Nosso Jornal - Julho 2014 - Edição 223

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02 EDITORIAL

Voltando para à rotina Esse ano as coisas foram atípicas. Deveríamos iniciar o período de férias de inverno, mas já estamos na reta final. Mesmo assim, temos um texto falando um pouco mais sobre férias, vamos terminar em grande estilo. E nesse clima de Copa, que sinceramente, até agora os resultados têm sido surpreendentes, infelizmente a alegria acaba no dia 13 de

ÍNDICE

03 destaque 04 cultura 05 educação 06 07

qualidade de vida

tempo de festa (esperamos que seja festivo para os brasileiros até o final), que elas nem sempre entendem, e retorna a rotina de estudo e outras atividades. Trazemos algumas dicas de como se adaptar ao segundo semestre e ajudar seu filho nessa fase! Teremos várias matérias dentro da temática da Copa do Mundo, algumas um pouco factuais, mas que terão impacto daqui para frente. Por exemplo, o tratamento que as mulheres têm recebido pela mídia, como patrimônio nacional, dá uma impressão horrível para as pessoas

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Nosso destaque vai para qual o legado que essa Copa do Mundo deixará para o nosso país. Interessante, pois escutei esses dias que a Arena Pantanal, que fica em Cuiabá, será colocada nas mãos da iniciativa privada. Inclusive um dos administradores pode ser Ronaldo Fenômeno. Bom, pelo menos algum estado entende que, como não tem time de futebol, pode dar um uso melhor para o espaço e não deixar que ele fique abandonado. Se dará certo, não sei, mas vale a tentativa. E levantamos outros aspectos importantes sobre esse legado. Lembrando que com esses protestos que vêm acontecendo em todo o país durante esse período, a nossa resposta como cidadãos tem que ser dada nas urnas, em outubro, quando iremos decidir o futuro do nosso país. Fique atento aos candidatos, às propostas, às ideologias partidárias e a tudo que influencia essa decisão. Seja informado e consciente. Nessa mesma linha temos um matéria falando sobre a importância de educar seu filho para ser um ser humano consciente e politizado. É essencial que a formação das nossas crianças seja o foco. Precisamos passar valores e princípios que façam diferença para cada uma delas.

opinião

Além disso, falamos de saúde. Qual o seu perfil na hora de buscar atividade física? Também, com o frio chegando, damos algumas dicas de como previnir alergias, que aqui no Sul são muito comuns. Na seção de finanças, a pergunta é: você está preparado para emergências? Imprevistos podem acontecer, por exemplo, você nunca sabe quando baterá o carro ou ficará doente. Tudo isso custa dinheiro e infelizmente, dinheiro não é algo que se multiplica. Nosso colunista traz algumas dicas e sugestões para você se preparar melhor para esses acontecimentos. Temos muito mais para você, falamos sobre viajar para a Austrália, temos receitas para aquecer seu inverno e um pouco de reflexão. Além da parte cultural com um bom livro e um bom filme. Espero que você aproveite essa edição! Ana Letícia Pie, jornalista e membro da Igreja Batista do Bacacheri

realizada pelos membros da IBB. JORNALISTA RESPONSÁVEL Marli S. Ciaramella (MTB - 24.450 104 72/SP) EDITORES Renato Mendonça Ana Letícia Pie COLABORADORES DA EDIÇÃO

Joenalva Porto Márcia Suss Marinês Mendonça Nathaniel Brandão

capa

Osmahir Pereira Rosa Paulo Ernesto Ormerod Penha Lustosa Priscila Aguiar Laranjeira

09 10

culinária

Priscila Heringer Oliveira Samyra Barros Suelen Lorianny PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Agência IBB - Ana Letícia Pie CAPA

opinião

João Campagnolo COMERCIAL

12 ação social 13

saúde

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finanças

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internacional

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do Bacacheri (IBB). Distribuição gratuita

Fred Branco

vida universitária

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Jornal mensal produzido pela Igreja Batista

Douglas Pie

de fora do nosso país. Nossas mulheres não estão à venda. Entenda um pouco mais sobre o tema lendo a matéria!

Ano 18 - Edição 223 - Julho/2014

Chica Baptista

julho. A vida volta ao normal e não temos mais pausas para aquele jogo sensacional das 17h ou até mesmo o das 13h. Para as crianças, acaba um

EXPEDIENTE

Isabela Pires REGISTRO DO INPI 825022495 TIRAGEM 5 mil exemplares IMPRESSÃO Grupo RBS CONTATO Nosso Jornal (Igreja Batista do Bacacheri)

abc vida

Rua Amazonas de Souza Azevedo, 134 Bacacheri - Curitiba - Paraná Telefone: (41) 3363-0327 E-mail: nossojornal@ibb.org.br Site: www.ibb.org.br/nossojornal *Parte das fotos utilizadas são meramente ilustrativas. Os conteúdos e opiniões contidos neste material são de responsabilidade de seus autores.


DESTAQUE

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Férias, o destino é ser feliz Todo meio de ano acontece a mesma coisa: filhos em casa e pais no trabalho. Aí surge a pergunta: “O que fazer com as crianças em casa?” Como entretê-los e conciliar a rotina da vida profissional? Minha filha esteve em Orlando, na Flórida, e nas duas vezes em que esteve lá observou um fenômeno dos nossos dias: havia meninas mais preocupadas com o Wi Fi que com as belezas do lugar. É certo que a maioria estava em viagem de compras e o ingresso para a visitação aos parques fazia parte do pacote, mas enquanto alguns consideravam a visita à Disney a realização de um sonho, outros queriam apenas sinal para mandar fotos para os amigos que ficaram no Brasil ou para fazer check-in contando onde estavam. No dia a dia é possível notar que a nova geração está com a atenção dividida entre várias tecnologias. Enquanto assistem a um programa na televisão, teclam em seus smartphones ou tablets. A conversa virtual é rica de interjeições, de risos (rsrs ou kkkkk) e de um internetês que faria inveja aos adeptos da língua do “pê”. Abrevia-se quase todas as palavras e a linguagem própria agiliza a conversa. Quase todos os detalhes do cotidiano são transformados em fotos e imediatamente postados. Ainda há aqueles que aproveitam a tecnologia para jogos intermináveis e, com isso, se entretêm em frente às suas telas por horas a fio, tudo isso, dentro de casa, sentados nos sofás ou esparramados sobre camas e almofadas. Sob esse

