Gramática e Interpretação de Textos

Page 1


Flávia Rita Coutinho Sarmento

Portu uês Df§'ê>©O~P

º©ADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

BELO HORIZONTE

2012


Para Júlia, Víctor e 7ávinho. Sem vocês, meu mundo seria cinza. Obrigada por encherem de cor os meus dias, porfozerem bagunça, por falarem alto, espalharem as coisas, por pedirem o possível e o impossível. .. por serem o meu momento mágico do dia, por fazerem de mim a mãe mais realizada e completa que poderia desejar ser.

Para minha mãe, sempre. Sem o seu amor; eu não conseguiria.. . Ainda me entristeço, às vezes até me ressinto de não tê-la mais comigo. Mas, aceito os planos de Deus e agradeço pela bênção que você foi em minha vida.

Para Cassinha, minha irmã tão dedicada. Sempre me mandando mensagens carinhosas, me telefonando para saber como estou.. . Puxando a minha orelha quando trabalho demais ou desapareço!

Para Otávio, meu cúmplice. É bom sentir você me cobrir no meio da noite. É ótimo acordar ao seu lado. É per.feito lavar a louça ouvindo qual.quer bobagem sobre futebol no domingo à noite. Coisas tão mínimas que fazem da nossa convivência um grande prazer.

Para luana, Ana, Carol e Mari, minhas eternas amigas. Sempre disponíveis e bem humoradas.

Para Pedro, meu amigo fiel. Quem mais poderia me fazer rir quando estou triste? Quem mais poderia me levar ao zool6gico para ver o gorila? Obrigada por estar sempre por perto.


AGRADECIMENTOS

Ana Karinne Senrtl Ana Paula Marcati Andreia Ferreira Noronha Carolina Safes de Araujo Curso Orvile Carneiro Curso Prttetorium Curso Pro Labore Daniele A. S. Cabral Eudson Justiniano Cardoso da Silva Faculdade Anhanguera Fernanda Oliveira Fernanda Resende Fernanda Souza Gabi Kthleen Fernandes Layla Fabel Gontijo Luana Marina Alves Luciana Pauúr. Rincon Marian.1 Assíria Pablo Leonardo Ribeiro da Silva Pedro Henrique Menezes Ferreira Pleno Preparatório Rede de Ensino Pitágoras Rede lnterasat Roberta Zampeti Rosilene Ponciano Souza Silvânia Supremo Concursos


APRESENTAÇÃO

O

ensino da Língua Materna rem se tornado um desafio para os docentes da área. Cada vez menos teóricas, as provas de concursos públicos ganham dimensão reAexiva e verificam habilidades linguísricas adquiridas ao longo da vida escolar do candidaro.

Os manuais de gramática não devem ser esquecidos, mas as provas revelam um discu rso muito mais

pautado na análise linguística que propriamente na apreensão isolada de regras. O faro de os irens de gramática serem formulados a partir de rexros presentes na própria prova revela um avanço na avaliação dos concursa ndos. Instituições como UNB, FUNDEP, FUN DAÇÃO CARLOS CHAGAS e FUMARC formu lam as questões de gramática a parrir dos textos das provas, ou seja, os elementos linguísticos dos suportes empregados na construção da prova é que "ditam" as questões. Conteúdos trad icionais continuam a ser cobrados. O verbo e suas Aexões figuram os programas de reconhecidas instituições, mas há espaço para questões mais práticas como as da FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS, que normalmente opta por explorar as relações entre tempos verbais. A UNB também apresenta sempre pelo menos um irem sobre o rema, mas com uma nuance semânt ica. Nora-se uma preocupação das instituições contemporâneas em verificar o conhecimento do cand idaco a partir da língua em uso. Mais do que saber qual é o tempo e o modo de uma forma verbal, o candidaro deveria demonstrar conhecimento sobre o emprego de cal mecanismo linguíscico. Planejar os esrudos a partir da banca o rganizadora do co ncurso é um diferencial que garante o sucesso de muiros candidaros.

A noção de cerro e errado não é a Única referência para o aprendizado da líng ua. Por isso, considerar as variações do Português se faz necessário em nossa prática pedagógica. Não raro os programas aruais contemplam o tópico "Variação Linguística". Tomando com base tal conteúdo, uma construção pode estar adequada a um determinado gênero textual, mas não ser compatível com outro. Na NCE, por exemplo, as questões de Redação Oficial exploram construções do texto-base, utilizado na elaboração dos demais itens. Solicita-se ao candidaro que verifique a possibilidade de uma determinada sentença figurar ou não uma Redação Oficial. O aluno deve, porranco, analisar as construções propostas e assinalar a que estiver mais adequada aos padrões do gênero textual. A variação linguística vai além da dicotomia 'certo' e 'errado', pois explora as possibilidades contextuais da língua. Nós, professores de Português, temos, enrão, um g rande desafio se pensarmos a língua com o um fenômeno cultural não estático e cheio de implicações. Dessa forma, somos convidados a cransforma r a nossa sala de aula c m uma espécie de laboratório real dos escudos que envolvem a linguagem . É preciso apresentar aos alunos conteúdos qm: serão efetivamente cobrados pelas diversas bancas organizadoras e refletir sobre o perfil de cada instituição. Faz-se necessário efetivar conceiros linguísticos e verificá-los por meio de exercícios que privilegiem a análise em <lecrimemo da memorização. Os concursos públicos, hoje em dia, partem da premissa de que o candidaro deve ter acesso ao conhecimenro linguístico de fo rma reflexiva e contextualizada. Nessa nova perspectiva, renho tentado conduzir minhas aulas. Cerra de que codos "perseguem" seus objetivos, estarei sempre cm busca das melhores formas de ensinar e aprender no ambiente da sala de aula.

A autora.


SUMARIO lntrod 1ção Linguagem, Língua e Fala ............................. 13 un·dace 1 Fonologia ....................................................... 14 Noções de Fonética .......................................... 14 Acentuação Gráfica ........................................... 16 Reforma Ortográfica .......................................... 18 Exercícios ........................... .. ..... ........................ 22 Unida ee li Ortog rafia ...................................................... 26 Algumas Orientações Ortográficas ... ... ............... 26 Dificu ld3des Ortográficas .............. ... .................. 27 Emprego das Letras........................................... 30 Emprego das Iniciais Maiúsculas ........................ 31 Semânt ca, Sinonímia, Antonímia ....................... 31 Exercícios .......................................................... 35 Uni ace Ili Morfologia (Classes de Palavras) ................ 44 Relação Determinante/Determinado................... 44 Classes de Palavras ........................................... 45 Substantivos ..................................................... 46 Adjetivos ........................................................... 52 Advérbi:ls .......................................................... 54 Preposic:ão ........................................................ 55 Conjunçoes ....................................................... 57 Interjeições ........... .... ........................................ 58 Artigos .............................................................. 58 Pronom es.......................................................... 59 Verbos .............................................................. 80 Numerais .............................. .......................... 101 Exercícios ........................................................ 102 Unidade IV Morfologia (Formação de Palavras) .......... 120 Conceitos Básicos ............................................ 120 Processo de Formação de Palavras ................... 122 Exercícios ........................................................ 124

Unidade V Análise Sintática ......................................... 130 Conceitos Básicos ............................................ 130 Período Simples ............................................... 130 Período Composto ........................................... 139 Exercícios ........................................................ 160 Unidade VI Regência ....................................................... 164 Conceito ......................................................... 164 Regência Nominal ........................................... 164 Regência Verbal ............................................ .. 166 Casos de Regência .......................................... 170 Exercícios ........................................................ 174 Unidade VII Crase ............................................................. 180 Conceito ......................................................... 180 Casos Proibidos ............................................... 181 Casos Especiais ............................................... 182 Casos Facultativos ........................................... 183 Casos Obrigatórios .......................................... 184 Exercícios ........................................................ 184 Llnidade VIII Concordância ............................................... 188 Concordância Nominal .................................... 188 Concordância Verbal ........................................ 192 Exercícios ........................................................ 198 Unidade IX Pontuação .................................................... 204 Pré-requisitos para o Estudo da Vírgula ............ 204 Outros sinais de pontuação ............................. 21 O Exercícios ........................................................ 214 Unidade X Algumas Questões Gramaticais ................ 220 Vocábulo QUE ................................................. 220 Vocábulo SE .................................................... 221 Análise Sintática (Termos do Período Simples) ............................ 223 Flexão do Infinitivo .......................................... 227 Exercícios ....................................................... 229


Unidade XI Estilística (Compreensão e interpretação de textos) ............................ 234 Noções Básicas de Interpretação ..................... 234 Significação Contextual de Palavras e Expressões ................................. 239 Variação Linguística: Modalidade do Uso da Língua e Adequação Linguística ...... 239 Denotação e Conotação .................................. 241 Estilística ......................................................... 241 Vícios de Linguagem ....................................... 246 Funções de Linguagem .................................... 253 Tipos de Discurso ............................................ 254 Fatores de Textualidade ................................... 254 Exercícios ........................................................ 259 Unidade X 1 Exercícios (Treinando por Provas Completas) Prova 1 (Esaf - Ministério da Fazenda - 2009) ............. 268 Prova li (Esaf - Receita Federal - 2009) ....................... 275 Prova Ili (FCC-TER/Amazonas - 201 O) .......................... 284 Prova IV (FCC-TER/Amazonas - 201 O) .......................... 290 Prova V (Fundep -Analista Municipal/GP - 2010) ........ 293 Prova VI (Fundep - Tribunal de Justiça/MG - 2009) ....... 296 Prova VII (Fundep -Assembleia/MG - 2008) ................. 299 Prova VIII (Fundep - Tribunal de Justiça/MG - 2009) ....... 303 Prova IX (Fundep -Analista Judiciário/MG - 2009) ....... 307 Prova X (Fundep -Analista de Sistemas/Prodabel - 2009) .. 311 Unidade XIII Exercícios (Treinando por Temas) .............. 314 Fonética I Acentuação Gráfica I Divisão Silábica ............................................. 314

Ortografia ...................................................... 316 RI - Determ1nante. Determ1na . do ............ .... 318 e açao Classe de Palavras ........................................... 321 Formação de Palavras ............. ......................... 323 Pronome ................................. ........................ 325 Verbo .............................................................. 327 Análise Sintática ........... ... ................................ 330 Concordância .................................................. 333 Crase .............................................................. 335 Regenc1a..................................... .................... 337 Pontuação ....................................................... 340 Elementos de Coesão ............... ...................... 343 Figuras de Linguagem ..................... ............. ... 346 Unidade XIV Exercícios (Treinando por Bancas) ............ 350 Questões da Fundação Carlos Chagas ............. 350 Questões da Fumarc. ....................................... 363 Questões da Fundep ........................................ 378 Questões do Cespe ...... .... ................................ 390 Questões do Cetro .......................................... 396 Questões da Esaf............................................. 414 Apêndice Redação Oficial. ....................................... ... 435 O que é Redação Oficial? ............................ ... 435 Pronomes e Formas de Tratamento ................. 439 Fechos para Comunicações ............................. 441 Identificação do Signatário .. ... .... .................... 441 O Padrão Ofício .............................................. 442 Forma de Diagramação ................................ ... 443 Tipos de Texto Oficial ................................... ... 444 Outros Tipos de Textos .................................... 449 Exercícios .. ... .................................................. 457 Produção de Texto Dissertativo .... ............. 459 Noções Básicas ................................ ............... 459 Qualidades de um Texto .................................. 460 O que é dissertação? ....................................... 460 Estrutura Clássica do Texto Dissertativo ............ 464 Dicas Finais ..................................................... 465 Propostas de Redação ..................................... 467


ÍNDICE REMISSIVO DE QUADROS SINÓPTICOS

ACENTUAÇÃO GRÁFICA ................................... 25 ADJETl'IOS PÁTRIOS ....................................... 104 ANÁLISE SINTÁTICA-DICAS GERAIS .............. 162 CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS ......................... 115 COESÃO TEXTUAL. .......................................... 266 COLOCAÇÃO PRONOMINAL ........................... 109 COLOCAÇÃO PRONOMINAL - RESUMO .......... 112 COMPARATIVOS E SUPERLATIVOS IRREGULARES ......................... 107 CONCC RDÂNCIA NOMINAL.. .......................... 202 CONCORDÂNCIA VERBAL ............................... 200 CONJU()AÇÃO - DICAS GERAIS ...................... 114 CONJUNÇÕES ................................................. 107 CONSIDERAÇÕES SOBRE PRONÚNCIA .............. 42 CORRELAÇÕES DE INFINITIVO ......................... 163 CRASE ........................................................... 186 DIFICULDADES ORTOGRÁFICAS ......................... 40 DIVISÃO SILÁBICA ... ......................................... 25 ESQUErAA DE TERMINAÇÕES VERBAIS ............ 117 FOCALIZAÇÃO DISCURSIVA ............................ 263 FONÉTICA ......................................................... 24 FORMAS REDUZIDAS DE ALGUNS ADJETIVOS PÁTRIOS .......................... 106 FUNÇÕES DE LINGUAGEM .............................. 267 GRAU DOS ADJETIVOS .................................... 106 INTERTEXTUALIDADE ...................................... 265 ORAÇÕES ADJETIVAS ...................................... 163 ORAÇÕES SUBSTANTIVAS ............................... 163 OUTROS SINAIS DE PONTUAÇÃO .................... 218 PARONIMIA E HOMINIMIA ................................ 36 PLURAL DAS PALAVRAS TERMlt\ADAS EM ÃO ...................................... 104 POLIFONIA ...................................................... 267 PONTUAÇÃO - VIRGULA ................................ 216 PREDICADO .................................................... 163

PREFIXOS DE ORIGEM GREGA ........................ 127 PREFIXOS DE ORIGEM LATINA ........................ 128 PRONOMES ÁTONOS EM LOCUÇÕES VERBAIS - EMPREGO .................... 111 PRONOMES ÁTONOS EM TEMPOS COMPOSTOS - EMPREGO ................. 11 O PRONOMES DEMONSTRATIVOS - EMPREGO .................................................... 113 PRONOMES PESSOAIS OBLIQUOS ÁTONOS - FUNÇÕES SINTÁTICAS ................................. 108 PRONOMES RELATIVOS - EMPREGO .................................................... 108 PRONÚNCIA ADEQUADA DE ALGUNS VOCÁBULOS .................................. 41 PROSÓDIA ........................................................ 43 QUE - TIPOS .............. :.................................... 230 RADICAIS DE ORIGEM GREGA ........................ 126 RADICAIS DE ORIGEM LATINA ........................ 129 REGÊNCIA NOMINAL - EXEMPLOS ................. 179 REGÊNCIA VERBAL - ESQUEMA ...................... 176 REGÊNCIA VERBAL - EXEMPLOS ..................... 178 SE - FUNÇÕES ................................................ 231 SE (CONJUNÇÃO)- TIPOS ............................... 232 SE (PRONOME) - TIPOS ................................... 232 TABELA DE BASES VERBAIS ............................. 117 TEMPOS COMPOSTOS ..................................... 116 TEMPOS PRIMITIVOS ETEMPOS DERIVADOS ... 113 TIPOS DE DISCURSO ........................................ 265 TIPOS DE LINGUAGEM .................................... 266 VERBOS IRREGULARES - BASES ...................... 114 VERBOS QUE APRESENTAM DIFICULDADES DE CONJUGAÇÃO ................... 118 VICIOS DE LINGUAGEM .................................. 266 VOZES VERBAIS ............................................... 116


INTRODUÇÃO

INGUAGEM, " LINGUA E FALA

A linguagem torna o homem capaz de comunicar-se e o distingue dos seres irracionais, porque é por meio dela que se transmite a culrura não só no tempo como no espaço. O resulcado disso é a evolução. Língua ou idioma é uma inscicuição. É um instrumenco social à disposição do falance. É um

parte individual da língua: varia conforme a escolha de cada um, o que resulta em vários níveis. NÍVEIS DA FALA - Estes podem ser: culro, coloquial ou literário. A língua culta ou língua-padrão requer esrudo profundo, conhecimento das normas gramaticais. A Gramática Normativa apresenta as regras

dos veículos que o homem criou para traduzir a linguagem. É um sistema de sinais (signos lin-

a serem obedecidas para se escrever bem, fator indispensável para assegurar a unidade linguística.

guísticos) convencionais e organizados. A utilização da língua pelos diferenres falantes consrirui o discurso ou fala. Porranro, fala é a

Em concursos públicos, avaliam-se não apenas as normas da língua como também os recursos de que esta dispõe.

A gramática normativa é dividida em cinco partes:

1.

FONOLOGIA; estudo dos sons e de suas representações gráficas.

II. MORFOLOGIA; estudo da palavra em sua estrutura e formação, em suas flexões e em seu agrupamento em classes.

III. SINTAXE: estudo das palavras associadas em orações e das orações agrupadas em períodos. IY. SEMÂNTICA: estudo dos significados das palavras em determinado contexto discursivo. V.

ESTILÍSTICA: estudo do aspecto estético e emocional da linguagem, principalmente na literatura. Nesse item, a Gramática se acém de modo mais enfático à linguagem figurada.

13


UNIDADE 1

FONOLOGIA

NOÇÕES DE FONÉTICA FONEM A

Ditongo

Encontro de dois sons vocálicas na mesma sílaba, pronunciados de urna só vez.

pei-xe trou-xa hós-tía li-rio

Tritango

Encontro de três sons vocálicos na mesma sílaba pronunciados de urna só vez.

i-guais sa-guão a-ve-ri-guei Pa-ra-guai

Hiato

Encontro de sons vocálicas em silabas diferentes pro· nunciados separadamente.

po-e-ta sa-ú-de ca-í-da ru-im

Fonema é a menor unidade sonora que entra na constituição da palavra. Sendo o fonema uma unidade sonora, só pode ser percebido pelos nossos ouv idos. • Fonema é de natureza sonora; representa, pcis, cada som por nós emitido. • Letra é a representação gráfica do fonema; é, portanto, a renrariva que fazemos de represen-

No aparecimemo dos encontros vocáli<.os

tar graficamente o som que emitimos.

ditongo e tritongo, ocorrem dois tipos de fonemas:

Nem sempre há coincidência enrre o número

vogal e semivogaJ.

de !ceras e de fonemas. Em chave, escrevemos pro nu nciamos 4 so ns - x apenas o som de x.

f/

5 lecras - e h a v e - e

Semivogal

v e - porque eh possui

É o fonema pronunciado mais fracamente que: a vogal; é oucro som elementar da voz humana;

Em boxe, escrevemos 4 !erras - b o x e - e pro-

quando pronunciado vem acompanhado de leve

5 so ns - bokse - porque o x possui o

ruído consonanral . São os fonemas I y / e I w I

nunciamos som de ks.

que se agrupam com uma vogal, formando sílaba. Na escrita, é represemada por e , i, o , u.

ENCONTRO VOCÁLICO

Nunca aparece sozinha. Enrra na formação dos segu intes encontros vocálicas: ditongo e tritongo.

Exis1em palavras em que os sons ou fonemas

a, e, i, o, u são pronunciados com maior ou menor intensidade, imediacamence um após o outro, constit uindo os encontros vocálicas.

14

C aixa

Ameixa

A: vogal

E: vogal

/: semivogal

!: semivogal


FLÁVIA RITA COUTINHO SARM ENTO

Ditongo Encontro de uma vogal com uma semivogal. azuis

síria

• Tritongos orais a-de-quai a-ve-ri-gueis

água

Conforme a posição da vogal e da semivogal, o ditongo é classificado em crescente ou decrescente. Quanto ao papel das cavidades bucal e nasal, o ditongo pode ser oral ou nasal. • Ditongo crescente: quando a semivogal vem ames da vogal .

a-guai a-pa-zi-guei ave-ri-guou ra-diou-vin-te

• Tritongos nasais de-sá-guem

sa-guóes

Hiato Encontro de duas vogais em sílabas separadas. har - mo - ni - a ba - ú

ru - a sa - í - da

dolência - - - - + do-lên-cia

/\

SV

DÍGRAFO

V

É o conjunto de duas letras que representam um único fonema.

• Ditongo decrescente: quando a semivogal vem depois da vogal. ágeis - - ----?á - geis

/\

V

SV

O ditongo decrescente pode ser oral ou nasal. • Oral: quando o ar sai apenas pela boca: saudosos, faixa, trouxa, peixe, coronéis, jiboia, véu...

eh: chave

xc: exceção

·---------------------------,-.

: Em palavras como qu.1tro, ' guaraná e escola, não encontramos dígrafos, porque qu, gu e se representam dois sons. Nos grupos am, an, em em, im, etc., em palavras como bambu, linda, monte. etc., o m ou o n não são pronunciados, apenas nasalizam a vogal anterior, por isso são considerados dígrafos vocálicas. , _______________________________________ , Bambu (bábu)

Os ditongos nasais apresentam -m, -n ou til.

: '

qu: quilo gu: águia se: piscina sç: nasça

""'

• Nasal: quando o ar sai pela boca e pelo nariz: Coração, amam, bênção, órgão, hífen...

"""'

ss: massa rr: arroz lh: ilha nh: ninho

·---------------------------,,

Também podem ser conside- ', l rados ditongos os grupos em, am, en, an, on, i' : a4 e4 ol em palavras como: porém, amam, tre- : :,_ ,mem (trêmeiltremeim), palma, hífen... ) _______________________________________

ENCONTRO CONSONANTAL

É o enconrro de duas consoantes numa mesma palavra.

;

Tritongo Encontro de semivogal + vogal + semivogal.

Pa-ra-guai 15

plangentes

sombras

tremem

emblema

plasma

asco

astro

istmo

teste


PORTUC:UtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DETEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

EN CONTRO CONSONANTAL

REG RAS DE ACENTUAÇÃO

• Pe rfeito: mes ma sílaba

p1·0 - ble - rna • Imperfeito: sílabas discincas

A(s)

más, pá, vá, Brás, chá

E(s)

fê, vê, mês, Sé, três, pe

O(s)

nó, pós, dó, pôs, só

tes - te

~~~~~~~~~~~

1

-

ACENTUAÇAO GRAFICA

TONICIDADE

1 Também recebem acento as formas verbais

• Oxíton as A última sílaba é tônica.

terminadas em o - e - a tônicas, seguidas de pronome (lo, los, la, las}: trá-lo, fá-lo, vê-

-lo, pô-los, vê-los...

MAIRAJBÁ 1 :-.IA 1 RA

2 Cerras formas verbais pronominais apresen-

1 BÁ 1

tam dois monossílabos tônicos acentuados:

Jabá - m ocotó - sapê - você

vê-ÚJ-ás

L

• Parox ítonas A penúlcima sílaba é tônica.

HI S

1

1

monossílabo tônico terminado em e (s)

fá-lo-á

HIS/TÓ/RIA 1

Lmonossílabo tônico terminado em a (s)

RIA

L

1

monossílabo tônico terminados em a(s)

lápis - remédio - órfão - ímã

• Proparoxítonas A ancepenúllima sílaba é rôn ica.

l'•• • • IAI

. ·-

......,.1>:41l111r. ....., ,1:.111111110 1

RÁ/Pl/DO

1

1 RÁ

PI

lmonossílabo tônico terminado em a(s)

0

· - .:. ••• 1111;."I

-

•w:.illl

EM/ENS

1DO1

O(s) E(s)

lâmpada - síndico - pêssego - ínterim

1

A(s)

também, parabéns, alguém retrós, compôs, cipó, mocotó jacaré, vocês, café, dendê

1

Carajás, vatapá, verás, guaraná

J

• l\/lo nossílabas Tônicas

·- --.. .:- --

Possuem apenas uma sílaba e ela é tônica. #

#

#

1

d

I

I

A

-- - ------ -- ----------- - -- -,,

Acentuam-se todos os vocábulos proparoxí-

gas - ma - ca - pa - o - re - mes

~ 1

tonos: bígamo, bárbaro, cálice, chácara, cândi-

A classificação das sílabas se observa da direi-

do, chávena, cônjugue, cúpula, diácono, déspota,

ca para a esquerda da palavra (do final para o

~

êxodo, féretro, gélido... : '~--- - ----- - -----------------------------;'

princípio do vocábulo).

76


FLÁVIA RITA COUTINHO SARM ENTO • sem acento (com 1, m, n, r, z ou seguidos de nh) : Raul, ruim, juiz, cair, saindo, amen-

Termos proparoxítonos podem ser encontrados fazendo parte de formas verbais pronominais:

doim, bainha, tainha .. .

• Coloca-se acento circunflexo na sílaba tônica das formas verbais de terceira pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir e de seus derivados:

entregá-lo-íamos

L

Lproparoxítona oxírona terminado em a

. .

J!Ti:i

r•. . . .

tr;111l~f1r111r:L...-..

'lf~f~l11•r•

· - ....... 11111.,

-

tr;1...._!J•••

Ter

Vir

ele tem eles têm

ele vem eles vêm

• Os derivados recebem acento agudo no singular e circunflexo no plural.

PS

bíceps, tríceps, fórceps, Quéops

l(s)

júri, táxis, biquíni, tênis, lápis

R

fêmur, dólar, caráter, Víctor

N

Nélson, hímen, cânon, abdômen

Ã(s)

ímã, órfãs, dólmã

ÃO(s)

órfão, bênção, acórdãos

us

Vênus, bônus, vírus, lótus

El(s)

pônei, louváveis, úteis, jóquei

UM( uns)

fórum, álbuns, médiuns

• Acentuam-se os ditongos a bertos éi, éu, ói cm final de palavra.

L

útil, notável, automóvel, fáci l

coronéis, chapéu, véus, lençóis...

X

tórax, fênix, Félix, ônix

Ditongo crescente

família, Vitória, cárie, vácuo, níveo

Derivados (Regra de Ox.ítona) ele contém eles contém ele retém eles retém

ele intervém eles intervém eles sobrevém eles sobrevêm

Acento Diferencial Recebem o acento diferencial (circu nflexo) os vocábulos tônicos que apresentam a mesma escrira que os átonos (chamados de homógrafos) . por (preposição) X pôr (verbo) pode (p resente) X pôde (pretérito)

( Vocábulos paroxítonos terminados em A(S} '-, '

i E(S), O(S} e EM {ENS) não são acentuados. 1 1 1 1

hífen - hifens

hímen - himens

RESUMINDO ...

'~---------------------------------------;'

~1:..:..11:..... n lmllID .: • .. •

Proparoxítonos

Regras Especiais • Acentuam-se os hiatos tônicos I e U, sozinhos ou com S: • O 'T' e o "U", quando forem a segunda vogal

todos

Monossílabos tônicos

terminados em

a(s) - e(s) - o(s)

Oxítonos

terminados em

a(s) - e(s) - o(s) em -ens

Paroxítonos

rônica de um hiaw, não estando seguidos de nh, recebem acento: saúva, ruína, saíres, baú,

diferentes de

i(s) - u(s)

Hiatos tôn icos Ditongos abertos

país, baús, caíste, balaústre, Esaú, juízes...

77

i!

em final de palavra

éi - ói -- éu


PORTUGU~S

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

DESCOMPLICADO

• preposição por + conjunção integrante que. Anseio por que você saia. ( = para que)

Grafia do Porquê a) Escreve-se separado e sem acento: por que

b) Escreve-se separado e com acento: por quê p reposição por + pronome interrogativo que no final das interrogativas. Saíste po1· quê?(= por que razão)

• preposição por +pronome interrogativo que, na introdução de orações interrogativas diretas ou indiretas. Por que saíste? (interrogativa d ireta) Diga-me por que saíste. (interrogativa indireta)

c) Escreve-se junco e sem acenco: porque como conjunção, qualquer que seja. (causal ou explicariva)

Saí porque eu quis. (=pois)

• preposição por + pronome relativo que, referindo-se a um substantivo.

d) Escreve-se junco e com acenco: porquê como

Não sei o morivo por que saíste. (= pelo qual) Dê-me uma razão por que não posso sair.

subsrancivo. Não interessa o porquê da minha saída. (= motivo)

(= pela qual)

í~ EFDí~ J'JJ;.\ Díf f 0Gíii\FJ0\ \ 1 - TREMA Usávamos o trema na vogal "U " (pronunciada c árona), antecedida de Q ou G e seguida de E ou 1. O objetivo do rrema era d istinguir a vogaJ "U" muda (= não pronunciada) da \•ogal "U " pronunciada: lingiliç:a, freqüência, qülnqüênio, seqücstro, tranqüilo, qüinquagésimo, delinqüen te, pingüim, entre tantas outras.

(sem trema)

LINGUIÇA, FREQUÊNCIA, QUINQUÊNIO, SEQUESTRO, TRANQUILO, QUINQUAGÉSIMO, DELINQUENTE, PINGUIM...

2 - REGRA DO ACENTO DIFERENCIAL (PARCIALMENTE ABOLIDA) Recebiam acento gráfico:

(sem acento)

• "ELE PÁRA" (do verbo PARAR, só a 3". pessoa do singular do • "E LE PARA aqui todos os dias"; prC'scnre do indicativo); • "EU PELO", "TU PELAS" E "ELE • "EU PÉLO, "TU PÉLAS" e "ELE PÉLA" (do verbo PELAR); PELA"; • "O PÊLO", "OS PÊLOS" (subsranrivo =cabelo, penugem); • "O PELO", "OS PELOS"; • "A PÊRA" (subsra nrivo

=

• "A PERA";

fruta};

• "O PÓLO', "OS PÓLOS" (subsra nrivo =jogo ou extremidade). • "O POLO", "OS POLOS".

18


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

O QUE NÃO MUDA: • PÔR (só o infinirivo do verbo) "Ele deve PÔR em prfoca rudo que aprendeu".

•PÔDE

É a 3ª. pessoa do singu lar do pretérito pcrfciro do indicativo. "Ontem ele não PÔDE resolver o problema".

• POR (preposição) "Ele deve ir POR este cam inho".

• PODE É a 3ª. pessoa do singular do prcsem e do indicativo. "Agora ele não PODE sair".

I -VERBO

II - PREPOSIÇÃO • Isco é para PÔR aqui, Mariana? • Eles passam POR aqui todos os dias. •Todos os dias você deve PÔR ração para os pom- • POR Deus, o que acomeceu, Flavinho? bos, cerro? • Ela é feliz POR ter a Júlia e o Yícror em sua vida. • No mês passado você não PÔDE pagar a conta, neste você PODE? Só é possível idemificar a palavra como verbo ou preposição verificando o contexto (roda a construção da frase) . Em FÔRMA (subsranrivo), o acenro diterencial é facultativo.

3 - REGRAS DOS DITONGOS ABERTOS "ÉU", "ÉI" E "ÓI" (PARCIALMENTE ABOLIDA) Acentuavam-se rodas as palavras que apresentavam os dicongos abertos ÉU / Él / ÓI. CÉU, RÉU, CHAPÉU, TROFÉUS, PAPÉJS, ANÉJS, TDÉIA, ASSEMBLÉIA, DÓI, HERÓI, EU APÓIO ...

NOTA: Não se acenruam os ditongos fechados : EU: SEU, ATEU, JUDEU, EURO PEU ... EI: LEI, ALHEIO, FEIA... 01: BOJ, COISA, O APOIO ...

Perderam o acento agudo som enre as palavras PAROXÍTONAS. I-DEI-A, BOI-A, JI-BOI-A, ESFE-ROI-DE, HEROI-CO, EU A-POl-0, ELE A-POI-A... O Q UE NÃO MUDA: O acenco agudo permanece nas palavras MONOSSÍLABAS (UMA SÓ SÍLABA) E NAS ÓXITONAS (ÚLTIMA SÍLABA TÔNICA) : MONOSSÍLABAS: DÓI, MÓJ, RÓI, CÉU, RÉ U ... OXÍTONAS: HERÓI, ANÉIS, PAPÉIS, PASTÉIS, TROFÉU, CHAPÉUS ...

4 - REGRA DO "U" E DO "I " (PARCIALMENTE ABOLIDA) FEI-Ú-RA, BAI-Ú-CA, 80-CAJ-Ú-YA

As palavras em que as vogais 'T' e " U" não fo rmam hiato com a semivogal do ditongo anterior perderam o acento agudo (falso hiato). FEI-U-RA, BAI-U-CA, 80-CAT-U-YA

79


GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

PORTUGUtS DESCOMPLICADO

1

O QUE NÃO MUDA: As vogais 'T ' e " U " recebem acento agudo sempre que formam hiaro com a vogal anterior, desde que sozinhas na sílaba ou com "S" e distantes do dígrafo "-NH". Gra-já-ú

ba-ú

a-rra-í-do

con-re-ú-<lo

pa-ís

fa-ís-ca

ca-ís-re

d is-rri-bu-í-do

sa-ú-de

ra-í-zes

ju-í-za

ca-í-mos

5 - OUTRAS REGRAS A) l'\ão se acentua mais a !erra "U" nas formas verbais GUE, QUE, GUI, QUI, dos verbos apaziguar, averiguar, arguir e obliquar.

ARGÚI, APAZIGÚE, AVERlGÚE, OBLIQÚE

ARGUI, APAZIGUE, AVERIGUE, OBLIQUE

B) Os hiatos "00" e "EE" não são mais acentuados. abençôo - enjôo - pcrdôo - vôo - corôo - côo rr-ôo - povôo - lêem - dêem - c rêcm - vêem dcscrêcm - relêcm - revêem ...

abençoo - enjoo - perdoo - voo - coroo - coo moo - povoo - Icem - <leem - creem - veem descreem - releem - reveem ...

6 - HIFEN IZAÇÃO A) HÍFEN - RR e SS: O hífen não é mais utilizado cm palavras formadas de prefixo terminado cm vogal + pabvra iniciada por "R " ou "S", sendo que essas letras devem ser dobradas.

-

,,,~U:i.'1

!.~111 f!.1ul'J1:::i~11 :::i

ante-sala

ante-sacristia

auto-retrato

anccssala

anrcssacnsna

aurorrecraro

anti-social

anri-rugas

arqui-romântico

anrissocial

an1irrugas

arquirromânrico

arqu - rivalidade

contra-senso

con rra-regra

arq ui rrival idade

con1rassenso

conrrarregra

ext ra-sísrole

exrra-seco

infra-som

cxrrassísrole

cxcrasseco

infrassom

se mi-si n ré rico

semi-real

ulrra-sonografia

scmissinrérico

sem irreal

ui rrassonografia

NOTA:

Nos prefixos SUB, HIPER, INTER e SUPER, permanece o hífen se a palavra seguinte for iniciada

por "H " ou"R": sub-hcpárico

hipcr-rcalisra

inrcr-racial

inrcr-rclação

hiper-requincado

h ipcr-requisirado

inter-regional

super-racional

super-real isca

hiper-hisrória

super-homem

imer-hospiralar

20


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

B) HÍFEN - MESMA VOGAL: Agora se utiliza o hífen quando a palavra é fo rmada por um prefixo terminado em vogal + palavra iniciada pela mesm a vogal. ,,,,, .. :i,.,

t.!.••1r71i 11'11:rnu::i:

Microondas

microônibus

Micro-ondas

mic ro-ônib us

Antiibérico

anciinAamatório

Anti-ibérico

anri-in Aam aró rio

AnriinAacion<Írio

anti imperialista

Anri-inAacionário

anri-imperialisra

Arquiinimigo

m icroo rgân ico

Arqu i-in im igo

micro-orgânico

NOTA:

São exceções os prefixos "CO" e "RE", que permanecem sem hífen diante de vogal idêntica. cooperação

coobrigar

coordenar

reelaborar

reesrrururar

reeleger

C) HÍFEN - VOGAL DIFERENTE: Não se utiliza mais o hífen em palavras fo rmadas por um pre fi :(o terminado em vogal + palavra iniciada por o urra vogal.

l.!.,,, .. :i,....

1

!.''li f•1 U1'll:l~U:I

au ro-afi rmação

auco-ajuda

auroafirmação

autoajuda

auto-aprendizagem

auro-escola

autoaprend izagem

auroescola

auro-esrrada

auro-insrrução

auroesrrada

auroi nsrrução

con era-exemplo

contra- indicação

contraexemplo

contraind icação

extra-oficial

infra-estrurura

exrraoficial

infraestrutura

intra-ocular

inrra-urerino

inuaocular

intrauterino

neo-expression isca

neo-imperialisra

ncoexpressio nista

neoimperiaJisca

semi-aberro

semi-árido

semiaberro

serniá rido

semi-auwm:hico

semi-embriagado

semiauromático

sernie mb riagado

semi-obscuridade

supra-ocular

sem iobscuridade

supraocular

ultra-elevado

m icro-esfcra

ui rradevado

m icroesfera

NOTA:

Esca regra não se encaixa q uando a palavra seguinte se iniciar por "H ". extra-humano

anci-higiênico

anti-herói

sem i-herbáceo

D) Não se usa mais hífen em compostos q ue, pelo uso, perderam a noção d e composição o u que t::nh am termo de ligação. !.!.1~ li~,

11

!,•Hlf.!.1 U1'1 l::l~ll::I

manda-chuva

pára-quedas

mandach uva

paraq ued as

pára-quedisrn

pára-lama

paraqued ista

paralama

pára-brisa

pára-choque

parabrisa

parachoque

NOTA:

O uso do hífen permanece em palavras compostas que não conrêm elemen ros d e ligação e com:ricuem tmidade sincagmááca e semântica, bem como naquelas que designam espécies bo tânicas e zool6gicas.

beija-Aor

couve-flor

erva-doce

conta-goras

segunda-feira

bem-te-vi

ano-luz

azul-escuro

médico-cirurgião

guarda-chuva

mal-me-quer

rencnre-coronel

21


GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

PORTUC:UÊS DESCOMPLICADO

CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE O HÍFEN: • Em palavras fo rmadas com prefixos "PRÉ", "PRÓ", " PÓS" (quando acentuados graficamcncc), "EX" (no sencido de "passado"), "VICE", "SOTO", "SOTA", "ALÉM", "AQUÉM", " RECÉM" e "SEM", usa-se o hífen. pré-naral

pró-europeu

pós-graduação

ex-presidente

\•ice-prefeito

~oco-mestre

além-mar

aquém-oceano

recém-nascido

sem-teto

vice-rei

pré-vestibular

• Em palavras formadas po r "CIRCUM" e "PAN" +palavras iniciadas em VOGAL, H , M ou N, usa-se o hífen. pan-amcricano

circ um-navegação

circum-mura<lo

circum-hospitalar

• Con os sufixos de origem rupi-grarani "AÇU", "GUÇU" e "MIRIM", que represencam formas adjecivas, usa-~e o hífen. amoré-guaçu

anaj:í-111iri111

capim -açu

EXERCÍCIOS 1 Assinale a opção em que todas as palavras são acentuadas pela mesma regra de "alguém inverossímil" e "caráter", RESPECTIVAMENTE: 11

4 Indique a única alternativa em NENHUMA palavra é

11

acentuada graficamente.

,

a) bonus, tenis, aquele, virus

a) hífen, também, útil

b) repolho, carvalho, onix, grau

b) armazém, útil, éter

c) juiz, saudades, flores, assim

c) têm, anéis, éter

d) levedo, carater, condor, ontem

d) há, impossível, crítico

e) caju, virus. niquei, acloga

e) pólen, magnólias, nós

5 A palavra abaixo que NÃO deve receber acento gráfico é

2 Assinale a alternativa de vocábulo INCORRETAMENTE grafado.

a) constroi

a) hifen

b) orfã

b) item

c) filantropo

c) itens

d) textil

d) ritmo 6 3 Indique a única alternativa em NENHUMA palavra é acentuada graficamente a) lapis, canoa, abacaxi, jovens

As silabadas, ou erros de prosódia, são frequentes no uso da língua. Assinale a alternativa onde NÃO ocorre nenhuma silabada. a) Eis aí um prototipo de rúbrica de um homem vaidoso.

b) ruim, sozinho, aquele, traiu c) saudade, onix, grau, orquidea

b) Para mim a humanidade está dividida em duas metades: a dos filantropos e a dos misantropos.

d) voo, legua, assim, tenis e) flores, açucar, alguns, virus

22


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO c) Os arquétipos de ibero são mais púdicos que se pensa.

9 Todas as palavras a seguir apresentam o mesmo número de sílabas e são paroxítonas, EXCETO: a) silencio

d) Ávaro de informações, segui todas as pegadas do éfebo.

b) gratuito c) insensível

7 Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE as frases:

d) melodia

1 Cada qual faz como melhor lhe _ _ _ __ 2 O que

1O Em algumas palavras, a posição da sílaba tônica não é tão nitidamente marcada, decorrendo daí pronúncias desencontradas. Nesses casos, a Gramática propõe como correta a forma que está de acordo com o uso culto. Quando há hesitação no próprio uso culto, a Gramática admite como corretas as diferentes pronúncias. Assim, é correto tanto acrobata como acróbata (trata-se de formas variantes) . As palavras que seguem apresentam problemas de acentuaç210 gráfica, decorrente da sua pronúncia hesitante. Assinale a alternativa em todas as palavras estão grafadas de acordo com a pronúncia culta

estes fracos?

3 Neste momento os teóricos _ _ _ _ _ _ os conceitos. 4 Eles _ _ _ _ _ _ a casa do necessário. a) convém I contêm / reveem / proveem b) convém I contém I reveem/ provêm c) convém I contém / revêm / provêm d) convêm I contém I reveem / proveem e) convêm / contêm / reveem/ proveem

a) pudico, rúbrica, ínterim 8 Todas as palavras a seguir devem ser acentuadas graficamente, EXCETO

b) lêvedo, boemia, íbero e) avaro. aerolito, batavo

a) hifen b) biquíni

d) filantropo. gratuito, aziago

c) item

e) alacre, improbo, protótipo

d) juizes

1p-ot I % I )-8Ie-L1 q-g I )-s 1)·v1 q- El e-z I q-t I Ol1Jeqe9

DICAS GERAIS 1 - Em palavras como i - dei - a e pia - tei - a,

pronomes côn icos. Preposições, conjunções,

não há hiaco. Observe que, como o dicongo

arrigos e pronomes áconos constituem mo-

é decrescente, não há encontro de vogais em

nossílabos áconos.

sílabas disrinras. Logo, cais palavras apresentam dicongo e falso hiaco.

3 - Em palavras como história e grêmio, há inscabilidade fonética no dicongo. D essa forma,

2 - Os monossílabos côn icos são semanticamen-

alguns autores consideram a possibilidade de

re compleros, por isso são represencados por

divisão do dicongo (proparoxíco nas eventuais) .

his - tó - 1-i . a

subscanrivos, adjecivos, ad vérbios, verbos e

23

grê- mi. o


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

1.

. •:.(t

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

{:

li(!l~l:Hr•f~

rONEMA: é a n.:prcsc nraçáo sonora de uma lecra ou de um c.:onjunro de letras. O nlimero de lerr:is pode ser menor, igual

.

ou maior do que o ni'1mero de fonemas . Há cenos casos cm que "n" não produ1 fonema. Porque as letras "n" e "m" não é 'emprc uma consoante, pois podem servir apenas para nasalizar a vogal anterior. • A lerr:i "x" podc, ocasionalmente, cer o >om de "ks", mas náo é sempre.

.

Não se po<le f:11.er a inclusão de letras .

COl\S IDERAÇÔES SOBRE FONEMA • O número de letras de um vocábulo pode :.er igual, maior ou menor que o ni'1mero de fonemas.

• As lerras "m" e "n" podem, oca:.ion:ilmcncc, indicar apenas a

nasali1~1ção da vogal ancerior ou emitir sons de semivog:il.

• Oca~ionalmentc, a !erra "x" pode produzir dois fonemas "ks". D ÍGR.\FO (DRI G RAi'v1A): é o enconrro de duas le tras q ue produzem um i'inico fonema. • Dígrafo vocálico: vogal + m/n.

Dígrafo consonantal: nh, eh, lh, rr, ss, se (serão sempre dígrafos), xc, cç. qu, gu ... (dependendo d.1 palavra) .

ENCONTRO CONSONANTAL: é o encontro de duas consoantes que produzem dois sons disrinros. Encontro conson:rn ral perfcim: na mesma sílaba. Encontro con:.onanral imperfeito: em sílabas disrinr:u.. ENCONTRO VOCÁLICO: é o cnconcro de duas vogais ou de vogal + semivogal.

Escala:

A {vogal)

• A letra "A" é scmpre vogal.

i\

. .

-O

O : pode ser vogal o u semi vogal. E: pude ser vogal ou semivogal.

-E

l/U: podem ser vogal ou semivogal.

(som, poi\ o crema não exbre m:iis): sempre semivogal.

• Toda semivogal acontece associada a uma vogal.

.- II U Ü (scmivogal)

DITON GO: é o cnconrro de vogal + scmi vogal ou de scmivogal + vogal, na mesma sílaba. D itongo crescente: semivogal + vogal. D itongo d ecrescente: vogal+ semivogal. D itongo a be rto: a pronlincia é aberta. Porranco, o som é de accnro agudo. D itongo fechado : a pro nú ncia scní fechada. Logo, o som é de acenro circunAcxo. D itongos orais: pronúncia pela boca. Dito ngos nasais: pronúncia pelo nariz. São aqueles que possuem Nn lfrl L. As letras M, N e L podem formar enconrros vocálico~ quando produzirem sons de ~cmivogais (i/u). TRITO N G O: é o enconcro de semi vogal +vogal + semivogal, na mesma sílaba.

HIATO: é o encontro de duas vogais cm sílabas discincas.

24


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

1

Não existe sílaba sem vogal. Consoante "sozinha" fica em sílaba anrerior. Os prefixos ab, ob, ex, bis, rrans, sob, sub ... , quando acompanhados de vogal, formam sílaba. Por outro lado, cuando acompanhados de consoanrc, nfo formam sílaba. Os dígrafos NH, LH, e CI 1 ficam sempre na mesma sílaba. Letras duplicadas ficam sempre cm sílabas separadas. As vogais dos hiatos ficam cm

sílaba~

separadas.

Ditongos e tritongos não se separam. Observação: As palavras paroxíronas terminadas cm ditongo crescenre podem admitir uma divisão fonética do d irongo.

tN.•::aru~t•l~

1

u1

1

1

REGRAS GERAIS Acentuam-se os monossílabos tô nicos terminados em A(s), E(s), O(s) . São monossílabos tônicos subsranrivos, adjetivos, advérbios, verbos e pronomes tônicos. Acentuam-se as ox.ítonas terminadas em A(s), E(s), O (s), EM e ENS. Não se acentuam as parox.ítonas terminadas em A(s), E (s), O (s), EM e ENS. Acentuam-se as parox.ítonas terminadas em: -1, -N, -R, -X, -1, -UM, - US, -ÁO , -Á, -PS e DITONGO.

=>

NUMPS-

LEIRUSXÁO Acentuam-se as parox.ítonas terminadas em ditongo crescen te. Todas as proparoxítonas são acentuadas. CASOS ESPECIAIS Acentuam-se as vogais - i e - u dos hiatos em 2ª posição, tônicas, sozinhas ou seguidas de-Se longe de - N H (condiçóe.\ simultâneas).

Acentuam-se os ditongos abertos 01, EU e EI em final de palavra (oxírona ou monossílaba). Emprega-se o acento diferen cial nos seguintes vocábulos: pôr (verbo) para diferenciar de por (preposição), pôde (pretérito) para diferenciar de pode (presenre). OBSERVAÇÔES

.

• Os derivados <le l i e vir apresenram acento circunAexo no 12lural e acenro agudo no singular. Dobram a letra "e" no plural: crer, dar, ler, ver e derivados.

• Em caso de verbos associados a formas pronominais, são usadas as regras normais de acencuaçáo. Parti-lo (oxírona terminada em "i"), substituí-lo (hiato), apoiá-lo (oxírona), vendê-lo (oxírona), contrariá-lo (oxírona), vendê-lo-íamos.

25


UNIDADE li

ORTOGRAFIA

1

1

ALGUMAS OR~ENTAÇÕES ORTOGRAFICAS

FORMAÇÃO DE SUBSTANTIVOS A PARTIR DE VERBOS

s

Ances de qualquer informação, é necessário

imeRGir

imersão

exPELir

expulsão

diveRTir

diversão

aspeRGiR

aspersão

.

inCORRer

incursão

cereja

cerejeira

imPELir

impulsão

varejo

varejista

inveRTer

inversão

disCORRer

discurso

cortês

cortesia

asceNDer

ascensão

cerveja

cervejeiro

compreeNDer

compreensão

anjo

anjinho

canja

canjica

jeito

ajeitar, rejeitar, sujeitar

tesouro

tesoureiro, tesouraria

obscr"ar:

Toda palavra derivada conserva as letras da palavra p1'i:mitiva.

•• ~

...

• ., • .,,~•• 1111111~UTJ:l

"""

.'.'

.-

J:l.ir.u•r•~~F; ,,_,..,r• Ir...~

·.

C onclusão: Escrevem-se com S os substantivos e adjecivos derivados de VERBOS cujos radicais terminem em RG, RT, NO, PEL e CORR. Outros exemplos:

Obs.: Para formar o diminucivo no plural, faz-se, primciramenre, o plural do subsranrivo no grau norma l, depois acrescenta-se o sufixo zinho e, em seguida o s, do plural. papel -> papéis > papeizinhos flor - >flores - > jlorezinhas anzol-> anzóis > anzoizinhos

26

converter

conversão

descender

descensão

pretender

pretensão

compelir

compeli são

concorrer

concurso


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

ss conCEDer

concessão

subMETER

submissão

opriMIR

opressão

aCEDer

acesso

permiTIR

permissão

admiTIR

admissão

impriMIR

impressão

proMETER

promessa

aGREDir

agressão

Observação: A maioria dos substantivos abstratos derivados de verbos são escritos com çáo.

VERBO

SUBSTANTIVO ABST~ATO

obrigar

obriga@

descrever

descri@

informar

informação

redigir

redação

reter

retenção

aceitar

aceita@

continuar

continua@

Conclusão: São escritos com SS os substantivos derivados de verbos cuja terminação é CEDER, M 1R, TIR, METER, G RED 1R.

,

1

DIFICULDADES ORTOGRAFI :AS Outros exemplos:

reprimir

repressão

discutir

discussão

progredir

progressão

remeter

remessa

retroceder

retrocesso

Que/ Quê

a) No meio da frase: Não sei o Q.!!f ele fez. b) No início da frase: Que trabalho é este? OQ.!df fazer? c) Como conjunção: Todos dizem Q.!!f isso é mentira.

ç deTER

detenção

aTER

aten@

conTER

contenção

abster

abstenção

c) Como interjeição: Quê! Você já chegou?!

1_.,

a) Nas frases interrogativas: Diretas -Por que você o ofendeu? Indiretas - depois dos verbos "dicendi" (qLe indicam dizer): Ele me perguntou por que você o agradeceu.

Outros exemplos:

obtenção

b) Quando é substantivo: Ela tem um QJJ.ê angelical.

Por que/ Por quê/ Porque/ Porquê

Conclusão: Escrevem-se com Ç os substantivos derivados de verbos que se originam de TER (verbo).

obter

a) Quando vem no final da frase: Então, você fez o QJJ.ê?

b) Como pronome relativo(= pelo qual): Esta não me parece a vida por que ele luta.

27


PORTUC:3 UtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Onde/ Aonde

,I'

Usado no final das frases interrogativas diretas ou indiretas:

Você o defendeu por quê?

Usado com verbos que pedem a preposição em. Esses verbos indicam permanência. Moro onde fica a igreja. A casa onde ele reside é simples.

Você o defendeu e não disse por quê.

li

(KIJ:lllll:::I

Conjunção: causal ou explicativa.

A/ Há/ À

Ele está muito feliz porque passou no concurso. - Causal. Você está triste é poroue não passou na prova? - Causal na interrogativa.

Artigo - Vem antes do substantivo feminino: a casa, a vida, a beleza ...

Por favor, ajude-me, porque estou doente. - Explicativa

TI

Preposição - Indica distância, tempo futuro, direção, destino, etc. Não vamos teatro. A casa fica 200m. Só irei daquiª 2h. Vouª Paris.

li{tm1111:::11

É um substantivo. Vem precedido de determinante:

ªª

Ele não definiu o porquê de sua atitude.

Mal / Mau

Ele chegou mal. Ele chegou bem. O mal com o bem se paga. Mal saí, ele chegou. (conj)

Éusado com verbos de movimento, que indicam "direção para" exigem~. Vou aonde quero. Aonde vais?

Vou a +a praia. Vou ª-praia.

Ele não é tão mau. Ele não é tão bom. Tem um mau humor. Tem um bom humor.

3ª pes. do sing. do pres. ind. do verbo haver. Sentido de tempo passado: Isso aconteceu há pouco. Estou aqui há 2 horas. Sentido de existir: Hoje não há sessão. Ali há uma casa bem antiga.

Os pais já ªencontraram.

Enviarei a correspondência ª-empresa. Esta obra éª que indicaram no censo.

Mas / Mais Opaís parece que está melhornndo, mas ainda há infla@.Q. (= porém ainda há inflacão.)

Ao encontro de I De encontro a Foi ele quem mais trabalhou. Foi ele quem menos trabalhou. Estava mais aflito. Estava menos aflito.

Sua decisão veio ao encontro das minhas expectativas, por isso estou feliz.

28

Sua decisão veio de encontro às minhas expectativas, o que muito me decepcionou.


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

Afim / A fim de

A par/ A o par

1.

Descobri que tínhamos ideias afins.

Estou aqui a fim de te ajudar. Sorria a fim de me alegrar.

Não estou a par do as- As moedas fortes, como a libra, sunto da conferência. mantêm-se sempre ao par

Demais / De mais

Ele ficou feliz demais. (Ficou muito feliz.)

PALA'fRAS QUE OFERE~E '. DUVIDA QUANTO A . SÍLABA TÔNICA ,1

Não vejo nada de mais aqui. (Não vejo nada de menos aqui.)

cateter, harém, Gibraltar, mister, Nobel, novel, refém, recém, ruim, sulli, ureter, etc.

Senão / Se não

Trabalha e estuda, senão nada Se não ficou rico ainda, conseguirás. (= do contrário) trabalhe mais. Ninguém senão você poderá Ficaram muitos entender-me. (= exceto) hóspedes no hotel, se não todos já Todos ficaram ricos. Ele não encontrou senão uma estavam lá. Se não podes, por que pequena esmeralda. (=apenas) vais?

acórdão, misantropo,

aeródromo, biQtipo, anélito,

exe~se,

necropsia, filantropo, fortuito, gratuito, avaro, aziªgo, barbaria, pudico, Hungria, ibero, io.dex, dúplex, maquinaria, etc.

ar~tipo,

bávaro, bogmia, interim, ill,vedo, etc.

Observação: Alguns dicio nários já aceiram Leve-

do, duplex e boemia.

Tampouco / Tão pouco

VARIANTES LINGUÍSTICA Palavras de grafia oscilante assoviar assobiar bile bílis percentagem percentagem aluguei aluguer quotidiano cotidiano cota quota loira loura alpargata aipercata enfarte enfarto bêbado bêbedo quatorze catorze

Não sei tudo, tampouco ele Bebi tão pouco quanto ele. o sabe.

A cerca de / Acerca de

O homem dirigiu-se a cerca O homem falou acerca do aborto. de um milhão de fiéis.

29

acróbata alópata ambrósia anidridio biópsia homilia projétil réptil túlipa cociente coisa

acrobata alo:>ata ambrosia anidrido biopsia homilia projetil reptil tulipa quociente cousa, etc. ..


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Grafam-se com X

, EMPREGO DAS LETRAS Grafam-se com

a) As palavras começadas por en e me: enxurrada - enxergar mexer - mexicano

s

a) Todas as palavras que tenham um verbo cognat0 (=da mesma raiz.) terminado cm ender e dir: defesa (defender) - ilusão (iludir) alusão {de aludir) pretensão (pretender)

Exceçáo: encher e seu.s cognatos. b) Depois de ditongo decrescente: caixa - trouxa - peixe - ameixa Exceção: caucho, recauchutagem.

b) Todas as palavras derivadas em que fique o s no radical da primitiva: m esário (mesa) - lapisinho {lápis)

Grafam-se co m g a) As palavras derivadas de primitivas que tenham g (exceto anccs de a, o e u): rabugento (de rabugem) homenagear (de homenagem)

c) As +ormas dos verbos querer e pô1·: q uis, quiseram - puseste, puséssemos

Grafam-se com

z

a) As palavras cognacas de outras grafadas com e,

Grafam-se com

ç, g:

.j

a) Todas as palavras derivadas de primitivas que renham j: nojento (de nojo) - lisonjear (de lisonja)

audaz (audácia) - amizade (am igo) reduzir (redução) b) Todas as palavras derivadas cm que não hajas no radical da primitiva: bambuzal (de bambu) - caquizeiro {de caqui)

b) As formas dos verbos emjm ... viajei, viajem (verbo viajar) encorajemos (encorajar) babujeis (babujar)

c) Os sufixos diminutivos ou aumentativos: pe-Linho (pé) canzarrão (cão)

Atenção: viagem (substantivo).

Grafam-se com

eh

Grafam-se com

a) Palavras derivadas de primitivas que renham o eh: enchoçar {de choça) - encharcar (de charco)

ss

a) As palavras ou radicais iniciados por s, quando encram cm derivadas ou compostas, se o fonema Is/ se mantém entre vogais: girassol (gira + sol) homossexual (homo + sexual)

b) O verbo encher e seus cognaros: preencher, preenchido, enchido, enchimento c) Palavras cognacas de ourras grifadas com pl,ft, cl:

b) As terminações dos superlativos sintéticos e do imperfeito do subjuntivo de rodos os verbos: boníssimo - péssimo amasse - vendêssemos

chumbo (plúmbeo) - chave (clave) chama (ílama)

30


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

Grafam-se com

ç

SEMÂNTICA, SINONÍMIA, ANTONÍMIA

a) As palavras derivadas de primirivas que renham ç:

pançudo (de pança) embaçado (de embaço)

Quanto à forma e à significação: Sinônirnos ~ mesmo sentido. Antônimos ~sentidos oposros. Homônimos ~ mesma grafia e/ou mesmo som . Parônimos ~ mesma grafia e/ou pronúncia similar.

b) Os verbos em ecerlescer, antes de a, o, u: amanheça (amanhecer) enrubesço (enrubescer) e) A.5 palavras de origem árabe, indígena e africana: muçulmano - açafrão - babaçu paçoca - araçá - miçanga

Sinônimos

EMPREGO DAS INICIAIS MAIÚSCULAS

São aqueles diferentes na forma, mas semelhantes ou iguais na significação:

Nos substantivos próprios (pessoas, ruas, cidades, países, regiões, erc.)

O céu parece de algodão. No firmamento brilham as estrelas.

Paulo - Rua dos Caetés - Brasil os povos do Norte - Via Láctea - Mantiqueira

Nem sempre existe um sinônimo perfeito para a palavra empregada. Vale mais a aproximação de

Nos nomes de livros, jornais e revistas ]ubiabd - Dom Casmurro Diário da Tarde - Folha de São Paulo Medicina e Saúde - Eletrónica Popular

sentido (capacidade sinonímica).

morrer/ falecer beija-flor I colibri porco /suíno Língua / idioma

Nos nomes de agremiações, estabelecimentos públicos e particul ares Clube Atlético Mineiro - Instituto de Educação Colégio Anchieta - Cemig

Muda-se de casa, mas o lar continua. (A palavra casa foi tomada como elemento j7sico. já o termo lar possui uma conotação espiritual.) Alguns casais se casam, mas não contraem matrimônio. (O verbo casar-se tem conotação jurídica. O substantivo matrimônio tem uma conotação religiosa.)

1 Quando o subsrancivo estiver personiiicado, deve ser grafado com inicial maiúscula:

A Vfrtude fugi.u do mundo. 2 Os logradouros podem ser grafados com

Assim, pode-se concluir que a capacidade si-

maiúscula:

L_

Deus / Pai Eterno careca / calvo casa/ lar casamento /matrimónio

Veja os exemplos abaixo :

Nos substantivos comuns, quando personificados ou enfatizados a Bondade - o Amor - o Vício a Morte - o Lobo - o Cordeiro

1

1

nônimica de um termo não pode ser avaliada fora

Moro na Praça Cairo.

de contexto. 31


PORTLG UtS DESCOMPLI CADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Antônimos

Parônimos

São aqueles d iferences na forma e contrários na sign iFcação:

Parônimos são palavras diferentes no sentido, mas com muita semelhança na escrita e na pronúncia:

altruísmo/ egoísmo análise/ síntese ncessório / essencinl mesquinho/ magnânimo 11zi11go /propício prólogo /epílogo

infligir/ infringir retiftcnr / mtiftcnr vultoso/ vultuoso

Parõ~im~s - empr~go do e ou ·d~ j

Além das palavras que apresenta m significação oposta no dicionário, existem outras cuja oposição escá inserida no contexto, ou seja, a oposição se p rende apenas ao cexw.

'A vós correndo vou, braços sagrados, ' fossa cruz sacrossanta descobertos Que para receber-me, escais abertos E po r não castigar-me estais cravados." (Gregório de ~l.tt0s)

Antônimas apenas no cexro acima: receber I castigar abertos I cravados sagrados I descobertos braços abertos: li vres, sem empecilho; braços cravados: presos, fixados; braços sagrados: b raços descobertos. Aancononímia ta mbém pode originar-se de um

. ..· .J

Arrear = pôr arreios a

Arriar = abaixar

Deferimento =concessão

Diferimento = adiamento

Deferir = conceder

Diferir = adiar

Delatar = denunciar

Dilatar =retardar. estender

Descrição = representação

Discri ção

Descriminar = inocentar

Discriminar = distinguir

Despensa = compartimento

Dispensa = desobriga

Destratar = insultar

Distratar =desfazer (centram)

Emergir = vir à tona

Imergir= mergulhar

Emigrante =o que saí do próprio pais

Imigrante = o que entra em país estranho

Eminência =altura, excelência

Iminência =proximidade de ocorrência

Eminente =alto, excelente

Iminente = que ameaça ocorrer

Emitir = lançar fora de si

lmitir = fazer entrar

Enfestar = dobrar ao meio na sua largura

Infestar = assolar

Enformar = meter em fôrma, incorporar

Informar = avisar

Entender = compreender

Intender = exercer vigilância

Lenimento = suavizante

Linimento = medicamento para fricções

Peão = que anda a pé

Pião

Recrear = divertir

Recriar = criar de novo

prefixo de senrido oposro ou negativo:

=reserva

=espécie de brinquedo

bendizer, maldizer

arivo, inativo

simpático, antipático

esperar, desesperar

Se = pronome átono, conjunção Si =pronome tômco. nota musical

progrcd ir, regred ir

comunista, anticomunista

Vadear =passar a vau

Vadiar = passar vida ociosa

concórd ia, discórdia

simétrico, assimétrico

Venoso = relativo a veias

Vinoso = que produz vinho

explícito, im plícito

pré-nupcial, pós-nupcial

32


FLÁVIA RITA COUTINHO SARM ENTO ~:t:lOlllll

"

1T·

"''

. . . --

=,. cc -- ...,

"· ·.,

• Homônimos homófonos, quando têm a mesma pronúncia, mas a grafia é diference.

• ~.rtj[!1~J~•111u1 re •• ··!.-.~~: ·~ (::·

Açodar = instigar

Açudar = construir açudes

Assoar = limpar (o nariz)

Assuar =vaiar

Bocal = embocadura

Bucal = relativo à boca

Comprido = longo

Cumprido =executado

Comprimento = extensão

Cumprimento = saudação

apreçar /apressar sessão / seção / cessão

Costear =navegar junto à costa Custear = prover as despesas de Cuticula = película

Cutícola =que vive na pele

Acender = pôr fogo a

Insolação =exposição ao sol

Insulação = isolamento

Decente= decoroso, limpo

Descente = que desce, vazante

Insolar = expor ao sol

Insular = isolar

Discente = relativo a alunos

Docente = relativo a professores

Acético = relativo ao vinagre

Ascético = rela tivo ao ascetismo

Ovular

=semelhante a ovo

Pontoar = marcar com ponto

Uvular = relativo à úvula Pontuar = empregar a pontuação em

Roborizar =fortalecer

Ruborizar =corar, envergonhar-se

Soar = dar ou produzir som, ecoar

Suar = transpirar

Soporativo

=que produz sopor (modorra)

. . . . 111111111111

Supurativo =que produz supuração

Sortir = abastecer

Surtir = originar

Torvar = tornar-se carrancudo

Turvar = tornar turvo (opaco); toldar

Torvo = iracundo, enfurecido

Turvo =opaco, toldado

Vultoso =volumoso

Vultuoso = atacado de vultuosidade (congestão relativo à face)

Homôn imos Homônimos são palavras diferentes no sentido, mas que rêm a mesma pronúncia. Dividem-se em

Ascender = subir

Asséptico = relativo à assepsia

-

~

·ll~u111111111

""t

'

~

.

,. ·,

-~--~\,,.:,;:._

, •••,, ••111 IWO~~

"'V

'-~

Fff

•. r:r.i

._..,?""'!'"-

Acento = inflexão da voz, sinal gráfico

Assento = lugar onde se assenta

Acessório = que não é fundamental

Assessório = relativo ao a;sessor

Anticé(p)tico =oposto aos céticos

Antissé(p)tico = desinfet3nte

Apreçar = marcar ou ver o preço de

Apressar = torn ar rápido

Caçar = perseguir a caça

Cassar =anular

Cé(p)tico =que ou quem duvida

Sé(p)tico =que causa infecção

Cegar = fazer perder a vista a

Segar = ceifar, cortar

Cela = aposento de religiosos

Sela = arreio de cavalgadura

Celeiro = depósito de provisões Seleiro = fabricante de selas

homôn imos perfeitos e homô nimos imperfeitos.

Homônimos perfeitos são palavras diferences

Cenário = decoração de teatro

Senário =que consta de seis unidades

no sentido, mas idêmicas na escrita e na pronúncia.

Censo = recenseamento

Senso = juízo claro

Censual = relativo ao censo

Sensual = relativo aos sentidos

Homem são (adj.) / São João/ São várias as causas. Como vais?/ Eu como feijão. Homônimos imperfeitos, q ue se dividem em: • Homônimos homógrafos, q uando rêm a

Cerração = nevoeiro espesso

Serração =ato de serrar

Cerrar = fechar

Serrar =cortar

Cervo = veado

Servo = servente

Cessação = ato de cessar

Sessação =ato de sessar

Cessar

mesma escrira e a mesma pro núncia, exceto a aberrura da vogal tônica.

almoço (verbo) almoço (substantivo)

=interromper

Sessar =peneirar

Ciclo = perfodo

Sido = moeda judaica

Cilício = cinto para penitências

Silício = elemento químico

Cinemático = Relativo ao movimento mecânico

Sinemático = Relativo aos estames (ro11111111n)

33


PORTU:JU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS -1.i

,~.

Clrio = vela grande de cera

Sírio =da Síria

Conce1tar = harmonizar; combinar

Consertar = remendar, reparar

Espiar = espreitar

Expiar = sofrer pena ou castigo

Corso = natural da Córsega

Espirar= soprar, respirar, estar vivo

Expirar = expelir (o ar), morrer

Corço = cabrito selvagem Decertar = lutar

Dissertar - discorrer

Estrato = camada sedimentar, tipo de nuvem

Extrato - o que foi tirado de dentro, fragmento

Homônimos e Parônimos - emprego do S ou do X

=dar posse a

Empoçar = formar poça

Empossar

lncertc• = duvidoso

Inserto = inserido, incluído

Incipiente = principiante

lnsipiente = Ignorante

l ntenç<l~ =propósito ou ten ;ao

lntensão = mtensidade ou tensão

Intercessão = súplica

lnterse(c)ção =ponto em que duas linhas se cortam

Laço

=laçada

Externo = exterior Esterno = osso do peito Hesterno =Relativo ao dia de ontem

~nJmQs !! Parô_nimos -

Lasso = cansado

Brocha =prego curto de cabeça larga e chata

Massa = pasta

Maça =' clava

emprego do eh ou do X

Broxa = pincel

Maçudo = indigesto, monótono Massudo =volumoso

Bucho = estômago de animais Buxo =arbusto ornamental

Paço = palácio

Passo = passada

Cachão = borbotão, fervura

Caixão = caixa grande; féretro

Ruço = pardacento, grisalho

Russo = natural da Rússia

Cachola = cabeça, bestunto

Caixola = pequena caixa

Secção ou seção = corte, divisão

Cartucho = canudo de papel Cartuxo - pertencente à ordem da Cartuxa

Cessão = doação, anuência Sessão

=reunião

Sexta = ordinal feminino de seis

Cesta =: utensflio de vara, com asas

Sesta = hora de descanso Indefeso = sem defesa

Indefesso = incansável Intenso =contrário

Chá = arbusto, infusão

Xá = titulo de soberano no Oriente

Chácara = quinta

Xácara - narrativa popular em verso

Chalé = casa campestre em estilo suíço

Xale = cobertura para os ombros

Cheque = ordem de pagamento

Xeque = incidente no jogo de xadrez, contratempo

Cocha = gamela

Coxa = parte da perna Coxo - aquele que manca

Asado = que tem asas

Azado = oportuno

Cocho = vasilha feita com um tronco de madeira escavada

Asar= JUarnecer com asas

Azar = dar azar, má sorte

Luchar = sujar

Luxar - deslocar, desconjuntar

Coser = costurar

Cozer = cozinhar

Taxa - imposto, preço

Revezar = substituir alternadamente

Revisar = rever. corrigir

Tacha = brocha, pequeno prego

Vês = forma do verbo ver

Vez = ocasião

Tachar = censurar, notar defeito em

Taxar = estabelecer o preço ou o imposto

-. . . . 11 0111 lllt

• 11:.J.....

li

li

1 . O U!Jlll a l l l l l ' I I

•oh..:~

Fuzil =carabina Fúsil = Que se pode fundir

Fusível = resistência de fusibilidade calibrada

34


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO

EXERCÍCIOS 1 Assinale a alternativa que preencha CORRETAMENTE os espaços da frase abaixo. A do político depende muito da _ __ do apoio popular. a) ascensão, obtenção b) ascensão, obtensão c) ascenção, obtenção d) ascenssão, obtensão e) ascenssão, obtenção

2 Uma falsa meiguice encobria-lhe a _ _ e a falta de _ _ _ _ _ _.A sequência CORRETA é a) regidês - compreenção b) rigidez - compreensão c) rijidez - compreensão d) rij1dês - comprensão e) rigeza - compreenção

3 Assinale a alternativa em que NÃO ocorre erro de grafia. a) escasso, massa, carrocei, puzesse, senso b) honradez, quizestes, ruço, dissertar, cessar c) empossar. incipiente, obscecação, assessório, maçudo d) celeiro, exegesse, cerração, intensão, disfarse e) atraso, maça, ascensorista, exceção, obsessão

6 Assinale a alternativa em que todas as palavras estão escritas CORRETAMENTE. a) paralisar - pesquisar - ironizar - deslizar b) alteza - empreza - francesa - miudesa c) cuscus - chimpanzé - encharcar - encher d) incenso - absesso - Luís - compreensão e) chineza - marquês - garrucha - meretriz

7 O rendido pelas artes da _ __ ___ na espreguiçadeira. A sequência CORRETA é a) herói - cosinha - cochilava b) heroi - cosinha - coxilava c) heroi - cozinha - coxilava d) herói - cozinha - cochilava e) herói - cozinha - coxilava

8 A certa altura do ritual, o das _ __ atingiu marcação . A sequência CORRETA é a) ritmo - danças - alucinante b) ritmo - dansas - aluscinante c) rítimo - danças - aluscinante d) herói - danças - aluscinante e) ritmo - danças - alucinante 9 Assinale a série de grafia INCORRETA. a) usina - buzina b) ombridade - hombro c) úmido - humilde d) erva - herbívoro e) néscio - cônscio

4 Assinale a alternativa que contém ERRO gráfico. a) herege, extático, montês b) extensão, destro, ironizar c) bueiro, despender, imersão d) empecilho, faxina, consenso e) excêntrico, pretencioso, escassez

1OAssinale a resposta que completa CORRETAMENTE os espaços abaixo. Olhei, não ninguém e tive um breve momento de _ _ _ __ a) encherguei - hexitação b) enxerguei - hesitação c) enxerguei - exitação d) encherguei - exitação e) encherguei - hesitação

5 São grafadas com "s", "ss", "ç", RESPECTIVAMENTE, as palavras a) incur_o / tor_ão I controvér_ia b) emi_ão / intromi_ão I exten_ão c) admi_ível I assun_ão I exten_ão d) preten_ioso / opre_ão I reten_ão e) cansa_o I conce_ão I an_ioso

1q-oL 1q-6 I e-s I P-L 1e-g I P-S 1a-v1a-E1qz1 e-L I Ol!Jeqe9

35


PORTLGUtS DESCOMPLICADO

'[•: ''; -;

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

f]

.

. :

,~

.

";"'> .~

·-

-~ ~ • ~

·7-;;~

-.

-

,

PARONIMIA E HOMONIMIA

• Relação de pala~r~~ homônimas e parônimas que com maior frequência provocam ... :.~~-d~~~.~~. g~a~t~,.~ gr~fia ~arreta e_ pertinente numa dada frase.

~~ ,.. •u•:~~....'...:Lc~ j

Absol\.er: inocent.1r. rde,·ar d:i culpa imputada: o jtiri t1bs11!t·ru li rr11. Abson·cr: c:mhchcr cm si, esgotar: O J11!0

Amoral: dc,prm·ido de moral, sem \cll\O de

Aresto: acórdão. c.1,0 jurídico julgado: Note

moral. Imoral: co111r.írio ~ moral, aos bom cmtu·

Arrcsro: aprccm.io judicial, embargo: Oi

11bsor11w lem11111e11tr 11 ríg1111 da ch111111.

mes, dcv:i~~o. indcccnrc.

hrm tio tmjiawtr prl'Jo.fomm todos 11rrrst11rlm.

Acender: arcar (fogo). inflamar. Ascender: \ubir, clc\'.lMe.

Ante (preposiç.'to): dia111c de. pe ranre: Ante•

tt1! sit1111r1ío. 11tio lC'l'I' 11/ier1111tfr11.

Arrochar: aperr.1r com arrocho, apert.u muim. Arroxar: ou .uroxc.1r, roxear: 10rn.1r roxo.

r11rgo.

Ante- (prefixo): cxprc, ...l a111críoridacle: an· tepor. amen:r. amcprojcw .une-dilm·iano. Anti- (prefixo): cxprc"a concraricdade: comra: amickntífico..1111 ibiórico, anii-higi <'.·nico, :inci-Marx.

Acerca de: sobre.•1 rc,pcito de: No dimmo. o l'resideme }ilo1111cerc11 ti,· m1s p/1111os.

.1: Í'oi t10 e11co111m tio> .-olegm.

Acen to: sinal gr.ifiw: inflexão voo!: \'c11·11

bulo sem 11cmw. Assento: banco. c.1dcira: Tomar mse111<11111111

A cerca de: a uma di\t.incia aproxim.idJ de:

O 1111ex1fim11 cerat de tr111t11 meTTos tio prfdio pri11op.1/. Est1tmos 11 urm de 11111més011 (111111) rias elei<óes. Há cerca de: fo1 .1proximadamen1<: (1:11no rcmpo): Hâ cel't'11d1·11111 ano, tmtt1111os d1• raso itlhuico; cxi\ccm ;tproximadamence: H11 ft'T·

Ao encontro d e: p.u.1 junto de: favor.h·d

O projeto u1

/,iri,i/ z•eio 110 r111·0111ro dos 11meios tios halhadores.

ftlSO, O11res10 f trrecorrfl•el

Ás: exímio cm ~ua .11i\'idadc; carta do ha r.t lho. Az (p. us.): esquaclcio. :1b do cxt!rcito. Atuar: agir. pôr c111 aç:to; pressionar. Autuar: lavrar um JUIO; processar.

//'ti

De encontro a : contr.1; cm prejuízo de: O

mrro foi dt• e11co111r11 ti 11111 muro. O g<J1•a110 mio 11poio11 ti 111editl11, pois 11i11h11 de mc<Jlllro aos i11taes1es dm mmorc's.

Auferir: obter. rcccher: Auferir lucro\, \',111· 1;1gcns. Aferir: ava li ar, cotcjar. medir, conferir: t\fC rir valorn, rc~11h.1dm. Augurar:

prognosti~.ir.

prc:•·cr, auspiciar: ()

c11 de mil tít11/os 1111 r1111ilogo.

Ao invés de: ao co111r;írio de: Ao i11rà de

Prt'Sidenre ,wg11ro11 Jt/C't'!HI 110 seu p11r 1m1eri·

Acidente: Jcontcdmemo C:l.\ual; des.1,1re:

demuir dez fi111cio11tirio>. ti empresa co11rr.11011 11111is 11i111e. (111acci1;h-d o cruzamcnro '.10

Cill/O.

,.1 1/ernrn foi um 11áde11u ,,,, uut 11id11 pmcm vc1 de.) .fissio111d. O stihito ll'lllJIOml pro11oco11 tcrrí11i•I Em vez de: cm lug.1r de: Em 11ez dr demitir 11citlent1' 110 p1trq11t'. tl1·z /1111cio11ríri11. 11 r111pri•s11 demitiu 11i1111'. I nciden te: epi,ôdio; que incide, que oco1 n:: O i11ciae111e t/11 dt•mimío jrí foi super.ulo. A par: informado, ao corremc. ciente: O i\!1111stro esttl ti p.tr (1·11r.: 110 par) do t1ss111110; Adotar c\Colher. preíerir: assumir: pôr cm prática. Dotar: d:ir cm do.1ç;io, beneficiar. Afim: q ue apn:,c111;1 a fi nidade, ~emdhanç.1, relação (de pare111c,co): Se o 1w111110 m1 afim. por que 111io Jói m11tulo 110 mesmo p11r11gr11fa?

.10 lado, junw; além de. Ao par: de acordo com a co1wençJ.o lcg.11:

Fez 11 trom d1· mil t!1J/11n·s ,10 par.

Aleat6rio: CJ!>ual. íormito. :icidenral. Alheatório : que alheia. al ienante, que de'via ou r;enurba.

Avocar: a1ribuir-sc. d1.1111ar: A1•oco11

11

ii

co111petê11cim dr 011trt'm. Evocar: lembrar. i11\'o~.1r: Fl'Dcou 110 di.<rnr;11 O COmt'(O

de SI/li Ctll'r<'/Ttl.

1nvocar: pedir (a .1jud.1 de); chamar; prole rir: Ao ji11t1! rio rlisrurso. 1111'oco11 n t1jlld11 ti"

Dew. Aparte: intcrrupç.io, comcnc:í rio à margc111:

O tlep11tfldo <'011adm 1111 foleg11 11111 11p1trte em seu pro111111ri11111e11111. A fim d e: para. com a finalidade de, com o À parte: em ~c:pJr.1do. isoladamc111c. de fito de: O projeto foi r11r11111i11hndo com q11111 Lido: O 11111•.-.:o 110 proj(tO foi mmmi11/11ulo por :u dias de 11111eredh1ri11 li fim de prr111i1ir ti 1~\-pedie111r ti p11rr1-. 11ecessfÍrin rrjle:o:iill s11brr .flltl perti11ê11ci11. Alro: d: gra nde cxrensfo vc rrical: dcv.1do, grande. Auto: ;ao pt'1blit.:o. rcgiqro escrito de um .uo, peç;1 proce\\u,11.

Agourar: pre,,.1g1.1r, predi1er (gcralmcmc no mau sentido): Os troncos 11go11nm1 rl1·s<1.« trr 1111 colheit11.

Apreçar: avaliar. pôr preço: O perito 11prt'ro11

irrisoritw1e11re o i11uí1·t'l Apressar: d.u prc\\;1 a, .Kelerar: Se 11 1111dt1· memo dm obms n110 for 11press11do, J/IÍo sl'r1i (11/Jlprido o cro110.v1m111. Arca: superfície del im itada, região. Ária: canw, melodia.

36

Caçar: pcr\cguir. prowrar. apanhar (gcr.tl· mcme animai~). Cassar: rornar nulo ou 'em efeito... u,pen der, invalidar. Carcar: a trai r, ga nhar, granjear. Cariar: criar cárie. Carrear: condu1ir cm c.uro, carregar. Cas ual: forcuilO, .ilc:.mírio. ocasional. Causal: cau\ati\'o, relativo .1 c.1usa. Cavaleiro: que .111d.1 a cavalo, cavalariano. Caval heiro: indivíduo distimo, gentil. no hrc.


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO Censo: alisrnmcnco. recenseame nto. conca-

gem. Senso: emendimemo, juízo, cino. Cerrar: fechar, encerrar, unir, jumar. Serrar: corcar com serra, separar, dividir. Cessão: ato de ceder: A cessão <lo local pelo município tornou possível a rea lização da ohra. Seção: ~ccor, ~ub<livis:'io de um codo, repartiç:'io, divisão: Em qual serão do ministério ele

trabalha? Sessão: espaço de ccmpo que <lura uma reunião. u m congresso; reunião; espaço de rempo duranre o qual se realiza uma tarefo:

A próxima sessâo legislmívn serd i11icint:l11 e111 /o de agosto. Chá: pbnta, in(usáo. X.-í: antigo soherano persa. C heque: ordem de pag:1mcnco à vista. Xeque: dirigente árabe; lance de xadrez; (fig.) perigo (pôr cm xeque). Círio: vela de cera. Sírio: da Síria. Cível: relativo à jurisdição dos tribunais civis. Civil: relacivo ao cidadão; cortês, po li do (daí civi lidade); não m ilirnr nem, cclcsi:ísrico.

Conje(c)tura: suspeira. hipócese, opinião. C onjuntura: aconrccim cnro, situação, ocasião, circunsrância. Contravenção: mrnsgressáo 011 infração a normas estabelecidas. Concraversáo: versão concrária. inversão. Coser: costu ra r, ligar, unir. Cozer: cozinhar, preparar. Costear: navegar junco à cosc.1, concornar. A ji'flgr11t1 costeou i11rí111ems pmit1s do liroml

baiano antes de pt1rtir pnm altn-111t11:

Desapercebido: de~prcvcnido, <lcsacaurclado: E111bnrcn11 pt1m 11 missão 1111 ll111ttzlmin

tott1!111em1• desapercebido dos desafios que lhe ag11t1rd1111am. Dessecar: ~cea r h<:m, enxugar, wrna1 ~eco. Dissecar: analisar minuciosamence. dividir anaco micame nce. D escra tar: insult::ir, maltrarar com pdavras. Distratar: desfazer um traco, anular.

Qual a empres11 disposta a custear 1111 projeto? Distensão: ato ou efeico de discend er, corç:ío Custar: valer, necessirar. ser penoso. Quanto violema dos ligamencos de uma artict lação. n1st11 o projeto? C11s111-111e crer que fimcionttrtÍ. Distinção: eleg5ncia, nohrc1.1, boa educação: Todos de1Je111 portar-se com disti11çtio. Deferir: co nsencir, acender, de~pad1ar fovoravel mencc, conceder. Diferir: ser diference, discordar; adiar, rerardar, dila1:1r. Degradar: deceriorar, desgastar, diminuir, rebaixar. Degredar: impor pena de dcgrcdo, descerrar, banir. Delatar (delação): denunciar. revelar crimt· ou ddico. acusar: Os rmfimntesJóm111 delr11t1-

dos por 111embro dt' q1111drilhr1 ril'fll. Dilatar (cl ilaçáo): alargar, escendcr; adiar, diferir: A dilt1çtio do pmw de entrega das

Colidir: rrombar, chocar; concrariar: A nOlJll pmpost11 colide fro11tt1lmente co111 o emendiDerrogar: revogar parcialmcnte (uma lei), mmto hnllido. Coli gir: colecionar, reunir, juntar: 1ls leis fo- a nular. Derrocar: dc~rruir, arrasar, desmoronar. ram coligidas pelo Mi11istério da Jristiçn. Comprimento: medida. tamanho, extensão, alcu ra. C umprimento: aco de cumprir, execução compleca; saudaçáo.

Dcscriçáo: ato de descrever. represcncaçáo, definição. Discrição: discernimento, reserva. p rudência, recaco.

Concell10: circunscrição admin istrativa ou município (cm Porcugal). Conselho: aviso, parecer. ó rgão colegiado.

Descriminar: absolver de crimc, tirar a culpa de. Discrimjnar: diferençar, sep;trar, discernir.

Concerto: acerto. combinação, composição, harmonização (cp. concercar): O con-

Despensa: local em que se guardam mancimencos, depósico de provisões. Dispensa: licença ou permissão para deixar de fozer algo a que se estava obrigado: de-

Conserto: reparo, remendo. rescauraçáo (cp. consertar): Cercos problemas cró nicos :iparcnremente não têm conserto.

ân, o projeto passou despem'bido.

Custear: pagar o custo de, prover. subsidiar.

dec/11mções depende de decistio do Direror da Receita Federal.

certo das 1111çâes... O concerto de Guarnieri...

D espercebido: que não se notou, para o que n:ío se acencou: Apesar de s1111 importti11-

mi~sâo.

37

Dissensão: desavença. diferença de opiniões ou imeresses: A dissl'l/stio sobrr a m111érit1 i111-

possibiliro11 o flrorrlo. Elidir: suprimir, el im ina r. llidir: conrcstar, refurar, desmentir. Emenda: correção de foica ou ddeiw, rcgencraç:ío, remendo: no tomd-lo mt1is claro e

obje1i110, 11 e111md11 nu'lhoro11 o projl'to Ementa: apo ntamcnco, SL1 m ula de decisão judicial o u do objeco de uma lei. Promro 1111111 lt'i mjn eme/1!11 é "dispót' sobre ri proprie-

dndt· i11rl11srri11/". Emergir: vir à rona, m:i nifcscar-se. Imergir: mergul har, afu nda r submergir), encra r. Emigrar: deixar o país para residi r em our ro. Imigrar: enrrar em paí; escrangci ro pa ra nele viver. E minente (em inência): alco, elevado, wblime. Iminente (imi nê ncia): que csrá presces a aconceccr. pendenrc, próximo. Emitir (emissão): prod117.ir, expedir. publicar. Imitir (imissâo): fazer encrar. introduzir. investir. Empoçar: reter em poço o u poça, formar poça. Empossar: dar posse a, comar posse. apoderar-se. Encrostar: c riar crosra. Incrustar: cobrir de cro~rn. adornar, n:vcscir. pre nder-se, arraigar-sc.


PORTLGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

En1cn Jcr: compreender. perceber, deduzir. lniend er: (p. us): exercer vigilância, superillll'mlcr. Enum..: rar: numerar, en u nciar. narrar, arrol.1r. Inúme ro: inumer.ívcl, \Cm coma, sem numero.

Incipi ente: iniciante. prindpi:rnce. lnsipicnte: ignorante, imcmaco.

Locador: que d:í de al11g11cl, senhorio ..1rrendaclor. Locatário: alugador, inquilino: O lomdor

In contine n te: imoderado. que não se con tém, dcscomrolado. l ncontine n ti: imediatamente, sem demora, logo, sem in1crrupção.

reajustou o 11/uguel St'lll ri r1mrorr"111011 do lot'tlllÍrio.

1ndu zir: camar.

~11gerir.

Lustre: brilho, glória. foma; abajur. Lustro: qüinqüênio; polimento.

acomclhar, levar .1:

Especcador: aquele que assis1c qualquer aco ou e\p<·táculo, te\tcmunha. Expectador: que tem expec1.niv.1, que espera.

() rm declarou que hm1it1 sitio induzido 11 co- Magi strad o: juiz. de,cmh.ugador, mini,tro. mrrrr o deliro. Magi stral: rdacivo a mntre Oatim: nugi'Aduzir: expor, .1prcsentar: A dcíesa, então. ccr); pcrfrim, completo; exemplar.

Es pert o: inteligemc. vivo, ativo. Experto: perico, especialista.

Inflação: ato ou deito de inflar; em1ssao exagerada de moeda, aumento per~i\tenlc de preços. I nfração: ato 011 cfCito de infringir ou violar uma norma.

Espi a r esp reitar, observa r sccretamence. ollur. Ex piar cumprir pena, pagar, purg.u.

,1cluziu no''ª' provas.

Estada acode cM:tr, pcrm::t nênc ia: Nossa es-

lnffigir: cominar, aplicar (pena, ca~tigo. rcprce11s:ío. derrota): O juiz infligiu pes11d11

111d11 1•111 Stio Ptwlo foi muiro f/gr11dd,,r/.

pena 110 réu.

Estadi a: pra1.0 pJr.1 carga e descarga de navio .rnwrado em porto: O "Rio dr Janeiro"

Infringir: cr.1.11,gredir, viol.1r, desrespcit.1r (lei, regulamcnw, etc.) (cp. infração): A co11-

foi 11ur11rizado 11

dr11artio tlecorrm de ter ele infringido um se111 111Í111rro de 11rtigos do CódZ'<.11 f'm11l

11111t1

esradir1 de trés dias.

Estân c a: lugar onde se está, mor.ida. recinto.

Ins tán C'ia: solicit.1ç.io, pedido, rogo; foro, juri~diç.io, juízo.

lnquerir: apcn.1r (a carga de ;mimais). en cilhar. Inquirir: procur.ir info rmações sob re, indagar. investigar. interrogar.

Es t raco: cada cam.1d.1 <las rocha' e\tracificaExtrato: co isa que se excraiu <lc outra; pagamemo, resum o. cópia; perfume.

ln1e rcessáo: ~no de interceder. l nre rsc(c)çáo: ação de sc(c)cionar, cortar; ponto em que \e encontram d uas linhas ou \Uperfícics.

Flagrante: ardente, acalorado: diz-se do ato que a pessoa é surpreendida J praticar (ílagramc clelim). Fragran te: que tem fragrância ou perfume; cheiroso.

U>:t<la cm locuçôcs:

<l;h.

Flo resc ente: que florc~cc, próspero, viçoso. Fluoresce nte: que ce m a propriedade da fluorescência. Folha r: prodmir folhas. ornar com folhagem, rc·1cstir lâ minas. Folhe:u : percorrer as folhas de um livro, comp11l;ar, consultar.

Inter- (prefixo): entre; prcpo\içáo latina

inter rdirr (entre outros}, imer pf/res (fmrr 1g1111is). 1ntra- (prefixo): in1erior. dencro de.

Judicial que tem origem no Poder J udici;Í rio ou que per.mtc ele se rcali1a. Judiciá rio: rclatirn ao direito processual ou :i organizaç.1o da Justiça. Liberaçáo: aw de liberar. qui1.1çáo de dívida 011 obrigaç.io. Libertação: ato de libertar ou libertar-se.

Mandad o: g;1ranti.1 conscimcion.11 p.1r.1 proteger direito individu.11 líquido e certo: aro de mandar; ordem e\críra expedida por au1oridaclc judicial ou administrativa: um manei.ido Je segurança, 111.111dado de pri'>lll. Manda to: autorização llUc alguém confere a outrem p;ir.1 praticar ato\ em seu nome; procuraçao: dclegaç:ío: o mandam de um deputado, \cnador, do l'rc\idcnte. Mand ante: que manda; .1qucle que outorg.1 um mandato. Mandatá rio: aquele que recebe um 111.rndato, execmor de m;rnd.uo, reprüe1H;1111e, procurador. Manda tório: obrigarorio. Obcecação: .uo ou cfciw de obcecar. 1ci mosia, cegueira. Obsessão: impertinênci.1, peP.eguição, i<léia

fixa. Ordinal: numeral que indica ordem ou M!rie (primeiro, segundo. milé\tmo, ecc.) O rdinário: comum, frcqüen1e. crivi.11. \'Ulgar. Original: com caráter próprio; inici.11. pri· mordia!. Originário: que pro\'Cm de, oriundo: inicial, primitivo. Paço: pJl.ído real ou imperial: a cone. Passo: ato Jc avançar ou recuar um pé p.tra andar; cami11ho, etapa. Pleito: quc.~r;io cm juí7o, demanda, lidgio, discus\oio: () pláro por 111t1is rffo!tu 1111 rt;f(.11Ío

foi muito brm fonnulllllo. Preito: \Ujciç:ío. respciw, homenagem: Os

lnccr10 não certo, indeterminado. duvido-

'º· v.iri~vel. Inserto: incroduLido, incluído. imeri<lo.

Lista: relação. cadlogo; var. pop. de li ma. List ra: risca tk cor diferente num cedclo (var. pop. de Ji,ca).

38

11/unos rmdc·m111 preito rio 11111igo rei101: Precede r: ir ou escar adi;111tc de. anteceder, acliantar-\e.


FLAVIA RITA COUTINHO SAR Y1ENTO Proceder: originar-se, derivar, provir; levar a cFcico, executar.

Prolacar: p roferir se ntença, promulga r. Protelar: adiar, prorrogar.

Pós- (prefixo): poscerior a, que sucede, acrás de. após: pós-moderno, pós-operatório. Pré- (prefixo): anterior a, que precede, :i frente de, ances de: pré-modernista, pré-primário. Pró (advérbio): cm favor de. cm defesa de.

Ratificar: validar, confirmar, comprovar. ReLificar: co rrigir, emendar, alrera r: A dire-

A maioria manifestou-se contra, mas dei meu parecer pr6.

toria ratificou 11 decistio ap6s o texto ter sido rerijic11do em mas passagens 11mbig1111s. Sus tar: interrompe r, suspend er; pa ra r, imerRecrear: proporcionar recreio, divercir, alegrar. Recriar: c ri ar de novo.

Pree m inente: que ocupa lugar elevado, nobre, discinco. Pro eminente: alto, salience, que se alteia acima do que o circunda.

Reincidir: cornar a incidir, recair, repcrir. Rescindir: dissolver, invalidar, romper, desfazer: Como ele reinâdiu 110 erro, o commto

Preposição: ato de prepor, preferência; palavra invari;ível que liga conscituinces da frase. Propos ição: ato de propo r, proposca; máxima, senrença; afirmaciva, asserção.

Remição: ato de rem ir, resgate, quitação. Remissão: aco de remitir, intermissão, in tervalo; perdão, expiação.

Presar : capwrar, agarrar, apresar. Pr=: respeicar, estimar muito, acatar.

Subentender: perceber o que não esrava claramente exposto; supor. Subintender: exercer função de subin ten dente, dirigir. Subtender: esrcndcr por ba ixo.

de rmbalho foi rescindido.

romper-se (sustar-se). Suster: susrenrar. mancer; fazer parar, d erer. Tacha: pequeno prego; mancha, defeito, pecha. Taxa: espécie de tributo, tarifa. Tachar: censura r, qualificar, acoimar: rachar alguém (rachá-l o) de subve rsivo. Taxar: fixar a taxa de: regu lar, regr.tr: taxar mercadorias. Tapar: fechar, cob rir, abafar. T.'lmpar: pôr rampa e m.

Repressão: ato d e reprimir. contenção, im- Tenção: incenção, plano (deriv.: tencionar); assumo, cerna. pedimento, proibição. Repreensão: aro de repreender, enérgica :id- Tensão: estado de censo, rigidez (deiv.: rensionar); diferenc ial e létrico. moesração, ce nsura, advertência.

Prescreve r: fixar limices, ordenar de modo Ruço: grisalh o, desbotado. explícito, determinar; ficar sem efeito, anu- Russo: referente à Rússia, nascido naquele lar-se: O prazo pm'fl entrada do processo pres- país; língua falada na Rússia. creveu hd dois meses. Proscrever: abolir, extingui r, proibir, te r- Sanção: confirmação, aprovação; pena imminar; descerrar. O uso de 11árias mbsrâncias posta pela lei ou por concraro para punir sua psicotr6picas foi proscrito por recente portaria infração. Sansão: nome de personagem bíbl ico; certo do Ministro. cipo de guindaste. Prever: ver ancecipad:imenre, profeti1.ar; calcular: A assessoria previll acertadamente o Sedento: que tem sede; sequioso (va r. p. us.: sedencc). desfecho do caso. Prover: providenciar. docar, abastecer, no- Ced e nte: que cede, que dá. mear para cargo: O chefe do departamento de Sobrcscritar: e ndereçar, destinar, dirigir. pessoal proveu os cargos 1111cantes. Provir: o riginar-se, proceder; resulcar: A Subscritar: assi nar. subscrever. d1ívid;1 provém (Os erros provêm) da falta de Sortir: variar, combinar. m isturar. leitura. Surtir: causar, originar, produzir (e feito).

39

Tráfego: rr3nsito de veículos. rercurso. transporte. Tráfico: negócio ilícito, co mércio, negociação. Trás: atrás, det rás, cm seguida, apÓ·· (cf. em locuções: de u:ís, por trás). Traz: 3° pessoa do singular do pre;eiue do indiC:ltivo do verbo trazer. Vestiá rio: gua rda-roupa; local en> que se rrocam roupas. Ves tuário: as roupas que se vestem, traje. Vultoso: de gra nde vulto , vo lumoso. Vultuoso (p. us.): atacado de vu ltuosidade (congmão da face).


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

' • abacaxi • abóbada • aborígine •açafrão • açaí • acar ijé • açucena • adivinhar • alisar • almoço • almoxarifc • ameixa • amenizar • ameno • amif1se • anal.sar • anil se • an:íl se • anchova ou enchova • ansioso • aragem • arcabouço • azult•jo • banc.eja •baronesa • beiço • bc.:neficência • bcneficenre • berinjela • bcrinjcla • burguês •burguesa • cabeleireiro • cadarço • cafajeste • caixa • camponês • camponesa • canal •canalizar • canjica

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

DIFICULDADES ORTOGRÁFICAS • caranguejo • carálist: • carequese • catequizar • caxambu • coice • compleição • corrês • dt: repente (expressão) • deslizar • deslizar • deslize • digladiar • disenccria • diurese • duquesa • egrégio • emcima • em baixo • empt:cilho • encharcar (charco) • encht:r (cheio) • enchiqucirar (chiqueiro) • enchouriçar (chouriço) • enchumaçar (chumaço) • enxada • en.xaqucca • enxurrada • enxuco • escassez • estágio • faixa • fe ição • ferrugem • foice • frouxo • fuligem • garagem • gêiser • gênese • hilaridade

• hipnose • hipnorizar • inigualável • jenipapo • jerimum • jibóia • lajem (varianre de laje) • lambujem •liso •louça • lousa • macaxeira •maisena • majestade • malandragem • manceigueira • marquês • marquesa • mecha • meiose • mericíssimo • metáfase • metamorfose • metcorologisra • mexer •mexerico •mexerico • mexida •mexilhão • misco • montês • morcadda • morcadela • náusea • obcecado •obsceno • obsessão • paçoca • pajé • pajem • papisa

40

1

• paralisar • parnlisia • pcdágio • penugem •pesquisa • pesquisar • piche • pironisa • poecisa •por isso {expre~são) • prazerosa1rn.:ntc • pretensioso • princesa • privilégio • profetisa •profetizar • que eles viajem (verbo) • ramagem •recauchutagem • recauchucar • reivindicar • rixa • selvagem • sínccse • si mecizar • sobrancelha • solidez • su persrição •Louceira • crouxa • vagem • vercigem • viger • xadrez • xampu • xangô • xavante • xerife • xingar


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

,\[ã:H] ~ 111 ~ (. '~'(.!,.] ::(11 uW•.1. J;·i~~, 1( C'1u1 ~ L.~~

!'' •':.1 :ill I UI~ I~~1

Abóbada - e não abóboda

destilar - e não disrilar

pexore - e não p ixore

aleijar - pronuncie o i

digladiar - e não degladiar

piruliw - e não pirolito

advogado - o d é mudo

dignitário - e não dignatário

pousa - com o o fochado

Absoluto - o b é mudo

disenteria - e não desinteria

pneu - e não pineu ou peneu

Absurdo - o b é mudo

eu esrouro - com o o fechado

prazeroso - sem i

arcrrissar - som de sssss

estupro - e não esrrupo

prazerosamentc - sem i

arrabalde - e não arrebalde

estuprar - e não estrupar

privilégio - e não previlégio

aboríginc - e não aborígene

empecilho - e não impecilho

problema - e não pobrema

babadouro - lugar para babar

engajamento - e não enganjamenro

próprio - e não própio

bebedouro - lugar para beber

elcrricisra - e não clerrccisra

propriedade - e não propiedade

bandeja - sem i

frustrar - e não fustrar

prostração - e não prosração

beneficente - sem i

hilaridade - e não hilariedade

prostrar - e não p rosear

beneficência - sem i

homogeneidade - e não homogeniedade

recorde - sílaba rônica é cor

bueiro - e não boeiro

inigualável - e não inegualávcl

reivindicar - e não reinvindtcar

bicarbonato - e não bicabornato intirular - e não enriwlar

reincidência - e não reicindência

irrequieto - e não irriquiero

retrógrado - e não re trógado

jabuticaba - e não jaboricaba

eu roubo - com o o fechado

cabeleireiro - dois ii

!agarro - e não largara

salsicha - e não salchicha

caranguejo - sem i

lagarcixa - e não largarixa

superstição - e não supertiç.1o

cataclism o - e não cataclisma

manteigueira - e não mantegueira

signatário - e não signirário

chimpanzé - e não chipanzé

mendigo - e não mendingo

surripiar - e não surrupiar

cinqüenra - e não cincoenra

meriríssimo - e não mereríssimo

rerraplenagem - e não terraplruiagem

cuspir - e não guspir

meteorologia - e não merereologia

trouxe com som de s

cuspe - e não guspe

morradela - e não morrandela

tóxico com som de ks

caderneta - e não cardenera cabeçalho - com

lh

41


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Pronuncia-se o " u" das seguintes palavras: agucncar exíguo quingencésimo ambiguidade exiguidade q uinquênio apaziguar unguenco quiproquó arguição consequência cranquilo bilíngue dclinquir quinquagésimo conciguidade equidiscance... (não se usa mais o crema) Não se pronuncia o " u" das seguintes palavras: d isringuir aqueduco excinguir eq ui cação exanguc cxcorquir adquirir questão.

É facultativo pronunciar o "u" das seguintes palavras: anciguidade ou ancigüidade liquidar ou liquidar sanguíneo ou sangüíneo liquidificação ou liquidificação, equidade ou eqüidadc líquido ou líqüido equivalcnce ou eqüivalence liquidificador ou liqüidificador.... (não se usa mais o crema, apenas o som do "ü") O "e" das seguintes palavras deve ser pronunciado aberto: anelo coleca flagelo servo cerro réu confesso ileso obeso cervo duelo obsoleco sesca(descanso) coeso descro prelo grelha.

O "e" das seguintes palavras deve ser pronunciado fechado: acervo efebo almejo adrede defeso ginete apedreja alameda escaravelho inceresse boceja amuleto eu fecho espelha bofece cu fechas vespa fescejo caminhonere ele fecha

O "o" das seguintes palavras deve ser pronunciado aberto: canoro fornos coldre fo rros dolo suor inodoro cocos probo tropa.

O "o" das seguintes palavras deve ser pronunciado fechado: algoz alcova bodas crosra chope poça desporco ceor filancropo carpe. Pronuncia-se o "x' como "z" nas seguintes palavras: exagero exasperar exaurir exógeno exalar execucar exegese exuberance exame inexorável exilar exótico exangue exeqüível exímio exumar. Pronuncia-se o"~' como "s" nas seguintes palavras: auxílio máximo sincaxe crouxe Pronuncia-se o x como ks nas segu inces palavras: anexo fluxo ortodoxo axila índex prolixo complexo léxico paradoxo convexo nexo sexagenário fi xo ôn ix praxe.

. . . ax10ma . d e fl uxo M u d a-se o Pronunc1a-se o "--" x como "ks" ou s nas segumtes p al avras: apop 1cx1a cimbrc da vogal cônica - de fechado para aberro - na pluralização das seguinces palavras: As palavras já serão colocadas no plural, porcanco a sílaba cônica delas deve ser pronunciada aberra -ó-. aposcos destroços jogos ovos reforços caroços esforços miolos poços rogas chocos fogos mornos porcos cijolos co rcovos fornos morros porros rorros cornos fossos novos poscos crocos coros grossos olhos povos croços despojos impostos ossos rebordos socorros

42


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

acróbata ou acrobata dup/,1promí11a111tfri1tt aeródromo

prop11roxí101111 tterâliw - pro·

dispar - pmvxíw1111 edito (lei, decrcm) - p1troxíto11t1

p.1rox111m11

édito (ordem judid.il) - prop11roxi101111

álacre

égide - propnroxíto1111

prnp11roxi101111

Alcácer - p11mxt101111 algaravia p11roxí1t111t1 álibi prop111'11.\'lf<lll11 âmago - prop.1roxi1011<1 âmbar - p.1roxit<m11 ambrósia ou ambrosia -d11pt1pm111i11ci1111ui1tt anátema - pmp11rox1101111 Andronico ( 110 11H: pr<Íprio) - pt1roxi1111111 anídrido ou :midrido - d11plt1promí11ti1111ceitt1 antífrase pmp11mx1101111 aríete - pmp11mxit<11111 arquétipo pmp11roxiro1111 austero - p11ro.\·t101111 autóctone - pmp11mxÍ/()1tt1 avaro - pt1roxt't(11111 azáfama - prop11roxí101111 37.áJea - f'tlrOXl(Olltl aziago

p11ro.\'ltt11111

Bálcás ou Balcãs -

tlup/11pro111i11ri1111uí111

barbárie p11m.,·1101111 batavo f'1ll'O.\'Ú<Jllll bávaro f'rtlf'tl /'O.\'ÍfOllfl bímano prop11roxi101111 boémia p11m.\·ito1111 (0 l'omb11/tirio Orto· gr1ífico d11 Lí11g1111 f'or111g11es11 reKisrr.1 t11mbà11 11./õr11111 boe111i11 - p11roxiro1111)

bólido - prop,1ro.\'lro1111 brâmane pmp11roxíto1111 cânon - ;111mxí101111 caracteres - p11roxí101111 cartomancia p11roxí101111 cateter - ox/fo1111 chávena - pmp11roxlfo1111 ciclope p11roxiro1111 Cistcr oxiro1111 cível - p11roxíta1111 Cleópatra - pmp11mxí101111 clímax - pt1mxi101111 cômputo (\.) - prop11roxíro11t1 condor 11xlfo1111 cotilédone - prop1trnxito1111 crisântemo ou crisantemo -dup/11 pro111í11ri1111ai111

decano - p11roxi1111111

elétrodo - p rop11roxíto1111 (0 Aurélio rt'!!,istm 111111/Jém 11 far11111 t'Írt rodo - pttroxírm111)

êmbolo - prop1m1xi101111 epíteto (s.) prop11roxi101111 estratégia - p1trt1.\ito1111 etíope - propt1mx1101111 fagóci to - prop11m.\·1't<11111 filantropo p11roxí101111 filatelia - p11roxí101111 ílébil - p11roxí101111 flu ido (~.) - p11roxit<m11 fórceps - p11ro.\'lro111r fortuito - pt1r11xíto1111 geodésia ou geodcsia - dupla pm111í11w1 11ceirt1

Gibraltar - oxí101111 grácil - pttrO.\'Íllllltl gratuito - p11m.\'Úo1111 hangar - <1xÍ1t11111 hieróglifo - pmp11mxi101111 (0 A1m:/io "K1S· rm tt1111bém 11 jom11r hiaoglifo- p11ro.\'Íto1111)

ho mília ou homilia - d11p'11 pro111í11rit1 tll'l'iftl Hungria - p11r<1xí1011r1 ibero - p1110.\'11<11111 idólatra (s.) - prop11roxí1011t1 impio (cruel) - p11roxito1111 ímpio (incrédulo) - p11roxí101111

cropsi11 r,1111/>ém é 11ai111.

Niágara - prop11r<Jxi101111 Nobel - oxiflm11 Normandia - p111·oxíro1111 novel - oxí101111 obus - oxí1111111 Oceânia ou Occania -rlup/a pro111í11ri.111r1•ifl1 ômega - propt1ro.\'Íto1111 (0 \locnbulti ..1<1 Or· tognífiro d11 l111g1111 f'orruguesa regis11 1 t11111· be111 t1 far11111 011te,'{1I - p11roxírow1)

ônix - p11roxíto1111 ortoépia ou ortoe pia - d11pl11 pronrí1trit1 t1ceir11

páramo - propt1roxl101111 pegada - p11roxim1111 périplo - prop11roxi101111 perito - p11roxí101111 plêiade - propt1roxí101111 primata - p t1n1xí101111 projétil ou projctil - d upla p ro111í11ri1111rritt1 protótipo - prap11ro.,·iro1111 pudico - pt1roxir111111 quadrúmano - prop11roxí1ow1 quiro mancia pr1roxí101111 recé m - OXÍIOI/// recorde - p11roxíu11111 refém - OXÍIO//i/ refrega - pt1roxí101111 réptil ou rep til - d11pl11pro111í11ri11111"t'Ít11 rubrica - pnroxíro1111 rui m - oxírom1 sinoními a - p11roxí101111 sóror ou soror d11p!t1pro11IÍ11cia 11relf11 sótão - p11roxlr111111 sutil - OXÍfOl/tl táctil - p11roxítu1111 têxtil - p11roxium11 trânsfuga - prop11roxí1011t1 trans ido - p11roxí101111 tul ipa-p11rox/101111 (0 Vocnbuldrio O rrogní·

improbo - prop11roxí101111 inaudito - p11roxí101111 íngreme - prop11rnxíro11n Ínterim - prop11ro.\·í101111 leucócito - prop11roxito1111 lhedo (a<lj.) - prop11roxi101111 levedo (~.) p11roxito1111 Lúcifer - prop11roxi101111 maqu inaria p11roxí101111 meteorito - p11roxífl11111 fico dtt L í11g1111 Porr11gm·s11 regi strn r11111bé111 11 misantropo - p111·oxi101111 ro \rmlÍmÍ1Ír1<1 for11111 tlÍÍip11 - prop11roxí101111) Oriogr1íjim dt1 lí11g1111 Pormg11rJ.1 ny,1s1r,1 ureter - ox/101111 r11111bé11111far11111 111isti111ropo - prop11m\·í101111J xérox - (pt1roxiro1111} 011 xerox (oxí•o1111) mister - oxíro1111 d11p/,1 pro111í11ci11 t1rei111 munícipe - pmp11roxí101111 zângão - (p11roxíto11i1) 011 zangão (ox •11m11)masseter - oxí1011t1 necrópsia p11roxí101111 - t1 promÍll<'Íil ne·

d up/11 pro111í11ri1111rri111

zéfiro - prop11ro:du11111 fonte: br geornit~

43


UNIDADE Ili

MORFOLOGIA Classes de palavras Já o artigo os, o pronome nossos, o numeral dois e o adjecivo velho aparecem referindo-se ao substantivo liV1·o. São chamados, pois, determinantes.

:j

RELAÇÃO DET[ERMINANTE I DETERMINADO A Língua Porcuguesa possui dez classes de palavras: subsranrivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome, verbo, advérbio, interj eição, conjunção e

Nota: O sentido dtts setas indica a relação entre determinante e determinado; eltts vtio do determinante [t] para o detemiinado[ l].

prepo~ição .

Essas classes de palavras ficam, numa frase, relacionadas enrre si, umas modificando, oucras sendo modificadas e algumas servindo de cio en-

Pode o subscamivo passar a ser decerminanrc.

cre as palavras.

t

l

As palavras que modificam são normalmenre

Aquele parece ser o médico Baroni. subst.

denominadas determinantes , as que são modifi-

subst.

cadas, determinadas; oucras, por servirem ape-

O subscancivo médico está sendo modificado por ou tro substantivo - Baroni. Assim, o subsrnncivo médico aparece co mo detenninado , e o substantivo Baroni como elemenco detenninante.

nas como elcmencos de ligação, são chamadas

conectivos. O s ubstantivo normalmente é detenninado , isco é, geralmente aparece modificado por um pronome, adjecivo, arcigo ou numeral.

O substantivo pode ser simultaneamente determinante e determinado.

Os nossos dois livros velhos estão ntt biblioteca.

t

t

art.

P'On.

t

l

num. subst.

t

t

t

O mundo inteiro ndmimvtt o piloto Sena

adj.

subst.

subst.

O rnbsranrivo livro aparece modificado pelo

O substantivo piloto está determinado pelo

artigo, pelo pronome, pelo numeral e por um ad-

artigo o, csce é, pois, detenninmzte. Simulranc-

jetivo. Dizemos, então, que o substantivo é um

ameme está sendo modificado pelo substantivo

dementa determinado.

Sena; é, portanto, determinado.

44


FLÁVJA RITA COUTINHO SARMENTO dererminado por o

mente, circunstância de negação e de tempo. São,

Piloto: <

pois, determinantes. Já a forma verbal choverá é clemenco detenninado. dercrminado por Sena

t

t

Nossos governantes falam mais do que pensam. pron.

subst.

verbo

adv.

O advérbio aparece normalmenre como determinante, expressando circunstância relacionada ao verbo, ao adjerivo ou a outro advérbio.

t

i

i i

Duas classes de palavras, por servirem de liga-

i

ção entre dois cermos ou duas orações, siio chamadas de conectivos.

Jonas saiu muito bem vestido. verbo adv.

adv.

adj.

São elas as p reposições e as conjunções.

O advérbio bem csrá modificando o semido do adjetivo vestido, exprimindo uma circunstân -

Pedro e Maria estiuemm em casa, m as eu nrío os vi.

cia de modo.

conj.

prep.

~

O advérbio m uito csrá modificando o sentido do advérbio bem, exprimindo uma circunstância

/

conj.

t

ligam termos

liga orações

de imensidade.

t

t

Nrío choverá amrmhrí. adv.

verbo

adv.

N ota: Os determinantes do substantivo são adjetivo, locução adjetiva, pronome, locução p 1·ononiinal, m·tigo e numeral

Os advérbios não e amanhã modificam o sentido do verbo chover, exprimindo, respecriva-

l

CLASSES DE PALAVRAS

l . ->

artigo

preposição con1unçao

adjetivo

r-

pronome .__.__....___~

elementos de ligação ~

interjeição [isolada na frase]

numeral

normalmence determinantes

advérbio

normalmence dcrerminanre

substantivo - verbo / (normalmente determinados)

45

1


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÀO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

SUBSTANTIVO

ARTIGO

• nomeia seres, coisas e ideias.

• acompanha o subscancivo, determinando-o, generalizando-o ou indefinindo-o.

ADVÉRBIO CONJUNÇÃO

• modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio e exprime circunstância.

• relaciona duas orações ou dois termos da mesma oração.

NUMERAL ADJETIVO

• ind ca quantidade de seres ou estabelece ordem.

• modifica o substantivo; exprime estado, qualidade, característica.

INTI:RJEIÇÃO PREPOSIÇÃO

• exp ·essa sencimenco, emoção súbica.

• liga dois termos da mesma oração. VERUO PRONOME

• exprime ação, movimento, fenômeno , estado.

• acompanha ou substitui o substantivo.

Nossa, ele gosta de olha1· tanto e às escondidas os dois belos machos de mico-leáo!

!

interj.

-

!

Pron.

!

!ocucão verbal auxiliar + principal

!

i

adv_ con1.

i

!ocucão adverbia! prep. + subst.

SUBSTANTIVOS

i

i

an. num.

i

adjet

i

subs1.

i

loc adjetiva prep. + subst.

Abstratos Designam os seres de cxiscência dcpcndemc, isco é, que não existem cm nosso mundo excerior. Só existem dependendo dos seres concretos. São sentimentos, ações, qualidades, estados, tomados como seres. - sentimentos: amor, ódio, raiva ... - ações: produção, progresso, colheita, vir1gem,

Substantivo é a palavra com que designamos os sere~ em geral.

Deus, Marta, alma, fada, quartzo, patriotismo, bondaae, surdez, couro, Belo Horizonte, Pitangui...

CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS

brincadeira... - estados: vida, morte, gaguez, medo, raiva, ânsia, nervosia... - qualidades: beleZll, grandezn, imensidão, honestidade, fei1m1 ...

Concretos Designam os seres de existência independente ou que nossa imaginação aceira como cal, sejam reais OL. imaginários (pessoas, animais, vegetais,

Comuns

minerais, lugares, coisas, gases e entidades).

São os que se aplicam a codos os seres de uma espécie ou designam uma abstração.

homem, jzília, onça, bicho, jl01; ouro, prata, país, Livro, oxigénio, Deus...

país, cidade, vaidade, homem, briga, sombrinha...

46


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

Próprios

FLEXÕES DOS SUBSTANTIVOS

Os que se aplicam a determinado ser da espécie.

Brasil, Paris, São Paulo, Pedro, Anete, Mantiqueira, Palácio da Alvorada, Terex, rua das Acácias, av. Pedro!!. ..

Coletivos São os substantivos comuns que, no singular, designam um conjunto de seres da mesma espécie. Os coletivos podem ser: - Específicos: os que se aplicam a uma só espécie de seres:

arvoredo, carrilhão, cordilheira, matilha, arquipélago. - Indeterminados: os que se aplicam a diversas espécies de seres: manada (de bois, búfalos, elefantes) bando (de aves, pessoas, marginais) réstia (de cebolas, de alhos)

O substantivo varia em gênero, número e grau.

Flexão de gênero Gêneros: masculino e femi nino. Alguns possuem uma única forma para os dois gêneros. São UNIFORMES e subdividem-se em três tipos: • Comuns-de-dois-gêneros São designados de pessoas e apresentam u ma só forma para masculino e feminino. Disti ngue-se o gênero pela anteposição ou pospos ição de um determinante.

o pianista /a pianista o gerente /a gerente um telefonista /uma telefonista aquele cliente /aquela cliente estudante aplicado/ estudante aplicada

FORMAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS

o Líder/ a líder

Primitivos • Epicenos São alguns nomes de animais ou plamas que apresentam a distinção de sexo com o emprego dos adjetivos macho e fêmea.

São os substantivos que não derivam de outros, pelo contrário, possibilitam a formação de novas palavras.

pedra, ferro, planta, folha, dente...

cobra macho /cobra fêmea jacaré macho /jacaré fêmea onça macho / onça fêmea pulga macho /pulga fêmea

Derivados São os substantivos que derivam de outras palavras, dado o acréscimo de prefixos e/ou sufixos.

pedrE!RA, ferrEIRO, plantaÇÁO, folhaGEM, DESlealDADE, dent!STA, !Nfeliz...

• Sobrecomuns Não apresentam marca para diferenciar o gênero. A distinção é feita somente dentro do con-

Simples São aqueles que se formam a partir de um único radical.

texto.

vento, raio, escola, manga, água ...

a criança, a vítima, a testemunha, o cônjuge, o carrasco, o indivíduo, a pessoa, etc.

Compostos São aqueles que se formam a partir da justaposição ou da aglutinação de dois ou mais radicais.

O cônjuge Maria Benedita requereu a pensão alimentícia para o filho.

navio-escola, couve-flor, planalto, manga-espada, aguardente (água + ardente)...

Ela foi o meu carrasco durante quarenta anos.

47


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS A gramática regisrra, como correta, a forma fixada pelo uso culco.

São biformes os subsranrivos que possuem uma forma específica para o masculino e outra para o femin ino (geralmenre marcada pela desinência a).

professor - professora prefeito - prefeita presidente - presidentrl (a presidente) aluno - aluna ministro - ministra h6spede - h6speda

o apêndice o champanha o clã o derma o cataclismo o dó o eclipse o eczema o formicida o guaraná o herpes o telefonema o trema o tracoma o vernissage

a) AJg..ins deles são heterformes (apresentam radicais diferenres para masculino e feminino).

pai - rnríe homem - rn ulher genro - nora boi - vaca frei - s6ror ou sóror zângão ou zangão - abelha b) Outros têm feminino derivado de radical do

a agravante a alface a aluvião a sentinela a apendicite a bacanal a cal a ordenança a cataplasma a comichão a derme a genese a libido a omoplata a xérox

:w---......r-- ------------- -- --------------,

masculino, pela subsciruição ou acréscimo de

Nem o uso culco da língua fixou o gênero de

terminações muico variadas.

alguns subsrantivos. São aceitas, porranco, as

1

duas formas (gênero Autuance):

cnpiau - capioa ator - atriz judeu - judia ateu - ateia frade- freira pe1digrío - perdiz

o diabete ou (o diabetes)/ n dinbete o personagem /a personagem

1 1

'

o laringe/ n laringe o usucapiáo /a usucapião o cólera /a cólera ~---------------------------------------'

,

,

réu - ré

maestro - maestrinn embaixador - embaixadora, ernbaixatriz rnarajd - rnamni, maráni

, Há substantivos que mudam o significado ao mudarem de gênero.

SUBSTANTNOS QUE OFERECEM

o cura (o pároco}- a cura (restabelecimento) o cisma (separação, dissidência)- a cisma (desconfiança) 1 o caixa (ofuncionário)- a caixa (máquina ~ registradora)

DÚVIDAS QUANTO AO GÊNERO Há d ificuldade na identificação do gêncro de algumas palavras, por não haver, necessariamenre, relação entre gêncro gramatical e sexo.

48

j


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO o cabeça (o chefe) - a cabeça (parte do corpo,

Casos particulares: •Acrescenta-se "es" ao singular dos substantivos terminados em "R" ou "Z" para pluralizá-los. corEs, forEs, amorEs, barEs, pazEs, nozEs... • Pluralizam-se os substantivos terminados em "AL", "EL'', "OL", "UL", uocando-se o "L" fin al por "IS" . Bananal(is), papel(is), anzol(is). ..

1

pessoa inteligente} o capital (os bens} - a capital (cidade principal) o moral (o ânimo} - a moral (os costumes} o guia (o cicerone} - a guia (o documento, meio-fio} o crisma (o óleo santo)- a crisma (cerimônia religiosa} o tormento (a tortura} - a tormenta (temporal) o grama (medida de massa}- a grama (capim) o polícia (o policial} - a polícia (a corporação policial) o rádio (o aparelho)- a rádio (estação, emissora}

------------------------------ '

Constituem exceção a pluralização de:

\

1

1 1

mal/ males Cônsul I Cônsules 1

~

1

real/ réis (moeda)

:

'----------------------------------------;'

• Caso os substantivos terminem em "IL'', sua pluralização ocorrerá de duas maneiras:

2 As SIGLAS usadas como nome próprio têm o gênero do nome inicial: MEC = Ministério da Educação e Cultura

- sendo eles OXÍTONOS, troca-se o "L" final por "S".

fimiS, faziS, aniS. ..

O MEC não consegrúu resolver o

- sendo eles PAROXÍTONOS, troca-se o "IL" fina! por "EIS".

problema da greve dos professores.

fóssE!s - réptE!s (ou reptis), projétE!s (ou projetis} ...

Flexão de número

• Plural izam-se os substantivos terminados em "S" pelo acréscimo de "ES", caso sejam OXÍTONOS ou MONOSSÍLABOS . Todavia, se forem PAROXÍTONOS ou PROPAROXÍTONOS, permanecerão invariáveis, flexionado apenas o ARTIGO que os acompanha.

Os substantivos ora se enco ntram no SINGULAR, ora se flexionam no PLURAL. A explicação da palavra "NÚMERO" se fundamenta na própria concepçáo numérica ou de quantidade dos seres. Assim, temos que DOIS ANOS representa forma pluralizada de UM ANO.

a) meses, reses, gases, obuses, fregueses, países, portugueses, deuses...

REGRAS DE PLURALIZAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS

b) o(s} pires, o(s) alferes, o(s) vírus, o(s} ônibus, o{s) bónus...

• Regra geral: pluralizam-se os substantivos com o simples acréscimo da desinência "s" ao singular, caso terminem por vogal ou ditongo.

• Caso os substantivos terminem em "M", troca-se esta terminação por "NS".

menino(s), parede(s), vida(s), praia(s), boneca(s), chapéu(s) ...

bomboNS, reféNS, álbuNS, nuveNS, iteNS, beNS, atuNS, hifeNS (ou hífenes), poleNS (ou póIenes)...

49


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

obras-primas, g11ardas-noturnos, amores-perfeitos, cachorros-quentes.

• Plural dos subscancivos ccrminados em ÁO Não existem regras fixas para o plural dos subsranrivos terminados em "ÃO ". Alguns apresencam a forma pluralizada em "ÁOS", oucros em Ô ES e, às vezes, em "ÃES".

e) Se o subsranrivo for formado por um ADJETIVO+ SUBSTANTIVO. boas-vindas, más-línguas, longas-metragens ...

a) Plural em "ÃOS". PAROXÍTONOS: órgão(s), bênçiio(s), óifáo(s), Jótiio(s), gólfoo(s), acórdiio(s), cidadiios(s)...

d) Se o substantivo for formado por um NUMERAL + SUBSTANTIVO. terças-feiras, q11artos-zagueiros...

b) Plural em "ÔES" limão - limões, botão - botões, llnão - anões, vulcão - vulcões, t>spiáo - espiões, aldeão - aldeões, mamão - mamões, melão - melões, caixão - caixões, folião - foliões,

VVARIAAPENAS O PRIMEIRO ELEMENTO: a) Sendo o substantivo formado por um SUBSTANTNO +PREPOSIÇÃO + SUBSTANTl VO. escolas de samba, pés de moleque, flores delis, pães de 16, m11las sem cabeça...

falcão - falcões, zangão - zangões ...

b) Se o substantivo composro formado por DOIS subscantivos, desempenhando o SEGUNDO papel de ADJ ETIVO. navio(s)-escola, peixe(s)-espada, pombo(s)-correio, manga(s)-rosa,

e) Plural em ''ÃES" pão - pães, cão - cães, cnpitdo - capitães, charlatão - charlatães, escrivão - escrivães, alemão - alemães, sacnstao - sacristães,

banana(s)-prata, saldrio(s)familia...

tabelião - tabeliiíes, guardião - guardiáes, capelão - capelães...

Nota: Alguns autores admitem a flexão em ambos elementos artesão (artífice) - artesãos 1zrtesão (adorno arquitetónico}- artesões.

V VARIA APENAS O SEGUNDO ELEMENTO:

V PLURAL DOS SUBSTANTIVOS

a) Se o subsrancivo for formado por palavras repetidas. tíco-ticos, reco-recos, q11ero-queros...

CO MPOSTOS Um subscancivo é COMPOSTO quando se forma pela justaposição ou aglutinação de dois ou mais radicais. O plural desses subscancivos se faz obedecendo-se às seguinces regras:

b) Se o substantivo for formado por um VERBO+ SUBSTANTIVO. beija-flores, guarda-roupas... e) Se o substantivo for formado por uma PALAVRA INVARIÁVEL+ PALAVRA VARIÁVEL. sempre-vivas, ave-marias, abaixo-assinados...

VVARIAM OS DOIS ELEMENTOS: a) Se o substantivo for formado por um SUBSTANTIVO + SUBSTANTIVO.

d) Se os elementos dos substantivos NÃO forem ligados por hífen , formando uma só palavra. aguardentes, gimssóis, pl.analtos, fidalgos ...

couves-flores, mestres-salas, abelha-mestras... b) Se substantivo for formado por um SUBSTAl TIVO +ADJETIVO.

50


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO e) Se o substantivo for formado por REDUÇÃO+ SUBSTANTIVO. grão-mestres, bel-prazeres...

casarão, vozeirão, garrafão, vagalhão ÁZIO =copázio ONA = vacona, mulherona ORRA =cabeçorra, manzorra U ÇA = dentuça ARÉU =fogaréu, povaréu

VPERMANECEM INVARIÁVEIS OS DOIS ELEMENTOS a) Sendo o substantivo formado por um VERBO+ ADVÉRBIO. o(s) bota-fora, o(s) pisa-mansinho...

GRAU DIMINUTIVO Observe a frase abaixo: "A reunião será na SALETA ao lado."

b) Sendo o substantivo formado por um

Veja que o substantivo "SALETA" está flexionado no DIMINUTIVO por representar o tamanho reduzido do substantivo "SALA". Alistam-se abaixo alguns SUFIXOS fo rmadores desses diminutivos: ACHO = riacho, penacho EJO =lugarejo EBRE = casebre ECO = livreco, jornaleco ETO / ETA = poemeto, saleta I CO = burrico lM = espadim, flautim INH O = caderninho, pastinha ISCO = chuvisco ITO(A) = mosquito, cabrito, senhorita ZINHO = papelzinho, irmázinha OCA = engenhoca OLA =fozendoúi OTE = velhote UCHO =papelucho ULA (O)= radícula, glóbulo

VERBO + SUBSTANTIVO PLURAL. o{s} troca-tintas, o(s) saca-rolhas, o(s) guarda-chaves, o(s} salva-vidas, o(s) porta-luvas...

FLEXÃO DE GRAU O grau exprime as va riações de ramanho dos seres. Assim, a partir da forma normal dos substantivos, aparecem os graus AUMENTATIVO e DIMINUTIVO. mão - mãozinha - manzorra GRAU AUMENTATIVO Observe a frase aba ixo: " ... e o Lobo Mau abriu a BOCARRA e comeu a vovozinha ... " A palavra "BOCARRA" está no grau aumentativo, já que apresenta o tamanho exagerado do substantivo "BOCA". O AUMENTATIVO dos substantivos se realiza com o acréscimos de SUFIXOS à forma normal dos substantivos primitivos. Eis alguns SUFIXOS AUMENTATIVOS utilizados nesse processo: ARRA = bocarra, naviarra AÇA = barcaça, barbaça, caraça ALHA = muralha, fornalha AÇO= calhamaço ÁO(ALHÃO / ZARRÁO / EIRÁO / ZÁO) =

EMPREGOS SEMÂNTICOS DO DIMINUTIVO E DO AUMENTATIVO

V D iminutivo afetivo: filhinho,

amorzinho, ma-

máezinha... V Oiminutivo pejorativo: gentinha, mulherzi-

nha, jornaleco, velhote...

V Aumentativo

pejorativo: porcalhão, nari-

gão, medicastro, atrevidaço...

51


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS LOCUÇÃO ADJETIVA

ADJETIVOS

1

É a expressão (formada de preposição + subs-

Adjetivo é a palavra que se junra ao substanti-

tantivo) que se refere ao outro substantivo atribuindo-lhe as mesmas caracrerísricas que o adjetivo atribui.

vo para precisar-lhe o significado. qualidade (defeito ou virtude) modo de ser aspecto ou aparência

Serve para indica r

• cor de chumbo (aspecro, aparência) = plúmbeo • criatura sem mácula = imaculada, inremeraca

esrado

• pessoa sem vergonha (qualidade) = desavcrgonhada

• Qualidade: canrigas bonitas, palavra gentil (virt udes). Esrárua defeituosa, pessoa chata

• cará ter de ferro = ferrenho

(defeitos) .

• esrárua de mármore (ripo) = marmórea

• Modo de ser: esrrada pedregosa, rua asfaltada.

• caminho d e ferro = férreo

• Aspecto, aparência, tipo: fa ixa amarelo-la-

• hábitos contra a moral = imorais

ranja, céu transparente.

Nota: Nem toda locução adjetiva pode ser reduzida a um adjetivo.

• Esta do: narureza morta, pessoa histe, carne

putrefata. CLASSIFICAÇÃO DOS ADJETIVOS Quanto à formação, os adjetivos classificam-se em:

1) A djetivos substantivados: muitos adjetivos

sâo usados com valor de substantivos, facilmente subentendidos.

Primitivos Aqueles que não derivam de outras palavras. Pelo contrário, a partir deles são formados os derivados.

Os antepassados (os homens antepassados} Os justos (os homens justos}

rítil, forte, bom, triste, fraco, mau ...

O circular (o ônibus circular)

Derivados Aqueles que derivam de subsrancivos ou verbos, apresentando sempre um prefixo e/ou sufixo.

2) Substantivos adjetivados: substantivos usa-

teimoso, desleal, mulherengo, pontual, cabeludo, respeitado...

d?s com valor de adjetivos. \/apor cinza = vapor de cor idêntica à da cinza.

l

Simples

(míduos de combustão)

Aqueles que apresentam um único radical.

Comício monstro = comído monumental grandíoso

português, escuro, cnst1mho...

i

{ser disforme} Blusas rosa

=

Compostos

blusas de cor idêntica à da rosa.

Aqueles que se formam a partir da união <le

l

DOIS ou MAIS radicais.

(designação de flor)

luso-bmsileiro, verde-claro. cnstanho-escuro...

52


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

Adjetivos Pátrios Também denominados gentílicos, os adjetivos pátrios designam a NATURALIDADE ou NACIONALIDADE DOS SERES. Brasília = brasiliense

Flexão de número O PLURAL dos adjecivos SIMPLES se faz da mesma fo rma com que se plmalizam os substancivos. Os adjetivos compostos sáo constituídos de dois ou mais radicais. Sua pluralização segue as seguintes regras:

Mato Grosso = mato-grossense

V Varia apenas o ÚLTIMO ELEMENTO se o

Amazonas = amazonense

Rio de janeiro (capital}

=

carioca

adjetivo composto é fo rmado por ADJET IVO

Rio de janeiro (estado) =fluminense

+ADJET IVO.

Divinópolis = divinopolitano

cabelos castanho-escuros, Lenços verde-claros, poemas herói-cómicos, folhas verde-escuras...

S. João Dei Rei = sanjoanense

VO

adjetivo surdo-mudo Aexiona seus dois elememos.

FLEXÕES DOS ADJETIVOS

V Sendo FLEXIO NAR

uma

palavra

é

o adjetivo composro por uma Pl \.LAVRA INVARIÁVEL (1° elemenro) e o segundo VÁRIAVEL, apenas este será plural izado.

"variá-la",

"transformá-la. Os ADJETIVOS se Aexionam ou variam em GÊNERO, NÚMERO e GRAU,

mal-educados, semi-selvagens, recém-formados.. .

sempre de acordo com o SUBSTANTIVO carac-

V Caso

o adjetivo composro seja formado por um ADJETIVO + SUBSTANTIVO, os dois elementos permanecerão INVARIÁVEIS.

terizado por eles .

Flexão de gênero Quanto ao GÊNERO, os adjetivos se classificam cm:

Lençóis verde-oliva, tapetes azul-turquesa, camisas amarelo-laranja... V Permaneceráo também INVARIÁVEIS as lo-

• Biformes: adjetivos que apresentam duas formas distintas, uma para designar o masculino e

cuções formadas de COR+ DE+ SUBSTANTIVO.

outra para o feminino.

vestidos cor-de-rosa, calças cor-de-café...

passeio BOM/ viagem BOA

V Permaneceráo também INVARIÁVEIS os compostos azul-marinho, azul-celeste e azul-ferrete.

aluno PREPARADO/ aluna PREPARADA rapaz}UDEU lmoça}UDIA

Flexão de grau •Grau comparativo de IN FERIORIDADE (menos do que) . Pesquisas revelam que os homens são MENOS fortes QUE as mulheres.

corpo FRACO/ mente FRACA • Uniformes: adjetivos que apresentam uma única forma tanto para o masculino quanro para o fem inino. simples, capaz, saliente, útil, feroz, igual, forte, elegante, gentil, anterior, cortês, cruel ...

•Grau comparativo de IGUALDADE (igual a, como, tanto, quanto, tão quanto).

53


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Nós somos TÃO portugueses QUANTO os próprios lusitanos.

ADVÉRBIOS São palavras invariáveis que mod ificam o sentido dos adjetivos, dos verbos, de outros advérbios e, ocasionalmence, até de frases incciras, indicando uma circunstância. • d e afirm ação: sim , cenamcnrc, realmente ... • de negação: não, nunca, jamais.. . • de dúvida: talvez, caso, porventura, oxalá, quiçá ... • de intensid ade: bastante, bem, mais, pouco, muito, ex tremamen te, meio ... • de lugar: aí, ali , aqui , ad iante, atrás, lá... • de modo: assim, bem, depressa, devagar / • de tempo: agora, ainda, cedo, depois, carde, cedo...

• Grau comparativo de SUPERIORIDADE (mais do que).

Arnigos sinceros siio MAIS necessários DO QUE o dinheiro. • Grau SUPERLATIVO ABSOLUTO SINTÉTICO (associação d e prefixo o u sufixo)

A torre é nltíSSIMA. Cnpitu, você está lindÍSSIMA. Nosso apartamento é ÓTIMO. ABSOLUTO ANALÍTICO (associação a advérbio)

Ficas prejudicado por ser J\1UITO HUMILDE. É MUI TO GRANDE a responsabilidade de um governante. És EXCESSJVAMENTE VALIOSO, rapaz.

LOCUÇÃO ADVERBIAL

Expressão que equivale a um advérbio.

• GRl\U SUPERLATIVO RELATIVO

Tudo correu às mil maraviUJas. (mamvilhosrzmente)

DE INFERIORIDADE (o menos) Diríamos que ele é O MENOS preparado

~~~;·: .~·~OCUÇÕES~ADVERBIAIS·_,,,.~ l_f, -.:: •',,.•• L' • •'-L~~~...__ .-.._..l.rool;""---~l~~-~-.J.&.l.l:.!-~\.~~·-...- ~

da família.

..

DE SUPERIORIDADE (o mais) Seria a Terra O MA IS belo dos planetas?

Q uando se comparam duas qualidades de um mesmo ser, emprega-se a fo rma ANALÍTIC4 (mais grande, mais bom, mais pequeno, mais ruim ...). s ~ a mesma qualidade se referir a seres di- , feremes, emprega-se a fo rma SINTÉTICA (maior, melhor, menor, pior... ). O professor é mais GRANDE que GORDO.

'Ta ...

DE LUGAR

à distància, de longe, de perto, em cima, em volta, ao lado, a esquerda, à direita, etc.

DE TEMPO

às vezes, à tarde, à noite. de manhã, de repente, de vez em quando, em breve, a qualquer momento, hoje em dia, etc.

DE MODO

às pressas. às claras. à vontade, à toa, às escondidas, aos poucos. frente a frente, lado a lado, a pé, de ônibus. dessa manetra, etc.

DE INTENSIDADE

em excesso, por completo, de wdo, etc

DE DÚVIDA

quem sabe, se possível, etc.

DE AFIRMAÇÃO

sem dúvida, com certeza, de fato, por certo, etc.

DE NEGAÇÃO

de jeito nenhum, de modo algum, etc.

-

Ele é mais PEQUEN O que MAGRO.

ll'Em um a sequência de advérbios rerminados em m ente, o sufixo pode aparecer apenas no último elemento, ficando subencendido nos dema is termos.

I\ as locuções comparativas, pode-se usar que ou do que.

Ela agiu calma e gentilmente.

Aquela sala é MAIOR que esta. Ele é MENOR que o irmão.

54


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO ADJETIVOS ADVERBIALIZADOS

Exemplos de expressões adverbiais: Meio

O adjetivo, quando determinante do verbo, cem natureza e valor de advérbio, portanto, de adjunto adverbial. Passa a ser invariável como o advérbio, e é classificado conforme a circunstância

Instrumento Assunro Cond ição

que acrescenta ao elemento a que se refere.

Companhia

Falem baixo.

Concessão Causa

Comprei caro os lotes.

Finalidade

Pensei melhor e resolvi falar claro.

V Os

advérbios variam em grau exatamente como um adjetivo.

----

-

Viajei de avião. Escreve a máquina. Falamos sobre economia. Não irei sem você.

A criança só sai com a mãe. Embora triste, sorria.

Adoeceu de frio. Trabalha pela famíliti.

PREPOSIÇÕES

Palavras invariáveis que servem de ligação entre duas outras, ficando a primeira (antecedente)

---------------------------- ... '

O lugar do adjunto adverbial '

modificada ou completada pela segunda (consequente).

é depois do verbo ou do complemento do verbo. Se ele vier deslocado, será, em geral, separado por vírgula:

Não voltei para casa. Chorava de dor. Concordo com você.

\ ... ______________________________________ Abaixo de Deus, foi ele quem me salvou. __/

PREPOSIÇÕES ESSENCIAIS PALAVRAS DENOTATIVAS

com, sem, sob, sobre, contra, a, ante, após, até, de, desde, em, entre, para, perante, por, trás, per.

São palavras que se assemelham a um advérbio, mas não podem ser consideradas como cal, pois não modificam o verbo, o adjetivo ou o advérbio e sim uma frase inteira ou outras palavras

LOCUÇÕES PREPOSITIVAS

Reunião de duas ou mais palavras que termina sempre por uma preposição.

como pronomes substantivos.

Ele não fa/,a, apenas murmura pa/,avras. - exclusão

Abaixo de, acerca de, acima de, a despeito de, adiante de, defronte de, embaixo de, em frente de, graças a, junto de, perto de, por entre, por trás de, etc.

Então ele disse toda a verdade. - situação Até comprei uma roupa nova. - inclusão

Eu sei lá o que ele disse. - realce

I.-1'.~-.:...:..:..:• ,...., , ._

PREPOSIÇÕES ACIDENTAIS

Preposições acidentais (palavras de outras classes que podem exercer função de preposição) . ·- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - ... ,

\

Não só os advérbios mas tam- 11 : bém expressões e Locuções adverbais determi- : ' ' ... _______________________________________ nam o verbo, o adjetivo ou outro advérbio. , )

afora, conforme ( = de acordo com), consoante, durante, exceto, salvo, segundo, senão, mediante, visto (= devido a, por causa de), etc.

1

55


PORT JGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

\téstimo-nos con.fonne a situação e o momento.

ável, enquanco o pronome oblíquo subscicui um

Os heróis tiveram como prêrnio aquela vida.

subscanrívo. Já o arcigo amecede o subscancivo, determinando-o.

M ediante meios escusos, ele conseguiu a vaga. A moça dormiu dumn te a viagem.

CARGA SEMÂNTICA DAS PREPOSI ÇÕES

As preposições essenciais regem pronomes oblíquos cônicos; enquanto preposições acidenrais regem as formas recas dos pronomes pessoais. (Falei sobre ti. / Todos, exceto eu, vieram}. Ao:, locuções preposicivas, cm geral, são formadas de advérbio (ou locução adverbial) + preposição. abaixo de, acerca de, a fim de, além de,

Isoladamente, as preposições são palavras vazias de sencido, embora algumas contenham uma vaga noção de cempo e lugar. Nas frases , exprimem diversas relações: • autoria - música de Caetano • lugar - cair sobre o telhado, estar sob a mesa

defronte a, ao lado de, ripesar de, através de,

•tempo - nascer a 08 de janeiro, viajar em uma

de acordo com, em vez de, junto de, perto de,

hora, viajei durante ris férias

até a, a par de, devido a, etc.

• modo ou confo rmidade - chegar aos gritos, votar em branco

Observa-se que a úlcima palavra da locução prepositiva é sempre uma preposição, enquanto a última palavra de uma locução adverbial nunca é preposição.

• causa - tremer de frio, preso por vadiagem • assunto - falar sobre política

Q uanto ao emprego, as preposições podem ser usadas em:

• fim ou finalidade - vir em socorro, vir para ficar

• Combinação: prepos1çao + oucra palavra .:;em perda fonécica (ao/aos) .

• instrumen to - escrever a lápis, ferir-se com a foca

• C ontração: preposição + outra palavra com

• companhia - sair corn amigos

perda fonética (na/àquela).

• m eio - voltar a cavalo, viajar de ônibus

• não se deve contrair a preposição ao verbo se o termo seguinte for sujeira. Está na hora de ele falar.

• matéria - anel de prata, ptÍo com farinha • posse - carro de João

• a preposição após, pode funcionar como advérbio (= atrás) .

• oposição - Flamengo contra Atlético • conteúdo - copo de (com) vinho

Terminada a festa, saíram logo após.

• preço - vender a (por) R$ 300,00

• Trás, atualmente, só se usa em locuções adverbiais e preposirivas.

• origem - descender de família humilde

por trás, para trds por trds de, etc.

• especialidade - formou-se em Medicina

Quanro à diferença entre pronome pessoal oblíquo, preposição e artigo, deve-se observar que a preposição liga dois termos, sendo invari-

• d estino ou direção - ir a Roma, olhe para frente.

56


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

CONJUNÇÕES

• Tempo1·ais: quando, enquanto, assim que, até que, mal, logo que, desde que, etc.

São palavras invariáveis que servem para rela-

• Integrantes: que, se, como, etc.

cionar duas o rações ou dois termos semelhames da mesma oração. Podem ser coordenativas ou subordinativas.

• As conjunções integrantes não apresentam

a) COORDENATNAS: ligam orações que não

VALOR CONTEXTUAL DAS CONJUNÇÕ ES

carga semântica.

fazem pane de uma oucra ou núcleos de um mesmo termo da oração. Podem ser:

"( . .) e assim, quando mais tarde me procure/

•Aditivas: e, nem, bem, como, não só, mas também, não apenas, como ainda, etc.

Quem sabe a morte, Eu possa me dizer do amor

(além disso)

(que tive): I Que não seja imortal posto que é

• Adversativas: mas, porém, todavia, contudo,

chama I Mas que seja infinito enqutinto dure. "

não obstante, no entanto, entretanto, etc.

Viuícius de /Vfornes

• Alternativas: ou, ou... ou, quer. .. quer, ora... ora, já.. .já, seja... seja, etc. • Conclusivas: assim, logo, portanto, por isso,

poemas de Vinícius. Entretanto, nora-se uma ina-

desse modo, por conseguinte, dessa forma, pois

dequação gramatical na utilização da expressão

(deslocado), etc.

posto que com o valor semântico de causa. O

Esse é um dos mais conhecidos e apreciados

poeta espera que o amor não seja imortal , já q ue é

• Explicativas: que, porque, pois (antes do ver-

chama, o que revela uma contradição entre o va-

bo), porquanto, etc.

lor habitual do conector (concessivo) e seu valor

b) SUBORDINATNAS: indicam a dependên-

contextual.

cia de um elemenro a outro.

A questão é que "POSTO QUE" cem valor

• Causais: haja vsita, que, porque, pois, por-

co ncessivo, ou seja, indica oposição, fatores contrários, tem o mesmo valor de "apesar de que,

quanto, visto que, uma vez que etc.

embora, mesmo que, ainda que, mesmo q ue", e

• Comparativas: como, que nem, que (depois de

não de "porque, já que, visto que". E ntão, o verso

mais, menos, melho1; pi01; maior) etc.

deveria ter sido construído assim: " Que não seja

• Concessivas: embora, conquanto, ainda que,

imortal, já que é chama", ou "po rque é chama" ou

mesmo que, em que pese, posto que, etc.

ainda "visto que é chama".

• Condicionais: se, desde que, caso, contanto

Muitas são as expressões e as palavras que cau-

que, a menos que, somente se, etc.

sam dúvidas ou apresentam problemas semânti-

• Confonnativas: conforme, como, segundo, de

cos ao concursando. Vejamos algumas delas:

acordo com, consoante, etc.

• Consecutivas: que (depois de tal, tanto, tão)

A conjunção "COMO" pode ter três valores

de modo que, de forma que, de sorte que, etc.

semânticos: causa, comparação e conformidade.

• Finais: para que, a fim de que, etc. • Proporcionais: à proporção que, à medida

• Na frase "Como estava chovendo, não saí de

que, quanto mais.. . mais, quanto menos... me-

casa.", ela indica causa, pois poderia ser subs-

nos, etc.

tituída por "já que".

57


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

· ARTIGOS

• Em "Faço o trabalho como o regulamento p rescreve.", indica co nformidade, pois poderia ser substituída por "conforme".

É uma palavra que antepomos aos substantivos para determiná-los, indicando -lhes, ao mesmo tempo, o gênero e o número.

• Em "Ele age como o pai.", indica comparação, pois poderia ser substituída por "igual a". A conjunção "SE", além de ser co ndicional, pode ser causal ou iniciar oração subord inada substantiva com função de sujeiro ou de objero direto, sendo denominada, nesse úlrimo caso de conjunção inregran re. •

Os artigos definidos (o, a, os, as) determinam os substantivos de modo preciso, particular.

Vi o rapaz. (um rapaz referido, conhecido, determinado)

a frase "Se você escudar, conseguirá seu intento.", ela indica condição, pois equivale a a

Os artigos indefinidos (um, uma, uns, umas) determinam os substantivos de modo

,,

caso .

• Em "Se você sabia que era proibido entrar lá, por que não me avisou?", indica causa, pois poderia ser substituída por "já que".

vago, impreciso, geral.

Vi um rapaz. ( um rapaz não referido, desconhecido, indeterminado)

• E m "Não sei se ficarei aqui muiro tempo.",

O bicho

há uma conjunção integrante, pois "se ficarei lá muiro tempo" funciona como objero direto do verbo "saber".

Vi ontem um bicho. Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa,

[

Não examinava nem cheirava:

INTERJEIÇÕES

Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão.

São palavras invariáveis que, sozinhas, equivalem a uma frase, geralmente exprimindo sentimentos ou emoções súbitas.

Não era um gato. Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem!

Ah!, Oi!, Alô!, Tomara!, Puxa!, Psiu!, Caramba!, Arre!, Ó!, Upa!...

Ma1111el Ba11deim

As palavras acima destacadas são artigos, porque esrão antepostas aos substantivos determi-

LOCUÇÕ ES INTERJETIVAS

nando-lhes o sentido precisa ou imprecisamente.

Co njunro de palavras que atua como uma interjeição.

O artigo um serve para dar uma ideia de um ser desconhecido ou não especificado, ou seja, um ser qualquer.

Meu Deus!, Ó de casa!, Que pena!, Bom dia!, Até logo!, Queira Deus!

58


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO cão garo raro

PRONOMES

qualquer (ser não especificado)

bicho ho me m

1

São palavras que substituem ou aco mpanham um substantivo sempre em referência às crês pessoas do discurso.

seres desconhecidos {não identificados claramente}

1.i4tt

I l i Il i : ·

..

Retos: eu, tu, ele, nós, vós, eles. Oblíquos átonos: me, te, se, lhe, nos, vos, o, a .. Oblíquos tônicos: l"lim, ti, comigo, contigo, ele, nós, conosco, convosco ... Reflexivos: me, te, se, si, consigo... De tratamento: você, senhor, V. Ex•....

Demonstrati vos

Indicam a posição dos seres no espaço, no tempo e no contexto.

este, esse, aquele, o, tal, mesmo, próprio, aq1;ilo, semelhante, isto, isso...

Relativos

Relacionam-se a que, quem, quanto, onde, um antecedente, o qual, cujo. representando-o na oração seguinte.

Indefinidos

Indicam o ser de forma indefinida ou expressam quantidade mdefinida.

tudo, nada, algum, nenhum, muito certo, pouco, mais, todo, vários, qualquer...

Interrogativos

Iniciam interrogações diretas e indiretas.

que, quem, qual, quanto.

Possessivos

Indicam posse.

meu, teu, seu, nosso, 1()SS()...

1

'---------------------------------------~

o ser dando a ideia de não ser um qualquer,

o pátio, os detritos ~ seres particulares, conhecidos do autor. (Para ele, não é qualquer pátio, não são quaisquer detritos.} Compare o emprego da palavra bicho no poema: • no primeiro verso: " Vi o ntem u m bicho." (Um bich o q ualquer, não ide ntificado com certeza.) • no último verso: " O bicho, meu Deus, era

;

Indicam diretamente as três pessoas do discurso.

Um homem = ser desconheci- ~ do (nota-se o espanto do autor ao perceber tra- : , tar-se de um homem): " O bicho, meu Deus, :, era um homem!

mas já conhecido, definido.

:.11 '

Pessoais

·---------------------------,,

O artigo o serve para especificar, particularizar

1111

um homem!"

FUNÇÃO DOS PRONOMES

(agora, o ser am es não identificado, já não é um bicho qualquer, mas o bicho, pois teve

U ns funcionam na frase substimindo o subs-

sua presença percebida pelo autor que inclu-

ta nti vo, outros só acompanham o substan tivo,

sive o identificou).

e a maioria ora acompa nh a o subsranrivo o ra o substitui .

Pronomes substantivos

~---------------------------, '

Toda palavra precedida de ': artigo torna-se um substantivo: um sim, um não, o porquê, os ii, os oo, o dez, o senão, o :, bom, o andar, a bebida. ,'

Quando desempenham a função de um subsrantivo (nesse caso, substituem mn substantivo, isto é, comportam-se como se fossem substantivos) .

1

Não há ninguém em casa.

'----------------------------------------

59


PORTUGUfS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS As palavras grifadas, no texto, são pronomes, porque estão substituindo ou acompanhando nomes (um substantivo).

• O prono me ninguém substitui um substantivo. De todas, levarei esta aqui.

Alguns deles:

• O prono me esta substitui o substantivo.

QUEM ==>

Pronomes adjetivos

está substituindo um nome, isto é,

cscá sendo usado em lugar de um substamivo.

Quando desempenham a função de um adjetiNão há no mundo pessoa que visse aman-

vo (nesse caso, acompanham um substantivo, ou

tes que se quisessem.

seja, comportam-se como se fossem adjetivos).

QUE ==> aparece em lugar de um substantivo; substitui, na 3ª oração, o substantivo amantes. Este pronome foi usado para evitar que o substantivo amantes aparecesse repetido,

Este carro é de seu pai?

• este: acompanha o substantivo carro, apontando-o, indicando-o.

prejudicando a construção frasal.

• seu: acompanha o substanti vo pai, exprimi ndo posse.

Não há no mundo pessoa que visse amantes/am antes se quisessem ...

- ''Acabemos com isto.": - ela me disse. E eu respondi-lhe assirn: - "Pois acabemos!"

Efiz o que se faz em tais extremos:

SE, N OS ==> também escão se referindo ao substantivo amantes, dando a ideia de reci-

Tomei do meu chapéu com fanfarrice.

procidade.

• Pro nomes substantivos: isto, ela, me, eu, lhe, o.

( ..)quisessem um mnante ao outro amante( . .)

• Pro no mes adjetivos: tais, m eu.

Assim, quem, que, se, nos são PRONOMES SUBSTANTIVOS. M INHA ==> está acompanhando o substantivo mríe, denotando ideia de posse, isto é a mãe pertence ao eu-poético.

EMPREGO DE PRONOMES

Assim, minha é...

Pronomes adjetivos e pronomes substantivos - aplicação

É, pois, um PRONOME ADJETIVO.

FLEXÃO DOS PRONOMES

ARRUFOS "Nrío hd no mundo quem amantes visse

Os pronomes são palavras que podem variar

Q u e se quisessem como nos queremos .. .

para indicar gênero, número, pessoa e caso.

Um d ia, uma questiúncula tivemos

• Gênero (masculino e feminino)

Por um simples capricho, uma tolice.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .! Nem minha mãe volvendo agora ao mundo. "

Visitei urna vila por cujas ruas andei tranquilamente.

Artlmr Au1·edo

Conheci um lugarejo em cujos vales hd muitas flores.

(fem.)

(masc.)

60


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO • Número (singular e plural)

Basta a mim a tua palavra. Reze por mim. Cá entre nós. Ficou fora de si.

Vócê deve anotar quaisquer recados para o diretor. (plural)

Todos devem procurar meu talão agora. (plural)

(sing.)

mim= comigo ti= contigo

• Pessoa ( 1ª, 2ª, 3ª)

Eu aviso-te amanhã sobre aquele moço. ( 1•)

Nunca saia sem ela. Tenho dó de ti. Leve-o para ela. Confio em vós.

(2•)

preposição com

(3ª)

+

si = consigo nós = conosco vós = convosco

PRONOMES PESSOAIS

Mauro saiu comigo.

São os que designam as crês pessoas do discurso. Classificam-se como: • do caso reto - funcionam como sujeito ou predicativo.

Oblíquos átonos Desprovid os de acento cônico; nunca precedidos de preposição.

• do caso oblíquo - funcionam como complemento ou adjunto.

Basta-me a tua palavra. Não nos aborreça. Mando-lhe depois.

..... tU ::; Ol

e:

Vi tU

..... :::>

ã:

1ª me 2ª te 3ª se, o, a, lhe 1ª nós nos vós 2ª vos eles, elas 3ª se, os, as, lhes

eu tu ele, ela

mim, comigo ti, contigo si, ele, ela, consigo nós, conosco vós, convosco si, eles, elas

Quero-o amanhã. Vejo-te no escntório. Passe-me o saleiro.

·---------------------------~ ' 1 1

i 1) Todos os pronomes pessoais são pronomet ,

substantivos. i 2) A rigor somente os pronomes EU e TU são considerados exclusivamente caso reto, por ' não se poderem reger de preposição.

Oblíquos tônicos Marcados com acento rônico; sempre precedidos de preposição.

Eu quero agradecer-te o elogio. Tu necessitas de mim?

mim ti

preposição + (a, de, em, po1; para, sem, etc.)

Ana ficará conosco.

1

i 3) Os pronomes ele(s), ela(s), nós e vós /JO-

si, ele, ela

:

dem ser retos ou oblíquos.

nós vós si, eles, elas

\

Lutou contra nós. (oblíquo) Nós venceremos isso. (reto) '~------------------------------- ----- ---'

61

\


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

O uso de EU e TU

Isto aconteceria com nós, que somos precavidos. Falo corn vós quatro mais tmde. Ela estd mal com nós todos.

Traga o livro para eu ler: Encornendei algo para tu usares.

Também com aposro: Corn nós, brasileiros, niío hd tempo mim.

Em frases desse tipo, a preposição não está regendo os pronomes eu e t u. Na verdade, trata-se de duas orações, sendo a segunda reduzida de infini tivo.

Variações das formas O, AS, OS, AS

Traga o livro para que eu leia. Encornendei algo para que uses.

(Substituem termos sem preposição.) Pu-la na mesa. Fi-lo no escritório.

Assim, os pronomes eu e tu funcionam como sujei to de verbo no infini ro.

O pronome pessoal o pode assumir as formas lo, la, no, na (e plurais):

Ela pediu para eu e tu esperarmos aqui. Comprei mn perfume para tu usares. Niío hd nada para eu ler agora.

a)Lo(s), la{s): depois de forma verbal terminada em: r, s, z, sendo escas consoantes su-

O uso de MIM e TI

primidas:

l

Traga o livro para mim. Encomendei algo para ti.

R Vê-lo é wn suplício. (Vt>r + o) S + lo(s), la(s): Achamo-lo em casa. (Achamos+ o) Z João ainda não fez anos; fá-los hoje.

Não havendo verbo no infinitivo, e estando os pronomes eu e tu regidos de qualquer preposição, devem ser trocados pelas formas oblíquas correspondentes (mim e ti).

l

{Faz + o)

desaparecem

b) No(s), na{s): depois de forma verbal terminada em ditongo nasal:

Ela pediu para mim e para ti. Cornprei um perfume para ti. Niio hd nada para mim agora.

lM + l ,-J

COM NÓS X CONOSCO COM VÓS X CONVOSCO

no, na, nos, nas' DM- no.

(ttl)

Tem-nos.

Acharam-nas

Põe-na.

c) Demais casos: o, a, os, as.

Usam-se com nós (cm vez de conosco) e com vós (cm luga r de convosco), quando vierem acompanhados de ambos, m esmos, outros, todos, n umeral ou outro d eterminante.

Vi-o.

Entreguei-as.

Deu-os.

Contração de pronomes oblíquos átonos Entreguei-lho.

Deixaram o recado conosco.

Os pronomes oblíquos me, te, lhe, nos, vos

Deixaram o recado com nós mesmos. Estava com nós outros.

(em função de objerivo indircro) podem combinar-se com o, a, os, as (objeto direito), gerando as

Isto se deu com vós ambos.

formas: mo, to, lho, no-lo, vo-lo.

62


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO Entreguei o dinheiro a el.e.<o dinheiro º º' oo)( 3 eleº lhe: on Entreguei-lho.

(lhe+ o)

\ltJcê paga a mim a dívida? (me - O!) (3 Você ma paga. Não deram o doce a ti?

É hora de eles voltarem. Chegou o momento de elas desfilarem. A ocasião de eu comemorar é agora.

divida - 00)

(me + J)

=

Pronome integrante ao verbo

Não to deram?

Arrependi-me do que fiz.

Ninguém me contou a estória = Ninguém ma contou.

Ocorrem com verbos pronominais essenciais que exprimem sentimento, mudança de estado, movimento, etc.

Combinações pronominais: me + o= nos + o= re + o= vos + O= lhe

mo no-lo to vo-lo

+ O= lho

me

+ a

ma nos + a = no-la re ra + a vos + a vo-la lhe + a lha

Queixar-se Arrepender-se Alegrar-se

Converter-se Atrever-se Orgulhar-se

Tornar-se Referir-se Suicidar-se

Os pronomes, junto a estes verbos, não têm função sincárica (são chamados de pane integrante do verbo) .

Pronome oblíquo com função de sujeito Deixou-me falar:

Maria queixa-se de fortes dores. Arrependi-me do que fiz. Não te atrevas a sair sem mim!

Em frases desse tipo, o pronome ob líquo não está funcionando como objeto do verbo anterior, mas como sujeira do verbo no infinitivo que faz parte de uma oração reduzida.

Deixou-me falar.

=

Pronome reflexivo ou recíproco

Deixou que eu falasse.

Ela se odeia.

Tal fenômeno acontece com verbos do tipo ver, ouvir, sentir, fazer, mandar, deixar + infinitivo.

Vi- o entrm: Pi-las dormü: Deixem-no brincar.

Ouvi-as chegar. Mandei-os sair. Esperei-a voltar.

Elas se odeiam.

t

t

Pronome reflexivo

Pronome recíproco

Pronomes Reflexivos São os pronomes se, si, consigo, e também as for mas me, te, nos e vos, quando indicam que a

Tais verbos são denominados causativos ou sensitivos.

ação do verbo recaí na própria pessoa que a pratica.

Ele fala de si, isto é, dele mesmo. Ela se odeia. Nós não nos ferimos no acidente.

Pronome reto antes de infinitivo Está na hora de eu ir trabalhar. É o momento de eles falarem.

L:....:;..o.J,.-·..:..:....;'-"A.1 . --------- ------- - ----------,,

Ocorrendo os pronomes eu e ele (ela, eles, elas) + infinitivo, não haverá combinação com preposição, pois os pronomes servem de sujeito do verbo no infinitivo.

t' 63

As formas si e consigo são sempre reflexivas, só podem ser usadas em referência ao próprio sujeito. ~------------------------------- - -------~

1

1 1

,

:


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS b) Sua: designa a pessoa de quem se fala (isco é, a 3ª pessoa).

Ana, preciso falar co11sigo.

Ana, preciso falar com você.

Ivan, conversamos muito sobre si omem.

Ivan, conversamos muito sobre você ontem.

D.-sejo falar consigo.

Desejo falar com você.

Na reunião, fiquei fora de si.

Na reunitío, fiquei fom de mim.

Sua Excelê11cia, o Presidente, falará ao povo hoje. Sua Sautidade joiío XXI!! morreu em que ano? Convém conhecer as seguintes formas de rraramcnco e as abreviaruras com que são indicadas na escrita: 1,;~.,.

' · .,.·.:~· ·a .. ·

J!,.1 .....n~r:·• •. :· .. '4:'"

Prono mes recíp rocos Siio alguns pronomes reAexivos que, com valor de um ao o utro, referem-se a sujeico plural ou composto (ma is de uma pessoa) .

. ...._

·'·

..._.: · 'º

l•J.Tollll~

Vossa Alteza

V Ema.

Vossa Eminência Cardeais

V Exa.

Vossa Excelência Altas autoridades do Governo e das Forças Armadas

V M.

Vossa Majestade Reis, imperadores

V Maga.

Vossa Magntficênoa Vossa Reverendíssima

Nós uos abraçmnos. (um ao outro} V Revma.

Ela se odeia. (Ela pratica a ação sobre si mesma: reflexivo}

'

VA.

Os lutadores se estudaram, isto é, estudaram um ao outro. Paulo e Ana não se cumprimentam. (uma e outra)

'; ..

1r.1r.1 • • 1 '!..i1111ll.f"'• :-•~

V Sa.

Príncipes, arquiduques, duques

Reitores das Univers1dades Sacerdotes em geral

Vossa Senhoria

Funcionários públicos graduados, oficiais até coronel, pessoas de cerimónia, tratamento comercial Vossa Santidade Papas

Elas se odeiam. (Cada urna pratica a mesma ação sobre a outra: recíproco}. V S.

Pronomes pessoais de t ratamento

V. Exa.Revma. Vossa Excelência Bispos Reverendíssima

Usados no craramenco cerimon ioso ou comercial.

a) Vossa: designa a pessoa a quem se fala (isro é, a 2ª).

e) Abreviaturas das formas de tratamento usadas no plural

Vossa Excelência sabe que sou seu amigo. Vim até Vossa Se11ho1·ia pedir-lhe um favor.

• Abreviarnras com letras dobradas:

A forma Vossa exige os verbos e os oucros pronomes na terceira pessoa.

64

singular

plural

singular

plural

V.M.

VV.MM.

V.A.

W.AA.

S.M.

SS.MM.

S.S.

ss.ss.


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO Não se usa o rratamenro Vossa Santidade no plural em referência ao Papa (VY.SS.) , porquanto só existe um papa vivo.

- oficiais até a patente de coronel - tenente-coronel - major - capitão - aspirante a oficial - diretor de repartição pública - chefe de seção

• Abreviaturas que term inam com a letra a acrescenta-se s:

singular

plural

V Exa.

V Exas.

S. Ema.

S. Emas.

S. Exa.

S. Exas.

V Exa. Revma.

V Exas.Revmas.

V. Ema.

V. Emas.

------------------------- ---,,

\

' 1 - O tratamento dispensado ao Presidentt da :' ' República sempre por extenso:

1

' ' :' 2 - O tratamento dispensado pessoalmente ao 1

Complemento do Quadro de Tratamento Altas autoridades do Governo: - Presidente da República - embaixadores - deputados federais e estaduais - juízes - senadores - ministros - governadores de Estado - prefeitos - secretários de Estado - vereadores - cônsules

t'

- Chefes das Casas Civil e Militar - Vereadores - Cônsul - Diretores de Autarquias - Reitores

- Desembargador da Justiça - Juízes de Direito - Curador - Promotor

tlJ

.......... tlJ V't V't

g

·-E ~

j uiz de Direito é Meritíssimo Juiz.

- Senadores - Ministros - Governadores - Deputados - Prefeitos - Embaixadores

Altas autoridades das Forças Armadas: - ministro da Guerra -marechal - general - contra-almirante - almirante - vice-almirante - brigadeiro

:::s ~ V,

Excelentíssimo Senhor Presidente da :' República , Vima ' Excelência está convidado a participa,· do 1° Seminário de Geriatria.

- abade - prior - superior de convento

~ 65

,

- Senador - Ministro Excelentíssimo - Governador Senhor - Deputado - Prefeito - Embaixador

Senhor

Magnífico

- Chefe - Vereador - Cônsul - Diretor

- Reitor

- Desembargador - Juiz Excelentíssimo - Curador Senhor - Promotor


PO RTUG U~ S DESCOMPLICADO

GRAMATICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

PRONOMES DEMONSTRATIVOS - Ministro da Guerra - Mare::hal - General - Contra-Almirante -Almirante - Vice-Almirante - Brigadeiro

Indicam a posição dos seres com relação às três pessoas gramaticais, situando-as no rempo ou no espaço.

Excelentíssimo Senhor +patente

- Oficiais até Coronel - Tenente-coronel - Majo; - Capitão - Aspirante a oficial

Senhor + patente

esta, estas esse, esses essa, essas aquele, aqueles aquela, aquelas

l l

isso aquilo

este próximo de quem fala esta { presente (atual} . t 0 is

esse essa

.

'"º

tempo

vindouro (futuro)

afastado de quem fala passado determinado tempo passada indetermiruulo

l

- Reis

- Sua Majestade Real

- Imperadores

- Sua Majestade Imperial

- Príncioes

- Sua Alteza Imperial - Sua Alteza Real - Sua Alteza Sereníssima

aquele !afastado de quem fala e de quem ouve aquela { distante (remoto) . tempo 1 aqw 0 passado incerto

-Dom

- Digníssimo Dom

Este, esta, isto

- Doutor

- Senhor Doutor

- Comendador

- Senhor Comendador

- Professor

- Senhor Professor

~~ -~-~·

_.._

São usados em referência: • ao espaço (indicando tudo que está próximo de quem fala) .

