sorriso surgiu na boca dele com as suas palavras, como se divertisse com elas. — Eu vim falar com você sobre a nossa queda... sobre a morte do Dr. Simon. O sorriso de Kirill desapareceu e ficou sério. — Você tem as minhas mais sinceras condolências e a minha palavra de que faremos todo o possível para trazer o assassino à justiça. —

Obrigado, — Tori disse, fazendo o possível para ficar calma e

profissional. — Há realmente uma coisa que gostaria de pedir. Nós fizemos alguns scans abrangentes que irão determinar o DNA do que ou de quem atacou o Dr. Simon. Gostaria muito de ter permitido o acesso de segurança temporária para o banco de dados de DNA de Siren. — Você acha que alguém do palácio fez isso? — Perguntou Kirill, embora não parecesse muito surpreso. 145


— Eu não sei o que pensar. É o lugar mais lógico para começar. Seu computador central também deve ter os registros de toda e qualquer vida selvagem neste planeta. Eles nos ajudarão a estabelecer aqueles de fora também. — Feito, — declarou Kirill. — Siren? — Meu rei? — Uma voz sensual feminina declarou, quase como se fosse fazer beicinho. Tori tinha ouvido o computador central falar algumas vezes e achara divertido. Apenas um planeta de homens faria de uma voz de computador o de uma mulher sedutora. — A Dra. Elliot tem a permissão de acesso de segurança temporária nível três em seus bancos de dados de DNA, — disse Kirill. — Novo certificado de segurança gravado, meu senhor, — o computador ronronou. Tori não pode evitar de rir. Kirill encolheu os ombros. — Meu irmão, Jarek, pensou que era engraçado reprogramá-la... antes dele partir. Colocou uma senha no atuador de voz de Siren e não temos sido capazes de mudá-lo de volta. Nós todos nos acostumamos com o seu temperamento único. Tori assentiu. — Só não a chame de feia. Reid fez isso uma vez e ela o trancou na câmara de armas por uma hora até que ele dissesse que estava arrependido. — Kirill riu suavemente. Tori não pôde evitar, a não ser participando de sua risada.

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— Eu vou manter isso em mente, — Tori respondeu. Baixou a cabeça e fez um movimento para ir. — Oh, doutora? — Sim? — Ela se virou de volta. A mão de Kirill levantou-se para a cabeça e ele puxou um fio de seus longos cabelos negros, oferecendo a ela. — Aqui. Tome este e teste-o. Saiba que você pode colocar-me para fora de suas suspeitas. — Eu não quis dizer... Kirill ergueu a mão para detê-la. — Você tem acesso a todos, desde a família real a alguns dos anciãos. É preciso mais do que apenas a minha palavra para dar-lhe autorização para a informação. Mas, se você tiver qualquer necessidade, avise-me e eu farei o possível para colocar sua mente à vontade sobre os outros. Tudo que peço é que se você descobrir alguma coisa sobre um de meu povo, você fale com meus irmãos ou a mim primeiro. — Sim. Obrigada. — Tori tomou o fio de cabelo e saiu do escritório. A porta fechou-se automaticamente atrás dela. — Você conseguiu tudo que precisava? Tori olhou para Quinn. Ele parecia como se tivesse estado esperando por ela. Sua longa estrutura encostada na parede de azulejos. Baixando a mandíbula, seus brilhantes olhos azuis furavam à frente para estudá-la. — Quinn, não sei o que você espera que eu diga, — Tori disse.

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— Seu rosto está curado, — ele observou. A mão dela automaticamente levantou para tocar o rosto, enquanto tentava não corar. — Gostaria de saber o que é sobre o nosso musgo negro que você acha ser suspeito. Tori piscou, surpresa. Trabalho. Ele queria falar sobre o trabalho. Tudo bem, poderia fazer isso. — É muito cedo para dizer, mas acredito que poderia ser uma ameaça ecológica que está começando a se espalhar em ritmo acelerado. Já, nós descobrimos um fio mutante que pode sobreviver em... ai ... rah! Quinn correu para a frente. Sua mão se ergueu para segurar-lhe o rosto e puxou-a instantaneamente para sua boca, terminando suas palavras. Apaixonadamente, apertou os lábios contra os dela, fazendo o corpo dela tremer com a força de seu beijo. Ela ofegou por respiração, permitindo que a língua dele deslizasse para dentro de sua boca. Ele massageava seus últimos dentes, aprofundando o ataque até que ela o sentisse por todo o caminho até os dedos dos pés. Apenas tão abruptamente como começou, o beijo terminou. Quinn puxou-se para trás para olhar profundamente em seus olhos. Tori estava atordoada e engasgou para respirar. Seu corpo estava em chamas por ele, tanto que estava prestes a empurrar as costas dele para a parede e ter seu momento perverso. Um lento sorriso curvava os lábios diabolicamente belos de Quinn. — Eu espero um relatório completo sobre a situação do musgo negro, Dra. Elliot. 148


— Ah... sim, — ela respirou, sabendo que soava como uma tola de sorriso afetado. Mas o beijo dele tinha sido tão apaixonado, tão reivindicante. Ele a beijara antes, mas nunca como aquilo, como se estivesse marcando o seu território, conquistando-a completamente. Seus lábios ainda formigavam e podia sentir a língua dele em sua boca como se ele ainda estivesse lá. — Ok. — Bom, — ele afirmou com um aceno de cabeça firme. Tori moveu-se para sair, agarrando o fio de cabelo do rei em seus dedos. — Oh, Dra. Elliot, há mais uma coisa. — Sim? Quinn aproximou-se perto das costas dela. Sua respiração pinicou sua pele, enquanto sussurrou, — Você gosta de dormir comigo. Eu gosto de dormir com você. Não vejo nenhuma razão para que não continuemos. — Mas, o profissionalismo... — ela tentou intervir. A mão dele em concha segurou firmemente sua bunda, parando-a de concluir o pensamento. Os dedos levemente curvados, movendo-se indecentemente perto da parte interna da coxa dela. A umidade agrupou-se dentro dela e sua cabeça ficou leve, com prazer. O que havia sobre a proximidade deste homem que enviava seus sentidos ao limite? — Se você insiste, Dra. Elliot, — Quinn sussurrou quente, inclinando-se para beliscar sua orelha. — O que eu faço a seu corpo vai ser estritamente profissional. — Ahhh, — ela ofegou, enquanto os dedos dele se moviam para segurar-lhe a carne sensível por trás. Ele esfregou um dedo indecentemente

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ao longo do comprimento da abertura de seu vestido. Suas pernas quase sairam para fora debaixo dela. — Eu vou passar pelo seu quarto esta noite para completar meu exame físico, doutora. — Com isso, Quinn novamente beliscou no seu ouvido. Tori ouviu enquanto ele se afastava. Em torpor, seguiu em frente na direção oposta, recusando-se a virar-se para procurá-lo. Quando chegou ao quarto de Grant, onde eles tinham estabelecido seu novo laboratório temporário, ainda estava atordoada com a ousadia de Quinn. Vitto e Grant já estavam firmes no trabalho quando ela entrou. Levantando a mão, disse: — Grant, aqui está o DNA do rei para o teste. Ele me deu o acesso ao seu banco de dados para todos, até mesmo os nobres da casa e da realeza. — Grande, — Grant disse, pegando o cabelo. Não se preocupou em perguntar como ela o conseguira. — E sobre o príncipe Quinn? — Vitto perguntou. — Sim, — Tori conseguiu, antes de corar. — Eu consegui isso também. Vitto estendeu a mão para o fio de cabelo. O rosto de Tori se virou, uma máscara de vermelho ainda mais profundo. — Ah, na verdade, você vai precisar de um cotonete para este. Os olhos de Vitto se estreitaram. Grant se virou para ela com surpresa. Lentamente, Tori abriu a boca. — Isso é grosseiro, Tori! Você foi e deu-lhe um boquete? Realmente, isso é além do chamado do dever, — Grant brincou. 150


— Ugh, Grant. — Vitto se encolheu. — Eu estou fingindo que não ouvi isso! — Amostra de saliva, idiota, — Tori voltou. Olhou para Vitto, que pegou um cotonete e apenas balançou a cabeça. — Quão longe você irá em nome da ciência, — Grant riu, movendo-se para começar a sequência no cabelo do rei.

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Capítulo 08 Tori passou o dia todo trabalhando no laboratório, mas pela primeira vez, não esqueceu o tempo. Estava realmente esperando terminar para a noite. Apenas o pensamento sobre Quinn a fazia se agitar com antecipação para estar perto dele. Normalmente era toda para o trabalho, mesmo que tentar descobrir quem matou o Dr. Simon fosse uma tarefa desagradável. Esfregando seu pescoço, recostou-se na cadeira, afastando-se da tela do computador flutuando à sua frente. Tinha estado olhando-a por horas, esperando por isso para completar a sua análise. O computador estava sequenciando o DNA e tudo o que podia fazer era rezar para que ele indicasse ter sido um animal selvagem. — Nada ainda? — Vitto perguntou. — Não —, respondeu Tori, bocejando. O computador apitou, sinalizando que tinha acabado. Ambos pularam e Grant veio correndo pela sala segurando três xícaras de café. Distraidamente, colocou-as na mesa. — Foi um animal? — Grant perguntou, quase esperançoso. Tori empalideceu, balançando lentamente a cabeça em negação. Olhou para a tela, incapaz de falar. Sua mão pousou sobre a boca. 152


— Não, — Vitto respondeu. Olhou para sua irmã, antes de agitar sua mão como se estivesse cortando através da tela quase transparente em agitação. Quando terminou, a tela voltou ao normal. —Ele foi morto por um Var. Todos os três cientistas encararam as informações diante deles. Finalmente, endurecendo a si mesma, Tori disse, — Siren, eu preciso acessar ao DNA. Por favor, coincida o sequenciamento do nosso computador com as amostras de DNA Var em seu banco de dados. — Sim, Dra. Elliot, — A voz abafada do computador respondeu, seu ronronar fora de lugar na sala de solenidade. — Sequenciamento de combinação começou. Tempo estimado de seis horas e 43 minutos. — Vou pegar o sofá, — Vitto disse, automaticamente sabendo que nenhum deles iria querer sair até que o computador central do palácio tivesse terminado suas comparações. — Nós também devemos tentar conseguir descansar um pouco enquanto esperamos. — Elliot, por que você não pega a cama? — Grant ofereceu. — Eu vou deitar no chão. — Não, por que você não pega o sofá? Vitto e eu podemos compartilhar a cama. — Tori suspirou. Os homens assentiram com a cabeça em concordância. Seria uma longa noite e eles não tinham nada a fazer senão esperar.

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Quinn marchou para frente e para trás no quarto de Tori, esperando pela chegada dela. Trouxera mais flores, que estavam ficando cada vez mais difíceis de se encontrar. Taura tinha guardado em seu jardim agora, então tinha que encontrar as lindas ervas daninhas em qualquer outro lugar. Ele parou, rindo como um menino mal comportado que tinha fugido com a travessura, enquanto pensava sobre isso. Taura estava fora de si com irritação, embora a nobre mulher dificilmente deixasse transparecer. Se descobrisse que era ele, provavelmente tentaria colocá-lo em isolamento como castigo, prendê-lo em seu quarto por três dias sem companhia... assim como tinha feito aos príncipes quando meninos. A própria ideia de um homem de 56 anos de idade sendo enviado para seu quarto era hilário. Atirando-se no sofá, olhou para o teto. Ele poderia dizer pela luz que estava ficando tarde. Quinn franziu o cenho. Sua perna inquieta balançou para o lado do sofá, chutando no ar, com agitação. Onde estava ela

de

qualquer

maneira?

Ele

tinha

estado

esperando

ansiosamente por horas, contando os lentos minutos até que pudesse estar com ela novamente. Depois de meia hora no sofá, levantou-se lentamente. Suas mãos puxaram seu cabelo castanho claro. Odiava admitir, mas parecia que ela não viria. — Fogo, — afirmou, irritado. O fogo acendeu na lareira. Aproximando-se de suas flores, agarrou-as e jogou-as nas chamas.

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Tori bocejou, piscando muito. Ela se deitou na cama de Grant ao lado do seu irmão. O quarto estava escuro, as cortinas com o topo em cúpula elaboradas para lançar a suíte inteira na escuridão. Sentiu a mudança na cama ao lado dela e presumiu que Vitto se jogara em seu sono. Não podia culpá-lo. Sentia-se da mesma maneira inquieta, nervosa. A tristeza a oprimiu por um momento enquanto pensava em Simon. Ele tinha sido um homem decente, um colega respeitado, um bom amigo. Ela ainda não tinha sido capaz de verificar seus pertences. De alguma forma, parecia errado invadir suas coisas pessoais. A cama moveu de novo. Tori fechou os olhos, cansada, enquanto tentava dormir um pouco mais. Ela capotou ao seu lado. — Snookie, você aqui? Tori estava tão exausta, levou um momento para perceber que alguém tinha falado. Franziu a testa, perguntando se estava sonhando. Relutante, abriu os olhos. — Snookie, onde está você? Eu vim para jogar. — Era uma voz de mulher. De repente, uma mão estava sobre a coberta sobre sua perna, avançando até a coxa. Uma risadinha soou, sacudindo-a para a completa consciência. Tori ergueu-se na cama, ofegante. Sua perna disparou para fora, tentando fugir da carícia. Acabou chutando Vitto ao lado. Ele grunhiu e havia uma queda de braços e pernas sobre a cama. Estava escuro e não conseguia ver nada. A mulher gritou. 155


Tori foi estapeada no rosto por um braço voador. Ela levantou as mãos para bloquear seu rosto e acabou acotovelando Vitto no estômago. A irritante mulher gritou novamente... agudo e alto. — O que...? — A voz de Grant pairou sobre eles, sonolenta. Houve um ruído enquanto tropeçava no escuro. A mulher moveu seu peso e Tori caiu sobre o lado dela, sua cabeça batendo na perna de Vitto. Ela mal conseguia mover-se, enquanto a colcha se enroscava em volta dela. A cabeça da mulher caiu sobre o estômago dela, prendendo-a ainda mais. — Luzes! Tori congelou, ofegante. A voz de Quinn disparou sobre a suíte. As cortinas foram retiradas em torno da cúpula. Ela piscou enquanto uma luz suave e difusa inundou-os. Seu corpo estava preso entre Vitto e Linzi. Linzi estava nua, exceto por um robe. Tori se encolheu, tentando afastar-se da mulher. Linzi gritou novamente, vendo que estava na cama com as pessoas erradas. Tori olhou para Grant para calar a mulher. Ela não podia ver Quinn, mas sentia sua presença. Grant riu em diversão, enquanto atravessava a cama. Pegou o braço de Linzi e puxou-a para a posição vertical. Ela olhou para ele, depois para a cama, antes de sair tempestuosamente da sala.

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Tori balançou ao redor para ver Quinn. Seu rosto estava vermelho de raiva. Ele olhou para Vitto. Enquanto ela olhava para ele, os olhos dele se voltaram para ela. Seu lábio enrolado em um rosnado. Sem dizer uma palavra, virou-se e saiu furiosamente da suíte. — Que diabos foi isso? — Grant perguntou. — Ajude-me a sair disso, — Tori exigiu, rasgando-se a respeito de se deveria ou não ir atrás de Quinn. — Sequenciamento completo, — Siren anunciou a sobrecarga, fazendo

com

que

a

mente

dela

se

voltasse.

Todos

os

três

cientistas congelaram. Vitto pulou em ação, desembaraçando os seus membros. De pé, Tori ofegou para respirar e perguntou: — Siren, houve uma combinação? — Sem combinação dentro do meu banco de dados, — Siren respondeu. — Obrigado, Siren, — Tori disse, lembrando que o rei tinha dito sobre o computador ser temperamental. — Você é bem-vinda, Dra. Elliot. — Sobre o rei Kirill? O príncipe Quinn? — Tori perguntou. — Não são eles—, disse Grant. — Eles têm uma linhagem comum que deve ter vindo de seus pais. Estou supondo que não é nenhum dos príncipes.

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— Isso deixa os anciãos, o Lorde Myrddin para ser exato. — Tori franziu a testa, deixando a calma profissional alcançá-la. Eles discutiram a possibilidade de ser ele anteriormente. Fora na sua terra que as armas biológicas estavam. Sua caverna era a fonte do musgo preto. Além disso, Quinn mencionara que ele não suportava a lei de Kirill. Só fazia sentido. — Muitas vezes a escolha mais fácil e mais lógica é a correta, — disse Vitto. Tori assentiu. — Você está certo. Eu acho que é hora de conhecer este Lorde Myrddin eu mesma.

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— Não. Tori olhou para Quinn em descrença. Depois de voltar para a sua suíte para tomar um banho rápido, vasculhou o castelo à procura dele. Finalmente obteve direções para a sua ala do palácio de um dos guardas, então foi ao salão onde o conheceu ele com os lábios colados em Linzi. A casa de Quinn era simples em seu gosto, colorida com rico azul e creme. Um sofá repousava diante de uma ampla lareira colocada em uma plataforma ligeiramente levantada. O sofá era baixo e largo. Longos travesseiros ficavam colocados no chão, perfeito para relaxar. O chão de azulejos largos, esticados diante da porta da frente, elegante e impecavelmente limpa.

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Além da frente, não havia portas na casa do príncipe. Altos arcos decorativos na parede conduziam a um quarto, uma cozinha e um grande escritório. Uma parede de vidro, tão espessa que não podia ver através dela, guardava o banheiro. Uma entrada ao lado da lareira, perto da cozinha, levava a uma ampla sala de jantar. Havia cadeiras suficientes no banco para mais de uma dúzia de convidados. — É linda, — Tori disse em reverência ao entrar, os olhos arregalados. — O que você quer, Dra. Elliot? — Foi a resposta fria de Quinn. Agora, olhando para o seu rosto desapaixonado, ela enrijeceu. Olhar para ele era como olhar para um estranho. Não havia carinho nele, sem sensibilidade ou provocação. Ele era todo o embaixador, e isso instigou-a internamente. Qualquer impulso que tinha de explicar o fiasco da manhã foi tragado para dentro. — O que quer dizer com não? — Tori exigiu, colocando as mãos nos quadris. — Li o seu arquivo. Você tem vários graus, Dra. Elliot. Suponho que você saiba o significado da palavra. A resposta à sua solicitação é não. — Quinn estudou-a, seus brilhantes olhos azuis queimando quente em seu rosto em branco. Ela estremeceu. — Eu não vou levá-la ao Lorde Myrddin, especialmente sem saber por que você precisa conhecê-lo. — Quinn, — começou, querendo explicar. A testa dele se ergueu. Esfregando as têmporas, ela balançou sua cabeça. — Eu vou argumentar meus resultados preliminares com o rei. Bom dia.

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Tori virou-se e saiu pela porta da frente. Seu ombro sacudiu, mas se recusou a chorar. Ela tinha que ser forte. Quinn viu a porta se fechar atrás dela. Sua mão alcançou para a frente para ir atrás dela, mas puxou-a de volta para seu lado. No breve momento em que ela disse seu nome, seus olhos tinham sido de derrota, triste, exausta além da medida. Ele queria confortá-la, abraçá-la. Entretanto, a memória dela na cama com Vitto e Linzi não iria deixá-lo. Mais tarde, depois que se acalmara, percebeu que não sabia o que eles estavam fazendo, ou se eles estavam fazendo absolutamente nada. Mas, tinha levado muito tempo para acalmar-se a esse ponto. Quinn respirou fundo. Seu ciúme repentino sobre isso era muito potente para ignorar. Tinha ficado negligente com raiva e isso não era um bom sinal. Isso significava que estava começando a sentir mais do que apenas uma conexão passageira por ela. Não podia permitir distrações em sua vida, não na medida em que não poderia funcionar. Palavras incessantes de seu pai voltaram para ele. — Este reino é o que nos faz, Quinn, esta terra. Um homem não pode se curvar a uma mulher e ainda se chamar de homem. Apaixonar-se por uma mulher é cair para a fraqueza. Somos homens. Nós conquistamos e ditamos as regras. Temos de ser fortes e, como embaixador, você deve ser o mais forte de espírito. Se você se permitir ser sempre distraído, sua loucura pode ser a morte de nossa raça. Lembre-se disso, a próxima vez que alguma coisa muito bonita girar sua cabeça. Se alguma vez o seu coração começar a bater um nome de mulher, pense na raça Var apodrecendo ao sol em um mar de cadáveres. Isso é o que o amor pode fazer, meu filho. Tenha o seu prazer, desfrute de sua 160


companhia suave, mas nunca se amarre. O direito deve sempre vir em primeiro lugar. Fechando os olhos, ainda podia ver o rosto sério de seu pai enquanto dizia as palavras para um jovem príncipe que iria ajudar a liderar uma nação. Posteriormente, o rei Attor tinha sorrido para ele, uma expressão rara no velho rei. — Além disso, mulheres são como fruta na videira, cada pedaço é mais doce do que o primeiro. Por que escolher uma, quando você pode experimentar todas elas? Quinn virou-se e obrigou-se a voltar para a alta pilha de papéis em seu escritório aguardando sua atenção. Era esperto o suficiente para entender que seu pai não sabia tudo. Inferno, Attor estava errado quando tinha trazido as armas biológicas para o planeta. O homem não era nenhum santo. Mas, para todos os seus defeitos, o rei Attor tinha sido sábio. Sua lógica em muitas coisas não poderia ser descontada. Kirill tinha encontrado a felicidade com sua esposa, mas poderia Quinn esperar ter o mesmo? Balançando a cabeça, altamente duvidava disso. Ulyssa claramente retribuía o amor de seu marido. Drª. Elliot, no entanto, mal parecia dar-lhe um segundo pensamento, a menos que ele estivesse de pé na frente dela, descaradamente exigindo atenção com propostas sexuais. Não, apaixonarse pela cientista não era uma aposta segura e um homem em sua posição real não podia se permitir jogar.                      

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Tori agarrou seu relatório na mão, amassando e torcendo-o, enquanto esperava nervosamente a porta do escritório do rei se abrir. Passara a manhã inteira escrevendo a coisa e ainda não estava satisfeita. Sua mente estava distraída demais para se concentrar em nada, além de Quinn. A única razão que escrevera a coisa para começar era porque ela tinha dito a Quinn que faria. Ele a tinha frustrado tanto quando tinha ido a sua casa. Bem, se ele quisesse agir profissionalmente, ela poderia agir como profissional. — Rei Kirill, — Tori acenou com a cabeça, entrando em seu escritório. — Ah, doutora, — disse o rei, levantando-se de sua mesa. Sorriu gentilmente para ela. Tori assentiu, rigidamente tentando devolver o gesto amigável. — Dra. Elliot, não acredito que nós realmente tivemos a chance de nos conhecer adequadamente. Com este comunicado, Tori virou-se para a rainha Ulyssa. A rainha era uma mulher bonita, uma que parecia incrivelmente feliz. Mesmo quando não estava sorrindo, o amor brilhava em seus olhos. — Majestade, — Tori disse. Ulyssa riu. — Oh não, você também! Por favor, me chame de Ulyssa. Ainda não fui capaz de me acostumar com este negócio de ‘Sua Alteza Real’. Mas, pelo menos você não fez reverência. Isso é alguma coisa, pelo menos. 162


Rindo, Tori não conseguiu evitar. A expressão de Ulyssa era muito aberta e amigável. — Então, você gosta de trabalhar para a AIH? — Ulyssa perguntou, rindo de sua própria piada privada. — É... — Eu sei, — Ulyssa se apressou quando Tori hesitou. — Eles não te dão muita escolha, não é? Tori olhou para o rei e depois de volta para Ulyssa. — Não, não realmente. — Fiquei triste de ouvir sobre o Dr. Simon. Ele era um bom homem. — A rainha atravessou e pôs a mão delicada em seu braço. Tori assentiu, sua expressão caindo em uma máscara em branco. Sua atenção foi novamente atraída para o relatório que segurava em sua mão. Inclinando-se para a frente, Ulyssa sussurrou em seu ouvido, sob o pretexto de dar-lhe um abraço: — Estes homens Var são um punhado, mas prometo que os seus cérebros, eventualmente, chegam até seus corações. — Eu sei que é frustrante, mas tente ter paciência. E, se isso não funcionar, seja franca ou atinja Quinn na cabeça até que ele veja a razão ou desmaie. — A rainha puxou-se para trás e piscou. — De qualquer forma, garanto que isso vai fazer você se sentir melhor. Quinn é um homem bom e será honesto com você, se alguma vez necessitar exigir a verdade dele. Tori não sabia o que dizer sobre isso. Será que todos presumiam que uma vez que ela e Quinn eram amantes teria de haver mais em sua relação? Ela se importava com ele, e a despedida dele anteriormente tinha

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aberto uma grande ferida. Sorrindo educadamente, assentiu com a cabeça enquanto a rainha se afastava. — Estou aqui se precisar conversar, — disse Ulyssa. Ela atravessou para seu marido e, sem constrangimento, colocou os braços em volta de seu pescoço. Ele se inclinou para baixo, retornando a seu abraço suave enquanto que lhe dava um beijo gentil. Se afastando, disse: — Vejo você em uma hora. Não me faça voltar aqui e te forçar a comer. Não vai ser bonito se você esquecer novamente. — Sim, querida, — ele riu, sem olhar para ninguém, ameaçado. Tori desviou os olhos do jogo amoroso. Ulyssa tocou seu ombro enquanto passava caminhando, deixando-a sozinha com o rei Kirill. — Eu preparei um relatório sobre nossas descobertas, — Tori anunciou. Aproximou-se da mesa e segurou os papéis. Kirill olhou para eles e, lentamente, tomou-os, antes de pousá-los sobre sua escrivaninha fechada. — Não era necessário para você passar por todo este problema, — disse Kirill. — Relatórios orais funcionam. — Você vai encontrar na página três a evidência de DNA que pudemos salvar do Dr. Simon, — disse Tori. — Eu posso dizer pelo seu tom que você suspeita de alguém do meu povo, — Kirill retornou, sua voz calma. Uma tristeza extrema atravessou suas feições. — Por isso, eu sinto muito. Por que você não me diga o que sabe?