ângulo fica fácil dizer: aumentando a velocidade de conexão e com dezenas de aplicativos não é preciso mais nada para fazer as férias da garotada, eles já estão conectados, plugados e entretidos. Mas, alto lá! Não é bem assim que a banda toca. É preciso regular o tempo de uso da tecnologia. É preciso investir tempo em estar juntos, apreciar as belezas naturais, dar uma boa caminhada e evitar o sedentarismo e os quilos a mais. É preciso o olho no olho, o compartilhar, o ouvir como foi o dia. Muitos falam em tempo de qualidade e eu penso em tempo juntos mesmo! Horas a mais, conversas a mais, saídas a mais, interesses em comum a mais. Não basta apenas deixar os filhos saírem com os amigos (isso é bem legal), mas é preciso estar junto. Difícil? Com certeza, mas totalmente necessário. Como fazer isso? Não sei! Tente chegar ainda que alguns minutos mais cedo do trabalho. Surpreenda com comidinhas diferentes que tenham a cara das férias: sanduíches, pipoca, amendoim torrado, saladas com pedacinhos de carne e queijo, sorvetes de frutas, saladas de frutas... Deixe a faxina de sábado para o domingo e saia para um parque, para um shopping ou para uma caminhada nas proximidades de sua casa. Descubra lugares como a Praça do Skate, a nova Arena

da Baixada, a Praça do Japão, os museus, os shows culturais gratuitos. Com certeza seus filhos vão chiar com o desligamento dos seus aparelhos eletrônicos, mas se você fizer tudo isso com amor, com jeitinho de quem quer estar junto, eles vão valorizar a sua intenção. Aproveite tantos aplicativos para mandar mensagens para eles. Um simples “estou pensando em você, enquanto trabalho” pode trazer um sorriso ao rosto do seu garoto e da sua garota. Como a minha moça já está na faculdade, meu plano passa por limpeza de pele juntas, levar a cachorrinha para mais voltas na quadra ao final do dia; ouvir resumos detalhados de cada capítulo do volume 5 de Game of Thrones; assistir pela televisão as mais famosas óperas de todos os tempos; lavar louça enquanto ela enxuga; arrumar a casa enquanto conversamos sobre tudo e sobre nada, afinal de contas, nas férias o destino é ser feliz! Então, está na hora de começar. Somos livres para escolher o que é certo e melhor, pois foi para a liberdade que o Criador nos fez e esta implica em responsabilidades e a nossa, como pais, é amar, cuidar e proteger nossos filhos. Ótimas férias, ainda que em expediente integral no trabalho!

Priscila R. Aguiar Laranjeira – Professora, publicitária, escritora, editora. Membro da Igreja Batista do Bacacheri


04 CULTURA

Carcereiros Depois de Estação Carandiru, Drauzio Varella, com 23 anos atuando em presídios brasileiros como médico voluntário, aproximou-se do outro lado da moeda: as centenas de agentes penitenciários que, trabalhando sob condições rigorosas e muitas vezes colocando a vida em risco, administram essa população. Foi com um grupo desses agentes que Drauzio passou a se reunir depois das longas jornadas de trabalho, em um botequim de frente para o Carandiru. Essa convivência pôs o autor em contato com os relatos narrados em Carcereiros, segundo volume da trilogia iniciada por Estação Carandiru. Acompanhamos, assim, uma rebelião pelos olhos de quem tenta contê-la. A descoberta de que um colega está do lado dos bandidos. Um momento de solidariedade, outro de egoísmo. Um ato heroico e outro de covardia. Entramos em contato com o cotidiano dos carcereiros e as situações desconcertantes impostas pelo ofício, que eles resolvem com jogo de cintura e, não raramente, com humor. O que emerge é um retrato franco de um mundo totalmente desconhecido para quem está de fora. Drauzio fala também de sua própria atividade como médico do sistema penitenciário. Se há algo de comum a essas vidas - carcereiros, médico, detentos -, é a dimensão humana que nunca escapa aos relatos do autor.

A culpa é das estrelas O filme supera preconceitos e revela-se uma ótima surpresa. Por ser um melodrama, é esperado que o romance apele para as emoções do público. Mas ao contrário dos típicos “filmes para chorar”, este projeto anuncia desde o começo o único problema dos protagonistas: o câncer. Todos os conflitos serão decorrentes desta doença, sem tornar o calvário da dupla maior do que o necessário. Por isso, o projeto parece bastante honesto, e menos manipulador do que a grande maioria das obras do gênero. O tom do filme é permeado pela autoparódia como mecanismo de defesa. Hazel (Shailene Woodley) e Gus (Ansel Elgort) brincam com frequência com a doença, trazendo uma postura louvável, ao invés das tradicionais autopiedade e vitimização. Hazel e Gus são dois personagens fortes, maduros para a idade que têm. Não é nada fácil abordar esses temas com leveza, mas esta obra consegue ser um inesperado feel good movie. O filme é uma das raras produções adaptadas de uma obra literária que não parece corrida demais, sedenta para incluir o máximo de reviravoltas possível. O ritmo da narrativa é fluido. Os atores também são impressionantes. Com a sintonia entre eles, as cenas mais belas do filme acontecem em silêncio. A Culpa é das Estrelas acaba sendo um projeto muito acima da média em comparação com os dramas normalmente oferecidos ao público adolescente. Os personagens têm complexidade, conseguem alternar entre dúvidas típicas da juventude e questões mais profundas sobre o amor e a morte. Sem dúvida, o palavreado simples e direto de John Green para abordar o câncer contribui para uma atmosfera naturalista e comovente.