Este lápis aqui é meu. Entrego-lhe isto como prova. Esta minha blusa está hon·íveL.

-- -- -- -- -- -- -- --------- -- - ... , '

1 1

"" ..,,eu,,, na ,.znguagem popular, pode aparecer em lugar do tratamento Senh01·.

1 1

•ao tempo presente (em que estamos vivendo).

Seu garçon, traga a conta, por favor. (=Senh01· garçon)

'

Seu. Geraldo já chegou? (= Senho1· Geraldo) , _______________________________________ ,

Este ano está sendo o melhor de todos. Nesta semana vamos trabalhar mais. • ao contexto (referi ndo-se ao último termo expresso anteriormente).

,

66


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

Encontrei Carlos e Celso na reunião. Este pretende mudar-se para Curitiba. (Celso)

Aquela bolsa ali é minha. Nossa! Aquele menino quase foi atropelado. Você viu?

Esse, essa, isso • ao tempo remoto (passado discante em que não vivemos) :

Usados em referência: • ao espaço (indica tudo que está afastado de quem fala e próximo de quem ouve) .

"Naquele tempo, disse jesus a seus ap6stolos... "

Essa sua blusa ficou bem em você. Esse objeto que você carrega é perigoso. Que é isso aí, Mauro?

• ao tempo vago, impreciso ou incerto:

"Bons tempos aqueles! Naquela época eu contava apenas com uns quinze ou dezesseis anos. Que aurora, que sol, que vida, Que noites de melodia Naquela doce alegria Naquele ingénuo folgar'~

• ao tempo passado:

Um dia desses estive em Salvado1: Conversei com Magda uma noite dessas. • ao que foi mencionado pela pessoa com quem se fala:

• a um total afastamento afetivo de quem

Não sei o que você quer dizer com isso. Pressinto muita ironia nessa sua pe1gunta.

não gostamos:

Não conheço aquele indivíduo. • àquilo de que desejamos distância: •ao texto referindo-se ao primeiro termo expresso anterio rmen te:

Não me fole mais nisso. O povo já não confia nesses políticos. Não combino muito com esse indivíduo.

Entre Inês e Mércia, prefiro aquela à última. (=Inês)

• ao que já foi mencionado antes por quem fala:

V

Fingir estar doente? Isso eu não faço. "Tem que dar certo': Essas palavras são muito ambígu,as.

a) Emprego dos demonstrativos no con texto em referência a dois termos (duas p essoas

NOTAS SOBRE o EMPREGO DE PRONOMES DEMONSTRATNOS

ou duas coisas):

Este (e variações) para o último termo.

Aquele, aquela, aquilo Usam-se em referência: • ao espaço: indicando rndo que está afastado de quem fala e de quem ouve:

Aquele (e variações) para o primeiro termo. 1o

Entre o Amazanas e oNilo, acho este mais caudaloso que aquele. (este l2º1 = Nilo I aquele l1º] =Amazonas)

Marciano, que é aquilo que está no alto da torre?

67


GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

PORTUGUtS DESCOMPLI CADO

d) TAL, SEMELHANTE são demonstrativos quando equivalerem a este, esse, aquele (e Aexões) .

2

Conversando com Melissa e Giovani, notei que aquela estava tensa e este mais tranquilo. 1°

Tal episódio já me aconteceu. ( = esse) Não disse semelhante asneira. ( = essa) Não creio em tal. ( = nisso)

b) Emprego dos demonstrativos no texto em relação ao que se vai dizer e ao que já foi dito: ESTE (e variações) para o que será exposto(scrá di o ou escriro): Repare nestas palavras: "Um de vós há de me trair''.

Contração dos pronomes demonstrativos Os pronomes demonsrracivos podem unir-se às preposições a, em e de.

ESSE (e variações) para o que já foi exposro:

"O beijo, amigo, é a véspera do escarro''. Essas prdavras amargas são do poeta Augusto dos Anjos.

a + aquele = àquele a + aquela= àquela a + aquilo = àquilo a + aqueles = àqueles a + aquelas = àquelas

Le110 nuzrtelo, grampos e arame. Esses objetos são irnportantes aonde vou. e) O (OS, A, AS), MESMO, PRÓPRIO, TAL,

em +aquele= naq uele em + aquela = naquela em + aqueles = naqueles em + aquelas = naquelas em + aqui lo = naquilo em + isso = nisso em + isto = nisro

SEMELHANTE podem ser pronomes demonstrativos: • O (OS, A, AS) são dcmo nsrrarivos quando çqui valem a aquele, aquela, aquilo: Nem tudo o que dizes é verdade. ( = aquilo) Niio aprecio os que são preguiçosos. ( = aqueles) Onde ficam as que muito considero?(= aquelas}

de + aquele de + aquela de+ aqueles de + aquelas de + aqu ilo de + isso de + isto

• MESMO, PRÓPRIO são demonsrrativos quando se equivalerem: - \0cê é o Paulo?- O próprio. (=mesmo) As janelas fecharam-se por si mesmas. (=próprias} 1:.11 próprio preparei os convites. ( = rnesmo)

= daquele = daquela =<laqueies = daquelas = daquilo = disso = disro

PRONOMES RELATIVOS ·---------------------------~,

\

São assim chamados porque se referem a um subsrantivo ou a um pronome subsrantivo mencionado anteriormente. O nome (substantivo ou pronome substantivo) que aparece antes do relativo é chamado de antecedente.

1 1

En, alguns casos o mesmo equivale a isso:

l t

Se você gritar, também farei o mesmo. {=isso) Vt>a dizer certas verdades a ele; diga o mesmo também. (= isso) '~---------------------------------------''

68


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

o qual, os quais, cujo, cujos, quanto, quantos

a qual, as quais cuja, cujas, quanta, quantas

Emprego dos pronomes relativos que quem onde

• QUE- pode ter como antecedente pessoa, coisa ou objeto.

Encontrei o menino que estava a minha procura. Cão que late muito, pouco morde. A cadeira que comprei quebrou-se.

O livro que me emprestaste não foi o que te pedi.

Atualmente, obedecendo à regência, o relativo que deve ser regido apenas de preposiçáo monossilábica.

A ele, devo tudo quanto sou. Não conheço a moça com quem falaste. = a qual A rua onde moro está sendo asfaltada.

A rua em que moro é bastante arborizada. Comprei a revista de que você tanto fala bem. Est.a é a chave com que abri meu armário. Aquela é a árvore por que brigamos tanto.

O aluno cujo preparo elogiei foi promovido.

Trazia guarda-chuva, sem o qual não saía.

· - ------------ - ------------- ~ '

Em alguns casos, o amecedeme do relativo que é omitido.

'1

• Que, o qual quem, quanto e onde são pronomes substantivos. Que, quem, quanto, onde podem ser, em alguns contextos, trocados por o qual.

Nâo vejo que reclamar. ( = Não vejo nada que recL1mm:) Não teve [coisa} que dizer. • QUEM: deve ter como antecedente pessoa.

O menino de quem falei está aífora. (=do qualfalei)

Éramos nós quem te chamávamos na rua. Parecia ser você quem se afagava na piscina.

O edifício onde moro fica no centro.

O relativo quem aparece regido também de

(= no qual moro)

preposição monossilábica.

1

1

• Cujo funciona apenas como pronome adjeti- i vo e concorda com a coisa possuída em género : e número.

Este é o Papa a quem mais admiro. Ninguém conhece a pessoa por quem te enamoraste. Não gostei da pessoa a quem você alude tanto.

A região Sudeste, sobre cujas riquezas nosso professor discorreu, é a mais próspera do país.

Em lugar de sem que (nem sempre bem aceito) , deve-se usar sem o qual.

• Os pronomes relativos substituem na oração em que estão seu antecedente.

Esperamos pelo professor, sem o qual não haverd au!d. O relativo quem pode referir-se a um antece-

Encontrei a sacola que havia perdido. (Encontrei a sacola. /Havia perdido a sacola.)

,

dente subentendido.

"Viverás enquanto houver quem pulse o mágico instrumento .. . " (01'1110 Bih1c)

Passei no local onde acontecera o acidente. (Passei no local / O acidente acontecera no , local) i

Quem cala consente. ( = Aquele que cala, consente.)

''------------------ - ----------- --- ------~'

69


PORTUGUES DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

'

'Zombam. Ntío há quem dele se condoa!"

--.

.------------- ----------- -- Não se deve ttsa1· m·ti,go 1 com o 1'elativo cujo (e vat'iaçóes}.

(Rni1111111do Correir1)

{

(Não há ninguém que dele se condoa.0

1

1

1

• Q UANTO - pode sofrer Acxóes: quantos, quanta, quantas; seu antecedente deve ser um prono me ind efi nido o u demonscracivo.

Está errado dizer: Os carros cujos os defeitos são muitos estragou. (cujos defeitos} A árvore cujas as folhas amarelecem geralmente morre. (cujas folhas}

&queci-rne de tudo quanto mefoi ensin.atÚJ. Tudo quanto ganhei num mês perdi num dia.

O relarivo quanto pode ser empregado sem

• ONDE - é usado em referência a lugar.

an rccedcm e. 'fal emprego é comum em certos documencos juríd icos .

Conheci o povoado onde nasceu nosso supervis01: Estarei num lugar onde nunca desejara estar.

Saibam quantos lerem esta escritura ... ( = Saibam todos quantos lerem esta escritura.}

Também a exemplo dos outros relativos, pode vir preposicionado, assumindo, às vezes, as formas aonde e donde:

• CUJ O E VARIAÇÕES - ind ica posse, aparece relacionando dois rcrmos: possuidor e coisa possuída.

frei ao lugar aonde você foi ano passado. Venho de uma região donde não desejaria vh:

O partido cuja plataforma for mais sólida vencerá as eleições.

Derrubaram a pingue/a por onde passávamos perigosamente.

O relativo cuja csrá ligando partido com plataforma . [placaforma (coisa possuída) do partido (pos::uidor}]

O relativo onde pode ser usado sem amecedenre. (O antecedente está implícito no contexto da frase.)

Deve o relativo cujo concordar sempre com a coisa possuída, ou seja, como o conscquence.

O carro enguiçou onde não havia socorro. {num lugar onde)

A árvore cujas folhas amarelecem geralmente morre.

"Onde me espetam, fico. "(M. de Assis}

Pod e também o relarivo cujo vir preposicionado.

Quero ir aonde estás. (ao lugar} Venha por onde eu passar.

Este é o vilarejo por cujos caminhos nós já passamos.

"Existe sim [a felicidade}: mas nós ndo a alcançamos Porque está sempre apenas onde a pomos E nunca a pomos onde nós estamos. "

Aluguei aquela casa em cujas dependências havia móveis.

(\/iceme dr Cml///1111)

O garoto a cuja inteLigêncir1 todos se

referem viajou.

70


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO •O QUAL E VARIAÇÕES: (e variações os quais, a qual, as quais) é um pronome usado em substituição aos ourros relativos, exceto cujo, que não admite equivalente.

Nos dois períodos citados fica a dúvida - quem estava viajando?

Falei com oJosé cujo sócio estava viajando. O relativo cujo dissipa a dúvida: na segunda oração, o sócio de José está viajando.

É um passado de que (ou do qual) ninguém se lembra.

Fizeram-lhe acusações de que (ou das quais se defendeu com energia.

O relativo o qual pode aparecer precedido de preposição monossílaba, dissílaba ou qualquer

Algumas vezes, seu uso é imprescindível para

outra.

clareza de um período.

Conversei com o mecânico contra o qual você moveu o processo.

Lá vai a moça do carro que precisa de água.

As mulheres perante as quais os homens

O emprego do relativo que torna a frase ambígua, pois fica a dúvida acerca de que ou de

se ajoelham são santas?

quem precisa de água: a moça ou o ca rro?

Este é o carro junto do qual ficamos conversando ontem.

Com o emprego do pronome o qual fica desfei-

A mangueira debaixo da qual nos abrigamos tanto é esta.

ta a ambiguidade. Se a moça precisa de água, usa-se a qual:

Esta é a mangueira sob a qual no abrigamos tantas vezes.

Lá vai a moça do carro a qual precisa de água.

Esta é a pessoa sem a qual você não consegue viver?

Caso seja o carro o necessicado d'água, coloca-se o qual:

Lá vai a moça do carro o qualprecisa de água. O relativo o qual é usado com pronomes indefinidos, numerais, expressões partitivas e expressões superlativas antepostas a ele.

Conversei com o pai da noiva que se acidentou. (quem?)

Ganhei quatro revistas, duas das quais eu já lera.

Conversei com o pai da noiva a qual se acidentou. (noiva)

Percorri muitas cidades, algumas das quais muito limpas.

Conversei com o pai da noiva o qual se acidentou. (pai)

Comprei bastantes laranjas, grande parte das quais estragou-se.

Quando não se consegue clareza com o pronome o qual, deve-se usar o relativo cujo.

Havia perto de mil pessoas, metade das quais era visitante.

Falei com o sócio de José que estava viajando.

Entrevistei duzentas pessoas, a mais radical das quais não fumava.

Falei com o sócio de José o qual estava viajando.

71


PORTUGU~S

DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

V Em

caso de preposições com mais de uma s ílaba, use o qual (e variações).

o

REFERENCIAÇÁO CONTEXTUAL DE PRONOMES RELATIVOS

A mulher que conheci é especial. (OD)

Os pronomes relativos subscicuem (recomam) um termo ancecedence com o qual mancêm relações dt sencido.

A m11lher a quem conheci é especifll. (OD Prep.) Nesse caso, a preposição a foi exigida pelo pronome quem. Não é caso de regência.

As pessoas a que nos referimos estivemrn 110 local (que =pessoas)

A mulher a quem me refiro é interessante. (01)

Países desenvolvidos e nações que buscam a tllftonomia económica rêm os mesmos direitos. (que = 11ações)

Nesse caso, a preposição a é uma exigência do verbo, não do pronome quem. É caso de regência.

}ovms escolttrividos e criançtts que nito tiveram ace.:so à ed11caçito formttl disputttm vttgas no mercado de trabalho. (que = crianças)

PRONOMES INDEFINIDOS São os que se aplicam à 3ª pessoa gramatical, quando considerada de um modo vago e indcccr-

O Brasil é um país que investe pouco ern t11rismo. (q11e = pttís)

minado. Principais pronomes indefinidos:

A i"riaçito do imposto cuja decreraçtío ocorre11 ontem levou anos. (cuja = imposto) Duvidava do que httvia ocorrido. (que

=

vro.

pronome quem, quando seguido de exige a preposição a para efeito de ajusre fonético. Nesse caso, ele forma objeto direto preposicionado.

o)

USO DE PREPOSIÇÃO ANTES DE PRONOMES RELATIVOS Usa-se preposição antes do pronome relativo sempre que o ccrmo posposco a ele exigir (ver regência)

algum nenhum todo outro muito tanto quanto pouco vário certo

A m11lher a cujos direitos me refiro deve ser colocada em liberdade. Os cidadãos de cujos planos faúivamos merecem respeito. Os pronomes que e quem só admitem preposições monossilábicas.

alguma nenhuma toda outra muita tanta quanta pouca vária certa

qualquer bastante qual tal

A pessoa sobre de quem faldvamos esteve no local. (errado) A pessoa con ~tra quem lutávamos. (errado)

72

alguns algumas alguém nenhuns nenhumas ninguém todos todas tudo outros outras outrem muitos muitos nada tantos tantas cada quantos quantas quem poucas menos poucos vários várias mais certas que certos quaisquer bastantes quais tais


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

LOCUÇÃO PRONOMINAL INDEFINIDA

Bastante

Grupo de palavras que equivale a pronomes indefinidos. Em geral, é formada por mais de um pronome.

• Anteposto ao substantivo: pronome adjetivo in-

cada qual todo aquele que cada um fosse quem fosse

definido. Eles disseram bastantes asneiras. ( = muitas)

outro qualquer seja quem for qualquer outro seja qualfor

• Posposto ao substantivo: adjetivo. Eles não foram homens bastantes. (=suficientes) Bastantes adultos não são adultos bastantes. [pron. adj . indefinido ( = muito) : anteposto] [adjetivo (=suficiente): posposto] • Bastante pode ser advérbio se modificar o sen-

a) Pronomes indefinid<Js invariáveis que funcionam como pronomes substantivos: tudo, nada, alguém, ninguém, quem, algo, que,

tido de um verbo ou de um adjetivo.

Você já falou bastante hoje. (Modificando verbo)

outrem.

Ele está bastante molhado. (Modificando adjetivo)

Ninguém consegu.iu dizer nada. (pronomes substantivos indefinidos)

Todo • Anteposto ao substantivo: pronome adjetivo inde-

b) Pronomes indefinidos invariáveis que funcionam como pronomes adjerivos: cada,

finido.

menos, mais.

Todo homem morre. ( =qualquer)

Mais amor, menos confiança, é o que diz o provérbio.

Estudo todo dia. ( = todos os dias, sem exceção)

(pronomes adjetivos indefin idos)

• Posposto ao substantivo: adjetivo.

Cada coisa no seu lugar.

O homem todo morre. (= inteiro, completo) Estudo o dia todo. (= inteiro)

Tudo estava tão caro, que comprei menos do que precisava. (pronomes substantivos indefinidos)

• Todo é usado como advérbio, significando inteiramente, quando modifica o sentido de um adjetivo.

e) Os pronomes indefinid<Js variáveis ora funcionam como pronomes substantivos ora como pronomes adjetivos.

O menino estava todo molhado.

Todo dia deseja-se bastante dinheiro com pouco esforço. '

(pronomes adjetivos indefinidos)

Gramáticos, como Domingos ' Paschoal Cegai/a e Evanildo Bechara, aceitam todo sendo advérbio flexionando-se em género e número. Entretanto, a norma não recon•enda a flexão.

Alguns falaram, poucos ouviram, e nenhum fez aparte. (pronomes substantivos indefinidos) d) Deve-se ficar atento à colocação de certos pronomes na frase, pois podem mudar de sentido e também de classe gramatical.

Elas estavam todas sujas. Os meninos estavam todos molhados. '~---------------------------------------;'

73


PORTUGUtS DESCOMPLI CADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Ela está com vária dúvida..

Muito, pouco, mais, tanto, menos • Podem ser pronomes adjetivos indefinidos (anteposcos a subsrantivos) .

Chega gente de vário Lugar. Chega gente de espécie vária.

Muito pano, pouca camisa.

Algum (a) • Anteposto ao substantivo cem valor afirmativo, e, posposto, valor negativo.

Mais chuva em certos dias. • Advérbios (modificando verbos, adjetivos ou outro advérbio).

/

Ela fala muito, porque está muito a/.egre. (verbo)

Alguma coisa me diz que não sobrará coisa alguma.-.. . . . .

(=qualquer - afirmativo)

(= nenhum • negativo)

(adjetivo) ~ ~~-."-'--'c''"''

Paula veste-se muito bem.

. - --- - - -- -- -- -- -- - - - - - -- - - -- .. ,,

1

(advérbio)

1 1 1 1

Posposto ao substantivo, algum (alguma) não admite plural

1 1

Certo (a) • Pode ser pronome adjetivo indefinido (anteposto a substantivo).

1 1

: Errado: Ele não sabe coisas algumas. 1

t Certo: Ele não sabe coisa alguma. '

Tinha certo ar de superioridade.

'---------------------------------------;

Cada / cada um (a) • Não se usa cada sozinho, é sempre pronome adjetivo.

Conheci um certo Maurício das Cebolas. Certos exercícios valerão pontos.

Certo: Receberam dez pacotes cada um.

• Adjetivo (posposto a subsranrivo).

Errado: Receberam dez pacotes cada.

Não somos pessoas certas. Nenhum (a) • Este pronome não pode ser usado no plural quando posposto ao substantivo.

Os exercícios certos valerão nota. • Advérbio quando estiver modificando o sentido

Errado: Ele não sabe coisas nenhumas.

de um verbo.

Certo: E/.e não sabe coisa nenhuma.

Ele falou certo. Deus escreve certo por Linhas tortas.

Um (a) • A palavra um(a) pode ser: - numeral - artigo indefinido - pronome indefinido

Certas pessoas não são pessoas certas porque não agem certº· (pron. adj. indef.)

(advérbio)

~ (adjetivo)

Vá l'iO • UM é numeral quando seguido de s6, somente, único, apenas ou indicar claramente quantidade:

• Pode aparecer no singular, concordando com o substantivo.

74


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO a) quando se percebe claramente que seu plural é dois;

• UM é pronome indefinido quando equivaler a algum:

b) quando se pode pospor a ele só ou único;

a) quando anteposto ao subsranrivo expressar ideia vaga, imprecisa;

c) quando se pode antepor a ele somente, só,

apenas;

b) quando for subsriruível pelo pronome algum;

d) quando a frase apresenta uma construção paralela empregando outro numeral.

Tenho um irmão.

c) quando vem geralmente empregado o pronome indefinido outro.

Tenho dois irmãos.

Tenho um só irmão. = Tenho um único irmão.

Um dia lhe digo o que aconteceu.

Tenho somente um irmão. = Tenho só um irmão.

Algum dia lhe digo o que aconteceu.

Tenho um irmão e duas irmãs.

Uma e outra bebida foz bem.

Encontrei uma saída para o impasse. Encontrei duas saídas para o impasse.

Alguma e outra bebida fazem bem. Um gosta de futebol outro de basquete.

umasó . Encontre1. um.a única sai'd.a para o impasse.

PRONOMES INTERROGATIVOS

somente Encontrei ape~zas uma saída para o impasse. so

Servem para inrroduzir uma pergunca.

• UM é artigo indefinido quando equivaler a qualquer:

Qual. .. ? Quais ... ?

Que ... ?

Quanto... ? Quantas ... ?

Quem ...?

Os inrerrogativos são usados nas inrerrogaçóes a) quando a ideia for de indeterminação do subsranrivo;

diretas e indireras.

Qu.e está fazendo? ) diretas (?) Quem disse tal coisa? Qual deles é mais estudioso?

b) quando expressar a ideia de qualquer (pode-se crocá-lo pelo pronome qualquer ou pospor ao subsrantivo o pronome qualquer).

Quero saber quantos alunos vieram.) Pergunto quais os teus desejos. indiretas (.) Dize-me quem faltou.

Ganhei um livro de histórias. = Ganhei qualquer Livro de histórias. ou Ganhei um Livro de história qualquer. (Entenda-se dessa forma: Ganhei um livro de histórias que não se quis especificm:)

• Os pronomes interrogativos são os mesmos pro-

Fui abordado por uma mulher na rua. =Fui abordado por qualquer mulher na rua. ou Fui abordado por uma mulher qualquer na rua. (Entenda-se assim: Fui abordado por um.a mulher qualquer na rua que não se quis especificm:)

nomes indefinidos, com ou tra função na frase. • Os pronomes inrerrogacivos que, quem são pronomes substantivos.

Que queres? Quem está aí?

75


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

PRONOMES POSSESSIVOS

• Os pronomes interrogativos qual, quanto podem ser pronomes substantivos ou pronomes adjetivos.

São os que se referem às pessoas do discurso, indicando posse.

Qual delas você escolheu? (pron. adj. inter.) Qual você quer? (pron. subst. inter.)

Singular

As interrogativas indiretas são introduzidas:

a) p or expressões do tipo:

Quero saber Desejo saber Queremos saber Desejamos saber Gostaria de saber Desljaria saber

Plura l

l l l

quem quebrou a vidraça.

quantas pessoas virão hoje.

1ª. pessoa 2ª. pessoa 3ª. pessoa

meu, minha, meus, minhas teu, tua, teus, tuas seu, sua, seus, suas 1ª. pessoa nosso, nossa, nossos.nossas Y pessoa vosso, vossa, vossos, vossas 3ª. pessoa seu, sua, seus, suas

a) Concordam com o objeto possuído.

meu livro - meus livros sua casa - suas casas que achas da festa.

b)As formas seu, sua aplicam-se indiferentemente ao possuidor da 3° pessoa do singular ou da 3° pessoa do plural

b) pelos verbos perguntar, indagar, dizer:

Ele perdeu seu tempo esperando. (o tempo dele) Eles perderam seu tempo esperando.

Pergunto quanto custa. Indago-te quem chegou. Diga-me que horas são. Dize qual das blusas tu queres.

(o tempo deles) e) Os pronomes possessivos podem ser substituídos

pelos pronomes oblíquos me, te, se, lhe (s), nos, vos.

• As perguntas diretas são marcadas pelo ponto de interrogação:

Lelé fitava-me os olhos. ( = os meus olhos) Achei-lhe o reí6gio. {=o seu reí6gi,o) Tomaram-nos o lugar. ( = o nosso lugar) Quero-vos o carro. ( = o vosso carro)

Quantos caixotes você trouxe? Quem pediu um sanduíche? • Os pronomes que, quem, quanto, qual não in troduz.indo perguntas diretas ou indiretas podem ser pronomes indefinidos ou relativos.

d) Se se mudar a posição dos pronomes possessivos, muda-se ocasionalmente o sentido da frase.

Diga-lhe quem faltou. (= pedido ou ordem)

Meu filho. (um só do sexo masculino) Filho meu. (todos de ambos os sexos) Suas fotografias. (fotografias pertencentes ao proprietário) Fotografias suas. (fotografias em que a pessoa é retratada)

(pronome substantivo indefinido)

Não seria ele quem gritava?(= o qual) (pronome relativo)

Diga-me quem falou. (pergunta indireta

l

= Quem falou?)

(pronome substantivo in terrogativo)

76


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO COLOCAÇÃO PRONOMINAL

MESÓCLISE

Colocação dos pronomes átonos em:

presente • futuro do ( .. pretento

•Tempos Simples • Locuções Verbais •Tempos Compostos

ÊNCLISE

• • • • •

a) Próclise: pronomes átonos anres do verbo. Depois te contarei. b) Mesóclise: pronomes áronos intercalados ao verbo.

Contar-te-ei

início de frase imperativo afirmativo advérbio virgulado gerúndio sem preposição em optativas com sujeito posposto

Colocação com dois verbos

c) Ênclise: pronomes áronos após o verbo. em LOCUÇÕES VERBAIS

em TEMPOS COMPOSTOS

auxiliar + { infintivo principal no gerúndio

auxiliar + part. passado terminado em DO, GO, TO, SO

Conto-te depois. Quando se usam os pronomes áronos perro de verbo, aconrecern três casos:

Próclise ~ verbo ~ Ênclise

Sem Casos de Próclise

ft

Mesóclise

(auxiliar ênclise no

PRONOMES PESSOAIS OBLIQUOS ÁTONOS

Oblíquos Ato nos

ou principal

ênclise só no auxiliar

Com Casos de Próclise

me - te - se - nos vos - o(a) - lhe(s)

próclise no auxiliar ou ênclise no principal

Colocação com um verbo

próclise só auxiliar

PRÓCLISE

• Palavra negativa • advérbio curto indefinidos substantivos • pronomes demonstrativos substantivos ( relativos • conjunções subordinativas • gerúndio com preposição em interrogativas • orações exclamativas ( optativas (=desejo) • infinitivo pessoal preposicionado

Casos proibidos 1) Início de frase.

Deixou-se Levar pelo meCÚJ. 2) Depois de ponto e vírgula.

Falou pouco; Lembrou-se de tuCÚJ. 3) Depois de parcicípio.

Tinha se lembra@ do foto. 4) Depois de futuros do indicativo.

Dar-te-ei outra chance.

77


PORTUCUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Alguns exemplos de colocação: Não lhe digo nada. (advérbio de negação ou palavra negativa)

a) Nas frases optativas, se o sujeito vem depois do verbo (posposto), usa-se a ênclise:

Ele nunca me contou. (advérbio de tempo ou palavra negativa)

Proteja-nos, Deus! Valha-me, Nossa Senhora!

Sempre me lembro dei~. (advérbio de tempo)

b) Se houver pausa (na escrita, vírgula) entre o advérbio e o verbo, recomenda-se a ênclise:

Devagar ela nos respondeu. (advérbio de modo)

Agora, negam-se a depor. Aqui, consertam-se bicicletas.

Caramba, tudo vos acontece! (pronome indefinido)

Casos de mesóclise Comprastes o livro que vos pedi? (pronome relativo)

A próclise prevalece sobre a mesóclise verbo no fucuro {

Alguém te mostrou o menino que te agredira? (pron. indefinido e pronome relativo)

do presente do prccériro

Obedecer-lhe-emos. (futuro do presenre) Obedecer-lhe-íamos. (fuwro do pretérito)

Hons ventos o levem! (oração optariva)

Falar-te-ei depois. (futuro do presente) Quanto se estuda inutilmente às vezes! {oração exclamativa)

.Entregar-vos-ia, se pudesse. (futuro do pretérito)

Quem te mandou aqui? (oração imerrogaciva) Mesmo com verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito, havendo casos que exijam a próclise, esta prevalece:

Quem te mandou aqui niío conhece a escala de serviço. (pronome indefinido) Acredito que nos ligrmio hoje. (conjunção subordinativa integrante)

Depois te falarei.

(o advérbio de tempo atrai o pronome) Ca.so ele se calasse, tudo estnria ben-1. (conjunção subordinativa condicional)

Não vos entregaria.

(o advérbio de negação atrai o pronome

"Ntsta terra, etn se plantando tudo dá ... " (gerúndio precedido da prep. cm)

átono) Sempre lhe obedeceremos.

Por te queixares à toa, cflístes no ridículo. (infinitivo pessoal com preposição)

(o advérbio de tempo atrai o pronome) Talvez lhe obedecer!amos.

As ordens eram para nos levarem até você. {infi nitivo pessoal com preposição)

(o advérbio de dúvida atrai o pronome)

78


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

V Ênclise

Casos d e ênclise a) No início de orações. b) Com imperativo afirmativo.

a) Sem casos d e próclise:

c) Com gerúndio não precedido da preposição em.

Quero falar-lhe algo. (êncl ise no infin itivo)

d) Com advérbio virgulado.

Quero-lhe falar agora. (êncl ise no auxiliar)

Pedro, mexa-se rápido.

Estou dizendo-lhe tudo. (ênclise no gerúnd io)

(imperativo afirmativo)

Estou-lhe dizendo pouco. (ênclise no ai..xiliar

João entrou; sentou-se, contou-me algo horrível

Devemos-lhe dizer a verdade. (ênclise no auxiliar)

(início de oração)

Devemos dizer-lhe verdade. (ênclise no infi nitivo)

Nesta terra, plantando-se tudo dá.

Vinham-me acompanhando. (ênclise no auxiliar)

(gerúndio sem preposição em)

Vinham acompanhando-me. (ênclise no gerúndio)

Lá adiante, saudava-nos o povo.

b) Com casos de próclise:

(advérbio virgulado)

Agora lhe devemos dizer a verdade. (próclise no auxiliar)

·---------------------------, '

Não havendo exigência de próclise nem de ênclise, pode-se coÚJcar o pronome átono antes ou depois tÚJ verbo.

Agora devemos dizer-lhe a verdade.

\

1

1

(êncl ise ao principal)

1 1

Todos me vinham acompanhando. (próclise no auxiliar)

Os meninos se sentaram à mesa. (ou) Os meninos sentaram-se à mesa.

Todos vinham acompanhando-me. (ênclise ao principal)

~------------------------------ - --------~

eolocaçao~.

Pronomina

l

em locuções verbais

l

l

-

·--------------- ------------,

- -- Com palavra atrativa dentro da ' : /,ocuçáo verbal :

.

com dois verbos

1

1

Devemos agora lhe dizer a verdade.

cm tempos composcos

: 1

,

Devemos agora dizer-lhe a_____________ verdade. __________________________ , )

No infin itivo

Colocação Pronominal

l

Colocação pronominal nos tempos com postos Verbo auxiliar + particípio passado termi nando em DO, GO, TO, SO.

em locuções verbais No gerúndio Verbo auxiliar + verbo p rincipal

Com os tempos compostos (formados de auxiliar + principal no particípio passado), coloca-se o pronome átono depois do verbo auxiliar, não

C om as locuções verbais (formadas de verbo auxiliar+ verbo principal no infiniàvo e no gerúndio) , não havendo casos que exijam a próclise, pode-seco-

havendo casos que exijam próclise.

Haviam-me convidado ontem. Tinham-te avisado.

locar o pronome depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.

79


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS FLEXÕES DO VERBO

Número Pessoa Modo Tempo

Havendo, nos tempos compostos, casos que exijam a próclise, coloca-se o pronome átono antes do verbo auxiliar. Não me haviam convidado. (próclise com o adv. de negação)

- singular (Aexáo de número)

- 1ª pessoa (flexão de pessoa) - modo indicativo (Acxáo de modo) - pretérico perfeico (Aexáo do cempo)

Ao conjunto de Aexões verbais, dá-se o nome

jd te tinham avisado. (próclise com o adv. de tempo)

de conjugação.

Alguns se tinham rebelado. !'próclise com o pronome indefinido)

Número • Singular - quando o verbo se refere a uma pes-

Alguns não se tinham rebelado. (próclise com o adv. de negação ou palavra negativa)

soa ou coisa: cswdo, escudas, estuda ...

• Plural - quando o verbo cem por sujeito mais A próclise em relação ao verbo principal também é possível

l __

de uma pessoa ou coisa: escudamos, escudais, escudam ...

Tinham se revelado na ocasião. Pessoa O verbo flexiona-se para indicar as crês pessoas do discurso no singular e plural.

VERBOS eu tu ele, ela

Palavra vari;ivcl cm pessoa, número, rempo, modo e voz que exprime uma ação, um estado, um fenômeno, um faco, representados no rempo.

1ª nós

2ª vós 3ª eles, elas

Quando lemos as seguintes frases

Desinências

O português desbravou os mares.

As flexões de pessoa e de número são indicadas

O capitão estava aflito.

por terminações, as desinências pessoais, também

Na Amazónia, chove muito. Aconteceram muitas mortes nesses últirnos dias.

chamadas desinências número-pessoais ou, simplesmence, desinências verbais.

emendemos que

O português praticou determinada ação. O mpitiio se encontrava em certo estado. Na Amazónia, ocorre com frequência dado fenômeno. A quantidade de morte tern sido um fato. Porranco, as palavras desbravou, estava, chove e

11conteceram são verbos.

80

singular

plural

o s

mos is Ides m

singular

plural

ste

mos stes ram

u


FLÁVIA RITA COUTINHO SARM ENTO Modo Chamam-se modos as diferentes formas que toma o verbo para indicar a arirude da pessoa que fala em relação ao faro que enuncia. Há rrês modos em português:

O infinitivo pode apresentar-se: a) substantivado:

O amar é lutar.

• Indicativo - exprime atitude de cerreza.

b) não-flexionado:

Estudei muito para ser o que sou.

Os senhores podiam empregar meios meM s

• Subjuntivo - exprime arirude de dúvida, de

cruéis.

desejo, possibilidade.

c) fiexionarki:

Se vieres a Belo Horizonte, vem visitar-me.

É p ara ap·renderem que eu ensino .

• Imperativo - exprime arirude de vonrade (ordem, convire, conselho, suplica, pedido).

• Gerúndio - é uma forma verbal que apresenta o fato com valor durativo e equivale a um

"Senhor, tende piedade de nós''.

advérbio ou a um adjetivo.

FORMAS NO MINAIS DO VERBO

"Saudade! Olhar de minha mãe rezando E o pranto lento deslizando em fio ...

São formas nominais do verbo o infinitivo, o gerúndio e o parricípio. Recebem este nome porque, além do valor verbal, podem ter a função de nomes (substantivo, adjetivo, advérbio) .

• Particípio - é uma forma verbal que corres-

• Infinitivo - é uma forma verbal que enuncia

ponde a um adjetivo e, como tal, pode flex io-

a ação, o esrado, o faro ou o fenômeno de modo vago ou indefinido. a)Pessoal: ligado às pessoas do discurso. É conjugável.

nar-se, em certos casos, em número e gênero.

andar eu andares eu andar ele

andannos nós andardes vós andarem eles

partir eu partires tu partir ele

partimos nós partides vós partirem eles

Saudade! Amor da minha terra ... o rio Cantiga de águas claras soluçando ''.

O Brasil foi colonizado pelos portugueses. Voltou da guerra com um dos braços amp11.ta dos. Merecem ser lidas as obras de Macharki de Assis.

EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS

Tempo é a variação que indica o momento em que se dá o faro expresso pelo verbo. Três são os tempos naturais:

b)bnpessoal: não é flexionável. É o nome do verbo, servindo para ind icar apenas a conjunção. amar: 1ª conjugação pôr/ vender: 2 11 conjugação 3ª conjugação partir:

- presente - pretérito - futuro Tempos do Indicativo - O presente enu ncia o faro como atual.

Sou estudioso; os colegas de classe me adm iram. Leio uma revista instrutiva. Falamos corretamente o vernáculo.

• Infinitivo impessoal - forma locuções verbais ou cercas orações reduzidas.

81


GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

b) uma ação frequentativa, isto é, que se repetia no passado.

---------..,

O Presente do Indica#vo pode expressar não

só um fato atua4 mas também

Ana acordava cedo.

a) uma ação habitual ou uma faculdade do su-

• Pretérito perfeito: diz respeito a um faro já

jeito, dissociadas da ideia de tempo.

concluído em época passada.

A terra gira em torno do Sol (Está sempre girando.)

Fui estudioso, os colegas da classe me aplaudiram.

b) um a ação passada, principalmente para dar maior vivacidade a certas narrações.

Li uma revista feminina.

Caxias assume o comando e derrota o inimigo.

O Pretérito Perfeito do indica#vo, na forma simples, indica uma ação completamente acabada:

(assumiu)

(derrotou)

c) uma ação futura.

1

Amanhã eu falo com você. (= falarei)

Estudei a matéria e fui aprovado no concurso.

L

Quando composto, exprime geralmente a repetição de um fato ou a sua continuidade.

- Pretérito se refere a faros passados em relação ao momento em que falamos. O precériro pode ser:

Tenho lido coisas úteis.

- perfeito

Tenho viajado ultimamente.

- imperfeito - mais-que-perfeito

• Pretérito mais-que-perfeito: expressa um fato amerior a oucro fato que também é passado.

• Pretérito imperfeito: indica, normalmente, uma ação ancerior à acualidade que não escavJ. concluída, quando se verificou oucro fato passado.

Cheguei à casa do rapaz, mas ele já par#ra. (fato passado)

Cantava, quando ela entrou na sala.

(fato passado. anterior ao primeiro fato) (pretérito perfeito)

Não salvei nada em casa, porque a enchente arrastm·a tudo.

Lia coisas boas.

(pretérito mais·que-perfeito)

Falávamos corretamente nossa Língua.

O Pretérito-mais-que-perfeito do indicativo na forma simples, hoje pouco usada, pode equivaler também ao pretérito imperfeito do subjuntivo ou ao futuro do pretérito.

O lmpetfeito do lndica#vo, a mais rica em exprt•ssividade das formas do pretérito, denota, por vezes, apenas: a) uma ação que durava no passado:

Se mais mundo houvera

Ia sozinha a moça.

1

82

(houve.~ se),

_____lá chegara (chegaria).

.__


FLÁVIA RITA COUTINHO SA qMENTO • Futuro do presente: enuncia um faro que deve realizar-se num tempo vindouro com relação ao momenco presence.

Espero que passern no vestibular. Pode bem ser que o colega te passe a perna. Deixe o cansaço e você verá.

Serei feliz e viverei harmoniosamente.

Seja feliz.

Viajaremos pelo Brasil em bre/Je.

Deus te guie.

Conquistarei o mundo.

Passe bem.

O Futuro do Presente pode ser usado com valor de imperativo.

Honrarás teu pai e tua mãe. Não matarás. (= Honre)

(= mates)

j

• O P retérito imperfeito d iz uma ação passada, mas posterio r e dependente de outra ação passada:

O professor receou que eu desistisse do curso. (= ação passada)

(=ação passada, mas posterior e dependente da primeira)

Eu duvidava que ele fizesse a viagem. (ação passada)

• Futuro do pretérito: expressa um faro posterior com relação a outro fato já passado; frequenremence, o o utro faro já passado é de-

O Pretérito Imperfeito expressa, frequentemente, condição {oração adverbial); forma, também, frases optativas.

pendente do primeiro e inclui uma condição:

Chegaríamos primeiro, tivéssemos condição. "chegaríamos"= fato posterior.

(ação passada, mas posterior e dependente da prime ra)

"tivéssemos"= fato passado, dependente do primeiro e inclui condição.

Se pudéssemos (condição), participaríamos do torneio. Oxalá Deus me ouvisse. (optativa= de:-ejo)

O Futuro do Presente e o Futuro do Preté-

• O Futuro expressa ação vindoura cond icional, temporal ou conformariva dependenre de outra ação também futura .

rito podem indicar incerteza sobre fatos presentes e passados, como se verifica em: Naquela cidade, havtn-á umas cinqz-tenta casinhas.

Quando se esgotarem todos os recursos, apelaremos.

(=haveria)

Se f or preciso, nós te ajudaremos.

No ediftcio, amtinado haveria uns doze apartamentos. (=haverá).

Faremos como julgarmos melhor.

Tempos do Subjunt ivo

O Fut uro do Subjuntivo pode ocorrer também em orações adjetivas.

• O presente traduz uma ação subordinada a outra, e que se desenvolve no momenro atu-

al; expressa dúvida, possibilidade, suposição;

Os alunos que chegarem atrasados serão punidos.

pode ainda formar frases isoladas, manifes-

As pessoas a quem ajudardes vos ajudarão também.

tando desejo (frases optativas) .

83


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

RESUM O: EMPREGO DE UM TEMPO PELO OUTRO

Pretérito Perfeito do Indicativo Pretérito mais-que-perfeito do indicativo 3ª pessoa do Pretérito imperfeito do subjuntivo plural fo rma Fururo do subjuntivo

passado a) Presente pelo f!'turo .

1imperatwo

Fururo do presente do indicativo

presente

b) Imperfeita pelo { fiuuro do pretérito

Infinitivo Impessoal forma

c) Mais-que-perfeita pelo imperfeita subjuntivo.

In fin itivo pessoal

Para exemplificar, tomemos como modelo o verbo cantar.

impessoal (locuções: deixar,) e) Infi nitivo mandar, fazer, adjetivo + de) pessoal (com sujeito próprio imperativo

a) A primeira pessoa do singular do presente do indicativo forma rodo o presente do subjuntivo.

. , . { regular: voz ativa (ter /haver)

Presente do Indicativo

(1 ªpessoa singula1~ e (1 ª conj .)

irregular: voz passiva (ser /estar)

Canro- o + a (2ª , 3ª COO).. ) Cantas Canta

TEMPO S PRIMITIVOS E TE M POS DERIVADOS

Cantamos Cantais

Tempos Prim itivos São os que dão origem a ou tros tempos chamados derivados. H á dois tempos prim itivos e uma fo rma nominal que dão origem aos ourros tempos e outras formas nominais.

Cantam

Presente do Subjuntivo Cante Cantes Canre Cantemos Canteis Cantem

Parra Partas Parra Partamos Partais Panam

b) A terceira pessoa do plural do p retérita perfeito do indicativo forma o pretérito-mais-que-perfei ta do indicativo, o pretérito imperfeiro do subjuntivo e o fu turo do subjuntivo.

Present e do Indicativo

• 1a pessoa do presente do singular forma { subjuntivo

Pretérito imperfeito do indicativo Gerúndio } rormas e . . nomma1s Particípio

p resente (dúvida) d) Fucuro pe1o { . . imperatwo

f) Pamc1p10

Fururo do pretérito do indicativo

imperativo negativo (completa)

Perfeito do Mais-que-perfeito Imperfeito do Futuro do Indicativo do Indicativo Subjuntivo Subjuntivo (3• pes. pi.) (desin.: ra) (desin.: sse) (<lesin.: r) cantara cantasse cantar cantaras cantasses cantares cantara canrasse cantar cantáramos cantássemos cantarmos cantáreis cantásseis cancardes cantaram cantassem cantarem cantaram-+ (-m final) (- ram + sse) (- run)

imperativo afirmativo (você, nós, vocês)

• 2ª pessoa do singular form a imperativo afirmativo (tu sem a letras) • 2ª pessoa do pluraJ forma imperativo afirmativo (vós se m a letra s)

84


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO e) O infinitivo impessoal fo rma os tempos do pretérito imperfeito do indicativo, o fu m ro do presenre do indicativo, o fu turo do p retérito do indicativo e as formas nominais (infi nitivo pessoal, gerúndio e parricípio) . Infinitivo

Pretérito Imperfeito do Indicativo

cantar~

Futuro do Presente do Indicativo

Ir PRESENTE DO IMPERATIVO INDICATIVO AFIRMATIVO

vou vais= vai vamos ides= vão

Futuro do Pretérito do Indicativo

cancava

canrarci

ca ntaria

cantavas

cantarás

canrarias

cantava

canrará

canraria

cantávamos cantáveis

cantaremos

cantaríamos

cantareis

cantaríeis

cantavam

canraráo

cantariam

(- R + VA)

(+ EI + ÁS)

(+ IA)

VERBOS NOTÁVEIS NO PARTICÍPIO PASSADO

absorver aceitar acender assentar benzer corrigir desenvolver dispersar distinguir eleger emergir encher entregar envolver enxugar erigir expelir expressar exprimir expulsar extinguir findar fixar frigir

))

Passear

passeio passeias = passeia passeamos passeais = passeiam

-

passeie passeies passeia passeie = passeie passeemos = passeemos passeai passeis passeiem = passeiem

IMPERATIVO NEGATIVO

não passeies não passeie não passeemos não passeeis não passeiem

Fazer PRE$ENTEDO

INDICATIVO

faço fazes= faz fazemos faze is= fazem

·~-llV{)

AFIRMATIVO

faça faze tu faças faça você = faça façamos nós = façamos fazei vós façais façam vocês <= façam

não vás não vá não vamos não vades não vão

Verbos Abundantes Possuem duas form as de particípio passado.

2 - Negativo: é o próprio presente do subjunrivo ,.. acompanhado da palavra " nao.

PRESENTE DO SUBJUNTIVO

vá vás <= Vá = vamos vades = vão

IMPERATIVO NEGAllVO

CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS

Formação do Imperativo 1 -Afirm ativo: as pessoas T U e VÓS vêm do presente do indicativo sem o "s" final. O restante é formado a partir do presente do subjuntivo.

PRESENTE DO IMPERATIVO INDICATIVO AFIRMATIVO

vai vá vamos ide vão

PRESENTE DO SUBJUNTIVO

não faças tu não faça você não façamos nós não façais vós não façam vocês

85

absolvido aceitado acendido assentado benzido corrigido desenvolvido dispersado distinguido elegido emergido enchido entregado envolvido enxugado erigido expelido expressado exprimido expulsado extinguido findado fixado frígido

absolto aceito aceso assento bento correto desenvolto dispe·so distirto eleito emerso cheio entregue envo to enxuto ereto expu so expresso expresso expulso extinto findo fixo frito


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

c) Os particípios irregulares são empregados na voz passiva com os auxiliares ser e estar: tritar tingir ganhar \lagar imergir imprimir incorrer inserir isentar juntar desenvolver limpar malquerer matar misturar rr.orrer murchar ocultar omitir

fritado tingido ganhado vagado imergido imprimido incorrido inserido isentado juntado desenvolvido limpado malquerido matado misturado morrido murchado ocultado omitido

frito tinto ganho vago imerso impresso incurso inserto isento junto desenvolto limpo malquisto morto misto morto murcho oculto omisso

prender

prendido

preso

romper salvar secar segurar s::iltar submergir sujeitar suorimir suspender

rompido salvado secado segurado soltado submergido sujeitado suprimido suspendido

roto salvo seco seguro solto submerso sujeito supresso suspenso

O leão havia sido morto pelo caçador. Todas as tochas foram acesas imediatarnente.

d) Muitas vezes, as formas irregulares não passam de meros adjetivos.

Vinho tinto. Redação correta. e) O verbo trazer, como a maioria dos verbos, só apresenta um particípio: trazido.

Verbos Defectivos São aqueles aos quais falram cerras formas. Oisrribuem-se em: 1 - Defectivos quanto à eufonia (1° grupo): sem a 1ª pessoa do singular do presenre do indicarivo, sem rodo o presenre do subjunrivo e sem as formas do imperarivo ramadas <lo preseme <lo subjunrivo: abo/iJ; colorü; soei; banir, retorquir; exaurh; de/inquiJ; puh; etc. 2 -Defectivos quanto à eufonia (2° grupo): sem as formas rizocônicas <lo presenre do indicativo, sem rodo o prcscnce do subjuncivo e sem as formas do imperacivo (com exceção da 2ª pessoas do plural): reavei; precaver-se, fali?; remb; r1dequar-se, etc. 3 -Defectivos quanto à significação (1° grupo): verbos sem sujeico ou verbos cujo sujeira normalmenre só aparece na 3ª pessoa: grrtssm; gear, ventm~ trovejar, etc.

a) Os particípios de tais verbos recebem a seguinte dassificaçáo: • ·regulares: terminados em ado ou ido. • irregulares: terminados em go, to, so, do ... b) Os particípios regulares são, geralmente, empregados na voz ativa com os auxi/;ares ter e haver:

L

O caçador havia matado o leão.

Nota: Hd alguns verbos como caber, poder e querer que são defectivos do ponto de vista semântico no que diz respeito às formas imperativas. Do ponto de vista gramatical, apresentam conjugação completa.

J

_ Todos tinham acendido suas tochas.

86


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO Pode-se verificar a defectividade de um verbo conjugando-o na primeira pessoa do presente do indicativo. Se a pronúncia se confund ir com a de outro verbo ou se não houver eufon ia, trata-se de verbo defectivo.

falir:

MODO INDICATIVO

o

imos is em

ara aras ara áramos áreis aram era eras era êramos êreis eram ira iras ira iramos ireis iram

arei arás ará aremos areis arão erei erás erá eremos ereis erão irei irás irá iremos ireis irão

as

a

eu falo (confunde-se com o verbo

amos ais am

falar).

soer:

ava avas ava ávamos áveis avam ia ias ia ia mos ieis iam ia ias ia iam os ieis iam

eu soo (confunde-se com o verbo soar).

o es

remir: eu remo (confunde-se com o verbo remar) ou eu rimo (confunde-se com o verbo rimar) .

e emos eis em

abolir: eu abulo (confunde-se com eu a bulo) {verbo bul ir + o pronome

o es

átono a= eu mexo com ela) .

3ª. part

CONJUGAÇÃO Conjugar um verbo é fazê-lo passar por todas as modificações que denotam o modo, o tempo, a pessoa, o número e a voz. A conjugação é constituída de radical (ou radicais) acrescido de características modais e temporais e de desinências pessoais e numéricas (flexões).

CONJUGAÇÃO DE VERBOS REGULARES - Tempos Simples Terminações dos tempos simples e formas nominais:

1ª conjugação - tema em a - andar 2" conjugação - tema em e - mover 3ª conjugação - tema em i - partir Nota: Para conjugar qualquer verbo regular, você terá, apenas, que ajustar o seu radical às terminações da respectiva conjugação (1 ª, 2ª, ou 3"). 3ª. part Para exemplificar, serão conjugados os verbos

andar Oª conjugação), mover (2° conjugação} e partir (3ª conjugação).

87

e

e1

aste ou amos astes aram i este eu emos estes eram

i este

iu imos istes iram

aria arias aria ariamos arieis ariam eria erias eria eríamos erieis eriam i·ia irias iria iria mos irieis iriam


GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

PORTUGUtS DESCOMPLICADO

MODO SUBJUNTIVO

e

asse asses asse ássemos ásseis assem esse esses esse êssemos êsseis essem is se isses isse íssemos ísseis issem

es P. and

e emos eis em a as

a amos ais am

a as

a amos ais am

ar

er

ir

3ª. part

a e

es

emos ai em

emos eis em

e

as

a amos ei am

a

e a amos am

ando

ado

endo

ido

indo

ido

SUBSÍDIOS PARA CONJUGAÇÃO D E VERBOS REGULARES

MODO IMPERATIVO

ar ares ar armo ardes arem er eres er ermos erdes erem ir ires ir irmos irdes irem

ar, ares, ar, armas, ardes arem er, eres, er, ermos, erdes, erem ir, ires, ir, irmos, irdes, irem

canto cantas canta cantamos cantais cantam

e

cantava cantavas cantava cantávamos cantáveis cantavam

amos ais am

cantei cantaste cantou cantamos cantastes cantaram

as a amos ais am

88

Presente bato bates bate batemos bateis batem

parto partes parte partimos partis partem

Pretérito Imperfeito batia partia batias partias batia partia batíamos partíamos batíeis partíeis batiam partiam Pretérito Perfeito bati parti bateste partiste bateu partiu batemos partimos batestes partistes bateram partiram


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO Pretérito mais-que-perfeito cantara batera partira cantaras bateras partiras cantara batera partira cantáramos batêramos partíramos cantáreis batêreis partíreis cantaram bateram partiram Futuro do Presente cantarei baterei partirei cantarás baterás partirás cantará baterá partirá cantaremos bateremos partiremos cantareis batereis partireis cantarão baterão partirão Futuro do Pretérito cantaria bateria partiria cantarias baterias partirias cantaria bateria partiria cantaríamos bateríamos partiríamos cantaríeis bateríeis partiríeis cantariam bateriam partiriam ---------- . i. ~ Modo subjuntivo Presente cante bata parta cantes batas partas cante parta bata cantemos batamos partamos batais canteis partais cantem batam partam Pretérito Imperfeito cantasse batesse partisse partisses cantasses batesses batesse partisse cantasse batêssemos partíssemos cantássemos partísseis cantásseis batêsseis cantassem batessem partissem Futuro partir cantar bater partires bateres cantares bater partir cantar batermos partirmos cantarmos partirdes cantardes baterdes partirem baterem cantarem ~- -

Formas Nominais Gerúndio cantando batendo partindo

Infinitivo cantar bater partir

Particípio cantado batido partido

D canta tu cante você cantemos nós cantai vós cantem vocês

Afirmativo bate tu bata você batamos nós batei vós batam vocês

cantes tu cante você Não cantemos nós canteis vós cantem vocês

-------~~~

Negativo batas tu partas tu bata você parta você batamos nós partamos nós batais vós partais vós batam vocês partam vocês

Pretérito Perfeito Composto

Pretérito mais-queperfeito Compo sto

tenho tens cantado tem batido temos partido tendes têm Futuro do Presente Composto

tinha tinhas ca n:ado batido tinha tínhamos partido tínheis tinham Futuro do Pretérito Composto

terei terás terá teremos tereis terão

89

parte tu parta você parta mos nós parti vós partam v:Jcês

cantado batido partido

teria terias cantado batido teria teríamos partido teríeis teriam


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

• pretérito perfeito: presente do indicativo do auxiliar + particípio do verbo principal.

Pretérito Perfeito Composto tenha tenhas cantado tenha batido que tenhamos partido tendes têm Pretérito mais-que-perfeito Composto

se

tivesse tivesses tivesse tivéssemos tivésseis tivessem

• pretérito mais-que-perfeito: pretérito imperfeito do indicarivo do auxiliar + particípio do verbo principal. • futuro do presente: futuro do preseme do indicativo do auxiliar + parricípio do verbo principal. • futuro do p retento: futuro do pretérito indicativo do auxiliar + particípio do verbo principal.

cantado batido partido

No modo Subjuntivo, a formação se dá da seguinre maneira:

Futuro Composto

quando

tiver tiveres tiver tivermos tiverdes tiverem

Infinitivo Composto cantado rer batido partido

• pretérito perfeito: presente do subjuntivo do auxiliar+ particípio do verbo principal.

cantado batido partido

• pretérito mais-que-perfeito: imperfeito do subjunrivo do auxiliar+ particípio do verbo principal. • futuro composto: futuro do subjuntivo do auxiliar+ particípio do verbo principal.

Gerúndio Composto

tendo

cantado batido partido

Quanco às formas nominais, elas são formadas da seguinte maneira:

• infinitivo composto: infinitivo pessoal ou impessoal do auxiliar + particípio do verbo principal. • gerúndio composto: gerúndio do auxiliar + particípio do verbo principal.

TEMPOS COMPOSTOS Quanta à formação, os [empos compostos da voz aciva constituem-se dos verbos auxiliares TER ou HAVER + panicípio do verbo que se quer conjugar, diro principal. No modo Indicativo, os tempos compostos

O modo subjunrivo apresenra crês pretéricos, sendo o imperfeito na forma simples e o perfeito e o mais-que-perfeico nas formas compostas. Não há presente composto nem pretérito imperfeito

são formados da seguinte maneira:

composto.

90


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS

• FREQUENTATIVO Ideia de repetição da ação ou processo, COM SUFIXO:

QUANTO À FUNÇÃO

• AUXILIARES

Choramingar Esbravejar

São aqueles que, na frase, não possuem sentido próprio, pois estão ajudando a compor uma locução verbal (verbo auxiliar + infinitivo ou gerúndio) ou um tempo composto (TER ou HAVER+ particípio) ou voz passiva (verbo auxiliar+ particípio).

• ONOMATOPAICO Pavonear (do pavão)

CavalO"ar (de cavafo)

Os verbos auxiliares podem indicar aspecto semântico.

Ele pode viver. (possibilidade) Continua andando. (continuidade)

Pestanejm· Cabecear

J

•PRINCIPAIS São aqueles que têm significado pleno na frase, quando vêm sozinhos.

Engarinhar

Patinhar

(ae gato)

(de pato)

Cricrilar

Serpentear

(de grilo)

(de serpente)

VERBOS REFLEX IVOS São os que se conjugam com pronomes átonos do caso oblíquo (com função de objeto), na pessoa idêntica à do sujeito:

Eu me cortei. Eu (sujeito) - 1• pessoa.

Ela se dá ares de importante.

Vendemos a casa.

Ela (sujeito) - 3ª pessoa. me (objeto)- 1• pessoa. se ( objeto) - 3' pessoa.

O trem partiu cedo.

Ela ama os filhos. QUANTO AO ASPECTO

No primeiro exemplo, o pronome exerce a função de objeto direto e no segundo, de objeto

• AUMENTATIVO

indireto. Outros verbos reflexivos: coçar-se, despe-

dir-se, embonecar-se, enfeitar-se, enforcar-se, ferir-se, lavar-se, machucar-se, maquifar-se, pentear-se, pintar-se, trancar-se, vestir-se...

Transmite ideia de exagero, COM PREFIXO:

Esbravejar

Retorcer

Alevantar

• DIMINUTIVO Ideia de ação menor em relação à normal, COM SUFIXO:

Adocicar Bebericar

VERBOS PRONOMINAIS

Escrevinhar Namoricm·

São os que se conj ugam com pronomes átonos imegranres, ou seja, com pro nomes que não exercem função sintática e fazem parte in trínseca do verbo.

• INCOATIVO Ideia de início de ação ou fenômeno, COM

avir-se, compadecer-se, condoer-se, dignar-se, esforçar-se, regozijar-se, suicidar-se, ufanar-se, zangar-se...

SUFIXO:

Amanhecer Alvorecer Florescer Amadurecer

97


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Eu me arrependi do que fiz.

Imperativo Negativo: não te vista, não se visca, não nos viscamos, não vos viscais, não se viscam. Infinitivo Impessoal: vestir-se. Infinitivo Pessoal: vestir-se, vestireste, vestir-se, vestirmo-nos, vestirdes-vos, vestirem-se. Gerúndio: vestindo-se. Particípio: (não se usa com pronome enclítico).

(Errado: Eu arrependi do que fiz).

Ela se queixa do frio. (Errado: Ela queixa do frio).

A seguir, exemplos de conjugação de um verbo reflexivo (vestir-se) e de um verbo pronominal (zangar-se).

VESTIR-SE

ZANGAR-SE

INDICATIVO Presente: visto-me, vestes-te, veste-se, vestimo-nos, vestis-vos, vestem-se. Pretérito Perfeito: vesti-me, vescisce-ce, vestiuse, vescimo-nos, vestistes-vos, vesci ram-se. Pretérito Imperfeito: vescia-me, vescias-te, vestia-se, vescíamo-nos, vestíeis-vos, vesciam-se. Pretérito mais-que-perfeito: vescirame, vestiras-te, vestira-se, vestíramos-nos, vestíreis-vos, vestiram-se. Futuro do Presente: vesti r-me-ei, vestir-teás, vestir-se-á, vestir-nos-emos, vesti r-vos-cis, vestir-se-ão. Futuro do Pretérito: vestir-me-ia, vestir-ceias, vestir-se-ia, vestir-nos-íamos, vestir-vosíeis, vestir-se-iam.

INDICATIVO Presente: zango-me, zangas-te, zanga-se, zangamo- nos, zangais-vos, zangam-se. Pretérito Perfeito: zanguei-me, zangaste-te, zangou-se, zangamo-nos, zangastes-vos, zangaram-se. Pretérito Imperfeito: zangava-me, zangavasce, zangava-se, zangávamo-nos, zangáveis-vos, zangavam-se. Pretérito-mais-que-perfeito: zangara-me, zangaras-te, zangara-se, zangáramo-nos, zangáreis-vos, zangaram-se. Futuro do Presente: zangar-me-ei, zangar-ceás, zangar-se-á, zangar-nos-emos, zangar-voscis, zangar-se-ão. Futuro do Pretérito: zangar-me-ia, zangarce-ias, zangar-se-ia, zangar-nos-íamos, zangarvos-íeis, zangar-se-iam .

SUBJUNTIVO (Nos tempos deste modo, o pronome aparece proclítico por causa das atrativas que, se, quando.) Presente: que me vista, que te vistas, que se vista, que nos vistamos, que vos vistais, que se vistam. Pretérito Imperfeito: se m e vestisse, se te vestisses, se se vestisse, se nos vestíssem os, se vos vestísseis, se se vestissem. Futuro: q uando me vestir, quando te vescires, quando se vestir, quando nos vest irmos, quando vos vestirdes, quando se vest irem.

SUBJUNTIVO (Nos tempos deste modo, o pronome aparece proclítico por causa das atrativas que, se, quando.) Presente: que me zangue, que te zangues, que se zangue, que nos zanguemos, que vos zangueis, que se zanguem. Pretérito Imperfeito: se me zangasse, se te zangasses, se se zangasse, se nos zangássemos, se vos zangásseis, se se zangassem. Futuro: quando me zangar, quando ce zangares, quando se zangar, quando nos zangarmos, q uando vos zangardes, quando se zangarem .

IMPERATIVO Imp erativo Afirmativo: veste-te, vista-se, vistamo-nos, vesti-vos, vistam-se.

92


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO

IMPERATNO Imperativo Afirmativo: zanga-te, zangue-se,

Vir

zanguemo-nos, zangai-vos, zanguem-se. Imperativo Negativo: não te zangues, não se zangue, não nos zanguemos, não vos zangueis, não se zanguem. Infinitivo Impessoal: zangar-se. Infinitivo Pessoal: zangar-me, zangares-te, zangar-se, zanga rmo-nos, zangardes-vos, zangarem-se. Gerúndio: zangando-se.

Particípio: (não se usa com pronome enclítico).

ob entre

anre

VER

pre re

man re de

ad

TER

con

antepor impor pressupor decompor justapor superpor entrepor

expor propor contrapor interpor sotopor dispor prepor

desa inter pro sobre con

dispor compor indispor repor descompor pospor transpor

VIR

apor indecompor recompor depor opor supor sobrepor

Ver

Ter

Pôr

eu venho tu vens ele vem nós vimos vós vindes eles vêm

eu vejo tu vês ele vê nós vemos vós vedes eles veem

eu tenho tu tens ele tem nós temos vós tendes eles têm

eu ponho tu pões ele põe nós pomos vós pondes eles põem

ele viu nós vimos vós vistes eles viram

Vir

Ver

Vir

eu vi tu viste

Ver

quando quando eu vier eu vir tu vieres tu vires ele vier ele vir nós viermos nós virmos vós vierdes vós virdes eles vierem eles virem

ALGUNS PADRÕES DE CONJUGAÇÃO

Vir

eu vim tu vieste ele veio nós viemos vós viestes eles vieram

Ter

Pôr

eu tive eu pus tu tiveste tu puseste ele teve ele pôs nós tivemos nós pusemos vós tivestes vós pusestes eles tiveram eles puseram

Ter

que que que eu venha eu veja eu tenha tu venhas tu tenhas tu vejas ele venha ele tenha ele veja nós venhamos nós vejamos nós tenhamos vós venhais vós vejais vós tenhais eles venham eles vejam eles tenham

O PROBLEMA DOS VERBOS DERNADOS entre

Ver

Pôr que eu ponha tu ponhas ele ponha nós pcnhamos vós ponhais eles ponham

Ter

Pôr

quando eu tiver tu tiveres ele tiver nós tivermos vós tiverdes eles tiverem

quando eu puser tu puseres ele ouser nós pusermos vós puserdes eles puserem

1

~ n.i1111m·~ vir ver ter por

~itiàlA@·~ ~tolt~ 93


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

'

haja hajas haja hajamos hajai hajam

1 - Pretérito Perfeito (auxiliar no presente)

ou

tenho tens tem temos tendes têm

2 - Pretérito mais-que-perfeito (auxiliar no pretérito imperfeito) havia tinha havias tinhas havia tinha havíamos tínhamos havíeis tínheis haviam tinham

terei terás terá teremos tereis terão

tenha tenhas tenha tenhamos tenhais tenham

6 - Pretérito mais-que-perfeito (auxiliar no pretérito imperfeito) havia tivesse havias tivesses havia tivesse havíamos tivéssemos havíeis tivésseis haviam tivessem

amado vendido partido

amado vendido partido

amado vendido partido

7 - Futuro (auxiliar no futuro)

amado vendido partido

houver houveres houver houvermos houverdes houveram

3 - Futuro do Presente (auxiliar no futuro do presente) haverei haverás haverá haveremos havereis haverão

.

·---..;

MODO SUBJUNTIVO

5 - Pretérito Perfeito (auxiliar no presente)

principal.

hei hás há havemos haveis hão

-

t- --

Tempos C ompostos: formados de um verbo aux iliar (ter e haver) mais um particípio do verbo

amado vendido partido

--· - --

tiver tiveres tiver tivermos tiverdes tiveram

amado vendido partido

FÓRMfS~O~INÀÍS ~

= .-.~

.,,T,

8 - Infinitivo

9 - Gerúndio

ter ou haver amado, vendido, partido

tendo ou havendo amado, vendido, partido

4 - Futuro do Pretérito (auxiliar no futuro do pretérito)

haveria haverias haveria haveríamos haveríeis haveriam

teria terias teria teríamos teríeis teriam

amado vendido partido

No quadro a seguir, aprcscnramos as relações existentes entre tempos simples e composros nos modos indicativo e subjuncivo.

94


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO ~lll1lt1r•••1mt]

....eC1I C1I VI

C1I ....

m11tJtll...,11:111m1•lllll

·ll'Jllltl..mrt

só tem forma simples: só tem forma simples: fala, falas, fala ... fale, fales, fale ...

Presente sou és é somos sois são

o..

....

o só tem forma simples: só tem forma simples: 'ã.i 't: falava, falavas, falava ... falasse, falasses, falasse. C1I e.. E

-

forma simples: fa lei, falaste, falou ... .~ C1I forma composta: 't: C1I o.. tenho falado, tens falado, tem falado...

forma simp les: não existe forma composta: tenha falado, tenhas falado, tenha falado ...

....o ·a;

forma simples: não existe. forma composta: tivesse falado, tivesses fiado, tivesse falado...

o

forma simples: 't: falara, falaras, fiara ... C1I e.. forma composta: C1I ::s tinhas falado, C"' VI ' tinha falado, n::J ~ tinha falado... 1

do Presente forma simples: falarei, falarás, falará ... forma composta: terei falado, terás o .... falado, terá falado...

....::s::s

u..

forma simples: falaria, falarias, falaria ... forma composta: teria falado, terias falado, teria falado...

<li

e..

E

~

VI

o e..

E

~

forma simples; falar, falares, falar... forma composta: tiver falado, tiveres falado, tiver falado... do Pretérito VI

....o

forma simples: não existe. forma composta: não existe.

simples {

composto

}

fui foste foi fomos fostes foram

amado

amados

Futuro do Presente

VI

o e..

SER AMADO

95

--

Pretérito lmpe1feito era eras amado era éramos éreis amados eram

Pret. mais-que-perfeito fora foras amado fora fôramos fôreis amados foram Futuro do Pretérito seria serias amado seria seríamos seríeis amados seriam

Pretérito Perfeito tenho tens sido amado tem temos tendes sido amados têm

Pret. mais-que-perfeito

sido amado ~ terás terá teremos tereis sido amados terão

na voz passiva:

I!

serei serás amado será seremos sereis amados serão

E o u Futuro do Presente VI o e.. terei E

Voz Passiva Analítica: formada a parcir de dois verbos: ser, estar, ficar, andar, viver, ver, (auxiliares) + particípio passado(principal) cerminando em: DO, GO, TO, SO. A exemplo, será conjugado o verbo amar na voz passiva analícica. Conjugação d e um verbo

amados

Pretérito Perfeito VI

Do Subjuntivo

do Pretérito

amado

••um!J

tinha tinhas sido amado tinha tínhamos tínheis sido amados tinham Futuro do Pretérito teria terias sido amado teria teríamos teríeis sido amados teriam


PORTUG UtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

~:t11~~l•mlJ

lillJº•m•A''"'IJlfJll~1r.!.11o.., ~

Presente

VI Q)

e.

·-E V')

VI

o e.

E

~

VI

o VI o e. E o

u

VI

o e.

E

~

Infinitivo não flexionado ser amado

seja sejas amado seja sejamos sejais amados sejam Pretérito Imperfeito fosse fosses amado fosse fôssemos fôsseis amados fossem Futuro for fores amado for formos fordes amados forem Pretérito Perfeito tenha tenhas sido amado tenha tenhamos tenhais sido amados tenham Pretérito Mais-que-perfeito tivesse tivesses sido amado tivesse tivéssemos tivésseis sido amados tivessem Futuro Composto tiver tiveres sido amado tiver tivermos tiverdes sido amados tiverem

VI Q)

e.

E

V'l VI

o e.

E

~

Infinitivo flexionado ser seres amado ser sermos serdes amados serem Gerúndio sendo amado Infinitivo não flexionado composto ter ser amado

VI

.....oVI

o e. E o u VI o e.

E

~

Infinitivo flexionado composto ter teres sido amado ter termos terdes sido amados terem Gerúndio Composto tendo sido amado

LOCUÇÕES VERBAIS Por locução, emende-se a combinação de dois verbos; o primeiro é auxiliar (em sua forma simples ou composta) e o segundo é o verbo principal, o qual pode estar no inflnitivo ou no gerúndio. As mais imporranres locuções verbais são: 1) "Ter de" + verbo principal no infinitivo,

que expressa obrigação.

Tens de estudar para o vestibular.

Você terá de trabalhar muito. 2) "Haver de" + verbo principal no infinitivo, que exp ressa intenção ou desejo .

96


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

Hei de estudar para o concurso. Haveremos de encontrar uma solução.

Estou terminando isso. Estou para terminar isso.

Nos dois primeiros casos, a preposição de pode

Ela ia caindo na rua. Ela ia cair na rua.

ser substituída por que.

Acabo de escrever isso. Parei de escrever isso.

3) ''Estar", «andar" , '"ir" , «vu · " + verb o principal no gerúndio, que expressa continuidade da ação.

Deixem de brigar à toa. Desisti de falar com ela.

Estou lendo um romance. Você anda estudando para o concurso? ~mos

• Os verbos deixar, fazer; mandar (chamados causativos) e os verbos ver, ouvil; sentir (chamados sensitivos) não formam locução com infinitivo. O pronome átono que os acompanha funciona como sujeito.

vivendo em paz.

Luana vem descendo a rua. 4) Além das locuções verbais mencionadas,

Deixe-o folar.

há outras. Normalmente, são formadas por

sujeito

um verbo auxiliar+ verbo principal no infinitivo ou gerúndio.

(= Deixe folar o menino.) sujeito

À noite, virei ouvir música.

(= Deixe que o menino fole.)

Fique tranquilo; o rapaz não vai fugi.r.

sujeito

Trata-se, pois, de uma oração reduzida. • Na locução verbal, apenas o verbo auxiliar é Aexionado em pessoa e número, modo e tempo.

Cumpre lembrar a distinção entre locução verbal (na qual os verbos não se separam, formando um rodo) e as orações reduzidas (em que o verbo na forma reduzida é separável do verbo anterior).

• Entre o verbo auxiliar e o infinitivo pode ou não haver preposição do tipo : de, em,

para, por, a ...

Fiquei a ouvir música até tarde.

Estou escrevendo a vocês. Estou a escrever a vocês.

• Locução verbal: os dois verbos formam um rodo inseparável.

Ana anda falando muito. Ana anda a falar muito. (=

Continuo escrevendo a vocés. Continuo a escrever a vocés.

Esperei ouvir música ao Longe. Esperei que ouvisse música ao longe.)

• Oração reduzida: os dois verbos são separáveis, pertencendo cada um a uma o ração

Comecei a escrever a vocês. Desatei a escrever muito.

distinta.

Esperei ==> oração principal ouvir música ao longe => oração subordi-

Principiei a ter calafrio. Passei a sentir calafrio.

nada objetiva direta reduzida de infin itivo.

97


PORTUG UtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

VOZES VERBAIS

O papel foi cortado por mim.

A cama será consertada por quem?

Voz é a forma que o verbo assume para indicar a relação entre ele e o sujeito. Três são as formas verbais: •Ativa ~

sujeito agenre

Além do verbo ser, há outros auxiliares que, combinados com um particípio, podem formar a voz passiva. Estão nesse caso verbos como: estar, andar, viver, ficar, ir, vir...

• Passiva~ sujeito paciente • Reflexiva~ sujeito agente e paciente

Voz At iva

As tropas estavam cercadas pelo inimigo.

Quando, normalmente, o sujeito exerce a ação expressa pelo verbo.

Ba ficou envelhecida pelos desgostos.

Precisa-se de marceneiros. O delegado interrogou o preso.

O presidente vinha acompanhado de seus

ministros.

Como se pode observar no segundo exemplo, o delegado é o sujeito (agente), porque praticou

• Passiva Sintética: também chamada passiva pronominal, é formada com um verbo na 3ª pessoa do singular ou plural + o pronome se.

a ação de interrogar.

Voz Passiva Quando o sujeito sofre a ação expressa pelo verbo.

Demoliu-se

ft

A casa fora construída pelo prefeito. Const:ruiu-se a casa.

a ponte.

ft

verbo 3ª pronome apassivador (pacieme)I

ft sujeito

Cultiva-se o campo fértil.

Norn-se, pelos exemplos dados, que a casa é o

Alugam-se casas.

sujeito (pacienre), porque recebe a ação centralizada pelo verbo. Há duas maneiras de se construir a voz passiva:

1) Empregando-se dois verbos: passiva analítica. 2) Verbo + pronome se: passiva sintética.

1 Com um verbo no infinitivo precedido de preposição, tem-se a voz passiva de infinitivo.

(ambas se equivalem)

Osso duro de roer. (=de ser roído)

Este imóvel é vendido. = Vende-se este imóvel.

O inimigo foi fácil de vencer. (=ser vencido)

• Passiva Analítica: formada por ser, estar (ou outro auxiliar) + particípio do verbo principal .

Os índios levaram-no a enterrar. (=para ser enterrado)

A ponte

ft sujeito (paciente)

2 A voz passiva, de modo geral, só pode ser formada a partir de verbo transitivo direto ou verbo tansitivo direto e indireto.

foi demolida pelos operários.

ft

verbo (ser+ principal)

ft agente da passiva

98


HAVIA RITA COUTINHO SARMENTO • Para se converter uma frase da voz passiva sint~rica para a voz passiva analícica, proce-

O técnico está procurando uma solução.

de-se assim:

Uma solução está sendo procurada pelo técnico. se

destruiu

o prédio.

O menino atfrou uma pedra. (voz Ativa) Atirou-se uma pedra. (Voz Passiva Sintética)

foi

destruído

o prédio.

Uma pedra foi ati.rada pelo menino. (Voz Passiva Analítica.)

Troca-se o pronome Passa-se o Osujeito é se pelo verbo auxiliar verbo da o mesmo conjudado na mesma voz passiva (paciente forma em que etava sintética para em ambos o verbo da passiva o participio. os casos). sintética.

Passando-se da ativa para a passiva sirrética: troca-se o sujeito da ativa pelo se na passiva sintética. Passando-se da ativa para a passiva analítica.

• Para se convercer um verbo da voz ativa para

a) O complemento do verbo da voz ativa

a voz passiva analítica, coloca-se o verbo ati-

passa a ser sujeito na voz passiva analítica.

vo no particípio e conjuga-se o verbo auxib) Coloca-se o verbo da voz ativa no parcicí-

liar na mesma forma em que estava o verbo

pio passado e usa-se o auxiliar (ser/estar)

ativo, fazendo a devida concordância com o

no mesmo tempo e pessoa do verbo ativo.

sujeico.

Voz Reflexiva Os sociólogos recusaram os projetos.

Quando o su jeito pratica e recebe ao -nesmo rcmpo a ação expressa pelo verbo.

Os projetos foram recusados pelos sociólogos.

Mariana penteia-se demoradamente. ~ (- ela mesma)

Cuida-te.

• Quando o verbo :uivo vem precedido de um

Não me penteio bem.

verbo auxiliar, este não sofre transformação na passagem para a voz passiva (exceto a exigida pela concordância). Como norma pr:itica, pode-se proceder assim: a) Coloca-se o último verbo (o principal) no

• A voz reflexiva é formada pela combinação

parcicípio.

de um verbo com o pronome oblíquo átono

b) Conjuga-se o verbo ser na forma em que

da mesma pessoa do sujeico.

estava o verbo principal .

99


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMATICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

• Co n os verbos que indicam sentimencos, como dignar-se, arrepender-se, queixar-se, atr<:ver--se, não há propriamente voz reflexiva, pois os pronomes integram o significa-

ACERCA DE VERBO: Tempos simples Tempos composto Locuções verbais Orações reduzidas Voz passiva

do do verbo, sendo encáo classificados como parte integrante de um verbo pronominal, sem qualquer função sintárica.

• Tempo Simples: aquele em que o verbo é conjugado isoladamente, isro é, um só verbo é usado.

• Co n os verbos intransitivos, como ir-se, ajoelhar-se, sorrir-se, etc., os pronomes aparecem apenas como realce, indicando

Eu cerco tudo. Tu leras muito. N6s ouvfríamos tudo...

mu tas vezes espontaneidade de ação, não tendo também função sintática. São partículas expletivas ou de realce.

• Tempo Composto: formado de dois verbos: ter, haver (auxiliares) e ourro verbo no particípio passado (principal).

Eu tenho cercado tudo. Tit havias lido muito. Nós teríamos ouvido ...

RESUMINDO ...

Observe a correspondência:

VOZ VERBAL: é o modo pelo qual são acionados o sujeira e a ação expressa pelo verbo.

Tu leras (simples) = Ttt havias lido (composto) Nós ouvfrínmos (simples) = Nós teríamos ouvido (composto)

•Ativa: O sujeiro é agente da ação.

O menino feriu o irmrío.

O tempo composro é um tipo de locução verbal. • Locu ção Verbal: formada de dois verbos (auxi-

• Passiva: O sujeiro é pacicmc da ação.

li ar+ principal no infinitivo e no gerúndio).

- analítica: verbo auxiliar + particípio passado.

Eu estou cercando tudo. Eu estou a cercar tudo.

O írmiio foi ferido pelo menino.

Tit andas lendo muito. Tit tens de ler muito.

- sintética: verbo na 3ª pessoa e pronome apassivador SE.

Nós vínhamos ouvindo... Nós estávmnos a ottvh: ..

Feriu-se o irmão. •Refl exiva: O sujeito é agenre e paciente da mesma acáo.

• O ração Reduzida: aquela que não aprcscma conjunção e craz o verbo reduzido nas formas normais de gerúndio, parcicípio, infinicivo.

O menino imbecil agredim-se.

100


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

l

Terminando Terminada a sessão, iremos codos a um rcsrauranrc. Ao terminar (= Quando terminar a sessão... )

DICAS DE EMPREGO DE NUMERAIS • Os ordinais como último, penúltimo, antepenúltimo, respeccivos ... não possuem c:trdinais correspondentes .

((

•Voz Passiva: formada pelos verbos "ser", estar", "ficar" + verbo principal no particípio.

• Os fracionários têm como forma própria meio, metade e terço, todas as outras representações

Toda ilha é cercada de água. Ele foi ferido no acidente.

de divisão correspondem aos ordinais ou aos cardinais seguidos da palavra avos (qua,.to, décimo, milésimo, quinze avos) . • Designando séculos, reis, papas e capítulos,

NUMERAIS

utiliza-se na leitura ordinal até décimo; a partir

São palavras que, de maneira precisa, indicam

daí usam-se os cardinais. (Luís XIV - quatorze,

a quantidade em si ou servem para subsriruir ou

Papa Paulo II - segundo).

modificar os nomes, denotando a quantidade dos seres ou apresentando-os como ordenados, multi-

• Se o numeral vier antes do substantivo, será

plicados ou divididos.

obrigatório o ordinal. (XX Bienal - vigésima, IV

Podem ser: cardinais, ordinais, multiplicativos e

Semana de Culrura - quarra).

fracionários.

• Zero e ambos(as) também são numerais cardinais. 14 apresenta duas formas por extenso carorze e quatorze.

• Cardinais: designam a quantidade em si ou acompanham os subsranrivos indicando-lhe a quantidade.

• A forma milhar é masculina, portanto não exis-

Dois e dois são quatro. Vinte dias.

te "algumas milhares de pessoas" e sim alguns milhares de pessoas.

• Ordinais: indicam a ordem de sucessão de seres numa dada série.

•Alguns numerais coletivos: grosa (doze dúzias),

Ele é o primeiro aluno da safa.

lustro (período de cinco anos), sesquicemenário (150 anos).

• Multiplicativos: indicam o aumento proporcional da quantidade, a sua multiplicação.

• O numeral um indicando quantidade é artigo quando se opõe ao substantivo, indicando-o de

Ela ganha o dobro do seu marido.

forma indefinida.

• Fracionários: indicam a diminuição proporcional da quantidade, a sua divisão.

Vóu comer um terço da pizza. 101


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

EXERCÍCIOS 1 Há ERRO de flexão do substantivo em

b)" Qualquer filho descobre desde cedo que os pais utilizam dois diálogos diferentes." "Qualquer filho descobre desde cedo a utilização de dois diálogo diferentes pelos pais."

a) Agora, as casas revelaram-se primitivas e paupérrimas, mas nas árvores, ainda persistentes, ficaram os bem-te-vis.

c) "Exige-se do paciente que fale o tempo todo na terapia ." "Exige-se do paciente falar o tempo todo, na terapia."

b) Da janela do trem, ouvindo o lento e ritmado som das máquinas, via os adeuses emocionados dos parentes...

d) "As boas freiras se esforçavam para realizar em nós modelos de futuras dialogantes." "As boas freiras se esforçavam para a realização em nós de modelos de futuras dialogantes."

c) Daqui posso ver o deserto das ruas e o céu imenso, repleto de estrelas, guardas-noturnos da minha sol idão.

e) "Temos oportunidades de aplica r as coi sas aprendidas." "Temos oportunidade de aplicação das coisas aprendidas."

d) Irritou-se com a indiferença dos boas-vidas diante do sacrifício de seu filho. e) Lembro-me disso: depois de cometida a injustiça, rebelaram-se todos os escrivães e tabeliões do município.

4 Assinale a alternativa em que a forma verbal em destaque tenha sido CORRETAMENTE empregada.

2 Observe os segmentos de frase do texto 1) Aquelas pobres mulheres... 2) Um chinês muito velho... 3) A espontânea homenagem ... 4) Naquela casa pequena .. . 5) Uma história inventada .. .

a) A babá entretinha os meninos enquanto eu cuidava do lanche. b) A mãe interviu na briga e acalmou os ânimos. c) Após o encontro, os operários anteve ram uma melhora salarial.

Transformando o adjetivo em substantivo, verifica-se ERRO de formação em

d) Preveu-se que faria mautempo no fim de semana. 5 Assinale a alternativa em que a classificação e a forma plural do termo sublinhado, indicadas entre parênteses, estejam CORRETAS.

a) A pobreza daquelas mulheres... b) A velhice de um chinês... c) A espontaniedade da homenagem ... d) A pequenez daquela casa .. . e) A invenção de uma história .. .

a) O rapaz, que era escrivão, nao tinha aprovação dos pais da noiva (adjetivo, escrivães)

3 NÃO está efetuada a substituição do verbo da oração sublinhada por um nome correspondente em

b) Tomamos bastante cerveja na festa. (advérbio, bastantes)

a) "Dele esperamos que resolva todos os problemas da relação." "Dele esperamos a resolução de todos os problemas da relação."

c) Dei-lhes um bom-dia seco e sai. (substantivo composto, bons-dias) d) Chego em primeiríssimo lugar. (numeral, primeiríssimos)

102


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO 6 Todas as alternativas estão corretas com relação à colocação do pronome, EXCETO

9 Em todas as alternativas a forma destacada indica circunstância de modo, EXCETO em

a) Maria não vai casar-se outra vez.

a)É extremamente sóbria no que toca às suas despesas pessoais.

b) Disseram-me que a joia era falsa.

b)Devo ter me enrubescido ridiculamente, como donzela pudica.

c) Os presos já tinham rebelado-se mais de duas vezes no ano.

c) Lucas Lesma passava repetidamente os dedos pela calva reluzente.

d) Vê-la-ia mais vezes se pudesse.

7 Na forma plural, todos os itens dos compostos grifados poderão ser flexionados, EXCETO em

d)Da repartição foi diretamente para casa, evitando passar pelo bar.

a) Ele tenente-coronel.

e) Um pouco maldosamente observou que ela estava muito feliz.

b) Ganhei um vestido verde-claro. c) O primeiro-ministro não quis gravar entrevista.

1OO nome sublinhado modifica o verbo, funcionando, portanto, como advérbio, e todas as opções, EXCETO

d) Você não cachorro-quente?

a) As primeiras mulheres pelas quais meu coração bateu forte eram estudantes da USP.

8 Em todas as alternativas, o termo destacado restringe o significado do termo a que se refere, EXCETO em

b) Vestem solene as calças ou as calcinhas.

a) Foi-me penosa a longa viagem pelo deserto.

e) O olhar vazio da maioria deitada num sofá, diz "eu sou bela, você não é" .

b) Causou estranheza a sua falsa inocência.

d) Ojeito da maioria só diz "eu sou bela, você não é."

c) Deslizava na montanha a branca neve.

e) Que tanto tomam banho, mudam de roupa, passam creme e fazem charme para as câmerns.

d) Ficou na casa aquele móvel mais ve lho. e) Considerou muito capaz o jovem aluno.

1e-ot I e-6 I )·8Iq-L1 )·9I)·S1e-v1)· E1 )·l I a-L I on1eqe9

703


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

PRIMEIRO GRUPO - a maioria das palavras com "ão" no fim tem o plural com "ões": anfirriócs, balões, botões, feijões, mamões, melões. Os aumentativos fazem pane deste grupo: facões, paredõcs, portões, narigões, piscinões. SEGUNDO GRUPO - algumas poucas fazem "áes" no plural: alemães, cães, capelães, capitães, cat31ács, escrivãcs, rabeliáes. Repare que neste grupo estão incluídas palavras que designam atividades rofos ionais {capitães, escrivães, t3beliáes) e reli iosas (ca clães). TERC EIRO G RUPO - um grupo pequeno alLCrna para "ãos" no plural: cidadãos, concsáos, irmãos, cristãos, pagãos. OesSe grupo, fazem parte as paroxíronas terminadas em "ão": acórdãos, bênçãos, órfãos, órgãos, sótãos. QUARTO GRUPO - há palavras que aceitam duas ou crês formas de plural, como aldeáos, aldcãcs, aldeões, anãos, anões, anciãos, anciães, anciõcs, castelãos, castelões, charlatães, charlatõcs, cirurgiãcs, cirurgiões, corrimãos, co rrimões, ermitãos, ermirães, e rmirões, fai sães, faisões, guard iács, guardiões, refráos, refrães, sacristães, sacristães, verães, verões, vilãos, vilães, vilões, vulcãos, vulcáes, vulcões.

LOCALIDADE

ADJETIVO PÁTRIO

LOCALIDADE

ADJETIVO PÁTRIO

Acre

acrcano

Cairo

Afcgru istáo

alegam:, afegão

CaJábria

calabrês

AlagMs

a lagoa no

Campinas

campineiro, campinense

Amap~

arnapaensc

Cartago

carraginês, pt'111ico

Angola

angolano

Catalunha

caralão

Aracaju

aracajucnsc, a racajuano

Chipre

cipriora

Atenas

arcnicme

Córsega

corso

Áustri.i

au~c ríaco

Costa Rica

cosrariquen ho

Belém (Palestina)

bclernira

Creta

crccensc

Belém (Pará)

belenense

Croácia

croaca

Belo Horizonte

belo-horizon1 i no

Cuiabá

cuiabano

Bizftndo

bizanrino

Curitiba

curicibano

Boa Vi sta

boa-visrcn\c

E l SaJvador

~akadorenbo

Brasília

brasilicmc

Espírito Santo

c~pírico-sanH:mc.:, capixalu

Bueno•; Aires

porcenho

Estados Unidos

escadunidc.:nsc, norrc-amcricano, ianque

Cabo l rio

cabo- fricn\c

Etiópia

críope

104


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO LOCALIDADE

ADJETIVO PÁTRIO

LOCALIDADE

ADJETIVO PÁTR IO

Fernando d e Noronha

noronhcnsc

Porto Alegre

porro-alegrense

Flandres

ffomcngo

Porto Rico

porro-riquenho

Floren ça

florcnrino

Porto Vellio

pono-velhensc

Florianópolis

Horia nopol irano

Prcovença

provençal

Fortaleza

forralczcnse

Provença

provençal

Goiás

goiano

Recife

reciícnse

G récia

grego. hclênico

Ribeirão Preto

ribciráo-prcccnse, ribt·iráo-prerano, riberoprerano

Havana

havanês

Rio Branco

rio-branqucnse

Índfa

indiano, hindu

Rio de Janeiro (cidade)

carioca

ltapetininga

i1apctin ingano

Rio de Janeiro (estado)

flumine nse

ltu

iruano

Rio Grande do Norte

rio-grandense-do-nor;e, norrc-rio-grandense, potiguar

Jap ão

japonês, nipónico

Rio Grande do Sul

rio-grandense-do-sul, sul-rio-grandense, gaúcho

Jerusalém

hierosolimiranom, hierosoli mira

Rondônia

ron<loniense

J oão Pessoa

pessoense

Roraima

roraimense

Juiz de Fora

juiz-forense, juíz-forano

Salvador

salvadorcnsc, sotcropolirano

Maca pá

macapaense

Santa Catarina

ca1arincsc, barriga-verde

Macei ó

maceioense

São Luís

são-luiscnse

Madagáscar

madagascarense. malgaxe

São Paulo (cidade)

pauliscano

Manaus

manauense, manauara

São Paulo (estado)

paulisca

Marajó

marajoara

Sardenha

sar<lo

Parma

parmesão

Tocantins

t0c:11uinense

Pequim

pcquinês

Três Corações

tricordiano

Pettópolis

pccropol i cano

Vitória

vicoriense

105


PORTUG U~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

África

afro-

Europa

euro-

Alcma.u ha

germano- ou ceuco-

Finlândia

fino-

América

américo-

França

franco-

Ásia

ásio-

Galiza

galaico- ou galego-

Austrál ia

ausrralo-

Grécia

greco-

Áustria

aus rro-

Í nd ia

indo-

Bélgica

belgo-

Inglaterra

anglo-

China

sino-

Itália

ícalo-

D inamarca

dano-

Japão

nipo-

Espanha

hispano-

Portu gal

luso-

de superioridade

mais + adjerivo + que (do que)

A garota é mais inteligente que seu irmão.

de igualdade

tão+ adjecivo + quanro (como)

Ela é ráo ágil quanto sua mríe.

menos + adjetivo + que (do que)

O garoto é menos inteligente que sua irmã.

.

de inferioridade '

GRAU SUPERLATIVO

FORMAÇÃO

EXEMPLOS

Absoluto s intético

ac rescentam-se os sufixos -íssimo, -imo, -rimo

belíssimo, felicíssimo, facílimo, libérrimo

Absoluto analítico

amepóem-se ao adjecivo os advérbios muico, bem, bastante, imensamence, ecc.

muito fáciL bem pobre, bastante largo, imensamente bom

Relarivc1de superioridade

antepõe-se o (a) ao comparativo de superioridade

É o mais antigo prédio Foi 11 mais hábil professora

Relacivc• de inferioridade

antepõe-se o (a) ao compararivo de inferioridade

O garoto é o menos inteligente da classe

706


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

l••ll'Jl![!,~#':.l~f;~::::t:fll!~ uaa:i..ClUJtt~~=••,

li

GRAU DE ADJETIVOS COMPARATIVOS E SUPERLATIVOS IRREGULARES Superlativo

Comparativo de Superioridade

Absoluto sintético

Relativo

bom

melhor

ótimo

o melhor

mau

pior

péssimo

o pior

grande

maior

máximo

o maior

pequeno

menor

mínimo

o menor

Adjetivo

As formas sinréticas são usadas na comparação de subsranrivos. Esta saftt é maior que aquelr1.

As Íormas analíticas são usadas na comparação <le subsranrivos. Esta sala é mais gmnde que confortável. Com particípios, não se usam as formas sintéticas.

Ele está mais bem preparado pam o concurso.

, ... l•8J~UUl~l•8l:a...,

"

CONJ UNÇÕES COORDENATIVAS 01. de adição: e, nem, não só ... mas também, não apenas ... como ainda, não só ... como também ... além disso... 02. de adversidade (contraste/oposição): mas, contudo, entretanto, todavia, porém, no entanto, não obsrante ... 03. de aJ ternância: ou, ou ... ou, ora... ora, já ... já, quer... quer, seja...seja ... 04. de conclusão: portanto, logo, então, por isso, pois (posposto ao verbo), por conseguinte, assim, dessa forma, desse modo ... destarte = desta parte e dessarte = dessa forma... e as locuções: já que, visto que, uma vez que, 05. de explicação: que, porque, pois (anreposto ao verbo) ... porquanto, dado que...

CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS 06. de causa: visco que, já que, porque, como (no início de frase), porquanto .. . uma vez que, desde que por causa que... 07. de consequência: tal que, tanto que, tão que... 08. de concessão (exceção à regra): embora, apesar de que, ainda que, mesmo que, em que pese, conquanto... nem que, posto que, por menos que,por mais que,

09. de conformidade: como, conforme, segundo, de acordo com ... 10. de condição: se, caso, desde que, somente se, apenas se, a menos que, conranto que ... 11. de tempo: já, agora, desde que, logo que, assim que, quando, enquanto, ao mesmo tempo que, mal... 12. de comparação: como, igual a, ranro quanto, mais ... que, menos ... que... 13. de finaJidade: a fim de, para que ... 14. de proporcionaJidade: à medida que, à proporção que, quanto mais ... mais, quanto mais .. . menos ...

107


PORTUC::UÊS DESCOMPLICADO

GRAMATICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

• PR

TODO PR recoma um cermo ancecedenre com o qual mancém relações de semindo.

PR

Usa-se preposição ames de PR sempre que o termo posposto a ele exigir.

QUE/QUEM

Só devem ser precedidos de preposiçáo monossilábica. Em caso de preposição com mais de uma sílaba, usa-se o qual (<: variações). O pronome QUEM quando seguido de VTD. será precedido da preposiçáo A para efeiros de

Q J EM

AJUSTE FONÉTICO. Trara-M~ de OD preposicionado. O pronome QUEM só pode ser usado para se referir a pessos ou ences personificados.

O\IDE

O pronome ONDE só pode ser usado para reromar lugar (náo necessariamence geográfico). ONDE equivale a EM QUE. CUJO e variações devem ser empregados da seguince forma: a) aparecem enrre dois suhsr:rnrivos; b) indicam noçáo de posse (seu/sua);

CUJO

c) concordam com o rermo consequcncc; d) recomam, como todo PR. um [ermo antecedenre (pergumar de quem ao conscqueme); e) não admirem posposiçáo artigo;

f) não apresencam sinónimos perfeiro~ (a frase demandará ajustes). COMO QU'\NTO QUE/

O QUAL PR~

Só será PR depois das palavras FOR.t\1A, MANEIRA, JEITO, MODO ou sinónimos. Equivale a COM QUE.

Só é PR depois de pronomes indefinidos ou dcmonscrarivos. Equivale a QUE/ O QUE.

Os pronomes QUE e O QUAL (e variações) podem se referir a coisas, pessoas ou lugares. O QUAL e variações concordam com o antecedente e fazem combinação ou comraçáo com preposição, pois são precedidos de arcigos.

i'RO\IOME RELATIVO

SUJEITO DE ORAÇÕES REDUZIDAS DOS VERBOS CAUSATIVOS (MANDAR, DEIXAR, FAZER) E SENSITIVOS (VER, OUVIR, SENTIR).

ODVTD/VTDI

0 1VTl/VTDI

ADJUNTO ADNOMIMAL (POSSE)

COMPLEMENTO NOMINAL

NÃO

NÃO

NÃO

0,AS, OS,AS

( e variações) LHr/LHES (A ELL, A ELA)

NÃO

ME, TE, SE, NOS, VOS

108


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

1. Não se usa pronome oblíquo :íwno no início de frase.

2. Descuidou-se do faw. 3. Não se usa pronome oblíc1uo :írono depois de pomo e vírgula(;). - Não se esqueceu do faro; lembrava-se <le tudo. 4. Não se u~a pronome oblíquo ácono depois de panicípio. - Tinha ~e distraído com a questão. 5. Não se usa pronome oblíquo <Ícono depo is de futuros do indicarivo. - Concar-me-ia a verdade. íº

..

.-

PRÓCLISE

1.

"'fY..,...,.--.~

...!'""--;;:-"""'

~

EXEMPLOS

REGRAS DE EMPREGO Quando antes do verbo exiMe qualc1uer palavra de valor negati\'O. Na~ orações ou fra~e~ inrerrogarivas, exclamarivas e oprarivas

(ex primem de~ejo).

- Nada nos impede de sair logo daqui. - Ninguém o viu. - Por que o prenderam alí? - Quanto me cu~rou aquela arirude! - Quem me dera poder ir à Europa! - Talve1 no~ cnconrremos ainda hoje.

Quando há, anre~ do verbo, um advérbio 1lavendo pausa. usa-se a ênclise.

(~em

paus:i). - J\qui se fabricam móveis de esrilo. Enfim, vejo-1e feliz.(:idv. com pausa)

Quando h<í, na oração, um pronome re larivo ou conjunção subordi nativa.

- Mal se viram, começaram a discutir. ·Ü ser humano ama o ourro que o fo. feli1.. - Se me visse. cu ficaria consrrangida.

Quando antes cio verbo há ourro pronome: demonsrrarivo, indefinido, de cracamenco, relativo, inrerrogarivo. •Apenas eufonia.

- Algun~ se admiraram com a beleza do pôr-do-sol. - Aquilo me deixou encamada. V.Sa. o recebeu.

Com o verbo no gerCmdio, regido de preposição em.

- Em se crarnndo de dinheiro, dirija-se ao caixa.

Nas orações coordenada.'> alternativas.

- Ou você fala agora, ou se cala para sempre.

Com o infinitivo flexionado, regido de preposição. r- ..

- Por me ajudare~. serál> recompensado. --~-

MESÓCLISE

-

-~

....

