informativo Semanal | Ano 07 | Edição 92 | 23/10/2022
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Esse é o mês da juventude em nossa igreja e o tema da conferência que os jovens farão é: “Uma experiência para um mundo distópico”. Distopia é um lugar ou estado imaginário em que se vive em condições de extrema opressão, desespero ou privação, é a antiutopia.
Como se revela nossa espiritualidade em um mundo distópico?
Num primeiro momento, pode até parecer que não estamos em um mundo distópico, mas, quando paramos e assistimos aos noticiários, nossa opinião muda.
Viver em um mundo distópico pode criar falsa segurança para qualquer pessoa que cresça um pouco em sua espiritualidade.
A distopia é uma situação de corrupção e imoralidade tão grande que, quando estamos perto dela, corremos o risco de nos parecer bons demais, criando uma falsa segurança em um pouco de espiritualidade.
Foi isso que aconteceu com a igreja de Corinto.
A cidade de Corinto era populosa, rica, corrupta e poluída pelos vícios do paganismo. Sua população celebrava a violência nas arenas. O amor grego era vivido na homossexualidade e bissexualidade. Suas festas eram regadas a bebidas alcoólicas e glutonaria. E seus cultos pagãos eram realizados por sacerdotisas prostitutas.
Foi nessa distopia que Paulo plantou a igreja de Jesus naquela cidade. Igreja que rapidamente prosperou em membresia, em dons milagrosos e com grandes pregadores. À primeira vista poderíamos dizer: que igreja espiritual! Só que não! Na carta aos Coríntios, já no capítulo 3, Paulo os chama de carnais. Ele diz: “Irmãos, não lhes pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a crianças em Cristo”.
Usamos muitas vezes a palavra carnal para pessoas de mau caráter e que vivem escravas de muitos pecados. Entretanto, Paulo revela aqui que pessoas crentes, que
já tiveram um encontro com o evangelho de Jesus, podem ser carnais.
A verdade é que carnais são os crentes que ainda são imaturos e infantis. O texto sagrado diz: “não lhes pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a crianças em Cristo. Dei-lhes leite”. Crentes carnais são como crianças autocentradas, egoístas, que olham somente para si mesmos achando que sabem tudo. São pessoas que estacionaram em seu crescimento espiritual, que se tornaram meros religiosos. São bons em palavras, mudaram superficialmente muitos hábitos e costumes, desenvolveram novas práticas religiosas, mas estacionaram. É por isso que vivem em divisões e invejas. Como o apóstolo diz: “há inveja e divisão entre vocês, não estão sendo carnais e agindo como mundanos? Pois quando alguém diz: “Eu sou de Paulo”, e outro: “Eu sou de Apolo”, não estão sendo mundanos? Será que essa não é a realidade de boa parte da igreja brasileira hoje? Uma igreja que, diante da distopia desse país, se orgulha e se julga poderosa, mas vive a inveja e a competição e legitima a divisão?
A distopia à nossa volta pode fazer com que percamos o alvo de crescimento que está em Cristo Jesus. Se o nosso padrão for ser melhor que o mundo, iremos nos tornar bons religiosos, mas ainda seremos imaturos como bebês birrentos. Agora, se nosso alvo for ser transformado à imagem de Cristo, permitiremos que o Espírito Santo aja em nós nos transformando dia após dia. Você tem permitido o Espírito Santo agir em sua vida em suas áreas mais íntimas? Ou tem vivido uma vida de religioso orgulhoso que se julga superior a muitos? Meu convite é para que você olhe para Cristo e busque nEle crescimento diário, para glória de Deus Pai.