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Tori respirou fundo. Seguindo Kirill para as cadeiras colocadas diante da lareira, sentou-se. Levou um momento para falar. Então, olhando para seu rosto, disse a ele tudo o que tinha descoberto. Quando terminou, o rei disse: — Eu odeio admitir isso, mas concordo que é o Lorde Myrddin a escolha mais lógica. A notícia sobre o musgo preto é perturbador para dizer o mínimo. Você acha que pode nos ajudar a parar com isso? Tori assentiu. — Acredito que podemos, dado tempo suficiente. Se soubermos exatamente o que o musgo preto é e como e por que ele foi criado, realmente aceleraria o processo. É imperativo falar com o Lorde Myrddin. Não preciso apenas de uma amostra de DNA para intimá-lo, mas preciso saber o que exatamente eles estavam fazendo naquela caverna. Os registros que conseguimos estavam muito corrompidos pelo tempo para traduzir para qualquer tipo de dado reconhecível. — O príncipe Falke e o príncipe Reid estarão indo para a casa do Lorde Myrddin. Eles partirão amanhã. Você pode acompanhá-los se quiser. — Kirill levantou-se e moveu-se para colocar a mão em seu ombro. — Eu quero que você preste atenção em seus conselhos enquanto você estiver fora. Na verdade, insisto nisso. Eles conhecem Lorde Myrddin e conhecem os pântanos. — Obrigado. Nós o faremos. — Tori disse. Kirill deixou cair a mão de seu braço. — Por favor, comunique ao príncipe Falke que estaremos prontos para partir à primeira luz.

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Quinn invadiu o escritório de seu irmão, de cara feia enquanto perguntava: - O que quer dizer com ela pode ir? Você está louco? Kirill teve a audácia de sorrir para ele. — Eu me perguntava quanto tempo levaria para você descobrir. — É muito perigoso, — Quinn colocou, ignorando as provocações de seu irmão. — Você enviaria Ulyssa? — Ah, você vê, Ulyssa é minha companheira. Dra. Elliot é uma cientista que não significa nada para nós, exceto numa base profissional. Não foi isso que você disse mais cedo? — O sorriso de Kirill se ampliou enquanto a expressão de Quinn se endureceu e ficou vermelha. — Além disso, com Ulyssa eu não permitiria nada, ela apenas faria. Não posso impedi-la de ser quem ela é. É uma das razões pelas quais eu a amo. Quinn começou a praguejar, uma longa sequência de palavras em sua língua nativa. — Sente-se melhor? — Kirill perguntou com seu término. — Não, — Quinn resmungou. — Se aquela mulher tola insiste nessa loucura e você é muito ignorante para detê-la, então devo ir com eles. A boca de Kirill se abriu. Antes que pudesse falar, Quinn rosnou. — Eu não estou pedindo a sua permissão, irmão, — Quinn afirmou. — Eu vou com eles. Kirill não se moveu. Girando nos calcanhares, Quinn saiu do escritório da mesma forma que veio.

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Capítulo 09 Tori estendeu os braços sobre a cabeça e bocejou. Tudo o que os três cientistas necessitavam para a viagem estava empacotado. Eles não estavam levando muito, exceto alguns instrumentos básicos e seus pertences pessoais. Olhando Vitto, ela abriu a boca para falar. Antes que ela pronunciasse uma sílaba, a porta da suíte de Grant se abriu. — Quinn...? — ela começou, movendo-se para se levantar. O rosto dele

estava

vermelho

de

raiva

e

ela

sabia

que

ele

tinha

descoberto sobre seus planos para enfrentar Lorde Myrddin. Tremendo, ela deu um passo para trás. Quinn chegou à frente para agarrá-la. Vitto veio para a sua frente para bloquear seu caminho. O príncipe olhou para ela, seus olhos mudaram perigosamente enquanto ele rosnava em advertência. — Vitto, não, está tudo bem, — Tori disse, não querendo ver o irmão ferido. — Eu sei sobre o que se trata. — Vamos, — Quinn rosnou. Ele agarrou o braço dela e puxou-a violentamente para fora da porta. Arrastando-a pelos corredores longos, não lhe dirigindo uma única palavra. — Quinn, o que você está fazendo? — Tori exigiu, tentando puxar seu braço de seu aperto enquanto tropeçava para acompanhar o seu ritmo rápido. — Deixe-me ir! Você está machucando meu braço. Eles chegaram ao salão antes da entrada da casa e ele parou. Virando-se para ela, ele lhe soltou o braço. Os olhos dele desafiavam-na a 167


tentar correr. Tori não se mexeu, sentindo que ele certamente a capturaria se ela tentasse escapar. Ela estremeceu, vendo como ele estava perto de se transformar. Suas garras tinham despontado em seus dedos. Olhando para seu ombro, ela ficou tensa. Elas tinham rasgado através do seu jaleco e do macacão da CCE. — Quinn? O que está acontecendo com você? — Suas palavras saíram num sussurro, tremendo levemente à luz da indignação dele. — Você não é o mesmo de quando te conheci. Você está... doente? Você não parece bem. Sou médica, admito que não esse tipo de médico, mas posso ajudá-lo. Você está doente? — Eu lhe disse que não, — ele afirmou, ignorando suas perguntas. —Não é seguro você ir ao encontro do Lorde Myrddin. Eu não quero que você vá. Deixe que Grant e Vitto façam isso. — Isso não é uma decisão que você possa tomar. É minha. Além disso, tenho obrigação de ir como parte do meu trabalho. — Tori tomou uma respiração calmante, tentando soar razoável. — Eu devo isso a Simon para descobrir a verdade. Além disso, comecei um trabalho sobre este planeta e pretendo terminá-lo. Sou a única responsável e eu me recuso a me esconder como uma covarde só porque estou com medo. — É meu dever protegê-la!- Resmungou Quinn em frustração. O peito dele arfava. — Como posso protegê-la se você não me escuta? O comentário atingiu Tori de modo estranho. Ela engoliu em seco, nervosa. — Por que é seu dever? Porque eu sou uma cientista e você o embaixador Var?

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A expressão do rosto de Quinn endureceu com suas palavras e seus olhos fixaram-se nos seus. Ele hesitou, antes de afirmar: -Sim, é por isso. É minha responsabilidade me certificar de que o que aconteceu com o Dr. Simon não aconteça ao resto de vocês. Se você realmente acredita que Lorde Myrddin é o assassino, então não é seguro que você o confronte. Você é humana. Ele é um guerreiro Var. Ele será capaz de matá-la com um golpe da sua garra e você nem vai vê-la chegando. — Sua preocupação foi registrada, — Tori respondeu, endurecendo seu olhar para coincidir com o dele. — O príncipe Reid e o príncipe Falke estarão nos escoltando. Não tenho dúvidas de que irão nos fornecer proteção adequada tanto para mim como para minha equipe. Se você estiver preocupado com a reação política da AIH se algo acontecer, eu ficarei feliz em assinar um termo de responsabilidade. — Eu estou indo também, — Quinn respondeu. Sua mandíbula flexionou. Seus olhos azuis brilhantes estavam rígidos com raiva. Ela estava triste em ver que a expressão brincalhona que ele geralmente carregava tinha desaparecido completamente. Tori olhou para baixo, vendo que as garras dele não tinham recolhido. Ele poderia escondê-las melhor, mas ainda estava muito zangado. Incapaz de responder, ela apenas assentiu. Ela ficou surpresa pela admissão dele, embora soubesse que não deveria estar. — Você vai obedecer as minhas ordens, enquanto estivermos fora, — Quinn continuou voltando a esbravejar. Sua voz se levantou, ditando enquanto ele dizia, — Isto não é negociável. Tori mordeu o lábio e baixou a voz enquanto se aproximava dele. De forma muito clara, ela respondeu: — Eu lhe direi o que vou fazer enquanto 169


estivermos fora, príncipe Quinn. Vou perguntar ao Lorde Myrddin sobre o Dr. Simon. Vou limpar Qurilixen de armas biológicas. Eu vou encontrar uma maneira de parar o crescimento do musgo preto e assim evitar que ele continue a se espalhar. Você percebe que de alguma forma daqui 10 a 30 anos, o seu planeta inteiro poderia estar morto por ele? Agora, se você quiser que eu faça essas três coisas muito importantes forem o que você quer que eu lhe obedeça, então ótimo. Mas, se a sua vontade põe em risco a minha capacidade de fazer o meu trabalho, então... ahh! Tori ofegou quando Quinn disparou para a sua frente. Ela se encolheu, pensando que ele ia atacá-la. Em vez disso, ele pegou o rosto dela e puxou o corpo dela contra o seu. Seus lábios encontraram com os dela em um beijo magoado em que ambos eram punidos e recompensados. Os dedos dele trespassaram em seus cabelos, não dando-lhe chance de escapar. Ela sentiu as pontas das garras raspando perigosamente perto de seu couro cabeludo, mas elas não a feriram. Paixão cresceu dentro dela com a mostra da força dele. A pegada dele nunca havia sido tão dominante. Ele era sempre confiante, mas normalmente o seu toque era de veneração, não exigente. A cabeça dele mudou, inclinando sua boca duramente para a dela, punindo seus lábios enquanto ele enfiava fundo a língua dentro de sua boca. O calor ondulou em seu estômago, rolando sobre ela até que não conseguisse pensar. Um instinto animal primitivo ultrapassou-os enquanto Tori gemeu. Suas mãos puxaram o corpo rijo dele para mais perto. A sensação da ereção dele queimava contra dela. Sua boca se moveu, encontrando as exigências dele com algumas dela própria. Antes que ela percebesse o que estava acontecendo, ele a tinha pressionado contra a parede do corredor, encurralando-a sob suas mãos 170


examinadoras. Seus dedos estavam por toda parte, os seios dela, suas coxas, sua cintura, suas costas. Ele separou os lábios dos dela só para trilhar um caminho até seu pescoço de beijos quentes e molhados sobre sua garganta. Sua língua deslizou sobre sua carne, deliciando-se com ela. — Ahh! — Tori ofegou, apertando-lhe. A pedra dura do ladrilho da parede era implacável contra suas costas, mas não tanto quanto o homem à sua frente. Ela ouviu um rasgo e sentiu seu macacão abrindo-se na frente. A ponta fina de sua garra quebrou o material, abrindo-o por todo o caminho até as suas coxas. O calor do peito dele encharcou os seus seios quando ele se inclinou sobre ela, tornando os mamilos dela incrivelmente duros. As mãos dela o soltaram, mas ela ainda não conseguia se mexer porque a pressão de toda a extensão dele a mantinha subordinada. Ela sentiu sua mudança de peso. A boca de Quinn encontrou sua orelha e ele a mordeu com paixão antes de rodear sua orelha com a língua. Quando o seu peso mudou novamente e suas mãos voltaram a afastar os pedaços rasgados de seu macacão, ela sentiu sua ereção pesada contra sua coxa. — Quinn, — disse ela sem fôlego. Ela estava vagamente ciente de que eles estavam no corredor, onde qualquer um poderia passar. A resposta dele foi um rosnar sombrio, gutural, possessivo. Seus dedos seguraram em concha os seios grandes, massageando-os em círculos febris, apertando os botões até que ela gritasse pedindo por mais. Em seguida, as mãos dele moveram-se para os quadris dela, empurrando-a contra a parede. Ele habilmente angulou os seus quadris entre as coxas dela. Ela não tinha escolha a não ser deixar suas pernas caírem abertas. Em um movimento rápido, ele se cravou profundamente, deslizando no creme da excitação do corpo dela. 171


— Minha, — Quinn rosnou, de novo e de novo, baixo e sombriamente. Os olhos dele tinham pontos verdes dentro de suas profundezas azuis. — Minha. Tori não podia entender suas palavras, uma vez que ele rosnara em sua própria língua. Ela tremeu violentamente. Ele começou a se mover, deslizando dentro e fora dela, construindo uma profunda dor doce dentro do seu núcleo. Seu ritmo era rápido e forte, possuindo-a ferozmente como uma besta selvagem. De repente, ela chegou ao clímax tão duramente que seus dentes bateram e tudo que ela podia fazer era gemer e arquejar insensivelmente. Seu corpo se contraiu contra o dele, tendo espasmos tão ferozmente que ele não teve escolha, a não ser encontrar a sua própria liberação. Ele veio-lhe com força, tremendo, supliciando por seus corpos juntos. As mãos dele se enfraqueceram e ele deixou-a deslizar para o chão. Suas respirações se misturavam, arfando duramente dos seus lábios entreabertos. A testa de Quinn caiu contra a dela. Os olhos dela se ergueram para os dele. Ele estava tão perto que ela podia sentir cada centímetro dele. As pupilas dos olhos dele se dilataram. — Você vai obedecer as minhas ordens enquanto estivermos fora, — Quinn sussurrou, repetindo seu decreto anterior. — Isso não é negociável. Tori engasgou. Quinn virou nos calcanhares, deixando-a na sala enquanto ele entrava como um furacão em casa, batendo a porta atrás de si. Tori ficou olhando por um longo momento, perguntando se o que tinha acontecido era para ser uma punição. Ela não se sentia punida de modo algum. Ela sentira o desejo dele por ela, revelado na frustração das 172


arremetidas do seu corpo. Então, olhando para baixo, viu seu corpo nu, exposto pelo macacão rasgado. Rapidamente, ela puxou o jaleco junto e percorreu o corredor para sua suíte.

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O príncipe Falke estava pronto para partir do palácio ao amanhecer. Siren estava programada para despertar os cientistas. Infelizmente para o comandante estoico, e os cientistas despertos, o príncipe Reid não tropeçou no salão de banquetes até ser quase meio-dia. Tori sabia que Reid vivia fora do palácio, na floresta, perto da fronteira Draig, por isso era improvável que Siren pudesse dar a ele a mesma chamada de despertar que ela tinha dado aos outros. A maior parte da manhã, Quinn, Kirill, e Falke falaram entre si em uma das mesas. Servos trouxeram bebidas. Os cientistas formaram seu próprio grupo a duas mesas de distância, passando por cima de papeladas e estratégias para lidar com Lorde Myrddin. Tori fez o seu melhor para não olhar para o lindo Quinn. Ele não tinha falado com ela desde o seu encontro no corredor. Ele quase não a reconhecia. Seu descaso a feria profundamente, causando uma dor profunda em seu peito. Ela engoliu a dor e se concentrou no trabalho. Tori nunca tinha esperado que o relacionamento deles durasse para sempre, mas também não estava preparada para que chegasse ao fim. Felizmente, Vitto e Grant tiveram o bom senso de não perguntar a ela sobre isso. 173


Uma vez que o seu macacão preto estava agora em pedaços, Tori vestia a roupa de Var. Ela puxou os laços apertados em seus quadris, fechando o material por todo o caminho. As calças se moldavam nela como uma segunda pele, mas ela estava feliz que suas coxas não pulavam através dos laços laterais. A camisa sem mangas era perfeita para o clima mais quente. Ela ficava justa e apertada ao redor de seus seios. Suas laterais estavam expostas, mas ela fingiu não se importar. A verdade era que se sentia malditamente sexy na roupa e ficou desapontada que Quinn não a tivesse notado. Quando Reid finalmente entrou, ele apenas piscou para seus irmãos, dando-lhes um tímido sorriso. Ele tinha feições sombrias e se movia com a graça constante de seus irmãos. Músculos formavam o seu corpo e ele os carregava com orgulho, como se esperasse que as mulheres desmaiassem a seus pés. Falke não fez comentários, apenas resmungou, enquanto se levantava para partir. Todos eles seguiram o exemplo, colocando mochilas sobre seus ombros enquanto se prepararam para a caminhada. Quando se aproximaram do portão lateral do palácio, Quinn virou-se para trás e esperou por Tori ficando ao lado dela. Ela piscou, olhando para ele com surpresa. Ele olhou para ela, seu rosto branco não demonstrando qualquer emoção quando ele disse, — Eu fui designado para sua proteção. Falke vai cuidar de Grant. Reid vai cuidar de Vitto. Tori olhou para a frente e viu que cada príncipe acompanhava um dos outros dois homens. Eles iam direto para a floresta, indo para os pântanos sombreados. Firmemente, ela declarou: — Nós podemos cuidar de nós mesmos. Nós não precisamos ser cuidados como crianças. 174


As palavras eram suaves. Por um longo momento Quinn agiu como se ele não a tivesse ouvido. Ela estava prestes a repetir quando ele finalmente respondeu. — É o desejo do rei, que assim seja. Nós não arriscaremos suas vidas, enquanto vocês permanecerem sob nossa proteção. Resigne se a isso, Dra. Elliot, ou seremos forçados a retornar. Tori se recusou a responder. A ideia de Quinn protegê-la era estranhamente reconfortante, mesmo embora ele não parecesse muito satisfeito com a tarefa. Ela realmente não era treinada para combate físico. Agora, um debate verbal era algo que poderia ganhar. Eles continuaram a andar em silêncio por algumas horas. Falke definiu um ritmo rígido, mas ninguém reclamou. Tori estava preocupada demais para notar. Quinn ficou perto, mas seus olhos não voltavam-se para ela, ele não sorria, e não falava. À frente deles, Reid riu e brincou bem humorado com Grant e Vitto. Liderando o grupo estava Falke sozinho. — Quando iremos chegar? — Tori perguntou. Estava muito quente e o suor tinha começado a escorrer em gotas sobre sua carne, fazendo suas roupas colarem. — Neste ritmo? Amanhã. — Quinn finalmente olhou abaixo para ela. Ele estava fazendo o seu melhor para se convencer de que não se importava com ela, que somente a queria como amante, uma diversão. Ele temia que isso não estava funcionando. O silêncio o estava matando por dentro, mas ele se recusava a acabar com ele. Eles tinham vindo de diferentes mundos. Quando o trabalho terminasse, ela estaria deixando-o para trás. Qurilixen era sua casa e ele não fugiria dela como o seu irmão Jarek. Era seu dever permanecer, seu

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destino, e sua escolha. Ele estava satisfeito com sua vida, ou pelo menos ele tinha estado até que ele conhecera a Dra. Tori Elliot. — Então nós acamparemos? — Perguntou ela. Quinn olhou para ela. Gatos sagrados! Ela estava linda em sua roupa nativa. Ele ficara atordoado quando a vira na roupa. Ele imaginou se ela sabia do efeito que os laços apertados tinham em sua parte traseira, puxando o material apertado por toda sua bunda. Ele quase gemeu ao se lembrar e teve um desejo insano de ficar para trás apenas para obter uma visão dela. — Sim, — respondeu ele, um tempo depois. Porra, mas ele não conseguia se concentrar em torno dela. Ele sabia que ele parecia duro, mas depois passar todo o percurso andando tão perto do perfume inebriante dela, ele estava prestes a enlouquecer de tesão. O encontro no salão do palácio apenas alimentara o seu desejo por ela. Ele não tinha planejado possuí-la assim, mas, quando ela não protestou, não pôde parar. Mais tarde, sozinho em sua casa, ele tinha ficado confundido com sua total falta de controle. — Ei, Tori! — Vitto chamou. Seu rosto sorridente virou no meio de uma rodada de gargalhadas. Ele acenou para ela se juntar a eles. — Tori, venha cá, você tem que ouvir essas histórias! Tori lançou um breve olhar para Quinn, antes de caminhar para a frente para se juntar aos homens. Grant estava rindo tanto que lágrimas se formavam nos cantos de seus olhos. Vitto sorriu. Reid estava rindo, mas

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um momento de preocupação passou por seu rosto quando ela se juntou a eles. — Ah, continue, — disse Grant, ainda rindo. — A Elliot aqui será como um homem, não é Elliot? — Sim, — ela falou lentamente, — Claro. O olhar de Reid se estreitou, enquanto ele a observava flagrantemente. Seus olhos pararam um segundo muito longo em seus seios e um sorriso de apreciação masculina atravessou seus lábios. Quando ele olhou de volta para ela, seus olhos dançavam com diversão. Sua testa se levantou e Tori teve a distinta impressão de que o olhar de convite masculino era mais para irritar Quinn do que para seduzi-la. Em um tom baixo de flerte, ele murmurou: — Ela se parece muito com uma mulher para mim. Tori corou, sabendo que ele dissera alto o suficiente para que Quinn pudesse ouvi-lo. Ouvindo um ruído, todos se viraram para ver Quinn levantando-se do chão. Ele tinha tropeçado. Seus olhos se encontraram e ele não estava sorrindo. — Cuidado com o caminho, irmão, — Reid falou com sarcasmo. — Ele tem uma tendência a saltar para fora de você. Vitto e Grant riram, mas esconderam sua expressão. — Não é o caminho, irmão, — Quinn respondeu. — É a parte traseira da sua cabeça feia. — Eu creio que você conhece mulheres que acham minha cabeça particularmente atraente

— , Reid respondeu não se deixando ser 177


insultado. Mantendo uma cara séria, acrescentou alegremente: — Assim como o resto de mim. Tori não pôde evitar. Ela deu uma gargalhada com a vaidade dele. Reid era tão cheio de si, e ainda parecia não levar a sério a si mesmo em nada. Quinn resmungou por trás deles. O sorriso de Reid apenas se ampliou. — Tudo bem, minha senhora, — disse Reid galantemente. — Afaste-se Reid, — Falke falou, sua voz cheia de aviso. — Eu não quero ter que afogar você no pântano. — Ah, você fique fora disso! — Reid respondeu de bom humor. Tori piscou em confusão e finalmente, concluiu que devia ser uma brincadeira privada entre irmãos. — Isso é entre a Dra. Elliot e eu. Eu não posso evitar se ela está atraída por mim. A boca de Tori caiu aberta com a audácia. Na verdade, ela pensava que Reid era engraçado. Ele era bonito, mas ela só conseguia pensar no príncipe temperamental andando bem atrás deles. Reid virou-se para ela e piscou. Para seu espanto, ela corou de novo. — Pare de flertar com Elliot e nos conte outra história, — Grant interrompeu. Tori olhava firme para frente. — Oh, deixe-me ver, — Reid começou, cantarolando suavemente em pensamento. — Quando Falke tinha, oh, vinte quatro anos mais ou menos, ele já estava no comando dos soldados e, sendo seus irmãos mais novos, Jarek, Quinn, e eu tivemos que treinar com ele. Bem, estivemos em 178


lâminas por cerca de um semana, quando Quinn decidiu que seria uma boa ideia pular a prática. Agora, entendo que Falke foi um real tirano e não tomou de bom grado o nosso não comparecimento. Quando ele contou ao nosso pai, o que, em retrospectiva, tinha o dever de fazer, o rei nos prendeu no calabouço por uma semana sem comida. Tori fez uma careta. Ela não tinha um parecer muito alto do Rei Attor para começar, mas ouvir que ele aprisionou alguém por uma semana sem comida apenas por ser jovem e detestável foi um pouco exagerado. O quão difícil deve ter sido para eles, crescendo com um tipo de homem emocionalmente distante como pai. Ela tinha tido muita sorte. Seus pais eram boas pessoas que deram a todos os seus filhos muito amor e incentivo. Vitto e Grant não pareceram ter sido afetados pelo fato, assim ela deixou passar. — Naturalmente, nós cansamos de escapar, — Reid continuou, rindo. — Quinn, sendo o menor, foi... hum... voluntário para o trabalho e... — Foi sua a ideia de pular, — Quinn afirmou por trás, sua voz não tão dura quanto antes. Reid suspirou dramaticamente com a interrupção. — E, se bem me lembro, vocês dois se voluntariaram empurrando-me através das barras do calabouço contra a minha vontade. — Pensávamos que você se encaixaria, — Reid respondeu, encolhendo os ombros. — Como saberíamos que você desejava ficar preso? — Eu não sei, usando a lógica? — Quinn voltou, rindo um pouco. Tori olhou para ele, um vislumbre do príncipe descontraído que ela conhecera. Seu coração pulou ao ver a expressão doce, suave em seu rosto. O que havia acontecido para torná-lo tão duro ultimamente? 179


— Ah, a lógica é superestimada, — Reid acenou de volta para ele. — Você só estava lá por três dias para deixar de ser um bebê. —Você jogou pedras no meu rabo o tempo todo, — Quinn devolveu. Vitto e Grant riram. A mente de Tori ainda estava presa no fato de que eles não tinham sido alimentados por uma semana. — Nós estávamos entediados. — Reid aproximou-se de Tori e disse: — Imagine, o pequeno bumbum magricela de Quinn pendurado para fora das barras. Você teria jogado pedras contra ele também. Tori riu, mais pela expressão facial de Reid do que por sua história. Reid voltou sua atenção para frente enquanto o caminho se estreitava. Ele fez um gesto galante para Tori ir à frente dele. Quinn assistiu irritado como o riso macio de Tori ecoava pela floresta. Ele queria que tivesse sido ele quem colocara o sorriso em seu rosto bonito. Ele franziu a testa para o irmão. A cabeça de Reid estava inclinada para o lado e não era difícil ver que ele estava olhando para as calças apertadas de Tori. Quinn aproveitou a oportunidade para colocar a mão no ombro de Reid, agarrando nele firmemente. — Cuidado, irmão, — Alertou, antes de recuar uma vez mais. 