--

. , --.

~~~.~,~-~~::ll3

EXEMPLOS

REGRAS DE EMPREGO Só se usa no fururo do presence ou no fururo do prerériro, desde que não haja, na oração, um fator de próclise.

-A jo11t'111 sentir-~-d segum se você r1 r1co111prmhm. - O t1'111po de1Jo!11er-!.f.-d 11 tm11q11ilidflde.

O bs.: Não se usa pronome átono enclítico com verbos no futuro do presente e no futuro do pretérito, como: Direi-lhe algo. (errado)

O bserve. porém: Ninguém te perturbará. (p.1(,1\'r,1 nq~.11 iu)

Nós lhe d iremos 11 verdade.

(pr~1c)

109


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

'

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

!]

~NCLISE REGRAS DE EMPREGO

EXEMPLOS

Na língua culca, não se inicia a frase com pronome átono; porrané de rigor a ênclise.

to, se a frass: !,;QmÇ~í\ com verbo,

Também nas frases imperativas afirmativa~. usa-se a ênclbc. O bs.: N ão se usa o pronome e nclítico ao verbo no particípio, co mo cm: Tenho d eliciado-me co m a le it u ra dos cláss icos. (crrado) Com cs verbos no infinicivo e gerúndio, se não hou\'t:r faror de próclise.

- F11/11r11111-~ que o esperdculo foi 1m1m11ilhoso. - "Trt1go-ujlores, restos arm11mdos... " - Por jiu•or. 11jude-me 11 solucio111tr i•ste problema!

- Cu idt1-!f., mp11z!

- Vim mostmr-lhe 11s provas. - Parou, olh1111do-me desconfi11do. ~crúndio

Com o~ pronomes o, a, o s, as e verbo no infinitivo náo-Acxionado regido <le preposição :i, por eufonia, usa-se :i ênclise. Eí.tavarn a ii a obscrv:í-lo.

(Obser1•1• o som dtt fmse consrr11ídt1 com prticlise: Esttt/!fllll 11/i ohsert'11r).

11

o

Obs.: O i11fi11iri110 regido de preposirtio ar/mire a prrídi.;1• ou t1 h1rliJI', mesmo ht1vendo jiuor d1• prrídise: Pam defender-se, ttlttcou-o. Pam se defendn; mnco11-o. Pam 11iío d1ji·11da-se, s11i11. Para não se d1ji·nder. saiu.

Tempos composros TER e H AVER + VERBO PRINCIPAL

l

l

verbos auxiliares

l no partrcipio

!

l

Tinha Havir1

escrito visto

Nos t(~mpos compostos, são possíveis as seguintes colocações pronominais:

a) Se a fras e começa com verbo:

Tém- tnt' en11it1do muitas infor111t1rões.

Hrwiam- no 11is10 /d pelos Ífldos tio mercado.

Ênclise :io verbo auxiliar ou solto entre os doi!>.

Ênclise ao verbo auxiliar.

b) Quando há fator de próclise:

Ni. zguém !11.f. tinha 11isto mes1110.

Ninguém ti11h11 17/t' visto ml'smo.

O bs .: Não se usa o pronome enclírico quando o verbo está no particípio.

110


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO

LOCUÇÕES VERBAIS COM INFINITIVO a) Se a frase não começa com verbo:

Ele !!J..f. devia acolher naquela hora. -- Próclise ao verbo auxiliar Ele de11ia me acolher naq11ela hora. -- Solto entre o auxiliar e o principal Ele de11in acolher-me naq11ela hora. -- Ênclise ao verbo principal b) Se a frase começa com verbo:

Preciso !!J..f. calm:

l

Pronome entre o verbo auxiliar e principal ou depois Preciso calar-me. do verbo principal

LOCUÇÕES VERBAIS COM GERÚNDIO a) Se a frase não começa com verbo: O combustível f.f./oi es11aindo. -- Próclise ao verbo auxiliar

O comb11stível foi-f.f. esvaindo. -- Ênclise ao verbo auxiliar O combustí11el foi esvaindo-f.f.. -- Ênclise ao verbo principal b) Se a frase começa com verbo:

Esta11a g: t1d11ptando it cidade grande.-- Pronome entre o verbo auxiliar e principal Esta11a adnptando-f.f. à cidade grande.-- Pronome encütico ao verbo principal

VERBO AUXJLIAR + PREPOSIÇÃO +INFINITIVO a) Se a frase não começa com verbo:

Ele hd de i.f. ncost1m1m: -- Próclise ao verbo auxiliar 1:.le IHi de tlcostumar-u..-- Ênclise ao verbo principal Ele u. IHí de acostumar. -- Próclise ao verbo auxiliar b) Se a frase começa com verbo:

Háo de li'. ajeitm: -- Próclise ao verbo principal Htio de ajei1ttr-f.f.. -- Ê nclise ao verbo principal

Observação: As normas de colocação pronominal, no Brasil, náo devem ser tomadas como inAexíveis visto que sáo, muitas vezes, determinadas pela eufonia ou pela ênfase. Há, ainda, na língua falada e escrita no Brasil uma nítida preferência pela próclise, enquanco, em Portugal. há pr~·fcrêncja pela ênclise.

111


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

OBRIGATÓRIO

RECOMENDADO

Palavra de sen1ido ncgarivo

pronomes demonstra1ivos ou indefinidos cm função subscanriva

CONSIDERAÇÕES GERAIS CASOS PROÍBIDOS: 1) Em inícios de frase. 2) Depois de pomo e vírgual (;).

- - - - - - - - - - - + - - - - - - - - - - - 1 3) Depois de particípio (ADO/ IDO/DO/ Frases i111errogarivas, GOITO/SO). Conjunção subordinada

exclamativas e opracivas 4) Depois de fucuros do indicativo. (desejo)

Pronome relativo

OBS. FINAIS:

Advérbio curro sem vírgula

l) Infinicvo impessoal-em geral vem acompanhado de preposição: A, DE, PARA, neste caso pode us:u próclise ou ênclise.

Gerúndio precedido de EM

2) rucuro do subjuntivo: Quando, caso.

Só poderá ser usada se não houver caso de próclise.

se ... ~ caso de próclise.

t - · - - - - - - - - - - - - r - - - - - - - - - - l 3) Havendo vírgula, a ênclise scr:í

preferencial.

Só poderá ser usada com fururo do indica1ivo.

4) Apossíncl ise: trara-se da

POSSIBILIDADE de colocaç:ío do pronome entre duas palavras atrativas ou

Ser:í obrigatória se o verbo no

antes da palavra atrativa.

futuro do indicativo iniciar a frase.

5) Colocação de pronomes cm locuções verbais: Verbo 1 - aceica próclise, ênclise ou

Se não houver caso obrigatório de próclise nem de mesóclise, ambas as colocações serão possíveis.

m~óclisc.

Verbo 2 - (infinitivo, gerúndio, particípio)

A ênclise só ser:í obrigatória se a próclise for proíbida.

Se não ho uver obrigatoriedade ot proibição, as duas colocações serão possíveis.

112


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

PRONOMES

ESTE (S), ESTA (S), ISTO

ESSE (S), ESSA (S), ISSO

AQUELES (S), AQUELA 'S), AQUILO

2··

3·'

Pessoa Espaço

Perto do emissor

Peno do rcceptor

Oistanre dos inrerlocutorcs

Tempo

Presenre

Passado ou ÍUturo próximo

Passado d istante

Úcimo elemento

Elemenro inrcrmediário

Primeiro clemenro

Vai ser diro

J•í c..I issc

Enumeração Texto I Trecho

Presente subjuntivo

GRUPO 1

Presente do indicativo Base= 13 sing - O lmperacivo afirmativo lmperacivo negativo

GRUPO 2

GRUPO 3

Presente Períciro Indicativo Base = 33 plural RA.i\1

Infinitivo Impessoal Base 1 = verbo-R Base 2 = vcrbo(vogal+ R)

Base+ E(Conj. AR)/Base + A(Conj . ER/OR/IR) Presente subjumivo. Exceto TU e VÓS que, vêm do presenre do indicacivo sem o "S'~ Não+ presente subjuncivo

Prctériro mais-quc-perfciro do indicativo

Base+ RA (todas) e RE (vós)

Pretérito imperfeito do subjuntivo

Base + SSE(há conector: se, caso ... )

Futuro do subjuntivo

Base + R(há conccror: se, caso ... )

Futuro do presenre do indicativo

rei, rás, rá. ramos, reis, ráo

Futuro do p reréri to do indicativo

ria, rias, ria, riamos, rias, riam

Pretérito imperfeito indicativo·

va, ia, nha (cm geral)

113


GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

PORTUGUtS DESCOMPLICADO

~··.. VERBO~~ l~REGULARES ·_BASES ,_.-~ BASE 3ª PLURAL VERBOS DERIVADOS rever, cnrrcvcr, an[cvcr, prever VIRAM VT VER PRECAVER

PRECAVERAM

PRECAVE

PROVERAM

PROVE

advir, desavir, intervir, provir, sobrevir, convir

VIERAM

VlE

ob[er. t:mrctcr, manter, rerer, derer, conrcr

TIVERAM

TIVE

anrerpor, impor, inrcrpor...

PUSERAM

PUSE

REQUERERAM

REQUERE

REOVVERAM

REOUVE

PROVER VIR TER PÔR REQUERER REAVER

...

-.

m11•v-·(.-''~~~-;"";''n"'·"" ~

... - .

.

. i-~\.::,~.i.-.-nS.'.:~aS:::.:·. ·:~~ç_Q_NJYGAÇAO - DICAS .GERAIS

MED IAR, ANSIAR, R EMED IAR, INTERMEDIAR, IN CENDIAR, ODIAR. Tais verbos se conjugam pelo verbo ODLAR (ODElo, ODEias, ODEia, ODiamos, ODiais, ODETam) .

Espero que o govemo medie situações de conflito. Correto: medeie

Todas as formas de querer t: pôr são grafadas com "$": quis, quisesse, pusesse ... Verbos rerminados em U 1R são grafados com 1: possuir-possui/conrribuir-contribui ... Verbos terminados cm UAR são grafados com E: conceicuar-conceitue/ eferuar-t:fecuc ... Ad ivinhar - não apresenta "O" mudo. Reaver é um verbo dcfcctivo e nunca aprcscnca NH Ou J.

Espera-se que o governo renvejn o dinheiro investido.(ermdo) Eu reavejolrenvmho. {ermdo)

•o verbo é defcctivo. Tais formas não existem. Precaver é um verbo dcfectivo e nunca apresenta NH Ou J. Não me precr111f'io. {ermdo) .. " Não me precnvenho.(ermdo)

·o verbo é defecrivo. Tais formas não existem. 114


FLÁVIA RITA COUTI NHO SARMENTO

~- =--~"?~-~""'-."~· ·····~ . , -~ ---~--~u1'-.. ,._ ·-~···~·· .. ~~'- Ç~9IºP.~~V~~BQS ~: .,_ ·· " · :~.:: :·-,._ ,:. ,;, .. ..... . .--... •• -. , , .. . _ .. -. . ~d~~~~~~;:.;.4·-·.; CONSIDERAÇÕES&~;··"':.·:::-,.:;J:<.":::~ .-•~·.· ..:. EXEMPLOS ·(:: j e ... •_........ ,....____ , __.._....,.._.__,, T-.."t;·•:,.e- ,T'1i.~:;·~·..,..-

1

e.

"'"

-"''"'"'--.,•4"t:.""1.<:-.... -~.._r••.,,

~~

,__

~.

~...

.,~,.-:;

.......__~_.,

REGULARES

Não ap resentam alrcraçóes no rad ical nem no paradigma.

Canrar / Vender

IRREGULARES

i\prc,entam pequenas alreraçóes no radica l ou no paradigma.

caber· caib-o / va ler· valh-o dorm ir - durm-o / perdi r - peç-o fazer - faç-o / trazer - crag-o medi r - meç-o /sorrir - so rri-o

ANÔMALOS

Apresentam profund:L~ alrerações no rad ical e no parad igma.

Ser/Ir

Em geral, apresencam mais ele uma forma de particípio. Regular (ado/ ido) / 1rregular (do/go/s/o).

Acei rado - aceico / acend io • aceso ...

Em geral, usa-se o panicípio regular na voz ativa com os auxil iares TER e HAVER.

Ele rin ha expressado seus sentimentos.

Em geral, usa-se o particípio irregular na voz passiva com os auxiliare~ SER e ESTAR.

Seus senci men ros fora m ex p ressos.

Algu ns amores admitem as formas PAGO e GANHO cambém na voz ariva.

Ele tinha pagado/ pago as conw. As co n tas foram pagas por ela

ABUNDANTES

A maioria dos verbos ap resenta apenas um particípio.

Trazer - rrazido / fazer • rei to abrir - aberto

Alguns parricípios irregulares são usados a pena; como adjcrivo;.

Vin ho rimo. Menin o ben ro.

Não apresentam algumas formas verbais.

colorir, adeq uar-se, p recaver, reaver, exp lodir, falir, demolir

t\lguns verbos são cons iderados defectivos por questões sem:imicas.

latir. mia r, nevar, chover

Aprescncam pronome oblíq uo átono integrance, ou seja, sem função si n tática.

Ela se rornou uma boa mãe.

DEFECTfVOS

PRONOMINAIS

I

A maioria dos verbos pronominais é VTI.

REFLEXIVOS

Apresenram pronome oblíquo átono rdlexivo com função sintática de OD ou 01.

Ela se vestia mal.

O sujeito pratica e sofre a ação expressa pelo verbo.

Eb se considera genril.

Constituem oraçôc~ ~cm sujciro.

IMPESSOAIS

Em geral, permanecem sempre na 3• pessoa singular.

Haver (ex istencial) / fenómenos naturais / haver e fazer (tempo decorrido) /sei (hora/ data/distância). Este últim o co ncord;1 com o n ume ral que aco mpan ha.

São empregados na construção de locuções verbais (mais de um verbo com um t'mico senciclo). AUXlLIAR - determina a CONCORDÂNCIA. PRINCIPAL- determina a REGÉNCIA.

VERBOS AUXILIARES

FORMAS NOMINAIS

TEMPO COMPOSTO

rcr/havcr + pa nicípi o

PASS IVA

ser/esta r+ pa rticíp io

CARGA SEMÂNTICA

Poder/deve ri reri começar/ p recisu... + infl nitivo/gen'.111Ji o

TER + INFINIT IVO

TERJI IAVER +QUE/DE+ IN FINIT IVO

São empregadas cm l ocuçóe~ vcrbab ou em oraçõe;, reduzidas. Podem funcionar como subscancivos, adjetivos ou advérbios.

Ge rún dio (NDO) Particípio (ADO/IDO/OUT ROS) I Infini tivo (AR/ER/OR/ IR)

11 5


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

~""""~~~ •

VOZ ATIVA

VOZ PASSIVA

1~~......\': .

•1••

·~

..

T

-

> '

V~Q~ES!:\(.E!~~~~çÃo

··r--·,,-,~~

'j

O sujeiro pratica a ação. Pode ser formado a parrir de qualquer ripo de verbo. Admire como auxiliar os verbos TER e HAVER. O sujeito sofre a ação experessa pdo verbo. Só pode ser formada a parrir de VTD ou VTDI. O objero direto da voz ariva correspo nderá sempre ao sujeiro da passiva. O sujeito da vol ariva corresponder:í sempre ao agente da passiva. O agente da passiva pratica a ação sobre o sujeiro paciente. Trata-se de um termo facultacivo introduzido pelas preposições por, pclo(a)/(s) ou de. Voz Passiva Analírica: locução verbal (ser/estar+ particípio) . Pode ocorrer com ourro verbo auxiliar: continuar, ficar, permanecer. Voz Passiva Sintética: VTO/VTDl+SE(PA). O verbo d eve, obrigatoriamenre, concordar com o sujeito pacienre.

O sujeito é agence e pacience, ou seja, prarica e sobre a ação do verbo. VOZ REFLEXIVA Depende de um pronome reflexivo o u de uma conscruçfo reflexiva. Pode indicar reflexão ou reciprocidade.

Prcsence do 1ndicativo+panicípio

Pretérito rcrícito Composto do Indicativo

7ênho estudado

Pretérito Imperfeito do 1nd icativo+particípio

Pretérito mais-que-perfeito Composto do Indicativo

Ti11h11 eitudado

Futu ro do Presente do 1nd icarivo+particípio

Futuro do Prcscme do Composro lndicativo

7erl'i estudado

Futuro cio Pretérito do Indicacivo+parricípio

Fururo do Pretérito Composro do Indicativo

1êrit1 t'Sl11dado

Prcscnre do Subjuntivo+parcícípio

Pretérito Perfeico CornpostO do Subjuncivo

Q11e tmha es111d11do

Pretéri10 1mperfeiro do Subjuntivo+panicípio

Prerérit0 mais-que-perfeit0 Composro Subjunrivo

Que tivesse t'studado

Futuro do pretérito do Subju ntivo+parricípio

Fucuro do Pretérito Composto

1n fi n i rivo+particípio

1nfinitivo Composro

Têr est11d11do

Gcrúndio+parcicípio

Gerúndio Composto

Tendo t'studado

do Subjunrivo

116

Que tiver t•studado


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

Rc, pre, ante, entre Ad, com , inter, sobre, ro Ob, re, d e, ma u, con, entre, a bs ... Re, de, pro, ante, com, inter, dis, su

Ver

VI

Vir

VJE

Ter

TIVE

Pôr

Re, per

Se ele nos ver novamente (. .. )

Se ele nos vir novamente ( ...)

Se alguém intervir no caso (... ) Se n inguém conter o rapaz (... )

Se alguém intervier no caso (.. .) Se ninguém contiver o :apaz ( .. .)

PUSE

Se o rapaz depor no caso (.. .)

Se o rapaz depuser no caso ( ...)

Fazer

FIZE

Se ela refazer a tarefa ( ... )

Se ela refizer a tarefa (. ..)

0

Prover

PROVE

Se as pessoas provissem suas famílias ( .. .)

Se as pessoas provessem suas famílias( ... )

0

Precaver

PRECAVE

Se ninguém precavisse (... )

Se ninguém precavesse ( ... )

0

Reaver

REOUVE

0

Requerer

REQUERE

Ela não reaviu o dinheiro (...) (reavesse, reavisse) Se ninguém requisesse o documenco ( ...)

Ela não reouve (...) / Se ela reouvesse ( .. .) Se ninguém requeresse o documento ( .. .)

EU

TU

ELE

NÓS

VÓS

a/di

mos

is

ELES I áo

Presenrc do Indicativo

0

o I ou I ei

l'rc1ériro Perfciro do Indicativo

0

i / ci

src

eu I iu I ou

mos

srcs

ram

Pretérito MQP do Indicativo

RA

ra

ras

ra

ramos

reis

iam

Pretérito Imperfeito do 1ndic:uivo

VA/lA I NHA

va I ia I nha

vas I ia; I nhas

va I ia I nha

vamos I íamos I

veis I íeis I nheis

vam I iam I

i:uturo do Presenre do Indicativo

REI I RÁ

rei

rás

remos

re is

ráo

Fucuro do Precériro do Indicativo

RIA

ria

rias

ria

ríamos

ríeis

riam

AR-+ E

e

cs

e

e mos

eis

em

t:R I OR I IR-+ A

a

as

a

amos

ais

,1111

Pretérito Imperfeito d o Suh' untivo

SSE

ssc

sses

sse

ssemos

sseis

ssem

Futuro <lo Subj unri vo

R

rmos

rdes

rem

nhamo~

111

n~am

Prcsclllc do Subj untivo

Imperativos

rcs

ldênrico ao presenic do subjumivo, EXCETO tu e vós do impcr.nivo afirmativo (vêm do pn.:scme do indicuivo - s)

7 77


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

ADVERTIR PI : Jdvirro, adverces, a<lverce, adveni-

GERIR

ARRUINAR

PI : giro, geres, gere, gerimos, geris,

mos. adven is, advertem PS: aJvirra, as, a, advinamos, advirrais, a ~viriam

gerem PS : gira, -as. -a etc..

PI: arruino, arruínas, arruina, arruína mos, arru inais, arruínam PS: .trruine. arruínes • .irruinemo\, .trruineb. arruínem

r\SPERG IR PI: asperjo(2), aspergcs, asperge, asper-

PI: imerjo(ê), imerges, imerge, imergi-

AVERIGUAR

mos. imergis, imergem PS: imerja. imerjas. imerja, ecc.

PI: averiguo, averiguas, averigua, ave riguamos, averiguab, averiguam PS: a\'crigúe, averigúcs, •Werigúe. awrigüemos, a\•erigüeb, ;werigúem

l~IERGIR

gimos, aspergis, aspergem PS: a>pirja, aspírjas. a\pirja, aspirjamos, a~pirjais, aspirjam

~IOSCAR

PI : musco, muscas, musca, moscaCABLR

mos, moscais, muscam

PI: caibo, cabes, cabt:. cabemos. cabc.:is,

PS: musque. musques, musque. mos-

caben PS: caiba. caibas, caiba, caibamos, caibais, caib:tm PPI: {oube, coubesLc, coube, coubc.:mos. <oubcsLes, couberam

quemos. mosqueis, musquem ~!UNIR

PI: muno, munes, mune, munimos, munis, munem

APRA/.ER PI : aprazo, aprazes. apraz, aprazemos, aprazeis, aprazem PS: apraza, aprazes. apraz.1, aprazamm. apr.11.1is, aprazam PP!: aprouve, .1prnuvescc, aprouvc, aprouvemos, aprouvesrc~. aprouveram

PS: muna, -as, -a ecc. CHOVER PI: cl.o\·e, chovem

l\IQP: aprou\·era, .tprOU\'Cra.s. aprou-

PS: chova, chovam

POLIR PI : pulo. puks, pule, polimos. polis,

\'era, aprouvt'.ramos, aprou\'eram

COMPELIR PI: compilo, compc.:les, compele, com-

pulem [>S: pula, pulas. pula. pulamos, pulais, pulam

COMERCIAR

pelimos, compelis, compelem PS: compila, compilas. compila, compil:unm, compilais, compilam

D ISCERN IR PI : d scirno, discernes, discerne, discernimos, discernis. dbcernem PS: di~cirna, -as. -a erc.

EXPLODIR Pl: eu. explodes, explode, ex plodimos, cxplodb. explodem

PS: -

PRECAVER PI : precavemos. precaveis PPT: precavi, precavesre, precaveu, precavemos, prec:wesres, precaveram MQP: precavera IS: precavesse

aprou\·t'.rci,,

PI: c:omercio, comercias. comercia, u1merci::imos, comerciais. comerciam PS: comercie, comer<.ies, comercie. c:omerciemos, comercieis. comerciem PPI: comerciei, comerciasce, comerciou. comerciamos, comerciasces. <.:omerciaram CON~TRUIR

PREMIAR PI: premio, premias, premia, premiamos, premiab, premiam PS: premie. premics, premie. premiemos, premieis, premicm

PI : consrruo, conscrub (ou conscróis). consLrui (constrói), conscruímos. construís, consrruem /t;onsrroem) PS: consrrua, -as. -a etc. CUSPIR

FALIR PT: falimos, falis PS: (só é conjugado quando após o 'T' houver "i": falia, falia.\ ... - fali, falisre ...falira, àliras...)

PROVER PI: provejo, provês, provê, provemos, provedes, provêem PS: pro\•eja, -as, -a erc. PPI: provi, provesce, proveu, provemos. provesres, proveram

FRJGIR PI: frijo, rreges, frege. frigimos, frigis, fregem PS: frip, frijas, frija. frijamos. frijais, frijam

REAVER PI : reavemos, reaveis

PS: PI 1: reavia. -as, -a, erc.

118

PI: cuspo, cospes, cospe. cuspimos. cuspis. cospem PS: cmpa. -as, -a, etc. (os demais tempos sempre com "u") COLORIR PI: cu-, colores, colore, colorimos, c:o loris. colorem

PS: PPI: colori, colorisce, coloriu erc. (sei não possui aquelas pessoas cm que, seguindo-se ao "r" teríamos "a" ou "o")


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

CEDER PI : cedo, cedes, cede, cedemos, cedeis, cedem PS: ceda, cedas, ceda, cedamos, cedais, cedam

CERZIR PI: cino, cirzes, cine, cerzimos, cerzis, cirzem PS: cirla, cirzas, cirza, cirzamos, cirzais, cirzam (os demais tempos com "e")

CINGIR PI: cinjo, cinges, cinge, cingimos, cingis, cingem PS: cinja, cinjas, cinja, cinjamos, cinjais, cinjam ESCAPULIR PI : escapulo, escapoles, escapole, escapulimos, escapolis. escapolem PS: escapula, -as, -a erc.

FERIR PI : firo, feres, fere, ferimos, feris, ferem PS : fira, -as, -a etc. RESFOLEGAR e variante RESFOLGAR PI : resfo lego, resfólegas, resfólega, resfolegamos, resfolegam (resfolgo, resfolgas, resfo lga, resfolgamos, resfolgais, resfolgam) PS: resfólcgue, resfólegues, resfolegue, resfoleguemos, resfo legueis, resfoleguem (resfolgue, resfolgues, resfo lgue, resfoleguemos, resfolegueis, resfolguem} SOAR PI : sôo, soas, soa, soamos, soais, soam PS: soe, soes, soe, soemos, soeis, soem PPl: soei, soaste, soou, soamos, soastes, soaram

179

SUAR PI : suo, suas, sua, suamos, suais, suam PS: sue. sues, sue, suemos, sueis, suem PPI: suei, suaste, suou, suamos, suastes, suaram VER PI : vejo, vês, vê, vemos, vêdes, vêem PPl: vi, viste, viu, vimos, vistes. viram PS: veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam

VIR PI : venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm PS: venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham FUT. SUB].: vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem PPl: vim, vieste, veio, vie mos, viestes, vieram FUT 1N D .: virei, virás, virá, viremos, vireis, virão IMP. SUBJ.: viesse, viesses, viess<:, viéssemos, viésseis, viessem


UNI DADE IV

MORFOLOGIA Formação de palavras J

Desinências Trata-se das Aexócs que uma palavra pode sofrer cm função do contexto discursivo. Desinências não formam novas palavras. Vejamos um exemplo: Amar e amamos não são cognatas e nem derivadas. São a mesma palavra, rêm o mesmo sentido. "Amamos" é uma forma do verbo "amar" submetida a um processo flexional. H ~i dois tipos de desinências - as nominais e as verbais.

CONCEITOS BÁSICOS

MORFEMAS São unidades esrrururais que constituem uma palavra.

Rad ical ou Semantema Pane da palavra responsável pela produção de sentido. Não é necessário que ele se mantenha igual ('m codos os deri vados. Pode haver alteração como em pobre e paupérrimo, vida e vitalício ... Pedregulho - PEDR Anoitecer - NOITE

Gênero

Girassol - GIRA e SOL

Termos Cognatos São cognacos palavras da mesma família etimológica. Elas apresentam o mesmo radical ou scmantema e guardam alguma relação de sentido obrigatoriamenre. Pode ser até o sentido oposro, mas deve haver uma relação de senrido, como cm leal e desleal, uso e desuso ...

o

e:

o

'-

:::>

'2

:::>

u

VI

ro

2

terrestre/ terrorista - Não siio cognatos e nem têm relaçiío de sentido. (radicais TERRA/TERROR) oida /vital/ vitalício/ vivência/ viver - Siío cognatos.

Número

e:

'§ <lJ

u..

ro

O'>

e: Vi

Modo-temporais Número-pessoais o E

~ :::>

ã:

Palavra

Radical

Meninas Menino Mares Jovem Telefone

MENIN MENIN MAR JOVEM TELEFON

"O

<lJ

2

1-

Vogal temática

o

o o

a.

z

Des. Gênero

-

o

E

V'I

<lJ

·::J

A

-

oV'I

E

-

E

ro

Q:;

-

Q..

Des. Número

s -

s -

-

Conceiro de vogal temática: liga o radical a uma desinência.

uso /desuso /usual/ usuário - Siío cognatos.

120


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO As desinências verbais podem ser:

Afixos São acréscimos feiros ao radical capazes de modificar o sentido da palavra e/ou sua classe.

• Modo-temporais: indicam o modo e o rcmpo no qual o verbo se encontra conjugado. Os verbos conjugados em formas primitivas não

São elementos distintos da desinência, porque formam novas palavras.

apresentam desinências modo-temporais, diretas.

Os afixos são divididos em dois cipos: prefi xos e sufixos.

São formas primitivas do verbo: - lnfinirivo impessoal

- Prefixos - ances do radical.

- Presente do indicativo

- Sufixos - após o radical .

- Prerérito perfeito do indicativo.

Nota: Algumas bancas denominam os afixos de infixos.

Nessas formas, o verbo apresentará desinências

número-pessoais, com aspccro temporal . Vejamos exemplos:

A vogal temática dos verbos é definida pela conjugação:

Feliz - adjetivo Infeliz - adjetivo também, mas o sentido foi

AR -A, ER I OR - E, e IR -. r

totalmente alterado.

Nem roda forma de conjugação verbal apre-

Felicidade - o sentido não foi signifi.cativamente alterado, mas a classe mudou: substantivo.

senta vogal temática.

Infelizmente - mudou-se a classe e o sentido.

Palavra Amávamos Deixou Amo Amemos Cantava Cantaríamos Vendesse

Vogal Radical temática AM DEIX AM AM CANT CANT VEND

DMT

DNP

Á

VA

MOS

-

-

-

-

ou o

-

E VA RIA SSE

A A E

A palavra é um advérbio. Exemplos de prefixos: DESleal, f Njusto, MANter, REter.

MOS -

Exemplos de sufixos:

MOS comunicaÇÃO, comuniCADO,

-

justf ÇA, LeaLMENTE, gostOSO.

Os sufixos costumam modificar mais a classe

Tema

do que os prefixos . Estes normalmente alteram

Trara-se da junção do radical a uma vogal te-

mais o sentido da palavra.

mática. Como nem roda palavra tem vogal temática, nem roda palavra apresentará rema.

Vogal ou Consoante de Ligação Vendesse - tema: vende

São utilizados para ligar afixos ao radical ou radicais entre si.

Mares- tema: mare Partiram - tema: parti

Gira + sol = girassol - há um - S de Ligação.

121


PORTL1 GU~S DESCOMPLI CADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS Derivação Prefixai e Sufixal

A + crônico = anacrónico - há uma vogal e uma consoante de ligação. Nesse caso, pode-se dizer que hd uma sílaba de ligação, porque NA forma uma sílaba.

Acréscimo independente de sufixos e prefixos à palavra prim itiva.

deslealdade, inquietude, infelicidade, ultrapassagem, reconsidemçáo.

Legal+ dade = legalidade (há uma vogal de ligação)

Derivação Parassintética (ou Parassíntese) Acréscimo simultâneo de sufixos e prefixos à

[ PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS f

I

palavra primi tiva.

a molecimento, entristecer, desalmado,

DERIVAÇÃO

envelhecer, repatriado ...

Formação de palavras novas a partir de um vocábulo já existente, acrescentando-lhe afixos (prefixos e/ou sufixos) ou reduzindo-o (cone de elemen ros finais).

,

'\

I

'

'' '' '

Derivação prefixa! e sufixal :;é Derivação parassintética ~----------------------------------------

Há seis tipos de derivação:

•Prefixai

Para que uma palavra seja formada por deriva-

•Sufixal

ção prefixai e sufixal, é necessário que ela subsista,

• Prefixa! e sufixal

com sentido, depois de retirarmos o sufixo e/ou o

• Parassintética • Regressiva •Imprópria

prefixo. Assim:

deslealmente desleal!/ lealmente deriv. prefixai

Deri vação Prefixai

reconsideração reconsiderar li consideração

deriv. sufixal

deriv. prefixai

deriv. sufixal

Acréscimo de prefixos à palavra primitiva.

Já as

palavras emagrecer e entristecer são for-

pré-histórico, dispor, desleal, super-homem, eufonia, vice-diretor,

madas por derivação parassintética, pois, se reti-

semi-círculo, infeliz, refazer, binóculo...

rarmos qualquer um dos afixos, elas não subsistem com sentido.

de

depor com + por = compor tm

impor

indecom

indecompor

emagrecer

entristecer

emagro li magrecer ~ não existem ~ entriste li tristecer Derivação Regressiva Criaçáo de uma nova palavra por meio da su-

Derivação Sufixal

pressão de elementos da palavra primiciva.

Acréscimo de sufixos à palavra primitiva.

plana/tino, lealdade, portuguesa, boníssimo,

janta (de jantar) venda (vender) defesa (de defender)

macérrimo, inquietude, manteigueira, ramagem, sofrimento...

122

canto (de cantm) ataque (de atacar) compra (de comprar)


FLAVlA RITA COUTINHO SARMENTO COMPOSIÇÃO

1 \

'

A derivação regressiva forma, de modo geral os substantitvos agentivos a partir de verbos. Alguns autores consideram as reduções como derivações regressivas.

'\

Criação de novas palavras com sentido novo, pela associação de duas ou mais palavras j ~i existenres, com ou sem modificação de sua forma.

1

1 1

1

Há dois tipos de composição: • Por justaposição (sem modificação da palavra) • Por aglutinação (com modificação da palavra)

Derivação Imprópria Processo que consiste na mudança de classe gramarical das palavras.

Composição por justaposição Dois ou mais elementos que se unem formando uma só palavra, conservando auronomia de forma e acenruaçáo própria.

a) subsrantivos próprios passam a comuns:

gilete (de Giflette) - lâmina x inventor Ele é o judas da turma. bom-bril (por palhinha de aço)

amor-perfeito, pé de moleque, girassol, pau d'água, guarda-chuva, barco a vela, navio-escola, malmequer~ bem-te-vi...

b) substantivos com uns passam a próprios:

José Costa Coelho, Nara Leão, Fernando Ferreira Neto ...

Composição por aglutinação Dois ou mais elementos que se unem numa só palavra, subordinada a um só acento e com perda de auconomia de forma. embora (em boa hora} planalto (plano alto) petróleo (petra óleo) agwzrdente (água ardente) vinagre (vinho agre) você (vossa mercê)

c) substantivos adjetivos:

comício monstro - mulher gato - camisa rosa d) verbos a substantivos: o jantar - o prazer - primeiro andar e) particípios a substantivos ou a adjetivos:

HIBRIDISMO

a bebida - o passado - vinho tinto (substantivo)

Formação de uma palavra composta, cujos elementos provêm de línguas diferentes.

(adjetivo)

televisão

{tele + visão) grego

-----------------------------, '

alcoômetro

\

Este processo também recebe o ' nome de Conversão. E é classificado, "impropriamente': por alguns, como , _______________________________________ Derivação Imprópria.

latim

(álcool+ metro) árabe

1 1 1 1 1 1 1

abreugrafia

(a.breu +grafia) port.

sociologia

;

grego grego

(socio + wgja) latim

grego

capim-meloso (capim + mewso) tupi·guar.

burocracia

(bureau + cracia) francês

723

port. grego


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

.....

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

• cm sons ou ruídos de objetos ou coisas: ti-

LJ!f$

,: - . . - -...::........-- -- ----------- --- - - --- ------- ... ,

lintar (dinheiro ou campainha} bimbalhar, dlim-dito, fim-fon, reco-reco...

,

, ' E preciso não confundir este processo com : composição por aglutinação. Na composição, : os elementos são de uma mesma língua: : datilografia (do grego). ! No hibridismo, de línguas diferentes: ! ,' ... ________ alcoômetro (do______ árabe _______________ e do grego). __________ ;,: 1

1

Redução

1

C riação de uma nova palavra com a supressão de parte da palavra primitiva.

1

pneu (de pneumático), foto (de fotogrtifiaJ, cine e cinema (de cinernatográjico), pólio (de poliomielite}, auto (de automóvel}, moto (motocicletrz).

OUTROS PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS

,, :

-----------------------------~ '

1

Onomatopeia

'

É preciso não confundir este processo com

a derivação regressiva. Na redução, suprime-se a parte da palavra (às vezes uma palavra inteira): pólio (poliomielite); Na regressiva, suprimem-se os elementos finais da palavra: poda (de podar). Alguns autores admitem a associação dos dois casos.

Processo que consiste na criação de palavras imirativas. O corre cm dois casos: • em vozes de animais: nu-rzu, miau, coaxar, piar~

'

criciar, cri-cri, ronronar. ..

EXERCÍCIOS 1 A palavra ensolarada tem o mesmo processo de formação da palavra

com a ideia de a) esterilidade, auscultação, beleza de formas, distãncia, relevo.

a) deslealdade b) anoitecer

b) relevo, estética, visão ao redor, distância, beleza de formas.

c) esperada

c) esterilidade, relevo, distância, visão ao redor, beleza de formas.

d)sonhada e) amada

d) relevo, auscultação, beleza de formas, visão ao redor, distância.

2 Os aparelhos ópticos denominados estereoscópio, est etoscópio, caleidoscópio, periscópio, telescópio têm relação direta, RESPECTIVAM ENTE,

e) exterioridade, estética, calosidade, visão ao redor, auscultação.

124


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO 3 Nas palavras atenuado, televisão, percurso, temos, RESPECTIVAMENTE, os seguinte processos de formação de palavras

b)Pereirinha estava mesmo com a razão. Sigilo ... Voto secreto ... Bobagens, bobagens! c) Sem radical reforma da lei eleitoral, as eleições continuariam sendo uma farsa!

a) parassíntese - hibridismo - prefixação b) aglutinação - justaposição - sufixação

d)Não chegaram a trocar um isto de prosa, e se entenderam.

c) sufixação - aglutinação - justaposição

e) Dr. Osmírio andaria desorientado, senão bufando de raiva.

d) justaposição - prefixação - parassíntese e) hibridismo - parassíntese - hibridismo

4 Todos os verbos seguintes são formados por parassíntese (derivação parassintética), EXCETO

8 As palavras couve-flor, planalto, aguardente são formadas por a) derivação

a) endireitar

b) onomatopeia

b) atormentar

e) hibridismo

c) enlouquecer

d) composição

d) desvalorizar

e) prefixação

e) soterrar 9 Em qual dos exemplos abaixo está presente um caso

5 Assinale a única opção constituída por palavras formadas APENAS por sufixação.

de derivação parassintética? a) Lá vem ele, vitorioso do combate.

a) agulha - diplomata - costureira

b) Ora, vá plantar batatas!

b) aglutinação - insuportável - saleta

c) Começou o ataque.

c) ordinário - orgulhoso - caminho

d) Assustado, continuou a se distanciar do animal.

d) costureira - silencioso - saleta

e) Não vou mais me entristecer, vou é cantar.

6 O item em que a palavra NÃO está CORRETAMENTE classificada quanto ao seu processo de formação é

1OAssinale a alternativa cujas palavras são, RES PECTlVAMENTE, parassintética, onomatopaica e híbrida.

a) ataque - derivação regressiva

a) anoitecer - coaxar - televisão

b) fornalha - derivação por sufixação

b) deslealdade - chilrear - automóvel

c) acorrentar - derivação parassintética

c) fidalgo - zunzum - embarcar

d) antebraço - derivação prefixai

d) descobrimento - tique-taque - decímetro

e) casebre - derivação imprópria

e) enriquecer - zás-trás - pernalta.

7 Em que alternativa a palavra em destaque resulta de derivação imprópria? 1 e-o l

a) As sete horas da manhã, começou o trabalho principal: a votação.

1a-5 I P-8IP-L1 a-g I P·S 1P·v1e-E1P·i 1q-L I 01peqe9

125


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

.. ... ,,...,,

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

í:m•fl•~ 11n,111~

'••1tII

[IJ:l!Cl:l•'il!Cl:I~

~

1:::t:1:i ..11!.1••

acro

;tiro

acroíobia (medo de .ti cura)

aero

ar

aeronfotica (n.wegaçáo pdo .ir)

agogo

o que conduz

demagogo (o que conduz o Pº"º)

atropo

homem

anc ropologia (eMudo do~ grupm humanos)

a rqueo

a nrigo

a rqueologia (estudo de coisas .1111 iga~)

auto

de J por si mesmo

aucomóvd (que se move por ~i mesmo)

biblio

lino

biblioteca (coleção de livros)

bio

via

biologia k'>ru<lo dos seres vi\'o,)

caco

mal

cKofonia (mau som)

cali

belo

caligrafia (bela escrita)

card io

co1açáo

cardiologia (csmdo do corac,.:w)

cefalo

cabeç;1

cefaLilgia (dor de cabe1,.1)

cosmo

mundo

cosmopolita (cidadão do mundo)

cracia

governo

democracia (go"erno <lo povo)

c ro mo

cor

.1cromia (a usência de rnr)

de mo

povo

' democracia (governo do povo)

ctimo

origem

erimologia (cMudo das origen'>)

etno

raç.1. Pº"º

ecnologia (esrudo das r.1ç.1')

fob ia

medo, aversáo

fo tofobia (aversão :1 lu1.)

gastro

estô mago

gast rite (inílamaçáo do estômago)

geo

rerr.1

geologia (c~tudo da terra)

grafia

escrita

ortografia (~crita correra)

hemo

~;togue

hemorragi.1 (derramamento de s.rnguc)

h idro

;Ígua

hidrômct ro (o que mede .igua)

hi pno

sono

hi pnofobia (medo de do rmir)

hipo

cavalo

hipódro mo {local o nde correm cavalo~)

homo

mesmo. igual

homógrafo (que tem a mesm.1 t•suit;l)

li to

pedra

mega

grande

megalôpok (grande cidade)

metro

medida

c ro no met ro (o q ue mede o tempo)

micro

peque no

micróbio (pequeno ser vivo)

morfo

forma

morfologia (estudo das form;1s)

necro

mono

necrologia (norícia de falecimenro)

neo

110\'0

neologismo (palavra 110\,1)

o rto

certo. co rrero

o rwgr,tfia kscrira corrct.1)

pato

doença

pato logia (c~cudo das d oenças)

poli

m uitos

pol issílabo (q ue tem mu ic;ts sílabas)

lirogra,·ura (gran1ra feita

126

1.'.lll

pedra)


FLÁVIA RITA COUTINHO SAR\.1ENTO RADICAL

SIGNIFICADO

EXEMPLO

pseudo

falso

pseudônimo (falso nome)

psico

alma

psicologia (estudo da alma)

taqui

rápido

m1uigrafia (cscrica r:ípida)

teca

coleção

m.1potcca (coleção de mapas)

tele

longe

rclcfone (o que fala para longe)

teo

deus

teocracia (governo dos deuses)

termo

cemperacura

termômetro (o que mede a temperacura)

trofia

desenvolvimento

.nrofi;1 (au~ência de desenvolvimento)

xeno

csrrangciro

xenofobia (aversão ao estrangeiro)

'l.00

animal

wologia (estudo dos animais)

a,an

negação, privação

areu, anarquia

a nfi

duplicidade, dualidade

anfíbio, anficeacro

a nti

ação contrária

antiaéreo, anripacia

arcc, arqui

!>uperioridade

arcebispo. arquiduque

dia

movimenco acravés

diagona, diámerro

dis

dificuldade

disenreria, dispnéia

endo

posição interior

cndoscópio, endotérmico

epi

po~içáo

superior

cpidfio, epiderme

cu

bem, bom

eufemismo, eufonia

hcmi

mecade

hem iciclo, hemisfério

hiper

excesso

hipcrrrofia, hiperrc nsáo

m eta

rransfo rmação

metamorfose, meráfora.

para

ao lado de

paralelo, parágrafo

pc ri

cm corno de

perímcrro, periscópio

s in

simulrancidadc

sicrônico

727

l'


PORTUG UÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

'.. . ~· ..... ::.·; ~·~.. :.... ~:·,~r~~~~ ...;...J"!.. ~·.... _ "_ .... ____: ·'---...!.___ '::. )

: ~ADICAL

SIGNIFICADO

EXEMPLO

agri

campo

agriculto r (que cultiva o c.:ampo)

a rbo ri

;Írvorc

arbo ri7A1r (pia mar ;Í rvorcs)

avi

:lVC

avícola (local onde se vendem aves)

beli

guerra

capiti

cabeça

decapitar (cortar ,1 c.1beça)

cida

que mata

inseticida (que ata in\cro,)

cola

que cul riva

vinícola (que cu lriv:i vinho)

fero

que conrém

aurífero (que conrém ou produz ouro)

fide

fidedigno (digno de fé)

fo r me

forma

biforma (que possui <luas formas)

frater

irmão

frarernidadc (irmandade)

fugo

que foge

lucífugo (que foge da luz)

loco

lug:ir

localizar (fix;ir o lug:ir)

ludo

jogo

ludoterapia (t ratamento através de jogos)

ma ter

mãe

marerno (rdarivo :i m.ie)

multi

muiro

mulrilareral (muitos lados)

o ni

rudo, rodo

onipresente (que está prcscnre cm tudo)

paro

que produz

ovíparo (que produ7 ovos)

pater

pai

parerno (relarivo a pai)

pede

pedesrre (que anda a pé)

pisei

peixe

piscoso (cheio de peixe\)

p luri

\'ários

pluricelular (que Pº''ui drias células)

p uer

criança

pueril (infantil)

q ua dri

quatro

quadrimoror (que tem quatro motores)

silva

flo resta

silvícola (que vive na\ florestas)

umb ra

sombra

penumbra (quase sombra)

voro

que come

carnívoro (que come carne)

belicoso (habituado

728

:1 guerra)


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

~·. ~~~~l~OS . DE.ORIGEM ~ t:AT:INÃ:·.--· ':.: .-·

'.I:~

t' -

RADICAL

SIGNIFICADO

EXEMPLO

ambi

duplicidade

ambivale nre, ambide~cro

ante

anrcrioridade

ancebraço, amcpor

bi, bis

dois

bienal, bisavô

circum

movimcnt0 em torno

circu nfe rê ncia, c ircun:wcgação

eis

posição, aquém

cisplarino, cisapino

contra

oposição

contradizer, conrra-a1aquc

infra

po~ição

infravermelho, ifra-J.'>~inado

inferior, abaixo

intra, intro

posição interior

i nrravc noso, i nrroverrido

justa

posição ao lado

justapor, juscalincar

maJ, ma lc

mal

malcriado, alediccmc

multi

muiios

multinacional, muliicolor

pen

q uase

penumbra, pcnímul:i

per

movimcnco arravés

percorre r, perambular

pos

posição

po~cerior

póscumo, postergar

pre

.mtcrioridade

prefácio, prcconcci10

rc

rcpcc iç:ío

refazer, repens::ir

semi

ciadc, quase

semicírculo. scminu

trans

po~içáo

cramaclãnrico, cramamuônica

além de

tri

crês

tricampeão, tricolor

vis, vice

subscicuição

visconde, vice-rciior

129

-r

:, ~


UNIDADE V

ANÁLISE SINTÁTICA Ele afirma I que você vencerá. (2 orações)

[ '! CONCEITOS BÁSICOS

Ele tirou o brinquedo da gaveta I e verificou I que A análise sintática é a parte da Gramática que

ele estava quebrado. (3 orações)

estuda e classifica as orações e os termos de cada oração. Analisar sintaticamente um enunciado sign ifica decompô-lo em panes e verificar a função das partes em relação ao rodo.

PERÍODO SIMPLES

Fras e é rodo enunciado capaz de rransmirir

SUJEITO E PREDICADO

novas ideias. Em um enunciado completo, sempre é dada

Uma Lua clara iluminava o céu.

uma informação (predicado) a respeito de alguém

Puxa! Que frio!

ou de alguma coisa (sujeiro).

Socorro! Oração é roda frase construída em torno de um verbo.

A

B

Ana

dirigiu a palavra às classes menos favorecidas.

Por favor, volte para casa ainda hoje. O conjunto A recebe uma informação com-

Um Lua clara iluminava o céu.

plera de B. O conjunto B dá uma informação completa

A triste notícia fo i transmitida de manhã.

sobre o conjunto A. Período é a frase formada por uma ou mais orações. O período pode ser:

RESUMINDO ... Sujeito é o termo da oração que recebe uma

a) Simples: fo rmado por uma única oração.

informação completa, que é dada pelo predicado.

Naquele dia, todos voltaram cedo.

Predicado é o rermo da oração que dá informação completa a respeito do sujeito ou que se

b) Composto: formado por duas ou mais orações.

consrirui a partir de um verbo impessoal.

730


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO Núcleo do sujeito: Dentro do conjunro do sujeiw, quando esce é formado de mais de um elemento, há sempre um cermo de maior imporcância semâncica, que funciona como núcleo da função.

CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO a) Simples: quando tem um só núcleo. su1e1to

predicado

Ana

atualizava seus conhecimentos.

t sujeito

predicado

b) Composto: quando tem mais de um núcleo.

O mato crescia irregu . r.

! núcleo

sujeito

predicado

Bois, vacas, ezerros

!

!

!

n1

n2

n3

O verbo e o sujeico escão, em geral, concordando entre si

Os gatos vadios dominavam os becos. sujeito

verbo

L

andavam juntos.

sujeito

predicado

(Nós)

já nascemos bastante carimbados.

sujeito

predicado

(Tu)

Não porás mordaça ao home.rn.

concordam _J

Nesses casos, o sujeiro é simples, porém escá subentendido no verbo.

Em um grande número de orações, o sujeiw pode ser trocado por um dos seguinres pronomes: ele, ela, eles, elas.

SUJEITO INDETERMINADO

Milhares de abelhas invadiram a cidade.

Quando a afirmação expressa pelo predicado

Elas invadiram a cidade.

repousa num elcmemo que não pode ser dccerminado dentro de um conjumo. Há, cm ponuguês, duas maneiras de se indeterminar o sujeito:

sujeito

SUJEITO DETERMINADO Quando a informação do predicado repousa

a) Com verbo na 3ª pessoa do plural sem su-

num elemenro que pode ser facilmem e decerminado. sujeito

Júlia, Víctor e Clara

na oração, mas é possível determiná-lo por meio da desinência verbal.

Ca racterísticas do Sujeito

!

predicado

c) Desinencial: quando não vem expresso

an avam mistura os.

!

sujeito

jeito expresso.

predicado suieito

Um touro vivia copulando à vista de todos.

predicado

Mataram o meu amigo.

131


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

b) C om o verbo na 3ª pessoa do singular mais

Observe que, nas duas frases, o sujeito é o

partícula SE (índice de inde[erminaçáo do

mesmo: o plano. Na voz passiva pronominal, o

sujeiw).

SE indica que o sujeito recebe a ação, caracterizando uma voz passiva, por isso é denominado

sujeito

predicado

)

Precisa-se do apoio de todos.

pronome apassivador.

Uma pergunta: se na frase Divulgou-se o pla-

no, uocássemos o sujeira por os planos, o que deveria acomecer na forma verbal divulgou? Por quê? A resposta: a forma verbal [Cria que ser colocada no plural, porque o sujeito e o verbo devem estar sempre concordando. A frase ficaria, então, assim:

'1

Muitas vezes, temos o verbo na terceira pessoa do singular mais a partícula SE e o sujeito será determinado, estando presente na oração. Existem, na língua portuguesa, duas construções bastante semelhantes no que se refere à fanção da palavra SE. A palavra SEfunciona, na voz passiva pronomina~ como pronome apassivador. Nesse caso, haverá sujeito expresso na frase.

pronome apassivador

t

Divulgaram-se os planos.

!

!

su1e1to verbo "'-concordam /

Outra perguma: como ficaria essa nova frase na voz passiva analítica? Ela ficaria assim:

O SE também pode exercer a fançáo de

Os planos foram divulgados.

índice de indeterminação do s11jeito.

!

'---------------------------------------;

sujeito

SE como pronome apassivador SE como índice de indeterminação do sujeito

O SE terá essa função quando aparecer ligado a um verbo na 3ª pessoa (do sing. ou pi.) e a oração admi[ir a uansformaçáo para a voz passi-

A palavra SE terá essa função quando ela apa-

va analítica, isto é, para a voz passiva com dois

recer ligada a um verbo (sempre na Y1 pessoa do

verbos (verbo ser ou estar + verbo principal no

singular) cm frases que não admitem a transfor-

panicíp io).

mação para a voz passiva analítica.

Divulgouverbo

se o plano. O plano ._

Q).g

g~

el Q.~

sujeito

sujeito

foi

.....

"ª~ ~~

divulgado. verbo prindpal

Concordou

-se

com o plano.

verbo na 3• pessoa dosmgular

índice de indeterminação do sujeito

objeto indireto

Essa frase nos diz que houve alguém, que não sabemos quem é (portanto, sujeiw indeterminado), que concordou com o plano.

732


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO Observe que a rransformação para a voz pas-

b) Com os verbos FAZER, SER, ESTAR com referência e tempo.

siva analítica resultará em uma frase sem sentido, que não é gramarica lmente aceita:

Com os planos foram concordados. (frase inaceitável)

sujeito

predicado

0

Faz dois anos que estive aq1ti.

Em geral (não sempre), o que impede a rransformação da frase para a passiva analítica é uma preposição (no exemplo, a preposição com).

'V

Esquematizando essas duas funções do SE:

SUJeÍtO

predicado

0

já é tarde.

Dada a frase em que se quer determinar a função do SE e/ou o sujeito, observe o seguin te:

A FRASE ADMITE A TRANSFORMAÇÃO PARA A PASSIVA ANALITICA?

SIM:

NÃO:

Então SE é pronome apassivador e o sujeito está escrito na frase.

Então SE é índice de indeterminação do sujeito e o sujeito classifica-se como indeterminado.

sujeito

predicado

0

Está frio em São Paulo.

c) Com os verbos que exprimem fenômenos nacurais.

SUJEITO INEXISTENTE (ORAÇÃO SEM SUJE ITO)

sujeito

predicado

0

Choveu muito em São Paulo.

Há, em português, enunciados onde ocorre apenas a informação veicu lada pelo predicado,

sujeito

predicado

sem que esta se refira especificamente a um su-

0

Anoiteceu rapidamente.

jeito. Dizemos, então, que se trata de uma oração sem sujeito, ou que o sujeito é inexistente. Ocorre sujeito inexistente nos seguintes casos: a) Com o verbo HAVER no sentido de existir

Quando temos orações sem su;eito, dizemos que o verbo de tais orações é IMPESSOAL.

ou com referência a tempo.

suieito

predicado

0

Havia muitos alunos na classe.

Os verbos impessoais em geral devem ficar na terceira pessoa do singular. Assim, não se diz: Haviam muitas leis. Fazem dois anos.

Corrija-se para: sujeito

predicado

0

Há dois anos estive aqui.

Havia muitas leis. Faz dois anos.

133


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

PREDICAÇÃO VERBAL

Oferecemos flores VTD 1

A predicação verbal trata do modo pelo qual

a

urnrt dama neurótica.

comp. si prep. prep.

compl. e/ prep.

os verbos formam o predicado, isro é, se exigem ou não cornplcmenros. Quando à predicação ver-

De Ligação

bal, os verbos classificam-se cm:

São aqueles que, não rendo conrcúdo próprio, servem apenas como elemento de ligação entre o sujeira e um atribum do sujeira (predicativo).

Intransitivos São verbos que não reclamam complemento e,

Ela

em

feliz.

sujeito

VL

atributo do sujeito (predicativo)

por isso, podem constituir sozinhos o predicativo.

w

1

su1e1to

predicado

José

morreu.

TERMOS QUE SE REFEREM AO VERBO • Objeto direto •Objeto indireto

Em geral, aparecem em frases com adjuncos

• Adjunto adverbial

adverbiais.

•Agente da passiva

Objeto direto É um termo da oração que se liga a um verbo

Transitivos São verbos que, por não possuírem sencido

(transitivo direto ou bitransitivo) sem preposição

complero, exigem um complemento e, por isso,

obrigatória, completando-lhe o senrido.

não conseguem sozinhos constiu1ir o predicado. Os verbos transitivos subdividem-se cm:

Elrt

j comprou

sujeito

VTD

101 balas. prep

OD

a) Transitivos diretos: quando exigem complcmenco sem preposição obrigatória.

Marirt

comprou

sujeito

VTD

brmrmas.

Objeto indireto É o termo da oração que se liga a um verbo

prep. complemento

(transitivo indirero ou bitransitivo) por meio de

0

preposição obrigatória, completando-lhe o sentido.

b) Transitivos indiretos:

quando exigem

Ele

complemenco com preposição obrigatória.

José

gosta

sujeito

VTI

VTI

suieito

de Maria Bonita. prep.

pensalJfl em Maria Bonita. prep.

OI

Adjunto Adverbial É o termo da oração que se liga a um verbo

complemento

com ou sem preposição, para indicar uma cir-

c) Transitivos diretos e indiretos (ou bitransitivos): quando exigem dois complemen-

cunstância.

O rapaz morreu em casa.

ros: um sem, e outro com preposição obrigatória.

suieito

134

VI

ad~


FLÁVIA RITA COUTINHO SA~MENTO Agente da Passiva Os alunos,

É o termo da oração que sempre se refere a um verbo passivo por meio de preposição para indicar o elemento que executa ação verbal. Ele

1

sujeito

ninguém sujeito

os

1

viu.

1

OD plen.

VTD

A mim, 01

foi amado 1 por verbo passivo

l

OD

Maria.

1

prep.

agente da passiva

Só admite as preposições por, de, pelo (e variações) .

Objeto Diret o Preposicionado O objeto direto é o termo da oração que com-

Adjunto Adverb ial O adjunto adverbial liga-se a um verb o exprimindo uma circunstância. Alguma vezes, o adjunto adverbial pode estar ligado a um adjetivo ou a um advérbio.

pleta o sentido de um verbo transitivo sem preposição obrigatória. Algumas vezes, no enranro,

\lt

o objeto direto poderá vir antecipado de preposição. Nesses casos, a preposição não é exigida pelo

Maria 1 ~ 1 muito

estudiosa.

v. hg.

adjetivo

adj. adv.

verbo.

\lt Os amigos 1 convidam sujeito

a

1

VTD

mim.

1

prep.

Maria 1 fala

OD prep

VI

t Os amigos !convidaram l o sujeito

VTD

1

muito adj. adv.

1

bem. advérbio 1

aluno.

prep.

OD

São inúmeras as circunstâncias que o adjunto adverbial pode indicar. Vejamos as mais comuns:

Verifique que, se tivéssemos objeto indireto, a preposição não desapareceria, pois é exigida pelo

Moro em B elo Horizonte. (lugar)

verbo.

Cheguei cedo. (tempo)

Os amigos se referiam Os amigos se referiam

a

mim.

a

ela.

Os amigos se referiram

a

pessoas especiais.

sujeito

1

VTI

prep.

Falava sobre futebol. (assunto) Cortou-se com a faca. (instrumento)

01

Falava bem. (modo) Falava muito. (intensidade)

Objeto Pleonástico Muitas vezes, por questão de ênfase, anteci-

Morreu de fo m e. (causa)

pamos o objeto, colocando-o no início da frase Estudou p a ra a p 1·o va . (fim)

e depois o repetimos por meio de um pronome oblíquo. A este objeto repetido, dá-se o nome de objeto pleonástico.

135


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS Nas orações cm que h<i sujeico, o predicado é o

DICAS GERAIS DE PREDICAÇÃO

V V

Nem codo verbo intransitivo cem sentido

que se declara a respeico desse sujeira. Com exceção do vocativo, que é um termo ~t

compleco.

pane, mdo o que difere do sujeico numa oração é

Perguntas direcionadas ao verbo nem sempre

o seu predicado.

são suficientes para idenrificar sua cransitivi-

Os homens {sujeito) pedern amor às mulheres (predicado).

dade (use passiva ou outros recursos).

V

Ser, esrar, permanecer, etc., nem sempre são

Passou-me (predicado) uma ideia estranha (sujeiw) pelo pensamento (predicado).

de ligação. Serão de ligação sempre que houver predicativo do sujeito.

V

V

Para o esrudo do predicado, é necessário veri-

Nem rodo termo preposicionado é objeco in-

ficar se seu nt'.icleo está num nome ou num ver-

dircco. Considere a possibil idade de ser adjun-

bo. Deve-se considerar rambém se as palavras que

to adverbial, complemento nominal ou outro

formam o predicado referem-se apenas ao verbo

terno de nacureza preposicionada.

ou também ao sujeico da oração.

A análise sintática deve ser iniciada pelos ad-

Os homens sensíveis (sujeito) pedem amor sincero às mulheres de opinião.

ju111os adverbiais, evitando-se, assim, confundi-los com objecos indiretos.

V V

O predicado acima apresenta apenas uma

Se o verbo esciver seguido exclusivamente de

palavra que se refere ao sujeito: pedem. As de-

adjuncos adverbiais, ele será intransitivo.

mais palavras ligam-se direta ou indireramenrc

Preclicacivo n ão é exclusivo de verbo de liga-

ao verbo.

ção. Pode acompanhar qualquer verbo e pode

A existência {sujeito) é frágil (predicado).

se referir canto ao sujeilO quanto ao objeto.

V

O nome frdgil, por intermédio do verbo, reA predicação/cransicividade de um verbo pode

fere-se ao sujeito da oração. O verbo atua como

variar em função do contexco.

clemenco de ligação entre o sujeita e a palavra a ele relacionada. O predicado verbal é aquele que tem como núcleo significativo um verbo.

CLASSIFICAÇÃO DO PREDICADO

Chove muito nesra época do ano. Senti seu roque suave.

O predicado é o conjunto de enunciados que, numa dada oração, conrém uma informação nova

O velho prédio foi demolido.

para o o uvinte. Os verbos acima são sign ificativos, isto é, náo

Nas orações sem sujeico, o predicado simples-

servem apenas para indicar o estado do sujcico,

mcnre enuncia um faco qualquer.

mas indicam processos.

Chove rnuito nestn época do nno.

O predicado nominal é aquele que tem como

Houve problernns na reunião.

núcleo significativo um nome; esse nome arribui

136


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO uma qualidade ou esrado ao sujeira, por isso é

TERMOS QUE SE REFEREM AO NOME

chamado de predicarivo do sujeira. O predicarivo é um nome que se liga a ourro nome da oração

•Adjunto adnominal

por meio de um verbo. • Complemento nominal

Nos predicados nominais, o verbo não é significarivo, isra é, não indica um processo. O verbo

• Predicativo

une o sujeira ao predicativo, indicando circuns-

•Aposto

râncias referentes ao estado do sujeito. Elt, é senhor das suas mãos e das ferramentas.

Adjunto Adnominal É o termo da oração que se liga a um nome,

Na frase acima, o verbo ser poderia ser subsriruído por estar, andar, fiem~ parecer, permane-

sem mediação de verbo a fim de determiná-lo ou caracterizá-lo.

cer ou continuar, aruando como elemento de

~ttlt~

ligação enrre o sujeito e as palavras a ele relacionadas.

Aqueles dois tristes meninos estudiosos saíram.

A função de predicarivo é exercida normal-

A Adn.

AMn. A Adn.

A Adn.

menre por um adjerivo ou substantivo.

O adjunto adnom inal pode ser represenrado

O predicado verbo-nominal é aquele que apresenra dois núcleos significarivos: um verbo e

por:

um nome. No predicado verbo-nom inal, o pre-

• arrigo

dicativo pode referir-se ao sujeira ou ao comple-

t

1

menra verbal.

O 1menino 1 saiu. AAdn.

O verbo do predicado verbo-nominal é sempre significativo, indicando processos. É também

• numeral

t

sempre por intermédio do verbo que o predicati-

Dois meninos saíram.

vo se relaciona com o rermo a que se refere.

AAdn.

O dia amanheceu ensolarado. • pronome adjerivo As mulheres julgam os homens inconstantes.

t Aque/.es meninos saíram.

No primeiro exemplo, o verbo amanhecer

A Adn.

apresenra duas funções: a de verbo significativo e a de verbo de ligação. Esse predicado poderia ser

• adjerivos

t

desdobrado em dois, um verbal e outro nominal.

Meninos tristes saíram.

O dia amanheceu.

AAdn.

O dia estava ensolarado.

• locuções adjerivas

t

No segundo exemplo, é o verbo julgar que re-

Meninos do interior saíram.

laciona o complemenro homens como o predica-

A Adn.

tivo inconstantes.

137


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

• Palavras que completam advérbios só podem ser complemenro nominal.

Complemento Nominal É o termo da oração que se liga a um nome sempre por meio de preposição obrigarória, a fim de completar-lhe o sentido. Podemos dizer que o complemenco nom inal é o objeco do nome cransilivo.

Amor de miie é bom. Amor: substantivo abscraco; prep. "de"; a nacureza é ariva - a mãe csrá amando. Enráo, o rermo desracado não é complemenro nominal, é adjunto adnominal, pois rem natureza aciva.

~

A resposta Nome

ao professor foí sfttísfotória. Prep.

CN

Amor à mrie é bom. . absrraco; prep. ",, A mor: subsrannvo a ; nacu-

NÃO CONFUNDA ADJUNTO ADNOMINAL COM COMPLEMENTO NOMINAL Complemento nominal • Completa nomes cransicivos (subscamivos abscracos, adjetivos ou advérbios). • Subscancivo abscraco: senrimenco, ação, qualidade ou estado. Os sencimcnros e as ações têm uma maior probabilidade de pedirem complemento. • É obrigacoriamenre preposicionado. • Quando se refere a um subscanrivo abscraco, cem nacureza passiva.

reza passiva - a mãe está sendo amada. Então, o termo é complemenco nominal, pois cem nacureza passiva. Adjunto adnominal • Acompanha subsranrivos abstraros ou concrecos. • Pode ser representado por arcigos, pronomes, numerais, adjetivos ou locuções adjetivas. • Quando se refere a um substantivo abstrato, cem natureza ativa. As duas últimas casfls de José eram bonítas.

O medo da morte ftproxima flS pessoas.

As palavras destacadas funcionam como adjunros adnominais do vocábulo CASA, que é um substantivo concreto.

Medo: subscanrivo abscrarn; da morre: prep. "de,, ; cem natureza passiva . (a morte e' remi. da). É complemento nom inal.

EXPLICANDO •••

Isso é favorável flO país.

A crítica do diretor foi severa.

Favorável: adjetivo; preposição "ao"; ao país: complememo nominal.

Nesse caso, crítica é um subscancivo abstrato e o cermo ligado a ele sugere uma noção ativa. Então, do diretor é adjunro adnominal.

• Palavras q ue complecam adjetivos só podem sei complemencos nominais.

A crítica ao diretor foi severa. Nesse caso, o diretor foi criticado, reforçando a nacureza passiva do termo. Logo, trata-se de um complemenro nominal.

Agiu contrarimnente rt seus princípios. Concrariameme: advérbio; prep. "a"; a seus princípios: complemcnco nominal.

138


FLÁVIA RITA COUTINHO SMMENTO

Predicativo É o termo da oração que se refere a um nome

Vocativo O vocativo consticui um termo isolado da oração por não se articular a nenhum ourro. Por-

sempre por meio do verbo (de ligação ou não), a fim de caracterizá-lo. O pred icativo pode ser:

tanto, o vocativo não se refere ao sujeico, nem ao predicado.

a) predicativo do sujeito: liga-se a um nome

Trara-se de um chamam ento, direcionado ao ouvinte da frase.

(que sintaticamente funcio na como sujeico) por meio de verbo (de ligação ou não), a fim de caracterizá-lo.

Esse termo vem semp re isolado por sinais de pontuação.

Caros eleitores, votem com consciência.

t A terra sujeito

é

redonda.

Prezados concursandos, estudem!

v. lig pred. suj.

Vai, Carlos, viver a vida!

t

1

Ele

!morreu 1 feliz.

sujeito

v. int.

pred. suj.

b) predicativo do objeto: liga-se a um nome (objeto) por meio de verbo, a fim de caracterizá- lo.

t O ingrato deixou sujeito

VTD

a

t

l

rica Marília

pobre.

OD

PO

PERÍODO COMPOSTO j : Consriru ído por mais de uma oração.

1

Cheguei a casa, mas não me demorei, porque recebi um chamado urgente.

l ª oração: Cheguei a casa, 2 ª oração: mas não me demorei, 3ª oração: porque recebi um chamado urgente.

Observação: O predicativo do objeto pode vir ames ou depois do objeco.

ATENÇÃO! DIVIDA CORRETAMENTE! Na divisão das orações de um período, é necessário atentar para o seguinte:

Aposto O aposco é o termo da oração que se refere a um nome com função de explicá-lo, esclarecê-lo, identificá-lo. Normalmente, o aposco vem separado por vírgulas.

1 - marcar os verbos, as locuções verbais, as formas nominais do verbo (gerúndio, infi nitivo,

particípio), os co necüvos (conjunções, pronomes relativos) ;

t José,

2 - arenrar-se para os sinais de pontuação; o pipoqueiro, nunca jogou bola.

3 - observar o sentido de cada oração;

aposto

4 - pôr os marcos de separação. 139


PORTUGUfS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Assim, sáo independentes, por cerem, cada

Voltando tto escritório, / A!drio ficou olhando pnm o quadro/ qu.e tllnto problem11 lhe causara.

uma, senrido próprio. Podemos dizer que as orações são independentes, ou seja coordenadas enm.: si; sendo o período,

1ª o ração: Voltando no escritório, (verbo reduzi-

porcanto, composto por coordenação.

do, em lug11r de conectivo} 2ª oração: Mário ficou olhando para o quadro

As orações de um período composto por coor-

(sem conectivo e com locução verb11l}

denação podem ser: Assindéticas - sem conjunção. Sindéticas - com conjunção.

3ª oração: que tanto problema lhe causara. (conz

conectivo e verbo)

O período pode ser composco por

coordenação subordinação coordenação e subordinação.

Vim, vi e venci. As orações "vim" e "vi,, esLáo colocadas lado a lado sem nenhuma conjunção as ligando. São assindéticas. A terceira oração "e venci" está ligada a anrerior pela conjunção e. Nesse caso, ela é chamada sindética.

PERÍODO COMPOSTO PO R COORDENAÇÃO

Está frio; você deve ogas11lhnr-se.

As orações que dele fazem parce são in dependentes (cada uma cem sentido próprio com estrutura sinrácica completa).

As duas orações do período estão justapostas, colocadas lado a lado sem conjunção que as ligue. São coordenadas assindéticas.

O automóvel corre, a lembrança mon·e, o suor escon·e e molha a calçada... Vejamos a distribuição das orações do período acima:

Estd frio; você deve ngmalhar-se, pois. A primeira oração apresenta-se sem conjunção: coordenada assindética. A segunda oração rraz a conjunção pois, embora deslocada: coordenada sindética.

1ª oração: o automóvel corre, 2ª oração: 11 lembrança morre, 3ª oração: o suor escorre

4a oração: e molh11 a calçndtt... D iferen ça entre.frase optativa e frase imperativa:

O período é formado por 4 orações. Cada uma delas pode, por si, consciruir oucro período, chamado período simples, comendo oração com esrrumra sinrácica completa (sujeico e predicado).

Sé maldito! (imperativo /sugere ordem) Maldito sejns! (optativa - subjuntivo/ sugere desejo): [=

140

Que sejas maldito!]


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO Ouvi, todavia não comüreendi. i Tomei cuidado, não obstante caí.

• As orações coordenadas se apresentam com verbo no imperativo ou indicativo. Não apre-

Fui ao banco, entretanto não fiz o saque.

sentam verbo no subjuntivo, exceto quando

Corri, contudo não alcancei o ônibuJ.

a coordenação é feita entre as orações optativas.

O jogo estava bom; os torcedores. porém. vaiaram os jogadores.

Bons ventos o levem e melhores ventos o tragam.

k conjunções e e mas podem apa recer urna no lugar da outra.

coordenada assindética coordenada sindética ad itiva

Acendi o cigarro, e não fumei. (= mas não o fumei: sindética adverstltiva)

As coordenadas sindéticas dividem-se, de acordo com o sentido e com as conjunções que

Acendi o cigarro mas fumei-o devagar.

as ligam, em:

(=

Aditivas Sentido: exprimem em relação à oração anterior uma ideia de adição. (Exprimem soma de pensamentos.) Conjunções: e, nem (=não), como também, mas também, também, bem como, que (entre verbo repetido), mas ainda ...

e fumei-o devagar: sindética aditiva)

Alternativas Sentido: expressam em relação à oração anterior uma ideia de alternância ou de escolha. (Exprimem pensamentos q ue se excluem ou se alternam.) Conjunções: ou, ou... ou, nem ... nem, quer... quer, ora... ora, seja ... seja...

Pedro entrou e ufoi dormir.

Ora xinga, ora elogia.

O médico não veio, nem me telefonou. u

Corra ou não alcançará o trem.

Não só é vaidosa, mas também inconveniente.

Pedro nem diz sim nem diz não, estd sempre em cima do muro.

A água escorre que escorre.

A conjunção nem (adiriva) aparece apenas uma vez e tem o senrido de e não; a conjunção nem ... nem (alternativa) aparece repetida - uma em cada oração. Maurício não estud.a nem trabalha. ( = e não trabalha: aditiva)

Adversativas Sentido: expressam pensamentos que se opõem, que contrastam com o anterior. (Exprimem pensamentos opostos.) Conjunções: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, senão, não obstante, no en-

Maurício nem estuda nem trabalha.

tanto ...

( = repetida: alternativa)

141


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

por coneccor. Noca-se, porém, que há, enrre elas, uma relação de oposição, ainda que não haja conector. As orações coordenadas assindéricas podem ser separadas por vírgula, ponto e vírgula ou dois-pontos, conforme a siruaçáo discursiva e o ripo de relação que se deseja escabelecer.

C onclusivas Sencido: expressam pensamento que encer-

r:1 uma conclusão acerca da oração ancer or. (Exprimem uma conclusão.) Conjunções: logo, portanto, por consegu inte, pois (após o verbo), por isso, assim, desse modo, encáo, dessa forma ...

Brigam nuúto: querem o divórcio.

\'ácê é meu amigo; deve, pois. ajudnr-me.

(valor conclusivo)

Ganho pouco, logo devo economizm: Ouviu um barulho, levantou-se, 11âo em 11rtdt1.

O ingresso estrí muito caro, por isso niio vou assistir no show.

(valores conclusivo e adversativo, respectivamente)

Explicativas Sentido: expressam pcnsamenro que explica, juscifica o anterior. (Explicam, esclarecem.) Conjunções: pois (ances do verbo), porque, que, porquanto .. .

PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO

As orações que dele fazem parre são dependentes (= interagem sintaricamente entre si). Não sei como perdi o relógio. Vejamos a disrribuiçáo das orações <lo período acima:

Não pise a grflmtl, que éproibido. Alegra-te, porque vamos njudrí-lo. Nâo dt>sarrume a casa, pois sua rniíe detesta isso. emprt:gada anres do verbo, inrroduz oração sindética explicariva (=porque).

l ª oração: Não sei

A conjunção pois

2ª oração: como perdi o relógio. empregada após o verbo, inrroduL oração sindérica condmi,·a (= porcanro).

As orações coordenadas assindéricas não são introduzidas por coneccor, mas guardam entre si uma relação semâncica. Uns querem rl paz; outros querem n guerra. As duas orações que compõem o período são assindéticas, pois nenhuma delas é introduzida

142

O período é formado por duas orações. A primeira oração imerfcrc sintat icamenre na segunda assim: O verbo saber da primeira oração é cransirivo direro, rendo seu sentido complcmenrado pela segunda oração que exerce, portanto, a função de objero direto. Daí, o período ser composto por subordinação, por possuir oração dcpendeme. Todo período composto por subordinação possui, basicamente, dois tipos de orações:


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

•Principal

ORAÇÃO SUBORDINADA a) Subscantiva

•Subordinada

b) Adjetiva

Características da Oraç:áo Subordinada a) Apresenta conectivo ou contém verbo em forma reduzida.

c) Adverbial

b) Exerce função sintática na principal. Convém aparecer tendo folga.

As orações subordinadas podem ser desenvolvidas ou reduzidas.

O período apresenta crês orações:

1ª oração: Convém: principal. 2ª oração: aparecer: subordinada, reduzida de infinitivo - apresenta forma verbal no infinitivo e exerce a função de sujeito.

ORAÇÃO PRINCIPAL

3ª oração: tendo folga: subordinada, reduzida de gerúndio - apresenta forma verbal no gerúndio, exerce a função de adjunto adverbial

É a que tem um de seus termos em forma de oração.

de tempo.

Características da Oraç:áo Principal _ a) E m geral , nao apresenta conectivo

l

conjunção

As duas subordinadas podem apresentar-se desenvolvidas (com conectivo).

l . pronome re anvo

Convém que apareça / quando tiver folga.

As orações subordinadas, conforme a fu nção que desempenham, classificam-se em:

de gerúndio (ndo)

a) substantivas b) Não contém verbo em forma reduzida

de parricípio (do, go, to, so)

b) adjetivas c) adverbiais

de infinicivo (r)

ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA

O verbo da oração principal, em geral, escá no indicativo.

Exerce a função desempenhada por um substantivo e subdivide-se em: • subjetiva • objetiva: direca ou indireta • completiva nominal • predicativa

Desconfio de que você perderá seu lugm: Desconfio: oração principal - sem conjunção, sem forma verbal reduzida - o verbo está empregado no presente do indicativo.

• aposiriva • agente da passiva

143


GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

Ntío se sabe se ela chegou.

As orações subordinadas substantivas objetivas diretas, objetivas indiretas e predicativas ligam-se ao verbo da principal ou da oração anterior. Esp ero ............. N ecessito ~e.:.... Meu dese;o e ....

Sei que ele chegou.

l

N unca se soube como ele fugiu. Ntío sabemos quando ela voltou.

que voltes logo.

Não descobri oude ele se escondeu.

As orações subordinadas substantivas com-

FUNÇÃO SINTÁTICA DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

pletivas nom inais e apositivas ligam-se ao nome da prmcipal ou da oração ancerior.

• Subjetiva - cem função de sujeito.

Tenho receio de que me demmcies.

f; preciso que estudenws.

Não quero isto: que me denuncies.

[=Nosso estudo é preciso. (sujeico)]

As orações subordinadas subscanrivas subjetivas canco podem liga r-se ao verbo quamo ao nome da principal ou da oração anterior.

• Objetiva direta - exerce a função de objeto dfreto.

Convém que regresses logo.

"Confesso que me emocionei ... " [= Confesso minha emoção... (objeLO direto)]

É meu desejo que regresses logo.

• O bjetiva indireta - exerce a função de objeto indireto.

Exercem a função desempenhada por um subscancivo.

Ele necessita de que o ajudes. [= Ele necessita de tua ajuda. (objeto indireto)]

OBJETIVA DIRETA OBJETIVA INDIRETA

• Predicativa - exerce a fu nção de predicativo.

PREDICATIVA

A verdade é que minha mãe era cândida.

SUBJETIVA

[=A verdade é a candura de m inha miie. {pred icacivo do sujeito)]

! COMPL NOMINAL 1

APOSITIVA

• Completiva nominal - fun ção de compl.emento nominal

1

1

Todos estavmn convictos de que seria aprovado.

[= Todos estavam convictos de sua aprovrzçáo. (com plemenro nominal)] • Apositiva - exerce a função de aposto.

Qualquer oração subordinada substanciva pode ser incroduzida por conjunção incegrante {q ue, se), por pronome indefinido {que, quem, quanto, qual) ou por advérbio inter1 roga ivo {onde, quando, como, por que, para q u e).

Ela declarou apenas isto: que lutará até o fim. [= Ela declarou apenas isco: a luta até o fim. (aposto)]

144


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES SUBSTANTIVAS

Ficou claro Parece evidente Era duvidoso

l

que você vü-ia cedo.

Subordinada Substantiva Subjetiva Exerce a função de suj eiLo da oração anterior.

É certo que ele regresse logo. 1• oração:

2• oração:

contem sóo predicado

serve corno sujeito da 1• oração (o regresso de/e logo)

principal

subjetiva

Como reconhecer a suborcünada substantiva subjetiva: O verbo da oração principal ou da oração amerior

b) l--0z • Passiva sintética: (verbo na 3ª pessoa + se) Sabe-se, conta-se, dir-se-ia, pede-se, diz-se... • Passiva analítica: (verbo ser, estar + pan. passado) .

Sabe-se Ficou provado Dir-se-ia

que José não sabe ler.

e) Verbos unipessoais: usados só na 3ª pessoa do singular.

aparece na 3ª pessoa do singular e não admire sujeito

• de conveniência: convém, cumpre, inporca ... •de ocorrência: ocorre, aconcecc, sucede .. . • de efeito moral: apraz, agrada, satisfaz.. . • de dúvida: parece, consca, corre ...

dentro da própria oração em que ele está.

Não se sabe quem quebrou as vidraças. A oração "Niio se sr1be" não aceita que se lhe coloque como sujeito o pronome ele, pois

]

fica sem sen-

rido. Isso porque o seu sujciro está rcpresemado pela oração seguinte: "quem quebrou as vidraças': que é a subordinada substantiva subjetiva.

Urge Importa Apraz

] que você estude mais.

Aconteceu Parece Consta

] que ele 11áo disse nada.

A oração subordinada subsramiva subjetiva é in-

l

troduzida pelas seguimcs cscrucuras: a) Predicado nominal b) Voz passiva c) Verbos unipessoais

+ subordinada

subsranriva (subjetiva)

Substantiva Objetiva Direta Exerce função de objeto direco da oração anrerior.

Marcos afirmou que voltaria dia dezoito.

a) Predicado nominal (com verbo na 3ª pessoa do singular). • Verbos ser, estar, ficar, mais adjetivo ou subs-

1ª oração: contém sujeito e verbo TD principal

tantivo: é bom, é fato, é verdade, ficou cla-

ro, parece óbvio ...

145

2• oração: serve corno objeto direto da 1• oração (sua volta dia dezo.to) objetiva direta


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOSPARA CONCURSOS PÚB LICOS

DIFERENÇA ENTRE A SUBJETIVA E A OBJETIVA DIRETA Subordinada Substantiva Subjetiva: a oração anterior aparece na 3ª pessoa do singular e não aceita sujeito.

Quero que você colabore. (=Eu quero a sua colaboração) (sujeito)

(objeto direto de querer)

Nós verificamos quantos alunos faltaram.

Pede-se que você colabore.

(sujeito)

A oração Pede-se tem o verbo na 3ª pessoa do singular e não aceita como sujeito o pronome ele, porque fica sem sentido. (Ele pede-se que você colabore). [?] Daí, a oração seguinte que você colabore exe1 cera função de sujeito, com o nome de subs-

(objeto direto de verificar)

Ele não sabe se há dinheiro em caixa. (sujeito)

(objeto direto de saber)

(*) Peço-lhe que não falte ao nosso encontro. sujeito: eu

(*)Avisaram-nos que haverá prova amanhã.

tantiva subjetiva.

sujeito indeterminado

Subordinada Substantiva Objetiva Direta: a oraç:ão anterior aparece com verbo em qualquer pessoa e aceita sujeito dentro da própria oração.

(*) Diga-me quem provocou o quebra-quebra. sujeito: você objeto indireto: me objeto direto: quem provocou o quebra-quebra

('1 VERBO TDI

A oração subordinada subsranriva objetiva direra serve de complemcnro {OD) do verbo transitivo direto e do verbo transitivo dircro e indirero da oração amerior.

A oração subordinada substantiva objetiva indireta fun ciona como objeto indireto do verbo transitivo indireto ou transitivo direto e indireto da oração anterior.

Espero que traga o livro amanhã. TD OD

Preciso de que me elogiem.

Peço-lhe que traga o livro amanhã. TDI 01 OD

Anseio por que passem.

Gosto de que me elogiem.

Lembrei-me de que já o vira.

Subordinada Substantiva Objetiva Indireta Funciona como objeto indireto da oração anterior. Nem sempre vem preposicionad.a.

Avisei-os de que não haverá reunião.

Subordinada Substantiva Completiva Nominal Exerce a função de complemento nominal da anterior. Aparece sempre com preposição.

M'cessito de que consertes meu televisor. 1·• oração: cor tém sujeito f verbo TI principal

2• oração: serve como objeto indireto da 1ª oração (do conserto do meu televisor) objetiva indireta

Tinha medo de que me punissem.

A oração substantiva completiva nominal completa o sentido de um nome (substantivo abstra-

A preposição pode vir subentendida.

146


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO to, adjetivo, advérbio) contido na oração anrerior.

Seu desespero era que o gato morria.

Recebi notícias de que ela voltará breve.

Sua alegria seria que o irmão sarasse logo.

Fiquei com receio de que chovesse. Você era digno de que o demitissem.

Subordinada Substantiva Apositiva Exerce função de aposto da oração anrerior. A substantiva apositiva aparece, normalmenrc, depois de nome com dois pontos (ou vírgula) .

Estou certo de que choverá. Estavam ansiosos por que chegasse.

Contou-me algo horrível: que Ana se casaria. N ão confondir completiva nominal com objetiva indireta. • Completiva nominal: compleca nome (adjetivo, substantivo abstrato, advérbio) . Aparece neste esquema:

1ª oração: o objeto direto está com o sentido truncado

2ª oração: desenvolve o sentido do objeto direto da 1ª oração

Oração principal

Apositiva

Ela pediu-me isto: que o avisasse de tu do. Peço-te um favor: que não rne denuncies.

nome + preposição + completiva nominal.

A necessidade da empresa é uma só: que trabalhem duro.

Estou certo de que as coisas irão melhorar. Não há certeza sobre quem recairá a culpa. Estou desejoso de que você consiga o cargo de gerente.

Verbo na 3ª pessoa do singular + se em orações subst antivas.

• Objetiva indireta: completa verbo transitivo indireto. Apresenta-se neste esquema:

1)

oração anterior contém se (pron.) e verbo sem preposição

verbo + preposição + objetiva indireta. Necessitamos de quem seja digirador. Nada obsta a que você saia agora.

,, _______________________________________

anteposto ao verbo ou posposto e ligado ao verbo pelo hífen

;

Subordinada Substantiva Predicativa Exerce a função de predicativo da oração anrerior. É introduzida pelo verbo ser, ou outro verbo de ligação.

~"'11~ substantiva subjetiva

A verdade é que não descontamos o ch eque. 1ª oração: contém sujeito e verbo ser

2ª oração: serve de predicativo(= o não desconto do cheque) da 1" oração

Oração principal

Predicativa

oração seguin te é substantiva subjetiva

Não mais se fala que você era o culpado. Falava-se que ele era o culpado. Não se espera que o comércio venda bem.

O melhor será que estudem mais.

Pede-se que se faça silêncio.

747


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMATICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

• A oração principal traz verbos transitivos direros na voz passiva sintética.

3)

oração anterior contém se (p ron.) e verbo com p reposição

• Não aceita sujeiro, pois a oração seguinte é o seu sujeiro.

oração seguinre é substantiva objetiva indireta

• A partícula SE ligada ao verbo é pronome apassivador; se

•A oração seguinte é substantiva subjetiva.

anteposto ou

l

posposto

4iiil~

Não se sabe se ele chegou . subjetiva

substantiva objetiva indireta Sabe-se que ele chegou . subjetiva

Não se lembra de que ele era o culpado? Precisa-se de quem renha experiência.

2)

Esqueça-se de quem lhe disse isso.

oração anterior contém se (conj.) e verbo sem p rep osição

oração seguince é substantiva objetiva direta

• A oração principal

traz

verbo transitivo indireto

na voz ativa.

• O pronome se é índice de indeterminação do se posposto ao verbo sem csrar a ele ligado por hífen

sujeito ou parte integrante do vcrdo.

• A oração seguinte é substantiva objetiva indireta.

4"'11,..... substantiva objetiva direta

Verbo na 3° pessoa do singular

+ outro pronome (que não o SE)

Falava se você era o culpado.

em orações substant ivas.

Ninguém mais fala se ela fugiu. Você sabe se ele chegou?

1)

Desconheço se há alguém a par do aconcecido.

oração anterior contém pronome e verbo sem p reposição

• A oração anterior de cada período traz verbo rra r..sici vo direto.

anteposto pronome ou

l

• Cada oração anterior tem o seu sujeiro: [ele] falava [Ninguém] mais fala [voc.:ê] sabe

oração seguinte é substantiva objetiva direta

posposto

[eu] desconheço;

• A partícula se é conjunção integrante e introduz oração objetiva direta.

4i01~

substantiva objetiva direta 148

me pediu pediu-me


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO Avisou-m e que ela estava viaia ndo. ' TDI 01 OD

• Os pronomes ligados ao verbo exercem a fo nção de objeto d ireto.

Ninguém me avisou que haveria greve.

• A oração depois da p reposição é subordinada substantiva objetiva indireta.

01

TDI

OD

Peço-te que venha mais cedo. TDI

01

OD

ESQUEMA

Já vos falei que não daria certo. 01

TDI

Para melhor compreensão deste esquema, seguir a direção indicada pelas setas.

OD

•Verbo da oração principal é transitivo direco e indirero.

Oração Subordinada Substantiva Oração Principal ou anterior:::. introduz :::. Oração Subordinada tem:

• cada oração principal tem o seu sujeito: [ele] avisou-me [N ing uém] me aviso u [eu] peço-te [eu] já vos falei

~

1

• O pronome átono serve de objeco indirero. • A oração seguinte é substantiva objetiva direta .

e não apresenta sujeito

2)

oração amerior contém pronome e verbo com p reposição

pronome

~

ser ou de ligação subst. predicativa verbo com preposição subst. obj. indireta \sem preposição, com sujeito---.. subst. obj. direta

/,( com dois pontos ou vírgula nome ._ com prepos1çao

oração seguinte é substantiva objetiva indireta

~

subst. subjetiva subst. apositiva b . . su st.comp1et1va nomina1

N osso desejo é que pensem. predicativa

fi

verbo ser

anteposto ou

D esejamos que pensem . objetiva direta

fi

1posposto

verbo transitivo direto

...1"'11~

Necessitamos de que pensem. objetiva indireta

substantiva objetiva indireta

fi

verbo transitivo (indireto com preposição)

Ninguém me convence de que ele é inocente. OD

TDI

01

É necessário que pensem . subjetiva

fi

Comuniquei-o de que não daria cerro. TDI

OD

não apresenta sujeito na oração principal

01

Não o aconselho a que trabalhe m uito. OD

TDI

D eseja mos apenas isto: que pensem. apositiva

01

fi

Informou-me de que ela escava viajando. TDI

OD

nome + dois pontos

01

Temos necessidade de que p ensem . completiva nominal

• A oração principal traz verbo transitivo direco e indireto na voz ativa.

fi

nome + preposição

749


PORTLGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA Exerce a função de adjetivo ou locução adje-

A subordinada adjetiva restritiva possui valor

tiva, referindo-se a substantivo ou pronome da

de adjetivo, exercendo a função sintática de

oração principal ou anterior.

adjunto adnominal.

É introduzida pelos pronomes relativos: que, quem, quanto, o nde, o qual, cujo.

Pedro é um jovem que estuda muito. = adjetivo estudJOSO

função: adjunto adnominrtl do subsr. jovem.

É teu tudo quanto existe aqui.

~ - --- ------- ------------ - -----~,

Os pronomes que, quanto, quem, onde ': só serão relativos se retomarem um termo : antecedente. , __ ___________ _______ ___________ ________ , ,;

- adjetivo existente aqui 1

função: adjunto ndnomi1la! d o pron. tudo

SUBORDINADA ADJETIVA EXPLICATIVA Por cer valor secundário , dispensável d o perío-

Recebi a encomenda que me enviaste.

do, liga-se ao termo antecedente com uma pausa.

(que = a encomenda)

marcada na cscrira necessa ria menrc por vírgula.

Não conheço a rua onde você mora. (onde = a rua)

Os homens, que são mortais, dominam rudo. (todos os homens)

C o nforme seu valor, classifica-se cm:

Pedro, que é muito rico, ainda fica rá mais rico.

•Restritiva: sem pontuação. • Explicativa: com pontuação.

(especificamente Pedro)

SUBORDINADA ADJETIVA RESTRITIVA É indispensável à compreensão do termo antecedente, ao qual se liga sem pausa; não havendo,

A oração subordinada adjetiva explicativa equivale a um aposto.

portanto, necessidade de vírgula na escrita.

A primavera, que é a estação das flores, chegou.

A causa por que lutamos é o nosso ideal.

A primavera, estação das flores, chegou.

(= pela qual)

=aposto

O livro que comprei é excelente. (=o qual)

ESQUEMA DE ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA

O homem a quem me refiro viajou cedo. (= ao qual)

-

- -

--

ClASSIFICAÇÃO FUNÇÃO SINTÁTICA adjetiva adjunto restritiva adnominal sem pontuação

Feliz é a nação cu.jo governante é honesto. (cujo não apresenta sinômmo perfeito)

:==ad=1·e=t=1·v=a=:::;1==== t=~ apos 0

explicativa com pontuação

150

r·--;~~::~···

}

i ou pronome i da oração i anterior ~ (_".'. ~~~~-~~-~ente)

.


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

DIFERENÇA ENTRE AS ORAÇÕES ADJETIVAS RESTRITIVA E EXPLICATIVA

O medo a que fiz referência era infundado. 1

=referido

=ao qual com !emento nominal

• A adjetiva restritiva individualiza um nome ou pronome anteriormente expresso; ela indica uma

• O verbo da completiva nominal pode ser rro-

parte do mdo. Acrescenta uma nova ideia.

cado por um substa ntivo.

O homem que é justo perdoa. A oração "qu e é justo" restringe o sentido da palavra "homem'': não é mdo homem que per-

• A completiva nominal pode ser rrocada po r um pronome subsranrivo.

doa, mas somente aquele que é justo.

• O conectivo que introduz a completiva nom inal

é uma conjunção que não faz referência a termo • A adjetiva explicativa repete uma ideia, mere-

anrerior. Também não exerce função sintática; é

cedora de realce e que pertence à palavra ance-

mero elemenro de ligação.

rior. Indica uma qualidade inerente ao ser.

Tenho medo de que me julguem idiota.

Deus, que é justo, perdoa.

= julgamento (verbo julgar troca do por substami•~o)

A oração "que é justo" não acrescenra nada de novo à palavra Deus; pois Deus por sua própria

= disso (toda a oração trocada pelo pronome isso)

natureza rem de ser jusco. O faco de a adjetiva explicativa repetir algo

Tenho certeza de que a situação do país melhorará.

que já está implícito na palavra anterior a torna

= melhora (da situação do país)

dispensável do período, razão por que aparece com vírgula.

= disso

Diferença entre uma oração substantiva completiva nominal e uma oração adjetiva restritiva. (ambas com preposição e sem pontuação)

FUNÇÃO SINTÁTICA DOS PRONOMES RELATIVOS

• A oração a djetiva restritiva pode ser trocada por um adjetivo.

Os pronomes relarivos exercem dupla função: a de conectivo, pois ligam duas orações, e a de

• O conecrivo que introduz a adjetiva restritiva é

termo da oração que introduzem, porque repre-

um pronome relativo.

sentam o nome anrerior. Os pronomes relativos podem ser substituí-

Não gostei da revista de que você tanto fala.

dos, na oração em que estão, pelo nome que os precede.

1=falada

=da qual obºeto indireto

Observe com atenção as caixas que me enviaram . principal

157

subordinada adjetiva restritiva


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

A oração adjetiva restritiva possui o verbo enviar (na fo rma enviaram). Este verbo pede dois

ORAÇÃO SUBORDINA DA ADVERBIAL

complementos - quem envia, envia alguma coisa a alguém . Dentro da oração, o pronome rne serve de 0 1 (a mim); faJca o 00. Assim, o pronome que exerce esta fu nção. O pronome relativo que substi tu i, na frase em que está, o antecedente as caixns. Desse modo, a oração adjetiva fica assim, após a rroca: ... enviaram-me as caixas.

Exerce a função de um advérbio. Conforme a circunstância expressa, subdivide-se em: • Causal • Comparativa • Consecutiva • Concessiva • Condicional

liil" • •· t~, 111 i':l llr.I

e

sujeito

-

1:i"T"-"ff1Tíl riR

antecedente

adjunto adverbial de lugar adjunto adnominal com~ lemento

nominal objeto direto

• Conformativa

O homem que é justo tem a consciência tranquila.

• Final

o homem é justo

• Proporcional

Esta é a cidade onde me criei.

•Temporal

=me criei na cidade Comprei o livro cuja leitura tanto lhe agradou.

A oração subordinada adverbial é inrroduzi<la por conjunção subordinativa.

=leitura do livro tanto lhe agradou A revista a que fiz alusão ainda não chegou.

•Causal Sentido: expressa uma circunstância de causa, razão do que aconteceu anrcriormence.

= fiz alusão à revista

A carne que comprei estava estragada.

=comprei a carne objeto indireto

Pedro foi reproZJado porque ntío estudava.

Encontrei o rapaz por quem procurava.

~ causa da reprovação de Pedro.

=procurava pelo rapaz predicativo

Conjunções: porque, porquanto, por isso que, pois que, pois, visco que, visco como, uma vez que, já que, como (antes da oração principal), etc.

Você não é mais o amigo que sempre foi.

=sempre foi o amigo

Como chovia muito. fiquei em casa.

• cuj o e variações-+ em geral fu ncionam como

Foi reproZJado, porquauto ntío estudou.

adjuntos ad.nominais. • onde só funciona como adjunto adverbial de lugar. • como - - - --.só funci ona como adjunto adverbial de modo.

O leito atacou o domador, visto que estava com fome.

Uma vez quefiti ofendido, revidei energicmnente.

752


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO DIFERENÇA ENTRE ADVERBIAL CAUSAL E COORDENADA EXPLICATIVA

Embora em ambos os exemplos a oração porque é natal exprime causa, a classificação das orações não é a mesma.

É muito difícil e sutil diferenciar uma adver• No primeiro exemplo, rem-se uma oração adverbial causal porque ela antecede, é a primeira oração (observe que o verbo da oração principal está no indicativo).

bial causal de uma coordenada explicativa. Alguns artifícios são empregados para tentar visualizar uma e ourra. Normalmente, a adverbial

causal não aceita os artifícios da coordenada explicativa e vice-versa.

• No segundo exemplo, embora se tenha o mesmo sentido do primeiro, a primeira oração traz o verbo no modo imperativo. Quando a o ~ação anterior tem seu verbo no imperativo, a o ·ação seguinte é coordenada sindética explicativa, pois ela apenas explica, esclarece a ordem dada anteriormente.

• Toda oração será coordenada explicativa se o verbo da oração anterior estiver exprimindo ordem ou pedido (= imperativo ou ourro tempo verbal que substitua ou que seja equivalente ao imperativo).

Não fume, que é proibido. Não fumei porque é proibido.

Estude muito; porque é preciso.

(subordinada adverbial causal)

Levarei este casaco, pois gostei dele. Não fume, porque é pr-oibido. Não matarás, que é pecado. (= Não mates)

(coordenada sindética explicativa)

• A adverbial causal, por ser o motivo/a causa, pode vir em primeiro lugar no período.

Nãoji"'mards, porque é proibido. (coordenada sindética explicativa)

• No primeiro exemplo, o fato anterior, o fato gerador é a proibiç.ão. Assim, a oração porque é proibido ser adverbial causal.

Ela gritou porque lhe pisaram o calo. ou Porque lhe pisaram o calo. ela gritou.

• No segundo exemplo, pelo faro de a primeira oração possuir um verbo no modo imperativo,

Não fui ao show uma vez que chovia. ou Uma vez que chovia. não fui ao show.

a segunda oração está apenas explicando, esclarecendo a ordem dada anteriormente. Então, ela é coordenada sindética explicativa. • No terceiro exemplo, a primeira oração possui um verbo no modo indicativo equivalenre ao imperativo {= Não fume); assim a segund~ oração está apenas explicando, esclarecendo a ordem dada anteriormente. Então, ela é coord<'nada sindética explicativa.

• "Porque é Natal, oramos." (adverbial causal) "Oremos, porque é Natal." (coordenada explicativa) Qual é o faro gerador? O Natal ou orar? O Naral é o furo gerador. Ora-se por causa do Natal.

153


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

• Comparativa Sentido: expressa uma comparação; exprime o out ro termo de uma comparação antes.

Ela não pode ver palhafO, sem que chore. Choveu, choveu, que inundou o lugarejo.

Sempre que houver adverbial consecutiva, pode-se intercalar após a conjunção que a expressão em consequência.

Mário é tão esperto quanto o pai.

~

~

primeiro termo

outro termo da comparação

l

O susto foi tamanho que ele desmaiou.

Conjunções: quanto, como, que, do que, bem 1 como, assim como, tal como, qual, que nem ...

~ =que, em consequência, ele desmaiou

Aquela jovem é tão bela quanto você. Gritei tanto, tanto que resolveram ajudar me. A baleia é maior do que o elefante.

~

=que, em consequência, resolveram ajudar me

Juliana é tão esperta como a mãe. Você é menos Lento que nós.

Normalmente, a adverbial comparativa não possui verbo expresso por ser o mesmo da anterio r. Assim, evita-se repetição desnecessária de termos.

DIFERENÇAENTRE A COMPARATIVA E A CONSECUTIVA

Adalberto é tão genioso quanto o pai. (é)

A dverbial consecutiva - Comeu tanto ~ nem pode andar.

(do) que Ana.

l

(sem verbo)

Ângela é menos inteligente

Verbo expresso é diferente do da anterior; expressa a consequência do fato anterior

(do) que Ana é.

(verbo repe tido)

{ter comido tanto).

• Consecutiva Sentido: exprime uma consequência do pensamento expresso na oração anterior.

Comeu tanto que, em consequência, nem 1t>ôde andar.

A moça chorou tanto, que ficou doente.

Adverbial comparativa - Comeu tanto ~ nem o pai. Verbo não expresso, mas o mesmo da anterior (que nem o pai comeu); expressa a comparação iniciada na oração anterior .

~ consequência de a moça ter chorado.

1

Conjunções: que, sem que (= que não), de 11odo que, de sorte que, de forma que, de maneira que (p recedidas normalmente de tão, tanto, tamanho, tal) ...

Comeu tanto que nem o pai. (comeu)

154


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

DIFERENÇA ENTRE ADVERBIAL CONSECUTIVA E ADJETIVA RESTRITIVA

Conjunções: embora, ainda que, nem que, mesmo que, não obscance que, se bem que, 1 posto que, conquanto, por pouco que, apesar de que, por mais que, por menos que, por maior que, suposto que, por pior que, por melhor que, que, sem que(= embora não) malgrado, em que pese ...

A djetiva restritiva • restringe o sentido do termo anterior; • é introduzida por pronome relativo; • equivale a um adjetivo; • exerce a função sintática de adjunto adnominal. Os cãesfaziam um barulho que era um dese~pero/ (=o qual era um desespero) (= barulho desesperado)

A oração "que era um desespero" está restringindo o substantivo barulho, sendo, pois, uma subordinada adjetiva restritiva.

Posto quefassejein, exalava simpatia. Gosto de mnçãs, ainda que verdes.

• Condicional Sentido: exprime uma condição de que depende a realização, ou não, do que se declara Se não chover à tarde, iremos ao clube. ~ condição imposta

Adverbial consecutiva • exprime consequência; • é introduzida por conjunção subordinativa; • equivale a um advérbio;

Conj unções: se, salvo se, excero se, a ml.!nos que, sem que, a não ser que, desde que, contanto que, sem que...

Os cãesfaziam tanto barulho que era um deseslJero/

Paulo será aprovado, contanto que estude.

(=que, em consequêneta, era um desespero.)

Irei a São Paulo, desde que o tempo melhore.

A oração "que era um desespero" está exprimindo consequência pelo fato de os cães fazerem tanto barulho é, pois, subordinada adverbial consecutiva.

Caso o tempo melhore, co11ti1111aremos a viagem. l

• Conformativa Sencido: exprime um faco em conformidade com outro.

• Concessiva Sentido: exprime uma concessão (= não haverá obstáculo ou impedimento para o que se declara), noção de exceção.

'fodo se realizou conforme eu tinha previsto. ~ em conformidade - de acordo

Foi trabalhm~ embora estivesse doente.

Conjunções: conforme, como, de modo que, segundo, consoante, de forma que ...

~ concessão aberta

155


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Ele fez o serviço, como foi combinado.

Conjunções: à medida que, à proporção que, ao passo que, (tanto mais) ... quanro mais ...

A tarefo, consoante as regras estabelecidas. foi realizada ontem.

Todos entravam, à p ropo1·çáo que eram chamados. Segundo consta em nossos arquivos, Quanto mais se tem, mais se deseja.

vossa Senhoria encontra-se inadimplente.

Canso-me ao passo que subo a ladeira.

• Final

Quanto mais faiava, menos explicava.

Sentido: exprime a finalidade do que foi declarado. Faço votos para que sejam aprovados.

À medida que estudo, aprendo.

~

•Temporal Sentido: traduz o tempo da realização daquilo que é expresso em outra oração.

finalidade do que foi declarado antes

r

Conjunções: para que, a fim de que, porque. que (com verbo no subjuntivo) ...

Quando saímos da estrada. perdemo-nos.

~ tempo da realização

Parei-o, afi.m de que me desse o cartão.

! C onjunções: quando, enquanto, apenas, 1 mal, logo que, antes q ue, depois que, sempre 1 que, até que, desde que, assim que...

Todos lhe faziam gestos para que voltasse logo.

A adverbial fin al pode ser introduzida pelas conj unções porque e que, se o verbo esriver no subj un tivo.

Mal o sol se escondeu, começaram a seresta. Passo pela MG 5, sempre que posso.

"Orai porque não entreis em tentação. " = para que

verbo no subjuntivo

Apenas iniciaram os distúrbios. ;.

foi encerrada a reunião. Senh01; dê licença que eu saia?

= para que

verbo no subjumivo

A adverbial temporal pode ser introduzida pela

conjunção que, anrecedida de expressões do ripo agora, a primeira vez, a única vez, a última vez e outras idênticas.

• Proporcional Sentido: exprime proporcionalidade (= um fato que ocorre, aumenta ou d im inu i, simultaneamente àquilo que se declara) .

':4 primefra vez que vi Teresa, achei que ela tinha as pernas estúpidas... "

À medida que andávamos. ele contava o caso.

A segunda vez que errares, dar-te-ei um tapa.

""' l' fato simultâneo a outro

Agora que você estd mais calmo, vamos conversar:

756


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO ORAÇÃO REDUZIDA

É a oração que possui um verbo em uma de suas formas nominais: gerúndio, particípio ou infinitivo.

Reduzidas de Gerúndio • orações adverbiais causais, concessivas, condicionais e temporais, • orações adjetivas restritivas, • orações coordenadas entre si.

Mara caiu da cama, machucando-se. Formas nominais Gerúndio

Particípio

coordenada assindética(= e machucou-se toda)

Terminações

Exemplos

Estudando, passarão.

ndo do, go, to, so

subord. adv. condicional(= se estudarem)

Não estudando, fui reprovado.

Temendo confusão, saí logo. subord. adv. causal (= porque temia confusão)

Suprimida a pena, voltaram ao serviço.

Acabando a sessão. fomos ao clube. subord. adv. temporal (= quando acabou a sessão)

Infinitivo

r

Seria certo ver o trem?

Chegando ao mercado, vi comerciantes mudando o preço dos legumes. Chegando ao mercado, ~ subord. adv. temporal (=quando cheguei ao mercado) vi comerciantes ~ principal mudando o preço dos legumes. ~ subord. adjetiva restritiva (=que mudavam o preço dos legumes)

CARACTERÍSTI CAS DA ORAÇÃO REDUZIDA

1 Não é inuoduzida por conjunção ou pronome relativo. Pode, em geral, ser desdobrada em uma oração

1

com conjunção e verbo em fo rma finita (indicativo, subjuntivo ou imperativo) .

LOCUÇÃO VERBAL X VERBO EM SUA FORMA NOMINAL

Verbo na sua forma nominal introduz oração subordinada ou coordenada reduzid 1 de gerúndio, de particípio, de infinitivo.

Chovendo, não iremos ao clube. O verbo acima está apenas no gerúndio, introduzindo uma oração subordinada adverbial condicional, reduzida de gerúndio. (= se chover, não iremos ao clube).

Estudando sem método, seremos reprovados. sem conjunção e com verbo reduzido

Está chovendo; não iremos ao cinema.

Desdobrando-a:

Verbos formando uma locução verbal e fazendo parte de uma oração coordenada assindética. (Não se trata, pois, de oração reduzida de gerúndio). Está: auxiliar, chovendo: principal. Os dois equivalem a um só verbo: chover (chove)

Se estudarmos sem método, seremos reprovados. com conjunção e verbo finito

Daí a reduzida receber a mesma classificação da desenvolvida: adverbial condicional.

_

157

__J


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMA TICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Reduzidas de Particípio

Vimos Pedro sair rdpido.

subord. adjetiva restritiva(= que saia rap1do)

• Orações adverbiais causais, concessivas, condicionais, temporais.

Quero pedir lhe algo: não discutir à to11. subord. substantiva apositiva (- que não discuta à toa)

• Orações adjccivas resrricivas ou cxplicarivas.

VERBO REDUZIDO DE INFINITIVO COM O FUTURO DO SUBJUNTIVO

Aprovada tt ttttt, começamos os tmbnlhos. subord. adverbial temporal (= Quando a ata foi aprovada)

[

Com verbo reduzido de infinitivo, não há conjunção.

Perdida a pdgina no vídeo, conseguiu retird la da memóritt. subord. adverbial concessiva (= Embora tivesse perdido)

A continuar a chuva, nlío sairemos. (=se continuar a chuva) subord. adverbial condicional, reduzida de infinitivo

Prevista discussão, não iniciei a sessão. subord. adverbial causal (= Porque previ discussão)

A decisão, tomada pelo juiz. agradou.

• Com o futuro do subjuntivo, há conjunção subordinaciva ou pronome rclacivo.

subord. adjetiva explicativa (= que foi tomada)

Se continua1· a chuva, niío sairemos. futuro do subjuntivo subord. adverbial condicional (desenvolvida)

• As orações adverbiais proporcionais e comparativas são sempre desenvolvidas.

A CONJUNÇÃO "E" NO PERIODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO

• As adverbiais consecutivas e finais não aparecem reduzidas de gerúndio. • Nào há oração substantiva reduzida de gerú 1dio e de particípio.

• Imediatamente após a principal introduz coordenada sindética aditiva.

,.

Ge1·aldo ligou-rne e

Reduzidas de Infinitivo • Orações substantivas.

...bediu-me encarecidamente

2•

• Orações adverbiais causais, concessivas, condicionais, finais e ccmporais. • Orações adjetivas rescricivas.

que o ajudasse. 3•

1ª oração: principal.

2ª oração: coordenada sindética aditiva e principal de segundo grau em relação à 3ª oração (pois traz o verbo pedir que é transitivo

Não pedi para trazerem os livros. subord. substantiva objetiva direta (= que trouxessem os livros)

direto e indireto e cem um de seus comple-

Urge sairmos agora.

mentos cm forma de oração). 3ª oraç:áo: subordinada substanriva objetiva direca (serve de objeto direto do verbo pe-

subord. substantiva subjetiva(= que saiamos agora)

Eltt saiu sem agradecer me. subord. adverbial concessiva (= sem que me agradecesse)

L 158

dir).


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

•Após oração subordinada introduz oração com o mesmo nome da anterior (trata-se de duas orações subordinadas coordenadas entre si).

ORAÇÕES INTERCALADAS • São orações indcpendenres que fazem parre do período.

,.

]andira disse

não exercem função sinrática (não se ligam sincaticamenre a nenhuma outra) .

1

que compraria o colar 2· e o daria a você. 3ª

1ª oração: principal 2ª oração: subordinada substantiva objetiva direta. 3ª oração: subordinada substamiva objetiva direta, coordenada à anterior e subordinada à primeira oração. que compraria o colar.

Jandira disse

l

que o daria a você.

• Incercalam-se no período, interrompendo-o por um instante para, como num aparte, introd uzir uma citação, advertência, desejo, ressalva, opinião, enfim uma observação qualquer. • Nada tem a ver com o período em que se intercalam. • Também podem ser chamadas de orações interferentes. As moças, creio eu, não gostam de mim que sou feio.

O período é formado de duas orações:

ALG UMAS CORRELAÇÕES DE ORAÇÃO REDUZIDA

• 1ª oração: As moças não gostam de mim (principal) • 2ª oração: que sou feio {subord. adverbial casual)

• O verbo no infinitivo antecedido de preposição

• " creio · eu" nao - eraz parte

inicia orações com os seguinces valores semânticos: causa, tempo, finalidade e condição.

do peno ' do, e,' po rtan-

to, oração intercalada. "- Por que não famas?

• Com a preposição por, a indicação será de causa:

- perguntou o conzerciante. "

Por estar acamado, não irei à reunião "- Porque a saúde é minha mãe. - respondeu o filósofo. "

• Com para, de finalidade: Elas vieram para conversar.

"Ela já viu isto? - perguntei a partefra. "

• Com ao, de tempo: Ao chegar ao colégio, encontrei meu amigo.

vírgu las As intercaladas podem aparecer entre

• Com a, de condição:

trav,essões ou

1

parenceses

A contin11ar assim, você não conseguirá seu intento.

759


PORTUG UÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Perguntou o comerciante: ''Porque não fumas?"

• As orações colocadas no início do período podem inrroduzir uma fala, uma citação ou uma explicação:

fala

Opetróleo, dizem os jonzai.s, vem subindo de preço. oração intercalada

- Por que não fitmas? - perguntou o comerciante. oração intercalada

Dizem os jornais: "O petróleo vem mbindo de preço. " citação

EXERCÍCIOS 1 "Quando o enterro passou, Os homens que se achavam no café Tiraram o chapéu maquina/mente " (Manuel Bandeira) A oração que se achavam no café é a) subordinada adverbial condicional. b) coordenada sindética adversativa. c) subordinada substantiva subjetiva. d) subordinada substantiva objetiva direta. e) subordinada adjetiva restritiva.

b) Correndo assustado, o menino foi chamar o guarda. c) Os garotos vestindo camisetas velhas reclamavam apenas uma penca de bananas meio amassadas. d) Faça das entranhas coração para obter, um dia, a rara felicidade dos humanos. e) Moleques de carrinho dirigiam-se a várias direções, atropelando uns aos outros. 4 Assinale a opção em que a substituição da expressão destacada modifica o sentido básico da frase. a) A maioria elabora comentários sobre fatos ~ não existiram. A maioria elabora comentários sobre fatos irreais. b) Eles são alguns dos que transitam pela avenida Paulista. Eles são alguns dos transeuntes da avenida Pau lista. c) Os mais eloquentes nas bobagens que falam são os meninos. Os mais eloquentes nas bobagens proferidas são os meninos. d) Parece existir o sentimento generalizado de que tudo é possível neste País. Parece existir o sentimento generalizado de toda a viabilidade deste País. e) Trans-Piração é o programa a que aludiu o repórter. Trans-Piração é o programa mencionado pelo repórter.

2 Assinale o item em que há uma oração, quanto à classificação. idêntica à segunda do período Pernoitamos

depois junto a um açude lamacento, onde patos nadavam. a) "As virilhas suadas ardiam-me, o chouto do animal sacolejava-me... " b) "De onde vinham as figuras desconhecidas para encontrar-nos?" c) "Fiz o resto da viagem com um moço alegre, que tentou explicar-me as chaminés dos banguês... " d) "Os ais graúdos percebiam que a viagem era alegre." e) "Surgiam, regatos, cresceram tanto que se transformaram em rios ... " 3 Assinale o período que contenha uma oração reduzida com valor de adjetivo. a) Oónibus parou na rua transversal para assustar os passageiros.

160


FLÁVIA RITA COUTINHO SARIAENTO 5 Em todas as opções, as duas orações corretamente relacionadas no período, EXCETO em a) Falou-me de João Cabral. Eu já conhecia alguns poemas dele. = Falou-me de João Cabral, que poemas eu já conhecia. b) Você não estava passando bem. Não devia ter saído de casa. = Se você não estava passando bem, não devia ter saído de casa. c) O choque entre os dois ônibus foi muito violento. Vários passageiros sofreram fraturas sérias. = O choque entre os dois ônibus foi tão violento que vários passageiros sofreram fraturas sérias. d) É melhor dar o assunto por encerrado. Nada mais temos a tratar. = É melhor dar o assunto por encerrado, já que nada mais temos a tratar. e) Moram na mesma rua. Raramente se encontram. =Embora morem na mesma rua, raramente se encontram. 6 Considere as seguintes frases: 1- João informou-o de que chegaram os livros. li - João informou-lhe que chegaram os livros. Ili - João informou-o que chegaram os livros. IV - João informou-lhe de que chegaram os livros. Podemos dizer, a respeito da regência do verbo informar, que as frases a) li e IV estão corretas. b) 1e li estão corretas. c) 1, li e Ili estão corretas. d) 1e Ili estão corretas.

d) Assistiremos aos melhores espetáculos, porque temos ótimo gosto. Assistiremo-lhes, porque temos ótimo gosto. e) Mostrou grande interesse em namorar a pr ma. Mostrou grande interesse em namorá-la. 8 A frase CORRETA em relação à regência é: a) Contento-me com pouco; aspiro pouca coi!>a neste mundo. b) Quem relatou o fato, assistiu-o. c) Nunca esqueci das coisas que me disseste. d) Estimo a meus pais; obedeço-os em tudo. e) O rádio avisou ao povo os conhecimentos. 9 Segundo a norma culta, há ERRO de regência em a) Há livros especializados que descrevem como a teoria se aplica à prática. b) Em algumas tarefas, chega-se a solução quando um ponto crucial é resolvido. c) Prefiro isso àquilo. d) O médico não havia assistido o doente.

1O Assinale a alternativa em que o uso do verbo custar NÃO está de acordo com a norma culta. a) Custou-me entender o fato. b) Custou ao aluno entender o fato. c) Custa-me resolver este problema. d) O trabalho custou muito esforço ao aluno. e) O aluno custou para entender o exercício.

7 Em todas as opções, a expressão sublinhada foi corretamente substituída, EXCETO em a) Ensinava redação técnica aos alunos do curso de História. Ensinava-lhes redação técnica. b) Precisamos de melhores recursos para ajudar as populacões carentes. Precisamos de melhores recursos para ajudá-las.

1il·Ol I q-6 I il·8 I P·L I q-9Ie-s1P·v1)·E1 )·l I il·l 1 oweqe9

c) Agrediram os homens, pois eram desonestos. Agrediram-nos, pois eram desonestos. 161


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

1. Inic ie a aná lise sinrárica pelos adjunros adverbiais. Chegou de Londres. VI

1O. Predicativo pode acompanhar qualquer ripo de verbo. 1 1. Predicativo pode se referir ramo ao sujeiro quanro ao objero.

Adj. Ad" lugttr

2. Adjunros adverb iais são palavras ou expressões que exprimem CIRCUNSTÂNCIA (tempo, modo, causa, dúvida, lugar). Pergunras: Para que Por quê? Onde? Com quem? Como? Quanro? Quando?

As meninas encontraram os pais nervosas/ nervoso~. S11j.

S11jmo

01

\li

ao encontro Atlj. Ad11

\li

Srtj. AAT

VL~lf·

f'retlimtil'O srtjâto

Fulana é

ourra.(pronome)

Suj. VUg.

hoje. Adj. Ad11

fi11alidt1del/11gt1r

uma mulher.(subst)

é

Ela já

At(;. Adt'. lugttr

3. Adjunros adverbiais podem ou não ser preposicionados. Compareceu

objtw

12. Predicativo nem sempre é representado por adjcrivo.

Gosco de Bosron. Volrou de Bosron. VTI

l'red1mtit•o Pred1mtt1•0

OD

l'rediftltit-o Slljdto

13. Não confunda predicativo do sujciro com adjunro ad-

tm1po

verbial de modo(invariável).

4. Se um verbo vier seguido apenas de adjunros adverbiais, elt· será sempre inrransirivo. As lojas vendem muiro Suj.

5.

VI

Arlj. Adi•. lmemidnde

Ela vi\·e só. (Pode variar - sozinha, solir;íria) S1tj.

\li

no Naral.

VI

\li tltlj. 1ldl'. Modo

com a amiga.

O Governo

permaneceu

calado.

S1tj.

\llig.

Predicar ir-o r/11 utjei10

14. Não confunda verbo inrransirivo(só pergunta não

Adj. Adi'. amrprmhin

resolve) com verbo transitivo direro. Isso ocorre porque a frase está invertida. Use os recursos de "cle"(pronominalizaçáo) no início da frase. VTD aceira passiva(ser/csrar +parricípio) e VI não accira passiva.

6. Nem rodo objero indirero apresenra preposição explícita. Jamais

lhe obedecerei.

1ldj. Adn Neg1tfiiO

01

\ITI

(~Resta outra opção. (outra opção é rcstada?/Não <l:í.)

7. Ser, esrar, permanecer, ficar, conrinuar... nem sempre serão verbos de ligação.

VI

Suj.

(~ Exisria uma alrcrnariv<l. (uma akemariva era exisóda?/Não d.1.)

Elalicou ~·

Ela ficou

rrisrc.

Suj. VI

Suj. Vliy,

prtd. Jitj.

Arlj. Adi'. lugnr

Ela ficou com a herança.

Ela ficou

rrisrc cm casa.

Ç1tj. VTI

Stlj. \11.ig.

l'mf;mrivo do s1tj. 1ldj. Adr'. lug,ir

01

8. Adjunto adverbial pode acompanhar qualquer verbo.

\li

S11J.

(Ele) Enconrrou outra opção. \ITD OD (Ele)Busc.1va urna a lrcrnariva. \ITD OD

14. A rransitividade de um verbo pode variar cm função do

9. Para um verbo ser de ligação, são necessárias duas con-

conrcxro.

dições SIMULTÂNEAS: csrar na lisra de verbos de ligação e rer predicativo DO SUJEITO. Ela esrá

feliz.

Ela acordou

S1tj. Vlig pred. Suj.

Suj.

Ela acordou bem. Srtj.

VI

AA modo

Ela permaneceu Srtj.

VI

ª1!Q.

Ela fa la

Arlj. Adi" tempo

Nem rodo termo prcposicionado é objero indireto. Ela saiu

l'rrdicatfr11 dn mjdro \li AAM

VI

Ela fala S11j. \li

feliz.

Ela fala a você.

l'retlim1Íl•o ili).

Ela esrá Srtj. VI

muiro. Atij. Ad,,. lmmsMt1tlr

Srtj. \171

01

Ela fala coisas interessanre.~.

bem. Adj. Adt>. Modo

S1tj. VTD

longe.

Ela fala

Adj. Adi·. lugnr

Srtj. \ITDI

162

OD

co i~as inrcressanrcs a você. OD I O!


FLÁVlA RITA COUTINHO SARMENTO

TIPO Verbal

VERBO

PREDICATIVO

Vl, VTD, VTI, VTDI

0

Verbo de Ligação

Predicativo do sujeito

Qualidade, Estado, Característica

Vl, VTD, VTI, VTDI

Predicativo do sujeito ou d o d o o b jero

Ação + Qualidade, Estado, característica.

Nominal Verbo-nominal

SENTIDO Ação

OBS.: Os destaques são os rn'.1cleos do predicado. • Em um predicado verbal, não há pre<licarivo. •Toda vez que houver verbo de ligação, o predicado será nominal. • Se houver predicativo e não houver verbo de ligação, o predicado sed verbo-nominal.

• :.;_.:< ;:."-:,;.,·

~C.Fi~u 1J::L"'i\.'1Ul:ti.,lf±-1~"'-"'..,

l

ORAÇÃO SUBSTANTIVA

CARACTERISTICAS DA ORAÇÃO PRINCIPAL

1

Subjetiva

Verbo de Ligação+ Predicativo Verbo 1ntransi tivo. VTD, VTDl + SE (Voz Passiva)

2

Objetiva Oirera

VTD

3

Objetiva Indireta

VTT

4

Completiva Nominal

Nome + Preposição

5

Apositiva

Dois-pontos e vírgula

6

Predicativa

Sujeito+ Verbo de Ligação

7

Agente da passiva

Voz passiva analítica (introduzida pelas preposições: por, pelo (a)/(s) ou de.

EXPLICATIVAS

RESTRITIVAS: UM DOS I ALGUNS DOS

Vêm encre vírgulas. Referem-se a urn conjunto unitário ou a uma generali7,ação.

NÃO vêm cmre vírgulas. Referem-se a uma parte de um conjunco maior.

COMBINAÇÃO

VALOR

CONECTOR USUAL

AO + Infinitivo

Temporal

Quando

A+ Infinitivo

Condicional

Se I Caso

A Fim de+ Infinitivo

Final

A fim de que

Para+ Infinitivo

Final

Para que

Por+ Infinitivo

Causal

Porque/ Corno (início de frase)

163


UNIDADE VI A

REGENCIA

[

CONCEITO

Regência é o estudo da relação de dependência que há entre a palavra dependente, chamada regida, e o cermo a que ela se prende, dito regen te. Esta dependência pode ser direca, ou seja, sem preposição obrigatória, e pode ser indireta, isto é, com preposição indispensável. Daí a importância

Preposicionados

Não Preposicionados

Sou grato a você.

Sou-lhe grato.

O estudo é indispensável a todos.

J:-lhesindispensável o estudo.

Isso não pttrece importante a nós.

Isso ndo nos parece importante.

REGÊNCIA DE ALGUNS NOMES

do esrndo das preposições. O homem tem necessidade de vitaminas. {Regência nominal)

Acessível a = aproximação, acesso /

nome regente - termo regido (=complemento nominal)

para = passagem agradável a amor a / para com ânsia de /por

A mulher necessita de vitaminas. (Regência verbal) verbo regente - termo regido (=objeto indireto)

apaixonado de/ por atenção a / sobre / com / para com avaro de atento a/ cm

O regente e o regido, intimamente relacionados, formam um rodo significacivo.

avesso a

'. 'I

REGÊNCIA NOMINAL

aversão a / para / por

subs[amivo -+Amor ao estudo.

Bom para

Quando O term~ adjccivo-+ Difícil de solução. re ente e g advérbio -+ Relntivnmeute ao assunto.

!

Capaz de certo de conforme a/ com

O s termos regidos por nomes exercem a função de complemento nominal.

164


FLÁVIA RITA COUTINHO SARf'l!ENTO concencc de / com / em / por cuidados com cego a comum a/ de contíguo a cruel com / para com curioso de / por Desejoso de devorado a devoção a / por devoro de/ a digno de diference de dotado de dúvida de / cm / sobre / acerca Encendido cm cmpcnho de I cm / por escima a / por =amizade I de =consideração Feliz com / de / em / por firme cm furioso com falra a / de / com / contra favorável a fértil de / cm fraco de fiel a/ cm Gosco a / de / para / por/ em guerra a graco a

I da a idêntico a impróprio para impossível de imune a/ de incompreensível a infatigável cm infiel a insaciável de incapaz de indigno de inferior a inimigo de inútil para J eito de/ para jumo a/ de Lenro em

longe de livre de lura concra M aior de mal de mau com / para /para com morador cm manso de menor de

pobre de promo para 1 próprio a= apropriado ~próprio de = peculiar 1 , . . propno para = convenicncc próximo a / de Rebelde a reme a I de / com responsável com relativamente a respeito a/ de/ com/ por/ para com rico de/ em Sedento de/ por simpatia a/ por/ para com situado a / cm / coere suspcico a / de scmclhanrc a sensível a superior a Temeroso de traidor de Último a / de / em união a/ de/ em útil a Vazio de

visível a versado cm vrúnho a/ de

N atural de necessário a O bediência

Hábil cm horror a habicuado a hostil a

Z angado com P arecido a/ com a peculiar a parco em/ de

765


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

[

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

REGÊNCIA VERBAL

• Transitivos Diretos e Indiretos Regem, conjunramenre, os dois complementos

Amar o estudo.

Quando o regente é um verbo.

acima citados: objeto direto e objeco indireto.

Dificultar as coisas.

Dei um livro ao colega.

1

Relacionar os erros mais comuns.

Mandamos um recado ao amigo.

"um livro", "um recado" - objetos diretos "ao colega", "ao amigo" - objetos indirems

A regência verbal envolve conhecimemo da predicaçáo dos verbos. Assim, vale a pena uma recapirulação.

Os pronomes o(s), a(s) e as variantes lo(s), la(s), no(s), na(s) podem funcionar como complemenco de verbos rransirivos diretos.

Os verbos dividem-se em : • Intransitivos Quando não necessitam de complemento (00/ 01).

Esperava-o ontem. Entregamo-los depois.

Fulano morreu.

Os pronomes em destaque funcionam como objeto direto.

Piam as aves. Chegou um desconhecido.

2 O pronome lhe (lhes) funciona como complemenco de verbos transitivos indiretos, como adjunro adnominal ou como complemenco nominal.

- "Cru1ano", "as aves", "um descoAs expressoes nhecido" exercem a função de sujeito.

• Transitivos Diretos

Perdoava-lhe sempre. Isto não lhe pertence.

Exigem um complemento (objeto direco), que

se '. hes prende diretamente, para juntos inregra-

lhe = objeto indireto (verbos transirivos indiretos)

lizarem o todo significativo. Fizemos os exercícios.

Desejo-lhe sorte.

Desenhamos um livro.

Peço-lhe silêncio.

Ninguém ignom essas coisas.

lhe = objeto indireto

As expressões "os exercícios", "um livro'', "essas

(verbos transitivo diretos e indireros)

coisas" têm função de objeco direto.

Quero-lhe o relógio. (=seu)

• Transitivos Indiretos

Admiro-lhe a coragem. (=sua)

Necessitam de um complemento preposicionado (objeto indireto), a fim de formarem com

lhe = adjunco adnominal

ele o rodo significativo.

(verbos transirivos diretos)

Precisamos de coragem.

A questão parece-lhe justa.

Gostaram das praias.

A decisão foi-lhe favorável

Assistimos ao festival. lhe = complemenco nominal

As expressões "de coragem'', "das praias", "ao

(verbos de ligação)

fes tival" são objetos indirecos.

166


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

3 Os pronomes me, te, se, nos, vos podem também servir como complemenros de verbos transiàvos diretos, rransirivos indiretos, cransiàvos diretos e indiretos e como adjuntos adnominais ou como complementos nominais.

Eu vejo-te amanhã. Ele feriu-se todo. pronomes: OD / verbos: TD

1

l

Pago-vos amanhã. Ela se odeia. pronomes: 01 / verbos: TI Pegou-me a mão. (=minha} Quer-nos a casa. (=nossa} pronomes: A.ADN. / verbos: TD Dê-nos dinheiro. Peço-te licença. pronomes: 01 / verbos: TDI 4 As formas lho, lha, lhos, lhas são complementos de verbos transitivos diretos e indiretos, bem como servem de adjunto adnom inal.

A blusa? Em casa lha dou. ~ [= Em casa, darei a blusa a você. lha= lhe: O! + a: OD (= a você) (= a blusa) Não lhe sei o nome, nem que U10 soubera o diria. ~ [=Nem que soubera o seu nome o diria.] lho = lhe: A . ADN+ o: OD (=seu) (=o nome)

Aludimos à religi.áo. Aludimos a ela. Aspiramos a um cargo. Aspiramos a ele. Assistiram aosjogos. Assistiram a eles. Compareci àfesta. Compareci a ela. Recorri ao diretor. Recorri a ele. Procederam ao sorteio. Procederam a ele. Viso a um cargo. Viso a ele.

REGÊNCIA DE ALGUNS VERBOS

A aborrecer-se com abster-se de aconselhar-se a / com ajuntar-se com almejar por antecipar-se a apegar-se a apiedar-se de

apoderar-se de arriscar-se a assinalar com ater-se a ausentar-se de avir-se com acaurelar-se com acomodar-se a

aproximar-se a / de

admirar-se de

assentir a acencar concra atrair a aviar-se de

alimencar com/ de amofinar-se com apartar de aperceber-se de apressar-se a/ em/ por assemelhar a / com atinar com autorizar a avizinhar-se de

absolver de acercar-se de ajuntar a amercear-se de apaixonar-se por apelar para

B

5 Há verbos transitivos indiretos que não se usam com o pronome lhe, mas com os pronomes oblíquos tônicos ele, ela, eles, elas, antecedidos da preposição a: aludir, aspirar (=desejar}, assistir (=ver), comparacer, tomar, recorre1; preferir, proceder, visar (=desejar).

bandear-se para brigar com batalhar com bater em/ à baixar a brindar (TD)

167

bastar a blasfemar contra brindar com bater (TD) bater a (TI)


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

e

estimular a/ com

cair em /sobre

comprazer-se em/com

casar-se com

comungar com

chamar por / de cingir de

condescender com consentir em

clamar por

contribuir para/ com

coinc dir com combina r com

corresponder-se com coxear de

comerciar com / em

excusar de

estribar-se cm

exercitar-se em empenhar-se por/ cm /com ensaiar-se em / com esforçar-se em / por / para

F folgar de / com

curtir-se cm

fal rar com / a fiar-se de / cm

competir com

carecer de

feder a

fatigar-se de / com

comprometer-se a

certificar-se de

franquear de/ a

fundar-se em

co ncorrer a / com

chegar-se a

farta r com / de

forrar de I com

con for mar-se com /a

ci rcu nscrevcr a

contrapor a convi · com / a / em

coexistir com

G gabar-se de

combater contra

cotejar com

comedir-se em

cruel com / para com

compelir a

capirdar com

comprazer a

ceder a

comutar em

cham.1r (TO)

condoer-se de

cingir-se a

conter-se em

cobrir de

converter em / a

coligar-se com

corresponder a

comccar a/ por

cristalizar cm

comparar a / com

curar-se de

deter-se em / com

depend ura r cm/ de

distrair-se com

desempenhar-se de discrepar cm

deleitar-se com/ em/ de desavir-se com

decidir sobre

d ignar-se de/ a

desapegar-se de

dotar com / em

guindar-se a

H habilitar-se com / para

hombrear-se com

haver-se com

harpejar

herdar de

humilhar-se a

1 igualar com incidir em

impenetrável a induzir a/ em

insistir sobre/ cm

irmanar com

imbuir-se de/ em impor a

intrometer-se em incorrer cm

inferir de

injuriar com

interessar-se por/ cm impelir a

isentar de

impedir a/ de (TDI) inAexívcl a

indignar-se com

importunar com inquietar-se com /de

investir conrra /com / em

E embaraçar-se com

guarnecer com graduar-se cm

guardar-se de gloriar-se de

D decidir-se sobre

fincar-se em / de

imporrar a (impessoal)=> de (país)=> em (quantia)? engalanar-se com / em

cmretcr-se com

especular com/ em enfurecer-se com / contra exceder a / em envaidecer-se com / por engolgar-se com

J jacrar-sc de juncar-se a /com

168

jubilar com juntar (TD)


FLĂ VIA RITA COUTINHO SARMENTO

L

R

larncnrar-se de ligar a / com / para

limirar-se a/ com lutar contra/ com/ por

licigar com / conrra lastimar-se de

render-se a reprar para

lidar com

radicar-se em rebaixar-se a / de reincidir cm

lisonjear-se de

remoncar a

reco nvi r sobre

residir em

regalar-se com

M

rodea r-se de / com

restabelecer-se de

rejubilar em

maliciar de

meter-se a / em

romper com

regozijar-se de / com

matizar de

morrificar-se com

ralhar com

resultar de/ em

mesclar em

manrer-se com / em

recrear-se com

rogar por

murmurar de

medicar em /sobre

relaxar-se em

responder a

mancomunar-se com

moderar sem

rnediar entre

N namorar (TO)

nivelar-se a/ com

negar-se a

nutri-se de/ com

namorar-se de

negociar em / com

s sacrificar-se a/ por

sub-rogar

salpicar de

suster com

servir-se a/ parar/ de

sair-se de / com

sujar-se com / de

satisfazer-se a / com

safar-se de

subsrabclccer cm

segregar de

susccnrar-se de / com

o

T

obscar a

ofender-se com / por

rachar de

traficar com / em

ofender (TO)

orar por

terminar em/ por

temer de / por

optar por / emre

ocupar-se com/ em/ de

traduzir em I para I de

topar com

obscinar-se em

opinar sobre

cropeçar com I em

trasladar a I em I de

cardar em

ciritar de

p paccuar com

pleircar com /contra

pender de / para

preponderar sobre

persuadir a/ de

prezar-se de

porfiar em

prosear por

prezar-se de

participar de / em

u ufanar-se de/ com

ungir com

ultrajar com

uti lizar-se de

unir a/ com

V

prevenir de / para / comra perseverar em precaver-se contra /de pugnar por I contra

vacilar em

vincular a

vazar em

vangloriar-se de / por

padecer de

prescindir de

viciar-se com I em

velar por I em

permutar com/ por

prover a Ide

valer-se de

voltar de I a

variar de I em

z

Q quadrar com quebrantar-se com

quaJificar de

zangar-se com

queixar-se de/ a

zelar por

769

zombar de


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

f

I

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Pensando mais ...

CASOS DE REGÊNCIA

A decisão do governo implicará recessão.

Trata-se da complementação de nomes e verbos. Essa complementação pode ser com ou sem preposição.

Seria possível, mantendo-se o sentido e a correção gramatical, inserir a preposição em logo após o verbo implicar? O verbo implicar, no sentido de acarretar, é

Necessitava (verbo) de apoio.

Em.favorável (adjetivo) a novas Leis.

VTD e não pede nem admite preposição. Logo, não seria possível.

Pensando ... A Lei a que se referiu foi mencionada no processo. As pessoas que apresentarem os sintomas da gripe H,N, devem comparecer em um posto de saúde.

Seria possível, mantendo-se o sentido e a correção gramatical, substituir a expressão a que por

O verbo comparecer pede a preposição "a",

a quaP.

portanto a frase está incorreta.

Qµal é um pronome que vem precedido de artigo (a qual, as quais, o qual, os quais). O verbo ref eri r-se pede a preposição a. Logo, para manter

Esquecer de coisas simples pode indicar alguma dificuldade de memória.

a correção gramatical, seria necessário acento grave no a (à qual). Porcanto, não seria possível.

O verbo esquecer tem duas possibilidades de regência. Preposição + pronome ou nada (sem

Isso visa à resolução do caso.

preposição / sem pronome) . Pode-se usar esquecer-se de ou simplesmente esquecer algo. Portanto, a frase está incorreta.

Seria possível, mantendo-se o sentido e a correção gramatical, retirar o acento grave do período apresentado? O verbo visar, no sentido de desejar, é VTI. Visar pede a preposição a. Logo, não seria possível.

O governo se depa rou com uma nova realidade no que se refere à economia do pais.

O verbo deparar não é pronominal, logo a frase está incorrera. O cerro seria: O governo deparou com uma nova realidade (. . .).

PRIN CIPA IS CASOS DE REGÊNCIA V ERBAL

Simpatiza1; deparm; antipatizar, empatizar, implicar (no sentido de ser implicante}

A ideia de que o homem é um ser social visa a promover a convivência.

•São VTI. • Exigem a preposição com. • Não são pronominais. • Não admirem pronome.

Visar, no sentido de desejar, é verbo transitivo ind ireto e pede a preposição a. A preposição pode ser suprimida quando se tratar de objeto oracional - "visa promover" . Nas duas opções, a frase estará adequada à norma culta.

Ele deparou com uma nova situação. O governo não simpatizou com a proposta.

170


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO Chegm; b; voltm; retonuu; comparecer

Obedecer/desobedecer

• São VI. • Exigem a preposição a quando seguidos de adjuntos adverbiais de lugar (destino). • Não admirem em e variações.

• São VTI. • Exigem a preposição a.

Ba não obedece 11/às ordens. Não fhe (a efe} desobedecerei.

Os cidadãos devem retomar ao local de votação. Voltaram àquele naquele Lugar.

As pessollS não obedecern às leis de trlt.nsi •o.

Chegou de Londres. (origern)

Desobedeceu 110 regul11mento do prédio

Chegou rz Londres. (destino) Chegou em Londres. (coloquial) Foi a Londres. (destino temporário)

Referir-se • É VTI. • Exige a preposição a.

Foi para Londres. (destino permanente) A nrnlher a cujos filhos me refiro esteve no local.

Foi em Londres. (coloquial)

A decisão à qu11I o governo se referiu foi muito discutida.

Morar, residir, assistir (no sentido de momr} e domiciliar são VI Estar, ficar, pennanecer e entregar variam a transitividade confonne o complemento.

Implicar (no sentido de acarretm~ •É VTD. • Não exige preposição.

• Quando seguidos de adju ncos adverbiais de lugar, exigem a preposição em.

• Não admire ern e variações.

fsso implicará (VTD) denzissáo (OD) de muitos funcionários.

Ela reside na mn Abre Campo. A informação estd na página 20.

A alta nos preços implicou recessão.

Entrega-se em domicílio. Pisar • É VTD.

Preferir • • • • •

Em geral, é VTOI. Pode funcionar como VTD. Exige a preposição a. Não aceica que, do que, e não e nem. Não aceita os advérbios mais e menos.

• Não exige preposição. • Não admire em e vari ações.

Nrío pise 11 grama. Não piso o chrío que você pisa.

Preferia estudar a tmbalhm:

De acordo com a NGB (Nomenclamras Gra-

Preferia o sossego do campo à agitação da cidade.

maricais Brasileiras), hoje, o verbo pisar é visco

Preferia mais felicidade a mais dinheiro.

como um caso de mudança em progresso. Ass im ,

(Nesse caso, mais nrío é 11dvérbio. Traca-se de um

alguns aucores já acciram cal verbo como inrransicivo regido pela preposição enz.

pronome indefinido.) Preferia o trabalho 11 coisllS fiíteis.

Não pise 1111 gmma. 171


PORTLJ<jUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Namorar • ÉYTD . • Náo exige preposição. • Náo admire a preposição com.

Aspirar· • No senrido de cheirar, é YTD e não pede preposiçáo.

Aspirava o aroma das flores.

Quer me namorar?

• No senrido de desejar é VTI e pede a preposição a .

Quem ela namora, ninguém pode saber.

As pessoas aspiram (VTI) à felicidade (01). Assistir •No senrido de socorrer/auxiliar, é VTD e não

Aspirava (VTI) ao sucesso profissional (01).

pede preposição.

Agradar • No sentido de fazer agrados, é VTD e não

O governo assiste os pobres.

pede preposiçáo.

• No senrido de ver, é VTI e pede a preposiçáo a.

O governo procura agradar o povo.

Assistimos a cenas de violência.

• No senrido de sarisfazer, é VTI e pede a preposição a.

• No senrido de caber, é VTI e pede a preposiçáo a.

A política de preços não agradou (VTl) aos consumidores (01).

A decisão assiste ao governo.

• l\o sentido de morar, é V1 e pede a preposição Querer

em seguido de adjunto adverbial de lugar.

• No sentido de desejar, é VTD e náo pede preposiçáo.

Nossos políticos assistem em Brasília.

Querú1 um bom emprego.

Visar • l\o senrido de pôr visco, é VTD e não pede preposiçáo.

• No sentido de esrimar, é VTI e exige a preposição a .

O gerente visou os cheques roubados.

Queria aos colegas de cursinho.

• No sentido de mirar, é VTD e náo pede preposição.

Visou o alvo e atirou. • No senrido de desejar/almejar, é VTI e exige a preposição a .

Custar • No senrido de ser custoso/ser difícil, é VTI.

[

O governo visa à reformulação do projeto.

Fica sempre na 3ª do singular+ O! + sujeito oracional

O governo custou para avaliar a proposta de investimento. (errado) Certo: Custou (VTI) ao governo (01) avaliar a proposta

Visava a uma nova vida. Visava (a) resolver o problema. (objeto oracional a preposição pode vir subentendida)

de investimento (suj. oracional).

172


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

(N6s) Custamos a entender a matéria. (errado) Certo: Custou (VTI)-nos (01) entender a matéria (su.j. oracional).

• Seria possível, na no rma culta, substitu ir a forma -no (chamaram-no) po r -lhe (chamaram-lhe), pois o verbo pode ser VTD ou VTI. Logo, a su bstitu ição não prejudica a correção gramatical.

• No sentido de acarretar, é VTD 1 e pede a preposição a.

Pagar, perdoar, agradecer • São VTD com coisas e não pedem preposição. • São VTJ com pessoas e exigem a preposição a. • Podem ser VTDI.

O casamento custou sacrifícios aos noivos. •No sentido de custos/ônus, pode ser VI com adjunto adverbial de modo.

Aquelas roupas custam muito caro.

Chamar

O governo agradeceu a popul.ação pew apoio. (errado) Certo: O governo agradeceu (VTDl) à população (01) o apoio (OD).

• No senrido de convocar/convidar, é VTD e

Pagou ao banco primeiro, pois os juros eram tdtos. (banco =pessoa jurídica)

não pede preposição.

Chamaram o ministro para a reunião.

A tender •Pode ser VTD o u VTI (pede a preposição a). • É, preferencialmente, VTD com pessoas. • É, preferencialmente, VTI com coisas.

• No sentido de denom inar/cognominar, é VTD ou VTI. • Se VTD, não pede preposição e exige 00. Se VTI, pede a preposição a e apresenra 0 1. • Ambos pedem predicativo do o bjeto, regido ou não pela preposição de. • Sendo a preposição facu frativa, não há alte-

Atendeu ao pedido. Atendeu o pedido. Atendeu o cliente. Atendeu ao cliente.

ração de sentido. !.

Chamarmn (VTD) o go11emo (OD) de corrupto (pred. do objeto). (Chamaram-no de corrupto.)

//.

Chamaram (VTD) o governo (OD) corrupto (pred. do obj.). (Chamaram-no corrupto.)

l nfo rmm; avisar, notificm; cientificar, certificar... • Em geral, são VTD I. • Ocasionalmente, podem ap resentar apenas um complemento (00 ou 01) . • Admirem as p reposições a, de o u sob1·e. • Exigem complementos disti ntos.

!//. Chamaram (VT!) ao governo (O!) de corrupto

(pred. do obj.). /V Chamaram (VT/) no governo (01) corrupto (pred.

Informaram à população (01), diante do fato exposto, sobre as dificuldades do setor (OT) . (errado) Certo: Informaram à população (0!), diante do fato exposto, as dificuldades do setor (OD) Informaram a população (OD), (. . .), sob1·e as dificuldades do setor (01).

do obj.). •Todas as frases estão de acordo com a norma culta. • A retirada da preposição de, na frase I, não mod iflca seu sentido. A preposição é facultativa, logo não há alteração de sentido.

773


PORTUGU~S DESCOMPUCADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

• Construção clássica. VTI (3ª pessoa) + OI (nome ou pronome) +

o verbo comunicar deve ser usado, preferencialmence, com a preposição a em detrimento de sobre e de.

sujeira.

Comunicou aos funcionários a data do evento. Verbo e pronome podem estar cm pessoas disrincas.

Esquecer/lembrar • VTD, sem preposição e sem pronome.

Esqueceu -mt a dattl da prova.

Esqueceu ti dnta da provn.

lembrou-nos isso ontem.

lernbrei isso ontem. Ver, olhm; observar, p resenciar • São VTD e não admitem preposição.

• \'TI, com pronome e com preposição (de). (Verbo pronominal: o pronome e o verbo devem estar na mesma pessoa.)

Presenciamos cenas de víolhicia. Náo uejo o que quero.

Esqueceu-se dn data d11 prova.

Obsen11wrr a paisagem.

Lembrei-me disso ontem. Os verbos amar, odiar e adorar são usados, frequencemence, com objeto direto prcposicionado.

• Alguns autores consideram como transitivos diri;tos verbos transitivos indiretos seguidos de objeto oracional não preposicionado.

Amava a Deus. O verbo desejar pode ser VTD 1.

Desejava-lhe sorte.

Pensei que isso fosse fácil.

EXERCÍCIOS 1 Assinale a alternativa que apresenta ERRO a) Simpatizei com a nova diretoria e com as novas orientações. b) Há alguns dos novos diretores com os quais não simpatizamos. c) A firma toda não se simpatizou com as novas orientações. d) Somente o tesoureiro não simpatizou com a nova diretoria. e) tJenhum dos que estavam presentes, nem mesmo o filho do novo diretor, simpatizou com as novas orientações.

2 " ... olhando para trás, como quem quer voltar." Considerando os padrões da língua culta, usou-se o verbo sublinhado acima, mantendo-se correta a regência, EXCETO em a) Minha filha, eu a quero muito bem. b) Nós queremos um lugar ao sol. c) Este é um trabalho duro para um organismo que está querendo repouso. d) Nem nos momentos mais difíceis, quero o seu apoio. e) Você quer ainda a pasta de documentos?

174


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO 3 "Mas de que adiantam essas intenções se estamos impotentes para assegurar às pessoas o direito à vida, à sociedade, o direto de viver em paz .... "

Quanto à predicação, o verbo destacado no trecho acima é a) transitivo direto e indireto. b) transitivo indireto. c) transitivo direto. d) intransitivo. e) transitivo indireto. 4 Assinale a alternativa CORRETA, quanto à regência verbal. a) Não costumo obedecer a ordens que não emanem de autoridade. b) Assisti um espetáculo dantesco naquele dia. c) Os jogadores brasileiro preferem jogar na Europa do que nos seus clubes de origem. d) Dona Margarida foi intimada a comparecer na polícia porque não pagou o farmacêutico. e) Custei a entender por que Adriano não se simpatizava comigo.

5 Entre os exemplos abaixo, frequentemente empregados na linguagem informal, apenas um está de acordo a norma culta da língua. Assinale-o. a) Com quem você está namorando, agora? b) Lá em casa somos em quatro filhos. c) Tudo que o pai diz, a mãe acredita. d) Meu amigo, isto implicará em sua suspensão. e) O candidato residente na rua Cosme Velho não compareceu à prova. 6 Em todas as opções, a expressão destacada está empregada corretamente, conforme normas da língua padrão, EXCETO em a) Os ingratos, mais uma vez, esqueceram-se de quem sempre os ajudara. b) Não estou me referindo a quem começou a discussão. c) Era meu pai a pessoa em quem eu mais acreditava. d) Era realmente bela a moça por quem Abadias se apaixonara. e) Laura, com quem Ivo namorava, na época, era-lhe muito dedicada.

7 Em todas as alternativas, o verbo destacado apresenta regência de acordo com a norma padrão, EXCETO em a) Assistimos, impassíveis, ao massacre de crianças no Brasil. b) Os cidadãos brasileiros preferem a omissão à justiça. c) Alfredo de Almeida Jr. não obedece as leis do país. d) Fazer justiça implica grande vontade política. e) Os meninos de rua aspiram à cidadania. 8 Dependendo do contexto, um verbo normalmente intransitivo pode tornar-se transitivo. Assinale a alternativa em que ocorre um exemplo disso. a) "Ponha intenções de quermesse em seus olhos ... " b) " ... e do céu descesse um névoa de borboletas ... " c) " ... beba licor de contos de fadas ... " d) "Ande como se o chão estivesse repleto de sons... " e) " ... sorria lírios para quem passe debaixo da Janela."

9 A regência verbal está CORRETA em a) A herança cultural que o texto se refere é o acerbo de conhecimentos históricos. b) Os acontecimentos históricos que assistimos devem servir-nos de exemplo. c) Devem ser explicitados os objetivos que visamos ao estudar História. d) A busca da verdade por que o historiador anseia atinge a todos os estudiosos. e) Os usos práticos os quais não podemos esquivar-nos no estudo da História são numerosos. 1OHá a) b) c) d) e)

ERRO de regência em Ela o amava e lhe obedecia. É ótimo o cargo a que aspira. Nós lhe desejamos o melhor. Énecessário obedecer as leis. Custa-nos acreditar no que dizes.

1 P·OL

I P·6 I a-gI )·L 1il·9 Iil·S1e-v1e·E1('·Z1 )·LI oweqe9

775


PORTLGU~S DESCOMPLICADO

711 'li'dL· . 1

,. -

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS --

-

-

.-

-

-

.-

...

·-

.

REGÊNCIA VERBAL - ESQUEMA VERB,O.

chamar

TRANSITIVIDADE

OBSERVAÇÃO

tachar I cognominar

VTD ou VTI - nunca VTDI

Pode vir com preposição DE (uso facultativo)

convocar I convidar

VTD - nunca VTDI(a)

Em geral. vem seguido de adjunto .1dverbial de flnalidade.

VTD com COISA \TI com PESSOA

1

Pode ser \rrD ou \r n. Sendo VrDI. o 01 ser.i preferencialmente pessoa.

em respost:i

\TrI(a)

Nos senridos de "dar resposta e cm respo~ca não há <lbtinção semântiG1 signiflcath'.1.

socorrer I auxiliar

VTD

ver I presenciar

VTI {a)

responder

querer agradar

caber

VTI (a)

morar I residir

V1 (cm)

d:ir início

VT! (a)

cer fundamento

VI

comportar-se

VI

t

Adj. adn. modo

vir de I originar de:

VI

t

Adj. adn. lug.u

-

..

-

por visco I rubricar

vro

mirar

VTD

desejar I almejar

VTI {a)

cheirar

VTD

desejar I almejar

VrI(a)

desejar

VTD

estimar

VTI {a)

fazer agrados

VTD

satisfazer custar

Podem ser \ r íDl. desde que respeite .1 complementação.

\ TfD

dar respoqa

aspirar

........ -g

É preferencialmence VTD com pessoas e VT! com coisas

atender

visar

1

Em geral são VTDT. Admitem a preposição a, de ou sobre. Exigem complementos distintos.

pagar I p erdoar I agradecer

proceder

'

SENTIDO

informar I avisar cientificar no1i6car I certi6car comunicar

assistir

----~~

Não exisrc visrar algum documenco, o correco é visar

VrI(a) ser custoso I ser difícil

VTI{a)

acarretar

VTDI

176

VTI(a) 3ª Pessoa Sing + OI - Nome/ Pronome +Suj. Oracional


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

esquecer/ lembrar

VTD

SEM preposição e SEM pronome

VrI(Pronominal} - Verbo t: pronome na mesma pe''ºª

Com preposição: DE e COM pronome: ME, TE, SE, NOS, VOS

vn

Construção Cl<b\ica Machadiana - via memória obedecer/ d esobedecer

VTI(a)

referir-se

VTI(a}

namorar

VTD

implicar / acarretar

VTD

pisar

VTD

convocar/ convidar

VTD

ver / presenciar / olhar / observar

VTD

amar / odiar / adorar/ desejar

VTD

preferir

VTI(a) 3" Pessoa Sing. + 01 - Non1e/ Pronome + Sujeico de nacurew passi,·a

Não usa COM! áo u'a EM!

Exceção: O verbo PISAR, atualmente, é enrendido pelos fu lanres, como inrr;insirivo. Por isso, alguns gramáticos já flexibilizam o uso da preposição em junco a esse verbo.

Em geral, vem segudio de adjunto adverbial de finalidade.

Exige a preposição A. Não admire: do que/ que/ e não Não admire os advérbios: MAI S t MENOS.

VTD I (em geral)

1ão

chegar/ ir / voltar / retornar / comparecer

V1 (a)

admirem EM. Em geral, são segl idos de adjumo adverbial de lugar. Em ca'o de ideia DE DESTINO, apenas e so111e11lC a preposição A poderá ser usada.

morar / residir

V1 {em)

Quando seguidos de adju nto adverbi.11 de lugar, exigirão a preposição EM.

VTl(com)

Exigem a prepo,ição COM. Não são pronominais. Porrnnro NÃO ACE.ITA: me, ce, se, nos, vos. Deparar-se pracicamence não é usat o. Quando ocorre, é regido pela preposiç.'io a.

d eparar / simpatr.iar antipati7,ar / empatizar implicar (ser implicante)

177


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO li

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

1:~ =-:C'I :l~r• r..\.\TA:I:~ :f!.1 L ·~-

r.1~:41:a~,,~

~~:;_.,

..,.;

. :. ""- '~ :-.-~ .('·~\C .. "

:<t~··..:

EXEMPLO

VERBO

SENTIDO

CLASSIFICAÇÃO

ASPIRAR

sorver, respirar prerender, desejar

VTD VTI

ASSISTIR

ver, presenciar dar assisrência morar

VTJ VTD

AGRADAR

fazer carin ho sarisfazer

VTD VTL

ESQ UECER E LEMBRAR

quando não pronominais qua ndo pronominais (exigem a preposição <le)

\/TO VTI

CHEGAREIR

exigem a preposição "a" quando indicam lugar

VI

Chegou ao casamento vinte mi11utos t1trasatlo. Foi ir jêsra 11a casa dos milionários.

MORAR E RESIDIR

exigem adjunro adverbial ., com a preposição "em

VT

Moro na rua São Paulo. Residia na Av. Bdrbara Coelho de Brito, 983.

Vl

VTDI VTJ (3• pessoa do sing. + sujeito oracional)

CUSTAR

exigir, acarretar rrabalho ser custoso, difícil

IMPLICAR

acarrerar ter implicância

VTD VTI

{avisar, comunicar, cientificar)

dar notícias

VTDI

NAMORAR

-

VTD

O BEDECER E DESOBEDECER

(exigem a preposiçáo "a")

VTI

INFORMAR

PAGAR, PERDOAR

(quando o objeto é coisa)

VTD

E

AGRADECER

(quando o objero é pessoa)

\/TI

178

Ele aspirou muita fumaça durmut• o incêndio. Todns as pessons aspimm tto mcesso. Ele assistiu ao jogo na casa da sogm. O médico assistiu o doente com prestew. Naquela época, ele assistia em Pemr1mb11co. Aproximou-se e te11to11 agradar o filho. O aumento 110 preço dos combustíveis l/{ÍO rtgradou rro consumidor. Esqueci o 1miversdrio dele. Lembrei o nome dele. Esqueci-me do mriversdrio dele Lembrei-me do nome dele.

Este trabalho rnsto11-me s11crifíâos. Custou-me acreditrtr 11a sur1 história.

Sua atitude implicará demissão. O professor implimlltl com 11 alrma.

A diretoria informou 110 fimciondrio 11 demissão. A diretoria informou o fimciondrio da demissâo. Ele namora minha prima hd dois anos. No Brasil, ninguém obedece il sinafiwrdo. Todos devem obedecer ao regulamento. Paguei a conta. Perdoei a 11gressão. Agradeci o convift'. Pagarei 110 garçom. Perdoei rio mm nmnorado. Agmdecemos 110 gerente.


FLÁVIA RITA COUTINHO SARrllENTO VERBO

SENTIDO

CLASSIFICAÇÃO

EXEMPLO

querer anre5 (nào se usa a locução .. "do que com csre verbo)

\rrn1

PREFERIR

(com :t preposição "a")

Prefiro o 11111or à guerm. Prefiro fiem· em cr1sr111 sair com 11quele troglotlirn.

<lcscjar

VTD

c~timar

vn

Ele quairt o mrro 11 qualquer custo. Quero 111uiw hem 11os 11teus cofeg11s.

SIMPATIZAR ANTIPATIZAR

exige a preposição com"; náo ~áo pronominais)

\ri 1

1Vu11m si11tp111ize1 com 11 tliretom d11 escola.

VlSAR

mirar <lar vi~ro objc1 ivar

QUERER

·....

·' -~·"

..

vrn

\lisou o 11/vo 1' (/tirou.

\rrD \/TI

O agente rtmbou vis1111do o cheque.

As medidm visttm ri diminuir n i11jlttçr10.

1:4 :rC1=-~c•r~\1 ·- ~C•l l'J l l~ri 1::a~t :h'JI ~~ ,\:-w..··

,,..~ci~

.•

VERBO

PREPOS IÇÃO

EXEMPLO

ACOSTUMADO

a, com

jrí 1•s111mos 11cos111111ndos tt ess11 siturrçtio.

ADAPTADO

a

N1111m esre11e tiio ttd11ptado ri fi111çrío.

AFLITO

com, por

Nâo t•rtle r1 pen(/ fimr 11fliro com coisn trío i11sig11ijimnte.

ALHEIO

:1

Alheio à 11011111de pop11/111; o governo conti1111rt sem i11tp!t111111r 11 refarm11 ngrríri11.

ALIENADO

<lc

Alienrtdo dos problemrts sociais, só penstt1lft em g1111har dinheiro.

ALUSÃO

a

tlsmfl omem no filme 11 que jiuile 11lusrío.

AMOR

a, para. com, por

U11t elo lig11 jilhrt a mtie: "t1111or 11 fi1ur co11tprns''.

ANTIPATIA

a, concra, por

Nmrirt 1•erdrtdeim n11tip11ti11 pi•los negócios.

APAIXONADO

por

Eu sou r1pnixo1111do por poesi11.

APTO

para, a

O aluno considerrwrl-S(' rtpto prtrfl o rmgo.

COMPATÍVEL

Ç()lll

Es11• 1mh11/ho 111io é comprttívt'I com ti sua fimçrío.

GRATO

,1

Se o s1'11 11111rido lhe comprar flores i11espemtl111ne111e. mosrre-se grt111111 ele.

IGUAL

a

1\feu relmório 11C11bou jim11do ig1111I 110 seu.

IM UNE

a

!1111111e às críticas, ele cominu111,11 se11 1mb11/ho.

PASSÍVEL

de

lodos os projetos srío p11ssí11âs dt' 111odijiC11çrío.

PREFERÍVEL

a

O silhicio é pr~ferível à le11it111dade dllS paln1mts.

PROPENSO

a, para

Nrío est11vtt propenso 11 uiaj11r 1111tto.

RESIDENTE

cm

Pessoas rt'údemes em centros urbm1os sofrem com ti poluição.

VINCLULADO

a

S1·11 fi11uro 11n empresa estrtt•rt t•i11etrl11do no da espostt.

779


UNIDADE VII

CRASE

CONDIÇÕES DE OCORRÊNCIA

1

CONCEITO

Trata-se da fusão de duas vogais de mesma natureza. No porruguês brasileiro, ocorre crase entre a preposição a e um artigo definido a(s)

C r ase é a fusão de duas vogais iguais. A crase do a é assinalada com o uso de acenro grave (à).

ou pronome demonstrativo iniciado pela !erra a

O acento da crase indica, pois, a exisrência das

(aquele(s), aquela(s), aquilo, a, as).

duas vogais:

Cond ições de ocorrência: • o termo regente exigir a preposição a. • o termo consequenre admitir o arrigo a ou

a (preposição) + a I as (artigo feminino) Crase é, também, a fusão de:

ser um demonscrativo iniciado pela !erra a.

Referiu-se (a+a) à mulher.

a (prep osição) + a /as (=aquela / aquelas :;. pronome demonstrativo)

Referiu-se a (somente preposição) ela. Conheci a (somente o artigo) mulher.

S1ui queixa é igual à de todos os trabalhadores.

Pensando ... a (preposição)+ a inicial dos pronomes demonstrativos aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo e dos relativos a qual e as quais.

Comparou (VTDI) sua boca (OD) à boca de outras rnoças (O!).

Dedico-me àquele trabalho de História.

Nesse caso, a crase é obrigatória, pois se trata de um objero indirero. Entre palavras repetidas que constituem expressão idiomática, a crase é proibida.

Esta é a obra à qual o professorfez alusão ontem.

Preferia (VTD!) dinheiro a felicidade.

O emprego do acento da crase depende da regência nominal ou verbal .

Por uma questão de paralelismo sintático, não se usa artigo antes de felicidade, pois não há artigo antes de dinheiro.

Prefiro isto àquilo.

780


FLÁVlA RITA COUTINHO SARMENTO A atitude dela foi igual à sua.

• Entre palavras repetidas que constituam expressões idiomáticas.

A crase ames de pronomes possessivos é fac ul tativa, desde que não subentenda palavra. Nesse caso é obrigatória, pois subemende a palavra atitude.

boca a boca cara a cara frente a frente

Candidatou-se a rainha de bateria.

urna a uma

A expressão rainha de bateria fo i tomada em sentido genérico. Logo não deve ser usada a crase.

gota a gota mês a mês... •Antes de numerais cardinais (exceto horas).

Eles chegaram à noite e resolveram a questão.

À noite é adjunto adverbial de tempo, é uma locução adverbial femin ina. A crase, nesse caso, jusrihca-se por tradição.

Minha casa fica a dois quilómetros daqu1. De 15 a 20 de novembro, haverá uma conferéncia no seto1:

Referiu-se à (àquela) que seria discutida no outro dia.

Da uma da tarde à uma da manhã. (indicação de horas)

A crase empregada no trecho marca a fusão encre a preposição a e o pronome demonstrativo a.

Ele trabalha das cinco às vinte horas. (indicação de horas) Chegou à uma, saiu às três. (indicação de horas)

CASOS PROIBIDOS DE CRASE

• Antes de nomes próprios completos.

Referia-se a Flávia Rita Coutinho Sarmento.

• Antes de masculinos em geral.

O governo falava a respeito de políticas públicas.

• Ant es de uma palavra plural quando o "a'' estiver no singular.

Pagamentos a prazo devem ser negociados.

Os brasileiros não obedecem a leis de trânsito. • Antes d e verbos (não é palavra feminina, nem masculina) .

Os brasUeiros não obedecem às (a+as) leis de trânsito.

A partir de hoje, não faça isso. Com datas a definir, o governo não falou muita coisa.

Se o mesmo a vier seguido de -s, de plural, haverá crase.

Era favorável a decisões justas.

•Antes de artigos indefinidos (um, uma, uns, umas).

Era favorável às (a+as) decisões justas. Pode ocorrer, nesse caso, sutil alteração de sentido.

Referiu-se a uma decisão do governo. Era favorável a uma atitude mais severa.

787


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Referiu-se a Vossa Excelência com respeito.

• Antes de palavras tomadas em sentindo genérico.

Dirigia-se a Vossa Senh01·ia na ocasião.

Esse tipo de tema interessa a mulher (termo genérico), não r1 homem.

Enviou o texto a Sua Senhoria.

(Poderia haver crase, mas mudaria o sentido . . la frase. Nesse caso, a palavra homem deveria também vir precedida de artigo.)

• Antes de dona + nome próprio. Pode-se escrever d ona com a inicial maiúscula ou minúscula, mas é preferível que se inicie com maiúscula.

fise tipo de comportarnento é msociado a criança, não rl adulto.

Dirigia-se a Dona Maria. Dirigia-se ri dona do bar. (sentido de posse adminte crase)

• D epois de preposição (exceto até). (ante, perante, desde, para, contra...)

• Antes de pronomes indefinidos. (cada, alguma, nenhuma, qual.qmn; certo, tudo, pouco, nada... )

Jurou perante a justiça dizer rz verdade. Desde a 1Utirna semana, nada mais foi falado sobre o caso.

Obedeceria a alguma daquelas ordens.

A reunião foi marcada p ara as duas horas.

Preferia sua ideia ri cada opinião dela.

• Em sujeito.

• Antes de pronomes demonstrativos não iniciados pela letra a (este, esta, isso, isto, essa ... ).

As vezes em que ele esteve aqui foram boas.

A medida que o governo usou foi adequada.

Era fovordvel 11 essa rrtitude.

• Em objeto direto.

Jamais obedecerei a esta 01dem.

Avisaram a família (OD) sobre as alternativas do rapaz (01).

CASOS ESPECIAIS DE CRASE

lnfonnaram a população (OD), de aco1do com o que foi definido em assembleia pelo governo, sobre as mzu:lanças no orçamento (01).

• Antes das palavras casa, terra e distância. - Haverá crase, se houver determinante. - Não haverá crase, se não houver determinante.

• Antes de pronomes pessoais.

jamais voltmia a casa depois de tudo o que aconteceu.

Eu, tu, ela, nós, vós, mim ...

Os deputados voltaram lt Casa para a votação.

Era favorável a ela, não a mim .

Observava-os a uma distância de dez metros. Educação a distância é urna tendência.

• Antes de pronome de tratamento (exceto senhora e senhorita).

Voltaram à ten·a natal depois de alguns anos.

782


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO • Antes de Lopônimos (nomes de lugar). Femininos: admirem crase. (da) Neutros: não admicem crase. (de)

V Crase e Produção de Sentido. Chegou fl noite (sujeito = flnoiteceu) e nada foi feito.

Neucros: especificados: admicem crase. (da)

Chegou à noite (locução adverbifll = períodQ da noite) e 11flda foi feito.

Vo!tmmn ;, Bahia ontem. (WJu à Bahia, volto da Bahia) Referiu-se 11 Campinas.

Nos exemplos acima, ambos co rreras, a crase alterou o sentido básico do enunciado.

Retomou fl Paris pela manhã. Voltou à Paris das luzes. Voltou à Belo Horizonte dos jm·dins encantados. •Antes de qu.e e de. . va1or de aque 1a ou 11 avera' crase se o ((a,, nvcr subentender palavra feminina.

CASOS FACULTATIVOS DE CRÂSE +

Referia-se ;, de olhos claros.

• Antes de pron om es p ossessivos femi n inos, no singular, q ue não subentendam palavras. (O uso do artigo ames do pronome possessivo é faculcacivo. Logo, a crase também será.)

Sur1 ruitude em igual à (subentende atitude) de outras mofas. A peça a que assisti em inreressflnte. (só preposifáo) • Nas formas a qual e as quais. Haverá crase sempre que o termo consequenre exigir a preposição a.

Referiu-se fl suas ideias. (caso proibido) Referiu-se às suas ideifls. (caso obrigatório)

As decisões às quais fomos fovordveis eram positivas pam a populflçáo.

Minha ideia em semelhante à sua (subentende ideia). (caso obrigatório)

A lei à qual o homem se referiu já não tinha mais

Referiu-se n sua ideia. (caso facultativo)

()(tÍ01:

Em favorável a nossa atitude. {caso facultativo)

A decisão a qual desejava (VTD) tinha outras rnoti vações.

• Depois d a preposição até. (Depo is de acé, a preposição a será faculcaciva.)

V Crase e Paralelismo Sintático. Todos têm direito ri vida, liberdade, igualdade.

Chegou até o colégio.

Não há anigo antes de liberdade e igualdade. Logo, não se coloca arcigo antes de vida.

Chegou até ao colégio. Foram até a escola.

A sociedade é fo11orável fl lei, ordem, regra. ou A sociedflde é fovordvel ;, lei, ;, ordem, ;, regra.

Formn até à escola.

183


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

• Se houver fusão entre a preposição a e um pronome demonstrativo iniciado pela letra a (aquele, aquela, ... ).

• Antes d e nomes próprios femininos {sem s obrenome).

Refiro-me fl Ana.

Preferia isso àquele produto.

Refiro-me à Ana.

Voltou àquele lugar.

Refiro-me à Ana, minha melhor amiga.

• Em expressões adverbiais, prepositivas ou conjuntivas (circunstâncias) formadas por palavras feminin as, emprega-se, por tradi-

Refiro-me a Ana, uma colega de trabalho. Havendo contexto de incimidade, usa-se, o brigatoriamente, a crase. H avendo conrex-

ção linguística, o acento grave.

to de distanciamento, não se usa crase, é caso

À noite, à tarde, às vezes, à medida que, à proporção que, à procum, à espera, à direita, à esquerda, ...

proibido. O artigo demonstra intimidade. Só é facu ltativa a crase quando não sabemos se há ou não intimidade.

• Em indicações de horas (tradição linguística).

CA$os OBRIGATÓRIOS DE CRASE

Chegou às duns homs. • Se houver fusão entre a preposição a e um artigo definido "a(s) ".

Saiu às cinco. Voltou às dez.. • Em expressões que subentendam as palavras moda/maneira de.

Dirigia-se à direção da escola. O governo é favorável à mudança.

Escrevia à Machado de Assis.

EXERCÍCIOS 1 A frase está CORRETAMENTE construída em a) Não assisto à filmes de guerra. b) A pintura foi executada à óleo. c) Não vou a festas. d) A roupa transpira à suor e à vinho. e) Passeamos à pé todos os dias.

3 Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE as lacunas da frase abaixo. "Ficaram frente _ frente_ se olharem, pensando no que dizer uma _outra." a) b) c) d) e)

2 " G3ranto _você que compete_ ela. pelo menos __ meu ver, tomar as providências para resolver o caso." Assinale a alternativa que preenche CORRETAMENTE as lacunas acima. a) a - a - a b) à-à- a e) ê -à -à d) a - à - a e) à- a - à

à-à-a a-à-a a-a - à à-a - a à-a -à

4 Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE as lacunas no período abaixo.

"Agradeço _ Vossa Senhoria _ oportunidade para manifestar minha opinião_ respeito."

784


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO a) b) c) d) e)

à-a-à à-a-a a-a-a à-à-à à-à-a

8 Preencha as lacunas com a, à, as, às e marque a opção que contém a ordem CORRETA. • Fui _ praia e logo começou _chover. • Gosto de apreciar_ praças. • Tivemos que assistir _ comemoração da Independência. • Contarei uma história você. • Fui Roma e Bahia. • Ela não se dirige_ pessoas frente_ frente.

5 "Sentou _ máquina e pôs-se _ reescrever uma _uma as páginas do relatório." A alternativa CORRETA é

a) a - a - à b) a - à- à c) à- a - a d) à- à- à e) à- à - a 6 Em que frase está CORRETO o acento indicador da crase? a) O material já foi entregue à aluna. b) Chegamos à Ouro Preto. c) Fomos à Sabará ontem. d) Nunca voltarei à essa cidade. e) Aproveito o ensejo para reiterar à V. Exa. os protestos de minha estima e consideração.

a) b) c) d) e)

à - a - às - à - à - a - a - a - a a - à - às - a - à - a - à - a - à à - a - as - à - a - a - à - a - a a - à - as - à - a - à - à - a - a à - à - às - à - a - a - à - a - a

9 Marque a única opção em que NÃO pode haver o acento indicativo da crase. a) Os marinheiros chegam a terra. b) Vou a terra dos meus avós. c) Dedicou-se a sua carreira. d) Já voltaram a casa paterna. e) Escrevi ontem uma carta a Elisabete.

7 Marque a única frase CORRETA quanto ao uso do

1O Em que alternativa a crase é facultativa? a) Chegando a casa, ela desmaiou. b) Chegou até a montanha. c) Dirija-se aquela sala. d) Quando você voltará a Argentina? e) A crise de hoje é semelhante a de anos anteriores.

acento grave. a) Anoite, feriram o estrangeiro à bala. b) Não gosto de comprar à prazo. c) Pus-me a andar a toa. d) Pedimos a menina que trouxesse feijoada à carioca. e) Esta bicicleta é semelhante a que comprei.

1

q-ol 1e-5 I )·8Ie-L1 e-g I )·s

1)·v1)·E 1e-z I )·l I o~p e qe9

785


PORTUGU~ S DESCOMPLICADO

GRAMATICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Antes de m aculino em geral.

Antes de casa, terra e d istância. H averá crase sempre que tais palavras esriverem especificadas.

Antes de verbo.

A.nres de ropônirnos (nome do lugar) . a) Fem ininos: admirem crase; b) Neutros: não admitem crase; e) Neutros especificados : admitem crase.

Se houver fusão enrre um "A" preposição e um "A"(S) arrigo definido. Se houver fusão entre "A" preposição e um pronome demonstrativo iniciado pela letra "A" (aquele, aquela, aquilo) TRADIÇÃO LINGUÍSTICA: Nas locuções adverbiais, prepositivas ou conjuntivas (que exprimem circunstância), formadas por palavras femininas.

Anrcs de numerais (excero indicação de ho ras).

Anres de QUE e DE. Haver:í crase sempre que o "A" tiver valor de AQUELA ou subentender palavra fe min ina.

Ances de arrigo indefin ido. Um(a)(s), U m (s)

Nas formas a qual/as quais, haverá c rase sempre que o consequente exigir preposição "A".

Indicação de horas (circunstâncias de rempo): DE-A / DAS-ÀS / DA-À

Am es de no me próprio com pleto.

Crase e produção de sentido. Quando houver ambiguidade I valor distintivo.

Se as expressões MODA DE, ou MANEIRA DE estiverem su ben rendidas.

Antes de uma palavra plural q uando o ''A" esriver no sing ular.

Crase e paralelismo sind.rico. Manutenção da coerência rexwal. Deve-se observar a padronização no uso de artigos.

Antes de Do na + no me próprio.

à direita, à esquerda, às vezes, às pressas, à beira, à procura, à espera, à medida que, à proporção que, à disposição, à noite, à t1trde...

OBS.: Alguns aurores não empregam acenco grave nas locuções adverbiais de insrrumenro. Acreditam que só há preposição. CASOS FACULTATIVOS Antes de pronomes possessivos femininos no singular, que não subentendem palavras.

An res de prono mes pessoais. Antes de prono m e de rraramenro (exceto senho ra/senho rita) .

Depois da preposição AT~:.

Antes de nomes próprios femininos SEM REFERÊNClA.

Antes de prono mes inde fini dos (rudo, roda, nada, ninguém).

186


FLÁVIA RITA COUTINHO SARtif ENTO CASOS PROIBIDOS

CASOS ESPECIAIS

Antes de pronomes demommuivos não iniciados com a ktra "A" . (escc, isto, essa ...) . Entre palavras repetidas. (ano a ano, mês a mê~ ... ). Em sujc.:ico.

Em objc.:w <limo. D epois de preposição (execro acé) .

187

CASOS

OBRIGATÓRIO~ :


UNIDADE VIII

CONCORDÂNCIA

[ CONCORDÂNCIA NOMINAL

Manoel comprou u.m cinto e colar antigo.

A concordância nominal acontece quando o adjetivo, o pronome, o numeral e o artigo alteram suas desinências para se ajustarem ao substantivo a que se referem.

ou Manoel comprou um cinto e colar antigos. Tratava-se de momento e lugar inoportuno.

REGRAGERAL O adjetivo, o pronome, o numeral e o artigo concordam em gênero e número com o substantivo a q ue se referem.

ou

Tratava-se de momento e lugar inoponunos. • Quando o adjetivo vem posposto a subsranrivos de gêneros diferenres, vai ao masculino plural ou concorda com o mais próximo.

Os seus dois carros novos chegaram. Estes lindos olhos azuis me encantam.

CASOS PARTICULARES

Tenho um primo e uma irmã

• Adjetivo posposto a dois ou mais substantivos vai ao plural ou concorda com mais próximo.

vaidosos - Adjetivo vai ao plural, concorda com todos os substantivos.

Ana recebeu uma pasta e um batom

importado.

• Quando um adjetivo vem posposto a substantivos do mesmo gênero, conserva o gênero, indo ao plura l ou concordando com o mais próximo.

Tenho uma prima e uma irmã

vaidosa - Adjetivo no singular, con· corda com o substantivo mais próximo.

ou Ana recebeu uma pasta e um batom

importados.

vaidosa - Adjetivo no singular, concorda com o substantivo próximo.

Marta pediu um garfo e uma faca cromada.

vaidosas - Adjetivo vai ao plural,

ou Marta pediu um garfo e uma foca cromados.

concorda com todos os substantivos.

188


HAVIA RITA COUTINHO SARMENTO • Adjetivo posposto a substantivos em gradação,

Adjetivo posposto a mais de um substantivo (adjetivo com função de adjunto adnominan

em sinonímia ou referindo-se a uma só pessoa concorda com o substantivo mais próximo. • Quando o adjetivo vem posposco a dois ou mais substantivos alinhados em gradação concorda com o mais próximo.

Um ser, uma força, uma inteligência suprema... A inteligência, o esforço, a dedicação extra01·dinária vence tudo. • Quando o adjetivo vem posposto a dois ou mais substantivos sinônimos encre si, concorda com o mais próximo.

Era um marido e companheiro exemplar. A aplicação e amor ·r acional faz bem.

Substantivos de mesmo gênero + adjetivo

adjetivo Ganhei camisa concorda com o e blusa brancal substantivo mais brancas. próximo ou vai Comprei sofá etanco ao plural usado/usados.

Substantivos de gêneros diferentes + adjetivo

adjetivo Ganhei camisa e concorda com o sapato preto/pretos. substantivo mais Comprei sofá ecama próximo ou vai usada/usados. ao plural no Tomo bebidas e leite masculino quente/quentes.

Substantivos exprimindo gradação e sinonímia

adjetivo Tinha ideia e concorda com o pensamento fixo. substantivo mais Tinha por ela amor e próximo paixão intensa.

Substantivos adjetivo Ele é um espcso referindo-se a concorda com o e companheiro uma só pessoa substantivo mais dedicado. próximo Conheci um cantor e ator famoso.

Havia júbilo e alegria intensa em casa. As maldições se cumpriram no povo e gente hebreia. • Quando o adjetivo vem posposco a dois ou

• Adjetivo anteposto a dois ou mais substantivos.

mais substantivos referentes a uma só pessoa concorda com o mais próximo.

• Quando um adjecivo se antepõe a dois ou O treinador e goleiro tranquilo chegou.

mais substantivos comuns, concorda quase sempre com o mais próximo.

O deputado e secretário da Educação mineiro.

Bela floresta e rios.

-----------------------------, ' Há casos em que a concordância atrativa será obrigatória, ou seja, o adjetivo terá de concordar com o substantivo mais próximo por causa do sentido.

Que assim mereça eterno nome e glória. '

Era dotado de exh·aordinária coragem e talento. • Adjetivo anteposto a nomes de parentescos ou nomes próprios de pessoas ou títulos, vai

Ganhei de presente relógi.o e frango saboroso.

ao plural.

-------------------------------------~

189


PORT JGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Os preocupados pai, miie e tios chegaram.

Entrada é proibido.

Os enigmáticos Guimarães Rosa e Mário de Andrade são muito lidos.

Paciência é necessá1·io neste trânsito louco.

Os afortunados Embaixador dos Estados Unidos e Primeira-Ministra de Israel escaparam ilesos.

Aplausos é p ermitido.

Vitaminas, às refeições, ntío é mau.

É permitido flplausos.

Os modernistas Cecília Meirelles e Manuel Bandeira geralmente fazem bem à alma.

• Q uando o sujeito do verbo ser vem dcccrminado, o adjetivo em função <lo prcdicacivo concorda com o substantivo.

Adjetivo anteposto a mais de um substantivo (adjetivo com função de adjunto adnominal)

Substantivos comuns

r

Substantivo na fun ção de sujeiro determinado por a rcigo, pronome ou numeral.

Adjetivo concorda com o substantivo mais próximo

Conheci belas florestas e rios. Percorri imensa lagoa e vales.

Substantivos

Adjetivo vai ao

Já li os grandes Rw

próprios

plural

eMachado.

Algumas vitaminas, às refeições, são rzecessá1·ias.

Os Clássicos Homero e Virgílio...

É proibida a elllmda.

A dgua mineral é boa pam a sazíde. Toda cerveja quente é p éssima. Muitos aplausos são permitidos.

A entrada é p 1·oibida. • Predicado Nominal formado de Verbo Ser + Adjetivo Predicativo. (é bom, é proibido, é necessário, é claro, é evi-

dente, é ótimo...)

REGRAS ESPECIAIS

• Quando o sujeito do verbo ser é tomado cm sua generalidade, sem deccrminanre, o adjerivo em função de predicarivo permanece invariável na for ma do masculino.

• Particípio realiza concordância com o seu referente.

Dadas, em função de um problema específico. soluções para a questão, nada foi feito.

1

Subscancivo na função de sujeico sem determ inante (sem artigo, pronome ou numeral).

• M enos, abaixo, alerta e pseudo são sem pre

J

invariáveis.

Água rnineml é bom para a smide. Cerveja quente é péssimo.

Os representantes do governo se mantivemm alerta durante a re11niiio.

É proibido enh"tlda.

Usou pseudo argumentos 1u1 ocasião.

190


FLÁVIA RITA COUTINHO SARV1ENTO • Em anexo, em alerta, a sós, haja vista, em

• Dois ou mais substantivos qualificados por um único adjetivo em função predicativa (verbo+ adjetivo) .

mão, a olhos nus e a olhos vistos são expres-

sões invariáveis. Ele foi aprovado no concurso,

- Adjerivo anreposro: concorda com o rcrmo mais próximo ou co m o conjunro.

haja vista o seu esforço. Os documentos seguem em anexo. (sem preposição,

11

Estava satisfeita mãe e filho.

ti

palavra anexo varia nomltl!mente)

Estavam satisfeitos mãe e filho.

Eles estavam a sós.

Parecia clara a decisão e a atitude do governo. Pm·eciam clams a decisão e a atitude do go'lerno.

• Obrigado, quite, incluso, anexo, nenhmn, vários e próprio são palavras variáveis, con-

- Adjetivo posposto: concorda sempre co m o conjunro.

cordam com o substantivo a que se referem. Muito obrigada, disse a moça ao rapaz.

Mãe e filho estavam satisfeitos. Nós estamos quites com o banco.

A decisão e atitude do governo pm·ecimn claras. Seguem anexos os dornmentos. Vocês não são nenhuns coitados.

• Expressões do tipo é bom, é necessário, é permitido, é preciso, é pouco, é muito, é

"Vária vez, ouvi r1quela mulher chorm: " (Machado de Assis)

suficiente, é proibido. - Com dcrcrminanre, variam .

• Tal qual: tal concorda com o antecedente e

É permitida a saída do funcionário.

qual concorda com o consequente. As medidas do governo sã.o tais quais os

São proibidas as músicas altas.

seus interesses.

Os dez reais são suficientes.

O governo é tal qual o povo. - Sem dccerminante, permanecem no mascuEles eram tais qual o pai.

lino e no singular.

Os filhos eram tais qual a mãe.

É permitido saída do fimciondrio. É proibido rmísicas altas.

• O adjetivo possível, em expressões superlativas (o mais, o menos), concorda com o arti-

Dez reais é suficiente.

go que o precede. Emm 11/unos o mais estudiosos possível.

• Muito, pouco, bastante, meio, só, alto,

Eram t1Lunos os rnais estudiosos possíveis.

baixo, mesmo ... - Variam quando se referem a um termo de

Eram pessoas o mais respeitadas possível.

narurcza subscamiva.

191


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMATICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Elas estavam sós.

CONCORDÂNCIA VERBAL

Comeu meia maçã.

REGRA GERAL

Havia bastantes opções.

• O verbo concorda em número e pessoa com o seu sujeito.

- Não variam quando funcionam como advérbios (modificam verbo, adjetivo ou o próprio advérbio).

Falta investimento.

Elas só dizem a verdade.

Faltam investimentos.

Ela acordou rneio nervosa.

Pai e filho reconheceram o rapaz. Qual de nós sabe a verdade?

• Bastante vai para o plural quando for equival ente a muitos, muitas ou suficientes.

A nenhum de nós _ _ essas tarefas. (cabe/ cabem)

já tenho problemas bastantes.

C onsiderando que a frase está invertida, o cer-

• Mdo não varia com valor de ttm pouco, mais ou. menos.

to se ria cabem, pois o sujeito da frase é essas tarefas.

A p residenta está meio preocupada em relação Não se

ao futuro do pais.

• Só varia com valor de sozinho/sozinha.

de Jatos complexos. (trata/ tratam)

O correto seria trata, pois a partícula se foi em-

Eia estava só.

pregada para indeterminar o sujeiro. Logo, o verbo fica no singular.

Elas estavam sós.

• Mesmo varia com valor de próprio. _ _ _ _ aos alunos, nas suas diversas atividades,

Ela mesma resolve seus problemas.

considerar o Jato. (cabe/ cabem)

• O vocábulo mesmo não pode ser usado para retomar termos substantivos (palavras, nomes próprios). Ele é empregado para dar ênfase ou retomar ideias.

O correto seria cabe, pois o verbo está regido por um sujeito oracional considerar o fato.

Respeitava o projeto, pois o mesmo era _ _ _ _ haver mudanças no setor. (Precisa /Precisam)

inovado1: A mulher mesma discutiu o tema.

O verbo haver está empregado com valor exis-

Eu ajudei o rapaz, qual,qu-er um faria o mesmo. (certo:está retomando a ideia, não a palavra).

tencial, assim seu auxiliar se torna impessoal. Portanto, o correra seria Precisa.

792


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

Foram as coisflS simples da vida o que ____ dele um homem feliz. (fez I fizeram)

TIPOS DE CONCORDÂNCIA L6gica: feita com o núcleo do sujeito.

O verbo deve concordar com o termo antecedente do relativo. No caso, concorda com o pronome o ficando, portanto, no singular foz.

A maioria das pessoas acredita no amo1:

Atrativa: feita com o termo mais próximo.

Nenhum de nós tudo sobre a nossa essência. (sabe /sabemos}

A maioria das pessoas acreditam no amm: Ideo16gica (silepse): feita com a ideia sugerida pelo termo.

Nesse caso, o pronome nenhum é o núcleo do sujeito e o verbo deve, obrigatoriamente, ficar na 3ª pessoa do singular. Logo, o correto é sabe.

Todos buscamos a felicidade. (nós) CASOS DE CONCORDÂNCIA VERBA L

Não se

a regras arbitrárias nos dias de hoje. (obedece/ obedecem)

J

• Expressões partitivas + determinante: 16gica ou atrativa. (a mai01ia, grande parte, um pequeno número, um grupo ... )

Quando o verbo for VTI, o se será índice de indeterminação do sujeito. Nesse caso, o verbo sempre fica na 3ª pessoa do singular, ponanto o correto é obedece.

A maioria dos adolescentes não

respeita / respeitam normas. Grande parte dos cidadãos vive/ vivem com o mínimo.

A maioria da população problemflS para dormir: (tem / têm) O verbo ter, como está associado a uma expressão partitiva, poderia, no contexto da frase fazer concordância lógica ou atrativa. Na frase em análise, os dois termos, mai01ia e população, estão no singular. Logo, o verbo só poderá ficar no singular tem.

• Coletivos + determinante: 16gica ou atrativa. (grupo, turma, classe, conjunto, enxame.. .)

Um conjunto de engenheiros resolveu/ resolveram o caso. Um enxame de abelhas atacou/ atacamm

o rapaz.

O governo tem muitos planos; a população, não.

* Prefere-se o singular

A vírgula empregada no trecho toma as duas frases semanticamente dependentes porque substitui a expressão tem muitos planos.

• Numerais p ercentuais, decimais ou fra cionários + determinante: 16gica ou atrativa.

DICAS SOBRE SUJEITO

1 % dos produtos estragou /estragaram.

• • • •

50% da sociedade acredita/ acreditam.

O núcleo do sujeito não pode ser preposicionado. O sujeito pode estar posposto ao verbo. Não se separa sujeito de predicado por vírgula. Para idencificar o sujeito na frase, use o quê? ou

Os 50% da sociedade acreditam. Este 1 % dos produtos estragou.

quem?.

793


PORTU Cj LJtSDESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

• Bater, soar, tocar, dar, faltar, bastar, ... + su-

Se houver um dererminanre anres do numeral,

jeito numérico: o verbo concorda com o sujeito numérico.

o verbo concordará, obrigatoriamente, com o numeral. Algumas bancas preferem a concor1

Bastam cinco reais para resolver o caso.

dância arrariva.

Faltam dois dias para tl prova. • Sujeito composto posposto ao verbo: lógi.ca ou atrativa.

Na atual conjuntura da política econômica brasileira, bastam dois milhões (. . .).

Falta /faltam investimento e recurso no setor.

• Ser (hora!dataldistância): o verbo concorda com o numeral. O verbo

Basta/ bastam uma atitude e uma avaliação.

ser, nesse caso, forma oração sem sujeito, pois é impessoal.

• Um dos que/uma das que: lógica ou atrativa.

O governo foi um dos que investiu /investiram São duas horas.

no setor.

É meio-dia e meia.

Ela foi uma das moças que se manifestou / mani-

}d é uma e meia.

festaram.

Hoje são cinco de março.

* Há uma preferência pelo plural.

Hoje é dia cinco de março. São dois quilômetros até a minha casa.

• Pronome indefinido ou interrogativo (no plural) +nós/vós: lógica ou atrativa.

• Expressões de quantidade aproximada sem determinante {cerca de, perto de, mais de, menos

Quais de nós sabem. / sabemos o que aconteceu? Alguns de nós sonham / sonhamos com

de... ): o verbo concorda com o numeral.

uma vida melhor.

Mais de um milhão foi gasto.

• Pronome que, na função de sujeito: o verbo concorda com o antecedente.

Menos de duas pessoas estiveram no focal.

* Se houver dererminanre, poderá fazer concordância lógica ou arrativa. • Numeral sem determinante: o verbo concorda com o numeral.

Fomos nós que fizemos a tarefa. Conhecia muitas pessoas, o que a tornava especial

• Pron ome quem, na função de sujeito: o verbo concorda com o antecedente ou fica na 3J pessoa do singular, concordando com o próprio quem.

5 0% concordaram com o governo. Metade concordou com o governo.

Fomos nós quem fizemos I fez a tarefa. Foram as mulheres quem decidiram /decidiu

• Sujeito representado por nome próprio plural: - com artigo, usa-se o plural.

tudo.

- sem arrigo, o verbo permanece no singular.

794


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

Estados Unidos representa o numdo. Os Estados Unidos representam o rmmdo.

Vóssa Excelência está preocupado porque sabe de suas obrigações.

As Minas Gerais rep1·esentam o país. Minas Gerais representa o país.

Preciso dizer a você que o amo. Pronomes de tratamento não admitem combinações com teu, te, ti, vós, vosso, -ste, stes.

• Suj eitos representados por verbos no infinit ivo: com artigo, usa-se o plural. sem artigo, o verbo permanece no singular.

• H aver existencial: 3ª pessoa do singular. (verbo impessoal/ forma oração sem sujeico / VfD)

Ler e escrever representa n bnse dn educnção. (sujeito orncionnl)

Se houvesse soluções para o caso, eu saberia. (Se existissem soluções pnra o caso, eu sabnia.)

O ler e o escrever representam a base da educnção. (sujeito composto)

Havia problernas estruturais no setor. (Existiam problemas estruturais no setor:}

Em caso de antônimos, recomenda-se o plural.

Amar e odiar são sentimentos contrastantes.

O verbo existir não é impessoal, flexio na-se normalmente. É sempre VI.

• Sujeitos unidos por ou: - se der ideia de inclusão, usa-se o plural.

Haviam discutido a proposta do governo

- se der ideia de excl usão, usa-se o singular.

Houveram-na por louca.

Cigarro ou álcool fazem mal à saúde.

O verbo haver, em ourros senridos, vari2 nor-

Atlético ou Flamengo será campeão brnsileiro.

malmenre, como nas d uas frases acima.

Tentro ou cinema eram ns opções de laze1: Na discussão, teve quem questionasse a deasão do governo. (certo: houve)

Tentro ou cinema era o programa d.fl noite. • Sujeitos unidos por conz:

O verbo ter não pode ser usado com valor exis-

- usa-se o plural. Admire-se o singular quando se

rencial, logo a frase acima escá errada de acordo

deseja dar ênfase ao primeiro elemenro.

com a no rma culca.

A professora corn os alunos decidiram a data da prova. A professora, com os alunos, decidiu a data da prova.

• Haver e fazer indicando tempo decorrido: 3ª pessoa do singular.

• Pronomes de tratamento: embora sejam de 2ª pessoa, concordam com

(verbos impessoajs / fo rmam o ração sem sujeico)

verbos e formas auxiliares cm 3ª pessoa. Em gê-

Havia semanas que não se falavam.

ncro, concordam com o sexo da pessoa a que se

jd faz cinco anos que ele esteve aqui.

referem.

195


PORTUC) UtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

• Verbos indicando fenômenos naturais: 3ª pessoa do singular. (são verbos impessoais / formam oração sem

• Sujeitos em gradação: realizam concordância atrativa. Ao se concordar com o conjunto, há descaracte-

sujeito)

rização da gradação.

Choveu em vários estados brasileiros.

Um ano, um mês, uma semana não muda nctda.

*'ntavam folhas para todos os lados. (Em sentido figurado, o verbo varia. Portanto, o verbo ventar concordou com o seu sujeito sintático: foUJas.)

Um olhar, um gesto, uma palavra bastaria. • Sujeitos representados por núcleos sinônimos: realizam concordância atrativa.

Amor e paixão mdente faz ,.. bem à alma. • Auxiliares de verbos impessoais ficam sempre

Alegria e felicidade move* a vida.

na 3ª pessoa do singular.

* A conco rdância com o conjunto descaracteriza

Deve haver outras opções para o rapaz.

a sinonímia. l~i fazer

dez anos que nos conhecemos.

• Cada um (a) de/dos/das: 3ª pessoa do singular.

• Verbo parecer. O parecer se flexiona cm locuções verbais, seguido de infinitivo sem flexão.

Cada uma das meninas chegou no horário.

Pareciam compreender (loc. verbal) a vida.

Cada um de nós sabe o que quer.

Os governantes parecem concordar (loc. verbal) com o acordo.

•Nenhum (a) de/dos/das: 3ª do singular.

O parecer permanece na 3ª pessoa do singular,

Nenhum de nós criticou o governo.

segu ido de infinitivo flexionado formando sujeiro oracional. Nesse caso, há estruturação de

Nenhuma delas entendeu o fato.

período composro.

Parecia compreenderem a vida. • Sujeito oracional

= l'11reár1

O ve rbo da oração principal fica sempre na 3ª pessoa do singular.

que e!ts co111preendi11111 1111id11.

Os governantes parece concordarem com o acordo.

Ca be aos alunos das diversas universidades brasileiras discutir o tema.

= f'11rece que os go111'n111111er co11rord11m111 rom o ,1rorrl11. É possível que ambos os verbos fiquem no

Procura-se resolver conflitos.

singular. Entretanto, os dois jamais ocorrerão no plural. Errado:

É importante que se diga a verdade.

Eles pareciam saberem a verdade.

196


HAVIA RITA COUTINHO SARMENTO • E m locuções verbais, ap enas o auxiliar de um ver bo no infinitivo pode se flexionar.

• Verbo ser (de ligação) O verbo ser concorda ora com o predicat ivo ora com o sujeiw, seguindo a segu inte ordem de prevalência:

Elas estão estudando. (Locução verbal) Elas vão estudar. (locução verbal)

PRONOME RETO >PESSOA > PLURAL> OUTROS

• Em períodos compostos, o infinitivo poderá

Você sou. eu amanhã.

ser flexionado, sobretudo se estiver precedido de prep osição.

Meus sonhos é ela.

Elas pediram para sair /saírem mais tarde. Elas têm receio de se sentir / se sentirem mal.

A vida são crianças brincando.

V Se houver pronome indefinido ou demonsrrarivo + plural, a concordância poderá ser feira com qualquer um dos termos.

Isso é / são coisas da vida. 'Iitdo é I são flores.

LOCUÇÃO VERBAL X PERÍODO COMPOSTO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Locu~o verbal:

• Em caso de concordância lógica e atrativa, sempre haverá alteração sutil de sentido ou de ênfase, sem necessariam ente comprometer a coerência textual.

• o infinitivo não varia. • possui apenas um sujeito. Período composto: • o infinitivo pode variar. • possui dois sujeicos que podem ser diferentes

A maioria dos políticos cumpre / cumprem suas promessas. (no singu/,ar, dá foco para a coletividade » no plural dá foco para a particu.Úl.ridadí~

ou iguais.

As pessoas têm medo de se sentir sozinhas ao Longo da vida. {ou se sentirem]

• Ordem de prevalência das pessoas gr:unacicais no Português Brasileiro:

As pessoas devem, ao longo da vida, reforçar suas ideologias. [não pode variar locuçáo]

- a 1:i pessoa prevalece sobre as demais.

Os professores pediram para, na ocasião, sair mais cedo. {ou saírem]

- entre a 2ª e a 3ª pessoa, não há prevalência.

Eu, Os governantes têm que, em algum momento, discutir ofato. [não pode varim· locuçáo]

tu

e Ana fomos ao Local

Tu e Ana foram / fostes ao Local. *Alguns autores recom endam a p revalência da 2 3 pessoa.

Os governantes sentem necessidade de refletir sobre o fato. [ou refletirem]

797


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

EXERCÍCIOS Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE as lacunas. a) deveis, lhe, vossa. b) deve, o, sua. e) deve, lhe, sua. d) deveis, vos, vossa. e) deve, o, vossa.

1 Os lermos destacados estão corretamente flexionados, EXCETO em a) Foi-me penosa a indecisão, o medo e a fraqueza. b) ( mbora fosse tarde, saíram apressadas e sós. e) Vinha com bolso e mãos cheios de dinheiro. d) Felizmente, hoje está quites com seus credores. e) Apesar da idade, não era homem de meias pa lavras.

5 Assinale a opção que NÃO se apresenta adequada às normas cultas da língua padrão. a) A maioria das pessoas está preferindo morar no meio urbano. b) Nenhum de nós desconhece a importância de tua tese. e) Quais de vocês viajariam para um deserto como a fazenda do matagal? d) Quantos de vós me ensinareis a viver melhor a minha vida? e) Qual de vocês têm algum juízo para me apontar caminhos?

2 ToddS as concordâncias são referenciadas pela norma culta, EXCETO em a) [ stavam bastante desertas a vila, os bares e o tempo. b) E necessário manter bastante limpas as ruas e os j.3rdins. e) Considerava as razões bastantes para acusar de corrupto o rei e a rainha. d) Terão bastantes razões para considerar simpáticos o diretor e sua filha? e) Serão bastante importantes as máquinas para que os homens se encantem com elas?

6 Identifique a opção que pode ser completada APENAS com a primeira forma verbal proposta, segundo os padrões da língua culta. a) Ainda hoje haver muitas Elviras em nossa sociedade. (pode - podem) b) Quais de vós a primeira pedra em Elvira? (atirariam - atiraríeis) e) A maioria dos amantes de Elvira no subúrbio. (morava I moravam) d) Não se facilmente, em nosso peito, pessoas iguais a Elvira. (admite/admitem)

3 Até agora, já foram encontradas oito torres e um pedaçc do grande muro que protegia a cidade. Ocorreu um caso de concordância equivalente ao gritado acima em a) Mandou-me, pelo emissário, livros e frutas maduns. b) Perdido o orgulho e a fé, nada mais lhe restou senão a morte. e) F::iram reconhecidos, pelas famílias, o corpo e as vestes do morto no acidente. d) São necessárias todas as providências, para que fatos dessa natureza não mais ocorram. e) A rudez e a violência alheia assustam mais do que as nossas próprias.

7 Todas as alternativas abaixo apresentam concordân eia verbal correta, EXCETO a) A maior parte dos menores vive sob as marquises. A maior parte dos menos vivem sob as marquises. b) Faz anos que a questão do menor se agrava no Brasil. Fazem anos que a questão do menor se agrava no Brasil.

4 "Vossa Excelência ouvir a opinião dos jovens que apoiaram durante campanha."

198


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO c) llson Escóssia é um dos que apresenta suspeita de delinquência. llson Escóssia é um dos que apresentam suspeita de delinquência. d) Um bando de meninos morre a cada dia no País. Um bando de meninos morrem a cada dia no País. e) Quais de nós pensam nos meninos de rua? Quais de nós pensamos nos meninos de rua?

9 Assinale a frase que contém ERRO, tendo em vista a concordância verbal. a) Eu, tu e vossos amigos fomos ao cinema . b) Fui ao cinema eu, tu e vossos amigos. c) Tu e teus amigos quisestes sair. d) Tu e teus amigos quiseram sair. e) Tu e teus amigos quiseste sair.

8 Em todas as alternativas, a lacuna pode ser preenchida corretamente por ambas as formas entre parênteses, EXC ETO em a) A maioria das pessoas comentários sobre fatos que não existiram. (elabora /elaboram) b) Alguns de nós profissionais autônomos. (são / somos) c) Boa parte dos entrevistados ao concerto de Vil la Lobos. (assistiu/assistiram) d) Mais de um Ulysses Guimarães posando pelado numa revista. (viu/viram) e) Na Avenida Paulista, a burguesia e o populacho. (transita/transitam)

1O Em todas as opções, a lacuna pode ser preenchida apenas por uma das formas verbais indicadas, EXCETO em a) resultados completamente satisfatórios. (Havia/Haviam) b) Os dias tristes, nem as horas longas, nada o _ _ _ _ para outro lugar. (deslocava/deslocavam). c) -lhe o juízo e o senso do ridículo, pois tinha medo de se exibir. (Sobrava/ Sobravam) d) -lhe as propriedades e o dinheiro da herança misteriosa. (Faltava/Faltavam)

1)·OL I <l·6 I P-8 I q·L I e-9I<l·S1q-(71q-E1 e-z I P·l 1 o~p eqe9

799


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

mr;

··\;s~7-Q~.ÇQRPA~

Exp n:,~õc;.

parci ri v:LS + <leterminance

Coleriv0

d cu:rmina nte

1

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Grande parce. a maiori.1. um pequeno número ...

Lógica ou arra1 1,,1

Uma co leção. um conj u nco. uma lll rlll•l...

l.<igica ou .ur.Hi\a

• '>e o numcr.il vier precedido de <lc1ermin:mre (.1nigo/pronomt'.), o Numerai' + determinante

"erbo concord.1r.í com o numeral. • Se o numeral nào e~th·er detcrmmado, o verbo com:or<lará com o numcr.11.

1 ógica ou atr.11 Í\ .1

-

11.í uma preFe rência pelo pl u ral.

l .ógica ou .urativ.t

Se o pronome C\ti\'er no singular. o verbo ficar.i .1pen.1' no singubr.

1 ógica ou atr.lll' .1

Um(:i) clo,/tb s que Pronon 1e\ indefinid os ou interrogati,·os, no plural llÓ\ OU \'ÓS Sujeito ~o m posro p osposto .10 verbo

-

L.ógit:a ou ar r.11Í\'.1

Nem u111 / nem o u tro/ um e ou tro

• Nem um / nem ou rro - prcfore ncialmenrc oingu lar. • Um e outro - preferencialm ente plural. Nc;.\c c.1\0, o ,ub;,1:111rivn só pode fie.ir no >ingubr e o adjeli\'O só pode fie.ir no plural.

Li>gica ou atr.1tiv.1

Haver exhtcncial

\Clll

Impessoal. oraç.io 'em sujeico, \TD. n:io aceita p.1,siva. Haver valor exi\lenci;il varia. N ..10 pode usar o verbo n R com valor cxi stc11cial.

~· Pesso;1 Singul.11

Haver e f:11cr in dicando tempo decorrido Fcnomcno' naturab

Auxili:u _., de verbos

impc'>oa i ~

1mpesso.11, oração sem ouj.:iro, não aceita p.1\\iv;1.

J• Pe"ºª Singul.11

lmpesso.11, oração \em \Ujci10, n:ío aceit.1 p.t\\i\,I. ATENÇÃO: cm sentido figur.1<lo. o verbo conrnrdará como sujeito.

j• Pessoa Singul.ir

<.) verbo cx i, tir e ~cu

;111xiliares varia m .

.~•

l'e.ssoa Singular

Am.ué bom.

3' l'cssoa Singul.1r

Ncnhun(a) de I d o, Ida,

Nen hum <lc mi' disse isso.

Y Pessoa Singul.1r

Cada 11111(:1) <lc I do~ I das

Cad a um de nó' chegou.

}• Pessoa Singul.1r

Amor.•1m11.ade, <linheiro. mda lhe agr.1<la\',l.

Y Pessoa Sinp1l.tr

Núcleos 5in ô n imos

Amor c paixão arden te li1z. hem à .tlm.1.

Ac r:Hi\',\

• Altera-•.e o ' cnci do.

Amor e paixão ar<lcmc fa1em bem :1 alnu. Nc"e c.fü) perdeu .1 noç.io de sinõnimo.

.)·• Pessoa Singul.1r

Cm me,, um ano. ll!ll'I vi<Ll n.io ~ p.1r.l ...

Arrati\',1

Um o lhar, u m gcsw. uma palavra muda riam 111d o. l\:rdcu-se .1 noç.io d e grad ação.

Y Pessoa Singul.11

Exceção cm l.1so de expre~s.io cluplilacla ou de redprocidade.

J • rc,SOJ Singul.1r

Sujeito >racional

Apo5CO 1esumi1ivo I enumer;1ç.'to + tudo, 11.1d.1. ninguém

N úcll'm cm gradação

Mais ele um(a) Soar, tot.H, dar, bater. fo liar, resta r 1 ' ujcico n u mé rico.

O verbo corKordad com o suj eico mum:rico.

Ser - h m.1 / d:u a I distà nci.1

O verbo concor<l.ir.í com o nunu:r.1 l 1111e o acomp.1nlur

Exprc;.sõcs de quantid ade aproximada

• O verbo concor<l.1r:í com o numcr.11 da exprc\\.io. • Se a CXIHC\\,ÍO estiver \cguida <lc dctcr111in.1111e, a concor<l:rnda a crati\'a cambé m sc d acc it.1.

200


FLÁVIA RITA COUTIN HO SARMENTO CASOS

CONCORDÂNCIA

TIPO

Com dererminante

PI uni

l.,cm dcterminanre

Singular

Pa nícula Apassivadora - o verbo ''aria para concordar co m o sujciro.

l.ógi1...i

Índite de indercrminaçáo do Mijeiro

3• Pessoa Sin gular

Nomes próprios plurai'

P.micul.i Si-

Para o CFSPE. .1 p.1nícub 51' poderá ser !IS também com \ri[) ou VTD I. Isso ocorred quando o Yerbo (\r i l)/\'TDI) esri,·er seguido de complemenro plural. Nesse <aso o Ycrho só poderá fie-ar na j l pcsso.1 do singular. 1) Procura-se(\ 1 D - PA) soluções para o caso. Cena p.1r;1 o CESP e errada para qualquer h.rnca. 2) Procuram-se (VTD - JIS) soluções para o caso. Certa p:era qua lquer b.rnc.1.

• Em locuções verbab, apenas o aux iliar varia, ou seja. o infini ri vo não se flexio na. • Em períodos comp<NOs com o mes mo sujeiro•.1 llex;10 do in lini rivo será facul t~. tiva. Ht•x.io de infinitivo

\'.:rho p.ucccr

Vt·1bo Ser (<lc ligaç;io)

sobrerudo w ele ''icr pl'rccdido de preposição. • Se o sujeiro do infinitivo l'srivcr expliciro e for distinto d.1 oraç:.O. a Hcxão ser:í obrigarória. P.irt"ccr - J• singular+ infiniri,·o flexionado Loc. \'crbal Parecer f1c\ion.1do + inlinirivo impessoal (>cm flcx.io) - Período Composw O verbo ser (dt· ligaç.ío) poder;\ conco rdar ora com o sujeito o ra com o pred icativo do sujcim, respeita ndo a segui nte ordem de: prevalê ncia: 1) pronom.: reco - 2) pessoa - ;)) plural - '1)o u1 ros . EXCEÇAO: Pro no me indefin ido ou pronome clcmon~tra ci vo + palavra plur;d, .1 concord.im:i.1 podcd \er rca li7ada com qualquer um do' 1crmo r. 7i1do élstio flores. -

Pronome de rraramento

\ujc:ito~

-

Concord.1 sc:mpre cm 3• pessoa com verbo~ e formas auxiliares.

lnclu\âo: plural I Exclmão: singular

unidos por OU

Sujeitos unido~ por CO/\ 1

Em geral, us.1-se plural. Admite-se o singular para c:foiw de ênf.i\c no primeiro elrnwnto.

'iujcito represem.ido pdo., pro no mes rcl.1cirns Qui; ou QUIM

QUE - o ve rbo co ncorda r.í \emp rc co m o termo .1 ntcccd c: nt c. QUEM - o verbo <.:oncorda r;Í com o a ntecedente o u pcrma ncccr:í na 3• prssoa do 'ingular concordando com o próprio QUEi\ t.

2 01


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

• -

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

'.~:Y/-.!.·.·.: CONCORD~NCI~ NOMÍNAl: ... ·~' !(:~~· ~·1';.~~~, ..-~...., .. ~ ._.. <; ..... ~--· \,.,.,,... -, " -~ -

--

-

_,

·-

-

....

--

CASOS DE CONCORDÂNCIA J

l

REGRA ESPECÍFICA

1

Mcnm, abaixo, alcrca, pseudo

São sempre invariáveis. Alguns aucore~ admirem a Aexão do vocábulo alerta guando junro <lo nome.

Haja \'ÍSta, em anexo, a sós, em alerta, a olhos v istos, a olhos nus, cm mão

São sempre invariáveis. Alguns autores admirem a flexão da forma haja(m) quando seguida de palavra plural.

Tal qu.tl

Tal concorda com o anrecedenre e qual concorda com o comequenre.

Adjetivo possível em expressões ~uperlativas

O adjccivo possível, cm expressões supcrlacivas, concorda com o arrigo que o precede.

Parricípio passado

Concorda sempre com o subscanrivo a que se refere.

É proi'~ido, é perm icido, é bom, é necess;írio. é pouco, é suficicncc

Se houver determinante, a concordância scd feira seguindo o padrão do dctcrm inanrc. Se não houver dcccrminamc, a expressão ficará no masculino, ~ingular.

Obrigado, quite, incluso, leso, próprio, nenhum, vá rios, anexo ...

Tais adjetivos concordam com o substantivo a que se referem.

Usa-se arrigo plural, seguido de subscancivo plural e de adjetivos no Dois ou mais adjetivos qual ificando um único ;;ubstantivo

singular.

Dois ou mais substantivos qua lificados por um único adjetivo cm função predicariva

Adjetivo anteposto: mais próximo ou conjunto. Adjetivo posposto: conjunw.

Dois ou mais suhstanrivos qual ificados por um ún ico adjetivo cm função de adjunto adnorninal

Adjecivo anccposrn: mais próximo. Adjetivo posposto: mais próximo ou conjunto.

Em ca.;o de nomes próprios

A concordância scn\ feira com o te rmo mais próximo.

Em ca.;o de sinônimo~

A concordância ser:í feita com o conjunw.

Em caso de gradação

A concordância será feita com o conjunw.

Em caso de do~ ou mais substantivos se referindo a um mesmo ser

A concordância será feita com o conjunro.

Muico pouco, alto, baixo, caro, baraco, mesmo, só, meio, bastanre...

São invariáveis quando funcionam corno advérbios. Variam quando se referem a termo de natureza substantiva.

Ainda, pode-se usar arrigos antes de todos os termos subentendendo o subscancivo.

202


L


UNIDADE IX

PONTUAÇÃO

1

1

PRÉ-REQUISITO~ PARA

- há omissão de termos que ficam ocultos na cadeia da frase.

, O ESTUDO DA VIRGULA D izemos que os termos de uma oração estão em ordem direta quando eles se sucedem na

Esses fenómenos, em geral, são marcados por vírgu las na escrita.

sequência natural da Fala, isto é, quando se dispõe

É preciso não incorrer numa pressuposição enganosa : que roda pausa na língua oral co rresponde a uma vírgula na escrita. Se assim fosse, para o uso da vírgula, poderíamos confiar

na seguime progressão: sujeito ..... verbo ..... complemento do verbo -> adjunto adverbial

cegamenre na intuição e não precisaríamos esrudar Orações em ordem direta

regra alguma. É verdade que muitas pausas da

As autoridades visi1amm o saldo do automóvel lts dez horas.

língua oral correspondem à vírgula na escrita, mas

1ujei10 -

verbo -

complemento do verbo -

a implicação não é necessária, sobrerudo porque:

ad1un10 adverbial

- a língua oral é livre de convenções e mais sujeita à individualid ade do falanre;

Dizemos que há ordem indireta sempre que a progressão acima for alterada. Se, por exemplo,

- a língua escrita é mais conservadora e mais

colocarmos o adjunto adverbial ames do sujeito

apegada a usos adquiridos ao longo de uma

ou entre o suj eito e o verbo, teremos um caso de ordem indireta.

tradição. Disso decorre que: - pode haver pausas na língua oral que não são marcadas por vírgula na escrita.

Orações em ordem indireta

Odesenvolvimento nonnal da personalidade 1 pressupõe bom tm1biente.

Às dez horas, as aworidades visitaram 1 o salão do automóvel. ad;unio adwrbial ~

sujeito -

verbo •

suieuo -

complemento do veroo

predicado

Note que entre o su1e1ro e o predicado não

Os termos da oração ocorrem disposros em

se usa vírgula, embora, na fala, possa haver uma

ordem indireta quando - há inversões;

pausa, sobrerudo quando o sujeito tem alguma extensão.

- há in tercalações;

204


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO - pode haver vírgulas na escri ra q ue não correspondem à pausa na língua oral.

Para separar termos coordenados (em enumeração)

Fique quieto, menino.

O livro estava sujo, rasgado, imprestável

vocativo

Corno se pode notar, no caso acima, não ocorre pausa na fala e ocorre vírgula na escrira. Como conclusão, diremos que a gramática, baseada no uso culto que se rêrn feiro da vírgula, propõe um conjunto de normas que devem ser seguidas por aqueles que desejam usar a escrita dentro do padrão formal .

Para marcar elipse do verbo

Nós trabalhamos com os fatos, com hipóteses. (trabalhamos com hipóteses) Para isolar • o vocativo.

Não demores tanto, meu filho. USO DA VÍRGULA ENTRE O S TERMOS DA ORAÇÃO

• o aposto.

O tempo, n osso inimigo, foge rápido.

No interior da oração, usa-se a vírgula:

Para m arcar intercalação • do adjunto adverbial.

RESUMO DO EMPREGO DE VÍRGULA

Ele, com razá.o, sustenta opinião contrária.

E CONSIDERAÇÕES SEMÂNTIC.\S

• da conjunção coordenativa deslocada. Os si nais de pontuação servem para dar sentido aos rexcos escritos. Logo, alterações na pontuação podem mudar o sentido de um texto ou de um trec 10. Vejamos exemplos de itens:

Não hd, portanto, nenhum risco no negócio. • das expressões explicativas ou corretivas.

Todos se omitiram, isto é, colaboraram com os adversários.

Os Estados Unidos, o Canadá, a China, mtre outros países, participaram do acordo

Para marcar inversões • do adjunto adverbial (no início da oração) .

As vírgulas empregadas no trecho separam itens de enumeração coordenados entre si. (Afirmativa errada.)

Por cautela., deixamos um depósito. *Observação: Pode-se omitir a vírgula, a menos que o adjunto adverbial renha cerra extensão.

O erro está no faro de que as d uas p "imeiras vírgulas são de enumeração. Para se1 enumeração, as palavras separadas devem pertencer à mesma classe gramatical. As vírgulas que isolam "entre o utros países" cumprem outra função, a de separar termo de na tureza explicativa.

• do complemento pleonástico antecipado ao verbo.

Casos mais importantes, já os apresentei. • do nome de lugar antecipado às daras.

Belo Horizonte, 09 de maio de 2011.

205


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

A China (país de base ainda socialista}, o Canada e os Estados Unidos assinaram o acordo.

1 Isolar aposto (termo de natureza explicativa). O aposto pode ser isolado por vírgulas, por travessões, por parênteses ou por dois pontos.

o~

parênteses empregados no trecho poderiam ser substituídos por travessões. (Afirmativa correta.) Em expressões de natureza explicativa, pode-se usar vírgula, parênteses ou travessões.

Referia-se a Ouro Preto, uma linda cidade histórica.

4 sociedade que privilegia o coletivo se desenvolve expressivamente.

2 Isolar vocativo (um chamamento).

Seria possível empregar uma vírgula logo ap6s "sociedade,, e outra antes do pronome "se,,, porém haveria alteração de sentido. (Afirmativa correta.)

Vótem, cm·os eleitores, com consciência. Não são possíveis as mesmas opções de substituição do aposto. Se o vocativo estivesse no início, poderíamos usar um ponto de exclamação ou interrogação.

Sem as vírgulas, reríamos uma informação de caráter restritivo. Com as vírgulas, a informação seria de natureza explicativa.

3 Isolar expressões de natureza explicativa (ou seja, isto é, ou melhor, vale dizer, quer dizer, etc).

A VÍRGULA EM ANÁLISE

O Brasil é um país rico, ou seja, dispõe de

muitos recursos naturais.

Uso ele Vírgula

*Algumas bancas denominam cais expres-

A atML crise política brasileira (1) prejudica (2) a imagem (3) do país (4) no exterio1:

sões de rerificativas

Casos proibidos

4 Isolar complemento pleonástico (aparece repetido dentro da estrutura frasal).

1 Enrre sujeito e predicado. 2 Enrre verbo e complemento verbal. 3 Entre nome e complemento ou adjunto adnorninal. Observação: Na posição 4, a vírgula seria fat ui cativa. O adjunto adverbial está em sua posição natural, que é o final de frase. A vírgula é permitida apenas para dar ênfase.

Esta questão, jd a discutimos outro dia.

5 Separar palavras de retificação ou ênfase (principalmente, inclusive, só, menos, exceto, etc) .

Todos merecem ser aprovados no concurso, principalmente eu.

Casos de Vírgula Observação: ordem narural/direra/canônica da frase: sujeito + verbo +complemento vc bal + adjunto adverbial. Se a frase esrá disposta na ordem direta, não é necessário usar vírgula, que marca exacamt nte a interrupção de cal ordem direta.

6 Separar itens de enumeração (palavras coordenadas encre si, termos da mesma classe gramatical que exercem a mesma função sintática).

As pessoas têm medo, ao longo da vida, da

solidão, da morte, do abandono.

206


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

Somente a 3ª e a 4ª vírgulas são de enumeração. A 1ª e a 2ª servem para isolar adjunto adverbial deslocado. Os termos enumerados são todos complementos nominais.

9 Indicar deslocamento de conjt..nçóes coordenativas (portanto, entretanto, por isso, assim, então, etc.). Geralmente, a conjunção coordenativa vem no tn1c10 de oração (;a!de início de período). Logo, a conjunção deslocada é aquela que está no interior de uma oração.

7 Indicar elipse ou zeugma de termos.

Na minha frente, uma enorme fila.

O país investe em educação, entretanto não há resultados visíveis

A vírgula marca a omissão de formas verbais que poderiam, gramaticalmente, ser representadas por havia ou existia.

O conector entretanto está no início da segunda oração. Logo, não está deslocado. Sendo assim, não é possível colocar uma vírgula após entretanto.

O governo se posicionou sobre ofato. A população, não. (a população não se posicionou.)

Esquema: • Conector no início da segw1da oração, usase apenas uma vírgula antes do conector. Se as duas orações fo rem separad.1s por um ponto, o conector estará no início do período. Nesse caso, pode se usar uma vírgula após o conector.

8 Indicar deslocamento de adjuntos adverbiais, sobretudo se forem muito longos.

A população brasileira, hoje em dia, está preocupada com ofaturo do país. É um adjunto adverbial deslocado, pois está no meio da frase. Para a Esaf e para o Cespe, as vírgulas são apenas recomendadas.

• Colocando-se ponto e vírgula an es do conector, pode se usar vírgula após o conector. Vejamos o conector deslocado, ou seja, no interior de uma oração:

Atualmente, muitas nações buscam

fontes limpas de energia.

O país investe em educação; não há enb·etanto, mudanças visíveis.

O Brasil ainda não resolveu (..). O vocábulo ainda poderia vir entre vírgulas. Trara-se de um caso faculrativo.

Nesse caso, o conector está desloc1do.

O governo, em gera4 não tem esse

Quando o conector coordenativo estiver no interior de uma oração, virá, obrigatoriamente, entre vírgulas.

tipo de atitude.

J

Nesse caso, as vírgulas não são facultativas, pois alteram o sentido da frase.

207


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

10 Separar orações coordenadas sindéticas ou assindéticas. Coordenadas = independentes. Sindéticas = com conjunção. Assindécicas = sem conjunção. Entre orações coordenadas, pode-se usar vírgula, pomo final ou ponto e vírgula.

• Polissíndero (repetição da mesma conjunção) - vírgula obrigatória.

Ela chorava, e gritava, e pedia, e implorava... (Traca-se de urna enumeração.) Observação: a vírgula ames de etc é

facultativa.

O governo investiu no projeto, entretanto

não obteve o retorno esperado.

12 Isolar oração subordinada substantiva apositiva (oração substantiva é intro-

A vírgula pode ser substituída por ponto e vírgula ou ponto final. Obs.: em alguns casos, é possível usar dois pontos.

duzida por conjunção inrcgranre). Esse caso admite também dois pontos.

O governo queria apenas uma coisa:

(,) que tudo se resolvesse.

Brigam muito, querem o divórcio. Brigam muito: querem o divórcio.

13 Isolar oração subordinada explicativa (oração adjetiva é introduzida por pronome relativo).

É possível usar dois pontos, sobremdo quando porque há uma relação de explicação ou de conclusão.

Referiu-se ao governo, que era a bnse de tudo.

11 Vírgula antes do coneccor e.

14 Isolar orações subordinadas adverbiais (exprimem circunstância) antecipadas ou intercaladas à principal. A vírgula do adjunto adverbial pode ser facultativa. No caso de oração adverbial deslocada, é obrigatória.

• Sujeitos idênticos - vírgula deneces-

sária. O governo decidiu ofoto e

comimicou-o à população.

O governo, se quiser, poderd resolver

O sujeico é o mesmo nas duas orações, então a vírgula não é necessária.

a situação. {intercalada) Se quisn; o governo poderá resolver a situação. {antecipada)

• Sujeicos diferences - vírgula reco-

mendada.

O governo poderd resolver a situação

O governo fez o projeto,

se quiser. (posposta facultativa)

e a população o reprovou. Conecror com valor alterado {valor de "mas", por exemplo) - vírgula fa-

cultativa. O governo iniciou o projeto, e não o concluiu. (=mas)

-J 208

NOTA: Oração advn·bial depois da principal - vírgula facultativa.


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO 15 Isolar orações inrerferentes. (Orações inrerferentes apresentam opinião do locutor, fala, explicação, etc.)

Nâo se imaginava que a propaganda seria tão agrmiva. or.

OP' n 1p..il

Subordinadas adjetivas

O governo brasileiro, não que isso fosse positivo, fez alianças com

A adjetiva restritiva não se separa da principal por vírgula.

os Estados Unidos.

São raros os programas de

O Brasil, segundo afumam,

n1 que trazem algum proveito.

é o país do futuro. Pode ocorrer vírgula depois da oração subor-

As orações interferentes podem vir,

dinada adjetiva restritiva, sobretudo se ela tiver

também, entre parênteses ou duplo travessão.

cena extensão ou se terminar em um verbo contíguo ao <la oração seguinte. No entanto, não é um caso normativo. Os empreendimentos q111• 11111is con/linhnm foram emregues 1 outros.

NÃO SE USA A VÍRGULA

Não se usa a vírgula entre termos imediatos.

0<ação proo ·a

01a1ão 1ubofc Odda

T

.c,ft:1a r~trt

'ª

j'

A adjetiva explicativa vem sempre isolada por vírgulas.

• Emre o sujcico e o predicado.

O juiz ,que era integro, não se vendeu

Todos os componentes da mesa recusaram 11 proposta.

t

Subordi nadas adverbiais Sempre é correro o uso da vírgula entre as subordinadas adverbia is e a o ração principal.

• Emre o verbo e seus complementos.

O tnrb1t!ho custou s11crífício aos realizadores.

Ainda que a situação fosse adversa, 1 conseguimos bom resultado.

• Enrre o nome e o complemento nominal ou

or açJo subordinada adverbial

adjunto ad norninal.

0<ação p11nc1pal

Orações coordenadas As orações coordenadas separam-se por vírgula

A intrigante resposta do mestre ao aluno despertou reações.

entre si.

Pegou o rec11do, leu-o, disparou para a rua. do

USO DA VÍRGULA ENTRE

11

,.

corvd<nad<

coordenaaa aslir<ieoca

aslll'dt•<a

AS ORAÇÕES DO PERÍODO

"Penso,

Logo existo. "

Subordinadas substantivas Não se separam da oração principal por meio de vírgula. Faz exceção a substantiva apositiva,

conjunção e podem separar-se por vírgula nos se-

que se separa por dois pontos ou por vírgula.

gu intes casos:

As coordenadas sindéticas introduzidas pela

209


PORTUG UtS DESCOMPLI CADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

• Se os suj eitos fo rem diferentes.

Os responsáveis eram e/,es, coordenada assindevca su,e110: os responsáveis

1

Usa-se o ponto e vírgula para separar orações coordenadas que tenham cerra extensão.

e nós tivemos de assumir. coordenada ~ndet(a ac1· 1a su,e110: nós

Os dois primeiros depoimentos foram analisados com extremo cuidado; não encontraram nenhuma passagem que o implicasse.

• Se o e vier repetido vári as vezes a cículo de ênfase.

Em uma sequência de orações coordenadas,

E falou, e pediu, e insitiu. (polissíndeto)

usa-se o ponto e vírgula para separar blocos de orações q ue se opõem pelo sentido.

Uns pelejavam, esforçavam-se, exauriam-se; outros dispersavam-se, folgavam, divertiam-se. Orações intercaladas: separam-se por vírgulas.

{Note que, nesse exemplo, as três primeiras das seis orações opõem-se pelo sentido às três últimas. Para separá-las, três a três, a vírguln seria insuficiente e o ponto final acarretaria a divisão em dois períodos distintos.)

Náo podemos, dizia ele, pagar o bem com o mal. A oração intercalada pode vir também separada pelo duplo travessão ou por parênteses .

Usa-se o ponto e vírgula para separar orações (ou conjunto de orações) que mantêm algum equ ilíbrio entre si: por possuírem a mesma estrutura, ou por terem em comum algum simetria.

O~~TROS SINAIS DE PONTUAÇÃO

O time brasileiro, mesmo cansado, pressionou a

todo instante; o adversário, muito mais disposto, fechou-se na retranca.

PONTO E VÍRGULA

Usa-se o ponto e vírgula para separar orações coordenadas que já vêm marcadas por vírgula no seu interior.

Como o próprio nome ind ica, o ponto e vírgula 6 um sinal intermediário entre a vírgula e o ponto final. Indica um pausa mais marcante que a vírgula, mas não marca térm ino do período como

O inquilino quis recorrer à justiça; sua causa, porém, em perdida.

o pon ro final. Es.sa posição in termediária confere ao pomo e vírgula um uso mui to variado, suj eiro a interpretações subjetivas e ao conrexro, tornando difícil

Usa-se o ponto e vírgula para separar os vários itens de um considerando.

Considerando: a) o alto custo do material; b) a exigência de pessoal habilitado; c) a prioridade de outras obras; decidimos desaconselhar a assinatura desse contmto.

uma sistematização rigorosa mente exara. Apesar disso, algumas normas seguras podem ser depreendidas de seu uso: Nunca se usa o pom o e vírgu la para separar u ma oração subordinada de sua p rincipal.

210


FLAVIA RITA COUTINHO SARV1ENTO DOIS PONTOS

término. São muitas as razões pelas quais ocorre essa inrerrupção. Acompanhe os exemplos que se seguem:

Os dois poncos servem para indicar basicamcnre o seguinre: tudo o que vem à sua freme explica ou desenvolve melhor algum termo amerior. Denrro desse princípio, usam-se os dois pontos para:

- É promessa, há de cumprir-se.

- "Sei que você fez promessa ... mas uma promessa assim ... não sei ... creio que, bem pensando . .. Você acha que, prima justina?" (M Assis - apud Celso Cunha)

• marcar citaçáo alheia (normalmente depois de verbos: dizer, afirmar, responder, pergunrar).

Olhando o brilho das pedras, afirmou: "elas valem o preço que custam'~

No caso, as interrupções marcadas pelas reticências refletem a hesitação de quem fala. As reticências, porcanro, marcam interrupções que refletem dúvidas, timidez, gagueira e estados semelhantes. Observe este outro exemplo:

• dar início a urna sequência que explica, discrimina ou desenvolve melhor uma noção anterior.

Tivemos uma ideia: esvaziar o pneu. (explicação)

"Se mana Piedade tem casado com Quincas Borba, apenas, me daria um esperança colaterat. Não casou; ambos morreram, e aqui estd tudo comigo; de modo que o que parecia uma desgraça... " (M. Assis).

Entregou tudo aos pobres: dinheiro, propriedades, herançtZS. (discriminação) Catástrofe no oriente: Beirute em chamas! (desenvolvimento)

No caso, as reticências marcam a interrupção de uma frase que não foi concluída para que o leitor complemente segundo sua imaginação. Além disso, a interrupção reflete cerra censura que o personagem se impõe.

No início de cartas ou requerimenros, depois dos convencionais apelativos: Prezado Senhor, Exmo. Senhor e semelhantes, usa-se vírgula, dois pontos, ponto ou pontuação alguma.

1 As reticências podem combinar-se tanto com o sinal de interrogação (?)quanto com o sinal de exclamação (!).

- Preza-do senhor: - Preza-do senhor, - Preza-do senhot: - Preza-do senhor

(' ' que .. ..? Jera Elas sempre sabiam que no final daria tudo certo... !

2 As reticências podem ter um valor meramente prático, sem força expressiva alguma. Nesses casos, servem apenas para marcar que uma frase foi truncada no seu início ou no seu término.

RETICÊNCIAS

As reticências servem, basicamente, para indicar que uma frase foi inrerrompida ames de seu

217


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

''Me perdoa': solicitou o itinerante com jeito de quem estava apressado e, por isso, ia esbarrando em todos e em tudo.

Entre as passagens do texto, a que mais se presta para justificar a questão proposta é a stguinte: "... com a presença da máquina ali no largo, que, se um dia desabasse... "

(Aspas para isolar uma expressão de caráter popular.)

{I~s

reticências marcam a omissão de trechos do texto).

Era tão velho o nosso amigo, que presenteava as namoradas com "vidro-de-cheiro''. (Aspas para isolar uma expressão arcaica cm desuso.)

Não se trata de um simples habitante de um grupo social, mas de ''um ser humano" com todos os sentimentos e direitos de um ser dessa espécie.

A fu nção básica das aspas é isolar qualquer pane do rexro que náo perrença ao auror que o escreve. Em deco rrência disso, usam-se aspas: • isolar, no rexro, uma citaçáo literal colhida de ourra pessoa.

(Para dar ênfase a cerras palavras ou expressões da frase.)

Os sentimentos contraditórios provocados pela máquina podem ser depreendidos dessa afirmação de Bertrand Russel: 'As máquinas são adoradas porque são belas e detestadas porque são feias''.

Isso nos leva à fábula da coruja que, envaidecida da grande "beleza" dos seus filhotes, acabou por prejudicá-los. (Para manifesrar o sentido irônico ou um segundo sentido que se queira atribuir a uma palavra.)

• isolar palavras ou expressões que são alheias ao idioma padrão. E ntenda-se por palavras ou expressões alheias rodas aquelas que se desviam do padrão culto de fala: - os esrrangeirismos; - as gírias; - os modos populares da fala; - os arcaísmos, erc.

TRAVESSÃO Há duas funções básicas para o rravessáo: Marcar a mudança de inrerlocuror nos diálogos.

- Por que saístes tão cedo? - Porque esse trem ... - O que acontece com o trem? - \lém superlotado depois das seis.

Os políticos estudam com os juristas as possibilidades de reimplantação do ''habeas corpus''.

• Cosruma-se usar o duplo travessão em lugar das vírgulas ou dos parênteses para desracar,

(Aspas para isolar uma expressão latina - esrrangeirismo.)

de alguma forma, palavras ou expressões que queiram enfatizar.

Ai, ''meu chapa': as coisas mudam de figura e, mesmo entre amigos, é necessário um pouco de cautela nos negócios.

Esta interpretação - não hd quem negue - desvia-se completamente do verdadeiro significado da obra.

(Aspas para isolar uma expressão de gíria.)

272


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO • marcar definições ou traduções textuais de uma palavra anterior. A função básica dos parênreses é isolar infor-

lmroversrío (do lfllim intro + vertere) é a tendência do indivíduo a dirigir sua preocupação para. o mundo interio1:

mações acessórias ou paralelas que não se encaixam na sequência lógica do enunciado. Denrro desse princípio geral, usam-se os parênteses para: • isolar explicações, uma reAexáo, um comenrário

à margem do que se está dizendo. Hm São Paulo (é o maior parque industrial da América Latina e urn dos maiores do mundo), o problemrt da poluição tem atingido proporções alarmantes. (Parênteses usados para isolar uma explicação marginal.) Embora as normas de pontuação sejam claras e

Belo Horizonte (que absurdo) é uma monstruosa cidade quase inabitável.

obedeçam a uma sistematização linguística, elas podem sofrer alguma flexibilização em fu nção do caráter semântico envolvido no tema.

(Parênceses para isolar uma reflexão ou uma emoção.)

273

J


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

EXERCÍCIOS A frase pontuada CORRETAMENTE é: a) Enquanto não estudava sofria; agora, que sabe muito, sofre mais pois, a consciência de tudo a atormenta. b) :nquanto não estudava, sofria; agora, que sabe muito. sofre mais, pois a consciência de tudo a atormenta. c) Enquanto não estudava sofria, agora, que sabe muito, sofre mais, pois, a consciência de tudo a atormenta. d) Enquanto não estudava, sofria; agora, que sabe muito, sofre, mais, pois a consciência de tudo a atormenta. e) Enquanto não estudava, sofria agora, que sabe muito, sofre mais, pois a consciência de tudo a atormenta.

4 Leia o texto abaixo. "Disse um autor inglês com a graça que caracteriza os escritores do seu país uma menina deve aprender com as condições sociais a coser a cozinhar a ser benévola e não desperdiçar o tempo como se vê esse autor fez uma salada espirituosa." A opção INCORRETA quanto à pontuação da frase é: a) b) c) d)

dois-pontos depois de pais. vírgula depois de aprender e sociais. vírgula depois de coser, cozinhar e benévola. ponto final depois de tempo; com ajustes necessários. e) vírgula depois de vê.

5 Assinale a frase pontuada CORRETAMENTE. a) Embora não tivesse recebido convite o candidato conseguiu apresentar-se, ao Ministro da Marinha. b) Dizem, que, depois da 2ª Guerra Mundial, o Japão conseguiu um milagre econômico à custa do caráter do povo. c) Formavam um estranho conjunto na árida paisagem, aquelas duas árvores. d) Dom Casmurro, uma das melhores obras de Machado de Assis, conta uma história de amor e de sofrimento, pois apesar de alguns capítulos de felicidade, não há final feliz. e) A fronte do sacerdote se verga para o cálice sagrado. A do lavrador, para a terra.

2 A v rgula foi usada para separar uma oração subordinaca adverbial em a) Destinava-se a uma cidade maior, mas o trem permaneceu na antepenúltima estação. b) Aos poucos, acalmou-se, aceitou a flor e deu-lhe um beijo rápido. c) Levantei-me devagar, e ela se dirigiu à sala de reuriiões da secretaria. d) Depois de uma convivência maior, descobri que sua mania era agradar ao próximo. e) Se a um deles não ocorresse uma sugestão, teríamos permanecido no impasse. 3 Indique a pontuação CORRETA. a) O candidato promete, se eleito mudar toda trutura atual da agremiação. b) O candidato promete, se eleito, mudar toda trutura atual da agremiação. c) O candidato promete, se eleito mudar, toda trutura atual da agremiação. d) O candidato, promete se eleito, mudar toda ·rutura atual da agremiação. e) O candidato promete se, eleito mudar toda '.rutura, atual, da agremiação.

6 Existem, no texto abaixo, vírgulas que se justificam por uma das alternativas. Assinale a alternativa CORRETA. "A cor da água, que parece olho baço, a cor da relva, a cor do eucalipto. a cor do firmamento que era uma cor de líquido azul."

a esa esa es-

a) separam oração subordinada adjetiva e enumeração b) separam orações subordinadas adjetivas c) separam orações subordinadas adverbiais d) separam orações coordenadas assindéticas e) indicam enumeração

a esa es-

274


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO 7 "Um peixe resvalou à flor da água: do céu baixou um raio de sol e feriu o dorso do animal". Indique o porquê dos dois pontos. a) citação b) enumeração c) aposto discriminativo d) explicação ou continuidade do pensamento e) necessidade de pausa 8 Assinale a alternativa em que o texto está CORRETAMENTE pontuado. a) Fundamentalmente, esses fatores são de dois tipos: ponderáveis e imponderáveis, ou em outras palavras, concretos e abstratos. b) Fundamentalmente esses fatores, são de dois tipos. ponderáveis e imponderáveis ou em outras palavras, concretos e abstratos. c) Fundamentalmente esses fatores são de dois tipos, ponderáveis e imponderáveis ou em outras palavras concretos e abstratos. d) Fundamentalmente. esses fatores, são de dois tipos: ponderáveis e imponderáveis ou, em outras palavras concretos e abstratos. e) Fundamentalmente, esses fatores são de dois tipos: ponderáveis e imponderáveis ou, em outras palavras, concretos e abstratos.

9 Assinale a alternativa em que o texto está CORRETAMENTE pontuado. a) Era tão vaidoso: estava tão certo, de seu imenso saber, que os realmente informados não tinhamdúvida: era um tolo perfeito. b) Era tão vaidoso: estava tão certo de seu imenso saber; que os realmente informados não tinham dúvida. Era um tolo perfeito.

c) Era tão vaidoso. Estava tão certo de seu imenso saber; que os realmente informados não .inham dúvida. Era um tolo perfeito. d) Era tão vaidoso, estava tão certo de seu imenso saber, que os realmente informados não tinham dúvida: era um tolo perfeito. e) Era tão vaidoso, estava tão certo, de seu imenso saber, que os, realmente, informados não tinham duvida: era um tolo perfeito.

1OAssinale a alternativa CORRETA em relação ao emprego de sinais de pontuação. a) Realmente a ser verdade, o que pensavam, não haveria ingratidão mais negra do que a do Leonardo, para com aquela gente, que tão benignamente, o acolhera. b) Realmente a ser verdade o que pensavam. não haveria ingratidão mais negra, do que a do Leonardo para com aquela gente que tão benignamente o acolhera. c) Realmente, a ser verdade (o que pensavam), não haveria ingratidão, mais negra do que a do Leonardo, para com aquela gente, que, tão benignamente, o acolhera. d) Realmente, a ser verdade o que pensavam, não haveria ingratidão mais negra do que a do Leonardo para com aquela gente, que tão benign2mente o acolhera. e) Realmente, a ser verdade - o que pensavam - não haveria ingratidão mais negra, do que a do Leonardo para com aquela gente, que tão benignamente o acolhera.

1p-o l 1P-6 I a-s I P-L 1e-9 I a-s 1)-v1 q- E1a-' I q-L 1 oipeqe9 215


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

• Os sinais de poncuaç:í.o servem para dar senrido aos 1exros escriros. • Os sina is de ponruaçáo podem alterar o senrido de um rexro.

8. Separar local de dara. Belo Horizonte, 20 de rtbril dt• 2011.

9. Indicar deslocamento de adjunros adverbiais, sobrerudo os de grande extensão. (Caso de vírgula recomendada.) Cespe/Esaf: aceitam como caso facultativo. FCC, Fundep, Fumarc: entendem a vírgula como obrigatória.

CASOS PROIBIDOS D E VÍRGULA • Não se usa vírgula emre sujeiro e predicado (verbo) . • Não se usa vírgula enrre verbo e complemenro. • Não se usa vírgula entre nome e complemenro ou adjunto adnominal.

O Brasil, ainda. mio definiu essas questões. (adj. adv. de pequena extensão)

CASOS DE VÍRG ULA

Esse tipo de caso. em países romo o Rmsil. não é resol11ido.

1. bolar aposto (termo de narun:za explicariva).

Ouro Preto, um centro histórico mineiro, recebe muitos turistas.

Obs.: Em alguns casos, o uso da vírgula em adjunrm adverbiais está condicionado à produção de senrido. Nesses casos, não se pode dizer que se trata de um uso facultai ivo.

2. !wlar vocativo (um chamamenro).

Eleitores, votem com co11sciê11cia.

3. bolar expressão de nawreza explicariva (ou seja, isto é, vale d izer, quer dizer, ou melhor, ou ainda .. .).

O governo brasileiro, t'lll gemi, não participa desse tipo de projeto. (Nesse c;aso, o uso das vírgula~

O Brasil é um país rico, ou stja, dispõe de muitos ré'cursos.

4. S..:parar expressões enfáticas (principalmence, inclusive, aré) ou retificarivas (menos, excero).

7odos merecem ser aprovados, principalmellle eu. 7õdos merecem ser aprovados, exceto ele.

altera o sentido.)

1O. Indicar deslocamento de conjunções coordenarivas (no enranro, então, por isso, assim, logo, porranro ... )

/0 governo investiu em etlucartío/> 1• /no entamo os resultados aindt1 utío Jàmm percehidos.f)!

5. Separar irens de enumeração (termos coordenados/ mesma classe/ mesma função).

O Brasil enftenta proble111r1s económicos, políticos, suiais. 6. Isolar complemento pleonásrico (repetido na fras<.) .

Quanto ao problema, jti o resol11emos. 7 . ludicar elipse ou zeugma de rermos (omissão).

l./ns querem rt paz; Of{/ros, a guerra. (zeugnw - hd rcferenciaçiío expressr1) Na minha ftente, umr1 enorme fila. (elipse - não hd referenciaçáo expressa)

276

- Conccror no início de oraçiio: usa-se uma vírgula para separar as orações. f: proibido colocar o termo enrre, pois o concccor não csrá deslocado. - Conecror após (;): accira-se vírgula após o wnecror. - Conecror em início de período: accira-se vírgula após o conecror.

O governo investiu em edumrrío. Os resultados, entanto, ainda não jàmm pl'rrebidos.

110

- Conector no imerior de oração: obrigaroriamenre enrrc vírgulas.


FLÁVIA RITACOUTINHO SARl/lENTO 11 .Separar orações coorde nadas (sindécicas o u assin d éticas) .

"Penso. logo t•xisto. "(coordcnad:ts assíndéríc1 e sín-

15.Separar o ração suborcünada aposiriva da p rincipaJ. - Pode-se usar (.) ou (:). - O q ue é uma conjunção integra nte.

dérica)

Queria 11penr1s 11ma coisa, que os problemas do país fossem reso/i1idos.

Verificou os doc11me11tos, assinou o contrato. (coordenadas assindéricas) - Pode ser usado (;) 12.Separar orações coordt:nadas unidas po r "e" com sujt:icos distinros.

- É um caso recomendado, pode haver atenuanrcs (frase pequena, correspondência à mesma pcsso:t) .

Pedro entro11, e José saiu. A pop11!t1çrio pede reformas, e o povo cobra medidltS.

O go1•erno é responsdvel pelo po110, e sun.s medidas de11is11r 110 bem comum.

vem

16. Isolar o raç;ío adjetiva explicativa. - O que é pro no me relarivo

Q11erill ri verdade, q11e só seria dittl sob pressão. 17.lsolar oração ad verbial (exprime uma circun , tância: tempo, causa .. .) anteposta ou inrercalad:t à princ ipal. - É caso obrigató rio.

Se q11isesse, o governo resolveria o problema. O bs.: Se a oração ad verbial vie r d epo is da principal, a vírgula será foculrariv:t.

13.Separar o r:ições coorde nadas po r "e" com valor adversativo.

O gotJerno tomard atitudes rtcertndns, quando conhecer melhor t1 realicÚlde da população local.

- É um caso recomendado.

O go1 er110 prometeu q11e virirt e não 11eio O go11erno promete11 resof11er o mso, e suas ati111des 1

18. Isolar oração incerferenrc.

demonstmmm o contrdrio.

- Em geral. traz uma o pinião do auror. - Não é coorde nada, nem subo rdinada .

- (Sujciros di ferences com valo r adve rsacivo.)

O governo, mio que fosse positivo pnm o país, tomou atitudes s1111t•ms 110 mercado.

14.Separar orações coordenadas unidas por "e" cm polissíndcro (sequência de orações iniciad as pelo mesmo conector) . - Caso obrigató rio por consticuir enumeração.

Ela chom11r1, e pedia, e c/mnrtllfl, e implorava, e desejallfl.

217


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DETEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

~j

PONTO E VÍRGULA - N:io se usa em período simples. - N:ío se usa para separar o ração subordinada de princip;J . - Em geral, pode ser substitu ído por ponto flnal, mas altera-se a relação de dependência entre as orações. Rec<) rne nda-se o uso de (;) : - enrre o rações coordenadas longas; - entre o rações coordenadas opostas pelo sentido; - enrre o rações coordenadas simé tricas; - entre orações coorde nad as que já renham vírgula no interior; - entre o rações coordenadas agrupadas entre si; - pa ra separar "considerandos" de uma enumeração translinear (de u ma linha para outra) . D OIS PONTOS São utilizados pa ra: - introduzir citação rexrual; - fa ,a de personagem ; - enumeração; - explicação; - conclusão; - desenvolvimen ro de uma ideia. ASPAS São e mpregadas nos segu intes casos: - ironia; - êr fase ; - estrangeirism o; - neologism o (palavra inventada) ;

- . --· ....

ÃÓ

~~~1L-ti~~~~\~·.;:i~~·~1~~-i·t~_ ;;:d_i.ci ~~~~~!!i!.!Y~'.r~-

-

.