por Pr. Marcos Paulo
O SIGNIFICADO DO BATISMO CRISTÃO
Identidade! Nunca foi tão claro e contrastante na vida da sociedade atual esta palavra. Nos identificamos com tudo, com gostos alimentares, estilo de roupas, times de futebol, posições políticas e ideológicas e visões teológicas. Tudo temos que nos posicionar ou somos “posicionados” involuntariamente. Somos confrontados todos os dias com aquilo que defendemos ou repudiamos, e nem nos damos conta muitas vezes que nossas reações são fruto de uma cosmovisão moldada e estruturada sobre os fundamentos do que cremos. Mas o foco de nossa reflexão aqui não é a minha visão de mundo em contraponto a sua, mas a nossa identidade em Cristo, que nos leva a nos despojarmos de tudo o que fomos sem Ele, mostrando ao mundo o real e novo sentido de nossas vidas. A vida com Cristo exige posicionamento, testemunho fiel. Andar com Cristo é muito mais que frequentar a igreja aos domingos, participar de alguma programação específica ou dar o dízimo. Identificar-se com Cristo é identificar-se com Ele em Sua morte e ressurreição, refletindo em uma caminhada de santidade, dependência e obediência às ordenanças. Para nós, salvos em Cristo Jesus, a ordenança do batismo é o nosso atestado de óbito do velho homem e certidão de nascimento do novo homem, agora filho de Deus.
O batismo é uma ordem de Deus ( Mc 16.16, Mt 28.19 ), em que nos submetemos em amor e obediência, mostrando simbolicamente a todos ao nosso redor, através do mergulhar nas águas, que fomos sepultados com Cristo em nossa velha natureza, caída e condenada eternamente, porém emergindo novamente, representando o nascimento de uma nova natureza, completa e perdoada. Em momento algum o batismo representa condição fundamental para a salvação ( Lc 23.42-43 ), pois apenas o mérito de Cristo na cruz é capaz de redimir toda nossa culpa. Entretanto o batismo é despojar-se das minhas manias e egocentrismo, fazendo com que Cristo seja o centro do meu viver e isso servindo de testemunho ao mundo, de que não há mais volta para uma vida vazia e podre.
Como crentes, o batismo deve ser visto como um privilégio, pois nos identificamos com Aquele que deu Sua vida por nós e que está preparando uma eternidade de delícias ao Seu lado, longe do pecado, de toda dor, partidarismos, ira, soberba e morte. Identificar-se com Cristo é assumir nosso papel de embaixadores de Deus, levando Sua palavra de exortação e salvação ao homem perdido ( 2 Co 5.20 ), mas principalmente mostrando que nossa obediência aos Seus mandamentos é fruto do amor que nos conquistou e por Quem se entregou por nós ( Gl 2.20 ).
por Daniel Camilo Dauaidar
MEU VOTO É UM COMPROMISSO E NÃO ESTÁ A VENDA
Em pleno Século XXI, ainda é possível ver práticas de mercancia (compra e venda) de votos e que expressam o vale tudo para conquistar o poder. E não é qualquer poder, porque ele vem revestido da intenção de agir com desonestidade no esquema “toma lá, dá cá”. Isso reflete na continuidade da ideia de obter vantagem em tudo, pois os fins justificam os meios.
É triste constatar que muitos brasileiros, em época de eleição, aceitam tal prática de mercancia, em troca de uma cesta básica, de um serviço, de uma promessa, ou de uma quantia. É como se o voto fosse uma moeda de barganha. Talvez, façam isso, visando extrair algo deste período para si e pensem assim: “- que mal tem? É só um voto, não tem nada demais.”HHGG Mas, essa prática é ilegal e é tipificada como crime (art 299 do Código Eleitoral).
A consequência de tal prática, é que um voto conquistado na barganha significa um mandato ausente de ética, ou seja, atribui-se a uma pessoa carta branca para continuar manipulando pessoas, atuando com desonestidade, atendendo seus interesses e promovendo a corrupção. Principalmente, porque o que se fez antes para obter o voto, tem prosseguimento nas ações futuras.