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Capítulo 10 — Eu vi o seu olhar antes, — disse Reid, vindo sentar ao lado de Quinn no chão. Ele suspirou, olhando para o acampamento. Havia uma pequena fogueira e um par de tendas básicas. O céu estava amaciado por uma névoa de luz verde. Os três cientistas conversavam privadamente entre eles, debatendo sobre alguns papéis que tinham trazido com eles. Quinn olhou para Reid e suspirou, não querendo ouvi-lo. Ele sabia onde seu irmão queria chegar com isso. Ele amava Reid, mas agora estava irritado com ele. Reid havia passado o dia inteiro sendo ele mesmo, fabulosamente encantador, contando histórias, chamando a sua atenção algo que o homem fazia naturalmente. Apesar de sério sobre seu trabalho, ele tinha um ar divertido e descuidado que chamava as mulheres melhor do que um encanto mágico do amor. E ele tinha uma predileção por ter várias mulheres na cama, às vezes, ao mesmo tempo e não importava quem soubesse disso. Que Reid não entendesse o amor de uma mulher não surpreendia Quinn de modo algum. — Eu já vi isso acontecer a Kirill quando ele olhava para Ulyssa. — Houve uma pausa enquanto Reid olhava para Tori. Uma ligeira carranca cruzou-lhe as feições. — Eu não quero ver você cair na mesma armadilha. Um irmão acasalado por toda a vida é ruim o suficiente, mas dois? Parece como se não tivemos a destreza para lidar com várias mulheres em nossas camas. Além disso, você é meu irmão e eu me preocupo. Você não pode

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voltar à vida uma vez que o acasalamento foi feito. Certamente, você ia ficar cansado tendo na cama a mesma mulher o tempo todo. — Quem falou alguma coisa sobre um acasalamento para toda a vida? Assim que toda essa confusão acabar, ela se vai. Fim da história. Deixe-me concentrar sobre isso. — Quinn se abaixou, estendendo uma mão lançou uma rocha só para assistir o musgo preto ficar cinza no ar. Ele nunca tinha parado para contemplar o musgo em si antes de Tori lhe mostrar isso. Eles cresceram com isso. Agora, ele se questionava se havia realmente algo como o que ela dissera sobre aquilo estar lentamente matando o seu planeta. — Basta ser cuidadoso, irmão, — Reid explicou. — Você não deve se permitir a tornar-se iludido por um bom sexo. Então e daí se ela é boa na cama? Isso não significa que não há alguém melhor esperando para tomar o lugar dela. E se não melhor, pelo menos, diferente. Você se lembra o que nosso pai disse sobre variedade? Sem ela, um homem cresce frustrado e entediado. Com a frustração vem erros de julgamento. É mais uma razão para não se unir a ela. — Eu não estou me vinculando a ninguém. Além disso, não me diga o que fazer — Quinn respondeu um pouco áspero. — Certamente não preciso que você cite o que nosso pai disse. Eu sei que ninguém está dizendo isso, mas todos nós sabemos que essa bagunça em que estamos agora é culpa dele. Onde estava sua infinita sabedoria quando ele arriscou a vida do nosso povo, trazendo aquela arma maldita aqui? Gatos Sagrados! Se o povo soubesse de toda a verdade, eles provavelmente se revoltariam e matariam a todos nós. Se você procura fazer um ponto para mim, é melhor você não o fazer usando a sabedoria do Rei Attor! Afinal, a minha vida pessoal não é da sua conta. 182


— O que está acontecendo com essa família? Primeiro Kirill, agora você? Você honestamente acha que a pequena recompensa de ter apenas uma mulher bate a fraqueza de ser vencido por isso? — Reid correu sua mão pelo cabelo em sinal de frustração. — Não me interprete mal. Eu gosto bastante de nossa nova rainha e gosto da Dra. Elliot. Mas, por que não ficar com elas e ter outras esposas? Eu não entendo. — Você pareceu entender bem a minha atração o suficiente quando estava flertando com ela, — Quinn resmungou. — Eu a estava testando, provando um ponto. Ela não vai ser fiel a você. Ela tem uma responsabilidade, — Reid respondeu. — Eu não sou cego. Eu vejo como ela o ignora pelos machos humanos. Vocês não trocaram duas palavras um com o outro na caminhada de hoje. — Eu não quero, nem preciso que ela seja testada. — Os olhos de Quinn ficaram vermelhos com sua raiva. — Especialmente por você. — O quê? — Reid sentiu-se insultado. Nenhum deles havia se movido de lugar. — Receia que ela falhe? Tem medo de que eu seja capaz de conquistá-la para a minha cama com bastante facilidade? Quinn engoliu em seco e não conseguiu falar. De pé, ele se virou para olhar Tori. A atenção dela estava centrada em Vitto e eles estavam sussurrando. Eles, de fato, pareciam acolhidos, sentados juntos em um tronco caído. — Eu estarei de volta. Estou indo para uma caminhada. — Uma caminhada? — Reid repetiu. — Mas, nós acabamos de parar de andar. Quinn ignorou, caminhando furiosamente para dentro da floresta. Ele não queria ouvir a fodida lógica de Reid. Ele só queria sua vida de 183


volta do jeito como sempre fora, antes de Tori Elliot tropeçar nele. Queria rir e se sentir livre de novo. Rosnando, ele começou a correr. Ele realmente necessitava se afastar dela. Aquela cientista terráquea estava deixando-o quase louco.

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Tori suspirou, apreciando a cachoeira fria escorrendo sobre os seus ombros. A pequena piscina tinha sido esculpida na rocha lisa, matizada de vermelho, que preservou-a de

ficar contaminada pelos pântanos

circundantes. Só para ter certeza, eles a testaram antes dela entrar. O dia estava tão quente e, depois de caminhar por várias horas, as roupas dela tinha grudado desconfortavelmente à sua pele. Virando-se, ela deixou a água cobrir os seus seios. Ela estava tão limpa quanto poderia ficar, mas ela não conseguia se retirar da água. Sua cabeça se inclinou para trás, enquanto ela pensava no que ela estava fazendo no estranho planeta. Para sua surpresa, ela verificou que o seu relacionamento com Quinn a estressava mais do que o seu dever como uma cientista. Só pensar sobre ele fazia o seu coração doer e não havia nada que ela pudesse fazer para fazê-lo parar. Ela não podia executar testes, fazer gráficos, e desenvolver teorias. Pois no final uma coisa se mantinha constante — ela não sabia o que Quinn estava pensando. Tori odiava a incerteza. Era uma das razões por que ela adorava ser uma cientista. Gostava de ter um plano de ação. Gostava de encontrar uma solução para um problema. Mas, em toda sua vida, nunca enfrentara 184


um problema como fazia agora. Parte dela dizia que não tinha a menor importância o que ela fazia ou sentia, e que ela logo estaria partindo de Qurilixen e deixando Quinn para trás. Ouvindo um respingo perto da costa rochosa, se virou surpresa. Quinn veio até ela, andando através da piscina rasa até onde ela estava. Ele ainda usava suas roupas. Elas se grudavam sedutoramente à sua pele, onde a água espirrava em cima dele. Tori tentou cobrir os seios, enquanto ela dizia, — Quinn, o que você está fazendo aqui? Alguém pode nos ver. — Precisamos conversar, — ele respondeu. Seu rosto estava duro, não dando nenhuma pista enquanto ele andava até ficar em frente a ela. A brisa soprava seu cabelo indomável sobre os ombros. Seus brilhantes olhos azuis brilhavam com uma pitada de líquido verde dourado. Ele parecia feroz, selvagem. Seu coração acelerou em seu peito e os joelhos se enfraqueceram debaixo dela. — Sobre o quê? — Tori perguntou, sem fôlego. Um zumbido soava em seus ouvidos, fazendo ela se sentir fraca. Seu corpo lembrava sua última união no salão do palácio. Ela nunca tinha feito nada tão perigoso quanto estar com ele em público. Isso a excitou. Queria fazer isso novamente. Seus olhos mergulharam sobre a estrutura sólida dele. A brisa abraçava sua camisa em suas costas, chicoteando-a para frente e para trás sobre o estômago firme dele. — Nós. Ela estremeceu. A admissão não parecia trazer-lhe muito prazer. Isso só poderia significar uma coisa. Ele estava indo para quebrá-la 185


completamente. Tori não se moveu. Sussurrando, ela perguntou fracamente, — O que há sobre nós? — Como você faz isso? — Ele perguntou, sua expressão se tornando quase desesperada. — O que? — Tori se inclinou para trás, sem saber o que estava errado com ele. Os olhos dele se encheram de verde e as pupilas se alongaram levemente. Ela ofegou — Estimulada, com medo, excitada. — Eu estou tentando entender, — admitiu ele, com a voz baixa e suave. Seus olhos se estreitaram e se moveram para baixo de seu pescoço para os seios cobertos, como se estivesse a vê-los pela primeira vez. Por um momento, ele olhou para eles como um homem faminto. — O que eu fiz? — Tori perguntou novamente, aquecida pelo olhar possessivo dele em seu corpo. Ela se sentia muito exposta assim, parada nua diante dele. — Você não confia em mim de modo algum, confia, Tori? — Ele respondeu longamente. A mão dele ergueu-se como se fosse tocá-la, mas depois caiu para trás. — O que você está falando? — Tori tremeu. — Eu não entendo o que está acontecendo aqui. — Estou falando sobre testar o meu DNA pelo assassinato do Dr. Simon. Você poderia ter me pedido uma amostra de cabelo. Você não tinha que recorrer à mentira. Eu a teria dado a você livremente. Mas o que dói mais é que, depois de tudo que nós já passamos juntos, você pudesse acreditar que eu sou um assassino. — O peito de Quinn arfava, suas respirações saíam frustradas. — Eu quero saber... quando você e eu... foi 186


apenas para obter uma amostra de DNA de mim? Foi por isso que deixou que eu a possuísse na sala daquele jeito? Você estava apenas fazendo seu trabalho? — Não, Quinn, eu... sim, eu peguei uma amostra, mas não no corredor, não quando você pensa. — Um tom rosado subiu às suas bochechas enquanto ela lembrava de suas costas pressionadas contra a parede. — Foi antes, quando você me beijou no lado de fora do escritório de Kirill. Foi quando peguei a amostra. Quinn olhou para Tori, seu coração batendo em um ritmo estrondoso em seu peito. Quando ele tinha ouvido Grant e Vitto rindo sobre isso, ele tinha presumido que tinha sido na última vez que eles estiveram juntos. Saber que ela tomara a amostra antes mesmo que ela soubesse ao certo que tinha sido um Var que cometera o ato, piorava sua mágoa. Tudo mais que ele estava prestes a confessar para ela escapuliu e ele não conseguia falar. — Quinn, seu teste deu negativo. Não foi você, — disse ela, como se isso tornasse tudo melhor. Seus olhos arredondados olharam para ele. Quinn franziu o cenho. — Eu sei que não fui eu. Eu lhe disse isso, mas obviamente a minha palavra não foi boa o suficiente para você, foi Tori? — Não, na ciência... nós temos que deduzir logicamente... — Tori tentou explicar. — Isso não tem nada a ver com ciência, Tori. — Quinn não queria ouvir isso. Ela só pensava no trabalho! Esquecendo-se dele em favor do trabalho! Esgotando-se dele pelo trabalho! Ignorando-o pelo trabalho! Ele 187


estava cansado de ser o segundo pelo trabalho dela. — Nem tudo no universo tinha que caber em um belo pacote científico. — Mas... — Isso tem tudo a ver conosco... você e eu. — Os dedos de Quinn tocaram a sua bochecha, mas não acariciaram. —Tem a ver com você não confiar em mim quando eu lhe disse que não feri Simon. Você não acreditou que eu apenas o encontrei. Depois do que tínhamos passado juntos... — O quê? Eu deveria confiar em você porque tivemos sexo? Porque você... — A face de Tori ficou vermelha de raiva. Ela deixou cair as mãos dos seus seios para gritar para ele. Quinn disparou para a frente, agarrando-a mais ou menos em seus braços. A mão dele deslizou sobre sua face, emaranhando-se em seus cachos escuros molhados. Ele pressionou-lhe as costas na rocha, e rosnou cruelmente. — É só isso que é para você? Huh, Tori? É apenas sexo? Eu sou apenas outra conquista para preencher o seu tempo em algum planeta? Bem, se é isso que você quer de mim, é isso exatamente o que você vai ter. Quinn queria gritar pela dor que rolava dentro dele. Seus lábios empurraram para a frente, tomando-lhe a boca em um beijo machucado que deveria puni-la por fazê-lo sentir assim. Ele derramou toda a sua frustração sobre ela, separando-lhe os lábios com a língua, tão agressivamente que os seus dentes esbarraram nos dela. Os braços de Tori ergueram-se até os ombros dele. Ela o empurrou levemente para fazê-lo recuar. Ela tentou beijá-lo de volta, mas ele não a permitiu. 188


Cego de raiva, ele se libertou de suas roupas com uma mão, ainda prendendo-lhe a cabeça com a outra. Deixando livre sua ereção dura, ele colocou os seus lábios de volta. Mesmo agora, ele a desejava, precisava dela desesperadamente. Ele sentia um vazio, quando ela não estava por perto. Estava ficando pior com o passar dos dias. Ele estava sob um feitiço, o feitiço dela, e ele queria se libertar dele. — Quinn, — ela sussurrou. Quando ele olhou para ela, ela não parecia estar chateada. Ela parecia excitada. Era demais. As palavras dela saíram como um choramingo de sua garganta, implorando-lhe para continuar. Ele não conseguia parar mesmo se quisesse. — Ah, Quinn, por favor. Agora. Levantando-a contra a rocha, ele posicionou-se ao lado dela, suportando-a com suas mãos. As pernas dela se acomodaram em torno das costas dele. Seus dedos apertaram-lhe o ombro, agarrando-o forte enquanto ela se abriu para ele. Ela puxou seu queixo, erguendo a boca até a dela para que ela pudesse beijá-lo. Seu beijo foi suave em comparação com o dele. Quando ele entrou no calor de seu corpo, foi urgência o que ambos sentiram. — Quinn, — ela sussurrou, mais e mais. — Ah, Quinn, Quinn... O calor se enrolou dentro deles enquanto eles se juntavam. Ele se impulsionou duro e firme para dentro dela, tocando-a profundamente. Tori gemeu em sua boca e ele retornou o sentimento duas vezes mais alto. Seus quadris bombeavam selvagemente para dentro dela, pressionando-a de volta. Ela não podia escapar, não queria tentar. A tensão crescia, inundando-a entre as coxas. Os olhos dele a possuíam enquanto ele a olhava profundamente. Quando o corpo dele finalmente explodiu dentro 189


dela, ela gemeu, segurando-se em cima dele enquanto ela alcançava a sua própria libertação violenta. Um aplauso lento soou sobre a piscina de banho. — Maravilhoso espetáculo, meu príncipe! Tori gritou de surpresa, inclinando-se para olhar por cima do ombro de Quinn. O corpo dela havia se sentido tão maravilhoso pressionado contra o dele e agora aquele prazer se dissipou quando uns frios olhos verdes encontravam os dela, da costa. O homem estava sozinho. Sua estatura era menor para um homem Var com longos cabelos negros grisalhos que fluíam livremente sobre seus ombros. Mesmo sem o cinza, ela teria sido capaz de dizer sua idade instantaneamente. Havia uma carga estranha nele, como se ele tivesse poder, respeito, plenitude. Quinn deixou-a cair em pé e rapidamente atou suas calças. Por um momento, os seus brilhantes olhos azuis encontraram os dela. Ela viu a expressão dura no rosto e a tensão em sua mandíbula cerrada. Ela leu o aviso silencioso no seu olhar e assentiu. Ele virou as costas para ela para enfrentar o intruso. Tori viu os seus músculos se flexionarem, enquanto ele retirava a camisa e empurrava-a para ela. Grata, ela puxou-a sobre sua cabeça. Esta estava úmida e se grudou nas suas coxas, mas ela não se importou, enquanto puxava os cordões juntos para ocultar a sua nudez. Empurrando seu cabelo molhado para trás de seu rosto, ela tentou passar para seu lado. Sem sequer olhar, o braço dele disparou e impediu o seu progresso. Ele a empurrou mais uma vez para atrás das suas costas. — Lorde Myrddin, — Quinn disse, sua voz calma. Sua cabeça mudou quando ele assentiu. 190


Lorde Myrddin! Tori tentou inclinar-se para obter outro olhar do homem. Desta vez, quando Quinn empurrou-a de volta não foi tão gentil. Ela ofegou enquanto tropeçava na água, molhando a camisa ainda mais. — Meu príncipe, — Lorde Myrddin respondeu. Tori podia ouvir o sorriso em suas palavras, o desrespeito. Seu corpo se enrijeceu. Olhando o traseiro nu de Quinn, ela não podia evitar se sentir protegida. Ela calmamente se inclinou para espreitar entre o braço dele e a lateral, dobrando a cabeça para Quinn não ouvi-la fazendo isso. O homem no litoral não se tinha movido. — Estou curioso, meu príncipe. A respeito do mais óbvio. — Lorde Myrddin sorriu para eles significativamente, mas o olhar não foi agradável. — O que traz você nos meus pântanos sombreados? Tori estremeceu. Esse homem a deixava muito nervosa. — Nós estávamos a caminho de vê-lo, — Quinn respondeu. Sua mão se levantou para descansar em seu quadril, involuntariamente facilitando a visão dela. — Oh? — Os olhos de Lorde Myrddin encontraram os dela e ele acenou com a cabeça brevemente. Quinn enrijeceu. — Por que não permite que a sua senhora saia do esconderijo, meu príncipe, e nos apresenta? — Quinn? — Tori sussurrou. — Minha senhora não está preparada para companhia. Se meu Lorde tivesse a gentileza de voltar mais tarde, eu ficaria feliz de fazer a apresentação nesse momento. — O braço de Quinn se abaixou e ela franziu

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a testa. A voz dele soava com autoridade, enquanto ele se adiantava. Tori seguiu atrás dele. — Ah, se nós estamos acabando com as formalidades, então não vamos fingir ignorância. Eu suponho que você é a Dra. Elliot, que vem para nos salvar de nós mesmos? — Lorde Myrddin perguntou, levantando uma sobrancelha. — Meu irmão, o rei, requer que você se junte a ele no palácio. — Quinn não se moveu e Tori achou que isso era melhor do que falar. — Três príncipes nobres enviados para solicitar a minha presença? — O homem riu. — Parece um pouco suspeito, não acha? Por que não enviaram uma missiva para a minha casa? — Nós tentamos isso, — disse Quinn. — Não houve nenhuma resposta. — Ah, então não era um pedido, mas uma ordem. — Lorde Myrddin respondeu, acenando com a mão no ar. — Que interessante. O novo rei pensa em dar ordens para mim, um ancião. Eu estive no poder mais tempo do que ele tem respirado. — Ele é o seu Rei, — afirmou Quinn em advertência. — As coisas podem mudar, meu príncipe, — respondeu Lorde Myrddin. — Quinn? — A voz de Tori tremia quando ela tocou seu braço. — Seu pai era um rei. Ora, era um homem que sabia como governar. Ele era ousado, corajoso. Ele sabia o que tinha que ser feito e ele fazia isso, sem segundas intenções e sem remorso. O povo Var tem 192


esperado pelas ações dele, e ainda Kirill não agiu. — Um grande Var entrou na costa atrás de Myrddin. — Quinn, — Tori sussurrou novamente, se aproximando. Novamente, ele não respondeu, não se virou para olhar para ela. — Em vez disso, — Lorde Myrddin continuou, ignorando-a também, — ele tem uma rainha, enfraquecendo o trono e o futuro de Var. Ele vinga o seu pai tomando armas contra os Draig? Não, ele faz amizade com os nossos inimigos ancestrais, convida-os para sua casa, torna-os bemvindos, e negocia paz no salão de Attor! Ele os conduz para a minha terra, mostra-lhes nossos segredos. — O rei tem suas razões para o que ele faz. — Quinn deu mais um passo em direção à costa e Tori ficou bem atrás dele, tocando levemente o seu lado. — Quanto à sua terra, ela é do Rei por direito de nascença e ele pode ir para onde lhe agrada, com quem lhe agrada. Era necessário, para a segurança do nosso povo, bem como os Draig, para... —Tomando a nossa arma? Arruinando os nossos planos? — Lorde Myrddin perguntou, sorrindo. — Nós podemos ter outra arma e poder. Tudo o que você fez foi adiar o inevitável. Marque minhas palavras, com ou sem o seu irmão, a raça Draig será aniquilada. — Usar essa arma mataria os Var, tanto quanto os Draig, — Tori disparou, movendo-se para a frente. Quinn resmungou com raiva. Sua mão moveu-se para a frente para impedi-la. — Perdas aceitáveis na batalha que enfrentaremos, minha cara,— respondeu Lorde Myrddin. Seus olhos verdes frios mudaram, escurecendo com raiva e ódio. Amargamente, ele cuspiu, — Diga-me, meu príncipe, 193


você é companheiro de vida desta criatura, também? É difícil de acreditar que a linhagem do Rei Attor tenha se tornado tão fraca. É uma bênção que ele não está aqui para ver isso. Embora, se estivesse aqui, Kirill nunca teria se casado e os Draig já estariam mortos. Outro Var saiu da floresta, e depois outro. Logo a costa estava cheia deles. No fundo, Tori viu Vitto e Grant. Eles estavam amarrados e amordaçados. Seus corpos flácidos não se mexiam e eles estavam pendurados sobre os lados de uma criatura horrível de se olhar. A besta tinha um chifre central projetando-se de seu crânio, os olhos de um réptil, o rosto e os cascos de um animal de carga, e o corpo comparável ao de um pequeno elefante. — Três príncipes, todos entregues a mim, — Lorde Myrddin riu, o que fez com que os seus homens fizessem o mesmo. — Este é um dia muito feliz... para mim. Tori olhou para o seu irmão e Grant, sentindo-se doente. Ela queria ir até eles, mas seu caminho estava bloqueado por vários soldados corpulentos Var. Ela olhou para Quinn. Seus olhos escuros encontraram os dela por alguns instantes. Ele estava tentando lhe dizer algo, mas ela não conseguia entender. Ela não era treinada para estas situações. — Lorde Myrddin, — disse Tori, tentando argumentar com ele. — Por favor, deixe-nos ir. Você não quer isso. Somos cientistas da Agência de Inteligência Humana. Se nós desaparecermos, eles vão enviar um Exército atrás de nós para descobrir o que aconteceu. Eles já sabem sobre a caverna e eu relatei a situação do musgo negro. Você realmente quer todos aqueles estrangeiros aqui, invadindo seu planeta, encontrando o seu laboratório secreto dentro da caverna? Por favor, eu posso ajudá-lo. Diga-nos o que aconteceu no laboratório, o que você estava tentando fazer, e podemos 194


tentar reparar. Se não o fizermos, este planeta inteiro poderá estar morto dentro de uma década. Todo mundo ficou quieto por um longo tempo, olhando para ela. Tori engoliu, esperando que eles estivessem considerando a sua oferta. De repente, Lorde Myrddin desatou a rir. — Minha doce senhora, obrigado por sua oferta de ajuda. Como vê, eu já planejei que você iria me ajudar — juntamente com aqueles dois lá. — Ele apontou o polegar para Vitto e Grant. —Você é um dos motivos por que estou aqui. Tori empalideceu. — Você não vai desaparecer, Dra. Elliot, você está indo trabalhar para mim. — Lorde Myrddin ergueu a mão e acenou. Quinn rosnou, parcialmente transformado enquanto ele saltou da piscina para a costa. Suas garras brandiam como facas, ele girou para a garganta do Lorde Myrddin. Alguém antecipou o movimento e disparou contra Quinn no lado com um dardo. Ele caiu, instantaneamente enfraquecido, tendo retirado um pouco de sangue no rosto do Lorde Myrddin. O ancião não se moveu de lugar. — Seu estúpido...— Lorde Myrddin amaldiçoou, tocando seu rosto. Vendo o sangue, ele chutou o príncipe caído no intestino, com força. Quinn grunhiu. Tori gritou. Seus olhos dispararam para ela. Ela deu um passo para trás. Os homens Var pularam na piscina, cercando-a. Ela tentou se afastar deles e só conseguiu andar para trás de encontro a um deles, sendo capturada.