O patriotismo Não posso esquecer que uma das maneiras mais objetivas em que aprendi a valorizar as coisas do meu país, foram os jogos da Copa de 70. Meu pai e eu nos reuníamos na sala para assistirmos ao jogo. No momento do hino nacional ele aumentava o volume da TV ao máximo e cantava a plenos pulmões. Ao final, com lágrimas nos olhos dizia: “Filho, não temos muitas coisas, mas o que ninguém poderá tirar de nós é o orgulho de fazer parte desta nação, estar sob essa bandeira…” Eu nunca mais me esqueci disso. Eu fazia parte de uma grande nação! Infelizmente, alguns dos nossos líderes, por anos a fio, têm tratado essa grande nação como se fossem “descendência direta” dos antigos conquistadores portugueses que, no afã egoísta do enriquecimento rápido, pilharam, roubaram e “exportaram” as nossas riquezas em detrimento das pessoas que aqui viviam, sem considerá-las, sem ao menos pensar nas histórias representadas em cada rosto, em cada povo, em cada manifestação cultural daqueles que foram os primeiros brasileiros, mesmo considerados inferiores a partir de uma categoria “evolutiva” que, sem dúvida, colocaria a sociedade “desenvolvida” da época no topo dela, apesar das mortes e da escravidão que ainda eram moeda corrente daqueles que o faziam em nome do crescimento da humanidade! Ser brasileiro significa muito! Ter a oportunidade de comemorar um dia de independência é maravilhoso! Não é cafona ou fora de moda ostentar as cores da nação e demonstrar amor pelo lugar no qual nascemos e vivemos. Afinal de contas, pessoal, nosso país é repleto de riquezas, não sofre com tornados e terremotos, não vive sob a tensão de uma guerra civil, franqueia espaço para a manifestação dos gostos, de tendênciasas diversas, propicia a convivência pacífica entre as raças e se tornou pátria para milhares de imigrantes que se instalaram aqui e conquistaram a oportunidade de serem cidadãos. Otimismo cego? Claro que não! Temos muito que crescer, vencer a fome, o analfabetismo, a pressão que a falta de emprego nos traz, e a violência que cresce nas grandes cidades, obviamente não são do Brasil, mas do mundo! Porém temos condições para fazê-lo! Mas uma coisa importantíssima tem feito falta à nossa pátria! A Bíblia diz no livro de Salmos: “Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor!” Se os princípios bíblicos de justiça, relacionamento interpessoal e vivência fossem a plataforma política de nossos governantes e o padrão de atuação em todos os âmbitos de nossa sociedade, poderíamos estar vivenciando outra realidade nessas questões fundamentais que afligem cada um de nós! Precisamos nos posicionar com corações e mentes sem lançar ao desprezo a nossa pátria, onde nascemos e vivemos. Precisamos orar pedindo que Deus abençoe esta nação, para que nossos líderes sejam por Ele confrontados com suas próprias atitudes e ações e entendam que sua função é de grande honra, que implica em dignidade e senso de compromisso. Que você se posicione, agora, buscando a Deus de todo seu coração, para que a felicidade possa vir sobre nossa pátria, não só no dia de sua independência, como também nas próximas eleições, entendendo que você é peça chave para o desenvolvimento de nossa grande nação, por menor que se sinta! Vamos lá! Você não nasceu ou vive no Brasil por um mero acaso.

Átila da Silva, pastor e colaborador do site vidanet.org.br


EDUCAÇÃO 05

Depois da Copa, a vida continua A Copa acabando…férias terminando…e a vida continua… volta às aulas, retomando a rotina, horário para levar e buscar os filhos na escola, horário para as lições de casa, enfim, rotina à vista. Para os estudantes é hora de se ajustar novamente à rotina escolar. Fazer as pazes com o despertador, dormir mais cedo, organizar o material e o uniforme. Para quem não está com boas notas, é preciso dedicação. Sem se preocupar com o despertador, muitos estudantes ficam com o relógio biológico desajustado. Muitos pré-adolescentes e adolescentes não precisam cumprir tantas regras durante as férias. Costumam dormir e acordar mais tarde. Os horários das refeições são mais flexíveis. Com tantos passeios, a alimentação inclui várias guloseimas. Além dos horários de dormir e acordar, os estudantes tomam consciência de que não vão mais poder sair em dias de semana, como podiam nas férias. A hora de retomar a rotina é agora e os pais têm um papel fundamental nesse momento,

oferecendo orientação. Os pais devem começar a sinalizar a volta às aulas, conversar com os filhos sobre o início do novo semestre e orientá-los no sentido de organizar a vida para a retomada das aulas. Ainda há tempo de organizar o material escolar e preparar o uniforme com tranquilidade. Lavar os uniformes, verificar se o pé cresceu, se o sapato ainda está servindo e arrumar a mochila. É importante que essas medidas sejam tomadas bem antes do primeiro dia de aula, evitando imprevistos. A adaptação no segundo semestre é bem mais leve do que no primeiro. O primeiro é carregado de novidades; uma nova série, novos professores. As crianças pequenas já não sentem muito a separação de casa. Elas já estão adaptadas. Já os alunos que não estão com boas notas precisam ficar atentos no segundo semestre. O segundo semestre é menor que o primeiro. O fim do ano está perto. Essa é a arrancada final, auxiliem seus filhos ou alunos a recuperarem o aprendizado do semestre passado e ficar atentos

aos conteúdos deste semestre. Se ele queima etapas, a aprendizagem vai emperrando. ALGUMAS DICAS Os pais devem orientar os filhos a começar a retomarem os hábitos e a disciplina do período escolar. É importante começar dias antes a retomar os horários de acordar e dormir, evitando sonolência na primeira semana de aula. É melhor já voltar à escola adaptado novamente aos horários. Nas férias, muitos jovens acordam perto do meio-dia e a alimentação foge dos horários habituais. A primeira refeição acaba sendo o almoço. Voltando a dormir e acordar cedo, a alimentação vai voltando ao normal, com café da manhã e um lanche no meio da manhã. Localize os materiais didáticos. Deixando para a última hora, você corre o risco de ir à aula sem os livros. Cheque o uniforme e verifique o estado de conservação. Os sapatos ainda servem? Bom retorno às aulas!