.

..

_..-.,=~

. -·

~.

&

~

coloquialismo; linguagem figurada; fala de personagem; citação; entre outras formas de marcar rrechos.

PARÊNTESES Toda info rmação enrre parênteses apresenca caráter acessório, marginal, ou seja, por mais que haja muitos parênteses no texto, eles podem ser suprimidos que não haverá prejuízo da informação cemral do rexro. São usados para isolar explicações, siglas, posicionamentos enunciativos, desdobramentos de informação (consequência, reflexo). TRAVESSÕES - Travessão simples indica mudança de discurso (fala de personagem) . - Duplo travessão é aplicado no mesmo caso de entre vírgulas, sugere mais ênfase. RETICÊNCIAS São empregadas em três situações discursivas: - indicar conrinuidade de uma ideia/ enumeração; - indicar suspensão de uma ideia por censura moral ou conhecimenro prévio do locuror; - indicar hesiração do falante .

Obs.: Em caso de supressão de texro, as reticências devem vir enrre parênteses ou colchetes. Para suprimir um parágrafo, deve-se usar uma linha poncilhada, sem parênteses ou colchetes.

- arcaísmo (palavra cm desuso); - g íria;

218


l


UNI DADE X

,..,,

ALGUMAS QUESTOES GRAMATICAIS f

CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA CONSECUTIVA • Une orações adverbiais. • Exprime ide ia de consequência. • Vem precedida de intcnsificador (tão, tal, tanto, tamanho ... ).

VOCÁBULO QUE

PRONOME RELATIVO • Substitui um termo antecedente. • Une duas orações. • Introduz oração subordinada adjetiva.

O governo investiu tanto em educação que os resultados foram percebidos na base social. (consequência)

A história que ele contou é verdadeira. Não sei o (aquilo - demonstrativo) que (relativo) aconteceu.

As pessoas têm tanto medo do faturo que tentam antecipá-lo. (consequência)

Gostou do (daquilo -demonstrativo) que (relativo) foi dito.

CONJUNÇÃO COORDENATIVA EXPLICATIVA • Une orações coordenadas, estabelecendo entre elas uma relação de explicação. • Em geral, vem após imperarivo. • Equivale-se a pois/porque.

CONJUNÇÃO INTEGRANTE • Une orações, sem retomar termos. • ] ntroduz oração subordinada substantiva.

É fato que o governo brasileiro não estava preparado.

Estudem, que a prova pode estar difícil.

A ideia de que o mundo muda é antiga.

Chora, que as lágrimas lavam a dor. CONJUNÇÃO COORDENATIVA ADITIVA • Une duas orações coordenadas, estabelecendo entre elas ideia de adição. • Vem entre verbos repetidos.

PREPOSIÇÃO ACIDENTAL • Ocorre entre o verbo ter + in fin itivo. • Nesse tipo de locução, pode-se usar que ou de.

O governo tem que resolver a situação. As pessoas têm, em algum momento, que refletir sobre a vida.

O governo promete que promete. (promete e

promete novamente)

220


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO

As pessoas falam que falam. (falam e falam novamente)

• A frase admite voz passiva analítica (ser/esrar +particípio) . • O verbo concorda com o seu sujeito paciente.

PRONOME INTERROGATIVO • Aparece cm consrruções inrerrogativas. • A pergunta pode ser formulada a parrir do vocábulo que ou da expressão o que.

Buscam (VTD)-se (PA) soluções para o caso (sujeito paciente). (=Soluções para o caso são buscadas.)

O que houve com ele? Que houve com ele?

Justifica (VTD)-se (PA) ofato {sujeito paciente). (=O fato é justificado.)

PARTÍCU LA EXPLETIVA OU DE REALCE • Trata-se de um termo sem função sintática ou semântica na frase. • Pode aparecer apenas o vocábulo que ou as expressões é que, foi que, será que...

ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO • Condição: não pode haver sujeico explícito ou subentend ido (ele) no conrexto da frase. •Voz ativa. • Em geral, ocorre com VTI, VI ou VL. • O verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular.

Que coisa interessante! As mulheres é que vão dominar o mundo.

Precisa (VTI)-se (!IS) de ajudantes (OI). Assiste (VTI)-se (!IS) a cenas de violência (01). Vive (VI)-se (!IS) bem (adjunto adverbial de modo) em Belo Horizonte (adjunto adverbial de lugm).

É você que eu amo. SUBSTANTIVO •Aparece precedido de determinante. • Vem acentuado.

Ela tem um quê de tristeza. LOCUÇÕES CONJUNTIVAS FORMADAS A PARTIR DO VOCÁBULO QUE

(PA) a felicidade (s1.jeito paciente). [singular/singular] Buscam (YTD)-se (PA) coisas positivas (sLjeito paciente) . [plural/plural]

Visto que: causa Pam que: finalidade Posto que: concessão A fim de que: finalidade Mesmo que: concessão Ainda que: concessão {entre outras)

Busca-se coisas positivas. {não há concordâncui} Para o Cespe: Não havendo concordân cia, o se será IIS com VTD ou YTDI. Para outras bancas: A frase está errada, o correto seria: "Buscam-se coisas positivas". Busca (VTD)-se (IIS) os sucessos e as realizações (00) . [cerra apenas para o Cespe.] Buscam (VTD)-se (PA) alternativas de trabalho (sujeito paciente). [certa para rodas as bancas]

VOCÁBULO SE PARTÍCU LA APASSIVADORA • Condição: VTD/VTDI. • Voz passiva sintética. • Na voz passiva nunca haverá 00, pois ele se torna sujeito paciente.

227


PORTLGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS Ela {sujeito) se (OD) via (VTD) mais velha 11 cttdtt ano.

Para o Cespe, VTD ou VTDI podem ser acompanhados de se, índice de indeterminação ou partícula apassivadora. O se será partícula apassivadora se houver concordância entre o verbo e o termo paciente da ação verbal (considera-se concordância singular com singular e plural com plural). O se será índice de indeterminação do sujeito quando o verbo estiver no singular e o tern LO paciente estiver no plural.

Deu (VTDJ)-se (01) uma nova oportunidade (OD). PARTE INTEG RANTE D O VERBO • Condição: o p ronome integra o verbo, portanto o acompanha em todas as suas flexões. • Parcc incegrante nunca desempenha função sintática .. • O sujeira da frase estará cxplícico ou implícito no contexto. Ela (sujeito) se (parte integrante do verbo) tornou (VL) uma pessoa responsdvel

Observou-se {!IS) as mudanças (OD).

Para outras bancas, com VTD ou VTDI, o se St rá sempre partícula apassivad ora. Logo, se r ão houver concordância, a frase estará errada.

(Ele) Preocupava (\171)-se (parte integrante do verbo) com o fato (01).

PARTÍCULA EX PLETIVA OU PARTÍCULA DE REALCE

Disrute (VTD)-seformas alternativas de energia. {Certa para o Cespe /Errada para outras

• Condição: n ão ser classificado como partícula apassivadora, índice de indeterminação do suj eito, pronome reflexivo ou parte integrante d o verbo. • Do ponto de vista sincácico, a panícula expleciva é desnecessária.

bancas.)

• Partícula apassivadora (concordância obrigatória) : pode ser formada a partir de VTD ou

vror.

Vão (V/)-se os anéis (sujeito), fi'cam (Vl)-se os dedos {sujeito).

• Índice de indeterminação do sujeito {3ª do sin guiar obrigatória). - Ccspe: VI, VTI, VL, VTD, YTDI. - Omras bancas: VI, VTI, VL.

Foi (VI)-se o tempo (sujeito) em que os hornens eram gentis. SE - CONJUN ÇÃO

V Conj unção condicional:

PRONOME REFLEX IVO

sugere ideia de con-

dição. • Eq uivale a caso.

• Condição: in dicar reflexão ou reciprocidad e. • A ação recai sobre o próprio sujeito. • Todo pronome reflexivo exerce fun ção sintática de 00 ou OT. • O sujeico da frase esrará explícito ou implícito no contexro.

Se ele voltar ao Brasil, comunicarei a todos.

V Conjunção integrante: apenas liga orações. • Não apresenta carga semântica. Se ele voltará ao Brasil, ninguém sabe dizer.

222


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

Não se pode confiar que as coisas permanecerão.

Dedicou-se a problemas do dia a dia.

O verbo é VTI.

O verbo é YTI.

O sujeito é indeterminado.

O sujeita é desinencial.

Logo, o se é índice de indeterminação do sujeito.

l

Não pode ser PA, IIS, nem pronome reflexivo. Logo, o se é parte integrante do verbo.

Foi-se o tempo em que o brasileiro tinha direito à renda.

Não se pode resolver a vida com uma fórm1 1ia mágica. O verbo é VTD .

O verbo é intransitivo. Há sujeito. Não é PA, IIS, pronome reflexivo, nem parte integrante do verbo.

Há sujeito paciente. Logo, o se é partícula apassivadora.

Logo, o se é partícula expletiva.

Tornar-se uma pessoa justa é o objetivo de muitos.

Não se discute a situação do salário mínimo. O verbo é VTD.

O verbo é de ligação. É um verbo pronominal.

O sujeito é paciente. Logo, o se é partícula apassivadora.

Logo, o se é parte integrante do verbo.

Trata-se de um foto ainda pouco discutido. O verbo é VTI.

Todos se salvaram nadando. O verbo é YTD. Não há sujeito paciente.

O sujeito é indeterminado. Logo, o se é índice de indeterminação do sujeito.

1

A ação recai sobre o sujeito. Logo, o se é pronome reflexivo.

ANÁLISE SINTÁTICA TERMOS DO PERÍODO SIMPLES

locuções adverbiais (variáveis, pois aparecem com mais de uma palavra). • Podem ou não vir preposicionados.

TERMOS DO PREDICADO

• Perguntas para identificar o adjunto adverbial: Onde? Quando? Quanto? Como?

Adjuntos Adverbiais • Podem acompanhar qualquer tipo de verbo (VI, YTO, YTOI, VL). • Exprimem circunstância (modo, tempo, inrensidade, causa, negação ... ) . • Podem ser representados por advérbios (são invariáveis quando aparecem sozinhos) ou

Com quem? Por quê? Para quê? • Os advérbios podem ser flexionados em grau, ou seja, podem ter acréscimo de sufixo.

cedo - ced!ssimo

fácil - facílimo

Porém, não aceitam flexão de gênero e número.

223


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Morreu (VI) de tuberculose (adjunto adverbial de causa) ontem (adjunto adverbial de tempo) em São Paulo (adjunto adverbial de Lugar).

Não (adjunto adverbial de negação) o (OD) encontraram (VTD) no Local (adjunto adverbial de lugm). Admire passiva: Ele não foi enconrrado no local.

Encontrava (VTD) as pessoas (OD) em Lugares diferentes (adjunto adverbial de Lugar).

Ba resolveu (VTD) o problema (OD). Admire passiva: O problema foi resolvido por

Predicativos

ela.

• Podem acompanhar q ualquer tipo de verbo.

Sabia (VTD) que tudo mudaria

• Exprimem qualidade, caracrerísrica, estado.

com o tempo (OD). Admite passiva: Era sabido que tudo mudaria com o tempo.

• Podem ser represenrados por adjetivos, subsrantivos, pronomes, numerais, locuções ou o rações (estrurura verbal).

Havia (VTD) outra solução para ele (OD). Não admire voz passiva, pois é verbo impessoal .

• Podem se referir ao sujeiro ou ao objeto.

O problema (sujeito) é (VL) esse (predicativo do sujeito).

O foto (sujeito) é (VL) que ninguém se manifestou

Objetos Diretos Preposicionados

(oração predicativa).

• A preposição aparece ora com função esrilís-

Você (sujeito) sou (VL) eu (predicativo do sujeito)

rica (pode ser retirada), ora como exigência

amanhã (adjunto adverbial de tempo).

do próprio complemenro (não pode ser retirada) .

(Nós) Somos (VL) quatro filhos (predicativo do sujeito).

um homem (predicativo do sujeito).

Esperava (VTD) por uma chance (ODP). O verbo não pede a preposição, mas ela foi colocada com função estilísrica.

Ela (sujeito) acordou (VI - ato de acordar) preocupada (predicativo do sujeito; não é advérbio porque a palavra varia).

Esperava (VTD) por ela (ODP). No caso, a preposição po1· não é estilística, pois não pode ser retirada. Trata-se de uma preposição

Ele (sujeito) já é (VL)

exigida pelo pronome oblíquo tônico.

Amava (VTD) a Deus (ODP).

Objetos Diretos • Complemenram verbos que não exigem pre-

Não ama (VTD) a mim (ODP).

posição. • 1àrnam-se sujeito pacienre na voz passiva.

Objetos Diretos Pleonásticos

• Principais pergunras: algo? ou alguém?

• Trata-se da repetição de um mesmo objero

• Podem ser represenrados por nomes (esrru-

na esrrucura da frase (valor enfático, não é erro) .

tura substantiva), pronomes ou orações (estrutura verbal) .

224


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO Quanto ao faro (OD), já o (OD) discutimos.

Objeto Indireto Pleonástico

A supressão de qualquer um deles descaracteri-

• Aparece repetido na estrutura da frase, cm geral sob a forma de um pronome (valor enfático, não é erro) .

za o pleonasmo, é necessária a presença dos dois.

Objetos Diretos Intrínsecos ou Cognatos

A mim (O!), nada me (01) interessa (V7.1).

• O objeco aprcsenra o mesmo base do verbo.

PREDICAÇÃO VERBAL

Viveu (VTD) uma vive interessante (OD).

Verbos Intransitivos Sonhou (VTD) um sonho louco (OD).

• Não apresentam OD, nem 01. • Podem ou não ter sentido complero. • Podem vir seguidos de adjuntos adverbiais e/ ou predicativos.

O objeto direro é inrrínseco, rem o mesmo radical do verbo.

Objetos Indiretos

Resta (VI) outra opção para ele (sujeito).

• Compleram verbos que exigem preposição.

A frase está invertida: Outra opção para ele resta. Confunde-se o verbo com VTD, mas não há OD na oração.

• Podem ser representados por nomes, pronomes ou orações. • Principais pergunras: a, de, em, p01; para,

Ela (sujeito) estava (VI) no local do acidente

sem, sobre, com, contra+ algo? ou alguém? • Em caso de objecos oracionais ou pronominais, a preposição poderá vir subentendida

(adjunto adverbial de Lugar). Confunde-se com verbo de ligação, mas não há predicativo, logo o verbo não será de ligação.

(desde que não haja prejuízo fonético para a frase).

Compareceu (VI) ao hospital (adjunto adverbia/ de lugar) para avaliação (adjunto adverbial de

Necessitava (VTJ) de apoio profissional (01).

finalidade). Confunde-se com VTI, mas não há 01 na oração. Os termos preposicionados na frase são

Não (adjunto adverbial de negação) lhe (01) obedeceria {VTJ) na ocasião {adjunto adverbial de tempo).

adjuntos adverbiais.

Confiava (VTJ) que as coisas mudariam (01).

Verbos de Ligação

Nesse caso, a colocação do "em" causaria uma

• Unem o sujeito a um predicativo do sujeito. • Podem funcionar como verbos de ligação, desde que seguidos de um predicativo: ser,

cacofonia na frase.

Gostava (VT!) de quem estivesse ao seu lado (01).

estar, permanecet; continuar, tornar-se, parecer, fiem; viver (=estar), andar (=estar), virar (=tornar-se)...

A preposição não pode ser suprimida porque causaria prejuízo fonérico.

Visava (VTI)

11

uma vida melhor (01).

Estava (VI) na sala (adjunto adverbial de Lugar). Estava (VL) preocupado (predicativo).

A preposição é obrigatória e não pode ser suprimida, pois o objeto não é oracional.

Acordou (VI) preocupado (predicativo).

Visava (VT!) resolver seus problemas (O!).

"'Ocasionalmente, verbos uansirivos podem funcionar como verbos de ligação:

A preposição é facultativa e pode ser suprimida, pois o objeto é oracional e não há prejuízo fonérico.

Ela deu uma bela noiva.

225


PORTUSUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

• Ser, estat; pennanece1; etc., nem sempre

Verbos Transitivos Diretos • Exigem objeto direco.

são verbos de ligação. Serão de ligação sempre que houver predicativo do sujeito.

O governo não assiste (VTD) os pobres (OD).

• Nem todo termo preposicionado é OT. Con-

O gerente visou (VTD) os cheques roubados (OD).

sidere a possibilidade de ser adjunto adver-

(visar no sentido de rubricar, dar visto)

bial. • Inicie a análise sintática pelos adjuntos ad-

Verbos Transitivos Indiretos • Exigem objeco indireco.

verbiais. • Se o verbo estiver seguido exclusivamente de

•A preposição pode estar implícita se o objeco

adjuntos adverbiais, ele será intransitivo.

for oracional ou pronominal.

• Predicativo não é exclusivo de verbo de li-

Assistimos (VT1) a cenas de violência (01).

gação. Pode acompanhar qualquer verbo e

(Assistir no sentido de vn)

pode se referir tanto ao sujeito quanto ao objeto. Em geral, entre vírgulas.

As obras visam (VTI) ao desenvolvimento (01).

• A predicação/rransitividade de um verbo

Isso não me (01 ) interessa (VTI).

pode variar em função do contexto.

Verbos Transitivos Diretos e Indiretos • Exigem objeco direco e objeco indireto (OD

Resumindo ...

+ OI ou OI + OD) . ..

1

Avisaram (VTDI) a família (OD) sobre o acordo

p

(01). Se a preposição sobre for suprimida, deverá ser colocada crase no a para garantir a correção gramatical do texto. Caso contrário, haveria dois objetos diretos na frase.

o o

p

o o

p

p

o P = Possível

Não Lhe (01) informei sobre o ocorrido (01). Esta frase está gramaticalmente incorrera. Seria necessário um OD e um 01 para que ela ficasse correta:

1= Impossível

O = Obrigatório

TERMOS LIGADOS AO NOME

Não o informei sobre o ocorrido. Não Lhe infom1ei o ocorrido.

Complementos Nominais • Completa nomes transitivos (substantivos

CONSIDERAÇÕES BÁSICAS SOBRE PREDICAÇÃO

abstratos, adjetivos ou advérbios).

• Nem todo verbo intransitivo tem sentido completo. • Perguntas nem sempre são suficientes para identificar a transitividade de um verbo (use passiva ou outros recursos).

Substantivo abstrato: sentimento, ação, qualidade ou escada. Os sentimentos e ações rêm uma maior probabilidade de pedirem complemento.

226


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO • São obrigatoriamente preposicionados.

APOSTO EXPLICATIVO

• Quando se referem a um substantivo absrraro, têm natureza passiva.

Termo de natureza nominal que explica um antecedente.

O medo do amor aproxima as pessoas.

Maria, uma boa mãe, merece respeito.

Medo: substanrivo abstraro; da amor: prep.

O diretor da empresa, Júlio Santos, resolveu o problema.

"de"; tem natureza passiva (o amor é remido) . É complemento nominal.

Isso é favorável ao rapaz.

VOCATIVO

Favorável: adjetivo; prepos ição "ao".

O vocativo constitui um termo isolado da ora-

Palavras que completam adjetivos só podem ser adjuntos adnominais.

ção por não se articular a nenhum outro. Trata-se de um chamamento. Vem isolado por sinais de

_J

pontuação. Em geral entre vírgulas.

Caros eleitores, votem com consciência.

Agiu contrariamente a seus interesses. Contrariamente: advérbio; prep. "a". Palavras que completam advérbios são sempre

FLEXÃO DE INFINITIVO

complementos nominais.

,

O Infinitivo Pessoal Flexionado

Amor de homem é bom. Amor: substantivo abstrato; prep. "de"; a na-

Por sua própria essência e natureza, o infini-

rnreza é ativa - o homem emi amando. Então,

tivo é uma expressão verbal que não comporta

o termo não é complemento nominal, é adjunto

flexão - é o chamado infinitivo impessoal, que

adnominal.

não possui sujeito próprio ou apresenta sujeito indeterminado e gera lmente, corresponde a um

Amor ao homem é bom. . a bstraco; prep. (()) A mor: su bscannvo a ; nature-

substantivo:

Trabalhar é bom = O trabalho é bom; Amar é sofrer= O amor é sofrimento.

za passiva (o homem está sendo amado). Logo, o renno é complemento nominal.

No entanto, a língua portuguesa cem a peculiaridade de poder (e às vezes dever) flexionar o

Adjuntos Adnominais • Acompanham substantivos abstratos

infinitivo, que passa a ser chamado de infinitivo

ou

pessoal.

concretos. • Podem ser representados por artigos, prono-

Flexionar quer dizer conjugar em todas as pes-

mes, numerais, adjetivos ou locuções adjeti-

soas, por exemplo: vender eu, venderes t u, ven-

vas.

der ele, vendermos nós, venderdes vós, venderem eles.

• Quando se referem a um subsranrivo abscra-

Esse infinitivo pessoal, que apresenta um faro

ro, têm natureza ativa.

ou uma ação de modo geral, está ligado a uma

As duas últimas semanas de aula foram positivas.

preposição e aparece cm períodos compostos.

227


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

CASOS DE FLEXÃO DO INFINITIVO

A linguagem é o meio de que dispomos para exprimir nosso pensamento.

1. Quando rem sujeito claramenre expresso, ou seja, quando o pronome pessoal ou substantivo vem ao lado do infinitivo. É o único caso de flexão obrigatória.

Cometeram irregularidades só para agradar ao patrão. Convidou os colegas a participar do debate. Não temos interesse em adiar a decisão.

Pediu para nós irmos enzbora já. De qualquer maneira, é bom que se diga que, quando não há sujeito expresso (em ourros rermos : quando o substantivo ou o pronome pessoal vem anres da preposição), pode-se usar ou não o verbo no plural .

Convém os jovens saírem em primeiro lugar. Não é interessante elas receberem tanta gorjeta. Farei o possível para as mulheres terem o conforto que tinham em casa.

Os dados servem para guiar/guiarem a comunicação das empresas.

2. Quando se refere a um sujeito não expresso que se quer dar a conhecer pela desinência verbal.

Reuniram-se os escoteiros a fim de deliberar/ deliberarem sobre o local do encontro.

Ficaremos mais satisfeitos a cada novo produto que fabricarmos. Mencionei a intenção de vendermos a casa.

Todos discutiram uma forma de se proteger/ protegerem dos abusos.

É melhor saíres agora.

O calendário obrigava os candidatos a se definir/

definirem até 3 de julho.

Estd na hora de irmos embora.

Grupo ajuda deficientes a superar/superarem seus limites.

Observe que as mesmas frases, sem a flexão, não deixariam claro o sujeito: "Mencionei a

Estudantes auxiliam portadores de necessidades a ter/terem qualidade de vida.

intenção de vender a casa." poderia significar

"eu ven der" ou qualquer ourra pessoa.

Empresas aéreas colaboram com a arte sem nada cobrm!cobrarem pelo transporte.

Flexão não-obrigatória A flexão é desnecessária quando o sujeito do

3. Em locuções verbais, o infinitivo NÃO deve ser flexionado. Nesse caso, apenas o verbo au-

infinitivo é o mesmo que o sujeito ou objeto da oração principal. Tendo sido expresso na primei-

xiliar deve variar.

ra oração, o sujeito já está claro, não precisando

As pessoas devem lutar por seus sonhos.

figurar outra vez no mesmo período. Quando o sujeito não vem expresso ao lado do infinitivo,

Ternos de resolver nossos problemas.

deve-se recorrer à flexão somente em caso de ambiguidade. Nesse caso, não se recomenda a

Podem ocorrer muitas coisas na vida de um homem.

Aexáo, embora ela não seja gramaricalmenre errada.

Começa ram a falar no assunto.

228


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

EXERCÍCIOS 1 Não há correspondência na classificação do QUE em

a) Gosto de bailes, longes que sejam. (pronome relativo) b) Disseram que o avião caiu. (conjunção integrante) c) Faço votos que vocês sejam felizes. (conj. subord. final) d) Tenha calma, que o ajudarei. (conj. coord. explicativa) e) O cãozinho treme que treme. (conj. coord. aditiva)

2 A função sintática do QUE só está INCORRETA em a) Eles pegaram não vi bem o quê. (objeto direto) b) "Passarinho que na água se cria por ela pia". (sujeito) c) Que ideias você teve! (adjunto adnominal)

5 Na frase: "O latim tem seus quês, " a palavra destacada é a) objeto direto. b) objeto indireto. c) adjunto adverbial de lugar. d) aposto. e) complemento nominal. 6 Na frase "As loucuras que fizemos ontem chegaram ao limite.", o tempo grifado tem função de a) sujeito simples. b) objeto indireto. c) objeto direto. d) complemento nominal. e) predicativo.

d) Que bondoso foi o senhor que me socorreu! (adj adv. intensidade) e) Esta é a causa de que ele falava. (objeto indireto)

3 O "QUE" é objeto direto em a) Este é o homem que sabe toda a verdade sobre o caso. b) Sou um homem que gosta de mulheres bonitas. c) Este é o livro de que preciso. d) Gostei dos livros que comprei. e) O rapaz a que fiz referência está aqui. 4 Em todos os períodos o QUE é objeto direto, EXCETO a) "As rugas são leitos que os deuses cavam para as nossas lágrimas". b) A maior alegria da vida é aquilo que levamos desta vida. c) A fazenda que o pai de Marcos comprou fica perto de Dom Silvério. d) A lágrima que derramei é o testemunho de minha tristeza. e) A rosa que abrirá amanhã não foi a mesma que abriu ontem.

7 Em"~ feliz o homem que trabalha", o vocábLlo que desempenha função de a) sujeito. b) objeto indireto. c) objeto direto. d) complemento nominal. e) predicativo. 8 Na frase "O esforço que fizera para erguer me o corpo não durou muito.", assinale a única opção INCORRETA a) que - sujeito de fizera. b) esforço - sujeito de durou. c) muito - adjunto adverbial de intensidade. d) meio - adjunto adnominal de "corpo". e) não - adjunto adverbial de negação. 9 Em que opção o artigo definido denota familiaridade? a) O Amazonas é um rio imenso. b) O. Manoel, o Venturoso, era bastante espe10. c) OAntônio comunicou-se com o Japão. d) O professor João Ribeiro está doente. e) Os "Lusíadas" são um poema épico.

229


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

1O Indique a alternativa em que é ERRADO colocar, junto à palavra destacada, o artigo definido. a) Afundou na lama AMBOS os pés. b) TODOS os dias passava por lá, sem vê-la. c) TODA a noite gotejou a torneira; não pude dormir. d) A TODO o passante perguntei, nenhum me inforí'lOU.

e) riz trabalhos os MAi S corretos poss1veis.

1P-OL 1)-6Ie-g1e-L1 J-9Ie-s1a-~1p-f1 J-Z Ie-l 1 o:i.peqe9

~·~ CLASSIFICAÇÃO J

CARACTERISTICAS

EXEMPLO

Suhsricui um termo anrece<lcnte. Une orações, cstahclccendo emrc ela~ relação de explicação ou de rc~criçáo. 1ntroduz apenas oração subordi11o1da adjetiva. ·Não se csqucc,•t do caso DR: 'cquência de pronome demomrrarivo e relativo. (o que, que, no que, etc) - aquilo, naquilo. Obs.: "o" é pronome d emonstrativo e "que é pronome rclarivo.

Náo disse o q111• saia Jeito 110 loml. li moça que co11h1·Cl'mos em Ílilt'rl'JS1111te.

Partícula expletival partícula de realce:

Não apresent.t Íunçáo sinr;itica nem semântica na fra5e. Apenas me lhora a eufonia do enunciado. Podt: wr rerirada. Pude aparecer "que" ou "é que". Ocasionalmente pode aparecer .ué de outra5 forma!>, combi11;1das com o verbo ser. Ex.: foi que, ~er:í que, era que.

!Is critmç11s I' qu1 s11bn11 das cois11;. Foi em Londres que tudo 11c01/ll'Ct'11.

Conjunção integrante

Une o rações ~cm estabelecer entre ela5 relação de sentido. Não recoma termos. lnrrod uz oraçao wbordinada sub'>tanriva.

1l 111oç11 disse qut• tnwi11ari11o11;1b11/ho. /.11111111 espel'tt1•11 que tts cois11sJômw fiireis.

Preposição acidental

Une verbos q uc conscicuem locução verbal. Logo, não imroduz oração. Ocorre enrre TFR/I IAVER + lnfiniri\'O. Pode ser ~ub\ticuída pela prcpmii,áo "DE". l·orma pt:ríodo ~im pl e" com locução ve rbal.

7hnos q111· rul111i11is1mr noss11s flidllS. O governo re111 que resol11er o mso mpidmnemt'.

Conjunção conse<:utiva

lnrroduz oração \Uhordinaciv:i .1dverbial comecuriva. Vem precedido de inrcnsificador (tão, ral, rnnco. uma nho). Gera ideia de comcquência.

A ideia foi t1t0 d1·b11tid11 q111• du:f(11m111 11 1111111 condusão. Pemmnos t1mw //(/ fiuuro qm· 11os esq11ece111os do prese/lfe.

Prono me relativo

º'

230


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

~' CLASSIFICAÇÃO

CARACTERISTICAS

EXEMPLO

1

Conjunção com parativa

Introduz oração subordinada adverbial comparariva. Pode aparecer "que" ou "do que". Sugere a ideia de comparação.

E/11 esr11do11 11111is (do) que q1111lq11er um. Isso foi menos discutido (do) que orlfrns coisas.

Conjunção aditiva

Introduz oração coordenada aditiva. Sugere ideia de adição. Vem sempre enrre verbos reperidos.

Os homens mentem que mentem. As mulheres sonhnm que sonham.

Conj unção coordenativa explicativa

1ntroduz oração coordenada explicariva. Sugere ideia de explicação. Em geral, aparece após imperativo. Equivale-se a pois/porque/ já que.

Estude. que as pro1111s estão difíceis. Cresce, amadurece, que jrí é hom.

Pronom e interrogativo

Usado para perguntas direras. Pode aparecer "que" ou "o que". Obs.: "O que" é mais eufônico.

(0) Que houve com o rapaz? (0) Que aconteceu naquele lugar:>

Substan tivo

Aceita determinante (arrigo, pronome, adjerivo ou numeral). Vem sempre acenruado.

Ela tem um qué de otimismo. Todos tenros um qué de sdbio.

Há outros tipos de "que" que depende m de fatores contextuais.

Exemplos:

Q.pt. bondoso em aquele rapaz. Obs.: advérbio de imensidade. O "que" se refere ao adjeti vo bondoso. Esteve aqui para {jJ1f. o problema fosse resolvido. Obs.: conjunção adverbial final. Fez tudo certo, de modo fJl1f. 11río se arrependesse. Obs.: conjunção adverbial consecutiva. Ainda {jJ1f. o problemn seja simples, não será resolvido. Obs.: conjunção concessiva.

FUNÇÕES Para "SE" como pronome: 1) Há ideia de reciprocidade?

• Sim= Pronome ReAexivo. • Não = 2° passo.

2) Qual é a transitividade do verbo? Só há duas resposras possíveis, pois só há dois grupos. • VTD/VTOI: só pode ser partícula apassivadora. • Outras (Vl, VTI, VL,) -> 3° passo.

3) O sujeito está explicito? • Não==> índice de indeterminação do sujeito. • Sim ==> 4° pa~~Q 4) O verbo é pronominal? • Sim ==> Parte inregrance do verbo. • Não = Partícula cxpleriva.

237

j

f


..,

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

CLASSIFICAÇAO

1'

CONDIÇAO

VERBO

PARTÍCULA APASSIVADORA (P.A.)

VTD/VTDI não h;iver:í OD. pois ele vira sujdto paciente

ÍNDICE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO

não haverá sujeiro expresso ou subencendi<lo

\'I VL Vll

PRONOME RL~ H EXIVO (SENTIDO)

indicar rcAexão cer funçáo de OD/0 1

\'TD VTDI

l'AKI E INTLGRANTE DO\ ERBO (J\'I E.TE,SE, NOS.VOS)

o verbo <leve ser pronominal

qualquc.:r um

PARJ ÍCULA EXPETIVA

VOZ

expresso e pacience

o verbo concordará com o sujeiro

passiva

sujeico i ndetcrinado

o verbo ficará sempre na 3·' pessoa do singu lar

anva

expresso ou subcnrendido

o \'erbo concordará com o sujeito

rcAexi\·,1

expresso ou subcnrendido

o verbo com:or<lar:í com o sujeiw

ariva

expresso ou subentendido

o \•erbo concor<lad com o sujeito

arh·a

VTDI

pronome não tem função sinrárica

1

CONCORD NCIA

\'TD

\ ri 1

mais comum com VTI

não ser P.A. índ.i n<l.sujeiro pron.reAexivo pron.inregrance d o vc.:rbo)

SUJEITO

qualquer um mais comum com VI

-

SE (CONJUNÇAO) - TIPOS

1

Há ideia de condição? • Sim ==> conjunção condicional. • Não ==> conjunção integrante.

,1

PARTICULA SE - CONJUNÇÃO

CARACTERISTICAS

CONJUNÇÃO INTEGRANTE

1mro<luz oração subsranciva. Não pos~ui carga semánrica.

CONJUNÇÃO CONDICIONAL

Inrroduz oração adverbial. Estabelece relação de con<liçáo. Equivale ao conector "caso''.

232

.



UNIDADE XI

ESTILÍSTICA Compreensão e interpretação de textos ·

Se nossa i nrenção é analisar as ideias principais,

NOÇÕES BÁSICAS DE INTERPRETAÇÃO

aplicamos a compreensão detalhada ou intensiva.

É importante saber que cada texto é constituído a

A incerprecaçáo de texro depende quase que

partir de um esquema (esrrurura) que lhe dá sus-

exclusivamente da experiência do candidato, de

cencação, forma, direção. As ideias são arrumadas

sua vivência, de sua leitura, da agilidade de seu ra-

conforme estrutura própria a partir do objeto que

ciocínio, da maior ou menor facilidade com que, em dccorrência de todos esses farores, ele entende

se quer alcançar. Se conseguirmos identificar o es-

o que ê. São também relevantes para bem inter-

a compreensão das ideias trabalhadas nele.

quema, a estrutura básica do texto, mais fácil será

pretar: o conhecimento do assunco sobre o quaJ

Para tanto, deve-se fazer uma leitura atenta do

versa o texto e o domínio do vocabulário específico das diversas áreas do conhecimento.

cexro, a fim de tomar conhecimento das ideias principais, sublinhando as palavras-chave, que marcam

A kitura é indispensável para desenvolver a capacidade de compreensão, sem a qual não se conse-

as ideias fundamentais para a compreensão. Ficar

gue fazer uma bo;i interpretação. Para que a leitura

lecem a estrutura lógica dos raciocínios (assim sen-

também acento às palavras de ligação que estabe-

possa produzir os resultados desejados, impõe-se

do, além do mais, pois, porque, por conseguinte,

levar cm consideração que as maneiras de ler de-

cm decorrência, etc) é importante.

pendem do objcrivo a alcançar e que a experiência

Interpretar é perceber o que o aucor quis dizer:

cultural e vivência do leitor são essenciais para a

as ideias e os pensamemos que ele procurou crans-

compreensão do texto. De modo geral, quando lemos um texto, inicialmente olhamos o conjunto,

micir ao leitor. É também a habilidade de com-

depois vemos os títulos e os subtítulos e, por último, lemos os detalhes, procurando participar ati-

como um rodo, em algum nível desejado de generalidade. Envolve uma reordenação, um novo

vamente do processo de construção do significado do texto. E dentro desse processo, deve-se também

arranjo ou visão do cexco. Há de se discinguir, po-

observ~ r quais são os níveis de compreensão do

tos conhecimcncos da matéria - da incerprecaçáo

texro, conforme o objetivo da leirura.

pura e simples de ccxcos, que nos interessa mais

preender, ou seja, de entender a ideia do crabaJho

rém, a análise csrilíscico-licerária - que exige vas-

Por exemplo, se queremos depreender o sen-

de peno, e que requer do candidato, tão somen-

tido geral do texto, usamos a compreensão geral.

te, uma leitura mais cuidadosa, sem preocupações

234


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO técnicas que são próprias das críticas literárias. Para interpretar, portanto, torna-se necessário: conhecer previamente o vocabulário do texco,

O conhecimento da estrucura do parágrafo facilita a compreensão das idei as nele expostas.

procurar o significado das paJavras e seu melhor

O parágrafo é a unidade fundamental de uma

emprego na lei cura em pama, idencificar o sentido

composição. Constitu i-se de um ou mais perío-

das expressões ou frases de maior destaque comi-

dos, devendo comer uma ideia central e as ideias

das no texto, bem como analisar os cnsinamencos

secundárias a ela intimamente relacionadas pelo

de fundo moral, cívico ou cultural que o autor

sentido e logicamente dela decorremes.

PARTES DO TEXTO

renha revelado ao longo da produção.

Em um parágrafo, a ideia principal está no tópico frasa!, que é constituído, ordinariamente,

NOÇÕES DE LEITURA

por um ou dois períodos curros iniciais. O tópico frasa! vem, normalmente, no início do parágrafo

• Ler com a máxima atenção o texto a interpretar.

e pode assumir a forma de declaração inicial, definição ou divisão.

• Reler cuidadosamente cada parágrafo do texto, colocando as orações na ordem direta, que

Vejam-se os seguintes exemplos :

reAete a ordem nacural do pensamento, isto é: sujeito, verbo, complemenros e adjunros. • Estabelecer o vocabulário das palavras cujo significado seja desconhecido. • Atentar para rodas as figuras, especialmente para as metáforas, que, por sua força express iva, são largamente usadas pelos escritores. Atenre-se cambém para as comparações ou analogias.

"A origem da Linguagem é questão debatida em todos os tempos. Pretendem uns que ela tenha sido devido a uma tardia e artificia/ invenção humana; afirmam outros que foi revelada totalmente ,10s primeiros homens por Deus; hd quem a explique por um instinto e, finalmente, surge a opinião daqueles para quem 11 Linguagem se formou por uma evolução progressiva da Linguagem natural." (Eduardo Pinheiro)

• Estabelecer as condições de causa e efeiro para todas as ideias expostas pelo autor. Atentar para as

No parágrafo apresentado, a declaração conti-

palavras que sugerem outras (campo semântico).

da no tópico frasal, constituído pelo primeiro período, vem devidamente justificada nos períodos

e parônimos usados pelo autor, com o propó-

que se lhe seguem. O tópico frasal encerra a ideia-núcleo, a ideia

siro de conseguir um máximo de eficiência na

principal, em forma de general ização. A ideia

comunicação linguística.

principal (as controvérsias sobre a origem da linguagem) vem especificada no desenvolvimento

• Observar a interação dos sinônimos, ancônimos

do parágrafo, no qual se expressam, portanto, as

• Procurar mentalizar a ideia central do texco e

ideias secundárias.

situá-lo no contexto, logrando, assim, atingir a

Se o tópico frasal vier no início, o parágrafo

temática principal da produção (avalie sempre a

estará desenvolvido segundo o método dedutivo

conclusão do texto).

235


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

(da generalização para as especificações). Se, pelo

prémio é nque!e em que o segumdor estipuln, pnm

contrário, vier no fim, o parágrafo escará desen-

preço de risco que nssume, uma q"11ntia jixn cht1-

volvido pelo mérodo inducivo. O parágrafo apre-

mada prênúo, paga pelo segumdo. Seguro mútuo

sentado se inicia com a generalização (as concro-

é aquele em que vdrias pessoas, expostas ao mesmo

vérsias sobre a origem da linguagem) e concinua

risco, se associam para se garantirem reciprocamellle

com as especificações que fundamencam a decla-

contra esses riscos." Uorío GuimaráeJ)

ração q ue o inrroduz. Na elaboração do parágra-

fo, segu iu o aucor, porranro, o mét0do dedurivo. Algumas vezes, o tópico frasal está diluído no

O parágrafo abaixo foi constituído segundo o

parágrafo, como no seguinte exemplo:

mérodo indutivo (primeiro as especificações e depois a generalização) . O tópico frasal vem no fim,

"O grande São Paulo - isto é, n mpital prwlis-

o que pode ocorrer, embora menos usual.

ta e ns cidndes que a circundam - jd representrt rt "Hd nuvens esgarçadas espreguiçando-se pelo céu

décima parte d11 população brasileira. Apesar da

11zul. O vento vr1rre n praça. Folhm dança no rede-

altn nrrecndaçrío do município e das obras custosas

moinho, fugindo dela, amontoam-se nas sarjetas dos

que se m1tltiplicam n olhos vistos, apenas um terço

becos estreitos que ladeiam a Matriz, dando voltas e

da cidade tem esgotos. Metade da capital pau.lista

reviravoltas lo"cas nrz atmosfera trrmslrícida. O in-

serve-se de água proveniente de poços domiciliares.

verno vai sumindo aos poucos."

A rede de hospitrtis é notoriamente deficiente pnm a popufrzçizo, ameaçada por umr1 taxa de poluiçrío

(Adrtptrtdo de Heloísa Assumpçrío Nascimento)

que técnicos internacionais considaam superior à de Chicago. O tr!tnsito é um tormento, pois o acréschno

O tópico frasal pode ser também feiro a partir de uma definição, como no exemplo abaixo:

de novos veículos supera a capncidade de dar soluçrio de urbanismo ao problemn. Em médin, o paulist11

"Rima é

fl

identidade, ou semelhmzçn, de sons

perde três horas do se1t dia pt1rn ir e voltar, entre

dentro de 1an verso, ou no finnl de um verso em re-

casa e o trabalho."

/11çrío a outro. Admite-se que tenhrl sido introduzidtl 110

t1

(jornal do Bmsil}

século IX pelo poeta religioso Otfried, monge be-

neditino na baixa Alsácia, autor do Livro dos Evnn-

No parágrafo acima, o tópico frasal, se estives-

gelhos, poema dn vida de Cristo. Vulgarizavam-na

se explícito, poderia assumir a feição da seguinte

na Espanha os drnbes e, mais trtrde, os trovadores

declaração inicial: São Paulo enfrenta graves pro-

provençais, ndrtptaram-nn às línguas românicas."

blemas urbanos.

(Rocha Lirnrt)

Nem LOdos os parágrafos, encreranro, são iniciados por um cópico frasa!. Um parágrafo pod1.:

O tópico frasal pode ainda revestir a forma de

ser iniciado cambém por uma alusão a faros his-

uma divisão, como segue:

córicos, lendas, tradições, crendices, ancdocas ou episódios de que alguém renha participado ou

"Dois sito os tipos principais de contrato de se-

que tenha alguém presenciado ou imaginado.

guro: o seguro n prémio e o seguro nuítuo. Seguro a

Veja o exemplo a seguir:

236


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO "É mais fdciL comer a caça que eu vizinho ma-

de sua época, ou talvez depois dele, conseguiu acu-

tou, trocando-a por um cacho de banana, do que disputá-la com ele - deve ter pensado algum ilumi-

mular o breve interregno da existência terrena com igual acervo de realizações."

nado homem pré-hist6rico, camado de guerrear para

(Enor de Almeida Carneiro)

sobreviva o que esse Brucutu talvez não soubesse é que, naquele momento, ele havia inventado o di-

Facilmente se pode converter uma interroga-

nheiro. Porque dinheiro, segundo os te6ricos, não é

ção em uma declaração inicial: Irineu Evangelista de Souza, Visconde de Mauá, foi o brasileiro que

apenas a moedr1 ou papel-moeda, mas tudo que possa ser utilizado como troca numa operação comercial. " (Revista DESED)

No parágrafo acima, a ideia principal (o conceiro de dinheiro) vem introduzida por alusão a

mais conrribuiu para o progresso material e cconômico do Brasil. Uma vez conhecida a estrutura do parágrafo, cabe, agora, mostrar algumas noções sobre as seus principais recursos, que são unidade e coerência.

um episódio imaginário. Há, ainda, parágrafos iniciados por uma interrogação, que alguns auto-

Unidade

res consideram como uma quarra feição do tópico

Consiste a unidade em analisar o parágrafo de

frasa! (as outras são declaração inicial, deflnição e

maneira que dele só conste uma ideia predomi-

divisão).

nante. Para obtê-la, devem-se observar as seguintes

"Para que, pois, este aluno aprende Língua por-

recomendações:

tuguesa em sua variedade culta? Sabemos, e comptLrtilhamos com todos os educadores, que o pleno

• explicitar, sempre que possível, o tópico fra-

jàzer a escola, mas julgamos que nesta é possíuel lu-

sal. Assim se evitará a inclusão no parágrafo de ideias que não se reportem àquela expressa no

tar contra as diferenças. No que concerne ao ensino

tópico frasa!.

acesso

llOS

bens culturais não depende do que possa

da língua portuguesa, então, objeto último é possi-

• eliminar, na leitura, por menores impertinenres,

bilitar aos alunos, a todos eles, o domínio da língua

acumulações e redundâncias.

de cultura para que este primeiro obstáculo possa ser transposto."

• analisar, em parágrafos diferences, ideias igualmenre relevantes, relacionando-as por meio de

(Diretrizes para o aperfáçoamento do ensino/ aprendizagem da Língua portuguesa/A1EC)

expressões coesivas presences no texro.

A ideia-núcleo esrá comida na inrerrogação, que pode ser indireta, como no parágrafo a seguir:

As ideias centrais, muitas vezes, não estão relacionadas por expressões adequadas à transição,

"Se me perguntarem qual o brasileiro que mais

em prejuízo da coerência e, porcanro, da unidade,

contribuiu para o progresso material económico do

já que esra também depende, cm grande parte,

Brasil, responderei se a mais leue hesitação: lrineu

daquela. Desmembrando o parágrafo cm canros quamos

Evangelista de Souza, Visconde de Mauá. Ninguém

237


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

CoN1 o considerável aumento do volume de negócios nesttz praça. fomos obrigados a ocupar o último andar do prédio onde esta agência atualmente funciona. Pelo mesmo motivo. também solicitamos a ampli11çtio do quadro para admitir novos fl(nâondrios. Por Ol(tro fado, a adoção de mna política de incrememo da aplicnrões do Banco nesta regido determi1101( o oferecimellto à pmça de várias linhas de crédito em ql(e antes 111ío operávamos. Em virtude desses fatores. 11ossm dependências tomaram-se acrTnhadas a ponto de jd estarem prejudicando a boa marcha dos serviços. Assirn, tomamos a liberdade de sugerir ti insta!arlío de 11n1a metropolitana, se niio preferir essa sede fazer construir, em terreno a ser adquirido, wn prédio maior para esta agência.

forem os rópicos frasais que neles se observarem as ideias secundárias e as ccnrrais, ou escas enrre si, palavras de referência e panículas de cransição poderão ser inrerpreradas correramenre.

Coerência Co'1sisu:: a coerência em ordenar e relacionar clara e logicamenrc as ideias secundárias de um parágnío com a sua ideia central. Para obrê-la, deve-se observar a ordem espacial na descrição, a ordem cronológica na narração e a ordem lógica na disM.:rcação. Ob.,erva-se a ordem espacial quando se descreve objeto dos dccalhes mais próximos para os mais n:moros, ou vice-versa; de cima para baixo,

Observe que foram destacados, no ccxco, ele-

ou vice-versa, etc; da direita para a esquerda, ou

mencos responsáveis pela produção de sentido e pelo encadeamento <las ideias.

vice-vc rsa, etc. Observa-se a ordem cronológica quando se narran1 os fotos segundo a ordem de sucessão no tempo Observa-se a ordem lógica quando de dis-

DICAS BÁSICAS DE LEITURA

põem .is ideias segundo o processo dedurivo (de

1 -Ater-se exclusivamenre ao rexco.

uma generalização para uma especificação) ou

2 - Ler rodas as alternativas (entre duas mais acei-

o processo indutivo (de uma especificação para

táveis, uma será mais complera).

uma generalização). É ainda importante notar no

3 -Proceder por eliminação de hipótese.

rcxro a coerência, a partir da propriedade voca-

4 -Comparar o sentido das palavras (às vezes,

bular, das parrículas de cransiçáo e das palavras de

uma palavra decide a melhor resposta) .

referência. • Propriedade vocabu lar é a aproximação das pa-

5 - Buscar o tópico frasa! (a frase que melhor resu-

lavra5 com a pa lavra cenrral do rema.

me o sentido b;ísico do cexro ou do parágrafo).

• Parrículas de transição são os conectivos (prepo6 -Excluir alcernarivas iguais.

sições, conjunções e pronomes rclacivos).

As alccrnarivas que devem ser eliminadas apre-

• Pala, ras de referência são os pronomes em geral, cercas panículas e, cm determinadas situações,

sentam os seguintes tipos de erro:

os advérbios, as locuções adverbiais e acé mesmo oraçoes e períodos.

• ausência de informações essenciais (carência); • presença de informações conrradicórias em rela-

De' idameme relacionados por partículas de

ção ao texto (inversão);

transição e palavras de referência, observe os elemer ros destacados na "leitura" do parágrafo

• presença de informações alheias ao cexco, não

segui me:

constante do ccxro (acréscimo).

238


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO INTERTEXTUALIDADE A interrextualidade ocorre quando há referências a texros de outros autores no texto produzido. De acordo com vários teóricos atuais, não há texro sem inrertextualidade, pois não há um texto completamente isenro de referências. Entre os principais recursos interrexruais estão a citação, a paráfrase, a paródia e a alusão. Na citação, trechos de outros textos são utilizados para desenvolver o texro inicial. As citações são argumenros de auroridade no texro. Na paráfrase há uma reescritura do texto. As ideias originais do autor são mantidas; podem, entretanto, haver inclusões ou suprcssões. Na paródia, as ideias do texro são reformuladas de modo a romper com o texro original. Trata-se, portanto, de um novo cexro, com outros elementos e outro senddo. A alusão consite em uma referência explícita ou implícita no texto secundário.

fatores externos e inrernos, do ponto de vista da linguagem . TEXTO LITERÁRIO E NÃO-LITERÁRIO A construção de um texto literário não obedece, com rigor, ao mesmo tipo de organização de um texto ensaístico (não-literário) . Apesar de o amor mostrar uma parte da realidade e defender ideias, isso se dá de forma encoberta, menos direta, mais figurada. A história contada vai revelar, por meio de sua trama, as ideias e os valo ~es que o autor defende e que nos cabe buscar no texto. Para tanto, da forma explicada a seguir. Em primeiro lugar, fazemos a leitura emocional, envolvendo-nos com o assunto. Em segundo lugar, é fazer o levantamento do nível denotativo do texro, isco é, o significado imediato, literal do texto. Para isso, fazemos um resumo do enredo ou trama do texto, ou seja,

conrar, em poucas palavras, a história apresencada no texto, mantendo apenas os decalhes im portan-

· SIGNIFICAÇÃO CONTEXTUAL DE PALAVRAS E EXPRESSÕES SENTIDO E CONTEXTO

Pressuposição Por "semântica" entende-se, comumente, a ciência das "significações das línguas naturais" Devemos distinguir entre os sentidos virtuais que uma palavra possui enquanro unidade léxica memorizável, elemento de competência linguística dos falantes nativos de uma língua, e o sentido que ela adquire ao nível manifestativo da performance linguística, quando figura em determinado contexto. Na realidade, o sentido não é uma evidência, sendo o plano dos significantes a única manifestação linguística. O sentido, em si, é sempre o resultado de uma interpretação, dependente de

tes para que se compreenda a situação e atuação dos personagens, caso haja. Em terceiro lugar, procedemos e levan tamento do plano conotativo ou figurativo, do texto: que tema o autor está discutindo, que ideias, valores a produção simbol iza? Assim, temos mais chances de interpretar adequadamente um texto não-literário

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA] ~. MODALIDADES DO USO DA LÍNGUA E ADEQUAÇÃO LINGUÍSTI :· 1 A língua não é usada de modo homogéneo por rndos os seus falantes. O uso de uma língua varia de época para época, de região para região, de classe social para classe social, e assim por dian-

239


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

re. Nem indi vidualmente podemos afirmar que o

• q ue a possibilidade de variação da língua

uso sej a uni fo rme. D epende ndo da simação, uma

expressa a variedade cultural existente em

mesma pessoa pode usar di fe rences variedades de

qualquer grupo. Basra observar, por exem-

uma só fo rma da língua.

plo, no Brasil, que, dependendo do tipo de colonização a que uma determinada região

Ao rrabalhar com o conceiro de variação lin-

foi exposra, os reflexos dessa colonização esraráo presentes de maneira indiscurívcl.

guísrica, esramos prerendendo dcmonsrrar: • que a língua po rruguesa, como rodas as línguas do mundo, não se aprescnra de maneira

NÍVEIS DE VARIAÇÃO LI NGUÍSTICA

uniforme no território brasileiro;

"1Venhuma flngua permanece 11 mesma em todo o seu dornlnio e, ainda nurn só focal, apresentrl um sem-número de diferenciações. ( ..) Mas essas variedades de ordem geográfica, de ordem social e até individual, pois cada um procura utiÍiZllr o sistema idiomático da forma que melhor lhe exprime o gosto e o pensamento, niío prejudicam a unidade superior da fingua, nem a consciência que tém os que afalam diversamente de se servirem de um mesmo instrumento de comunicação, cú• mrmifesrnçiío e de emoçiío." (Celso Cunha, em Uma polltica do idioma) • que a variação linguísrica man ifesra-se em co-

É importante observar que o processo de variação ocorre em todos os níveis de funcionamento da li nguagem, sendo mais pcrceptível na pronúncia e no vocabulário. Esse fenômeno da variação se torna mais complexo porque os níveis não se apresenram de maneira csranque, eles se sobrepõem. • Nível fo no lógico - por exemplo, o

l

final de

sílaba é pronunciado como consoanre pelos gaúchos, enquanro cm quase codo o resranre do Brasil é vocalizado, ou seja, pronunciado como um y; o ! caipi ra; o ~ch i ado do carioca.

dos os níveis de fu ncionamenro da linguagem;

• N ível m orfossintático - muiras vezes, por analogia, por exemplo, algumas pessoas

• que a variação da língua se dá em função do

conjugam verbos irregulares corno se fossem

"manreu,, em vez de (( manreve,, , reguares: 1

emisso r e em fu nção do receptor ;

"ansio" c m vez de "anseio"; cenos segmentos • que diversos fa tores, como região , faixa etá-

sociais não realizam a concordância entre

ria, classe social e profissão , são responsáveis pela variação da língua;

sujeira e verbo, e isto ocorre com mais frequência se o sujeito csrá posposto ao verbo.

• que não há hierarquia entre os usos variados da língua, assim como não há uso lin gu is-

H á ainda variedade em rerrnos de regência: "eu lhe vi" cm vez de "cu o vi".

ticamente mel hor que o utro. Em uma mes-

• Nível vocabular - algumas palavras são em-

ma comunidade lingu íst ica, porranto, coexisrem usos diferentes, não exisrindo um

pregadas em um sentido específico de acor-

derado superi o r. O que determ ina a escolha

do com a localidade. Exemplos: em Porrugal diz-se "miúdo", ao passo que no Brasil usa-se " moleque", "garoco", "menino'', "guri";

de urna variedade é a situação con creta d e comunicação .

as gírias são, ripicamenre, um processo de variação vocabular.

padrão de li nguagem q ue possa ser consi-

240


FLÁVlA RITA COUTINHO SARMENTO TIPOS DE VARIAÇÃO LINGUÍSTI CA Travaglia (1996), discurindo quesrões relativas

A gíria rem um caráter contesrador por natureza e, por esse motivo, cosruma acompanhar outros comportamentos de crítica, transgressão e/ou con-

ao ensino da gramática no primeiro e segundo

testação dos padrões sociais vigentes. Há, assim, a

graus, apresenta, com base cm Halliday, Mcln-

gíria de grupos de jovens, de surfistas, de "rappers", de "funkers", de marginais, de presidiários, etc.

rosh e Strevens (1974), um quadro baseante claro sobre as possibilidades de variação linguística, chamando a atenção para o fato de que, apesar de reconhecer a existência dessas variedades, a socie-

DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃQ

dade continua a privilegiar apenas a norma culra, em detrimento das outras.

Uma mensagem não é tão simples, como possa parecer. Ela possui sign ificados diferentes para diversas pessoas, como também formas diferentes

Exisrcm dois tipos de variedades linguísticas: os dialetos (variedades que ocorrem cm função das pessoas que utili7..am a língua, ou seja, os em issores); os registros (variedades que ocorrem em fun-

de significados. Há, porranto, o sentido denorarivo, mais objetivo, mais ou menos, igual para ro-

ção do uso que se faz. da língua, as quais dependem

das as pessoas, sentido literal, do dicionário.

do recepror, da mensagem e da simação).

Há também o sentido conorarivo: o sign ificado subjerivo (emocional ou avaliativo), de acordo

Variação D ialetal

com as experiências de cada um e o seu emprego na linguagem usual.

• Variação Regional • Variação Social

No acidente, ele machucou a cabeça. (= denotação) Ele foi o cabeça do movimento. (=conotação)

•Variação Etária • Variação Profissional

Variação de Registro • Grau de Formalismo • Modalidade de Uso •Sintonia

A estrela brilhou no céu. (=denotação) A artista foi a estrela do espetáculo. (=conotação)

GÍRIA A gíria é uma forma de linguagem baseada em um vocabulário especialmente criado por um dererminado grupo ou categoria social com o ob-

.

jerivo de servir de emblema para os membros do

ESTILÍSTICA

l!

FIGURAS DE LIN GUA GEM A par da linguagem inrelectiva, denorativa ou informativa, que usa o padrão culto da língua e as palavras em seu significado próprio(= de dic ionário), e da qual nos valemos pa ra a com unicação mais formal, em cexcos técnicos, científicos e na correspondênc ia oficial, exisre ainda a linguagem

grupo, distinguindo-os dos demais falantes da língua. A gíria, ao mesmo rempo que contribui para definir a idenridade do grupo que a utiliza, funciona como um meio de exclusão dos indivíduos exrernos a esse grupo, uma vez que costuma resulrar em uma linguagem inimeligível.

241


PORTLGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

A linguagem figurada, como se vê, pode explorar diferentes recursos da palavra e/ou da frase. No texto acima, Gil berro Gil reconstrói a ideia de metáfora e conotação.

de caráter afetivo, conotativa. Essa linguagem permite a quem fala ou escreve inúmeras possibilidades de sugerir conteúdos emotivos e intuitivos por meio de expressões cujos sign ificados são diferentes daqueles de dicionário. Esses significados são atribuídos à palavra pelo aucor, no momenco da criação literária. Mas não são só as palavras que passam a rer novos usos, tambem a sua organização no texco pode ser livre e variada, dependendo da emoção e da vontade do esnicor. A estilística é o estudo dessas possibilidades de criação, que fogem ao âmbito dos faros gramaticais. A essa linguagem livre e emotiva, dá-se o nome de conoração ou linguagem figurada. Um bom exemplo da intenção do poeta, ao recriar a linguagem cm sua obra, é o poema abaixo, de Gilberco Gil, em que ele mosrra como o poeta é capaz de modificar os sentidos convencionais

FIGURAS DE SOM • Aliteraçáo: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.

"Esperando, parada, pregada na pedra do porto. " "Na messe que enlourece Estremece a quermesse " O som, nessa sequência, sugere o ruído do venco no rrigal.

"\lózes veladas, veludosas vozes \lólúpias dos violões, vozes veladas. Vágam nos velhos 1JÓrtices velozes

Dos ventos, vivas, vlis, 1mlcanizadrrs''.

das palavras, ampliando-os para outras possibilidades expressivas.

A reperição do som v sugere vozes sussurrantes, misturadas com os sons do violão.

Metáf01·a

Uma lata existe para conter algo, /\lf11s quando o poeta diz lt1ta Pode estar querendo dizer o incontível.

• Assonância: consiste na rcperiçáo ordenada de

sons vocálicos idênticos.

Uma meta existe para ser alvo, M1ts quando o poeta diz rnettt Pode estar querendo dizer o inatingível.

"Sou um mulato nato no sentido lato mui.ato democrático do litoral."

Po,· isso não se meta a exigir do poeta Que determine o conteúdo em sua lata. Na lata do poeta tudo-nada cabe, Po,s ao poeta cabe fazer Com que na Lata venha caber O incabível.

Dançam bambos, tontos bandos de pirilampos''.

"E bamboleando em ronda

A repetição dos sons redondos de o e a sugere o movimento em círculos dos pirilampos. • Paronomásia: consiste na aproximação de pala-

Deixe a meta do poeta, niio discuta, Deixe sua meta fora da disputa Meta dentro efora, lata absoluta Deixe-a simplesmente metáfora.

vras de sons parecidos, mas de significados disri ntos.

"Eu que passo, penso e peço."

(Gilberto Gil)

"Tanto tempo tento tanto. "

242


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO • Onomatopeia: consisrc na cencariva de repro-

• Inversão ou Hipérbato: consiste em mudar a

duzir, com palavras, os sons e ruídos emitidos

ordem normal dos rermos na frase com a fina-

por animais, objetos ou pela natureza.

lidade de dar ênfase àquele que é colocado cm posição amerior.

"Esperando o trem que jd vem, que já vem, que jd vem ...

"De tudo ficou um pouco. Do meu rnedo. Do teu asco. "

tique-taque, toque-toques, snif..

A inversão simples, que não compromere o sen-

FIGURAS DE CONSTRUÇÃO

rido da frase, recebe o nome de anástrofe. A inversão complexa, que dificulta o senrido, recebe

• Elipse: consiste na omissão <lc um termo facil-

o nome de SÍNQUISE.

mcnre identificável pelo conrexro.

"Ouviram do !piranga as rnargens plácidas de um povo heróico o brado retumbante': (sínquise)

"Na sala, apenas quatro 011 cinco convidados." (omissão de havia) "Cheguei cedo hoje. " {omissão de eu)

"Somos do mundo a esperança''. (anástrofe)

• Zeugma: consiste na elipse de um termo que já

apareceu ames. Na prosa informativa, essas inversões violen-

Ele prefere cinerna; eu, teatro. (omissão de prefiro)

tas consàruern vícios de linguagem e devem ser evitadas.

Algum estudflm; outros, não. (ornissão de estudam) Ele me deu carinho; eu fl ele, desprezo. (omissão de deu)

• Silepse: consiste na co ncordância não com o

que vem expresso, mas com o que se scbcnccnde, co m o que está impl ícico. A silepse pode ser:

• Polissíndeto: consisle na repetição de conecti-

•De gênero

vos ligando termos da oração ou elementos do

Vtma Excelêncin estd preocupado.

período.

"E sob as ondas ritmadas e sob as nuvens e os ventos e sob as pontes e sob o sarcasmo e sob a gosma e sob o vómito (..)"

•De número

Os lusíadas glorificou nossa literatura. • De pessoa

• Assíndeto: craca-se da ausência de conector.

"O que me parece inexplicável é que os bmsileiros persistamos em comer essa coisinha ve1de

" Chegou, arrumou tudo, saiu. "

e mole que se derrete

243

1111

boca. "


PORTLGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS FIGURAS DE PENSAMENTO

Ourros exemplos:

• Antítese: consisre na aproximação de rermos con-

A crirmç11da chegou bem cedo ri fazenda e gastou muita energia. As dez homs )ri estavam na carna. (silepse de nrémero)

trários, de palavras que se opõem pelo sentido.

"Os jmdins têm vida e morte. " "Toda a saudade é presença da ausência. "

São Paulo continua muito poluída. (silepse de género)

''Súbito o não toma forma de sim. "

Aquela é a Ouro Preto dos meus sonhos. (silepse de género)

• Ironia: é a figura que apresenta um rermo em senrido oposro ao usual, obrcndo-se, com isso,

Os cinco viajmnos de automóvel. (silepse de pessofl)

efciro crírico ou humoríscico.

'/! excelente Dona lnrícia em mestra na arte de

judiar de crianças. "

• Anacoluto: consisrc cm deixar um rcrmo solro

A Transamazónica é uma bela obm de engenhari11, que serve para ligar n11da a lugar nenhum.

na frase. Normalmente, isso ocorre porque se inic a uma dererminada consrruçáo sintática e

Aquele era mesmo um gênio: conseguiu passar da segunda série.

depois se opra por oucra.

A vida, não sei realmente se ela vale alguma coisa. "Eu, enganaram-me todos os amigos. "

• Eufemismo: consisre em subsrituir uma expres-

''Morrer, todos haveremos de morrer. "

são por ourra menos brusca; cm síncese, procura-se suavizar alguma afirmação desagradável.

Ele enriqueceu por meios ilícitos. (em vez de ele roubou)

• Pleonasmo: consisrc numa redundância cuja final idade é reforçar a mensagem.

Falta-lhe hueligência para entender filosofia.

"E rir meu riso e derramar meu pranto. "

O pobre já entregou a alma a Deus. Vi com estes meus olhos que a terra há de comer. • Hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia com

Vou matá-lo com estas 1ninhas mãos.

final idade enfática.

A mim, enganaram-me todos.

Estou morrendo de sede. (em vez de estou com muita sede)

• Anáfora: consiste na repcrição de uma mesma

Já lhe disse mais de mil vezes que 1111o vou.

palavra no início de versos, frases ou parágrafos.

Se cem vidas tivesse, eu as daria para salvá-los. "Amor é um fogo que flrde sem se ver É ferida que dói e não se sente É um contentamento descontente É dor que desatina sem doer"

Foi um mar de lama que o escândalo descobriu. • Prosopopeia ou personificação: consisrc em atribuir a seres inanimados predicativos que são próprios de seres animados.

244


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

O jardim olhava as crianças sem dizer nada.

'/:! vida é como uma onda. "

'/:!floresta gesticulava nervosamente diante do fogo que a devorava. "

'}Is pessoas são tais qual a vida que levam. "

'/1 lua banha a solitária estrada''.

•Alegoria: trata-se da apresencação de um trecho construído a parcir de várias metáforas ou de várias figuras de li nguagem associadas.

• Gradação ou clímax: é a apresentação de ideias cm progressão ascendente (clímax) ou descendente (anticlímax).

"Essa vida é um deserto em que se vive a morte em busca de sorte. "

"Um coração chagado de desejos Latejando, batendo, restrugindo. "

"Uma mulher é uma jóia sem destino, um caminho torto, uma profusão de sentidos e medos. "

• Apóstrofe: consiste na in terpelação cnfácica a alguém (ou alguma coisa personificada).

• Metonímia: consisce numa transposição de significado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser usada com oucro significado. A metonímia explora sempre alguma relação lógica entre os termos. Essa subsci-

"Senhor Deus, onde estás? Dizei-me vós, Senhor Deus!" • Paradoxo: consiste cm uma oposição no plano das ideias.

ruição pode ser dada da segu ince maneira:

'/1mor é fogo que arde sem se ver É ferida que dói e não se sente. "

• O aucor pela obra:

Todos gostam de Ler Jorge Amado. Monet está sendo exibido no Brasil.

FIGURAS DE PALAVRAS

• Metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base

• O efeito pela causa e vice-versa:

Viver do trabalho.

numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sencido figurado. A metáfora impli-

Ela é a felicidade dos pais.

ca, pois, uma comparação em que o conectivo comparacivo fica, gcralmcnce, subentendido.

Os aviões semearam a morte.

"Meu pensamento é um rio subterrâneo. "

• O continente pelo co nteúdo e vice-versa:

A Amazónia é o pulmão do mundo.

Bebi dois copos de Leite.

"Toda donzela tem um pai que é uma fera''.

Como a cerveja estava gelada bebi duas garrafas.

"Toda saudade é um capuz transparente''. • A marca pelo produto: • Comparação ou símile: consiste em uma comparação explícita, evidenciada pelo uso de co-

Faz a barba com gilete. Ela está usando um Diot:

nector.

245


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Astro rei (Sol)

• A parte pelo rodo ou vice-versa:

Satélite natural da Terra (lua}

Com cinco bocas para sustentm; tenho que fazer dois turnos de trabalho.

• Antonomásia é o nome dado a perífrases que se

"Senhoras, partern trio tristes meus olhos por vós meu bem. " Ela estava vestidfl de 11ison.

referem a pessoas.

•Sinestesia: rrara-se de mesclar, numa expressão,

Os sern-teto se rebelaram.

sensações percebidas por diferentes órgãos do senrido.

• O gênero pela espécie e vice-versa:

"Ouvi sua tosse gorda." (t1uditivalvisuaf)

Os mortflis de tudo são capazes. (mortais = homem) Estamos na estação das rosfls. (rosm

=

"Só tt leve esperança em tod11 a vida... " (material/imaterial)

primavera)

"Nossos olhos trocaram desejos''. (vistíolemor;iío)

• O lugar pelo produto:

Como aperitivo um porto vai bem.

VÍCIOS DE LINGUAGEM

Depois fuma-se um havana.

A gramática é um conjunto de regras que estabelecem um determinado uso da língua, denominado norma culta ou língua padrão. Acontece que as normas csrabelecidas pela gramática normativa nem sempre são obedecidas pelo falame. Quando o falante se desvia do padrão para alcançar uma maior expressividade, ocorrem as figuras de linguagem. Quando o desvio se dá pelo não-conhecimento da norma culra, remos os chamados vícios de linguagem.

• O símbolo pelo significado:

A ,·edonda foi colocada no meio do gramado. • Catacrese: ocorre quando, por falra de um rermo específico para designar um conceiro, roma-se ourro por emprésrimo. Encreranro, devid o ao uso conrínuo, não mais se percebe que ele esrá sendo empregado em sentido figurado.

O pé da mesa estava quebrado.

• Barbarismo: consiste em grafar ou pronunciar

Ele vai ficar de quarentena. (apenas por alguns dias)

uma palavra cm desacordo com a norma culca.

pesquiza (em vez de pesquisa)

Todos embarcaram no avião.

prototipo (em vez de protótipo)

• Perífrase: consisre em substituir um nome por

• Solecismo: consiste em desviar-se da norma

uma expressão que o identifique com facilidade.

culta na construção sinráLica.

...os quatro rapazes de Liverpool (em vez de os Beatles) (antonomdsia*)

Fazem dois meses que ele niio aparece. (em vez de faz; desvio na sintaxe de concordância)

246


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO •Ambiguidade ou anfibologia: trara-se de construir a frase de um modo cal que ela apresente mais de um sentido.

O guarda deteve o suspeito em sua casa. (na casa de

quem: do guarda ou do suspeito?}

• Cacófato: consiste no mau som produzido pela junção de palavras.

Paguei cinco mil reais por cada.

FUNÇÕES DE LINGUAGEM

Para se entender com clareza as funções da linguagem, é bom primeiramente conhecermos as etapas da comun icação. Ao contrário do que muitos pensam, a comunicação não acontece somente q uando falamos, esrabelecemos um diálogo ou redigimos um texto, ela se faz presente em rodas (ou quase todos) os momentos. No aro de comunicação percebemos a existência de alguns elementos, são eles:

• Pleonasmo: consiste na repetição desnecessária de uma ideia.

• emissor (locutor ou remetente): é aquele que envia a mensagem (pode ser uma ún ica pessoa

A brisa matinal da manhã deixava-o satisfeito. Hd dez anos atrás, tudo era lindo.

ou um grupo de pessoas) .

• receptor (alocutário ou destinatário): é aq uele a quem a mensagem é endereçada (um ind iví-

• Neologismo: é a criação desnecessária de pala-

duo ou um grupo), rambém conhecido como

vras novas.

destinatário.

Segundo Mário Prata, se adolescente é aquele que está entre a infoncia e a idade adulta, envelhescente é aquele que está entre a idade adulta e a velhice.

Ao longo do discurso, emissor e receptor podem oscilar seus papéis.

Era horrfvela solidão.

• canal de comunicação: é o meio pelo qual a • Arcaísmo: consiste na urilização de palavras

mensagem é transmitida.

que já caíram em desuso.

• código (alocutário ou destinatário): é o con-

Vossa Mercê me permite falar? (em vez de você)

junto de signos e de regras de combinação des-

Deu à moça um vidro de cheiro.

ses signos U(i lizado para elaborar a mensagem : o emissor cod ifica aquilo que o recepror irá decodificar. O código pode ser verbal (língua) ou

• Eco: trara-se da repetição de palavras termina-

não verbal.

das pelo mesmo som.

• ruído: qualquer tipo de interferência na comu-

O menino repetente mente alegremente.

nicação.

Para acabar com a corrupção, basta a união da população.

• contexto: é o objeta ou a simação a que a mensagem se refere.

247


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS ou a dos ventos. Por mais estranho que possa

Partindo desses elementos, exiscem seis fun-

parecer, as alterações provocadas pelo homem

ções de lin guagem, q ue são:

na natureza siio apenas wna parte da equação.

1 Função referencial: o referenre é o objeto ou

A natttreza, acredita-se, precisa da mudança

simaçáo de que a mensagem eram. A função referencial privilegia jusrnmcnre o refereme da

para subsistir. Estima-se qtte 99% de todas as espécies de vida surgidas na Terra até hoje esttÍO

mensagem, buscando transmirir informações

extintas- não pela máo do homem, acrescmtt'-

objecivas sobre ele. Essa função predomina nos

-se. Mesmo quando essa m/io humana provoca desastres, a ação natural pode consertá-los dl'

cextos de caráccr ciemífico e é privilegiada nos cextos jornalísticos. Note, no texto abaixo, a

forma surpreendente. Tome-se um caso bem conhecido, o do derra-

predominância do caráter informativo.

mamento de óleo no Canal de Prince William, no Alasca, pelo petroleiro Exxon Valdez, em 1989.

Uma das crenças mais estmnhas do ativismo ecológico é a de que a existência da humanidade representa uma vil distorção da natureza. Na década de 80, o ecologista mnericano David Foreman, fundador da organiZflÇIÍO radical Primeiro a Terra, declarava que a humanidade era 'ían câncer sobre o planeta''. Foremmn achava que urna nova era glacial seria até bem-vinda, na medida em que mataria bilhões de pessoas efaria com que a popttlaçiio humana retornasse aos nívei.; da em pleistocênica. É claro que a multiplicação humana se tornou delirante e ameaçadora. Ji,fas só urna mente alarmista e ingénua inuzginaria qlfe a explosão poplflacional vd prosseguir no mesmo ritmo até que não haja mais m; dglfa e comida para todos. O mais provável é que algum dia a idade da devastação apareça nos livros de história corno lfma curiosidade equiparável lt

Considerado um dos maiores desastres ecológicos do século, o derramamento cobriu uma regitio de naturezn ainda intocada com 11 milhões de galões de óleo cru. Um drwo irrecuperável prmr sempre, segttndo diziam na época os ecologistas. Pesquisas recentes mostram o contrário. A natureza se recuperou por completo na drea. No a110 seguinte ao acidente, o Canal de Prince Willimn teve a melhor temporada de pesca de todos os tempos. Albn disso, ficou proV!ldo que os maiores estragos fomm causados pela operação de limpt•za promovida pela Exxon, companhia dona do 1/flvio. Eles foram bem piores do que os gerados pt•!tt própria tragédia. Nessa operação, de 2 bilhões de dólares, ti E"<xon lavou parte d1i região com Jatos de águn fervente para dissolver o óleo derramado.

Idade do Bronze, um evento perdido na História

O calor esterilizou vastas porções de praias. mtt

do plnneta. Atualmente, ninguém consegtte imaginar

tando os núcr01ganismos que alimentavam a c11deia biológica da região. Nas praias em que llfÍO houve tt faxina da Exxon, a natureza mostra-se

a economia rodando sem o grande vilão poluidor, o petróleo. Mas ttm século atrds, quando a

hoje táo exuberante qttando antes do acidente. Muitos cie11tistas acham que, em vez de promo-

principal fonte de energia ainda em a madeira e o carviio, niio se pensava nlfm mundo tocado

ver a limpezn - destinada a retocar sua im11gem

a reservas petrolíferas. No mundo de hoje, jd começa rt fazer sentido a especulação em tor-

-, a Exxon teria gasto melhor os 2 bifhões de dólares comprando florestas para criar parques nn outras regiões.

no de fontes limpas de energia, como a solar

248


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO Qual é o maior problema ecológico do planeta neste final de século? Nos países pobres, 1,3 bilhiio de pessoas vivem em zonas de ar "perigosamente inseguro" segundo os padrões adotados nwndialrnente pelos serviços de controle da qualidade do ar. Outro bilhiio de pessoas não tem dgua tratada. Conclusiio: o que está matando as pessons não é a destruição da camada de ozónio. nem o aquecimemo global, nem o consumo de alimentos com agrotóxicos, mas a diarreia t' a fumaça envenenada dos países pobres. Eric Chivian, professor da Harvard Medical School é urn dos autores do estudo "Criticai condition: hronan health and the environment", diz que a degradação das condições de vida no Terceiro Mundo é de longe mttior que todos os problemas ecológicos do Primeiro Mundo combinados. "Eu tenho tido uma grande difimldade em chamar a atenção das otganiznções ambientalistas para 11 satÍde humana nos países pobres': afirma Chivian. "Elas querem conversar sobre florestas e diversidade das espécies no mundo em desenvolvirnento, mas têm pouquíssimo interesse na smíde hmnana nessrz parte do mundo."

minha direção, delicadamente me afastaram das meninas e comrmicamm: - "Tire depressa s•tas filhas daqui/''. As palttvrtts foram duras mas o tom em ameno, crimplice. Quis saber por quê. Em voz baixa, conspiratória, um dos cidadãos me comunicou que ali na arrebentação, boiando como m-na anêmona, alga desprendida das profimdezas oceânicas, havia urna camisinha - que na época atendia pelo poético nome de "camisa de Wnus''.

O grupo de cidadiios - nmn tempo em que direitos e deveres da cidadania aindtt esperavam pela epifania de Betinho - ali estava desde cedo, alertando pais incautos, como se a camisinha fosse uma pastilha de material nuclear, urna cápsula de césio com pbfidns e letais emanações. Não me lembro da reação que tive, : possível que tenha levado as meninas para outro canto, mas tenho certezr1 de que nem alarmado fiquei. Hoje, a camisinha aparece na televisão, é banal e inocente como um par de patins, um aparelho de barba. Domingo último, levando minhas ,;etters lz rínica praia em que são permitidos animais domésticos, encontrei um grupo de cidadãos em volta de uma coisa. Niio, não em aquele monsh·o marinho que Fellini colocou no final de um de seus filmes. Tampouco em uma camisinha - que

(Adaptado de: Laurentino Gomes, V.E)A, São Paulo, rwo 28, n. 0 22, 31-05-95.)

as praias estão cheias delas, mais numerosas que r.ts conchas e os tatuís de antigamente. O motivo daquela expressão de cidadania era uma seringa que as águas despejaram na areia. Objeto na certa infectado, trazendo na ponta de sua agulha o vírus da Aids que algum viciado ali de•xam, para contaminar inocentes e culpados. Daqui a dois, cinco anos, espero que a Aids não mms preowpe a humanidade. Mas os cidadãos continuarão alarmados, descobrindo novas misérias na eflmera eternidade das espumas.

2 Função emotiva: por meio dessa função, o emissor imprime no texto as marcas de sua atitude pessoal: emoções, avaliações, opiniões. O lcicor sente no cexto a presença do emissor. No rexco abaixo, o amor usa a primeira pessoa para se inserir no discurso e mosrrar suas avaliações. Não foi hd ta1lfo tempo assim. Cheguei à praia com minhas filhas e encontrei um aglomemdo de cidadãos. Eles montavam guarda num pl'queno trecho da areia, mms alarmadas, pior: pungidas. Não fui eu quem viu o grupo: foi o grupo que me viu e dois de seus mernbros vieram em

(Carlos Heitor Cony. Folha de São Pau lo, p 1-2, 09. O1. 1994)

249


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

do, homens virarem nwlher, mulheres virarem

3 Função conativa ou apelativa: essa função procura o rganizar o rexm de forma a que se impo nha so bre o recepror da mensagem, persuadindo-o, seduzind o-o. Nas mensagens em que predomina essa função, busca-se envolver o leicor com o conteúdo transm itido, levando-o a adorar esre ou aquele comportamento. É rípica dos rexros publicitários, livros de aucoajuda ou rextos panAecários.

homem e os eco11ornist11s virarem Lobisomem, qu11ndo saem do Banco Central e ingressam 11t1 banca privada? }d não basta os prefeitos, como imperadores rontanos, tentarem rnudar o nome de avenidllS cruciais, como a Vieira Souto, no Rio de Janeiro, ou se lançarem;, 11ve111ura maluca de destruir largos pedaços da cid11de pam rasgar avenidas, como em São Paulo? jrí 11río basta mudarem todt1

4 F1mçáo fática: a palavra fác ico significa "ruí-

hora as teorias sobre o que engorda e o que ema-

do, rumor". Fo i utilizada inicialmente para de-

grece? Não basta m11d11rm1 a C11pital fedem/, o

sig nar certas formas q ue se usam para chamar

número de estados, o nlÍmero de municípios e

a atenção (ruídos como psiu, ahn, ei). Essa

11té o nome do país, que jd foi Estados Unidos

função ocorre quando a mensagem se orienta

do Brasil e depois virou República Federativa do

sobre o canal de comunicação ou concato, bus-

Brasil? Não, não basta. Ld 11êm eles de novo, que-

cando verificar e fortalecer sua eficiência.

A ma nchete, as d iferenças no corpo de

rendo mudar as regras de escrever o idioma.

!erra, os resumos anccs de um texto podem

"Minha pátria é a língua porwguesa': escreveu

Ler fin alidade fárica, ou seja, objerivam esra-

Fernando Pessoa pela pena de um de seus he-

bclecer a comun icação.

terónimos, Bernardo Soares, autor do Livro do Des11ssossego. "Desassossegados estamos. Querem

5 Função metalinguística: quando a linguagem

mexer na pátria. Qum1do mexem no modo de es-

se volca sobre si mesma, transformando-se cm

crever o idioma, põem a mão num espllf;o íntimo

seu próprio referente, ocorre a função meca-

e sagrado como a terra de onde se vem, o clima que se acostumou, o pão que se come. "

linguística. No texto texto abaixo, o autor faz

ti

considerações sobre a língua porcuguesa usan-

Aprovou-se recentemente no Senado mais

do o próprio porcuguês, o q ue caracteriza a

uma reforma ortogrdjic11 da Língua Portugue·

oco rrência de metal inguagem.

s11. É a terceira nos últimos 52 anos, depois das de 1943e1971 - muita reforma, para pouco

jd não basta jic11rem mexendo toda hora

tempo. Uma pessoa hoje com 60 11nos aprendeu

no v11lor e no nome do dinheiro? Nos juros, no

11 escrever "idéa': depois, em 1943, mudou pam

crédito, nas alíquot11s de import11ção, no câm-

"idéia': ficou feliz em 197 1 porque "idéia" pm-

bio, na Ufir e nas regras do imposto de renda? }d

sou incólume,

1uío basta mudarem as fo rmas da Lua, as marés,

sem acento.

mllS

rtgora vai escrever "ideia",

direção dos ventos e o 1-napa da Europa? E

Reformas ortogrdjicr1s sâo quase sempre um

ris regras das campanhas eleitorais, o rninistério,

exercício vão, por dois motivos. Primeiro, por-

o comprimento d11s s11i11s, 11 largura das grav11-

que tentam banhar de lógica o que, por nature-

flls? Não basta os deput11dos mudarem de parti-

Zfl,

fl

250

possui extensas zonas infens11s à lógica, como


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO é o cnso de um idiomr1. Escreve-se "Egito': e não "Egipto ·: mflS "egípcio·: e 11áo "egício ·: e dr1 í? Escreve-se "muito", mas em gemi se fala "muin-

sentação escrita da língua é um bem que percorre

Segundo, porque, quando as reformas se re-

as gerações, passando de uma à 01ttra, e saá tiio

gem pela obsessão de fazer coincidir a fala com

mais bem transmitida quanto mais estável for,

a escrita, como é o caso das reformas da Língua

ou, pelo menos, quanto menos interferências ar-

Portuguesa, estão correndo atrds do inalcançd-

bitrárias sofrer. Não se mexa assim na língua. O

vel. A pronúncia muda 110 ternpo e no espaço.

preço disso é banalizá-111 como já fizeram com a

A flor que já foi ''azálea" esrá vimndo ''azaléa"

moeda, no Brasil.

10''.

Fala-se que a reforma simplifica o idioma e, assim, torna mais fácil seu ensino. Engano. A repre-

e não se pode dizer que esreja errado o que todo (Roberto Pompeu de Toledo - Veja, 24.05.05)

o povo vem consagrando. "Poder" se pronuncia ''poder" no Sul do Bmsil e "puder" no Brasil do Nordeste. Querer que a gmfia coincida sempre com a pronúncia é como correr atrds do arco-

6 Função poética: quando a mensagem é elaborada de forma inovadora e imprevista, uti-

-íris, e a compamçáo nrío é fortuita, pois uma

lizando combinações sonoras ou rítm icas, jogos de imagem ou de ideias, remos a ma-

língua é urna coisa bela, mutável e misteriosa como um arco-íris. Acresce que a atual reforma, além de vá,

nifcsraçáo da função poética da linguagem.

é frívola. Sua justificativa é unificar as grafias

Essa função é capaz de despertar no leicor

o~·a, no

p1·azer estético e su rpresa. É explorada na po-

meio do caminho percebeu-se que seria uma

esia, em cexcos publicitários ou em textos em prosa que combinam intencionalmenre e de

do Português do Brrtsi/ e de Portugal.

violência fazer um português escrever "fato" "receção·: da mesma forma como seria cruel fa-

forma criariva as palavras. No texto a seguir, Guimarães Rosa reconscrói a linguagem ao

zer um brasileiro escrever 1acto" ou "receção"

descrever Minas Gerais.

quando fala "facto·: ou "recepçrío" quando fala

(q1te ele só conhece, e bem, com dois ss, no senMin11s Gerais

tido de inferno r1Stral da eco11omia). Deixou-se, então, que cada um conrinuasse a escrever

Minas é montanha, montanhas, o espaço

como está acostunuulo, no q1te se fez bem, mas,

erguido, a constante emergência, a verticalidade

se a reforrna era para unificar e não unifica,

esconsa, o esforço estático; a suspensa região - que

para que então fazê-la? Unifica um pouco, res-

se escala. Atrás de muralhas, através de desfila-

ponderão os defensores da reforma. Mas, se é

deiros, - passa um, passa dois, passa quatro, pm-

só um pouco, o que ttdirtnta? Aliás, para que

sa três... - por caminhos retorcidos, ela começr1,

unificar? O último mgurnento dos propugna-

como um desafio de serenidade. Aguarda-nos

dores da reforma é que, afinal, ela é pequena

amparada, dada em neblinas, coroada de frinws,

- mexe com a grafia de 600, entre as cerca de

esptlda de epítetos: Alterosas, Estado montanhês,

11O.000 palavras da Língua Portuguesa, ou apenas 0,54% do total. Se é tão pequena, volta

Estado mediterrâneo, Centro, Chave da Abóba-

11

da, Suíça brasileira, Coração do Brasil, Capitania do Ouro, a Heróica Província, Formosa Pro-

pergunta: para que fazê-la?

251


PORTLGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

vincin. O quanto que envaidece e intranquiliza,

mosfera, sendo o mineiro o homem em estado mi-

entidade tão vasta, feita de celebridade e lucidez, de cordilheira e Histórir1. De q1te jeito dizê-ln?

nasgerais? ( ..) Sendo assim, o mineiro hd. Essa raça ou variedade, que, foz Jd bem tempo, acharam q1te

MINAS: patrittzinha. Minas - a gente olha, se lembra, sente, pensa. Minas - a gente não sabe. Sei um pouco, seu facies, a natureza física

existia. (..) Ai está Minas: a mi11eiridade.

- muros montes e ultrarnontes, vales escorregados, os andantes belos rios, as linhas de cume-

De Minas, tudo é possível. Viram como é de /d q1te mais se noticiam as ciosas sensacionais ou

ehas, a aeroplanície ou cimos profundamente

esdníxulas, os fenómenos? O diabo aparece, regu-

altos, azuis que jd estão nos sonhos - a teorirt dessa passagem. ( ..)

larmente, homens e mulheres rnudam automaticamente de sexo, ocorrem terremotos, trombas-

Pois Minas Gemis é muitas. São, pelo me-

-d'água, enchentes monstras, corridas-de-terreno, enormes ravinamentos que desabam serras, apr1-

nos, várias Minas.

rições meteóricas, tudo o que aberra e espanta. (. ..)

A que via geral se divulga e n-1ais se refere, é a Nlinas antiga, colonial, das comarcas mineradorns. (..)

Só que o mineiro não se move de graça. Elt• permanece e conserva. J;/e espia, escuta, indaga.

Essa - tradicional, pessimista ainda talvez, ?ts vezes casmurm, ascética, reconcentra-

protela ou palia, se sopita, tolera, remanchei11, perrengueia, sorri, escapo/e, se retarda, foz vés-

da. professa em sedições - a Minas geratriz, r1

pera, tempera., cala a boca, matuta, destorce, en-

do ouro, que evoca e informa, e que lhe tinge o nome; primeira a povoar-se e a ter nacional e universal presença, surgida dos arraiais de

gambela, pauteia, se prepam. Mas, sendo a vez, sendo a hora, Minas entende, atende, toma tento,

ac11mpar dos bandeirantes e dos arruados de fi-

avança, peleja e faz.

xa.:ão do reino!, em capitania e província que,

Sempre assim foi. Ares e modos. Assim seja.

de golpe, no Setecentos, se proveu de gente vinda em multidão de todas as regiões vivas do país,

Só, e no mais: sem ti, jamais nunca!- /\!finas, Minas Gerais. ( . .) Minas assombrada, sa-

mas que, por conta do ouro e dos diamantes, por prolongado tempo se Ligou diretamente lt Metrópole de além-rnru; como que através de

lubre e s1lÍutar, assombmda, municipal, minicipaiissima, paroquial, marília e heliodora, dt• pedra-sabão, de hemrltita compacta, da sabedo-

especial tubulatura, fl1tindo apartada do Brasil restante. Ai plasmado dos paulistas pioneiros, de

ria, de Borba Gato, Minas }oáopinheira, Minas

lwos aferrados, de baianos trazedores de bois, de

plural, dos horizontes, de term antiga. dm Lapm e cavernas, da Gruta de Maquiné, ( ..)espiritual,

numerosíssimos judeus manipuladores de ouro,

arrieira, boiadeira, urucuiana, cordisburguesa,

de africanos das estirpes mais finas, negros reais,

paraopebana, fluminense-das-velhas, barbace-

aproveitados na rica ind1ístria, se fez a criatura que é o mineiro invetemdo, o mineiro minei-

nense, leopoldinense, alérn-paraibana, itagur1rense, curvefrwa, belorizontina, do ar, do Lar, da

rrío, mineiro da gema, corn seus males e bens.

sudade, doceira, do queijo. do tutu, do milho e

Se são tantas Minas, porém, e contudo uma,

do porco, do angu. do fmngo com quiabo, Minas magra, capioa, enxutrt, groteim, garimpeira, sus-

serd o que a determina, entrío, apenas uma at-

252


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO surrada, sibilada, Minas plenária, imo e âmago, chapadeira, veredeira, zebuzeira, burreira, bovina, vacum, forjadora, nativa, simplíssima,

DISCURSO INDIRETO É denominado de discurso indireto aq uele em que o narrador enuncia a fala. Suas marcas sáo: • discurso indireco também é introduzido por verbo de dizer. • vem separado da fala do narrador por uma parrícula in trodutória, normalmente as conjunções que ou se. • os pronomes, o tempo verbal e elementos que dependem de si mação são determinados pelo contexto do narrador: o verbo oco rre sempre em 3ª pessoa.

sabid11, sem desordem, sem inveja, sem realce, tempestiva, legalista, legal, governista, revoltosa, vaqueira, geralista, generalista, de não navios, de não ver navios, longe do mm; Minas sem mm; Minas em mim: Minas comigo. Minas. (ROSA, J Guimarães. Ave Palavra. ln: Seleta de João Guimarães Rosa. livraria José Olympio Editora: Rio de janeiro, 1973)

VEJAMOS UM CONFRONTO DOS DISCURSOS DIRETO E INDIRETO Discurso direto D. Ana disse: - Daqui a duas horas tudo estará concluído.

Essas funções não são exploradas isoladamente. De modo geral, ocorre a sobreposição de várias delas. Há, no entanto, aquela que se sobressai, as-

Discurso indireto D. Ana disse que dali a duas horas tudo estaria concluído.

sim podemos identificar a finalidade principal do texto.

Na conversão do discurso direto para o indireto, as frases imerrogarivas, exclamacivas e imperativas passam todas para a forma declarativa.

,

TIPOS DE DISCURSO DISCURSO INDIRETO LIVRE

DISCURSO DIRETO É denominado de d iscurso direto aquele em que não há narrador. Suas marcas típicas são: • vem inrroduzido por verbo que anuncia a fala do personagem (murmurou, disse) . Esses verbos são chamados de verbos de dizer (dizer, responder, rerrucar, afirmar, fa lar) . • normalmente, antes da fala do personagem, há dois pomos ou travessão. • os pronomes, o tempo verbal e palavras que dependem de situação são usados literalmente, determinados pelo conrexro.

Nesse tipo de discurso, não se consegue observar os limites enrre a fala do narrador e a do personagem . Notamos que o discurso indirero livre é um discurso que exclui os verbos de dizer e a panícula introdutória.

Pedro me ama. Sabia disso. Note-se que, no exemplo, não se consegue saber se o sujeito de "sabia" é Pedro ou o narrador-personagem. Essa amb iguidade discursiva caracteriza o discurso indireto livre.

253


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

EFEITOS DE SENTIDO Quanto à citação do discurso alheio, cada cita-

rência do rexro quamo ao conrcxro. Essa visão dá

ção as~umc um papel disrinto no inrerior do rexro.

à coesão um caráter fundamenral na consrruçáo

ro, a consisrência do rcgisrro, consriruriva da coe-

da rexrualidade. Assim, um rexro sem coesão seria

• Ao escolher o discurso direto, cria-se um

um não-texto. A tcxrualidade esrá ligada a diver-

ereiro de verdade, dando a impressão de pre-

sos farores fundamenrais como coesão, coerência,

servar a inregridade do discurso.

intencionalidade, aceitabilidade, infonnatividade, situ acionalidad e e inttn·textualidade.

• Ji

a opção pelo discurso indireto cria diferenres efciros de senrido:

- O primeiro, que el im ina elemenros emocio-

COESÃO

nais o u areti vos, gera um efeiro de senrido de o bjerividade analítica, depreendendo apenas

A coesão é cmcndida como os mecanismos

o q ue o perso nagem diz e não como diz. - O segun do ripo serve para analisar as palavras

utilizados ao longo do texto para sinalizar relações

e o modo de d izer dos ourros e não somente

enrre os elernenros da superfície rextual. Enrendcr

o conteúdo de sua com unicação.

a coesão como mecanismos sinalizadores de rela-

• Lo discurso indirero livre mescla a fala do

ções porcncializa a interação como um faror de

rarrador e do personagem. Do pomo de vis-

texrualidade, já que a coesão cm si não é decisiva.

r,1 gramatical, o discurso é do narrador; do

COERÊNCIA

ponro de visca do significado, o discurso é do personagem .

A coerência é definida como concernenre aos

- O efeito de senrido do d iscurso indirero livre

modos como os componenres do "mundo rexru-

csrá enrrc a subjetividade e a objerividade.

al" - os conceitos e as relações que subjazcm à superfície rexcual - são mulllamenre acessíveis e rclcvanres. A coerência não é um mero rraço dos 'áo confunda discurso indirero livre com

rexros, mas sim o resu ltado de processos cogniti-

d isct rso d ireto e indirero. Este combina apenas o

vos enrre os usuários do rexco, ou seja, ela é cons-

disct rso d irero e o indirero em um mesmo texto.

truída por operações de inforência; um texto não

Aqude não d iferencia os li mires entre narrador e

tem sc.;nrido cm si mesmo, mas faz senrido pela

personagem.

inceraçáo entre os conhecimencos que apresenca e

1

o conhecimento de mundo dos usuários.

FATORES DE TEXTUALIDADE

PAPEL DO LEITOR

O texro "é uma unidade da língua em uso" e a

Os ourros princípios de textualidade são no-

textualidade é definida como propriedade que de-

ções cemradas nos receprores do rexto, ou seja,

riva do fato de que o rexro funciona como unida-

nos leitores, e cêm a ver com a atividade de co-

de em relação a seu conrexto e que envolve, além

municação cm geral, por parte ramo do produtor

das relações semâmicas de coesão, inrernas ao rex-

quanro do recebedor.

254


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO A intencionalidade e a aceitabilidade são definidas como concernentes às atitudes, aos objetivos e às expectativas do produtor e do recebedor,

Os modos de manifestação e processamemo da coesão, da coerência, da intencionalidade, da informatividade, por exemplo, costumam diferir

rcspccti vamen te.

conforme o ripo de texto: normalmente, não se

A informatividade cambém não deve ser

espera que o modo de manifestação desses princí-

entendida como uma característica do texto em si, mas é avaliada em função das expecrativas e

pios seja idêntico em uma poesia e em um texto científico.

conhecimentos dos usuários. Assim, um grau

Assim , o texto deve ser compreendido como

mediano de in fo rmatividade seria o mais con-

um sistema - isto é, um conjunto de elemenros

fortável para o leitor, pois permitiria a ele se

funcionando juntos. Enquanto a língua seria um

apoiar no conhecido para processar o novo . Vê-

sistema virtual de opções disponíveis, o rexto seria

-se, pois, que a informarividade não é pensada

um sistema atual, efetivo, no qual as opções fe iras

como característica abso luta nem inerente ao

a partir do repertório oferecido pela língua fo ram

texto em si, mas como um fator a ser conside-

ucilizadas numa estrutura panicular.

rado em função dos usuários e da situação em

A textualidade consiste, porranro,

que o texto ocorre.

num

conjunto de procedimentos ou critérios que

A situacionalidade aparece, então, como um

transformam uma sequência de palavras o u de

princípio imporrante pa ra a constituição da texrn-

orações num texto. A sequência linguística é

aJidade, já que a coesão, a coerência, a informa-

considerada texto quando pode ser entendida

tividade e as atitudes/disposições do produtor e

pelo receptor como uma unidade que uaz uma

recebedor (intencionalidade e aceitabilidade) são

mensagem co mpleta dentro de um determinado

funções do modo como os usuários interpretam as

contexto, sem o qual não há texto . É a coerência

relações entre o texro e sua situação de ocorrência:

que proporciona a eficiência dos mecanismos da

o sentido e o uso do texto são decididos pela situ-

textualidade.

ação comunicativa. Essas ações discursivas não se

usuários. A aceitabilidade de um texto dependeria

A LGUNS FATORES DE TEXTUALIDADE A coesão é o processo de ligação entre elementos da textura ou ressirura textual : orações entre si

menos de sua correção em termos de correspon-

formando períodos; períodos entre si formando

dência ao mundo real e mais da credibilidade e re-

parágrafos; parágrafos entre si formando capítu-

levância que lhe são atribuídas numa determinada

los; capítulos entre si formando um imenso texro,

situação.

como um romance, por exemplo. A coesão pode

prendem só às evidências perceptíveis, mas sobretudo às perspectivas, crenças, planos e metas dos

A intertextualidade é entendida como con-

ser considerada um mecanismo da coerência, porque pode ser gramarical, lexical ou semântico.

cernente aos farores que fazem a produção e a recepção de um texto depender do conhecimena avaliação da textualidade de um determinado

Coesão referencial por substituição A coesão referencial por substituição tem ele-

texro se fazem mediante as relações que se esta-

mento coesivo (ou referido) que remete a um ter-

belecem enrre esse texto e outros do mesmo tipo.

mo ou ide ia anteriores denominada referente, de

to de outros cexros. Desse modo, a construção e

255


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

forma que o texco deve prosseguir coerente. O re-

gramaticais são viscos como inscrumenros dos cri-

ferido é quase sem pre pronome ou advérbio: " Eu

térios da textualidade, no campo semântico, sem

amo Ana. Isso me obriga a voltar". Isso é o referido

necessariamente se cer que nomeá-los ou enqua-

que remete a exp ressão anterior. "Moro na capital

dd-los cm regras gramaticais.

e você no interior. Lá a vida é agicada, aqui é calma". Lá remete à capital e aqui remete a interior.

Conhecimento de mundo

Ainda se pode ter um referido zero, ou elíptico:

Um texto transmite informações ou conheci-

"Jonas e Ananias são inimigos. Vivem discutin-

mcnros que permeiam o mundo do produtor (fa-

do". O referido zero (eles) ficou elíptico, isco é,

lante ou leicor) que deve penencer igualmence ao

oculto.

mundo do recepror (ouvinte ou leitor) para que haja decodificaçáo, incluindo interpretação em

C oesão referencial por reiteração (lexical)

níveis mais profundos.

Oco rre com sinô nimo, hi perônimo, nome genérico ou expressão nom inal: "Tive medo. O pavor

C onhecimento compartilhado

foi canro que fiquei mudo". Pavo r (referido) remete

É justamente esse inrercâmbio de conheci-

a med o (referente) . Nesse caso usou-se a coesão refe-

mentos que deverá interagir no aro da leitura,

rencial sinonímia. Agora vejamos um caso de hipe-

quando producor e recepcor dominam a mesma

rônimo: "Chamei o médico da cidade mais próxi-

área de conhecimento.

ma. O doutor foi mu ito simpático em nos acender. Tambc~ m

pode haver coesão por termo genérico:

Inferências

"Vimos uma alma do outro mundo. A coisa parecia flutuar" .

O leicor tenta decodificar ideias que lhe parecem profundas ou inacingíveis utilizando seus conhecimentos de mundo e cognitivos: uns menos,

C oesão sequencial la

oucros mais, de acordo com seus níveis de conhc-

A coesão sequencial é mais complexa. Ela é fei-

cimenco. As inferências dependem de aspectos

no cncadeamemo das ideias. Adiantamos que a

linguísticos e extra-linguísticos.

coesão sequencial pode ocorrer quando a ligação entre os segmentos acrescenta, por exemplo, uma

Situacionalidade

ideia nova, sem recorrência alguma: "Você virá

Compreende as condições que concribuirão

quando eu q uiser" . O clemenco coesivo quando

para o encendimenm do ccxto como a quem é

deu prosseguimento ao cexco, acrescemando-lhe a

dirigido, que nível de linguagem será usado, que

ideia de tempo. Assim a coesão sequencial explora

grau de conhecimento o reccpwr cem para poder

conectores.

inreragir, etc.

C o nhecimento linguístico

Intencionalidade e aceitabilidade

A Ling uística de Texto é uma ciência que escu-

O que se pretend<.: escrever, o que se quer co-

da o ccxro, a texcual idade e a coerência numa vi-

municar, adaptá-lo ao entendimento do ouvinte

são diference da gramaticalidade que até há pouco

ou leicor, se a terminologia adotada pertence ao

tempo regia a produção textual. Os elementos

seu vocabulário, à sua profissão, à sua visão de

256


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO mundo são condições de aceitabilidade e intcncionabilidade. Essa preocupação do produror do tcxw com o poder de dccodificação do recepror define muito bem os dois critérios.

livro, um parente próximo ou um amigo, um possível contratante ...

• lugares de circulação determinados: mídia impressa, academ ia, família ou círculo de amizades, determinada empresa (esfera profissional), vias públicas de grande c irculação de veículos e pessoas ...

Informatividade Diz respeiro às informações implícitas que estão nas entrelinhas do texro, de forma que o próprio auror as desconhece e, às vezes, escreve sem percebê-las. A informatividade está relacionada

• gêneros discursivos específicos: cana de leitores, anúncio, folhero de propaganda, ourdoor, artigo acadêmico-científico, carta pessoal, editorial, crônica, como, ensaio, ürinha, xilogravura...

aos conhecimentos prévios do produtor e do receptor do texto. Nesse sentido, ela é construída a partir da disposição entre os agentes comunicativos em compartilhar informações por meio da produção e recepçáo de um texto.

Os elementos de p rodução determinam o tipo de leirura q ue se deve fazer acerca do texto.

__J

TIPO LO GIAS TEXTUAIS E FOCALIZAÇÃO TIPOLOGIAS TEXTUAIS

Para se avaliar um texto, devem-se levar em consideração os elementos de sua produção.

Há cinco tipologias textuais relacionadas diretamente à forma de apresenraçáo de um texto, bem como à sua intencionalidade e às suas estruturas 1i ngu ísticas.

Características essenciais à análise de um texto:

• finalidades discursivas: manifestar forma de pensar a respeito de determinada matéria lida, divulgar determinados serviços buscando seduzir possíveis clientes, convencer a rcspeico de determinadas interpretações de dados, obter notícias sobre determinado assunto, informar sobre determinado assunto, estabelecer normas de comportamento, influenciar em outros posicionamentos ...

Tipologia D escritiva Esse tipo de enunciado textual tem uma estrutura simples, com verbo estático no presente ou no pretérito. Em geral, apresenta um complememo e uma indicação circunstancial de lugar ou de tempo. Os textos descritivos mais comuns são gráficos, tabelas, reportagens, dados estatísticos ou descrições literárias de personagens e/ou cenários.

• interlocutores diversos: leirores de um determinado veículo da mídia impressa (jornal, revista), transeuntes de determinados locais (vias de circulação, rodoviária, etc.), colegas de trabalho, leitores de determinada revista acadêmico-científica ou de determinado tipo de

Tipologia N arrativa Esse tipo de enunciado textual cem verbo de mudança no passado, circunstancial de tempo e lugar. Por sua referência temporal e local, esse enunciado é designado como enunciado indicati-

257


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

vo de ação. Há sempre sequenciadores indicando a mudança de rempo. Uma narrariva pode ser linear ou apresenrar sobreposição temporal. Os rexros narrarivos mais frequenres são crónicas, norícias, ririnhas, conros, novelas, romances, fábulas, e afins .

Os texros injuntivos mais frequentes são leis, bulas de remédio, cartilhas, rexros de autoajuda, entre outros.

Um elemento central na organização de textos narrarivos é a sequência remporal. Já no caso de textos descritivos predominam as sequências de localização. Os textos expositivos apresentam o predomínio de sequências analíticas ou então explicitamente explicativas. Os texcos argumentativos se dão pelo predomínio de sequências contrastivas explícitas. Por fim, os textos injuncivos apresentam o predomínio de sequências imperativas.

Tipologia Expositiva A exposição sintética ocorre pelo processo da composição. Aparece um sujeiro, um predicado (no presente) e um complemenro com um grupo nominal. Trata-se de um enunciado de identificação de fenômenos (base conceituai). A exposição analítica ocorre pelo processo de decomposição. Também é uma esrrurura com um sujeito, um verbo da família do verbo rer (ou verbos como: "contén1", "consisre", "compreende") e um complemento que esrabelece com o sujeiro uma relação pane-rodo. O texro exposirivo, em geral, rem base conceirual . Os rextos exposirivos mais recorrentes são esclarecimenros, pareceres, exposição d C' conceiros, noras, enrre outros.

FOCALIZAÇÃO DISCURSIVA A focalização discursiva diz respeito à pessoa gramatical cm que um rexco é escrico e aos efeitos de sentido que a escolha do locucor/aucor produz sobre a base argumentativa do texto.

• 1 ª do singular: rexro subjetivo, visão centrada

Tipologia Argumentativa / Dissertativa

no aucor, baixa credibilidade argumentariva.

Têm-se, em geral, nesse ripo de rexto, formas verbais com o verbo ser no presente e um complemento (que no caso é um adjerivo) . Trata-se de um enunciado de atribuição de q ualidade, estado, juízo de valor do locutor em relação ao rema abordado. O texto de caráter disscrrarivo rem base opinariva. Os texros d isserrativos mais comuns são ediroriais, artigos de opinião, ensaios, crónicas argumentativas, entre ourros.

• 1 ª do plural: rraços de subjetividade, o rexco rende à objetividade. Autor e leitor são projetados no texto, h<i comparrilhamenro da argumentação com o lcicor, alta credibilidade argumentativa. • 3ª do singular ou plural: rexco objetivo, impessoal, não há marcas do autor, nem do leitor,

Tipologia lnjuntiva

alta credibilidade social . O autor apresenta o ar-

Vem represenrada, em geral, por um verbo no impcrarivo. Esses são os enunciados incitadores à ação. Esse tipo de texto pode sofrer cerras modificações significarivas na forma e assumir, por exemplo, a configuração mais longa onde o imperativo é su bsti ruído por um "deve" ou outras construções de aconselhamento ou orientação.

gumento de forma asseverada (afirmativa).

A 1ª do plural e a 3ª pessoa podem ser equivalentes em termos argumentativos, se o texto apresentar uma base argumentativa genérica.

258


FLÁVIA RITA COUTINHO SARr.JENTO

EXERCÍCIOS Assinale a alternativa que possa ser comprovada pelo texto abaixo. "Ao detentor, exclusivamente, de cargo em comissão declarado de livre nomeação e exoneração ou de função pública não estável fica assegurada a conversão em espécie das férias-prêmio não gozadas, a título de indenização, por motivo de exoneração, desde que não seja reconduzido ao serviço público estadual no prazo de noventa dias contados da data da exoneração". a) Garante-se aos detentores de funções e cargos públicos a conversão em espécie do período de férias-prêmio a que têm direito. b) Somente as férias-prêmio não gozadas a título de indenização podem ser objeto de conversão em espécie. c) A conversão de férias-prêmio em espécie é efetuada como forma de indenização aos servidores, sempre que estes forem exonerados. d) Nem todo servidor público exonerado tem direito à conversão em espécie de férias-prêmio.

c) Os órgãos de representação dos advogados e do Ministerio Público escolhem qual de seus membros deverá ocupar vaga nos tribunais. d) A escolha do membro do Ministério Público ou advogado que ocupará vaga nos tribunais de segundo grau cabe, exclusivamente, ao Governador do Estado.

3 Assinale a alternativa que possa ser comprovada pelo texto abaixo. "Cada período de cinco anos de efetivo exercício dá ao servidor direito adicional de dez por cento sobre seu vencimento e gratificação inerente ao e<ercício de cargo ou função, o qual a estes se incorpora para o efeito de aposentadoria, ao passo que, no ma91stério estadual, o adicional de quinquênio será, no rnínimo, de dez por cento". a) De cinco em cinco anos. os servidores têm direito a adicional de 10% sobre sua remuneração. b) Os servidores lotados em instituições de ensino têm adicional quinquenal de, pelo menos, dez por cento. c) Os adicionais quinquenais conquistados pelo servidor ao longo de sua carreira continuam integrando sua remuneração após aposentadoria. d) Apenas para efeito de aposentadoria, incorpram-se aos vencimentos do servidor os adicionais por tempo de serviço a que fez jus.

2 Assinale a alternativa que possa ser comprovada pelo texto abaixo, transcrito da constituição do Estado de Minas Gerais. "Art.99 - um quinto dos lugares dos tribunais de segundo grau será composto de membros do Ministério Público com mais dez anos de carreira e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados pelo órgãos de representação das respectivas classes em lista sêxtupla. Parágrafo único - Recebidas as indicações, o Tribunal formará lista tríplice e a enviará ao Governador do Estado, que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação". a) No Tribunal de Justiça, 20% dos desembargadores são, originalmente, membros do Ministério Público ou advogados. b) A principal exigência para se concorrer a uma vaga em tribunais é ter, no mínimo, dez anos de experiência profissional.

Atenção: As questões de 04 a 1Odevem ser respondidas com base no texto abaixo. Leia atentamente todo o texto antes de responder a elas. O contrato de casamento

Na semana passada, comemorei trinta anos de casamento. Recebemos dezenas de congratulações de nossos amigos, algumas com o seguinte adendo assustador: "Coisa rara hoje em dia". De fato, 40% de meus amigos de infância já se separaram, e o filme ainda nem terminou.

259


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS em meu futuro. Não quero ficar morrendo de ciúme cada vez que você conversar com um homem sensual nem ficar preocupado com o futuro de nosso relacionamento. Nem você vai querer ficar preocupada cada vez que eu conversar com uma mulher provocante. Prometo amar você para sempre, para que possamos nos casar e viver em harmonia." Homens e mulheres que conheceram alguém "melhor" e acham agora que cometeram enorme erro quando se casaram com o atual cônjuge esqueceram a premissa básica e o espírito do contrato de casamento. O objetivo do casamento não é escolher o melhor par possível mundo afora, mas construir o melhor relacionamento possível com quem você prometeu amar para sempre. Um dia, vocês terão filhos e, ao colocá-los na cama, dirão a mesma frase: "que irão amá-los para sempre". Não conheço pais que pensam em trocar os filhos pelos filhos mais comportados do vizinho Não conheço filho que aceite, de início, a separação dos pais e, quando estes se separam, não sonhe com a reconciliação da família. Nem conheço filho que queira trocar os pais por outros "melhores". Eles aprendem a conviver com os pais que têm. Casamento é o compromisso de aprender a resolver as brigas e as rusgas do dia-a-dia de forma construtiva, o que muitos casais não aprendem, e alguns nem tentam aprender. Obviamente, se sua esposa se transformou numa megera ou seu marido num monstro, ou se fizeram propaganda enganosa. a situação muda. Para aqueles que querem ter vantagem em tudo na vida, talvez a saída seja postergar o casamento até os 80 anos. Aí, você terá certeza de tudo.

Pelo jeito, estamos nos esquecendo da essência de contrato de casamento, que é a promessa de amar o )Utro para sempre. Muitos casais no altar acreditam que estão prometendo amar um ao outro enquanto o casamento durar. Mas isso não é um contrato. Recentemente, vi um filme em que o mocinho terminava o namoro dizendo "vou sempre amar você", como se fosse um prêmio de consolação. Banalizamos a frêse mais importante do casamento. Hoje, promete-se amar o cônjuge até o dia em que alguém mais interessante apareça. "Eu amarei você para sempre" deixou de ser uma promessa social e passou a ser simplesmente uma frase dita para enganar o outro. Contratos, inclusive os de casamento, são realizados justamente porque o futuro é incerto e imprevisível. Antigamente, os casamentos eram feitos aos 20 anos de idade, depois de uns três anos de namoro. A chance de você encontrar sua alma gêmea nesse curto período de pesquisa era de somente 10%, enquanto 90% das mulheres e homens de sua vida você iria conhecer provavelmente já depois de casado. Estatisticamente, o homem ou a mulher "ideal" para você aparecerá somente, de fato, depois do casamento, não antes. Isso significa que provavelmente seu "verdadeiro amor" estará no grupo que você ainda não conhece, e não no grupinho de cerca de noventa amigos da adolescência, do qual saiu se J par. E aí, o que fazer? Pedir divórcio, separar-se também dos filhos, só porque deu azar? O contrato de casamento foi feito para resolver justamente esse problema. Nunca temos na vida todas as informações necessárias para tomar as decisões corretas. As promessas e os contratos preenchem essa lacuna, prnenchem essa incerteza, sem a qual ficaríamos todos paralisados à espera de mais informação. Quando você promete amar alguém para sempre, está prometendo o seguinte: "Eu sei que nos dois somos jovens e que vamos viver até os 80 anos de idade. Sei que inexoravelmente encontrarei centenas de mulheres mais bonitas e mais inteligentes que você ao longo de minha vida e que você encon trará dezenas de homens mais bonitos e mais inteligentes que eu. t justamente por isso que prometo arrar você para sempre e abrir mão desde já dessas dezenas de oportunidades conjugais que surgirão

(KANfTZ, Stephen. Ponto de Vista. VEJA, Rio de Janelfo, 29 set. 2004 p. 22 - Texto adaptado)

4 Com base na leitura do texto, é CORRETO afirmar que a noção de contrato nele defendida é a de a) documento formal e oficial resultante de um acor do entre duas ou mais pessoas que se associam. b) acordo entre pessoas que transferem uma à outra algum direito e que se sujeitam a algumas obrigações.

260


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO c) pacto em que as partes revelam inabilidade e incapacidade de assumir obrigações recíprocas. d) compromisso assumido por duas pessoas, que depende do futuro para se firmar e aperfeiçoar.

d) Casamento é o compromisso de aprender a resolver as brigas e as rusgas do dia-a-dia de forma construtiva ...

5 Com base na leitura feita, é CORRETO afirmar que o

8 Considerando-se as informações do texto, é CORRETO afirmar que a relação entre casamento e contrato é apresentada com o objetivo de

objetivo principal do texto é a) informar as vantagens de um casamento sólido, de muitos anos. b) demonstrar as razões por que as pessoas devem se casar. c) provocar reflexão sobre o compromisso firmado no casamento. d) denunciar alguns perigos gerados por casamentos precoces.

a) dizer que o amor não é mais tão importante nos casamentos da atualidade. b) apontar a falta de sinceridade dos noivos ao jurar amor ao marido ou à esposa. c) mostrar que o casamento contemporâneo é celebrado com prazo determinado. d) demonstrar que o casamento requer compromisso previamente definido. 9 ÉCORRETO afirmar que, entre os recursos empregados no desenvolvimento do texto, NÃO se inclui

6 Assinale a alternativa em que a palavra destacada NÃO pode ser substituída pela palavra entre colche-

tes, porque essa substituição altera o sentido original do texto.

a) o emprego de marcas de interação com o eitor. b) a exposição de resultados dos contratos de casamento. c) o uso de argumentos baseados em dados numéricos. d) a inserção de perguntas sem respostas prncisas.

a) Recebemos dezenas de congratulações de nossos amigos, algumas com o seguinte adendo assustador... [ACRÉSCIMO] b) Homens e mulheres que conheceram alguém melhor. [... J esqueceram a premissa básica e o espíri· to do contrato de casamento. (linhas 41-44) [DEDUÇÃO! c) Sei que inexoravelmente encontrarei centenas de mulheres mais bonitas e mais inteligentes que você ao longo de minha vida ... !FATALMENTE] d) Para aqueles que querem ter vantagem em tudo na vida, talvez a saída seja postergar o casamento até os 80 anos. (linhas 57-58) !ADIAR]

1O É CORRETO afirmar que, entre as funções do emprego de aspas no texto, NÃO se inclui a de

a) explicar um ponto de vista mais detalhadamente. b) chamar a atenção do leitor para o termo aestacado. c) indicar a citação textual da fala de outra pessoa. d) demarcar a interrupção da argumentação do autor.

7 Assinale a alternativa em que o trecho transcrito NÃO apresenta uma opinião. a) Nunca temos na vida todas as informações necessárias para tomar as decisões corretas. b) Antigamente, os casamentos eram feitos aos 20 anos de idade, depois de uns três anos de namoro. c) Obviamente, se sua esposa se transformou numa megera ou seu marido num monstro, [ ... ] a situação muda.

1)·Ol I q-6 I P-8 I q-L 1q-9I)·S1q-171P·E1PZ1 P·l 1

oipeqe9 261


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

R~ 1

PRIMEIRA PESSOA DO SINGULAR 1

• Tcxro muito ,ubjeri\'o. • Imensa carga emocional. • Baixa credibilidade social: o simpb foro de o texto estar escrico em 1° pes· o rorna com baixa credibilicl.1de social

PRIMEIRA PESSOA DO PLURAL

TERCEIRA PESSOA (SING./PLURAL)

• O cexro po\\1ii traços de subjeti\'idade, ou seja, .1inda náo é roralmeme objeci\'O. fata enrre .1 objerividade e a subjeriviclade.

• Objeri\'idade: n;io h.í traços de ,ubjeti,·idade.

•Tende :i objetivid.tde.

• O autor ri.ia 'e manifc,ra explicir.1-

'ºª

menre no rexw. • Argumemaçáo compartilhada/Ade-

'ªº do lcicor/i1rn:raç•1o com •O aJtor se projeta npliciramenre no n:xro por meio de pronomes e verbo\.

• lmpessoalida<ll'.

o lcicor/ imere o leitor no rexro. compartilhando a argumemaçáo. Assim, o auror responsabili1a o kiror pdo conu.:údo. ~- uma argumenr•wào social. ou seja. divide a argumcnraçáo enrre autor e leiror. Co1wid.1 o leitor a participar :uivamente do tl'\IO.

• Alra credibilidade argumentati\'a.

• 1\ bior nível de lormalidade linguí'rica.

• Alra crcdihilid.1de argume11Cativa: pois apresema uma 1)erspecciva socializa<lora, ao incluir o leitor na argumentaçáo.

OBSERVAÇÕES SOBRE FOCALIZAÇÃO DISCURSIVA 2° pe~.soa- Íllleraçáo com o leitor: o uso da 2° pessoa, <ll' formas imperariv:is, <le vocativos ou de pronomes de cratamemo aprox ma o texto do leicor. Diminui a formalidade do texw, comando o cexw 111.1i\ acessível aos lciton:\.

Uso de adjeti,·o,: adjetivos conterem ,ubjerividade ao ce\to e marcam incem.1 <..trga emocional. A opini.io sempre lll<lrl".t um cr.1ço <le subjetividade.

Uso de pergunta\ no cexco: elas diminuem o nível de formalid.1de no cexro. M;m:arn inceraçáo com o leitor. Adcmai,, o uso de pergu11Ca> no cexco conrere cieiro rerórico nu cexcn, ou ~cja, as perguncas n:io precisam ser respondidas explicicamenrt. são nll·ncionad.Ls apenas tomo reforço (retórica). pois impliciramenre j;í estáa re>pondidas no comexco. Repecrçáo vocabular ou de ideias: conferem ênfase :i produçfo de cexco.

facolha vocabular (seleção lexical): h:xico é palavra. voc.1hul;írio. O vocabulário escolhido pode .1lter.ir o sentido h;1sico do ce:1.to.

l:.quiv.1lênci.1: h;í formas argument.itiv;l\ que são equivaknte\. }' pessoa e 1• do plural manrêm o mesmo nh·el de cre<l 1bilidade argumenrariva. Ocorre apenas uma oscilaçfo no nível de form:ilidade, pois a 3ª pessoa é mab formal que a l ·1 <lo p lural. 1° pessoa do p lura l e 3° pessoa são formas cquivalenres de argumenraç:io. pois amhas cêm alta 1..redihilidadc so<.i.d. O nívd de credibilidade é o mesmo, mas o nível de formalidade varia.

262


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO ~·;:-.. ·;:_~~~~f.1Gl'.JRAS~o8tfí'NGÚ AGEM~·:>•--'-..g·-·-:.~---,-,.r---,,,,-.,F.· ....:;--1r;-,~

~. .

..

-FIG~-~~s DE CO.NSTR~ÇÃ~;"~~~~ENCI~~ A B~SE ~INTÁTl~A DO TEXTO.

.

r . ·'l

Elipse: omissão de rermo facilmente identifidvel pelo contexro. - Somos fe lizes. (omissão do rermo "Nós") Zeugma: é um ripo de elipse. É a omissão de rcrmo cxplíciLO amcriormcnrc, cm geral verbo. Pedro me ama; José, cambém. (me ama) Pleonasmo: reperiçáo de uma ideia. Obs.: Toda reper içáo rem valor enfático. O pleonasmo não deve ser usado na norma cu Ira. - Entra para dentro agora, menino! Inversão ou hipérbaw (ou sinraxe complexa): é a alreração da ordem canônica (ou o rdem direta) da frase: sujeito+ verbo+ complcmcnro verbal. - Novidade havia. O verbo haver com o sentido de exisrir forma uma o ração sem sujeito. Porranro, o verbo na frase é VTJ) e o rcrmo novidade é o 00 .) Silep~e: consiste na concordância com o que esrá implíciro. - A criançada chegou bem cedo. Às dez horas, já esravam na cama. (silepse de número) Todos somos felizes. (silepse de pessoa).

Polissíndcro: consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou elcmenros do período. - Ela e ntrou, e chorou, e pediu, e reclamou ... Anacoluro: consiste em deixar um termo solco na esrrurura da frase. Normalmenre, isso ocorre porq ue se inicia uma dcccrminada construção simática e depois se opca por ourra. O termo solro na frase não rem função sinr;ítica. Gc ralmcnrc, marca a mudança da esrrurura da frase. - A vida, não sei como aproveitá-la. Anáfora: consisce na rcpcrição de uma mesma palavra no início de versos, frases ou parágrafos. - É pau, é pedra, é o fim do caminho. Toda rcpcciçáo cem valor enfárico. Obs.: não confunda com anafórico, que é um re rmo de reromada.

FIGURAS DE PENSAMENTO: SÃO RECURSOS ESTILISTICOS DE IDEIA.

I,

Antíccse: consiste na aproximação de rcrmos/palavras conrrárias. São palavras que se opôem pelo sentido. Termos anrônimos. - "Os jardins cem vida e morce". Ironia: usar uma palavra com senrido oposro ao real. 'Sacarmos: confere efeiro de humor negro ao rcxro, pode ser confundido com ironia. - Ela rem um pé de lancha. l lipérbole: exagero. - O mundo inreiro csrá unido pela paz. Eufemismo: consiste em suavizar uma expressão que se evica na língua. Confere polidez ao rexco. - O governo fa lrou com a verdade. (o governo mentiu). Prosopopeia (ou personificação): consisre em arribu ir caracrerísticas humanas a seres inanimados (inclui os an im.1is). Baleia, a cachorrinha, sonhava em uma vida melhor para sua família. Gradação (ou clímax): é a aprcsenraçáo de ideias em progressão ascendente (clímax) ou dec rescente (a n riclímax). I~ uma hierarquia de termos. É uma enumeração hicrarquizad:i de rermos. -Um mês, um ano, uma vida não basraria. Apóstrofe: consisre na interpelação ení.1rica a alguém (ou alguma coi~a personificada). É como se fosse um vocalivo. Deus, olhai por nós. Paradoxo: consisre em uma oposição no plano das ideias. É a apresentação de uma ideia conrradirória. - Ela e ra uma boa pe~soa, mas rinha atimdes ruins (Há antírese e paradoxo.). Eb era uma boa pessoa, mas não fazia o bem (H á apenas paradoxo. Não há andrese.) Alegoria: é um conjumo de meráfora~. uril ização de uma linguagem mecafórica, associada a ourras figu ras de lingLagem. - A vida nos oferece porcas e janelas, mas nunca sabemos o que abrir, onde entrar, ou como sair. (meráfora: a vida é como porcas e janelas. I nunca: hipérbole. I cnrrar e sair: ancírcse)

263


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

- -FIGURAS DE LINGUAGEM ·-

~-

!1

-

-

.. - .......

-

'

·-

·-

-

-

-

·--

,..,,,

FIGURAS DE SOM: CONFEREM AO TEXTO MUSICALIDADE.

Alin:ração: é a reperição de sons consonamais. - Vai, venro, va i, voar vadio. Assonância: é a repetição de sons vocálicos. - Amanhã h;í de ser alegre.

Paronomá~ia: é aproximação e a repeciçfo de palawas com sons parecidos, mas de significados distinro,. simultânea de alireração e assonância. H.í ramo tempo cento canro.

8 a ocom:nci.1

CacCtfonia: som desagr:icl:ível. Não é propriamente uma figura de linguagem, rrara-se de um vício de linguagem (ddciio de conscrução) . - Vou-me j<Í. Onomacopeia: é a reprodução de wns de animab. ruído, ou coisas. Tr;ua-se, pois. da reprodução de som de ~eres inanimados. - ric-cac, kkkkkkk...

FIGURAS DE PALAVRAS: TRABALHAM A COMBINAÇÃO DE PALAVRAS. Polissíndeco: é a repeliÇáo do mesmo coneccor. - Ou você estuda. ou você arruma um marido rico. ou náo há soluç;'w. •Ass111dew: rrara-se da ausência de conectores. - Choveu. fCl sol, nada mudou. Caracrese: é uma personificação cristal L~ada pelo uso.

O pé da mesa csr:í quebrado.

-

Met:ífora: comparação implícita. É uma relação subjeLi \•a entre cermos. De uma maneira geral, não cem coneccores. - t\ viela é um mar ele ilusões. Comparação (ou símile): é a relação enrre rermos utilinndo conectores. Nem coda comparação apresenta efeico figurado. - Ela é bonita como a irmã.

-

Perífrase: substituição de um termo por o utro equ ivalen te (igual ). - Rainha dos Baixinho~ (Xuxa); Esddio Governador Mag.1lhães Pinco (Mineiriio). A profcssor:i de português chegou. (a r-lávia chegou). • Anconomásia é o nome dado à pcrífrase relativa a nome de pessoa. Toda anronomásia é um ripo de perífrase. Pelé (rei do furchol).

-

Met(" nímia: substiruiçáo de um termo por ourro relacionado. Represent;l um encurtamento da frase. - J\ '>al:i aplaudiu o profe~sor.

SincMcsia: mismra de sentidos (exploração de sentidos). - Perfume doce. Obs. Pode haver mais de uma figura de linguagem em uma mesma frase. Obs. Analogia não é propriamente uma figura de linguagem. Analogia é uma forma de csrruturação de texto, ou seja, uma estratégia de argumentação. Analogia é uma comparação inusitada, o u seja, esdrúxula.

264


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

~ •

\

-

-

...· .. . ---~··· . Jf...

~~;~r.,·-·1...,,- •.,,,~,,.,.,-c,,-,

INITERl!EXif:lJ~lfl~-DE ,.. ~ •• J -

~

'

' -

-

-

••

_:-

-

. .- .,. ·

-

-

9

'-'

INTERTEXTUALIDADE É O DIÁLOGO ENTRE TEXTOS. É FAZER REFERÊNCIA A UM TEXTO DENTRO DE OUTRO.

1. Texm primário e rexro secundário: A incerpreração adequada do rexro secundário depende de conhecimenro das referências do texto primário. O lciror pode acribuir senrido ao rexro secundário. sem garanria de adequação. A incerpreraráo de um texro inrenexcual depende de conhecimenro prévio do leitor.

TIPOS DE INTERTEXTUALIDADE:

1:

Há seis cipos de inrerrextualidade: as crês primeiras modalidades represencam a intertcxcuaJidade em um crecho de texto. As demais, cm geral, se aplicam ao texro como um todo. Citação: transcrição fiel de rrecho de outro texco. Geralmente, aumenra a credibilidade do rexto. É considerada um argumenro de auroridade. Alusão ou citação indirera: o produtor secund~írio reproduz as ideias do produtor primário ou fa"!. referência ao texco, ao seu aucor, a personagens... Epígrafe: é uma citação inicial, fora do corpo do texto, que se relaciona com o seu conteúdo. Paráfrase: consiste em reescrever o texro, mantendo-se o seu sentido. Pode-se acrescer ou retirar ideias, só não pode alrerar o sentido básico. Paródia: reescrever o rexto, alterando o seu senrido básico. Pode ter conoraçáo humorística, mas nem sempre terá. l'astiche: consiste em reproduzir o estilo do auror de um determinado rexto. Não se copia o texto, mas sim o estilo do escritor. Pode ter uma conotação agressiva ou somence plástica.

r-=·-- .. ·-

.' .-.

rii>os·· DE'DÍSCÜRSO

TIPOS DE DISCURSO

CARACTERISTICAS

DISCURSO DIRETO

Não apresenta narrador. As falas dos personagens são literais, ou seja, sem adapcaçóes. Possui marcas gráficas como itálico, aspas, dois-ponros e travess:io. Confere à cena narrada maior vivacidade.

DISCURSO

É intermediado pelo narrador.

INDIRETO

Vem inrroduzido por conjunção integrante (que, se). Apresenta verbo dicenre (dizer, responder, falar, murmurar. ..). Todas as frases são declararivas e se apresentam em 3ª. pessoa.

DISCURSO DIRETO E

Trara-se da oscilação do discurso direto e do indireto ao longo do rexro.

r

1

1

INDlRETO DISCURSO

INDIRETO LIVRE

Trara-se da fusão entre narrador e personagem na abordagem narrariva. Do ponto de vista gramarical, o narrador assume o discurso. Semanticamenre, o discurso é acribuído ao personagem. Existe sempre um certo nível de ambiguidade na ucilizaçáo do discurso indireto livre. Não apresenta marcas gráficas, nem panículas inrrodurórias.

265


PORTUG UtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

VERBAL

Utiliza a língua como código. É represencada por meio de palavras, expressões ou lecras. Pode ser oral (fala espontânea), oralizada (fala náo-csponcânea) ou escrita (texto monitorado).

NÃO-VERBAL

Utiliza códigos alternativos: cores, imagens, símbolos, etc.

MISTA

Trata-se da associação da linguagem verbal à linguagem não-verbal.

Trata-se do e ncadeamento lógico-discursivo das ideias apresentad as em um rexro. Lexical: diz respeito ao uso de vocabulário (sinônimos, a ntó nimos, hipônimos e hiperônimos). Quando um termo de ou tra classe é transformado em substantivo, a coesão lexical pode ser chamada de coesão nominal.

Anuwa rt vida. O amor em o motivo de tudo. verbo amar foi transformado em nome.

=

Sequencial: d iz respeito ao uso de conecrores (conjunções).

As pessoru são boas, mas o mundo é mim. sequencial, vez que utiliza de conecror.

=

coesão

Referencial: diz respeito ao uso de pronomes ou advérbios para o encadeamenro das ideias. Há dois tipos de references: anafóricos ou catafóricos.

• Anafórico - relacionado com o que foi dito antes.

o

• Catafórico - relacionado ao qut' foi falado depois do pronome 011 fam do texto.

O m edo de an/flr pamlisa o homem. Esse temor nem sempre é positivo. =coesão por sinônimo. Amava ouvir bem-te-vi pela manhã. O passarinho lhe tmâa sorte. =coesão por hipônimo.

Portugal é 11111 bom lugar para se vi ver, mas ld as pessom não são felizes como aqui. =lá= advérbio (anafórico). "aqui" = advérbio (catafórico) . Ambos evidenciam o uso de coesão referencial.

Tinhri um pássaro da sorte. O bem-te-vi lhe fazia bem. =coesão por hiperônimo.

Barbarismo: consiste em grafur ou pron unciar uma palavra em desacordo com a norma cu lta. Solecismo: consiste em desviar-se da norma culta na construção sintática. Pleonasmo: consiste na repetição desnecessária de uma ideia. Ambiguidade ou anfibologia: trata-se de construir a frase de um modo tal que ela apresente mais de um senrido.

Cacófato: consiste no mau som produzido pela junção de palavras. Neologismo: é a criação de palavras novas com função semântica específica. Arcaísmo: consiste na utilização de palavras que já caíram em des uso. Eco: trata-se da repetição de palavras terminadas pelo mesmo som.

266


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

Trara-se da utilização de várias vozes <lentro do texro. O autor utiliza a polifonia, em geral , para marcar sua isenção em relação ao discurso ou para ampliar a credibilidade do texto.

A notícia divulgada peln mídin comoveu a pop11f11çtío. Segundo o Ministério da Educaçáo, o problemrtfoi resolvido. A mulhn; que teria matado o marítlo, fitgiu.

FUNÇÃO REFERENCIAL

FUNÇÃO FÁTICA

- Cencrada na informação. - Em geral, o rexw é escrito <le modo impessoal. - Apresenta narureza informariva. - É rípica de cextos jornalísticos formais.

- Visa a iniciar ou manter a com unicação. - A função f:ítica está cmbasada em ruídos para a manutenção do discurso. - Não h;i propriamente uma mensagem no texw, mas apenas a abertura ou continu idade do canal.

FUNÇÃO EMOTIVA - Cenrrada no emissor. - Há carga semânrica com base subjeriva na exposição das ideias. - Normalmente, o rexro está escrito cm primeira pessoa.

FUNÇÃO POÉTICA - Trata-se de uma combinação estética de palavras. - Ocorrem arranjos lex icais, sonoros ou semânticos que conrribuem para a construção do texto.

FUNÇÃO METALINGUÍSTICA FUNÇÃO CONATIVA - Trata-se de um texto com função persuasiva. - Objeciva convencer o leitor. Faz uso constante de imperativos e outras estratégias argumentativas.

- Os elcmcnros da comunicação tenrnm expl icar a si mesmos. - Trata-se de um texto falando de seus elementos constitutivos. - Termos de natureza explicativa ou de síntese também apresentam função m eral inguística.

267


UNIDADE XII

EXERCÍCIOS Treinando por Provas Completas 1

l

e)

PROVA 1

ESAF-MINISTÉRIO DA FAZENDA-2009 01 Assinale a opção que contém compreensão ERRADA do trecho abaixo.

02 Recentemente, a imprensa divulgou uma proposta de financiar as universidades por meio da Lei de 1ncenrivos Fiscais. Seriam permitidas deduções do lmposro de Renda de enridades que invesrirem em bolsas de esrudo, reformas, pesquisas e ourras açóes. A proposta seguiria o mesmo princípio da Lei Rouaner, que já garante isenção de rributos para empres;irios que destinam seus impostos a atividades culturais e esporrivas. Fica difícil decifrar o que esrá por trás desse projeto. Aos desavisados, a proposta soará como ideia brilhame que salvaria a pesquisa e o ensino superior do Brasil. Aos conhecedores das motivações escusas da política culrural vigente, fica a dt'1vida: a erama pode estar envolta cm ingenuidade e boa-fé, mas pode rambém ser fruto de estratégias voltadas à privatização coral e definitiva do ensino superior, cada vez mais tratado como mercadoria.

Os anos 1980 cosrumam ser lembrados no Brasil como "década perdida". Estultícia. Economicamente, o período é ances de ajusres que de perda. Quadro internacional adverso, dcsarualizaçáo e giganrismo do

Esrado, avanço do processo de globalização. Claro: as condiçóes internacionais não permitiam a continuidade da disparada desenvolvimenrista dos anos 1970. Mesmo assim, a economia brasileira cresceu 33,5% no período 1980-1989 Nada de espetacular, comparativamente à década anrerior. Mas evoluir um terço na magnirudc da economia náo é perder. É apenas avançar menos rapidamenre. Além disso, chamar de década perd ida o período em que o país reconquisrou e consolidou a democracia é sobrepor o econômico a rudo. Aré mesmo à liberdade. (Ronnldo Cosrr1 Couto. "01· 1964 no Governo St1m1')' ''. Em: Oli11eirt1 B11stos (org.).Sr1m<'y: o outro lfldo dr1 Hisrdrifl. Rio: No11n Fro111eirri. 200 /, p. l l I. r1d11pr11do)

a) b)

e) d)

A despeiro das condiçóes internacionais adversas, a economia dos anos 80 cresceu de modo esperacular.

Uorge A11111111•s,

··o jil/{mcir1111enro das 1111i11asirl11rlrs

e ti 1mmóu1 rios privt11isrns ' . Correio Br112ilie11St', 161312009, p 13. 11d11pwdo)

Segundo o autor, é um disparate considerar a década de 80 como "perdida". O auror considera inapropriado e inadequado, dfanre do contexro político e social da época, avaliar os anos 80 como tendo sido negativos para o País. O crescimenro da economia, na década de 80, foi menor do que no período 1970-1979 Fatores internos e externos contribuíram para que a economia da década de 80 avançasse a passos mais lentos.

Sobre a proposta de financiar as universidades por meio da Lei de Incentivos Fiscais, depreende-se do texro acima que a) há o temor de que as deduções dos tributos sejam desviadas para outras finalidades que não o flnanciamenro das universidades. b) os que não foram avisados da proposra buscam uma forma de salvar as universidades públicas do Brasil.

268


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO e)

d)

<.:)

os que tomaram conhecimenco da proposta duvidam das motivações escusas da política culrural vigenre. não está claro qual é o verdadeiro propósito de tal proposta e não vai ser facil c.kscobrir que interesses estão por trás d<.:ssa iJeia. a renúncia fiscal vai forcal<.:ccr as pesquisas volr:idas à privatização do ensino superior.

03 O exame da linguagem corrente hoje no Brasil constara uma curios.t oposição entre os termos sociedade e social. Isso ocorre, cm parricular, no seu uso por pane de emprcs:írios, políticos e jornalistas - para com<.:çarmos por uma caracteriz:içüo proÍlssional. Mas também sucede, para passarmos a uma determinação polícica. que, porém. se sobrepõe à primeira, por parcc <los setores mais à Jireita. Estes últimos anos, no discurso dos governances ou no dm economisras, "a sociedade" veio a designar o conjunm dos que detêm o poder económico, ao passo que "social" remete, na fala dos mesmos govcrnanrcs ou dos publicistas, a uma política que procura minorar a miséria.

da regiáo que vai de T aubaré a São José dos Campos, no trecho paulisra do Vale do Paraíba. A Embraer disputa nada menos com um grande grupo canadense (Bombardier) a posição de terceira maior fabricante tk aviôcs comerciais. Seus jaws <lc 50 a 90 lugares esr:io cm rodas as partes do mundo. e a carreira de aviões executivos segue nessa mesma direç:'io. ({)Globo, Editorial, 3131100'})

ciscas a ciice econômica e as classes pobres as classes dominantes e o conjunto dos detentores do poder económico

Se algo pode ser feiro para minimizar esst·s problemas da Embraer é viabilizar, com condições adequadas, um aumento de encomendas de avi ões pelas companhias aéreas nacionais gue hoje acham mais vantajoso compor suas frotas com aeronaves ele maior porte imporradas. Contanto gue, <.:m foce das características <la aviação comercial brasileira, cujo movimento ~e concentra encre as maiores capitais do país, ;t E:.mbraer reve de se '·olear essencialmente para a cxporraçáo, da qual obrém cerca de 90% de sua~ receitas. Entreranco, não é possível deixar de tratar a Embraer como uma empresa que precisa invcs1ir pcrmanencemente grandes somas de capital para se manter afinada com o avanço tecnológico, o que só é possível se a companhia continuar lucrativa. Como a legislação rrabalhisra brasileira é anacrónica, presta-se a inccrprerações confusas, e não por acaso que isso seja apontado como um dm inibidores da criaçiio de empregos formais no Brasil. O impacto social dessa iniciariva para roda essa região mencionada é de foro preocupante, embora, como se trata de mão-de-obra qualificada, a possibilidade de recontratação ou recolocação cm outras indústrias é considerável.

04 Assinale a opção que apresenta concinuação COESA e COERENTE para o texto a seguir.

05 Assinale a opção que continua de forma COESA e COERENTE o crecho a seguir.

A Embraer é um dos orgulhos da indúsrria brasileira. Resultado <la conjugação de esforços de dcscnvolvimemo [ecnológico de ccmros de pesquisas que receberam apoio decisivo da Aeronforica, a empre~a ganhou forte impulso quando passou a ser gerida como companhia privada. I~ visívd a contribuição tfc...se crescimento da Embraer para a rransformaçáo

A recessão poderá terminar neste ano ainda, s<.: for restaurada alguma estabilidade no sistema financeiro. Nesse caso, 20 1O scní um ano de recuperação. A previsão, a mais otimista desde o início do ano. foi apresentada no Senado pelo presidente do Banco Cencral dos Estados Unido\ (Federal Reserve, FeJ). o economisra Ben Bernankc. Quando a maior parte do\

( Nm1110 }1111i11t'. m1:

b)

c)

lit1p:l/111111111. re1111tojt111i11e.pm. /ir/ L11•roslmocied11de.ll/111/)

,\compreensão CORRETA da oposição apresentad:i no rcxto acima cria correlação com o par opositivo. a) uma política dos serores direirisras e uma polícica de oposição ao governo b) cacegorias profissionais e categorias empresariais e) o discurso dos gov<.:rnantes e o discurso dos publid) e)

a)

<l)

<.:)

269


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS cretado em dois casos excepcionais previstos: urn. quando há risco de exposição pública de qucstües privadas do investigado ou réu, como relacionamentos amorosos e doença.\; e, oucro, quando o processo contém documentos sigilosos, como excraros banc<irios ou escuras cddõnicas. i\fas, na prárica, tem sido diferente: por mocivos nem sempre claros, especialmente em processos que cnvol vem autoridades, alguns juízc.<. privam a sociedade de saber a verdade. Os atos públicos, em espe1..ial os que envolvem procedimentos judiciais. cêm como regra básica a trarn.parência, a publicidade sem restrições e o acesso dos c:idadáos. O conrdrio - ou seja, o sigilo - é sempre: a exceção.

analisrns se mosrra insegura qu::inco :1 duração da crise, a imücaçáo de um prazo relaLivamc..:nrc cuno para o início da rt:tomada é animadora. Mas o otimismo é sujeito a uma condição imporranct: e nada fácil de .se cumprir. (0 E;w/(I tl1 .\. /'1111/a, 261212009)

a)

b)

c)

d)

e)

06

Há dúvidas se o governo deved esrariz:u alguma~ insriruiçõcs Lémporariamcnte - ideia rejeitada por Bernanke, que admire, apenas. a parcicipação minorirária do governo no capital dos bancos - e o rrabalho de reabiliração esrá apenas no começo. foi esse, aparentemente, o objct ivo central do prcsidcnLe cm seu primeiro discurso ao Congresso a respeico do Esrado da União. Ele voltou a descrever os problemas da economia americana, mas aponrou também as possibilidades de reativação e as inovações polícicas comidas no pacote. Essa restrição apontada por Bcrnanke não é uma novidade. Foi aponrada por v;Írios econombra~ e governantes, incluído o primeiro-ministro d.1 Rússia, Vladimir Pucin, empenhado cm justificar a ajuda aos bancos em seu país. ~las é uma lembrança oporcuna, quando o governo americano se dispõe a pôr em prática o pacote d.:: esdmulo fiscal de US$ 787 bilhóes aprovado neste mês pelo Congresso. Depois de haver rrabalhado muito pela aprovação dessa proposta. o p·esidenre Barack Obama ainda cem de se esforçar para transmitir algum entmiasmo aos políticos, empresários e consumidores. A economia só volrará a funcionar razoavelmente quando a arrumação do sistema financeiro der algum rcsulw<lo. Isso dependerá não só de um.1 rcgulamcncaçiio mais sever<I do mercado, mas também, e preliminarmence. da recapitalização dos grandes bancos.

(/em l lom, 171211009)

a)

b)

c) d) e)

O emprego do subjunrivo em "discipline" justifica-se por se rrarar de um<t informação cacegóric.1. de uma afirmação indiscurível. A palavra "falcacruas" eslá sendo empregada com o sentido de ações honesws e confere ao text0 um craço de formalidade. A forma verbal "cêm" esd no plural porque concorda com "Os aros públicos". O sinal de dois-pontos ::ipós "previstos" justifica-se por marcar a introdução de um diálogo. A expressão "o insrrumenw" n.:Loma o anten:dcnte "defesa <lo inreresse pt'tblico".

0 7 füsinalc a opção que está INCORRETA em relação às eMrururas linguísticas do cexro a seguir. O presidente Bar::ick Ob::ima pode ver frustradas rodas as !>lias políricas, mas j;í se sabe que pelo menos de renrou seriamcnn: pô-las em prática. O orçamento apresentado pela nova ;1dminiscra1,;1o chamou a atenção por drio~ làcores pouco lO muns no cocidiano do jogo de poder americano. O mais imporrame deles é algo simples: o pn:si dente esd empenhado cm cumprir suas promes sas de campanha. As consequências desse faro sao igualmence relevantes. Obama quer acabar com a era do perdão de impoMO!> par;1 os mais ricos, que produziu nos úlrimos anos de cxplosáo do crcscimcnro econôm ico e <li.: hipenrofia do !.ÍSli.: ma financeiro uma migração da renda da nação para os milionários. O sistema de 5aúde ameri-

Em relação ao texto assinale a opção CORRETA.

A OAB nacional está pedindo ao Supremo Tribunal Federal uma súmula vinculante que discipline o uso do segredo de Jusriç::i. prerrogativa que rern sido ucili:.-A'lda por juí1e.<. nem sempre cm d l'fcsa do interesse público. ma:., cm alguns casos, na proteção a suspeitos de folc:11 ruas. A legislação brasileira diz que o instrumenro só pode ser de-

270


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO Grno é parre desse problema, e impostos maiores para os ricos levarão dinheiro para a ccnrativa de se estabelecer uma cobertura mais ampla e mais eq uitativa. Se não fosse pouco tentar metas tão ambiciosas, Obama acrescentou ao orçamento a intençáo de cobrar imposro sobre as empresas que mais poluem, a criação de um esquema para o comércio de carbono e o investimenro de bilhões de dólares em energias alternativas.

a)

b) e) d) e)

(Valor Económico. 31312009)

a) b)

c)

d) e)

Em "pô-las", o pronome "-las" retoma o ancecedcnre "rodas as suas políticas''. A expressão "desse problema" se refere à seguinte informação antecedente: "explosão do crescimen,.. . ,, ro econom1co . Em "As consequências desse fato", a expressão "desse faro" retoma o anrecedcntc "o presidente csrá empenhado em cumprir suas promessas de campanha". Em "O mais importante deles", "deles" se refere ao antecedenre "fatores". A expressão "metas tão ambiciosas"recoma e comenra informações apresemadas nos períodos anteriores.

A forma verbal "completaria" se refere a uma ação que vai ocorrer no fucuro, a menos que acontecimemos no tempo presenre o impeçam. É o mesmo o sujciro gramatical dos verbos: reproduzem, gerando e partilham. A palavra "conceico"se refere à expressão: organismos complexos. "Inexoravclmenrc" é advérbio derivado de inexorável, adjetivo que significa: inadvertido. O conetivo adversativo "porém" se opõe, no contexro, à ideia de que a concribuição de Darwin para a história e para a ciência foi pequena.

Atenção: O texco a seguir é base para as questões 09 e 10. Sem uma pesquisa sistemática sobre o assulllo, parece, à primeira vista, que os jornais cariocas são mais prolíficos em notícias de crime do que os paulisras. É alarmante a escalada da anomia cm seu território. Em menos de uma semana, invadiram-se duas instalações militares para roubar armas, com êxito absoluco. Os tiroteios são cotidianos nas vias de acesso ao centro urbano e mesmo nesse centro, onde quad rilhas organizam "bondes" para romar de assalto pedestres e motoristas. Nem mesmo membros das famigeradas " milícias" estão inteiramelHe a salvo: na semana passada, roubou-se a moro de um miliciano encarregado de vigiar uma rua num subúrbio. Ou seja as quadrilhas vitimizam-se murnamente, do mesmo modo como cosruma acontecer com as baralhas pelo controle <lc pontos de droga.

08 Assinale a propos1çao CORRET A, quanto aos elementos linguísticos e semânricos do texro.

Feliz aniversário, Darwin! Charles Darwin completaria hoje 200 anos, não fosse pela seleção narural. Ela, afinal, é a maior responsável pelo barroco processo de desenvolvimento que leva os organismos complexos inexoravelmenre à morte- conceico que não se aplica muito a bactérias e arqueobactérias, seres que se reproduzem gerando clones de si próprios, partilham identidades com a transferência horizontal de genes e podem ficar milênios em vida suspensa (no gelo, por exemplo). A contribuição de Darwin para a ciência e para a história, porém, continua viva, e muiro viva, exatamenre com a ideia de seleção nacural. Só por isso ele já merece os parabéns. Feliz :rniversário, Darwin.

(M1111iz Sodré, Ruas de presas e de mcadores, J 71312009, (com cones), e111:/u1p:llwww.observr11oriodaimprema.com.brl arrigos.asp?cod=529JDB002)

09 Assinale a proposição FALSA a respeico do vocaa)

b)

(Marcelo Leite, em: lmp:l/ciencirw11diajàlha.blog.11ol. com.brlarch2009-02-08}

271

bulário do rexro. O termo "bondes", no contexro, está sendo empregado no senrido de "veículo de rra nsporte coletivo urbano e suburbano, que se move sobre trilhos". O termo "anomia", no contexto, significa: ausência de leis, sicuaçáo em que não se reconhecem regras de conduta.


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

c)

O adjetivo "prolíncos" quer dizer: que produzem

d)

A expressão "romar de assalro" tem mais força se-

e)

mânrica que "assaltar". O adjetivo "famigeradas" se aplica cambém a pt:ssoas "fumosas, célebres, muito conhecidas", como

nários. Com demissões de milhares e perdas de bilhões dominando o noticiário de negócios no dia a dia, os sinais de reativação da economia mundial conrinuam fora do radar. E isso n:W é o pior. No fim do ano passado, havia a espe rança de se iniciar 2009 com a crise financeira contida. Se isso rivesse acomecido, os governos poderiam con cen t rar-se no combate à retração econômica e ao desem p r ego. Aquela esperan1,.1 foi logo desfrica.

ou geram muico.

em : famigeradas atrizes das telenovelas brasileiras.

10 A~s inal e a afirmação FALSA a respeico dos elea)

b)

c)

d)

mentos linguísticos do texto. A expressfo "Nem mesmo" pode ser substituída por "At~ mesmo", sem prejuízo do significado do rexro. Entende-se um predicado oculto cm: Os tiroteios são cotidianos nas vias de acesso ao ccncro urbano e [são cocidianos] mesmo nesse cencro ... "Invadiram-se duas instalações militares" pode ser substituída por: "duas imcalaçõcs militares foram invadidas", sem prejuízo da correção gramatical. O aucor evita afirmar com plena certeza que o~ jo-nais cariocas são mais prolíficos em notícias de cr:me do que os paulistas.

e)

O advérbio "mumamenre" significa: reciprocamcnrc.

11

Em relação ao tcxro abaixo, assinale a opção INCORRETA.

(0

a)

b) c)

d)

e)

l::lf11tl11 ,/,. s 1'1111!0. 3131200'})

O travessão após "Estados Unidos" pode ser subscicuído por sinal de dois-pomos sem prcjuíw para a correção gramatical do período. Em "concencrar-se", o "-se" indica sujeito indeterminado. O emprego de vírgula após "Europa" juscihcHe porque isola adjunto adverbial de lugar no início do período. Preservam-se a correção gramatical <lo período e a informação original se a expressão "já socorrida" for subsdruída por que já tinha sido socorrida. A presença de preposição em "ao desemprego" justifica-se pela regência de..· "combate".