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— Solte-me! — Tori exigiu, chutando e lutando. — Quinn! Quinn grunhiu, mas ela não podia vê-lo. Tori lutou mais. Lorde Myrddin suspirou e passou por cima da costa para o estranho monte. Ele segurou a cabeça de Vitto pelos cabelos e ergueu-a. Tomando uma lâmina de seu cinto, ele assobiou para chamar a atenção. Tori viu o brilho da lâmina refletindo a luz solar e imediatamente entrou em pânico. — Coopere, Dra. Elliot, — Lorde Myrddin avisou, sem mesmo necessitar de dizer o resto da ameaça. Tori tremeu violentamente, apavorada além de qualquer coisa que ela já sentira. Mas, saber que Quinn estava perto lhe trazia algum conforto. Ela se virou para olhar para ele. O litoral estava vazio. Ele tinha partido. Lorde Myrddin deixou pender a cabeça de Vitto e voltou para a praia mais uma vez. Ele rosnou em indignação e, voltando-se para o homem mais próximo de onde tinha estado Quinn, atirou-lhe a faca no coração do homem. O soldado Var engasgou e caiu a seus pés. Ninguém se moveu para ajudá-lo enquanto ele morria quase que instantaneamente. Apontando para os guardas na piscina, ele ordenou: — Vão! Encontrem-no. Ele está drogado, então não poderá ter ido muito longe. Os homens que a prendiam, a soltaram. Ela ficou muito estarrecida para se mover enquanto todos eles correram para a floresta. Os restantes guardas ficaram na praia, sem se moverem para capturá-la. O rosto de Lorde Myrddin transformou-se em vermelho, enquanto ele apontava para o soldado morto e dizia: — Alguém se livre dele. 196


Tori balançou, sentindo-se desmaiar. Seus olhos enchiam-se de água enquanto ela olhava para a praia. Ele a tinha deixado. Quinn a tinha deixado. — Venha, — Lorde Myrddin disse, sua voz se amaciando. — Não deixe que tudo isso assuste você, minha senhora. Desde que você se comporte, você será uma convidada em minha casa. Vai ser tratada com gentileza, receberá alimento, abrigo. — Com... comportar?— Ela gaguejou, sentindo-se muito fria e úmida. Quando ele acenou para a frente de novo, ela deu um passo tremendo para ele. Melhor usar suas pernas do que ser arrastada. —Tudo a seu devido tempo, Dra. Elliot, — ele acalmou. — Tudo a seu tempo. Venha, vamos aquecê-la em primeiro lugar.

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Quinn apertou seu corpo contra a árvore, segurando o tronco enquanto tentava não cair. Ele estava acima do chão, escondido nos galhos. A droga que eles tinham lhe dado era potente, mas no momento sua vontade era mais forte. Levou toda ela para não cair e, consequentemente, ser capturado. O rosto pálido de medo de Tori, não o deixava. Ela parecia tão frágil, tão confusa quando o fitara da piscina rasa. Mas, ele pensou com orgulho, ela tentou bravamente negociar com Lorde Myrddin e não se

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deixou ser capturada sem luta. Quinn riu severamente e foi a lembranรงa dela que o manteve se segurando.

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Capítulo 11 Tori encarou Lorde Myrddin, odiando-o com todo o seu ser. Ele era um homem mau. Se duvidava disso antes, ela sabia agora. Lentamente, ela balançou a cabeça em negação. Não havia nenhuma maneira que pudesse fazer o que ele pediu. — Mate-me se quiser, mas eu não posso fazer isso por você. De jeito nenhum terei nas mãos um genocídio. — Como pode ver, eu não estou exatamente certo do que significa a palavra genocídio, Dra. Elliot. — Lorde Myrddin respondeu, acenando com a mão. Seu longo manto púrpura girou em torno de seus pés, enquanto ele andava. Ele estava vestido semelhante a Quinn e seus irmãos, mas sua roupa era apertada e não tinha laços que mostravam pedaços da pele. Anéis adornavam seus dedos e um fecho de prata mantinha as longas madeixas de cabelo fora de seu rosto. Pelo que ela sabia, ele deveria ter várias centenas de anos, talvez um dos mais antigos Var que ela já havia conhecido. Pela estimativa humana, não parecia ter mais de quarenta anos. Era um homem bonito – em um estado completamente demente, que tinha enlouquecido há 300 anos atrás, aproximadamente. Ele deu uma risadinha, e acrescentou: — E, honestamente, eu realmente não me importo. Os olhos de Tori se estreitaram sobre ele. Eles estavam no castelo, lar de Lorde Myrddin, em seu obscuro estúdio. A claridade da lareira brilhava sobre eles, dando a única luz. A lareira era enorme, dominando o quarto com sua presença. A pedra escura refletia o humor do homem diante dela muito bem. Já havia visto antes castelos semelhantes em livros de história na Terra. Sentia-se pequena sob os intimidantes tetos altos. Sem dúvida, essa foi a intenção do ancião quando ele os projetou. 199


Lorde Myrddin tinha várias esposas, muitas das quais haviam esperado por ele, desde sua chegada. Elas caminhavam em torno dele na ponta dos pés, seus olhos sempre no chão, enquanto mantinham um sorriso afetado e se inclinavam. As mulheres se recusavam a falar com ela, recusavam-se a ajudá-la. As lamentáveis criaturas pareciam mais como se tivessem sido espancadas até a submissão ao invés de respeitosas. Tori estremeceu. Ele queria terminar algum experimento que tinha começado há quase um século. Apenas com muito boa vontade, ele disse a ela sobre como os cientistas originais o tinham desafiado, prendendo a guarda na gaiola da caverna do laboratório, ao lado do homem Draig no qual eles tinham sido forçados a usar para experimentos. Obviamente, pelos ossos que eles haviam descoberto, os homens não tinham sido soltos, mas trancados e deixados para morrer de fome. Os cientistas desafiadores foram capturados e lentamente torturados, antes de finalmente encontrarem o seu fim. Tori tinha a nítida impressão de que Lorde Myrddin lhe contara a história, em detalhes horripilantes, para assustá-la. Funcionou. Ela estava apavorada. Mas como poderia concordar com o assassinato de uma raça inteira? Isso ia contra tudo o que ela já havia feito como cientista. — Oh, tudo bem, — Lorde Myrddin disse, acenando indiferente com a mão, como se estivesse desistindo. Tori piscou, imaginando o que ele iria fazer. — Eu cansei de pedir gentilmente. Eu até disse por favor. No entanto, se você insiste em fazer desta forma divertida, então eu vou ter que jogar também. 200


— O que você quer dizer? — Tori engoliu em seco, sentindo o sangue drenando do rosto. Ela poderia apenas supor o que este homem consideraria divertido. — Guardas! Tori se sacudiu quando a porta abriu. Ela virou-se, ofegante de medo. Golpeados e feridos, Vitto, Grant e o príncipe Reid foram arrastados para dentro da sala por vários guardas. Tori se sentiu mal do estômago. Era óbvio que eles tinham atravessado o inferno. Suas mãos estavam atadas atrás das costas, e eles pareciam como se não tivessem comido pelos três dias que tinham estado no castelo. Pelo menos tinha estado trancada em um quarto com uma cama e comida. Ela esperava por Falke, mas ele estava faltando. O terror a golpeou. Onde estava o príncipe Falke? — Oh, tsk, tsk, por que tal face preocupada, Dra. Elliot. Você não está se divertindo? Você queria jogar duro, por isso estamos jogando duro. Lorde Myrddin passou por ela, sua mão deslizando sobre seu ombro, fazendo-a se esquivar para longe dele. Ele simplesmente riu, satisfeito, enquanto se aproximava dos homens. Ele os estudou por um momento, deixando cair sobre a sala o silêncio, interrompido apenas pelas respirações pesadas e o fogo crepitante. Finalmente, ele olhou para ela por cima do ombro. — Não é isso que você queria? O que você acha que aconteceria quando você negasse o meu pedido tão simples? — Matar não é um pedido simples, — ela sussurrou com voz rouca. 201


— Oh, aí é onde você está errada. — A sobrancelha de Lorde Myrddin subiu em desafio. Ele sorriu e caminhou novamente por toda a sala, não tocando-a desta vez, quando passou. Tori fechou os olhos e estremeceu. Ela o ouviu atrás dela e moveu-se para vê-lo desembainhar uma espada da parede. Ele estudou a lâmina afiada, deixando o fogo laranja se refletir em sua superfície brilhante. — Matar é talvez um dos atos mais simples. Tão fácil de fazer, tão impossível de se reverter. — Você é um monstro, — Tori cuspiu, olhando para ele. Ela estava apavorada para fazer algo mais, especialmente quando ele girou a espada na mão, preguiçosamente mostrando que sabia como usá-la. — Sim, mas isso não vem ao caso, não é doutora? — Mais uma vez ele riu. — Deixe-a em paz, Myrddin, — Reid rosnou, saltando para frente contra suas restrições. — Você não tem briga com os humanos. O ancião franziu a testa e fez sinal para os guardas. Um guarda agarrou a cabeça de Reid e o outro o golpeou no estômago. O príncipe caiu no chão, gemendo. — Então, Dra. Elliot, — Lorde Myrddin continuou como se não tivesse havido interrupção. Ele ergueu sua espada e lentamente apontou para cada homem, por sua vez. — Qual deles será? Você gostaria de decidir ou eu faço isso? Tori ofegou de forma irregular, voltando-se para olhar para os três prisioneiros. Todo o seu corpo tremia. Ela não poderia demorar muito. Os olhos dos homens encontraram os dela. Os de Grant estavam inchados, quase fechados. Reid balançou a cabeça, dizendo-lhe que não, implorando202


lhe para não desistir. Os lábios de Vitto se separaram, mas ela não poderia dizer o que ele falara. Ela não tinha escolha. Não podia empurrar Lorde Myrddin mais longe, pois ela não tinha dúvidas de que ele cumpriria suas ameaças. Fraca, sua voz era um sussurro sem fôlego quando disse: — Coloque a sua lâmina de volta, meu senhor. — Desculpe-me, doutora? — A voz de Lorde Myrddin cresceu. — Eu não pude ouvir. — Eu disse, — ela rangeu os dentes, voltando-se para olhar para ele, embora ainda tremesse violentamente, — guarde a sua lâmina. — Você fará? — Ele perguntou, balançando a espada para a frente e para trás levemente. Tori concordou rapidamente. Um lado de sua boca curvou-se. — Muito bem, Dra. Elliot. — Eu preciso da ajuda do Dr. Grant e do Dr. Vitto, — disse Tori, tentando parecer calma, enquanto mentia. Ela provavelmente poderia fazer isso sozinha, mas ela não quis deixá-lo saber disso. — Dr. Grant é especialista em pesquisa de DNA e o Dr. Vitto é o único que foi treinado para operar alguns dos nossos equipamentos. Somos um time e podemos trabalhar muito mais rápido se houver três de nós. Caso contrário, poderia me levar meses, talvez um ano ou mais para fazer o que você pede. — Está feito, — disse ele, apontando para os guardas. Eles cortaram as amarras, liberando os dois cientistas. Vitto e Grant esfregaram suas mãos e joelhos, gemendo em uníssono. Tori correu para eles, tentando examinar suas feridas sem feri-los. Olhando para Reid, ela sussurrou: — E

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eu quero que você libere o príncipe Reid e o príncipe Falke. Eles vão darlhe a sua palavra que nada vai acontecer com você por isso. — Ah, não. — Lorde Myrddin colocou a espada de volta na parede, rindo. — Mas, eu aplaudo a sua audácia em tentar. Eu admiro uma mulher com coragem. — Então eu quero que você deixe-me cuidar dos seus ferimentos e que eles sejam alimentados. Ou isso, ou você pode fazer a sua própria arma maldita! Esses são os meus termos. Tori parou, sabendo que não havia muito que ela pudesse fazer por Grant e seu irmão no momento. Ela precisava de um laser médico, um kit de primeiros socorros, ou algo assim. — Muito bem, eu vou aturar você por enquanto, Dra. Elliot. Você pode cuidar deles. Mas, se você não fizer progressos razoáveis, eu serei forçado a renegociar nosso acordo. — Sua voz abaixou, enquanto ele se acercou. Seu rosto se aproximou do dela, e ele olhou seus lábios, como se fosse beijá-la. Suavemente, com a boca um fio de cabelo de distância dela, ele disse, — Eu não sinto satisfação machucando você, Dra. Elliot, você é uma mulher muito adorável e eu abomino cicatrizes em coisas bonitas.— Sua boca mudou-se para seu ouvido. — Mas você não precisa de suas pernas para ser capaz de fazer o trabalho. Estamos entendidos? Tori assentiu, incapaz de olhar para ele diretamente, estando ele tão perto. — Bom. — Lorde Myrddin virou-se para os guardas e ordenou: — Leve-a e os dois cientistas para o laboratório, para que eles possam começar. E mostrem ao príncipe Reid o seu... quarto.

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— Mas você disse... — Tori começou a protestar, enquanto Reid era mais ou menos arrastado. Ele parecia tão agredido, tão derrotado. — Eu disse que você poderia cuidar deles, Dra. Elliot, mas eu não disse quando. Você vai ter a sua chance, tão logo você me dê o que eu quero. Depende de você agora. Se eles morrerem, será sua falha. Então eu sugiro que você trabalhe rápido. — Lorde Myrddin virou as costas para eles e caminhou até sua mesa. Os guardas agarraram o seu braço e puxaram-na para frente, quando ela não se moveu rápido o suficiente. — Homens como você sempre receberão seu castigo! — Ela gritou, olhando furiosamente para ele. Ela desejava com todo o seu coração que Quinn estivesse aqui. Ela não tinha certeza do que ele seria capaz de fazer, mas sua proximidade iria trazer-lhe conforto. Não, isso era egoísmo. Se ele estivesse aqui, seria tão maltratado quanto os outros. Foi uma coisa boa que tivesse corrido quando pôde. Lorde Myrddin riu. Suas palavras sombrias a seguiram, enquanto ela era forçada a entrar em um corredor estreito. — Desculpe minha querida, mas na realidade isso não acontece.

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Tori olhou para o guarda Var por cima do ombro. Ele estava parado do outro lado das barras da cela gigante, observando-a através das colunas

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de ferro. O guarda a olhou. Tinha estado olhando-a, desde que eles vieram para o laboratório. Ela conhecia bem a fome em seus olhos. Ele a desejava e aquilo a aterrorizava. Lentamente, ele lambeu os lábios, fazendo-a tremer de medo e repulsa. Ela pensou em Quinn. Quando fechou os olhos, ela quase podia senti-lo por perto. Seu coração gritou por ele, querendo-o. O cérebro dela temia por ele, e silenciosamente pedia que ele ficasse longe, muito longe do mal. — Ignore-o, Tori, — Vitto disse, colocando uma mão em seu ombro. Ela virou os olhos arregalados para ele e assentiu, antes de ir para onde Grant se sentara. Eles ainda estavam machucados, mas depois de serem alimentados e limpos, pareciam melhor, embora um pouco fracos. O laboratório era na masmorra do castelo de Lorde Myrddin. Ela não tinha dúvida de que ele os colocara ali propositalmente. A sala estava empoeirada e cheirava mal, longe de ser um ambiente científico ideal, mas eles poderiam tornar o lugar adequado. Eles tinham passado por Reid em sua cela para chegar a deles. Os olhos do homem suplicavam aos deles para não fazê-lo. Mas, como ela poderia não fazer? Ela não conseguiria condená-los à morte. Mas, se ela o fizesse, ela condenaria toda uma raça à morte. Ela poderia viver com ela mesma se ela permitisse a morte de Vitto, Grant e os dois príncipes? Ela poderia viver com ela mesma se ela deixasse uma raça inteira de pessoas inocentes morrerem? Tudo o que ela podia fazer era rezar por um milagre, rezar para que Quinn tivesse escapado. Pensar nisso a fazia querer chorar. Seus olhos umedeceram e havia uma dor profunda no peito. Quinn já poderia estar morto.

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— Nós não podemos fazer isso. — Tori disse, inclinando-se sobre Grant e fingindo prestar atenção ao que ele estava fazendo. Ele estava procurando o sequenciamento para o musgo preto, tentando descobrir o que os cientistas antes deles tinham feito. Os equipamentos que lhes foram dados eram velhos, provavelmente retirados do laboratório dentro das cavernas. O guarda fez um som agressivo. Ela se virou, percebendo que ele a tinha ouvido e disse rapidamente — Este equipamento é velho. Vai demorar mais tempo. Pergunte ao Lorde Myrddin se ele tem algo mais recente que possamos usar. O guarda olhou para ela por um longo tempo. — Tudo bem, mas quando ele me perguntar por que não podemos trabalhar mais rápido, eu estarei lhe dizendo que você não relatou o nosso pedido. — Tori deu de ombros e virou o rosto em direção a Grant. Ela fechou os olhos e permaneceu dura, esperando. — Muito bem — o guarda disse vagarosamente. Ela suspirou, olhando para trás por cima do ombro assistindo ele sair. Tori pegou um pedaço de papel e escreveu: — Sala com escutas? Não fale. Grant, você precisa obter o sequenciamento do musgo preto e trabalhar para ver se podemos matá-lo. Vitto e eu precisamos fazer uma representação de tentativas de progresso. Ambos os homens assentiram. Tori respirou fundo e começou a rasgar o papel em pedaços minúsculos, soltando-os em todo o chão sujo. Em voz alta, ela disse: — O guarda estará de volta em breve. Eu preciso saber o que vocês pensam. 207


—Você é a chefe, — Grant disse. — Nós vamos fazer o que nos mandar. — Vitto? — Tori perguntou. — Sim, Tor, o que você disser. — Vitto respondeu. — Tudo bem rapazes, eu não tenho desejo de morrer aqui. Vamos fazer isso e esperar que possamos sair deste planeta antes da maldita arma ser liberada. Ademais, ninguém nunca vai saber o que fizemos. — Você está certa, Tori, nós não pertencemos aqui. Este não é nosso problema. — Vitto respondeu. — A AIH nos forçou a vir. — Sim — Grant disse. — Não é nosso problema. Eles cavaram suas próprias sepulturas. Eu só quero ir para casa agora. — Você acha que Lorde Myrddin vai nos deixar partir daqui? — Vitto perguntou, parecendo assustado, embora seu rosto estivesse duro, enquanto olhava a sua irmã. Todos sabiam que a pequena peça que eles encenavam era apenas isso, uma peça de teatro. — Se não... se tivermos de ficar aqui, é melhor estar ao lado do diabo do que na frente dele.— Tori Respirou fundo. Ela queria Quinn. Ela o queria agora! — Se fizermos como ele diz, ele vai provavelmente nos manter vivos. Então, vamos fazê-lo feliz e começar a trabalhar. Os três assentiram silenciosamente. Tori e Vitto moveram-se para começar os testes e ver onde os cientistas pararam. Grant virou-se para o computador, tentando recuperar arquivos antigos. Eles não se falaram novamente.

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Quinn estava tenso de raiva, enquanto se escondia da visão do castelo de Lorde Myrddin. A pedra negra subia sobre os pântanos, proibitivamente coberto por um musgo verde, parecendo como se a pedra velha crescera dos pântanos que a cercava. O desamparo da situação o devorava, até que ele não conseguia dormir, não conseguia comer, e não conseguia pensar em nada, além dela, Tori. Ele se lembrou do seu rosto, enquanto ela estava no córrego. Seus olhos tinham lhe implorado por proteção, mas ele estava indefeso no chão. Ele tinha sido incapaz de salvá-la e se amaldiçoou por causa disso. Se ele não tivesse estado tão preocupado em tentar descobrir os sentimentos dela por ele, poderia ter se focado no que acontecia ao seu redor. Ele gostaria de pensar que, se sua cabeça estivesse clara, ele teria sido capaz de protegê-la. Por isso, ele tinha falhado. Cheio de remorso, ele se lembrou de suas palavras sobre o costume terráqueo de matar e de trazer um feroz urso de pelúcia como uma oferta de um encontro. Ele lhe dissera que era bom escolher um homem que pudesse defendê-la contra tais animais temidos. Tinha sido um bom conselho quando dera, e continuava a ser um bom conselho ainda. Ele, obviamente, não era a melhor pessoa para protegê-la. Quando estava perto dela, a emoção tomava conta e ele não pensava direito. Ele só podia supor que isso era o que o Rei Attor queria dizer, quando falou sobre o amor ser uma fraqueza. A forma como se sentia, o jeito que mal conseguia se concentrar, a maneira como ela constantemente dançava em seu cérebro - isso não era bom. Foi transformando-o em um 209


louco. Ele não podia pagar o preço de estar tão preocupado com ela. Ela não pertencia ao seu mundo. Não pertencia a ele. Ele não queria admitir isso antes, mas agora não tinha escolha. Quando sua atribuição estivesse terminada, a Dra. Tori Elliot precisaria ir. Era o melhor para ambos se o fizesse, pois ela estaria segura e ele recuperaria sua sanidade. Quinn franziu o cenho. Ele odiava que tivesse sido forçado a deixála, mas não teria trazido nenhum bem para qualquer um deles, que tivesse ficado preso. A droga, que Lorde Myrddin atirara nele, levou bem mais de um dia para se desgastar. Ele se escondeu no alto da árvore, enquanto pôde, antes de decidir que era seguro descer. Mudando para sua forma de puma, ele tinha encontrado um pequeno esconderijo dentro da floresta para se deitar. Tinha dormido, incapaz de ajudar a si mesmo, enquanto a droga finalmente tomava conta do seu sistema. Quando acordou, desorientado e com uma dor de cabeça enorme, ele tinha tropeçado seu caminho de volta ao palácio Var, mantendo-se em quatro patas. Mesmo com a resistência e a velocidade de sua forma de puma, a caminhada levou três vezes mais do que deveria. Kirill encontrouo no portão lateral, e tomou menos de uma hora, antes que eles estivessem prontos para sair de novo. Perscrutando por toda a floresta de onde ele se encontrava agachado, Quinn lentamente acenou para seu irmão. Kirill estava em sua forma de pantera negra. Sua expressão era rígida de raiva. Ele sabia que o rei temia pelos príncipes capturados e pelos cientistas humanos. Nenhum deles tinha suspeitado que Lorde Myrddin fosse tão longe quanto tinha ido. 210


A cabeça de Quinn ainda doía, mas a pura determinação o impedia de prestar atenção a ela. Um rugido cresceu em sua garganta, mas ele segurou. Estava com tanta raiva que seus membros sacudiam. Seus irmãos estavam dentro do castelo de Lorde Myrddin. Tori estava lá dentro. Seu coração apertou dolorosamente em seu peito. Ele se sentia doente, ouvindo o eco da voz dela em sua cabeça. Quinn... Olhando para o outro lado, ele assentiu para Treven, que estava em forma humana. O soldado acenou com a cabeça de volta. Treven era um shifter tigre, e um dos melhores soldados que tinham. Apenas os três tinham vindo. Se Lorde Myrddin guardasse o palácio, não veria um exército de gatos perversos, marchando fora dele. Aos poucos, todos os três transmorfos rastejaram para frente, prontos para atacar. Saltando para cima, Kirill e Quinn pousaram, cada um em um guarda, colocando seus dentes afiados em suas gargantas, para impedi-los de gritar. Eles não romperam a pele, mas os mantiveram presos ao chão em advertência. Treven imediatamente injetou nos homens uma substância para dormir. Os irmãos mantiveram os dentes no pescoço dos guardas, até eles se renderem. Não havia nenhuma razão para matar, a menos que eles fossem forçados. Quando isso acabasse, cada um dos homens de Lorde Myrddin teria um julgamento justo, em relação ao seu papel nesta traição. Os príncipes pularam para trás e se transformaram novamente em homens nus e orgulhosos, enquanto se moviam para a frente, através dos portões do castelo. Eles estavam acostumados a perder suas roupas cada

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vez que se transformavam em batalha. Apenas seus olhos permaneceram como estavam, com pupilas estreitas, com a visão superior do felino.