Diante deste cenário, é preciso refletir sobre o significado do voto consciente como exercício de dupla cidadania: terrena e espiritual. Afinal, a condição de ser cidadão já implica uma ação de pertença, ou seja, de fazer parte ativa, como sal e luz, na vida da cidade. Ela informa sobre o envolvimento e o compromisso que cada um tem com os rumos a serem constituídos. Por isso que um voto, não pode ser considerado apenas como um dever cívico. Ele expressa o sentimento de confiança depositado em alguém para concretizar uma expectativa de futuro.
É nesta direção que se pode lembrar de alguns princípios bíblicos e aplicá-los neste momento crucial da nação brasileira. O primeiro princípio ressalta a centralidade da vida, que está em buscar o reino de Deus e a Sua justiça por meio da entrega pessoal e comunitária. Este princípio evidencia que a justiça que se busca não está nos seres humanos, mas em Deus. Essa justiça vem por meio da fé em Cristo Jesus. Afinal, é preciso buscar em Deus o padrão de justiça. Essa busca inicia-se com a submissão da nossa vontade, à medida que se leva cativo o nosso pensamento a Cristo. Então, não é conformar-se com esta sociedade, mas é perceber como a justiça de
Deus, expressa em Cristo, pode ser evidenciada nas práticas e ações humanas em prol de um viver digno e ético diante de Deus.
O segundo princípio procura evidências do verdadeiro amor que se consolida no viver e no agir éticos. Para isso, é preciso observar a escolha que resultará no bem do próximo. Ou seja, aquele que afasta a busca pelos próprios interesses, que não se envergonha, não se comporta mal, não se alegra com a injustiça, não se enfurece, não se ressente do mal, não se orgulha e não inveja. Antes, fica alegre com a verdade. A verdade em amor é que lança fora todo o medo.
O terceiro princípio precisa passar pelo padrão de qualidade que informa sobre as características a serem observadas nas práticas de vida. Assim, esse padrão prima pelo que é verdadeiro, honesto, justo, puro, amável, de boa fama. Não existe nele reprovação. E se isso não for verificável, faz-se necessário reflexão.
O quarto princípio diz que é preciso ter convicção da fé e não ser enganado por filosofias e ou palavras carregadas de aparência de verdade e que contrariam a revelação de Deus. Isso indica que é preciso estar atento a tudo aquilo que se distancia dessa verdade, pois como cidadãos do céu e da terra, a conduta e visão devem ser alicerçadas em Cristo.
O quinto princípio é que não existe separação entre a dimensão espiritual e terrena, antes, uma
implica na outra. Separá-las é como se quisesse defender que, aquilo que se é no âmbito da fé, não tem nada a ver com as atitudes envolvidas nos diversos relacionamentos. Isso é um engano. Uma mentira. O que se faz tem consequências materiais e eternas. Por isso, viver com esta certeza, já é libertador.
O sexto princípio é pedir a sabedoria do Alto, nela não há variação ou qualquer sombra de dúvida. Para isso, é preciso estar em sintonia direta com o Pai, o que envolve intimidade e proximidade. É estar sensível a Sua voz e vontade. Reconhece-se, aqui, a soberania, a autoridade e o governo de Deus sobre todas as coisas.
Diante desses princípios, já se está preparado para exercer a dupla cidadania. Aqui, não existe meio termo, antes é apresentado de modo simples e contundente a forma como se espera que cada cristão se posicione diante de sua missão de ser sal e luz da terra. Para além de uma disputa partidária, está o futuro das gerações, contendo o projeto de país a ser consolidado. Então, o que você decide?
por Gleyds Domingues
ROTEIRO DE PGM
Série: DESCUBRA A SUA
Tema: DESCOBRINDO A PAZ EM JESUS
ORAÇÃO INICIAL (3 minutos)
QUEBRA-GELO (10 minutos)
Compartilhe com o grupo qual a sua definição de paz, e em que momentos do cotidiano você se sente em paz.