12 Assi nalt: o trecho adaptado do Jornai do Com. mercio (PE). 1/3/2009. que APRESENTA ERRO gramatical. a) Jogou-se fora um pacrimônio construído a duras penas por um país de pouco capital. Tudo isso se usando o argumento da modernidade. Que modernidade? Se trens, metrô:-. e até bondes urbanos são vistos e bem usados nas metrópoles civilizadas do mundo? Tardiamente, enfim, decidiram-se dar vt:z aos trens urbanos, ao metrô, quando o trânsito cm nossas grandes cidades já caminhavam para o engarrafamento final. b) A perda de um horizonte de interesses nacion.1is levou adminisrrações submissas às mais estranhas pressões ao sucareamenco de ferrovias conscruídas, desde o rempo do Barão de Mauá, ao csfacclament0 da recnologia que havíamos adquirido na construçiío e reparos de locomotivas, vagões e das próprias estradas de ferro. c) Um dos piores resultados do descaso de sucessivos

Os mercados financeiros enrraram cm março assombrados pelo maior prejuízo trimestral da história corporativa dos Estad os U nidos - a perda de USS 61,7 bilhóes contabilizada pela seguradora Amcrican Internacional Group (AIG) no quarco trimestre de 2008 . No ano, o prejuízo chegou a USS 99,3 bilhões. O Tesouro americano anunciou a disposição de inje tar mais US$ 30 bilhões na seguradora, já so corrida em setembro com dinheiro do contribuince . Na Europa, a notícia ruim para as bolsas foi a redução de 70% do lucro anual do Banco HSBC, de US$ 19, 1 bilhões pa ra US$ 5,7 bilhões. Enquanro suas ações caíam 15%, o banco informava o fechamento das operações de financiamento ao consumidor nos Esrados Unidos, com dispensa de 6100 funcio-

272


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO

d)

e)

governos do pós-guerra com a rede de rransporres do País é a dcrerioraç:í.o da malha ferroviária brasileira, realidade que vai no sentido inverso do que ocorre nos países desenvolvidos, principalme m e naqueles de d imensões conrinentais, como os Esrados U nidos e o Canadá. O que está por trás de uma ação impatriótica rípica de padrões nacionais é o lobby da indúsrria auromobilística, que queria um compromisso quase exclusivo do governo com a construção de rodovias para a circulação de suas "carroças" (como designou Collor) . Um equívoco que só prosperou em nosso País. Nos EUA, párria da indústria auromobilística, nunca se sacrificou o transporte ferroviário . Ferrovias corram o país da costa Leste à costa Oeste, do Norte ao Sul. Como aconrece na Rússia, onde se viaja de trem e se carregam cargas de Moscou ao Extremo Oriente.

1

2

3

4

5

6

a)

nos

o

ao

a

cm

que

b)

aos

se

para

a

que

c)

a

a

de

é

de

em

d)

por

lhe

por

exisre

por

de

e)

cm

o

ao

é

por

de

14 Assinale a opção que preenche CORRETAMENTE as lacunas do texro. Não levou muito rempo _ l_ tese do d esacoplamenco das economias emergenres cm relação _2_ países desenvolvidos ser destroçada, ramanha a rapidez _3_ os efeitos recessivos da paralisia do sistema globalizado de crédito, a parcir da falênc ia do Lchman Brorhcrs, _ 4_ propagaram . Ali ficou claro que Brasil, China, f ndia e o urras economias em estágio equivalente de desenvolvimento não reriam cond ições de compensar o desaquecimento _5_ Estados u nidos, União Europeia e Japão.

13 Assinale a opção que preenche CORRETAMENTE as lacunas do rexro. A chegada da crise financeira mundial pequenos municípios exibe mais uma face perversa do abalo global que já fez tremer os g iganres do crédito inrcrnacio nal. A população mais pobre dessas comunidades começa a pagar preço alto ao _2_ situar no lado mais fraco das contas pi'.1blicas brasileiras. A desaceleração da arividade econômica já seria suficienre _3_ provocar uma expressiva perda de arrecadação cm todos os níveis da adminisrraçáo pública. Mas _4_ um complicador a mais para os municípios pequenos. Forçado _5_ conceder desonerações tributárias para ajudar a manutenção de empregos, o governo federa l abriu mão de parte do lmposro sobre Produtos Industrializados (!PI), um dos principais formadores do Fundo de Parricipação dos Municípios (FPM). Por causa da excessiva proliferação de cidades, muitas vezes, emancipadas apenas para atender a inceresscs de grupos políticos locais, é imensa a quanridade d e orçamentos dessas comunidades cm rodo o país que dependem quase _ 6_ excl usivameme desse fundo.

1

2

3

4

a)

para que a

nos

de que

lhe

5 dos

b)

da

a

para

a

pelos

c)

na

cm

que

o

com os

d)

para a

aos

com que

se

nos

e)

pela

com os

a qual

os

em

15 Indique a opção q ue complera, com correçáo gramatical , os espaços do trecho abaixo. Uma nova forma de gerenciamcnro chega ao mercado: a quarteirização. Ela pode ser entendida como a contratação de um execurivo que adminisrra os contratos e atividades de terceiros. Para as organizações que são aberras _l_ realidade e _ 2_ mudanças, que _3_ muiro _ 4_ delegando para terceiros aquelas arividades intermediárias de sua empresa, a quarrcirização é uma ótima opção. (Adaprado d eh ttp://www.<lominiopubli cogov.br/ download/texro/cp040 l 49pd0

(Estado de Mi1111s, 31312009)

273


PORTUG UÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

1

2

3

4

a)

a

as

a

vem

b)

à

a

vem

e)

à

as

à

veem

d)

à

às

vêm

e)

a

a

a

vêm

d)

e)

16 Assinale a opção que corresponde a ERRO gramatical ou de grafia. A economia b rasileira entrou na crise inrernacional em melhores condições do que ( 1) no passado, mas a exportação caiu, a atividade recuou d esd e o(2) fim de 2008 e o desemp rego tem (3) crescido. As primeira5 tentativas de rea tivar a economia por meio de facilid ades fisca is deram resultado modesto, m as já (4) afetar,1m a arrecadação tributária. Além disso, o manejo da política o rçamenrária fo i limirado pelo aumento de gascos com pessoal. É preciso conrinuar usando os estímulos fisca is, mas com melhor planejamenro e com mais esforço de con ten sáo(5) das despesas improdurivas.

(Adapcado de hnp:/foww.dominiopublico.gov.hr/

clownload/rexto/cp040 l 49pdf)

18 Assinale a opção gramaricalmenre CORRETA quanco à concordância e regência. a)

b)

(O Estf/do de S. l'n11/o. 31312009)

a)

1

b) d)

2 3 4

e)

5

c)

c)

d)

17 Assinale o segme nco do rexto inteiramente CORRET O q u anro às normas da língua escrita fora)

b)

c)

empresa que subconrrarará outras para o serviço de segurança, alimentação, limpeza etc. A quarreirização é o próximo estágio da terceirização, uma estratégia de otimização dos mercados produtores que buscam um quarto elemento da cadeia produtiva os parceiros prestadores de serviços nas áreas que não são primordiais à sua atividade. A quarreirização advem da utilização das empresas já terceirizados, dos serviços profissionais e qualificados de uma quarta empresa, que desenvolverá serviços à empresa prescadora, ajudando-lhe e garantindo melhor desempenho na prestação de serviços do cliente final.

e)

mal . O rermo "qu arteirização" designa um mérodo de resolução de problemas de que a modernidade trouxe e muicas empresas ainda não se deram conta. Essa estratégia possibilita aos empres~-írios de se dedicarem apenas ao seu negócio, sua arividacle-fim, d eixando os diversos trâmites administrativos nas mãos de uma empresa especializada. Um exem p lo pa ra se entender a quarreirização e como ela funciona está na Rodoviária Tietê, na cid ade de São Paulo, pertencente à prefeitura. Como essa não d ispõe do conhecirnenro necessário para administrar a rodoviária, conrrata urna

A co rrida cm busca da fluência em outra língua pode ser medida pela quanridade de brasileiros que viajam para o exterior com o fim específico de estudá-la. A exigência nos bons empregos, agora, é que se ren ham fluência ao conversar numa língua esrrangei ra. Anrigamente, nas empresas, eram poucos os Íuncionários que dominavam um idioma estrangeiro, e com eles recorriam os colegas quando precisavam traduzir uma palavra ou um texto. A primeira pergunta que surge a quem se impõe ao desafio de falar outro idioma fluentem ente é: será preciso passar um tempo no exterior? Não necessariamente. Um bom começo é identificar as estratégias que funciona melhor para cada tipo de pessoa. (Re1111111 Momes. ':A corridfl pelo rlomí11io dt1 lí11g1111 ' . \lejt1, 41312009, p.97198)

19 Os trechos a seguir constituem um rexco adaptado de Zero Hora, 28/2/2009, mas estão desordenados. Ordene-os nos parênteses conforme a posição no rexto final e indique a opção correspondenre. ( ) A emergência e a multiplicidade desses planos e desses pacotes de estímulo esráo preocupando aré mesmo o diretor-gerente do Fundo Monetário

274


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO

( )

( )

( )

( )

Internacional (FM I), Dominiquc Srrauss-Kahn, para quem essas manifesraçóes desconexas e parciais não representam soluções e, ao conrrário, podem rorn:u-se parcc da crise. A qucsráo do prorecionismo, cerna central nos debates sobre o comércio internacional nas úlrimas décadas, ganha agora uma renovada atual idade em decorrência <las medidas que, nos países ricos e nas nações em desenvolvimenw, os governos têm adotado para enfrentar os efeitos da crise global. Exemplos dessas medidas pontuais e rescritas são, entre ourras, a proposta subordinada ao slogan buy American, pela qual os consumidores dos Estados Unidos são convocados a comprar produros locais, e as que o governo de Buenos Aires está adorando para proteger a indústria argenrina contra a presença de produros esrrangeiros, mesmo do Mcrcosul. Alguns dos itens brasileiros só entram na Argentina pagando taxas que vão a 413%. A ausência de med idas planetárias para enfrentar esse problema que tem tal dimensão estimula soluções parciais e limiradas, que se multiplicam <le país para pab, que levam à adoção de pacotes de estímulos distintos e que acabam por dar força a tencacivas quase acionalisras de defesa de inceresses. Para ele, esse é o risco de uma polírica de "empobrecer o vizinho", que é a que rransparccc das decisões de países importantes, a começar pelos da União Europeia, dos Estados Unidos e do Japão. A globalização que ocorreu nas úlrimas três décadas, mesmo que agora surja como um fenômcno cm rcrração por causa da crise, é ainda um clemenco fundamenta l para o enrendimenro do inrerrelacionamenco cconômico e financeiro inrernacional e para avaliar os efeiros devasradores e abrangenccs da amai crise. 2,

b)

4, l, 3, 2, 5 1,5,4,3,2 3, 4, 2, 5. 1 5,2, l,4,3

d) e)

b)

c)

d)

e)

Desercos irão aumenrar; oásis, morrer; e fluxo de rios, diminuir, algumas vezes com resultados carasrróficos. Deserros irão aumcnrar. Oásis irão morrer e o fluxo de rios vai diminuir - algumas vezes com resu Irados caras rró ficos . Desertos irão aumentar. Oásis, morrer. Fluxo de rios, diminuir. Algumas vezes, os resultados serão carascróficos. Desercos irão aumenrar, oásis vão morrer e o fluxo de rios vai dim inuir, algumas vezes com resultados carasrróficos. Deserros, irão aumentar; oásis, morrer, e fluxo de rios; diminuir - algumas vezes com resulrados caras rró fi cos.

(Adapcado de O Aquecimento Globa l, de Fred Pearcc (Pu blifolh a, 2002},em rrecho que rrara dos efeiros que a sera pode provocar no inccrior dos comine nres, no próx imo século)

GABARITO 01-E

02-D

03-D

04-C

05-E

06-C

07-B

08-B

09-A

10-A

11-B

12-A

13-B

1

15-D

16-E

17-C

18-A

19-B

20-E

PROVA li . ESAF-RECEITA FEDERAL-2009

4-D

[i 1

0 1 Em relação às informações do rexro, assinale a opção CORRETA. A produção brasi leira de petróleo e gás cernunenre dará um salco qua ndo esriverem em operação os campos já descobertos na chamada camada do pré-sal. Emhora essa expansão só possa ser efetivamenre assegurada quando fore m delimitadas as reservas, e os restes de longa duração confi rmarem a produrividade provável dos campos, simulações indicam que o Brasil red um saldo positivo na balança comercial do petróleo (exporrações menos importações), da ordem de 1 milhão de barris diários.Com isso, o perróleo deverá liderar a lisra dos produros que o Brasil estará exporrando mais ao fim da próxima década. O petróleo é

3, 5, 1, 4

a)

c)

a)

20 As frases abaixo empregam corrcramence os sinais de pontuação, EXCETO uma. Ind ique-a.

275


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS imporra a flecha mais do que o alvo, o aro mais do que a expectativa. Como bem acenwa Comte-Sponville, a ausência pura e simples de esperança náo corresponde à 1rnígoa, rraduzida na accpção comum da palavra desespero. O desespero/desesperança é, ames, o grau zero da expectativa, ponanto um regime de acolhimemo do real sem temor, sem desengano, sem criscc:za. Esse regime, ou essa regência, po<le ser chamado de bearirude ou de alegria: uma aceiraçáo e uma expc:riência da plenitude do presente.

negociado para pagamento a visra menos de 90 dias). Então, é um volume de recursos que pode ter, de fato, íone impacro nas finanças externas do país. Como é uma riqueza finita, a prudência e a experiência econômica recomendam que o Brasi l tencc poupar ao máximo essa renda adicional proveniente das exportações de pcrróleo. O mecanismo mais usual é conhecido como Íundo soberano, por meio do qual as divisas :;áo mant das em aplicações seguras que proporcionem, preferencialmence, bom retorno e ainda contribuam posicivamenre para o desenvolvimento da economia brasileira. Os resultados dessas aplicações devem ser direcionados para investimentos internos que possibilitem avanços sociais importann:s (educação, infraestrutura, meio ambiente, ciênc ia e tecnologia).

(,\/1111iz Sodré. As esmuégim srmÍl'ri.<: tifc·ro. 1111di11 ,. pohrmr. f'1·t r1'

polis. RI \lous. 2006. p..106)

a)

(0 Globo, Editorial. 131101200'))

a)

b)

c)

d)

e)

[ indiscucível que, quando estiverem em operação os campos da camada do pré-sal, o Brasil terá um saldo na balança comercial do perróleo da ordem de l milhão de barris diários. A renda adicional proveniente da exporração do petróleo da camada do pré-sal deverá ser aplicada d iretamente em invcstimenros com repercussão na área social. Som ente quando estiverem cm operação os campos da camada do pré-sal. o petróleo será negociado para pagamento a visra. I:Stima-se que, no final da próxima década, com os campos do pré-sal j~í em operação, o Brasil lide re a lisca dos países importadores de petróleo, com forte impacto na balança comercial. 1: recomendável que os recursos arrecadados com a exploração do p etró leo da camada do pré-sal sej.lln mantidos num Íundo l.eguro, que proporcio1 e retorno garantido e contribua favoravelmente para o desenvolvimento da economia brasileira.

b)

c)

d)

e)

O auror do texto ddcnde a ideia de que o ser humano, ao criar expectarivas em relação ao fucuro, não deve desesperar-se, mas, sim, manrer-se passivo no esrado de espera. Uma das ideias desenvolvidas no rexto é a de que o real só é, de foco, apreendido quando o indi\ 1duo compreende o passado e o futuro como ilusões. Uma das ideias secundárias desenvolvidas no tex ro é a de que os fins justificam os meios, como se depreende do trecho "impona a Aecha mais do que o alvo". A ideia central desenvolvida no texco baseia-se: no pressuposto de que se vive, ;uualmenre, um,1 er,1 cm que predomina o desespero. Para sustentar a ideia apresentada no primeiro parágrafo, o aucor do texto argumenta que é o medo do futuro que motiva os indivíduos a viverem intensamenteo aqui e agora.

03 Assinale a opção que apresenta CORRETAMENTE ideia concida no trecho abaixo. O período a que, hoje:, a:;sisrimos se caracreriza pda perda de legitimidade dos governos e dos modelos neoliberais, mas, ao mesmo tempo, por dificuldades de construção de projetos alternativos. Uma das barreiras para a

02 Assinale a opção CORRETA a respeico do texto. Aferrado à valorização do aqui e agora, o sábio indiano Svâmi garante que "só o presente é real", o que e...1u iva le a considerar o passado e o futuro como puras ilusões. Viver no presente implica aceitar o primado da ação (o aco) sobre a esperança, o que equivale a trocar a passividade do estado de espera pela manilcscaç.'io ativa da vontade de fazer. Em outras palavras,

construção de tais projetos é o próprio faro de esses governos estarem engajados em uma estratégia de disputa hegcmônica contínua, convivendo com o poder privado da grande burguesia - das grandes empresas privada!>, nacionais e estrangeiras, dos bancos, dos grandes exporta-

276


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO dores do agronegócio, da mídia privada. Se essa elire econômica não dispõe de grande apoio interno, conta com grandes aliados no plano internacional, especialmence entre os países globalizadores. (l:'mir S11der. A 1101111 roupeim: os cn111i11hos d11 esq11erd11 l111i11oa111e,.ic111111.Srio P1111!0: Boitempo, 2009)

a)

b)

e)

d)

O poder hegemônico dos países globalizadores dificulta o avanço de projccos que visem à superação dos modelos neoliberais. A elite econômica de um país globalizado prescinde de apoio interno para manter seu poder hegemônico sobre os governos carentes de legitimidade. Quanto maior o engajamento de um país em dispucas por hegemonia, maior a crise de legitimidade das políticas neoliberais por ele desenvolvidas. A maior dificuldade dos governos de países globalizados é enfrentar a aliança da mídia privada com os países globalizadores. Na elite econômica de um país, é a mídia privada que mais poder exerce sobre o governo de um país.

a)

b)

c)

d)

e)

.

e)

05 Nas opções, são apresentadas propostas de continuidade elo parágrafo abaixo. Assinale aquela em que foram acend idos plenamente os princípios de COESÃO e COERÊNCIA textuais.

04 Assinale a opção que reproduz CORRETAMENTE ideia contida no trecho abaixo. A realidade dos juros não se restringe ao mundo das finanças, como supõe o senso comum, mas permeia as mais diversas e surpreendentes esferas da vida pdtica, social e espiricual. A face mais visível dos juros monetários - os juros fixados pelos bancos centrais e os praticados nos mercados de crédito - representa apenas um aspccto, ou seja, não mais que uma diminuca e peculiar constelação no vasto universo das trocas incerremporais em que valores presentes e futuros medem forças. Pode-se, por exemplo, examinar a moderna teoria biológica do envelhecimento como uma troca intertemporal cuja síntese é "viver agora, pagar depois". A senescência dos organismos é a conta de juros decorrente do redobrado vigor e aptidão juvenis.

Ao se fazer analogia entre os juros pagos em transações financeiras e os pagos em relações sociais, verifica-se que, apesar de, nestas, eles escarem embucidos, não há interesse da sociedade em desvelar esse fato . A moderna ccoria biológica prioriza as análises que abordam as mudanças no corpo do ser humano como trocas interremporais às quais é inerente o pagamento de juros. Prevalecendo a característica dos juros de que eles sempre envolvem uma troca interrcmporal, a aplicação do conceiro de juros pode ser estendida a ourras sicuações da vida dos indivíduos. O conceiro de juros tem sido aplicado rescricamenre às sicuaçõcs do mercado financeiro porque, via de regra, prevalecem, nas sociedades, as noções estabelecidas pelo senso comum . Os juros mais alros pagos pelos cidadãos são aqueles que, sorrateiramente, resultam da própria nacurcza finita dos seres humanos, dererminada pelo irreversível envelhecimento do corpo .

Duas ameaças simétricas rondam a determinação dos cermos de troca entre presente e futuro. A miopia temporal envolve a atribuição de um valor demasiado ao que está próximo ele nós no tempo, em detrimento do que se enconcra mais afastado. A hipermetropia é a acribuição ele um valor excessivo ao ama nhã, cm prejuízo elas demandas e interesses correntes. (Eduardo Gimmetti. O 11(/lor do nmtmhri: e11sai11sobre a 11t1tureza dos juros. São Paulo: Co111pt111hiil das lerrm, 2005)

a)

b)

( Tt'XIO 11daprado de Eduardo Gi111111etti. O 11(/lor do t1J11t111hti: msaio sobre 11 1w111reza dos juros. Srio Paulo: Co111p1111hia dm Lerr11S, 2005)

c)

277

Contudo, a miopia temporal nos leva a subestimar o futuro, e a hipermecropia a supervalorizar o futuro, o que desfaz, cm parte, a referida simetria. Diante dessas ameaças, cabe perguntar se existe um ponto cerro - um equilíbrio estável e exaro entre os excrcmos da fuga elo fucuro (miopia) e da fuga para o futuro (hipcrmerropia). Apesar dessa simecria, não existe uma posição cre-


PORTLGUÊS DESCOMPLICADO

d)

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

dora - paga r agora, viver depois - , mesmo porque sempre :ibrim os mão d e algo n o prcscnre sem a expeccaci va de recebermos algo no f'uturo. Por serem ameaças cujo resulrado é idêntico, r:inco a miopia temporal qu;rnto a hipermctropia comam irrclevanre o fenômeno dos juros nas si-

e)

d)

ruações de rroca entre prescncc e fururo. Ess:i simetria cond u'[,, porranro, à conclusáo de que valt: mais a pena subordinar o presenre ao futuro, e não, o contrário, o que nos fará atribuir valor excessivo ao fururo, sem risco de incorrermos em hipermerropia temporal. e)

06 Assinale a opção q ue constitui continuação coesa, coerente e gr:imaticalmente CORRETA para o texto de Luiz Gonzaga Bcluzzo, adaptado do Valor Econômico de 14 de ourubro de 2009. A marca rcgistrad a d as c rises capitaneadas pela finança é o colapso dos cri térios de avaliação da riqueza que vi'.'lham prevalecendo. As expectacivas dos possuidores de riqueza capimlam diante da incerteza e 1üo é mais possível p recificar os ;uivo~. Os métodos habimais que pt:rm item avalia r a relação risco/rendimt:nto dos ativos sucu mbem d iante do medo do fumro. t\ obscu ridad e to tal paralisa as decisões e nega os novos fluxos de gasto. a)

b)

c)

07

Essa decisão pela corrida privada para as forma~ imagin árias, mas !.Ocialmence incontornáveis do valor e da riq ueza vai afcra r ncgarivamcnre a valorização e a repro duçáo da verdadeira riqueza social, o u seja, a demanda de ativos rep rodutivos e de trabalhadores. Em concr::iposição a esse fcnômeno, depois do colapso financeiro dcAagrado pda quebra do Lchman Brothers, os p reços dos ativos privados fo ram atro pelados pelos mercados em pân ico, na busca impossível d a dcs::ilavancagem coletiva. Y<!ndcd orcs em fúria e compradores em fuga fizeram evaporar a liquidez dos mercados e prometiam uma deflação de ativos digna da Grande Depressão dos anos trinca. Em tais circunstâ ncias, a tem ativa de redução do endividamcnro e d os gastos de empresas e famíl ias em busca da liquidez e do reequilíbrio patrimonial

é uma decisão "racional" do ponto de vista micro econômico. mas danosa para o conjunto da econom ia, pois leva necessariamente ?1 deterioraçáo dos balanços. ( o paradoxo da "desahwa ncagem ". Essas intervenções dos bancos centrais e dos 'l v souros. sobrerudo nos Estados Unidos, conseguiram, .tos rrancos, barrancm e trombadas leg.1is, estancar na rápida dererioraçúo das expectativas. Contrariando os augúrio~ mais pessimistas. a .11,.10 das aut0ridades foi capaz de aforar posicivamcnte as taxas do inrerb:mdrio e rcsrabelcccr as condi· çõcs mínimas de funcionamcncos dos merc.1dos monet:írios. Contanto que a reação das aucori<la<les dos países desenvolvid os íoi menos cflcaz para restabelecer a oferta de créd ico no volume desejado e impotcn re para reanimar o dispêndio das famílias e dos negócios. Empresas e comumidores rrararam tk corrar O!> gastos (e, porcanro a demanda de cré dito) para ajusrar o endivi<lamenro conrraído no passado à renda que imaginam obter num am bieme de desaceleração da economia e de queda do emprego. Os crechas abaixo conscituem um rexco a<lapt.1do de Muniz Sodré (As estratégias sensíveis: a!"t-to, mídia e polírica), mas estão dewrdenados. Orde ne-os. indique a ordem dencro dos parênteses e assinale a opção que corresponde :i ordem COR-

RETA. ( ) Ao redor do que se cem chamado de "imprens.1 de opinião" ou de "publicismo", organizaram·M: os espaços públicos das democracias inaugurab na modernidade ocidental. ( ) O espaço público realiza, modernamente, a mediação dos inccresses parcicubre~ da sociedade 1..i'"il, visando principalmente a pre~ervar as garantias dos dfreitos ind ividuais freme ao poder do Esrndo. É •tÍ funda men tal o papel da imprensa. ( ) É preciso deixar claro, contudo, que, a despeito de sua grande imporcáncia, a imprensa não define o espaço público. Ele nao é um puro esp<1<,;o de comunicação e, sim, uma porência de com•er sáo do ind ividual em comum, o que não deixa de comportar zonas de sombras ou de opacidades náo necessariamente comunicativai..

278


FLÁVIA RITA COUTINHO SARrvlENTO ( ) Assim, a ampliação récnica da rradicional esfera pública pelo advenro da mídia ou de rodas as recnologias da informação não implica necessariamente o alargamenro da ação polícica. ( ) Por o urro lado, vem definhando a represenração popular, que era o moror polírico do espaço púb lico e base da sociedade dcmocrácica, fenômeno que remoma ao século XIX, quando a experiência da soberania popular se converceu e m puro diálogo, senão cm mera e ncenação esperacular.

a) b) c)

<l)

e)

2, 4, 1, 3, 5 2, l, 3, 5, 4 1, 2, 4, 5, 3 2, 1, 5, 4, 3 3, 5, ], 2, 4

08 Os trechos a seguir constituem um rexco adaptado de O Globo, Ed itorial, 14/1 0/2009, mas estão desordenados. Ordene-os nos parênteses e indique a sequência CORRETA. ( ) Esse quadro se alterou significa rivamente: cm volume, a produção nacional de perróleo vem se manrendo próxima aos paramares de consumo domésrico. A redução dessa dependência no campo da energia foi acompanhada por um salro expressivo nas exporrações brasileiras (que cresceram uma vez e meia na última década), com razoável equilíbrio enrre produtos básicos e manufaturados na pauta <le vendas. ) Apesar de a economia brasileira rer ainda um

desde o fim da Segu nda Guerra Mundial. ) Assim, as principais agências classificado"as de risco promoveram a economia brasileira para a cacegoria daquelas que não oferecem risco cambial aos investidores esrrangeiros.

a) b) c) d) e)

3,2,1,4,5 5, 3, 4, l, 2

4, 5, 2, 3,

1

2, 1, 3, 5, 4

4, 1, 2, 3, 5

09 Assinale a opção que preenche CORRETAMENTE as lacunas do rcxro adaprado do .Jornal do Brasil, Ed irorial, 7/10/2009. Vários, e de disrinros naipes, foram os qucsrionamenros _ I _ consrruçáo do lDH como ral. Por que não morralidade infanril de crianças abaixo de 5 anos ele idade em vez de expectaciva ele vicia? Por que não incluir outros indicadores, cais corno n1vel de pobreza, déficit habitacional, acesso _2_ água potável e saneamenro básico? Por que não acrescenrar

outras dimensões relacionadas _3_ meio ambiente (que afora o padrão de vida desta e das próximas gerações), aos direitos civis e políricos, _ 4_ segurança pessoal e no rrabalho, _ 5_ facilidade de locomoção? Qual a confiabilidade dos dados fornecidos por quase duas ccnrcnas de países? Há uma escassez de in fo rmação e m relação _6_ maioria das dimensões sugeridas para uma comparação inrernacional, sem contar _7_ confiabilidade dos dados.

grau de abertura rclativamenre pequeno para o exrerior - se co mparado à média inrernacional - , o câmbio sempre foi apo ncado com um dos farores mais vulneráveis do país. No passado, o Brasil era muico dependenre de perrólco imporrado e d e insumos essenciais para a indúsrria. ( ) Além desse equi líbrio, os programas de ajuste macroeconômico cêm garancido uma esrabilidade monetária que ampliou o horizonre de investime ntos e as possibilidades de um desenvolvimento susrenrávcl de longo prazo. ( ) T ai promoção foi reforçad:i pela capacidade de reação da economia brasileira à recenre c rise financeira, a mais grave que o mundo arravessou

1

2

3

4

5

6

7

a)

na

da

no

na

de

a

uma

b)

da

à

da

com a

da

e)

a

a

pelo

da

na

da

à

d)

à

a

ao

à

à

à

a

e)

pela

de

a

em

com a

pela

com a

como com a

10 Em relação ao texro, assinale a opção CORRETA. Sinroma do arrefecimemo da ideologia nos mais variados âm biros da vida social, há u ma distinção, presencc no meio acadêmico, segundo a qual , cnquanro nas décadas passadas as grandes

279


PORTUG UÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

celeumas intelecmais rinham corno pano de íundo cmbares ideológicos, hoje as dispuras girariam basicamenrc cm rorno de d ivergências metodológicas. A discussão em torno do Índice de Desenvolvimen to Humano (IDH) - cujo ranking divulgado este ano mostra um ligeiro avanço da pontuação do Brasil, embora o país continue na 75ª colocação - não poderia fugir à regra. Criado pelos economistas Mahbubul Haq e Amarrya Sem e calcu lado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimenro (Pnud), o Índice de desenvolvimento Humano, ao longo dos anos, vem recebendo uma série de críticas da comunidade cienrífica inrernacional. Críticas metodológicas, por pressuposro. Baseado em três dimensôes fundamentais do desenvolvimento humano, o IDH combina indicadores sociocconômicos, relacionados à renda (medida pelo Produto Interno Bruro per capira), à saúde (entendida como a capacidade de se levar urna vida longa e saudável, expressa pela expecrariva de vida ao nascer) e à educação (medida pela alfabetização da população acima de 15 anos associada às taxas de marríc11 la do ensino fundamenral ao superior).

produto e o emprego seguem cm declínio, (l) mas a uma velocidade menor. Seja como for, as injeções de liquidez, os programas de compra de ativos podres,(2) as garantias oferecidas pelas autoridades e a capiralização das insriruições financeiras não fizeram pouco. Além de consrruir um piso para a deAação de ativos, as intervenções de provimento de liquide7. susciraram,(3) diriam os keynesianos,(3) um movimento global no interior da circulação financeira. O inchaço da circulação financeira reve efeiros mesquinhos sobre a circulação indusrrial ,(4) ou seja,(4) sobre a movimenraçáo do crédito e da moeda desrinada a impulsionar a produção e o emprego. Observa-se,(5) no enranro,(5) um rearranjo denrro do esroque de riqueza que responde aos preços esperados dos ativos "especulativos" por parte dos investidores que sobreviveram ao colapso da liqu idez. Agarrados aos salva-vidas lançados com generosidade pelo gestor em úlrima instância do dinheiro - esse bem público objeto da cobiça privada - os senhores da finança rraram de resraurar as práticas e operações de "normalização dos mercados", isro é, aquelas que levaram à crise. (Luiz Co11wg11 Beluzzo. ndr1p1r1do do Vnl"r l:l:rmômrro de 14 rle oumhro dl' 2009)

Uomnl do Bmsil. Editorinl, 711012009)

a) a)

A expressão "arrcfccimenro" está sendo empregada com o sentido de aquecimenro, forralecimen-

b)

A palavra "celeumas" esd sendo empregada com o sen tido de consenso . Pelos sentidos do texto, percebe-se que há una01midade na comunidade científica internacional quanro à correção da merodologia adotada para determ inar o f ndice de Desenvolvimento Humano. o meio acadêm ico, os atuais embates ideológicos passam ao largo das divergências rnerodológicas. O cálculo do lDH leva em consideração índices rdativos à renda, à saúde e à educação no país.

ro.

c)

d)

e)

11 Assinale a jusrificativa CORRETA para o emprego de vírgula. A economia real nos Esrados Unidos e na Europa segue em compasso de espera. Isso significa que o

280

(1) A vírgula separa oração coordenada assindénca. b) (2) A vírgula separa elementos de mesma funç:ío sindrica co mponentes de urna enumeração. c) (3) As vírgulas isolam uma expressão aposiriva. d) (4) As vírgu las isolam conjunção coordenativa conclusiva. e) (5) As vírgulas isolam conjunção subordinativa concessiva intercalada na oração principal. 12 Em relação aos elementos do rexm, assinaJe a opção CORRETA.

Um ano após o agravamenro da crise financeira, o Brasil rern mais de US$ 230 bilhões cm reservas. T anro o Tesouro como grandes empresas volraram a lançar títulos no exterior, com sucesso. A valorização do real se tornou, enráo, um fenômeno inevirávcl, que reflete o enfraquecirnenro do dólar no mercado internacional e o Auxo positivo de capitais no país. No entanto, dado o ritmo de crescimenro projerado para o


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO ano que vem, o mais prov;.ivel é que a demanda por importações a u mente e a pressão cm favor do real d iminu a. Enquanto isso, além de uma pau latina liberalização do câmbio, o que pode ser feiro no curro prazo é a continuidade da acumulação de reservas cambiais, como Banco Central comprando no mercado excedentes de divisas. Qualquer in vcn cionice só estimularia operações cspccularivas no câmbio, que acabariam provocando uma valorização ainda mais indesejável da moeda nacional.

diminuir nos próximos anos e, assim, criar um ambicnre muiro favorável a uma desvalorização, pois os 1nvestimenros Oireros Escrangeiros d evem c rescer, a Bolsa de Valores acompanhará a melhora da economia e a produção de perróleo, apesar da criação de um fundo esp ecial , au menrará as receicas. (0 E.mdo de S. Paulo, Edirorial, 14/10/2009)

(O Globo, Editorial, 1411012009. 11dnp111do.)

a) b)

e) d) e)

A expressão "No entanto" estabelece, no texro, uma relação de comparação. O emprego do subjunrivo em "aumente" e em "diminua" juscifica-se por se tratar de focos de realização garantida. A expressão "Enquanto isso" escabelecc no ccxto uma relação de condição. A palavra "invencionice" está send o empregad ano sencido de iniciaciva rotineira, previsível. O emprego do futuro do pretérito em "estimularia" indica um aconcecimenco fucuro cm relação a um ato passado que se configura no faro relacionado aos termos "Qualquer invencionice" .

a) b) c) d) e)

(1) (2) (3) (4)

14

Assinale a opção que apresenta proposta de subscirniçâo CORRETA de palavra ou rrecho do cexco.

fndica voz passiva analícica. Indica sujeiw indeterminado. Funcio na como objeto indireto. Indica voz reAexiva. (5) Indica sujeito indeterminado .

Há sociedades que tê m a vocação do cresc imento, mas sem a vocação da espera. E a resul tante, quando não é inAação o u crise do balanço d e pagarnenros, é uma só: j u ros alcos. O conA iro entre as demandas do prcsenre vivido e as exigências do fucuro sonhado é um rraço pe rmanente da condição humana. Evitar excessos e inconsistências dos dois lados é um dos m.iiorcs desafios em qualquer sociedade. No afã de querer o melhor de dois mundos, o grande risco é term inar sem ch egar a mu ndo algu m : a cigarra triste e a formiga pobre.

13 Em relação à função do "se", assinale a opção

CORRETA. A queda de re nrabilidade d as exporrações se agrava(!) a cada dia em razão da valorização do real. Tudo indica que a moeda nacional deve concinuar a se valorizar(2) e o Banco Central (BC), apesar d as suas intervenções cada vez maiores, está imporente diante dessa valo rização, que torna mais difícil a exportação e favorece a importação, ameaçando o c rescimcnco da indt'.1scria nacional. O governo se mostra(3) incapaz de encontrar um modo d e compensar esse efeito. Está-se(4) observando também uma queda no quantum das exportações d e manufaturados, de 17,4% nos sete primeiros m eses do ano, junco com uma queda de preços d e 5,5%, e nquanro nos produtos básicos um au mento de 6,5% no quancum correspondeu a uma queda de J 6, 1% nos preços. Não se pode(5) pensar que o fluxo d e dólares possa

(Tex10 t1dnp1t1do de Eduardo Cít11111etti. O valor do amanhã: msníosobre tt 11nt11rezn dos Juros. São Paulo: Co111pa11hin dm Letrns, 2005)

a) b) c) d) e)

" H á" por "Ex iste" . "que cêm a vocação do crescimen to" por "cuja vocação de crescimcnco". "mas sem a vocação da espera" por "mas não, a da espera" . "E a resu ltante, quando não é" por "E se caso a rcsulcancc não seja". "No afã de querer" por "No equívoco de visar".

15 Com relação a aspecros semânticos e sincácicos do texto, assinale a opção CORRETA.

281


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS menre: "os ministros da Fazenda" e "morre do dragão inAacionário".

Aconreceu poucos dias após o início do governo Collo r, a parrir do congelamemo dos depósiros bancários. Estávamos na longa e irrirance fila de um grande banco, em busca da minguada nora de cinquenta a que cada um tinha direico. U ma fi la pode ser tomada como um exercício ele psicologia comparada. Se, por absurdo, uma fila assim tivesse de ser formada em um banco americano, aposco que nela reinaria a frustração controlada e a incomunicação. A cena no banco brasileiro era diferenre. Quase todos conversavam animadamente, irmanados na dor de ver seu din heiro distanciar-se para, quem sabe, não mais retomar. Havia os ministros da Fazenda, que med iam as possibilidades incenas de recuperar os depósitos, havia os conformados, que aceitavam tudo, se esse fosse o preço a ser pago pela morte do dragão inflacionário. Havia os que ficavam especulando sobre as alternativas que poderiam cer adorado para escapar ao sequestro. A opção mais aceira punha nas nuvens o ponuguês dono de padaria. Ele, sim, fize ra o cerro, guardando seu <linheiro debaixo do colchão.

16 Os trechos abaixo constiruem um texto adaptado de Luiz Gonzaga Beluzzo, Valor Econômico de 14 de outubro de 2009. Assinale a opção que apresenta ERRO gramatical. a) Nas circunstâncias amais, a realocação de carreiras favorecem as bolsas, as moedas dos emergentes e as commodiries, enquanto o dólar segue uma rrajerória de declínio, depois da valorização observada nos primeiros meses de crise. b) O ianre do frenesi que ora curbina as bolsas, as moedas dos emergentes e as commodiries não faltam prognósticos que anunciam o fim da crise e preconizam uma recuperação rápida da economia global, liderada pelos emergentes. c) Os movimenros observados no interior da circulação financeira, cm si mesmos, não promerem à econom ia global uma recuperação rápida e brilhante, mas indicam que os mercados não remem a formação de novas bolhas de arivos nos mercados emergentes. d) No rol de vencedores da baralha contra a depressão global, figuram, cm posição de respeico, a China, a Índia e o Brasil, cada qual com suas forças e fragilidades. e) Entre as fragilidades, sobressaem a pressão para valorização das moedas nacionais e as ações de esterilização dos governos, com efeicos indesejáveis sobre a dinâmica da dívida pública dos países receprores da "chuva de dinheiro externo".

(Boris Fnusto. Memórin e História. São ?nulo: Cn1t1Í Lrdn., 2005)

a)

b)

c)

d)

e)

Como o verbo da primeira oração do rexro é impessoal, não há expressão que exerça a função de sujeito, o que não acarreta prejuízo semântico nem sintático para o parágrafo, porque, no período segu inte, é explicitado o faro narrado pelo autor do texto. Atendidos os preccicos gramaticais, é uma construção alternativa para a oração "a que cada um tinha dirciro": a qual cada um de nós dnhamos <lireico. São duas formas correras de subsriruição do segmento "pode ser cornada como": pode suscitar; pode ser comparada a. Atendidas as prescrições gramaticais, o 2° período do 2° parágrafo assim poderia ser reescriro: Aposco que, se, por absurdo, tal fila tivesse sido formada em um banco dos Estados Unidos, reriam, nela, reinado a frustração controlada e o silêncio. São exemplos de expressões empregadas no texto com sentido denotativo e conocarivo, respecriva-

17

Assinale a opção que corresponde a ERRO gramatical.

O IDH é um índice que, pela simplicidade, se (1) disseminou mundialmente, tornando-se (2) um parâmetro de avaliação de políricas públicas na ~irea social, o que não é pouco, levando-se em consideração que há respaldo cienrífico. No entanto, para além das filigranas metodológicas, é preciso não se perder (3) de vista o ponto fundamenral do TDH, que é medir a qualidade de vida para além de indicadores econômicos. Nesse sentido, ele é uma bem-sucedida alternativa ideológica do indicador puro e simples do Produto Jnremo Bruto, no qual (4) pode camuflar o real nível

282


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO de bem-esrar da maioria da população. Com o IDH. medir desenvolvimenco humano passou a ser ráo ou mais imporcance que aferir (5) o mero, e às vezes enganador, desenvolvimcnco económico.

19 Assinale a opção em que o t recho do texto de Emir Sader (A nova roupeira: os cam inhos da esquerda larino-amcricana) foi cranscrico com correção grarnacical . a) Arnalmence, as alcernacivas de conrraposição a hegemonia enfrencam os dois pilares cenrrais do siscema dominancc: o modelo neoliberal e a hegemonia imperial esradunidense. É no confronco com aqueles que se rem de medir o processo de consrrução de "ourro mundo possível", para se analisar seus avanços, revezes, obstáculos e perspecrivas. b) De cerra maneira, pode-se resumir os eixos que arriculam o poder atual no mundo à parrir de três grandes monopólios: o das armas, o do dinheiro e o <la palavra. O primeiro reAere a polírica de milirarização dos conflicos, cm que os Esrados Unidos acreditam dispor de superioridade inquestionável. c) O segundo rerrara a política neoliberal de mercanrilizaçáo de rodas as relações sociais e dos recursos narnrais, que cem buscado produzir um mundo em que cudo rem preço, cudo se vende, rndo se compra e cuja ucopia são os grandes cenrros de compras. d) O rerceiro rrara-se do monopólio da mídia privada no processo - profundamenre seletivo e anridemocrático - de formação da opinião pública. Palco inicial da implantação do modelo neoliberal e sua vítima privilegiada, a América Latina passa por uma espécie de ressaca do neoliberalismo, com governos que rompem com o modelo e com ounos que buscam readequações que lhe permitam não sucumbir com ele. e) A região cem-se mosrrado refratária a política de guerra infinira promovida pelos Esrados Unidos. Jnrernamente, a Colômbia, epicenrro regional da política esradunidense, permanece isolada. No entanto, em seu conjunro, a América Latina produziu espaços de auronomia relativa no rocance a hegemonia económica e polírica dos fatados Unidos, o que a coma o elo mais frágil cb cadeia neoliberal no século XXJ.

(fom11/ do Bmsil, Editorial. 711012009, fl{lt1ptt1do.)

a)

( 1)

b)

(2)

c) d)

(3)

e)

(5)

(4)

18 Assinale o crecho do texto adapcado de Maria Rira Kehl (0 tempo e o cão: a atualidade das depressões. Slio Paulo: Boitempo, 2009) em que, na cranscrição, foram plenamenre acendidas as regras de concordância e regência da norma escrita formal da Língua Porruguesa. a) Desligado do frágil fio que ara o presente à experiência passada, voltado, sofregamente, para o fururo, o indivíduo sofre com o encurramenm da duração. Assim, desvalorizam-se o tempo vivido e o saber que

b)

c)

d)

e)

suscema os aros significarivos da existência. A vivência contemporânea da remporalidade é dominada por um subproduco das ideologias da produrividade, às quais reza que se devem aproveicar, ao máximo, cada momenco da vida. Paradoxalmencc, as mesmas inovações cecnológicas destinadas a nos poupar o cempo de cerras rarefas manuais e aumencar o tempo ocioso vem produzindo um senrimento crescente de cncurcamenco à lemporalidadc. Tal scncimcnro calvez csrcja relacionado com o encolhimento da duração. Segundo Bergson, a duração se mede pcb sensação de continuidade encre o insranre presence, o passado imediaco e o fucuro próximos; no cntanco, nada indica que o rcgiscro psíquico dessas duas formas do rempo que alongam o presence devam limirar-sc cm curcos períodos anres e depois do brevíssimo inscance. Talvez a medida do transcorrer do tempo não individual não se assemelhe com o desenrolar de um fio, mas do reccr de uma rede que abriga e embala um grande número de pessoas ligado enrre si pela experiência.

20 Assinale o trecho do tcxro adaprado de Boris Fausto (Memória e História) cm que, na transcrição, foram plenamenre acendidas as regras de pon rnação.

283


PORT JGUtS DESCOMPLICADO a)

b)

c)

d)

e)

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Em uma fil a no banco, na época em que, no Brasil, houve congelamento dos depósiros bancários, u ma jovem, de rraços orienrais, permanecia calada e, aparentemente, atenta aos movimenros de todos, como se a qualquer momento, alguém pudesse passar à sua frente. De repente, sua voz se ergueu enigmática: "A culpa de cudo isso é do meu avô." Nos segundos seguintes, a melhor hipótese que me passou pela cabeça, foi a de um avô conservador, aconselhando a nera a poupar, em vez ele gastar, apoiado em uma versão japonesa da fábula <la cigarra e da fo rmiga. Não era nada disso. A jovem decifrou o enigma, em rom suspiroso, explicando que, no começo cios anos de 1930, grande parre da família decid ira emigrar para a Califórnia, mas seu avô meio aventureiro, oprara in fe lizmenre, pelo Brasil. Tentei esboçar um discurso sociológico, ponderando, que os imigrantes japoneses local izados na costa do Pacífico, rinham atravessado momentos adversos, especialmente, no curso da Segunda G uerra M undial, q uando muiros deles foram t ransferidos para campos de confinamento no meio-oeste americano. Pensei, ainda, em lembrá-la de que, por outro lado, a experiência dos japoneses no Brasil estava longe de representar um desastre. No enranm, basrou olhar para a neta do sol nasceme e, logo, perceber que ela se rransporrara para outras esferas, alheia à fila e a rudo o mais que a rodeava.

PROVA Ili ,

ATENÇÃO: As questões de números 1 e 2 referem-se à charge abaixo.

(Fo!ht1 de S. !'mt!o. 9 de dez. de 2009. Opiniáo, A2)

01 Na charge, o efeito de humor deve-se prioritariamente a) à deselegância do garçom ao anunciar, <::m tom coloquial e cm voz alta, a falta de gelo. b) ao descabido uso de fones pelas personagens que compõem a cena. c) à possibilidade de se cnrender a fala do garçom como alusão a questões climáticas do planeta. d) à indiferença da plateia dianre da inesperada nocícia. e) à inadequação de bebidas serem servidas em reunião de líderes das principais nações do mundo.

GABARITO 1-1::

2-B

3-A

4-C

5-B

6-C

7-B

8-0

9-0

IOE

11-B

12-E

13-E

14-C

15-0

16-A

17-0

18-A

19-C

20-E

FCC-TRE/AMAZONAS-201 O

02 A frase que traduz corretamente o que se tem na charge é: O garçom disse que o gelo a) havia acabado. b) estava para acabar. c) acaba ria faralrnenre, cm breve espaço de tempo. d) acaba logo. e) havia acabado naquele exaro instante.

ATENÇÃO: As questões de números 03 a 07 referem-se ao texro apresenrado abaixo.

284


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO E se uma droga derivada do alcaçuz fosse capaz de salvar as nossas recordações? Segundo um csrndo da Universidade de Edimburgo (Escócia), a carbenoxolon:i melhora as capacid:idcs mentais <los idosos, incluindo a memória, que vai se deteriorando com o passar dos anos. Essa substância - na realidade, um agcnre derivado da raiz do alcaçuz - poderá ser úti l para combater o mal de Alzheimer e talvez também para melhorar nossa performance nos exames. "As memórias são um 'faro' químico", confirma Nancy Ip, diretora de Insrituco de Pesqu isa em Hong Kong: "Recentemente, nós identificamos a p roteína que contribui para a sobrevivência e para o desenvolvimenco das células nervosas e que poderia oferecer recursos para criar medicamentos contra doenças que afetam a mcmona . Enquanto se espera que os estudos possam conduzir a resultados mais concreros, o que podemos fazer para melhorar a nossa capacidade mental? A memória é a capacidade de adquirir, armazenar e recuperar informações disponíveis. Ela não é monolítica, mas consLituída de diversas atividades e fu nções. Uma imporrante distinção a ser feira é entre a mem ória de curto e a de longo prazo. A primeira, que é encarregada de reter as informações por pouco tempo, localiza-se no lobo parietal inferior e no lobo frontal do cérebro, enquanto a memória de longo prazo é ligada ao hipocampo e às áreas vizinhas. De acordo com Alan Baddelay, da universidade inglesa de York, a memória de curro prazo tem espaço limitado. podendo reter de cinco a nove unidades de informação: palavras, daras, números. Já a memória de longo prazo é ilimitada. O problema é arq u ivar a informação na memória de longo prazo, para recordar quando necessário. Como? "Quanto mais a pessoa souber, mais fáci l será recordar", diz Baddclay. Em suma, a memória não é um recipiente que é coralmence preenchido: ao contrário, ela sempre possibilita o ingresso de novas informações. Quem usa urna linguagem rica e aniculada recorda-se melhor. Da mesma forma, quem sabe vários idiomas cem mais faci lidade para aprender um novo. ,

03

Considerado o p ri meiro parágrafo d o texto, é

CORRETO afi rmar a)

b) c)

d)

e)

A frase inicial levan ta hipótese q ue, embora expressando um desejo humano, se revela fa n casiosa, pois não tem apoio algum na realidad e acual. A carbenoxolona é a nova droga que garantirá imunidade contra o m al de Alzhe imer. A capacidade mental mais afetada com o passar dos anos é a memória, con fo rme cswdo realizado com idosos em universidade escocesa. Pessoas que não apresentam bom d esem penho cm exames podem ser potenciais po rtado res de doenças como o mal de Alzheimer. Na base da memória está um mecanismo q uímico que a ciência começa a co nhecer.

H

04 a)

b)

c)

No segundo parágrafo d o rexro, a a urora, ao definir o q ue é a memória, expressa seu desacordo com o en tend imento de Nancy lp sobre essa capacidade menral. ao afirmar que a memória não é m on o lít ica, quer dizer que a memória não se com põe de um único elememo. ao menciona r a importante distinção, refere-se a

urna diferença que os pesquisadores citados [êm <l)

e)

05

deixado de lado e m seus trabalhos. ao caracrcri7,ar a memória de curta e a d e longa duração, revela que a p rimeira é a q ue a m.:iioria das pessoas apresenta, e a segunda, só cérebros privi legiados. ao caracterizar a memória de curta e a d e longa duração, mostra q ue a segu nda é a menos conhecida pelos pesquisadores. Considerado o terceiro parágrafo, é CORRETO afirmar

a)

b) c)

(Ad11p111do d,, F11bíol11 /\1m11rm, '"Mm1óri11: segredos pnm t'xplomr rodo e> seu poder ''. /11. Pl1111t·ra: co11ht"[tt o 1111111do, dtsmbrrr vorê. Ed.

d)

Trrs. Fdiçtio 447. Ano 37. Dez/2009, p.41 -12)

O emprego da expressão p oden do r et er eviden cia que afirmações sob re a memória d e curro prazo são unicamente suposições. Palavras, da ras e números fixam -se de modo exclusivo na memóri a de curro prazo. A memória de longo p razo já ul tra passo u, na contemporaneidade, rodo o seu limite. O desafio a enfrentar não é a limitação d o espaço da memória de longo p razo, mas o arquivamento das informações para posterio r u tilização.

285


PORTJGUtS DESCOMPLICADO e)

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

J\ au1ora apresenta um problema para o qual ain-

da não exisLCm soluções possíveis. 06 Em suma, a memória não é um recipienre que l coialmcme preenchido: ao concrário, ela sempre possibilita o ingresso de novas informações. Quem usa uma linguagem rica e articulada relOrda-se melhor. Da mesma forma, quem sabe \'ários idiomas rem mais facilidade para aprender um novo. A redação que, C LARA e CORRETA, preserva o senrido o riginal de um segmento do rrecho acima trans..;rico é a) Suscincament<: d iz.endo a memória não é vaso preenchível, quando ela possib ilira a adição de novas in Íormaçõe~. b) De modo resumido, a memória não é própria para ser preenchida em plenirude, pois, concrariamenre, é passível a receber informações sequenciais. c) Sinreriz.ando: opos1amenre a memória admire informações originais, em ve1. de consciruir objero a ser preenchido. d) Aquele que fa1. uso de idioma articulado e rico, pode rer recordação facil. e) O aprendiz.ado de um novo idioma dá-se de maneira mais fácil p::ira as pessoas que já conhecem ou eras línguas. 07 Uma ::in:ílisc do texw pcrmire afirmar com corre~·ão que a) Caso st: trarassc de ma is de uma subscância, além da carbenoxolona, a concordância esraria correra r.ssim "Essas substâncias[ ... ] podem ser útil para combarer o mal de Alz.heimer". b) O emprego dos parênreses, na linha 3, é exigido pela nacureza da informação: o maior rigor na especificação do local. c) A vírgula depois de memória (linha 5) é oprariva pois, se for retirada, o sentido original da frase não se altera. d) Consrruções como as nossas recordações e nossa performance consrituem marcas da subjerividade oo auror :10 rrarar do rema.

e)

Na frase A memó ria é a capacidade de adquirir, armazenar e recuperar informações d isponíveis, o emprego de armazenar consrirui redun dáncia inadequada, pois essa palavra nada acrescenta ao sentido de adquirir.

AT ENÇÃO: As questões de números 8 a 14 referc::m-se ao rexro apresentado abaixo. EXAME MÉDICO Reforçam-se as evidências da baixa qualidade: de c:nsino cm cursos de medicina do país. Esse retr<lto vem sendo confirmado anualmenre desde 2005, quando o Cremesp (Conselho Regional de Mc:dicina do Esrado de São Paulo) decidiu implemenrar uma prova de avaliação, facu ltativa, dos conhecimenros dos fucuros médicos. Neste ano, 56% dos formandos que presraram o exame Íorarn reprovados. O nt'tmero já é expressivo, mas é razo:ívd supor que a proporção de esrudanrel> dc~preparados seja maior. A prova nfo é obrigatória, e os respons;\vá, por sua c:xecuç:ío avaliam que muiros dos maus alunos boicotam o exame, frequenremenre esrimulados por su.~ faculdades. A prova da Orc.bn dos Advogados do Brasil pode fornecer um parâmetro. ainda que impcríeiro. 1a primeira fase do exame: da OAB ncsrc ano, o índice de reprovados na seccional paulisca chegou a 88°,-0. A vancagem do resre enrre advogados cscá cm sua obrigarorie<lade. T rara-se de uma prova de habiliração, ou seja, a aprovação é indispensável para o exercício da profissão. É do inreressc da sociedade:, da sai.'1de pública e de seus rururos pacienres que os alunos de med icina rambém sejam submeridos a uma prova d<.: habiliraçáo obrigatória O Crcmcsp, que defende o exam<.: compulsório, diz., no enranro, que a aplicação de testes reóricos, aos moldes do que faz a OAB, seria insuficieme. Devido ao cadter prático da acividade médica, seria imprescindível, firma a entidade, a realização de provas que averigúem essa capacidade encre os recém-formado!>. Se implemenrado nesses moldes, um exame obrigatório nacional cumpriria dupla função: impediria o acesso à profissão de recém-formados despreparados e ao longo do rempo, estimularia uma melhora gradual dos cursos univer~irários de medicina. (Et!itori11/ d11 Fo/'111 rl1• S. />,111/0. 17 tf,· rir::. tl1 2009, Opinitio, A]!

286


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO 08

Considere as afirmações abaixo sobre o editorial.

1.

Faz sugestivo jogo de palavras: usa a expressão Exame médico, que remete à inspeção feira no corpo de um indivíduo para chegar a um diagnóstico sobre seu estado de saúde, para referir uma prova de avaliação a ser realizada por formandos cm medicina.

11.

Aproxima a área médica e a área do direito, acerca da aval iação dos indivíduos que desejam exercer as respecrivas profissões, de modo a evidenciar o

10

a) b) c) d) e)

reconhecimento, em plano mundial, da fragilida-

11

de da formação desses futuros profissionais. Ili. Critica a imperfeição do sistema de aval iação dos formados cm direito, considerando essa falha como fator que eira da prova realizada pela Ordem dos Advogados do Brasil a possibilidade de ser tomada como padrão para outras áreas do conhecimenro.

Esri correto o que se afirma APENAS cm a) T. h) l e ll. c) l e III. d)

II.

e)

llelll.

09

Considerado o contexto, está CORRETAMENTE e ntendido o seguinte segmcmo.

a)

decidiu implementar uma prova de avaliação [ ... ] dos conhecimentos dos futuros médicos I determinou que uma das partes do exame acerca dos conhecimentos dos futuros méd icos fosse mais rigorosa. é razo;ível supor que a proporção de esrudames despreparados seja maior/ suficie ntes razões per-

b)

c)

d)

e)

a) b) c) d) e)

O Cremesp, que defende o exame compu lsório, diz, no entanto, que a aplicação de testes teóricos, aos moldes d o que faz. a OAB , seria insuficiente. Conside rado o contexto, a locução desracada acima et1uivale a a propósito. ainda. todavia. por isso. nesse sentido . O Cremesp, que defende o exame compulsório, diz, no encanto, que a apl icaçáo de testes r('Óricos, aos moldes do que faz a OAB, seria insu fic iente. Considerado o conrexro, traduz-se CORRETAMENTE, e em con formidade com o padrão culro escri to, o que está acima sublinhado, em definidos sob o controle dos dirigemes da OAB. em respeito co m as diretrizes impostas pel::t OAB. idênticos co m os já aplicados pela OAB. de modo semelhante ao adorado pela OAB. idealizados a partir do que a OA B direciona.

12 A forma o u locução verbal que expressa ação toralmente realizada no passado é a destacada em a) Reforçam-se as evidências da baixa qualid ade de ensino em cursos de medicina do país. b) Esse rerraro vem sendo confirmado an u alme nte desde 2005 c) ... quando o C rcmesp (Conselho Regional de Medicina do Esrado de São Paulo) decidiu implementar uma prova de avaliação, facultativa, dos conhecimentos dos futuros médicos. d) ... é rawável supor que a proporção de estudantes despreparados ~ maior. e) ... seria imprescindível [ .. .] a realização de provas ...

mitem a suspeita de q ue a porcencagem de estudantes despreparados seja maior. muitos dos maus alunos boicoram o exame I a maior parte dos alunos, mal preparados, é responsável pela baixíssima média das notas do exame. defende o exa me compu lsório/ opta por realizar exame mais abrangente no que se refere aos remas de saúde. seria imprescindível [ ... ] a realização de provas I seria inoporruna a exigência de provas.

13

a) b) c)

287

Esrá totalmente clara, e em conformidade com a norma culca escrita, a seguinte reformulação da frase: Esse rerraro vem sendo confirmado an u almente desde 2005. Esse retraro vem sendo confirmado anualmente a mais de três anos. Devem fazer uns quatro anos que se confirma anualmente esse re trato. Se faz confi rmações anuais desse retrato, d e 2005, em seguida .


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

d) e)

Vindo de 2005, a confirmação desse rerraro é anual. Co nfirma-se esse retraro anualmente, desde o ano de 2005

14

Se implcmcnrado nesses moldes, um exame obrigatório nacional cumpriria dupla função: impediria o acesso à profissão de recém-formados despreparados e, ao longo do tempo, estimularia uma melhora gradual dos cursos universitários de medicina.

b)

c) d)

e) Considerados o trecho acima e o rcspcico ao padrão culto e:>crito, é CORRETO afirmar a) No início do trecho, está implícica a forma verbal "fosse"; caso estivesse subencendida a forma "for", deveria ser usada a forma "cumprirá" . b) A fo rma verbal cumpriria foi empregada para expressa r fato fururo tomado como cerro e próximo de se realizar. c) O s dois-pontos anunciam ideias que, consideradas de grande importância, não haviam recebido nenhuma referência anrcriormente. d) O uso do sinal indicativo da crase manreria sua correção se o segmenro fosse: "impediria o acesso à mais de um cargo que exige boa formação profiss ional". e) Assim como profissão, está adequadamente grafado o vocábulo "assensão".

15 a) b) c) d) e)

16

a)

Debareram sobre a ucilidade de vários acessórios e concluíram que muitos não eram, de fato, nada acessível. O produrn derramado atingiu muitas árvores, mas não as compromeceram de modo irreversível. As mais vultosas doações para o programa de emergência já haviam sido feitas, por isso as expectativas de que a arrecadação fosse muito mais alta não tinha fundamcnro. Sáo muitos os aspcccos do documento que merecem detida análise do advogado, mas tudo indica que não haverá alterações significativas.

17 O segmenro grifado esrá empregado em conformidade com o padrão culrn escri m em a) O apego nos bens que julgava lhe pertencerem provocou muiras discórdias. b) Estou convicto de que as melhores providências já foram romadas. c) Sua ambição com o poder colocou-o em situação difícil. d) Aprcsenrou, peranre a todos, suas desculpas pelo perigoso equívoco. e) Medroso com rudo que lhe era desconhecido, não aceitou o cargo no exterior.

18 A frase pontuada em conformidade com a norma cu lta escrita é a) Enrendam rodos. que a questão não está resolvida, e que assim que for possível, voltaremos ao debace. b) Através da janela embaçada vislumbravam-se, pinheiros de vários tipos, árvores frutíferas de várias espécies e ainda, o ropo da igreja cen tenária. e) O auror alerta na incroduçáo, sobre a necessidade de a leitura ser fe ira em ritmo lcn ro, compatível com a gravidade do assunto. d) Ela conquisrava as glórias, cu, as amipatias; assim fomos consrruindo nossa vida de comerciantes, até que, um dia, as coisas se inverteram. e) Do que foi discutido, uma conclusão evidente; rodos terão direiro de expor sua~ expcccarivas, desde que o façam , com absoluta civilidade.

A frase que NÃO apresenta ambiguidade é O coordenador informou ao grupo que sua proposta não tinha sido aceita. A briga entre Pedro e Miguel foi séria, por isso lhe disse que era melhor não insistir na viagem. De presente de aniversário, a menina pediu muito ousada fa ncasia de fada. Ato r e diretor se desentenderam, mas, posteriormente, o ator reconheceu suas próprias falhas. Maria assinou o p rojcro e o orçamento, cujo prazo de entrega escava se esgotando . A frase em que a concordância está em cocai conformidade com o padrão culto escrito é Tintas e pincéis novos escavam sendo usados pela art ista novara, ainda que os últimos não lhes pertencessem .

19

288

A frase em que a grafia respeita rocalmeme o padrão cu lto escrito é


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO a)

b)

c)

d)

e)

20 a)

b)

e)

d)

e)

À exceç.io do~ que se absriveram de opinar sobre a qualidade dos serviços. os parricipanres da pesquisa puderam usufruir grarniramcnre de um dia <le lazer no hotel. A cscursáo promerida não ocorreu, pois o número de interessados foi excessivo; mas até isso colaborou para o explendor da viagem, pois o desconco ofcn:cido surpreendeu. Casualmente encon traram-se no saguão; ela parecia advinhar o que de tinha a lhe dizer, por isso náo lhe deu o porruni<lade de ser posta em chcq ue. Considerou ultrage o comenrário adivindo do seu sucessor, mas, para preservar-se, abdicou de dar-lhe rcsposra ~ :iltura. Com a dispcnsa ab:irrotada de producos nobres, não exito u um minuro ao negar um jantar aos p:inicipances do program:i de inclusão social.

t\ frase c.1ue <Hende integralmenre ao padrão culro escriro é \'ossa Excd2ncia, é cerco que vossa presença esrá sendo reclamada: rodos querem que continua prestar apoio ao grupo de trabalho. As alterações que provirem da reunião com o prefeito serão bem recebidas, se contemplarem os direitos de todos os cidadãos da comunidade. o~ guardas-florestais requereram revisão do acordo feiw com empresas que não respeicam as normas .1mbientais. Se o manual comesse todas as informações necessárias, n:1o haveria necessidade de eu esrar solicitando mais esclarccimencos. Se voei: o ver ainda hoje, avise que o prazo para entrega do documento exp irar~í amanhã.

GABARITO 01 -C

02-A

05- o

()"7

D

0.1 E 08 - A

04- B

06 - E

09- B

10-C

11-0

12-C

U- E

14 - A

15-D

16- E

17- B

18 - D

19 - A

20-C

289


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO '

'

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS gioso às escolas públicas. "O súbiro chamamento do MEC para rratar do ensino religioso rem repercussão quanto à violação de direitos, cm particular de minorias religiosas e dos que rêm praticado rodas as formas de consciência e crença nesre país, desde a República", acreclira a pesquisadora. Por sua vez, o professor de Teologia da PUC-SP Luiz Felipe Pondé responde assim àquela famosa perguma <le Stalin: "Quem precisa de divisões tendo como exército a ctcmiclaclc?"

PROVA IV FCC - TRE/AMAZONAS - 201 O

AT ENÇÃO: As quesrões de números 1 a 10 referem-se ao rexro seguinre.

ENTRE A CRUZ E A CALDEIRINHA "Quanras divisões rcrn o Papa?" , reria diro Sralin quando alguém lhe sugeriu que ralvez valesse a pena ser mais tolerante com os carólicos soviéticos, a fim de ganhar a sim paria de Pio XJ. Efetivameme, além de um punhado de mulricoloridos guardas suíços, o poder papal não é palp:ível. Ainda assim, como bem observa o escriror El ias Cancrri, "perto da Igreja, roclos os poderosos cio mundo pé1recem diletantes". Há esrarísricas conrroverridas sobre esse poder eclesiásrico. Ao mesmo tempo que uma pesquisa da Fundação Gerúlio Vargas indica que, a cada geração, cai o número de carólicos no Brasil, ourra, da mesma insriru ição, revela que, para os b:asileiros, a única insriru ição clemocrárica que func iona é a Igreja Carólica, com crédiros muico superiores aos dados à classe política. Daí os senrirnenros misros que acompanharam a visita do p;lpa Bento XVI ao Brasil. "O Brasil é estratégico para a Igreja Católica. Esrá sendo preparada uma Concordara entre o Vaticano e o nosso país. Nela, rodo o relacionJ menco encre as duas formas de poder (religioso e civi 1) será revisado. Tudo o que depender da Igreja será feiro no sentido de conseguir concessôes vanrajosas para o seu pastoreio, inclusive com repercussões no direito comum interno ao Brasil (pesquisas com células-rronco, por exemplo, aborto, e outras questões árduas)", avalia o filósofo Roberto Romano. E prossegue: "Não são incomuns aros religiosos que são usados para fins políticos ou d iplornáricos da Igreja. Quem olha o Cristo Redenror, no Rio, clificilmenre saberá que a esráma significa a consagração cio Brasil à soberan ia espiritual da Igreja, algo que corresponde à política eclesiásrica de denúncia cio laicismo, do modernismo e da democracia liberal. A educadora da USP Roscli Fischman, no arrigo "Ameaçaao Estado laico", avisa que a Concordara poderá incluir o recomo do ensino reli-

(lldaptt1d<1 de Cizrlos l laag, Pesq11isr1FAPESP11. 131. 2007)

01 A expressão entre a cruz e a caldeirinha indica

a)

b) e) d)

e)

uma opção muiro difícil de se fazer. Jusrifica-se, assim, sua urilização como rírulo de um rexw que, tratando da atuação da Igreja, enfatiza a dificuldade de se considerar em separado a ingerência eclesiásrica nas arividades comaciais e nas cl iplomáricas. a insrância cio poder espirimal e o campo das posições políricas. o crescenre presrígio cio ensino religioso e a decadência do ensino laico. os efetivos mil irares à disposição do Papa e a força do pomificado. as denúncias papais do laicismo e os valores da democracia liberal.

02 Arencc para as seguintes afirmações:

I.

As frases de Sralin e de Elias Canerri, eiradas no 1° parágrafo, revelam crirérios e posições distinras na avaliação de urna rnesma quesráo. II. Na Concordara (referida no 3° parágrafo), a Igreja pretende valer-se de dispositivos consritucionais que lhe arribuem plena auronomia legislariva. lll. A educadora Roseli Fischman propõe (4° parágrafo) que o ensino religioso privilegie, sob a gestão direta do MEC, minorias que professem ourra fé que não a católica. Em relação ao rexro, está CO RRETO APENAS o que se afirma em a) l. b) 11. c) III. cl) IeII. e) rr em.

290


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO 03 Considerado o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em a) o poder papal não é palp<ivcl =o Papa não dispõe de poder considerável. b) parecem dilernnres = arvoram-se em milirantes. c) com cré<liros muiro superiores = de muito maior confiabi lidade. d) repercussões no direiro comum interno = efciros sobre o direiro canônico. e) denúncia do laicismo =co ndenação dos ateus.

04 a) b) c)

d)

e)

d)

e)

de Janeiro, os olhos de um rurisra não verão o que de faro ela consagra. As concessões vanrajosas que prerendeni obrcr, nas discussões da Concordara, a Igreja Católica, dizem respciro a questões polêmicas. Muitas repercussões passarão a haver no direito imerno, caso a Concordata consagre os acordos que constituem o principal inrcresse da Igreja.

07 Está CORRETA a Aexáo de rodas as formas verbais da frase a) Tudo o que advir como poder <la Igreja tem correspondência com o plano simbólico e espirirual. b) O poder civil e a esfera religiosa nem sempre conviram quanro à busca de um sereno esrnbelecimenro de acordos. c) Ao longo da História, nações e igrejas muitas vezes se absreram de buscar a convergência de seus interesses. d) A pergunta de Srnlin proveu de sua convicção quanto ao que torna de faro comperirivo um país beligeranre. e) Cienre da fragilidade militar da Igreja, o dirador não se conteve e imerveio na Hisrória com a famosa frase.

Ao se referir ao poder da Igreja, Elias Canetti e Luis Felipe Pondé admitem que de vem enfraquecendo consideravdmenre ao longo dos últimos anos. consideram que, na atualidade, ele só se manterá o mesmo caso seja amparado por governos forres. afirmam que nunca ele esreve ráo bem consriruído quanto agora, armado da fé para se aliar aos forces. lembram que a energia de um papado não provém da instituição eclesiástica, mas da autoridade moral do Papa. adverrem que ele não depende da força milirar, uma vez que se afirma historicamcnre como poder espirirual.

08 A frase que admire rransposiçáo para a VOZ PASSIVA é a) Perco da Igreja, rodos os poderosos do mundo parecem dileranres. b) A Concordara poderâ incluir o rerorno do ensino religioso. c) Há esrarísricas conrroverridas sobre esse poder eclesiásrico. <l) Não são incomuns aros religiosos com finalidade política. e) O Brasil é um país csrrarégico para a lgrcja Carólica.

05 Na frase Quem precisa de divisões tendo corno exército a eternidade?, o segmenro sublinhado pode ser substiwído, sem prejuízo para o scnrido e a correção, por a) ao rer no exérciro sua erern idade? b) fazendo do exército sua eternidade? c) contando na eternidade com o exérciro? d) dispondo da eternidade como exérciro? e) provendo o exército assim como a eternidade? 06 As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas na frase a) Deve-se firmar alguns acordos cnrrc o Varicano e o Brasil duranre as discussões da Concordara. b) Nunca chegou a preocupar Sralin, naruralmence, os guardas suíços que consriruem a segurança do Yacicano. c) Ao se deterem na estárua Crisro Redentor, no Rio

09 Esrá CLARA e CORRETA a redação deste livre comentário sobre o texro a) Deve de ser preocupanre para os carólicos, que eles venham caindo de número nas csrarísricas, em conformidade com a Fundação Getúlio Yargas. b) Mau-grado seu desempenho nas cstaríscicas da FGV, esra mesma insriruição considera que a Igreja tem mais presrígio que ourras classes.

297


PORTUGUtS DESCOMPLICADO c)

d)

e)

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS reler não cem muica imporrância. De fato, poderíamos dizer: roda releirura de um clássico é uma leicura de descoberta, como a primeira.

A mesma Fundação cm que se abona o papel da Igreja como democrárica, é rambém a instiruiçáo em que avalia seu decréscimo de fiéis. Não obsrance esreja decrescendo o número de fiéis, a Igreja, segundo a Fundação Gen'.11io Vargas, é presrigiada como insriruição democrárica. A FGV, em pesquisas arincnres da Igreja Católica, chegou a resultados algo concrovcrsos, seja pelo prcsrígio, seja pela contingência do seus fiéis.

(Í111/o C11!/lino, "Por que ler os c!tíssicos ')

11 Da leirura do rexto depreende-se qut: os clássicos a) exercem grande efeito sobre nós, a menos quando se infilrram nas regiões do nosso inconsciente. b) adquirem especial senrido quando lidos na adolescência, idade cm que nos revelam roda a sua grandeza. c) podem ser relidos sem que percam, por isso, o poder de revelação que dcmonsrraram na primeira leitura. d) mudam de valor a cada vez que os lemos, já que o rempo vai esmaeccndo a imponância de cada leitura. e) gravam-se cm nossa memória segundo a imporrância que riveram para as gerações prccedenres.

10 Es1á adequada a correlação cncre tempos e modos a)

b)

e)

d)

e)

verba is na frase Se o Papa d ispusesse de in{1meras e bem armadas divisões, calvez Sralin reconsiderasse sua decisão e buscasse angariar a simpatia de Pio XI. Como alguém lhe pcrgunrou se não é o caso de ganhar a simpatia de Pio XI, Sralin lhe respondera que ignorava com quantas divisões conta o Papa. Caso o Brasil não fosse um país estrarégico para a Igreja, a Concordata não se revesrid da imporrârcia que lhe atribuíram os eclesiásticos. Sfo tão delicadas as questões a serem discutidas na Concordara que será bem possível que levassen muito tempo para desdobrar todos os aspccws. Roberto Romano lembra-nos de que já houve, na História, atos religiosos que acabassem por atender a uma finalidade política que é prevista.

12 Arenre para as seguinres afirmações !. A releitura de uma obra clássica é reconfoname pela recuperação exata do sentido que já lhe :mibuímos no passado. Il. Uma nova perspecriva histórica pode ser determinante para uma nova compreensão de uma mesma obra clássica. III. Assim como nós podemos permanecer os mesmos ao longo do tempo, o scmido de uma obra clássica pereniza-sc na hiscória. Em relação ao rexro, APENAS está CORRETO o que se afirma em a) 1. b) II. e) 111. d) 1 e 1!. e) 11 e Ili.

ATENÇÃO: As questões de números 11 a 15 referem-se ao rexro seguinre. A leit ura dos clássicos Os clássicos são livros que exercem uma influência particu lar quando se impõem como inesquecíveis e rambém quando se ocultam nas dobras da memória, preservando-se no inconscienre. Por isso, deveria existir um tempo na vida adulta dedicado a revisitar as leituras mais importantes da juvenrudc. Se os livro~ permaneceram os mesmos (mas também eles mudam, à luz de uma perspecriva histórica diferente), nós com certeza mudamos, e o cnconrro é um acontecimento totalmente novo. Porranro, usar o verbo ler ou o verbo

13

a)

b)

292

O verbo indicado encre parênteses deverá Aexionar-se numa forma do PLURAL para preencher corretamente a lacuna da frase ...... -se (atribuir) aos clássicos a propriedade de nos encancar em qualquer rempo ou idade que os busquemos. .... ..-se (distinguir) os clássicos pelo faro de conservarem o mesmo poder de revelação ao longo do tempo.


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO c) d)

e)

...... -nos (impressionar) nos clássicos o senrido de uma perenidade que não implica cristalização. ...... -se (queixar) dos clássicos apenas quem os lê com a desarenção ou o desamor das tarefas obrigarórias. ...... -nos (confortar) nos clássicos a co mpanhia dos mais alws valores humanos que põem à nossa disposição.

1

PROVA V FUNDEP-ANALISTA MUNCIPAL/OP 2010 ATENÇÃO: As quesrões de 01 a 18 relacionam-se com o rexro abaixo. Leia arenramenrc rodo o rexro .rnres ele responder a elas. O pecado da intolerância

14 ... toda relei tum de um cfdssico é uma feitura de des-

a) b) c) d)

e)

15 a) b) c)

J) e)

cobena. como /l primeira. Uma nova, CLARA e CORRETA redação da frase acima apresenca- se em Tal como a primeira, as ourras leicuras de um clássico sempre consticuem uma revelação. Sendo de um clássico, wdas as ourras leituras são como de primeiras descobertas. É como se fosse uma primeira leirura de um clássico todas as descobcrras que ele nos p roporciona. Assim como é uma descoberta a leirura de um clássico, omras leiwras rambém serão como a primeira. Todas as leicuras de um clássico, haja visra a primeira, têm aquela mesma revelação.

meu ver, pecando por compacmar com a inrolerância, agravada pelo faro de envolver crianças, pede aos pais que resolvam o assumo enrre eles. Resulrado: os pais dos meninos esrrangeiros, pressionados de um lado e desamparados de ourro, tiram os filhos d a escola. Diga-se que o pai cm qucsrão é um execurivo com um currículo invejável e a mãe, professora univcrsir:íria. Mas, ainda q ue fossem pessoas simples, seus clireiros reriam sido igualmenre fe ridos.

Esrá CORRETO o emprego do elemenro sublinhado na frase: Os clássicos são livros em cuja particular influência rorna-os inesquecíveis. As dobras da memória, aonde se oculram imagens dos clássicos, são o refi.'1gio do inconscienre. Há um rempo na vida adu lta no qual poderíamos urilizar para uma redescoberta dos clássicos. A perspectiva hiscórica é dererminanre, por cuja os clássicos ganham um novo sign ificado. O poder de revelação de que se imbuem os clássicos acaba por nos revelar para nós mesmos.

Num resrauranre de classe média, pessoas rorcem o nariz e pagam a conra antecipadamenre, sem concluir a refeição, porque, na mesa ao lado, se senra um casal negro, com uma filha e um filho adolescenres. Ni nguém comenta ou reclama de que se rrara de uma demonsrraçáo crim inosa de racismo, não comprovável, mas evidenre. A adolescenre discriminada põe-se a chorar e pede aos pais para irem embora rambém. A família comemorava ali o 14° aniversário dela.

Numa escola de uma capiral brasileira, alg..ins pais reclamam com a direção: não querem seus filhos estudando ao lado de dois meninos estrangeiro~, de um país gue consideram "arrasado e fanático". A d reçiio, a

Um rapaz decide largar os eswdos superiores e empregar-se numa empresa deccnrc. O salário não é alro, mas a siruação lhe convém : ele prefere experiência a diploma, e é isso que lhe está sendo oferecido. O pai resolve não falar mais com ele, nega-lhe qualquer ajuda monerária e só não o expulsa de casa devido aos apelos da mãe. Porém, em rodas as ocasiões cm que é possível,

GABARITO

04-E

05- D

07- E

03 - C 08-B

09-D

10-A

12-D

13- B

14-A

15- E

01 - B

02-A

06 - C 11 - C

deixa claro que o fil ho é "a sua grande dccepção".

293


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

UmJ mulher decide sair de um casamenro infeliz e pede a separaçii.o. O marido, que, ccnamenre, rambém não esd feliz, recusa qualquer combinação amig~1vcl e quer uma ~t:paraç:io lirigiosa. As duas filhas moças romam o parcido do pai, como se. de rcpcnre, a mãe que delas cuidara por mais de 'inte anos rivesse se rransformado em alguém despre1ível. irreconhecível e inacei[;ivd. Ncnhunrn das duas lhe pergunra os seu:. motivos; ninguém deseja saber de suas dores; nenhuma das duas jovcns mulheres lhe d;1 a menor chancc de explicação, o menor apoio. Parece-lhes natural que, dianrc dt: um passo rão grave da parte de quem as criar.1, educara, vesrira, acarinhara e acompanhara dcvorameme por roda a vida, fosse m:gado qualquer apoio, carinh o e n:speiro.

2

a) b) c) d) 3

Os casos se multiplicam, são muito mais cruéis do que essts, existem cm meu bairro, em seu bairro. Nossa postura dianre do inesperado, do difon:nre, raramenre é de arenção, abercura, escura. Pouco nos inreressam os motivos, o bem, as angúsrias e buscas, direiros e razão de quem infringe as regras da nossa acomodação, frivolidade ou egoísmo. Queremos rodos os privilégios para nós, a liberdade, a esperança. Para os ourros, mesmo :.e .uires eram muito próximos, quercmos a imobilidade, a distância. Cassamos sem respeitar os seus direitos humanos mais b:ísicos. A inrolerán<..ia, c.iue calvez não conste no índex das religiões mais castradoras, é, com ccrceza, um feio pecado capital. Do qual ialvez nenhum de nós escape, se examinarmos bem.

b) e)

d)

"Ninguém comenra ou reclama de que se trata de uma demonsrraçáo criminosa de racismo, não comprov:ívd, rnas evidemc."

É CORRETO afirmar que, nessa frase, se configura uma arirude de a) desatenção. b) discrição. c) observação. d) omissão .

5

"O pai resolve não falar mais com ele, neg<t-lhe qualquer ajuda monetária e só não o expulsa de casa devido aos apelos da mãe."

É CORRETO afirmar que a reação do pai aos atos do filho, explicitada nessa frase, revela, por parte daquele, uma aricude de a) admoestaçáo. b) apreens:ío. c) rejeição. d) censão.

LUFI: f:l'''· l'rJA. 15 t/,·;:. 100.Í p. .J.J

a)

"A direç:io [... ] pede aos pais que resolvam o assunro entre eles."

Considerando-se as informações do texto, é CORRETO afirmar que o comporcamemo da Diretoria da escola, exprc:sso nessa frase, revela uma arirude de a) elitismo. b) hostilidade. c) indiferença. d) orgulho.

4

01

É CORRETO afirmar que m comentário:. que compõem a conclusão desse [CXIO estão estruturados numa forma descritiva. disscrcaciva. exorcaciva. narrariva.

É CORRETO afirmar que, entre os exemplos de discriminaçáo cracados nesse texto, NÃO se inclui um que tem por motivo a dot'llça. escolaridade. ccnia. nacionalidade.

6

"Parece-lhes natural que, diarue de um passo c:w grave da parcc de quem as criara[ ... ] e acompanhara devocamenrc por roda a vida, fosse negado qualquer apoio, cari nho e respeito."

A leitura desse trecho permite concluir <.1ue a aritude da'

294


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO filhas em relação à mãe, narrada nessa frase, se acha bem caracrerizada cm um clicado popular muito conhecido. Assinale a alrernariva que apresenta corretamente esse ditado popular. a) "Acender uma vda a Deus e ourra ao diabo." b) "Cuspir no prato em que comeu." c) "Dcsvesrir um santo para vesrir ourro." d) "Procurar sarna para se coçar."

7

"Diga-se que o pai em questão é um executivo com um currículo invejável.. "

É CORRETO afirmar que a expressão desracada nessa frase é inadequada para designar alguém cujo perfil profissional se caracteriza por uma a) carreira em constante ascensão. b) experiência cm diferentes áreas. c) formação inrelecwal primorosa. d) resistência a ideias avançadas. 8

"Num resrauranrc de classe média, pessoas torcem o nariz[ ... ] porque, na mesa ao lado, se senta um casal negro..."

É CORRETO afirmar que a expressão destacada nessa frase é usada, habitualmente, na linguagem a) académica. b) informal. c) oratória. d) poética. 9

"A intoleráncia [... ]é, com cerreza, um feio pecado capital"

É CORRETO afirmar que, encre os semidos que se podem atribuir à palavra descacada nessa frase, NÃO se inclui o de a) fundamemal. b) humilhanre. c) principal. d) relevance. 10

a) b) c) d)

11

apenas uma regra de acentuação. duas regras de acentuação. rrês regras de acenruaçáo. quatro regras de acenruação. "Mas, ainda que fossem pessoas simples, seus direitos reriam sido igualmente feridos ." (linhas 13 - 14)

É CORRETO afirmar que a forma verbal destacada nessa frase esrá flexionada no a) imperativo. b) indicativo. c) infinitivo. d) subjunrivo.

12 "Nenhuma das duas lhe pergunta os seus moeivos ... " Considerando-se o trecho do rexro em que se insere essa frase, é CORRETO afirmar que o pronome nela destacado se refere, especificamente, a) a alguém desprezível. b) a uma mulher. c) à mãe. d) ao pai. 13 "O marido, que, ccrtamcnrc, rambém não está feliz, recusa qualquer combinação amig:ívd e quer uma separação lirigiosa." Considerando-se apenas as palavras que indicam qualidade, é CORRETO afirmar que, nessa frase, há a) duas delas. b) três delas. c) quarro delas. d) mais de quarro delas. 14 . "Parece-l hes namral que, diante de um passo ráo grave da parre de quem as criara [... ] fosse negado qualquer apoio, carinho e respeito."

É CORRETO afirmar que, sem se alrerar o sentido original dessa frase, a forma verbal nela desracada pode ser substituída por a) ten ha criado. b) reria criado. c) rinha criado. d) tivesse criado.

"O salário não é alro, mas a situação lhe convém: ele prefere experiência a diploma, e é isso que lhe está sendo oferecido."

É CORRETO afirmar que, nessa frase, o acento agudo usado em algumas palavras se jusrillca, cm rodes os casos, por

295


PORTU~UÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

15 "Nossa postura diante do inesperado, do difcrenrc,

GABARIT O

mrameute é de accnção, abercura, escuca."

01 - A

É CORRETO afirm ar que, nessa frase, a palavra destacada exerce uma função a) adjcciva. b) adverbial. c) conecciva. d) subscantiva.

02- R

03-C

04-D

05-C 11 - D

07 - D

08

B

09- B

10 -

13- B

14-C

15 - B

16- B

!)

17

D

06

B

12

e

18-C

PROVA VI FUNDEP-TRIBUNAL DE JUSTIÇA/MG

2009 16 "Queremos wdos os pri vilégios pa ra nós, a liberdade, a esperança. Para os outros[ ... ] queremos a in' obilidade, a distância."

ATENÇÃO : As questões de O1 a 18 relacionam-se com o texto abaixo. Leia arencamcnce codo o ccxto ante\ de responder a elas.

É CORRETO ::ifirmar que esses dois períodos podem ser reun idos em apentlS um, sem sofrerem qualquer alceraçao de sencido ou qualquer oucra alteração de forma, utilizando-se o conectivo a) conquanco. b) cnquanco. c) porcanto. d) Lanro.

H istória da C idadania (Introdução)

Afi nal, o que é ser cidadão? Ser cidadão é cer direi lO à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei: é, em resumo, n:r direicos civis. É também panicipar no dcsLino da sociedade, vorar, ser votado, ter di reiros políticos. Os <l irciros civis e polít i co~ não asseguram a democracia sem os direiros sociais, aqueles que garanrem a parricipacáo do indivíduo na riqueza coleLiva: o d ircico à educação, ao trabalho, ao sahírio juSLO, à saúde, a uma velhice rranquila. Exercer acida<.bnia plena é rer direicos civi:., político~ e sociais .... ] Cidadania não é uma definição cscanquc, mas um co nceito hisró rico, o que sign ifica que seu sentido varia no ccmpo e no espaço. É muito diferemc ser cidadão na Alemanha, nos Estados Unidos ou no Brasil (para não falar dos países em que a palavra é tabu), não apenas pelas regras q ue definem quem é ou não rirular da cidadania (por direico territorial ou Je sangue), mas também pelos direicos e deveres distintos que caracterizam o cidadão cm cada um dos Estados-nacionais contemporâneos. Mesmo denrro de cada Estado-nacional. o conceito e a pr:íci<.:a da cidad.111ia vêm se alcerando ao longo dos últimos duzentos ou trezentos anos. Isso ocorre canto em relação a uma abcrrura maior ou menor do escacuco de cidadão para sua população (por exemplo, pela maior ou menor incorporação <los imigrances à cidadania), ao grau de parricipaç:io polírica de diferentes grupos (o vo10 da mulher, do analfabeto), quanto aos direitos sociais, à proteção social oferecida pelos fatados aos que dela nccessi cam.

17 "(assamos sem respeit11r os seus dfreitos h11m1111os mais básicos." É CORRETO afirmar que a oração dcscacada nesse período veicula uma ideia de a) causa . b) consequ ~ n ci a . e) fina lidade. d) modo.

18 ";\ intolerância[ ...] é, com cerceza, um feio pecado capical. Do qual calvez. nenhum de nós escape. se eXitminarmos bem." É CORRETO afirmar que, nesse trecho, a oração desrac.Hla se liga à que a precede, escabelecendo uma relação de a) com paração. b) concessão. e) cond ição. d) consecução.

296


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO A aceleração do tempo histórico nos ú lti mos séculos e a consequente rapidez das mudanças faz com que aquilo que, num mornenro, podia ser considerado subversão perigosa da ordem, no seguinte, seja algo corriqueiro, "natural" (de faro, não é nada narural, é perfeitamente social). Não há democracia ocidental em que a mulher não renha, hoje, direiro ao voto, mas isso já foi considerado absurdo, até muim pouco tempo atrás, mesmo em países tão desenvolvidos da Europa como a Suíça. Esse mesmo direico ao voto já esrcve vi nculado à propriedade de bens, à titularidade de cargos ou funções, ao fato de se pertencer ou não a determinada etnia, etc. Ainda há países em que os candidaros a presidente devem pertencer a determinada religião (Carlos Menem se conveneu ao cacolicismo para poder governar a Argenrina), outros em que nem filho de imigrante tem direito a voco e por aí afora. A ideia de que o Poder Público deve garanrir um mínimo de renda a rodes os cidadãos e o acesso a bens coletivos, como saúde, educação e previdência, deixa ainda muira gente arrepiada, pois se confunde facilmenre o simples assistenc ial ismo com dever do Estado. Não se pode, portanro, imag inar uma sequência única, determinista e necessária para a evolução da cidadania em rodos os países. [ ... ] Isso não nos permire, contudo, dizer que inexiste um processo de evolução que marcha da ausência de direitos para

01 "Afinal, o que é ser cidadão?" É CORRETO afirmar que a resposra a essa pergunta, que introduz o rexto, é construída sob a forma de uma a) b) c)

d)

02

''Os direitos civis e políticos não asseguram a democracia sem os direiros sociais ... " Com base na leitura do rexro, é CORRETO afirmar que, nessa frase, se confere aos direitos sociais, numa democracia, PRINCIPALMENTE, um papel a) coadjuvanre. b) essencial. c) expressivo. d) inrermediário.

03

P!NSk1~

"Cidadania não é uma defi nição estanque, mas um conceito histói-ico..."

Com base na leitura do rexto, é CORRETO afirmar que a expressão destacada nessa frase autoriza considerar-se

cidadania como um conceiro a) b) c) d)

sua ampliação, ao longo da história. A cidadania instaura-se a partir dos processos de luras que culminaram na Declaração dos Direitos Humanos, dos Estados Unidos da América do Norte, e na Revolução Francesa. Esses d ois evenros romperam o princípio de legitimidade que vigia até então, baseado nos deveres dos súdiros, e p assaram a estruturá-lo com base nos direiros do cidadão. Desse momento em diante, todos os tipos de lura foram travados para que se ampliasse o conceito e a prática de cidadania e o mundo ocidental os estendesse para mulheres, crianças, minorias nacionais, étnicas, sexuais, etárias. Nesse sentido, pode-se afirmar que, na sua acepçáo mais ampla, cidadania é a exp ressão concreta do exercício da democracia. PINSKY Jaime;

admoestação. citação. definição. rei reração.

absoluto. indefinido. ilimitado. relativo.

04 Considerando-se as informações do rexto, é CORRETO afirmar que a prática da cidadania NÃO é a)

b) c) d)

05

diferenciada. evolutiva. homogênea. mulrifacetada. "Esse mesmo direito ao voto já esteve vinculado à propriedade de bens, à titularidade de cargos ou funções, ao faro de se pertencer ou não a determinada ecnia, erc."

É CORRETO afirmar que as in formações comidas nesse trecho permitem inferir que as insticuições políticas NEM SEMPRE são a) confiáveis. b) exequíveis. c) imutáveis. d) presumíveis.

C11rln R111sn11ezi (Orgs.).

História dn cidada11i11. Sdo Pr111/o: Co1111•x10, 2003 p. 9-1O (Texto 11dnptr1do)

297


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

06 " Isso não nos permite, conrudo, dizer que inexiste um processo de evolução que marcha da ausência de di reitos para sua ampliação, ao longo da histó. " na.

10

"A ideia de que o Poder Público deve garancir um mínimo de renda a todos os cidadãos [... ] deixa ainda muita gente an·epiada... " (l inhas

51-55)

É CORRETO afirmar que, nessa frase , a expressão É CORRETO afirmar que as informações contidas nesse rrccho são, no texto , a) b) c) d)

destacada configura o emprego de uma linguagem a) erudita .

cri ricadas. fundamentadas . refuradas. subestimadas.

07 "Esses dois evenms romperam o princípio de legitim idade que vigia até então, baseado nos deveres dos súdims, e passaram a escru ru rá-lo com base nos d ireiros do cidadão."

b)

figurada.

e)

hermética .

d)

incorreta.

11

"É também participar no desrino da sociedade, votm; ser votado, ter direiros políticos."

É CORRETO afirmar que, quanto ao seu emprego, as

duas formas verbais destacadas diferem Com base nas informações desse trecho, é CORRETO afirmar que os direiros de cidadania orienram um processo de a) elitização. b) hierarquização. c) moderação. d)

a) b) c)

na pessoa. na voz.

d)

no tempo.

no modo.

12 "Cidadania não é uma definição estanque, mas

modernização.

um conceiro histórico.. ."

08 " ... rodos os tipos de lura foram cravados para que se ampliasse o con ceim e a prárica de c idadania ..."

É CORRETO afirmar que, nesse período, a palavra destacada estabelece enrre as orações uma relação de a) alternância. b) comparação. c) concomitânc ia.

Com base na leirnra d esse trecho, é CORRETO afirmar que o conceico e a prácica d e cidadania podem ser co nsiderados a) ambíguos. b) conrraditórios. c) d ecerm i n iscas. d) dinâm icos.

d)

oposição.

13 "É muiro diferente ser cidadão na Alemanha, [... ] ou no Brasil [... ] não apeuas pelas regras que definem quem é o u não tirular da cidadania [...]

09 " ... pode-se afirmar que, na sua acepçáo mais ampla, cidadania é a expressão concreta do exercício d a democracia."

mas também pelos direitos e deveres disrinros que caracrerizam o cidadão em cada um dos Esrados-nacionais conremporâncos."

É CORRETO afirmar que as informações contidas nessa frase permitem inferir que cidadania e democracia se a) excl uem. b) imp licam. c) parecem . d) projetam.

É CORRETO afirmar que, nesse período, as expressões destacadas estabelecem enrre orações uma relaç:ío de a) adição. b) c) d)

298

causalidade. conformação. finalidade.


FLÁVIA RITA COUTINHO SAR\.1ENTO 14 "Não se pode,p01·tanto , imaginar uma sequência

18 "Desse momento cm dianrc, rodos os tipos de lura

única [... ] para a evolução da cidadania em rodos os países."

foram travados para que se ampliasse o conceiro e a prática de c idadan ia e o mundo ocidcnral os esrendesse para mulheres, crianças, minorias na. . n c10 na1s...

É CORRETO afi rmar que, nessa frase, a palavra desracada veicula um senrido de a) concessão. b) concl usão. c) consecução. d) explicação.

É CORRETO afirmar que o gênero e o número do pronome desracado nesse período se devem ao fato de que ele subs[irui a expressão a) b) c) d)

15 "Esses dois evenros romperam o princípio de legitimidade que vigia a[é cncão, baseado nos deveres dos slidiros, e passaram a es[ruwrá-lo com base nos dirciros do cidadão."

GABARITO

Consid erand o-se as formas verbais pn.:scmes nesse período, é CORRETO afirmar que a) uma delas perrence a verbo da cerceira conjugação. b) duas delas pertencem a verbos d a segunda conjugação. c) rrês delas estão empregadas cm formas de plural. d) rodas elas estão e mpregadas e m tempo prcrériro.

16

a)

b)

c) d)

17

Assinale a alternariva cm que, na frase transcrira, a palavra destacada se classifica como pronome relarivo. "A aceleração do rempo histórico [... ] faz com que aquilo q uc, num momen LO, podia ser considerado subversão perigosa da ordem, no seguinte, seja algo corriqueiro..." "A ideia de que o Poder Público deve garantir um mínimo de renda a rodos os cidadãos [... ] deixa ainda muita gente arrepiada ..." "Ainda há países em que os candidatos a presidente devem percencer a determinada religião..." " ... rodos os tipos de luta foram travados para que se ampliasse o conceiro e a prática de cidadania ..."

01-C

02-B

03 - D

04-C

05-C

06- B

07-D

08-D

09 - B

10- B

11 - B

12-D

13-A

14- B

15 - B

16-C

17- B

18- B

PROVA VII

1i

FUNDEP-ASSEMBLEIA/MG-2008 [ INSTRUÇÃO: As questões de 01 a 18 devem ser respondidas com base no rexro abaixo.

SOBRE A VERDADE O que é a verdade? O dicionário (Aurélio) nos diz que verdade é "conformidade com o real" . Complicado isso, já que dererminar o que é ou não "real" não é rrivial. O que é real para uns, por exemplo, anjos, fadas e duendes, pode não ser para o mros. Segundo essa definição, para determinar o que é verdadeiro, temos que conhecer bem a realidade. E como fazer isso? Como distinguir, além da wbjetividade humana, o que é real ou não? Esse é o problema, separar faw de opi nião, o que é real "de verdade" do que é apenas fruro de uma visão pessoal ou de crenças de um grupo de pessoas.

"Os direiros civis e polí[icos não asseguram a democracia sem os direiros sociais [.. .]: o direiro à educação, [... ] a uma velhice [ranquila."

É CORRETO afirmar que o sinal gráfico empregado na palavra destacada nessa frase é denominado a) b) c) d)

"mulheres, crianças, minorias nacionais". "o conceiro e a prática da cidadania". "o mundo ocidemal". "rodos os ripos de lura".

acemo agudo. acenco grave. crase. trema.

299


PORTUGUtS DESCOMPUCADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Se tudo o que ta7.emos emí. ligado de um modo

o urras, é compleramenre diferente cio de uma pessoa

ou oucro a quem somos, como, e nráo, d efinir o que

de 1650. Qual dessas várias cosmologias é verdadeira?

é verdade?

Todas e ne nhuma delas. Se definimos corno verda-

Uma possibilidade é estabelecer categorias de verdade. No ropo, ficam as verdades absolu tas, que transcendem o elemento humano.

de o que consrruímos com o con hccimenro c ientífico que <leremos num d ere rminado momenro, rodas essas versões sáo verdadeiras. Mas nenhuma delas é a verdade.

Elas independem de opinião, de afiliação partidária, de relig ião, de conrexro histórico ou de geografia. São as verdades macernáticas, as que podem ser afirmadas

Dado que jamais poderemos medir com absoluta precisão rodas as facetas do cosmo e da Narnreza, é

caregoricamenre como, por exemplo: 2 + 2 = 4. Essa

essencialmente impossível obrer uma versão absoluta

afirmação, uma vez compreendidos os símbolos, é rida como verdadeira.

do que seja a realidade física. Consequenremenre, a c iência jamais poderá encontrar a verdade.

Ela é verdadeira para nós, para os monges de um

O que podemos fazer - e o fazemos maravilhosa-

monastério no Tiber, para sacerdotes egípcios que viveram há quatro mil anos, ou para suposta!> inteligências

mente bem - é usar nossa razão e nossos insrrumemos para nos aproximar cada vez mais dessa verdade intangí-

alienígenas que existam pelo cosmo afora. Como esra, existem muitas outras, baseadas em asserções matemáti-

vel. É essa limitação gue enobrece a ciência, dando-lhe sua dimensão humana.

cas qu<' d epende m da percepção d e objems no mundo. Se vemos uma pedra podemos associar uma unidade a ela ("uma" pedra). Se vemos uma podemos ver mais

CLEISER, Mrirulo. Folha de S.Pnulo. 15 nbr. 2007 (Texw adnpttttÍ11)

de uma e, com isso, construir uma arirmérica. São muiro Úteis essas verdades marcmácicas, mas menos

01 A leitura do rexm permite afirmar que, nele, são considerados, princip alm en te, os conhecimentos obtidos por meio a) da i nruição. b) da razão. c) das emoções. d) das práticas.

imeressanres. Não que a maremárica pura seja pouco inreressance, pelo contrário. Existem complicações mesmo nela, inclusive ao nível mais elemenrar. [...] Mas, por serem verdades absoluras e, porranro, longe da confusa realidade humana, não d ão muito espaço para a polêrnica. A co isa fica compli cada quando se discute, por exem plo, a realidade física. O Universo, ou melhor,

nossa t0ncepção dele, mudou muiro nos úlrimos 500

02

"[ ... ] determinar o que é [... J 'real' não é trivial."

anos. Para uma pessoa da Renascença, anres de Nicolau Copérnico (1473-1543), o cosrno era finiro, com a Ter-

É CORRETO afirmar que, nessa frase, a palavra des-

ra imóvel no cenrro. O céu, a morada de Deus, ficava além da esfera das estrelas fixas. Era ela que marcava o

racada significa a) ambíguo.

fim do espaço.

b)

esrranho.

Após Copérnico e, principalmenre, após Johannes Kepler(l 571-1630) e Galileu Galilei (1564-1642) nas

c) d)

incomum. simples.

primeiras décadas do século 17, o Sol passou a ser o centro do cosmo e a Terra um mero planeta. O que era

03

"São as verdades marcmáricas, as que podem ser afirmadas categoricam ente [... ]"

"verdade" para alguém de 1520 não era para alguém de 1650. E o universo cm que vivemos hoje, gigantesco, com cemems de bilhões d e galáxias se afasrando u ma das

É CORRETO afirmar que, nessa frase, a palavra destacada significa

300


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO a) b) c) d)

evasivamcme. infusivamcntc. irrefutavelmcntc. ordenadamente.

É CORRETO afirmar que, no texto, a frase transcrita refere-se às verdades a) absolutas. b) físicas. c) particulares. d) provisórias.

04 "Como esta [afirmação!, existem outras, baseadas em asserções matemáticas ..."

09 "[ ... ] existem muitas ourras [afirmações] b.1seadas É CORRETO afirmar que, no texto, a palavra dcsrncada tem o sentido de a) argumentações. b) correlações. e) enumerações. d) proposições.

em asserções matemáticas que dependem da percepção de objeros no mundo." Considerando as ideias expressas nessa frase, assinale a alternativa que apresenta um elemento fundamental para se chegar a verdades maremáricas. a) A consciência de si. b) A estrutura do ser. c) A imaginação criadora. d) A realidade física.

05 "Uma possibilidade é estabelecer categorias de verdade."

É CORRETO afirmar que "esrabelecer categorias de verdade" é uma atividade menral cujo resultado é uma a) b) e)

classificação. harmonização. modificação.

d)

~imbolização.

10 Assinale a alternativa que aprcsenra uma frase cujo

a) b)

06 "O que é real para uns l ... J pode não ser para

c) d)

outros."

É CORRETO afirmar que, nessa frase, a noção de

11 "O que é real para uns [... ] pode não ser para

realidade acha-se a) definida. b) otimizada. c) relativizada. d) resumida.

outros." Assinale a alrernativa em que o sentido das palavras destacadas nessa frase est<Í CORRETAMENT E identificado. a) Definição b) Indeterminação c) Qualificação d) Quantificação

07 "Esse é o problema, separar farn de opinião, [... ]" Considerando-se as ideias explicitadas no ccxro, é CORRETO afirmar que, nessa frase, esd expresso o difícil relacionamenro entre a) individualidade e coletividade. b) perenidade e transitoriedade. c) subjetividade e objetividade. d) unidade e pluralidade.

12 Assinale a alternativa em que o pronome as~inalado

a) 08

senrido NÃO pode ser comprovado pelo oue está expresso no rexm. A verdade independe das cosmologias que existiram. As conquistas científicas ultrapassam a rrera dimensão humana. As v;frias cosmologias são verdadeiras em seu rempo. O conhecimenro rotai ainda esrá vedado à ciência.

"Elas independem de opin ião, de afiliação partidária, de religião, de contexto h iscórico ou de geografia."

b)

307

NÃO preenche, na frase em que se enconrra, a mesma função sintática exercida pelos que estão destacados nas demais frases. "E o universo cm que vivemos hoje [... ] é [... ) difcrenre do de urna pessoa de 1650." "Ela é verdadeira[ ... ] para sacerdotes egípcios que viveram há quatro mil anos."


PORTUGUtS DESCOMPLICADO c) d)

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

'·No copo, ficam as verdades absoluras, que transcendem o demento humano." "São as verdades matemáticas, a!> que podem ser afirmadas caccgoricamence."

17

"[ ...]é essencialmcnce impossívd obter uma wrsao absoluta do que seja a realidade l'ísica.")

É CORRETO afirmar que, nessa frase, o número dl: palavras polissílabas é de a) apenas uma palavra. b) duas palavras.

13 '·Como esta !afirmação], existem muitas oucras [ ... ]" "[la é verdadeira [ ... ] para suposras inreligências alienígenas que existam pelo cosmo afora."

e)

d)

rrês palavras. quatro palavras.

É CORRETO ah rmar que as formas \'crbais descacadas nessa frase NÃO perccncem a) à mesma pessoa. b) ao mesmo modo. c) ao mesmo número. d) ao mesmo tempo.

Atenção: As qucsróes de 18 a 20 devem ser respondidas com base no texto abaixo. Normas de convivên cia em con domínio

14 "Existem compli cações mesmo nela [ ... )" Seu viz.inho csrá há meses sem pagar o condomínio e, para custear as despesas do prédio, o valor da raxa será aumentado. A moradora do aparramenro de baixo incomoda a rodos com o volume do som. O cachorro

"No ropo, ficam as verdades a bsolutas [... ]" "São muito li reis essas verdades matemáticas [ ... ]"

É CORRETO :ifirmar que a palavra e as expressões destac,das exercem, nessas frases, a função sincática de a) agences da passiva. b) objeros direcos. c) predicativos. d) sujeitos.

da porra ao lado larc a noite inteira e ninguém consegul dormir. Quem nunca viveu - ou ainda vive - situações sem elhantes n o edifício o nde mora? O ideal seria que elas n:ío aconrecessem, ou que as soluçôl:s viessem de forma amigável. Mas nem sempre, ou quase nunca, isso é possível. Para evitar normas diferenciadas e trazer soluções uniformes, são várias as leis cm 'igor hoje no Brasil. além do Código Civil que, reformulado cm 2002, crouxe novas n:gras para a convivência entre aqudl:.~ que são obrigados a dividir o mesmo espaço. A maior e mais criticada inovação diz respeiro à cobrança dl: multa dos ínadimplenccs. Se anrcs o encargo chegav<l

15 "lvlas, por serem verdades absolutas[ ...] não dão muito espaço para a polêmica."

É CORRETO afirmar que a oração destacada nesse período tem o sen tido de uma a) causal. b) comparativa. e) condicional. d) consecutiva.

a aré 20%, hoje não pode passar de 2%, além de juros mensais de 10,0. [ ... ]

16 "()céu, a morada d e Deus, ficava além da esfera

Cerro é que não há, pelo menos de imediato, como forçar o vizinho a pagar a raxa. A lei não permire sanções como, por exemplo, impedi-lo de utilizar o elevador ou desligar a luz de seu andar. E é bom to m ar cuidado com a divulgação dos nomes dos inadim plcntes dentro do condomínio. [ ... ] O problema da inadimplência então não tem solução? Tem. Mas demora um pouco: a via judicial. A alrernaciva é ajuizar uma açao de cobrança, qul·

da~ estrelas fixas."

Assinale a alternativa cm que a expressão destacada nessa frase está CORRETAMENTE analisada. a) Adjunco adnominal b) Adjunto adverbial c) Aposto d) Complemento nominal

302


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO rem levado em média de dois a rrês anos para seu julgamenrn. Por isso, o ideal seria, antes, negociar diretamente com o devedor. Sem acordo, recorre-se ao Judiciário, que poderá determinar a penhora de seus bens até o montante da dívida, corrigida monetariamente.

CONVENÇÃO Para evitar problemas futuros, todas as regras de convivência no condomínio devem estar presentes na convenção (aprovada com pelos menos dois terços dos moradores). Demais assuntos que surgirem seráo pauta das assembléias ordinárias ou extraordinárias (aprovados por maioria simples) . Vale lembrar que o Código Civil retirou o poder de voto dos inadimplenres. É também na convenção que poderá ser estabelecido o que é o "'vizinho anti-social", quando os moradores podcráo definir quais atirudes praticadas pelos moradores poderão ser alvo de multas. [... ] O Código Civil rambém trouxe duas regras referentes à área usada pelo morador. Em primeiro lugar, a taxa de condomín io deverá ser proporcional à fração ideal de cada unidade - o que significa que os proprietários de coberturas ou aparcamentos que tenham mais vagas de garagem poderão pagar valor superior. Há ainda a possibilidade de venda das vagas de garagem, que passaram a ser tratadas como unidades aurônomas.

19

"Quem nunca viveu-ou ainda vive-situações semelhantes no edifício onde mora?" (linhas 7-8)

É CORRETO afirmar que, no texro, as siruações a que se refere a frase rranscrira são a) ambíguas. b) constrangedoras. c) inconcebíveis. d) irreais. 20 "E é bom romar cuidado com a divulgação dos nomes dos inadimplenres dentro do condomínio." Nessa frase, explicita-se que, ames de agir contra quem, de cerro modo, prejudica a vida dos condôminos, é preciso ter a) audácia. b) cautela. c) energia. d) malícia.

GABARITO 01 - B

02-D

OG - C

07-C

03-C 08-A

04- o

11 - B

12 -A

13- B

09-D 14-D

16-C

17-D

18-C

19- B

05 -A 10-B 15-A 20 - B

SOUTO, lsahe/11. Estado de Minas. 23 abril 2007

PROVA VIII 18 a)

b)

c)

d)

Assinale a alternativa que apresenta uma afirmaçáo que NÃO pode ser comprovada pelo rexro. As convenções de condomínio devem oferecer aos moradores os parâmetros para uma convivência tranquila. No Código Civil, estão princípios que asseguram a equidade das normas de convivência nos diversos

f

FUNDEP 1 TRIBUNAL DE JUSTIÇA/MG-20Q~ ATENÇÃO: As questões de 01 a 16 relacionan 1-se com o rexro abaixo. Leia-o co m atenção antes de responder a elas.

Como o rei de um país chuvoso

condomínios. No Código Civil, são omitidas as regras referentes a problemas específicos do funcionamenro de condomínios. O poder judiciário possibilita solucionar problemas de convivência entre os moradores de condomínios.

Um espectro ronda o inundo amai: o espectro do cédio. Ele se manifesra de diversas maneiras. Algumas de suas vítimas invadem o "shopping cenrer" e, e mpunhando um cartão de créd ico, comprometem o fururo do marido ou da mulher e dos filhos. A maioria opta

303


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

por ficar horas diante da TV, assisrindo a "re;iliry shows", os quais, por razões que me escapam, rornam intere~­ sante pua seu público a vida comum de escranhos, ou seja, algo idêntico à própria rorina considerada vazia, clausrroíóbica . O mal araca hoje cm dia faixas crárias que, uma ou duas gnações arrás, julgávamos naruralmente imunizadas a seu contágio. Crianças sempre foram capazes de se divercir umas com as ourras ou aré sozinhas. Dorad~s de cérebros que, como esponjas, rudo absorvem e de um ambienrc, qualquer um, no qual rudo é novo, cudo é infinito, nunca lhes faltam informação e dados a processar. Elas não precisam ser enrreridas pelos adultos, pois o que quer que estes façam ou deixem de fazer lh.:s desperta, por definição, a curiosidade natural e aguça seus instintos an:ilíricos. E, todavia, os p;iis se vêem cada vez mais compelidos a invcnrar maneiras de distrair seus fllhos duranre as horas ociosas destes, um conceito que, na minh:i infância, não existia. É a ideia de que, se a família os ocupar com arividades, os filhos terão mais facilidades na vida. Sendo assim, os pais, simplesmente, não deixam os fi lhos pararem . Se o mal cm si nada rcm de original e, ao que cudo indica, surgiu, assim como o medo, o nojo e a raiva, junco com nossa espécie ou, quem sabe. antes, rambém é verdade que, por milênios, somcnre uma minoria dispunh:i das precondiçóes necessárias para sofrer dele. Falamo-; do homem cujas refeições da semana dependiam do que conseguiria caçar na segunda-feira, antes de, na terça, esrar fraco o bastanre para se converter em caça e d~ uma mu lher que, de sol a sol, rrabalhava com a enxada ou o pilão. Nenhum deles cinha rempo de sentir o rédio. que pressupõe ócio abundante e sistemático para se manifescar em grande escala. Ninguém lhe oferecia focilidades. Por isso é que, até onde a memória coleciva alc:inça, o problema quase sempre se restringia ao ropo da pirâmide social, a reis, nobres, magnaras, aos membros privilegiados <le sociedades que, organizadas e avançadas, rransformavam a faina :ibusiva da maioria no luxo de pouquíssimos cleiros. O tC:dio, porranro, foi um produro de luxo, e isso até ráo recencemenre que Baudelaire, para, há século e meio, descrevê-lo, comparou-se ao rei de um país chuvoso, como se experimentar delicadeza ráo refinada

elevasse socialrnenre quem não passava <le "arisrocrata de espí ri ro". Coube à Revolução 1ndusrrial a produção em m.1ssa daquilo que, previamenre, eram raridades reservadas a urna elite mínima. F., se houve um produto que se difundiu com sucesso notável pelos mais inesperados andares e recantos do edifício social, esse produro foi o rédio. Nem se requer uma farrura de Primeiro l\lundo para se chegar à sua massificação. Basta, a rigor, que;\ satisfação do b iologicamenrc básico se associe o cerceamenco de Oll[ras possibilidades (como, inclusive, a da fuga ou da emigração), para que o cernpo ocimo ou inútil se encarregue <lo resro. Foi assim que, após as emoções fornecidas por Sral in e 11 ider, os países socialistas se revelaram exímios fabricantes de tédio, único bem em cuja produção competiram à altura com seus rivais capiralisras. O rédio não é piada, nem um problema menor. Ele é cencral. Se não exisrisse o tédio, não haveria, por exemplo, t:incas empresas de enrrecenimenro e tantas forrunas decorrentes delas. Seja como for, nem esta nem soluções rradicionais (a alta culrura, a religião organizada) resolverão seus impasses. Que fazer com essa novidade histórica, as massas de crianças e jO\'ens pcrpetuamcnre desempregados, Íuncionários, geme aposencada e cidadãos cm geral ameaçados não pela fome, guerra ou epidemias, mas pelo rédio, algo que ainda ontem aícrava apenas alguns monarcas? ASCH ER, Nélson, Fo/'111 de S. Paulo. 9 11hr. 200-. !1111tr11tl11. (li~>:to 11d11ptiu/11)

0 1 "Como o rei de um país chuvoso" O rindo do rexro conrém, sobretudo, a) uma alusão à :unítesc enrre a facilidade de provi menco das necessidades mareriais e o vazio decorrente do ócio e da monotonia pela ausC:n<.:ia de morivos por que lurar. b) uma comparação que rraca da dificuldade de co1w1vC:ncia entre a opul~ncia do poder e a manipulação dccorrcnre do consumismo exacerbado. c) uma metáfora relacionada à coabiração da angú\ria exisrencial comemporãnca com a busca de sentidos para a vida, espccialmcnrc encre os membro~ <la aristocracia.

304


FLAVlA RITA COUTINHO SARMENTO d)

uma referência ao conflito advindo da solidão do poder, especialmente no que se refere ao desânimo oriundo da ausência de perspectivas para a vida em sociedade.

Alterando-se os tempos ve rbais, haverá ERRO de coesão em a) Não existindo o tédio, não haveria, por exemplo, tantas empresas de e ntretenimento e tantas fortunas decorrentes delas. b) Se não existe o tédio, não terá havido, por exemplo, tantas empresas de entretenimento e tanras forrunas decorrentes delas. c) Se não existir o tédio, não vai haver, por exemplo, ramas empresas de entretenimento e tanras forrunas decorrenres delas. d) Se não rivesse existido o réd io, não reria havido, por exemplo, tantas e mpresas de entrctcnimenro e ramas fortunas decorrenres delas.

02 O texto NÃO mencio na como causa pa ra a prea) b) c) d)

sença do tédio na sociedade moderna a ausência de atividades fís icas compulsórias relacionadas com a sobrevivência. a facilidade de acesso aos bens que provêem as necessidades físicas primárias. a limitação da mobilidade física e privação de cerras liberdades. a proliferação de empresas e de espaços de lazer e

de consumo.

06 A supressão da vírgula implica al te ração do sentido cm a) "Coube à Revolução Industrial a produção c m massa daquilo que, previamente, eram raridades reservadas a uma elice mínima." Coube à Revolução Industrial a produção e m massa daquilo q ue prcviamcnre eram raridades reservadas a uma elice mínima. b) "Nenh um deles tinha rcmpo de senrir o tédio, que pressupõe ócio abundance e sisremácico [... ]" Nenh um deles tinha tempo de sentir o téd10 que pressupõe ócio abundanre e sistemático [... ] c) "O tédio não é piada, nem um problema me nor." O tédio não é piada nem um problema menor. d) "[ ...]também é verdade que, por milênios, somente uma minoria dispunha das precondiçóes nc:cessárias [... ]" [... ] também é verdade que por milênios somenre uma mino ria dispunha das precondições necessárias [... ]

03 A alrernariva em que o term o destacad o NÃO está corretamente explicado entre parênteses é a)

b)

c)

d)

"[ ... ]aos membros privilegiados de sociedades que [... ] transformavam a faina abusiva da maioria no luxo de pouquíssimos eleitos." (A CARENClA, A MISÉRIA) "Basca [... ] que à satisfação do biologicamente básico se associe o cerceamento de o utras possibilidades[ ... ]" (A RESTRIÇÃO, A SUPRESSÃO) "[ ... ] os países social istas se revelaram exímios fabr icantes do tédio[ ... ]" (EMINENTES, PERFEITOS) "Um espectro ronda o mundo atual: o espectro do tédio." (UM FANTASMA, UMA AMEAÇA)

04 "O mal ataca hoje em d ia fa ixas etárias que, uma ou duas gerações atrás, julgávamos naruralmentc imunizadas a seu contágio." A expressão destacada pode ser subsrimída sem alteração significativa do sentido por a) a uma ou duas gerações. b) acerca de duas gerações. c) há uma ou duas gerações. d)

07 A alreraçáo da colocação pronominal acarreta ERRO em a) "E, codavia, os pais se vêem cada vez mais co mpelidos [... ]" E, codavia, os pais vêem-se cada vez mais compelidos [...] b) "[ ... ] que Baudelaire, para, há século e meio, descrevê-lo, comparou-se [... ]" [... ] que Baudelaire, para o descrever, há século e meio, com parou-se [... ]

por uma ou duas gerações.

05 "Se não existisse o tédio, não haveria, por exemplo, tantas empresas de entretenimento e cantas fortunas decorrentes delas." (l inhas 74-76)

305


PORTUGU~S DESCOMPLICADO c)

d)

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

"[ ...]se a família os ocupar com atividades, os filhos terão m:.iis facil idades na vida." [, .. ]se a família ocupá-los com arividades, os filhos terão mais facilidades na vida. "[ ... ] sentir o rédio [... ] para se manifestar em grande escala." [ .. ]sentir o tédio[... ] para manifc.srar-se cm grande esca la.

O verbo pressupor está utilizado de forma errada em a) O tédio pressupôs ócio abundante e sistemático. b) O tédio pressupusera ócio abundante e sistemático. c) Quando o tédio pressupor ócio abundante e si~te­ mático. d) Se o tédio pressupusesse ócio abundante e sistemático. 12 "O tédio, portanto, foi um produto de luxo, e isso aré cão recenremenre que Baudelaire, para, há meio século e meio, descrevê-lo, comparou-se ao rei de um país chuvoso [... ]"

08 O pronome utili1..ado na expressão entre parênteses

a) b)

c)

d)

emí CORRETO e corresponde ao termo destacado em "A maioria[ ... ] assistindo a ' realicy s hows' [... ]" (ASSISTINDO-OS) "Algumas de suas vítimas [.. .] comprometem o futuro do marido ou da mulh er e dos filhos." (C OMPROMETEM-NOS) "Seja corno for, nem esta nem soluções tradicionais [ ... ] resolverão seus impasses." (RESOLVER- LHES-ÃO) "[ ... ] os quais [ ... ] tornam interessante para seu público a vida comum de estranhos [... ]" (TORNAM-NA INTERESSANTE PARA SEU PÚBLICO)

O termo destacado apresenta uma ideia de a) causa. b) concessão. e) conclusão. d) consequência.

13 "A maioria opta por ficar horas diante da TV, assistindo a 'realiry shows', os quais, por razões que me escapam, tornam interessante para seu público a vida comum de estranhos, ou seja, algo idêntico à própria rotina considerada vazia , claustrofóbica." A redação que NÃO apresenta erro gramatic:.il é a) Algo idêntico a própria rotina considerada vazia, claustrofóbica, ou seja, a vida comum de estranhos, torna-se interessante para o público da TV, cuja maioria opta por ficar horas diante dela assistindo, por razões, que me escapam, "realicy shows". b) A vida comum de estranhos, ou seja, algo idêntico à própria rotina considerada vazia, clauscroCóbica, tornam-se, por razões que me escapam, inreressantc para a maioria do público o qual opta por ficar horas diante ela TV assistindo a "reality shows". c) Escapa-me as razões pelas quais os "reali[y shows'', que a maioria assiste, oprando por ficar horas diante da TV, rornam interessante para seu público a vida comum de estranhos, ou seja, algo idêmico à própria rotina considerada vazia, claustrofóbica. d) Os "rcality shows", aos quais a maioria, ficando horas diante da TV, opta por assistir, tornam, por razões que me escapam, intercssance para seu público a vida comum de estranhos, ou seja, algo idênrico à própria rotina considerada vazia, claustrofóbica.

09 A substiruição da forma verbal destacada pela que a) b) c)

d)

se cnconrra entre parênteses NÃO implica erro em "Nenhum deles tinha tempo de scncir o tédio [.. .]" (TINHAM) "[ ... ] para que o tempo ocioso ou inútil se encarregue do resto." (ENCARREGUEM) "Se não existisse o tédio, não haveria, por exemplo, tantas empresas de entretenimento[ ... ]" (HAVERIAM) "[ ... ] rudo é infinito, nunca lhes faltam in formação e dados a processar." (FALTA)

10 A forma ativa correspondence a "[ ... ] Elas não a) b) c) d)

precisam ser encreridas pelos adultos [.. .]" é Não se precisou entreter as crianças. Os ad ultos não as entretêm. Os ad ultos não as vão encrctcr. Os adultos não precisam entretê-las.

11 "[ ... ] o tédio [... ] pressupõe ócio abundanre e sistemático [... ]"

306


FLÁVlA RITA COUTINHO SARMENTO 14 A expressão enrre parênteses NÃO corresponde ao rermo destacado em a) ''( ... J aos membros privilegia<losdcsociedadcs que, organizadas e avançadas, rransformavam a faina abusiva da maioria[... ]" (MEMB ROS PRIVI LE-

c)

d)

GIADOS DE SOCIEDADES) b)

c)

d)

falamos do homem de cujas as refeições da semana dependia aquilo que conseguiria caçar na scgunda-fei ra, anrcs de, na terça [.. .] falamos do homem que as refeições dele da semana dependiam do que ele conseguiria caçar na segunda-feira, antes de, na terça [... ]

"E, rodavia, os pais se vêem cada vez mais compelidos a invcnrar maneiras de disrrair seus filhos durante as horas ociosas destes, [... ]" (DE SEUS

GABARITO

flLHOS)

0 1-A

02-D

03-A

04-C

05 - B

06-B

"() mal araca hoje em dia faixas etárias que, uma ou duas gerações arrás, julgávamos naturalmente imunizadas a seu conrágio." (O MAL) "Se não existisse, não haveria, por exemplo, tantas empresas de enrrerenimenro e ranras fortunas decorrentes delas." (DE TANTAS EMPRESAS DE

07-C

08 - D

09- D

10 - D

11-C

12-C

13 - D

14-A

15 -

o

16-A

PROVA IX

ENTRETENIMENTO)

[i

FUNDEP ANALISTA JUDICIÁRIO/MG- 2019

1

1

15

"Um espectro ronda o mundo atual: o espectro do tédio."

ATENÇÃO: A<> questões de 01 a 1O relacionam-se com o texto abaixo. Leia-o com atenção anres de responder a elas.

A alrernariva cm que o termo destacado exerce a mesma função sinrática que a expressão sublinhada no período acima é a) "Coube à Revolução Industrial a produção em massa daquilo que, previamente, [.. .]" b) "Doradas de cérebro que, como esponjas, t udo absorvem e de um ambiente [... )" c) "E se houve um produto que se difundiu com sucesso notável pelos mais inesperados andares e recantos [... )" d) "Se não existisse o tédio, não haveria, por exemplo, ranras empresas de cntrerenimcnro [... ]" 16

NOTÍCIAS NA 1V Em Roma como os romanos, na enchcnrc como os molhados. O repórter nunca se conrenraria cm apenas mostrar as ruas rransformadas cm rios, os automóveis cm jangadas, as casas em aquários. Precipira-se, inrrépido, no aguaceiro e, molhado aré o joelho, ei-lo, de microfone na mão, a desempen har sua tarefa, árdua tarefa, não apenas in loco, ao vivo e em cores, mas com os efeitos do dilt.'1vio a casrigá-lo na pele. É o jornalismo de imersão na notícia em uma de suas mais compleras versões. Melhor, só se o repórter rransmitisse do fundo da água. Se se trarassc de um vendaval, o ideal seria que pudesse se mostrar fustigado com ral ferocidade que rivesse de se abraçar a um posrc para não alçar voo como uma pipa, o corpo já despregado do solo, os pés Autuando no espaço. À falta d isso, pelo menos que se mostrasse com os cabelos ao venro. Sem cabelos ao vento, não há coberrura digna de vendaval. É imperioso escolher para a missão repórteres cujos cabelos sejam passíveis de esvoaçar ao venro. Na enchente como os molhados, na ventania como os ventados.

"Falamos do homem cujas refeições da semana dependiam do que conseguiria caçar na segunda-foi ra, antes de, na terça, [... )"

A redação que NÃO apresenta erro gramatical é a) as refeições da semana do homem do qual falamos dependiam do que ele conseguiria caçar na segunda-feira, anrcs de, na rcrça, [... ] b) das refeições da semana do qual homem falamos dependia aquilo que conseguiria caçar na segunda-feira, anres de, na rerça, [... ]

307


PORTLGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Agora a notícia é sobre a prisão dos implicados no últimc esdmdalo de caixa dois/suborno/desvio de verbas/ lavagem de dinheiro/formação de quadrilha e, canco quanto a polícia é a TV que vai prender o suspeito. A TV madn ga à porra do suspeico. O suspeico abre a porca, sonolento. A TV pespega-lhe as algemas. Ouve-se o clec das algemas se fochando. A T V encaminha o suspeito ao camburão. Força-o à laboriosa empreitada de entrar no carro manO 'J rando o rraseiro, dada a impossibilidade de contai com as mfos. O carro parte em disparada. Não basta rt:porrar a realidade. Realidade é para os "n::ality shows"'. A ordem é radicalizar o real. No próximo bloco: disparam os preços dos legumes - e o que fazer para proteger seu dinheiro cm tempos de crise. Se o réu agora são as leguminosas, vai-se Aagrá-las igualmente cm seu habirac. A repórrcr percorre o supermercado, empurrando um carrinho. Pepino - cinquenta por ccnro de aumento. Ela pega um pepino da prateleira , põe-no no carrinho. Abobrinha - sctenra por cenco; bcrinjela - cem por cento; rabanete - cenro e cinquenra por cento. Nesse momenco uma freguesa, com seu carrinho, aproxima-se da repórter. Que freguesa distraída. Não viu que csravam gravan do? l\:ão viu as câmeras, não acenrou para as luzes? Enqu«nto a repórcer cominua a elencar os pepinos e respt:ctivos índices de aumenco, a freguesa segue impassível, a esca rafunchar as prateleiras, bem ali ao lado, e lt:va1 um ou outro produto ao carrinho. A repórter enfim lhe interrompe a rotina. O que a senhora achou dos p1eços dos legumes? Um escândalo! Esrão muiro mais altos do que na semana passada. Que sorte a freguesa ter aparecido bem nessa hora. Faltava à notícia o roque de drama doméscico que só a voz do consumidor é capat de coníerir. Volta para o esrt'tdio. Os ânco ras Fecham a cara. Esrão bravos com o aumento de preços. E o que faze r para proteger o seu dinheiro? A reportagem é agora com um economisra, que, compcnecrado, surge faze ndo cálculos na calculadora. A regra é clara: se a encre\ isca é com um escritor, cem de rer no fundo uma c.scanre de livros; se com um biólogo, tem de mosrd-lo com um olho pregado no microscópio; se com economista, tem de rer calculadora. E o que fazer, em tempo de crise? Agora sim, ele lcvanra os olhos da calcubdora e d~í seu recado.

Prudência nos invesrimenros. Não gasear mais do que se cem. Calcular os juros ances de comprar a prazo. Não comprar a prazo se se pode pagar à visra. (Ô economisca! Precisava de tanro cálculo, para chegar a essas conclusões?) No próximo bloco: futebol. E o âncora sorri. É preciso sorrir quando a norícia é de furebol. Assim o pt'1blico fica avisado de que esse é um assumo ameno. Siio mostrados os gols da rodada. Segue-se reporragcm sobre os nordesrinos que st: revelaram exímios fazedores de sushi nos rescaurantes japoneses de São Paulo. Começa com a repórrer passeando entre as mesas do restaura me. De forma mais espanmsa ainda do que a freguesa do supermercado, ninguém parece se dar co nta da presença da câmera. Conrinuam os clientes todos a conversar uns com o outros, entre uma man obra e ourra com os hashis. (Ô produror de telejornal, meu semelhante, meu irmão: de ranco caprichar na realidade. não esrnrias criando uma obra de ficçáo?) A repórter chega ao balcão, mostra o moço franzino conando o salmão com perícia de esgrimista. O moço diz que veio do Piauí e que nunca antes tinha ouvido falar de sushi. Esplêndido: ele diz rudo o que se espera de um piauiensc que vira fazedor de sushi. Volta ao estt'1dio. Os [111coras sorriem. O jornal termina com uma nota alegre e uma história de sucesso, como deve. Boa noite. FOI F/)0, R. />. \lrya,

1?10

de j1111eiro,

11.

11. jtm.2009

(Texto 11d11p111do)

01 a)

b)

e)

d)

308

Relativamente ao~ nociciârios de celevisão, assinale a afirmativa que NÃO esd presence no cexco. A veicu lação de norícias é caracrerizada por cerra tearralização de que o rcpórrer se torna personagem. As diíerenre:. reações dos âncoras dos noticiários, de alegria ou de indignação, vão ao enconcro do concet'1do das informações divulgadas. Em busca do aumento da audiência, mesmo em decrimenco do padrão de qualidade, culciva-se um realismo semelhante aos chamados renlifJ• shows, em que a improvisação e a espontaneidade se fa1.em presenres. Os notici;Írios não se limitam a relarar o faro e J mostrar as imagens rdarivas a ele.


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

02 Assinale a afirmariva que NÃO se encontra explia) b)

c) d)

citada no rexro. A análise que o rexro faz dos norici:-irios de relcvisão é marcada por um wm bem-humorado e irônico. Em algumas sirnações a televisão parece aruar como instituição que derérn poder para julgar e aré prender personagens envolvidos na notícia. O auror, com invocações, formula questões direras a alguns arores envolvidos no noriciário. Os noticiários perdem a credibilidade quando expõem de forma exagerada a opinião e o senrimcmo dos repórteres e âncoras.

c) d)

05 a)

b)

03 a)

b)

e)

A alrernariva em que a norma cu lra admire a alreração da colocação do pronome oblíquo é "À falta disso, pelo menos que se mosrrasse com os cabelos ao vento." À fu lra disso, pelo menos que mostrasse-se com os cabelos ao vemo. "() repórter nunca se comentaria em apenas mosffar as ruas rransformadas em rios [... ]" O repórter nunca conrenrar-se-ia em apenas mostrar as ruas transformadas em rios [... ] "Se se rrarasse de um vendaval, o ideal seria que pudesse se mosrrar fusrigado com ral ferocidade

c) d)

06

[... J"

d)

Se se tratasse de um vendaval, o ideal seria que pudesse mostrar-se fusrigado com ral ferocidade [ ... ] "Segue-se reporragem sobre os nordesrinos que se revelaram exímios fazedores de sushi nos resraur:rnres japoneses de São Paulo." Segue-se reportagem sobre os nordesrinos que revelaram-se exímios fazedores de sushi nos resrauranres japoneses de São Paulo.

a)

b)

A redação que NÃO contém erro pela utilização ou pela ausência de sinal indicativo de crase é "À falra disso, pelo menos que se mosrrasse com os cabelos ao venro." A falra disso, pelo menos que se mostrasse com os cabelos ao venro. "Falrava à notícia o roque de drama domésrico que só a voz do consumidor é capaz de conferi r." Falrava à toda notícia o roque de drama doméstico que só a voz do consumidor é capaz de conferir. "Não comprar a prazo se se pode pagar à vista." Não comprar à prazo se se pode pagar a visra. "(Ô economista! Precisava de tanro cálculo, para chegar a essas concl usões?)" (Ô economisra! Precisava de ranro cálcu lo para chegar àquelas conclusões?) "Se se trarasse de um vendaval, o ideal seria que pudesse se mosrrar fusr igado com ral ferocidade que rivesse de se abraçar a um poste para não alçar voo corno uma pipa, o corpo já despregado do solo, os pés Auruando no espaço."

O período acima NÃO apresenta oração com ideia de a) causa. b) conclusão. c) consequência. d) hipórese. 07

04

É imperioso escolher para a missão repórre~es por cujos cabelos o venro passe, fazendo-os esvoaçar. É imperioso escolher para a m issão repórreres que os cabelos deles sejam passíveis de esvoaçar ao vento.

"É imperioso escolher para a missão repórteres cujos cabelos sejam passíveis de esvoaçar ao vento." Assinale a alrernariva em que a nova redação MANTÉM a correção gramarical, ainda que provoque alreração semânrica. É imperioso escolher para a missão repórreres dos quais os cabelos deles sejam passíveis de esvoaçar ao vcnro. É imperioso escolher para a missão repórreres em cujos cabelos seja passível esvoaçar ao vento.

309

a)

A alternativa em que a nova redação apresenra erro gramatical é "[ ... ]a freguesa segue impassível, a escarafunchar as prareleiras. [... ]A repórrer enfim lhe interrompe . " a rotma.

b)

[... ] a freguesa segue impassível, a esca rafunchar as prateleiras. [... ]A repórter enfim a interrompe em sua rotina. "O repórter nunca se conrenraria em apenas [... ] mas com os efciros do dilúvio a castigá-lo na pele." O repórter nunca se conrenraria em apenas [...] mas com os efeiros do dilúvio a castigar-lhe a pele.


PORTUGUtS DESCOMPLICADO c)

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

"O suspciro abre a porca, sonolenco. A TV pespega-lhe as algemas."

O suspeito abre a porra, sonolento. A TV pespega

b)

a~

d)

algemas nele . "Precipi ra-se, intrép ido, no aguaceiro e, molhado até o joel ho, ei-lo, dt: microfone na mão, a desem-

Concinuam, os cliemes rodos, a conversar uns

pen har sua rarefa [.. . j" Precipita-se, intrépido, no aguaceiro e, molhado

com os ourros. cnrre uma manobra e outra, com c)

até o joelho, eis-lhe, dt: microfone na mão, a desempenhar sua rarefa [... ) 08 a)

b) e)

cl)

Não há correspondênci::i do tempo ou da forma wrbal na transposição d::i voz do verbo em "]~ imperioso escolher para a m issão repórten:s cujos cabelos sejam passíveis de esvoaçar ::io vemo." É imperioso serem escolhidos para a missão repórteres cujos cabelos sejam passíveis de es·voaçar ao \'enro. "E o que fazer para proteger o seu dinheiro?" E o que fazer para que seu dinheiro seja protegido? "()suspeito abre a porra, sonolenro."

d)

a)

os hashis. "Enquanro a repórcer concinua a dencar os pepinos e rcspcccivos índices de aumenco, a freguesa segue impassível, a escaraíundur as pracclciras, bem .1li ao lado, e levar um ou outro produro ao carrinho." A freguesa, bem ali ao lado, segue impassível a escarafunchar as pralcleiras e a levar um ou oulro produto ao carrinho, enquanto a repórter con1inua a dcncar os pepinos t: rcspeccivos índices de aumcnro. "Precipita-se, intrépido, no aguaceiro e, molhado até o joelho. ei-lo, de microfone na mão, a descmpcnhar sua tarefa, árdua carcía, não apenas in loco,

A porra é aberra pelo suspeito, sonolento. "~e o réu agora são as legum inosas, vai-se Aagd-las igualmente em seu ht1bitr1t."

ao vivo e em cores, mas com os cfeiros do dilúvio a castigá-lo na pele." Precipira-se- inrrépido - no aguaceiro e, molhado acé o joelho, ei-lo de microfone na mão a desempenhar sua tarefa - ,frdua tarefa - não apenas in loco, ao vi\'O e em cores. mas com os efeiros cio

St· o ré u agora são as leguminosas, elas vão ser flagradas igualmenre cm seu habitat. 09

Abobrinha: setenta por cenco, berinjela: cem por ccnro. rabanete: cento e cinquenca por cenro. "Continuam os clienres todos a conversar un' com os ourros, entre uma manobra e ourra com os hash is."

A allernativa em que a correspondência singular/ plural apresenra ERRO gramatical é ''Ela pega um pepino da prateleira, põe-no no ca rrinho."

dilúvio a castigá-lo na pele.

Elas pegam pepinos da prateleira, põem-nos nos ca rrinhos. b)

GABARITO

"Falrava à notícia o roque dt: drama doméstico [ ... ]" F~

Iravam às notícias toques de dramas domésticos

[ ... ) c) d)

10

"Se se tratasse de um vendaval [... )". St se tratassem de vendavais [... ) "Segue-se reporragem sobre os nordestinos [...]" Stguem-se reporragens sobre os nordest inos [... ] A alcernativa cm que as alcerações implicaram

ERRO na urilização dos sinais de poncuação é a)

"Abobrinha - serenca por cenco; berinjela - cem por cento; rabanece-ccnro e cinquenra por cento."

310

01-C

02-0

06- B

07-

o

0.3 - C 08 - B

o4 - e 09 - C

05 - D 10-B


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

PROVA X FUNDEP- ANALISTA DE SISTEMAS/ PRODABEL-2009 ATENÇÃO: As questões de 1a15 relacionam-se com o texco abaixo. l .eia-o com atenção anres de responder .1

das. VOCÊ SABE O QUE ESTÃO ENSINANDO A ELE?

Vamos falar sem rodeios. Em boa parre dos lares brasileiros, uma conversa em família Au i com muito mai:. vigor e part icipaçiio quando se decide a assinatura de novos canais a cabo, o destino das próximas férias ou a hora derrocar de carro do que quando se d iscute sobre o que cxarnmcnre o Júnior est<Í ~1prendendo na escola. Quando e M: essc assunlo é levancado, de se resumirá às nocas obtid.1s e a algum cvenro extraordinário de lll•lll componamcnro, como tcr sido pego fumando no corredor ou ter bdiscado o traseiro da professora de geografia. O quadro acima é um ranro anedótico, mas cem muico de verdadeiro. De modo geral, com as nobilíssimas exceções que codos conhecemos, os pais brasileirm de cod.ts as classes não se envolvem como de\'eri.1m n.1 vida escolar dos filhos. Os mais pobres dão gra<;.I\ am céus pelo faro de a escola fornecer merenda, seguranç.1 e livros did~íticos gratuitos. Os pais de classe média se animam com as guadras esponivas, a limpeza e a manifrMa wlcrância dos fi lhos quanro às exigências académicas mui las vezes calibradas justamente para não forçar o ritmo dos menos capazes. Uma pesquisa recente traduz. essa siruação cm númcrm. Para 8991<> dos pais com filhos cm escolas particulares, o dinheiro é bem gasco e tem bom rerorno. No outro campo. 90% dos professores se consideram bem preparados para a carefa de ensinar. Sob sua plácida superfície, css.1 satisfação esconde o abismo da dura realidade - o ensino no Brasil é péssimo, está formando alunos desprcparados para o mundo acual, competiti\'O, mucancc e globalizado. Em comparações internacionais, os melhores alunos brasileiros ficam n•h t'ilcimas colocações - abaixo da quinquagésima posiçáo cm competições com apenas 57 países. Em Procura da Poesia, o grande Carlos Drummond de Andrade provê uma medfora eficiente do que o

desafio c.lc melhorar a qualidade da educação exigirá da acual geração de brasileiros: "O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia". Uniformizar, al imentar, dar livros didáticos aos jovens e perguntar como foi o dia na escola é func.lamencal, mas isso ainda não é educação para o século XX.1. "Chega mais perco e con rempla as palavras. Cada uma rem mil faces secretas sob a face ncucra e te pergunra, sem interesse pela resposra, pobre ou cerrívcl, que lhe deres: Trouxeste a ch.we?", conrinua nosso maior poera, morto em 1987 Outra meráfora exac.1. Os jovens estudantes são como as palavras, com mil faces secretas sob a face neutra e esperando as chaves que lhes ab ram os po rrais d e u ma vida pessoal e profissional plena. Isso só se consegu irá q ua ndo o otimismo com o desempenho do sistema, g ue é rambém com pa rcil hado pelos alunos, for transformado cm rad ical inconformismo. /\ fagu lha dc mudança pode ser ace'ldida com .1 comc;naçáo de que as escolas q ue pais, alunos e professores canto elogiam são as mesmas que devolvem à sociedade jovens incapazes de ler e encendcr um cexco, que se embaralham com as ordens de grandeza e confiam cegamente cm suas calculadoras digirais para não apenas fazer conras mas substiruir o pensamento lógico. ~!ais uma \'ez abusa-se do recmso da generalização para que o mériro individual de alguns poucos não dilua a constatação de que o complexo educacional brasileiro é medíocre e não se erxerga como cal. Quando um conselho de nocáveis americanos fez a célebre condenação do sisrema d e e nsino do país ("parece ter sido concebid o pelo pio r inimigo d os Estados Unidos ..."), as pesqu isas de opinião m ostravam <.JUe a maioria dos americanos escava plc namcn re sacisfcira com suas escolas. A comissão viu ma is longe e soou o alarme. Agora no Brasil o m esmo serso de realidade e urgência se faz necessário, com o n·sume Chiudio de Moura Castro, ensaísta, pesqu isador e colunista: "Uma crise, uma crise profund a . Só isso '\alva nossa educação". \ 'EJA. 20 11go. 2008 p. -4 ( Tmo 11tÍlpmdo)

01 a)

3 77

t\ alcernativa que NÃO contém uma afirmativa condizente com o texto é A escola se ac.lapra, muitas vezes, ao aluno, para não forç;\-lo nem exigir muiro dele.


PORTUGUtS DESCOMPLICADO b) c) d)

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Os pais em geral esráo pouco engajados e se sarisíazem com aspecros periféricos à educação. Falra autocrírica ao sistem a educacio nal brasileiro. Os jovens tê m respo nsabilidade d irera pelas mazelas da ed ucação.

02 A alternativa que conté m o provérbio popular que

a) b) c) d)

melho r rerrara a visão que o texto aprcscnca da educação brasile ira é O pio r cego é o q ue não quer ver. Pau q ue nasce rorro mo rre corto. Q uem desde nha q uer comprar. Q ue m espera sem pre alcança.

03 "Para 89% dos pais com fi lhos em escolas particulares, o dinhei ro é bem gasto e rcm bom recomo. No outro campo, 9 0% dos professores se consideram bem preparad os para a carefa de ensinar." Em relação aos dados apresenrados pela pesquisa, o texto tem uma posição a) ambígua. b) cética. c) o timisra. d) ufanista.

a) b) c) d)

O período acima contém ideias de natureza a) comparativa, concessiva e condicional. b) comparariva, condicional e temporal. c) concessiva, condicional e temporal. d) comparativa, concessiva e rcmporal.

a) b) c) d)

a) b)

dos Estados U nidos ..."), [... ] d) As aspas utilizadas no rrecho entre parênreses se justificam po r a) b) c) d)

desracar o rrecho cham ando a atenção para a relevân cia do conteúd o. se tra tar de uma transcrição. tecer um comentá rio desabonador para a educação america na. revelar, com cerra ironia, um a opinião oposta à do autor.

A alrernativa em que cada vocábulo é acentuado g raficamenrc cm função de uma regra difcrcnrc é nobi líssima, anedótico, urgência. céus, só, provê. notáveis, superfície, férias . resum irá, você, quinquagésima.

09 A alrernativa cm que se pode determinar o sujeiro

c)

I... ] ("parece te r sido concebido pelo pior inimigo

"A fagulha de mudança pode ser acendida com a conscacaçáo de que as escolas que pais, alunos e professo res tanto elogiam são as mesmas [...]" A su bsri ru ição da oração desracada acarreta erro de regência cm a que pais, alunos e professores tanto precisam. de q ue pais, alunos e professores tanto gostam. em que pais, alunos e professores tanro confiam. por que pais, alunos e professores ranto baralham.

07 "Quando e se esse assumo é levantado, ele se resu mi rá às notas obtidas e a algum evento extraord inário de mau comportamcnro, como ter sido pego fum ando no corredor [... ]"

08

04 Em relação às mel ho rias na educação, a metáfora utilizada po r Carlos D rummo nd de Andrade pode ser associada de forma direca à necessidade de a) atitudes, soluções. b) debates, refl exões. c) inreração entre pa is, alunos e professo res. d) destinação de vultosos recursos materia is. 05

06

10

sintático da forma verbal destacada é "Você sabe o que estão ensinando a ele?" "[ ... ]do q ue quando se discute sobre o que exatamente o Júnior esrá aprendendo na escola". "Mais uma v~L abusa-se do recurso da generalização para q ue o mérito individual de alguns não dilua [ ... ]" "f ... ]a conscatação de que o complexo educacional b rasileiro é medíocre e não se enxerga como tal."

"[ ... ] ele se resumirá às notas obtidas e a algum even ro extraord inário de mau comportamento [ ... ]"

No q ue se refere ao uso do sinal indicativo da crase, a al ternativa que contém uma adaptação correra do trecho acima é

372


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO a)

b)

()

d)

[... J ele se resumirá a qucscóes refcrences às notas obtidas e a quaisquer eventos extraordinários de mau componamcnro [... ] [ ... J ele se resumirá à uma discussão sobre as notas obcidas e à todo evento extraordinário de mau comportamento [... ] [ ... J ele se resumirá à dbcudr as noras obtidas e às conversas sobre algum evcnco extraordinário de mau comportamenro [... ] [... ]ele se resumirá à discussão das notas obtidas e à dilêrentes formas de evcnws extraordinários de mau comportamento [... J

11 A alteração da colocação pronominal só é possível

cm a)

b) e)

d)

12

"[ ... ] os pais brasileiros de rodas as classes não se

envolvem como deveriam [... ]" [NÃO ENVOLVEM-SE] "Mais uma vez ahusa-se <lo recurso da generalização [... ]" [J\lAIS Ul\lA VEZ SE ABUSA] "b~o só se consegu id , quando o otimismo com o desempenho[ ... ]" [ISSO SÓ CONSEGUIRÁ-SE] "Os jovens esrudances [... ], sob a face nemra e esperando as chaves que lhes ahram as porcas[ ... )" [QUE ABRAM-LHES AS PORTAS]

"Chegrt maiJ perto e comempla as pnlnvms. Cada umrt tnn mil fiices secretrts sob a fiice neutra e gpergunta, sem interesse peÍlt resposta, pobre 011 terrível, <Jlll' lhe deres: Tro11xest1• n chave!'

c) d)

Essa siruação é rradllli<la em números por uma pesquisa recenrc. Essa situação fora rraduzida cm números por uma pesquisa recence.

14 "A fagulha de mudança pode ser acendid.1 com a constatação de que as escolas ~ pais, alunos e professores rnnro elogiam são as mesmas que devolvem à sociedade jovens incapazes dt· ler e entender um rexro, Q!LÇ se embaralham com as ordens de grandeza [.. .]" Os pronomes desracados no rrecho acima subMimem, respectivamenre, os termos a) escolas; jovens. b) pais, alunos e professores; rexro. c) pais, alunos e professores; jovens. d) escolas; tcxLo.

15 a)

b) c) d)

O poema de Orummond reproduzido no texco foi elaborado com a interlocução em segu nda pessoa. Urili1A1ndo-se o cratamenro você, ter-se-iam as seguintes adaptações. a) chegue, contemple, lhe, der, crouxe b) chegues, contemples, o, der, trouxcsres c) chegue, conremples, o, deres, trouxestes d) chegues, conremple, lhe::, deres, trouxe

A alternativa cm que NÃO aparece erro de concordâ ncia é Em boa pam: dos lares brasileiros, a assinarnra de novos canais a cabo são decididos em conversa de família. A maioria dos americanos estavam plenamence satisfeiros com suas escolas. 90% dos profossores se considera bem prcpnados para a tarefa. A classe média - à qual pcrcencc a maior parre dos pab - se animam com as quadras esporrivas e a limpeza.

PROVA X 01 -O

02-A

03- B

04 - A

05 -A

06-A

07- B

08

B

09-D

10-A

B

12-A

13-C

14 - A

15 - B

11

13 "Uma pesquisa receme traduz essa situação cm

números". A forma passiva correspondcnrc ao período acima é a) Essa simaç:ío era tradlllida em números por uma pesquisa reccnrc. b) Essa simação foi traduzida em números por uma pesquisa rcccnre.

313


UNIDADE XI II

EXERCÍCIOS Treinando por Temas

! 1F~NÉTICA I AC~NTUASÃO ~RAFICA I DIVISAO SILABICA 1

2

3

4

Em que par só uma das palavras deveria receber o acenco? a) ci nquenra, aguentar b) quinquenio, interim e) sequencia, lingu ística d) unguenm, freq uente e) linguiça, guerra

5

Assinale a alternativa em que nenhuma palavra deve receber acento gráfico. a) o governo, o juri, a garoa b) prcm, foss il, seres c) irens, polens, erros d) irem, polen, cedo

6

À luz de seu magnífico .... .... .. .. -de-sol, ............... , parece uma cidade .. ... ..... ...... Assinale a opção

CORRETA. a) pôr, Paranavaí, tranquila b) por, Paranavai, tranquila c) pôr, Paranavaí, tranquila d) pôr, Paranavai, tranqui la

T odas as palavras abaixo obedecem à mesma regra de acenruaçáo, EXCETO a) já b) nós e) pés d) dói e) há Assinale a alternativa em q ue mdas as palavras estão CORRETAS quanto à acentuação gráfica. a) G rajaú, balausrre, urubús b) árduo, língua, raíz e) raízes, fúteis, água d) hero ico, assembleia, côroa l') túneis, apôio, equil íbrio Nenhum dos vocábulos abaixo deve reet:ber acento gráfi co, EXCETO a) mal igno b) graruiro c) degrau cl) in rerim e) item

314

7

A sequência de palavras cujas sílabas esráo separadas CORRETAMENTE é a) a-dje-ti-va-çáo / im-per-do-á-vel / bo-ia-dei-ro b) in-rer-ve-io / tec-no-lo-gi-a / su-bli-nhar c) in-m-i-ro / co-ro-i-nha / pers-pec-ti-va d) co-ro-lá-rio / subs-ran-ri-vo / bis-a-vó e) Aui-do / at-mos-fe-ra / in-rer-vei-o

8

Assinale a sequência em que todas as palavras estão parridas CORRETAMENTE a) trans-a-rlân-ti-co, fi-cl, sub-ro-gar b) bis-a-vô, du-e-lo, fo-ga-réu e) sub-lin-gual, bis-ne-ro, de-ses-pe-rar d) des-li-gar, sub-ju-gar, sub-scre-ver e) cis-an-d i-no, es-pé-cie, a-ceu

9

As sílabas das palavras psicossocial e traído estão CORRETAMENTE separadas em


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO a) psi-cos-so-ci-al / tra-í-do

14 Assinale a akcrnativa em que pelo menos u n vo-

b) p-si-cos-so-cial / rra-í-do e) psi-co-sso-ci-al / rraí-do d) p-si-co-sso-cial / tra-í-do

cábulo nfo seja acenruado a) orfão, raxi, balausrre, intcri m b) itens, parabens, alguem, rambem c) rexcil, amago, corcex, roi d) papeis, onix, bau, ambar e) hifen, cipos, obrem, pe

e) psi-co-sso-cial I rra-í-do

10 Na

fr.tM: "No rcstauranre, onde cnrrei arrastando

os cascos como um dromcd:írio, resolvi me ver 1ivre das galochas", existem

15 Assi nalc a série em q uc tod as as palavras estão acen cua<las CORRETAMENTE a) ideia, urubú, suíno, t'.nclise b) bíccps, heroico, icem, íóssil c) tênb, Íôsseis, caiste, japonesa c.I) fúci l, híícn, ânsia, decaído e) apoia, capêre, órfã, ruí na

a) dois dimngos, sendo um crescenrc e um decrescente e um ditongo fonético. b) crês ditongos, sendo dois crescentes e um decrescente.

c) três ditongos, sendo um crescenre e dois decrescentes e um dirongo íonérico. d) guacro ditongos, sendo dois crescentes e dois decrescellles. e) quatro dimngos. sendo m?s crescentes e um decrescente. 11

16 Assinale a afirmativa FALSA. a) Rúbrica é acentuada graficamenre. b) H:i acento indevido em raíz. c) FJlta accmo cm ruina. d) Têm cst:í acenruad a por indicar p lural. e) Funil não deve ser acentuada graficamente.

Nesta rcl.1çfo, as sílabas tônicas estão sublinhadas. Uma delas, porém, escá sublinhada IN COR-

17 Único segmcnro ERRADO quanro à acentuação gráfica: Tens ideia de quanto é inútil bancar o

RETAMENTE. Assinale-a. a) ín-n:-rim

mártir? Nesse rícmo, acabas perdendo o ju í10. a) idciJ b) int'nil c) mártir d) ritmo e) juízo

b) pu-di-co e) ru-bri-ca d) gra-!!!i-co e) i-nau-di-co

12 "O bom tempo passou e ,·ieram as chuvas. Os animais w<los, arrepiados, passavam os dias co-

18 Assinale a opção com as d uas palavras g rafadas

ch ilando." No trecho, remos a) dois ditongos e três hiatos

I NCORRETAMENTE. a) repôr, item b) conrínuo, órgão c) arribuía, alô d) revólver, parabéns e) apoio, jaburt'1

b) cinco diwngos e dois biaros c) quatro ditongos e crês hi.uos d) crês ditongos e três hiatos e) quatro ditongos e dois hiatos

13 Assinale .1 .tlccrnaciva C ORRET A melhor respos-

19 Assinale a alrcrnariva cm que codas as palavr is são

ta. Em papagaio, remos a) um ditongo b) um trissilabo

paroxítonas (foram omitidos os acentos). a) rubrica - avaro - pegada - recorde b) miscer - filantropo - misanrropo - condor c) pegaso - prototipo - arqueripo - rubrica d) nccromancia - q ui romancia - ibero - nobd e) nenhuma das anreriores

c) um dígralo

c.I) um proparoxícono e) um crirongo

315


GRAMATICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

PORTUGUtS DESCOMPLICADO

2 0 Assinale o trecho que apresenta ERRO de acen1uação gráfica. a) Incquivocam cnrc, estudos sociológicos mostram que, para ser eficaz , o chicote, anátema da sociedade colonial, não precisava bater sobre as cosras de rodos os escravos. b) A d iferença de ótica e nrre os díspares movimenros que reivindicam um mesmo amor à natureza se enraízam para além d as finilas das discussões político-pa rridárias. e) No âmago do famoso sanruário, erguido sob a égide dos conquistadores, repousam enormes caixas cilíndricas de oração cm forma de manrras, onde o novel na fé se purifica. <l) O alvo da diatribe, o fenômeno da reprovação escolar, é urna tolice inaceirável, mesmo em um paradígma de educação deficitária cm relação aos menos favorecidos. e) Assustada por a migas cndemias rurais, a, aré então, álacre sociedade brasileira tem, enfim, consciência do horror que seria pôr filhos cm um mundo cão inóspiro.

ORTOGRAFIA 1

A única série de palavras CORRETAMENTE grafadas é a) cortume, gorgeio, picina, piche b) tribo, cabuada, buei ro, dcfcza c) êmbulo, florescer, figadal, quiz d) xadrez, pílula, exceção, invés e) abrazar, pagé, párco, desliza

2

Indique a alternativa CORRETA. a) O ladrão foi apanhado em A:igramc. b) Ponto é a intercessão de duas linhas. c) As despesas de mudança serão vulruosa!l. d) Assistimos a um violenta coalizáo de caminhões. e) O artigo incerto na Revista das Ciência!. foi lido por todos nós.

3

A ....... a ser desenvolvida visava à ....... de objerivos baseante ........ Assinale a alternativa COR-

RETA. a) pesquisa, consecução, pretensiosos b) pesquisa, consccussão, prcrcnciosos c) pesquisa, consecução, pretenciosos d) pesquiza, consecução, prcrcnciosos e) pesquiza, consecução, prerensiosos

GABARITO 01 - C

02- D

03-C

04-D

05 - C

06-C

07- E

08 - C

09 - A

10-C

11 - C

12 - C

13-A

14- B

15- D

16-A

17-D

18 - A

19 - A

20-D

4

Assinale a al rcrnativa cm que nfo há ERRO d e grafia: a) espontâneo, carorze, alisar, prazeirosamcnte b) obsessão, obsceno, dcslisar, sacerdotisa e) cansaço, arraso, rocha, pajem d) angar, omb ro, harém, hexágono e) cxaurir, desonra, hesitar, rehaver

5

"A sol idão é um retiro de ....... , mas ninguém vive sempre em trégua, ....... só, ....... o preguiçoso, eternamente em repouso." Assinale a alrernariva

CORRETA. a) dcscanço, rampouco, excew b) descanso, rãopouco, execro e) descanço, ráo pouco, cscero d) descanso, tampouco, execro e) descanso, tão pouco, csccro 6

316

Assinale a alrernariva em que rodas as palavras esrejam CORRETAMENTE grafadas a) rcccr, vazar, aborígene, rccirura, maisena b) rigidez, garage, dissençáo, rigeza, cafuzo


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO c) minissaia, paralisar, cxrravasar, abscissa, cosseno d) absccsso, rechaçar, indu, soçobrar, coalizáo e) lambujcm, advinhar, ararraxar, bússola, usofruro

7

b) Torna-se difícil cindir magia e religião em suas origens. (fund ir) c) A forma de magia evocarória confunde-S(~ com o próprio ritual religioso. (invocarória) d) Alguns povos fazem disrincáo entre o sacerdote e o feiticeiro clandestino. (escuso) e) Em geral, magia e ritual rel igioso se fusi onam. (amalgamam)

Pelas nossas convenções orrográficas, cerras palavras são escri ras com u, como pau e vau (trecho raso do rio ou mar); outras são grafadas com 1, como ral e val (variante de forma verbal vale) . Das opções abaixo, assinale a única em que a lacuna deve ser preenchida com a !erra u e não com a letra l. a) As crianças vão ma ... da sat'1de. b) Quebrou o sa ... w do saparo. c) Coloque uma pá de ca ... na massa. d) Não a... lênticou a forocópia. e) Entornou a ca... da do doce.

12 Na ...... plenária estudou-se a ...... de direitos rerriroriais a ...... Assinale a alrernariva CORRETA. a) sessão - cessão - esuangeiros b) seção - cessão - esrrangeiros c) secção - sessão - exrrangeiros d) sessão - seção - esrrangeiros e) seção - sessão - estrangeiros 13 Em um dos casos abaixo, rodas as palavras se gra-

8

9

fariam com "s". Assinale-o. a) anal i... ar, fregue ... ia, e ... âmine, camur ... a b) ga... o ... o, fu ... clagem, e... ra ... e, parali ... ia c) an ... iar, e... pontâneo, rcprc ... a, abu ... áo d) e... rranho, ê ... odo, a ... ia, c... umar e) fu ... ível, ga...eteiro, gui ... ado, hebrai... ar

As questões da prova eram ...... . , ....... de ........ Assinale a alternativa CORRETA. a) susci mas - apesar - difíceis b) sucintas - apezar - difíceis c) suscinras - apczar - dificcis d) sucintas - apesar - difíceis e) sucintas - apczar - dificcis

14 Assinale a alternariva em que rodas as palavras es-

tão grafadas CORRETAMENTE. a) paralisa r, pesquisar, ironizar, deslizar b) alteza, empreza, francesa, miudeza c) cuscus, ch impazé, encharcar, encher d) incenso, abcesso, obccssão, Luís e) ch ineza, marquês, garrucha, meretriz

"Durante a .......... solene era .......... o desinteresse do mestre diante da .......... demonsrrada pelo político." Assinale a alrernativa CORRETA. a} seção - fragramc - incipiência b) sessão - flagrante - insipiência c) sessão - fragrante - incipiência d) cessão - flagrante - incipiência e) seção - flagrante - insipiência

15 Assinala r a alrernativa que preenche corretamente as lacunas em "A ......... presidencial .......... de uma ca mpanha que .......... esclarecedora." a) suceção, nececira, seja b) sucessão, necessira, scje e) sucessão, nececira, seja d) suceção, necessira, seje e) sucessão, necessira, seja

10 Assinale a alternativa cm que a vogal completa

CORRETAMENTE os vocábulos a) i. d ...srilar, pr... vilégio, cr... ação, d ...senteria b) e. quas ... , ... mpecilho, cand ... eiro, crân ... o c) o. cap ... eira, g ... ela, b ... eiro, b ... lir J) u. r<Íb ... a. jab ... ticaba, ch ... visco, b ... liçoso e) i. s ...quer, eferu ... , cr ... ador, pár. .. o 11

16 Dentre as palavras abaixo, indique um sinônimo

de ermo: a) descampado b) campo e) campina d) limiar e) ermida

Se substituirmos a palavra sublinhada pela palavra entre parênteses não alteramos o sentido dos enunciados, EXCETO em a) É o que descrevemos nos culros de procedência banro. (provcn iência)

317


PORTUG UtS DESCOMPLICADO 17

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DETEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

O termo místico designa um indivíduo a) c riador de miros

RELAÇÃO DETERMINANTE-DETERMINADO

b) folaz e) devoro d) céptico e) alienado 18 Na junção d os elemenros seguintes, para formar u ma só palavra, indique a alternativa que corresponde ao emprego ou não do hífen . super + homem pan + americano sub + reptício infi·a + estrut11m a) sim, não, não, sim b) não, não, não, não e) sim, sim, sim, sim d) sim , sim, sim, não e) sim, sim, não, sim 19 Fez um esforço ....... para vencer o campeonato ........ Assinale a alternativa CORRETA. a) sobre-humano, inter- regional b) sobrehumano, interrcgional e) sobreumano, intcrregional d) sobrchumano, inte r-regional e) sobre-humano, intercgional 2 0 Considerando-se que o hífen é empregado corre tamente: nos composros, cujos elemenros, reduzidos ou não, perde ram a sua significação p rópria; nos composros co m o primeiro elemento de forma adjetiva, reduzida ou não. Assinale a alternativa que conrém apenas exemplos cercos, de acordo co m a regra. a) extraordinário, sobre-mesa, anti-higiênico b) ma leducado, mal-humorado, subreino e) arco-íris, tenenrc-coronel, luso-brasileiro d) paraquedista, panamericano, bel-prazer

1

O vocabulário desracado só não tem valor de adjetivo e m a) Aqueles homens gosram de ficar sós. b) Já lhe falei, bastantes vezes, que não irei. c) No Naral, as lojas vendem muito caro. d) Após a greve de fome, ela ficará macérrima. e) Espera-se que rodos façam urna hora extra.

2

Em rodas as opções, o termo ~ublinhado modifica um substantivo, EXCETO cm a) " ... esse cfciro, por sua vez, estimula resposcas de alta magnitude." b) " ... passou por tesLes rigorosos de laboratório. " e) ..... isso faz com que o componamenro agressivo se torne mais frequente." d) " ... são a aprendizagem social, a desinibição da agressão e o despertar emocional. " e) " ... Vários estudos têm provado que as crianças ficam de foco despertas ... "

3

O adjetivo está subsramivado em a) A belC7,a das planras esrava nas suas cores vivas. b) Estavam basranrc tristes e não sabiam a razão. e) O rio passava silencioso, cal mo nas suas dores. d) Ouviu-se, no profundo da terra, a voz ameaçadora. e) Por aquele rempo, o h omem andava muito desesperado.

4

Há correlação entre os rermos destacados em rodas as opções, EXCETO cm a) Ele era um indivíduo que nem estava satisfciro. b) Aquele cam inho ames estreito, esrava com muita modificação. c) As mulheres organizavam festa~ muito satisfciras. d) Crianças, que são reprimidas pelos pais, ficam revoltadas. e) Mariana e Luíza enconrraram seus pais nervosas.

5

O adjetivo sublinhado está em função subsranriva na opção a)"( ... ) cumpre a sua missão humana". b) "( ... )o barro vil da própria v ida (... )". e) "( ... ) que ranro pode ser o tosco abrigo ( .. .)".

GABARITO

01 - D

02-A

03 - A

04-C

OS - D

06-C

07- D

08- D

09 - B

10-D

11 - B

12-A

13-C

14-A

IS - E

16 - A

17-C

18-D

19 - A

20-C

378


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO d) "( ... )ao comezinho conforro marerial ( ... )". e) "( ... ) o pore em que se coze o a limenro dos simples".

6

d) " ... quando se lembrou dela, viu que era preciso susrar a pinrura. "/ Custódio reria ptnsado: Preciso susrar a pintura!" e) " ... no meio do espa nro, esqueceu-lhe a tabuleta."/ D iria o Aires: Espanro-o se proponho Confeiraria do Custód io."

A classificação da palavra sublinhada csrá CORRETA cm a) Na manhã de Sábado, mais rreze corpos foram encomrados. (advérbio) b) Ninguém acredira mais cm milagre econômico. (pronome) c) Marar o elefante é fácil, o duro é remover o cadáver. (substanrivo) d) Ourros rempos vieram, morria o Império, a República nascia mal. (adjccivo) e) Diante do faro consumado, o porra voz do presidente encaminhou o documenro. (verbo)

7

8

9

1O Em rodas as ciraçóes, o termo su blinhado desempenha a função adverbial, EXCETO em a) "Vivos, vivíssi mos só no o lhar. " b) "Mais mortos do que vivos." c) "Não rinham idade, ru;m sexo." d) " ... não sabiam aonde iam." e) "Andavam devagar."

11 Em rodas as alternativas, há correlação entre os termos dcsracados, EXCETO cm a) A si tuação foi considerado gravíssima. b) Todos procedera m educados. c) Este carro deve rer custado caro. d) Alegre e comu nicativo, o menino chegou. e) Meu rio fo i nomead o embaixado r.

Assinale a opção cm que a palavra desracada é um advérbio. a) Um som de clarincra rrcmula perdido no ar. b) A canção se recolhe dolorida. c) Loucas, as fonrcs falarão de amor. d) Devagar, o raio recerá ninhos. e) Rápidos, os vaga-lumes quebrarão a sombra.

12 Em que caso a palavra dcsracada não rem valor adjerivo? a) Um branco, velho, pedia esmolas. b) Um velho, branco, pedia esmolas. c) Só Deus, oniporenre, me pode soco rrer. d) Os viajantes dormiram rranquilos. e) O sabão usado desbotou o verde da camisa.

Apresenra um rermo subsranrivado a esrrucura a) "Dagoberro esrirou o olhar por cima das mangueiras ... " b) "Uma ressurreição de cemirérios antigos ... " e) ''Não rinham prtssa em chegar. .. " <l) " ... e o sol guiava-os nesse forçado nomadismo ... " e)" ... eram comidos pela própria fome ... "

13 Assinale a frase em que o vocábulo MEIO funciona como o advérbio. a) Só quero meio quilo de linguiça. b) Achei-o meio triste. c) Descobri o meio de acertar. d) Parou no meio da rua. e) Comprou um metro e meio de reciclo .