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Quinn deslocou-se em quatro patas, descendo o longo corredor para o calabouço. Os príncipes tinham passado muito tempo visitando a casa de Lorde Myrddin com seu pai, quando eram crianças, e ele encontrou o caminho com facilidade. Farejando o ar, ele seguia, com o nariz no chão, movendo-se para a frente com graça mortal, enquanto passava por uma cela vazia. Ele sabia que seu irmão estava perto, podia cheirar. Colocando uma pata à frente, ele avançou para perto do guarda, mordendo a perna dele. O homem gemeu baixinho de surpresa e não caiu. Quinn se transformou, deixando-o ir, enquanto se levantava. Quando virou a esquina completamente, Reid estava com seu braço saindo de entre as barras, seu cotovelo bloqueando a garganta do homem. Em sua mão livre, ele segurava a espada de sua cintura. — Você demorou, — Reid resmungou. Um grande hematoma púrpura cobria a lateral de sua face, mantendo um olho fechado. Seu lábio estava inchado e coberto de sangue, mas este conseguiu se contorcer em um sorriso acolhedor. Ele reforçou seu domínio sobre a garganta do guarda até que o homem desmaiou. — Gatos Sagrados, Reid! — Quinn respondeu em cumprimento, agarrando a espada de seu irmão e levando-a para a tranca. — Você está cheirando pior do que um ceffyl podre, flutuando nos pântanos sombrios. 212


— Ele parece ser do seu tamanho. Quer suas roupas? — Reid perguntou. Quinn pegou o guarda inconsciente e o arrastou para dentro da cela. — Onde está Tori? — Myrddin forçou-a a fazer algum tipo de experiência. Vamos até lá. — Reid correu pelo longo corredor. Quinn não se preocupou em se vestir, enquanto seguia nu atrás dele. De repente, ele parou e fez sinal para Reid. Quinn cheirou o ar, indo para frente. Garras surgiram de seus dedos. Seu coração saiu de seu peito. Medo, como ele nunca tinha sentido, agarrou-o em suas garras. Ele cheirava sangue, o sangue de Tori. 

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Capítulo 12 — Não! — Tori gritou, sacudindo a cabeça, enquanto tentava jogar o corpo entre Grant e o guarda Var. Seus olhos voaram para Lord Myrddin. — Pare, nós vamos fazer! Nós dissemos que iríamos fazer! Eu não estava reclamando. Mas precisamos de um equipamento melhor. A sobrancelha de Lorde Myrddin se elevou em seu rosto rígido. Tori apontou para o guarda. Um rosnado baixo soou na parte de trás da garganta do homem. — Eu não sei o que ele disse, mas tudo que eu pedi foi por um equipamento melhor. — Tori disse, mantendo-se entre Grant e o Var. — Mas você pode fazê-lo? — Lorde Myrddin perguntou. Tori assentiu. — Sim. Eu tenho que fazer alguns testes, mas posso fazê-lo. Ela não estava mentindo. Os cientistas que trabalharam antes deles, tinham concluído a sua tarefa, só tinham se esquecido de informar sobre isso a Lorde Myrddin. Eles tinham projetado o perfeito assassino biológico, alterando geneticamente a vegetação natural do Pantanal, para produzir o musgo negro. Eles o tinham apelidado de Rastro Negro, porque rastejava lentamente, espalhando-se subterraneamente através da crosta do planeta e cobrindo-o, minando o solo de nutrientes como um parasita. Todo o planeta poderia já estar infectado. Logo, as plantações morreriam, a água se tornaria inconsumível, e depois todo o planeta se tornaria uma zona morta. 214


Os cientistas deveriam saber que seriam necessários pelo menos cem anos para o musgo preto crescer ao ponto de ser detectado na superfície. Poderia ter sido por isso que eles fugiram. Sem dúvida, o senhor Myrddin não teria ficado feliz com esta previsão. — Para trás. — Myrddin ordenou ao guarda. O homem imediatamente recuou. O ancião deu um passo à frente, sua garra expandiu ao tamanho de seu dedo indicador, enquanto andava. Sua longa capa roxa espalhou-se atrás dele, flutuando. — Quanto tempo? — Um mês, — Tori mentiu. Lorde Myrddin desdenhou. Ele moveu a garra, cortando o seu rosto. Tori ofegou, sentindo a dor do corte. Ela segurou sua bochecha com a mão, tropeçando para trás. Novamente, ele perguntou: — Quanto tempo? Tori não foi tão rápida para responder. Ela engoliu em seco. — Eu não... —Três dias, — Grant afirmou de costas. Lorde Myrddin virou-se para o homem. Tori fechou os olhos apertados. — Um mês com este equipamento aqui, mas podemos provavelmente tê-lo pronto em cerca de três dias, se formos para esse laboratório na caverna. Tori sabia que Grant estava correto. Somente na caverna, eles poderiam parar a fonte do musgo e, consequentemente, a contaminação das populações inteiras de Var e Draig. Lorde Myrddin estava louco por pensar que podia brincar de Deus, escolhendo matar uma raça e poupar outra. As armas biológicas não discriminavam as pessoas como ele. — Reúna o que você precisa, — Lord Myrddin afirmou.

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— Agora? — Tori perguntou, o sangue escorrendo entre os dedos. — Algum problema, Dra. Elliot? — Lorde Myrddin perguntou. — Não, não há problema. — Tori e Grant fizeram um gesto para Vitto. Eles começaram a reunir os suprimentos. De repente, um rugido ecoou, vindo do corredor. Tori piscou, voltando-se para ver Quinn correndo nu em direção a cela. Por um momento, ela ficou atordoada, incapaz de se mover de seu local no chão, enquanto olhava para ele. Seu corpo glorioso, de pele bronzeada, saltou para o ar, em direção a Myrddin. — Diga-me porque eu não deveria rasgar seu coração traiçoeiro de seu peito! — Quinn rosnou, mantendo-se meio transformado. O ancião voltou-se, golpeando Quinn na lateral, para evitar o ataque. — Quinn! — Tori gritou, olhando em volta, procurando uma maneira de ajudá-lo. Tudo aconteceu tão rápido, que ela mal podia acompanhar. Os corpos de Lorde Myrddin e de Quinn se moviam com graça fluídica, enquanto eles combatiam. Quinn disparou à frente, agarrando o pescoço de Myrddin e fazendo brotar uma pequena pérola de sangue. Myrddin rosnou. Sua idade e força eram confrontadas contra a paixão do lutador mais novo. Quinn levava vantagem, mas era pequena... As garras de Myrddin atingiram seu braço, fazendo o sangue fluir. O príncipe não pareceu notar. Tori gritou, pronta para pular nas costas de Myrddin e defender Quinn. Ela se preparou, pronta para interferir. Um guarda saiu voando pela passagem, atrás das grades. Reid explodiu, ao virar a esquina, para ajudar seu irmão contra Myrddin. 216


O lascivo guarda Var, esquecido naquele breve momento de insanidade, agarrou-a por trás, segurando uma garra estendida pela artéria. O guarda gritou para obter a atenção deles, enquanto angulava o corpo de Tori para todo mundo ver. Sua voz era um rosnado mortal, quando falou: — Deixem-no ir, ou ela perderá a vida. Tori tremia, ofegante: — Ah, Quinn. —Para trás, — o guarda cuspiu. Sua garra bateu contra a carne e ela ficou com muito medo de se movimentar. Um som fraco deixou sua garganta. Os olhos redondos encontraram o olhar firme de Quinn. Ela retirou força dele. O rosto de Quinn era duro e ela sabia que ele estava preocupado. Com um rugido alto, ele soltou Myrddin. Tori choramingou novamente, quanto o guarda empurrou-a diante dele. O coração de Tori disparou ao saber que ele tinha vindo por ela. Mas, ela não podia ir com ele. Não agora. Ela precisava de acesso ao laboratório da caverna, às informações armazenadas lá. A maneira mais fácil era através de Lorde Myrddin, para levá-la e dar-lhe acesso. Se ela saísse, ele poderia selar a caverna e eliminar as provas. Então, toda a esperança para Qurilixen estaria perdida. O guarda arrastou-a para trás, até que eles estivessem perto de Lord Myrddin. — Venham, — disse Lorde Myrddin a Vitto e Grant. — Não, — Tori sussurrou. O Var rosnou em advertência. — Eu não preciso mais deles. Eu posso fazer o resto sozinha. 217


O guarda puxou Tori para fora da cela. Ela assistiu, enquanto Lorde Myrddin bloqueava todos os quatro homens dentro. Os duros olhos deles os seguiram. Os lábios dela tremiam, enquanto gesticulava com a boca a palavra, — Quinn. — Não se preocupem, — Lorde Myrddin disse aos seus novos prisioneiros. Seu riso era cruel e soava sem coração. Ela assistiu Quinn desaparecer da vista, enquanto era puxada para baixo, através do corredor. — Vou mandar o meu comitê de recepção aqui, para lidar com todos vocês, em um momento. Tori ofegou, lutando para ser livre. O guarda atingiu-a na parte de trás da cabeça, nocauteando-a completamente.

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Quinn segurou as barras da cela, apertando-as violentamente. Ele assistiu em desamparo, enquanto Tori foi novamente tirada dele. De repente, seu choramingo parou. Ele congelou, aterrorizado. Balançando as barras com força renovada, ele rugindo em indignação. Sua única esperança era se Kirill encontrasse e parasse Lorde Myrddin a tempo. Seu coração batia dolorosamente no peito. O rosto dela tinha sido marcado com sangue e ela estava pálida, muito pálida. Mas, Gatos Sagrados, se ela não tinha parecido bem! Apenas vê-la com vida deu-lhe conforto. — Aqui. 218


Quinn virou-se para Vitto, que lhe estendeu um jaleco. Ele olhou para baixo, percebendo que ainda estava nu, e colocou o casaco sobre os ombros. — Nós precisamos sair daqui. — Nós olhamos. Essa é a única maneira. — Grant respondeu, apontando para a porta trancada. — Não podemos ficar aqui... Tori. — Quinn começou. — Kirill está com você? — Reid perguntou. — Treven e Kirill estão com Falke. Ele estava sendo torturado. Eu disse a eles para levá-lo para casa. — Eles se foram. — Quinn engoliu. Mais uma vez, ele bateu nas barras, sacudindo-as violentamente. — Eu tenho que chegar a Tori! — Nós não podemos. — Grant acrescentou. — Ainda não. Quinn voltou-se contra ele, ultrajado. — O que quer dizer com não podemos? Grant olhou desamparado para Reid. Quinn estava pronto para atacar. Reid aproximou-se e colocou uma mão no braço de seu irmão. — O que você quer dizer? — Reid perguntou, mais calmo. — Tori não quer que a gente faça isso. Ela sabe o que está fazendo. — Disse Vitto, hesitando, enquanto os olhos apaixonados de Quinn se voltaram contra ele. — Ela ainda se sente mal por Simon e pensou em nos proteger. Além disso, Lorde Myrddin levou-a para as cavernas, para o laboratório de lá.

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— O musgo preto é uma arma biológica, criada pelos cientistas de Myrddin, a cerca de cem anos atrás. — Grant interrompeu. Quinn trocou um olhar com o seu irmão. — Este tem se disseminado abaixo da superfície de seu planeta, praticamente adormecida, porém sua taxa de crescimento está começando a acelerar. Primeiro, ele irá contaminar sua água e o solo, devorando-os como um parasita, então a sua vegetação e finalmente, quando não tiver mais para onde ir, ele vai começar a comer animais, pessoas... algo orgânico que não esteja morto. Neste momento, ele estará em toda parte. Qualquer coisa que o tocar, irá morrer. Este planeta será parecido com os pântanos sombreados, porém pior. Tori sabe que se não parar isso, o planeta inteiro morrerá. Este material pode permanecer dormente por centenas de anos. Nada nunca vai prosperar aqui novamente. — Há quanto tempo você sabe isso com certeza? — Quinn perguntou, rígido. Seu coração batia de medo — medo por Tori e medo por seu povo. Como ele poderia escolher entre os dois? Seu coração instantaneamente disse a ela, mas ele tinha visto a forma como ela lamentara pelo Dr. Simon. Se a salvasse, só para assistir tudo o que ele amava morrer, ela morreria também. Ela nunca conseguiria viver com a culpa e, possivelmente, nunca o perdoaria. Esta qualidade, a abnegação, era uma das razões pelas quais ele a amava. Quinn congelou, sentindo a cor drenar de seu rosto. Amor? Será que ele...? Ele respirou fundo uma vez, depois outra. Sim. Ele a amava. Amava. Ele a amava. A verdade bateu-lhe no peito como se fosse um tolo. Ele deveria saber disso o tempo todo, desde o salão, quando ela o interrompera e Linzi. Ele não tinha sido capaz de pensar em outra mulher desde então. Isso explicava porque estava pensando nela como um louco, porque ela invadia a cada um de seus sonhos. Ele a amava. E ele não fora capaz de salvá-la. 220


— Após os testes iniciais que fizemos no musgo negro, nós suspeitávamos que era uma ameaça, mas não tínhamos certeza do quão ruim era ou de onde ele vinha. Pensamos que podia ser uma mutação ecológica que normalmente é inofensiva e apenas um pouco irritante. Mutações ecológicas são geralmente a causa de um desequilíbrio natural, que é facilmente corrigido. Mas, então, quando vimos a caverna, sabíamos que fora feito pelo homem. — Vitto foi até a mesa e levantou uma pilha de dados. — Aqui está toda a informação que você precisa. — Mas... — Quinn disse, sentindo-se impotente. Ele a amava. Ele amava a Dra. Tori Elliot e estava perdendo-a. Seu cérebro corria desenfreado, enquanto tentava se concentrar. Ele tentou se concentrar, tentou empurrá-la do seu coração, mas ela não queria ir. Isto era o que seu pai queria dizer. Era sobre esta loucura que o Rei Attor advertira seus filhos. Avançando, ele tomou os dados de Vitto, incapaz de lê-los, uma vez que se turvavam diante de seus olhos. — Não podemos arriscar a vida dela, não por isso. Tem de haver outra maneira. — Não no período de tempo que temos. — Vitto respondeu. O homem parecia aflito pela admissão. Quinn notou o rosto pálido e suas mãos trêmulas. Este homem se preocupava com Tori, profundamente. Ele tinha sido muito ciumento para perceber a profundidade disso. Reid adiantou-se e deu-lhe um olhar interrogativo. Quinn meneou a cabeça e recusou-se a responder. Agora não era o momento para uma das palestras de Reid. Erguendo o queixo e endurecendo a si mesmo, Quinn ordenou: — Diga-nos tudo.

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Tori olhou para o laboratório subterrâneo, distraidamente sentindo o sangue seco em sua bochecha. O ferimento era superficial, mas ainda doía. O musgo parecia mais grosso, mais negro do que da última vez que ela o tinha visto. Um cheiro estranho pairava no ar. Ela estava quase com medo de entrar. — Estou curioso, doutora. No que é que eles estavam trabalhando para mim? — Lorde Myrddin perguntou, vindo por trás dela. Ele estudou sua mão, assistindo sua garra crescer e retrair, diante de seus olhos. — Dardos? Uma pílula? Tori respirou fundo, e sussurrou, honestamente. — Morte. Lorde Myrddin riu. — A morte de todo o seu planeta. — Tori virou-se para ele. O guarda estava lá fora, observando a entrada da caverna, então eles estavam sozinhos. — Se eu não parar isso, este planeta vai morrer e tudo o que será deixado para você governar, será um terreno baldio de sua própria criação. — Você não vê o grande projeto, Dra. Elliot. Aqueles que me jurarem fidelidade, viverão. É por isso que eu preciso de um antídoto, assim como a doença. — Seus olhos se voltaram para ela, cravando dentro dela, fazendo-a se sentir doente. — Doenças como essas nunca podem ser contidas. Elas se transformam, permanecem dormentes por anos. Em breve a cura que temos não será o caminho certo. — Os olhos de Tori imploravam a ele. Ela se moveu, como se fosse tocá-lo, mas ao final se retraiu. — Por favor, reconsidere. 222


— A menos que você me ajude, todos os seus amigos irão morrer. Pense na recepção de herói que você receberá, quando trabalhar para mim, curando os pobres camponeses de Var de suas doenças. Você vai ser famosa, reverenciada como uma salvadora. Você terá mais poder e respeito do que poderia sonhar ser possível. — Lorde Myrddin passou por ela e um rosnado predatório soou na parte de trás de sua garganta. Ela piscou, olhando enquanto uma tela de computador surgia da parede. Ela estava branca e limpa, em contraste contra o fundo coberto musgo. O Var rosnou novamente, falando na linguagem da sua terra natal. O computador ligou. Então, gesticulando para ela avançar, ele recuou. Os passos de Tori estavam hesitantes enquanto ela atravessava a sala. Seu corpo tremia. Ao redor, o musgo parecia vivo, contorcendo-se, parecendo se esforçar para alcançá-los. A mão de Lorde Myrddin se ergueu para tocar o seu rosto. Ele a acariciou gentilmente, correndo os dedos sobre seus cabelos. Seus lábios roçaram o corte, beijando-o levemente. — Faça isso, Dra. Elliot, e você terá minha proteção. Serei rei e você vai viver como uma rainha. — Não consigo me concentrar com você falando. — disse ela sombriamente, olhando para a tela com tanta força, que não conseguia vêla. Lorde Myrddin riu e lhe virou as costas, obviamente confiante que ela não era nenhuma ameaça. Tori procurou ao redor por uma arma. Viu uma longa barra no chão e a agarrou. Sem um momento de hesitação, ela ergueu a barra, apontando à cabeça de Myrddin. Ela balançou a arma, enquanto ele se virava, mas era

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tarde demais. A barra acertou-o na têmpora. Ele tropeçou para o lado, mas se endireitou. Tori oscilou-a de novo e de novo, pensando em Quinn preso na prisão, enquanto ela lhe batia no ombro, nas costelas, no punho. Ela ouviu um estalo de osso e parou. Lorde Myrddin caiu de joelhos, pingando sangue. Tori ofegou por respiração, a adrenalina bombeando através de suas veias. Os olhos de Myrddin estavam vidrados, quando olhou para ela. Hesitando levemente, ela balançou a barra mais uma vez, batendo em sua cabeça. Ela ouviu um crack, antes de assisti-lo cair no chão. — Oh, Deus. — Ela suspirou, ficando enjoada. Ela arfou, tremendo violentamente com o que tinha feito. A barra de metal caiu de seus dedos. Nunca tinha ferido outro ser vivo em sua vida. Ela nunca tinha pensado que tivesse isso dentro dela. — Oh, oh, Deus, me desculpe. Sinto muito. Sinto muito. Engolindo em seco, ela correu para o computador e vasculhou os dados até encontrar o que procurava. Os cientistas sabiam o que tinham feito e haviam deixado pistas para ela encontrar a cura. Olhando por cima do ombro, ela certificando-se que Lorde Myrddin ainda estava caído. — Um anel? Eles deixaram um anel? — Ela murmurou, confusa. Então, se lembrou de haver pego um grande círculo de metal de uma das escrivaninhas. Estava no palácio. Lorde Myrddin gemeu atrás dela. Girando sobre os calcanhares, ela olhou para ele. A mão dele disparou para agarrar seu tornozelo. Ele gemeu novamente. Para seu horror, o musgo preto tinha se espalhado por sobre o 224


rosto e corpo dele, migrando para suas feridas. Ela chutou e seu aperto enfraqueceu, soltando-a. Ele gritou, enquanto o musgo comia-o vivo. Tori saiu correndo do laboratório, cegamente tentando ver o outro lado da caverna escura. Ouvindo passos que se aproximavam, ela se escondeu atrás de uma pedra. O guarda passou por ela, seu corpo delineado pela luz proveniente do laboratório, enquanto ele entrava. Tori

fez

uma

corrida,

trombando

e

tropeçando

pelo

caminho, até ver a entrada iluminada. Seus membros tremiam, enquanto se puxava para cima, através do buraco. — Pare! — O guarda gritou atrás dela. Tori correu mais, tentando chegar à entrada. Ela tropeçou através da grande caverna, para a abertura estreita que conduziria ao exterior. — Você gwobr, volte aqui! Tori parou na entrada. Era uma longa distância até o chão. Antes que ela pudesse se virar, uma mão empurrou-a por trás, derrubando-a para fora da caverna. Ela caiu através do ar, gritando enquanto despencava para a morte.

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Quinn ouviu o som do choro de Tori, através da floresta. Ele correu mais rápido, seu elegante corpo esticou-se em quatro patas. Felizmente, seu irmão não o tinha escutado e havia voltado, enviando Treven para casa com Falke. Ele poderia ter beijado Kirill, enquanto ele destrancava a porta da

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cela. Em vez disso, tinha corrido, passando por ele, imediatamente seguindo o rastro de Lorde Myrddin e de Tori. Quinn sabia que era errado, mas ele escolhera Tori. Ele escolhera a vida dela em detrimento de todas as outras coisas que amava. Juntos, eles encontrariam uma maneira de lutar contra qualquer loucura que Myrddin tivesse iniciado. Mas, ele escolhera salvá-la. Como ele poderia fazer qualquer outra coisa? Ele só teria que rezar a todos os seus deuses para que depois que estivesse segura, ela pudesse reverter o que Lorde Myrddin tinha feito. O coração dele batia forte. A gritaria não parou. Indo para a entrada da caverna, ele viu Tori caindo, seus braços agitando-se no ar. Seu coração parou de bater. Ele se lançou para a frente, transformando-se no meio do salto e agarrou-se à ela. O corpo dela se sacudiu, batendo contra ele duramente, quebrando sua costela, enquanto eles colidiam. Tori pousou em seu estômago, enquanto caiam no chão. Quinn tocou o rosto dela e, em seguida, olhou para a caverna. Ele viu o homem de Lorde Myrddin olhando para eles. — Myrddin? — Ele rosnou, avaliando se ela estava bem. — Morto, — ela sussurrou, seus lábios tremendo, os olhos vidrados. — Não se mova, — Quinn ordenou. — Os outros estão atrás de mim. Tori concordou, abalada, assustada e confusa.

Quinn se

transformou, subindo facilmente a inclinação rochosa. O guarda deixou cair uma pedra, errando-o por pouco. Ela observou o corpo de Quinn passar ao 226


seu lado, em direção a caverna. Gritos soavam alto, mas ela mal podia compreendê-los, através de seu cérebro entorpecido. Tori estremeceu, incapaz de se mover. Suas pernas estavam como geléia. Quinn a tinha salvo. Mas não era apenas porque estivera perto de morrer que se assustou. Quando ela olhou suas mãos, viu o sangue, o sangue de Myrddin. Tinha respingado em cima dela. Lágrimas encheram seus olhos. — Dra. Elliot? Ela piscou, olhando para cima. Reid olhou para ela, através dos olhos inchados e cheios de preocupação. Kirill estava atrás dele. Com suas mãos tremendo, ela apontou para cima, mal capaz de fazer o gesto do seu lugar no chão. Kirill e Reid se transformaram, deixando cair suas roupas enquanto subiam para se juntarem ao seu irmão. O corpo do guarda foi jogado para fora da caverna, antes que os gatos chegassem ao topo. Tori ouviu o forte baque atrás dela. Ela sentiu a tontura e o desmaio. A negritude nadou em sua cabeça e ela a acolheu, mergulhando na escuridão.