LOUVOR E ADORAÇÃO (10 minutos)
“Entrem por suas portas com ações de graças, e em seus átrios, com louvor; deem-lhe graças e bendigam o seu nome.” Salmos 100.4
TEMPO DA PALAVRA (30 minutos)
“Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo”. João 16.33
Jesus disse o que lemos acima, na noite em que foi traído e preso, e sabendo que estava prestes a ser crucificado, deixou palavras de esperança e perseverança aos discípulos. Jesus não omitiu o fato de que os apóstolos não mais O veriam, que seriam perseguidos, e até mesmo mortos. Mas conclui Seu discurso com um pronunciamento de paz e bom ânimo.
As palavras e o exemplo de Jesus também podem encorajar os discípulos da atualidade. Afinal, um dos ideais de vida de todo cristão é permanecer leal a Deus apesar das circunstâncias. Mas para isso, precisamos não somente desfrutar da paz que Cristo nos dá, mas também nos alegrar, mesmo durante as aflições. Bom ânimo diante das adversidades é uma forma de demonstrar que somos dependentes de Cristo, e que confiamos nEle, mesmo diante de algum sofrimento. O fato de que Jesus Cristo já conquistou a vitória eterna em nosso favor, possibilita que nos alegremos nEle em toda e qualquer situação!
Para refletir.
• Lembre-se que o sacrifício de Jesus foi por amor a nós, e que devemos valorizar este amor.
• A melhor forma de vencer os problemas é estar do lado dAquele que já venceu o mundo. Busque conhecer a pessoa e obra de Jesus.
• A Bíblia é o verdadeiro manual da vitória! Ou seja, se interagirmos com a Palavra de Deus, encontraremos meios de viver em paz mesmo passando por dificuldades.
1. O que você entende por ter paz e bom ânimo mesmo passando por aflições? Tem vivido esta realidade?
2. Diante de dificuldades qual tem sido sua postura? Confiar ou reclamar? Compartilhe com o grupo alguma experiência onde mesmo com o coração aflito, decidiu permanecer confiante.
3. A Cruz do calvário foi um momento de dor e sofrimento, mas também de vitória. Pois em meio a iminente morte de nosso Senhor, o último e suficiente sacrifício se consumou. Sacrifício este que nos permite não somente viver em paz em dias de lutas, mas viver o aqui e agora com a perspectiva da eternidade com Jesus. O que é mais difícil para você? Crer que Jesus já venceu o mundo e por isso descansar nEle, ou acreditar que mesmo passando por lutas existe a possibilidade de viver em paz? Comente.
TEMPO DE ORAR (30 minutos)
• Orem para que o Senhor nos dê bom ânimo para passar em paz pelas adversidades deste mundo, e que este seja nosso testemunho.
• Orem para que o Senhor use nossa vida para levar paz e bom ânimo para aqueles que não O conhecem.
• Orem pelos pedidos uns dos outros.
por Ob. Rodrigo Ribacki
ROTEIRO INFANTIL
“Eu digo isso para que, por estarem unidos comigo, vocês tenham paz No mundo vocês vão sofrer, mas tenham coragem Eu venci o mundo ” João 16.33
Você sabe andar de bicicleta?
Já consegue andar sem as rodinhas de apoio?
É bem legal, né? Parece que estamos flutuando. Mas as vezes algo pode dar errado e caímos
Um ralado no joelho, uma pancada na barriga Nossos pais vêm nos ajudar para passar remédio nos ferimentos. E isso dói, mas nem por isso desistimos de andar. Esperamos sarar e voltamos a passear. Isso é o que Jesus está dizendo no versículo acima. As vezes vamos passar por momentos difíceis, mas não estamos sozinhos, Jesus já venceu e estará sempre conosco Lembrar do que aprendemos na Sua Palavra, e falar com Ele em oração dará forças para vencer.
1. Você está passando por algum problema?
2. Está conversando com Deus sobre isso?