Marinês Mendonça, psicopedagoga e ministra auxiliar do Ministério infantil da Igreja Batista do Bacacheri


06 QUALIDADE DE VIDA

Traçando perfis Ouvi há pouco tempo o seguinte comentário: Por que fulano de tal se exercita tanto? Ele já está numa forma exuberante! Acredito que o enfoque seja totalmente equivocado. Na realidade ele aparenta boa condição por estar fisicamente ativo. É algo muito simples, mas às vezes foge à nossa percepção. Quem mais precisa de atividade física, via de regra é o que mais se afunda no sedentarismo. Vamos discutir dois aspectos ligados à atividade física, tentando traçar perfis de alguns indivíduos. Alguns podem ser encaixados em mais de uma definição. Talvez você possa definir algum outro perfil, quem sabe o seu mesmo? Que tipo de pessoa busca a atividade física? 1. Educados Indivíduos que se conscientizaram dos benefícios da mesma pelo nível de informação adquirido, levando-os ao investimento em sua própria saúde. 2. Automotivados Este grupo de pessoas de repente desperta para a necessidade de tomar alguma atitude após uma minuciosa análise frente ao espelho. A decisão é tomada baseada na estética (“Esta barriguinha está realmente deselegante”). 3. Prazer na atividade Normalmente os esportes coletivos motivam as pessoas a se envolverem com tal disposição que dificilmente apresentariam para um trabalho individual em academia, parques, clubes, etc. Isto não quer dizer que não encontremos certos tipos de indivíduos que adotem a caminhada ou corrida individual ou coletiva e mantenham alto nível motivacional

pela satisfação pessoal que a atividade lhes propicia. 4. Confiam nos benefícios Este grupo pode ser comparado àquele que se sujeita a uma determinada medicação apesar de ter um gosto, muitas vezes, terrível, pois sabem que é para seu próprio bem. Sendo assim, a atividade física passa perto de um sacrifício, o que certamente está longe de ser o ideal. 5. Medrosos Aqueles que chegam a um ponto em que seu médico lhes comunica: “Se você não cuidar de sua saúde investindo em mudanças no estilo de vida você, vai arcar com sérias consequências”. Isto é comum entre pós-enfartados ou diagnosticados como diabéticos, hipercolestéricos, hipertensos, obesos e outros. O medo de enfrentar as patologias praticamente os obriga à busca da atividade física. Que fatores estão ligados ao envolvimento na atividade física? 1. Má administração do tempo Certamente a desculpa que mais ouvimos é: Gostaria de fazer alguma atividade física, mas não tenho tempo. Até hoje não encontrei uma só pessoa que não pudesse encaixar alguns minutos diários na sua agenda. O que fica bem claro é que a pessoa precisa se organizar e isso sim é um drama para muitos. 2. Procrastinação Amanhã eu faço! Semana que vem, sem falta! Não só com relação à atividade física, mas a procrastinação é uma praga que assola as mais variadas áreas que envolvem a participação humana.

3. Persistência Como é difícil encontrar pessoas que se mantenham fiéis ao seu programa de atividades. Caso nítido é a alta rotatividade que verificamos nas academias de ginástica. 4. Preguiça A tendência do ser humano é adotar a lei do menor esforço. Isto pode dominar o individuo e levá-lo a não buscar a atividade física por estar com preguiça e em conseqüência continua preguiçoso por não ativar seu organismo como um todo e colher os benefícios da mesma. 5. Alteração da rotina Alguns indivíduos são renitentes a qualquer alteração na rotina diária. Pensar em ter que encaixar uma caminhada ao final do expediente irá quebrar a sua habitual rotina de ir para casa jantar e sentar para assistir ao telejornal ou novela; sei lá. Acordar um pouco mais cedo então; nem pensar. Este perfil está claramente associado ao anterior. 6. Clima Principalmente para quem mora em Curitiba sabe que após ter programado uma caminhada e ao olhar pela janela ver aquela garoa ou sentir um frio de rachar, tem de ter muita determinação para enfrentar. Reflita sobre os perfis acima descritos. Até onde nos encaixamos total ou parcialmente em um deles ou mais de um. Será que não estou sendo desleixado? O objetivo principal de nossa coluna está vinculado a seu próprio nome “Qualidade de Vida”, é o que nós visamos atingir com nossos artigos. Fred Branco, membro da International Church of Curitiba