Capítulo 13 Quinn observou Tori enquanto ela dormia. Seu corpo descansava ao lado dela na cama. Eles estavam em sua suíte e ele se recusou a sair do 227


seu lado uma vez que os médicos do castelo a examinaram. Ele teria ficado para o exame, mas saiu enquanto trabalhavam. Ele passou uma mão suave sobre o curativo na bochecha. O corte estava limpo e se curaria. Tinha sido selado com um laser médico. Com exceção de alguns arranhões e o trauma pelo qual ela tinha passado, ela estava bem. Tori não tinha se mexido desde que ele a levara para casa. Tinha sido um grande espetáculo, o príncipe nu carregando a médica caída através das portas frontais do palácio. Ele riu levemente, lembrando os rostos atordoados e sussurros apressados. Falke estava na cama. Ele havia sido muito cortado, mas poderia se curar com o tempo. Reid estava bem e disposto, da última vez que Quinn o tinha visto, ele estava sendo atendido por duas meninas do harém, choramingando como um bebê para chamar a atenção. Ele sorriu com isso. Reid nunca mudaria. Dr. Vitto e Dr. Grant também receberam atenção médica. Eles estavam um pouco doloridos, mas se recuperariam. Enquanto olhava para Tori, Quinn sabia o que ele sentia por ela era real. Ele havia estado disposto a arriscar o seu povo para salvá-la. Eles ainda poderiam estar em risco. Fechando os olhos, ele sussurrou: — Por favor, Tori. Acorda baby, acorda. Uma batida suave soou na porta. Quinn sentou-se na cama e olhou através da suíte. Vitto entrou, seu braço estava em uma tipoia. O príncipe acenou para ele em uma saudação silenciosa. — Como ela está? — Vitto perguntou em sua voz macia, preocupado. — Ela se moveu? 228


Quinn balançou a cabeça em negação. Ele observou preocupação e estresse passarem no rosto do homem. Era claro que ele se preocupava por ela. Movendo-se para se levantar, ele disse: — Vou deixar vocês dois sozinhos. Vitto assentiu. Ele foi para a cama, sentando-se ao lado de Tori. Sua mão estendeu-se para acariciar o curativo em seu rosto. Sair do quarto era difícil, mas Quinn forçou-se a ir. Enquanto ele fechava a porta, ouviu Vitto sussurrar, — Eu te amo, Tori, mas então me ajude se você der um golpe como aquele de novo, eu vou fazer você se arrepender do dia em que você nasceu.

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Tori bocejou, piscando enquanto as grossas cortinas de veludo entraram em foco. Esfregando os olhos, ela se sentou. Um momento de confusão passou por ela, até que ela se lembrou das cavernas. Ela olhou para suas mãos, surpresa ao encontrá-las limpas. Tremendo, ela olhou em volta e retirou as cobertas de suas pernas. Ela estava sozinha e ela estava nua. Fracamente, ela se arrastou até o final da cama, movendo-se para pegar uma pilha de roupas que havia sido deixado para ela. A camisa azul atada com laços com bordados em ouro ajustavam perfeitamente à sua pele, mas não se importava. Ela escorregou para dentro das calças enquanto se levantava da beira da cama, atando-a enquanto tropeçava descalça por toda a suíte. A 229


mente dela focada, agarrava-se ao trabalho que deveria fazer para que não tivesse que parar e pensar em outras coisas. — Siren, — ela chamou, sua voz rouca. — Eu preciso de você contate o Dr. Vitto e Dr. Grant. Diga-lhes que necessito a sua assistência imediata. — Sim, Dra. Elliot, — o computador central respondeu mormacento. — Localizando Dr. Vitto e Dr. Grant. Contato completo. — Obrigado, — Tori respondeu em crescente distração. — E, Siren, mais uma coisa? — Sim, Dra. Elliot? — O príncipe Quinn, ele está... ferido? — Sinto muito, Dra. Elliot, esta informação é restrita ao nível um de habilitação de segurança. — Pô, Siren! Apenas me diga, — Tori gritou. — As funções de vida dele estão normais? Não houve resposta. — Tudo bem, eu vou descobrir por mim mesma. — Tori invadiu toda a suíte e moveu-se para puxar e abrir a porta. Esta não se mexeu. Ela apertou a tranca, trancando e destrancando-a. Ela puxou a alça. Ela permaneceu sem se mexer. — Sinto muito, Dra. Elliot, — Siren ronronou. — Mas, você não é muito educada. Acredito que você me deve um pedido de desculpas. E,

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apenas entre nós, meninas, por que você não me diz o que está lhe incomodando? Estou programada com funções psiquiátricas avançadas. Tori teria rido se ela não estivesse presa em um quarto, refém de um computador sensível que queria usar seus dotes em psicanálise com ela. Poderia esta tarefa se tornar ainda mais bizarra? De repente, ela riu. — Ok, Siren, tudo bem. Você quer conversar, vamos conversar. Mas primeiro, quero acesso ao DNA. — Concedido, Dra. Elliot, — Siren respondeu. Tori sorriu em cinza satisfação. Ela caminhou até suas malas e tirou uma folha de papel. Era a seqüência de DNA do Quinn. Ela tinha retirado da sala de Grant e guardara-o. Ela sabia que isso era um pouco estranho, mas para uma cientista isso era quase tão bom quanto uma foto dele. — Siren, por favor, me diga onde eu posso encontrar o correspondente ao portador deste DNA. — Tori segurou o papel para cima. — Seqüência combinada encontrada no harém, Dra. Elliot, — Siren ronronou. — Identificando o pesquisado como... Desculpe-me, Dra. Elliot. Esta informação é restrita ao nível um de segurança. — Isso está perfeitamente correto, — Tori respondeu. Sentia-se como seu coração tivesse sido arrancado de seu peito. Quinn estava no harém? A cabeça dela parecia fraca, tonta. A suíte girou. — Dra. Elliot, gostaria de ter aquela conversa agora? — Siren perguntou. Tori assentiu, se virou e caiu em um monte amassado no chão.

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Quinn empurrou a garota do harém de seu braço enquanto estudava Reid. Seu irmão, deitado nu sobre seu estômago, estava desfrutando das mãos capazes de três mulheres muito bonitas, muito nuas. Quinn olhou as mulheres. Elas não tinham feito nada para ele. Tudo o que podia pensar era Tori. — Mm, Quinn, você realmente deveria tentar isso, — Reid gemeu. Seus lábios se curvaram em um sorriso acanhado. — Mm, um pouco mais baixo... ah, é isso. Aí mesmo. Duas mulheres massagearam o traseiro de Reid. Quinn virou. Não era uma memória particular que ele gostaria de manter. — Dra. Elliot acordou? — Reid perguntou, antes de gemer. —Ah, fácil, fácil. Eu sou mercadoria delicada, você sabe. — Desculpe, meu senhor, — uma menina do harém amuou. — Está melhor? — Ah! Por que você pouco perversamente... — Reid parou de falar em meio a risadas das mulheres. — Você está ocupado. Eu estou indo. — Quinn afastou-se dele, não se atrevendo a voltar ao redor e ver. Verdade fosse dita, ele tinha vindo ao harém para ver Reid porque ele não tinha outro lugar para ir. Falke 232


estava inconsciente. Kirill estava dormindo com sua esposa. Dr. Vitto estava com Tori e Dr. Grant estava sendo atendido por Linzi. Pensando nas palavras de Vitto, ele fez uma pausa. Ele tinha ouvido por si mesmo. Vitto amava Tori. — Meu senhor, você está ferido também? Quinn piscou. Levou um momento para ele perceber que duas mulheres estavam ao seu lado. Uma corajosamente agarrou seu membro, enquanto a outra pressionava o corpo dela firmemente ao longo de suas costas. Reid sorriu conscientemente atrás dele. Quinn deixou-as tocá-lo por um momento, perguntando se ele deveria tentar dormir com elas. No entanto, à medida que elas continuavam a acariciá-lo, seu corpo não se excitou. Ele não sentia nada por elas, nem mesmo o menor sinal de excitação. Ele franziu a testa, balançando em torno de seu irmão. — Gatos Sagrados! — Quinn rosnou, os olhos piscando em fogo. Reid se ergueu com surpresa. — Quinn? O que é isso? O que há de errado? Quinn rugiu e saiu do harém, sem se preocupar em responder.

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Tori tentou se concentrar. Seu traseiro estava ferido e ela jurava que Siren devia tê-la sacudido com um feixe de laser, quando ela desmaiara. Quando ela se ergueu do chão, Siren afirmou inocência, mas a porta estava destrancada. Seu coração se partiu, pensando em Quinn no harém, mas ela tinha assuntos mais importantes para cuidar primeiro. Virando-se para Vitto, ela sorriu fracamente e lhe entregou o anel de metal. — Pelo que me lembro, se derreter isso e injetá-lo no chão perto das cavernas isso deve trabalhar em matar o musgo. Deve, pelo menos, comprar-nos tempo suficiente para analisar as propriedades e nos assegurar de que tudo se foi. O musgo é suposto estar completamente conectado. Eu estou supondo que o musgo sob a rocha é o lugar de onde ele veio se infiltrando a partir do solo. — Tori, — Vitto começou. — Nós... Tori balançou a cabeça. — Não, eu não quero discutir isso. Eu só quero tomar este cuidado. Estou pronta para concluir esta tarefa.

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— Tori? Posso entrar? Tori virou em sua cadeira, empurrando-se da mesa. Ela usava um robe. Este se mantinha fechado por um cinto, mas se abriu para revelar suas 234


pernas. Seu coração pulou ao ouvir a voz de Quinn e ela não se preocupou em se cobrir. Empurrando seu cabelo molhado para trás de seu rosto, ela olhou para ele. Ele estava na porta de sua suíte. — Eu bati, você não respondeu, — disse ele, entrando. Ele hesitou na porta, olhando para ela, deixando seus olhos vaguearem para baixo sobre o corpo dela. Tori queria memorizar cada detalhe dele. Ela queria nunca esquecer um único momento do tempo deles juntos. Eles tinham terminado o antídoto e estariam saindo de manhã para experimentá-lo. Os testes preliminares em laboratório tinham sido notáveis. Em uma hora, as amostras de solo contaminado foram injetadas, e restauradas a um solo superficial primário. Se tudo desse certo, os três cientistas poderiam estar indo para casa até o final da semana. O trabalho do AIH estava concluído, tudo, excetuando o relatório final. Mas Tori poderia escrevê-lo a partir de suas anotações, dentro do navio que viria buscá-los. Qurilixen, esperava-se, sobreviveria ao musgo negro. E, se o musgo alguma vez voltasse, o Rei Kirill poderia contratar uma nova equipe para acompanhar a situação. Ela estaria deixando-o com uma documentação completa para tal caso. — Kirill queria que eu contasse a ele que está mantendo todos longe das cavernas até que tenham sido tratadas. — Quinn deu um passo à frente e novamente hesitou. Ele se virou, fechando a porta suavemente atrás dele. — Ele também gostaria de estender a sua gratidão a você e aos seus colegas por tudo o que vocês fizeram por nós.

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Tori se levantou, dando um passo em direção a ele e depois um outro. Seu manto fechado em torno de suas pernas. — E você? O que você está pensando? — Eu gostaria de agradecer a você também, — ele sussurrou. Parecia que ele queria dizer mais, mas não o fez. Tori assentiu. Ela foi subitamente arrebatada à frente para dentro dos seus braços, enquanto ela corria a distância para estar perto dele. As lágrimas entraram em seus olhos enquanto ela atirava os braços em volta do seu pescoço. Ela não tinha certeza por que estava chorando, ela simplesmente estava. — Eu o matei, — ela sussurrou, desamparada e tão perdida. Uma barragem se quebrou dentro dela e somente nos braços de Quinn ela sentia — se segura. — Eu o matei. Eu só queria detê-lo e eu o matei ao invés disso. — Ele mereceu isso. Eu teria feito o mesmo, — Quinn sussurrou, acariciando o cabelo molhado que descia pelas costas dela. Os ombros dela tremeram violentamente. — Não é minha decisão fazer isso, — Tori fungou. — Eu não posso brincar de Deus. Eu não posso! E-Eu o matei. — Shhh, — Quinn acalmou-a. — Você fez o que tinha que fazer. Você salvou um monte de gente. — Não, você não entende, Quinn, — ela tentou se afastar, mas ele não a soltou. Seus braços á abraçaram mais apertado e ela deixou, necessitando de seu conforto mais do que tudo. — Sou uma cientista.

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Tenho que salvar vidas, torná-las melhor. E-Eu preciso de você para me beijar. Apenas me beije, Quinn, por favor. A luta drenou a força de seus membros. Ela pressionou-lhe a boca, queimando-o com seu beijo apaixonado. Tudo o que ela tinha passado desde que chegara a Qurilixen correu sobre ela, oprimindo-a. A única coisa boa que ela podia encontrar em toda a confusão de emoções era Quinn. — Ah, — ela suspirou, afastando a sua boca, ofegante. Suas mãos deslizaram sobre o corpo dele, lhe rasgando a camisa enquanto ela empurrava-o por toda a suíte para a cama. — Preciso que você me faça sentir. Eu preciso sentir qualquer coisa, menos tristeza. Eu só quero esquecer. Quinn não resistiu. Sua mão resvalou no cabelo dela, trazendo-lhe os lábios mais uma vez para os seus. Ela gemeu enquanto sua longa língua rolava em sua boca, tornando seus joelhos fracos. Seu robe caiu de lado com a insistência gentil, expondo seu corpo a ele. Seus dedos exploraram todos os lugares de uma vez, seus seios, a barriga, seu estômago, parte de suas costas. Quando eles finalmente chegaram à cama, Tori puxou os lábios para longe e continuou rasgando as roupas dele, até que ela o tivesse despido completamente. Sua ereção permanecia, excitando-a, fazendo-a se esquecer de tudo, com exceção dele. Ela caminhou lentamente ao redor dele, esquivando-se das mãos dele, enquanto ele tentava agarrá-la. Ela adorava a aparência dele, a curva forte de sua espinha, escondida entre os músculos gloriosamente lisos. Seus quadris eram finos, mostrando sua bunda incrível. Tori atingiu a frente, tocando-o, apertando suas bochechas levemente. O estômago dela se apertou. A umidade 237


agrupando-se entre suas coxas, preparando o seu corpo para ele. Ela o queria, sempre o quis. Deixando o robe deslizar para fora dos seus braços, ela tremeu enquanto este caia ao chão. Explorou as costas dele, as pernas, os quadris, tocando-o em toda parte. Por todo o tempo em que ela fazia seu percurso, ele estava ofegando descontroladamente. Os olhos dele mudaram para verde em sua paixão. Tori colocou seu dedo no queixo dele e lentamente desenhou para baixo sobre sua garganta. Para sua surpresa, os olhos dele se escureceram e o corpo dele deu um solavanco, enrijecendo enquanto ela continuava a deslizar a mão no meio do peito. Inclinando a cabeça para o lado, ela assistiu seu dedo circular o seu umbigo. O calor irradiava do corpo dele, mexendo seu sangue. Ela o sentiu como se ele já estivesse dentro dela, parte dela. As mãos de Quinn se levantaram como se quisesse tocá-la, mas ele as puxou de volta, deixando-a assumir a liderança. Tori sorriu, movendo as mãos para seus quadris, e caiu de joelhos diante dele. Ela pincelou a língua sobre seu eixo rígido, brincando com a ponta até que ele gemeu e implorou enlouquecido por mais. Seus lábios se enrolaram em torno dele, sua língua rolou, sua boca sugou, seus dentes roçaram. Ele era grande demais para caber em sua boca, então suas mãos se levantaram para ajudar, acariciando-o, brincando com os globos macios que ela encontrou embaixo. De repente, ele ficou tenso, gemendo alto e longo, enquanto ele se trazia de volta do limite.

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Quinn agarrou-a pelos braços e levantou-a. Um riso rouco veio da garganta dela enquanto ele a jogava facilmente na cama. Ela saltou sobre o colchão macio. — Você é demais, — ele rosnou, rastejando sobre ela com uma graça aerodinâmica. — Você me leva à distração. Tori tremia, seu corpo trabalhava com antecipação. Quinn parecia enlouquecido enquanto ele vinha por cima dela. Os joelhos dele escovaram em suas coxas abertas e ela não resistiu. Seus braços fortes ligeiramente dobrados nos cotovelos. Ele abaixou a boca para capturar a dela, beijando-a com um calor selvagem que a consumiu. Ele se empurrou para frente, levantando enquanto mergulhava dentro dela. Seus gemidos compartilhados encheram a suíte. Ele se sentiu tão bem, tão certo. Tori não queria parar nunca. Ela encontrava o corpo dele enquanto ele se movia dentro dela, confiante e seguro, deslizando para dentro e fora de suas profundidades umedecidas. O corpo dela caiu para frente então ele ficou deitado em cima dela, apoiando o seu peso nos cotovelos. Tori encontrou seu beijo. Dedos deslizavam pelo corpo dela, passando-lhe a perna por cima do ombro dele para que ele pudesse ir ainda mais fundo. — Tori, — Quinn gemeu em sua boca, uma e outra vez. A tensão crescia. Ele bombeou mais rápido. Sua perna circundou atrás das costas dele, tomando-o mais profundo, mais forte. As costas de Tori se arquearam para fora da cama, seu corpo tão perto de encontrar 239


satisfação. Ela tentou lutar contra isso, não querendo que o prazer terminasse. Com uma força súbita que lhe roubou a respiração e entorpeceu sua mente, ela chegou ao clímax. Todo o seu ser tremeu tão violentamente que ela teve a certeza de que todo o planeta certamente movera-se com a intensidade do mesmo. — Quinn, — ela gritou, mais e mais. — Quinn! Quinn! Sim, Quinn! O corpo de Quinn não pôde resistir à chamada, enquanto ele se juntava a ela com a sua liberação pesada. Ele abriu a boca, sem som, se esticando amplamente enquanto ele se drenava completamente dentro do corpo dela. Ele ficou chocado, surpreendido, assustado, atordoado pela força da união deles, surpreso com a profundidade de seus sentimentos, e com medo de que ele logo estaria perdendo-a. — Tori, — ele gemeu, querendo agarrá-la para sempre. — Não, — ela sussurrou. — Sem palavras. Não hoje. Na noite de hoje eu não posso pensar. Eu não quero sentir nada, além disso, além de nós. Tudo bem, Quinn? Por favor. — Sim, nada além de nós, — ele prometeu contente em puxá-la firmemente para seus braços enquanto a segurava. — Não posso enfrentá-lo, — ela sussurrou. Seu coração dolorido enquanto ela se aninhava em seu abraço forte e protetor. Ela não queria deixá-lo, mas ele não tinha implorado a ela que ficasse. Ele não tinha sequer pedido a ela. E, mesmo se o fizesse, ela não tinha certeza do que diria, de qualquer maneira. — Faça amor comigo novamente, por favor, Quinn. 240


Ele deu uma risadinha. — Apenas tente me impedir. Tori sorriu, escondendo a tristeza sob o prazer que ele lhe dava. Ele fez amor com ela três vezes, cada vez melhor do que a anterior, até que estivessem exaustos demais para se moverem. Suspirando de contentamento, ela adormeceu em seus braços.

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Você é meu... para sempre. As palavras eram um sussurro, faladas dos lábios entreabertos de Tori. Quinn abriu os olhos, acordando de um sonho. Ele tinha estado beijando Tori, fazendo amor com ela. Ela era sua, completamente sua. Seus olhos escuros estavam olhando para ele e ela prometera nunca abandoná-lo. Você é meu... O pensamento ecoava em seu cérebro, um tormento agridoce. Procurando por Tori, ele verificou que a cama estava vazia. Ele franziu a testa, embora ele quase não estivesse surpreso. Ela tinha o hábito de esgueirar-se para fora, enquanto ele dormia. Sentando-se, ele passou a mão pelos cabelos. Então, lentamente, ele se arrastou para fora da cama, encontrou suas roupas e se vestiu. — Siren, — ele ordenou. — Encontre a Dra. Elliot. 241


— Bom dia, meu senhor. A Dra. Elliot não está no palácio. — Eu não estou surpreso, — ele sussurrou, deixando escapar uma risada sem humor. A raiva cresceu dentro dele. Como ela se atrevia a voltar para a floresta sem dizer-lhe? Quinn se levantou e saiu furioso da suíte. O cheiro dela ainda estava em sua pele. Sua voz estava em seu cérebro. Quinn resmungou, sentindo seu coração com um peso de chumbo em seu estômago e ele sabia que nunca estaria livre dela. Você é meu ... para sempre.

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— Há algo de errado comigo, — Quinn anunciou, entrando no escritório do rei. Kirill olhou por cima de sua mesa, seu olho escuro se estreitando com o comentário. Quinn engoliu, respirou fundo e soltou: -Eu estou... quebrado. Kirill franziu a testa, se levantando. Seus olhos desceram por sobre o seu irmão à procura de lesões. — O que é que você quer dizer, quebrado? — Será mais fácil te mostrar. — A face de Quinn ficou com uma sombra escura de vermelho por um longo momento, e ele se levantou, sem se mover. Kirill esperou pacientemente. Finalmente, Quinn suspirou e chamou por cima do ombro: —Venha!

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As feições de Kirill se inundaram com confusão, enquanto ele assistia uma mulher do harém entrar no escritório. Ela era muito bonita, jovem, com cabelos escuros e olhos exóticos que poderiam facilmente seduzir qualquer homem que não tivesse uma companheira de vida. Quando a mulher suspirou e veio a se posicionar ao lado de Quinn, um sorriso enigmático contraiu o canto da boca do rei. Enquanto os observava, Kirill moveu-se para se apoiar no canto de sua mesa. Não disse uma palavra. — Faça! — Quinn ordenou a mulher, sem parecer nada satisfeito. Ele não se importava como ele parecia. Ele não estava satisfeito. Tori tinha lhe arruinado de alguma forma e ele não estava feliz com isso. Seu primeiro impulso tinha sido correr atrás dela quando ele descobriu que estava ausente de sua cama novamente, mas o orgulho o impediu de ir. Isso tinha sido há dois dias e ele se recusava a ir rastejando de volta para ela. Ele tinha que manter alguma dignidade. Ele tinha que esquecê-la. Quando a mulher não se mexeu, ele disse: — Vá em frente. Faça-o. A mulher franziu a testa, parecendo desanimada. — Mais uma vez, meu senhor? Eu não acho que vai fazer diferença. Quinn olhou para ela. Ela encolheu os ombros. Avançando, a mulher agarrou sua virilha. — Ha! Veja isso! — Quinn instantaneamente gritou como se estivesse provando algum ponto. Kirill apenas continuou a olhar confuso. Ignorando a mulher, o príncipe empurrou a mão dela de lado e sinalizou para sair do escritório. — Veja, está quebrado! Ela me arruinou!

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—Quem? Dra. Elliot? — Kirill perguntou. A compreensão despontando nele. Ele sinalizou para a mulher do harém para sair. Ela fez uma reverência e obedeceu. Quinn ignorou. — Sim, a Dra. Elliot! — Quinn rosnou, como se a resposta fosse óbvia. — Ela me levou a loucura! Eu não posso comer, não posso pensar. Eu não consigo respirar sem ela na minha cabeça! Eu-Eu preciso de uma cura. — Quinn espere, — disse Kirill em seu tom sensato de irmão mais velho. Quinn franziu a testa ao ouvir isso. Ele não queria a razão. Ele queria ficar livre de Tori, tanto quanto ela era, obviamente, livre dele. — Por que... tudo isso? Aconteceu alguma coisa entre você e a Dra. Elliot? Vocês brigaram? Ela disse alguma coisa? — Não, ela me deixou sem dizer uma palavra! Ela se furtou da minha cama, mais uma vez, fugindo com os dois... cientistas. — Quinn cortou sua mão através do ar em agitação. Quando ele descobriu através de Reid que os cientistas desapareceriam por uma semana, acampando novamente na floresta, ele tinha ficado lívido. É claro, eles tinham um guarda armado com eles neste momento e não foram deixados sozinhos, mas isso não importava. Ele relembrou das palavras de amor de Vitto. Ele seria um tolo em acreditar que ela não estava dormindo com o homem. — Você está com ciúmes, — Kirill declarou, sorrindo mais amplamente. — Você está com ciúmes dos cientistas do sexo masculino.