Assinale a alrcrnariva cm qut ambos os vocábulos sublinhados - grancamcntc idênricos - são da mesma classe morfológica a)" ... o pinror suspendeu o trabalho."/ O pintor teria pensado: " Trabalho a parrir das cinco e meia e acabo logo a tabuleta." b) " ... rcconcilou-se com a forma."/ I mpério forma uma oposição com república. c) " ... alguns rapazes que a rinham visro, ao passar na rua, quiseram rasgá-la."/ Teria pensado Cuscód io: "Visto um casaco de alpaca e vou à Rua da Assembleia.

319

14 Em rodas as opções, há correlação entre os termos destacados, EXCETO em a) Tinham passado a noite em claro, o uvindo P edro remexer-se inquieto . b) O índio sentou-se pachorren to , junco da porta, t contou-lhes uma história. e) Chegou a noite e as d uas muJheres atiraram-se no chão, extenua d as.


PORTLG UtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS 18 Sublinhou-se um termo que modifica o verbo cm

d ) Os castelha nos têm tu do q ue querem, fácil e ligeiro. e; Amaral, b rincava, meio impaciente, com a argola d o rebenq ue.

a)" .. . os dois ficassem enrre amigos." b) " ... estou desolado com tudo isso." c) "O regulamento do prédio é explícito ... " d) 'Todos esses números são comportados e silenciosos." e)" ... a v ida é curta."

15 O termo destacado é um nome desempenhando fu nção de adjetivo em a) Às vezes, iam com ele alguns co m panheiros; às vezes ele ia só . b ) Denrro em pouco u ma fu macinha aponcava lon ge. c) E le ap anho u a escrada b asta n te movimenrada. d) Enrão , gan hava rápido a superfície, sabendo que u m segundo mais morreria . e) O lhava para o p róprio sexo que mal rocava a superfície.

19 Desempenha função adjetiva o termo sublinhado em a) "Expulso de seu paraíso por espadas de fogo. " b) " ... cresciam, como se o venco os levantasse ." c) " ... em vez de ser levado por ela." d) " .. . olhando para trás, como quem quer volrar." e)" ... o cheiro enjoarivo do melado que lhes exarcebava os estômagos jejunos.

20 Há um adjetivo subsranrivado cm a) Aos poucos foi senrindo crescer o estranho predomín io de Joaquim José sobre o seu espírito, foi scncindo o peso daquela censura silenciosa. b) Meia légua adiante, Joaquim José deixava o rrilho e ganhava de novo a estrada, para ficar à espera do irmão, tirirando de frio. c) Sua coragem era insrinriva, enfrentava o perigo inconscien temente, obedecia a uma força interior, desconhecida e misteriosa. d) Os grandes olhos limidos de meiguice, o doce sorriso, a rez delicada em que o moreno se misrurava ao róseo, rudo nela enlouquecia- o. e) Compreendia a revolta do filho e admirava-lhe o espírito de justiça, a bondade inata, o horror à violência.

16 "Os leigos sem p re se medicaram por conra própria, já que de médico e louco todos temos um pouco - mas, esse problema jamais adquiriu conro rnos ráo preocupanrcs no Brasil. .." (MEDEIROS, Geraldo - Veja, 18 de de-Lembro, 1985).

Assinale a alternativa I NCO RRET A. a} "jamais" mod ifica o vocábulo "adqu iriu". b) "ráo" m odi fica o vocábulo "preocupanres". e: "preocupa nrcs,, modi fica o vocábulo "concornos " . d) " própria" modifica o vocábulo "conra". ·fi ca o voca'b u 1o "Ie1gos · ". e ') "semp re " mo d 1

17 Em rod as op ções há correlações enrre os ccrmos em des taque, EXCETO em a) Era u m a mulher extremamente b ela e maliciosa. b.l N unca ele sabia por q ue era cão con fuso e n ervoso. c) Deixaram todos os homens, daquele lugar, co m p letamen te surp resos. d) Certam ente nós haveríamos de vencer, corajosos, a ral baralha. e) N in guém, naquele fim de mundo, poderia ser sin gelo .

G ABARITO

320

01-C

02- E

06-C 11-C

07 - D 12 - E

16-E

17 - C

03-0 08-A

04-C

05 - E 10-C

13- B

09 - C 14 - 0

15-A

18-A

19 - A

20-D


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

CLASSES DE PALAVRAS 1

a) 2 - 4 - 5 - 3 - 1 b) 4 - 5 - 3 - l - 2 c) 5 - 3 - 1 - 2 - 4

Assinale a frase em que " MEIO" func iona como advérbio. a) Só quero meio dia de paz. b) Achei-o meio confuso.

d) 3 - l - 2 - 4 - 5 e) 1 - 2 - 4 - 5 - 3

c) Descobri o meio de acenar a questão. <l) Parou no meio da rua. e) Comprou um metro e meio de linho. 2

3

Assinale a alternativa CORRETA. a) Seiscentismo se refere ao século XVI. b) O algarismo romano da frase anterior se lê: décimo sexto. c) Duodécuplo significa duas vezes; dodécuplo, doze vezes. d) Ambos os dois é forma enfácica. e) Quadragésimo, quarentena, quadragésima, quaresma só aparentemente se referem a quarenta. "Podem acusar-me: estou com a consciência tranquila." Os dois pontos do período acima po-

5

Em "A maneira como respo nde u é estranha'', a palavra grifada é a) advérbio b) pronome relativo c) pronome indefinido d) conjunção subordinada causal e) conjunção subordinada com pa rativa

6

Talvez seja bom que o proprietá rio do imóvel possa desconfiar de que ele não é tão imóvel assim . A palavra desracada é, RESPECTIVAMENT E , a) substantivo e subsrantivo b) substantivo e adjetivo c) adjetivo e verbo <l) advérbio e adjetivo e) adjetivo e advérbio

7

Assinale a alternativa correspondente à classe gramatical da palavra a , respecrivamenre: Esra gravara é a que recebi; Eswu d isposto a tudo; F iquei contente com a nora; Comprei-a logo q ue a vi. a) arrigo - arcigo - preposição - p reposição b) preposição - a rtigo - p ro no m e demonstrativo - artigo c) pronome demonstrativo - preposição - ~m igo pronome pessoal d) pronome pessoal - preposição - artigo - p ro nome pessoal e) nenhuma das alternativas

8

No rrecho: "Todo romancisra, todo poeta, quaisquer que sejam os rodeios que possa faze r a reo ria literária, deve falar de ... o mund o e o escritor fala, eis a literawra." A palavra desracada e: a) advérbio de incl usão b) advérbio de designação c) conjunção subord inativa d ) palavra deno radora de incl usão e) palavra denotadora de designação

9

Assinale a opção em q ue o A é, res pecrivamenre, arrigo, pronome pessoal e p reposição

deriam ser subsricuídos por vírgula, explicando-se o nexo entre as duas orações pela conjunção a) porranro b) e c) como d) pois e) embora 4

Classifique as palavras como nas construções seguintes, numerando, convenientemente, os parênteses 1) preposição 2) co nj. subord. causal 3) co nj. subord. conformativa 4) conj . coord . aditiva 5) adv. interrogativo de modo ) Perguntamos como chegaste aqui. ) Percorrera as salas com o eu mandara. ) Tinha-o como amigo. ) Com o estivesse frio, fiquei em casa. ) Tanto ele como o irmão são meus amigos.

321


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS 14 Há o ERRO quanto ao emprego cio artigo em

a) Esta é a significação a que me referi e não a que entendeste. b) A dificuldade é grande e sei que a resolverei a curro prazo. c) A escrava declarou que preferia a morte à escravidão, d) Esta é a casa que comprei e não a que vendi a ele. e) A que cometeu a falra receberá a punição.

a) Em certos momentos, as pessoas as mais corajosas se acovardam. b) Em certos momentos, as pessoas mais corajosas se acovardam. c) Em certos momentos, pessoas as mais corajosas se acovardam. d) Em certos momentos, as mais corajosas pessoas se acovardam.

10 Ac;sinale a aJcernariva cuja relaçáo esteja INCORRETA.

15 Assinale a alternativa c m que aparece a conjunção

a) Sorria às crianças que passavam - pronome relativo b) Declararam que nada sabem - conjunção incegranre c) Que aJegre manifestação a sua - advérbio de imensidade d) Que enigmas há nesta vida - pronome adjetivo indefinido e) Uma ilha que não consra no mapa - conjunçáo coord. explicativa

fina l que. a) Não sei que digo a você. b) Cinco dias são passados que dali saímos. c) Peço a Deus que te faça venruroso. d) Crio csras crianças, que vês, que refrigério ~e­ jam da minha velhice.

16 Em "A geme não pode dormir I com os oradores e os pernilongos", a expressão sublinhada pode indicar ideia de

11 AssinaJe a única aJternativa cm gue há ERRO.

a) companhia

a) Nem rodas opiniões são valiosas. b) Disse-me que conhece rodo o Brasil. c) Leu todos os dez romances do cscriror. d) Andou por Portugal rodo. e) Todas as cinco, menos uma, estão correras.

12

b) insrrumenro c) consequência

<l) modo e) causa

T~iplo e tríplice são numerais a) ordinal o primeiro e multiplicativo o segundo b) ambos ordinais c) ambos card inais d ) ambos multiplicativos e) multiplicativo o primeiro e ordinal o segundo

17 Em "Vem caindo devagar / Tão devagar vem caindo / Que dá rempo a um passarinho .... "

A palavra que dá ideia de a) comparação b) oposição c) condição

13 Assinale a oração em que o termo cego (s) é um

d) causa

adjetivo. a) Os cegos habiranres de um mundo esquemático, sabem onde ir. .. b) O cego de Ipanema representava naquele momento todas as alegorias da noite escura da alma ... c) Todos os cálculos do cego se desfaziam na turbulência do álcool. d) Naquele insranre era só um pobre cego. e) ... da Terra que é um globo cego girando no caos.

e) consequência

18 Assinale a alternariva cm que a palavra em desraque é pronome a) O homem que chegou é meu amigo. b) Notei um quê de trisreza em seu rosto. c) Importa que compareçamos. d) E le é que disse isso! e) Vão rer ~dizer a verdade.

322


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO 19 "Ele era um bom profissional, no enranco não o

3

"O embarque dos passageiros será feiro no aterro". Os dois termos sublinhados represtntam, RESPECTIVAMENTE, casos de a) palavra primitiva e palavra primitiva b) conversão e formação regressiva c) formação regressiva e conversão d) derivação prefixai e palavra p rimitiva e) formação regressiva e formaçáo regressiva

4

O vocábulo catedral, do ponto de vista de sua formação é a) primitivo b) composto por aglutinação c) derivação sufixal d) parassintérico e) derivado regressivo de catedrático

5

A formação do vocábulo sublinhado na expressão "o canto das sereias" é a) composição por justaposição b) derivação regressiva c) derivação prefixai d) derivação sufixal e) palavra primitiva

6

Todm os verbos seguinres são formados por parassíntese (derivação parassinrécica), EXCETO a) endireitar b) arormenrar c) enlouquecer d) desvalorizar e) sorerrar

7

Assinale a alternativa em que a primeira palavra apresenta sufixo formador de advérbio e, a segunda, sufixo formador de substantivo a) perfeitamente, varrendo b) provavclmenre, erro c) lentamente, explicação d) arrevimenro, ignorância e) proveniente, furtado

8

As palavras adivinhar, adivinho e adivinhação têm a mesma raiz, por isso são cognatas. Assinale a alternativa em q ue não ocorrem três cognaros a) alguém - algo - algum

concrararam." Começando-se com "Não o conrrararam, ... " reríamos a seguinte conjunção subordinativa: a) por isso b) mas c) uma vez que <l) encreranco e) ainda que 20

Ele assumiu a chefia do cargo, embora não estivesse preparado para isso. Começando-se com "Ele não cswva ... "reríamos a seguince conjunção coordenativa: a) rodavia b) de forma que c) porquanto d) desde que:: e) conforme

GABARITO 01 - B

02 - D

03 - D

04-C

05- B

06- B

07 - C

08 - B

09-13

10-E

11-A

12- D

13- E

14 - A

15 - C

ló - E

17 - E

18-A

19- E

20-A

FORMAÇÃO DE PALAVRAS 1

2

Nas palavras: aten uado, televisã o , p ercurso , remos, respecrivamente, os seguintes processos de formação das palavras a) parassíntese, hibridismo, prefixação b) aglutinação, justaposição, sufixação c) sufixação, aglutinação, justaposição d) justaposição, prefixação, parassíntese e) hibridismo, parassíncese, hibridismo Em qual dos irens abaixo está presente um caso de derivação parassintérica a) operaçãozinha b) conversinha e) principalmente d) assustadora e) obrigadinho

323


PORTLGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

b) ler - leirnra - lição e) ensinar - ensino - ensinamenro

d) viver - vida - vidente 9

As palavras expatriar, amoral, aguardente são fo rmadas por a) derivaçfo parassintética, prefixai, composição por aglucinação b) derivação sufixal, prefixai. composição por aglucinaçáo c) derivação prefixai, prefixai, composição por jusraposiçáo d ) derivação parassinrérica, sufixal, composiçáo por aglutinação e) derivação prefixai, prefixai, composição por justaposição

c) composição por aglucinação, derivação por sufixação e derivação por sufixação d) composição por justaposição, derivação por sufixação e composição por aglucinação e) composição por aglutinação, derivação por sufixação e derivação por prefixação 14 Assinale a alcernaciva que regiscra a palavra que cem o sufixo formador de advérbio a) desesperança b) pessimismo c) empobrecimento d) cxcrcmamcnce e) sociedade

15 Os vocábulos aprimorar e encerrar classificam-se, guanco ao processo de formação de palavras, respeccivamentc, cm a) parassíntese - prefixação b) parassínrese - parassínrcsc c) prefixação - parassínrese d) sufixação - prefixação e sufixação e) prefixação e sufixação - prefixação

1O As palavras en tardecer, desprestígio e oneroso são formadas, respcccivamenre, por a) prefixação, sufixação e parassínrese b) sufixação, prefixação e parassínrese c) parassíntcse, sufixaçáo e prefixação d) sufixação, parassínrcsc e prefixação e) parassímcse, prefixação e sufixação

16 Considerando o processo de formação de pala-

11 Fo ram formadas pelo mesmo processo as seguintes palavras a) vendavais, naufrágios, polêmicas b) descompõem, desempregados, desejava c) estendendo, escritório, espírito d) quieraçáo, sabonete, nadador e) religião, irmão, solidão

vras, relacione a coluna da direita com a da esquerda. (l) derivação imprópria prefixação prefixação e sufixação sufixação composição por jusraposiçáo (

(2) (3) (4) (5)

12 O adjetivo formato a panir de inveja é a) invcjozo b) invejeiro c) invejado <l) invejoso e) invcjador

) desenredo ) narrador ) infinicamcncc ) o voar ) pão de mel

a) 3, 4, 2, 5, 1 b) 2, 4, 3, 1, 5 c)4, 1,5,3,2 <l) 2, 4, 3, 5, 1

e)4, l,5,2,3 17 Assina le a alccrnaciva em gue as duas palavras são formadas por parassíntesc. a) indisciplinado - desperdiçar b) incineração - indescritível c) despedaçar - composcagem d) endeusado - envergonhar e) descamisa<lo - desonestidade

13 Assinale a alrcrnaciva que indique correcamenre o processo de formação das palavras sem-cerra, serrnn isra e desconhecido a) composição por justaposição, derivação por sufixação, derivação por prefixação e sufixação b; composição por aglutinação, derivação por sufixação e derivação por parassínrese

324


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO 18 Assinale a alternativa CORRETA quanto à formação das seguintes palavras: girassol, descampado, vinagre, irreal. a) sufixação, parassíntese, aglutinação, prefixação b) justaposição, prefixação e sufixação, aglutinação, prefixação c) jusraposiçáo, prefixação e sufixação, sufixação, parassíntese d) sufixação, parassíntcse, derivação regressiva, sufixação e) aglucinação, prefixação, aglurinaçáo, jusraposiçáo

PRONOME 1

20 A palavra engrossar apresenta o mesmo processo de formação de a) cmbalançar b) abstrair e) encaixotar d) encobrir e) perfurar

2

"Alguém, ames que Pedro o fizesse, teve vontade de falar o que fo i dito." Os prono mes assinalados dispõem-se nesta ordem a) de tratamento, pessoal, oblíquo, dcmonsLrativo b) indefinido, rcl;uivo, pessoal, relativo c) demomrrativo, relativo, pessoal, indcfin' do d) indefinido, relarivo, demonstrativo, rela:ivo e) indefinido, dcmonsrrativo, demonstrativo, 1elativo

3

Na frase: "Chegou Pedro, Maria e o seu filho dela", o pronome possessivo csrá reforçado para: a) ênfase b) elegância e estilo c) figura de harmonia d) clareza

4

Assinale a alternativa cm que o pronome pessoal está empregado CORRETAMENTE. a) Este é um problema para mim resolver. b) Entre eu e cu não h<\ mais nada. c) A questão deve ser resolvida por eu e você. d) Para mim, viajar de avião é um suplício. e) Quamo volrei a si, não sabia onde me encontrava.

5

Suponha que você deseje dirigir-se a personalidades eminentes, cujos títulos são: papa, juiz, cardeal, rei cor e coronel. Assinale a alrernativa que contém a abreviarura CORRETA da "expressão de rratamenco" correspondence ao ríwlo enumerado a) Papa ............... V. Sa b)Juiz ... .. .. .......... V . Ema c) Cardeal ........... V.M. d) Reitor ............. .. V. Maga e) Coronel ............ V. A.

GABARITO 01-A

02- D

06-D

07-C

03 - E 08 - o

04 -C

11-D

12 - D

13 - A

09-A 14-0

16 - B

17-D

18- B

19 - D

A única frase em que há ERRO no emprego do pronome oblíquo é a) Eu o conheço muito bem. b) Devemos preveni-lo do perigo. c) Falrava-lhe experiência. d) A mãe amava-a muito. e) Farei rudo para li vrar-lhe desta situação.

19 As palavras esquartejar, d esculpa e irreconhecível foram formadas, respectivamente, pelos processos de a) sufixação - prefixação - parassíntcse b) sufixação - derivação regressiva - prefixação e) composição por aglutinação - prefixação - sufixação d) parassínrese - derivação regressiva - prefixação e) parassíncese - derivação imprópria - parassíncese

:

05- B 10-E 15- B 20 - C

325


PORTUGUtS DESCOMPLICADO 6

7

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Assinale o irem cm que há ERRO quanco ao emprego dos pronomes se, si ou cons ig o . a) Feriu-se quando brincava com o revólver e o virou para si. b) Ele só cuidava de si. c) Quando V. Sa vier, craga consigo a informação pedida. d) Ele se arroga o direito de vcrar tais artigo!>. e) Espere um momento, pois renho de f.'llar contigo.

11

rodo. III. Ficarei no lugar onde cnconrro-me. 1 cm sombra. TV. Quando me vi sozinho, tremi de medo. A ênclise e a próclise foram corrcramente emprcgadas a) nas orações 1 e II b) nas orações lII e IV c) nas orações 1 e l!I d) nas oraçôes 11 e IV e) cm rodas as orações

Assinale a alrernariva que preencha CORRETAMENTE as lacunas da frase ao lado: " ............................ da cerra natal, ...................... . para as amigas sensações adormecidas." a) Nos lemb rando - despenamos-nos b) Nos lembrando - despcrramo-nos c ) Lembrando-nos - desperramos-nos

12 Devemos ......... da tempestade. Assinale a alternativa CORRETA.

d) Nos lembrando - nos despcrrarnos e) Lembrando-nos - desperramo-nos 8

9

Nas frases abaixo Os milidos corriam barulhemos, me pedindo dinheiro. II. Dizia ele cousas engraçadas, coçando ·~c

I.

a) resguardar-mo-nos b) resguardar-nos c) resguardarmos-nos d) resguardarmo-nos e) resguardar-mos

Indique cm que alrcrnaciva O!> pronomes esráo bem empregados. a Deixou ele sair. b) Mandou-lhe ficar de guarda. cl Permitiu-lhe, a ele, fazer a ronda. d) Procuram-o por wda a parrc.

13 Assinale a ahernativa em que a colocação pronominal N ÃO corresponde ao que preceirua a gramática a) Há muicas esrrdas que nos <ltraem a acençáo. b) Jamais dar-te-ia tanta explicação, se não fossc~ pessoa de ranro merecimcnco. c) A este compete, cm se tratando do corpo da Pátria, revigorá-lo com o sangue do rrahalho. d) Não o realizaria, entrecanto, se a árvore não sc mantivesse verde sob a neve.

Assinale a alrernariva I NCORRETA. a Aquela não era casa para mim, comprá-la com que dinheiro? b) Entre eu e ela nada ficou acenado. c) Estava falando com nós dois. d) Aquela viagem, quem não a faria? e; Viram-no mas não o chamaram.

14 Assinale a alcernaciva CORRETA.

10 Os técnicos .......... bem para os jogos, mas, .. .... .. . concra nova derrota, pediam que treinasse ainda mais. Assinale a alccrnariva CORRETA. a) o haviam preparado - se renrando precaver b haviam preparado-o - se remando precaver c) haviam preparado-o - remando preca\•er-se d 1 haviam-no preparado - se tentando precaver e) haviam-no preparado - tentando precaver-se

Os projetos que .......... estão cm ordem; ......... .. ainda hoje, conforme .......... . a) enviaram-me, devolvê-los-ei, lhes prometi b) enviaram-me, os dc\·olverei, lhes promcri c) enviaram-me, os devolverei, prometi-lhes d) me enviaram, os devolverei, prometi-lhes e) me enviaram, devolvê-lo~-c.:i, lhes prometi

326


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO 15 Assinale a alcernaciva CORRETA. Quando ......... . as provas, .......... imediacamence. a) lhes cncregarem, corrijam -as b) lhes encregarern, corrijam c) lhes enrrcgarem, corrijam-nas d) encregarem-lhes, corrijam-as

20 Assinale a alrernariva ERRADA quanro à colocação pronominal. a) Apesar d e se concrariarem não me fariam mudar de ide ia. b) Que Deus rc acompanhe por roda a pane. e) Isso não me admira: eu também contrariei-me com o caso. d) Conforme foi decidido espero que rodos se compenetrem d e seu dever.

e) enrregarem-lhes, as corrijam

16 Assinale a alccrnaciva CORRETA. Quem .......... estragado q ue .......... de ..... ..... . a) o rrouxe - encarregue-se - consercá-lo b) o rrouxe - se encarregue - conserrá-lo c) rrouxe-o - se encarregue - o consercar d) rrouxe-o - se encarregue - conserrá-lo e) rrouxe-o - encarregue-se - o conserrar

GABARITO

17 Aponce a senrença que deverá ser corrigida. a) Poderá resolver-se o caso imediacamenre. b) Sabes o que se deverá dizer ao professor? c) Poder-se-á resolver o caso imediaramenre.

04-0

05-0

07-C

03 - o 08-C

09 - B

10 - E

11- D

12- B

13-B

14-E

15 -C

16- B

17-E

18-C

19 - B

20 -C

01- E

02 -E

06- E

d) Sabe o que deverá dizer-se ao professor? e) Poderá-se resolver o caso imediaramenre. 18 Assinale a única alrernariva em que haja ERRO no emprego dos pronomes. a) Vossa Excelência e seus convidados. b) Mandou-me embora mais cedo. c) Vou esrar consigo amanhã. d) Vós e vossa Família estais convidados para a fcsi:a. e) Deixei-o encarregado da curma.

. 1

Assinale a opção que compleca CORRETAMENTE a lacuna abaixo. Se quiseres vencer o jogo, _ _ _ bem. a) prepara-se b) prepara-te e) preparas-te d) prepare-se e) prepare-re

2

Assinale a opção que completa CORRETAMENTE as lacunas abaixo. Necessiro de rua cooperação. _____ cá e _ _ _ _-me. Não de atender-me. a) vem , ajude, deixe b) venhas, ajudes, deixas e) vem, ajuda, deixes d) venha, ajudes, deixes e) venha, ajuda, d eixes

19 Observe os períodos abaixo l. Nunca soubemos quem roubava-nos nas medidas. II. Pouco se sabe a respeiro de novas fonres energécicas. Ili. Nada chegava a impressioná-lo na juvenrude. IV. Dar-lhe-emos novas oporrunidades. V. Eles apressaram-se a convidar-nos para a fesra. a) Estão correcas I, IT, ITT b) Estão correras II, III, IV, V c) Estão correras ITT, IV, V d) Esrão correras II , JTI, IV e) Esrão correras 1, JII, IV

327

VERBO


PORTUGUtS DESCOMPLICADO 3

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

A'sinale a opção que completa CORRETAM ENTE a lacuna. F~ça o que lhe recomendamos e não

8

Assinale a opção que completa CORRETAMENTE as lacunas. Se ourra questão, em lugar desta que rc agrada mais, estás aurorizado, _ _ _ _ _ __ a) propor - propõe-na b) propuser - propon ha-a c) propuser - propõe-na d) propor - proponha-b e) propuseres - propõe-na Assinale a opção que completa CORRETAMEN TE as lacunas. O garoro se olhando as figuras, até que os colegas se a partir. a) enrrercvc - disporam b) entrcrem - dispuseram c) encrereu - dispuseram d) entrercve - dispuseram e) encrereu - dispuseram

a) ce arrependerás b) se arrependerá c) se arrependerão d) re arrependereis e) vos arrependereis

4

A~sinale

a opção que complera CORRETAM ENTE a lacuna. Embora esforçado, não conseguirás fazer o rabalho sozinho. a) seja b) és c) fosses d) sejas e) sejais

9

5

füsinalc a opção que complera CORRETAM ENTE a lacuna. N;ío _ __ _ e e.liga a verdade. a) rirubeia b) tirubeie c) rirubciem d) titubeias e) rirubeiais

10 Assinale a opção que completa CORRETAMENTE as lacunas.

6

7

Se você um recurso, ralvez _ _ __ a propriedade. a) interpor - reavenha b) inrerpóe - reavesse c) interpuser - reaveja d) interpusesse - reouvesse e) incerpor - reaveja

Assinale a opção que complera CORRETAMENTE a lacuna. Qua ndo _ __ _ , vem à minha casa. a) puder b) puderdes c) puderes c.l) pudesses e) poderes

11 Assinale a opção que completa CORRETA-

MENTE as lacunas. Quando rodos se a trabalhar juncos, _ _ __ um faro que seu ímpeto. a) d ispuseram - sobrcviu - dr.::teve b) disparam - sobreveio dercu c) dispuseram - sobrevcio - dereve d) disporam - sobreviu - detc\'e e) dispuseram - sobreviu dercu

As~inale

a opção que completa CORRETAM ENTE as lacuna. Se nos ao que nos diz respeiro, não llw daremos margem a nos algo que nos _ _ __ _ a) b) c) d) e)

12

ttivermos - propuserem - humilha arermos - propuserem - humi lhe uivermos - proporem - humilhe arermos - propuserem - humilha nivermos - propuserem - humilhe

328

Preencha as lacunas com :i forma adequada <lo verbo enrre parênreses e a seguir assinale a opção CORRETA. l) M uiro zangada, a mãe ordenou à filha: " (cerzir) já estas meias, ou n:ío te deixarei sair de casa". 2) Concando o caso, o policial rclarou: "fü!>im os capangas (intervir), de _ __


FLÁVIA RITA COUTINHO SARV1ENTO (reaver) o revólver que deixara cair e consegui prendê-los". 3) Mesmo que w, da e eu (provir) de classes abastadas (o que não é verdade), nada jmlificaria esses desperdícios. 4) Não (permitir). Senhor, que nos _ _ _ (arer-se) aos que vos magoam. 5) Ordenei: " (agir) de acordo com tua consciência e não a (anrepor) às vaidades pessoais". a) cirze. intervieram, reouve, proviéssemos. permicais. arenhamos, age, anceponhas. b) cerLe, incerviram, reouve, provissem, permitais, atenhamos, age, antepõe. e) cirza, incerviram, reouve, provêssemos, permi tais, arenhamos, age. anteponhas. d) cc11e, intervieram, reavi, proviessem, permitais. ~nenhamos, age, anteponhas. e) ciílc, inrervieram, reouve. proviéssemos, pcrm itais, :tten hamos, age, a nceponde. 13 Assinale a frase em que os verbos estão empregados CORRETAMENTE. a) Fora ele benquisco e não teria sido expulso. b) Precavém-re dos que te bajulam. c) Não o tinham morro propositalmenre, mas um suspeito fora preso. d) Quando se perfazerem os quinhentos, substicua-os e) F imprescindível que reavcja o dinheiro mal gasw.

a) viemos, interveio, desaviram b) vimos, interveio, desavieram c) vimos, incerviu, desavieram d) viemos, interviu, desaviram e) ''iemos, inrerviu, desavinham

16 Assinale a opção que complcra CORRETAMENTE as lacunas. Os sent imentos altruístas e a aperfeiçoar-se, à medida que o homem se _ __ comando um ser social. a) nasceram, continuarão, roi b) nasceram, continuaram, for c) nascem, continuam, vai d) nascem, continuam , ro i e) nasceram, continuam, ia

17 Assinale a opção que completa CORRETAMENTE as lacunas. tranquilo se esra p.1lavra _ _ _ _ __ todos os documentos. a) ficaria, continha b) ficaria, contivesse c) ficava, continha d) ficaria, comesse e) focarei, conter

18 Assinale a opção que completa CORRETAMENTE as lacunas. Ainda que e, portanto, nossas opiniões _ _ _ _ não é jusco que se , daí, cermos agido de má fé.

14 Assinale a opção que complera CORRETAMENTE as lacunas. Ao lugar de onde eles - - - - - - - diversas romarias. a) provém, aAuem b) provém, aAue c) provém, aflui d) proveem, aíluem e) provêm, afluem

a) disscntimos, divirjam, in fore b) disscncimos, divergem, infere c) <lissincamos, divergem, infira d) dissinramos, divirjam, infira e) dissincamos, divirjam, infore

19 Preencha os espaços em branco com os verbos dos parênteses, nos tempos e modos indicados e, cm seguida, assinale a alternativa CORRETA. 1) Esras alunas aqui todos os dia .... (vir presente do indicativo) 2) São parentes que não se há muitos anos. (ver - presente <lo indicativo) 3) Mónica, prepare-se;:, pois nós

15 Assinale a opção que completa CORRETAMENTE as lacunas. Se você vem para apoiá-lo, _____ por outra razão: já que ele no caso, os amigos não se _ _ __ _

329


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

aqui para trazer-lhe más norícias (vir - presenre do ind icativo) . 4) Carlos e Alberro esperam que eu e você _ _ _ _ _ as passagens para eles. (providenciar - presence do subjunrivo). 5) Acredico mesmo que Judite e Marisa _____ comigo n:iquele carro. (ir - pn:sente do subju nrivo) . a) veem , vêm, vimos, p rovidenciamos, vão. b) veem, veem, viemos, providenciamos, vão. c) vem, vêm, viemos, providenciemos, vão. d) vêm, veem, vimos, providenciemos, vão. e) veem, vêm, viremos, providenciamos, vai.

ANÁLISE SINTÁTICA 1

Das exprcssõcs subli nhadas abaixo, com as ideia~ de tempo ou lugar, a única que: tem a funç:ío sintâcica do adjunto adverbial é a) "Já ouvi os poetas de Aracaju" b) "arravessar os subúrbios escuros e sujos" e) "passar a noite de inverno debaixo da ponte:" d) "Queria agora caminhar com os ladrões pela noite" e) "senrindo no coração as pancadas dos pés d,h mulheres da noire"

2

A classificação dos verbos sublinhados, quanro :1 predicação, fo i feira CORRETAMENTE em a) "Não nos olhou o rosto. A vergonha foi enorme." - cransitivo direto e indireto b) "Procura insistenremente perturbar-me a memória." - transitivo direto c) "Fiquei, duranre as férias, no sítio de mcu~ avós." - de ligação d) "Para consegu ir o prêmio, M:írio reconhccc:u-nos imediatamente." - transitivo indireto e) "Ela nos cnconrrará, portanto é só fazer o (1l'dido." - transitivo indireto

3

"Ele observou-a e achou aquele.: gesm feio, g.rm seiro, masçulinizado." Os rcrmos sublinhados são a) pred icacivos do objeto b) objeros diretos c) predicativos do sujciro d) adjuntos adverbiais de modo e) adjuntos adnominais

4

"Lembro-me de que ele só ~ts:wa camisas bran ili·" A oração sublinhada é a) subordinada subscanciva completiva nominal b) subordinada subscanciva objetiva indircca c) subordinada subsranriva predicativa d) subordinada subsra1Hiva su bjcriva e) su bordinada substanciva objcriva direra

5

Na passagem "O receio é subsriruído pelo pavor, pelo respeiro, pela emoção. que emudece e par.1lisa." Os termos sublinhados são a) complementos nominais; oração subordinada adverb ial concessiva b) adjuntos adnominais; oração subordinada adverbial comparaciva

20 Preencha os espaços com os verbos d os parênteses, nos rcmpos e modos ind icados e, em seguida, assinale a alrernariva CORRETA 1) Eu ainda não :is provas. (corrigir prcrérito mais-que-perfeito simples do indicativo) . (chegar 2) C reio q ue os no ivos já p relérito perfeito com posto do subjuntivo) 3) Venham, amigos, que cu por suas companhias (ansiar - presente do indicarÍ\·o) 4) Se não chegássemos cedo, não - - - - lugar para sentar. (encontrar - fuwro do prctéri co composto do ind icativo) rnuiros estragos 5) Os gafo nhoros naquela lavoura. (fazer - pretériro mais-que-perfeito composro do indicativo) a) corrigira, tenham chegado, anseio, teríamos encon trado, rinharn fe ito; b) corrigiu , tenha chegado, anseio, rerem os e ncontrado, tinham fe ico; c) corrigira, tenham chegado, anseio, teremos encontrado, tinham feito; d) corrigi ra, tinha chegado, anseio, teríamos encontrado, tivera feito; e) corrig i, re nho chegado, anseia teríamos encontrad o, tivera feito .

GABARITO 05- B

08- E

09 -

o o

13-A

14 - E

15 - B

18-0

19-D

20 -A

01 -- B

02-C

03- B

04-

06-C

07

E

11- C

12 - A

16-C

17- B

10 -D

330


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO e) agences da passiva; oração subordinada adjeci-

<l) O oficial pcrgunrou de onde vinha, e se não

va

sabia norícias de Anrônio Silvino. e) l-,ra c.lirícil para o ladrão procurar os engenhos da dr1.ea. ou meter-se para os lados de Goiana

d) objeco~ direros; oração subordinada adjeciva e) objetos indirecos; oração subordinada adverbial comparativa 6

7

Neste período "Não bare para cortar.", a oração "para cortar" cm relação a "não bate", é a) ,1 causa d) a explicação b) o modo e) a fin.1lidade e) a consequência

8

"() corpo. a alma do carpinrciro não podem ser mais brlllos do que a madeira." A função sinrálica dos termos sublinhados é, pela ordem, a) objeto direto - predicacivo do sujeira b) sujeito - sujeim c) predicativo do sujeiro - sujeito d) objeto direro - prc<licarivo do sujeito e) predicativo do sujciro - predicativo do sujeiro

9

1O "Não se sabe \e é verdade ou não." Os dois "ses" que aparecem no rexm são, conforme a sua colocaçao, a) partícula apassivadora - pronome reflexivo, sujeito b) panícula apassivadora - conjunção integrante c) panícula inrcgrame do verbo - conj unção condicional d) índice de indeterminação do sujeiro - partícula de realce e) panícula inregranre do verbo - conjunç·ão intcgran u:

Observe os rermos sublinhados na passagem "O rio vai às margens. Vem com força de açude arrombado." Os termos sublinhados são, RESPECTIVAMENTE a) predicativo do sujeito e adjunro adnominal de modo b) adjunto adverbial de modo e adjunro adno111 i nal e) adjunto adverbial de lugar e adjunto adverbial de modo d) adjunro adverbial de modo e objem indirero e) adjunto adverbial de lugar e complemento nominal

11

Classifique as palavras como nas construções seguintes, numerando, convenientemente, os par~nreses. Em ~eguida, assinale a sequência CO RRETA. 1) prcposiç;io 2) conj. subord. causal 3) conj. subord. conformariva 4) conj. coord. aditiva 5) a<lv. inrcrrogarivo de modo ( ) Perguntamos como chegaste aqui. ( ) Percorrera as salas como eu mandara. ( ) Tinha-o como amigo. ( ) Como estivesse frio, fiquei em casa. ( ) Tanro ele como o irmão são meus amigos. a) 2 - 4 - 5 - 3 - 1

b) 4 - 5 - 3 - 1 - 2 e) 5 - 3 - 1 - 2 - 4 d)3 - 1 - 2 - 4 - 5 e) 1 - 2 - 4 - 5 - 3

Em todos os períodos, h;í orações subordinadas substanrivas, EXCETO em a) O foco era que a escravatura do Santa Fé não and,l\a nas foscas do Pilar, não vi,·ia no coco como a do Sanra Rosa. b) Não lhe cocara no assumo, mas teve vonrade de tomar o rrem e ir valer-se do presidente. e) Um dia aquele Lula faria o mesmo com a sua filha, faria o mesmo com o engenho que ele fund:ua com o suor de seu rosto.

12 A respeiro do seguinre texto, faça o que se pede: "O lotação ia de Copacabana para o cencro. com lugares vazios, cada passageiro pensando na vida; é o gênero de transporte onde menos vicej i a flor <la comunicaçáo humana. Quando, em Bo·afogo, ouvia-se a voz de um senhor atrás: - Olhe aqui, vou arender a você, mas náo faça mais isso, ouviu? É muito feio pedir dínheiro para os outros. Na sua idade eu já dava duro e ajudava em casa." (Drummond)

337


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS 18 bn "E quando o brotinho lhe telefonou, dias de-

A vírgula separando a expressão em Botafogo foi usada para separar a) palavra de mesma runçáo sinrática b l uma expressão explicativa e) aposro d 1 oração adverbial com verbo oculto e) adjunco adverbial deslocado

pois, comunicando que eswdava o modernismo, c dencro do modernismo sua obra, para que: o pro fcssor lhe sugerira concato pessoal com o all(or, ficou assanhadíssimo e paternal a um tempo", os verbos assinalados são, RESPECTIVAMENTE a) transitivo direto, transirivo indireto, dc ligação, rransirivo din:ro e indireto b) transitivo direto e indircro, transitivo direto. transirivo indireto, de ligação c) transirivo indireto, transitivo direro e indirew, transitivo direto, de ligaçáo d) rransicivo indirew, transitivo dircco, transitivo direto e indireto, de ligação e) rransirivo indireto, rransicivo direto e indirew, de ligação, transitivo dircro

13 Em "Há enganos Q!.JLllOS deleitam", a oração grifoda é a) substanciva subjetiva b subsranciva objeciva direta e) subsranriva completiva nominal d) subsramiva aposic iva e) adjetiva restritiva

14 Observe a estrofe: "Lembra-me que, cm cerm dia/ t\a rua, ao sol de verão, envenenado morria/ Um pobre cão." Aparece aí a invcrsáo do a) objeto direto: um pobre cão b sujeito: um pobre cão e) sujeito: ceno dia d 1 predicado: lt:mbra-me e) predicativo do sujeito: me

19 Nas frases abaixo, o pronomc oblíquo está corrcramence classificado, EXCETO em a) "Fugia-lhe: é certo, mctia o papel no boho ... " (objero indireco) b) " ... ou pedir-me à noite a bênção do costume" (objero indirero) c) "Todas essas açõc11 eram repulsivas: cu tolerava-as ... " (objero dimo) d) " ... que vivia mais peno de mim que ninguém" (objcro indireto) e)" ... eu jurava mat<í-los a ambos ... " (objcco direco)

15 Considerando como conjunção integrante aquela que inicia uma oração subord inada substantiva, indique em qual das opções nenhum se tem esta fi..nção. a. Se subiu, ninguém sabe, ninguém viu. h: Comenta-se que ele se íeria de propósito. e) Se vai ou fica é o que eu gosraria de saber. d ; Saberia me dizer se de já foi?

20 Na frase "Fugia-lhe, e cerro, metia o papel no bolso, corria a casa, fechava-se, não abria as vidraças, chegava a rec:har os olhos", são adjuntos adverbiais a) no bolso - a casa - não b) no bolso - não c) cerro - no bolso - a casa - se - não d) lhe - ct:rro - no bolso - a c:a~a - se - não c) cerro - no bolso - a casa - não - a fechar

16 Na oração "Esboroou-se o balsàmico indianismo <k Alencar ao advento dos Romanos", a classificação do sujeito é a) oculto b) inexisrcnce e) simples d) composto e) indeterminado

GABARITO

17 Em "O hotel virou carncumba", a) o predicado é nominal.

01-D

02- B

03 - F

04 - B

05-C

06-C

07- E

08 - 13

09 -C

10- 13

e e

12- E

13

14 - B

15

17 -A

18

l) 1

19 -D

20-A

11

b) o predicado é verbo-nominal. c) o predicado é verbal. d) o verbo é transitivo direto.

16

332

B


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

CONCORDÂNCIA 1

1ndique a série que corresponde às formas apropriadas para os enunciados abaixo. As diferenças existentes entre homens e mulheres ....... ser um faro indiscutível. 1 parece 2 parecem

a) d) b) e) c)

4

Aponte a alternativa CORRET A. a) Considerou perigosos o argumento e a decisão. b) É um relógio que rorna inesquecível rodas as horas. c) Já faziam meses que ela não a via. d) Os atenrados que houveram deixaram perplexa a popu lação. e) A quem pertence essas canetas?

5

Indique a alternativa CORRETA. a) Filmes, novelas, boas conversas, nada o Liravam da apatia. b) A párria não é ninguém: sfo rodos. c) Se não vier as chuvas como faremos? d) É precaríssima as condições do prédio . e) Vossa Senhoria vos preocupais demasiadamente com a vossa imagem.

6

Váo ...... ...... à cana várias fotografias. Paisagens as mais belas ...... ....... . Ela estava ....... ..... . narcotizada. Assinale a alternativa CORRETA. a} anexas - possíveis - meio b) anexas - possível - meio c) anexo - possíveis - meia d) anexo - possível - meio e) anexo - possível - meia

7

Vai ......... ... ~1 cana minha forografia. Essas pessoas cometeram crime de .. .. ...... ..-patriotismo. Elas ......... .... n:ío quiseram colaborar. Assinale a alternativa CORRETA. a) incluso - leso - mesmo b) inclusa - leso - mesmas e) inclusa - lesa - mesmas d) incluso - leso - mesmas e) inclusas - lesa - mesmo

8

Assinale a alternativa em que h;i ERRO de concordância. a) Tinha o~ olhos e a boca aberras. b) Haviam raros no porão. c) Tu e ele permanecereis na mesma sala. d) Separamo-nos ela e eu. e) Ouviam-se passos hí fora .

Alguns cienrisras, desenvolvendo uma nova pesquisa sobre a estrutura do cérebro, os efeitos dos hormônios e a psicologia infantil, ...... . que as diferenças entre homens e mulheres não se devem apenas à educação. 4 propõem 3 propõe ....... diferenças cerebrais condicionadoras das aptidões Lidas como tipicamente masculinas ou femininas. 5 Haveria 6 Haveriam ....... ainda pesquisadores que consideram os machos mais agressivos, em virtude de sua constituição hormonal. 7 Existe 8 Existem Como sempre, discme-se se é a força da Biologia, ou meramente a Educação, que .... ... sobre o componamenro humano. 9 predomina 10 predominam

a)2,4,5,8,9 d) 2, 3. 5. 8, lO b) 1, 4, 6, 8, 9 c)2,4,6,7,9 c}2,4,6,7, 10 2

3

Fazia, haviam, p revisse Faziam, havia, previssem Faziam, haviam, prevesse Fazia, haviam, prevessem Fazia, havia, previsse

Em um dos períodos seguintes não se observa a concordância prescrita pela gramática. Indique-o. a) Não se apanham moscas com vinagre. b) Casamenro e mortalha no céu se ralha. c) Quem ama o foio, boniro lhe parece. d) De boas ceias, as sepulturas estão cheias. e) Quem cabras não tem e cabritos vende, de algum lugar lhe vêm. ....... deL.. horas que se ........ iniciado os trabalho:, de apuração dos votos sem que se ... .... quais seriam os candidaros viwriosos. Assinale a alternativa CORRETA.

333


PORTLGU~S DESCOMPLICADO 9

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS 14 Enumere (verbo posposto):

No grupo, ............ os crabalhos. Assinale a alternativa C ORRETA. a) sou cu que coordena b) é eu que coordena é eu quem coordena d) é cu quem coordeno e; sou eu que coordeno

(1) cantamos (2) cantais (3) canram ) Ele e da ................ . ) Eu e tu ................... . ) Ele e cu ................. . ) Eu e da ........... ...... . ) Tu e ele .................. .

e:

10 O verbo está no plural porque o sujeito é com-

a) 3 - 1 - 1 - l - 2

posto cm a: À aut0ra e à maioria das pessoas não inceressam as vanragens da morte. b l Os senrimencos de gratidão e de amor só conseguem ser eternos enquanto duram. e) Am igos e amigas, não me chamem de inesquecível. d Pedaços de dor e de saudade cobrem a minha alma csbagaçada. e) Limpos estão os meus olhos e o meu coração.

b) 3 - 3 - 3 - 1 - 2 c) 3 - 2 - 1 - 1 - 2 d) 3 - 1 - 1 - 1 - 3

e) 1 - 2 - 3 - 1 - 2

15 Assinale a alternativa INCORRETA. a) Precisam-se alunos especialiLados. b) Pn:cisa-se de alunos espcc.ializados. c) Precisam-se de alunos comperenres. d) Assiste-se a fil rnes nacionais. e) Obedeça-se aos regulamentos.

11 Assinale a alrcrnativa CORRETA quamo à concordância verbal. a) Sou eu que primeiro saio. b: É cinco horas da tarde. e) Da cidade à praia é dois quilômerros. d; Dois metros de tecido são pouco para o terno.

16 Apenas uma das frases está CORRETA. Assinale-a. a) Nesta casa, conserram-se televisores e preci\a-se de técnicos em eletrónica. b) Nesta casa, conserta-se televisores e precisam-se de técnicos em eletrónica. c) Nesra cal.a, conserta-se televisores e precisa-se de técnico~ em eletrónica. d) Ne~ta casa, consertam-se televisores e preci sam-se de técnicos cm cletrônica. e) Nesta casa, consenam-sc televisores e preci~a­ -se récnicos cm eletrónica.

12 A.>sinalc o irem que apresenta E RRO de concordância. a) Prepararam-se as rnrefas conforme havia sido combinado. b) Deve haver pessoas intncssadas na discussiio do problcm;1. c) Fazem cem anos que Memórias Póstumas de Brás Cubas teve sua primeira edição. d) Devem existir razões para de retirar-se do grupo. e) Um e outro descendiam de famílias ilustres.

17 Dadas a~ sentenças: 1 Eram duas horas da tarde. 2 Fui cu que resolvi o problema. 3 Hoje são sere de março.

13 fu.sinale o icem que NÃO apresenra E RRO de concordância. a) Ainda resta cerca de vinrc alunos. b) Haviam int1meros assistentes na reunião. c) Tu e ele saireis junros. d) Foi eu quem paguei as suas dívidas. e) Há de existir professores esforçados.

Deduzimos que: a) apenas a sentença número 1 csrá correta. b) apenas a sentença número 2 esr;{ correra. c) apenas a senrença número 3 está correra. d) rodas estão correras.

334


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO 18 Assinale a opção que complera CORRETAMENTE as lacunas. Sr. Professor, peço ao Sr. a fineza de me ............ a quinca lição, e ............ a .. .. ... ..... anrerior decisão. a) enviar - reconsiderar - sua b) enviardes - reconsiderardes - vossa e) enviar - reconsiderar - vossa d) enviardes - reconsiderardes - sua e) enviardes - reconsiderar - vossa

2

De ..... muiro, ele se desinteressou em chegar a ocupar cargo tão imporrante ...... coisas mais simples na vida e que valem mais que a posse momentânea de cercos postos de relevo ..... que tantos ambiciosos por amor ..... ostentação. Assinale a alternativa CORRETA. a) a - Há - à - à b) há - As - a - a e) há - Há - a - à d) a - Hão - a - à e) há - A - a - a

3

..... carde, acampadas já ..... horas, as tropas veri-

19 Assinale a opção que completa CORRETAMENTE as lacunas . .......... Vossa Excelência, se não me apresento pessoalmente ............ , embora aqui esreja, sempre ............ . a) Perdoai-me - a vós - a vosso dispor b) Perdoe-me - ao Sr. - ao seu dispor c) Perdoai-me - a Vossa Excelência - a seu dispor d) Perdoe-me - a Vossa Excelência - a seu dispor e) Perdoai-me - a Vossa Excelência - ao dispor de Vossa Excelência 20 Assinale a opção cm que houver ERRO gramatical. a) A maioria das mulheres é inteligente. b) A maioria das mulheres são inteligentes. c) Uma e ou era forma estão cerras. d) Ainda vai haver noites frescas. e) Pedimos que Vossa Senhoria vos digneis areceber-nos.

ficaram ..... perdas sofridas. Assinale a alternativa CORRETA. a) Há - a - às b) À - há - as c) À- a - às d) Há - à - as e) A - há - as 4

Dizer ....... mda geme o que pensava ....... respeito das coisas era sua maior ambição, mas não . ...... confessava sequer ....... sua melhor am iga. Assinale a alcernaciva CORRETA. a) a, à, a, à b) à, à, a, a c) a, a, a, a d) a, à, à, à e) à, a, a, a

5

GABARITO 01-A

02-B

03 - A

04-A

05- B

06-A

07 - B

08- B

09-E

10- E

A amiga, ....... quem devia canta atenção, não chegou .... ... ouvir os agradecimenros que ... .... muito esperava. Assinale a alrernativa CORRETA.

11 - A

12-C

13-C

14 - C

15-C

a) a, a, a

16 - A

17-D

18-A

19 - B

20-E

b) a, a, há c) à, à, há d) à, à, a e) à, a, a

CRASE 6 Assinale a alternariva cm que NÃO deve haver o sinal da crase. a) O sonho de todo asrronauta é voltar a Terra. b) As vezes, as verdades são duras de se ouvir. e) Enriqueço, a medida que trabalho. d) Filiei-me a entidade, sem querer. e) O sonho de rodo marinheiro é voltar a terra.

335

Estarei ....... frente do préd io, ....... poucos metros daqui; chegue, exatamente .. .. .. . uma hora. Assi nale a alternativa CORRETA. a) à, há, à b) a, à, à c) à, a, à d) à, a, a e) à, há, a


PORTUGUtS DESCOMPLICADO 7

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS 11 A alternativa que preenche CORRETAMENTE as lacunas da frase, é:" ....... muito tempo, devido ....... cond ições polírico-econômicas do país, não é dado ....... população o direico de viver ....... sal \'O de sobressalros financeiro!> ", é a) a, as, à, à b) à, às, à, a e) há, às, à, :i d) há, às, à. il e) à, as, :1, a

Dizem que vencer ....... si mesmo é mais do que vencer o mundo; portanm, vençamos, pela prática da virrude, ....... todos os nossos defeiros e atingiremos ....... perfeição. Assinale a alternativa CORRETA. a) à, a, à b) a, a, à e) a, à, à d) a, a, a e) à, à, ~I

8

12 O pobre homem fica ....... medicar........ rarde.

Quando for ....... Bahia, quero visitar ....... igreja do Bonfim c assistir ....... uma missa para dar cumprimemo ....... promessa que fiz. Assinale a alternativa CORRETA. a) a, a, à, à b) à, à, a, a c) a, à, a, à d) à, a, a, à

indiferente ........ que aconcece ao seu redor. As~i nale a alternativa CORRETA. a) à, a, aquilo b) a, :i, :iquilo e) a, à, àquilo d) à, à, :iquilo e) à, à, :1quilo

e) a, a, a, a

13 Não me refiro ....... essa peça, mas ....... que 9

a~

sisrimos sábado ....... noite. Assinale a alternariva CORRETA. a) a, àquela. à b) a, aquela, a c) à, aquela, à d) à, àquela, a e) à, ilqucla, il

Qual das alrernarivas completa CORRETAMENTE os espaços vazios? "E entre o sono e o medo, ouviu como se fosse de verdade o apiro de um trem igual ....... que ouvia em Limoei ro." Uosé Lins do Rrgo) "P.abiruara-sc ....... boa vida, rendo de mdo, regalada." U. Amado) "Os adulros são genre crescida que vive sempre dizendo pra geme fazer isso e não fazer ........ " (J\,1. Fernrmdes) a) àquele, aquela, aquilo b) àquele, àquela, àquilo e) aquele, àquela, aquilo d) aquele, àquela, aquilo e) aquele, aquela, aquilo

14 Fique ....... vonrade e confie ....... mim cudo que tem ....... di1cr. Assinale a alternativa CORRETA. a) a, a, à b) à, a, a c) à, a,

:1

d) à, à ,à e) a, à, a

15 Assinale a alternativa que com piem a frase: Trouxe ....... mensagem ....... Vossa Senhoria e aguar-

1O Assinale a :-tliernariva que complcra, CORRETAMENTE, as lacunas da fras<.: inicial: Nesra oportunidade, volro ....... referir-me ....... problemas já expostos .......... Vossa Senhoria ....... alguns dias. a) it, àqudes, a, há b) l, àqueles, a, há c) a, aqueles, à, a d) :i, àqueles, a, a e) a, aqueles, :1, há

do ....... resposta, ..... fim de lcv:í-la ....... pe~~oa que me enviou. a) a, a, à, a, a b) a, à, a, à, a e) à, à, à, ~1, a d) a, a, a, a, e)

336

:1

à, a, a, a, a


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO 16 Foi .... ... mais de um século que, numa região de escrirores, se propôs a maldição do cienrisra que reduziria o arco-íris .... ... simples maréria: era uma ameaça ....... poesia. Assinale a alcernaciva CORRETA. a) a, a, à b) há, à, a c) há, à, à d) a, a, a e) há, a, à

17

GABARITO 01 -E

02-C

03 - B

04-C

05 - B

06 -C

07- B

08 - D

09-C

10- B

11 -C

12 - C

13-A

14- B

15 - D

16-C

17-A

18- B

19 - E

20- o

A~sinale

a alcernaciva que preenche adeq uadamence as lacunas do cexro: "Chegar cedo ..... repaniçáo. Lá ... .. de escar ourra vez o Horácio conversando .. .. . uma das porras com C lemencino." a) à - há - a b) à - há - à c) a - há - a

REGÊNCIA l

Assinale a alrernariva gramaricalmenre CORRETA. a) Não renham dúvidas que ele vencerá. b) O escravo ama e obedece o seu senhor. c) Prefi ro escudar do que rrabalhar. d) O livro que ce referes é célebre. e) Se lhe disserem que não o respeiro, enganam-no.

2

Assinale o período em que foi empregado o pronome rclacivo inadequado. a) O livro a que eu me refiro é Tarde da Noire. b) Ele é uma pessoa de cuja honesridade ninguém d uvida. c) O livro cm cujos dados nos apoiamos é esre. d) A pessoa peranre a q ual comparecemos foi muiro agradável. e) O moço de cujo lhe fa lei onrem é esre.

3

Assinale a alrernari va que preencha CORRETAMENTE as lacunas abaixo. 1 Veja bem esres olhos ....... se cem ouvido falar. 2 Veja bem esres olhos ....... se dedicaram muiros versos. 3 Veja bem csres olhos ....... brilho fala o poera. 4 Veja bem esres olhos ....... se extraem confissões e promessas. a) de que - a q ue - sobre o qual - dos quais b) que - que - sobre o qual - que c) sobre os quais - que - de que - de onde cl) dos quais - aos quais - sobre cujo - dos quais e) cm quais - aos quais - a cujo - que

d) à - a - a

e) a - a - à

18 O progresso chegou inesperadamenre ....... subtírbio. Daqui ....... poucos anos, nenhum dos seus moradores se lembrará mais das casinhas que, .. .. .. . ráo pouco rempo, marcavam a paisagem fami liar. Assinale a alrernariva CORRETA. a) aquele, a ,a b) àquele, a, há c) àquele, à, há d) aquele, à, há e) àquele, à, à

19 Diga ... .... elas que esrejam daqu i ....... pouco ....... porra da biblioteca. Assinale a alrernariva CORRETA. a) à, há, a b) a, há, a c) a, a, a d) à, a, a e) a, a, à

20 Assinale a frase gramaricalmenre CORRETA. a) O papa caminhava à passo firme. b) Dirigiu-se ao rribunal d isposro à fala r ao juiz. c) Chegou à noire, precisamence as 1O horas. d) Esra é a casa à qual me referi oncem às pressas. e) Ora aspirava a isro, ora aquilo, ora a nada.

337

1:


PORTLGUÊS DESCOMPLICADO 4

5

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

S'io excelenres técnicos, ....... colaboração não pod.:mos prescindir. Assinale a alternativa que preenche ADEQUADAMENTE as lacunas acima. a) cuja b) de cuja c' que a d) de que a e: dos quais a

9

10 Indique a alternativa que completa CORRETAMENTE as lacunas do seguinre perío<lo:

Assinale a alternativa C ORRETA.

"Era um tique peculiar ..... cavalariço o de deixar caído, ..... canro <la boca, o cachimbo vazio ..... fumo, enquanm alheio ..... mdo e solícito apcnas . ... . animais, prosseguia ..... seu serviço." a) ao - ao - de - a - com os - cm b) do - no - em - <lc - dos - para c} para o - no - de - com - pelos - a d) ao - pelo - do - por - sobre - cm e) do - para o - no - para - para com os - no

ai Preferia brincar do que trabalhar. b) Preferia mais brincar a trabalhar. c; Preferia bri ncar a trabalhar. d) Preferia brincar à trabalhar. e; Preferia mais brincar que trabalhar.

6

Assinale a frase em que o pronome relacivo e:;d empregado CORRETAMENTE. É um cidadão cm cuja honestidade se pode confiar. bl Feli1, o pai cujo os filhos são ajuizados. c) Comprou uma casa maravi lhosa, cuja casa lhe custou uma fo rruna. dl Preciso de um pincel del icado, sem o cujo não poderei cerminar meu quadro. e) Os jovens, cujos pais conversei com eles, prometeram mudar de: atitude.

a:

7

8

A'i palavras ansioso, contemporâneo c misericordioso regem, rcspcctivamcnre, as preposições: a) em - de - para b) de - a - de c) por - com - a d) de - com - para com e) com - a - a

11 Observe o verbo que ~e repcrc: "aspirou o ar" e "aspirou à glória". Tal verbo a) apresenra a mesma regência e o mesmo senrido nas duas orações. b) embora apresente regências difCrenres, ele tem senrido equivalente nas duas orações. e) poderia vir regido de preposição também na primeira oração sem que se modificasse o scnrido dela. d) aprcscma regência e scncídos diferemes na~ duas orações. e) embora tenha o mesmo senLido nas duas orações, ele apresenta regência difcrcnre cm cada uma delas.

Sendo o carnaval uma das festas ..... mais gosro, achei preferível ir ao baile ..... viajar para a praia. A alternativa CORRETA é: a) q ue - à b) que - do q ue c) das quais - que dl de que - a e) de que - do que:

12 Assinale o item em que a regência do verbo p roceder conrraria a norma cu Ira da língua. a) O juiz procedeu ao julgamcnro. b) Não procede esce argumcnro. c) Procedo um inquérito. d) Procedia de uma boa família. e) Procede-se cautelosamencc cm cais sicuaçócs.

Embora pobre e falto ..... recursos, foi fiel ..... de, que ..... queria bem com igual constância. A alternativa CO RRETA é: a) em - a - o b) cm - para - o c) de - para - o d;. de - a - lhe e) de - para - lhe

13 1 - Certifiquei-o ............

t]llC uma pessoa muito (fUCrida aniversaria ncsrc mês; II -Lembre-se ............ que, baseada em capri chos, não obterá bons resulrados;

338


FLÁVlA RITA COUTINHO SARMENTO III - Cientificaram-lhe ............ que aquela imagem reAeria a alvura de seu mundo interno. De acordo com a rt:gência verbal, a preposição de cabe a) nos períodos 1 e 11. b) apenas no período 11. c) nos períodos 1e III. d) em nenhum dos rrês períodos. e) nos três períodos.

Ili. Desde criança sempre aspirava a uma posição de destaque, embora fosse tão h umi lde. IV. Aspirando o perfume das cenrenas de Aores que enfeiravam a sala, desmaiou . a) II - llI - l V b)l- 11-ITT c) I - Ili - 1V d) l - III e) l - II

14 Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche CORRETAMENTE as lacunas da frase apresenrada: O projeto, ....... .. ... realização

18 Há ERRO de regência no item a) Algumas ideias vinham ao enco ntro das reivindicações dos funcioná rios, conrenrando-os, outras não. b) Todos aspiravam a uma promoção funcional , emreranro poucos se ded icavam àquele trabalho, por ser desgastante. c) Continuaram em silêncio, enquanto o relator procedia à leitura do texto fi nal. d) No momento este Depa rramenro não pode prescindir de seus serviços devido ao grande volume de trabalho. e) informamos a V. Senhoria sobre os prazos de emrega das novas propostas, às quais devem ser respondidas com urgência.

sempre duvidara, exigiria roda a dedicação ......... . fosse capaz. a) do qual a, que b) cuja a, da qual c) de cuja, de que d) que sua, de cuja e) cuja, a qual

15 Q uando implicar tem serHido de "acarretar", "produzir como consequência", constrói-se a oração como ohjero direto, como se vê em a) Quando era pequeno, rodos sempre implicavam comigo. b) Muitas parroas cosrumam implicar com as empregadas domésticas. c) Pelo que diz o assessor, isso implica em gastar mais dinheiro. d) O banqueiro implicou-se em negócios escusos. e) Um novo congelamento de salários implicará uma reação dos trabalhadores.

19 Assinale a alternativa em que a regência verbal está CORRETA. a) Prefiro mais a cidade que o campo. b) C hegamos finalmente em Santo André. c) Esta é a cidade que mais goste. d) Assisti ao concerto de que você ranro gostou. e) Ainda não paguei o médico.

20 Assinale, abaixo, a exata regência do verbo chamar. a) C hamamo-lo inteligente. b) Chamarno-lo de inreligenre. c) C hamamos-lhe inteligente. d) Chamamos-lhe de inreligenre. e) Todas as regências acima estão correras.

16 Assinale a única alternativa INCORRETA quanto à regência do verbo. a) Perdoou nosso arraso no imposto. b) Lembrou ao amigo que já era tarde. c) Moraram na rua da Paz. d) Meu amigo perdoou ao pai . e) Lembrou de rodos os momencos felizes .

17 Assinale a al ternativa que corresponde às frases CORRETAS. 1. Visando apenas os seus próprios interesses,

GABARITO

ele, involunrariamente, prejudicou roda uma família. li. Como era orgulhoso, preferiu declarar falida a fi rma a aceirar qualquer ajuda do sogro.

339

01 - E

02- E

03-A

04 - B

05-C

06-A

07-D

08-D

09-C

10 -A

11 - D

12 -C

13 -A

14-C

15-E

16- E

17-A

18-E

19-D

20-E


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

• 1

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

PONTUAÇÃO

A%i nale a alte rnativa em gue a pontuação csrá ADEQ UADA às normas da língua padrão. a) Em suma poderia haver algumas arenções, mas, não devia um real ninguém. b) Em suma, poderia d ever algumas atenções, mas não devia um real ninguém. c) E m suma poderia d ever algumas atenções, mas não devia um real a ninguém. d) Em suma poderia dever, algumas atenções, mas não devia um real a ninguém. e) Em suma, poderia dever, algumas atenções, mas, não devia um real a ninguém .

2

Assinale a alternativa em que a pontuação está ADEQUADA às normas da língua padrão. a) A velhice ridícula é, porventura, ;:i mais rriste e derradeira surpresa da narnreza humana. b) A velhice ridícula é porventura a mais triste e, derradeira surpresa da natureza humana. c) A velhice rid ícula é, porvcnrura a mais triste, e derradeira surpresa da natureza humana. d) A velhi ce ridícula é porvcnrnra, a mais triste e, derradeira surpresa da natureza humana. e) A velhice ridícula é, porve ncura, a mais triste e, derradeira surpresa da natureza humana.

3

Assinale a alternativa cm que a pontuação está ADEQUADA às normas da língua padrão. a) Um deles muiw menor, que todos, apegava-se às ca lças d e outro taludo. b) Um deles, rnuiro menor que todos, apegava-se às calças d e outro, taludo. e) U m deles, rnuiro menor que todos apegava-se, às calças de outro, taludo. d) Um deles - muito menor - que rodos, apegava-se às calças d e outro taludo. e) Um deles muico menor que todos, apegava-se, às calças de outro raludo.

4

Assina le a alternativa em que a pontuação esrá

ADEQUADA às normas da língua padrão. a) Ensina-o a, converrer cada espinho, em Aor. b) Ensina-o, a convcrrer, cada espinho cm Aor. c) Ensina-o a converrer, cada espinho em Aor. d) Ensina-o, a converter cada espinho, em Aor. e) E nsina-o a convcrrcr cada espinho cm Aor.

340

5

Os períodos abaixo apresentam d iferenças de pontuação. Assinale a letra que corresponde ao período de pontuação CORRETA. a) Hoje, eu daria o mesmo conselho, menos doutrina e, mais análise. b) Hoje cu daria o mesmo conselho: menos doutrina e ma is análise. c) H oje, eu , daria o mesmo conselho, menos dourri na e mais an<ilise. d) Hoje eu daria o mesmo conselho menos doutrina e mais análise. e) Hoje eu, daria o mesmo conselho: menos dourri na, e, mais an álise.

6

Os períodos abaixo aprcscnram diferenças de ponruaçáo. Assinale a lerra que corresponde ao período de ponruação CORRETA. a) Precisando de meu auxílio por favor não hesite em ch amar-me. b) Precisando, de meu auxílio, por favor não hesire em chamar-me. c) Precisando de meu auxílio, por favor, não hesirc cm cha mar-me. d) Precisando de meu auxílio por favor não hesite, cm chamar-me. e) Precisando, de meu auxílio por favor, não hcsirc, cm ch amar-me.

7

Os períodos abaixo apresentam diferenças de pontuação. Assinale a lcrra que corresponde ao período de ponruaçáo CORRETA. a) Cada qual cem o a r que Deus lhe deu. b) Cada qual, tem o ar que Deus, lhe deu. c) Cad a qual, tem o ar, que Deus lhe deu. d) Cada qual tem o ar, que Deus, lhe deu. e) Cada qual rem, o ar que Deus lhe deu.

8

Os períodos abaixo apresentam diferenças de pontuação. Assinale a terra que corresponde ao p eríodo de pontuação CORRETA. a) Apesar de roda a atenção o fato passou despercebido a todos. b) Apesar de, roda a atenção, o faro, passou despercebido a todos. c) Apesar de, roda a atenção o faro passou, despercebido a todos. d) Apesar de roda a arcnção o faro, passou despercebido, a todos. e) Apesar de roda a atenção, o faro passou despercebido a todos.


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO 9

Assinale a alrernariva em que o rexto esrá pontuado CORRETAMENTE. a) Matias, cônego honorário e pregador eferivo, esrava compondo um sermão quando começou o idílio psíquico. b) Matias cônego honorário, e pregador efetivo esrava compondo um sermão quando começou o idílio psíquico. c) Matias, cônego honorário e pregador eferivo, esrava compondo um sermão, quando começou o idílio psíquico. d) Matias cônego ho norário e pregador eferivo, esrava compondo um sermão, quando começou, o idílio psíquico. e) Marias, cônego honorário e, pregador efcrivo, esrava compondo um sermão quando começou o idílio psíquico.

flexão, entrou na loja um SUJeiro baixo, sem chapéu, trazendo pela mão uma menina de quarro anos. d) Enquanto eu, faz ia comigo mesmo, aquela reAexão, entrou na loja um sujeito baixo sem chapéu, trazendo pela mão uma menina de guarro anos. e) Enquanro eu fazia comigo mesmo, aquela reflexão, enrrou na loja, um sujeiro baixo, sem chapéu trazendo, pela mão, uma menina de quarro anos.

12 Assinale a CORRETA. a) O fogo, está apagado; defendeu-se mas, o almoço esrá pronto. b) O fogo esrá apagado, defendeu-se Mas, o almoço, está pronro. c) O fogo está apagado ... defendeu-se, mas o almoço esrá pronto. d) O fogo está apagado? Defendeu-se Mas o almoço, esrá pronto. e) O fogo está apagado - defendeu-se Mas o almoço csrá promo.

10 Assinale o período que esrá pontuado CORRE-

TAMENTE. a) Soliciramos aos candidatos que respondam às pergunras a seguir, imporranres para efeiro de pesquisas relativas aos vesribularcs. b) Solicitamos aos candidatos, que respondam, às pergunras a seguir importantes para efeiro de pesquisas relarivas aos vestibulares. c) Soliciramos aos candidatos, que respondam às perguntas, a segui r imporranres para efeito de pesquisas relativas aos vcsribulares. d) Soliciramos, aos candidaros que respondam às perguntas a seguir imporrantes para efeim de pesquisas relarivas aos vestibulares. e) Soliciramos aos cand idaros, que respondam às pergunras, a seguir, irnporranres para efeito de pesquisas relativas aos vestibulares. 11

a moça; a moça. a moça; a moça. a moça.

13 Observe as frases: I - Ele foi, logo eu não fui . li - O menino, disse ele, não vai . 111 - D eus, que é Pai, não nos abandona. IV - Sa indo ele e os demais, os meninos ficarão sós. Assinale a afirmariva CORRETA. a) Em I há erro de pontuação b) Em 11 e III as vírgulas podem ser retiradas sem que haja erro. e) Na 1, se se mudar a vírgula de posição, muda-se o sentido da frase d) Na TI, fa lram dois pomos depois de disse.

Assinale a alternativa em que o texro esteja CORRETAMENTE poncuado. a) Enquanro cu fazia co migo mesmo aquela reAexão, entrou na loja um sujciro baixo sem chapéu trazendo pela mão, urna menina de quatro anos. b) Enquanco eu faz ia comigo mes mo aquela rcAcxáo, entrou na loja um sujeito, baixo, sem chapéu, rrazendo pela mão, uma menina de quarro anos. c) Enquanto cu fazia comigo mesmo aquela re-

14 Assinale a opção em que esd CORRETAMENTE indicada a ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas da frase abaixo: Quando se rrara de rrabalho científico _ duas coisas devem ser consideradas __ uma é a conuibuiçáo que o trabalho oferece _ a outra é o valor prárico que possa ter. a) dois pontos, ponto e vírgula, pomo e vírgula b) dois pontos, vírgula, ponto e vírgu la

341


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

c) vírgula, dois pontos, ponco e vírgula d) polllo e vírgula, dois pontos, ponto e vírgula e) pomo e vírgula, vírgula e vírgula

15

criminoso, mas aumentou; e quanto, o número de ratos.

A~sinale a alternativa cm que o período proposto está CORRETAMENTE pontuado. a) Neste ponto vit'1va amiga, é natural que lhe pergunres, a propósito da Inglaterra como é que se explica, a vitória eleitoral de Gladscone. b) Neste pomo, vit'1va amiga, é natural que lhe perguntes, a propósiro da Inglaterra, como é q ue se expl ica a vicória elciroral de Gladscone. c) Neste ponro, viúva am iga é natural que, lhe perguntes a propósico da lnglarerra, como é que se explica a vitória eleitoral, de Gladscone? d) Nescc ponto, viúva amiga, é natural, que lhe pergunces a propósit0 da Inglaterra, como é que, se explica a vitória clcicoral de Gladscone. e) Neste ponro viúva amiga, é natural que lhe pergunres a propósiro da Inglaterra como é, que se explica, a vitória eleitoral de Gladscone?

16 A~inalc a alrernati''ª em que o texto é apresenrado com a ponruação mais AD EQ UADA. a) Depois que há alguma:. gerações, o arsênico deixou de ser vendido, em farmácias, não diminuíram os casos de suicídio, ou envenenamento criminoso, mas aumencou - e quanro ... o nt'11nero de ratos. b) Depois que há algumas gerações o arsênico, deixou de ser vendido em farmácias, não diminuíram os casos dt: suicídio ou envenenamcmo criminoso, mas aurnelllou : e quanto o número de racos. c) Depois q ue, h:i ~1 lg u mas gerações, o arsênico deixou de ser vendido em farmácias, não diminuíram os casos de suicídio ou envenenamcnro criminoso, mas aumentou - e quanro - o número de raros. d) Depois que h:í algumas gerações o arsênico deixou de ser vendido em farmácias, não diminuíram os casos de - suicídio ou envenenamemo criminoso, mas aumentou - e quanto - o número de raros. e) Depois que, há algumas gerações o arsênico deixou de ser vendido em farmácias, não diminuíram os casos de suicídio ou envenenamemo

342

17 Os períodos abaixo apresencam diferenças de ponruaçáo. Assinale a letra que corresponde ao período de ponruaçáo CORRETA. a) Quem foi, que me disse, que o Pedro esra\'a à procura, de uma gramática de alemão? b) Quem foi que, me disse. que o Pedro, escava à procura de uma gramática, de alemão? c) Quem foi que, me disse que o Pedro escava à procura de uma gram;Ítica de alemão? d) Quem foi que me disse que o Pedro escava :1 procura de uma gramática de alemão? e) Q uem foi, que me disse que o Pedro, escava à procura de uma gramárica, de alemáo? 18 Os períodos abaixo apresenc:un dilerenças de ponruação. Assinale a !erra que corresponde ao período de pontuação CORRETA. a) Cada qual, busca a salvar-se , a si próprio. b) Cada qual busca, a salvaMe a !.i próprio. c) Cada qual, busca a salvar-se a si, próprio. d) Cada qual busca, a s;1lvar-se, a si próprio. e) Cada qual busca a salvar-se a si próprio.

19 Os períodos abaixo apresencam diferenças de pontuação. Assinale a letra que corresponde ao período de poncuação CORRETA. a) Jusrnmen te no momento cm que as coisas iam melhorar, de pôs rudo a perder. b) Juscamcntc no momento cm que as coisas iam melhorar, de pôs rudo, a perder. c) J ustamente, no monH!nro, em que as coisas iam melhorar, ele pô:. tudo a perder. d) J ustamentc no momento, em que as coisas iam melhorar, ele pôs cudo, a perder. e) J ustamenre, no momento em que as coisas iam melhorar ele pôs cudo, a perder.

20 Os períodos abaixo aprescncam diferenças de poncuaç;io. Assinale .t lecra que corresponde ao período de ponruaçáo CORRETA. a) Prezados colegas deixemos agora a boa con\'crsa, de lado! b) Prezados colegas deixemos agora, a boa conversa de lado!


FLÁVIA RITA COUTINHO SARIAENTO c) Prezados colegas, deixemos agora, a boa conversa de lado! cl) Prezados colegas deixemos agora a boa conversa de lado! e) Prezados colegas, deixemos agora a boa conversa de lado!

GABARITO 01- B

02

A

03- B

04- E

05- B 10-A

06-C

07-A

08-E

09-A

11-C

12

E

13-C

14 - e

15- B

16-C

17

D

18- E

19

20- E

t\

03 Em todas as alternativas, h:í uma oração que expressa a ideia de tempo, EXCETO em a) Mas. assim saíram os escudantes, Beirão acercou-se de mim. b) Ao retornar estes aponcamenros, tive ninhas recaídas e dúvidas. c) A viagem ao Rio, marcada para janeiro, não se realizou até hoje. d) Deus permitiu que, sendo w viva ainda, cu tivesse podido voltar para casa. e) Ao mel.mo tempo que civc raiva, me veio o desejo inconcido de rir.

04 Em wda!> as opções as frases concêm uma 1elação de causa e efeito, EXCETO cm a) As polémicas de fundo ético-religioso acabam lançando ~ombras co nfusa~ sobre o rrabalho dos genericisrns. b) Camou sensação a afirmação sobre a possibilidade récnica de um cruzamenro en rre homem e chimpanzé. e) É inviável colar mcr:idc do DNA de urna moça à metade do DNA de um peixe e ainda por cima inserir esse DNA numa célula. d) O chimpanzomem resultante do acasalamento entre homem e chimpanzé poderia vir ;\ ser o pacriarca de uma sub-raça. e) Ü!> avanços da Engenharia Genética provocam concrariedades encre aqueles que a encaram com cerca desconfiança.

ELEMENTOS DE COESÃO 01

Em mdas as alternativas, as orações guardam entre si uma relação de adição, EXCETO em a) Faz menção de afo::.tar-sc, João Paz agarra-lhe o braço. b) O preíciro suspirou fundo, pensou nas suas orquídeas. c) O suor escorre pelo rosto do delegado, empapa-lhe a camisa. d) O som do piano enche ;\ sala, escapa-se pda janda. e) Vival<lino começa a suar, enxuga a resra com a manga cio pijama.

05 Em rodas as opções, as frases concêm

faro~

hipo-

téticos, EXCETO em a) Meia receita de frango ao molho pardo co m meia receita de pudim de ovos não dá mm um frango com ovos nem um pudim ao nolho pardo. b) Nesse cenário de ficção cienrífica, os pais e!>colhcriam não só o sexo, mas a cor dos olhos ou quaisq uer outras características hereditárias dos filhos. e) O chimpanzomem não seria fruco de alguma irresponsável manipulação do O A, nus de inseminação natural , arcificial ou em provera. d) O chimpanzomem poderia vi r a ser o patriarca de uma sub-raça de escravos ou de fornecedores de órgãos para cransplan1es.

02 Em codos os períodos. o 1ern10 destacado indica adiçáo. EXCETO em a) Garantiram-me que o diremr não estava e que não voltaria. b) O méd ico examinou-o com cuidado e, íinalmence. receimu-lhc esses remédios. c) O prcsidenre prometeu-nos que viria inaugurar a nova creche e não veio. d) Depois de consultar o arquivo, preparou o texco e dai ilografou-o com cuidado. e) Estudou com atenção os originais e prometeu publicar o livro em breve.

343


PORTL GUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS 09 "De outras ovelhas cuidarei, que não de vós. "

e; Os oponentes da Engenharia Genética se inquieram com a possibilidade de que os avanços acabem propiciando a criação d e seres humanos ao gosto do freguês.

(Garrett) A oração acima, é a) coordenada sindética aditiva. b) coordenada sindécica adversativa. c) coorde nada sindética explicativa. d) coordenada sindética conclusiva. e) coordenada assindética.

06 Assinale a opção em que a conjunção e está empregada com valor adversarivo. a) Deixou viúva e órfãos miúdos. b) Para diminuir a mortalidade e aumentar a produção proibi a aguardente. c) Tenho visto criaturas que trabalham demais e não progridem. d) Iniciei a pomicultura e a avicultura. e) Perdi dois caboclos e levei um tiro de emboscada . 07

10 Nos irens abaixo ap resentamos alguns períodos e considerações sobre eles. Em que alternativa essas considerações são ERRADAS? a) 1. Isso aconteceu porque você não me ouviu. 2. Algl(rna coisa aconteceu porqup vot'ê está ml(ito assustado.

Por defi nição, "oração coordenada que se prende No período 1, a oração subl inhada expressa a causa do que se informa na oração principal. No período 2, a oração sublinhada não expressa a causa do que se informa na principal.

à a n terior por conectivo é denominada sindética e é classificada pelo nome da conjunção que a encabeça." Assinale a alternativa em que aparece uma coordenada sindética explicariva, conforme a defi niçáo. a; A casaca dele csrava remendada mas escava limpa.

b) /. A casa de Mário, que foi construída em 1945, conserva, até hoje, sua pintura primitillfl. 2 . A casa de Mário que foi construída m1 1945 conserva, até hoje, sua pintura primitiva.

b) Ambos se amavam, comudo não se falavam. c) Todo mundo trabalhando: ou varrendo o chão ou lavando as vidraças. d ) Chora, que lágrimas lavam a dor. e; O rime ora atacava, ora d efendia e no placar aparecia o resulrado favorável.

Os dois períodos têm sentidos d iferences. No período 1, podemos concluir que Mário tem uma casa apenas. No período 2, indica-se que Mário cem mais de uma casa.

08 Combinando os conjuntos 1 - O advogado que é pintor ficará uns dias aqui .

c) 1. Como tivesse terminado a apuraçáo das elficóes, os políticos vencedores festejaram, eufõricmnente, sua vitória. 2. Mal terminou a apuração das eleições, os políticos vencedores festejaram, euforicarnente, sua vitória.

2 - O advogado, que é pintor, ficará uns dias aqui. ) ) ) ) )

Refere-se a mais de um advogado. Os outros advogados não são pintores. Refere-se a um advogado apenas. Há um advogado e ele é pintor. Refere-se a mais de um pintor.

Nos dois períodos, observa-se entre a oração subordinada (destacada) e a principal uma relação de concessão.

A sequência correra é a) 2, 2, 1, 1, nada. b) 1, 2, l, l, nada. c) nada, l , 2, 2, 1. d) 1, 1, 2, 2, nada. e) nada, l, 1, 2, 2.

d) /. J\1esmo nrí.o tendo obtido um bom resultado, conseguimos a aprovação. 2 . Apesar de não ter obtido um bom resultado. conseguimos a aprovação.

344


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO Nos dois períodos, observa-se encre a oração subordinada (desracada) e a principal uma relação de concessão. e) /. A 1111•11os que sejam tomadas providências

J

im1·di11trts, rodrt 11 riqueza jlorestnl da Amazô11i11 sarí de/lf1stndr1. Cmo /l(io s1•i11111 tomadas providências imeV ditttm, toda 11 riqueza florestal dn Amnzônin St'rtÍ d1•11r1Stfl(/11.

b) 13em depressa chegou o rrem; despedimo-nos sem demora. (l) c) Os dois anos d1: serviço acabaram cm 1855, e o escravo ficou livre, mas conrinuou o ofício. (I) d) Dormi tarde mas acordei cedo. (li) e) h1i bem cm Física mas não acenei nada em Química. (1 I)

J

Nos dois períodos, observa-se entre a oração subordinada (destacada) e a principal uma relação de condição.

11 Assinale a alternaliva que apresenra orações de mesma dassificaçáo que as deste pcríodo: Nlio se descohriu o nro, 1• Fr1himw perdeu os estribos. a) Pout;O .t pouco o ferro do proprietário queimava os bichos de fabiano. b) Foi aré a csquin:i, parou, tomou fôlego. c) Dcpoi~ que aconteceu aguda miséria, remia passar ali. d) 1om.tvam-lhc o gado quase de graça e ainda i nvcnravam juro. e) :--L10 podia dizer cm voz alta que aquilo era um furro. mas era.

.

12 Ocncrc os períodos transcritos do rexro, um é compo!>ro por coordenação e conrém uma oração coordenada sindética adversativa. Assinale a alrernativa correspondente a esse período. a) A frustração cresce e a desesperança não cede. b) O que.: di1,er sem resvalar para o pessimismo. a crítica pungente ou a aum-absolviçáo? c) É rnmbém ocioso pensar que nós, da ral elice, rc.:mos riqueza suficienre para distribuir. d) Em termos mundiais, somos irrelevantes como porência econômica, mas ao mesmo rempo exrrcmamente representativos como população.

14 "Mauro não estudou nada e foi aprovado! "' Apesar do "e", normalmenrc aditivo, a oração desaraca<la é" a) advcrsariva. b) conclusiva. c) expl icativa. d) :ilternadva. e) causa l.

15 Assinale a alternativa t:m que a subordinada NÃO rra<luza ideia de consequência, comparação, conccssáo e causa. a) Porquanto, não fo:.se um ancião convencional. cnrcrrou-se de sobrecasaca e polainas. b) Desde que era um ancião convencional, enrerrou-~e de sobrecasaca e polainas. c) Ele era um ancião cão convencional que se enterrou de sobrecasaca e polainas. d) Ele era um :inciáo mais convencional do que o que se enterrou de sobrecasaca e polainas. e) Ele era um ancião convencional, na medida cm que se enterrou de sobrecasaca e polainas.

16 N<l frase "Entrando na facu ldade, procurarei emprego.", a oração subord inada indica ideia de a) concessão. b) oposição. e) condição. d) tempo. e) consequência.

17 Na frase: "Trabalhou-se com prazer.", a palavra se é

13 Chamando de 1. paíodo composto por coordenação sindética.

a) partícula de realce. b) conjunção inregrante. e.) pronome reAexivo. d) índice de indeterminação do sujeira. e) conjunção coordenativa explic:uiva.

li. período wmposco por coordenação assindética. Assinale a alternativa CORRETA. a) Colhemos frutos, jogamos bola. (1)

345


PORTUG UtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

18 O que não é pronome relativo na opção: a) Não há mina de água que não o chame pelo nome, com arrul hos de namorada. b) Não há poneira de curral que não se ria para ele, com risadinha asmática de velha regateira. c) "Me espere em casa, que cu ainda vou dar uma espiada na novilhada pa rida da vereda." d) "Tenho uma corrente de prata lá em casa que anda atrás de uma rrcnheira desras para pendura r na ponra." e) "Quem seria aquele suje iro que escava de pé, encostado ao balcão, rodo importante no remo de casimi ra?" 19 No trecho "Cecília ... viu, do lado oposro do rochedo, Pe ri, que a olhava com uma admiração ª rdente", a oração gri fada expressa uma a) causa. b) oposição . c) cond ição. d) lugar. e) explicação.

FIGURAS DE LINGUAGEM 1

Identifique a figura de linguagem PREDOMINANTE na sentença abaixo.

Não o entendo fl ele; não me entende ele fl mim. a) pleonasmo b) am biguidade c) sinestesia d) anacoluro 2

ldenrifique a figura de linguagem que NÃO se encontra na sentença abaixo.

Tive um professor que bagunça ele não fltlmittt de jeito nenhum. a) hipérbaro b) anacoluro c) pleonasmo d) antítese 3

20 Leia, com atenção, os períodos abaixo: .Caso haja justiça social, have rá paz. Embora a televisão ofereça imagens concretas, ela não fornece uma reprodução fi el da realidade. Como rodas aquelas pessoas estavam concentradas, não se escutou um único ruído . Assinale a alrernariva que apresenta, RESPECT IVAMENTE, as circunstâncias indicadas pelas o rações sublinhadas. a) tempo, concessão, comparação b) rempo, causa, concessão c) condição, consequê ncia, comparação d) cond iç.'io, concessão, causa e) concessão, causa, conformidade

Identifique a figura de linguagem PREDOMINANTE na senrença abaixo. Coisa curiosa é gente jovem como falmn.1 a) silepse de género

b) hipérbaro c) silepse de número c) caráfora 4

Identifique a figura de linguagem PREDOMINANTE na sentença abaixo.

As crianças, todos devemos mnd-las. a) eufemism o b) ironia c) a nronornásia d) pleonasmo 5

Identifique a figura de linguagem PREDOMINANTE na sentença abaixo.

A maiorparre dos meus mnigos jd são jõrmrtdos. a) hipérbaro b) anacoluro c) hipon ímia d) silepse de pessoa e) silepse de número

GABARITO

01 -A

02-C

03 - A

04-C

05-A

06 -C

07- D

08-0

09 - B

10-C

l l -0

12-0

13-C

14-A

15- E

16- 0

17- 0

18- C

19-E

20- D

6

346

Tdenrifique a figura de linguagem PREDOMINANTE na sentença abaixo. Casos cristes, é melhor mio recordflr.


FLÁVIA RITA COUTINHO SAR1\t1ENTO a) aposição b) zeugma c) hipérbole <l) anásrrofe e) hipérbaro 7

b) Buscas a vida, cu, a morte. Buscas a terra, eu, os céus. c) A morre para os justos será a porta para um destino glorioso. d) A morte é a curva da estrada. Morrer é só não ser visto. e) O anjo da morre te buscará à meia-noite e rn sorrirás feliz.

ldencifique a figura de linguagem PREDOMINANTE na sentença abaixo. Esta é a primeira vez que você me decepciona.

E espero que tenhll sido a última. a) b) c) d) e) 8

9

12 A expressão "última flor do Lácio" foi u tilizada por O lavo Bilac num poema, sign ificando - para ele - que a língua portuguesa fo i a última língua gerada do latim, língua ori unda da antiga região do Lácio. Logo, " úlrima Aor do lácio" é igual a "língua porruguesa". Que figura de ling uagem existe aí? a) meráfora b) metonímia c) perífrase d) catacresc e) ironia

zeugma elipse anacoluro perífrase anronomásia

Identifique a figura de linguagem PREDOMINANTE na senrcnça abaixo. São José do Rio Preto é Lind<t, muito gostosa. a) silepse de gênero b) metonímia c) meráfora d) hipérbato e} eufemismo

13 Leia o texro abaixo: As nuvens são cabelos crescendo como rios; são os gestos brancos da cantora muda; São estátuas em voo à beira de um mar; a flora e a fauna Leves de países de vento; São o olho pintado escorrendo imóvel; a mulher que se debruça nas vamndas do sono.

ldenrifique a figura de linguagem PREDOMINANTE na sentença abaixo .

Sentíamos do 11ento a carícia roçar-nos o rosto. a) anástrofe b) caráfora c) an<Ífora <l) zeugma e) elipse

10 ldencifique a figura de linguagem PREDOMINANTE na sentença abaixo. O ladrão me roubou primeiro; depois, a meus amigos.

Esse poema, de João Cabral, é rico cm imagens. O poeta descreve as nuvens salientando sua fluidez e movimentos; capta num momento a fugacidade das formas e arribui significado a elas; alcança o efeito poético através de figuras de ling uagem.

a) zeugma b) metáfora c) silepse <l) hipérbole

Há, no [recho, rodas as seguinres figuras, EXCETO a) metáfora b) comparação e) sinestesia d) hipérbole

11 Assinale a alternativa em que ocorre um exemplo de eufemismo. a) Quando teu pai parrir desra para a ou tra, vais sentir sua falta.

347


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS Neste texto, ao indicar as qualidades que deseja para o '\'dtimo poema", o poeta reroma dois remas centrais d e sua poesia. Um dele:. é a valorização da simplicidade: o outro é a) a verificação da inutilidade da poesia diance da morre. b) a coincid~ncia da mone com o máximo de intensidade vital. c) a capacidade, própria da poesia, de eliminar a d o r. d) a autodestruição da poesi.1 em um meio hcmil à arce. e) a aspiração a uma poesia pura e lapidar, afastada da vida.

14 Leia o poema abaixo: Anjo no nome, Angélicn na cartt! 'véjo. que por beln, e por gnlhardn, P?sto que os nnjos nunca dão pesttres, Sois Anjo, que me tenta, e nrío m1• gunrda. (Gregório de M11toJ)

H á, no tcxro, um predomínio de a) metáforas b ) antíteses c) ironias d 1 sinestesia e) alegorias

15 Marque a única alternativa CORRETA sobre o texro abaixo:

Aten ção: fu. questões 17 a 20 reforem-se ao texm abaixo:

"Sete Qued11s por nós passarrtm /E mio soubemos am11 -las/ E rod11s seteforam mort1ts, /E ({)das sete somem no nr. /Sete fim1t1m111s, sete crim1•s /Dos 11ivos golpe1111rlo rt vid11 /Que J111ncrt mais re11t1scení. "

"Cárcere dns nlmas Ah! Torla alma num crírcere nnda presa, Solução nas trevas entre 11s grades Do crtfabouço olhando imensidttdes, Mttres, estrelas, tardes, 11ttt11reza."

(Cario> /)nom11011tl de A1ulrr1rlt•)

17 Por fanra~mas, no texto, emende-se

·essa estrofe, está forremen te caracterizado um tema simbolista bem ao gosro de Cruz e Sousa. Trata-se de a) sofrimen to metafísico. b:: espírito de renúncia. c) rristeza diante de amores impossíveis. d: sofrimento cm decorrência da pobreza material. e) temor dianre da injustiça humana.

a) entes sobrenaturais que aparecem aos vi\·os. b) imagens dos que existem no além. c) imagens de culpa que iremos carregar. d) imagens que assombram e causam medo. e) frutos da imaginação d oen tia do homem.

18 A repetição do conectivo "e" tem deito de man..ar: a) que existe uma sequência cronológica dos fato, b) um exagero do conectivo. c) que existe uma descontinuidade de faros. d) que exisre uma implicação natural de consequência dos dois últimos faros em relação ao primeiro. e) que exisre uma coordenação entre as três orações.

16 O lÍÍtimo poema Assim eu quererin o meu ti/timo poema Que fosse terno dizendo as coisas mais {simples e menos intencionais Que fosse ardente como um soluço {sem /dgrimflS Que tivesse rt beleza das flores qu11se {sem perfume A pureza da chama em que se consomem /os diamantes mrtis límpidos A pttixiio dos suicidas q11e se n1t1tam (sem explicação.

19 A afirmação: "Sete Quedas por nós passaram / E

(lt-/111111el Bandeira, Libert11111ge111)

348

não soubemos amá-las." permite entender que a) só agora nos damos conta do va lor daquilo que perdemos. b) enquanro era possível, não passávamos por Sete Quedas. c) Sete Quedas perrence agora ao passado. d) rodos, antigamente, podiam apreciar o espedculo; agora não. e) os brasileiros costumam desprezar a natureza .


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO 20 Na passagem "E rodas sete foram morras, I E ro-

GABARITO

das sete somem no ar." O uso de tod as sete se justifica a) como referência ao número de quedas que existiram no rio Paraná. b) para representar m<lo conjunco das quedas que desaparece. e) para desracar o valor individual de cada uma das quedas. d) para confirmar que a perda foi parcial. e) pela necessidade de concordância nominal.

349

01-A

02-D

03

e

04-0

06- E

07-B

08 ···A

09-E

11 -A

12 -C

13-D

14- B

15-A

16-C

17-C

18-0

19 - A

20 - C

05 - E 10 - A


UNIDADE XVI

EXERCÍCIOS Treinando por Bancas

Q_UESTÕES DA ~UNDAÇAO CARLOS CHAGAS :1

ATENÇÃO: Para responder às questões de números 1 a 10 , considere o texto abaixo.

fu indústrias culturais, e mais especificamente a do cinema, criaram uma nova figura, "mágica", absolucamcnre moderna: a escrela. Depressa ela desempenhou um papel imporrance no sucesso de massa que o cinem1 alcançou. E isso continua. Mas o sistema, por muito tempo rcstriro apenas à cela grande, estendeu-se progressivamente, com o desenvolvimento das indi'1scrias culcurais, a outros domínios, ligados primeiro aos setor~ do espetáculo, da televisão, do show busincss. Mas alguns sinais já demonstravam que o siscema estava prestes a se espalhar e a invadir todos os domínios: imagens como as de Gandhi ou Che Guevara, indo de focos a pôsteres, no mundo inteiro, anunciavam a plan.::rarização de um sistema que o capitalismo de hiperconsumo hoje vê triunfar. O que caracreriza o sra r-sysrem cm uma era hipermoderna é, de foco, sua expansão para wdos os domínios. Cm rodo o domínio da cultura, na polícica, na religião, na ciência, na arre, na imprensa, na literatura, na filo;;ofia, acé na cozinha, cem-se uma economia do cscrclaro, um mercado do nome e do renome. A própria literarura consagra escritores no mercado internacional, os quais negociam seus direiws por inrcrmé<lio de agentes, segundo o sistema que prevalece nas indi'1s-

crias do espedcu lo. Todas as áreas da cultura valem-se <lc paradas de sucesso (h ic-parades}, dos mais vendido~ (besc-sellers). de prêmios e listas do11 mais populare.\, assim como de recordes de venda, de frequência e de audiência deMcs últimos. A excensáo <lo srar-system n:lo se dá sem uma for ma de banalização ou mesmo de degradação - da figura pura da cscrcla, rrazendo consigo uma imagem de eternidade, chega-se à \•edcrc do momento, à figura fugidia da celebridade do dia: Jo ícone único e in subsciruívcl, passa-se a uma comunidade inrernacional de pessoas conhecidas, "celebrizadas", das qu,1b revistas especializadas divulgam as foros, contam os segredos, perseguem a inrimidadc. Da glória, própri.1 dos homens ilusrres da Antigui<l,1<lc e que era como o horizonce resplandecence da gran<lc culwra cUssi<..a. passou-se às csrrclas - forma ainda heroicizad,1 pela sublimação de que eram porradoras - , depois, com a rapidez de duas ou três décadas de hipermodernid:idc, às pessoas célebres. às personali<ladcs conhecid,1~. ;." "pessoas". Oeslocamenco progrcssi\'O que não é m.1is que o sinal de um novo triunfo da forma moda, con seguindo tornar cfêmeras e consumíveis as pré>prias estrelas da not0 riedade. (Adt1p. de Gil/es Upo11e1sk;• e }et111 Sam)'. Umfl cu/tum de celebrid11des: 11 1111i11ers1diu1çtio do estre!t110. /11 /I tu/tum - m1111do: resposta a 1mu1 sociedade desorientru/11. Trrtd: Maria Lúcirt Mrtthr1do. Sâo f>fl11lo: Comp1mhia drts Letms. 2011, p.81 ,, 83)

350


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO 1

2

3

No rexro, os autores a) tecem elogios às indúscrias culturais, assinalando como positivo o desempenho delas na consriruição de sociedades modernas. b) advogam o reconhecimento do papel excl usivo do cinema na criação e disseminação da figura da estrela. c) atribuem às estrelas do cinema a massificação dessa arre, em um sistema que permanece unicamente por força da atuação das atrizes de alta categoria. d) condenam a expansão do sistema que equivocadamenre se constiruiu no passado em rorno da figura da estrela, porque ele to rnou obrigarória a figura inrermcdiária do agente. e) aponram a hipermodemidadc como era que adota, de modo generalizanre, práticas que na modernidade mais se associavam às indústrias do espetáculo.

Na frase acima, o segrnenro destacado equivale a a) por conta de rer ficado mui to tempo restrito. b) ainda que renha ficado muito rempo restrito. c) cm vez de rer ficado mui to tempo restrito. d) ficando há muito tempo resrrito. e) conforme rendo ficado muiro rempo restriro. 4

A exrensáo do star-sysrem não se dá sem uma forma de banalização ou mesmo de degradação - da figura pura da csrrela, rrazendo consigo uma imagem de eremidade, chega-se à vedete do momenro, à figura fug id ia da celebridade do dia; do ícone único e insubstituível, passa-se a uma comunidade internacional de pessoas conhecidas, "celebrizadas", das q uais revistas especializadas divulgam as foros, comam os segredos, perseguem a inrim idade. Considerado o fragmento acima, cm seu conrexro, é CORRETO afi rmar a) A expressão ou mesmo indica que os amores atribuem à palavra degradação um scnrido de rebaixamento mais intenso do que atribuem à palavra banalização. b) A subsri ruiçáo de não se dá sem uma forma de banalização por "procede de um tipo de arirudc trivial" manrém o sentido original. c) A forma trazendo expressa, na frase, senrido de condicional idade, equivalendo a "se rrouxer". d) O conrexro exige q ue se compreendam os segmentos da figura pura da estrela e do ícone único e insubstituível como expressões de senridos opostos. e) A subsriruição de das quais po r "cujas" ma ntém a correção e o sentido o riginais.

Os aurores referem-se a Gandhi ou Che Guevara com o objetivo de a) insinuar que, na modernidade, a imagem indepen<le do valor que eferivamence um homem representa. b) recriminar, em aparte irrelevanre para a argumcnração principal, a falra de critério na exposição da figura de um líder, que acarrera o uso corriqueiro de sua imagem - numa foro ou pôstcr. c) comprovar que o sistema associado à figura da cw·cla estava ligado aos serores do esperáculo, da televisão, do show business. d) conferir dignidade à indústria culrural, demonstrando que essa indi.'1stria rem também a função de dar visibilidade à imagem de grandes líderes. e) demonstrar, por meio de particularização, que ames da era hipermodema já havia sinais de que o starsystem invad iria todos os domín ios.

5

Mas o sísrema, por muito tempo restrito apenas à tela grande, estendeu-se progrcssivamenre, com o desenvolvimento das indústrias culturais, a outros domínios, ligados primei ro aos setores do espetáculo, da televisão, do show busi ness.

351

Da glória, própria dos homens ilustres da Anriguidade e q ue era como o horizonte resplandecente da grande cultura clássica, passou-se às estrelas - fo rma ainda heroicizada pela subli mação de que eram portadoras - , depois, com a rapidez de duas ou três décadas de hipermodernidade, às pessoas célebres, às personalidades conhecidas, às "pessoas". Deslocamento progressivo que não é mais que o sinal de um novo rriun fo da formamoda, conseguindo tornar efêmeras e consu míveis as próprias estrelas da notoriedade.


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Levando cm conra o acima rranscrito, em seu conrexro, assinale a afirmação CORRETA. a) No segmenro que se encontra entre vírgulas, imediatamente depois de Da glória, somenre u ma das declarações desrina-sc a caracterizar "glória". l>) É legítimo emender-se do fragmento: as estrelas ostenravam, e pelas mesmas razões, a aura de heroísm o q ue rcpresenrava a glória dos home ns ilusrres da Antiguidade. e) No segme nto que descreve a segunda parte do processo de deslocamenro, introduzida por depois, a expressão que está subentendida é Da gló ria. cl) As aspas, em "pessoas", chamam a atenção para o particular senrido em que a palavra foi usada: como sinónimo das duas expressões imediaramente anteriores. e) A forma efêmeras e consumíveis obtém sua força expressiva pela repetição de uma mesma ideia, repetição q ue se dá sem acréscimo de rraço de sentido. 6

Em cerras passagens do primeiro parágrafo, os autores referem-se a cercas ações preréritas que co nsideravam conrínuas. A forma verbal que demonstra essa atiwde é a) criaram. b) alcançou. e) co ntinua. d) an unciavam. e) vê triu nfar.

7

Considere as afirmações que seguem. l. A sequência na política, na religião, na ciência, na arte, na imprensa, na literatura, na filosofia, até na cozinha consticui elenco de profissões que tiveram de se associar ao do mínio da cul tura para atingir a economia do estrelato. ll. Em A própria literatura consagra escritores no mercado internacional, os quais negoc iam seus d ireitos por intermédio de agentes, segundo o sistema q ue prevalece nas indústrias do espetáculo, a expressão em destaque foi obrigatoriamente empregada para evitar a am big uidade que ocorreria se, em seu lugar, fosse usado o pronome "que".

352

III. Em A própria literatura consagra escritores no mercado internacional, os quais negociam seus direitos por inrermédio de agentes, segundo o sistema que p revalece nas indústrias do espetáculo, o segmemo destacado poderia ser subsriwído por "prevalecente", sem prejuízo do sentido e da correção originais. O a) b) c) d)

texro legitima !, somenre. 11, somente. lll, somente. 1 e III, somente. e) l, 11 e Ill. 8

.. . imagens como as de Gandhi ou Che Guevara, indo de foros a pósteres, no mundo inteiro, anunciavam a planetarização de um sisrema que o capiralismo de hiperconsumo hoje vê triunfar. Outra redação, CLARA e CORRETA, para o segmenro acima é a) ... no mundo inteiro, Gandhi ou Che Guevara em imagens de íoros ou pôsrercs, anunciavam a planetarização do sistema que hoje se vê triunfar segundo o capitalismo de hiperconsumo. b) .. . ranro Gandhi e também Che Guevara, com imagens indo de foros a pôsreres no mundo inreiro anunciavam aquilo que o capitalismo de hiperconsumo chama planerarização de um sistema. c) ... indo de foros a pôsceres, no mundo inreiro, imagens tais como a de Gandhi ou Che Guevara anunciavam que havia se planerarizado o sisrema que o capitalismo de hiperconsumo, hoje, vê triunfar. d) ... planetarizou-se o sistema - aquele que o capiral ismo de consumo hoje vê o rriunfo - o que fo i anu nciado com as imagens de Gandhi e Che Guevara indo pelo mundo com fotos a pôsteres. e) .. .um sistema que o capitalismo de hiperconsumo hoje vê seu rriunfo teve anunciado sua planerarizaçáo por Gandhi ou rambém Che Guevara, com sua ida pelo mundo, por fotos e pôsteres.

9

Está CORRETA a seguinte frase: a) Ainda que os méritos pela execução do projero não coubessem àquele engenheiro, foram-lhe logo arribuídos, mas ele, com humildade. não


FLÁVIA RITA COUTINHO SARIAENTO hcsirou em recus;i-los. b) Parecia haver muitas razões para que seus estudos de merereologia não convencesse, mas a mais excênrrica era invenrar precexros inverossímeis para seus erros. c) Devem fazer mais de seis meses que ele não consrroe nenhuma maquece, calvez por estrcssc; por isso, muitos são a favor de que lhe seja concedido as férias acumuladas. <l) Ele é espccialisra cm vegerais euros-siberianos, mocivo das suas a1úlizes serem feiras em exrensa faixa da Europa e dele viajar tão à vonrade. e) Ao que me disseram, traram-sc de questões coral mente irrelevante para o pesquisador, mas, mesmo assim, jornalistas renram assessorá-lo na divulgação delal!.

10 t\ alternativa que aprcsenca frase CORRETA é a) - Senhor Miniscro, peço sua licença para advertir que Vossa Excelência se equivocais no julgamento dessa lei cão polêmica. b) Seus companheiros, até os recém-conrr:uados, não lhe arribuem nenhum deslize e creem que esse é mais um injusLO empecilho entre cantos com que ele já se defronmu. c) Se eles não sarisfaz.crcm rodas as exigências, não se rêm como concracá-los sem enveredar pelo caminho da irregularidade. d) O craumárico episódio gerou grande ansiedade, exciração desmedida que lhe fez xingar e investir conrra a pessoa mais cumpridora com seus deveres. e) Caso ele venha a se opor, será uma co mpulsão a que ninguém deve comparci lhar, sob perigo de rodos os envolvidos se virem em si mação de risco na empresa.

com a morre de coe.las as espécies de uma famí ia singular de pombos que não voavam - o solitário da ilha Rodriguez, visco pela úhima vez na década de 1790; o solicário da ilha Reunião, desaparecido por volta de 1746; e o célebre dodô da ilha Maurício, encontrado pela úlcima vez no início da década de 1680 e quase certamente extinto ames de 1690. Os volumosos dodôs pesavam mais de vin e quilos. Uma plumagem cinza-azulada cobria seu corpo quadrado e de pernas curras, cm cujo ropo se alojava uma cabeça avantajada, sem penas, com um bico grande de ponta bem recurvada. As asas eram pequenas e, ao que wdo indica, inúreis (pelo menos no que diz respeiro a qualquer forma de voo). Os dodôs punham apenas um ovo de cada vez., e m n inhos construídos no chão. Que presa poderia revelar-se mais fácil do que um pesado pombo gigante incapaz de voar? Ainda assim, provavelmence não foi a captura para o consumo pelo homem o que selou o dcscino do dodô, pois rna extinção ocorreu sobretudo pelos efeicos indiretos da pcrrurbação humana. Os primeiros navegadores rrouxcram porcos e macacos para as ilhas Mascarenhas, e ambos se multiplicaram de maneira prodigiosa. Ao que rudo indica. as duas espécies se regalaram com os ovos do dodô, alcançados com facilidade nos ninhos desprotegidos no chão - e muicos namralistas arribuem um número maior de morres à chegada desses animais do que à ação humana direta. D e todo modo, passados os primeiros anos da década de 1680, ninguém jamais voltou a ver um dodô vivo na ilha Maurício. Em 1693, o explorador francês Legu.lt, que passou vários meses no local, empenhou-se na procura dos dodôs e não encontrou nenhum.

(Extraído de Stephen Jay Gould. "O Dodô nn corridn de comité'; A montnnhn de moluscos de Leonnrdo dn Vinci. São Pnulo, Cin. dm letras, 2003, pp. 286-8)

ATENÇÃO: As questões de ní1meros 11 a 16 referem-se ao texto abaixo. ll

Nas ilhas Mascarenhas Maurício, Reunião e Rodriguez -, localizadas a lcsce de Madagáscar, no oceano Índico, muitas espécies de pássaros desapareceram como resultado direro ou indirero da atividade humana. i\ fas aquela que é o protóripo e a rataravó de rod.1s as extinções também ocorreu nessa localidade,

Mas aquela que é o procóripo e a tataravó de todas as exrinçõcs rambém ocorreu nessa localidade... (l º parágrafo) A frase acima rranscrica deve ser encendida como indicação de que a excinção das espécies de pombos que não voavam das ilhas Mascarenhas

353


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

14 Ainda assim, provavelmente náo foi a captura

a) seria um modelo a ser urilizado pelos homens no fucuro, quando decididos a erradicar espécies inúceis ou prejudiciais. b) é uma das primeiras ex rinçóes de animais vinculadas à ação direta o u indireca dos homens de que se cem notícia. e) teria ocorrido muiro tempo antes do verdadeiro início da excinçáo de espécies por conta de ações humanas diretas ou indiretas. d ) é um episódio cão anrigo na história das rdações enrre homens e animais que pode ser considerado singular e ultrapassado. e) deu origem a um padrão para as fururas extinções d e animais, que cscariam sempre ligadas à colon ização humana d e novas cerras.

para o consumo pelo homem o que selou o destino do dodô, pois sua extinção ocorreu sobretudo pelos efeiros indiretos da perturbação humana.

Os clememos grifados na frase acima podem \c.:r substiruídos, sem prejuízo para o sencido e a correção, respeccivamenre, por a) Conrudo - não obscanre. b) Conquanro - por que. c) Em que pese isso - embora. d) Apesar disso - visro que. e) Por isso - porquanto. 15 O segmento cujo sentido está CORRETAMENTE expresso em outras palavras é: a) se mulriplic:uam de maneira prodigiosa= crc\-

12 As asas eram pequenas e, ao que rudo indica, inú-

ceram ilusoriamente. b) as duas espécies se regalaram = os dois gêncros se empanturraram. e) uma família singular = um conjunro variegado. d) que selou o destino = que indigitou a fatali dade. e) empenhou-se na procura = dedicou-se com afinco à busca.

teis ... (2º parágrafo) Ao que rudo indica, as <luas espécies se regalaram com os ovos do dodô, alcançados com facilidade nos ninhos desprotegidos no chão... (úJcimo parágrafo)

A expressão grifada na:. frases acima rranscritas dl·ixa transparecer, em relação ~1s afirmações feiras, a) a sua comprovação c iencífica irrefutável. b) a certeza absoluta que o auror quer partilhar com o leitor. e) o receio do auror ao formular um paradoxo. d) a sua pequena probabilidade. e) o seu carácer de hipótese basranre provável.

16 Leia as afirmações abaixo sobre a pontuação utilizada no rexco. l. Em - Maurício, Reunião e Rodriguez -. os travessões poderiam ser substicuídos por parênreses, sem prejuízo para o semido e a coesão da frase. 11. O cravessão empregado imcdiacamenrc depo is de voavam ( 1o parágrafo) pode ser substituído por dois pontos, sem prejuízo para o senrido e a coesão da frase. 111. Em o explorador francês Leguat, que passou vários m eses n o local, empenhou-se na procura dos dodôs, a retirada das \'Írgulas não implica prejuíw para o senrido e a correção da frase.

13 Estio e mpregados no rexro com idêntica regência os verbos grifados em a) Os dodôs punham ... (2º parágrafo)/ ... sua extinção ocorreu ... (último parágrafo) b) ... muitas espécies de pássaros desapareceram ... (1 º parágrafo) I Os primeiros navegadores trouxeram ... (t'.ilrimo parágrafo) e) U ma plumagem cinza-azulada cobria... (2º parágrafo) I ... e não encontrou nenhum. (último par<ígrafo) d) Os volumosos dodôs pesavam ... (2º parágrafo) I ... não foi a captura .. . (último parágrafo) e) ... a cararavó de rodas as extinções cambém ocorreu ... (I 0 padgrafo) I ... e muicos nacuralisras atribuem ... (úlrimo parágrafo)

Esrá CORRETO o que se afirma em a) 1, apenas. b) 1 e li , apenas. c) li e III, apenas. d) III, apenas. e) 1, II e III.

354


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO ATENÇÃO: As quesrões de números 17 a 19 referem-se ao rexro abaixo.

e) a identificação en tre o rio e a pedra, prefigu rando os obstáculos sociais que impedem a ascensão econômica de muiros brasileiros.

Lavad eiras d e Moçoró As lavadeiras de Moçoró, cada uma rem sua pedra no rio; cada pedra é herança de família, passando de mãe a filha, de filha a nera, como vão passando as :iguas no rempo. As pedras têm um polimemo que revda a ação de mui LOS dias e muitas lavadeiras. Servem de espelho a suas donas. E suas formas diferentes rarnbém correspondem de certo modo à figura física de quem as usa. Umas são arredondadas e cheias, aquelas magras e angulosas, e mdas rêm ar próprio, que não se prcsra a confusão. A lavadeira e a pedra formam um ente especial, que se divide e se unifica ao sabor do rrabalho. Se a mulher cnwa uma canção, percebe-se que a pedra a acompanha em surdina. Outras vezes, parece que o canto murmurante vem da pedra, e a lavadeira lhe d;i volume e desenvolvimenro. Na pobreza natural das lavadeiras, as pedras são urna fortuna, jóias que elas não precisam levar para casa. Ninguém as rouba, nem elas, de tão fiéis, se deixariam seduzir por estranhos.

18 Umas são arredondadas e cheias, a quela s m ag ras e angulosas, e mdas têm ar próprio, que não se presca a confusão. (1º parágrafo) A relação semântica ex isrente entre as expressões grifadas na afirmativa acima é percebida rambém entre os dois elementos g rifados em: a) que revela a ação de muiros dias e muicas lavadeiras. b) um enre especial, que se divide e se uni fica ao sabor do trabalho. c) a pedra a acompanha em surdina... parece que o canto murmurante vem da pedra. d) e a lavadeira lhe d~í volume e desenvolvimenro. e) as pedras são uma fortuna, jóias que elas não precisam levar para casa. 19 Considere as observações seguintes sobre a associação de palavras no texto e o sentido decorrente

dessa associação: I.

Obs.: manteve-se f1 grafia original, constrmte da obm ril11dr1.

ll.

(Crzrlos Drummond de Andrade. Contos plausíveis, in Prosa Seleta. Rio de janeiro: Novrz Aguilar, 2003, p. 128)

No segmenro p assando de m ãe a fil ha, de fi lha a neta, com o vão passando as águas no tem po há uma comparação, que associa a transmissão de costumes ao Auxo das águas do rio. As referências às pedras, espec ialm ente no 2º parágrafo, atribuem a elas qualidades hu-

manas. lll. Na frase Servem de espe lho a suas do nas é possível entender o sentido literal, corno referência ao reAexo da água sobre as pedras, e o senrido contexrnal, como identidade e cumplicidade entre a mulher e a ped ra.

17 Evidencia-se no rexto a) a presença da pedra como símbolo da rotina pesada de uma vida sem perspecrivas de melhora da maioria das mulheres brasileiras. b) o primitivismo das cond ições de trabalho em alguns lugares, que impede a necessária alteração dos costumes fam iliares. c) a cxcrema pobreza em que vive m rnuiras famílias brasileiras, sem qualquer condição de sobrevivência mais digna. d) a associação ínrima e aré mesmo afetiva enrre ser humano e elemento da natureza, identificados por um ripo de trnbalho diário.

Está CORRETO o que se afirma em: a) f1, apenas. b) l e Jl, apenas. c) l e lll, apenas. d) II e III , apenas. e) 1, TI e TIL

355


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

ATENÇÃO: As quesróes de m'1mcros 20 a 23 refo-

e) capaz. de rransformar um simples objeco comercial cm uma obra de arte que parece ter sido criada por um escultor genial.

rem-se ao rexLO abaixo.

Gesso

21 Mal sugeria imagem de vida (Embora a ngura chorasse).

Esra mi11hr1 estr1111r1zi11ha de gesso, q11f111do novfl - O gesso 11111ito brn11co, flS linhrrs 11111iro p11rr1s Mfll Sitgerir1 imagem de vidtt (Emhorn fl figum chomsse).

É CORRETO afamar que a frase enrre par2nu;:ses rem sentido a) adversativo. b) concessivo. c) conclusivo. d) condicional. e) temporal.

Hd muitos r111os tt'llho-a comigo. O tempo t'll11elhece11-a, carco111e11-11, ma11cho11-fl de prítina [mnarelo-suja. Os meus olhos, dt• tanro a olharem, lmpreg11amm-11a dfl minhfl h1mumidatle irónica de tísico.

22 Um dia mão estúpida Inadvertidamente a derrubou e parriu. Encáo ajoelhei com raiva, recolhi aqueles crisres fragmcnros, [recompus a figurinha que chorava. E o rempo sobre as feridas escureceu ainda mais o sujo [mordente da párina ...

Um dia mrío t'stlfpida lnadvertid11111e11te fl derruho11 e prmiu. Entiio ajoelhei com raiva, recolhi rtqm•les tristes fmgmenros, {recompus r1 Jig11ri11ha q11e chom11a. E o tempo sobre ris Jeridfls escurecm r1i11da mais o sujo {mordente da ptirina...

Sobre os versos acima rranscriros é INCORRETO aflrmar: a) m ão estú pida pode ser alusão do p0t:ra a si próprio e carregaria assim algum matiz da raiva que o reria acometido quando derrnbou a estátua. b) Inadver tidamen te remo 11enrido de "de modo descuidado", indicando o caráter acidenr<tl do episódio. c) em recompus a figurinha q ue chorava, o po era se vale de uma ambiguidade para sugerir o sofrimento da esrárua com a queda. d) com a alusão às feridas causadas à esdrua, o poera se refere aos sinais vbívcis da junção dos pedaços dela depois de reconscicuída. e) com a expressão o sujo m ord en te da pátina, o poeta alude à transformação da esdrun de sofredora cm causadora de sofrimento.

Hoje f'Ste gessozi11ho comercirtl 1• me fez r1gom rejll'lir Q11e sâ é uerdr1tll'immenre vivo o quejd sofre11.

É tocante e 11i11e,

P.la1111el Ba11deim

20 A ação do tempo sobre a esl<Ítua de gesso é visca pelo poera como a. o que acabou por torná-la mais 'ivaz e expressiva, pelo menos aré que um acideme a nzesse perder essa vivacidade. b) responsável por danos que levaram uma obra de arre a perder sua pmeza e vivacidade originais. c' um dcmenro que, juntamenre com os danos causados por um acidente, dá vida e singularidade ao que era inexpressivo e vulgar. d) o causador irremediável do envelhecimento das coisas e da consequenre desvalorização dos objccos pessoais mais valiosos.

23 O valor que acribuímos ...... coisas é result<tdo. não raro, de uma história pessoal e incransferívcl, de uma relação construída cm meio a acidentes e percalços fundamentais. Assim, nosso apreço por elas não corresponde absolutamente ...... valorização que alcançariam no mercado, esse deus rodo-poderoso, que, no encanro, rcst;l

356


FLÁVIA RITA COUTINHOSARMENTO impotente quando ao \'alor econôm ico se superpõc ...... afeição. Pn:enchem CORRETAMENTE as lacunas da frase acima, na o rdem d ad a,

a)

~ls

-à-a

b) as - à - a e) as - a -

investir em pesquisa polar depois disso. O documento afirma que Mascou <leve trabalhar com ourras nações para preservar a "paz e a estabilidade" na Amarrida, mas salienta que o país rem de se posicionar pari rirar va ntagem dos recursos nawrab caso haja um dcsmembramcnro cerrirorial do continente.

à

(Pesquisa Fapesp. dezembro de 2010, no I 78, p. 23)

d) às - a - a e) às - à - à

24

~ mbora pudesse estar na primeira página de um jornal, a manchete ficcícia que traz deslize quanm à concordância verbal é a) Economistas afirmam que em 2011 haveni ainda mais oporcun idades de e mprego na indlisrria e no comércio do que em 201 O b) "Os que insistem na minha culpa haverão de se arrepender pela injustiça cometida", declara o secretário exonerado. c) Fxpecraciva~ cm relação ao aumento da inflação faz bolsas caírem .10 menor nível esre ano. d) Crescem no Brasi l a venda e o comércio de produtos imporcados ilegalmente. e) "Ergueram-se mais cdil'ícios nos úlrimos dois anos do que nos cinco anos a nreriores", constara estudo sobre o mercado imobiliário.

25 A principal delas é a reconscruçáo de cinco estações de pesquisa na Ant,írtida, par:i realizai estudos sobre mudança~ climáticas. recursos pe>quciros e navegação por sacélite, cnrre ourros. O segme nto g rifàdo na frase acima cem senrido a) adversativo. b) de consequência. c) de finalidade. d) de proporção. e) concessivo.

26 Em "paz e a escabilidadc", na {iltima frase do texro, o emprego das aspas a) indica que esse scgmenro é transcrição lireral

<lo <locumenro d o governo russo mcnci1.rnado no início do rexro. b) sugere a desconfiança do autor do artigo com relação aos supostos propósitos da Rússia de manter a paz na Antártida. e) revela ser esse o principal objetivo do governo russo ao reconsnuir estações de pesquis:t n:t Antártida que datam do período soviético. d) aponra para o sentido figurado desses voc:íbulos, que não deve m ser cntcndidos em sentido literal, como o constante dos dicionários. e) justifica-se pela sinonímia exiscc nre entrc paz e estabilidade, o q ue torna impensável a e<iscência de uma sem a oucra.

ATENÇÃO: A~ questões de nlimeros 25 a 27 referem-se ao texto abaixo.

De volta à Antártida A Rússia plancja lan çar cinco n ovos navios de pesquisa polar como pane de um esforço d e USS 975 milhões para reafirmar a sua presença na Antártida na próxima década. Segundo o blog Science Insider, da revista Science, um documcnto do governo estabelece uma agenda de prioridades para o conrinente gelado .11é 2020. A principal delas é a reconstrução de cinco cstaçóes de pesquisa na Andrrida, para realizar esmdos sobre mudanças cl im ática~. recursos pesqueiros e navegação por sacélicc, encrc o utros. A primeira expcdiçfü> da exrinra União Soviética à Anrárrida aconreceu em 1955 e, nas rrês décadas segui nres, a potência comunisra construiu sete escações de pesquisa no conrineme. A Rússia herdou as cstaçóes em 1991, após o colapso da União Soviérica, mas pouco conseguiu

27 Há exemplos de palavras ou expressões empregadas no rexto para reromar o utras já utilizadas sem repeti-las lireral me nn.:. como ocorre em: 1. o conrinenrc gelado =a Antártida 11. Mascou = a Rússia Ili. a rcvisra Scie nce = o b log Science lnsidcr IV. a potência comuni~ta =a União Sovitrica Atende CORRETAMENTE ao enunciado da q ucsrão o que esrá em

357


PORT JGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

a) 1 e Ili, apenas. b) 1 c 1V, apenas. e) 11 e Ili , apenas. <l) l, 11 e IV, apenas. l) I, li, Ili e IV.

29 ... escolherei a dedo seu guarda-roupa e livros sérios para você ler. A expressão grifoda na frasc acima pode scr substituída, sem prejuízo para o scnrido original, por a) pessoalmente. b) de modo incisivo. c) apomando. d) entre ourras coisas. e) cuidadosarncnrc.

ATENÇÃO: As guesrõcs de nt'1meros 28 a 30 rcfcrem-se ao texto abaixo. Quando cu sai r daqui, vamos começar vida nova numa cidade antiga, onde codo!> :,e cumprimentam e ningt..ém nos conheça. Vou lhe ensinar a falar direito, a usar os difc:renres ralheres e copos de vinho, escolherei a dedo seu guarda-roupa e livros sérios para você ler. Sinto que você leva jciro porque é aplicada, tem meigas mãos, não faz cara ruim nem quando me lava, em suma, parece uma moça digna apesar da origem humi de. /\.linha outra mulher reve uma educação rigorosa, mas mesmo assim mamãe nunca cnrendeu por que eu escolhera jusramellle aquela, entrc tantas meninas de uma família distinta.

30 Minha oucra mulher reve uma educação rigorosa, mas mesmo assim mamãe nunca ente::ndeu por que cu escolhera jusramencc aquela, entrc tant~h meninas de uma família distinta. O verbo grifodo na frase acima pode ser substi mído, !>cm que se aJrerc o sentido e a corre1,:w originais, e o modo verbal. por: a) escolheria. b) havia escolhido. e) houvera escolhido. d) escolhesse. e) reria escolhido.

(Chico Burtrque. Leite dermmrtdo, Sno Paulo, Cia. das f.etms,2009. p. 29)

ATENÇÃO: As quesrõcs de número~ 31 a 34 referem-se ao rexto abaixo.

28 Leia atenramente as afirmações abaixo sobre o rcxro. Ao expressar o desejo de viver numa cidade onde todos se cumprimenrnm e ninguém nos conheça, o narrador incorre numa evidente e insolúvel contradição. I A afirmação de que a ourra mulher teve uma educação rigorosa é reafirmação, por contraste, de que aquela a qw.:m o narrador se dirige não a teve, o que já esrava impl ícito no propósiro de lhe ensinar a folar direito, a usar os diferentes ralheres e copos de vinho erc. II l. Ao dizer que sua interlocurora parece uma moça digna apesar da origem humilde, o narrador sugere, por mcio da concessiva, que a dignidade não costuma ser caracrcrística daqueles cuja origem é humilde.

Cm·tão de Nntnf

Pois que reinaugum11do 1•ssr1 criança pensam os homens reiwwgumr a sua vida e começrtr novo caderno, fi"esco como o pão do rlirt; pois qu1• 11estes dirts a rwemum prtrece em ponto de 1100, e parece que vtio enfim poder explodir sut1s sementes: qut' destfl 11ez não perca t'SSl' ct1tlerno sua rttmçtio 111íbil p1m1 o dmte; que o e11rusit1smo conserfle 11ii111s surts molas, e possa enfim o ferro coma 11 ferrugem o sim comer o ntio.

Esd CORRETO o que se afirma em a) 1, li e Ili.

b ) 11 e Ili, apenas. c) l e 111, apenas.

d) 1 e II , apenas. e) II, apenas.

jorio Cabml de Melo Neto

358


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO 31 No poema, João Cabral a) critica o egoísmo, e manifesta o desejo de que na passagem do Natal as pessoas se tornem generosas e façam o sim comer o não. b) demonstra a sua aversão às festividades naralinas, pois nestes dias a aventura parece em ponto de voo, mas depois a rotina segue como sempre. c) critica a atração núbil para o dente daqueles que transformam o Natal em uma apologia ao consumo e se esquecem do seu caráter religioso. d) observa com otimismo que o Natal é um momento de renovação cm que os homens se transformam para melhor e fazem o ferro comer a ferrugem. e) manifesta a esperança de que o Natal traga, de faro, uma transformação, e que, ao contrário de outros natais, seja possível começar novo caderno.

32 É CORRETO perceber no poema uma equivalência entre a) Íerrugem e avcnrura. b) dente e emusiasmo. e) caderno e vida. d) sementes e pão do dia. e) ferro e atração núbil. 33 "Pois que reinaugurando essa criança ... " O segmento grifado acima pode ser substirnído, no contexto, por a) Mesmo que estejam. b) Apesar de esrarem . c) Ainda que estejam. d) Como estão. e) Mas estão. 34 " ... que desta vez não perca esse caderno ... " Com a frase acima, o poeta a) alude a uma impossibilidade. b) exprime um desejo. c) demonstra estar confuso. d) revela sua hesitação. e) manifesta desconfiança.

ATENÇÃO: As questões de números 35 a 44 referem-se ao texto seguince.

Pensando os blogs Há não muito tempo, falava-se em imprensa escrira, falada e relevisada quando se desejava abarcar rodas as possibilidades da comunicaçáo jornalística. Os jornais e as revistas, o rádio e a televisão consriruíam o pleno espaço público das informações. Tinham em comum o que se pode chamar de "auroria instirucional": dizia-se, por exemplo, que ral notícia "deu no Diário Popular", ou "foi ouvida na rádio Cacique", ou "passou no telejornal da TV Excelsior". Funcionava como prova de veracidade do faro . Hoje a autoria institucional enfrenta séria concorrência dos aurores anônimos, ou semi- anônimos, que se valem dos recursos da internet, entre eles os incontáveis blogs. Considerados uma espécie de cadernos pessoais abenos, os blogs possibilitam intervenção imediara do público e exploram em seu espaço virtual as mais distinras formas de linguagem: rexros, desenhos, gravuras, foros, músicas, vídeos, ilustrações, reporragcns, entrevistas, arquivos importados etc. etc. A novidade maior dos blogs está nessa imediara conexão que podem realizar enrre o que seria essencialmente privado e o que seria essencialmente p{1blico. Até mesmo alguns velhos jornalistas mantêm com regularidade esses espaços abertos da interner, sem prejuízo para suas colunas nos jornais tradicionais. A diferença é que, em seus blogs, eles se permitem depoimentos subjetivos e apreciações pessoais que não reriam lugar numa Folha de S. Paulo ou num O Globo, por exemplo. São capazes de narrar a cerimônia de posse do presidente da República incluindo os aparres e as impressões dos filhos pequenos que também acompanhavam e comentavam o evento. Qualquer cidadão pode resolver sair da casca e dizer ao mundo o que pensa da seleção brasileira, ou da mulher que o abandonou, ou da falta de oportunidades no seu ramo de negócio. Arriscas plásticos trocam figurinhas em seus blogs diante de um largo público de espccradores, escrirores adiamam um capítulo do próximo romance, um músico resolve divulgar sua nova canção já acompanhada de cifras para acompanhamento no violão. É só abrir um espaço na interner.

359


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS a)I,IIell l. b) 1 e II, apenas. c) 1 e 111 , apenas. d) IT e lll . apenas. e) l, apenas.

Omro dia, num blog de algum sucesso, o all(or gabavase de promover dcmocraricameme, encrc os incomáveis seguidores seus, uma discussão sobre as mesm 1s questões que preocupavam a roda fechada e cerimoniosa d os filósofos companheiros de Piarão. Isso sim, argumencava ele, é que é um diálogo verdadeiro. Tal arrevimenco supõe que quantidade implicaria qu 1lidade, e que democracia é uma soma infinica das i1rpressões e opiniões de rodo mundo ...

37 Ao final do texco, o auror desaprova, precisamcn[C, o fácil cmusiasmo de quem considera os blogs a) irrefudveis evidências das ''anragens tecnológicas de que muiws podem mufruir. b) exemplos incomestcs da superioridade da inteligência artificial cm relação à humana. e) dlidos desafios, que podem e dc\'em estimular a nossa reação e análise crícica~. d) diálogos espontâneos e, por isso, verdadeiros, em consonância com a [radiçao dos di~ílogos platónicos. e} espaços generosos que multiplicam debates de nível superior aos diálogos dos pensadores clássicos.

l\'áo imporca a exrensáo das descobcrcas recnológicas, sempre será imprescindível a awaçáo d o nosso espírito crfrico diance de cada foco novo que se imponha à nossa atenção.

(Belrmnino Bmga, inédito) 35 Considerando-se o comexco, d eve-se enccndc r por "aucoria insrimcional" uma arribuição que se aplica a a) grupos de pessoas que parcicipam regularmente de um mesmo blog. b~ informações publicadas cm conhecidos órgãos da imprensa. e) linguage ns jornalísticas criadas para concorrer com as dos blogs. d) marérias publicadas em série sucessiva num mesmo órgão da imprensa. e) reporragens assinadas por jornalistas dcvidamence credenciados.

38 Considerando-se o conrexco, traduz-se adequadamente o senrido de um segmento cm : a) abarcar rodas as possibilidades ( 1ºparágrafo) = incremenrar rodas as hipóteses. b) prova de veracidade do fato ( 1º parágrafo) = aprovação da verossimilhança da ocorrência. e) possibiliram intervenção imediata do pi'.1blirn (2º parágrafo) = consignam o imediarismo do público participante. d) a roda foc hada e cerimoniosa dos filósofos (4º parágrafo) =o círculo rescrito e solene dos pensadores. e) atuação do nosso espírito crítico (5º parágrafo) = apropriação de nossa sensibilidade intuitiva.

36 De acordo com rexro, os blogs têm como caracterí~rica

1.

a aberrura para participação auroral de leitores interessados em se mani festar num espaço virtual já constituído; [J. a reversão de matérias que seriam, a princípio, de inceresse pi'.1blico cm marérias de inreresse exclusivamente privado; 111. a exploração de difCrenres gêneros literários e linguagens oucras que não a verbal, além da plena liberdade na eleição d os remas a serem rrarados.

39 A expressão cadernos pessoais aberros (2º par.1grafo), no conrexro, a} assinala a conexão que os blogs promovem entre a esfera do privado e a esfera pública. b) refere-se ao caráter acidenral e transitório que marca a vigência dos blogs como espaço vinual. c) indica o primarismo um ranro escolar que costuma caracrcrizar as linguagens exploradas nos blogs. d) enfatiza a contradição que impede os blogs de consticuírcm um espaço de discussão democrática.

Em relação ao texco, é CORRETO depreender o que se afirma em

360


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO e) ressalta o improviso e a superficialidade das confidências que habirualmenre se fazem nos blogs.

40

42 No contexto do 3o parágrafo, a frase final É só abrir um espaço n a intern ct cem como ~e ntido implícito o que enuncia este segmenro a) e assim se comprovará como é possível superar Piarão. b) para corporificar essas iniciativas na linguagem de um blog. c) e advirão as reações que cosruma provocar a autoria i nsri rucional. d) para se comprovar a efemeridade das informações de um blog. e) para que um blog passe a enfrenrar severa reação crírica.

As normas de concordância verbal estão plenamente respeiradas na frase a) No passado, com as qualificações escrira, falada e celevisada pretendiam-se designar roda a abrangência das formas de comunicação jornalística. b) A multiplicação de rall(OS autores anônimos de blogs acabaram por representar uma séria concorrência para os profissionais da comunicação. c) Em nossos dias, cabem a quaisquer cidadãos romar a iniciariva de criar um blog para neles desenvolverem seus temas e ponros de vista. d) Já não se opõem, num blog, a instância do que seja de interesse privado e a instância do que seja de interesse público. e) Permitem-se aos seguidores de um blog levantar discordância quanto às linhas de argumenração desenvolvidas por seu auror.

43 Está adequado o emprego de ambos os elernenros subl inhados na frase a) Os recursos da inrernet, dos quais podemos nos valer a qualquer momento, pcrmirem veicular mensagens por cu jo conteúdo seremos responsáveis. b) Artistas plásticos, ~suas obras lhes interessa divulgar, freguenram os espaços da in terner, medianre aos quais promovem a divu lgação de seu trabalho. c) Jornalistas veteranos, de cujas colunas cantos leitores já frequentaram, passaram a criar seus próprios blogs, pelos quais acresccnrarn uma dose de subjetivismo. d) É comum que, num blog, os assunros públicos, a cujo inreresse social ninguém duvida, coabitem aos assuntos particulares,~ a poucos interessará. e) As múltiplas formas de linguagem com que o auror de um blog pode lançar mão obrigam-no a se familiarizar com técnicas de que jamais cogirou dominar.

41 Esr:i CLARA e CORRETA a redação deste livre comentário sobre o rexro a) Nos blogs há uma subjetividade da qual os ourros meios de comunicação jornalística se ressentem, uma vez que não é de sua característica COll(em pJáJa. b) O autor do rexto exime-se ao diferenciar auroria institucional de oucras modalidades aurorais, presumindo que a primeira obtém maior crédito. c) Para muitos, os blogs são um recurso de comunicação de eficácia nunca antes alcançada, suplantando em extensão e profundidade os diálogos plarônicos. d) Ainda que possam ser benvindos, os blogs não devem constituir uma obcessáo cal que remova seus usuários de diligenciarem ourras formas de linguagem. e) A democratização do pensamenro não pode ficar presa à uma forma de co municação, visto que são os conteúdos que determinam sua consumação.

44 Transpondo-se para a voz passiva a frase Hoje a

autoria institucional en.fi"enta séria concorrência dos m1tores anónimos, obter-se-á a seguinre forma verbal: a) são enfrenrados. b) rem enfrentado. c) tem sido enfrentada. d) têm sido enfrenrados. e) é enfrentada.

367


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

ATENÇÃO: As questões de m'.1meros 45 a 49 referem-se ao rexro seguinte.

Leis religiosas e leis civis As leis religiosas têm mais sublimidade; as leis civis dispõe11 de mais extensiio. As 1eis de perfeição, extraídas <la religião, rêm por objero mais a bondade do homem que as segue do que a da sociedade na qual são observadas; ao contrário, as leis civis versam mais sobre :i bondade moral dos homens cm geral do que sobre a dos indivíduos. Deste modo, por respeidveis que sejam os ideais que nascem imediaramenre da religião, não devem scmprl servir de princípio às leis civis, porque é ourro o princípio destas, que é o bem geral da sociedade.

Em relação ao cexro, esd. CORRETO o que se afirma cm :i) 1. II e III. b) 1 e li, apenas. c) 1T e Ul, apenas. d) [ e lJ l , apenas. e) 11 , apenas.

47 As leis religiosas têm mais sublimidade; as leis civis dispõem de mais extensão. A respeito da construção da frase acima, é CORRETO afirmar que a) o verbo dispor foi empregado no mesmo sentido que assume na frase A solidão dispõe o ho mem à melancolia. b) da comparação entre leis civis e leis religiosas, expressa pelo termo mais, resulta a superioridade incontcste de uma <leias. c) entre os dois segmenros separados pelo ponto e vírgula estabelece-se uma relação de senrido equivalente ao da expressão ao passo que. d) entre os dois segmenrns separados por ponto e vírgula estabelt:ce-se uma relação de sentido equivaleme ao da exp ressão por consegui me. e) o verbo dispor foi empregado no mesmo sen tido que assume na fra.se O sacristão dispôs o alrar para a missa.

(lvlomesquieu, Do espírito das leis)

45 Atentando-se para a primeira frase e considerandc1-se o conjunto do rexto, os termos sublim idade e extensão dizem respeito, respecrivamenrt:, ao carárcr a) místico dos ev:ingcl hos canônicos e materialisra dos textos da jurisprudência. b) de espiritualidade das normas religiosas e de abrangência social do direito civil. c) dogmárico das convicções de fé e liberrário das legislações constitucionais. d) divino dos postul:idos cristãos e humanista da declaração dos direiros humanos. e) d e profu ndidadt: das certezas místicas e de superficialidade da ordem jurídica.

48 Esrá plenamente adequada a correlação enm: tempos e modos verbais na frase a) As leis de perfeição Leriam por objeco mais a bondade <lo homem que as seguisse do que <\ da sociedade na qual fossem observadas. b) As le is d e perfeição tinham por objew mais a bondade dos homens que as seguir do que a da sociedade na qual serão observadas. c) As leis de perfeição ccráo por objero mais a bondade dos homem que as tivessem seguido do que a da sociedade na qual terão sido observadas. d) As leis de perfeição teriam por objeto mais a bondade do homem que as siga do que a da sociedade na qual têm sido observadas. e) As le is de perfciçao (erão tido por objeto mais a bondade do homem que viesse a segui-las do que a da sociedade na qual fossem observadas.

46 Atente para as seguintes afirmações 1. A bondade <lo indivíduo e as virtudes coletivas são instâncias que se ligam entre si, de modo inextricávcl e em recíproca dependência. II. A diferença de princípios permite distinguir e nrrc o que há de respciuível nos ideais religiosos e o que se elege como um bem comum nas leis civis. Ill. Tanro no âmbito das leis civis quanro no das religiosas, o objetivo último é o mesmo: o aprimoramento moral do indivíduo.

362


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO 49 O verbo indicado cnrrc parênteses deverá ser flexionado numa forma do plural para preencher de rno<lo CORRETO a lacuna da frase a) Às bondade~ individuais ...... (dever) seguir um benefício que se eMen<la ao conjunto de uma soc:ie<la<le. b) Nem sempre ...... (haver) de respeitar as leis da rcligifo quem se curva às leis civis. e) N.10 se ...... (respeicar) as leis ch·is por bondade, nem as religiosas por espírico cívico. d) N;1o se ...... (opor) o princípio da religião ao da ordem civil, embora as instàncias de uma e outra sejam distintas. e) ...... (ser) de se nocar, cmre as leis civis e as religiosas. a diforença dos princípios que as regem.

50 A-:, normas de c:oncordáncia escáo inceiramencc respei r.tdas na frase a) Muitos julgam imprescindíveis que se consulce os especialil.ras para que se avalie com precisão O':> livros <k uma velha biblioceca.

QUESTÕES DA FUMARC 1 ATENÇÃO: Caro candidaco, a seguir, você enconcrad scce texto\. O primeiro, uma xilografia, do arrisc;:i Katsmhika Hoku~ai; o st>gundo, uma chargc de João 1\ 1ontanaro. jovem can u n isra de 15 anos, publicada no jornal !;olha de S. Paulo, que provocou grande repercussão, com opiniões favor:iveis a da e contra da. O rcrct>iro e o quarro, canas de leicores sobre acharge dt> i\ lontanaro. O quinro, um comencário crícico (texto .1dap1ado) de Diogo Bcrcito, também publicado na l·olha. O St'xro, chargc de Angcli, retirada do google, também impressa na Folha. O sétimo, publicação 110 site hrcp:// nocapajos.globo.com/lernoticias.asp, wbrc piadas dcsagractíveis rclarivamcnrc ao t.sunami vivido pclo.s japoneses. Leia os textos de 1 a VI 1 com atenção. As questões de número 01 a 13 reforem-se a eles; consulre-os sempre que ncc:e~s:irio. TEXTOI

b) Qualquer um dos que entram desprevenidos

numa \'clha biblioccca podem se defrontar com surprcs.ts de que jamais se esquecerá. c) \lesmo que hajam passado cem anos, as foros revelam imrancàncos de um presente perdido, no qual não se concava com os efeicos do cempo. <l) Nada do que se lê nos grandes livros, mesmo quando cxrinca a época cm que foram escriros, parecem envelhecidos para quem os compreende. I.') L1 cstüo, como se fosse hoje, a imagem das jovens e sorridcnrcs senhorinhas daqueles tempos, inrciramen[(: alheias ao passar do tempo.

Xilogm1111rr1 "A Gm11de Onda de Kmlflgawa ·: de !<r1ts11shikr1 l lolwsni ( 1760- 1849), TEXTO II

GABARITO

,.--1

~I

Ili

·I,\

~{)

(,[)

;e j i;c

IC.ll

1-0

1111

l!I

llC

141l

l'i~

~Ili

.w

!3:\

1·1( .

l'iC

~li:\

27D

l 11

l!C

Hll

1111

l'ill

\(,C

1-E

l 1sB l lSB l Jw

·li (

4W

HA

i-11.

üll

"''

-1-c

1 4~A

'JA

IOB

1%

lOC

~')f

_\(>li

39.\

4()Í)

4•JC

'i{ll,

Rt'Produçrío - Chrll'ge de João Mo11tam1ro, p11blicr1dr1 1111 Folha tlr S. P1111/o, 12/0312011, 11111 di11 depois d11 tmgérli11q11e11ssolou o Japão.

363


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS çáo. Porcanco as palavras do cartunista Laerre (painel do lei cor, I 5/03) em defesa do colega João ;... lontanaro, de 15 anos, só me convenceram de que a obra chocanre calvez seja candidara a ser pendurada num museu qualquer ou numa galeria. Monranaro C: menor de idade. Quem foi o maior de idade que o concracou para exercer uma função cão significativa no dia a dia de qualquer jornal que se preza e que respeita os seus leicores?

01 Sobre as relações enrre os rexcos I e II, NÃO é possível afirmar: a) para que haja produçiio de sentido quando da leicura do texto II, faz-se necessário o (re)conhecimento do ccx10 1. b) o deslocamento da xilogravura de Hokusai , o que se dá pela associaçiío a novos clcmemos, produz efeito de rragicidade. c) a leimra do texco 11 pressupõe um rico reperrório de leituras, tanto da xilogravura quanto de faros recentes no noticiário internacional. d) h~í, no rexro 11, reproduçiio do estilo do alllor do ccxco 1, o que c.:onfcre à charge menor intensidade emocional.

(Paulr1 lvfavienko-sikar, Stio Carlos, SP. i11 Pf1i11el do Leitor, 1810312011) 04 Sobre a composiçfo do texro 111, é INCORRETO afirmar que a) a primeira frase funciona como inrroduç:ío às ideias discucidas e compõe-se de uma analogia. b) o conecrivo 'ponanro' poderia ser subsriruído por 'sendo assim', sem prejuízo do sentido proposto e csrabelecendo a coesão rexwal. c) a expressão 'de 15 anos' vem desncccssaria mence encre vírgulas, pois cru informação n:dundanre. d) a interrogação contribui para que se possa inferir a inccnção de responsabilizar o problema para oucrem que não o chargisra Moncanaro.

02 O movimento realizado pelo leitor no processo de (rc)produção do di:ílogo emre a charge de t\ lomanaro e a xilogravura de Hokusai se confirma, EXCETO a) pelo acréscimo de informações inusiradas sobre o rexco 1. b) pela supressão de elementos significarivos na composição do texto 1. c) pela subscimição de elementos rriviais por fundamencais. d) pela rransposiçáo de conhecimentos não pcrrencences à xilografura.

TEXTO IV

03 Quanro à produção dos texros 1 e Il, só NÃO é possível afirmar a., são diferences manifcsrações cexruais, pois sua forma de estruturação e de circulação é distin-

Fico impressionada com os comentários maldoso\ concra o carcunis1a João Monranaro. Ao ver a charge, não a li como uma sátira. Meus olhos apenas a receberam como uma realidade. Quem imaginaria que a xilogravura do anisra 1lokusai serviria de base para reforçar uma cragédi.1 que ocorreu no Japão? Que me conste, estamos no ano 201 1 e a liberdade de expressão é direito de qualquer ser humano. João ;-.1onranaro apenas rerracou o que aconrece hoje no mundo cm que vivemos, e nós, habirantes desce planeia, somos os responsáveis pelas tragédias que ocorrem e ocorrerão.

La.

b) sua compreensão depende da primazia dada à produção individual rcla1ivamcme ao cadter socia l dos textos. c,1 são práticas sociocomunicarivas que atendem a incencionalidades diferences: efeico estético e denúncia. d) sua leirura é orientada por competências do leitor, por exemplo, a de discernir a composição dos textos.

(lvlaria Rita Marinho, gamte da Secretm-itt Geral de Funtl11çtío Biemt!, Stío Paulo, SP)

TEXTO III

Una boa charge política não precisa de exegese. exatamente como uma boa piada dispensa explica-

05 :-i. tarque (V) para \1erdadeiro ou (F) para biso diante de cada afirmativa sobre o rexro IV.

364


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO ( ) O texco é carregado de elementos que desnudam o grau de esLupefaçáo dt: seu enunciador, como se vê pelo uso de "impressionada". ( ) O autor se revela estrategicamente em intensa carga significativa, por exemplo por meio da repetição do vocábulo "tragédias" . ) O uso ela metonímia presente em "meus olhos" promove a coesão com a frase anrerior, onde está presente o verbo "ver". ( ) A palavra 'apenas', no primeiro parágrafo, promove sentido diferente daquele presente no último - somente e unicamente, respectivamenre.

pois, ao ver a charge, não a li como uma sátira e meus olhos apenas a receberam como uma realidade. b) Quem imaginaria que a xilogravura do arrisca Hokusai serviria de base para reforçar uma rragédia que ocorreu no Japão, embora, que me conste, estamos no ano 2011 e a liberdade de expressão é direito de qualquer ser humano? c) João Monranaro apenas rerracou o que acontece hoje no mundo cm que vivemos. E nós, habiranres desce p laneta, somos os responsáveis pelas tragédias que ocorrem e ocorrerão. d) Fico impressionada com os comenr;\rios maldosos contra o cartunisra João Monranaro. Ao ver a charge, não a li como uma s:hira, pois meus olhos apenas a receberam como uma realidade.

Assinale a sequê ncia CORRETA, de cima para baixo: a) F; l;; F; V.

b) F; V; F; V. c) V; V; V; F. d) V; F; V; F.

TEXTO V

Contra a maré

06 (Adapracla) Quanto à coesão entre as ideias do tcxro IV, é possível afirmar que a) As frases que compõem o primeiro parágrafo se associam porque a segunda explica a primeira, e a terceira se contrapõe à segunda. b) As duas primeiras frases do segundo parágrafo, embora não apresentem conexão explícica, são ordenadas de forma que, associadas, produzam a ideia de que a liberdade de expressão se apresenta em circunstâncias inimagináveis. c) Caso a aurora optasse por trocar a ordem das orações que compõem o último parágrafo, haveria prejuízo na produção de sentido, pois trata-se de ideias que se somam sem primazia na ordem cm que foram colocadas. d) A segunda frase do segundo panigrafo não cem a função de ser uma resposta à interrogação que, realizada anteriormente a ela, rendo em vista que a interrogação, ali, não promove a intenção de perguntar, procurar resposta.

Cartunistas avaliam charge de }orío lvloma11rtro, na Folha, que musou desconforto por retratar tsu11ami. João Momanaro já tinha decidido qual seria o rema da charge de sábado quando acordou na sexta-feira. Então, viu na televisão imagens de prédios se desfazendo em meio ao mar que avançava. "Não dava para fazer um desenho sobre política!'', diz. Ao decidir retratar o tsunami, Montanaro lembrou-se da xilogravura de Katsushika Hokusai. Foi uma das opções que ele enviou à Folha para aprovação e publicação. "Fiquei surpreso com as críticas", diz. "Acho que não entenderam a charge." Apesar da má recepçáo, inclusive na escola, o garoto diz estar seguro da escolha. "Fiz o cerro, minha intenção não era fazer uma piada."

07 Assinale a alternativa em que a reconstrução de trechos da cana de Maria Rita Marinho, no rexro IV, NÃO apresenta coesão adequada à produção

O ilustrador Adão 1rurrusgarai, que publica na Ilustrada, defende Moncanaro. "É um desenho superimparcial. É inocente como o ilustrador, que é um jovenzinho", diz. "De mau gosco

de sentido. a) Fico impressionada com os comenrários maldosos conrra o cartunista João Monranaro,

365


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

foi a tragédia cm si." E complcrn: "O humor funciona por coma dessa conrraonda, desse mau humor e da burrice dos críticos". Para o arrista Allan Siebcr, que rnmbém public<l na Ilustr.1da, Moncanaro "fez o rrabalho dele e a escolha da iltmraçáo valeu a pena".

O pesquisador Gonçalo Junior, aucor do livro ''A Guerra dos Gibis" (Companhia das Lcrras), afirma que quem perdeu o bom senso, no caso da charge, foram os leicores que se 111.rnifesraram contra. "Vivemos na era da durice e do politicamente corn.:to. É uma reação paranoica, o desenho retrata as mesmas coisas que codos esses vídeos que estão no YouT 1be."

Spacca, 46. que fez parrc do rodízio de ilustradores da página A2 entre 1986 e 1995, di1: "Os carruni\tas consrroem uma imagem de irreven:ntcs, de livre~ criadores, que podem fazer qualquer coisa .... M.is mdo comunicador cem de antecipar a reaçáo do público e medir o que vai causar. Nem rudo é permitido". Para Jal, presidente da Associação dos Cartunistas do Brasil, "é nesses momcncos de cragédia que temos Je fazer críticas".

DIOGO BERCITO. de Sáo />1111/0 (tc•xto nd11ptt1do}, 1...,103110 I 1

08 Obser\'ando os quatro textos cm an:í.lise, SÓ se pode afirmar que a) o reaproveiramenco de um símbolo da cultura japonesa é o alvo da crítica, e não a chargc cm si. b) o ch:irgista faz um•l compar<tção isenra de \·alores entre a xilogravura e a realidade. c) os lcirores que não aceitaram a charge levaram mais cm conca sua subjetividade do que o conceito de chargc. d) o que choca os leitores é o fato de a realidade ser mais impactante que a ane.

Exagerada ou não, a rccepção da charge de Monranarc foi semdhante à \'isra na Malásia nesta scm.t11a. O desenho de i\fohamad 7..ohri Sukimi, publicado no jo1 nal "Beri ta 1-larian", mostrava o herói japonês Ulrraman fugindo de uma onda . Uma periçáo on-line rodou o mundo. O jornal se rcrracou. "Apesar de o desenho de Monranaro não ter rrn: incomodado, consigo entender por que alguns leicorcs se sentiram desconfortáveis", cli1 Sidney Gusman, cdiror-chcfc do sire Universo HQ. "Fico imaginando como eu reagiria se tivesse perdido alguém nesse desastre."

09 Assinale a alternativa, cujas alterações linguísticas mudam o cieiro de sentido original: a) João Monranaro já tinha decidido qual seria o tema da chargc de sábado quando acordou na scxra-Íeira. Enrão, viu na cclcvisáo imagens de prédios se desfazendo em meio ao mar que avança\'a. "Não dava para fazer um desenho sobre política!", diz. - João Moncanaro j:í tinha decidido qual seria o rema da chargc de sábado ao acordar na sexta-feira. Mas viu na rele,·isáo imagem <lc prédios se desfazendo em meio ao mar que avançava. "Não dava para fazer um desenho sobre política!", di1. b) E completa: "O humor Íunciona por wnra dessa concraonda, desse mau humor e d,1 burrice dos críticos". - E completa: "O humor funciona tendo cm visca essa conrraonda, desse mau humor e da burrice dos crí ricos".

Üt.rra ratão aponrada para a m:í reccpção é o dcsconhe..:imento do desenho original. "Quando vi o rascunho, pergumei a de se as pessoas não iriam se chocar", diz Mario Sergio Barbosa, p<ti de i\loncrnaro. "Mas eu não conhecia a rdcrência ddc." Há também a possibilidade de o lcicor não csrnr acosrnmado ao gênero da charge. "A~ pessoas ligam a palavra "chargc" a coisas alegres, mas a ideia é ser um convi[e ao pensamento", diz o quadrinista Mauricio de Sousa. O 1ornalbta e professor de letras da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) Paulo Ramos concorda. "Quem csd .rcostumado emende melhor desenhos como •> de l\ lonranaro. Oucros veem a~ charges como neccssrriamenrc uma piada e, por isso, se incomodam."

366


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO c) Apesar da má recepção, inclusive na escola, o garoro diz estar seguro da escolha. " Fiz o certo, minha intenção não era fazer uma piada." - Apesar da má recepção, inclusive na escola, o garoto diz estar seguro da escolha. " Fiz o certo, pois minha imenção não era fazer uma piada." d) "Apesar de o desenho de Montanaro não ter me incomodado, consigo entender por que alguns leirores se senriram desconforráveis", d iz Sidney Gusman, editor-chefe do site Universo HQ. "Fico imaginando como eu reagiria se tivesse perdido alguém nesse desastre." - "Apesar de o desenho de Montanaro não ter me incomodado, consigo entender por que alguns leitores se sentiram desconfortáveis", diz Sidney Gusman, ediror-chefc do site Universo HQ. "Fico imaginando se eu reagiria caso rivesse perdido alguém nesse desastre." 10 Só NÃO se pode inferir do dculo "Contra a maré" a) é motivado pelo elemcnm rematizado na xilogravura, uma onda impulsionada pela maré. b) traduz um posicionamento desfavorável à criação de Monranaro, por parte do autor. e) aponta para o diálogo entre a a xilografura e a charge, ambas tradutoras da força da maré. d) dialoga conotativamente com a expressão usual 'remar contra a maré'.

11

Assinale a alternativa que NÃO apresenta informação correra no que se refere à coesão rexrual que se verifica no trecho em destaque, parte do texro de Diogo Berciro.

O ilustrador Adão l rurrusgarai, que publica na Ilusrrada, defende Monranaro. "É um d esenho super imparcial . É inocente como o ilustrador, que é um jovenzinho", diz. "De mau gosro foi a tragédia em si." E completa: "O humor funciona por conta dessa comraonda, desse mau humor e da burrice dos críticos". ( ... ) Exagerada ou não, a rccepção da chmge de Monranaro foi semel hante à vista na Malásia nesta semana. O desenho de Mohamad Zohri Su kiini, publicado no jornal "Bcrira Harian" , mostrava o herói japonês Ulrraman fugindo de uma onda. Uma perição on-line rodou o mundo. O jornal se retratou. a) A palavra ts unami reroma a expressão imagens de prédios se desfazendo em meio ao mar que avançava. b) O termo m á recepçáo rcroma o termo as críticas. c) A primeira frase do 4° parágrafo recoma o parágrafo anrerior e anuncia o que virá. d) O penúltimo parágrafo anuncia o conteúdo do último parágrafo. 12 Observe a charge abaixo, de Angcli .

TEXTO VI

João Monranaro já cinha decidido qual seria o rema da charge de sábado quando acordou na sexra-feira. Então, viu na televisão imagens de prédios se desfazendo cm meio ao mar que avançava. "Não dava para fazer um desenho sobre política!", diz. Ao decidir rerrarar o tsunami, Montanaro lembrou-se da xilogravura de Kacsushika Hokusai. Foi uma das opções que ele enviou à Folha para aprovação e publicação. "Fiquei surpreso com as críticas", diz. "Acho que não entenderam a chargc." Apesar da má recepção, inclusive na escola, o garoto diz estar seguro da escolha. "F iz o cerro, minha intenção não era fazer uma piada."

- Sim, cu sei: há sapaJo:r de ouJros clientes najrenJe, ma.r;,u voclflur n tm u onr~. u dou uma• ct~jlnhn • ! htrp:l/111111111.google.com.brli111gres?img11rl=http:l/4bp.blogspot. coml_QjZPqpfjC}s!R4qUdXZKFRl/AAAAtlAAAASs/ Bcqdmv-13104120 r /, !Oh35

367


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Um dos comen tários presentes no cexro V rdc1entes à charge de Montanaro pode ser rambém aplicado à ch:irge acima, de Angcli. O profission:il que faz esse comentário é: a) Maurício de Souza, quando ele afirma: "As pessoas ligam a palavra "chargc" a coisas aleg res, mas a ideia é ser um con vite ao pensamenro. " b) Orlando, quando ele declara: "Com um desenho mais sofisticado, todo mundo acharia li ndo, mas ele está aprendendo, ainda escá cru." c) Adão lrurrusgarai, que analisa:"~. um desenho superimparcial. É inocente como o iluscrador, que é um jovenzinho. " d) Spacca, que diz: "( ... ) todo comunicador tem de antecipar a reação do pt'tblico e medir o que v:ii causar. Nem tudo é permitido."

c) O uso da expressão 'dê um Google'. coloquial. denuncia o tom de deboche com que a piada é lançada. d) O fato de o autor da mensagem postada no Twittcr ser um comediante ju~tifica sua posrura de fazer piada sobre gualquer pessoa ou si ruação.

ATENÇÃO: Caro candidaro, lei:i com arençáo a peça pubfü.ic;Íria cm destaque e responda às questões 14 e 15 a ela refcrenres.

Quem tem sede de qualidade, como o Grupo Petrópolis, "' só poderia mesmo cuidar bem da água do nosso planeta.

____ ----· --____".,...._ .. _ ........_ .....__ ____ -- ..--.---..---·-.. ........ .--------·--·~

,......_ --·~'""'--·---·

....,..,.._

13 Observe o trecho em descaque e assinale a alrernativa CORRETA.

----·---·~---

('

TEXTO VII ( . ) os aurores de comenranos considerados ofensivos são pessoas que já eram famosas. Um deles é Alce Su lkin , roteirista do seriado de comédia americano "Family Guy". Ele pediu desculpas depois de fazer piada ligando o terremoto ao ataque japonês :1 base american a de Pcarl Harbor, no Havaí, em 1941. Cerca de 2.5 mil pe>soas morreram no ataque ."Se você quiser se sentir melhor sobre o ccrremoro no Japão, dê um Google em 'mímcro de mo rros e m Pearl H .trbor", escreveu n o Twiccer. Após crítica!>, ele ap.1gou a mensagem e se justificou. "O número de morros o ncem era de 200, hoje é de 10.000. M e desculpe pelo tweet insensível. Foi apagado", escreveu.

1'

r

h11p:l/11111'11•. Ili11/1iso/111 Íllll. rlrl. brl2011 !11111 iíiaslz·er/11111 //'ÍI// grupo-pe1 ropolis-presrn-holllt'11agr111-110-d1r1-1111111dit1l-r/11-11g1111/ id/684/lm1g1111gelp1_BR. 0310·112011, l 9'1'i2mm

(")Trecho ampliado: O Grupo Pctrópolis tem um compromisso com o meio ambiente e por isso prarica programas visando à conservação de toda a água urilizada em seus processos produrivos. Além disso. conta com o Projeto AMA, uma iniciativa ( jll C através do plantio de 1, 1 milhão de mudas de árvores naciv:is protege grandes áreas de m:ira arlâncica e do cerrado, preserva 36 bilhões de licros de água por ano e atua na remoção de mais de 85

http:ll11otap11jos.globo.comi/ernoticir1s. mp a) Comparando a charge de Monranaro e a piada, percebe-se a intenção qm: ambas têm de ironizar a cultura japonesa, denunciar sua fragilidade. b) Que o número maior de morros no Tsunami cm relação ao de Pearl Harbor não deveria ser a justificativa écica para a retirada da piada.

368


FLÁVIA RITA COUTINHO SARfllENTO mil toneladas <le COz da armosfera. Afinal, para nós, dia <le preservar a água é rodo dia.

14 A expressão 'como o Grupo Perrópolis', presenre na frase em desraque da peça publicirária, vem entre vírgulas. Essa pontuação a) leva a expressão a exercer a função de exemplo. b) derermina que a expressão resrrinja-se a efeito de comparação. c) conora um com irônico àqueles que não atuam como o Grupo Perrópolis. d) ressaira de forma resrririva as ações da empresa de cuidar da água.

15 Sobre os numerais presentes no trecho, que vem abaixo da frase destaque (ver o trecho em letra ampliada logo abaixo da peça publicitária), é possível afirmar que têm a função de: a) ilustrar a situação deplorável do planera Terra, enumerando seus problemas. b) promover a valorização das ações da empresa, elucidando seus fciros. c) distorcer uma leitura correta da realidade ecológica, usando de hipérboles. d) provocar sensacionalismo, reiterando os números exageradamente.

ATENÇÃO: As questões de 16 a 20 referem-se ao cexro a seguir. Leia-o antes de responder a elas. Existe um diagnóstico sobre a interface entre energia, meio ambiente e sociedade? (Clnudio). D. Safes) A consrruçáo de uma usina para geração de energia elétrica, seja ela hidrelécrica, seja cermelécrica, inrerfere, sim, na vida das pessoas que vivem nas regiões de influência dos rios e de outros ecossistemas. A real idade precisa ser encarada: apesar da necessidade de gerar energia para abastecer o País, a chegada desses empreendimentos provoca o deslocamenco compulsório de famílias. E isso não cem preço. O desafio de formuladores de políticas públicas e de empreendedores é acabar com a frase "uma minoria precisa se sacrificar para beneficiar a maioria" . Muiro f:icil dizer isso quando se esrá do lado da maioria.

É urgente um debate objetivo e despolitizado sobre como rem evoluído o respeito às populações no encorno dos empreendimenros de geração de elecricidade. Afinal, quais são os mecanismos legais e os program as que têm sido implanrados para amenizar o inevirável "sentimento de perda" das comunidades, que precisam rever seus cosrumes e valores em prazos muito curtos? A história da eletricidade no Brasil rem 125 anos. Começa em 1883, com a pequena usina hidrelérrica de Ribeirão do Inferno, com 0,5 MW de potência, no município mineiro de Diamantina. Na ocasião, fo ram indenizados apenas os proprietários de cerras inundadas pela barragem. Foi assim por 100 anos. Em 1983, com urna enchenre extraordinária do rio Paraná, a CESP (Centrais Elétricas de São Paulo) reassenrou as primeiras famílias não proprietárias de cerra: posseiros, meeiros e arrendatários. A agenda do seror passa, enrão, a incorporar um olhar mais amplo sobre modos de vida, de produção e de geração de renda. Nosso País requer, rodos os anos, cerca de 3000 MW médios adicionais para acender ao crescinenro de sua economia. A construção de novas usinas craz consigo coisas boas. As mais visíveis são novos postos de crabalho e o aumenro de arrecadação de impostos para municípios, esrados e a União, que podem usar esses recursos para saúde, educação e segurança. É fácil visualizar os benefícios para a maioria. Mas e a minoria? O que aconrece com as co munidades locais, em termos concreros, no curro e no longo prazo? A vida dessas pessoas melhora ou piora? Estima-se que foram remanejadas 200 mil famílias devido à construção de usinas. E desde 1983, quando foram remanejadas as primeiras famílias, a preocupação com os impacros sociais dos empreendimentos cresceu. Essa evolução fo i provocada ora pelo poder público, ora pelos empreendedores. escacais ou privados. A voz da população tem sido for malmente ouvida. O Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) estabeleceu, na década de 80, a necessidade de submeter os escudos de impacco ambiental a audiências públicas. Também com o objetivo de dar transparência ao processo foi criado o Foro de Negociação o nde, sob coordenação do Ibama, lideranças locais, Min 1srério Público, governo federal e empreendedores buscam soluções de consenso para o rernanejamenro da população.

369


PORT JGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS <le famílias; e isso não cem preço. (A realidade precisa ser encarada: apesar da necessidade de gerar energia para abastecer o País, a chegad.1 desses em preendimentos provoca o deslocamento compulsório de famílias. E isso não rem p reço. - l 0 §) b) É eminenre uma discussão objetiva e despolitizada a cerca de como se tem evoluído o respeito às populaçôes nas imediações do~ empreendimentos de geraçáo de elerrici<la<lc. (É urgente um debate objetivo e despolitizado sobre como cem evoluído o respeico às popu lações no entorno dos empreendimentos de geração de eletricidade. - 3° §) c) Fi nalmente, que são os mecanismos legais e o~ programas os quais vêm sendo implancadoi. a fim de mitigar o incontornável "sencimemo de perda" das comunidades, as quais precisam rever seus costumes e valores cm prazos muico exíguos? (Afinal, quais são os mecanismos legais e os programas que rêm sido implantados para amenizar o inevitável "sentimento de perda" das com unidades, que precisam rever seus costumes t' valores em prazos muito curcos? - 3° §) d) Apesar de existir significativos avanços. é primordial aprimorar e forralecer os m1::c:anismos legais e de comunicação encre as comunidades. (Embora haja relcvances avanço~. ~ fundamental aprimorar e fortalecer os me canismos legais e <le comunicação com a1> comu nidades. - 12° §)

Mas só um novo pedaço de chão não resolve o problcml das famílias . Além de cerra e orienração técnica, era preciso acesso a crédito rural para o desenvolvimen to adequad o d a atividade agrícola. Com baixas taxas de juros e seguro contra perda da safra, a partir de 1998 as fa mílias que moram cm reassencamencos passam a rer acesso aos recu rsos do Programa Nacional de Fonalccimcnco da Agriculrnra Fam iliar (Pronaf), que permitiu o aumenro da produção e da renda familiar. A evolução continua. Em 2006, uma iniciativa piom ira no Sul do País coloca à disposição da região da usina u m Fundo de Desenvolvimento Rural. Com o apoio de técnicos do Sebrae, recursos dos empreendedores fi nanciam projetos para agrega r valor aos prod u ro~ agrícolas, aumen ra ndo a renda das famílias da regifo d os empreend imen to:.. É um belo projero, que prevê q ue as amortizações dos financiamentos retornem ao p róprio fundo para financiar novos projetos, criando um ciclo autossuscenrado que viabiliza a permanência desses produtores no campo, em atividades que fazem parte da realidade local. Embora haja relevantes avanços, é fundamental apri morar e forralecer os mecanismos legais e de comunicação com as comunidades. O uvir as pessoas e seus anseios, crarando-as como ind ivíduos e não como cstací.Hicas, dimin ui a ansiedade e os remores que as mucl:'nças crazem. O mais importante no processo de realocação das famíl •as é o respeiro aos valores individuais e colerivos pua q ue seja possível a conMruçáo de um diálogo aberro e d ireco, sem inrermediários, entre comunidades e em p reendedores. Esse é o cam inho para demolir as fro n teiras entre " maio rias" e "m ino rias" e para que tod os passem a enxergar 1::sscs cmpreendimenros como oportu nidad es de rra nsformaç:ío e inclusão social.