OPINIÃO 07

desventuras do

Fuleco A mulher brasileira

não está a venda

Há alguns dias li um texto incrível sobre nós, mulheres brasileiras. Com o movimento de turistas durante a Copa do Mundo, um dos assuntos mais falados e divulgados foi: a famosa mulher brasileira. Assim, como propaganda de qualquer produto no mercado que está pronta para satisfazê-lo, também fomos anunciadas para europeus, americanos, asiáticos. A Copa do Mundo sediada em nosso país significa mais que jogos, torcida e a vinda de turistas de todos os lugares do mundo. Estes estrangeiros muitas vezes já tem noção do que vão encontrar em nossas terras: futebol, samba, muita festa, povo feliz, caipirinha e mulheres. A “beleza” e “sensualidade” da mulher brasileira são oferecidas como um atrativo, quase como patrimônio nacional – abstraindo o fato de que somos pessoas e não monumentos arquitetônicos ou cachoeiras. Por muitos isto é visto como motivo de orgulho, mas eu considero perigoso e preocupante que sejamos retratadas para o resto do mundo desta maneira. Estava na Fan Fest aqui de Curitiba e o clima estava muito agradável, amigável, pessoas de muitos lugares diferentes. Até que em determinado momento comecei a perceber as piadas. “Só vai passar se me der um beijo” – era uma frase muito comum no meio da multidão, dita com sotaque de quem acabou de aprender algumas poucas palavras em português. “Nice body, give me a kiss” – também dito como quem está pedindo uma cocacola na lanchonete. No clipe oficial da Copa, o foco no bumbum de passistas que rodeiam o cantor estrangeiro intensificam a ideia de que o corpo da mulher brasileira existe para ser admirado, está ali à disposição. Pensando bem, o problema não são os estrangeiros e nem a ideia que eles tem sobre nós. Os turistas que fizeram essas “piadas” na Fan Fest não fizeram nada muito diferente do que os homens brasileiros já fazem todo dia. Os estrangeiros que compram essa imagem da mulher brasileira e vêm para o nosso país acreditando que estamos aqui para servi-los (inclusive vários deles vindo alimentar uma rede de exploração sexual que vitima crianças e adolescentes) certamente são parte do problema tanto quanto os brasileiros, que consciente ou inconscientemente, reforçam esse machismo que nos despe não só de roupas, mas de humanidade diariamente. Se existimos para satisfazê-los e estamos a disposição, não existe problema em abusar e assediar nossos corpos mesmo contra a nossa vontade. “É contra esse tsunami de estereótipos que constroem sobre nós e que propagam de todas as formas, em todos os meios, e contra as agressões decorrentes dessas ideias, que temos que lutar diariamente. Temos que afirmar e reafirmar nossa existência como seres humanos diversos, complexos e autônomos. E se escrevemos ou falamos sobre isso, também geramos indignação: afinal, como pode uma mulher existir para escrever algo que não agrade os homens, algo que os faz sentir desconfortáveis por pensarem ou agirem de determinada forma?” Aline Valek. Suelen Lorianny, jornalista e membro da Igreja Batista do Bom Retiro

Os grandes eventos esportivos sempre contam com um mascote para turbinar o marketing, cair nas graças da torcida, ser comprado por multidões, dar bom lucro e se possível, ser lembrado depois. Não podia ser diferente nessa Copa do Mundo de Futebol realizada no Brasil. Quando pensaram em um bicho para ser mascote, o tatu-bola ganhou de goleada. Claro, com um nome desses, não teve para ninguém. Mas, tatu-bola? Não estava “fofo” e não soava muito legal para segurar a onda de mascote, então resolveram arrumar um apelido para ele. Pasmem, as opções foram: “Fuleco”, “Zuzeco” e “Amijubi” e... segura aí, o vencedor foi? Isso mesmo “FULECO”. Explicaram que o apelido era muito bonito e tinha a ver com “FUteboL” e “ECOlogia”, coisas da moda, sustentabilidade, proteção da espécie ameaçada de extinção e etc. Só que a cor original não era nada fashion e para combinar com o desespero, pintaram ele de amarelo, puseram “capacete” azul, calçãozinho, camiseta, bola (na mão?) e vamos para o jogo. Começa a reprodução assistida e uma superpopulação de clones Fulecos começa a viajar pelo mundo em tempo de não perder a festa de abertura do grande evento. Mas por aqui, o bichinho não deu o ar da sua graça e teve pouca divulgação. Dizem que a ONG Associação Caatinga que propôs o tatu-bola para mascote, não se acertou com a FIFA quanto aos valores dos honorários pela ideia. Para piorar, engraçadinhos começaram divulgar variações do apelido com certas rimas inevitáveis: timeco, buteco, fumeco e algumas piores. Alguém lembrou que esse apelido estava relacionado com uma parte da anatomia humana excretora, lá na parte terminal e até o famoso jornal alemão Die Welt caiu na onda e divulgou isso em matéria de repercussão mundial. Foi demais e não existe tatu que aguente tamanha provocação. O Fuleco queria mesmo era um buraco para se esconder e começou cavar fundo. Logo se surpreendeu com as companhias que encontrou: um jogador com a camisa da mesma cor - especialista em cavar faltas, algumas excelências políticas, empresários astutos de grandes construtoras e outros interessados naquele subsolo riquíssimo, verdadeira mina, com enormes possibilidades de superfaturamentos em obras na casa dos bilhões de dólares. Fuleco percebeu que o jogo era sujo e que em matéria de corrupção, o buraco era mais embaixo. Até esse momento o Fuleco não havia saído da toca. Dizem que está tentando se limpar para ver se será convidado para a final da Copa. Falando sério, desventuras assim não afligem só o Fuleco. Muitas vezes somos bombardeados de forma similar e queremos mesmo é um buraco para nos esconder. Considerando que nem lá embaixo a situação é melhor e que muitas vezes o cheiro das companhias é pior, o jeito é sair da toca, levantar a cabeça, sacudir a poeira, dar a volta por cima e ir para o jogo. Saiba que há alguém que reconhece o seu real valor e está disposto a dar a maior força. Deus disse: “Não temas, porque eu sou contigo: não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel.” (Isaías 41.10). Waldir Fabrício dos Santos, engenheiro civil e pastor em Toledo/PR.