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— Estou contente que a minha dor te divirta, irmão, — resmungou Quinn. Ele se sentia impotente, sem saber para onde ir ou o que fazer. Tudo o que podia pensar era sobre ela. — Se você está tão preocupado, porque não vai lá fora para ver o que está acontecendo? — E me humilhar por rastejar aos seus pés? — Quinn já havia pensado nisso, mas ele não achava que isso iria funcionar, por isso ele se poupou do constrangimento de implorar para ela amá-lo. — Quinn, não... — Você não entendeu, Kirill? Eu não estou completo! — Ele gritou. As mãos de Quinn se levantaram impotentemente e todo o seu corpo tremeu. — Você não consegue ver isso? Algo aconteceu para mim. Estou arruinado, quebrado, e insano! Kirill se levantou lentamente empurrando-se a partir da borda da mesa. Seu sorriso desapareceu. — Quinn, está tudo bem. Tente se acalmar. Eu nunca vi você assim. — Você não entende. Eu posso senti-la em mim agora. Eu sinto como se eu ouvisse seus pensamentos, mas eles não são claros. Eu sinto o gosto de sua boca. Eu posso cheirar o cabelo dela — agora, enquanto eu estou diante de você! — Meu coração bate e sinto o dela. Eu quero que isso pare. — O brilho foi desaparecendo de seus olhos enquanto ele olhava em volta. — Esta é a loucura do qual rei Attor falou. Você pode ter tido sorte, mas não eu. Deveria ter ouvido o aviso de nosso pai. Deveria ter ficado limpo dela.

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— Quinn, você não... — Estou quebrado, — Quinn interrompeu, aproximando-se do completo desespero. Ele caiu de joelhos e enterrou o rosto em suas mãos. Suas palavras soaram abafadas, enquanto ele sussurrou com voz rouca: — Eu estou quebrado, Kirill, e eu não sei como fazer isso ir embora. — Não, irmão, você não está quebrado, — disse o rei suavemente. Ele caminhou para ele e colocou uma mão no braço de seu irmão. Os olhos de Quinn subiram para encontrar os olhos escuros do rei. —Você se acoplou à sua companheira de vida.

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Capítulo 14 — Tori, isso é estúpido. Tori piscou em confusão, erguendo o seu olhar para seu irmão a partir do solo. O comentário veio do nada. Ele segurava uma furadeira na mão, esperando que ela injetasse a última dose da fórmula no último buraco. Eles tinham estado trabalhando durante três dias, viajando ao redor dos pântanos, injetando no chão, observando o musgo preto morrer rapidamente. A tarefa deles tinha sido muito mais suave do que eles inicialmente tinham esperado. Tudo parecia que ficaria bem. Mesmo os testes preliminares que tinham feito sobre o solo pareciam promissores. Dentro de dez anos os pântanos sombreados deveriam estar prosperando com vida novamente. Havia uma profunda satisfação em saber que eles tinham feito isso. — Sobre o que você está falando? — Tori perguntou, voltando-se de costas ao seu trabalho. — É uma coisa boa que estamos fazendo aqui. Estamos salvando um planeta. Estamos salvando vidas. Como você pode chamar isso de estúpido? Vitto não disse nada por um longo tempo. Tori voltou ao seu trabalho. Quando ela terminou e se moveu para empurrar para cima a partir do solo, ele disse: — Eu não estou falando sobre o nosso trabalho. Estou falando de você e o Príncipe Quinn. Eu estou falando sobre como vocês dois estão agindo como crianças.

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Tori sentiu o sangue drenar de suas feições. Seu coração derrapou nervosamente em seu peito. Ela tinha se recusado a falar de Quinn, uma vez que tinham ido para a floresta. Na manhã em que eles tinham saído para os pântanos, ela tinha despertado ao seu lado, abalada até o âmago por um sonho estranho. No sonho eles eram felizes e tão apaixonados. Ele prometera nunca mais deixá-la. Você é minha... para sempre. Ela ainda podia ouvir a voz dele em sua cabeça, sussurrando para ela. Mesmo agora, ela sentia como se ele estivesse ao lado dela, tentando sussurrar em seu cérebro. Ela estava apavorada que pudesse sentir tanto por um homem que não lhe fizera nenhuma promessa. Tentando se enterrar em trabalho, ela pensou em esquecê-lo. Mas, não tinha funcionado. Não desta vez. Ele estava sempre lá, pronto para atormentar seus pensamentos. Ela mal conseguia comer ou dormir, e ela poderia muito bem esquecer sobre concentrar-se em algo por mais do que dois segundos de cada vez. Você é minha... para sempre. Ela tinha olhado para o rosto de Quinn, pacífico no sono enquanto repousava na cama ao lado dela. A mão dele tinha estado no seio dela, segurando-o possessivamente. Tori tremeu de novo ao pensar nisso. Ela tinha se assustado com seus sentimentos, ainda estava assustada. Tori olhou para as mãos, fingindo se concentrar em retirar a poeira delas. Isso não importava, já que ela estava coberta de suor e lama. — O que sobre o príncipe Quinn? Tenho certeza de que não sei o que você está falando.

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— Maldição! — Vitto rosnou. — Vittoria Rosemary Elliot! Deus me ajude se você não é a pessoa mais teimosa que eu já conheci, ou a mais estúpida! — O quê? — Ela se defendeu, surpresa que Vitto gritara com ela em tal tom. Soara como seu pai naquele momento. — O que eu fiz? — Eles dizem que o amor é cego, mas no seu caso eu estou supondo que também seja surdo, mudo, e que tenha tido uma morte cerebral completa. — Vitto balançou a cabeça. —Você pensou que nós não iríamos perceber que você fugiu do palácio, vindo aqui conosco para se esconder? — Esconder? — Tori disparou em troca. — Eu vim aqui porque tinha um trabalho a fazer. — Hmm, sim, é por isso que nós nos vimos sendo despertados de nossas camas antes do amanhecer para escapar do palácio — mais uma vez, devo acrescentar. Você tem medo de enfrentar Quinn. Admita! — Os olhos de Vitto olhavam para ela e ele não lhe deu a chance de responder. — Grant e eu temos esperado que você colocasse para fora qualquer absurdo que está em sua cabeça, mas eu desisto. Se você não vai entender, então eu vou ter que dizer isso para você. Eu conheço você, Tori. Conheço-a por toda a minha vida. Você sabe que eu te amo e que sempre amarei. Somos uma família. E é por isso que eu posso dizer isso a você. Você está sendo um asno estúpido. Você precisa parar de estar tão envolvida em seu trabalho e você precisa se concentrar em você. Você está apaixonada por ele, Tori. Você está amando o príncipe Quinn. — Mas, Vitto...

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— Nada de mas! — Vitto rosnou. Tori sacudiu em surpresa. Ela nunca o tinha visto assim. — Eu não vou assistir você jogar sua vida fora porque é estúpida demais para ver a resposta que está bem na sua frente. Mais frequentemente do que não, a solução mais simples para um problema é o caminho certo. A boca de Tori tremeu, enquanto ela lutava para segurar as lágrimas. — Vitto, eu sei bem o que você quer dizer, mas você não entende. O que eu sinto é unilateral. Vitto bufou, parecendo que estava prestes a discutir. Ela ergueu a mão. — Por favor, Vitto, não torne isso mais difícil para mim. Ele não me fez nenhuma promessa, — Tori engoliu em seco. — Você deu a ele uma razão para isso? — Vitto perguntou, puxando-a para frente, para seu abraço. — Eu sei como você é. Você é segura, cautelosa. Você só vai proceder quando a resposta é clara. Como cientista, essa pequena característica é maravilhosa. Como mulher, é simplesmente uma merda. Ele provavelmente teve de lhe dizer umas cinquenta vezes que estava atraído para você antes de você dormir com ele. Tori ficou vermelha. Quinn tinha dito que ele a queria várias vezes antes que ela finalmente aceitasse, mesmo que ela o desejasse tanto desde o início. Vitto estava certo. Ela realmente optava pela segurança. — Os homens são criaturas difíceis e estes homens são mais do que outros. Eu conversei com Reid e pelo que eu recolhi sobre sua educação, o pai deles não foi exatamente o melhor professor. Eles não tiveram a mesma sorte que nós. Nós tivemos pais que nos amaram de forma aberta, e sabiam 250


como expressar isso com e sem palavras. Quinn e seus irmãos não foram criados para reconhecer emoções como o amor. E se ele não pode reconhecê-lo, por que você acha que ele saberia como expressá-lo? Tori estremeceu. As palavras de Vitto faziam sentido. O Rei Attor tinha sido um homem horrível, um pai indigno, sem amor, assassino, um tirano. Quinn tinha um forte senso de dever e compromisso com o seu povo. Mas, além de Kirill com sua esposa, ela nunca tinha visto nenhum dos irmãos confessarem ou mostrar que eles cuidavam uns dos outros pelo menos não abertamente. O respeito e a proximidade estavam lá, mas ela duvidava que algum deles soubesse como expressar o que sentiam com palavras. Tori e Vitto tinham sido criados em um lar onde o amor era falado tão abertamente que ela tinha crescido tendo isso como seu direito. Ela tinha ficado sentada à espera de Quinn dizer abertamente como se sentia por ela, que apenas viesse e dissesse a ela. Lembrando as palavras da rainha, ela suspirou. Ulyssa tinha dito a ela que às vezes os homens Var tinham de levar uma pancada na cabeça para confessarem alguma coisa. Ela disse-lhe para perguntar diretamente a Quinn o que ele sentia por ela. Por que ela não ouvira seus conselhos? Quem melhor para saber do que uma mulher que conseguira romper com os ensinamentos dementes de Attor? — Vitto, eu tenho que ir, — Tori sussurrou. Ela entregou-lhe o equipamento. Quase em transe, ela se afastou. — Eu tenho que ir. — Espere, Tori, você não pode partir ainda, — disse Vitto, dando um passo atrás dela.

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Ela congelou, olhando-o questionando. — Mas, você disse que eu deveria... Eu tenho que dizer-lhe como me sinto. — Hum, isso é ótimo, Tori, — disse Vitto. — Mas, como homem, posso lhe dar mais um pequeno conselho? — O quê? Alguma coisa? — Os olhos redondos de Tori ergueremse para olhar para ele enquanto ele se aproximava. Seus olhos moveram-se brevemente sobre a sua roupa. Vitto sorriu. Um brilho travesso nos olhos fraternais. — Tome um banho primeiro e se limpe. Você está cheirando como um chiqueiro. A boca de Tori caiu aberta e ela olhou abaixo para suas roupas enlameadas. Ela parecia uma bagunça assustadora. A mão de Vitto levantou o seu rosto e ele empurrou a boca fechada com um dedo. — A água está por ali, — disse ele, apontando para onde o recipiente de água estava guardado em uma das barracas. — Vou desmontar o acampamento, enquanto você se limpa.

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O corpo inteiro de Tori se sacudia com excitação nervosa. A caminhada de volta para o palácio parecia que durava uma eternidade. Ela estava quieta, perdida em pensamentos enquanto ensaiava em sua cabeça o que diria. Ela mal prestou atenção às árvores de grande porte ou ao caminho de barro vermelho. Várias vezes, ela começava a andar fora do 252


curso, imersa em seus pensamentos. Vitto ou Grant estendiam-lhe a mão e puxavam-na de volta, sem se incomodarem de dizer uma palavra a ela sobre isso à medida que lhe disparavam sorrisos travessos. Os homens conversavam ao lado dela, indo e voltando com seus acompanhantes Var. Seu coração batia furiosamente, enquanto ela se aproximava do palácio. Ela tinha certeza de que seu rosto estava inundado com o calor de seu nervosismo. Tori engoliu, tentando parar os seus membros trêmulos. De repente, ela parou. Virando-se para Vitto, ela sussurrou: — E se ele não disser nada? — Confie em mim, Tori. Ele vai dizer alguma coisa. — Vitto conduziu-a gentilmente pelo braço e quase teve que arrastá-la para fazê-la mover-se à frente. — Se você não aproveitar a oportunidade, você nunca vai se perdoar. Pelo menos desta forma, você saberá ao certo como ele se sente. Tori pensou nas palavras de Vitto, e antes que ela percebesse, ele arrastou-a para a sala de banquetes. Alguns poucos soldados Var estavam sentados sobre as mesas, bebendo e brincando. Pratos com a metade de seus alimentos ingeridos estavam posicionados diante deles. Com a entrada deles, o barulho diminuiu enquanto vários se viravam para olhar para os recém-retornados cientistas. — Ei, caras, eu vou tomar um banho e encontrar Linzi. Vejo vocês mais tarde, — disse Grant, olhando para o salão, mas sem entrar nele. — Elliot, espero um relatório completo.

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Tori assentiu fracamente, mal ouvindo o homem. Ela olhou ao redor, ignorando os olhares. Na mesa principal estava Quinn. Ele estava sentado ao lado de seus irmãos. Quando os olhos dele encontraram os seus, ela não viu mais nada. Ela fitou-o por um longo momento. Ela se sentia fraca. Ela não podia fazê-lo. Virando-se para Vitto, que ainda segurava seu braço, ela sussurrou: — Há muitas pessoas aqui. Eu não posso fazer isso! — Você pode, — Vitto respondeu, colocando as duas mãos nos ombros dela. — Eu sei que ele se importa com você, Tori. Eu vi o jeito que ele te olha. — Mas... — Sem mas, — Vitto ordenou. — Ou eu vou chutar você na bunda. Tori riu suavemente com o olhar que ele lhe deu. Ele estava certo. Era hora de dizer a Quinn como ela se sentia a respeito dele, o quanto ela o amava, como ela nunca mais queria ter outra respiração sem ele ao seu lado. Quinn viu Tori entrar no salão com Vitto. Ele teve que piscar várias vezes para certificar-se que a visão era real. Eles não os esperavam de volta tão cedo. Os guardas que os haviam escoltado entraram no saguão, indo imediatamente para as mesas para se juntarem aos seus camaradas. Grant enfiou a cabeça dentro, disse alguma coisa para Tori e Vitto e depois desapareceu. Ele assistiu através dos olhos apertados quando Vitto agarrou Tori pelos ombros. A sua mão agarrou firmemente em torno de sua taça com o 254


ciúme. Quando Tori riu, uma raiva rasgou através dele e ele não podia conter sua cólera por mais tempo. Batendo para baixo a taça, ele se levantou. Todos os olhos se voltaram para ele. — Tire suas mãos dela! — Quinn exigiu, olhando para Vitto. Vários dos homens engasgaram, voltando-se para olhar Vitto e Tori. Vitto lentamente soltou-a. Kirill escondeu o seu sorriso por trás de sua mão. Ulyssa fez o mesmo. — O que você está fazendo? — Reid assobiou, tentando conseguir a atenção de Quinn. — Quieto, Reid, — o enfaixado Falke ordenou ao seu lado. Reid piscou em contrariedade ao comando, mas não disse mais nada. Os olhos de Tori finalmente deixaram os dele e ela olhou ao redor da sala quieta. Quinn podia ver as mãos dela tremerem do seu lugar na mesa principal. Ele não tivera a intenção de assustá-la. Circundando a plataforma, ele marchou para frente. — Príncipe Quinn, — Vitto disse. — Talvez tenha havido um malentendido. — Eu escolho Tori como minha. Você não deve tocá-la. — Quinn anunciou. Suas palavras foram tão tensas que ecoaram com dureza sobre o salão de festas para todos ouvirem. Houve vários suspiros mais e um murmúrio alto de sussurros animados. — O quê? — Tori sussurrou, seus olhos se arregalando em descrença. 255


— Não negue que você é minha, — ele rosnou, sem se importar com quem o ouvia. — Todo mundo aqui pode ver como você me quer. Meu cheiro está sobre você. Você pertence a mim. Tori empalideceu. Incerta se ela deveria estar mortificada ou não pela afirmação ousada. Em um nível básico ela sentia prazer nas suas palavras possessivas. Ela olhou para Vitto e, depois, Quinn. Sua boca se abriu, mas nenhum som saiu, enquanto ela desesperadamente olhava ao redor da sala para obter ajuda. Lentamente, como se em uma névoa, ela viu Kirill se levantar e começar a se mover em direção a eles. — Quinn, — o rei disse suavemente, tocando suavemente o braço rígido de seu irmão. — Por que você não leva a Dra. Elliot para uma caminhada? Você está fazendo uma cena. Quinn nem sequer olhou para ele. Ele seguiu à frente, agarrou o braço de Tori, e arrastou-a da sala, sem parar para perguntar se ela queria ir. Tori tropeçou em atordoado silêncio enquanto ele a levava para sua ala do palácio. Ele jogou-a dentro de sua casa e bateu a porta fechando-a. Os pés dela deslizaram pelo chão de azulejos lisos, quase tropeçando na plataforma erguida que segurava o sofá. Lentamente, ela se endireitou. Ela olhou em volta, recebendo suas cargas. Seus olhos se moveram ao longo dos altos arcos decorativos da casa dele e, finalmente, pousou na parede grossa de vidro que guardava o banheiro. Ela estremeceu. Não havia para onde correr, se as coisas piorassem. Quinn estava agindo estranho. Com muito cuidado, ela se virou para estudá-lo. Ele fez um movimento para tocá-la e ela se esquivou.

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— Quinn? — Tori ofegou. Seu show de fúria excitou-a, mas ela se mantinha afastada dele, sem entender. — Você está me assustando. O que está acontecendo? — Eu pensei que eu poderia lidar com o seu e,...— ele fez uma pausa, o rosto se contorceu em desgosto enquanto ele cuspia,— relacionamento com Vitto, mas não posso. Você tem que escolher Tori. Ele ou eu. Você não pode ter ambos. — Vitto? A palavra escapou por pouco dos lábios dela quando Quinn pulou para frente para agarrar seus braços. Ele a sacudiu levemente, sem machucá-la. — Pô, Tori! Você não o ama. Você... não pode amá-lo. — Espere, — Tori ofegou, sacudindo a cabeça. — Eu o amo, é claro que eu o amo. Ele é... Quinn soltou-a e lentamente se afastou balançando a cabeça em negação. Seu coração se sentia como se estivesse sendo arrancado do seu peito. Ele não tinha certeza se seria capaz de se controlar. – É melhor você partir, então, rapidamente. — Quinn, ouça... — Parta! — Gritou ele. — Vá! Tori começou a se mover em direção à porta e parou. Sua voz foi aumentando, ela voltou-se para ele e rosnou: — Não, você apenas cale a boca por um segundo! Eu tenho algo a dizer e assim me ajude, se você não me deixar dizer isso, eu vou... eu vou...

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A sobrancelha de se Quinn levantou, impacientemente pedindo que ela continuasse. O peito dele arfava enquanto ele lutava para se controlar. Tori não estava com medo, ela estava frustrada. — Vou bater-lhe na cabeça até que você veja a razão ou fique inconsciente! — Tori gritou. Quinn não se moveu. Seus lábios se contraíram no canto como se fosse sorrir com a ameaça dela. — Droga. Eu tinha esse discurso todo preparado. Era perfeito. Mas então você tinha que agir como um cabeça-dura, então eu não consigo me lembrar o que eu ia dizer. Somos adultos e estamos agindo como crianças ou era isso, que estamos sendo crianças. Dê-me um segundo. Eu sei que era algo assim. — Cabeça-dura? — Quinn interrompeu seus pensamentos. —Você me chamou mesmo de cabeça-dura? — Bem, você é. Oh, não importa. Eu estou tentando...— Um pequeno som de irritação lhe fugiu da garganta. Ela não conseguia se lembrar o que ia dizer. Então, incapaz de manter isso por mais tempo, ela deixou escapar: — Estou apaixonada por você. Quinn não se moveu. Seus olhos brilharam levemente enquanto ele a estudava. Sua boca se abriu, mas nada saiu. — Ok? É o que eu queria lhe dizer. Estou apaixonada por você e..., — ela hesitou, incerta se ela queria jogar seus braços em torno dele ou correr para a porta gritando.

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Nada tinha saído do jeito que ela desejava. Ela queria dizer outras coisas, dar-lhe uma longa lista do porquê ela o amava, do porquê eles poderiam trabalhar juntos, porque ele deveria dar-lhes uma chance. Todas estas razões a deixaram enquanto olhava para ele. Como ela poderia explicar tudo o que sentia? Em vez disso, ela sussurrou, — Eu te amo, Quinn. Eu te amo. Ela deu de ombros, impotente esperando por ele falar. Cada centímetro dela se balançou, enquanto esperava por sua reação. Se ele não retornasse o seu amor, ela não tinha certeza se seria capaz de sobreviver a isso. — Você não pode ter nós dois, — ele respondeu suavemente. Apenas o olhar dele levava o fôlego dela e roubava o seu coração. — Eu não posso compartilhar você, Tori. Por favor, não me peça isso. — O quê? — Tori sussurrou confusa. — O que você...? — Vitto. Você não pode ter nós dois. — Quinn caminhou para ela. Sua mão se levantou para tocar suavemente seu rosto. Ele a acariciou com os dedos fortes, enviando calafrios por sua carne. — O que você está falando? — Tori tomou coragem no fato de que ele estava tocando-a. Era um bom sinal, não era? Sua mão estava quente contra a pele dela, fazendo tremer por estar em seus braços. — Quinn, Vitto é o meu irmão mais novo. Nós dois temos o mesmo sobrenome paterno. Quando eu digo que eu o amo, é porque ele é a minha família. É claro que eu o amo. Ele é Vitto Elliot. Eu sou Vittoria Elliot. Nós realmente não anunciamos o fato de que somos parentes porque temos que trabalhar juntos e isso nos causou problemas no passado. Então 259


ele é Dr. Vitto e eu sou o Dra. Elliot. Você realmente acha que ele era meu...? Tori começou a rir, incapaz até mesmo de dizer as palavras em voz alta. Ela sabia que ele tinha pensado que Vitto era uma ameaça a ela em um ponto, mas ela realmente achava que ele tinha ultrapassado isso. Queria dizer, mesmo que ele não fosse seu irmão, era Vitto. — Ele é seu irmão? — Quinn perguntou, desnecessariamente. Seu rosto escurecido. — Eu só presumi que você tinha sido informado, — Tori respondeu. — Naturalmente, o rei... — Kirill sabia? — Quinn exigiu, sua expressão escurecendo ainda mais em seu aborrecimento. — Claro que sim, — disse Tori. — Foi-lhe dito quando chegamos. Ele tinha nossos registros. Pensei que todo mundo sabia. Reid, Falke... — Eles também sabiam? — Quinn interrompeu. Ele franziu o cenho. Confiara em seus irmãos para vê-lo se contorcer. Maldito Kirill! Quando Quinn lhe tinha dito que suspeitava que Tori e Vitto fossem amantes, o rei tinha ficado sentado ali, sorrindo para ele como um tolo, sem dizer nada. — Isso veio à tona na floresta em nosso caminho para Myrddin. Estávamos contando histórias da infância, enquanto você estava na sua caminhada. Eles queriam saber por Vitto e eu, parecíamos nos conhecer tão bem. — Tori deu de ombros. Sua mão se levantou para tocar seu peito sólido, percorrendo as pontas dos dedos levemente sobre as pregas musculares. Então, lambendo os lábios, seus olhos brilharam com 260


esperança, enquanto ela perguntava: — Isso significa que você estava com ciúmes de mim? Quinn puxou-a para seus braços, seus brilhantes olhos azuis perfurando para dentro dela. Tori levantou os braços em volta de seu pescoço. Ela ofereceu os lábios para ele. — Sim, — ele sussurrou, inclinando-se para beijá-la suavemente. Seus lábios roçaram ao longo dos dela. — Eu estava com ciúmes de você, mulher. Tori suspirou, todo o seu ser sendo preenchido de emoção e expectativa. Ela entrelaçou os dedos pelo cabelo castanho claro, estudandoo atentamente por um momento. — E isso significa que você talvez goste de mim um pouco? Quinn esfregou o nariz ao longo dela, puxando-a tão perto que ela podia sentir sua excitação pressionando em seu estômago. Quando ele falou, seus lábios se moveram ao longo dela. — Sim, como você pode não saber que eu te amo? Eu te amei desde o primeiro momento que a vi. Não houve qualquer outra pessoa desde que eu conheci você. Confesso que, em um ponto eu tentei tirar você do meu pensamento, quando eu achei que você não se importava. Mas, eu não pude fazê-lo. Nenhuma outra mulher pode segurar uma vela para você, Tori. Eu te amo. Tori ofegou. Fora a coisa mais doce que alguém já havia dito a ela. Os olhos dela caíram para o lado, tímidos. — E isso significa que você talvez queira que eu fique aqui com você? — Seria estranho para uma esposa deixar o marido, — murmurou Quinn. 261


Tori gemia, mal ouvindo as palavras dele enquanto a sua boca continuava a fazer coisas deliciosas para seus sentidos. Seu beijo se aprofundou,

enquanto

sua

língua

avançou

para

explorar

mais

profundamente. Ela o sentia por todo o caminho até os dedos dos seus pés. Era perfeito e ela sabia que pertencia para sempre aos seus braços. Então, enquanto o que ele dissera penetrava nela, ela se puxou. — Você disse o quê, esposa? Você está me pedindo para acasalar por toda a vida com você? — Não, não pedindo, — Quinn respondeu, inclinando-se para roubar o fôlego enquanto a sua mão vagava para baixo sobre o corpo dela. — Temo que você não tenha uma escolha sobre isso, Dra. Elliot. Você é minha mulher. — Isso é uma ordem real, príncipe Quinn? — Ela brincou, sentindo-se tonta e muito feliz. O corpo dele parecia tão certo contra o dela. — Você está dizendo que eu não tenho escolha a não ser casar com você? — Ah, sim, bem, não realmente, — Quinn riu. — Eu não posso lhe pedir para fazer o que já foi feito. — O que você quer dizer? — Tori se endureceu em seus braços, sua garganta secando. Ela não se atreveu a se mover. — Nossas almas se acoplaram na primeira noite em que ficamos juntos, — respondeu Quinn. Sua mão ficava mais ousada e ela deixou escapar um pequeno gemido. Lentamente, ele tirou o vestuário dela, expondo o corpo dela a ele. — Apenas levou um pouco de tempo para as nossas cabeças e nossos corações se recuperarem.