17 Assinale a alternativa em que o referente da expressão em destaque renha sido C O RRETAMENTE idenrifica<lo entre parênteses. a) O desafio de formuladores de políticas públi cas e de empreendedores é acabar com a frase "uma minoria precisa se sacrificar para beneficiar a maioria". Muito r:ícil dizer isso quando se está do lado <la maioria. (uma minoria precisa se sacrificar - 2° §) b) As ma is visíveis são novos posros de tra balho e o aumento de arrecadação <le imposros para municípios. estados e a União, que podem usar esses recursos para sa(1dt', educação e segurança. (novos postos t' aumento - 6° §)

rAdaprado de: <hrrp:llporr11l2ff11.go1•.hrlpor111Uplslporr11//doCJI. l'DF>. Acmo em 20 0111. 20 I 0)

16 Em rodas as alternativas, as reformulações proposras para o trecho cranscrico enrre parênteses implicam erro o u muda nça de sentido, EXCETO a) É p reciso que a realidade seja encarada: não obstante a necessidade de gerar energia para abastecer o País, a chegada desses empreendimentos ocasiona o deslocamento compulsório

370


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO c) A real idade precisa ser encarada: apesar da necessidade de gerar energia para abasrecer o País, a chegada desses cmpreendimemos provoca o deslocamento compulsório de famílias. E isso não tem preço. (a necessidade de gerar energia para abasrecer o País - 1° §) d) Esse é o caminho para demolir as fronteiras entre "maiorias" e "minorias" e para que rodos passem a enxergar esses empreendimenros como oporrunidades de rransformação e inclusão social. (o respeiro aos valores individuais e colerivos - 13° §) 18

1

Dentre as afirmativas acima, são INCORRETAS: a) apenas 1 e lll. b) apenas 1 e II. c) apenas li e III. d) todas.

20 Assinale a alrernativa que apresenta INCORREÇÃO. a) Em que pesem as opiniões divergentes, C'.S condições de trabalho naquele local são não apenas penosas e insalubres, mas sub-humanas. b) Os conuacheques se encontram à disposição de V. Sas. em sua agência bancária, lomlizada no subsolo desre edifício. c) Quando reverem as filmagens do evento, os peritos dar-se-ão conta, seguramente, de que houve uma fa lha no equipamento. d) O enconrro realizar-se-á no próximo dia 20, data cm que se discutirá a nova agenda do partido.

A afirmação contida no primeiro período do rexro traz em si i ndicaçáo de que não se rrata de opinião consensual.

11

Ourante a maior parte do século XX, quando se consrruía uma nova usina hidrelétrica, somente se indcnizavam os proprietários de terras inundadas pela barragem. lll Segundo o texto, o poder público deve não só cuidar do reassenramento de proprierários de terras inundadas, mas, sobretudo, buscar

21 Assinale a alrernativa que NÃO apresenta incorreção. a) As sessões de pôsrercs organizar-se-ão em um

a preservação dos valores e da culcura das populações afetadas pela construção de hidrelétricas.

formaro intcrarivo e analizar-se-áo pesquisas e/ou a irnplemenração e aplicação das metodologias arivas de aprend izagem na educação básica ou superior. b) Considerando-se a inrer-relação enue conhecimento e informação, poder-se-á considerar, desprerensiosameme, que adentramos a Era da Revolução Pedagógica. c) Procedeu-se, à época, o reassencamenco das famílias de agricultores afetados pela construção da represa. d) Quanro à suas forografias, não se lembrava de haver mencionado-as em nen huma dos encontros a que esrivera presente.

Dentre as afirmativas acima, são CORRETAS a) apenas l e 11. b) todas. c) apenas l e TII. d) apenas II e ITl.

19

O autor se mostra orimisra com relação às medidas romadas nos (iltimos anos para garantir melhores condições de vida às populações que habitam o encorno de hidrelétricas. II O texto defende o ponto de visra de que o inreresse da coletividade não pode se sobrepor ao dos indivíduos. 111 O senrimenro de perda a que se refere o autor (3° §), diz respciro aos prejuízos materiais decorremes do abandono de terras a que se veem forçados os moradores de áreas vizinhas a hidrelétricas.

ATENÇÃO: As questões 22 e 23 tornam como referência o texto a seguir. Leia-o antes de respondê-las. O futuro do pretérito também é usado pelo5. meios de comunicação para in troduzir um argumento sem responsabilizar-se por ele. [ ... ] É como se os fatos se

371


PORTUG UtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

narrassem a si mesmos, sem interferência do locutor. O jornalisra não se compromere, não assume a responsabilidade do faro noriciado: quem o afirma é "alguém", alguma fonrc autorizada, enfim, ourra voz introduzida no discurso (não sou cu que o digo, ouvi dizer, alguém fa lou) . (Disponível em: <lmp:llwebcnche.googleuserco11tellf.com>. Acesso em: 18 out. 2010)

22 Assinale a alrernaciva em que o futuro do prcrérico renha sido urilizado com a função descrita no ccxco. a) Aqueles que têm interesse na discussão desse tópico poderiam se dirigir para o auditório principal da faculdade? b) Não se sabe, até o momento, qual poderia ter sido o destino dado aos arquivos desaparecidos. e) Se eu afirmasse que não chorei nas derrotas de meu rime, que isso me é indiferente, estaria mencindo . d) O cantor, que estaria sendo vítima de exwrsão por parte de seu empres;Üio, fez acusações a alguns de seus colaboradores, mas voltou atrás d ias depois. 23

E.m rodas as alcernacivas, emprega-se recurso com a mesma função assumida pelo futuro do pretéri-

tal como descrito no texto, EXCETO: a; Nunca tinha suposto que tais coisas pudessem acontecer cão inesperadamente. b) Polícia investiga suposto envolvimento de político no desaparecimenro da menor. c) No Senado, a alardeada CPT da Perrobras, insralada para apurar alegadas irregularidades na gestão da estacai, terminou melancolicamente. d) Ao que parece, o conjecturado exrraterrescrc foi visro pela primeira vez na cidade mineira de Varginha. to,

b) Segundo o chefe do cerimonial, poucos convidados beberam o vinho. Segundo o chefe do cerimonial, poucos convidados beberam do vinho. c) Conforme se comprovou posteriormeme, o~ dois rapazes visavam os cheques. Conforme se comprovou posteriormente, os dois rapazes visavam aos cheques. d) Durance a mesa-redonda, falou com colegas do curso de Engenharia. Durante a mesa-redonda, falou a colegas do curso de Engenharia. 25 A concordância verbal está CORRETA em a) Duranre a enuessafra, dadas essas circunstâncias, poderão haver oscilações nos preços dos alimenros. b) O consumo indiscriminado desse ripo de medicamenros podem levar a alterações de comporramcnro. e) A publicação de rumores sobre o mau desempenho das empresas preocuparam os acioniscas. d) Alguns dos engenheiros do seror solicirararn à secrerária que os inscrevesse no evento. 26 l.

A empresa investiu na expansão de sua rede de rransporre local, visando à ampliação da capacidade de anéis ópricos. (objerivando) II. O trabalho dos funcionários cem permirido à emp resa crescer de maneira mais sustentável. (nossa empresa) Ili. Para acesso às Aras de Regisrro de Preços, clicar no ícone a seguir. (acessar) TV. Os acionisras referiram-se à m udança empreendida pela direção da empresa. (essa mudança)

Nas frases acima, substiruindo-se a expressão cm desraque pela indicada cnrre parênteses, o acenro grave deverá ser eliminado em a) li , flI e TV b) I, III e JV e) l, II e III d) I, Il e !V

24 A mudança na regência verbal NÃO implica mudança de sentido ern a) O nome do funcionário não constou do relatório de atividades. O nome do funcionário não constou no relatório de atividades.

372


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO 27 Assinale a alrernariva cm que a pontuação esreja

CORRETA a) Anres do Acordo de 1990, não inregravam o abeced<irio vernáculo oficialmenrc o k (cá; capa), o w (d;iblio; vê duplo; vê dobrado) e o y (ípsilon; ipsilone) ... Letras estranhas à grafia ponuguesa eram usadas só em casos especiais e siruavam-se, respectivamenre, enrre j e 1. v ex, X e Z. b) Anres do Acordo de 1990, não incegravam o abecedário vernáculo - oficialmenre - o k (cá, capa), o w (dáblio, vê duplo, vê dobrado) e o y (ípsilon, ipsilone). Lerras estranhas à grafia ponuguesa,eram usadas, só em casos especiais e siruavam-sc, rcspectivamcnrc cnrrc j e I; v e

x; x e z. c) Ances do Acordo de 1990, não inregravam o abecedário vernáculo, oficialmente, o k (cá, capa), o w (dáblio, vê duplo, vê dobrado) e o y (ípsilon, ipsilone). Lerras estranhas à grafia porruguesa, eram usadas só em casos especiais e siruavam-se, respectivamenre, entre j e 1, v e X, X e Z. d) Anres do Acordo de 1990 não imegravam o abecedário vernáculo, oficialmente, o k (cá, capa), o w (dáblio, vê duplo; vê dobrado) e o y (ípsilon, ipsilone); letras estranhas à grafia portuguesa eram usadas - só em casos especiais - e situavam-se, respectivamenre, entre j e 1, v ex, X e Z.

legião, a inrernet ampliou-os em número, frequência e virulência. Todos os meus amigos - e até mesmo alguns que não chegam a isso - reclamam das mensagens, das sugestões e, sobretudo, das denúncias do imeresse de cada um. Do prefeiro que não asfaltou a rua, do emprego que alguém não obteve, do concurso que o reprovou. O e-mail, que deu oporrunidade à comunicação de forma surpreendente, se, de um lado, esrá servindo na busca e na troca de informações para aproximar pessoas, de ourro, está produzindo chatos cm massa, em escala industrial. Desocupados, embriões de gênios que desejariam ser comenrarisras de polírica, de esporres, de economia e de cultura, ditando regras disso ou daquilo, encontraram afinal a tribuna, o mini espaço que buscavam e não conseguiam. Entram na incernct com tempo e garra suficientes para tentar criar um mundo à sua imagem e semelhança, mundo que fel izmente não existe, a não ser na cabeça desses novos Perrônios informatizados. E, ao contrário de Deus, que, quando criou rodas as coisas, o céu e a Terra, o Sol e as estrelas, descansou no sétimo dia, o charo elcrrôn ico não descansa, trabalha em rempo integral, todos os dias, sábados, domingos e feriados, não rira férias, não adoece. E como ninguém toma as providências que ele reclama, o chato adora um moralismo pedestre, primário, remando mudar o mundo que insiste em rejeitá-lo .

(Folha de Srío Paulo, J6 mar. 2008)

ATENÇÃO: As questões de 28 a 37 referem-se ao texro a seguir. Leia-o anres de responder a elas.

28 Tendo cm conca a argumentação desenvolvida pelo auror, todos os rítulos abaixo são adequados a esse texto, EXCETO a) A praga dos e-mails b) Legião de inrernauras c) O nome deles é legião d) Da mulriplicaç:ío dos chatos

Carlos Heitor Cony No meu tempo, dizia Machado de Assis, já havia velhos, mas poucos. Parodiando o mestre, direi que, no meu rempo, já existiam chatos, mas relativamente poucos. E não eram tão espalhafarosos e oniprcsenres. Quando Crisro expulsou Satanás de um cndemoniado, perguntou-lhe o nome. Satanás respondeu: "Meu nome é Legião". Os chatos de agora são também uma

29 Tendo cm vista o contexto em que ocorrem, todas as palavras abaixo fo ram sarisfaroriamenre explicadas, EXCETO a) onipresenres (1° §): que esráo em rodo~ os lugares, ubíquos.

373


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

b) espalhafacosos (1° §): sem medida, imoderados. e. virulência (1° §): infoscação, opulência. d) pcdescre (6° §): primitivo, rúsrico.

a) Todos os meus .1migos - e até mesmo alguns que não chegam a isso - reclamam das mensagens, [.. .] - 2° § (amigos) b) Desocupados, embriões de gênios que desejaria m ser comentaristas de política, de espones, [... ] - 4° § (embriões) c) E, ao contrário de Deus, que, quando criou rodas as coisas. o céu e a Terra, o Sol e as estrelas, [ ... ] - 6° § (Deus) d ) E como ninguém coma as providências que de reclama, o chato adora um moralismo pede\rre, prim<irio, [ ... ] - 6° § (providências)

30 Em rod as as alrcrnativas, a reform u lação do trecho que se enconrra emre parênrcscs implica erro ou m udança de sentido, EXCETO em .1 Em meu rempo, dizia Machado de Assis, j~í cxisria velhos, porém eram poucos. (No meu tempo, dizia Machado de Assis, já havia velhos, mas poucos. - 1° §) b) Parodiando o mestre, direi que, no meu rempo, já haviam charos, todavia eram relativamenrc poucos. (Parodiando o mestre, d irei que, no meu tempo, já existiam charos, mas relarivamenre poucos. - 1° §) c: Todos meus amigos (e mesmo alguns que não chegam a isco) reclamam conrra as mensagens, as sugcsrões e, principalmenre, as denúncias que são do interesse de cada um. (Todos os meus amigos - e até mesmo alguns que não chegam a isso - reclamam das mensagens, d as sugcsrõcs e, sobrcmdo, das denúncias d o inrc rcsse de cada um. - 2° §) d :t E como ninguém coma as medidas reclamadas por ele, o chato adora um moralismo pedestre, p rimário. cencando transformar o mundo que insiste em rejeitá-lo. (E como ninguém roma as providências que ele reclama, o chato adora um moralismo pedestre, p rimário, ten t:rndo mudar o mundo que insiste em rejeitá-lo . - 6° §)

33 Em rodas as alternativas, a palavra até foi utilizada com o mesmo valor que apresenra no segundo parágrafo do texto, EXCETO a) Segundo os dermatologistas, o prorecor solar deve ser usado !>empre; até no inverno. b) Procuro emprego ou até esc<igio na área de administração de redes Windows ou Linux. c) Com o dinheiro da bolsa, ele poderá permanecer na l nglarerra até novembro ou dezembro. d) AI Gore, Leonardo Di Caprio e aré Os Simpso ns estão levando os problemas ambientais para as relas do cinema.

34 Parodiando o mestre, direi que, no meu rempo. já existiam chatos, mas rclacivamenre poucos. ( 1° §)Assinale a alternativa que apresence os sinônimos mais adequados para o verbo parodiar, tendo cm conta seu emprego no crccho acima transcrito. a) im ita ndo, copiando b) imitando, ridicularizando c) ridicularizando. decalcando d) arremedando de forma caricacural, depreciando

3 1 Os chacos de ago ra são rnmbém uma legião, a in[Crner ampliou-os em número, frequência e virulência. ( 1° §) A; duas orações acima podem ser vinculadas por meio de codos os conectivos abaixo, EXCETO a) pois b) já q ue e) visco que d) se bem que 32

35

Em rodas as alccrnativas, o clemenro ao qual se refere o pronome em destaque foi devidamente identificado enrre parênteses, EXCETO em

1.

Visão incegralmenrc negativa da intcrnet e, em parricular, do correio clerrõnico. II. Referências inrcrrextuais. III. Crítica ao obscuranrismo reinante nos dias amais. IV. Passadismo, saudosismo.

Tendo cm conta as caracrcrísricas acima lisca<las, aplicam-se ao cexto de Cony

374


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO a) 11 e li J, apenas. b) 11 e lV. apenas. c) 1, li e IV, apenas. d) 1, II, Ili e IV. 36 Em todas as alternativas, o trecho cm destaque cem a função de explicar ou reformular um elemenco anteriormente mencionado, EXCETO cm a) O e-m.lil [...1está produzindo charos em massa. cm escala industrial. (3° §) b) E, ao co ntrário de Deus, que, quando criou rodas as coisas, o céu e a Terra, o Sol e as estrelas, descamou no sétimo dia. [.. .] (6° §) 1..) [ ... 1 o chato elerrônico não descansa, trabalha em m11po integral, wdos os dias, sábados, domingos e feriados, [... ] (6° §) d) [... ]o 1..hato adota um moralismo pcdcsrrc. primário, renrando mudar o mundo que insiMe em rejeitá-lo. (6° §) 37 Todos os meus amigos - e até mesmo alguns que náo chegam a isso - reclamam das mensagens, das sugestões e, sobretudo, das denúncias do in teresse de cada um. Do prefeito que não asfaltou a rua. do emprego que alguém náo obre\'C, do concurso que o reprovou. (2° §) Assinale:: a alrernaciva cm q ue as alterações na pontuação do trecho acima rranscriro NÃO impliquem erro ou mudança de sentido. a) Todos os meus amigos (e até mesmo alguns que não chegam .l isso) reclamam das mcnsagen11. das sugestões e, sobretudo, das dent'111cias do interesse de cada um: do prefeiro que n:ío asfaltou a rua, do emprego q ue alguém não obte\•e. do concurso que o reprovou [... } b) Todo11 os mem amigos - e aré mesmo alguns, que não chegam a isso - reclamam das mensagens. das sugestões, e sobrerudo das denúncias do interesse de cada um. Do prcfcico, que náo asfaltou a rua; do emprego, que alguém não obteve; do concurso, que o reprovou [... ] c) Todos os meus amigos (e até mesmo alguns que não chegam a isso), reclamam das mensagem, das sugestões e, sobretudo, das denúncias do incercsse de cada um. Do prefeito que não asfaltou a rua, do emprego que alguém não obceve, do concurso que o reprovou.

d ) Todos os meus am igos e acé mesmo algu ns que não chegam a isso. reclamam das mens:igens, das sugestões e, sobretudo, das dcnúnci 111 do inceressc de cada um : do preícico que n ao asfalcou a rua; do emprego que alguém não obteve; do concurso, que o reprovou. 38 Tendo cm conta a adequação das formas de tratamento empregadas para o desrinacário, na correspondência oficial, assinale a afirmativa INCOR-

RETA. a) Para depurados estaduais: V. Exa. b) Para membros dos cribunais superiores: V. ~1M.

c) Para o Governador do Estado: Vossa Excclt~ncia. d ) Para presidentes de câmaras municipais: Vossa Excelência. 39 A colocação pronominal está IN CORRETA c m a) O pai deu a entender à filha que faria-lhe rodas as vontades. b) Se tudo corresse bem, o encontro se real izaria em novembro próximo. c) Se se dispusessem a cooperar, os fun cionarios seriam recompensados. d) O presideme elo panido observou q ue os candidacos não devem decidir-se prccipiradamrnce. 4 0 Assinale a al ternativa cm qm: a divisão silábica (indicada por pontos) e a grafia estejam COR-

RETAS. a) pneu.mo.nia - mi.sé.ria - pré-bis.ró.ria b) as.ces.so.ris.ca - e.clíp.se - re.in .vin.di .ca.ção c) a.po.ca.líp.ti.co - as.ses.so.ri.a - oc.co.ge.ná.rias d) con.cra-che.que - se.xa.ge.ná.ri.a - psi.co.lo.gi .a

41 A Aexáo verbal esr:í CORRETA cm a) O agente que a dcccu suspeitou que ela eMivesse envolvida no assalco ao banco. b) Em caso de demissão de professores, o si11dicarn sempre intermedeia os acenos de contas. c) Àquela altura dos acontecimentos, quando os ânimos já escavam cão acirrados, se a polícia imervisse, seria muiro pior. d ) A conscrução do mu ro de arrimo é um p.1liacivo, que remedia apenas em parte a sicuaçao das famílias que moram na região.

375


PORT JGU~ S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

42 E m rodas as alcernarivas, ocorre inadequação vo-

c) O direcor agradeceu as suas colaboradoras mais próximas e rerirou-se. d A parrir de agora, não mais se exigirá resposta a essa espécie de qucsrionamenco.

cabular, EXCETO cm a) Não ficou claro o porquê de ele não haver relevado os erros comecidos por sua equipe. b) Ven ho manifescar min ha ind ignação a arend-lo para q ue cais fot0s não voltem a se repetir. e) Para preservar seus direitos, o vereador viu-se compungido a impecrar um mandado de segurança. d) É em razão d a complexidade das relações vividas amalmcntc por pais, alunos e professores que a escola prescinde d o serviço de Psicologia Educacional.

46 Assinale a alrernativa cm que ambas as grafias estejam CORRETAS. a) cinquenta ou cincoenra b) quesrionário ou qucstionario c) cãimbra ou câibra cl) quatorze: o u catorze

47 Assinale a alrernariva cm que a concordância nominal esteja I NCORRETA. a) A empresa importava sobretudo aucomóveis e motos alcmás. b) A empresa importava sobretudo motos e automóveis alemães. c) O plano pre\•ê a cobcrcura inregral de despesas médicas-odoncológicas desse ripo. d) Conforme anrcriormenre anunciado, a comissão de examinadores incumbir-se-á das avaliações parciais e final.

43 Refi ro-me à inAuência dos comeras sobre nossas vidas. Todos os corpos celestes influem de algum modo cm cerros fenómenos fís icos. Para reunir as duas orações acima num único período, rodos os conecti\•Os abaixo são adequados, EXCETO a) visco que b) porquanco e) dado que d) uma vez que

44 Tendo em conta a regência verbal no padrão culto escrito, assinale a frase INCORRETA. r) Não obstante rodas as negociações, a prefeirura, até a presenre dara, ainda não pagou a seus servidores. b) O relatório dos audicorcs veio deixar claro que a empresa não obedecera criteriosamente às determinações da Reccira Federal. e.) O porta-voz da empresa simplesmente comunicou os presentes d e que a reunião fora adiada para a semana subseq uenre. d) Um dos filmes da campanha que assistimos apresenra erro de português, segundo os professores aos quais consulramos.

Vo cê se considera u m empreendedor? Ricardo Melo· i\1uicas pessoas. ao ouvirem essa pergunca, respon dem imediatamente que não, pois não são empresários ou comerciantes. Faro curioso essa associação imediara da ideia empreendedora a essas opções profissionais e o esquecimen co de como a competência empreendedora está inrimamenre ligada a muitas outras escolhas e postu ras. O verbo empreender vem do lacim emprehendo ou impraehendo e quer dizer - a habilidade de executar uma rarefa. Com o tt:mpo passou a ser sinónimo de ousadia, coragem e visão de fucuro. Seja como for. é imporranrc você parar para pensar cm como é possível viver essa postura empreendedora. Quando ouvimos falar de um esrudanre que vem do incerior para a capital. ou de um jovem casal que assu me o marrimônio, mesmo sem ranras facilidades mareriais, estamos falando de acitudes empreendedoras em relação a vida.

45 · 'endo cm conca as regras de ucilização do acento ind icador de c rase, assinale a alternativa em qut: o emprego desse acenco seja obrigatório. a) O prefeico informou a sua assessora que o projeto fora suspenso. b) Deixou de responder a quescão 7 e a 9, mas. ainda assim, foi aprovado.

376


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO Essa essência é a mesma que leva pessoas arrojadas a abrirem negócios, a se arriscarem em inúmeras siruaçócs cm que haja ou não ganho marcrial, mas que proporcione um senso de realização. Sendo assim, creio que rodo ser humano é um pouco empreendedor, embora poucas pessoas tenham essa consciência e se esforcem por desenvolver essa habil idade. E em momemos hisróricos como o nosso, em que se cosruma falar de crise, nada melhor que ali menrar nossa energia empreendedora e dela tirar subsrraro para construir uma menralidade empreendedora. Pensar como um empreendedor é sempre procurar novos caminhos ou novas e melhores formas de caminhar. É olhar para o horizonte, ver o que todos veem, mas enxergar o que poucos enxergam. É dar-se o direico de sonhar e agir para concrerizar o sonho. E, acima de rndo, aliar persisrência ao bom senso de se divertir enquanto vai cm busca do que ranro deseja. Umpia? Para algumas pessoas, sim, mas para quem realmente ama a vida e deseja vivê-la com inrensidade é apenas mais uma postura menral a ser cultivada, que propiciará a seu porrador grandes possibi lidades de consl ruir a sua própria hisrória . Você se considera um empreendedor? Ou, talvez, melhor: o que você pode fazer, a panir de agora para ser uma pessoa com pensamentos e atitudes ma is empreendedoras?

b) valoriza r o novo perfil dos profissionais que ocupam cargos de hierarquia. c) persuad ir o leiror sobre a necessidade de a:.:ompan har as mudanças e quebra ele paradigmas na <irea profissional. d) descrever situações empresariais, confrontando o velho e o arcaico sistema empresarial ao novo perfil mercadológico.

50 Observe o fragmento "É olhar para o horizome, ve r o que rodos veem, mas enxergar o q ue poucos enxergam" . O verbo "ver", nesse con texto, obedece à mudança gráfica: a) das palavras paroxíronas cerm inadas cm "e", "o", seguidas das consoantes nasais e que se formam por enconrro vocálico. b) das formas verbais paroxíronas que co nrêm um "e" rôn ico oral fec hado cm hiaro com a rcrminaçáo "cm" da 3ª pessoa do plural do pre.>enre do indicarivo. c) dos vocábulos, cm cujas vogais tônicas fechadas dos ditongos, q ue aparecem com formas verbais em 3ª pessoa do plural. d) Das palavras paroxítonas que, tendo respectivamcnre vogal rônica aberra ou fechada, são homógrafas, ou seja, rêm a mesma grafia, de arrigos, conrrações, preposições e conju nções áronas.

(*Ricardo Melo é escrito1~ consultor e palestmnte e especialista em coaching.) 48 A afirmativa que NÃO está de acordo com o rcxro é: a) o verbo empreender, no rexro, sign ifica a habilidade de dar vida aos próprios projcros. b) um empreendedor pode ser considerado aquele que tem denrro de si o dom de ousar, quebrar regras. c) o auror compara um empreendedor a um profissional preso a rituais e burocracias hierárquicas. d) as arirudes e competências de um empreendedor estão ligadas aos sonhos de realização.

GABARITO ID

49 O tírulo "Você se Considera um Empreendedor?" rem o objerivo de a) colocar em prárica ideias nunca anres discutidas culturalmente.

377

.!C

.rn

4C

5C

66

71l

se

9l)

IOll

llC

12A

13B

14A

151l

16A

171)

1811

19C

2oc

2111

22[)

231\

24A

250

2Gll

27C

28B

29C

300

310

.'2A

33C

34A

3511

361)

37A

3811

39A

40C

4111

42A

43('

440

45C

46D

47C

4RC

49C

SOB


PORlUGUtS DESCOMPLICADO

1

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

QUESTÕES DA FUNDEP Ministério da Saúde exige notifi cação obrigatória

Escadas e municípios devem, a parcir desca quarca-fcira, norificar os casos graves e as morres suspeicas por dengue cm aré 24 horas ao Miniscério da Saúde. É o qu.:: escabclece a porcaria publicada no Diário Oficial da União, oficializando decisão an unciada pelo Miniscro da Saúde na semana passada. Os casos de dengue seguem o Auxo rocineiro de nocilicação semanal, porém óbico, casos graves, casos prod uz.idos pc.:lo sorotipo DEN-4 necessiram de melhor acompan hamento, o que justifica a sua inclusão enrr<' as doenças de notificação imediata. Essa medida possibilicará a identificação precoce de introdução de novo sororipo e de alterações no comporcamcmo epidcm 1ológico da dengue, com a adoção imediata da.'> medidas necessárias por parte do Ministério da Saúde e das Sec recaria~ Esraduais e Municipais de Saúde. Con a inclusão na porraria, será possível idencificar, de maneira precoce, alterações na letalidade da den-

gue, o que permirir:í uma melhor investigação epidemiológica e a adoção de mudanças na rede assistencial para evitar novas morres. 1 o da~ as unidades de saúde da rede pública ou privada devem informar casos graves e morres suspcicas por Jengue às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, que repassam os dados ao Ministério da Saúde. A nocificaçáo imediara pode ser feica por telefone, e-mail ou diretamente ao "site" da Secretaria de VigiLlncia cm Saúde do Min istério, de acordo com insrrumentos e Auxos jú amplamente utilizados no Sistema Únito de Saúde. A regra valt:, ainda, para casos ocorridm cm fins de semana e íeriados. ".\ mudança na portaria permitirá um conhccimcn o melhor e mais rápido de corno está se comporrando a dengue, propiciando uma ação de prevenção e de controle mais oportuna", explica o Secretário de Vigilância cm aúde do Minisrério, Jarbas Barbosa. Além disso, também foi publicada a adequação da porraria à nova legislação brasileira, comando as violências doméstica, sexual e/ou outras violências de notificação universal, por roda a rede de assistência à sat'idc, e não apenas por unidades sentinelas, como anreriormcn rc.

378

A notificação compulsória pelos serviços de saúde de qualquer suspt:ira ou confirmação de \'Íolência concra crianças, adolescentes, mulheres e pessoas idosas já está prevista na legislação. Com isso, a maioria da~ Secrerarias Estaduais e j\ lunicipais de Saúde já esta\ a em processo de expansão para ou eras unidades de saúde além das scnrinclas, incluindo para as Unidades de Sat'1de da Família e outros serviços de saúde. Devido à ocorrência de casos importados de sarampo cm 20 1O e à ampla vacinação realizada contra rubéola cm 2008, o M inisrério também incluiu rodo caso de saram po e rubfola como de notificação imcdiaca, i ndepcndentt:mente de ter história de viagem ou vínculo com viajante intt:macional. Esta medida foi adorada para detecrar casos suspeicos de forma oportuna para adoção de medidas de controle em tempo h:ibil. No ano de 201 O, foi incorporada ao calendário básico de vacinação a vacina pneumocócica l O valente. Diante disso, faz-se necessário o esrabelecimento de medidas de monitoramento do comportamento das pneumonias no País, que passam a ser notificadas em unidades senrinclas que incegram essa rede de vigilância específica. A nova porcaria passa a ter 4 5 cvcncos de notificação obrigacóri,1, com fluxos e periodicidades distintos, de acordo com a situação epidemiológic<t de cada um. Todos os casos notificados são registradm no Sistema de l nformação de Agravos de Notificação, pelas Secrccarias Estaduais e Municipais de Saúde. A nova lista de doença~ de notificação compulsória e imediata está cm consonância com o novo Regulamento San it:írio 1ntcrnacional. Em setembro de 20 1O, a lisra de notificação compulsória incluíra cinco novos itens, entre os quais acidenccs com animais peçonhentas, como cobras, escorpiões e aranhas; atendimento antirrábico após araque de cães, gacos e morcegos; intoxicações por subscàncias químicas, incluindo agrotóxicos e metais pesado~; síndrome do corrimcnco urecral masculino e sífilis adquirida. A acual porcaria ( 104/2011) mantém na lista de nocificaçáo imediata doenças como cólera, dengue pelo sororipo DEN-4, doença de Chagas aguda, febre amarela, poliomielice, raiva humana, inAuenza por novo subtipo virai, entre outras. "A notificação dessas doenças possibilita que os gestores, sejam dos estados, municípios ou o próprio Ministério, monicorem e


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO planejcm ações de prevenção de conrrole, avaliem rendências e impacro das inrervençõcs e indiquem riscos para a população", explica Jarbas Barbosa.

4

"Esrados e municípios devem, a partir desra quarra-feira, notificar os casos graves e as morre·s suspeitas por dengue em até 24 horas ao Ministério da Saúde."

http:!lport11!.sr1ude.go11. br (texto adaptado) 1

Assinale a alrernariva que contém uma afirmativa que pode ser confirmada pelo texro. a) A portaria restringe-se a organizar os mecanismos de comunicação aos órgãos de saúde de doenças caracterizadas como de risco epidemiológico. h) As arribuições prescriras na portaria circunscrevem rodas as responsabilidades atribuídas aos órgãos de saúde das prefeituras municipais. c) Quanto à norificação referente aos casos de violência, a porcaria ráo somente disciplina um comando já previsto em norma legal. d) Várias doenças, lisradas em ourras oportunidades, foram mantidas na portaria de que trata o texto, cnquanro outras eram excluídas.

2

A determinação do Ministério da Saúde tem corno um de seus objetivos a possibilidade da adoção de medidas a) cocrcirivas. b) paliativas. e) preventivas. d) punitivas.

3

Assinale a a lternariva em que a nova redação, na voz passiva, preserva o sentido e ainda a forma e o rempo verbais. a) A partir desta quarra-fcira, o Ministério da Saúde será notificado, em aré 24 horas, porestados e municípios de casos graves e de mortes suspeitas por dengue. b) Esrados e municípios deverão ser notificados, em até 24 horas, pelo Ministério da Saúde de casos graves e morres suspeiras de dengue, a partir desra quarta-foi ra. c) O Ministério da Saúde deve, a parrir desca quarta-feira, notificar estados e municípios, em até 24 horas, dos casos graves e das morres suspeiras de dengue. d) Os casos graves e as morres suspeitas por dengue devem ser notificados, em a té 24 horas, ao Ministério da Sat'1de por estados e municípios, a partir desra quarta-feira. 5

Assinale a alternativa em que o vodbulo sublinhado NÃO foi corrcramentc explicado enrrc parênceses. a) "A notificação compulsória pelos serviços de salide l... ] já está prevista na legislação." (OBRIGATÓRIA, COMPELIDA) b) "Além disso, rambém foi publ icada a adequaçáo da portaria à nova legislação brasileira[ ...]" (DOCUMENTO CONTENDO NORMAS DE EXECUÇÃO) c) "Em serembro de 201 O, a lisra de notificação compulsória incluíra cinco novos itens, entre os quais acidemes com animais peçonhenros [... ]" (VENENOSOS, MALÉFICOS) d) 'l .. J será possível identificar, de maneira precoce, alterações na letalidade da dengue, o que permitirá uma melhor investigação epidemiológica[ ... ]" (SERIEDADE, GRAVIDADE)

"A mudança na porcaria permitirá um conhecimento melhor e mais rápido de como escá se comportando a dengue, prop ic iando uma ação de prevenção e de controle mais oporruna", explica o Secretário de Vigilância cm Saúde do Ministério, Jarbas Barbosa. O uso das aspas no trecho acima prerende a) apresentar, de cerca forma, uma sucil e leve ironia relativa àquele contexto. b) destacar um trecho em função da relevância da advertência que é feira. e) idenrificar o objetivo da porcaria e seu sig nificado para a prevenção da dengue. d) rcgisrrar que se crara de citação rexrual da fala de alguém.

6

"Em setembro de 2010, a lista de notificação compulsória incluíra cinco novos irens, entre os quais acidentes com animais peçonhentos [... ]" Mantêm-se o sentido original, o tempo e o modo verbal se substiruirmos a forma verbal sublinhada por

379


PORTLJGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

a) havia incluído. b) inclui. e) incluía. d) reria incluído. 7

c) "Estados e municípios devem, a partir desra quarra-feira, notificar os casos graves e as mortes suspeitas por dengue em até 24 horas ao

''Alé m disso, também foi publicada a adequação da portaria à nova legislação brasileira, rornando as violências domésrica, sexual e/ou outras violências de notificação universal, por roda a rede de assistência à saúde, e não apenas por unidades senrinelas, como anceriormenre." (linhas 23 a 25) Desconsideradas as alterações de sentido, mantém-se a obrigaroriedade do uso do acento indicativo de crase em ambos os casos, se as expressões wblinhadas forem subsrirnídas, RESPECTIVAMENTE, por a) a roda legislação brasileira; a sat'1de física e me n ral do cidadão. b) as leis recentemente promulgadas; a preservação da saúde. e) a um conjunto de normas recentemente aprovadas; a qualquer forma de vida. d) a normas referentes à saúde; a todos os aspecros da saúde.

8

Ministério da Saúde."/ Deve, a parrir desta quarta-feira, tanto estados quanto municípios notificarem em 24 horas ao Ministério Saúde os casos suspeitos de dengue. d) "A mudança na portaria permitirá um conhecimento melhor e mais rápido de como está se comportando a dengue, propiciando uma ação de prevenção e de conrrole mais oporruna. "/ A mudança nas portarias permitirão conhecimento melhor e mais rápido de como est;i se comporrando a dengue, o que propiciam açôe~ de prevenção e de controle mais oportunas. 9 "Diance disso, faz-se necessário o esrabelecimenro de medidas de moniroramento do comportamento das pneumonias no País, que passam a ser notificadas em unidades sentinelas que integram essa rede de vigilância específica." O pronome sublinhado no trecho acima se refere ao termo a) comportamento. b) medidas. c) País. d) pncumonias.

Desconsideradas as alterações de sentido, assinale ::. a lternativa em que se preserva a correção quanto à concordância, de acordo com os preceitos da norma cu lra. a) "Com a inclusão na portaria, será possível identificar, de maneira precoce, alterações na letalidade da dengue, o que permitirá uma melhor investigação epidemiológica e a adoção de mudanças na rede assistencial para evitar novas morres." /Serão possíveis, com a inclusão da portaria, identificar de maneira precoce alterações na letalidade da dengue e isso permitirão melhores investigações epidemiológica e adoção de mudanças na rede assistencial para evitar novas morres. b) "Com isso, a maioria das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde já esrava em processo de expansão para outras unidades de saúde além das sentinelas [... ]."/A maioria das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde já esravam, com isso, em processo de expansão para oucras unidades de saúde alé m das sentinelas [ ... j.

10 "Em setembro de 201 O, a lista de notificação compulsória incluíra cinco novos irens, enrre os quais acidentes com animais peçonhentos, como cobras, escorpiões e aranhas[ ... ]." Desconsideradas eventuais alterações de sencido, assinale a alternativa em que a substimiçáo do crecho sublinhado acarreraria ERRO gramatical a) aos quais o Minisrério rem estado especialmente acento. b) com os quais a saúde pública precisa tomar cuidados especiais. c) cujos os quais necessitam de monirorarnenro específico. d) que a saúde pública deve acompanhar e concrolar de perro.

380


FLÁVIA RITA COUTINHO SARfl/ENTO Sobrecarga fiscal e v isão d e futuro

menos regressiva. Mas já não há mais qualquer espaço para esse tipo de argumento. O quadro mudou da água para o vinho desde a segunda metade dos a nos 90. Na esteira da privatização, o acesso ao celefone vem sendo universalizado. Há hoje mais de 190 milhões de aparelhos celulares no País, 82% pré-pagos. É sobre o pováo, porranco, que boa pane da sobrecarga fiscal vem recaindo, mesmo que ele não a perceba. Por outro lado, as comunicações passaram a abranger uma gama de serviços muito mais complexos que vão muito além da vel ha telefonia. O que se vê agora é o País taxando pesadamente seu fucuro. A mesma visão de futuro equivocada e arcaica que permanece enrranhada na tributação das celecomunicações fica cambém evidenciada na taxação de cercos producos importados. Basta ver o que vem ocorrendo com dois produtos e mblemáticos das novas rendências tecnológicas na área de informática. Os chamados "rabices", como o iPad, da Apple, e os leirores de livros digirais, como o Kindlc, da Amazon . Um levanramento rcccnce consrarou que, encre 20 países pesquisados, é no Brasil que o iPad é mais caro (0 Globo, 911/201 1) . Após a incidência de seis tributos, o produto chega ao consumidor brasileiro 84% mais caro do que nos EUA. Já o Kindle, que nos EUA custa US$ 189, pode ser encrcguc no Brasil, se o cliente escive r disposro a arcar com um frccc de US$ 20,98 e encargos fiscais que a própria Amazon estima em nada menos que US$ 199,73 O q ue perfaz um cocai de US$ 409,7 1 São níveis de criburação completamente injustificáveis, fora de qualquer padrão derazoabilidade, advindos de um furacão arrecadador que avança como aucômato, alheio ao processo de modernização do País.

A preservação do atual regime fiscal, que há mais de 15 anos vem exigindo aumento sem fim da carga tribucária, põe em risco a susrcnraçáo do dinamismo da economia brasileira. Se não for possível conrer a expansão do gasro público dos três níveis de governo, o aprofundamento requerido da extração fiscal acabará por sufocar aos poucos o crescimento econômico do País. São conclusões que advêm da análise agregada dos dados. Essa perspecriva do problema, contudo, pode e deve ser complementada por visões mais específicas, micro economicamente, de como a sobrecarga fiscal, que hoje recai sobre a economia brasi le ira, conspira contra o fururo do Brasil. Estima-se que a carga triburária bruta esteja hoje em tomo de 35% do PIB. Mas isso é apenas uma média. Há segmentos da economia que arcam com taxação muiro mais pesada. A carga fiscal que recai, por exemplo, sobre serviços de telecomunicação e certos produros importados é muiro maior. E deixa pareme a deplorável visão de fururo que permanece entranhada no sistema tribucário brasileiro. No Rio de Janeiro, o ICMS onera os serviços de comunicação em quase 43%. Em São Paulo, em 33.3º1<>. E ainda há de se ter cm conta todos os outros triburos que incidem sobre o seror de telecomunicações e acabam repassados, em boa parte, às tarifas. Em 2005, a carga tributária do seror, esrimada com base nas contas nacionais, correspondia a mais de 57% do valor dos serviços. É curioso que, nesse quadro de absurda sobrecarga fiscal, o governo ainda esteja em busca <la razão primordial pela qual a disseminação do acesso à intcrnct cm banda larga avançou tão pouco até agora. É lamenrável que o País esrcja e ntrando na segunda década do século 21 com cributação cão escorchance de serviços de telecomunicação, rendo em visra sua crescente importância econômica e social. Desde a Consriruição de 1988, quando passaram a cobrar ICMS sobre tais serviços, os Estados vêm rnanlendo uma extração fiscal extremada no setor, tirando o melhor proveiro possível das exíguas possibilidades de sonegação que lhe são inerences. No tempo cm que celcfonc era considerado "coisa de rico", ainda havia quem se dispusesse a arguir que essa taxação cão pesada t:staria concribuindo para cornar a carga tributária

(Rogério L. F Werneck, O ESTADO DE S. PAULO, 2110112011, texto adaptado)

11 Assinale a afirmativa que NÃO pode ser confirmada pelo texro. a) A dificuldade de democratização da banda larga relaciona-se com os imposcos elevados dos serviços de teleco municação. b) Concemporaneamenre, os imposros sobre os serviços celcfônicos consciruern um instrumen-

387


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

ro para se exercitar, de cena forma, a justiça social. e) Não é fáci l sonegar imposros incidentes sobre os serviços de telefonia. d) Os escad os federados são responsáveis por pelo menos um <los exemplos cm que a raxaçáo é considerada abusiva. 12

[... ]os Estados mancêm uma extração fiscal exm:mada no setor, cirando o melhor proveito [... ] b) "O que se vê agora C: o País caxando pesadamente seu Ímuro." Agora se veem cada vez mais raxas e imposws comprometendo o fi.nuro do País. c) "São conclusões que advêm da análise global dos dados." É uma conclusão que advém da análise global dos dados. d) "Se não for possível comer a expansão <lo gasto público dos três níveis de governo[ .. .]" Se não se conter a expansão do gasco público dos três níveis de governo [... ]

O cexco craz um tom de a) análise e advertência. h) denúncia e ironia. e) destempero e ceticismo. d) ufanism o e crítica.

13 Assinale a afirrnariva q ue N ÃO condiz com o rexto. a) A fo rma como se dão os mecanismos de tribucação de cenos produtos está na contramão do processo evolmivo da economia do País. b) Apesar de exprimir um alerta geral, o arcigo concentra suas ilustrações em segmentos específicos da economia brasileira. e) O País cem apresentado um crescimento econô mico pífio, por estar :nado a uma política de tri butação ineficiente, q ue retira o dinamismo e a fo rça da economia. e) Q uando se comparam diferences setores da economia, conclui-se que não existe uniformidade quanto à carga cribucária aplicada.

16 "A preservação do atual regime fiscal, que há mai~ de 15 anos vem exigindo aumento sem fim da carga tributária. põe em risco a sustcmação do dinamismo da economia brasileira." Assinale a alrernativa que NÃO pode substituir o crecho destacado, por implicar erro gramatical. a) com que a sociedade vem lidando há rempos b) contra o qual o empresariado sempre se manifcs ca e) cuja a qual só aumenta a carga cribmária d) do qual cão mal se fala 17 "Em 2005, a carga rribudria do setor, estimada com base nas conras nacionais, correspondia a mais de 57% do valor d os serviços." A subsrimição da expressão dcsrncada NÃO acarreta erro na milização do sinal indicativo da crase na alternativa a) à uma quanria significativa cm relação ao valor dos serviços. b) à merade, aproximadamente, do valor dos serviços. c) à valor altamente cle\'ado em relação ao cipo de serviço. d) à taxas cobradas por esse serviço pelos países mais caros do mundo.

14 "É sobre o povão, ponanto, que boa parre da sobrecarga fiscal vem recaindo[ ... ]." Assinale a alternariv:i cm que a nov:i redação NÃO preserva o sentido b:ísico do crecho acima. a) Assim sendo, é sob re o povão que boa parte da sobrecarg:i fiscal vem recaindo[ .. .]. b) É, não obstante, sobre o povão que boa pane da sobrecarga fisca l vem recaindo[ ... ]. c) É sobre o povão, pois, que boa parte da sobrecarga vem recaindo[ ... ]. d) Logo é sobre o pováo que boa pane da sobrecarga vem recaindo[ ... ]. 15 Desconsiderando-se evcnruais alterações de sentido, a nova redação que conrém ERRO na conjugação verbal é a) "[ ... ] os Estados vêm mantendo uma extração fisca l extremada no setor, cirando o melhor proveico [... ]"

18 "Essa perspecriva do problema, conmdo, pode e deve ser complemencacla por visões mais específicas, microeconomicamenre, de como a sobrecarga fiscal, que hoje recai sobre a economia brasileira, conspira conrra o fururo do Brasil."

382


FLÁVIA RITA COUTINHO SARM:NTO Assinale a alrernariva cm que a Íorma verbal dcsracada esr:í redigida na voz ativa, manrendo-se o scnrido, a forma e os tempos verbais. a) Complementariam, conrudo, <.:ssa perspecriva do probkma, visões mais específicas, microcconomicamente, do problema de como a sobrecarga li!.cal. que cem recaído sobre a economia brasileira, tem conspirado contra o futuro do Brasil. b) Contudo, podem e devem complementar essa perspecriva do problema visões mais específicas, microeconomicamcme, de como a sobrecarga fiscal, que hoje recai sobre a economia brasileira, conspira contra o !muro do Brasil. c) Poderão e deverão, contudo, complementar t:ssa perspectiva do problema visões mais específicas, economicamcnre, de como a sobrecarga fiscal. que hoje recairia sobre a economia brasileira, tem compirado conrra o fucuro do Brasil. d) Visões mais específicas, microeconomicamencc, são complementadas, conrudo, por visões dessa perspectiva do problema, no que se refere ao modo como a sobrecarga que hoje recai sobre a economia brasileira estará conspirando contra o fucuro do Brasil.

19 Desconsideradas as alcerações de sentido, assinalc a alu.:mariva cm que a nova redação NÃO apresenta erro de concordância, de acordo com padrão formal culco. a) "A carga fiscal que recai, por exemplo, sobre serviços de telecomunicação e certos produtos importados é muito maior." Por exemplo, a carga fiscal que recaem sobre os serviços de telecomunicações e certos prodmos importados são muito maiores. b) "Desde a Consricuição de 1988, quando passaram a cobrar IC~IS sobrc cais ser"iços, os Estados vêm mantendo uma excraçáo fiscal excremada no secor, tirando o melhor proveiro possível das exíguas possibilidades de sonegação que lhe são increntes." Desde a Constiruição de 1988, quando cada Estado passou a cobrar ICMS sobre cais serviços, cada um deles vem manccndo uma cxcraçáo fiscal cxcremada no secor, cirando melhor proveito possível da exígua possibilidade de sonega~ão que lhe é increncc.

c) "E ainda há de se ter cm conta rodos os outros tributos que incidem sobre o scror de telecomunicações e acabam repassados, cm boa parte, às tarifas." Hão de ser considerados também codos os outros tributos que, sobre o sccor de telecomunicações, incide e acaba repassado, cm boa parte, às tarifas. d) "Em 2005, a carga cribudria do secar, estimada com base nas contas nacionais, correspondia a maii. de 57% do valor dos serviços." A carga tributária do setor, cm 2005, estimada.~ com base nas conras nacionais, correspondiam a mais de 57% do valor dos serviços. 20 Assinale a altcrnmiva em quc o rermo cranscrito encre parênteses NÃO se reíere ao pronome destacado. a) "Desde a Constituição de 1988, quando passuam a cobrar ICMS sobre cais serviços [...]" (DE TELECOM UN ICAÇÁO) b) "E deixa parente a deplor:ível visão de futuro ~ permanece cncranhada no sistema cributário brasileiro." (VISÃO DE FUTURO) c) "É sobre o povão, portanto, que boa pane da sobrecarga fiscal vem recaindo, mesmo que ele 11ão a perceba." (SOBRECARGA FI SCAL) d) "[ ... ] os Estados vêm mancendo uma cxuação fisca l extremada no secor, tirando o melhor proveito das exíguas possibilidades de sonegação que ~ são increntes." (AOS ESTADOS)

ATENÇÃO: As questões de 21 a 35 relacionam-se com o rexro abaixo. Leia atentamenct: rodo o texto antes de responder a elas.

U m idoso na fila do Detran "O senhor aqui é idoso", gricava a senhora para o guarda, no meio da confusão na porca do Ü;!tran da Avenida Presidente Vargas, apontando com o dedo o ral "senhor". Como ninguém protestasse, o po licial abriu o caminho para que o velhi nho enfim passasse 3 frente de todo mundo para buscar a sua carreira.

383


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Olhei cm volra e procurei com os olhos o velhinho, mas nada. De repenre, percebi que o "idoso" que a dama solidária queria p roteger do empurra-empurra não era o urro sen ão eu. Até hoje não m e refiz do c hoque, cu que j;i rinha me acostumad o a vários e rra u máricos riros de passagem para a marnridade: dos 40, q uando cm crise se cnrra pela p rimeira vez nos "e1Ha"; dos 50. quando, depr m ido, se sente que jamais vai-se fazer outros 50 (a geme acha que pode chegar aos 80, mas aos 100?); e dos (10, quando um eufemismo diz que a geme enrrou na "terceira idade". Nunca passou pela minha cabeça que houvesse uma o u tra passagem, um outro marco, aos 65 anos. E, mui ro menos, nu nca achei que viesse a ser cha mado, rão cedo, de " idoso", ainda mais numa fi la do Ocrran. l\oa ho ra, rive vonrade de pedir à ral senhora que falasse mais baixo. Na verdade, rive vontade mesmo foi de lhe dizer: "idoso" é o senhor seu pai. O que mais me i-rirava era a ausência coral de hcsiraçáo ou dúvida. Como é que ela tinha tanta cerreza? Que ousadia! Quem lhe garantia que cu rinha 65 anos, se nem pediu pra 'er m inha identidade? E o guarda paspalhão, por q ue não c rio u um caso, exig indo prova e doc umcnros? Ser:í que era rão evidente assim? Como, além de idoso, eu era um recém-operado, acabei aceitando ser colocado pela porra adencro. Mas confesso que furei a fila sonhando com a massa gritando, revolrada: "esse coro.1 tá furando a fila! Ele não é idoso! Manda ele l:í pro Í11n!" Mas, que nada, nem um pio. O silêncio de aprovação aumenrava o senrimenco de que eu era ao mesmo rempo privilegiado e vírima do tt mpo . M e lem brei da m anhã em que acordei fazendo 6 0 a nos: "Isso é uma sacanagem comigo", me disse "cu não men:ço." ! lá poucos dias, ao revelar minha idad e, urna jovem un iversitária reagira assim: "Ma, n inguém lhe dá isso." Respondi que, em matéria de idade, o triste é que ninguém precisa dar para você rcr. De qualquer maneira, era um genril consolo da linda jovem. Ali na porta do Dctran, nem isso, nenhuma a lma caridosa me "dava" um pouco menos. Subi e a mocinha da mesa de informações apontou para os balcões 15 e 16, o nde havia u m carraz avisando: "Gcsranres, d enciences fís icos e pessoas idosas." Hesitei um p ouco e ela, já impaciente, pergunrou: "O senhor não cem mais de 65 anos? Não é idoso?" - Não, sou gestante - tive voncade de responder, mas percebi que não carregava nenhum sinal

aparcnce de que rinha amamenrado ou escava prestes a amamentar alguém. Saí resmungando: "não renho mais, ccnho só 65 anos." O ridículo, a parrir de uma cerra idade, é como você fica avaro em matéria de rempo: briga por causa de u m mês, de um d ia. "Você nasceu no dia 14, eu sou do dia 15", já ouvi essa discussão. Enquanco espero ser chamado, vou tentando me lembrar de quem me fa1. companhia nesse triste transe. Aí, se não me folha a memória - e essa é a segunda coisa que mais falha nessa idade - , me lembro de que Fernando Henrique, Maluí e Chico Anysio esrariam sentados ali comigo. Por associação de ideias, ou dt: idades, vou recordando c:tmbém que só no jornalis mo, cnrre companheiros de geração, há um respeit:Ívcl rime dos que não entram mais cm fila do Detran, ou esrão quase não enrrando: Ziraldo, Gullar, Milton Coelho, Jânio de Freitas. (Lemos, Cony, Barrt:ro, Armando e Figueiró já andam de graça em ônibus há um bom rempo) . Sei que devo estar cometendo injustiça com um ou com outro - de ano, meses ou dias - . e eles vão ficar bravos. Mas não perdem por esperar: é quesráo de cempo. Ah, sim, onde é que cu escava mesmo? "No De tran", d iz uma voz. Ah, sim. "E o acendimento?" Ah, sim, csrá mais civilizado. há mais ordem e limpeza. Mas, mesmo sem enrrar em Ilia, passa-se um dia para renovar a carreira. Pelo menos alguma coisa se rcno\ a nessa idade. (Vencura, Z. As cem melhores cró11ic11s brasileims. Rio de Janeiro: Objeciva, 2007. p. 265 - Texto adaprado).

21 Assinale a alrernativa que NÃO pode ser confirmada pelo rexro. a) O cronista não se senrc cíecivamenre um idoso e nem acha que sua aparência revele a idade que cem. b) O com da crônica é de depressão, angústia e indignação pela falta de respeito e pelo descumprimento das leis que regem as relações com os mai!> idosos. c) Os mais velhos conram a idade com precisão e não admirem que se arribua a eles mais idade do que a que cíerivamence têm, fazendo que~ cão de cada dia.

384


FLÁVIA RITA COUTINHO SARtVENTO d) Uma das reações do cronista ao ser chamado pela funcionária do Derran é a expectariva de alguma indignação por parte de outras pessoas presentes.

25 "Como ninguém proresrasse, o policial abriu o caminho para que o velhinho enfim passasse à frenre de rodo mundo para buscar a sua ca r. ,, reira.

22 "Aí, se não me falha a memória - e essa é a segunda coisa c1ue mais falha nessa idade - , me lembro de que Fernando Henrique, Maluf e Chico Anysio estariam sentados ali com igo." O trecho sublinhado sugere, com sutileza, eventuais dificuldades dos mais idosos com relação a questões de natureza a) moral. b) política. c) sexual. d) social.

Assinale a alternativa em que a nova redação alreraria substancialmente o senrido do trecho destacado. a) Conquanto ninguém tivesse protestado b) Já que ninguém protesrou c) Porquanto ninguém protestasse d) Uma vez que n inguém protestou

26 "Na hora, tive vontade de pedir à tal senho1a que falasse mais baixo." No que se refere à utilização <lo acento grave indicativo de crase, a alternariva que substitu i CORRETAMENTE a expressão sublinhada é a) à alguma daquelas senhoras. b) àquela senhora. c) à essa senhora. d) à uma determinada senhora.

23 "Até hoje não me refiz do choque, eu que já tinha me acostumado a vários e traumáticos ritos de passagem para a maruridade: dos 40, quando em crise se entra pela primeira vez nos 'enta'; <los 50, quando, deprimido, se senre que jamais vai-se fazer outros 50 (a gente acha que pode chegar aos 80, mas aos 100?); e dos 60, quando um eufemismo diz que a gente entrou na 'terceira idade'."

27 Assinale a alternativa em que a nova redação provoca alteração de sentido, mas NÃO contém erro na pontuação. a) "De repente, percebi que o "idoso" que a dama solidária queria proteger do empurra-empurra não era o urro senão eu." De repente percebi que o idoso, que a dama solidária queria proteger do empurra-empurra, não era outro senão eu. b) "Hesitei um pouco e ela, já impaciente, perguntou : 'O sen hor não rem mais de 65 anos?' Hesitei um pouco, e ela já impaciente, perguntou, 'O senhor não tem mais de 65 anos.' c) " - Não, sou gestante - tive vontade de responder, mas percebi que não carregava nenhum sinal aparente de que tinha amamentado ou escava prestes a amamentar alguém." Tive voncade de responder " náo sou gestante"; percebi, porém, que não carregava nenhum sinal aparente, de que tinha amamentado, ou estava prestes a amamentar alguém . d) "Nunca passou pela minha cabeça que houvesse uma outra passagem, um outro marco, aos 65 anos."

O sentido do trecho sublinhado se relaciona com a) a utilização de uma palavra com o significado de outra em função de uma relação de semelhança. b) um exagero intencional com a finalidade de rornar mais expressiva a ideia. c) uma inversão dos sentidos por se afirmar o concrário do que se pensa. d) uma suavização de palavras ou expressões que são, de alguma forma, desagradáveis.

24 "Isso é uma sacanagem comigo", me disse, " eu não mereço." O responsável pela ação do verbo sublinhado é a) a jovem universitária . b) a senhora do Detran. e) o próprio cronista, em primeira pessoa. d) um indivíduo não determinado.

385


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS 31 Assinale a alrernativa cm que a nova redac,ão NÃO apresenta erro de concordância.

Nunca passou, pela minha cabeça que houvesse, t. ma ourra passagem - um ourro marco - aos 65 anos.

a) "Ali na porra do Derran, nem isso, nenhuma alma caridosa me 'dava' um pouco meno!>." Ali na porta <lo Decran, nem isso. nenhuma daquelas almas caridosa!> me 'davam' um pouco menos. b) "[ ... ] me lembro <leque Fernando Henrique. Maluf e Chico Anysio estariam scntadm ali comigo.' [... ] me lembro de que estaria senrado ali comigo Fernando Henrique, Maluf e Chico Anysio. c) "Nunca passou pela minha cabeça gue houvesse uma outra passagem, um ourro marco, ao~ 65 anos." Nunca passou pela minha cabeça que ocorrellst' oucras passagens e outro~ marcos, aos 65 anos. d) "O que mais me irricava era a ausência cocai de hesiraçáo ou dúvida." A ausência roral de hesiraçfo ou dúvidas me irritavam.

28 ''O silê ncio de aprovação aumentava o sentimento de q ue eu era ao mesmo rempo p rivilegiado e \Ílima do rempo." J\ssinale a alrernariva cm que a redação na voz passiva preserva o senrido, bem como o rempo e e modo da forma verbal sublinhada. a) O silêncio de aprovação era aumentado pdo sentimemo de que eu era ao mesmo rempo privilegiado e vírima do 1empo. b) O silêncio de aprovação foi aumentado pdo sentime nro de que eu era ao mesmo rempo p rivilegiado e vírima do tempo. c) O sentimento de que cu era ao mesmo ccmpo privilegiado e vírima do rcmpo era aumentado pelo silêncio de aprovação. e.) O scnrimenro de que eu era, ao mesmo rempo. privilegiado e vítima do rcmpo foi aumencado pelo silêncio de aprovação.

32 "De repente, percebi que o "idoso" que a dama solid:iria q ueria proteger do empurra-empurra não

29 Assinale a alrcrnariva em que a expressão emre

-

era oucro senao cu. "

colcheces se refere ao pronome subli nhado. a) "Mas ninguém lhe d:i isso."

Assinale a alternativa que conrém uma oraç:io que NÃO poderia substicuir o trecho de.sracado por acarretar erro gramatical. a) a que a dama solidária fazia referência b) com o qual a dama solid:iria tanto se preocupa\ a c) de gue a dama solicHria falava d) pelo qual a dama solidária observava tão atenramence

[A JOVEM UNLVERSITÁRIA] b) "Na verdade. rive vonrade mesmo foi de lhe dizer: 'idoso' é o senhor seu pai. "

[A TAL SENHORA] e) "[ ... ]o policial abriu o caminho para que ove-

lhinho enfim passasse à frenre de rodo mundo para buscar a sua ca rteira."

[DO POLICIALJ d) "Quem lhe garanria que eu rinha 65 anos[ ... ]" [O GUARDA PASPALHÃO]

33 "E o guarda paspalhão, por (jUC não criou um caso, exigindo prova e documenros?" Assinale a alternativa cm que a ºº''ª redação apresenra ERRO de onografia. a) Gostaria de saber porque o guarda paspalhão não criou um caso, exigindo prova e documentos. b) O guarda paspalhão não criou um caso, exigindo prova e documentos, por quê? c) Por que mocivo o guarda paspalhão não criou um caso. exigindo prova e documenros. d) Quero saber o porquê de o guarda paspalhão não cer criado um caso. exigindo prm·a e documenros.

30 "Subi e a mocinha da mesa de informações aponCc)u para os balcões 15 e 16, onde havia um carraz avisando: "'Gesranre~, deficicmes físicos e pessoas idosas'." O vocábulo subl inhado pode ser CORRETAMENTE su bsrituíd o pelo pronome a) aonde. b) de que. e) em cujos. d) nos quais.

386


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO 34 "Há poucos dias, ao revelar minha idade, uma jovem universitária reagira assim [... ]" Assinale a alrcrnariva em que se preservam o senrido, o rempo e o modo da forma verbal sublinhada. a) havia reagido b) reagiu e) rcrá reagido d) teria reagido 35 Assinale a alcernariva em que NÃO aparece uma csrrucura ou expressão caracterísLica da linguagem coloquial. a) "( ... ] esse coroará furando a fila! Ele não é idoso! Manda ele lá pro fim!" (linha 21) b) "Me lembrei da manhã cm que acordei fazendo 60 anos: 'Isso é uma sacanagem comigo', me disse, 'eu não mereço'." c) " - Não, sou gescanre - rive vonrade de responder, mas percebi que não carregava nenhum sinal aparence de que tinha amamenrado ou escava presres a amamenrnr alguém ." d) "[ ... ], se senre que jamais vai-se fazer ourros 50 (a gente acha que pode chegar aos 80, mas aos 100?)"

nia de Betinho - ali escava desde cedo, alerrando pais incauros, como se a camisinha fosse uma pastilha de marerial nuclear, uma cápsula de césio com pérfidas e lccais emanações. Não me lembro da reação que rive, é possível que renha levado as meninas para ourro canro, mas renho certeza de que nem alarmado fiquei . Hoje, a camisinha aparece na relevisáo, é banal e inocente como um par de parins, um aparelho de barba. Domingo último, levando minhas setters à 1'1nica praia cm que são permitidos animais domésticos, cnconrrei um grupo de cidadãos em volta de uma coisa. Não, não era aquele monstro marinho que Fell111i colocou no fina l de um de seus filmes. Tampouco era uma camisinha - que as praias esrão cheias delas, mais numerosas que as conchas e o~ raruís de anrigamenre. O morivo daquela expressão de cidadania era uma seringa que as águas despejaram na areia. Objero na cerra infccrado, rrazendo na ponta de sua agulha o vírus da Aids que algum viciado ali deixara, para contaminar inocentes e culpados. Daqui a dois, cinco anos, espero que a Aids não mais preocupe a humanidade. Mas os cidadãos continuarão alarmados, descobrindo novas misérias na cfêmera eternidade das espumas.

(Carlos Heitor Cony. Folha de Siio Paulo, p 1-2, 090ll994) ATENÇÃO: As questões de 36 a 50 relacionam-se com os rcxros abaixo. Leia-os com arenção anrcs de responder a elas. Não foi há ranro tempo assim. Cheguei à praia com minhas filhas e cnconrrei um aglomerado de cidadãos. Eles montavam guarda num pequeno rrecho da areia, caras alarmadas, pior: pungidas. Não fui eu quem viu o grupo: foi o grupo que me viu e dois de seus membros vieram em minha direção, delicadamenre me afastaram das meninas e comunicaram: "Tire depressa suas filhas daqui!". As palavras foram duras mas o rom era ameno, cúmplice. Quis saber por quê. Em voz baixa, conspiratória, um dos cidadãos me comunicou que ali na arrebcnração, boiando como uma anêmona, alga desprendida das profundezas oceânicas, havia uma camisinha - que na época arendia pelo poérico nome de "camisa de Vênus". O grupo de cidadãos - num cempo cm que direiros e deveres da cidadania ainda esperavam pela epifa-

36 Assinale a alternariva que apresenra o rítulo mais apropriado para o rexro. a) A camisinha: passado, prcsenre e fururo. b) A importância das descobercas da humanidade. c) O carárer efémero das preocupações humanas. d) O vírus da Aids: um perigo para a humanidade. 37 Todas as alrernarivas apresenram afi rmações que podem ser confirmadas pelo rexro, EXCETO a) A humanidade encontra razão para alar·ne em rodas as épocas. b) As preocupações da humanidade mudam, mas cxisrem sempre. c) As preocupações do presenre são ma is sérias do que as do passado. d) Os cidadãos de hoje esrão preocupados com o vírus da Aids e suas consequências.

387


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

38 Todas as alternarivas conrêm afirmações correras sobre o tcxLO, EXCETO a) O amor usa dois faws, para fazer reflexões sobre o ser humano. b) O cronisrn rcce considerações sobre o fururo da humanidade. cJ O narrador sugere que o ~exo vai conrinuar sendo um tabu enrre os homens. d) O texto contrapõe passado e presenre, mostrando, no cnranro, a semelhança cnrrc essas épocas.

39 Todas as alccrnacivas contêm afirmações corretas sobre a construção do rexto, EXCETO

42 "Tampouco era uma camisinha - que as praias esráo cheias <leias, mais numerosas que as conchas e os caruís de antigamenre." A alternativa que apresenta .1 interpretação correra da palavra destacada é a} Tampouco era uma camisinha - cujas prai.1s esráo cheias <leias ... b) Tampouco era uma camisinha - logo as prai.1s estão cheias delas ... c} Tampouco era uma camisinha - no entanto as praias estão cheias delas ... d) Tampouco era uma camisinha - uma vez que as praias estão cheias e.Idas ...

a) O auror usa a exemplificaçüo, para evidenciar

43 Em rodas as alternativas, :1 mudança de ordem

diferentes poscuras em relação ao conceito de cidadania. b O autor usa o diálogo, para dar vivacidade 3 cena narrada. c~ O autor utiliza clemenros rcmporais, para caracte rizar diferences mom<.:nros da rransformaçáo da sociedade. dl O autor uriliza uma linguagem concisa, para garanrir objerividade nas :.uas avaliações.

das palavras destacadas não alrera o signiflc:ado b~isico das passagens, EXCETO cm a} Daqui a dois, cinco anos, espero que a Aids não mais preocupe a humanidade. Daqui a dois, cinco anos, espero que a Aids não preocupe mais a humanidade. b) Em vo1. baixa, conspiratória, um dos cidadaos me comunicou que ali (... ) havia uma camisi nha. Um dos cidadãos, cm vo1 baixa, conspirarória, me comunicou que ali (... ) havia uma camisinha. c) Hoje, a camisinha aparece na televisão, é banal e inocente como um par de parins, um aparelho de barba. A camisinha, hoje, aparece na rclevisão, é ban;1I e inocenre como um par de patins, um aparelho de barba. d) Objero na cerca infectado, trazendo na ponta de sua agulha o vírus da Aids. que algum viciado ali deixara ... Objeto na cerra infcccado, rrazendo na ponta de sua agulha o vírus da Aids, que viciado .Llgum al i deixara ...

40 Em rodas as alrernativas, o significado das palavras desracadas está corretamence idcn ri ficado,

EXCETO em a) ... como se a camisinha fosse (... ) uma dpsub de césio com pérfidas e letais emanações. (emanações= conraminaçõcs) b, ... como se a camisinha fosse (...) uma cápsula de césio com pérfidas e lernis emanações. (letais = morrnis) c) Eles monravam guarda num pequeno trecho da areia, caras alarmadas, pior: pungida~. (pungidas = acormenradas) d) O grupo de cidadãos (... ) ali estava desde cedo, alertando pais incautos... (incautos= desavisados)

41 "O morivo <laqueia expressão de cidadania era

44 Em todas as alccrnarivas, esd presente a relação de ideias identificada entre parênrescs, EXCETO em a) As palavras foram duras mas o tom era ameno, cúmplice. (oposição) b) Levando minhas sencrs à (... ) praia (... ), encomrei um grupo de cidadãos em volta de uma coisa. (temporalidade)

wna seringa que as águas despejaram na areia". t\a passagem acima, o amor se mosrra a) alarmado. b) deprimido. c) indignado. d) irônico.

388


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO c) Não fui cu quem viu o grupo: foi o grupo que me viu. (comparação) d) Objero na cerra i11fCct:1do, trazendo na ponra de sua agulha o vírus da Aids q ue :ilgum viciado ali deixara para contam inar inocences e culpados. (finalidade)

45 Em rodas as alternativas, a palavra desracada esrá c:orreramenre inrerprcrada. EXCETO cm a) Em voz baixa, conspiratória, um dos cidadãos me comunicou que ali na arrebentação( ... ) havia uma camisinha. (que = um dos cidadãos) b) Não me lembro da reaç:io que tive, é possível que renha levado as meninas para outro canto ... (que= a reação) c) Não, não era aquele monsrro marinho que Fellini colocou no final de um de seus filmes. (que = aquele monstro marinho) d) O motivo daquela expressão de cidadania era uma seringa que as águas despejaram na :ircia. (que= uma seringa)

ditar, ao menos no laboratório. Novamente na rua, confere o endereço, entra cm números errados roma elevadores equivocados, desce em andares esrr;111hos. Até que vê a porra de vidro com o nome gravado cm azul: "análises clínicas". É ali. A enfermeira começa a preparar as pinças, as placas de vidro. Em breve, uma gora de seu sangue será uma pitanga muito ve1mclha pousada numa delas. t\ solução - não a salvação de codos os enigmas. Brevemente, o mundo acabará para seus olhos. E as mulheres, :is crianças, o mar, o~ livros que gosraria de ler - cudo será a mancha rão e.'>cura e estranha como a vdha que rezava na igreja. Pela janela, vê o ônibu.'> fazendo a curva na praça. Tem um pensamento idioca: será essa a úlrim 1 imagem que ficará em seus olhos? De que ad ianrou rcr vis10 a fachada de Santa Maria dei Piori, as mulheres que amou? De que adiantou ... ? O pagamcnco é adiantado. Seu nome no cheque o surpreende: não é mais ele.

(Ct11-los H1•itor Co11;•. Folha de SJo J>aulo,

p. 1-2. 28.01 1994) 46 Todas as alrernarivas apresentam passagens que mosrram a pcnurbação cm que se encontra o proragonisra, EXCETO a) Em breve, uma gora de seu sangue se1á uma picanga muico vermelha pousada numa delas. b) ... enrra em 111'uneros errados, toma ele' adores equivocados, desce em andares estranhos. e) Pelo jeito, ela deve saber o que está pedindo: o que não é o caso dele. d) ... rem vonrade de entrar, acender vela~, pedir qualquer coisa. Mas ped ir o quê, exacamence?

A cara do médico não é boa, mas a cara dos médiws, do oucro lado da mesa, é st:mpre enigmárica, [1z parte da consulta, da profissão e dos honorários: o jeim é o pacienre ficar pacicnre e .1guardar os exames. l\ fas ate os exames há os hieróglifos que ele procura decifrar. 1tí nomes com raízes gregas e desinências latinas, ele não entende nada, sabe apcna!I que um pedaço de sua carne será retirado e iní para as proveras, os reagentes, o diabo. Por falar no diabo, passa pela igreja e rem vontade de entrar, acender velas, pedir qualquer coisa. Mas pedir o quê, exaramenre? Mesmo a.~sim entra na igreja. Esd escura, vazia, somente uma velha, lá na frente, deve est.1r pedindo também alguma coisa. Pelo jeito, ela deve saber o que está pedindo - o que não é o caso dele. E vem de volta a cara do médico: "Se cudo correr hem, podemos salvar a vista. Sejamos orimisras, o senhor ficará bom!" Ali na igreja a frase é uma espécie de oração às avessas. O que significa "ficar bom"? Significa ser como antes, e ele nunca fora bom . Olhar as cobas. o mar, as crianças, a noite, a vdha lá na frente. Sim, o senhor ficará bom, mas pode haver raízes gregas e declinações larinas e tudo ficará complicado. Não importa, agora. Esd numa igreja onde se adora um Dem em que ele não ,1credita. Mas precisa acre-

47 Em rodas as passagens, o autor joga com o duplo sentido de palavras, EXCETO em a) A cara do médico não é boa, mas a cara dos médicos, do outro lado da mesa, é sempre enigmática ... b) De que adiantou ter visto a fachada dt Sanrn Maria dei Fio ri (... )? De que adianrou .. .? O pagamenro é adiantado. c) O jeito é o paciente ficar paciente e aguardar os exames. d) Sejamos ocimistas, o senhor ficará bom. (... ) O que significa "ficar bom"? Significa SC' como ames e ele nunca fora bom.

389


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

QUESTÕES DO CESPE

48 Em rodas as :tlrernarivas, esl<Í presenre a relação de ideias idcmilicada enrre parênteses, EXCETO cm a) ... faz pan e da consulta, da profissão e dos honorários: o jeim é o paciente ficar pacience ... (conclusão) b) Pelo jeiro, da deve saber o que esrá pedindo - o que não é o caso dele. (oposição) c. Se tudo correr bem, podemos salvar a vista. (cond ição) d) ... cudo será a mancha tão escura e esrranha como a velha que rezava na igreja. (consequência)

Medir a desigualdade de uma troca desigual e avaliar aré que ponro ela é dererminanre na form.1 como afcr•l as condições de vida e as rrajetórias das pessoas ou dos grupos envolvidos n:io é rarefo fácil , sobrewdo porque as rc.:lações de poder não ocorrem isoladas, mas cm cadeias, cm sequência!'> ou em constelações. Em determinada siruação de exercício de poder, pode dar-se uma con\'ergen · eia entre dos da cadeia de desigualdade tão diversos como raça, sexo, classe, idade, nacionalidade, recursos educativos erc., e, embora a siruaçáo seja quase sempre organizada e enquadrada discur sivamentc pelo elo mais próximo ou por aquc.:lc que func.iona no modo de alta rcnsão, o elo mais próximo pode não ser necessariamente o mais desigual ou o mais dererminanrc no conjunto tk desigualdadci. que constituem as trajetórias de vida e as oporrunidades de uma dada pessoa ou de um grupo social. Pela mesma razão, aquilo que inreracionalmenre surge cm dererminação cxre1 na de uma dada relação de poder é quase sempre uma manifestação da mesma constelação de poder cm um de seus elos anteriores e mais remoto~. É, por isso que as pessoas freque ntemente aceitam como sendo troca igual aquilo que, de faro, é uma rroca desigual. É evidente qul' a m;íscara de igual . dade que o poder assume é uma ilusão, mas. por ser neccss;Íria como ilusão, cem o seu "quê" de verdade.

49 Em codas as alrernarivas, o emprego das expressõe.\ ou termos destacados esrá corretamente idencificado, EXCETO em ele n:io emende nada, sabe apenas que um pedaço de sua carne será retirado... (li mi ração) b Está escura, vazia, somenre uma velha, lá na freme, deve estar pedindo também alguma coisa. (localização) c) Mas até os exames h;i os hieróglifos que c.:lc procura decifrar. (inclusão) d Mas pedir o quê, exatamente? Mesmo assim entra na igreja. (concessão)

a: ...

50 Em todas as alrernarivas, a palavra destacada explicira a relação entre as ideias, mamendo o significado básico das passagens do rexro, EXCETO em a) ... a cara dos méd icos, do outro lado da mesa, é sempre enigmática, porranco faz pane da consulca, da proflssáo e dos honor.frios.. . b: ... a cara dos médicos (. .. ) é sempre enigm<itica, faz pan e da consulta, da profissfo e dos hono r:írios: o jeiro é, e1Háo, o paciente ficar paciente .. . c) O que significa "ficar bom"? Significa ser como antes, ( ... ) mas ele nunca fora bom. d) Seu nome no cheque o surpreende, pois não é mais c.:le.

GABARITO IC ·e I[)

11)

~[)

(t;\

- 11 1- fl

XII

•JD

(Boa11ent11m de Sou:w St111tos. A crítim dn muío indolellft'. Stío Pmt!o: Cortl'Z, 200-, p. 26.., - com nd11pt1t{"Ot'f)

ATENÇÃO : Julgue os irens de 1 a 6 , a respeito da o rganização das c.:srru ruras linguísticas no desenvol vimenro do tex to acima. O uso do singular em "não é rarefo Hei!" (l..•í5) ressaira a ideia de que aquilo que poderia ser considerado duas rarefos isoladas, "Medir" (1 .1 ) e "avaliar" (L.2), caso se optasse pelo uso da flexão de plu ral, não são tarefas f:íccis, constitui, na verdade, uma imegração de tarefas ou uma tarefa em duas panes.

J(J(

Ili\

I L\

lK

111\

150

)(,(

1811

l'>B

Wll

21fl

.!K

2.IL>

.?·•<

2~t\

2611

,.!;,\

2H<

2•1[1

Hill

llB

\21)

.1.\1\

.H A

JS('

l6C

.l7C

lHC

j<)[)

IOD

1)1)

,zn

1.\1)

HC

4'A

461\

("1\

18[)

-1'>C

' ºll

390


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO 2

A prepo!>içáo cm "pdo do" (L.13) é exigida pelo 1ermo "organizada" (L.12); e a preposição em "por <lqucle" (L.13) é exigida por "enquadrada" (L 12); o que mostra o paralelismo que se esrabclccc cncre as ideias de organizar e "Medir" (L.1 ), por um lado, e enquadrar e "avaliar" (L.2), por omro.

será que as questões da idencidade e da diferença se csgocam nessa posição liberal?"

( Tomaz Tadeu da Silva. Identidade e difere11(t1. Petrópolis, Rj. Vozes, 2000. P. 73 - com adaptt1(tio) ATENÇÃO : A parcir da organização do rexro acima,

3

4

5

Pela organi1ação dos argumentos e das esrrucuras sindric.:as, l>Ubcncende-se, no desenvolvimenro das ideias do texro, que a inserção do termo do que outros depois de "desigual" (L.16) ou de "dercrminantc" (L. 16) preservaria a coerência e a correção gramatical do texw. No conccxto da argumencaçáo desenvolvida, a palavra "irajeiórias" (L. l 7) admire, sem prejuízo para a correção grama1ical nem para a coerência 1exwal, ser substituída pela palavra escolhas.

7

O desenvolvimenco das ideias no rexro faz subenrendcr uma relação explicativa e ncre o segu ndo e o terceiro períodos sinráticos, siruados encre as linhas 4 e 12; por isso, ligá-los pela conjunção porque, fazendo-se os m:cessários ajusres na ponrnação e nas let ras ma iúsculas, preservaria a correção e a coerência textual.

8

No desenvolvimento das ideias do texro, o uso da forma verbal de indicativo " limita" (L.4·5) represenra uma opção pela ideia de declaraçao, em conrra.\cc com a ideia de hipótese, que sena correramcnce expressa pelo uso do modo subjuntivo: limirc.

9

Para mamer o respeito ao padrão culro da lmgua porruguesa e preservar a correção gramaucal do rexro e a coerência encre os argumencos, deve-se evicar o neologismo "essencializad as" (L l O), subsricuindo·o por essenciais.

O m:cho "as trajetórias de vida e as oporcunidadcs de uma dada pessoa ou de um grupo social" (L.1 7 -18) admite ser considerado complemenco <la forma verbal "constituem" (L.17) .

6

julgue os irens de 7 a 11.

O coneccor "por isso" (L.24) explicira uma relação lógica entre duas ideias do rexco: as pessoas accicarcm como igual uma relação de desigualdade (efeito) e a m<Íscara da igualdade ser uma ilusão (causa).

10 O uso da vo1 passiva nas duas orações do mesmo período, "São comadas" (L. l O) e "se deve mmar posição" (L.1 2), deixa subentender, como agente das duas ações, o " multiculturalismo" (L. l ). 11

Em geral, o chamado 'multiculruralismo' apoia-se cm um vago e benevolente apelo à rolerância e ao n:speito para com a diversidade e a diferença (... ) Parece difícil que uma perspectiva que se limiia a proclamar a existência da diversidade possa servir de base para uma pedagogia que coloque no seu ccnrro a crítica política da identidade e da diferença. Na perspcctiva da di,•ersidade, a diferença e a identidade rendem a ser neurralizadas, cristalizadas, cssencializadas. São camadas como dados ou faros <la vida social dianre dos quais se <lc\'e romar posição. Em geral a posição socialmenrc aceita e recomendada é de respeito e colcr;íncia para com a diversidade e a diferença. Mas

391

Por fina lizar a argumencação do parágrafo a pcrgu111a rcrórica, que não exige resposra, pois serve apenas <le orienraçáo para a organização e aceicação dos argumen tos, admite a subsriruição do ponro de interrogação que a encerra, na linha 16, pelo sinal de ponro, sem prejudicar a correção nem a coerência da argumcncação.


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Os indivíduos, evidencemenre, não existem à margem da sociedade. O próprio Robimon

'-:

'

co: Os indivíduos estão adquirindo essa compreensão cada vez mais concretamente do seu valor intrínseco (... ).

Crusoé, anres de sobreviver isobdo na sua ilha, precisou formar-se no convívio organizado com o utras pessoas: teve de se socializar, aprendendo uma série de coisas imprescindíveis :1 sua capacid ade de subsistir, sozinho. O indivíduo, então, como d izia Marx, é o ser social; de é tão intrins.:camentc social que somente ao longo de sua ~ isrória em sociedade é que o homem, depois de mu iros sécu los, chegou a se individualizar (j;í que, Pas comunidades mais primitivas, os indivíduos não contavam e existiam exclusivamente cm runçáo da colcrividade a que pertenciam) . Essa compreensão que os indivíduos estão adquirindo cada vez mais concretamente do seu valor intrínseco não enfraquece o reconhecimento da necessidade de se assoc iarem, mas c ria importances exigências, novas, quanto ao cadter das associações.

16 O desenvolvimento dos argumentos pcrmirc a inserção da preposição de anres do trecho "que os indivíduos esráo adquirindo" (L. 15), sem se: prejudicar a coerê ncia nem a correção gramatical do rexro.

17 O uso de duas vírgulas de man.::i ndo o adjc:tivo "novas" (L. 18-19), gramaticalmente opcio11al. sugere ênfase à qualid:ide da ideia expressa cm importantes exigências.

Os primeiros anos do século XIX assistiram à consumação de um processo iniciado dois s~cu­ los ames, de reesrrururaçáo das insriwiçóe.s políricas a partir do conceiro, cada vc1 mais central, de cidadania. Nesse processo. t0da a concepção de mundo que legitimava a velha ordem, fundada na subordinação dos indivíduos e seus inccrcsses ao conjunto da sociedade, na desigualdade e na hierarquia, foi sendo substituída pela visão individualista, pela ideia rundamenral de os indivíduos serem livres e iguais em direitm. Concomiranremente, a ideia ele a ordem social ser dada, preexistindo aos seus integrantes, destituídos de poder sobre seus rundamenros, foi sendo substicuída pela imagem do contrato social. A sociedade surge por clecisao consciente dos contratantes, interessados em escapar dos inconvenientes do isolamenro.

Leandro Konder. O que é dinléricn. Sdo P111do: Brnsilie11se, 1982, p. 79-80 (com ndnptr1ções).

ATENÇÃO: No que se rcfore ao uso das estruwras linguísticas na orga nização das ideias no texto acima, ju lgue os itens de 12 a 17.

12 O sinal indicativo de crase em "à margem" (L.1indica que o sentido com que está empregado o verbo existir exige a preposição a na sua comp ementação. 2)

13 A relação e ntre a citação de que o " indivíduo, (..), é o ser social" (L.7-8) e as ideias do texro rnostram que, de forma resumida, a argumentação trata da relação entre homem e sociedade, destacando os processos de individualização e d e socialização ao longo da história.

(Roberto Freire, Vilmfl Figueiredo e Cnett1110 /.;'. P. de Armijo. Contemporâneos do futuro. Br11sílin: EdUn 8, 1997, p. 50 - com ndaptaçõt•s).

14 O faro de que "os indivíduos não comavam

ATENÇÃO: A partir da organização das do texto acima, irens d e 18 a 25.

(L.12-13) nas sociedades primiti vas configura a raLáo pela qual a humanidade vivia cm função da coletividade.

18 Representa uma reescrita gramaticalmente correta do primeiro período sint;Ítico d o texto o seguincc: No início do século XIX, as pessoas participaram do processo de reestruturação das insriruiçócs políticas, que tinha corno foco a noção de cidadan ia

15 P1eservam-se a coert:ncia e a correção gramatical do período ao se trocar de lugar os termos nas li11has de 15 a 16, inic iando-se o período sintári-

392


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO 19 Para que o cexco utilize linguagem mais clara e a<lequada ao tipo argumenrativo, deve ser explicitado o sujeiro <la estrurura sinr:ícico-semânrica da primeira oração, inserindo, por exemplo, as pessoas anres de "assisriram" (L. l).

dade graças à sua efervescência. Segundo Cacioppo, assim como a fome, a solidão é um ripo de alarme, que soa sempre que a coesão do grupo se mrna necessária. "Nossos ancesrrais reuni am-se para se defender d e araques de predadores", diz o pesquisador. "Hoje, nos esrressamos por razões diferences e precisamos dos ourros por mocivos disrinros, como para organ izar nossa rorina, para prosperar o u mesmo sobreviver". Viver só não significa estar cond enado à solidão. O saudável é equil ibrar os mo mentos de isolamenro e reclusão com os de inreração com a família e amigos. Assim, é possível ser feliz sozinho.

20 Na linha 7, a inserção da preposição de anres de "seus inreresses" preservaria a co rreção gramatical e a coerência do rexro, a lém de ressaltar que se trara de elemento coordenado com "dos indivíduos" e não com "subordinação". 21

No desenvolvimenro da argumenraçáo, a ideia de "velha ordem" (L.6) opõe-se a "visão individualisra" (L.9- 10) .

22 A rerirada do gerúndio em "foi sendo" (L.9) preservaria a correção gramarical do rexro, mas deixaria de ressalrar a ideia de processo gradarivo da ação e enfraqueceria a relaçáo enrre os argumenros. 23 Na linha 10, não se usa a contração da preposição "de" com o arrigo, formando dos, porque o rermo "os indivíduos" tem a função de sujeiro sinrácico. 24 Preservam-se a correção gramatical e a coerência textual, na linha 11, ao se usar o infinirivo não Aexionado em lugar de "serem", já que a esrrumra sinrácica deixa clara a referência a " indivíduos".

!stoé. 2811012009 (com adaptações).

ATENÇÃO: Julgue os itens de 26 a 3 1, a respeito da organização das estrururas linguísricas do rexco acima. 26 A argumencação d esenvolvida no texto rnosrra, resumidamenre, como os gra ndes cencros urbanos, anres considerados "vilões das relações inrerpessoais" (L.2-3), conrribuem para minimizar a sensação de solid ão nas grandes metrópoles. 27 Seriam manridas a correção gramarical e a coerência texmal se, em lugar d a Aexáo d e plural em "Liderados" (L.4), fosse usada a Aexáo de singular. 28 Por meio do conecrivo "assim como" (L. l l ), o rexro esrabelece uma comparação entre a vida efervescente em sociedade e os estados d e fome e solidão.

25 O uso do rermo "Concomitantemente" (L. l O) ressalta a ideia de que a " imagem do conrraro social" (L. 15-16) deve ser conside rada equivaJenre a "visão individualista" (L.9-10), no que se refere ao valor semânrico e argumenrarivo das duas expressões no rcxro.

29 O desenvolvimenro das ideias do rexto permite que se considere o rermo "sua efervescência" (L. l O) de maneira generalizada; nesse caso, a ausência do sinal indicativo de crase em "à" (L. l O) preservaria a coerência e a correção gramatical do rexto.

30 Apesar de seu caráter predominanremente a rgumentativo, o texro apresenra rrechos descririvos na reprodução das falas d e Cacioppo, nas linhas 13-14 e 15-1 8.

Os grandes ccnrros urbanos sempre foram considerados os maiores vilões das relações inrerpessoais. Mas agora há uma corrente de pensadores que sustenca o oposro. Liderados pelo psicólogo narre-americano John Cacioppo, um grupo de acadêmicos rem defendido que merrópoles do porte de Nova Iorque, Tóquio e São Paulo não conrribucm para o discanciamenro de seus moradores. Pelo contrário, esrimulam a vida em socie-

31

393

Nas linhas 18-19, o deslocamento de "só" para depois de "significa" preservaria a correção gramarical do rexro e a coerência enrre as ideias, apesar de deslocar a ênfase para "estar condenado" (L.19) .


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

A lura pela recuperação do ser humano como suj..:iro pressupõe uma diferença entre os conceiros de ''ser humano" e "sujcit0". Se não estabelecemos claramente essa diferença, podemos cair no equívoco de criticar a siwação vigente com base na ideia de que sistemas de dominação objetivam e ser humano. Essa crítica pressupõe a possibilicade de uma relação não objetivante no interior ce um sistema ou de uma insriruiçáo. Ora, sisrer1as ou instituições funcionam porque as pessoas que fazem parte ddes cumprem papéis sociais ouc são esperados delas. Em outras palavras, não é possível que instituições funcionem sem ne1 hum processo de objetivação de seres humanos, ou sem que a própria dini'lmica do sistema ou da insriwição determine ou delimite os papéis a serem vividos pelas pessoas que fazem pane delas. O problema não consiste cm determinação ou objetivação inevitá\•eis em rodo o sistema, mas s m na redução do ser humano a determinados ppéis. Redução que nega ourras potencialidades do ser humano.

seria corretamence expressa no rexro pelo modo indicativo: instiwiçõcs funcionam. 36 Preservam-se a coerência ccxrual, a clareza dc.: ideias e a correção gramatical ao se subsriwir o rerrno "delas" (L. 17) por deles, uma vez que seu amecedenre também pode ser "seres humanos" (L.14).

37 O uso da preposição em, nos termos "em decer· rninação" (L.18) c.: "na rcduçfo" (L.19) . é exigido pda acepção com que o vc.:rbo consisrir está empregado no cexro.

38 Preservam-se a correçüo gramatical e a coerência encrc os argumenws, .tlém de rornarem-se explícitas as relações de cocsfto entre os termos do ccxco, ao se inserir, na linha 20. o pronome esta depois de "Redução".

As relações sociais insiirncionalizadas pela participação do homem nas diversas comunidades da contemporaneidade não degradam ou deformam a consciência individual. porém interagem e pres sionam o nível e o cadrer da sua socialização, o que conserva, para sua sobrevivência, o potenci.11 individual do eu dentro dos faros, deveres. dirciros, níveis de conhecimcnco e da ética, sempre em correspondência com as características das sociedades, cm um processo de inccraçáo estabelecido pelas condições concretas de tempo, espaço, de scnvolvimento sociocultural e posruras políticas dos envolvidos nele.

Jung Mo Sung. Prmt t1!ém do sistemr1. /11: J:.(/11Ct1çtio e Psicologia.

Editora Segmento, vol. /, p. 56 (com adaptações). ATENÇÃO: Julgue os irens de 32 a 38, a respeito da organ zaçáo das estruturas linguíMicas do rexro acima.

32 A. conjunção "Se" (L.3) introduz uma condição e.>rabclecer claramence essa diferença - que evir:t uma crítica equivocada cm corno de qual seja o obj<'ro de trabalho dos sistemas de dominação. 33 Preservam-se a correção gramatical e a coerênci.1 C'1tre as relações sern;inricas do texto ao se usar, e'11 lugar do verbo "objcrivam" (L.6), uma expressão que dê ênfase à oração: têm por objetivo.

1•

34 Preservam-se as relações de sentido entre as ideias do tcxro com o uso da expressão Ademais em lug.1r de "Em ourras palavras" (l..12).

Uuttn F S. l'vledaos. Essh1ci11, possibilitltult·s projeções da com1111ic11çtio polltiCll na sociedad1•. ln: Polifoni11. 1H11to Grosso: FAPEMAT, 11.0 11. 2005-2006, p. 92 - com adapt1t(Õô).

ATENÇÃO: Julgue os iccns de 40 a 43, a respeiw da organização do rexto acima. 39 A argumentação desenvolvida no texto cencra-sc.: na ideia de que a idcnridadc individual <lo homem encontra-se em constante inceração com as identidades coleti,·as no seio da sociedade.

35 O uso do modo verbal cm "funcionem" (L. U) rtssalra a ideia de possibilidade ou probabilidade, em oposição à de exiscência ou constatação, que

394


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO 40. Depreende-se, a partir das ideias desenvolvidas no texto, que as "relações sociais institucionalizadas" (L. I) contribuem para a manutenção do status da individualidade, uma vez que são virais para o indivíduo.

45 Os parênteses urilizados nas linhas 2 e 3 têm a função de inserir uma informação que l'xplicira como "um procedimento genealógico" (L.2) deve ser compreendido; por isso, a sua substituição por dois rravessões preservaria a correção e a coerência do rexro.

41 A preposição por, usada em "pela participação do homem" (L. l -2), tem a função de introduzir um agente para a instirucionalização das "relações sociais" (L.1 ).

42

Por fazer pane de uma estrutura sintática negativa, a conjunção "ou", em "não degradam ou deformam" (L.3), equivale semanticamente a nem.

46 Subentende-se, no desenvolvimento das ideias do texro, que a expressão "rais construções" (L.4) reroma dois anrecedenres: "valores" e "avaliações", ambos na linha l

47 Preserva-se o respeito à correção gramatical e à coerência enrre os argumentos ao se uriliza r o sinal de dois-poncos em lugar da vírgula depois de ''só" (L.5) .

43 Nas relações de coesão texrual, o vocábulo "nele" (L. 13) retoma, corno anrecedenre, "desenvolvi-

mento" (Ll l-12). A relaçáo que aconrece enrre valores e avaliações nccessira de um procedimento genealógico (avaliar um valor no próprio surgirnemo) para que saibamos o que são cais construções. O pressuposco válido é um só, porque a vida não está centrada em nenhum lugar além dos fcnômenos cnrendidos como aquilo que é aparente, ou melhor: como aquilo que aparece. Porranco, um projem ético desponta de tudo isso e pretende fundar-se em uma cosmologia que diz o seguinte: não há ourra vida fora desta e, se existe uma vida eterna, a mesma é a própria vida terrena. Aquilo que seria "vir-a-ser" é transformado imediatamente em "ser": o ser que se é, que não indica outra coisa fora a vida como vontade de poder (relações de forças). Por esse olhar temos o ser no devir.

48 No desenvolvimenro do rexro, os valores semânricos e argumentativos de "além" (L.6) e "fora" (L.15) estão tão esrreiramenre relacionado5 que a troca de posição entre as duas palavras preservaria ranro a coerência quanto a correção gramatical do texto, desde que "a vida" (L.15) fosse substituída

por da vida. 49 A expressão "ou melhor" (L.7), segu ida de dois-ponros, esrabelece uma relação de significados entre "aquilo que é aparente" (L.7) e "aquilo que aparece" (l.8) que, no dcsenvolvimenm d..1 argumentação, torna as duas estruturas intercambiáveis.

50 Na organização das ideias de uma redação oficial, o redaror deve fazer uso de marcar idiossincráricas para se expressar ao longo da produção.

Filosofia contemporânet1 e 11 existência humana. ln: Ciência e Vidtt, n.o 8, edição especial. ano li, p. 36 (com adaptaróes). ATENÇÃO: Com base no texco acima, julgue os irens de 44 a 49.

GABARITO

44 A argumentação do rexco cencra-se na ideia de que um projeto ético válido deve ter dois focos: a relação entre os "valores e avaliações" (L. 1) e a pressuposição de que a vida está centrada em fenómenos perrencentes ao aqui e ao agora.

JC

2E

.li:.

4C

'iC

(,E

7C

se

9E

10~

1IL

12E

uc

14E

151:.

J(,l:.

17C

18C

19E

20.C.

21C

21C

2.\C

24t

2sr

26C

27C

28E

19(

.\O.E

37C

38C

.l9C

40.C

47 1~

•\8C

4<JC

50.r

.rn·

32C

3.\E

.HE

.l5E

3(,~

l l.

•l2C.

•UE

44C

4'\C

•l<>C

•!

395


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

i

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS 01 Levando cm consideração as afirmações do texto

QUESTÕES DO CETRO

e as orientações da gramática normativa tradicio na!, é CORRETO afirmar que, no primeiro p.1 rágrafo do rcxro, no a) primeiro período, a palavra "flagelo" significa '"problema". b) segundo período, é proibido isolar a expressáo "Em 2006" por vírgulas. e) segundo período, os travessões isolam um aposto. d) segundo período, os rra,·c~sóes podem ser trocados por vírgulas. e) segundo pt:río<lo, a forma verbal "foram repor rados" pode ser trocada por "rcporrou-se".

ATENÇÃO: Leia o fragmento do rcxro "O perigo mora ao lado", publicado na revisrn Rolling Stone, número 6, de janeiro de 2008, para responder às questões dl· 1a4 As minas terrcsrrcs são um Aagclo no mundo rodo. Em 2006 foram rcponados acidc:;nres cm 68 países - e serc áreas não reconhecidas como nações independentes - em rodos os conrinenccs. É impossível saber quais são os países com maiores campos minados, j<í que os exércicos e grupos armados não man têm n.:gisrros conn;ívc:;is. Angola, por sua exrensão territorial e décadas de lllla pda independ~ncia e guerra civil, cerramcnce est<Í entre os primeiros, junco ao Camboja e ao Afeganistão. Os rrês pabes receberam em 2006 um cocai de USS 165,3 milhões, destinados ao supone para atividades antiminas - sorne111e no Afeganisci'to, scrc ONGs nacionai5 e d iversas entidades internacionais como flrdo liwt, Dnnish Dmtining Group (ODC) e Monitoring. E/lttl11atio11 mui Tmining Agem:r (~1ETA) awa111 na desminagem. Desde 1991, apenas dois anos depois de os inujahedins expulsarem os últimos soldados soviéticos, já foram doados m ais de US$ 500 milhões para atividades antim inas no país, que possui uma das mais amigas m issõcs da ONU com esse objetivo. J;Í o Camboja recebeu metade desses recursos nos últimos 16 anos, sendo que uma mina não ~ planrada no país desde meados dos anos 70. Na Améric:-i Latina, por outro lado, apenas três países .1parecer:un na lista preparada pelo Landminl' Moniror com os rrima maiort:s recebedores de recursos para açõe11 anriminas em 2006: Nicarágua. com USS 5,72 milhões; Colômbia, com USS 4,33 milhões; t Chile, com US$ 2,33 milhões. Com tão poucos recursos, um tenso conAiro interno sem solução à vista e a informação de que uma mina não dcrona<la fica aciva no solo por acé 60 anos. sendo que os grupos armados que aruam na Colômbia usam esses arrefatos explosivos mais inrensamcncc h;i 17 anos, seria fácil prever lú alguns anos que o país tomaria rapidamente a ponta do ranking mundial cm vítimas de min:-is, com a possibilidade bastante real de ocupar esse posto por décadas.

02 Assinale a alternativa cm que a reescrirura do trecho "É impossível saber quais sáo os países wm maiores campos minados, j<i que os exércitos e grupos armados não mantêm rcgisrros conft;Ívcis" preserva o sentido original <lo rexro e está de acordo com a norma culca. a) Exércitos e grupos armados não manrêm regis rros confüíveis, porque é impossível saber quab

são o:; países com maiores campos minados. b) Não se sabe quais são os países com maiore., campos minados, ainda que os exérciros e grupos a rmados não mantenham regisrros confi;í veis. c) É impossível saber quais são os países com maiores campos minados, j<í que regisrros confiáveis náo são mamidos pelos exércitos e grupos armados. d) É impossível saber quais são os países com maiores campos minados, posro que os ex~r­ citos e grupos armados não mantenham rt:giscros confi:ívcis. e) Exércitos e grupos armados não manrêm rcgisrros confiáveis, porquanro é impossível s.t ber quais sáo os países com maiores campo~ m inados. 03

396

Levando em consideração <IS .1firmaçóes <lo tcxro e as oriemaçócs <la gramática normaciva tradicional, é CORRETO afirmar que a) no trecho "somente no Afcganisrão, sete ONGs nacionais e div<.:rsas cmidadcs imernacionais (... ) acuam na desminagem", do terceiro parágrafo, o termo destacado, por ser advér-


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO bio, pode ser deslocado para ames ou depois da vírgula, sem que ocorra prejuízo semânrico. b) o rrecho "apenas dois anos depois de os mujahedins expulsarem os úlrimos soldados soviéricos'', do rerceiro parágrafo, pode, sem que ocorra erro gramarical ou prejuízo semântico, ser reescriro da seguinre maneira: "apenas dois anos depois dos mujahedins expulsarem os úlri mos soldados soviéricos". e) nos rrechos "iá Coram doados mais de US$ 500 milhões para arividades anriminas no país" e "Li o Camboja recebeu merade desses recursos", ambos do rerceiro parágrafo, as duas ocorrências da palavra sublinhada têm o mesmo valor semântico. d) no crecha "já foram doados mais de US$ 500 milhões para arividadcs anriminas no país, que possui uma das mais amigas missões da ONU com esse objerivo", do terceiro parágrafo, a supressão da vírgula não comprometeria o sentido do texto. e) no trecho "sendo que uma mina nfo é plantada no país desde meados dos a nos 70", do último período do terceiro parágrafo, a expre5são sublinhada não tem nenhum valor circunstancial e pode comprometer a compreensão do fragmento do rexto.

04 Levando em consideração as afirmações do cexro e as orientações da gram~ítica normativa rradicional, é CORRETO afirmar que, no trecho a) "Na América Larina, por o utro lado, apenas rrês países apareceram na lista", do quarto parágrafo, por meio da expressão destacada, enfariza-se a diferença entre a situação vivida, no que diz respeito ao suporre para atividades anriminas, por Angola, Camboja e Afeganisráo, de um lado, e Nicarágua, Colômbia e Chile, de outro. b) "Nicarágua, com US$ 5,72 mi lhões; Colômbia, com US$ 4,33 milhões; e Chile, com US$ 2,33 milhões", do quarto parágrafo, os termos desracados são núcleos do sujeim cujo verbo esrá implíciro. e) "um renso conAiro interno sem solução à vista e a informação de que uma mina não detonada fica ariva no solo por até 60 anos", do úlrimo parágrafo, a palavra desracada deve ser suprimida.

d) "sendo que os grupos armados que <.tuam na Colômbia usam esses artefacos explosivos mais inrensameme há 17 anos", do liltimo parágrafo, a expressão destacada, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo scmânrico, :iode ser substimída por "porque". e) "o país romaria rapidamente a ponta do ranking mundial cm vítimas de minas, com :.1 possibilidade bastanre real de ocupar esse posto por décadas", do último parágrafo. a forma verbal desracada poderia rer sido Aexionada na terceira pessoa do plural - "ocuparem" -, concordando com o rerrno "vírimas de minas", sem que ocorresse prejuízo semântico ou erro gramatical.

ATENÇÃO: Leia o texm "Falra o mais óbvio", publicado no jornal Folha de São Paulo, de 09 de fevereiro de 2008, para responder às questões de 5 a 10.

A exemplo do que ocorreu com o rraramento da Aids, o Brasil aparece como destaque positivo no mais receme relarório da Organização Mundial da Sat'1de (OMS) sobre o conrrolc do fumo. Das seis medidas preconizadas pela entidade para comer a epidemia - políticas de prevenção. leis que criem áreas livres de fumo, alertas sobre os males do cigarro, remições à publicidade, disponibilidade de tratamentos de cessação do tabagismo e elevação dos imposros sobre produtos fumígenos -, o paí~ cumpre quatro. Não é pouco. Nenhuma nação em desenvolvimento conseguiu ainda combinar rodas as seis e, no plano mundial, apenas 5% da população estão protegidos por elas. Mais do que isso, o Brasil recebeu menção elogiosa do relarório por seu modelo de maços com foros ilustrativas das moléstias associadas ao fumo e por oferecer na rede pública de saúde rerapias de in rerrupçáo do rabagismo. Diante de tantos esforços - alguns dos quais cuswsos polfrica e financeiramente - é incrível que o país ainda rclure em adorar a mais óbvia das medidas, que é a elevação dos tributos incidemcs sobre o cigarro, compensada por alívio fiscal em outros setores. Segundo a OMS, em países em desenvolvimento, um aumenro de 10% nas taxas resulra em redução de 8% no consumo.

397


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS pressão sublinhada pode ser sub~cicuída, 'em que ocorra erro gramatical ou prejuízo scnünrico, por "produtos para fumantes''. b) no trecho "Nenhuma nação cm desenvolvimento conseguiu ainda combi11.1r codas a~ seis e, no plano mundial, apenas 5% da popuLH,ao csráo protegidos por elas'', do rerceiro período do segundo parágrafo, é corrcro incluir unu vírgula antes da conjunção "e". c) o rrccho "apenas 5% da população escáo prorcgidos por elas", do terceiro período do segundo padgrafo. deve obrigatoriamente ser reescriro da seguinte maneira, para evitar erro gramatical: "apenas 5% da população esrá pro regido por das". d) o trecho "o Brasil recebeu menção elogios.1 do relatório por seu modelo de maços", do tercc:iro parágrafo, pode ser reescrito da seguinre manc:ira, sem que ocorra erro gramatical ou prejuíw semântico: "o Brasil recebeu mençáo elogima do relatório devido à seu modelo de maços". e) os vocábulos "rcl:nório", "molésrias", "pública" e "sat'1de", codos excraídos do rerceiro p.1d grafo do cexro, foram acenruadm pelo mesmo rnocivo: todos eles são proparoxítonos reais ou proparoxí to nos evcn ruais.

A akgaçáo do governo para desdenhar da medida é que um aumenro de imposros esrimubria o conrrabando. O vínculo entre carga !iscai e rendência ~~ fraude é ineg;ível, mas isso não jusrifica o imobilismo. A Espanha, que rambém rinha um problema grave de conrrabando, conseguiu redm.i-lo ao mesmo rempo em que elevou as caxas. É o c:aso de aumencar a taxa e combater o contrabando p..:la via convencional, que é a polícia. O país só cem a ganhar se menos jovens se cornarem rabagisras. 05 Lev rndo em consideração as afirmações do rexro e as orienraçóes da gramárica normativa rradicional, é CORRETO afirmar que a) o trecho "A exemplo <lo que ocorreu com o c-aramento da Aids", <lo primeiro padgrafo. o termo sublinhado, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semâmico, pode ser substituído por " ! lá exemplos do que ocorreu com o rraramenro da Aids". b) scgundo as afirmações feiras no primeiro padgrafo, o Brasil merece destaque posicivo no mais recente relatório da Organização f\.lundial da Saúde devido ao sucesso obrido pelo país no craramento da Aids. c) no trecho "Das seis medidas preconizadas pela encidadc para concer a epidemia", do primt:iro período do segundo parágrafo, o rermo destacado pode ser subsrituído, sem que ocorra prejuízo semfinrico, por "criadas". d) no crecho "Das seis medidas preconizadas pda entidade para conrer a epidemia", do primeiro p..:ríodo do segundo parcígrafo, o termo destacado pode ser subsrituído, sem que ocorra prejdzo scmf1ncico, por "afim de". e) no rrecho "elevação dos impostos sobre producos fumígenos -, o país cumpre quarro", do primeiro período do segundo padgrafo, o tr.1vtssão, seguido correcamenre de uma vírgula, foi uriliz.a<lo para isolar aposro.

07 Na fomosa obra Comunimçtio em prosa modt•mn, Orhon M. Garcia afirma que "quaisquer elementos da frase sejam orações sejam termos dela . coordenados cnrre si <levam, em princípio pelo menos, apresentar estrutura gramatical idêm ic1. pois não se podem coordenar frases que não c:omporrem consricuintcs do mesmo tipo". Assinale a alcernariva em que a reescritura do cerceiro parágrafo respeita a rccomencbçiio <lo famoso cscudioso. a) l\Iais do que isso, o Brasil recebeu menção do giosa do relarório não só por seu modelo de maços com foros ilusrrarivas da\ moléstias associadas ao fumo, rna\ rambém por oferecer na rede pública de saúde terapias de incerrupçfo do cabagismo. b) Mais do que isso, o Brasil recebeu menção elogiosa do relacório não só por ccr um modelo de maços com foco!> ilustrariva\ das moléstias associadas ao fumo, mas também pelo ofCrc<.i

06 Levando cm consideração as afirmações do ccxro e as •Jrienraçóes da gramática normativa cradicional..; CORRETO afirmar que a) no trecho "elevação dos imposros sobre producos fumígcnos -, o país cumpre guarro", do primeiro período do segundo parágrafo, a ex-

398


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO menro, na rede pública de saúde, de terapias de interrupção do cabagismo. c) Mais do que isso, o Brasil recebeu menção elogiosa do relatório por seu modelo de maços com fotos ilustrativas das moléstias associadas ao fumo e pelo oferecimento, na rede pública de saúde, de terapias de interrupção do tabagismo. d) Mais do que isso, o Brasil recebeu menção elogiosa do relatório por ter um modelo de maços com foros ilusrrarivas das moléstias associadas ao fumo e pelo oferecimento na rede pública de saúde rerapias de interrupção do tabagismo. e) Mais do que isso, o Brasil recebeu menção elogiosa do relatório não apenas por seu modelo de maços com fotos ilustrativas das moléstias associadas ao fumo como também por oferecer na rede pública de saúde rerapias de interrupção elo tabagismo.

08 Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é CORRETO afirmar que a) o rrecho "Diante de ramos esforços - alguns dos quais custosos política e financeiramente", do quarco parágrafo, pode ser reescrito da seguinte maneira, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico: "Diante de ranros esforços - alguns dos quais, a custosa política, e financeiramente". b) o rrecho "é incrível que o país ainda relute cm adorar a mais óbvia das medidas, que é a elevação dos rribucos incidentes sobre o cigarro", do quarto parágrafo, pode ser reescrito da seguinre maneira, sem que ocorra erro gramarical ou prejuízo semântico: "é incrível que o país ainda relure em adorar a mais óbvia das medidas: a elevação dos rriburos incidentes sobre o cigarro". c) o trecho "A alegação do governo para desdenhar ela medida é ... ", do quinto parágrafo, deve ser obrigatoriamenre rcescriro da seguinte maneira, para evirar erro gramatical: "A alegação do governo para desdenhar a medida é... ". d) nos rrcchos "A alegação do governo para desdenhar da medida é que" e "A Espan ha, Çjfil rambém rinha um problema grave de conrrabando", ambos do quimo parágrafo, as duas ocorrências da palavra sublinhada cumprem a

mesma função simárica e pertencem à mesma classe gramatical. e) o trecho "O vínculo entre carga fiscal e tendência à fraude é inegável, mas isso não justifica o imobilismo", do quinto parágrafo, pode ser reescrito da seguinte maneira, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico: "Embora o vínculo entre carga fiscal e tendência à fraude seja inegável, o que não justifica o imobilismo". 09 Levando cm consideração as afirmações do rcxto e as orientações da gramática normariva tradicional, é CORRETO afirmar que, no trecho a) "A Espanha, que rarnbérn rinha um problema grave de contrabando, conseguiu reduzi-lo ao mesmo tempo em que elevou as taxas", do quinto parágrafo, as vírgulas, meramente enfáticas, podem ser suprimidas, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo scmânrico. b) "A alegação do governo para desdenhar da medida é que", do quinto parágrafo, o termo desracado refere-se ao rermo "redução de 8% no consumo", do final do parágrafo anterior. c) "um aumento de impostos esrimulari a o contrabando", do quinto parágrafo, a forma verbal destacada está flexionada no fururo do pretérito do indicarivo para expressar uma hipótese que, segundo o autor do texto, é verdadeira, o que se confirma com o trecho "O vínculo entre carga fiscal e tendência à fraude é inegável". d) "O vínculo entre carga fiscal e tendência à fraude é inegável, mas isso não justifica o imobilismo", do quinto parágrafo, o pronome destacado refere-se apenas ao rermo "tendência à fraude". e) "isso não justifica o imobilismo. A Espanha, que também tinha um problema grave de conrrabando, conseguiu reduzi-lo", do quinto parágrafo, o pronome desracado refere-se ao anreccdcnte "imobilismo". 10 Levando em consideração as afirmações do rexto, é CORRETO afirmar que

a) para o autor, o fato de o Brasil cumprir quarro das seis medidas preconizadas pela OMS para comer o tabagismo não é suficienre para que o país receba as menções elogiosas que foram feiras pela entidade de saúde.

399


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

b) a uci lizaçfo dos cermos "epidemia", "cracamencos", "moléscias" c "cerapias", no segundo e no cerceiro parágrafos, não permice a inferência de que, na perspecciva adorada pclo alllor, o problema do cabagismo est:í <lirccamente ;tssociado à saúde. c) ~egund o o autor, a elevação de 10% nos cribucos incidentes sobre o cigarro é uma medida cuscosa em rermos políticos e financeiros, mas resu lta cm redução de 8% no consumo desse orodmo. d) .,egundo o aucor, o fa ro de o aumenco <los tri:>mos incidentes sobre o cigarro escimular o contrabando é condição suficienre para que se adocem oucras medidas preconizadas pela Organinção Mundial da Saúde para conter a epidemia do tabagismo. e) a proposta do amor para aprimorar o combate 10 fumo no Brasil é a elevação dos impostos i.obre prod utos fum ígenos associ:Jda ao combace ao contrabando pela via convencional.

"chanchadas", uma fórmula inaugurada com sucesso nos anos 30. O movimento do Cinema Novo, na primeira mctade doi. anos 60, opôs-sc canto ao acac.kmicismo d:is produções respeicáveis da Ver:i Cruz gu:rnto ao primarismo das chanchadas. A vitória de pre,lÍgio do movimenco sobre essas duas cendências não foi aringida sem dificuldade, e n:ío se pode dizer que a desatenção - quase hostilidade - a produções como O mngaceiro (Vera Cruz) ou O homtw do Spumik (lhanchada) não pareçam hoje francamenre injustas. 11

ATENCÁO: Leia o cexrn abaixo, um fragmenco do livro Verdade Tropical, de Caetano Veloso, para responder is quescões 11 e 12. G l::iuber Rocha, o jovem direror bai:lno, cinha se tornado a essa altura, um verdadeiro líder culmral. Depois dc rodar Bmrnvento, q uando aind:l morava na Bah ia, ele im pressio nou diretores e críticos europeus com DC11s e o Diabo ntt Terra do Sol, filme cheio de uma selvagem beleza que nos excitou a wdos com a possibilidade de um grande cinema nacional. Não se tratava ce um:i conquista de padrão de qualidade: essa tinh:i sido a mera da Vera Cruz, producora criada pelo cmpresário paulisca Franco Zampari, que coni.cruiu um estúd io bem escrururado o nde se produziram, acé metade dos anos 50, filmes de bom acabamenco. Para dirigir o empreendimenro, Zampari convidou Alberco Cava canti , o cineasta brasileiro que amara com sucesso na Inglaterra c na Franç:i e volcava ao Brasil acendendo a esse convite <la elite brasileira para inscituir uma indústria cinemarográfica de alro nível entre nós. Era uma tencaciva de superar o estágio primicivo do cinema comercial brasilei ro, represenrado pelas coméd ias carnavalescas cariocas conhecidas como

Levando cm consideração as afirmações do rexro e as orienraçóes da gramárica normariv~t tradicional, é CORRETO afirmar que a) no crecho "essa cinhasido a meta da Vera Cruz. produrora criada pelo empresário paulista Franco Zampari, ~ conscruiu um estúdio", os rrês termos destacados exercem a função sincácica de sujeiro. b) no crecho "Franco Zamp:iri. que conscruiu um csn'.1dio bem estrumrado onde se produziram. até metade dos anos 50, fi lmes de bom acabamenw", o cermo descacado pode ser crotado por "aonde". c) o crecho "um estúdio bem escruwrado onde se prodmiram, aré mecac.le dos anos 50, filmes de bom acabamento", o rermo dcscacado n:ío pode ser Aexionado no singular. d) as expressões "esrúdio bem estruturado", "indúscria cinemacográfica de alto nível", "academismo" e "produções respeicávcis" referem-se, no texto, ao emprcendimenro de Franco /.ampari, a producora Vera Cruz, cujo trabalho serviu de referência para o alco padrão de qu,1lidadc alcançado e almejado por Glauber Rocha. e) as expressões "csc<1gio primirivo do cinema comercial brasileiro", "comC:<lias carnavalescas lariocas", "prcsrígio do movimcnco" e "primarismo" referem-se, no tcxro, às chanchadas, fórmula cinemacográfica de sucesso nos anos 30, cujo rrabalho se1viu de referência para o alro padrão de qualidade alcançado por Clauber Rocha.

Atenção: Leia o cexco abaixo, o fragmenco inilial do cexto "Vida rumo canção e semiótica", do livro fodos entoam, de Lu iz Tacir, para responder :1s qucsroe~ de 13 a 16.

400


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO Dois prcscmcs de avô, um rádio de pilha aos dez ano\ c um violão aos do1.c, lançaram-me no mundo da canç.10 e livraram-me em pane do tédio e dos temores da infáncia. Até cnrfo imaginava que a vida dividia-se cm escola, que mais rarde desembocaria numa profi\sâo, e futebol, que bem logo, segundo os adultos, cederia lugar a coisas mab imporranres. Nada mais. O rádio foi para mim um conrato dircro com o sublime. Ouvia as Lançõcs e os canrores como se fossem personagens de uma história de fascínio cm que todos disputavam o papel de scduror-mor. As paradas de sucessos, com suas indefccríveis classificações, confirmavam-me plenamenre essa impressão. Nutria uma admiração imensa pelos inrérprctes que arrcbarnvam os primeiros postos e até hoje não sei se venciam porque cantavam minhas canções preíerichs ou se cu que acabava preferindo as canções vitoriosas. Dc todo modo, csrava ali, dentro do rádio, um mistério que por essa época me basrava conservar. O desejo dc dccifrar viria bem depois.

singular do prccérito imperfeito do indicativo, porque seu sujeiro é oculro. e) "Acé então imaginava que a vida dividia-se em escola, que mais rarde desembocaria numa profissão, e futebol, que bem logo, seg..indo os a<lulros, cederia lugar a coisas mais imponantes", a supressão das rrês primeiras ocorrências da vírgula é proibida, para que se preserve o sentido proposro pelo auror do rexro.

13 Lcvando cm consideração as afirmações do rexro e as orienrações da gramácica normariva cradicional, é CORRETO afirmar que a) a oração "O rádio foi para mim um conralO direw com o sublime" expressa o rom pimenro com "o tédio e os remores da infância" , descritos no segundo período do rexto. b) no trecho "personagens de uma história de fascínio cm que todos dispuravam o papel de sedutor-mor'', é recomendada a supressão da prcposição desracada. e) no crecho "personagens de uma hiscória de fascínio cm que rodos dispuravam o papd de seduror-mor", é recomendada a croca da expressão dcsracada pelo pronome relativo "onde". d) no rrecho "As paradas de sucessos, com suas i ndefecdveis classificações, confirmavam-me plcnamcnre essa impressão", a palavra destacada significa "incríveis". e) no trecho "As paradas de sucessos, com suasindeíecrívcis classificações, confirmavam-me plcnamcnrc essa impressão", o rermo destacado é objeto direto.

12 levando cm consideração as afirmações do texto e as orientações da gramárica normariva tradicional. é CORRETO afirmar que, no trecho a) inicial "Dois presences de avô, um rádio de pilha aos dez anos e um violão aos doze, lançaram-me no mundo da canção e livraram-me em pane do tédio e dos remores da infância'', é proibido isolar o termo desracado por vírgulas. b) inicial "Dois presentes de avô, um rádio de pilha aos dez anos e um violão aos do7.e, lançaram-rrn: no mundo da canção e livraram-Jllg cm pane do tédio e dos temores da infância", as duas ocorrências desracadas do pronome pessoal exercem a função sinrárica de objeto indireto. e) "lançaram-me no mundo da canção e livraram-me cm pane do cédio e dos cemores da infância", as duas primeiras ocorrências desracadas da preposição "de" - conrraídas, respeccivarnente, com os arcigos "o" e "os" - são frutos da regência nominal de "parre"; a última, concraída com o arrigo "a'', é fruto da regência de "ren1orcs". d) "Aré cnráo imaginava que a vida dividia-se em escola", do segundo período do texro, a forma verbal escá flexionada na cerceira pessoa do

14 Levando cm consideração as afirmações cio rcxto e as orientações da g ramárica normariva rradicional, é CORRETO afirmar que, no crecho a) "Nurria uma admiração imensa pelos intérprercs que arrebaravam os primeiros posros", a forma verbal desracada está na rerceira pessoa do singular para concordar com o antecedente "essa impressão". b) "intérpretes que arrebaravam os primeiros postos e até hoje não sei se venciam porque camavam minhas canções preferidas ou se cu que acabava preferindo as canções vitoriosas", os termos destacados são conj unções subordinaciva~ condicionais.

407


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

c) " não sei se venciam porque canravam minhas canções preferidas ou se cu ~ acabava preferindo as canções viroriosas", o termo destacado pode ser suprimido, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico. d) "Nutria uma admiração imensa pelos intérpretes que arrebatavam os primeiros postos ~ até hoje não sei se venciam", a conjunção destacada pode ser rrocada, dispensando outras alterações, por "embora", sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico. e) "até hoje não sei se venciam porque cantavam minhas canções preferidas ou se eu que acabava preferindo as canções vitoriosas", o fragmento destacado pode ser trocado, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico, por "conquanto canrassern".

rádio do avô, determinou sua busca pela decifração das canções.

ATENÇÃO: Leia o pequeno conto abaixo, de Carlos Drummond de Andrade, extraído do livro Contos Plausíveis, para responder às quesrões de 17 a 20. Casos de baleias A baleia telegrafou ao Superinrendenre da Pesca, queixando-se de que estava sendo caçada demais, e a continuar assim sua espécie desapareceria com prej u ízo geral do meio ambiente e dos usuários. O Superintendente, cm ofício, respondeu à baleia que não podia fazer nada senão recomt:ndar que de duas baleias uma fosse poupada, e esta ganhasse número de regisrro para idenrificar-se. Em face dessa resolução, rodas as baleias providenciaram regisrro, e o obtiveram pela maneira como se obtêm essas coisas, à margem dos regulamentos. O mar ficou coalhado de números, que rabeavam alegremenre, e o esguicho dos ceráceos, formando verdadeiros festivais no alro oceano, dava ideia de imenso jardim explodindo em repuxos, dourados de sol, ou praceados de lua. Um insperor da Superintendência, inrrigado com o faro de que ninguém mais conseguia caçar baleia, pôs-se a examinar os livros e verificou que havia infinidade de números repetidos. Cancelou-se o regisrro, e os funcionários responsáveis pela fraude, jogados ao mar, foram devorados pelas baleias, que passaram a ser caçadas indiscriminadamente. A recomendação inrcrnacional para suspender a caça por rempo indererminado só alcançará duas baleias vivas, escondidas e fantas iadas de rochedo no litoral do Espírito Santo.

15 Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é CORRETO afirmar que a) para o auwr do rexro, as canções e os cantores eram aurores de uma história de fascínio cujas personagens dispucavam as paradas de sucessos, o que se confirmava definitivamenre por meio das classificações das músicas. b) as paradas de sucessos confirmavam ao auror do texto a impressão de que as canções e os cantores eram personagens de uma história de fascínio em que rodos disputavam o papel de sedutor-mor. c) segu ndo as afirmações do tcxro, as canções interpretadas pelos vencedores das paradas de sucessos eram as grandes premiadas exatamcnrc porque eram as preferidas do auror do texro, o que permite a inferência de que já desde pequeno ele apresentava aptidão para a carreira de músico. d) segundo as afirmações do texto, as canções pred iletas do autor do texro eram as grandes premiadas exatamente porque ele acabava sempre gosrando mais das primeiras colocadas, o que permite a inferência de que as tendências apresentadas pela mídia inAuenciam no gosto dos o uvintes. e) segundo o rexro, a fuga ao tédio e aos temores da infância, características marcantes do autor do texto, sobretudo depois que ele ganhou o

16 Levando em consideração as afirmações do rexw e as orientações da gramática normariva rraJicional, é CORRETO afirmar que a) no trecho "A baleia telegrafou ao Superintendente da Pesca", do primeiro parágrafo, o verbo destacado é rransirivo direto e indircro. b) no rrecho "queixando-se de que escava sendo caçada demais", do primeiro parágrafo, o verbo destacado é pronominal, mas o uso do pronome oblíquo não é obrigatório.

402


FLÁVIA RITA COUTINHO SARflJENTO c) no trecho "queixando-se <le que esrava sendo caç;1da demais", <lo primeiro parágrafo, o uso da locução verbal <lt:sracada é inadequado. d) a orac;ão "a conrinuar assim", do primeiro parágrafo, expressa a circunstância de condição e poderia esrar isolada entre vírgulas. e) no trecho "O Supcrimendente, em ofício, respondeu à haleia que não podia fazer nada", do segundo parágrafo, os dois ccrmos destacados não são frutos da regência do mesmo verbo.

grafo, a última ocorrência da vírgula não pode ser trocada por dois pomos, porque haved alteração de sentido do texto original. c) no trecho "o esguicho dos cetáceos, formando verdadeiros festivais no alto oceano, da,·a ideia de imcm.o jardim explodindo cm repuxos, dourados de sol, ou prateados de lua", do terceiro parágrafo, a form:i verbal destacada pode ser Aexionada na terceira pessoa do plural, w m que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico. d) a :icribuiçáo de ações humanas a anim.tis ("A halcía telegrafou ao Superintendente da Pesca"), a resposta fria do Superintendente da pesca e o subterfúgio "à margem dos regulamenws" utilizado pelas baleias podem st.:r considerados, no rcxro, elementos de humor e, ao mesmo tempo, de crítica à burocracia. e) no crecho "Um inspetor da Superinrendência, in1rigado com o faro de que ninguém mais conseguia caçar baleia", do último parágrafo do texco, a palavra destacada pode ser suprimida, de acordo com as orientações da gram;ítica tradicional, por ser meramcnre enfática, sobrewdo quando a oração em que esrá inserida é reduzida de infinirivo.

17 Levando em consideraç:io as afirmações do texto t: as orientações da gramática normariva tradicional, é CORRETO afirmar que o crecho "respondeu à baleia que n:io podia fazer nada senão recomendar que de duas baleias uma fosse poupada" pode ser reescriro da seguinte maneira, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semânrico: a) respondeu a baleia que não podia fazer nada. se não recomendasse que de duas baleias uma fosse poupada. h) respondeu i1 baleia que não podia fazer nada a não ser recomendar que de duas baleias uma fosse poupada. c) respondeu à baleia que não podia fazer nada se não recomendar que de duas baleias uma fosse poupada. d) respondeu a baleia que não podia fazer nada, mas que recomendaria que de duas baleias unu fosse poupada. e) respondeu à baleia que não podia fazer nada. com o senão de recomendar que de duas baleias uma fosse poupada.

19 Levando cm consideração as afirmações d o texto e as oricnrações da gramática normativa tndic ional, é CO RRETO afirmar que a) no trecho "Um inspetor da Superinren<lência, intrigado com o faro de que ninguém mais conseguia caçar baleia, pôs-se a examinar os livros e verificou que havia infinidade de ni'1mcros repetidos'', as regras que justificam a acentuação dos vocábulos destacados sfo, respectivamente, a do acento diferencial e a de accncuaçáo de rodos o!> paroxíronos tt:rminado~ em o. b) o m.:cho "pôs-se a examinar os livros e verificou que havia infinidade de números repetidos'', do último parágrafo, pode ser reescriro da seguinte maneira, sem que ocorra erro g1amatical ou prejuízo semântico: "pôs-se a examinar os livros e verificou que haviam infinidades de nt'1meros repetidos". c) o trecho "Cancelou-se o registro, e os ncion<irios responsáveis pela fraude, jogados ao mar, foram devorados pelas baleias", do t'ilti-

18 Levando em consideração as afirmações do texro t: as orientações da gramática normativa tr:idicional. é CORRETO afirmar que a) no trecho "Em face dessa resolução, toda!> a!> baleia\ providenciaram regi!>rro, e o obtiveram pda maneira como se obtêm essas coisas, à margem dos regulamentos", do terceiro par:ígrafo, a forma verbal desracada está na tt:rct:ira pessoa do plural porque seu sujeiro é o termo "rodas as baleias". b) no trecho "Em face dessa resolução, codal. as baldas providenciaram registro, e o obtiveram pela maneira como se obcêm essas coisas, à margem dos regulamcncos", do terceiro pará-

ru

403


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

mo parágrafo, pode ser reescrito da seguinte maneira , sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico: "Canct:laram-se o registro e os funcionários responsáveis pela fraude, jogados ao mar, foram devorados pelas baleias". d ) no trecho "os funcionários responsáveis pela fraude, jogados ao mar, foram devorados pelas baleias, que passaram a ser caçadas indiscriminadamente", do último parágrafo, a palavra destacada significa "sem discriminação", "sem diferenciação". e) o trecho "A recomendação internacional para suspender a caça por tempo indeterminado só alcançará duas baleias vivas". do t'iltimo parágrafo, pode ser reescrito da si.:guinrc maneira, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semânrico: "A recomendação internacional para suspender a caça por tempo indeterminado, alcançará, apenas, duas baleias vivas". 20

Assinale a :tlrernativa em qui.: rodas as palavras estão acentuadas CORRETAMENTE. a) abóbada - hífens - rt'1brica - \•aivém. b debenture - cênue - jóquei - armazéns. c) avaro - forruito - Auido - maquinaria. d ) colibri - gracuiro - constroem - nú. e) cairmos - arcaico - destroem - juri.

2 1 Em todas as palavras das alrernacivas abaixo, alecra "x" cem som sibilante sonoro, isro é, cem som de "z". Assinale a alcernaciva que concém uma palavra em que a letra "x" não cem o som de "z". a) exagero - exercício - exortar. b ) exaltar - cxércico -inexaurível. c) executar - exílio - inexisrenre. d :1 exequível - êxito - excreção. e) exercer - exorbitar - exonerar. 22 Assinale a alternativa em que rodas as palavras estejam grafadas co rretamente. a) anál ise - :tssessoria - arraso - embelezar- lisonjeiro - vulgarizar - sínrese. b~ abalisado - apaziguar - amorrisar - dramatizar - prazeroso - suspica1. - paralisia. c) caixote - debuxo - enxugar - raxa[ivo - excitador - pecha - brocha - extrangciro. d ) excessáo - excesso - êxito - materializar - mobilisar - vulruoso - evazão.

e) êxito - racionalizar - sensibilisar - vultoso gostosura - decizáo - eULanázia.

23 Cada um dos i[ens abaixo contém rrechos adaptados de textos publicados no jornal O Esr.1do de São Paulo Omp://www.eM:idao.eom.br/econo mia/nor eco 128264,0.lum) de 21 de fevereiro de 2008 Em todos eles, EXCETO em um, foi inrroduzi<lo pelo menos um erro gramatical. Assinale a alrernativa que re!>pcira as regras da gramática normativa tradicional. a) Pela primeira vez, o Brasil, cm suas reserva' inrernacionais, rêm dinheiro suficiente para quitar LOda a dívida externa - pública e priv;lda. O dlculo é do Banco C:enrral e consta de um relatório divulgado nesta quinta-feira. 21, pela insrituição, ressalrando a evolução recente dos indicadores de sustentabilidade cxrcrna do País. b) De acordo com o documcnrn, a projeção do BC. indica que em janeiro as reservas inrerna cionais superaram a dívida externa em USS 4 bilhões. Isso não significa, contudo, quc o País v:í. quitar sua dívida, tampouco a das empre sas, mas csrn condição melhora a credibilidade do Brasil no exterior. O resultado das conta\ exrernas de janeiro será divulgado na próxima semana. e} No documento inrirulado "lndicadorc!> de Sustentabilidade Externa do Brasil, Evoluç.'io Recente", o BC lembra que a posição devedora do Brasil era de USS 165,2 bilhó~ ao final de 2003 Ao longo dos úlrimos quarro anos, o forralccimenco das reservas inrernacionais e o programa de recompra da dívida exrerna c tk antecipação de pagamentos resultaram na redução <lesse monrante. d) Apenas no ano passado, as reservas incernacio na is cresceram 1 10% e chegaram à USS 180..) bilhõcs no final de dezembro. Para o BC. as n: servas apresenraram "evoluç;lo sem precedentes nos últimos anos". Na avaliação da :nnori dade monetária, "o principal fator responsável por essa ampliação foi o supcrávir no mercado cambial, que acumulou USS 150,6 bilhõe/> de 2003 a 2007".

404


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO e) No relarório, o BC avalia que a compra feita pela própria instituição no mercado cambial respeira a política de câmbio fiutuanre. "O u seja, não adicionando volatilidade (oscilação) ao mercado e não definindo pisos nem tendências", eira o documenro. As compras líquidas de dólar fci ras pelo BC alcançou US$ 14 l ,3 hilhões nos últimos cinco anos, dos quais 55,6% apenas cm 2007 24 Assinale a alternativa cm que a Aexão, a concordância e a grafia das formas verbais estejam CORRETAS. a) Se fazer rodas as rarefas rapidarnenre, ao longo do ano letivo, não for sua prioridade, a dedicação de seus pais no pagamento das mensalidades não servirá para nada. b) Parece que não houveram ocorrências relevantes ao longo de mdo o mês passado. Quando os diretores revirem as cstatÍsticas, saberão, portanto, observar esse progresso. e) Se você vir o filme que esrou comentando e ir àquelas regiões onde ele foi fi lmado, ficará encantada com o que evenrualmcnre poder encontrar. d) Não espero que dêem atenção àquelas críticas irresponsáveis, porque eles tem condições de superar as adversidades e trazer muiras conrribuições ao nosso empreendimento. e) Quando, nos períodos mais confusos do ano, você compor a equipe de modo apressado, lê as orientações deixadas na inrranet para que possa obter melhores resulrados.

O objetivo deste Cód igo de Ética é defini r com clareza os princípios éticos que norteiam as ações do Sistema Petrobras e os compromissos de condura do Sistema, tanto da parte institucional como da parte dos seus empregados e empregadas, explicitando o senrido ético de sua Missão, Visão e Plano Esrrarégico . Expressando a busca de coerência enrre o d iscurso e a prática, este Código de Ética apresenra-sc também como um compromisso público do Sistema Pecrobras de fazer valer estes princípios em práticas concretas cotidianas. Assim sendo, o Sistema Perrobras posiciona-se ao lado das melhores práticas de empresas do setor no mercado inrernacional, que se e mpenham pelo desenvolvimento sustentável e comprometem-se em fazer dos e mpreendimentos econômicos iniciari,·as que também promovam o desenvolvimento ambiental, social, culwral e ético das sociedades. Esre compromisso ético levou a Perrobras a conquistar, e m sete mbro de 2006, o direiro de compor o Índice Mundial Dow Jones de Sustenrabilidadc, usado corno paràmetro para análise dos investidores sócio e ambicn rnlmente respons:~veis . Nesse mesmo scnrido , pode ser considerado também uma continuidade da adesão que, em outubro de 2003, a Perrobras fez com relacão aos Princípios do Pacto Global da ONU. Estou certo de q ue a ap resenração pública deste Código de Ética e seu cumprimento conrribuirfto para forralecer uma nova cultura empresarial, volrada para o desenvolvimento sustentável, com responsabilidade social e ambiental, no Brasil e nos países onde o Sistema Petrobras atua. 25 Assinale a alternativa que contenha afirmações coerenres com as apresenradas no texto de José Sergio Gabrielli de Azevedo. , a) Dentre outros aspectos, o Código de Etica da Petrobras se destaca porque, desde sua primeira versão, foi formulado com a participação de seus colaboradores, por meio de um processo participativo e representativo. b) Empresas como a Petrobras acreditam que práticas associadas ao desenvolvimento sustentável e iniciativas que promovem o desenvolvimenro ambiental, social, culrural e ético das sociedades precedem os interesses meramcnrc econôrnicos e a obtenção de lucros.

ATENÇÃO: Para responder às quesrões de 25 a 30, leia o texto abaixo, escrito por José Sergio Gabrielli de Azevedo, Presidente da Petrobras; rrara-se do texto de apresentação do Código de Ética do Sistema Petrobras, disponível no site oficial da Liquigás. O Sistema Petrobras vem a público apresentar seu Cód igo de Ética. A presente versão é resulrado de uma ampla revisão, realizada num processo participativo e represenrativo, que envolveu empregados e empregadas das diversas Unidades do Sistema, cm rodas as regiões do País, em seminários de formação e cm participações por meio eletrônico.

405


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS parce inscicucional como da parce de seus empregados e empregadas". 27 Levando em consic.leraçáo as afirmações do rcxto e as orienrações da gramática normariva tradicional, é CORRETO afirmar que a) a oração "Expressando a bu~ca de coerência entre o discurso e a prática", que abre o terceiro parágrafo, pode ser reescrita, preservando-se o sentido do cexro original, sem que ocorra erro gramatical, da seguinte nuneir;1: "Conquanto expresse a busca d<: coerência entre o discurso e a prárica". h) na oração "Expressando a busca de coerénLia enrre o d iscurso e a pdrica", que abre o tercei ro parágrafo, se a palavra destacada for substicuída por "por", haver;Í intensificação da ideia de empenho ou esforço no aro de buscar. c} no rerceiro par:ígrafo. as palavras "coerência". "prática", "Código", "f:rica", "rambém" e "princípios" foram ,1cenruadas de acordo com a mesma regra. d) a oração "fazer valer esres princípios em práticas concreras cocidianas", do terceiro parágra ío, não pode ser reescrita da seguinrc maneira, de acordo com as regras da gram;írica normativa: "fazer esres princípios valerem em prátiLas concretas coridianas". e) se quisermos. na frase "fazer valer esres princípios em práticas concretas coridianas". do terceiro parágrafo, substituir o rermo destacado por pronome, utilizaremos, obrigaroriamence, um pronome pessoal do caso reto, já tjUe o termo exerce a íunção <.k sujeito da segunda oração.

c) Por meio do Código de Écica do Sisrema Perrobras, aspira-se à coerência encre discurso e prárica; o documento é um compromisso público do Sisrema Perrobras, por mais que revele a vontade da corporação cm fazer valer estes princípios cm práricas concreras coridianas. d; O dirciro de compor o Índice Mundial Dow Jones de Susrenrabilicladc e a adesão da Perrobras, em ourubro de 2003. aos Princípios do Pacco Global da ONU são indicadores claros de seu compromisso com valores como a responsabilidade social e ambienral. e) A publicação da mais nova versão do Código de Ética do Sisrema Pcrrobras faz que a empresa seja líder no q uc d i1. respeiro às mel horcs práricas de empresas do seror no mercado inrernacional .

26 Levando em consideração as afirmações do rexro e lS orienrações da gramática normati\•a cradicio1ul, é CORRETO afirmar que a) a oração "A presenre versão é resulrado de uma ampla revisão", do primeiro parágrafo, pode ser reescrita, preservando-se o sentido do rcxro original, sem que ocorra erro gramatical, da seguinre maneira: "A presenre versão é resulrado de ampla revisão". b) no trecho "realizada num processo parriciparivo e reprcscnrarivo, ~ envolveu empregados e empregadas das diversas Unidades do Sisrcma", do primeiro par:ígrafo, o pronome desracado refere-se ao aposto que o anrecede. e) no rrecho "O objerivo dcsrc Código de Ética é definir com clareza os princípios écicos", do segundo parágrafo, o rermo sublinhado, segundo a gramática normariva, deveria ser substicuído por "desse". d) o trecho "definir com clareza os princípios éticos que norreiam as ações do Sistema Perrobras", do segundo parágrafo, pode ser reescriro, preservando se o sentido do cexro original, sem que ocorra erro gramatical, da seguinre maneira: "definir com clareza os princípios éticos, c.1ue norteiam as ações do Sistema Pctrobras". e) o rrecho "ranro <la parrc institucional como da pane dos seus empregados e empregadas", do segundo parágrafo, sofrerá alteração de senrido se fo r reescriro da seguinre maneira: ''canro da

28 Levando em consideração as afirmações do texw e as orientações da gram.ítica normativa tradicional, é CORRETO afirmar que a) na oração "que se empenham pelo desenvolvimento sustentável e comprometem-se cm fa7er dos empreendimentos econômicos", do quarto parágrafo, os verbos destacados são pronominais, mas a supressão dos pronomes não red implicações semânricas. b) na oração "que se empenham pelo desenvolvimenro sustentável e ç_9.mpromecem-se em fazer dos emprccndimenros econômicos'·, do quarro

406


FLAVIA RITA COUTINHO SARM ENTO parágrafo, as formas verbais destacadas fo ram Aexionadas no plural de acordo com o termo "melhores práticas", ancecedenre do pronome relativo "que". c) o m~cho "comprometem-se e m fazer dos empreendimenros econôm icos iniciativas que também promovam o desenvolvimemo ambicnral'', do quarro parágrafo, pode ser reescrico, preservando-se o scnrido do texro original, sem que ocorra erro gramatical, da scguince maneira: "comprometem-se cm faze r que os empreendimentos cconômicos sejam iniciativas que também promovam o desenvolvimento ambiental". <l) o trecho "Este compromisso ético levou a Pctrobras a conquisrar, em setembro de 2006, o direito de compor o Índice Mundial Dow }011es'', do quarto parágrafo, pode ser reescrito, preservando-se o scncido do texto original, sem que ocorra erro gramatical, da seguinte maneira: "Este compromisso ético levou a Pctrobras a conquista, em setembro de 2006, do direiro <le compor o Índice Mundia l Dow }011es''. e) nos crechos "promovam o desenvolvimento ambiental, social, cultural e ético das sociedades" e "parâmetro para análise dos investidores sócio e ambientalmente responsáveis", do quarro parágrafo, as palavras desracadas são adjetivos.

c) a locução verbal " pode ser considerado", que está na voz passiva anal írica, pode ser fl exionada, sem q ue ocorra erro gramarical , preservando-se o semido do texro o riginal , na voz passiva sintética: "pode considerar-se". d) a expressão "Nesse mesmo sen tido" alude ao "desenvolvimenro arnbiental, social, culru ral e ético das sociedades", do primeiro perío do do quarto parágrafo. e) o fragmento final " uma continuidade (... ) Princípios do Pacro Global da ONLr" pode ser reescrito, sem que ocorra erro g ramatical, preservando-se o sen tido do rcxto original, da seguinte maneira: "uma conrinuidade da adesão da Perrobras, em outubro de 2003, aos Princípios do Pacro Global da ONU".

30 Levando em consideração as afirmações do rexro e as orienraçóes da gramárica normativa tradicional, é CORRETO afirmar que a) no trecho "Esrou cerro de que a apresentação públ ica desre Código de Érica", do último parágrafo, a supressão da palavra desracada é recomendada pelos gramáricos, já q ue, sem essa preposição, não h;i mudança do sentido do rexco. b) no último parágrafo, a urilização da primeira pessoa do singular na primeira oração enfraquece a argumentação aprcsenrada pelo auwr, porque é proibido pela gramática o uso da primeira pessoa do singular cm rexros argu mentativos. c) no trecho "no Brasil e nos países onde o Sistema Petrobras arua'', o pronome reladvo desracado pode ser trocado, sem que ocorra erro gramatical, preservando-se o sentido do texro origi nal, por "em que". d) no trecho "Escou certo de que a apresencaçáo pública deste Código de Ética e seu curnprimenro" é possível, de acordo com a gramática normativa, incluir uma vírgula depois do termo destacado. e) no trecho "Esrou certo de que a apresenração pública desre Código de Ética e seu c umprimento contribuirão para fortalecer uma nova cultura" é possível, de acordo com a gramática normativa, incluir uma vírgula a nres do termo desracado.

29 Levando em consideração o texto como um todo e as oricnraçóes da gramática normadva trad icional, a respeiro do seguinte período, o último do quarro parágrafo: "Nesse mesmo sencido, pode ser considerado também uma continuidade da adesão que, cm outubro de 2003, a Pctrobras fez com relação aos Princípios do Pacco Global da ONU .", é CORRETO afi rma r que a) a locuçáo verbal "pode ser considerado" deveria ter sido flexionada, de acordo com a coerência do texto, da segui me maneira: "pode ser considerada". b) a locução verbal "pode ser considerad o" está Acxionada de acordo com o antecedente "parâmetro para análise dos investidores sócio e ambienralmcnrc responsáveis", do período anterior.

407


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

ATENÇÃO: Leia o texto abaixo, excraído do livro A crtbeça do brmiLeiro, <le AJbcrro Carlos Almeida, para responder às q ucscões de 31 a 36. Exiscc dcscino e grande parte dele escá nas mãos de Deus. Somente a família é confiável. Se o governo não faz a pane dele, então não há por que fazer a sua parte. Essas frases expressam fatalismo, uma visão familista e falca de espírico pt'1blico. Caracceríscicas que já foram idencificadas por cientiscas sociais como acributos marcantes nas sociedades mediterrâneas e ibéricas. No caso do Brasil, apesar da misrura de raças, o país é, com certeza., uma invenção portuguesa. E, como tal, herdou o fatalismo religioso de origem católica, a noção de importância <la família nas relações sociais e a ideia de que o espaço público não é de ninguém. Essas concepções também povoam nossas incerprecações sobre a scciedade. Há grande contraste com a matriz social anglo-saxã de origem protesrnnre. A predestinação caJvinista fez com que povos como o norte-americano agissem no mundo por meio do trabalho. Nos países anglo-saxões, o indivíduo tudo pode, principalmente quando em associação com outros indivíduos. Sua extrema mobilidade geográfica só é possível porque os laços familiares, quando compa rados a outras relações de confiança, não são demasiado forcc:s. Nesses países, a palavra communicy cem um significado bem diference da noss,1 "comunidade", muitas vezes eufemismo para favela ou área de moradias populares. Community, para os anglo-saxões, é um espaço sobre o qual todos têm responsabilidade. Tais noções, que podem ser atribuídas ao molde religioso - católico versus protestante-, podem também ser associadas ao esforço educacional. Nesse sentido, os anglo-saxões empreenderam uma das maiores mobilizações sócio-religiosas de que se rem notícia. Segundo versões massificadas da teologia protescanre, a ignorância é obra do demónio, é prima-irmã de Satanás. Em sociedades pouco escolarizadas, ao contrário. é onde se encontram mais frequentemente fatalistas avessos à noção republicana de espaço público. É o que acontece no Brasil, onde essa é a visão dominante entre a população: simplesmente 1/3 dos adultos acred ita que Deus dccíde o destino dos homens, sem espaço para a mão humana.

Esse contingcnre, somado aos 28% que acham que, apesar do destino estar nas mãos de Deus, o homem cem uma pequena capacidade de modificá-lo, resulta que 60% da população acreditam que grande pane do que acontece com os homens está fora de seu controle. No extremo oposto, apenas 14 % da população adul ra brasileira acre<lirnm que não há nenhum desígnio além da capacidade humana de definir sua própria vida. (ALMEIDA. Alberto Ctrlos.

A cabeça do brasileiro. Rio de Janeiro: Record, 200~)

31 Levando cm consideração as aflrmações do cexw e as orientações da gramática normaciva tradicio nal, é CORRETO afirmar que a) no período "Exisce desdno e grande parte dde está nas mãos de Deus", do primeiro parágrafo, é proibida a utilização de uma vírgula de· pois do termo "destino". b) no período "Se o governo não foz a pane dele, então não há por que fuer a sua parte", do primeiro parágrafo, a palavra sublinhada náo pode ser trocada por "já que", porque, com essa substi1uição, perder-se-ia o sentido do cexro original. c) as afirmações dos três períodos do primeiro pa rágrafo expressam o ponto de visra defendido pelo autor ao longo de rodo o fragmento de texto. d) o último período do primeiro parágrafo, sem que se altere o senrido do texto original e sem qw.: ocorra erro gramatical, pode ser reescrito da seguinte maneira: "Tratam-se de caracterísricas que já foram idencifica<las.. .''. e) o t'ilrimo período do primeiro parágrafo, sem que se altere o sentido do texto original e sem que ocorra erro gramatical, pode ser reescrito da seguinte maneira: "Cienciscas sociais j~í. identificaram essas características como atriburos marcanccs nas sociedades mediterrâneas e ibéricas". 32 Levando cm consideração as allrmaçóes do texto e as orientações da gram:ítica normativa cradicionaJ, é CORRETO afirmar que

408


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO •1) o fragmc.:nro "No ca!>O do Brasil, apesar da misrura de raças", do início d o segundo parágrafo, pode ser reescriro, sem que ocorra erro gramarical, preservando-se o sentido do tcxco original, por: "No caso do Brasil, apesar de haverem raça misruradas". b) st:gundo as afirmações apresentadas pelo autor no \egundo parágrafo, no Brasil, ocorrem o foralismo rdigioso carólico, a visão familista e a falia de espíriro público devido à herança po rr uguesa. c) o fragmento "a ideia de que o espaço público nao é d e ninguém " pode ser reescrico, sem que ocorra erro gramatical , preservando-se o sentido do cc.:xco original, por: "a ideia do espaço pt'1blico não ser de ninguém ". cl) na oração "Há grande contraste com a matriz

e) na oração "Tais noções, que podem ser arribuídas ao molde religioso - carólico versus protestanre -, podem rambém ser associadas", do quarro par.ígrafo, é incorrero o uso da vírgula após a segunda ocorrê ncia do travessão. 34

social anglo-saxã de origem protesrance", do início do terceiro parágrafo, o termo sublinhado é sujeito, o que levou o verbo "haver" à terceira pc.:ssoa do singular. t:) na or.1ç.10 "A predestinação calvinisra fez com que po\'os como o norre-americano agissem no mundo", do terceiro parágrafo, a palavra sublinhada não pode ser suprimida, sem que ocorra c.:rro gramarical. 33 Levando cm consideração as afi rmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é CORRETO afirmar que a) na oração "Nos países anglo-saxões, o indivíduo tudo pode", do terceiro parágrafo, devido à inversiio d os termos da oração, deve ria haver uma vírgu la depois do termo destacado. b) segundo o au to r do texto, no terceiro parágrafo, os laços aícrivos dos anglo-saxões são tão fr,ígeis que, enrre esses povos, a mobilidade gt:ogr.ífica é encarada como indício de falta de fatalismo. c) uma inferência possível a parrir das afirmações do terceiro par•ígrafo é a de que a diferença de significado entre community e comunidade é reveladora de diferenças culturais de brasileiros e povos anglo-saxões. d) a expressfo "Tais noções", do início do quarto partígrafo, n:íere-se ao faral ismo rei igioso católico, à visão fom ilista e à falta de espírico público.

Le\'ando cm consideração as afirmações do texto e as orienrações <la gra mática normativa nadicional, é CORRETO afi rmar que a) a oração "Tais noções, que podem ser atribuídas ao molde religioso - catól ico versus protestante , podem também ser associadas", do quano parágrafo, pode ser reescrita, sem que ocorra e rro g ramatical, preservando-se o senrido do texto origi nal, da seguinre maneira: "Essas noções que podem ser arribuídas ao molde religioso - católico versus protestamc - podem também ser associadas". b) na oração "os anglo-saxões empreenderam uma das maiores mobilizações sócio-re.ig iosas de que se cem notícia'', do quarro parágrafo, a palavra destacada tem sido grafada, nos dicion;irios, da segu ince maneira: sociorrclig1osas. c) na oração "os anglo-saxões empreenderam uma das maiores mobilizações sócio-re ig iosas de que se rcm notícia", do guarro parágrafo, a forma verbal desracada deveria ter sido Aexionada no plural: " rêm ". <l) no fragmenro "Em sociedades pouco escolarizadas, ao contrário, é onde se encontram mais frequen temente fatalisras avessos à noção republicana de espaço público", do quimo parágrafo, a supressão da expressão sublinhada, mesmo com o pronome "se" em posição enclírica, prejudicaria sensivelmente o sentido do texto o riginal e resultaria em e rro gramatical. e) a oração "é o nde se encontram mais frequentemente fatalistas avessos à noção repu blicana de espaço pi'.1blico", do quinto parágrafo, pode ser reescrira, sem que ocorra erro gramatical, preservando-se o senrido do rexro original, da seguinte maneira: "é onde mais frequememente são encontrados faralisras avessos à noções republicanas de espaço público".

35 Levando cm consideração as afi rmações d o rexro e as orientações da gramática normativa tradicional, é CORRETO afirmar que

409


PORTUG U ~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

a) no rrecho "É Q que acontece no Brasil, onde essa é a visão dominante encre a população", do quimo parágrafo, as palavras sublinhadas tem a mesma função sintárica e pertencem à mesma classe gramatical. b) no trecho "simplesmente 113 dos adultos acredita que Deus decide o destino dos homens", do quinto parágrafo, o verbo destacado é transirivo indi rero. c) o início do primeiro pe ríodo do sexro parágrafo pode ser redigido da seguinte maneira, preservando-se o sencido do rexto original e respeirando as regras gramaticais: "A soma desse concingence aos 28% que acham que - apesar do destino estar nas mãos de Deus - o homem cem uma pequena capacidade de modifid-lo resulta que ... " dj o início do primeiro período d o sexro parágrafo pode ser redigido da seguinre maneira, preservando-se o sentido do rexro origina l e respeitando as regras gramaricais: "A soma desse conringence aos 28% que acham que apesar de o destino estar nas mãos de Deus - o homem tem uma pequena capacidade de modificá-lo resulta que... " e) nos crechos "60% da população acreditam" e "apenas 14% da população adulta brasileira acredi tam", é proibida a Aexão das formas verbais destacadas no singular.

a importância da educação na sociedade, meno r será o número de indivíduos faralisras. d) a comparação emre sociedades medirerrâneas e ibéricas, de um lado, e anglo-saxãs, de ourro, é fundamenral para a compreensão do texro, cuja finalidade é persuadir o leitor de que é preciso fugir às raízes mediterrâneas e ibéricas para que o Brasi l se modernize. e) a função da comparação enrre sociedades mediterrâneas e ibéricas, de um lado, e anglo-saxás, de outro, é apenas valorizar rraços culturais autenricamcnrc brasileiros. Em outras palavras, o autor admira a marriz cultural nacional, apesar de ver nela algumas consequências nefasras. 37 Cada um dos irens abaixo conrém trechos adaptados de rexros publicados no site oficial da Liquigás. Em rodos eles, exceto em um, foi imroduzido pelo menos um erro gramarical. Assinale a alrernariva que respeira as regras da gramática no rmativa tradicional. a) O projeto EAuenrc Zero é uma das iniciativas estratégicas da Gerência Geral de Saúde, Meio Ambicncc e Segurança (GGSMS), e tem, como finalidade elim inar o descarre no ambienre dos eA uenres gerados nas atividades dos Centros Operativos da Liquigás. b) A implanração de sistemas de rraramento capazes de gerar água com a qualidade requerida para reuso no próprio processo produtivo é o princípio desse projero inovador, cuja irnporrância para o meio ambiente é indiscutível. e) O reaproveitamento da água rratada nos processos inrernos e a ausência de dcscarre no ambiente traz dois grandes benefícios no aspecro ambienral: contribui para a prevenção da poluição e para a redução da captação de água, preservando os recursos naturais. d) A prime ira fase do projero consisriu da definição das direrrizcs e da implanração de dois pilotos cm Naral e Cascavel. Com a conclusão desses dois piloros e a comprovação do bom funcionamenco do sisrema, GGSMS iniciou a elaboração de um projero capaz de subsidiar ~1 implanração nos demais Cenrros Operativos. e) O projeto EAuenre Zero, consolida a posição da Liquigás como uma empresa socialmente e ambic ncalmeme responsável, agregando a

36 A respeiro do fragmento do cexro de Alberro Carlos Almeida, é CORRETO afirmar que a) o fa talismo, a visão familisra e a falra de espíriro público são características ineremes ao povo brasileiro que, apesar de gerarem alguns problemas, corno a falra de responsabilidade de nossa popu lação pelo espaço coletivo, não pode m ser mudadas. b) a marriz social anglo-saxã, de origem proresranre, e a predes tinação calvinista foram fundamentais para que os povos anglo-saxões, especialmente os norreamericanos, valorizassem o trabalho e rejeirasscrn os laços fami liares. o que lhes deu mobilidade geográfica notável. c) a comparação entre sociedades medi rerrâneas e ibéricas, de um lado, e anglo-saxãs, de ou tro, revela que há a seguinte correlação entre valorização da educação e fatalismo: quanro maior

470


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO preservação ambiental à melhoria da eficiência operational da Companhia.

a) nas orações "ao deixar o merrô por <·ngano numa estação azul igual 11 <leia, com um nome semclhancc à estação da casa dela" e "porque a professora me pediu para repetir a sentença", os termos sublinhados não se referem à '11esma personagem. b) na oração "ao deixar o merrô por rng:rno nu ma estação azul igual !1 dela", o uso do accnro grave no termo destacado se deve ~ rusão de preposição regida por verbo com um arrigo definido. c) a leitura do texto permite inferir que a frase "aí estou chegando quase" foi proferida, durame conversa releíônica, pelo narrador e cm língua porruguesa, o que causou esrranhcza à professora. d) para a rradiçáo gramacical, a regência do verbo "pedir", na frase "porque a professora me pediu p:ira reperir a scnccnça" é viciosa. e) nas duas ocorrências nas frases "a professora me pediu para repetir a sentença" e "/\o me ver à sua porra reve novo acesso", o pronome destacado exerce a mesma função sinc:íc ca.

ATENÇÃO: Para responder :is questões 38 e 39, leia o primeiro padgrafo do romance Burlnpeste, de Chico Buarque. Devia ser proibido debochar de quem se aventura cm língua estrangeira. Cerca manhã, ao deixar o metrô por engano numa estação awl igual à dela, com um nome semclhancc à escação da casa dela, telefonei da rua e disse: aí escou chegando quase. Desconfiei na mesma hora que tinha falado beMeira, porque a proÍessora 1rn: pediu para repetir a scmcnça . Aí esrou chegando quase ... havia provavelmente algum problema com a palavra quase. Só que, em vez de apontar o erro, da me feL repeti-lo, repeti-lo, repeti-lo, depois caiu numa garg.tlhada que me levou a bater o fone. Ao me ver à sua porta teve novo acesso, e quanro mais prendia o riso na boca, mais se sacudia de rir com o corpo inteiro. Disse enfim ter entendido que eu chegaria pouco a pouco. primeiro o nariz, depois uma orelha. depois um joelho, e a piada nem tinha essa graça toda. T amo é \'crdade que Kriska ficou meio triste e, 5Cm saber pedir desculpas. roçou com a ponta dos dedos meus lábios crêmulos. Hoje porém posso dizer que falo o húngaro com perfeiçáo, ou quase. Quando de noite começo a murmurar sozinho. a suspeita de um ligeiríssimo soraquc aqui e ali muiro me aflige. Nos ambientes que frequento, onde discorro em voz alta sobre cemas nacionais, emprego verbos raros e corrijo pessoas culras, um súbiro acento estranho seria des:istroso. Para rirar a cisma, só posso recorrer a Krisb, que rampouco é muiro confi:í.vcl; a fim de mt: segurar ali comendo cm sua mão. como calvez deseje, sempre me negada liltima migalha. Ainda assim. volta e meia lhe pergunro cm segredo: perdi o soraque? Tinhosa. ela responde: pouco a pouco. primeiro o nariz, depois uma ordha... E morre dt: rir. depois se arrepende, passa as mãos no meu pescoço e por aí vai.

39 Levando cm consideração as afirmações do texto e as orientações da gram:írica normativa tradicional. é corret0 afirmar que :i) na frase "Hoje porém posso dizer que folo o húngaro com perfeição", é proibido que a conjunção destacada seja isolada por vírgulas. b) na frasc "Nos ambientes que frequerro", o pronome relativo destacado deveria tl'í sido antecedido pela preposição "cm". c) a frase "roçou com a ponra dos dedos meus U.bios trêmulos'' estará inadequada gramaricalmcnrc e fugirá ao sentido do rexco orig nal, se for reescrita da seguinte maneira: "roçou-me os l:íbios rrêmulos com a ponta dos dedos". d) as frases "comendo cm sua mão" e "sem;>rc me ncgar:í a última migalha", podem ser entendidas. rcspectivamenre, como "dependendo das lições <leia" e "sempre me negará uma explicação definitiva". e) no rrccho "sempre m e negará a úlrima migalha. Ainda assim, volta e meia lhe pergunro", os pronomes desracados não exercem a mesma função sincática.

(BUA RQUE. Chico. B11d11peste. São Paulo: Companhia dns Letrns, 2003) 38 Levando cm consideração as afirmações do texro e as orientações da gram;ilica normariva tradicional. é CORRETO afirn1.ir que

411


PORTLGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

ATENÇÃO: Lda o rcxco com arençáo e responda :1s q uesróes 40 a 44. Vigiar e punir N::. França, como na maior parte dos países wropeus - com a norávcl exceção da Inglaterra - rodo o p roce~o crim inal, até à scm ença, permanecia secreto: o u seja, opaco não só para o pi'1b lico, mas para o próp rio acusado . O processo se desenrolava sem ele, ou pelo menos sem que ele pudesse conhecer a acusação, as imputações, os depoimentos, as provas. a ordem da justiça c rim inal, o saber era privilégio absoluro da acusação. "O mais d iligente e o mais sccrcramemc que se puder fazer", d izia, a respeito da instrução, o ediro de 1498 De acordo com a ordenação de 1670, que resumia, e cm alguns pontos reforçava, a severidade da época prcccdenre, era impossível ao acusado ter acesso às peçJs do processo, impossível conhecer a identidade dos de n u nciadores, impossível saber o sentido dos depoimenros am es de recusar as testemunh as, impossível faze r valer, aré os últimos momenros do processo, os faros justi ficativos, impossível ter um advogado, seja p2ra verificar a regularidade do processo, seja para participar da defesa. Por seu lado, o magistrado tinha o d ireito de receber denúncias anônimas, de esconder ao acusado a na ru reza da cau~a, de interrogá-lo de maneira capciosa, d e usar insin uações. E le constituía, sozi n ho e com pleno poder, urna verdade com a qual investia o acusado; e essa verdade, os juízes a recebiam pronra, sob a forma de peças e de relatórios escricos; para eles, esses documenros sozinhos comprovavam; só enconrravam o acusado uma vez para inrerrog~i-lo anres de d ar a sen tença. A fo rma secreta e escrita do p rocesso con fo re com p rincíp io de que cm macéria crimiral o esrabelecimenro da verdade era para o soberano e seus juízes um di reito absoluto e um poder exclus vo. Ayrault supunha que esse procedimento (j;Í estabelecido no que range ao essencial no século XVI) t inha por o rigem o med o d os tu nw lros, das gritarias e aclamações q ue o povo no rmalmente faz, o medo de que houvesse desordem, violC:ncia e impecuosidade conrra as parces, talvez até mesmo contra os juízes; o rei queria mostrar com isso que a "força soberana" de que se origina o d irciro de punir não pode em caso algu m pertencer à " mul ridáo". D iante d a justiça do soberan o, rndas as vozes devem se calar. (Michel Fo11ca11/1)

40 Michd Foucaulc, pensador e episcemólogo fran cês concernpo râneo, nesse trecho de sua obra Vigiar e Punir, trata a) do julgamenro da consciência histórica da dvilização. b) do direito penal, na atualidade, obedecendo aos princípios do respeito ~ pessoa e liberdade humana. c) da legislação penal utilizada no julgamento de acusados em passado remoro aré a arualidade. d) da an:ílise da justiça criminal, do sisrcma judici~irio e ~cus meios coercicivos de julgamcnw em sécu los passados. e) da preocupação das autoridades judiciárias no passado cm considerar com polidez e senso humanir:írio os criminosos.

41 No período hisrórico abordado, o processo crimin:i l era tratado secretamenre. Isso queria dizer q ue a) a 1nglatcrra não aderira a esse estilo de processo por ser secrero. b) era direito dos advogados de defesa cerem acesso às acusações. c) a matéria criminal era um direito de exclusividade do soberano e dos juízes. d) somenrc o soberano e os juízes poderiam fazei uso de seus poderes para mostrar ao povo o desenrolar dos processos criminais. e) o acusado cinha seus direitos preservados porque sua privacidade não era exposta.

42 No úlcimo rrecho, que diz "Diance da justiça do soberano, rodas as vozes devem se calar.", entende-se que a) o dirciro de punir pertencia ao soberano e nao à "multidão". b) Ayraul t tinha medo de tumu lro, inclmive do soberano contra ele. c) imaginária I rclarivo ao taco. d) a transparência da jmtiça adorada pelo sobe· rano fazia com que houvesse respeiro por sua pessoa. e) o d ireito de punir pertencia tão somente aos juízes.

472


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO 43 No m:cho "O mais diligen te e o mais secretamente que se puder fazer", dizia, a respeiro da instrução, o edito de 1498", os termos destacados significam a) dpic.lo / jornal. b) milirar / rcvisra. e) processual/ publicirário. d) punirivo / csrudioso. e) zeloso / decreto.

c) o/ - /a d) ao/ a/ à e) o Ia Ia

48 Assinale a alternariva CORRETA quanto à concordância verbal. a) Deu quacro horas. b) É zero hora cm Piracicaba. c) O bando de moleques picharam a fach ada da escola. d) Mais de uma abelha picaram o rosco do garoto. e) Vende-se vários imóveis.

44 No trecho "Na ordem da jusriça criminal, o saber era privilégio absoluto da acusação", significa que a) o acusado rinha direito de defesa. b) o acusado Linha acesso às acusações e provas, encrc oucros. c) a acusação tinha acesso à forma secreta do processo. d) a mulcidáo praricava sabiamente a acusação. e) a mulcidáo, os juízes e o soberano podiam praticar acusações.

49 Escolha a altcrnariva que preenche respectivam cnte os espaços <la frase: "Ela tiu do projeto. Trouxe de desistência. " a) mesma - inclusas b) mesma - inclusa e:) mesma - incluso d) mesmo - inclusas e) mesmo - inclusa

45 Assinale a altcrnaciva cm que rodas as palavras eMejam accncuadas CORRETAMENTE e que seguem <1 mesma regra de acentuação da palavra

desisas cópias

50 Assinale a alternativa que apresenta o uso COR-

ºsaída".