08 CAPA

Ainda é muito cedo para falarmos em resultados, mas não é cedo para falarmos do que NÃO aconteceu e foi prometido quando a Copa do Mundo de Futebol foi trazida para o nosso país. É importante ressaltar que o Brasil não foi escolhido, ofereceu-se e passou sete anos “deitado em berço esplêndido”. O que se viu foram apagões, arquibancadas perigosas, bombeiros em polvorosa e um grande despreparo dos responsáveis pela segurança. Na abertura assistimos pasmados uma belga coordenar 600 bailarinos e apresentar um resumo de nossas regiões de uma maneira insossa, desinteressante e, ainda bem, rápida. A mais feia e sem graça abertura que já se viu até aqui. Perdoem o clichê, mas qualquer carnavalesco teria feito melhor, mais bonito e muito mais impactante. Quanto à música da Copa cantada por Pitbull, Jennifer Lopez e Cláudia leite, outro grande equívoco. O Skank cantando “Partida de Futebol” teria se saído melhor e ...será que deram folga aos técnicos de som? Os protestos que ganharam as ruas antes e durante a Copa do Mundo foram um dos grandes problemas enfrentados pela polícia e em Curitiba não foi diferente: os mascarados atearam fogos a pneus, quebraram vitrines de lojas, depredaram estações tubo e agências bancárias, além de picharem dezenas de ônibus. Um vandalismo que não corresponde a uma cidade que prima pela educação e pela cultura, tudo sob as lentes e as câmeras da imprensa. Daqui há poucos dias saberemos quais foram os grandes vencedores, além da FIFA que, isenta de impostos, obteve um dos maiores faturamentos de sua história. O que ganham os brasileiros? Primeiramente ganham estádios de última geração, de alto padrão. O que se vai fazer com eles isso é outra história. Os estádios têm um diferencial: o público fica pertinho do gramado. Será que isso vai continuar quando a segurança reforçada se retirar de cena? Voltarão as grades e os alambrados? Frente aos terríveis acontecimentos registrados em estádios nos últimos anos é melhor prevenir-se. Para que servirão os mega estádios? Para shows musicais e eventos religiosos? Provavelmente. Uma das promessas era a reestruturação dos aeroportos. O Aeroporto Internacional Afonso Pena – o

nosso aeroporto, mesmo com toda a reforma sofrida não consegue atender a um grande contingente de passageiros, seja no terminal, na pista ou nos portões de embarque. Esperamos que investimentos prometidos sejam concretizados e o Afonso Pena se torne a porta de entrada para turistas de todas as partes do mundo e para pouso de aviões de grande porte. Os aeroportos que estão em condições adequadas são o do Galeão e o de Guarulhos. Outro item da pauta do legado é a segurança. Falar em segurança gera insegurança na maioria dos brasileiros, afinal, nunca se viu tanto crime sendo cometido em nome de protestos contra a COPA. Sou 100% a favor dos manifestantes, mas 0% a favor de depredações e esconder a cara através de máscaras e, assim, na proteção do anonimato, destruir propriedade pública e particular. Aplausos para o pai que ao reconhecer pela tevê as roupas do filho que estava mascarado em um manifesto foi lá e retirou-o, ainda que sob veementes protestos do garoto. Nossos policiais foram bem equipados e alguns receberam treinamento, no entanto, notamos despreparo e medo nas ações de intervenção quando dos manifestos, mas, falando francamente: quem não teria medo? Qualquer ação impensada estará sob o escrutínio de 200 milhões de brasileiros que assistem ao espetáculo de horror pelos aparelhos de televisão e veem as ações dos policiais e veem os enormes pedaços de ferro nas mãos dos manifestantes destruindo tudo o que encontram pelo caminho. A segurança passa necessariamente por salários melhores e os policiais só terão aumento se o reivindicarem. Outra promessa foi melhoria nas estradas e muitas, realmente, passaram por melhorias, mas é preciso muito mais, no entanto, apesar da verba federal investida, nós, usuários teremos que arcar com o custo dos pedágios. Transporte público eficiente para que os usuários consigam chegar aos estádios e se locomoverem pela cidade. Esse item é ainda mais polêmico, pois muitas obras, como os metrôs nem saíram do papel! Em algumas cidades, é importante ressaltar, o transporte público mostrou-se adequado. O investimento na rede hoteleira aconteceu, mas

o lucro esperado não. Os hotéis terão que investir em propaganda e marketing para atrair hóspedes. Esperamos boas promoções para um futuro próximo. Ronaldo Fenômeno disse que “Copa não se faz com hospitais” e a reforma, manutenção e melhoria nos hospitais e no sistema de saúde não aconteceu mesmo, então não há como citar melhorias na saúde como um dos legados. O que vemos são hospitais abarrotados e gente morrendo em corredores e leitos por falta de atendimento. Os noticiários, jornais e revistas divulgaram amplamente o desvio de verba, o superfaturamento e a corrupção em massa, por isso, os protestos tendem a se repetir com força ainda maior agora que a campanha eleitoral entrará em curso, porque as aparições públicas se multiplicarão e os candidatos, com pouco ou muito espaço na televisão, estarão apresentando suas plataformas. É um momento de fundamental importância para o país – um momento que pode gerar mudanças complexas e necessárias. A mudança que o Brasil precisa passa necessariamente por nosso voto nas urnas. O Tribunal Superior Eleitoral definiu as datas: O 1º turno será em 05 de Outubro e, caso haja 2º turno, a data definida é dia 26 do mesmo mês. Eleição é coisa séria, e é ganha voto a voto, por isso escolha bem seus candidatos, pois eles irão representá-lo durante os próximos 4 anos. O legado para o Brasil será construído, efetivamente, após as eleições, quando a insatisfação das ruas mostrará ou não sua força nas urnas. Cada um de nós brasileiros deve pensar: que país quero deixar para as próximos gerações? O que meu filho, meu neto usufruirá no futuro? É preciso, urgentemente, investir em educação, pois este é o legado que podemos deixar. O conhecimento é formador, é transformador, então, vamos investir em EDUCAÇÃO para formar e para transformar vidas. O maior mandamento é: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: amarás ao teu próximo como a ti mesmo”. Quem ama não vandaliza, não destrói, mas preserva, constrói e ensina.