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— Mas, como isso é possível? — Tori suspirou. Seus olhos se fechando enquanto ele beijava seu pescoço. — Tori, escuta-me, — Ela ouvia sussurrando em seu cérebro. Era a voz de Quinn e isso puxou em sua memória. —Você é minha. —Mmmm, tudo bem, Quinn certo, sua, — ela lembrou-se vagamente de responder-lhe. A memória era como um sonho distante, Quinn dizendo a ela que ela era sua e ela concordando. Olhando para ele, viu que ele estava relembrando isso para ela. Na época, achara que ele quis dizer sexualmente, como uma conquista. Agora, finalmente entendia. Como poderia não ter percebido mais cedo? As palavras dele e sua sonolenta concordância a elas os haviam selado para sempre. Era por isso que nenhum deles tinham se sentido completo desde então. Eram duas peças do mesmo ser. Ele era seu marido, seu companheiro, sua vida inteira. A beleza desta simplicidade lavava através dela. — Eu não conhecia você. Eu... —Eu te disse uma vez antes, — murmurou Quinn em sua carne. A respiração dele se tornou duros arquejos, enquanto começou lentamente a fazer amor com ela. Ele mordeu o lóbulo da orelha, fazendo-a choramingar. — O Var não valoriza muito a cerimônia. Só é preciso a vontade de duas pessoas e está feito. Nós não poderíamos ter nos acasalado se nós dois não quiséssemos. Você é minha, Tori, e eu sou seu. Para sempre. Tori agarrou seu rosto entre as mãos e puxou a boca dele com força para a dela. Nada mais importava. Ela estava finalmente em casa. Quinn a 263


levantou nos braços e a levou até os longos travesseiros jogados pelo chão diante da lareira. Colocando-a no chão, ele a despiu completamente da roupa. Os olhos dele vagavam para baixo sobre sua pele, parando para fitar seus grandes seios. Logo suas roupas também foram colocadas de lado. Em voz alta, ele ordenou: — Fogo. Um fogo acendeu na lareira. Quinn pegou as roupas dela e jogou dentro do fogo, Tori engasgou. — O que você está fazendo? — Eu imaginei que, se você não tiver nada para vestir, não poderá escapar de mim. Amanhã, quando eu acordar, você vai estar ao meu lado — Quinn se arrastou para frente, apenas para fazê-la se inclinar para trás nos longos travesseiros dispostos no chão. Seu corpo pressionado no dela, atritando a massa pesada entre as pernas dele com lenta intenção ao longo de seu quadril nu. Com um brilho diabólico nos olhos, ele sussurrou: — Então, quando você disse: 'sela em cima cowboy' o que isso significa? Confesso que estou muito curioso sobre isso. Tori ficou rosada. — Cowboys fazem parte da cultura da terra antiga. Eles costumavam andar em cima de cavalos selvagens. É um ditado que se usa. Quinn sorriu com o seu olhar. — Mm, eu já gosto deste jogo. Digame mais. Quem vai montar quem? Tori apenas sorriu, empurrando-o de costas. Ela se mudou para uma posição escarranchada sobre sua cintura, levantando seu corpo pronto

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para aceitar seu comprimento pesado dentro dela, onde ele pertencia. — Seria muito melhor se eu apenas lhe mostrasse. Tori abaixou seu corpo para baixo sobre seu eixo, deixando-o enchê-la. Movendo-se para cima e para baixo, ela viu seus olhos a observála em adoração. Fizeram amor diante do fogo duas vezes antes de se mudarem para o quarto. Nenhum deles falou, não precisando, suas mentes estavam unidas com apenas um pensamento, você é meu... Para sempre.

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Tori suspirou, olhando sobre Quinn e para sua casa. Fazia três semanas gloriosas desde que fora morar com ele e não poderia estar mais feliz. Puxando o manto sobre os ombros, desejou por um breve segundo que seu marido parasse de queimar todas as suas roupas. Nenhuma vez tentara fugir enquanto ele dormia. Ela sabia que ele confiava nela, só tinha então que presumir que ele tinha algum tipo de prazer masculino, mantendo-a nua o tempo todo e pronta para ele. Ouvindo uma batida na porta, ela olhou por cima da lareira e sorriu. — Venha! Ulyssa abriu a porta, sorrindo. Em seus braços, ela carregava uma trouxa de roupa. — Eu achei que você poderia precisar delas. Vejo que eu estava certa. Tori riu, balançando a cabeça. — Obrigada.

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Ulyssa jogou as roupas no sofá baixo ao lado de Tori e se sentou em frente a ela sobre um travesseiro grande no piso. A rainha educadamente desviou os olhos enquanto Tori se vestia. Tori suspirou, puxando a camisa sobre a cabeça e as calças sobre seus quadris. Esta se apertou confortável contra os seios, mas não se importou. Ela sabia que Quinn tinha muito prazer de ver o material apertado moldando-a. Ele gostava ainda mais de libertá-la, tipo como se estivesse resgatando-a. Ela escondeu o riso. — Não que me importe de você pegar emprestadas minhas roupas,Ulyssa disse, — mas estou começando a escassear. Quinn não pode amarrá-la na cama ou alguma coisa, se ele se preocupa tanto com você sair enquanto ele dorme? Tori e Ulyssa realmente tinham-se tornado boas amigas, assim como irmãs, nas últimas semanas. Era bom ter outra mulher humana para falar sobre as coisas. Pela maior parte a vida era perfeita, mas seus maridos ainda eram Var e causavam a suas esposas momentos de pura frustração. — Ele tem, — Tori corou, pensando em quão despreocupado e inventivo seu marido tinha se tornado uma vez que, finalmente, eles tinham proclamado o seu amor um pelo outro. Em algum momento, todos os traços do príncipe temperamental tinham ido embora, deixando-lhe o homem brincalhão pelo qual ela tinha se apaixonado. E, oh, ele era brincalhão. As coisas que aquele homem podia inventar no quarto, a deixava corada e sem fôlego. Saber que ele dividia sua vida com ela, e que ia viver por centenas de anos tinha sido um choque no começo, mas sabia que nunca iria se cansar com ele.

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— Eu vejo, — Ulyssa disse, olhando em torno do salão e pausando enquanto estudava a porta da frente. Um pequeno sorriso enfeitou suas feições bonitas. — Já disse a ele? Não ouvi nenhum anúncio. — Oh, — Tori corou. Ulyssa a tinha visto no médico no dia anterior. — Queria ter certeza, primeiro. — Certeza de quê? — Quinn perguntou. Sua voz diretamente atrás dela, seus lábios perto de seu pescoço. Tori gritou de surpresa e pulou levemente enquanto se virava em seu assento. Os olhos dele percorreram todo o seu corpo e ele franziu a testa. Olhando para Ulyssa, ele resmungou: — Por que você trouxe mais roupa para ela? Eu gostava do que ela tinha por cima. — Ela vai ter que sair deste cômodo hoje e eu não preciso de uma mulher nua vagueando pelos corredores do palácio. Vocês homens Var tendo esta carga sexual como têm. Teríamos um tumulto entre os guardas. Ah, e Quinn, seu irmão — Como rei — ordenou que você pare de queimar todas as roupas de sua esposa. — Ordenou? — Quinn perguntou, parecendo perplexo. — Por que ele se importaria? Estou pagando por elas e posso queimá-las se eu quiser. — Ele vai se preocupar assim que eu diga a ele para se preocupar. — Ulyssa riu e piscou para Tori. — Sou a única outra mulher neste lugar que não vive no harém e seria amaldiçoada se você a mantivesse trancada aqui o tempo todo. Tori, não deixe este homem distraí-la. Tenho mercadores chegando e eu quero... você sabe. Comprar coisas juntas. Se você não aparecer no salão de banquetes em vinte minutos, enviarei os guardas e manterei Quinn preso por desobedecer a uma ordem real, pelo menos pela tarde. 267


Tori assentiu, rindo mesmo enquanto ela corava ligeiramente. Quando Ulyssa tinha partido, Quinn saltou sobre as costas do sofá e a puxou para seus braços. Beijando-a completamente, ele disse: — Shopping? O que é que eu não sei? — Ulyssa e eu estamos indo para gastar todo seu dinheiro e de Kirill, — Tori brincou. Suas mãos correram amorosamente sobre os ombros e peito, alisando com tapinhas sua camisa-túnica. — E eu estou comprando um guarda-roupa totalmente novo, dois, na verdade. — Ah, vamos lá, eu gosto do que você tem. — Quinn puxou os laços da camisa dela, desatando a parte superior apenas o suficiente para que ele pudesse olhar para baixo dentro do seu decote. A mão dele veio por cima do material e em concha segurou um globo macio, observando como o movimento empurrava a excitação para o seu rosto. — Mm, eu amo seus seios. Eles são tão suaves. — Eu não tenho um guarda-roupa, — Tori lembrou-lhe, engolindo enquanto uma onda de prazer tomava conta dela. — Eu não tenho roupas. — Eu sei, — ele gemeu, movendo os lábios para beijar uma curva superior de um seio enquanto sua mão o empurrava para cima. Seu polegar rolava sobre o mamilo vestido. — Isso é o que eu gosto sobre isso. — Mas, eu não queria só para mim, — Tori disse cuidadosamente. — O segundo guarda-roupa é para outra pessoa. — Hmm, — Quinn suspirou, prestando mais atenção ao ângulo de seu mamilo à sua língua. Tori tremia sob sua boca quando ele tentou o seu melhor para alcançá-lo, mergulhando por baixo da camisa. Então, como se ele perdesse a linha de pensamento, disse distraidamente: — Eu não me 268


importo. Gaste tanto dinheiro quanto quiser. Você pode ter qualquer coisa que seu coração almejar. — Bom. Porque o outro guarda-roupa é para o bebê, — ela sussurrou. — Mm, tudo bem, — ele murmurou, sua língua finalmente alcançando o botão dolorido. De repente, ele parou, sua língua congelou sobre o mamilo antes de lentamente ser atraída de volta à sua boca. As palavras dele saíram abafadas pelo seu peito, ele disse muito cuidadosamente, — Bebê? O bebê de Kirill? — Hum, é melhor que não seja o bebê dele, — Tori brincou, passando a mão sobre seus braços. — Eu tenho certeza que me lembraria... A boca de Quinn esmagou a dela, cortando suas palavras. Enquanto ele a beijava longa e duramente, ele se afastou sorrindo. Sua mão se desviou para o estômago dela. A felicidade se acendeu em seu olhar azul brilhante, enquanto ele brincava: — Então, isso significa que seus seios vão ficar ainda maiores, certo? E mais macios? Eu gosto disso. — Ah! — Tori fingiu indignação quando ela batia em seus braços. — Quinn! — O quê? — Ele sorriu, beijando-a novamente, desta vez de forma terna e macia. — Eu amo você, mulher. — Eu te amo, — Tori murmurou, ainda encarando-o com lástima. Em um puxão cheio de arte, ele a colocou de costas no sofá e sua camisa foi puxada para cima do seu estômago. Ele jogou leves beijos emplumados sobre ela. — E eu também te amo, meu filho. 269


— Filho? — Tori perguntou. — Pode ser uma menina. — Possivelmente, — Quinn riu, alegrando-a. — Mas, meninas são raras aqui. Você sabe disso. — Não me lembre que estarei sempre sendo superada em número pelos homens Var. — Tori riu. Quinn olhou para cima, preocupado. —Você se importa de ter filhos? — Se eles forem seus, como eu não amarei tê-los? — Tori acariciou seus cabelos para trás. — Agora, deixe-me para que eu possa ir às compras do bebê com a rainha. Porém, tenho que admitir, vê-lo amarrado em correntes detém algum apelo. Para a surpresa de Tori, Quinn beijou-a rapidamente e levantou-se. Ela sentou-se, atordoada. Ele correu para a porta. — Eu vou contar a todos. Sua boca caiu aberta enquanto ele a deixava. Justamente quando ela se levantava para endireitar as suas roupas, a cabeça dele surgiu no canto. Um enorme sorriso, bobo estava espalhado sobre suas feições animadas. Ele nunca parecera mais bonito, ou mais orgulhoso. — Eu amo você, mulher. — Eu também te amo. Vá, diga ao mundo. Vejo-lhe mais tarde, esta noite, para que possamos terminar com isto. — Tori balançou a cabeça enquanto ele ia fazer exatamente aquilo. Suspirando, ela se moveu depois dele, ouvindo seus gritos de alegria vindo do final do corredor. Sussurrando, ela disse com uma risada: — Eu também te amo, marido. 270


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Tori olhou em volta de sua casa em espanto. Um dia. Apenas um dia fora o suficiente para Quinn comprar o material para dez filhos e ela tinha apenas um mês. Caminhando ao redor das caixas, ela riu e largou a sua pequena sacola de compras com roupas de bebê. Esta parecia lamentavelmente pequena quando comparada com o mobiliário e as montanhas de roupa colocadas diante dela. — Aqui está você! — Quinn sorriu com orgulho para ela, caminhando pela porta da frente. — Eu estava procurando por você. Ulyssa disse que você tinha vindo aqui, então devo ter acabado de perder você no corredor. — Eu vi que você esteve ocupado, — Tori riu. Ela viu o marido percorrer as caixas e sacos para alcançá-la. Levou algum tempo, mas ele finalmente chegou ao seu lado. Parando, ele a beijou profundamente, então se inclinou para a barriga dela para fazer o mesmo. — Você realmente acha que precisamos de tudo isso? É apenas um bebê. — Somente um agora. Eu estou planejando mantê-la com os meus filhos por muitos anos vindouros. — Quinn sorriu, acariciando sua barriga agora nua com beijos suaves. A voz dele tornou-se rouca, áspera, enquanto ele admitia: —Vou assistir o seu corpo crescer redondo com os meus filhos.

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Quinn fez um som de rosnado baixo como se o simples pensamento de seu corpo grávido o excitasse. Tori não tinha tanta certeza de que isso soasse como um bom plano para ela, mas se limitou a dizer: — Vamos começar com o número um e depois conversaremos sobre os outros. — Nós vamos começar por este. Penso em pelo menos doze filhos, — Quinn continuou, como se ele não a tivesse ouvido. —Talvez mais. Dezesseis parece um bom número. — Dezesseis? — Tori chiou. Ela ainda estava tentando se acostumar com a ideia de um. Antes que ele pudesse responder, uma batida soou na porta. Quinn se afastou, cobrindo a barriga dela de vista. Sua mão demorando sobre ela possessivamente, antes de gritar: — Entre! Tori assistiu com admiração enquanto Kirill, Reid, e Falke lutavam para trazer a criatura de pelúcia mais horrível que ela já tinha visto. Quinn beijou sua têmpora e foi ajudar. O estranho animal era duas vezes mais alto que os homens e tinha a espinha de um porco-espinho da Terra ao longo de seu traseiro espesso, parecendo tão afiado quanto lâmina de barbear. Sua cabeça era também cruel com longas presas mortais e olhos que pareciam 2

estranhos mesmo em seu estado de taxidermia . Foi uma luta conseguir isso através da porta e quando eles finalmente conseguiram, o colocaram na sala de estar. A besta horrível olhou para ela, parecendo completamente com a coisa da qual os pesadelos foram feitos. Os quatro irmãos a observaram com orgulho, enquanto ela 2 X – Taxidermia – (termo grego que significa "dar forma à pele") é a arte de montar ou reproduzir animais

para exibição ou estudo. Popularmente o termo empalhar já foi usado como sinônimo de "taxidermizar", entretanto atualmente não se usam mais os manequins de palha e barro para substituir o corpo dos animais.

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olhava para a coisa horrível. Vagamente, ela estava ciente de sua mandíbula entreaberta, em silêncio atordoado. — Ah, — disse Kirill para Quinn, batendo-lhe no peito com um grande sorriso. — Olhe para o rosto dela, ela adora! — Como ela não adoraria? — Quinn respondeu, e conseguiu instantâneos assentimentos de concordância de seus irmãos. — Eu disse a você que mulheres terráqueas gostavam de criaturas de pelúcia. — Quinn? — Tori perguntou fraca. — O que é esta coisa? — Um Yorkin, — Falke informou. Ele ainda se movia com dificuldade de ter sido torturado por Lord Myrddin, mas era muito orgulhoso para demonstrar isso. Tori sentia-se mal por ele. Ele realmente tinha sido ferido mais do que todos eles. Ela não podia começar a imaginar o horror pelo qual ele tinha passado. — Nós o abatemos nós mesmos no ano passado em uma caçada — levou apenas os quatro de nós para derrotálo. —Sim, — Tori disse. — Temo não ter entendido ainda. — Bem, — Reid explicou como se fosse perfeitamente claro. — Quinn nos disse do bebê e como um presente, ele disse que você gostaria tanto de flores, as quais ele já pegou todas e deu para você — ou ofertas caçadas. Nenhum de nós sabe nada sobre este temível urso de pelúcia que você fala, mas temos certeza que esta criatura tem de ser pelo menos duas vezes tão mortal quanto um.

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A mandíbula de Tori caiu ainda mais. Ela queria rir, porém os seus rostos estavam tão sérios, tão orgulhosos do que tinham lhe dado, ela não teve coragem de dizer nada. — O que no...? — Ulyssa disse da porta. — Eles me trouxeram uma besta mais temível do que um ursinho de pelúcia, — Tori disse. Ela confessou o mal-entendido para Ulyssa uma noite que não tinha respirado uma palavra disso. — Oh, — Ulyssa disse, e Tori se viu lutando para não sorrir. Virando-se para o marido, ela piscou e disse, — É quase tão bom quanto todas as armas que você me deu para o bebê. Os sorrisos dos quatro Vars se aprofundaram. — Bom Deus! — Vitto exclamou entrando. Grant estava ao lado dele. — Que coisa é essa? — Um Yorkin, — Quinn informou, acenando para rodear a besta. Vitto sorriu para Tori. Ele deu um olhar divertido ao redor para todas as caixas. —Você está dando a luz a um exército? — Grant perguntou, rindo enquanto ele também olhava em volta. — Ainda não, — Quinn informou. — Mas, em breve. Ulyssa deu-lhe um olhar penetrante. Tori apenas deu de ombros, fraca e impotente balançou a cabeça. — Hum, Lyssa...? — Kirill começou. 274


— Ah, não. Nenhum exército para você, meu rei, — Ulyssa automaticamente respondeu. — Talvez três. — Mas... — o rei disse, olhando como se sua esposa tivesse tirado o seu brinquedo favorito. Ele olhou significativamente para Tori e Quinn. — Quinn... — Nós vamos discutir isso mais tarde, — disse Ulyssa, sorrindo carinhosamente para ele. —Tudo bem. — O rei, na verdade parecia como se fizesse beicinho. Reid franziu a testa ligeiramente em desconforto e olhou para o chão. Ele parecia endurecer sempre que qualquer de seus irmãos agia afetuoso com suas esposas. Ela sabia que ser criado por Attor tinha marcado cada um deles mais do que eles jamais admitiriam. Ela apenas esperava que algum dia, Reid e Falke, encontrassem a felicidade que eles tinham. Ah, e Jarek, ela não devia esquecer seu outro novo irmão, o explorador espacial. Vitto caminhou através das caixas para entregar-lhe um pequeno urso de pelúcia que carregava. Sorrindo para ela, ele disse, — Eu odeio partir. Eu prometo voltar depois da minha próxima missão e ver você. — Eu também, — disse Grant. Tori sabia que eles estavam ambos comprometidos com a AIH para outra missão. Parecia que ambos adoravam o perigo de trabalhar para a Inteligência Humana. Ela se preocupava com eles, mas sabia que eles eram inteligentes, homens capazes. Ela tinha terminado o seu trabalho, enviando seus relatórios à CCE e AIH mais de uma semana atrás. Os pertences do Dr. Simon 275


seguiram com eles. O diretor da missão da AIH, Franklin, disse que ele se asseguraria de que seriam entregues à família do Dr. Simon. Entregando-lhe o urso, Vitto disse, — Eu sei que é apenas um ursinho de pelúcia, mas queria que o bebê tivesse algo de seu tio antes de eu partir. Com as palavras de Vitto, Tori ouviu uma rodada de suspiros. Todos os quatro guerreiros Var caminharam através das caixas para ver o pequeno urso. Quinn tomou das mãos de Tori e o examinou. Reid agarrou-o dele e fez o mesmo, passando-o para Falke e Kirill. — Onde estão os seus dentes? — Quinn perguntou, franzindo a testa, não de todo impressionado com o pequeno animal peludo. — É tão pequeno, — disse Reid. — É venenoso? Será que se transforma? — Nós poderíamos facilmente caçar isso, — Falke acrescentou. — Ele não tem garras. Talvez elas tenham sido removidas? — Será que ela tem presas? É ágil? — Quinn perguntou. Ele puxou a boca do bicho de pelúcia, mas não conseguiu abri-la para ver. Kirill levantou o urso e cheirou-o antes de virar para sua esposa. Segurando-o, ele disse: — Lyssa, você está assustada por essa coisa? Os quatro humanos começaram a rir. Os Var os olharam, confusos. — Vamos, rapazes, — Ulyssa disse, conduzindo-os para fora. — Vamos deixar esses dois sozinhos. Vitto, Grant, venha me ajudar a explicar. 276


Uma vez sozinha, Tori olhou para o Yorkin. Não importa o quão equivocados, era realmente doce de sua nova família. Ela se virou para o marido. Ele segurou o urso, cutucando sua pele, a pele macia falsa em confusão. Ela se inclinou e o beijou profundamente. Puxando para trás, ele olhou para o urso em severa concentração, e disse: — Eu poderia ter caçado isso sozinho, sem meus irmãos. Você sabe disso, não é? Vou lhe dar um se você realmente deseja que eu encontre um. — Eu sei que você poderia meu amor, eu sei. — Tori sorriu. Era tão doce que ele estivesse preocupado que seu Yorkin poderia ter lhe decepcionado em relação ao urso que Vitto lhe dera. Ela empurrou-o de volta através das caixas para o quarto deles, suas mãos vasculhando debaixo das roupas dele. — Aquele Yorkin tomou cinco dias para ser rastreado e lutamos por quase três horas para derrubá-lo. Geralmente leva pelo menos 20 homens no dobro do tempo. Ele fornece carne para o palácio inteiro por meses. — Quinn não parecia perceber que ele já estava seminu, mas quando ela tirou a camisa e jogou-a no urso em sua mão, ele olhou para cima. Um sorriso instantaneamente se espalhou por suas feições. — Hum, sim, você é meu grande caçador mau, não é? — Tori disse brincalhona, empurrando-o de volta. — Por que você não vem me mostrar como você persegue a sua presa? Os olhos de Quinn brilharam com a ameaça de uma transformação, enviando excitação quente através dela. Ele imediatamente deixou cair o urso, mas segurou a camisa. Levantando sua esposa sobre o ombro, ele 277


correu com ela para o quarto. Colocou-a delicadamente sobre a cama e despiu-a completamente. Quando ambos estavam nus, ele gritou: — Fogo! — Oh, não, Quinn! — Tori protestou, observando suas roupas voarem em direção à lareira. — De novo, não! — Desobedeci a um decreto real, esposa. — Quinn beijou. — Agora, não deve haver algum tipo de castigo cabível para mim? Algo a ver com correntes? — Mm, você é um bandido, — ela gemeu. Quinn sorriu, rindo enquanto ele cobria o corpo dela com o seu, colocando suas coxas entre as pernas dela. Os risos de Tori se juntaram ao dele e os braços dela em volta de seu pescoço sólido, não se importando se ela alguma vez usaria roupas novamente.

Fim

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