RETO <lo pronome . a) Logo ao chegar, cumprimencou-lhe pela vitória. b) Forçou a visão, mas não avisrou-o mais. c) Nunca lhe ocorrera uma sorte ráo grande. d) Me comunicaram a chegada do navio onrcm. e) Você ven ha logo, que te conco o que ocorreu.

•1) s.n'1dc - rainha - egoísmo b) moído - bai'1 - Iraú e) saída - rci'1ne - próron d) faísca - vôo - crê

e) dérron - juiz - ímá

46 Preencha as lacunas e assinale a alternativa correta:

muiws dias que não chove. _ muiras fruras no pomar." a) Faz, / Há b) Faz/ l laviam c) Fazem / l lavia cl) Fazem I Haviam e) Fazem I 1lá

47 Identifique a alcernativa que completa corretamente a frase quanto à regência verbal. "Sr. Vicente aspira Para canto, ele assim: cias. Ele visa diata. a) o/ a/ à b) ao/ - /à

GABARITO li) 1< .11 1.1:\ llC l!I

cargo de advogado. rodas as audiênpromoção ime-

413

IA

SE

68

1c

88

9C

IOE !OC

H(

1511

16D

1 11

18D

l'JD

!ID

.?.?,.\

!.W

!·lo\

251>

2M

.~r'B

28C

29E

IOC

.llE

\2[\

.HC

.l·lll

.1m

3(,C

rn

380

390

400

·llC

1.?,\

1.lf

HC

·l~ll

4(,A

,170

18fl

49A

50C

1


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS c) rnanrcr a ideia de cempo, substicuindo "ao mulriplicar" por mulriplicando. d) incluir o leiror na argumentação, substicuinJo "se pensa" por pensamo:.. e) !>ubstituir "rcm que" por "rem de", escrevendo tem de ser feiro.

QUESTÕES DA ESAF

ATENÇÃO: Considere o cexto abaixo para responder às questões 1 e 2.

Encreviscador - O que ca racceriza o capitalismo brasileiro acual , que explica os rumos que ele vem comando desde a crise financeira internacional em 2008? Lad islau Dowbor- O capiralismo brasileiro descobriu o mercado incerno e a impo rcância de responder às necessidades inccrnas do país. O segundo eixo é que ele descobriu que nós não podemos explorar indefinidamente os recursos naturais sem prejudicar a suscenrabilidade a médio e longo prazo. Essa cornada de co nsciência na área do grande cap ital, de que há necessidades da popu lação insacisfeiras - e isso pode ser um problema, mas pode ser uma oportunidade cm rermos de expansão de fronceiras -, e a cornada de consciência da problemática ambiental são os principais eixos de mudança. É lógico do ponro de vista do capiralisra individual pensar que o aumenco do salário mínimo tornará a mão de obra mais cara. Só que, ao multiplicar em rodas as empresas essa aricude, não ceremos desenvolvimento do mercado in terno e codo mundo enrra l!m crise. Quando se pensa fora de uma unidade em presarial, encendernos que esse aumenco do salário mínimo e dos direicos sociais gera capacidade de compra por pane dos trabalhadores. E essa capacidade de compra dinamiza o mercado. Todos vão poder produzir ma is. É juscamente esse o "casamenco estranho" que as pessoas não imaginavam, de que ajudar a pane de baixo da sociedade também ajuda na parre de cima. Entendemos que remos que general izar o bem-estar para roda a sociedade e não só para alguns. E isso cem que ser feiro de maneira sustentável.

pnmeiro eixo

segundo eixo

a)

Descoberta de que o modelo cap1tahsta atende às necessidades 111dMdurus e coletivas do país.

Descoberta de mecan1Smos econõm1cos que tornam possível explorar os vastos recursos natlI"ats bras1le1ros

b)

Utilização da lógica do ponto de V1Sta ind1V1dual e empresanal para con!rolar os salários e os dirertos soaais.

Utilização da lógica do ponto de Vista coletivo e social para aumentar os salános e o poder de compra dos trabalhadores

c) Reconhecimento

de que o atual modelo dá importância apenas às necessidades mtemas do país individuais da população

Reconheomento de que a expansão de fronteiras ena necessidades para a população que o grande capital não satisfaz.

d)

Necessidade de o capital interno generalizar o bem estar tanto para as camadas de baixo como para a parte de cima da sociedade. Dinamização do mercado por meio de revitalização do grande caprtal, valorizando a produção e o poder de compra das camadas de baixo da SOciedade.

Necessidade de expioração consaente dos recursos naturais em prol da valorízação do homem e não do caprtal

e)

(Adaptado da entrevista de Ladislau Dowbor a !HU On-line. http://www. ih11onli11e. unisinos. br acesso em 20 de outubro de 201 O)

1

A argurnencaçáo do cexto se organiza como uma "tomada de consciência"(L.11) em rorno de dois eixos; assinale a opção que caracreriza, RESPECTIVAMENTE, esses dois eixos.

2

Provoca-se ERRO gramatical e, consequente-menre, incoerência texcual ao a;1 rornar a ideia indeterminada pelo pronome se, escrevendo tornar-se-á, em lugar de "remará" . b) enfarizar as relações de coesão, inserindo a antes de "de que há".

3

Dinamização do caprtal interno por meio da valorização do mercado e do setor de produção, para atender às necessidades da população de modo generalizado.

Analise os seguinres rrechos cranscritos e adapcados do Correio Braziliense, de 21 de outubro de 20 1O, quanro à correção gramarical. l. Assim como ocorreu na 1511 Conferência das Partes sobre Mudanças Climdtictts, na Din amarca a questão econômica cornou-se o centro das discussões na I Oª Conferéncia das Partes sobre Diversidade Biológica, no Ja-

pão. O escabclccimenrn de novas meras de

414


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO preservação das espécies pode não seguir a diante devido a impasse que coloca em confronro cnrre os países cm desenvolvimento - o~ donos de grandes reservas narnrais - e as nações ricas. II. O primeiro grupo, tendo o Brasil como líder, defende a adoção de compensações flnanceirns pagas pelos países indusrrializados devido ao uso da biodiversidade. Uma das tcncativas de flexibilizar ::i posição dos países foi .1 divulgação do relatório A Economi11 dos Erossisremm de 8iodi1 ersid11de. O documenro mostra que preservar o meio ambiente pode :;cr economicamente rentável. lll. De acordo com esse estudo, é preciso que os tomadores de decisão levem em conta o que seí<Í gasto no futuro por causa dos problemas ambientais, como a extinção de espécies c o aquecimento global. Isso pode redeflnir os atuais padrões econômicos e iniciar uma nova era, na qual o valor dos serviços da narureza passa a ser visível e se coma um::i pane crítica da cornada de decisões na polírica e na~ empresas. 1

Na transcrição, manreve-M: o respeito à correç<lo gramaeical e ;, coerência textual apenas em a) l b) l e 11 c) 11 d) ll e 111 e) 111 4

Assinale a opção segundo a qual provoca-se INCOERÊNCIA entre os argumentos e/ou INCORREÇÃO gramatical ao fazer a alteraçáo sugerida na ponruaçáo do texto.

A institucionalização de.: alguns aspecros mora is da sociedade é capaz de transformar complecamente uma sociedade, é faro. Transformar cercas atitudes e preceit0s cm ll<ibiros nos leva ao passo contrário do questionamento e da capacidade de reinventar o cocidiano. Por aqui, potencializou-se no decorrer dos anos a necessidade de ostentação. Patrimônio no Brasil se compreende como quanros carros, móveis e imóveis se possui. Pior, o brasilci-

ro quer possuir esses bens aind::i que seus pagamenios sejam arrasrndos durante anos, num ciclo completamente automa[izado. Isso não é construir patri'Tlôn io. Pense que essa cscracégia envolve diversos cuscos e que, para manter cal raciocínio vicioso, você precisará esrar sempre se vendo assalariado ou com uma fonte flxa de renda. Não !.OU contra o emprego, sou contra a acomodação. Onde flca a qualidade de vida? Seu maior parrimônio é você mesmo. Qualidade de vida é rer o que você merece, mas também ter responsabilidade e preparo para poder lurar pelo que merece. Qualidade de vida é gasrar seu dinhei o com você, desde.: que você não entre cm conflito co 11 você mesmo.

(Adaptado de Conrado Navrirro. /;;aucaçáo fi111111reira e qualid11de tle 11id11. http:lldinheirama.com/blog/2007109119/editettmo-jinrmceira-e-qualidadede- vida, acesso em 20 dt• outubro de 2010) a) Reescrever o final do primeiro período do texto, na

linha 3, como: [... ] uma sociedade; isso é fa o. b) Isolar por vírgulas a expressão "no decorrer dos anos . c) Substituir a conjunção em "Pense que essa estratégia" pelo sinal de dois pontos, escrevendo: Pense: essa estratégia. d) Substirnir a vírgula depois de "Pior"pelo sinal de dois pontos. e) Inserir um rravessão ames de "ou com uma fonte". ATENÇÃO: As questões 5 e G romam por base o scguince rexco. Tradicional defensor de insrrumencos ortodoxos de política cconômica, o Fundo Monetário l n1ernacional (FMI) admiti u o uso de co ntroles de c::ipiral para comba ter a formação de bo lhas financeiras e o fluxo exagerado de investimentos estrangeiros que valorizam excessivamente as moedas nacio nais cm relação ao dólar. Enrrc as opções, escá a tributação do ingresso de recursos, caminho escolhido pelo Brasil, que elevou de 4% para 6% a alíquora do imposto de operações financeiras (lOF) nas aplicações de renda flx::i. O utra possibilidade é a proibição de retirada do dinheiro por um tempo determ inado,

475


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

como fez o Chile. Por enquanco a equipe econômica brasileira resiste em adotar esce passo, pois, para o econom ista am ericano J. L., o reforço no balanço orçamen tá rio e as ações de caráter mais cscrurural são, muiras vezes, as respostas mais ad eq uadas para o au men to d e Auxos. "Mas pode h aver c ircu n stâncias cm que os controles camb ia is sejam úteis, numa medida temporá ria, para lidar com esse crescimento de capital", afirma.

existir em lugar de "haver", desde que sefaça a concordância adequada, escrevendo pode existirem circunstâ ncias.

7

O mecanismo de câmbio Huruante, quando acompanhado de razoável mobilidade de capirais, provê um meio autom;írico através do qual o equilíbrio se configura(a). Elevações de consumo ou investimento da pane de residentes geram pequenas elevações de juros que majoram a cnrrada de capicais externos, desta forma vaJorizand o(b) a moeda doméstica. Tal valorização reduz as exportações e aumenta as importações, meio pelos quais(c) se compensa, liquidamenre, a preços possivelmente constantes, o acréscimo inicial de procura por bens e serviços provocado por possíveis expansões de absorção inrcrna. Tudo pode ocorrer muiw bem até o ponro cm que(d ) os déficics na conca correnre do balanço de pagamentos passcm(e) a gerar um monranre do passivo externo líq uido do país, que dá início a um processo de desconfiança dos provedores de crédito líquido em moeda estrangeira. Quando isso ocorre, há uma necessidade de reverter tais déficits, configurando, em t'iltima imtância, que o sucesso no combate à inflação no período inicial pode ter significado, em boa p;trtc, uma transferência de problemas para o fumro.

(Ad11ptrtdo de Correio Br11ziliense, 19 de outubro de 2010)

5

Na o rganização das relações de coesão e coerên cia n o texto, a expressão a) "caminho escolhido pelo Brasil" recoma a ideia de " tributação do ingresso de recursos". b) "Auxo exagerado de invcsrimencos estrangeiros" recoma a ideia de "bolhas financeiras". c) "ações de caráter mais escrurural"retoma a ideia de "bolhas financeiras". d) "comro les cam biais" rewma a ideia de "'ações de ca rá te r mais esrrucu ral".

e) "esse crescimenro de capiral" rewma a ideia de "apl icaçóes de re nda fixa".

6

Assinale a opção cm que ocorre ERRO na transcrição e ad aptação do cexco de Conj11ntrm1 Eco11ômic11, de seccmbro de 201 O - vol. 64 - n. 9

Assinale a opção CORRETA a respeito do uso dns escruru ras linguísticas no rexro. a) Por imegrar um termo que complemema "combater", o artigo cm "a formação" poderia receber o sinal indicativo de crase, o que indica ria a inserção da preposição a no rexro. b) Apesa r da exrensáo do período sinrárico, a inserção de uma vírg ula depois de "esrrangeiros" provocaria erro gramarical e incoerência rexrual. c) Como a expressão "imposto de operações finan ceiras" escá escrita, no texro, com iniciais minúsculas, sua sigla também deveria ser grafada com letras minúsculas para atender às regras de o rtografia. d) O uso d o m od o subj untivo cm "sejam" ressaira a ideia de uma hi pótese, uma possibilidade; para se fazer uma afi rmação, o desenvolvimento textual admi tiria a forma de indicativo: são o u serão. e) Preserva-se a coerência encre os argumentos e a correção gramarical do ccxco ao usar o verbo

a) a

b) b e) c

d) d e) e 8

Assinale a opção que, na sequência, preenche CORRETAMENTE as lacunas do texto, de modo a manrer a co esão e a coerên cia encre as ideias. Quando uma pessoa compra uma ação de uma empresa, rorna-se sócia dessa companhia. Significa que __ (l) __ se beneficia de seu .sucesso ou sofre as consequências (2)_ fracasso. Funciona assim: ao ganhar dinheiro, uma corporação

416


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO com ações cocadas cm bolsa remunera melhor seus acionistas. O inverso rambém é verdadeiro. No mercado acionário, é impossível dizer _ _ (3) _ _ um invcscimenro dará recomo líquido e certo. Uma série de farores _ _ (4) _ _ levada c m coma. Desde _ _ (5) _ _ que a empresa pode comrolar (lançamenro de produtos e projeros de sucesso, boa performance financeira) até aspectos externos (crise global, acidentes), _ _ (6) _ _ muitas vezes independem de uma boa administração da companhia.

a) sustentado b) se recuperar c) acontecem d) funcionaram e) sejam repassados

10 Assinale o trecho em que a transcrição do texro adaprado de Co11junt11ra Económica, de setembro de 201 O, vol. 64, n. 9, DESRESPEITA ;;.s regras gramaticais no uso das estruturas linguísticas. a) Há evidências de que a econom ia brasileira passa por um processo de rra nsformaçáo estrutural, em direção a um juro neutro mais baixo. Na verdade, a maior dificuldade para se projerar a trajetória de juros no Brasil é o d esempenho da econo mia do resco do mundo. b) Caso haja, de fato, um segundo mergulho ressessivo nos Esrados Un idos, como previ nham imporranres anal istas. os efeiros deAacionários seriam consideráveis e iriam além das fro nteiras americanas. c) Se isso ocorrer, é provável que contribua para reduzir a taxa de juros do Brasil no cuno e médio prazo. Não há absoluramcmc nada de rrivial no atual momento da polírica monetária. d) É importance ter cm mente, por outro lado, que a dificuldade, nesce caso, não deve ser romada de for ma dramática. A economia brasileira passa por uma excelente fase cíclica, cm que o crescimenro não é acompanhado por nenhuma grande ameaça de explosão inAacionária ou de crise nas contas externas 110 horizonte visível. e) Na verdade, o cenário externo é mais prcocupance do que o interno. Em uma situação desse cipo. os erros e os acercos devem ser encarados mais co mo uma "sintonia fina" de um momenro amplamente favorável do que como decisões que podem "salvar o país".

(Adaptado de ISTOÉ, 15191201 O)

n)

(1)

(?)

1(3)

(4 )

(5)

(0)

osto

do

ise

os

os QU&r;

O"ta

de seu

j quando

llQuelos

o que

elo

desse

! quando

seré dovorilo ser dovomo ser

os

Q\10

desse

lquo

oovcmo 'er

éQuelos

o quo

00 sou

'•o

doveu.iser

oquolos

que

~

b)

1-

C) d)

O)

9

o SOCIO 1ela

-

Assinale a opção que, ao preencher as lacunas do texto provoca ERRO gramatical. Baixo cm termos internacionais, o salário brasile iro é apontado pelas empresas multinacionais como um dos atrativos para os investimenros no mercado nacional, além da perspecriva de crescimenro doméstico acima da média global, _ _ (a) ___ também pelos investimenros, mas principalmente pela alta salarial em massa, responsável por mais de 85% do PIB, o mercado inte rno em ebulição, segundo os economistas, foi um faror decisivo para o Brasil ___ (b) da c rise que eclodiu em setembro de 2008 E os salários mais robusros, por sua vez, ___ (c) ___como um colchão para garantir a recuperação acelerada do nível de arividade econôm ica. Aumentos salariais são importanres porque elevam o co nsumo e o crescimento econômico. Mas do ponto de vista macroeconômico é importante que _ __ (d) ___ cm linha com os ganhos de produtividade. Caso contrário, a tendência é que evenruais excessos ___ (e) ___aos preços.

11 De acordo com as ideias do cexro, assinale a afirmativa CORRETA. Face mais cruel de qualquer período recessivo na economia, o desemprego é chaga social que propaga desalento colcrivo, além de contribuir para a formação do círculo vicioso que começa

(Adaptado de Carta Capital, 20 de outubro de 201 O)

417


PORTUCiUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

com a queda do consumo, passa pela inibição da produção e rermina em mais desemprego. Mas é exarameme nesse setor que as previsões mais otimisras para 201 O começam a se confirmar. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho, mosrram que o saldo entre a admissão e a demissão de empregados com carreira assinada somou 181419 vagas, um recorde que deixou longe os até então festejados 142 mil empregos forma is registrados em janeiro de 2008, úlrimo mc'.·s de expansão antes da crise mundial. Detalhes reforçam o otimismo quanto à continuidade desse desempenho. Em janeiro de 201 O, quando 1410462 posros fo rmais de rrabalho foram preenchidos, a indústria de transformação voJ cou a dar sinais de forre retomada. O setor tinha sido o mais atingido pela recessão, mas compareceu com 68920 contratações, 17% acima do recorde anterior, de janeiro de 2008

a rigorosos programas de ajuste fiscal (redução de gasros públicos e aumenro de imposcos) e das conras externas exigidos pela organizaçáo. Após o período de recraçáo do nível de atividade e aumento cio desemprego, duranre o qual a relação dívida/PIB e os cléficits fiscais se acomodaram em níveis comparíveis com a capacidade de finan ciamenro, rodos os países, à exceção da Argentina, entraram em trajetória de crescimenro, com esrabilidade de preços. Como os fundamentos fiscais e monetários desces países escavam forres, com equilíbrio fiscal, relação dívida/ PIB e inflação sob controle, seus governos e bancos centrais puderam adotar políticas fiscais, monerárias, de crédito mais frouxas, que reveneram a trajetória de queda já no segundo rrimescre de 2009

(Estado de Minrzs, Editorial, 1910212010, com adaptações}

12 Assinale a relação lógico-semânrica que se infere a partir da argumenração do texto. a) Para todos os países que se submecem aos ri gorosos programas do FMl, é v;ílido dizer que ele chega a uma rrajerória de crescimenro que o leva a superar a crises. b) Quanto maior a obediência aos rigorosos programas de ajuste fiscal impostos pelo FMI, maior a possibilidades de um país conhecer crises financeiras. c) Enquanro existirem crises nos países emergentes, os problemas de endividamento excerno e a necessidade de ajustes fiscais continuarão a provocar crises financeiras. d) Sem a acomodação dos déficits fiscais não há aumento da capacidade de financiamento; sem esra não há crédito, estabilidade de preços ou crescimento. e) Se um país tem forces fundamencos fiscais e monetários, enráo ele cem condições de adornr as políricas necessárias para reverrer a crajerória da queda já em 2009

Uosé Mdrcio Cflmmgo, Tragédia grega. lstoÉ, 101021201 O, com adaptações)

a) O Brasil não apresentou raxa de desemprego durante a crise econômica de 2008/2009 b) O desemprego contribui para o círculo vicioso constitu ído pela queda do consumo, da produção e novamenre pelo aumenro do desemprego. c) A indústria de transformação continua a demonstrar sinais da recessão e não apresenrn recomada de crescimenro. d) Em janeiro de 2008 as taxas de emprego do Brasil foram as mais altas da hisrória. e) A demissão de empregados com carreira assinada chegou quase a 200.000 vagas em janeiro de 20 10 ATENÇÃO: Leia o texro abaixo para responder às questões 12 e 13.

.., (i

A segunda merade dos anos 1990 foi caracceri1,acla por crises nos países emergcnres: México, Rússia, Brasil e Argenrina. Em todos os casos, os pa1ses recorreram ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para resolver seus problemas de endividamento externo e tiveram que se submeter

13 Assinale a opção em que os três termos remerem, por coesão textual, ao mesmo referente. a) "países emergentes"(L.2) - "os países"(L.4) "se"(L.6)

418


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO b) "todos os casos"(L.3) - "problemas de endividamemo externo"(L.5-6) "seus"(L.19) e) "Fundo Monecário inrernacional"(L.4-5) "seus"(L.5) - "organização"(L.9) d) "<lescmprego"(L.11) - "o qual"(L.11) "sc"(l.12) e)

No Brasil, rudo indica que o endividamento pessoal vai crescer nos próximos anos: uma ligeira melhora de rendimentos se traduz, cm nosso país, por um aumenro desproporcional do endividamenro, em razão do uso disseminado dos carrões de crédito que o sistema financeiro incentiva.

"equilíbrio fiscal"(L.18) - "políricas... de crédito"(L.20-21) - "que"(L.21)

(O fitado de S. Pr111/o, Editorial, ! 8/02120 /O, com adaptações)

14 O rexro Raio X do mercado , de Luiz Alberto Marinho, publicado na Revista GOL, novembro de 2009, p. 138, foi adaptado para compor os fragmentos abaixo. Numere-os, de acordo com a ordem cm que devem ser dispostos para rormar um texto COESO e COERENTE. ( ) Outra tendência fala c.le "idcnridade e auto-estima". Isso significa que essas pessoas esrão mais conscienres da sua importância para a economia, mas não querem abrir mão de suas origens, história e características. ) Portanto, para vender para pessoas de rodas classe~ sociais, será preciso anrcs afasrar ideias preconcebidas e entender melhor quem são, o que querem e como compram os brasileiros. ) O instituto de pesquisa Dara Popular, especializado na baixa renda, apresentou um conjunro de dez tendências que vão impactar os negócios na classe C. ) Uma terceira tendência explica o papel da beleza como fator de inclusão: afinal, estar bem-arrumado ajuda a diminuir as barreiras sociais. ) Enrre elas, está o "consumo de inclusão", que mo~tra que o mercado emergenre desenvolveu um jeiro diferente e inclusivo de comprar.

a) Por isso conseguimos aré agora escapar de um surro de desemprego de grande proporçáo, o que permite que o consumo continue crescendo. b) Sendo assim, esse exemplo dos Estados Unidos mostra que, num período de crise, com crescimento do desemprego, têm registrado forre queda do consumo e aumenro da inad mplência. c) Mas isso se traduz por uma ampliação involuntária da poupança com a forre redução do uso dos carrões de créd iro. d) Além desse fator, a expansão dos financiarnenros imobiliários nas instituições financeiras essencialmenre públicas também contribui para o aumenro do end ividamento de longo prazo. e) Isso é consequência de uma campanha em favor de uma poupança maior, que ccrramente tem por cfeiw uma redução dos cusros e um crescimento dos investimentos.

16 Em relação às ideias e estruturas linguísticas do rexro, assinale a opção INCORRETA. As exportações brasileiras de serviços têm sido uma atividade limitada praricamenre às grandes empresas de construção pesada. Com a experiência adquirida no País, elas ganhava m concorrências inrernacionais para execução de obras de infraestrutura cm países cm desenvolvimento da América Larina, do Oriente Médio e da África, valendo-se do "know-how" de trabalhar nos trópicos, em condições muitas vezes inóspilas, com máo de obra local e prontificando-se também a transferir tecnologia para os países contratantes. Essas consrruroras brasileiras conrinua111 muito ativas no mercado externo, agora não apenas nos

A sequência CORRETA é a) 1, 2, 5, 4, 3 b) 3, 5, 1) 4, 2 e) 3, l, 2, 5, 4

d) 4, 2, 1, 5, 3 e) 4, 5. 2, 3, 1 15 Assinale a opção que constitui continuação COESA, COERENTE e gramaticalmenre CORRETA para o trecho a seguir.

419


PORTUCiUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS Brasil ceve um "rropeço no começo do jogo", ma~ depois conseguiu se recuperar: "Podemos dizer que é um empace com muicos gols. Começamos o ano levando uma goleada, mas depois nos recuperamos. Foi um empate generalizado: desigualdade, pobreza, mobilidade." O índice ,1c mobilidade social foi um dos destaques do b anramemo.

p.i1ses em desenvolvimcnro, mas também nos m: i\ desenvolvidos. Além disso, deixaram de ser as '111icas exporradoras de serviços. Com a imernacionalização da economia, cst.Í cm curso uma significativa expansão, no exterior, de empresas brasileiras de Tecnologia d,1 Informação (TI) e de instituições financeiras. Em menor escala, de empresas da área de logíscic.1 e rransporre, de arquiccrura e engenharia, re' es de franquias ccc. Reccnce esrudo sobre comércio inccrnacional da Comissão Econômica para a América Latina (Cepa!) revela que o avanço do Brasil nas exportações de serviços, nos t'1lti111m anos, só perde para as da China e da Índia entre os países emergences.

(Correio Brttzilienst'. 11 de fe1•ereiro, 20 I O. com rul11ptt1çócs) a) De maneira a explicitar as relações entr<.! as ideias do primeiro período sindrico, subentendem-se, depois de "p:ua mares", os termos que tinha. b) Por retomar um termo j~\ presente no texto, o nome "Brasil'', o pronome "se" admite ser omitido, sem prejudicar a coerência da argumentação ou a correção gramatical do texto. c) Como a comparação com o jogo de futebol ressaira o "empate", para <.!Ícico de argumenração, é irrelevame M.' a expressão "muitos gols" for substituída por aJguns gols ou por

(0 l:.Strulo tÍt' S. P1111/o, Etlitorittl,

17102120 I O, rnm atl~zprarões). a) Üepreende-se das informações do cexro que na Hualidadc os bancos brasileiros e empresas de fecnologia da lnformaçiio estão se expandin1.lo significativamente no exterior. b) .L\ forma verbal "têm" esd 11<.!xionada no plural oara concordar com "As exporcações brasilei•as de serviços". c) O emprego do acento grave indicaci''º de crase em "às grandes" justifica-se pela presença de preposição exigida pela regência de "aci"idadc" e pelo emprego de artigo definido 'eminino. d) O emprego de vírgula apôs "nos países em desenvolvi mcn to" j usLifica-se porque amecede conj u nção coordenat iva adversativa. <.!) Em "para as da China" subentende-se. apÓ!> "as", a elipse da expn;:ssiio exportações de ser•Jiços.

po ucos gols. d) A relação de explicaç:ío que o período iniciado por "Começamos" escabd<.!ce com o período que o ancecede permite subscicuir o ponto dt'pois de "gols"' pdo sinal de dois pontos, fazrndo os devidos ajustes na lcrra inicial maii.'1scula desse verbo. e) A relação de sentidos entre a fala do coordenador da pesquisa e a última oraçáo do texto permite iniciá-la pelo concetivo Po r isso, fazendo ajust<.!s na poncuaçáo e nas l<.!rras maiúsculas. escrevendo-se: Por isso, o índice.

18 Julgue como verdadeiras (V) ou falsas (F) as afir-

17

A~~inale a opção CORRETA a rcspeiro do mo

das esrrururas lingubticas na organização das ideias do texto.

mações a respeiro do uso das esrrucuras linguí~ri­ cas no texto abaixo. Em seguida, assinale a opção C ORRETA.

Sq;undo pesquisa da Fundaçáo Getúlio Vargas, índices de renda, emprego e mohilidade social retornaram aos mesmos pacamares de antes da qut·da. Em uma analogia com uma parrida de futebol, o coordenador da pesquisa afirmou que o

Houv<.! uma grande queda da caxa de nacalid:tdc a partir de meados da d~cada de 80. Vinte anm depois, cal fenôm<.!no praticamence ausence dos debares econômicos resultou nourra tendência: a redução da população mai\ jovem. O efeito tem

420


FLAVIA RITA COUTINHO SAHMENTO sido uma menor pressão por empregos, o que vai levar a aumenro dos salários reais. Produrividade maior na economia, mais renda e melhores empregos estáo promovendo urna revolução ainda pouco compreendida e esrudada.

possui rendimencos bem menores do que mu ira genre imagina . O que acontece frequememente é uma confusão enrre o b rasileiro classe A e o consumidor de luxo, esre sim cliente de marcas sofisticadas que movimenta um mercado de RS 6 bilhões anuais.

(Antimio Machado, Mundo invisível. Correio Brazilieme, 14 de fevereiro de 201 O, com adap1r1róes)

(luiz Alberto Mt1rinho, Raio X do mermdo. Re11ist11 COL, 11011embro de 2009, p. 138) :i) Preserva-se a coerência entre os argumentos

) Mantém-se a coerência entre os argumenlOs, mas provoca-se erro gramarical, ao usar o rermo "uma grande queda" no plural sem o anigo indefinido: grandes quedas . ) Provoca-se erro gramatical e, por consequência prejudica- se a coerência textual, ao inserir uma vírgula anre~ de "praricamcnrc'' e outra depois de "econôm icos" . ) Explicitam-se relações de sentido enrre os termos. preservando a coerência e a correção gramatical do texto ao substicuir "O efeim" por U m dos efeitos d essa redução. ) Alteram-se as relações de sentido no período sintático, mas preserva-se a coerência texrnal e o respeico às regras gram:uicais ao retirar o pronome do termo "o que". ) Preservam-se as relações gramaticais, bem como a coerência rexrua l, ao deslocar ''na economia" para depois de "promovendo", desde que se coloque tal termo enrre vírgulas.

e a correção gramatical do texro ao substituir "gente milion<iria" por milio nários, desde que se Aexionasse também "passa e "compra"no plural, p assam e compram . b) A forma verbal "possui" esrabelece concordância com "da população"; no emanro, cambém esraria correta a concordância com "5%", com o uso da Aexão <le plural, sem prejudicar a coerência do texto. e) Preserva-se a coerência na argumenraçáo, bem como a correção nas relações gramacicais do cexLO, ao retirar o termo "nossa classt: A" do texco, deixando-o apenas subenrendido na Aexáo de "representa". d) Seria preservada a coerência na argu lT'enraçáo com a substituição de "urna confusão" por confusões, desde que o verbo ser fosse usado rambém no p lural: são confusões. e) A opção pelo uso da Aexáo de plural em ''movimenta", movimentam, preservaria a correção gramarical do texro, mas alceraria as relações significativas entre os argumentos.

A sequência obrida é a) V, F, F, V, V

b) V, F, V, V. F c) F, V, V, F, F

Nos países em geral, economistas, políricos e o noticiário gostam é de índices sobre m.icroeconomia, números :ibsrraros que indicam a sicuaçáo geral da economia, mas não revelam o que se passa em seu interior. A incerner. por exemplo, apareceu cm grande escala em 1992, e o mundo se deu conta da revolução que ela fizera nos negócios, na cu Iw ra e na vida das pessoas LO anos depois.

d) F, V, F, F. V e) F, F, V, V, V

19 Assinale a opção INCORRETA a respeiLo das relações de concordância no texro abaixo. Quando se pensa cm classe A, vem logo 11 cabeça a lembrança de genre milionária, que passa mdos os fim <le semana em Paris e compra as melhores marcas do mundo. No encanto, nossa classe A represenra apenas 5% da população e

(António Machado, Mundo invisí11eí. Correio Bmziliense, 14 de fevereiro de 20 I O, com adaptaróes)

421


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

2 0 No texro acima, provoca-se ERRO gramatical ou inco erência na argumentação do lCXlO ao a) inserir os antes de "economisras" e de "polí1icos " . b) retirar "é". c) retirar o pronome "o", do termo "o que". d) substituir "fo.era" por havia feiro. e) inserir apenas de pois de "pessoas".

que a carência de profissionais se csp raia para v;Í rios níveb de Íormação - sobram vagas para farmacêuticos, mas também para detricbcas e wrneiros. T rara-se de um problema grave, par<l o qual nao há solução 'irnples nem ime<li<Ha. A rede edu(.acional do país. com suas falh.1s e disto rções d istribuí d as do e nsino fundame ntal à universid ade, m ostra-se incapaz de ofcrc:ccr ao mercado d<: rrabalho mão de obra compctCIHC.

2 1 Assinale a opção que ao subsriruir a oração sublinhada, no rexro abaixo, provoca ERRO gramatical e/ou INC O ERÊNCIA textual.

(Folha dt• S. J>aufo. Editorit1/, 1-1021201 O. com t1dap1t1çô<'.i)

Sem vitória ou derrota, na comparação encre o pré e o pós-crise, a turb ulência financeira que abalou o m u ndo trouxe perdas ao Brasil, mas no decorrer de 2009 os prejuízos foram recuperados e. ~ o país não cresceu, conseguiu ,10 menos fazer com que imponanlcs indicadores econômicos e sociais empacassem com os que eram rcgisrrados em 2008 - ano do pico de desenvolvimento brasileiro.

a) Prejudica-se a correção grarnacical do período ao se substim ir os cravessócs das linhas 1 e 3 por vírgulas. b) O termo "ali"(L.3) recoma o amccedenre "1\11nisrério do Trabalho"(L.2). c) O rermo "as"(L.9) funciona como pronom<: e recoma o anrccedenre "vagas"(L.8). d) Em "se espra ia"(L.14) o termo "se" funciona como indicador de sujeiro indeterminado. e) A forma verbal "mos[ra-se"(L.21) [em como sujt:ito "dismrçóes discribuídas do ensino fundamental à universidade"(! .19 e 20).

(Correio Bmzifiense, 11 de fevereiro, 20 I O, com adaptt1çól'S) a) caso o país não cresceu b) lpesar de o país não cresct:r c) mesmo o p:iís não crescendo d) .:m bora o país não crescesse e) .1inda que o país não tenha crescido

23 Os crechos a seguir constituem um lexco adaptado do Correio 13razi liense, Editorial, 18/02/201 O A..,sinale a opç:io transcrica com ERRO gramatical. a) Operação desrinada a fucilirar a vida do concribuinre coloca a Receira Feder;1l na vanguarda d,1.., iniciativa.'> que, ao longo dos úlcimos anos. objetivam reduzir a ineficiência operacional de agências públicas. É o que se malcrializa agora com as medidas que desobrig;un cerca de 1O milhões Jc brasileiros Jc prestar declaração de rt:nda. b) A inovação é aplicável aos rcndimenros auferi dos em 201 O (:mo-base 2009) e aos que serão obtidos cm 2011 (ano-base 2010). Os printi pais beneficiários das novas regras sfo sócioi, de empre~as ou pessoas que renham parrimônio inferior a RS 300 mil. Basra que os ganhos es1c jam dcmro do limite de isen~·ão (RS 1-21 'i,08, em 2009, e de RS 22487,25. cm 2010). c) Há outras condicionantes que, previsras nas mudanças, não chegam a alterar os efeitos pd[Ícos. Foram obrigadas a explicar-se ao fisrn. por serem qualificadas como imegrantcs d1:

22 Em rel:tção às esrrururas linguísticas do texro, assinale a opção CORRETA. Dados do Sine - uma rede pública de agências de emprego, associada ao i\linisrério do Trabalho - moscram que apenas 39% das vagas ali oferecidas cm 2009 foram preenchidas. Em 2008, na mesma rede, 42% haviam sido ocupadas; no ano anterio r. 48%. Ou seja, mesmo com um índice de desemprego a inda rcla[ivamentc alto, de 8,9% no ano passado, o país vive o paradoxo de criar \•agas e não encomrar profissionai' qm· as preencham . A explicação, dizem as cmprt:sas, csrá, sobretudo, na escolaridade predria dos crabalhadorcs. O fe nômcno jâ se faz ia semir com força, no final de2009, na procura por engenheiros. Agora se vê

422


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO sociedades comerciais, cm 2009, nada menos de 5 milhões de pessoas. Agora, esrão livres da obrigação, segundo o supervisor nacional do Programa do IR. d) Os rrabalhadores com remuneração anual abaixo do reco de isenção previsro para 201 O desde logo estão dispensados de entregar a declaração. Apenas deverão fazê- lo os que rivessem IR rerido na fonte e pleiream restituição. e) Outra mudança imporcanre: este ano será o último em que a Receita aceitará form ulários de papel.Também é decisão com parível com a necessidade de elevar os padrões operacionais do órgão. Hoje, apenas 127 mil pessoas físicas optam por semelhante forma de declarar a renda.

25 Os trechos a seguir constituem um rexro adaptado de O Estado de S. Paulo, Editorial, 18/02/20 l O Assinale a opção gramaticalmence CORRETA. a) A decisão da Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Esrados Unidos de conside1ar o eranol produzido à parcir da ca na-de-açúcar um biocombusrível avançado, que reduz a emissão de dióxido de carbono em pelo menos 40% na comparação co m a gasolina, derruba urna das principais barreiras à entrada do álcool brasileiro no mercado americano e, desse modo, pode representar a abertura do mercado global para o produro nacional. b) Para entrar no mercado america no, no entanto o eranol brasileiro precisa vencer ourros obstácu los, alguns criados pela política externa do Brasil, como a aproximação ao Irá, que causou a perda do apoio ao produto brasi leiro até agora dada pelo Congresso Americano. c) A certificação do etanol de cana como biocombustível avançado pela EPA é importante para o Brasil. O Ato de Segurança e Independência Energética, de 2007, que define regras para os EUA akanç;uem as meras de seguranç.1 energética e redução da emissão de gases de efeito escufa, estabelecem um consumo mínimo de biocombustíveis de 45 bilhões de litros em 2010 e de 136 bilhões de litros daqui a 12 anos. d) Do cocai de biocombustíveis a ser consumido cm 2022, 80 bilhões de li tros está re.~ervado para os avançados, que são o celulósico (ainda em fase experimental) e o diesel de biomassa, entre outros. A EPA incluiu o etanol de cana-de-açúcar entre os biocombustíveis avançados, ao reconhecerem que, em relação à gasolina, ele reduz a em issão de dióxido de carbono em 61 o/o, bem mais que o mínimo exigido de 40%. e) Por isso, do rota1 de 80 bilhões que serão consum idos anualmente daqui a 12 anos, o etanol responderá por 15 bilhões de litros. Esse volume corresponde a três vezes o roral exportado pelo Brasil em 2008 Em decisão anccrior, a EPA contabilizara os efeitos de emissões associadas ao desmaramenro provocado pela expansão das áreas plantadas com cana, e considerara que a redução da emissão de dióxido de carbono em relação à gasolina seria de apenas 26%.

24 Assinale a opção em que o texto foi cranscriro com ERRO gramatical no termo sublinhado. A hiscoriografia econômica j;i explorou detidamenre os mecanismos pelos quais(A) as eras históricas, que são nomeadas pelos respeccivos sistemas de produção, ganharam uma fisiono mia própria, uma identidade, entraram em crise, sendo(B) enfim subsriruídas implacavelmente em escala mundial. O feuda lismo foi dissolvido pelo capital mercanril, e este, passado o processo de acumulação, deu lugar ao capitalismo industrial. O imperialismo é o ápice do processo capitalista e, até a bem(C) pouco tempo, o pensamento de esquerda ancorava-se na certeza de que o socialismo universalizado romaria o lugar dos imperialismos em lura de morre. As dúvidas são hoje graves, mas a hipótese de que(O) as fases não só se encadeiam mas se ultrapassam é ainda um cânon de leitura poderoso, parecendo imbatível quando se examinam(E) os períodos de transição.

(A/ftedo Bosi, O tempo e os tempos. ln: Adauto Novaes (org.), Tempo e História. Siio Paulo: Companhia das letras, 1992, p.21, com adnptações) a) (A) b) (B) c) (C)

d) (0) e) (E)

423


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

26 Assinale a opção que corresponde a ERRO gram:- rical ou de grafia de palavra inserido no texco.

invescimenros e empregados ficassem expostos _ _ (5)_ _ riscos de trabalhar sem a protc<,,'io do seguro.

A manurençáo dos empregos é um arcsrado de que( l ) os agenrcs econômicos, embora(2) assusrados com as repecurssócs(3) da crise nos países mais desenvo lvidos, não perderam a confiança na economia brasileira. Não foi sem morivo. Graças ao~ sinais emiridos pelo próprio governo de que a crise seria encarada sem abalos na esrrutura do combate à(4) inAaçáo, no càmbio Auruanre e com o menor sacrifício possível da política de supcr:ívics primários, já se sabia que a economia brasileira reria condições inéditas de escapar dos piores efeitos da 5iruaçáo. Mesmo rendo enfrentado(S) urna rccc.s.;áo, caracterizada pelo desempenho negativo do por dois semestres seguidos, e de sofrer forre pressão por mudanças no câmbio, o governo MIStenrou a polícica econômica.

(Discurso de João Elísio h~rr.1z de Campos no Senado. Viver Seguro, hrrp:/ /www.fcnaseg.org.br acesso: 11/02/201 O)

3

4

5

se b) caso e) onde

2 acontecer

por

pois

em

acontecer acontecesse

devido à em relação a

porque pois

a a

se caso

acontecesse acontecena

pela devido à

porque porque

aos em

1 a)

d)

e)

rm

-

28 kinale a opção que preenche, de maneira coen:nte e grama[icalmenrc CORRETA, as lacunas do texto.

O que contribui para fortalecer o mercado form.tl (Adr1ptt1do de Estt1do de 1\linm, éaitoritt!, 19102120 I O)

de rrabalho não __ ! __ imposiçoes legais, mas sim a liberaçáo dos caminhos _ 2__ auml·n ro da produção e m;tis qualificação da m.io de obra. Dad o~ <lo próprio ~1inisrério do Trabalho, recém divulgados, confirmam t)UC 1,66 milh:io de postos oícrecidos no ano passado não foram preenchidos simplesmenrc devido __3 _ ausência da qualificação mínima exigida por pane dos prerendences. Isso significa que o país dcvt: persistir na busca de raxa de juro!> e carga fiscal baixas, _'Í __de investimenrm conrinuados cm formação e rrei n.tmenro de profission;tis, __ 5__a população possa aproveitar ao máximo as oporrunidades abenas por es[e ano de projeções parricularmenre tão favor;Íveis.

a)'! b) 2 c) 3

d)4 e)

5

27 Ass111ale a opção que complcra correramenre a sequtncia de lacunas no texto abaixo. O que aconteceria no mundo _ ( 1) __, num determinado período, nada, nem pessoas, nem patrimónios, nem atividades econômicas tivesselT a cobertura de uma apól ice de seguro? Se is~o _ (2) _ _ , os aviões não levantariam \'ÓO, os navios não deixariam os portos e o cransporce de pes•;oas não runcionaria __ (3)_falra de proteção da sua vida. Milhares de acendimentos médico -hospitalares deixariam de ser foicos sem seguro saúde. Milhares de veículos provavelmt:nte não circulariam _ _ ('Í) _ _ seus proprietários não correriam o risco de acidente.s sem o st:guro de automóveis. Consequentemente, milhares de oficinas e seus e mpregados não [Criam trabalho e poucos carros novos seriam vendidos. As grandes indt'1srrias parariam d e produzir porque os empresários, cenamenre, não iriam admirir gut: seus

(A tfrtptado de L:l'l'o Horrt ( NS). Etlitori1t!. 19102120 I 0) 3

4

5

uma

e mesmo

de foona que

deve ser

2 ao no

em

e também

de modo que

c)

eram

comum

a

além

de ierto que

d)

são

para um

ã

mas também

para que

e)

foram

do

com

eamda

e

1

424

a)

se tratam de

b)


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO 29 As~inale a opção que apresenra rrecho adequado para ser inserido, de: forma gramaricalmenre CORRETA, coesa e coerenre, na lacuna do rexro abaixo.

res, a associação brasileira do seror esrima gue as vendas externas de sofrwares e serviços de comunicação e recnologia possam atingir US$ 5 bi lh ões esre a no. e) AJém desse bem-vindo estímulo governamental ao empreendedorismo o desafio do Brasil nessa área, como em tantas ourras, é a forma-

Bancos públicos e privados do País se expandem no mercado externo. A rede de bancos de capital nacional no exterior ampliou-se a parrir da década de 1990, buscando, inicialmente, arrair depósiws e aplicações de imigrantes brasileiros espalhados pelo mundo, responsáveis por um volume considerável de remessas financeiras para suas famílias, ou mesmo para seus negócios, no Brasil

ção de mão de obra qualificada em quantidade suficiente para continuar avança ndo. 30 Assinale a opção que corresponde a ERRO gramarical inserido no rexro. O eranol ainda está longe de ter um mercado global. Apresentado desd e o(l) início d a década como a grande solução energética para o mundo, para subsritu ir uma fonre não renovável (o petróleo) e reduzir a emissáo(2) de polucnres,

......................................................... Já é clara, assim, a tendência para uma expansão global. O objetivo é claro: há rodo o interesse dos bancos cm acompanhar um número crescente de clientes empresariais brasileiros que já aruam nos guarro cantos do mundo, além de buscar novos negócios onde guer que se instalem.

o etanol ainda não conquisrou os fabricantes de veículos e os consumidores do mundo inteiro. Falra urna padronização internacional para transformar-lhe(3) em uma commodity facil-

(O Estado de S. Paulo, Editorial, 171021201 O, com adaptr1róes).

menre comercializável nos diferemes mercados e ainda persistem barreiras prorecionisras cm muiros países. Nos EUA, por exemplo, há uma tarifa de imporração de US$ 0,54 por galão. Para entrar na Un ião Europeia, o etanol brasileiro paga 19 centavos de curo por li tro. É grande o potencial de mercado para o etanol brasileiro nos EUA. Na União Europeia, o porencial é menor, pois lá(4) o programa energético prevê a urilizaçáo de 10% de combustíveis renováveis no consumo rotal em 2020 .

a) Posteriormente, houve uma tendência para a regionalização das operações dos bancos, rendo por base o Mercosul, com a abcrrura de escrirórios e agências. E os bancos brasileiros, mais recentemenre, rêm feiro aquisições de instituições financeiras em ourros países, para onde levam a sua marca. b) Diferentemente do que ocorre com essa infraestrurnra de rransporres, que apresenta ainda graves deficiências, o secor financeiro e de mercado de capitais no Brasil conta com estrutura para atrair investidores. c) Criou-se, assim, um ambiente favorável para que médias e grandes empresas do Brasil da :üea de Tecnologia da Informação, com subsidiárias cm outros países, principalmente a Argentina e o México, possam competir com êxico com grandes multinacionais. d) Prevendo-se que o mercado mundial de tecnologia tenha um crescimento de 4,6% em 201 O, que deverá ser liderado pelos países emergen-

Cálculos da União da lndúsrria da Cana-de-Açúcar - Única indicam guc isso resultaria na demanda de 14 bilhões de lirros de ccanol por ano (ourra parre seria atendida(5) por biodicsel).

(O Estado de S. Paulo, Editorial,

181021201 O, com adaptações) a) 1

b) 2 c) 3

d) 4 e) 5

425


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

3 1 AS!-inale a opção CORRETA cm relação ao rexco. O Programa Nacional de Desenvolvimenco dos Recursos Hídricos - PROAGUA Nacional é um programa do Governo Brasileiro financiado pelo Banco Mundial. O Programa originou-se da exiws.1 experiência do PROAGUA I Semi;írido e manrém sua missão estnnuranre, com ênfase no forcalecimenro inscirucional de co<los os atores envolvidos com a gestão dos recursos hídricos no Brasil e na implantação de infracsrrucuras hídricas viáveis <lo ponto de visra cécnico, financeiro, cccrnômico, ambiental e social, promovendo, assi 111, o uso racional dos recursos hídricos.

.1) 1 b) 2 L)

3

d)4 e) 5 33 Assinale a opção qll<.: preenche CORRETAMENTE as lacunas do tcxm. Havia um sério conflito pelo uso das águas da bacia do Rio Piracicaba ___ l _ _ população da própria bacia (cerca de 4 milhões de habicanres) e a da Região Metropolitana de São Paulo (cerca de 18 milhões de habirames). Pareda sígnificariva do abastecimemo da capiral paulisrn e suprida __2__ <1gua da bacia do Rio Piracícaba, _ _ 3_ _

(http:llprorrg11a. r11ut.go v. brlproag11 rt) a) O PROAGUA / Semi<irido é um dos subproeros derivados do PROAG UA/Nacional. b) .\expressão "sua missão esrrucuranre" refere-se .1 "Banco Mundial". e) A ênfase no fonalecimenro insricucional de 1odos os arores envolvidos com a gesráo de recursos hídricos é exclusiva do PROAG UA/ Sem i;írido . d) fanro o PROAGUA/Semi:írido como o PROAGUN Nacional promovem o uso racional cios recursos hídricos. e) \ implantação de infraesrrucuras hídricas vi;Íveis do ponro de visra récnico, financeiro, econômico, ambiental e social é exclusiva do ;)ROAGUNNacional.

Sisrema Camareira (rransposição de :iguas d.t bacia, por meio de reservatórios e túneis are a Região Mecropolicana de São Paulo). Tal intervenção hidráulica na bacia era dc~provida de critérim de uso da água _ _ li comem piassem as necessidades da populaçfo local. A ação reguladora da ANA se deu _ _ 5 _ _ definição de critérios récnicos operacionab e de outorga.

Uosé J\lachado http://www.ana.gov. hrl Salr1 Jmpremrtl1trtÍ,í{_os/ set.2008prlf)

32 Assinale a opção que corresponde a ERRO gramatical. O Brasil possui cerca de(l ) 4 milhões de hectares irrigados: área que pode ser rriplicada em(2) 20 anos. É um dos países mais importantes(3) na produção de aJimenros, mas, apesar de(4) sua vocação para a agricultura irrigada, ainda são ncces:;árias estratégias para explorar racionalmente esse porencial. Hoje, a caprnção e o consumo de :igua para a irrigação reprcscnta(5) , respectivamence, 46% e 69% dos valores totais capeados e consumidos.

1

2

3

4

5

a)

na

de

do

se

CUJa

b)

pela

da

como

os quais

da

e)

coma

pela

no

cujos

na

d)

da

na

peo

peos quais

com a

e)

entre a

com

por meiO do

que

pela

34 Em relação ao cexro abaixo, assinale a opção INCORRETA. O rracamenro de esgotos e Íundamencal para qualquer programa de dcspoluiçfo das :iguas. Em grande parre das situações, a viabilidade econômica das estações de tratamento de esgotos (ETE) e reconhecidamence reduzida, em razão dos altos investimentos iniciais necessários a sua conscrução e, em alguns casos, dos altos custo~ operacionaís. Por esses mocivos que mesmo o s

(Adr1prt1do de Denise Caputo http://www. r111r1.go 11. br/.Si1 /11 lmprema/notieim)

426


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO pabes desenvolvidos rêrn incemivado financeiramcmc os invesrimcmos de Prescadores de Serviços cm ETE, como os Esrados U nidos e países da Comunid:ide Europeia. No Brasil, o problema de vi:ibilidade econômic:i do investirncnco pt'1blico corna-se ainda mais agudo, devido à elevada parecia de população de baixa renda. No enranto, va le ressaltar que a água de qualidade rambém e um facor de exclusão social, uma vez que a população de baixa renda dificilmcnre cem condições de comprar <Ígua de qualidade para beber ou acé mesmo de pagar assisrência médica para remediar as doenças de veiculação hídrica, decorrenres da ausência de saneamento b;ísico.

da União. Nesses casos, a outorga é cmi1 ic.la pela Agência Nacional de Águas (A NA) . O s demais rios, lagos, reservatórios e as águas subterrâ neas são de domínio estadual ou discriral, sendo a ouwrga emitida pela respccciva a utoridade local. Qosé Machado hrrp://www.ana.gov.br/ Salalmprensa/arrigos/ sec.2008pd() a) O emprego de sinal indicativo de crase cm "a sua atividad e" justifica-se pela regência de "recursos", que exige preposição "a" e pela presença de artigo definido feminino anres de "sua". b) A expressão "da qual" refere-se a "outorga de direito de uso d a água". c) Manrém-sc a inrormação original do período subsciw indo-se " rendo cm conra" por considerando. d) O segmenro "q ue banham mais d e uma unidade da federação" é uma oração adjetiva restritiva. e) O verbo "aucoriza r" está empregad o, no rexro, com a mesma predicação verbal que apn:scnra na frase: O diretor aucorizou-nos a rir:ir férias em fevereiro .

(http://www.flnfl.gov.brlprodeslprodes. tlsp) a) O emprego do sinal indicativo de crase em "a sua construção" é opcional porque é opcion:il a presença de arcigo definido singular fe minino ances de "sua". b) Em "rorna-se", o "-se" indica suje ito indcrcrminado. c) A forma verbal "cem" está no plural porque concorda com "os países desenvolvidos". d) Mantém-se a correção gramatical do período se a conjunção "No enranco" for subsriruída por qualquer uma das seguinces: Porém, Todavia, Ent retanto, Contudo. e) Esraria gramacicalmenre correra a subscicuiçáo de "uma vez que" por porquanto. 35

36 Em relação ao rcxco, assinale a opção CORRETA. O Rio Paraíba do Sul tem cerca de 2/3 de su:is :iguas retiradas do seu leito por uma obra de transposição c m Sa n ta Cecília (RJ) . Essas águas são milizadas para gerar energia elétrica e para abasrecer a Região Merropolicana do Rio de Janeiro (cerca de 8 milhões de pessoas) . Havia conAicos pelo uso dessas águas enrre as d iferences regiões. Também nesse caso, a ação da ANA se pautou por definir um arcabouço técn ico e institucional, esrabelecendo regras de operação para o reservatório e de vazão mínima a ser liberada a jusante (rio abaixo), cm determinadas épocas do ano, de forma a compatibilizar os usos.

Em relação ao texto, assinale a opção INCOR-

RETA. A outorga de direito de uso da água é um dos principais instrumenros da política nacional de recursos hídricos, instituída pela Lei n. 9433/97, por meio da qual o poder público aucoriza o usuário de água, sob co ndições preestabelecidas, a utilizar ou realizar inrerferências hidráulicas nos recursos hídricos necessários à sua atividade, garanrindo o direito de acesso a esses recursos e rendo cm conra que a água é um bem de domínio pt'1blico. Os rios e lagos que banham mais de uma unidade da federação e as águas armazenadas em reservatórios de propriedade federal são de domínio

UoséMflchfldohup:llwww.mw.gov. brl Sala!mprensalrtrtigosl set.2008pdj) a) A substituição d e "cerca de" por acerca de manrém a correção gramatical do período.

427


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMATICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

b) A eliminação de "para" antes de "abastecer" prejudica a correção gramatical do período. c) A palavra "arcabouço" está sendo empregada com o sentido de estrutura, esquema. d) A substituição de "se pautou" por se orientou prejudica a correção grarnarical do período. e) A palavra "jusance" rem o mesmo significado Je montante.

d) Apregoam também que a gestão da água deve sempre proporcionar o uso múltiplo e que:, cm sicuaçõcs de escassez, a água deve ser usada prioritariamenre para o consumo humano e a dessedenraçáo de animais. e) Os fundamentos da lei conhecida como Lt:i das Águas (Lei n. 9433/97), basearam-se na!> expt:riências adotadas pelas unidades federadas desde a década de 70 e resultou de décadas de d iscussóes.

37 Assinale a opção em que o rrecho do texro esta reescrito de forma gramacicalmence ERRADA.

38 Julgue se os itens esráo gramaricalrnenrt: CORRETOS e assinale a opção correspondente.

Os fundamentos da Lei n. 9433/97, conhecida como Lei das Águas, resultaram de décadas de discussões e basearam-se nas experiências adotada~ pelas unidades federadas desde a década de 70. além <le estarem sinton izados com os discursos dos mais significativos fóruns incernacionais. E%es fundamcnros esrabclecem que a ;igua é um bem de domínio público e um recurso nawral limitado, dotado de valor econômico. Além disso, apregoam que, em siwaçóes de escassez, a água deve ser usada prioritariamenre para o consumo humano e a dessedentaçáo de animais; que sua gestão deve sempre proporcionar o uso múlciplo; que a bacia hidrogdfica e a unidade territorial para a implemenração da Policica Nacional de Recursos Hídricos; e que essa gestão deve ser dcscencralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usu<lrios e das comi..nidades.

I.

A visão pan-amt:ricana sobre os desafios gue envolvem o rema <1gua consricui a Mensagem de Foz do Iguaçu, documento lançado na cidade paranaense, durance o t:nct:rramenro do Fórum de Águas das Américas. li. O Fórum visa diagnosticar a policica e agestão da água na América e propor política!> adequadas para enfrentar os desafios globais relacionados a água, encre cujos as mudanças climáticas e o crescimento da população mundial. 111. Apó~ um debate democrático, várias ideias foram escolhidas para compor a Mensagem de Foz do lguaçu. Há desde tem:is que abrangem rodo o conrinencc americano, aré proposras guc contemplam uma região específica. IV. A Mensagem sed enviada para o Fórum Mundial da Água que ocorrera em marco <le 2009, em Istambul Turquia.

(Adnptr1do df'http:llwww.tma.gou.bd Sala!mprensalartigos)

a) Asseveram ainda que a gescão hídrica deve ser Jescencralizada e concar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades, e gue a bacia hidrográfica e a unidade territorial para a implemencação da Polírica Nacional de Recursos Hídricos. b) Esráo sintonizados com os discursos dos mais significarivos fóruns inrernacionais. c) Esses fundamencos esrabelecern que a água é um bem de domínio pt'.1blico, clorado de valor cconômico, e um recurso nawral limitado.

(AdrzpMdo df' Rr~yfton Alues http://www.ann.gou. br/Srdr1 lrnprensfl! 1101iciasExibe.nsp?fD_Notici11=61J9) Escáo CORRETOS apenas os itens: a) 1 e lll b) 1 e II c) li e III

d) II e IV e) llT e IV 39 Os segrnencos a seguir consricucm um rexro retirado, com adapcações, de hnp://www.ana.gov. br/Salalmprensa/ artigos/ ser.2008.pdf. Assinale a opção que apresenra ERRO gramatical.

428


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO a) O Rio Piranhas-Açu nasce na Paraíba e desagua em Macau, no Rio Grande do None. b) Ambos os Estados tem nesse manancial uma das principais fomes de abastecimenro de suas populações e de atividades econôm icas, como a piscicultura. c) O marco definiu um compromisso de encrega de água pela Paraíba conquanco o Rio Grande do Norte, estabelecendo quoras máximas de uso de ;igua por finalidade e por trecho de rio. d) O conAiro que havia foi atenuado por meio <lo marco regulatório de uso das águas do Rio Piranhas-Açu, instituído pela ANA, em articulação com os órgãos estaduais e com o Deparramenro Nacional de Obras concra as Secas. e) Definiu, também, regras <le operação dos reservatórios existentes e programas de moniroramenro da quanridade e qualidade da ;.\gua.

4 1 Assinale a opção em qut: o trecho constirui conrinuaçáo co esa e coerente para o texto a seguir. O Projeto de lncegração do Rio São francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional (PfSF) procura o desenvolvimento regional, com a perspectiva de conseguir benefícios que se estendam para além de 2025, e visa ao desenvolvimento sustentável de uma das áreas de maior concentração populacional do Semiárido, mediante o atend imento a múltiplos usos da água, com garantia adequada. (h rrp://www .ana.gov.br/Salalmprensa/anexos) a) Entreranro, em termos de infraesrrurnra, propõe obras de bombeamenro e consoução de aduroras, que promoverão a rransfer~ncia de água do Rio São Francisco para o semiárido do Nordeste Setentrional. b) Considerou-se, nessa proposição, a evolução das demandas por <igua no Nordeste Serenrrional, associadas não só ao abasteci men ro urbano e doméstico de água, mas, também, aos usos produtivos da água e a produção de alimentos. e) Conrudo, o PISF e motivado pela busca da garantia na disponibilidade da água, inclusive para abastecimento doméstico, necessária ao desenvolvimento sustenr:lvel da região a ser atendida pelas obras de adução e por suas derivações. d) A medida que, na condição de agência reguladora do uso das águas de domínio d <1 União, a ANA concedeu ao empreendedor, o Ministério da 1ntegração Nacional, o Certificado de Sustentabilidade Hídrica (Certoh) e a respectiva outorga de direiro de uso das águas do Rio São Francisco para ral propósito. e) O processo de concessão desses dois diplomas leaais foi cercado de excremo zelo técnico, após o detalhada análise e depois do cumprimento de exigências feiras ao empreendedor, seguindo processo decisório independenre e transparente.

40 Os trechos abaixo consriruem um rexro adaprado de http://u11mv.m1a.gov. bdprodeslprodes.asp, mas estão desordenados. Ordene-os e assinale a opção

CORRETA. ( ) Tal incremento da carga orgânica poluidora nos corpos d'água leva à escassez de <igua com boa qualidade, foto já verificado em algumas regiões do país. ( ) Enrre os maiores desafios da gesrão de recursos hídricos no Brasil esd a redução das cargas poluidoras que degradam os corpos d'água. ( ) Tanto é assim que menos de 20% do esgoro urbano recebe algum cipo de rraramenro, o resranre é lançado nos corpos d'água "in natura'', colocando em risco a saúde do ecossistema e da população local. ( ) Nesse cenário, os efluemes domésticos representam uma das principais fontes de degradação dos ecossistemas aquáticos do lerricório nacional. ( ) Principalmente em regiões metropolitanas, essa degradação da qual idade da água vem criando situações insustentáveis do ponto de vista de desenvolvimento. a) 2, l, 4, 5, 3

b) 3, 2, 4, 5, 1 c) 3, 5, 4, 2, 1 d) 5, 1, 4, 3, 2 c)4, 3, 2, l, 5

42 Em relação à pontuação do texto, assinale a opção CO RRETA.

429


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS menos importações), da ordem de 1 milhão de barris diários. Com isso, o petróleo deverá liderar a lista dos produtos que o Brasil escará exportando mai11 .10 fim da próxima década. O petróleo é negociado para pagamento a visra (menos de 90 dias). Enrão, é um volume de.: recursos que pode ter, de fato, forte impacto ria\ finanças externas do pab. Como é um:i riqueza finita, a prudência e .1 l'\ periência econômica recomendam que o Brasil tente poupar ao miximo essa renda adicion.il proveniente das exportações de petróleo. O me

A .igua pode ter diversas finalidades, como: abasrec menco humano, desscdencaçáo animal, irrigação, indústria, geração de energia elétrica, lazer, navegação crc. M uicas vezes, esses usos podem sl!r concorrences, o que gera conAitos entre setores usuários ou mesmo impactos ambientais. Nesse sentido, e necessário gerir c regular os n.:cursos hídricos, acomodando as demandas cconômicas, sociais e ambientais por <Ígua em níveis suHencáveis, para permitir a convivência dos usos awais e futuros ela água sem conAitos. Por isso, a outorga ~ fundamental, pois, ordenando e regularizando o uso da âgua. é possível assegurar ao ust :írio o efetivo acesso a ela, bem como realizar o controle qua n tirativo e qualitativo dos usos desse precioso recurso.

canismo mais usual é conhecido como fundo 1>0bcrano, por meio do qual as divisas são mantidas cm aplicaçôes seguras que proporcionem, pn.:fc.:n:ncialmentc, bom retorno e ainda contribuam positivamenre para o desenvolvimento da ct:onomia brasileira. Os resultados dessas aplicaçócs devem ser dirccionados para investimentos imcrnos que possibilitem avanços sociais imporranres (educação, infraestrutura, meio ambiente. ciê1Kia

Uosé Mnchrtdo http://wwu1. 1111a.go11. hd Salal111prensalartigosl m.2008pdj) a) As vírgulas da linha dois jusrif1c1m-se por<1uc isolam elemencos de mesma função gramatical <omponences de uma cnumt:ração. b) O emprego do sinal de dois-pontos jusrifü..a-se por anreceder oração subordinada adjetiva restritiva . c) /\ vírgula apos "Muiras vezes" justifica -se para isolar conjunção temporal. d) O emprego de vírgula após "hídricos" justific.a-se para isolar oração subordinada advcrbial comparativa. e) O emprego de vírgula após "fundamental" justificMe por isolar oração subordinada ad' erbial condicional.

43

e t<::cnologi<l). (0 Globo, Editorirt!, 131101200':))

a) É indiscurí,·cl que. quando escivercm cm operação os campos da camada do pré-sal, o Brasil terá um saldo na balança comercial do petró leo da ordem de 1 milhão de barris diários. b) É recomendável que os recursos arrecadados com a exploração do petróleo da camada do pré-sal sejam mantidos num l'undo seguro, que proporcione recomo garantido e <.:onrribua favoravdmcmc para o Jescnvolvimcnto da economia bra~ileira. c) Somente quando estiverem cm operaçao 01' campos da camada do pré-sal, o petróleo scr;i negociado para pagamento a vista. d) Estima-se que, no final da próxima década, mm os campos do pré-sal já cm operação. o Bra1>il lidt:re a lisra dos países importadores de pecrólc.:o, com fone impacto na balança wmc.:rcial. e) A renda adiciona l proveniente da exportaçüo do petróleo da camada do pré-sal de,·er<i ser aplicada diretamente cm inveMimentos c.:om repercussão na área social.

Em relação às iníormaçõcs do texro. assinale.: a opç.io CORRETA. A p•oduçáo brasileira de petrólt:o e gás cercamente dad u m salto quando estiverem cm operação os c..1mpos j;í descobertos na chamada camada do pré-sal. Embora essa expansão só possa ser cfetivairence assegurada quando forem delimitada\ as reservas, e os tesces de longa duração confirmarem a produrividade prodvcl dos campos, simulações indicam que o Brasil rerá um saldo posirivo na balança comercial e.lo petróleo (exporcaçóc\

430


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO 44 Assinale a opção CORRETA a respeito do rexro.

O período a que, hoje, assistimos se caracteriza pela perda de legitimidade dos governos e dos modelos neoliberais, mas, ao mesmo te!"lpo, por dificuldades de construção de projeros alrernarivos. Uma das barreiras para a construção <le tais projetos é o próprio faro de esses governos estarem engajados em uma estracégia de dispura hegemônica contínua, convivendo com o poder privado da grande burguesia - das grandes empresas privadas, nacionais e estrangeiras, dos bancos, dos grandes exportadores do agronegócio, da mídia privada. Se essa ciice econômica não dispõe de grande apoio interno, conra com grandes aliados no plano internacional, especialmente enrre os países globalizadores.

Aferrado à valorização do aqui e agora, o sábio indiano Svârni garante que "só o presenre é real", o tiue equivale a considerar o passado e o fururo como puras ilusões. Viver no preseme implica aceitar o primado da ação (o aro) sobre a esperança, o que equivale a trocar a passividade do estado de espera pela manifestação ativa da vonrade de fazer. Em ourras palavras, impona a flecha mais do que o alvo, o aro mais do que a expecraciva. Corno bem acentua Comre-Sponville, a ausência pura e simples de esperança não corresponde à mágoa, traduzida na acepção comum da palavra desespero. O desespero/desesperança é, anres, o grau zero da expecrariva, porranro um reoime de acolhimenrn do real sem temor, sem o desengano, sem tristeza. Esse regime, ou essa regência, pode ser chamado de beatitude ou de alegria: urna aceitação e uma experiência da plenitude <lo presenre.

(Emir Sader. A nova toupeira: os caminhos dfl esquerda latirzomnericana. São Paulo: Boitempo, 2009) a) Quanto maior o engajamento de um país em disputas por hegemonia, maior a crise de legicimidade das políticas neoliberais por ele desenvolvidas. b) A elire econômica de um país globalizado prescinde de apoio interno para manter seu poder hegemônico sobre os governos carentes de legitimidade. c) O poder hegemônico dos países globalizadores dificulra o avanço de projetos que vi~em à superação dos modelos neoliberais. d) A maior dificuldade dos governos de países globalizados é enfrentar a aliança da míd ia privada com os países globalizadores. e) Na elice econômica de um país, é a mídia privada que mais poder exerce sobre o governo de um país.

(Muniz Sodré. As estmtégias sensíveis: afeto, mídia e

política. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006, p.206) a) O auror do cexto defende a ideia de que o ser humano, ao criar expectarivas em relação ao futuro, náo deve desesperar-se, mas, sim, manrer-se passivo no estado de espera. b) A ideia central desenvolvida no rexro baseia-se no pressuposro de que se vive, arualmentc, uma era cm que predomina o desespero. c) Uma das ideias secundárias desenvolvidas no rexro é a de que os fins justificam os meios, como se depreende do trecho "importa a flecha mais do que o alvo". d) Uma das ideias desenvolvidas no rexro é a de que o real só é, de faro, apreendido quando o indivíduo compreende o passado e o fururo como ilusões. e) Para susrenrar a ideia apresentada no primeiro parágrafo, o all[or do texro argumenta que é o medo do fururo que motiva os indivíduos a viverem intensamente o aqui e agora.

46 Assinale a opção que reproduz CORRETAMENTE ideia contida no rrecho abaixo. A realidade dos juros não se restringe ao mundo das finanças, como supõe o senso comum, mas permeia as mais diversas e su rpreendentes esferas da vida prácica, social e espiritual. A face mais visível dos juros monerários - os juros fixados pelos bancos centrais e os praricados nos mercados de crédito - represema apenas um

45 Assinale a opção que apresenta CORRETAMENTE ideia contida no trecho abaixo.

431


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS valor demasiado ao que está próximo de nós no rcmpo, em derrimento do que se encontra mais afoscado. A hipermecropia é a acribuiç:ío de um valor excessivo ao :imanhã, cm prejuízo das demandas e interesse::. correntes.

aspccco, ou seja, n:ío mais que uma diminura e pec uliar conscclaçáo no vasro universo das trocas inccrccmporais em que valores presenres e futuros meJcm forças . Pode-se, por exemplo, exam inar a moderna teoria biológica do envelhecimento como uma troca imcrtemporal cuja sínresc é "viver agora, pagar depois". A senescência dos organismos é a coma de . uros decorrente do redobrado vigor e aptidão juv..:nis.

(Eduardo Gimmelli. O 1111/or do rtmrmhn: enst1io sobrt a 11111/m'Zll dos juros. Srio Paulo: Compm1hia d1ts LNms, 2005)

a) Contudo, a miopia temporal nos lcva a subestimar o lururo, e a hipcrmetropia a supervalorizar o focuro, o que desfaz, em parcc, a referida simetria. b) Por serem ameaças cujo resultado é idêntico, ramo a miopia temporal quanro .1 hipermecropia rornam irrelevante o fcnômeno dos juros nas sicuações de croca enrre presente e fucuro. c) Apesar dessa simetria, não existe uma pmição credora - pagar agora, viver depois -, mesmo porque sempre abrimos mão de algo no prescnrc sem a expccraliva dc recebermos algo no fuwro. d) Dianrc dessas ameaças, cabe perguntar se cxisre u m ponto cerco - um equilíbrio esdvel e ex:uo - entre os cxcrernos da fuga do fucuro (miopia) e da fuga para o fururo (hipcrmetropia). e) Essa simecria conduz, portanto, ~ conclusão de que vale mais a pena subordinar o prescnrc ao fuwro, e não, o contrário, o que nos fará auibuir valor excessivo ao fucuro, sem risl:O de incorrermos cm hipermecropia temporal.

(Texto fldflptndo de Eduardo Cimm1•1ti.

O vakr cio m111111hn: ensaio sobn• a nawre:w dos juros. Sno P111t!o: Companhia das '-i>tms, 2005) a) ;\o se fazer analogia enm: os juros pagos cm transações fi nanceiras e os pagos cm relações sociais, verifica-se que, apesar de, nestas, eles c:scarem embutidos, não há. interesse da sociedade em <lcsvebr esse foro . b) A moderna teoria biológica prioriza as análises que :ibordam ns mudanças no corpo do ser rumano como trocas incenempornis às quais é i 1crence o pagamenro de juros. c) Os ju ros mais alros pagos pelos cidadãos são aqueles que, sorrateiramente, resultam da prórria nacurcza finita dos seres humanos, determinada pelo irreversível cnvelhecimenco do corpo. d) O conceito de juros cem sido aplicado restricamcnce às situações do mercado financeiro porque, via de regra, prevalecem, nas sociedades, a.> noções csrabelccidas pelo senso comum. e) Prevalecendo a caraccerÍslica dos juros de que e es sempre envolvem uma troca incercempor;tl, a aplicação do conceito de juros pode ser estendida a outras siruaçóes da vida dos indiv1duos.

48 Assinale a opção que comcirui continuação coesa, coerente e gramaricalmence correta para o ccxro de Luiz Gonzaga Beluzzo, adaptado do \lt1lor Económico de 14 de ou rubro de 2009 A marca rcgiscrada das crises capitaneadas pela finança é o colapso dos critérios ele avaliação da riqueza que vinham prevalecendo. As expectativas dos possuidores de riqueza capiculam diance da incerteza e não é mais possível precificar os arivos. Os métodos habiruais que permitem avaliar a rclaç:ío risco/rendimento dos arivos sucumbem diante do medo do futuro. A obscuridade coral pnralisa as decisões e nega os novos fluxos de gasto.

47 Nas opções, são apresentadas proposras de conrinuidade do parágrafo abaixo. Assinale aquela cm que fo ram atendidos plenamente os princípios de coesão e coerência tcxruais. Duas ameaças simétricas rondam a determinação dos termos de rroca enrre presemc e fuwro. A ni iopia rcmporal envolve a atribuição de um

432


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO ( ) Ao redor do q ue se tem ch:i mad o de "imprensa de opin ião" ou de "publicismo", org:inizaram-se os espaços públicos das democracias ina u gu rais na modernid:idc ocidenral. ( ) O espaço público realiza, modernamente, a med iação dos inrercsses panicularcs da sociedade civil, visando principalmenre a preservar as garanrias dos clirciros individuais freme ao poder do Estado. É aí fundamental o papel da imprensa. ( ) É preciso deixar claro, co mudo, q ue, a despeito de sua grande importância, a imprensa não define o espaço público. Ele não é um puro espaço de co municação e, sim, u ma porência de conversão do individual em comum, o que não deixa de com porcar zonas ele sombras ou de opacidades não necessariamente comunicarivas. ( ) Assi m, a ampliação técnica d a tradicional esfora pública pelo advento da mídia ou de rodas as recnologias da informação não implica necessa riamen te o alargamen to da ação política. ( ) Por outro lado, vem definhando a representação popu lar, que era o mocor político do espaço público e base da sociedade democdtica, fenômeno que remo nta ao século XJX, quando a experiência da soberania popular se converteu em puro diálogo, senão cm mera encenação espetacular.

;l) Essa decisão pela corrida privad:i par:i :ts formas

imaginárias, mas socialmenrc incontornáveis do \ alor e da riqueza vai afetar ncgativamcnre a valorizaçáo e a reprodução da verdadeira riquC1a social, ou seja. :t demanda de ;uivos reprodurivos e de rr:tbalhadores. b) Em contraposição a ei.sc frnômcno, depois do colapso financeiro deflagrado pda quebra do Lchman Brorhcrs, os preços <los ativos privados foram atropelados pelos mercados em pânico. na busca impossh•el da dcsalavancagem colcriva. Vendedores cm fliria e compradores cm fuga fizeram evaporar a liquidez dos mercados e prometiam uma dcAação de aci\•Os digna da Grande Depressão dos anos rrinra. e) Contanco que a reação das autoridades dos países desenvolvidos foi menos eficaz para rescabclcccr a ofcrra de crédiro no volu me desejado e impotente para reanimar o dispêndio das famílias e dos negócios. Empresas e consumidores cracaram de cortar os gastos (e, porramo a demanda de crédito) para ajuscar o endividamenro contraí<lo no passado ~1 renda queimaoinam obter num ambiente de desaceleração b da economia e de queda do emprego. d) Essas inrervençóes dos bancos centra is e dos Tesouros, sobretudo nos facados Unidos, conseguiram, <lOS crancos, barrancos e trombadas legais, estancar a dpida deterioração das expectativas. Conrrariando os augúrios mais pe!>simisras, a ação das aucoridades foi capaz de afetar positivamente as taxas do intcrbancário e rescabelecer as com.lições mínimas de funcionamentos do~ mercados moncd rios. e) Em cais circunstânci;1s, a tencariva <le redução do endividamento e dos gasros de empresa!> e famílias em busca da liquidez e do reequi líbrio patrimonial é uma <lccisáo "racional" do ponto de visra microeconômico, mas danosa para o conjunro da economia, pois leva necessariamente à deterioração dos balanços. É o paradoxo da "desalavancagem".

a) 2, 4, 1, 3, 5

b) 2, 1, 5. 4, 3 c) J, 2, 4, 5 . .) d) 2, 1, 3. 5. 4 e) 3. 5. 1, 2, 4

5 0 Os trechos a seguir consricuem um rexco adaptado de O Globo, Editorial, 14110/2009, mas estáo desordenados. O rde ne-os nos parê nrescs e indique a sequência CORRETA. ( ) Esse quadro se alrcrou significarivameme: cm volume, a produção n:icio nal de pecrólco vem se manrendo próxima aos paramares ele consumo doméstico. A redução dessa dependência no campo da energia foi acompanha-

49 Os trechos abaixo consriruem um texto adapcado de Muniz Sodré (As esm11égir1s semí11eis: rifeto, mírlia e política), mas estão desordenados. Ordene-os. indique a ordem dcnrro dos parênteses e assinale :t opção que corresponde !1 ordem C ORRET A.

433


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

( )

( )

( )

( )

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

da por um salto expressivo nas exporraçóes brasileiras (que cresceram uma vez e meia na t'.ilrima dC:cada), com razoável equilíbrio enrre produtos básicos e manufaturados na paura de vendas. Apesar de a economia brasileira ter ainda um grau de aberrura relarivamenre pequeno para o exterior - se comparado à média inrernacional - , o dmbio sempre foi aponrado com um dos fatores mais vulneráveis do país. No passado, o Brasil era muiro dependence de pecrólco imporrado e de insurnos essenciais para a inclt'.1srria. Além desse equilíbrio, os programas de ajusre macroeconôm ico têm garanrido uma estabilidade monetária que ampliou o horizonte de investimentos e as possibi lidades de um desenvolvimento susrencável de longo prazo. Tal promoção foi reforçada pela capacidade de reação da economia brasileira à recente crise finan ceira, a mais grave que o mundo :uravessou desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Assim, as principais agências classificadoras de risco promoveram a economia brasileira para a categoria daquelas que não oferecem risco cambial aos investidores estrangeiros.

a) 2, 1, 3, 5, 4 b) 5. 3. 4, 1, 2 c)4, 5. 2, 3, 1 d)3,2. l ,4,5 e) 4, 1, 2, 3, 5

GABARITO IA

!I·

1()

·lC

~e

e.o

-e

8~

?li

Hill

l IL\

121:

1\:\

HB

1m

16(

1-n

lllF

l'JB

WC..:

!IA

1:?(

HI>

2·1C

!~~

!(1('

rn

.?8D

29:\

JOC

310

12~

.HI

.\·11\

.\~A

\6C

rE

.\8:\

.WC

•100

·11B

t!A

-1.111

HI>

1~C

4<.I:

4-[)

481:

-t?D

~O.\

434


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

APtNDICE

REDAÇÃO OFICIAL

Além de atender à disposição consritucional, a

O QUE É REDAÇÃO OFICIAL?

fo rma dos aros normarivos obedece a cerra rradicial é a maneira pela qual o Poder Público redige

ção. Há normas para sua elaboração que 1emontam ao período de nossa história imperial, como,

aros normativos e comunicações. Interessa-nos rracá-la do ponto de visrn do Poder Execmivo. A redação oficial deve caracrerizar-se pela im-

por exemplo, a obrigacoriedade - esrabelec da por decreto imperial de 10 de dezembro de 1822-<le que se aponha, ao final desses atos, o núrrero de

pessoalidade, uso do padrão cu llO de linguagem,

anos transcorridos desde a Independência. Essa

clareza, concisão, forma lidade e uniformidade.

prática foi mantida no período republicano.

Em uma frase, pode-se d izer que redação ofi-

Fundamenralmence esses acribucos decorrem da

Esses mesmos princípios (impessoalidade, cla-

Consriruição, que dispõe, no arrigo 37: "A adm inistração pública direta, indireta ou fundacional,

reza, uniformidade, concisão e uso de linguagem formal) aplicam-se às comunicações oficiais: elas

do Disrrico Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, mo-

devem sempre permitir uma única interpretação e ser escritamente impessoais e uniformes, o que exige o uso de cerco nível de linguagem.

ralidade, publicidade e eficiência (... )". Sendo a pub licidade e a impessoalidade princípios funda -

Nesse conrexro, fica claro também que as com unicações oficiais são necessariamente un ifor-

mentais de roda administração pública, claro esrá

mes, pois há sempre um único comunicador (o

que devem igualmente nortear a elabo ração dos

Serviço Público) e o receptor dessas comunica-

aros e comunicações oficiais.

ções ou é o próprio Serviço Público (no caso de

de qualquer dos Poderes da União, dos Esrados,

Não se concebe que um aro normativo de

expedientes dirigidos por um ó rgão a outro) - ou

qualquer natureza seja redigido de forma obscura,

o conjunto dos cidadãos ou inscicuições rrarados de forma homogênea (o público).

que dificulte ou impossibilite sua compreensão. A transparência do semido dos aros normativos,

Outros procedimentos rorinciros na redação de comunicações ofi ciais foram inco rporados ao

bem como sua inrcligibilidade, são requisitos do

longo do cempo, como as formas de rratamenco e de cortesia, certos clichês de redação, a estrutura

próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto legal não seja erucndido pelos cidadãos. A

dos expediences, erc. Mencione-se, por exemplo,

publicidade implica, pois, nect:ssariamcnte, clareza e concisão.

a fixação dos fechos para comunicações oficiais,

435


PORTU13UtSDESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

regulados pela Portaria nº l do Ministro de Es-

nicação ou é o público, o conjunro dos cidadãos,

tado da Justiça, de 8 de julho de 1937, que, após

ou oucro órgão público, do Executivo ou dos ou-

mais de meio século de vigência, foi revogado pelo Decrero que aprovou a primeira edição do Manual de Redação da Presidência.

tros Poderes da U nião. Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam das

Acrescente-se, por fim , que a identificação que

comunicações oficiais decorre:

se buscou fazer das características específicas da forma oficial de redigir não deve ensejar o enten-

a) da ausência de impressões individuais de quem

dimento de que se proponha a criação - ou se aceite a existência - de uma forma específica de

comunica: embora se trate, por exemplo, de

linguagem adm inistrativa, o que co loquialmen-

minada Seção, é sempre em nome do Serviço

te e pejorativameme se chama burocratês. Este

Público que é feira a comunicação. Obtém-se,

é antes uma disrorção do que deve ser a redação

assim, uma desejável padronização, que permi-

oficial , e se caracteriza pelo abuso de expressões e clichês do jargão burocrático e de formas arcaicas

te que comunicações elaboradas em diferentes sero res da Administração guardem entre si certa uniformidade;

um expediente assinado por Chefe de deter-

de construção de frases. A redação oficial não é, portanto, necessariamente árida e in fensa à evolução da língua. É que

b) da impessoalidade de quem recebe a comu-

sua final idade básica - comunicar com impesso-

nicação, com duas possibilidades: ela pode

alidade e máxima clareza - impõe certos parâme-

ser dirigida a um cidadão, sempre concebido

tros ao uso que se faz da língua, de maneira diver-

como público, ou a outro órgão público. Nos

sa daq uele da literatura, do texto jornalístico, da correspondência particular, etc.

dois casos, temos um destinatário concebido de forma homogênea e impessoal;

Apresentadas essas características fundamentais da redação oficial, passemos à análise pormenorizada de cada uma delas .

c) do caráter impessoal do próprio assumo tratado : se o universo temático das comunicações oficiais se restringe a questões que dizem respeiro ao interesse público, é narural que não cabe qualquer tom particular ou pessoal.

A IMPESSOALIDA DE A fi nalidade da língua é comunicar, quer pela

Dessa fo rma, não há lugar na redação oficial

fala, q uer pela escrita. Para que haja comunica-

para impressões pessoais, como as que, por exem-

ção, são necessários: a) alguém que comun ique,

plo, constam de uma carta a um amigo, ou de um

b) algo a ser comunicado, e c) alguém que rece-

artigo assinado de jornal, ou mesmo de um texto

ba essa comunicação. No caso da redação oficial,

literário. A redação oficial deve ser isenta da incer-

quem comunica é sempre o Serviço Público (este ou aquele Ministério, Secretaria, Deparramemo,

ferência da individualidade que a elabora.

Divisão, Serviço, Seção); o que se comunica é

lidade de que nos valemos para elaborar os expe-

A concisão, a clareza, a objetividade e a forma-

sempre algum assumo relativo às atribuições do

dientes oficiais contribuem, ainda, para que seja

órgão q ue comunica; o destinatário dessa comu-

alcançada a necessária impessoalidade.

436


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO A LINGUAGEM DOS ATOS E COMUNICAÇÕES OFICIA IS

go, podemos nos valer de determinado padrão de linguagem que incorpore expressões extremamente pessoais ou coloquiais; em um parecer

A necessidade de empregar determinado ní-

jurídico, não se há de estranhar a presença do

vel de linguagem nos aros e expedienres oficiais

vocabulário técnico correspondente. Nos dois

decorre, de um lado, do próprio carárer público

casos, há um padrão de linguagem que atende

desses aros e comunicações; de outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, enrendidos como atos

ao uso que se faz da língua, a fin alidade com que a empregamos.

de caráter normativo, ou estabelecem regras para

O mesmo ocorre com os rextos oficiais: por

a conduta dos cidadãos, ou regulam o funciona-

seu caráter impessoal, por sua finalidade de infor-

mento dos órgãos públicos, o que só é alcançado

mar com o máximo de clareza e concisão, eles re-

se em sua elaboração for empregada a linguagem

querem o uso do padrão culto da língua. Há con-

adequada. O mesmo se dá com os exped ientes

senso de que o padrão cu lto é aquele em que a)

oficiais, cuja finalidade precípua é a de informar

se observam as regras da gramática formal, e b) se

com clareza e objetividade.

emprega um vocabulário comum ao conjunto dos

As comunicações que partem dos órgãos pú-

usuários do idioma . É importante ressaltar que a

blicos federais devem ser compreendidas po r todo

obrigamriedade do uso do padrão culto na reda-

e qualquer cidadão brasileiro. Para atingi r esse ob-

ção oficial decorre do fam de que ele está acima

jetivo, há que evitar o uso de uma linguagem res-

das diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas

trita a determinados grupos. Não há dúvida que

regionais, dos modismos vocabulares, das idios-

um texto marcado por expressões de circulação

sincrasias linguísticas, pcrmicindo, por essa razão,

rescrita, como a gíria, os regionalismos vocabu-

que se atinja a pretendida compreensão po r mdos

lares ou o jargão récnico, tem sua compreensão

os cidadãos.

dificultada.

Lembre-se que o padrão culrn nada cem con-

Ressalte-se que há necessariamente uma dis-

tra a simplicidade de expressão, desde que não

tância entre a língua falada e a escrita. Aquela é

seja confund ida com pobreza de expressão. De

extremamente dinâmica, reflete de fo rma ime-

nenhuma forma o uso do padrão culto im plica

diara qualquer alteração de cosw mes, e pode

emprego de linguagem rebuscada, nem d os con-

evenwalmente contar com outros clcmenrns

torcionismos sintáticos e figuras de linguagem

que auxiliem a sua compreensão, como os ges-

próprios da língua literária.

rns, a encoaçáo, etc., para mencionar apenas al-

Pode-se concluir, enráo, que não existe pro-

guns dos fatores responsáve is por essa d istância.

priamente um "padrão oficial de linguagem"; o

Já a língua escrita incorpora mais

lentamente as

que há é o uso do padrão culto nos atos e co-

transformações, tem maior vocação para a per-

municações oficiais. É claro que haverá preferên-

manência, e vale-se apenas de si mesma para co-

cia pelo uso de determinadas expressões, ou será

municar.

obedecida cerra tradição no emprego das fo rmas

A língua escrita, como a falada, compreende

sintáticas, mas isso não implica, necessariamente,

d iferenres níveis, de acordo com o uso que dela

que se consagre a utilização de uma forma de lin-

se faça. Por exemplo, cm uma carta a um ami-

guagem burocrática. O jargão burocrático , como

437


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

rodo ja rgão, deve ser evitado, pois rerá sempre sua

CONCISÃO E CLAREZA

compreensão limitada. A linguagem técnica deve ser empregada ape-

A concisão é antes uma qualidade do que

nas cni sicuaçóes que a exijam, sendo de evitar

uma caracrcrísrica do rexLO oficial. Conciso é

o seu uso ind iscriminado . Certos rebuscamen-

o texrn que consegue transmitir um máximo

ros acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio

de informações com um mínimo de palavras.

a dete ·minada área, são de difícil enrendimen-

Para que se redija com essa qualidade, é fun-

ro por quem não esreja com eles familiarizado.

damental que se renha, além de conhecimento

Deve-se rer o cuidado, porcanro, de explicitá-los

do assunto sobre o qual se escreve, o necessário

em comunicações encaminhadas a outros órgãos

tempo para revisar o texto depois de pronto.

da administração e cm expedientes dirigidos aos

É nessa releicura que muitas vezes se percebem

c idadãos.

evenruais redundâncias ou repetições desnecessárias de ideias. O esforço de sermos concisos acende, basica-

FORMALIDA DE E PADRONIZAÇÃO

mente ao princípio de economia linguíscica, à mencionada fórmula de empregar o mínimo <l1:

As comunicações oficiais devem ser sempre

palavras para informar o máximo. Não se deve

formais, isco é, obedecem a cerras regras de for-

de forma alguma entendê-la como economia dt.:

ma: al~m das já mencionadas ex igências de im-

pensamento, isco é, não se devem eliminar passa-

pessoalidade e uso do padrão cu Iro de linguagem,

gens substanciais do lexto no afã de reduzi-lo em

é imp('rarivo, ainda, certa formalidade de rrara-

tamanho. Trara-se exclusivamente de cortar pa-

menco. Não se trata somente da dúvida quanco

lavras inúteis, redundâncias, passagens que nada

ao correto emprego desce ou daquele pronome

acrescentem ao que já foi diro.

de rracamenco para uma aucoridade de cerro ní-

Procure perceber cerra hierarquia de ideias

vel, mais do que isso, a formalidade diz respeito

que existe em todo cexto de alguma complexi-

à polidez, à civil idade no próprio enfoque dado

dade: ideias fundamentais e ideias secundárias.

ao assunro do qual cu ida a comunicação.

Estas últimas podem esclarecer o senrido da-

A formalidade de tratamento vincula-se, também,

:t

quelas, detalhá-las, exemplifi d-las; mas exiscem

necessária uniformidade das comunica-

também ideias secundárias que não acrescentam

ções. Ora, se a administração federal é una, é na-

informação alguma ao texto, nem têm maior re-

tural que as comunicações que expede sigam um

lação com as fundamentais, podendo, por isso,

mesmo padrão. O esrabelecimenro desse padrão,

ser dispensadas.

uma d 1s meras das redações oficiais, exige que se

A clareza deve ser a qualidade básica de rodo

atente para todas as suas características e que se

texto oficial. Pode-se definir como claro aquele

cuide, a inda, da apresentação do texto.

texto que possibilica imediam compreensão pelo

A clareza darilográfica, o uso de papéis unifor-

leitor. No entanto, a clareza não é algo que se

mes para o texto definitivo e a correra diagrama-

atinja por si só: ela depende eslritamenre das de-

ção do rexto são indispensáve is para a padroniza-

mais características da redação oficial. Para ela

ção.

concorrem:

438


HAVIA RITA COUTINHO SARMENTO a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de inrcrpretaçóes que poderia decorrer de um rratamenro personalista dado ao rexco;

PRONOMES E FORMAS 1 DE TRATAMENTO CONCORDÂNCIA COM

b) o uso do padrão culco de linguagem, em prin-

OS PRONOMES DE TRATAM ENTO

cípio, de cnrend imcnro geral e por definição avesso a vocábulos de circulação restrita, como a gíria e o jargão;

Os pronomes de traramenro (ou de segunda pessoa indireta) ap resentam certas peculiaridades quanto à conco rdância verba l, nominal e

c) a formalidade e a padronização, que possibili-

pronominal. Embo ra se refiram à segunda pes-

tam a imprescindível uniformidade dos textos;

soa gra matica l (à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a co mun icação), levam a co ncor-

d) a concisão, que faz desaparecer do texto os ex-

dância para a terceira pessoa. É que o ve rbo con-

cessos linguísticos que nada lhe acrescenram.

corda com o substantivo que integra a locução

É pela correra observação dessas características que se redige com clareza. Contribuirá, ain-

como seu núcleo sintáti co: "Vossa Senhoria nomeará o substicuto"; "Vossa Excelência conhece o assu n co".

da. a indispensável releitura de rodo rexro redi-

Da mesma forma, os pronomes possessivos re-

gido. A ocorrência, cm rexros oficiais, de rrechos

feridos a pronomes de tracamenco são sempre os

obscuros e de erros gramaticais provém princi-

da terceira pessoa: "Vossa Senhoria nomeará seu

palmente da falta da rcleirura que torna possível

- "'' . ,, (e nao su bsmuco vossa ... vosso...") . Já quanco aos adjetivos referidos a esses pro-

sua correção. Na revisão de um expediente, deve-se ava-

nomes, o gênero gramatical deve coincid r com

liar, ainda, se ele será de fácil compreensão por

o sexo da pessoa a que se refere, e não co m o

seu dcsrinacário. O que nos parece óbvio pode ser desconhecido por terceiros. O domínio que

substantivo que co mpõe a locução. Assim, se nosso intcrlocut0r for homem, o correro é "Vos-

adqu irim os sob re certos assuntos em decor-

sa Excelê ncia está atarefado", "Vossa Senhoria

rência de nossa expe ri ê nc ia profissional muirns

deve estar sa tisfeito"; se for mulher, " Vossa Exce-

vezes faz com que os tomemos como de conhe-

lência es tá ata refada", "Vossa Senhoria deve estar

cimento geral, o que nem sempre é verdade.

sat isfoica" .

Explicice, desenvolva, esclareça, precise os termos técnicos, o significado das siglas e abreviações e os conceitos específicos que não possam

EMPREGO DOS PRONOM ES DE TRATAMENTO

ser dispensados. A revisão atenta exige, necessariamente, tempo. A pressa com que são elaboradas cerras comunicações quase sempre compromete sua clareza.

Como visco, o emprego dos pronomes de tra-

Não se deve proceder à redação de um texto que

tamento obedece a secular tradição. São de uso

não seja seguida por sua revisão.

consagrado:

439


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:

As demais autoridades serão traradas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo:

a) do Poder Executivo:

Senhor Senador, Senhor juiz, Senhor Ministro, Senhor Governador,

- Presidente da República; - Vice-Presidenre da República; - Ministros de Estado; - Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Disrriw Federal;

No envelope, o endereçamenco das comuni-

- Oficiais-Generais das Forças Armadas;

cações dirigidas às autoridades tratadas por Vt>ssa

- Embaixadores;

Excelência, terá a seguince forma:

- Secretários-Executivos de Ministérios e

A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Ministro de Estado da Justiça 70064-900- Brasília. DF

demais ocupanres de cargos de natureza especial ; - Secretários de Esrado dos Governos Escad uais;

A Sua Excelência o Senhor Senador Fulano de Tal Senado Federal 70165-900 - Brasília. DF

- Prefciws Municipais.

b) do Poder Legislativo: - Depurados Federais e Senadores; - Ministros do Tribunal de Contas da

A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Juiz de Direito da 1Oª Vara Cível Rua ABC, no 123 O1O10-000 - São Paulo. SP

União; - Depurados Esraduais e Distritais; - Conselheiros dos Tribunais de Comas Estaduais; - Presidences das Câmaras Legislativas Mu-

Em comunicações oficiais, está abolido o uso

nicipais.

do rraramenro digníssimo (DD), às auwridades arroladas na lista anterior. A dignidade é pressu-

c) do Poder Judiciário: - Ministros dos Tribunais Superiores;

posto para que se ocupe qualquer cargo público,

- Membros de Tribunais;

sendo desnecessária sua repetida evocação.

- Juízes;

Vt>ssa Senhoria é empregado para as demais auroridades e para paniculares. O vocativo adequado é:

- Auditores da justiça Militar.

Senhor Fulano de Tal, (... )

O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo:

No envelope, deve constar do endcrcçamenco:

Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional, Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.

Ao Senhor Fulano de Tal Rua ABC, nº 123 12345-000 - Curitiba. PR 440


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO Como se depreende do exemplo anterior, fica dispensado o emprego do superlarivo ilusrrbsimo

rcndíssima para Monscnhores, Cônegos

para as autoridades que recebem o traramento de

para sacerdotes, clérigos e demais religiosos.

t.

supe-

riores religiosos. Vossa Reverência é empregado

Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o uso do pronome de rracamenro Senhor. Acrescente-se que douror não é forma de rrara-

FECHOS PARA COMUNICAÇQES

menro, e sim círulo acadêmico. Evite usá-lo indiscriminadamenre. Como regra geral, empregue-o

O fecho das comunicações oficiais possui,

apenas em comunicações dirigidas a pessoas que

além da final idade óbvia de arrematar o texto,

renham cal grau por rcrem concluído curso uni-

a de saudar o desrinarário. Os modelos para fe-

vcrsicário de dourorado. É coscumc designar por

cho que vinham sendo urilizados fo ram 1cgula-

doutor os bacharéis, especíalmcnrc os bacharéis

dos pela Porcaria nº 1 do Ministério da Jusriça,

em Oireico e em Medicina. Nos demais casos, o

de 1937, que escabelecia quinze padrões. Com o

cracamenro Senhor confere a desejada formalida-

firo de simplificá-los e uniformizá-los, o manual

de às comunicações.

<la Presidência cscabelccc o emprego de somente

Mencionemos, ainda, a forma Vossa Magnifi-

<lois fechos diferentes para rodas as modalidades

cência, empregada por força da tradição, em co-

de comunicação oficial:

municações dirigidas a rciwres de universidade.

a) para autoridades superiores, inclu ~ivc o

Corresponde-lhe o vocacivo:

Presidente da República:

1\fagnífico Reitor,

( ..)

Respeitosamente, b) para aucoridades de mesma hierarquia ou

Os pronomes de rraramenro para religiosos, de

de hierarquia inferior:

acordo com a hierarquia eclesiástica, são: Vossa Santidade, em comunicações dirigidas

Atenciosamente,

ao Papa. O vocacivo correspondente é: Ficam excluídas dessa fórmula as comu ni-

Santíssimo Padre, ( ..)

cações dirigidas a aucoridades escrangeiras, que acendem a rico e rradiçáo próprios, devida'Tlcnce

Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reve-

disciplinados no Manual de Redação do Mmiscé-

rendíssima, cm comunicações aos Cardeais. Cor-

rio das Relações Exccriores.

responde-lhe o vocativo:

Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Ct1rdeal ( ..)

-

,

1

IDENTIFICAÇAO DO SIGNATA~IO

Vossa Excelência Revercndíssi ma é usado cm

Excluídas as comunicações assinadas pelo Presi-

comunicações dirigidas a Arcebispos e Bispos;

dence da República, rodas as demais comunicações

Vossa Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reve-

oficiais devem crazer o nome e o cargo da aucorida-

441


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

c) assunto: resumo do teor do documemo.

de que as expede, abaixo do local de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a seguime:

Assunto: Produtividade do órgão em 2011. Assunto: Necessidade de aquisição de novos computadores.

(espaço para assinatura) Nome Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República

d) destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação. No caso do ofício, deve ser incluído também o endereço.

(espaço para assinatura) Nome

e) texro : nos casos em que não for de mero

Ministro de Estado da Justiça

encaminhamento de documentos, o expediente deve conter a seguinte estrutura:

Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assinatura em página isolada do expediente. Transfira para essa página ao menos a última frase anterior ao fecho.

[

- introdução, que se estrutura no parágrafo de abertura, no qual é apresentado o assunto que motiva a comunicação. Evite o uso das formas: "Tenho a honra de", "Tenho o prazer de", "Cumpre-me informar

O PADRÃO OFÍCIO

que", empregue a forma direta; - desenvolvimento, no qual o assunto é de-

H :i três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela fina lidade do que pela forma: o

talhado; se o texto contiver mais de uma ideia sobre o assunto, elas devem ser tra-

ofício, o aviso e o memorando. Com a intenção de uniformizá-los, pode-se adotar uma diagra-

tadas em parágrafos distintos, o que confere maior clareza à exposição;

mação única, que siga o que chamamos de padrão ofício. As peculiaridades de cada um serão tratadas adiante; por ora busquemos as suas semelhanças. O aviso, o ofício e o memorando devem conter as seguintes panes:

- conclusão, em que é reafirmada ou simplesmente reapresentada a posição recomendada sobre o assunto.

Os parágrafos do texto devem ser n ume-

a) tipo e número do expediente, seguido da

rados, exceto nos casos em que estes estejam organizados em irens ou títulos e subtítulos.

sigla do órgão que o expede.

Mem. 12312010-MF Aviso 12312010-SG Of 12312010-MME b) local e dara em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita.

Já quando se tratar de mero encaminhamento de documentos a estrutura é a seguinte:

I_ introdução: deve iniciar com

referência ao ex-

pediente que solicitou o encaminhamento. Se

Brasília, 15 de março de 2011 .

442


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO a remessa do documento não tiver sido solicitada, deve iniciar com a informação do motivo da comunicação, que é encaminhar, indicando a seguir os dados completos do documento encaminhado (tipo, data, origem ou signatário, e assunto de que trata), e a razão pela qual está sendo encaminhado, segundo a seguinte fórmula:

-

,.

1

FORMA DE DIAGRAMAÇAQ Os documcncos do Padrão Ofício devem obedecer à seguinte forma de apresentação: a) deve ser utilizada fonte do ripo Timc:s New Roman de corpo 12 no texto cm geral, 1 1 nas ciLaçócs, e 1O nas noras de rodapé; b) para símbolos não cxisLenccs na fome Times New Roman poder-se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings;

''Em resposta ao Aviso nº 12, de 1° de fevereiro de 2011, encaminho, anexa, cópia do Oficio nº 34, de 3 de abril de 201 O, do Departamento Geral de Administração, que trata da requisição do servidor Fulano de Tal. "

c) é obrigatório constar a panir da segunda página o número da página; d) os ofícios, memorandos e anexos desces poderão ser impressos cm ambas as faces do papel. Nesse caso, as margens esquerda e direirn terão as distâncias invertidas nas páginas pares ("margem espelho");

ou

''Encaminho, para exame e pronunciamento, ti anexa cópia do telegrama no 12, de 1° de fevereiro de 2011, tÚJ Presidente da Confederação Nacional de Agricultura, a respeito de projeto de modernização de técnicas agrícolas na região Nordeste."

e) o início de cada parágrafo do cexco deve ccr

2,5 cm de distância da margem esquerda; f) o campo destinado à margem lateral es-

querda terá, no mínimo, 3,0 cm de largura;

- desenvolvimento: se o aucor da comunicação desejar fazer algum comentário a respeito do documento que encaminha, poderá acrescencar parágrafos de desenvolvimento; em caso contrário, não há parágrafos de desenvolvimento em aviso ou ofício de mero encaminhamenro.

g) o campo destinado à margem lacerai direita terá 1,5 cm; h) deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e de 6 pomos após cada panigrafo, ou, se o editor de ccxro utilizado não comportar cal recurso, de uma linha em branco; i) não deve haver abuso no uso de negriLo, itálico, sublinhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer outra forma de formaraçáo que afere a elegância e a sobriedade do documento;

f) fecho.

g) assinarura do autor da comun icação h) identificação do signacário

j) a impressão dos rexcos deve ser feira ·1a cor preca cm papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas para gráficos e

ilusrraçócs;

443


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do

k) todos os tipos de documenros do Padrão Ofício devem ser impressos em papel de ta-

ofício as seguinres informações do remetente: - nome do órgão ou setor;

manho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm;

- endereço posral;

1) deve ser utilizado, preferencialmente, o for-

- telefone e endereço de correio clctrônico.

mato de arquivo Rich Text nos documentos de texto; m) dentro do possível, todos os documenros

M EMORANDO

elaborados devem rer o arquivo de texto pre-

O memorando é a modalidade de comunicação

servado para consulta posterior ou aprovei-

entre unidades administrativas de um mesmo órgão,

tamento de trechos para casos análogos;

que podem estar hierarquicamente cm mesmo nível ou em níveis diferences. Ti·ata-se, porranro, de uma

n ) para faci litar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados da seguinte maneira: tipo do documemo +número do documento + palavras-chaves do conteúdo

forma de comunicação eminentemente interna. Pode rer caráter meramente administrativo, ou ser empregado para a exposição de projetos, ideias, diretrizes, etc. a serem adotados por determinado setor do serviço público.

"Of 123 - relatório produtividade ano 2011. "

Sua característica principal é a agilidade. A rramicação do memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos. Para evitar desnecessário

: j TIPOS DE TEXTO OFICIAL

aumenro do número de comunicações, os despa-

AVISO E OFÍCIO

chos ao memorando devem ser dados no próprio

Aviso e ofício são modalidades de comunicação

documento e, no caso de falta de espaço, em folha

oficial praticamenre idênricas. A única diferença

de continuação. Esse procedimento permite for-

entre eles é que o aviso é expedido exclusivamente

mar uma espécie de processo simplificado, assegu-

por M inistros de Estado, para autoridades de mes-

rando maior transparência à mmada de decisões, e

ma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm como

permitindo que se historie o andamenro da matéria tratada no memorando.

finalidade o tratamenro de assuntos oficiais pelos órgãos da Adm inistração Pública entre si e, no caso do ofício, também com parciculares.

Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo

Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o

que ocupa.

modelo do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o destinatário, seguido de vírgula.

Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração Ao Sr. Subchefe para Assuntos jurídicos

Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Senhora Ministra, Senhor Chefe de Gabinete,

444


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

Exemplo de Ofício 1~llni-t,'rio1

IS<..'i.'tc·t.tri.1 lkp<trta111c·111t• ~c·tor 111t1da1k·I 11 ntk1c·c·11 pa ra c·11rrc•,p1111d.:11rra 1

5cm

1 h1dc' ICcll

l

c·onllnuadn I

Ofício n" 524/2011 /SG-PR

Brasília, 27 de maio de 2011.

A Sua Excelência o Senhor Deputado [Nome! Câmara dos Deputados 70.160-900 - Brasília - DF

Assunto: Dem a r ca ção d e terras indígenas . ~3cm--+

+-1 ,5 ...

Senhor Deputado.

2,5 cm 1.

Em comp lcmc1110 :1s ob~ervaçõt:s tran\mitidas pelo telegrama no 154. de 24 de abril

último. infonno Vossa Exce lência de que a;. medidas ment:ionadas cm sua cana no 6708. dirigida ao Senhor Presidente da República. estão amparada~ pelo procedimento adm inistrativo de dema rcação de terras indígenas instituído pe lo Decreto no 22. de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa). 2.

Em '>U<l comunicação. Vossa Excelência re!>!>alva a necess idade de que - na de-

tiniçiio e dcman:açiio das terras indígenas - fossem levadas cm conside ração as características sociocconômica~

3.

regionais.

Nos termos do Decreto no 22. a demarcação de terras indígenas dcv1: r;í se r prece-

dida de estudos e levantamentos técnicos que atendnm ao disposto no an. 231. § 1",da Const ituição Federal. Os eswdos deverão incluir os aspcctos e1no-históricos, soc io lóg icos. cartográficos e fundiürim.. O exame deste último a~pecto dever;í ser feitn conjuntamen te com o órgão federal ou estadual rnmpetcnte.

4.

Os órgãos públicos fede rais. estaduais e municipais deverão encam inhar as infor-

mat;õc~ que julgarem pertinentes sobre a área cm estudo. É igualmente a~segurada a manifestação de entidades representativa~ da sociedade civil.

t 1,5 cm -t

445


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Exemplo de Ofício (continuação)

l

3,5cm

l 5.

Como Vossa Excelência pode verificar. o proced imento cs1abelecido a~~cgura que

a decisão a ~er baixada pelo tv1 inis1ro de Estado da J us1iça sobre o~ li111i1es e a demarcação de 1erra~ indígenas seja informada de 1odos o~ elcmcn10~

necessário~.

carta. com a necessária transparcncia e agil idade.

Atenciosamente.

[Nome[

[1.:argo]

i---- 3 cm-

t 1,5 cm ~

446

inclusive daquele~ assina l ado~ cm 'liª


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

Exemplo de Aviso

Sem

j AVÍ)>O

no 45/SC'l~PR

Brasília. 27 de fevere iro de 201 1.

A Sua Excelência o Senhor [Nome e cargol

Assun to: Semin ário sobre uso de energia no setor p(1blico.

Senhor Ministro.

4---3 cm--

2,5cm 1.

Con"iclo Vossa Excelência a participar da sessão de abenura do Primei ro Seminário

Regiorwl sobre o Uso Eficiente de Energia no Setor Público. a ser realizado cm 5 de março próximo, it~ 9 horas. no auditório da Escola Nacional ele Administração Pública - ENA P. loc.:alizada no Setor de Arcas Isoladas Sul. nesta capital. 2.

O Semimírio mencionado inclui-se nas at ividade<, do Programa Nacio11al das

Comis.wies lmemas de Co11serw1çâo de E11ergia em Órxão P1íhlicos. in~tituído pelo Decreto no

99.656. de 26 de ou tubro de 1990.

Atenciosamt:nte .

[nome do signatário J [c.:argo do signatário!

t 1,5 cm ~

447


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Exemplo de Memorando

5cm

j Mem. 118/DJ Em 12 de abri 1de 2011 .

Ao Sr. Chefe do Departamento de AdminiMração

Assumo: Administração. Instalação d e microcomputadores.

1.

Nos termos do Plano Gera l de informatização. 'ºlicito a Vossa Senhoria verificar a

possibilidade de que sejam

2.

i n~talados

trê' microcomputadort:' neste Departamento.

Sem descer a maiores detalhe~ técnicos. acrescento. apenas. qm.: o ideal seria que o

t:quipame nto fosse dotado de disco rígido e de monitor padrão EGA. Quanto a programas. haveri;i necessidade de dois tipos: um proce!.><tclor de textos e ou tro gerenciador de banco de dado,.

3.

O tre inamento de pessoal para operação dos micros poderia ficar a cargo da Seç:io

f+-- 3 cm-de Treinamcmo do Departamento de Modernização. cuja chefia já manifestou seu acordo a res-+-1 ,5+

peito.

4.

Devo mencionar. por fim . que a informatização dm. trabalhos deste Departamento

ensejad racional distribuição ele tarefas entre os servidores e . !>Obrctudo. uma melhoria na qualidade dos serviço' prc,tado,.

Atenciosamemc.

[nome do

~ignat áriol

[cargo do signa1<íriol

t 1 ,5 cm

..

448


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

CORREIO ELETRÓNICO O correio eletrônico ("e-mail"), por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na principal

autoridade poderá ser o Diretor de Deparcamen-

forma de comunicação para transmissão de documentos.

to, o Coordenador ou o Secretário de Estado,

conforme a legislação estabelecer.

Um dos atrativos de comunicação por cor-

Quando, porém, o requerimento parte de um

reio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não

funcionário ou servido r pt'.1blico, seu encaminha-

inceressa definir forma rígida para sua estrutura.

mento será fe iro por meio do superior imediato.

Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem

Estrutura

incompatível com uma comunicação oficial.

O campo assunto do formu lário de correio

Vocativo: Título funcional, sem o nome do ocu-

eletrônico mensagem deve ser preenchido de

pante do cargo, mas preced ido pelo tratamento adequad o.

modo a facilitar a organização documental tanto do destinatário quanco do remetente.

Espaço: ( 08 linh as ou espaços duplos)

Para os arquivos anexados à mensagem deve Corpo do Requerimento: Dados pessoais do re-

ser utilizado, preferencialmente, o formato Rich

querente.

Texr. A mensagem que encaminha algum arquivo

Contexto: Motivos, fundamentação legal e a so-

deve trazer informações mínimas sobre seu con-

licicaçáo, citação de documentos anexos (se

teúdo..

houver), declaração se é pedido inicial ou se

Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de confirmação de leitura. Caso não seja dis-

há processo anterior (indicar o nº do pro-

ponível, deve constar da mensagem pedido de

cesso); o conccxto deve estar contido num

confirmação de recebimento.

único parágrafo. Fecho:

Nos termos da legislação em vigor, para que a

Nestes tennos, pede-se deferimento. Locnl e dntn Assinntum.

mensagem de correio elerrônico tenha valor documental, para que possa ser aceita como documento original, é necessário existir cerrificaçáo digital que ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.

No caso dos Tribunais Federais, orienta-re que constem os seguintes dados pessoais do requerente: nome completo, R. G., nacionalidade, •stado civil residência, cargo ou função, respectfro padrão, jornada de trabalho e se de controle tle .frequência, órgão de classificação e aquele em que se encontra em exercício, Cidade do Órgão, Região do Órgão.

OUTROS TIPOS DE TEXTOS REQUERIMENTO É utilizado para solicitar alguma coisa a uma aucoridade pública. É, pois, um documento que pode ser elaborado tanto por funcio nário público, como por particulares (neste caso não pode ser tomado como oficial). O requerimento deve ser exigido à autoridade compcrence para o atendimento do pedido. Sra

449


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO I Exemplo de Requerimento

GRAMÁTICA EJ_NTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS formas, em vircude da multiplicidade de mori-

Ilmo. Sr. Diretor da Divisão de Pessoal do

vos que decerminam sua expedição, a carca apre-

Tribunal Regional Eleitoral

senta, geralmente, os scguimcs elementos: cab<.:-

( O.S linhas e 08 espaços duplos) Newton SouzaAguiar, R.G. n° 776 984, bra-

çalho, dara, numeração, descinarário, vocativo, contexto, despedida, assinatura e identificação

sileiro solteiro, residence na Rua Pantanal, nº

do autor. Como se pode verificar, sua cscrucura é muito

43, n.- Capiral, Auxiliar Judiciário, Efecivo, Pa-

semelhanre à do ofício. Varia apenas o lugar ocu-

drão 24-A , em jornada parcial de crabalho, com

pado pelo descinacário na ordem dos elementos

sede de controle de frequência nesce órgão fede-

consciminces. Esce, na carca, aparece na parte su-

ral, solicica a VSa. aucorização para frequencar

perior do papel, encre a numeração do documen-

o "Trdnamento Análise Organizacional", a ser

to e o vocarivo.

realizado no período de 12 a 17 de setembro, das

O com da carca, como dissemos, é mais cerimo-

8 às 17 horas no campus da UNESP, em Marília.

nioso do que na correspondência comum. Por esra razão, deve-se evitar, na m<.:dida do possível, era-

Nestes termos,

ramcnto como "Preza do ,, , ºC aro", "Quen'do ", etc.

pede-se deferimenco. São PauJo, 27 de maio de 2011 .

Exemplo de Carta NOME Belo Horizonte, 26 de maio de 2011. Ao Senhor

CARTA A cura é um documenco semioficial, ucilizado no Serviço Público. A correspondência pode ser

Fulano de cal Rua Caxambu, nº 46 Belo Horizonte- MG

endereçada à pessoa não percencenre aos quadros do funcionalismo ou, ainda, com a finalidade de corresponder a uma corresia, fazer uma solicitação,

Em atenção à sua carra, vimos informar-lhes

convitt· ou externar agradecimentos. Depreende-se

que os Certificados emitidos por este Centro de

daí qu<: a carta é, frequentemence, expedida por au-

Treinamento do DRHU só foram entregues aos

toridade, não no exercício de suas funções.

participantes que obciveram frequência mínima de 85%, motivo pelo qual não podemos atender

A ca rca, no Serviço Público, não difere da cor-

à sua solicitação.

respondência privada, exceco pelo com cerimonioso cm que é vazada. Cabe ainda lembrar que a frequência da utilização da carca na correspondência oficial é cada vez menor, já que vem sendo

NOME

progressivamente subscituída pelo ofício, mesmo quando sua finalidade é emincnrcmcnre social.

Diretor do CTDRHU

Embora mosrrem grande variabilidade de

INFORMAÇAO OU RELATÓ RI O

450


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

É o insuumenro que proporciona os csclarecimencos necessários à emissão de Parecer ou Despacho reforeme à determinada m<Héría.

Os elementos constituintes da informação são bem conhecidos, não se tornando nectssários, porranco, muiros esclarecimentos adicionais.

Uma informação deve ser clara, precisa e ob-

A emenda, que é dispensável na maioria dos demais acos, consta de uma pequena expressão

jeriva. Para ranco, deve restringir-se ao imprescindível para a solução do que consta no processo e esrar isenta de parcialidade. Quando o processo exigir apreciação quanto ao méríLo, a informação deve ser fundamentada com indicação dos dispositivos legais penincntcs e, também, a emissão da opinião sobre a matéria, desde que para isso o informante esteja autorizado.

acerca de seu conceúdo, antecedida, geralmente, do número do processo analisado e do nome do interessado.

Compõe-se a informação de: cabeçalho, numeração, emenda, contexto, dara, assinacura e

reunião. Deve ser lavrada (redigida) de modo que

iden rificaçáo.

sem deixar possibilidade para fraude. Se o secretário cometer algum engano, deve escrevei "digo" e fazer a retificação. Se o engano for desrnbcrro depois, mas antes do encerramento da reunião, o secretário deve escrever "Em Lempo: Onde se lê ... leia-se ...." Os nt'1meros devem ser escritos por extenso. Parres de uma Ata:

ATA É o regísLro fiel dos aros acontecidos numa nada possa ser acrescido ou modificado, ou seja,

Exemplo de Informação Armas

Cabeçalho

Processo : SE nº 19 / 11 Interessado : Maurício Marrar

a) cíwlo: (ex. Ara da Décima Segunda 1euniáo ordinária, da Associação de País e Mestres

Assumo : Horário de escudante

da EEPG Vila das Flores); Informação SIP nº 1O / 11 O servidor acima solicita, por meio de requerimento, beneficiar-se do horário de esmdante, em virtude de estar matriculado no curso de Le-

b) rexro: além das ocorrências, discussões, proposrns e resoluções, uma ara deve conter: - a data, por extenso, no início; - local da reunião; - a convocação (reunião ordinária ou extraordinária); - os nomes dos presentes, ou referencias

tras da Universidade Federal de Minas Gerais, cm Belo Horizonte - MG. Em face do exposto e de conformidade com o arcigo 1° do Decreto nº 5281 O, de 06 de ou cubro de 1971, seu pedido pode ser deferido. Belo Horizonte, 26 de maio de 2011.

NOME Chefe de Seção de Informação de Pessoal

que os identifique; - nome do coordenador (ou preside 1te) da

J 451

reunião; - nome do secretário; - fecho ("Nada mais havendo a rrarar, o senhor coordenador declarou encerrada a


PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

sessão, de que eu, ... , secretário, lavrei a presente ara, a qual vai devidamente as. da,, .) sina

aprovação unânime dos termos do Edital, sendo o mesmo encam inhado para publicação. Em seguida, o Senhor Presidente liberou a palavra para quem quisesse usá-la para tratar de outros assuntos do interesse da Associação. Não rendo ninguém feito uso da palavra, às vinte e duas horas, declarou o Senhor Presidente encerrada a reun ião agradecendo a presença de todos. Nada mais havendo a tratar, eu, Hortêncio Primavera, secretário da presente reunião, lavro a presente Ara, que, lida, discutida e aprovada, vai assinada por todos os presentes - São Paulo, 21 de julho de 2011.

- As atas são redigidas sem deixar espaços, sem fazer pardgrafo para impossibilitar acréscimos. - As atas devem ser assinadas por todos os presentes na ocasião.

Exemplo de Ata

-,

Assinatura dos presentes.

Ata da trigésima reunião ordinária da Associação de Pais e Mestres de EEPG "Vila das Flores'', rt•alizada em 21 de julho de 2011 Aos vinte e um dias do mês de julho de dois mil e três, às vinre horas, na sala vinte e três, da Escola de Primeiro Grau "Vila das Flores", localizada na Rua Margarida Cravo, número cem, em São Paulo, realizou-se a trigésima reunião ordinária da Associação de Pais e Mestres da Escola de Primeiro Grau "Vila das Flores", sob a presidência do Senhor Lírio Branco Jardim e secretariada pelo Senhor Hortêncio Primavera, estando presentes os Senhores Conselheiros José da Mata, Amôn io Floresta, Pedro Capim e a Stnhora Rosa Bom Canteiro. Participou da reunião a Senhora Diretora do estabelecimento, professora Liz Jasmim, como convidada. Tendo verificado haver quórum, o Senhor Presidente abriu a sessão, solicitando a leitura da ara da reunião anterior, que foi discutida, aprovada e assinada pelos presentes. Em prosseguimento, efetuou-se a leitura dos termos do Edital de concorrência para exploração da cantina escolar. Após discussão, verificou-se a

ATESTADO OU CERTIDÃO

É o documento firmado por uma pessoa a favor de outra, declarando a verdade acerca do farn de que renha conhecimento, em decorrência de apontamento existente em arquivo ou cadastro. Esse ato difere da maioria dos demais, visto que a palavra arestado aí aparece ral como um título, central izado em relação às margens, datilografado com maiúsculas e, frequentemente com espaçamento entre letras. As panes componentes do atestado são: cabeçalho, rítulo, contexto, dara, assinatura e identificação. Como pode-se ver, a elaboração de um arestado constitui tarefa extremamente simples. Em decorrência, porém, dessa simplicidade, frequentemente são acrescentadas aos atestados, expressões desnecessárias, rais como "pa ra os devidos fins". Essas deverão ser mencionadas somente quando forem específicas; caso contrário o atestado deverá restringir-se à declaração do farn que motivou sua elaboração.

452


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO

-1

Exemplo de Atestado Armas

Cabeçalho

Diferença entre atestado e declat'aÇáo:

- Atest:aM: afirma a veracidade de um fato, com base em documentos e sempre é assinado p<1r uma autoridade. - Declaração: é um documento no qual se manifesta a opinião ou a observação a respeito de um 11SSunto ou pessoa.

ATESTADO Aresro que KELLY CHRISTINE GANDRA é aluna desce estabelecim ento de ensino, cursando a 3ª série A do 2° grau, nada sabendo que a desabone. Recife, 07 de outubro de 2011.

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS Exposição de motivos é o expcdicnre dirigido ao Prcsidenre da República ou ao Vice-Presidente

NOME

para:

Direrora da Escola a) informá-lo de determinado assumo; b) propor alguma medida; ou

DECLARAÇÃO É um ato escrito, por meio do qual se esclarece

c) submeter a sua consideração projero de aro

ou completa a decisão obscura, comradirória ou

normanvo.

omissa. É aconselhável que se exp resse a fi nalidaEm regra, a exposição de motivos é dirigida

de da declaração.

ao Presidente da República por um Ministro de

Partes ou a esrrucura da declaração: cabeçalho,

Estado.

tírulo, corpo, dara, assinamra e idemificação.

Nos casos em gue o assunro tratado envolva

Exemplo de Declaração Armas

mais de um Ministério, a exposição de motivos deverá ser assinada por rodos os Ministros envolvidos,

Cabeçalho

sendo, por essa razão, chamada de inrerminisrerial. DECLARAÇÃO

Forma e Estrutura: Forrnalmeme, a exposição de motivos tem a apresenraçáo do padrão ofício. O anexo que acompanha a exposição de motivos que proponha alguma medida ou aprescnrc projeto de ato normativo, segue o modelo descrito adiante. A exposição de motivos, de acordo com sua fina-

D eclaro, para fins de obtenção de financiamento, que SOLANGE RODRIGUES, R.G. 3488.908 é secretária deste esrabelecimenco de ensino e que se encontrará em gozo de licença-

l Belo

-prêmio até 07 de junho de 2011

Horizo:~e;~;;~::e 201 L

lidade, apresenta duas formas básicas de e~trucura: uma para aquela que renha caráter exclusivamente informativo e outra para a que proponha alguma medida ou submeca projeto de ato normativo.

453


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

que ren ha início sua tramitação (Constituição,

No primeiro caso, o da exposição de motivos

arr. 64, caput).

que simplesmente leva algum assunro ao conhecimento do Presidente da República, sua estrutura

Quanto aos projecos de lei financeira (que

segue o modelo antes referido para o padrão ofício.

compreendem plano plurianual, diretrizes or-

No segundo, seguem-se as orientações pró-

çamentárias, orçamenros anuais e créditos adicionais), as mensagens de encaminhamento

prias dos textos jurídicos.

dirigem-se aos Membros do Congresso Nacional, e os respectivos avisos são endereçados ao

MENSAGEM

Primeiro Secretéirio do Senado Federal.

É o instrumento de comunicação oficial entre

A razão é que o arr. 166 da Conscicuição im-

os Chefes dos Poderes Públicos, notadamente as

põe a deliberação congressual sobre as leis finan-

mensagens enviadas pelo C hefe do Poder Execu-

ceiras cm sessão conjunta, mais prccisamenn.:,

rivo ao Poder Legislativo para in formar sobre fato

"na forma do regimento comum". E à &ente da

da Administração Pt'1blica; expor o plano de go-

Mesa do Congresso Nacional está o Presidente

verno por ocasião da abertura de sessão legislati-

do Senado Federal (Constituição, arr. 57, § 5°),

va; submeter ao Congresso Nacional marérias que

que comanda as sessões conjuntas.

dependem de deliberação de suas Casas; apresen-

As mensagens aqui tratadas versam sobre o

tar vete; enfim, fazer e agradecer comunicações de

processo desenvolvido no âmbiro do Poder Exc-

rudo q.ianto seja de interesse dos poderes públi-

curivo, que abrange minucioso exame récnico,

cos e da Nação.

jurídico e cconômico-financciro das matérias

Minuta de mensagem pode ser encaminhada

objeco das proposições por elas encaminhadas.

pelos Ministérios à Presidência da República, a

Tais exames maccrializarn-se cm pareceres

cujas a~sessorias caberá a redação final.

dos diversos órgãos interessados no assunto

fu mensagens mais usuais do Poder Executivo ao

das proposições, enrre eles o da Advocacia-Gt:-

Congresso Nacional cêm as seguintes finalidades:

ral <la União. Mas, na origem das propostas, as análises necessárias constam da exposição

a) encaminhamento de projeto de lei ordinária, complementar ou financeira. Os projetos de lei ordinária ou complementar são enviados em regime normal (Consricu içáo, are. 6 l) ou de urgência (Constirui ção, art. 64, §§ 1° a 4°). Cabe lembrar que o projeto pode ser encaminhado sob o regime normal e mais carde ser objeto de nova mensagem. com solicitação de urgência. Em ambos os casos, a mensagem se dirige aos Membros do Congresso Nacional, mas é encaminhada com aviso do Chefe da Casa Civi da Presidência da República ao Primeiro Secretário da Câmara dos Depurados, para

de motivos do órgão onde se geraram (v. 31 Exposição de Morivos) - exposição que acompanhará, por cópia, a mensagem de encaminhamento ao Congresso.

b) encaminhamento de medida provisória. Para dar cumprimcnco ao disposto no arr. 62 da Consricuiçáo, o Presidente da República encaminha mensagem ao Congresso, dirigida a seus membros, com aviso para o Primeiro Secretário do Senado Federal, juncando cópia da medida provisória, autenticada pela Coordenação de Documentação da Presidência da República.

454


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO

c) indicação de autoridades.

Além do aro de outorga o u renovação,

As mensagens que submercm ao Senado Fe-

acompanha a mensagem o correspondente

deral a indicação de pessoas para ocuparem de-

processo admin istrativo.

terminados cargos (magisrrados dos Tribunais Superiores, Minisrros do TCU, Presidemes e Direwres do Banco Cemral, Procurador-Geral

f) encaminhamento das contas referentes ao exercício anterior.

da República, Chefes de Missão Diplomática,

O Presidente da República tem o prazo de

etc.) têm em vista que a Constituição, no seu

sessenta dias após a abertura da sessão legislativa

arr. 52, incisos III e IV, atribui àquela Casa

para enviar ao Congresso Nacional as comas re-

do Congresso Nacional competência privativa

ferentes ao exercício anterior (Constituição, art.

para aprovar a indicação.

O curriculum vi-

84, XXIV), para exame e parecer da Comissão

tae do indicado, devidamente assinado, acom-

Mista permanente (Constituição, art. 166, § 1°),

panha a mensagem.

sob pena de a Câmara dos Depurados 1ealizar a tomada de contas (Constimiçáo, arr. 51 , II), em

d) pedido de autorização para o Presidente ou o Vice-Presidente da República se ausentarem do País por mais de 15 dias.

procedimento disciplinado no are. 2 15 do seu Regimenco Interno.

constitucional

g) mensagem de abertura da sessão legislativa.

(Constituição, art. 49, III, e 83), e a autoriza-

Ela deve conter o plano de governo, expo-

ção é da comperência privariva do Congresso

sição sobre a situação do País e solicitação de

Nacional.

providências que julgar necessárias (Constitui-

Trata-se

de

exigência

ção, art. 84, XI).

O Presidente da República, tradicionalmente, por cortesia, quando a ausência é por

O portador da mensagem é o Chefe da

15 dias, faz uma comunica-

Casa Civil da Presidência da República . Esta

ção a cada Casa do Congresso, enviando-lhes

mensagem difere das demais porque vai enca-

mensagens idênticas.

dernada e é distribuída a todos os Congressis-

prazo inferior a

tas em forma de livro.

e) encaminhamento de atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio

h) comunicação de sanção (com restituição de aut6grafos).

eTY. A obrigação de submeter tais atos à aprecia-

Esta mensagem é dirigida aos Membros

ção do Congresso Nacional consta no inciso

do Congresso Nacional, encaminhada por

XII do artigo 49 da Constituição. Somente

Aviso ao Primeiro Secretário da C asa onde se

produzirão efeiros legais a outorga ou renova-

originaram os autógrafos. Nela se informa o

ção da concessão após deliberação do Con-

número que tomou a lei e se restituem dois

gresso Nacional (Constituição, are. 223, § 3°).

exemplares dos crês autógrafos recebidos, nos

Descabe pedir na mensagem a urgência previs-

quais o Presidente da República terá aposto o

ta no arr. 64 da Constitu ição, porquanto o §

despacho de sanção.

1° do arr. 223 já define o prazo da tramitação.

455


PORTUC UÊS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

i) comunicação de veto.

• pedido de aurorização para decretar o estado

Dirigida ao Presidenre do Senado Federal

de sítio (Constituição, are. 137);

(Consticuiçáo, art. 66, § 1°), a mensagem in-

• rclaro das medidas praticadas na vigência do

forma sobre a decisão de vetar, se o vero é par-

estado de sítio ou de defesa (Constituição, are.

cial, quais as disposições vetadas, e as razões

141, parágrafo único);

do 'cro. Seu rcxro vai publicado na Íntegra no

• proposta de modificação de projetos de leis fi-

Diário Oficial da União, ao contrário das de-

nanceiras (Constituição, are.

mais mensagens, cuja publicação se resrringc à

166, § 5°);

• pedido de autorização para urili1,ar recursos

nolícia do seu envio ao Poder Legislativo.

que ficarem sem despesas correspondentes, cm decorrência de veto, emenda ou rejeição do

Outra~

mensagens.

projeto de lei orçamentária anual (Constitui-

Tamb<: m são remetidas ao Legislativo com regu-

ção, art.

lar frcc uência mensagens com:

• pedido de autorização para alienar ou conce-

• encaminhamento de aros internacionais que

der terras públicas com área superior a 2500 ha

acarretam encargos ou compromissos gravosos (Constituição, art. 49,

166, § 8°);

(Constituição, arr. 188, § 1°), etc.

I);

• pedido de esrabelecimenro de alíquocas aplicáveis às operações e prestações inceresraduais e de

Forma e Estrutura das Mensagens

exportação (Constituição, art. 155, § 2°, IV);

As mensagens contêm:

• prop•)Sta de fixação de limites globais para o a) a indicação do tipo de expediente e de seu nú-

morname da dívida consolidada (Consticui-

mero, horizontalmente, no início da margem

çáo, .m . 52, VI);

esquerda.

• pedi< o de autorização para operações financei-

Mensagern nº

ras ex ternas (Constituição, art. 52, V); e outros.

b) vocativo, de acordo com o pronome de trata-

Entre as mensagens menos comuns estão as de:

mento e o cargo do destinatário, horizontal-

• convocação extraordinária do Congresso Na-

mente, no início da margem esquerda.

cional (Constituição, art. 57, § 6°);

Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal,

• pedico de aurorizaçáo para exonerar o Procurador-Geral da República (arr. 52, XI, e 128,

§ 2º)

c) o texto, iniciando a 2,0 cm do vocativo;

• pedido de aurorização para declarar guerra e d) o local e a data, verticalmente a 2,0 cm do

decretar mobilização nacional (Constituição,

final do texto, e horizontalmente fazendo

arr. 84, XIX);

coincidir seu final com a margem direita.

1• pedido de autorização ou referendo para cele-

A mensagem, como os demais aros assinados

brar a paz (Constituição, are. 84, XX);

pelo Presidente da República, não traz iden-

• justificativa para decretação do estado de de-

tificação do signatário.

fesa ou de sua prorrogação (Consticuição, art.

136, ·~ 4°);

456


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO TELEGRAMA Com o fito de uniformizar a rerminologia e simplificar os procedimenros burocráticos, passa

eia justifique sua milização e, também em razão de seu custo elevado, esra forma de comunicação <leve pautar-se pela concisão.

a receber o título de telegrama roda comunicação oficial expedida por meio de telegrafia, telex, erc. Por rratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos cofres públicos e recnologicamcnre superada, deve restringir-se o uso do telegrama apenas àquelas situações que não seja possível o uso de correio cletrônico ou fax e que a urgên-

Forma e Estrutura do Telegrama Não há padrão rígido, devendo-se seguir a forma e a estrutura dos formulários disponíveis nas agências dos Correios e em seu sítio na Internet.

EXERCÍCIOS Atenção: Instrução para as questões 01 , 02 e 03. Cada um dos itens abaixo apresenta trechos de texto que devem ser julgados quanto a sua adequação a correspondências oficiais, em CERTO ou ERRADO.

4 São características básicas de todo texto oficial, EXCETO a) impessoalidade b) imparcialidade c) coerência d) clareza e) concisão

1 Vimos informar que as inscrições para o Concurso Público de Provas e Títulos para o Cargo de Analista de Sistemas começam dia 15 de abril de 2008, das oito da manhã às 6 horas da tarde, no subsolo do edifício· -sede desta companhia. Estamos querendo pontuali· dade na entrega dos documentos.

Atenção: Com relação às normas gerais e específicas das correspondências oficiais, julgue os itens OS, 06, 07, 08 e 09 como CORRETOS ou ERRADOS.

2 A seleção para o cargo de que trata este edital compreenderá o exame de habilidades e conhecimentos, mediante a aplicação de provas objetivas e de prova discursiva, todas de caráter eliminatório e classificató· rio.

S A Constituição Federal expressa a publicidace e a im· pessoalidade como princípios fundamentais de toda a administração pública. Esses princípios devem nortear igualmente a elaboração dos atos e comunicações oficiais.

3 Na redação de documento oficial, como um relatório ou ata, por exemplo, o parágrafo final do texto respeitaria o registro formal da língua se assim fosse escrito: Orelatório destaca a proporção de assalariadas terem subido de quarenta e um vírgula oito porcento para quarenta e seis ponto quatro porcento.

6 A identificação das características específicas da forma oficial de redigir visa à criação de uma forma específica de linguagem administrativa. 7 A obrigatoriedade do uso do padrão culto na reda· ção oficial decorre do fato de que ele está acima das

457


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMATICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos medismos vocabulares, das idiossincrasias linguísticas, permitindo, por essa razão, que todos os cidacãos compreendam o texto oficial.

1OCom base no Manual de Redação da Presidência, analise as afirmativas a seguir:

8 Para oficiais-generais das forças armadas e para auditores da justiça militar, deve ser usado, nas redações oficiais, o pronome de tratamento Vossa Excelência. 9 Podem-se encerrar as comunicações oficiais com o uso de apenas dois fechos: respeitosamente, para autoridades de hierarquia superior. e atenciosamente, para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior.

1. Em comunicações oficiais. está abolido o uso do tratamento "digníssimo". A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação. li. É recomendável evitar expressões como "Tenho a honra de. Assinale: a) se somente a afirmativa 1 estiver correta. b) se somente a afirmativa li estiver correta. c) se todas as afirmativas estiverem corretas. d) se nenhuma afirmativa estiver correta.

J

)·Ol I )·6 I )·8 I )·LI a-g J )·S J q-v 1 a- E J )-l J a-L

1

oipeqe9

458


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

PRODUÇAO DE

APÊNDICE

TEXTO DISSERTATIVO

ITENS NECESSÁRIOS À PRODUÇÃO DE PARÁGR_A_F_ O_S _ _ __

nação da ideia principal, de fo rma clara e convincenrc, de modo persuasivo, seja por meio da imagem apresentada (descrição), seja por meio do fato bem comenrado (narração) ou por meio das

PARÁGRAFOS

afirmativas bem fundamentadas (dissertação) . Há diversos processos de desenvolvimento do pará-

.

NOÇÕES BÁSICAS

São blocos de rexro cuj a primeira linha inicia-se cm margem especial, maior do que a margem normal do rexro. Conccnrram sempre uma

grafo, como enumeração de detalhes, confromo, contraste, analogia e/ou comparação, citação de exemplos, causação e/ou motivação, divisão e ex-

ideia-núcleo relacionada direramenre ao rema da

planação de ideias, definição, en cre outros.

redação. Não há moldes rígidos para a consrruçáo de

TÓPICO FRASAL

um parágrafo. O ideal é que em cada parágrafo haja dois ou rrês períodos, usando pomos conrinuarivos (na mesma linha) inccrmediários.

Tópico frasa! é o rema do parágrafo, portanto o objetivo deste. Na dissertação, consiste num adiantamento da explanação de detet minada

A divisão cm parágrafos é indicariva de que o leitor encontrará, cm cada um deles, um tópico

ideia, deixando em suspense maiores esclareci-

do que o auror prerende cransmirir. Essa dclimiraçáo deve escar esquematizada desde ames do rascunho. no momenro do planejamenro estrutural, assim a redação apresentad mais coerência.

mentos e argumentações, juscamenre porque visa a provocar no leitor a expecrariva e o desejo de se aprofundar na leitura.

ETAPAS NECESSÁRIAS À REDAÇÃO DE UM PARÁGRAFO

PROCESSOS DE DESENVOLVIMENTO DO PARÁGRAFO

1 escolha do assumo 2 del imiraçáo do assunro 3 determ inação do objetivo (incencionalida-

Desenvolver parágrafo consiste numa técnica que cem várias vertentes e, à medida que se obtém o dom ínio desses recursos, consegue-se,

dc do texto) 4 redação da frase-núcleo (tópico frasa!) 5 elaboração do plano de desenvolvimento

consequencemenre, produzir texros de qualidade. Cada um deles tem sua fundamentação na expia-

(csrrarégia argumenrariva)

459


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

- aliás, além do mais, além disso - introduzem um argumento decisivo, apresentado como acréscimo.

- seleção dos aspectos a serem abordados - ordenação dos aspeccos selecionados 6 redação do desenvolvimen ro 7 redação da frase de conclusão

- mas, porém, todavia, contudo, entretanto ... (conj . adversativas) - marcam oposição entre dois enunciados.

1'

QUALIDADES DE UM TEXTO

- embora, ainda que, mesmo que - servem para admitir um dado conrrário para depois negar seu valor de argumento, diminuir sua importância. Trata-se de um recurso disser-

O texto deve ser sempre bem claro, conciso e objetivo. A coerência é um aspecro de grande imporrância para a eficiência de uma redação, pois não deve haver pormenores excessivos ou explica-

racivo muito bom, pois sem negar as possíveis objeções, afirma-se um ponto de vista contrário.

ções desnecessárias. Todas as ideias apresenradas devem ser relevantes para o tema proposto e relacionadas diretamence a ele. A originalidade demonstra sua segurança e faz

- este, esse e aquele - são chamados termos ana-

um diferencial em meio aos demais rextos. Só não se pode, cm aspecro nenhum, abandonar o tema proposlo.

fóricos e podem fazer referência a termos anreriormeme expressos, inclusive para esrabelecer semelhanças e/ou diferenças entre eles.

Toda redação deve ter início, meio e fim, que são designados por introdução, desenvolvimento e conclusão, respectivamcnre. As ideias distribuem-se de forma lógica, sem haver fragmenraçáo da mesma ideia cm vários parágrafos.

· O QUE É DISSERTAÇÃO? Disserrar é o aro de defender um posiciona-

Elemenros de coesão: Algumas palavras e expressões facilitam a ligação entre as ideias, estejam

mento por meio de argumenros consistentes. A dissertação implica discussão de ideias, argumentação, organização do pcnsamenro, defesa de

elas cm um mesmo parágrafo ou não. O emprego dessas expressões é essencial para que um texto re-

pontos de vista, descoberta de soluções. É, enrre-

nha qualidade. Seguem algumas sugestões e suas respecrivas relações:

tanro, necessário conhecimenco do assumo que se vai abordar, aliado a uma tomada de posição diame desse assumo.

- assim, desse modo - têm valor exemplificativo e complementar. A sequência introduzida por eles serve normalmente para explicitar, confirmar e complementar o que se disse anteriormente.

ARGUMENTAÇÃO A base de uma dissertação é a fundamcnraçáo de seu ponto de vista, sua opinião sobre o assunro. Para tanto, deve-se atentar para as relações de causa-consequência e pontos favoráveis e desfavoráveis, muiro usadas nesse processo.

- ainda - serve, entre ourras coisas, para introduzir mais um argwnenro a favor de determinada conclusão; ou para incluir um elemento a mais

Algumas expressões indicadoras de causa e consequência:

demro de um conjunto de ideias qualquer.

460


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO causa: por causa de, graças a, em virtude de, em

• Definição do tema

vista de, devido a, por motivo de... consequência: consequentemente, em decorrência, como resultado, efeito de ...

Como um dos mais problemáticos fenômcnos sociais, a violência está mobilizando não só o governo brasileiro, mas também toda a populaçâo num esforço para sua erradicação.

Algumas expressões que podem ser usadas para abordar cernas com divergência de opiniões: em

Na construção da introdução, a utilização de

contrapartida, se por um lado... /por outro... , xxx é um fenômeno ambíguo, enquanto uns ajúmam... / outros dizem que...

um dos métodos apresenrados não seria sufic iente. a serem explicitadas no desenvolvimento. Para can-

Mesmo quando se destacam características

to, devemos apresentar a linha argumentativa do

positivas, é bom utilizar ponto negativo. Nesse

texto, causas e consequências, prós e contras, etc.

caso, destaca-se que a imporrância dos pontos positivos minimizam a negatividade do outro

Lembre-se de que as explicações e respectivas fun-

Deve-se, em um segundo período, lançar as ideias

damentações de cada uma dessas ideias cabem somente ao desenvolvimento.

argumenro.

Observe alguns exemplos :

Constitui o parágrafo inicial do cexro e deve

A televisão - Se por um Lado esse popular veículo de comunicação pode influenciar o espectador, também se constitui num excelente divulgador de informações com potencial até mesmo pedagógico.

ter, em média, cinco linhas. É composta por uma

(as crês ideias: manipulador de opiniões. d ivul-

sinopse do assunto a ser tratado no cexro. Não se pode, entretanto, começar as explicações ames do

gador de informações e inscrumenco educacio nal.)

tempo. Todas as ideias devem ser apresentadas de

éScassez de energia elétrica - Destacam-Je como fatores preponderantes para esse processo o attmento popula.cional e a má distribuição de energia que podem acarretar novo racionamento.

PARTES DE UMA DISSERTAÇÃO

INTRODUÇÃO

forma sintética, pois é no desenvolvimenco que serão detalhadas. A construção da introdução pode ser feira de

(as crês ideias: crescimento da populaçflo e da

várias maneiras:

demanda de energia, problemas com discribuição

• Constatação do problema

da energia gerada no Brasil e a consequência do

O aumento progressivo dos índices de violência

racionamento do uso de energia)

nos grandes centros urbanos está promovendo uma mobilizaçiío político-social. DESENVOLVIMENTO • Delimitação do assunto

Esta segunda parce de uma redação, também

A cidade do Rio de janeiro, um dos núcleos urbanos mais atrativos turisticamente no Brasil, aparece nos meios de comunicação também como foco de violência urbana.

chamada de argumentação, represenca o corpo do texto. Aqui serão desenvolvidas as ideias propostas na íncrodução. É o mo mento em q ue se detende o ponto de vista acerca do rema proposto. Deve-se

467


PORTU(3UtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

alenrar para não deixar de abordar nenhum item

dessas transformações. Cuidado com dados

proposto na introdução.

como daras, nomes, etc. de que não se renha cerceza.

Pode estar dividido em dois ou três parágrafos

- abordagem comparativa: usam-se duas ideias

e corresponde a umas vinte linhas, aproximada-

cenrrais para serem relacionadas no decorrer

mente. A abordagem depende da técnica definida na

do texto. A relação destacada pode ser de

introdução: três argumentos, causas e consequên-

identificação, de comparação ou as duas ao mesmo tempo.

cias ot.. prós e comras. O conceito de argumenro é imporranre, pois ele é a base da disserraçáo. Cau-

É muico importante manter uma abordagem

sas, consequências, prós, contras são todos tipos

mais ampla, mostrar os dois lados da questão. O

de argumentos; logo pode-se apresenrnr rrês cau-

lexco esquematizado previamente reflete organi-

sas, por exemplo, cm um texto.

zação e técnica, valorizando basranre a redação.

A reflexão sobre o tema proposto não pode

Logo, um texto equilibrado cem mais chances de

ser superficial, para aprofundar essa abordagem

receber melhores conceicos <los avaliadores, por

buscam-se sempre os porquês. De modo prácico

demonstrar que o candidato se empenhou para

o procedimento é:

construí-lo.

- levantar os argumemos referentes ao tema pcoposto; - fazer a pergunta por quê? a cada um deles,

Recurso adicional - para elucidar uma ideia e

relacionando-o diretamente ao tema e à so-

demonstrar atualização, pode-se apresentar de

ciedade brasileira atual.

forma basranrc objetiva e breve um exemplo relacionado ao assumo.

A distribuição da argumentação em parágrafos depende, também, da técnica adocada: - três argumentos: um parágrafo explica cada um dos argu menros; - causas e consequências: podem estar distri-

CONCLUSÃO

buídas em dois ou três parágrafos. Ou agru-

Representa o fecho do cexro e vai gerar a im-

pam-se causas e consequências, constituindo

pressão final <lo avaliador. Deve comer, assim

dois parágrafos; ou associa-se uma causa a

como a introdução, em torno de cinco linhas.

uma consequência e com cada grupo cons-

Pode-se fazer uma reafirmação <lo rema e <lar-lhe

troem-se dois ou três parágrafos;

um fecho ou apresentar possíveis soluções para o

- prós e concras: são as mesmas opções da téc-

problema aprescncado. Apesar de ser um parecer

nica de causas e consequências, substituídas

pessoal, jamais se inclua (use a 3ª pessoa). Evite

por prós e conrras.

começar com palavras e expressões corno: con-

- abordagem histórica: compara-se o anres e o

cluindo, para finalizar, conclui-se que, enfim ...

hoje, elucidando os motivos e consequências

Elas têm caráter redundante no ccxw.

462


FLAVIA RITA COUTINHO SARMENTO ESTRUTURA TEXTUAL DISSERTATIVA

Evitar numa dissertação: • Após o rítulo de uma redação, não coloque ponto.

BASES CONCEITUAIS - O CONTEÚDO DA REDAÇÃO

•Ao terminar o texto, não coloque qualquer coisa escrita ou riscos de qualquer nature-

a) Apresentação Textual - Legibilidade e erro: escreva sempre com letra legível. - Prefira a letra cursiva.

za, que possam identificar seu texto. • Prefira usar palavras da língua portuguesa a estrangeirismos.

- A letra de imprensa poderá ser usada desde que se distinga bem as in iciais maiúsculas e minúsculas. No caso de erro, risque com um traço simples, o trecho ou o sinal gráfico e escreva o respectivo substituto.

• Não use chavões, provérbios, ditos populares ou frases foicas. • Não use questionamentos em seu texto, sobretudo em sua conclusão.

Atenção: não use parênteses para esse fim. - Respeito às margens e às indicações elos parágrafos.

•Jamais use a primeira pessoa do singular, a menos que haja solicicação no cerna.

- Para dar início aos parágrafos, o espaço de mais ou menos dois centímetros é suficiente.

• Evite usar palavras como "coisa'' e "algo'', por terem sentido vago.

- Observe as margens esquerda e direita

• Repetir muitas vezes as mesmas palavras

11a

fo-

lha para o texto defin itivo. Não crie outras. Não deixe "buracos" no texto. - Na translineação, obedeça às regras de divisão silábica. - Limite máximo de linhas:

empobrece o texto. Lance mão de sinônimos e expressões que representem a ideia em questão. •Só cite exemplos de domínio público, sem narrar seu desenrolar. Faça somente uma breve menção.

AJém de escrever seu texto em local devido (folha definitiva), respeite o li m ite máximo de linhas destinadas a cada parte da prova, conforme orien cação da banca.

• A emoção não pode perpassar nem mesmo num adjetivo empregado no texto. Atenção à imparcialidade.

As linhas que ultrapassarem o limite máximo serão desconsideradas ou qualquer texto

• Evite o uso de etc. e jamais abrevie palavras.

que ultrapassar a extensão máxima será totalmente desconsiderado.

• Não analise assuntos polêmicos sob apenas um dos lados da questão.

b) Eliminação do candidato Seu texto poderá ser desconsiderado nas seguimes sicuações: - Ultrapassagem do limite máximo de linhas. - Ausência de texto: quando o candidato não

463


PORTUGUtS DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

faz seu texto na fo lha para o texto definitivo . - Fuga roral ao rema: anaJise cuidadosamente a proposta apresenrada. Estruture seu rexro

c) Fechamento do texto de forma coerente Rerema ou reafirma rodas as ideias apresentadas e discutidas no desenvolvimento, tomando uma posição acerca do problema, da rese. É também um momento de expansão, desde que se mantenha uma conexão lógica emre as ideias .

em conformidade com as orientações explicitadas no caderno da prova discursiva. - Rcgisrros indevidos: anotações personaJizadas, rubricas e desenhos.

ESTRUTURA CLÁSSICA .DO TEXTO DISSERTATIVO .

1

Enumerações e exemplificações: indicação de farores, funções ou clememos que esclarecem ou reforçam uma afirmação.

DESENVOLVIMENTO DO TEMA Estabelecimento de conexões lógicas entre os argumentos. Apresentação dos argumentos de forma ordenada, com análise detida das ideias e exemplificação de maneira rica e suficiente do pensamento. Para garantir as devidas conexões entre períodos, parágrafos e argumentos, empregar os elementos responsáveis pela coerência e unicidade, tais como operadores de sequenciação, conectores, pronomes. Procurar garantir a unidade temática.

a) Introdução adequada ao tema / posicionamento Apresenta a ideia que vai ser discutida, a tese a ser defendida. Cabe à introdução situar o leiror a respeito da postura ideológica de quem o redige acerca de determinado assunto. Deve conter a tese e as generalidades que serão aprofundadas ao longo do desenvolvimento do texto. O importante é que a sua introdução seja completa e esteja cm consonância com os critérios de paragrafação. Não misture ideias.

Objetividade de argumentação frente ao tema I posicionamento O texto precisa ser articulado com base nas informações essenciais que desenvolverão o rema proposto. Dispensar as ideias excessivas e periféricas. Planejar previamente a redação definindo antecipadamente o que deve ser feiro. Estabelecer a tese que será defendida.

b) De.-.envolvimento Apresenra cada um dos argumentos ordenadamente, analisando detidamente as ideias e exemp lificando de maneira rica e suficiente o pensamento. Nele, organizamos o pcnsamenro em favor da tese. Cada parágrafo (e o texro) pode ser organizado de diferentes maneiras: Estabelecimento das relações de causa e

Estabelecimento de uma progressividade textual em relação à sequência lógica do pensamento. O rexro deve apresentar coerência sequencial satisfatória. Quando se proceder à seleção dos argumentos no banco de ideias, deve-se classificá-los segundo a força para convencer o leitor, partindo dos menos forres para os mais forres.

efeito: motivos, razões, fundamentos, ai icerces, os porquês/ consequências, efeitos, repercussões, reflexos; Esrabelecimenro de comparações e contrastes: diferenças e semelhanças entre elemell(OS - de um lado, de oucro lado, em contraste, ao contrário;

464


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO

A redação elaborada a partir de esquema per-

Não há necessidade de preencher coda a olha, mas o número de palavras exigido deve sn respeitado. (utilize pelo menos 90% do e.;paço

mite desenvolver o texto com sequência lógica, de acordo com os critérios exigidos no comando da questão (número de linhas, por

destinado ao texto).

exemplo), atendendo aos aspectos mencionados no espelho de avaliação.

ESQUEMA BÁSICO DA DISSERTAÇÃO J0 parágrafo: TEMA + argumento 1 + argumento 2 + argumento 3

2º parágrafo :desenvolvimento do argumento 1 3 ° parágrafo: desenvolvimento do argumento 2 4º parágrafo: desenvolvimento do argumento 3

CONDIÇÕES DE NULIDADE São condições de nulidade da prova de Redação: a) ser ilegível; b) fugir rotalmcnrc ao rema proposto; c) abordar superficialmente, evasiva e inadequadamemc o tema; d) evidenciar desconhecimento do rema pro-

5º parágrafo: expressão inicial + reafirmação do tema + observação final.

posto; e) comer dois ou mais parágrafos agramaticais; f) não obedecer ao tipo de composição proposto; g) ter um número de palavras inferior ao exi-

DICAS FINAIS

gido. 1\0

redigir você deve observar alguns aspecros

importamcs: • Não rasurar e nem rabiscar a sua folha de redação.

ASPECTOS AVALIADOS EM UM TEXTO

• Faça letra legível. • Obedeça ao espaço proposto. • Onde iniciar o primeiro parágrafo, inicie codos os outros.

BLOCO A: Aspectos da leitura • Falta de cnrendimenco do enunciado ~rema, modalidade, tipologia). • Traramenco periférico do rema.

• Não dt.:ixe espaços em branco. • Observar o número mínimo de palavras exigido. (Lembre-se: para concar o m'.1mcro de palavras

BLOCO B: Aspectos estéticos • Grafia ininceligível. • Ocsrcspeico às margens. • Pequeno recuo de parágrafo.

excluem-se conjunção, preposição e arcigo.) • Observe o desenho na página ao lado para maior clareza.

465


GRAMÁTICA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚB LICOS

PORTUGUÊS DESCOMPLICADO

Exemplo de Redação Centralizar o título na primeira linha.

Saltar uma linha para começar a redigir (não é necessário).

TÍTULO

• f, t//I/

f/i l// ft /

li

I

I '• 1/I

1 l'l1ft l 1 111/ r/111 /., 1/11 • / / /

/ 1 /1 /

' ' 'li

r.' r /1, 1/11/ /1, '/'//Ili 1// / •1111 /ti\

1/ll.t, /.\

/lllt \ \ r t l l /

t/(/tl//l//.\/t ///l/fl///t 1/1/f/Jl//lt//t/,

,,/f•tr'f/l/1111,'/i/ //Jldt,•11,d lltf, Ili/ti

yttl

11d / ., , / (// /,

1

/,//tltt,J///1/ ,1!1ft1'\

/

1 1

/1

;;,, ilt /11!tlt I

11/ jlt///./r,

/ /,/

dldr///,',~

'

\1

l//t

lf1 /'/

Não deixar espaço em branco. Iniciar a redação com parágrafo; o mesmo espaço deixado para a margem do primeiro parágrafo que deve ser respeitado para os demais.

.1///,///

\//'/////

111111

/t, '// I l i 1/lll/,ll

!t /10/t J I !lt111111lt11.. ,li111/

,,, ,ftt/111 "''/li 1// 111 / ' ' 111 (

• .IÍ ll!t/lltf,/111. /((l/'/11/I

///

lltl

"'

'

/;///Ili

fit

/l//\'f/1, I

t/t/l/Jh///11//I

1 ////

tjlltf.11 \ rl/tl1/11!t\ \'//li/,'• 1 li\

1'

11

'I

1f'111/1.

r 1/J,

1

/1

fl, 'li PI t/l/lh/.

,,

lf/(' \li•

!t '

,, , ,

1 ,/,.

1/I ' ' /

:1:1 { I ///, 11//11!/ t/flt

1 1,

t

'f

1/l//1!t1

,,,ft, \ l i

/11/1/lh/1 'hf,\

111111< I /11'1 ,,., t!lll

, lt111

1/

/,

/!1,

1;, / ///.\

, ,1/, /.

>li l/11

//lt'1/t.\(

1//'

.\d/11~/

1 ,1/.11r11 /11(,1/

' ' " ' ''' ;,,, ,:,/,111, ///J/ lt/11/1/ ,111,/,1

/ti////

t/// f.\11(

I

ff/I

1/

(

/1 f

11/, /J

'" /, '"

lf //\

1 1// \(,la/, 11/1//// (//1/ / 1

'/,t

1

\

_1,, , ' //

t/

1

'111111 I

I

I, /

.'ll, 11;1111\ Ili /1//\

/11/1//////n/ln'\

\//

11/ir/111111

t I

I 1/f/I

1

I(,

•I I

/ t//( //1/

/,Ili

/,1/•I, •, 1//f, //

1 1 11111 11'f 1/ 1 1// /

I t ./t11 t/t /,1

.1111'11111

of/I,

/ti

ll1t: ~th 011h11\/

Não usar esta linha.

466


FLÁVIA RITA COUTINHO SARMENTO BLOCO C: Aspectos sintáticos • Pontuação e/ou paragrafação incorreras. • Período longo.

BLOCO D: Aspectos enunciativos • Vocabulário inadequado para o contexto.

• Ausência de arciculação sindtica.

• Subjetividade inadequada para a proposta.

• Uso incorreto de conectivos para estabeleci-

• Ausência de clareza inadequada para a proposta.

mento de relação lógica.

• Objetividade inadeq uada para a proposta.

• Repetição vocabula r o u de ideias inadequada.

• Ausência de conectivos.

• 1ncoerência interna.

• Uso de gerúndio para evitar conectivos ou ou-

• Incoerência externa.

tros fins.

• Estratégias ineficazes para a enunciação.

• Período/ideia incomplcco.

• inadequação do texto ao produror.

• Inversão de termos sintáticos.

• Inadequação do texro ao rcccpcor.

• 1nrcrcalação excessiva e confusa de orações . • Uso equivocado de preposição (reg. verbal e/ou nominal). • Ausência de termos sintáticos (sujeira. objero, cu.:.).

• Inadequação do texto aos objetivos. • Argumentação frági l. • Variante linguística equivocada. • Ambiguidade inadeq uada d e ideias.

• Repetiç:10 in:idequ:id:i de idci:1sfousên.:ia de progressão.

Propostas de Redação TEMA 1 Os países subdesenvolvidos são hoje os maiores detentores de recursos naturais e reservas ecológicas. Redija um TEXTO DISSERTATIVO explicando como tais pa1ses poderiam usar em benefício próprio as riquezas que possuem.

cientes cujas chances são mínimas. Dê a sua opinião a respeito do assunto em um TEXTO DISSERTATIVO. TEMA 4 "A prostituição não representa a falta de escol1a do indivíduo, mas a escolha mais fácil. " (Jussara Gomes)

TEMA 2 A criminalidade vem ocupando um espaço cada vez mais amplo dentro da sociedade brasileira. O fato de os envolvidos nem sempre serem marginalizados leva a uma assertiva:

Redija um TEXTO DISSERTATIVO apresentando argumentos contrários e favoráveis ao fragmento apresentado. TEMA 5 "Os veículos de informação hoje perderam a função de formadores de opinião e passaram a refletir ideologias dos grupos aos quais se vinculam." (Danuza Leão)

"A marginalidade no Brasil nem sempre marginaliza os envolvidos." ( Rubem Alves )

Redija um TEXTO ARGUMENTATIVO confirriando a assertiva.

Redija um TEXTO ARGUMENTATIVO retificando ou ratificando o excerto de Rubem Alves. Para tanto, tome como base a realidade brasileira.

TEMA 6 As buscas por terapias que visem a minimiza· o desconforto interior estão cada vez maiores. Isso reflete as tensões do mundo contemporâneo. Redija um TEXTO DISSERTATIVO explicando a relação existente er tremodernidade e estresse.

TEMA 3 Quando é que devemos interferir no curso natural da vida? Médicos e familiares deparam cotidianamente com árdua tarefa de decidirem manter ou não a vida de pa-

467


PORTUGU~S DESCOMPLICADO

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS Os movimentos migratórios não são novidades na história da humanidade. Nem os motivos pelos quais as pessoas deixa seu território. Conflito, fome, desemprego e falta de acesso a condição básicas para a sobrevivência expulsam populações internas do país de origem. Muitas vezes sem estruturas e de maneiras desesperada, essas pessoas são arrastadas de um lugar a outro em, busca de uma vida melhor. Colocam-se em situações de risco. Que, eventualmente. acabam em frustração ou mesmo em morte. Atualmente existem 175 milhões imigrantes espalhados pelo globo, 3% da população mundial, segundo organização das nações unidas (ONU). O movimento foi acentuado nos últimos 15 anos. O desenvolvimento desigual entre nação atrai cada vez mais gente em direção ao mundo desenvolvido. Os Estados Unidos recebem a maior parte ou 35 milhões de estrangeiros. Em relação aos continentes, a imigração, cerca de 60 milhões de pessoas.

TEMA 7 Não há caminhos para a paz. A paz é o caminho. (Mahatma Gandhi - pacifista indiano)

Periferia lado bom o que você me diz Alguns motivos pra te deixar feliz Longe do álcool, longe do crime Sua paz é você que define (versos de um rap) Tendo em vista os conflitos existentes na vida moderna, quer de natureza bélica entre as nações, quer de natureza social, desenvolva suas ideias, em um TEXTO DI SS ERTATIVO-ARG UMENTATIVO, a propósito do tema: Fundamental para a vida, a paz torna-se um bem cada vez mais distante de todos. TEMA 8 TEXTO 01 Blitz da Imigração prende 57 brasileiros Dono de empresa de limpeza em que os imigrantes trabalham era investigado por subornar oficial de imigração

Escreva uma DISSERTAÇÃO sobre o tratamento recebido pelos imigrantes brasileiros nos EUA.

por Raimundo Santana - Editor O Cepartamento de Imigração de Boston, capital de Massachusetts, está analisando a situação de cada um dos 57 brasileiros que foram presos na madrugada da última terça-feira, dia 15, quando faziam a limpeza de 28 lojas da rede de supermercados Stop Shop, em várias cidades deste estado e do vizinho estado de Connecticut. O cbjetivo é definir o procedimento de deportação daqueles que estiverem ilegalmente no país. Para segunda-feira, dia 21, está marcada a primeira audiência do proprietário da empresa para a qual todos os imigrantes presos trabalhavam. José Neto, 38 anos, que morava em Allston, Massachusetts, terá audiência com o juiz Robert B. Collings, quando tomará conhecimento das acusações que existem contra ele. No comunicado oficial emitido ontem pelo Departamento de Justiça de Boston consta que José Neto estava sendo investigado desde outubro do ano passado por subornar um oficial da imigração, ao qual pagou USS 20 mil para a obtenção do green card dele e da mulher, e por outras infrações às leis de imigração dos EUA.

TEMA 9 Com base na frase abaixo, dê a sua opinião num TEXTO DISSERTATIVO sobre o que seja uma "vida melhor" .

"Eu sei que a vida deveria ser bem melhor e será" (Gonzaga JR., Luiz. O que é o que é?) TEMA 10 "Nossos ídolos ainda são os mesmos e as aparências não enganam mais. Você diz que depois deles Não apareceu mais ninguém. " (Belchior)

"O mito é o sonho público." (Joseph Campbell) Os textos acima referem-se a mitos ou personalidades que se destacam por alguma característica ou comportamento peculiar. E para você. o que significam os mitos? Você concorda com a afirmação do primeiro texto? Os mitos não se renovam? Exponha suas ideias numa DISSERTAÇÃO . Dê um título a seu texto.

TEXTO 02 Em busca de uma vida melhor Milhões de pessoas saem dos países pobres em direção ao mundo desenvolvido

468



OBRAS DE REFERÊNCIA ANDRÉ, Hildebrando. Gramática Ilustrada, 4ª ed.São Paulo, Moderna, 1994. BECHARA, Evanildo - Moderna Gramática Portuguesa. 25ª ed.São Paulo, Nacional, 1980. CARNEIRO, A. D. Redação em Construção. A Escritura do Texto. São Paulo, Moderna, 1994. CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. 40ª ed. São Paulo, Nacional, 1997. CIPRO METO, Pasquale &INFANTE, Ulisses. Gramática da Língua Portuguesa. 1ª ed. São Paulo, Sc1p1one, 1997. CUNHA. Celso & CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 2ª ed.Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1985. CURY,

~vlaria

Hilda Ferreira. Escrever e Ler: Faces da mesma moeda. Belo Horizonte, UFMG, 1999.

DRUMtvlOND,C. D. Poesia e Prosa. Rio de Janeiro, NovaAguilar, 1992. INFANTE, Ulisses. Curso de Gramática Aplicada aos Textos. São Paulo, Scipione, 1995. INFANTE, Ulisses. Do Texto ao Texto. São Paulo, Scipione, 1998.

Lf NGUA PORTUGUESA , Apostila de. Curso Vila Rica. Tribunal de Justiça. 2005. LfNGUA PORTUGUESA, Apostila de. Curso Vila Rica. Tribunal de Justiça. 2007. Lf NGUA PORTUGUESA, Apostila de. Orvile Carneiro. Módulo. 2005. MEIRELES, Cecília. Ilusões do Mundo. Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1976. MESQUITA, Roberto Paulo. Gramática da Língua Portuguesa. 1J ed. São Paulo, Saraiva, 1994. PRESID~NCIA, Manual de Redação Parlamentar. 2009.

NICOLA José de & INFANTE, Ulisses. Gramática Contemporânea da Língua Portuguesa. 12 3 ed. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1985. PLATÃO F.S. & FIORIN, J. L. Lições de Texto. Leitura e Redação. São Paulo, Ática, 1996. ROCHA JMA, Carlos Henrique. Gramática Normativa da Língua Portuguesa. 1ª ed. 31ª ed. Rio de Janeiro, José Olímpio, 1992. SACCOMI, Luiz Antônio. Minidicionário Sacconi da Língua Portuguesa. São Paulo, Atual, 1996. SACCOMI, Luiz Antônio. Não Erre Mais. 20ª ed, São Paulo, Atual, 1996. SACCOMI, Luiz Antônio. Nossa Gramática Teoria e Prática. 21 ª ed. São Paulo, Atual, 1994. SARMEl'ITO,L.L Oficina de Redação.São Paulo, Moderna, 1997. TERRA, E. & NICOLA, J. Redação Para o 2º Grau. São Paulo, Scipione, 1996. VIANAA C. M. &ALÜ. Roteiro de Redação. Lendo e Argumentando. São Paulo, Scipione, 1998.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.