Priscila R. Aguiar Laranjeira – Publicitária, professora, escritora, editora. Membro da Igreja Batista do Bacacheri


VIDA UNIVERSITÁRIA 09

Os mistérios da Oceania

Por que a Austrália é tão procurada como destino de estudantes e turistas? A Oceania é o continente que mais desperta a atenção dos aventureiros. O último dos continentes a ser “descober to”, tem uma aura de mistério por causa da natureza selvagem e dos animais exóticos. Mas não é só por isso que essa região chama a atenção. A Austrália e a Nova Zelândia, principais países desse continente, são vistos como países cheios de oportunidades de trabalho. Essa ideia de que esses países incentivam a vinda de estrangeiros para trabalhar tem fundamento, porém nada é tão fácil como parece, e eles não estão de portas abertas para qualquer pessoa que queira mudar de vida. Eu trabalho em uma agência de intercâmbio, logo, todo dia converso com jovens que querem viajar e escolas de inglês no exterior dispostas a receber estudantes. Além desse desejo de ir e receber, é preciso estar atento às regras dos consulados para conceder vistos de estudo e

trabalho. Hoje em dia, somente a Irlanda, Nova Zelândia e Austrália recebem intercambistas brasileiros interessados em estudo e trabalho. Todos os outros países permitem apenas o estudo ou apenas o trabalho, seja remunerado ou voluntário. Dentre os países quem permitem estudo e trabalho, a Austrália é o mais procurado na minha agência. Seja pelas igrejas famosas, pela possibilidade de ir para a praia todo dia, ou pelas semelhanças com o Brasil. E o mais interessante é perceber que quem vai para lá, dificilmente quer voltar. Nós temos uma agência lá em Sydney, e muitos dos intercambistas acabam estendendo o tempo de intercâmbio, justamente porque é muito mais fácil se manter por lá quando você tem um emprego, ao invés de ter que depender da mesada dos pais. Sobre os tipos de trabalho, dificilmente quem chega por lá acha um emprego na área de atuação

logo de primeira, isso por causa de vários fatores. Os empregos mais comuns para estudantes de inglês são para trabalhar em cafés, restaurantes, na área de limpeza e também na área de construção civil. Isso acontece porque esses são empregos que os australianos normalmente rejeitam, e também vagas para quem não precisa ter um inglês fluente. Para quem está se preparando para realizar esse sonho, vale lembrar que a Austrália tem uma exigência para conceder o visto de trabalho + estudo. Você precisa comprovar que mesmo se não conseguir um trabalho por lá, você está levando dinheiro suficiente para se manter durante a viagem. Por isso é importante ter um pé de meia guardado, ou alguém da sua família disposto a ajudar como uma garantia financeira. E, se você é casado, isso não é um problema; conheço vários casais que foram juntos estudar inglês e viver um tempo no exterior juntos!

Chica Baptista, empresária e membro da Igreja Presbiteriana do Guabirotuba


10 CULINÁRIA

Mais uma vez, chegou o frio

Confesso que bateu uma vontade de ficar embaixo do cobertor apenas vendo as seleções desfilarem pelos diversos estádios, mas como isso não é possível, testei algumas receitas e as apresento nesta edição. São fáceis, simples e muito deliciosas. E o melhor: aquecem nestes dias de inverno. Surpreenda sua família!

Fondue de queijo simples INGREDIENTES · 200 g de queijo mussarela · 200 g de queijo prato · 200 g de queijo minas · 1 pedaço pequeno de queijo gorgonzola · 1 copo de suco de uva branco · 1 dente de alho · 1 caixa de creme de leite · Noz-moscada a gosto MODO DE PREPARO Pique os queijos e os coloque em uma panela comum. Coloque o suco e misture constantemente no fogo baixo até dissolver todo o queijo. Coloque o creme de leite e a noz-moscada (coloque pouco para não ficar forte). Faça um corte transversal no alho e esfregue na panelinha do aparelho de fondue. Coloque o fondue na panelinha. Sirva quente. Dica de acompanhamento: pão italiano, batatas sautés e mandioca frita.

Macarrão de Pizza INGREDIENTES · 250g de massa tipo penne · 2 linguicinhas tipo calabresa picadas em rodelas · 1 cebola picada em rodelas · 500g de molho de tomate · Orégano e azeite de oliva a gosto · Queijo mussarela a gosto MODO DE PREPARO Cozinhe a massa al dente. Frite a cebola e as linguicinhas. Unte o fundo de uma assadeira com uma porção do molho de tomate. Faça uma camada com toda a massa e, por cima, adicione o restante do molho. Cubra tudo com uma camada da fritada de calabresa e cebola. Por cima, a gosto, salpique o orégano e regue com azeite de oliva. Cubra tudo com pedaços de queijo cortados. Leve ao forno médio (180ºC a 200ºC) pré-aquecido de 10 a 15 minutos, até que o queijo esteja bem derretido. Sirva na hora!

Arroz de Leite INGREDIENTES · 2 xícaras (chá) de arroz branco · 3 xícaras (chá) de açúcar · 2 unidades de canela em pau · 6 dentes de cravo · 1 litro de leite · Canela em pó a gosto · Água MODO DE PREPARO Cozinhe o arroz na água aromatizada com a canela e o cravo até que os grãos estejam cozidos. Em outra panela, ferva a mistura do açúcar com o leite, até que levante fervura. Adicione o leite fervente ao arroz e deixe cozinhar em fogo brando, mexendo de vez em quando para não grudar no fundo da panela. Quando o arroz estiver no ponto, desligue. Em outra panela, ferva a mistura do açúcar com o leite, até que levante fervura. Adicione o leite fervente ao arroz e deixe cozinhar em fogo brando, mexendo de vez em quando para não grudar no fundo da panela. Quando o arroz estiver no ponto, desligue. Sirva o arroz de leite polvilhado com canela em pó.

