Deus, chega de injustiça na Terra! Hernandes Dias Lopes afirma em seu comentário que “Profetas normalmente falavam mensagem de Deus confrontando o pecado do povo. Habacuque não confrontou o povo, mas a Deus.” Habacuque não falou à nação da parte de Deus, mas falou a Deus da parte da nação. Ele não chamou a rebelde Jerusalém ao arrependimento, mas cobrou de Deus Sua inação diante das calamidades que saltavam aos olhos. Quem estuda o livro de Habacuque descobre que ele é mais um profeta intercessor do que um profeta pregador! Tão logo o rei Josias, o bom rei, morreu o povo voltou a se rebelar contra Deus e a tapar seus ouvidos aos seus profetas. Habacuque vê a maldade social crescendo e Judá caminhando para a destruição. As três grandes potências mundiais: Assíria, Babilônia e Egito lutavam e o povo de Israel sofria. O profeta vê o perigo que seu povo corre ao ver os babilônios derrotando o mundo ao ser redor, vê a sua maldade e não compreende como ou por
que Deus permite que um povo idólatra e malvado prospere como os babilônios prosperavam. O livro nos traz: uma lição moral os violentos serão punidos; uma lição espiritual - Deus pode fortalecer o que está desanimado; uma lição teológica - o justo viverá pela fé. Após 2 lamentações, 2 respostas de Deus surge um cântico nos lábios do profeta como um grito de fé: “Porquanto, ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas, todavia, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação.” (3.17,18) Provavelmente nos dias de hoje Habacuque diria: “Ainda que eu perca meu emprego e a minha saúde, e me pareça que as forças do mal estão vencendo; ainda que a economia entre num caos, e os governantes não atuem como deveriam; ainda que meus amigos me abandonem, e tudo comece a dar para trás eu per-