Penha Lustosa, membro da Igreja Batista do Bacacheri


OPINIÃO 11

Criando filhos conscientes Há alguns dias fomos testemunhas de uma cena inusitada: um pai foi buscar seu filho de 16 anos em meio às manifestações de um dos grupos chamados de “black blocks”, quem têm ocupado o espaço midiático com seus protestos de cunho alegadamente político, mas carregados de violência e vandalismo. Aquele pai não desistiu de levar seu garoto embora, e usou de persistência para provocar nele uma canseira de tanto argumentar por seus direitos, mas por fim, sair daquele meio e voltar para casa. A maior preocupação era que o adolescente estaria colocando em risco sua integridade física quando ocorresse a reação policial, conforme alegou ao repórter da revista Veja. Isto trouxe a lembrança do ano de 1992, quando jovens e adolescentes foram às ruas gerando o movimento dos “cara pintadas” que impulsionaram ações capazes de provocar o impeachment do então presidente Collor. Jovens que naquela época tivessem cerca de 16 anos, teriam hoje a idade daquele pai que foi retirar seu filho da rua. A diferença entre os dois quadros, provoca uma reflexão sobre qual é o papel que os pais têm na formação política de seus filhos. Devemos encorajá-los a ter posições concretas e se manifestarem a respeito? Qual a

base que devem os pais oferecer para que isso aconteça? Eu acredito que a resposta é sim, nossos filhos precisam ser politizados, desde que os valores recebidos na família contribuam para que sejam mantidas a integridade do bom caráter e a consciência de uma cidadania responsável; além do evidente respeito pela individualidade e temperamento de cada um. Quando afirmo que os pais devem encorajar seus filhos a serem politizados, não estou dizendo que devemos procurar um partido para filiar nossos filhos e provocar neles o anseio por uma carreira política, ainda que possa surgir vocação nessa área em algum deles. Infelizmente em nosso país, tem sido muito difícil reconhecer algo realmente saudável no meio partidário. Mas isso já é outro assunto. Ser politizado é reconhecer a realidade política na qual vivemos. Em qualquer tempo, comparar os valores promovidos por ela com os valores que cremos e queremos promover em nossas famílias e em nossa nação. Para isso é preciso ir além do voto, assumir posições e agir de forma a marcar a sociedade e transformá-la. Nossa sociedade é formada com base em princípios judaico-cristãos. São estes valores que devem ser o prumo de aferição da vida e da

atuação política tanto dos pais como dos filhos. Com muito mais ênfase se escolhemos adotar a Bíblia como fonte de fé e de conduta. É na Bíblia que descobrimos um Deus que instruiu o povo de Israel para viver pessoal e coletivamente com princípios eternos de moralidade, respeito, solidariedade, justiça social, e vários outros, cada um deles absolutamente compatíveis com o seu caráter divino. Quando somos encorajados pela Bíblia a orar por nossos governantes e por todos os que têm autoridade, isto implica em algo mais que falar algumas palavras para Deus cuidar de quem está na liderança da nação, inclui um atitude de conscientização política que leva quem ora a fazê-lo com entendimento e se dispor para ser a própria resposta em momentos de mudança. Os pais não podem eximir-se da responsabilidade de criar filhos conscientes politicamente, e de fazê-lo baseado em valores encontrados em Deus e em Sua Palavra. Caso contrário, cenas como a daquele pai buscando seu filho mascarado, tentando protestar com violência e sem entendimento, e “tocado pela turba”, passarão a ser comuns, e certamente não é o que desejamos para nós, nem para nossos filhos.

Douglas Pie, economista e pastor. Membro da Igreja Batista Memorial de Curitiba.


12 REFLEXÃO

Contemple o Criador Olhe a beleza à sua volta, contemple o universo e sua magnitude. Deus é o arquiteto. Deus é o designer perfeito. Os Céus declaram a Sua glória e o firmamento anuncia a obra de Suas mãos (Salmos 19.1-3), quem crê está sensível à Sua presença em cada detalhe. Lembro-me de uma história transcrita por J. C. Moreira no devocional Boa Semente sobre o contemplar: Certo homem hospedou em sua casa um sobrinho que não via há muitos anos. O jovem era bem estudado, tinha boas referências, mas não acreditava em Deus. Pelo contrário, vivia blasfemando contra Ele por toda a casa. “Você não tem temor a Deus, ou medo de ofendê-lo?”, perguntou o senhor. “Tio, não tenho medo algum. Nunca vi Deus, nem posso dizer que Ele existe”, respondeu friamente o seu sobrinho. Aquele senhor guardava por toda a casa quadros que o seu filho pintava. As obras tinham sido feitas na própria fazenda e eram magníficas. Seu sobrinho sabia apreciar aquela arte e deparava-se admirado por cada detalhe. “Não há dúvidas que você deve amar muito um filho tão talentoso”, disse o jovem. O senhor lhe responde com uma pergunta: “Como você pode imaginar isso? você nunca viu meu filho”! “Eu tenho certeza de que ele é uma pessoa especial, capaz, talentosa e muito sensível. Eu sei disso porque vi as obras que ele fez”, respondeu o menino. Era o que o senhor precisava. Ele levou o jovem até o jardim e perguntou: “Vê o que Deus criou? Vê esta paisagem? Como você não vê o meu filho, também pode não ver a Deus, mas pode contemplá-lo através da natureza fantástica que ELE criou. Através de Suas obras”. Assim como aquele jovem, ninguém jamais viu a Deus. Contudo, podemos contemplar e tocar Sua criação todos os dias; reconhecendo Sua existência e Sua majestade. Podemos ver Deus no sorriso de uma criança, em uma flor, em uma planta. Em uma gota de orvalho e em um floco de neve. Em toda a natureza vemos o poder de Deus. A presença dEle é comprovada por nossa própria existência. E cada um de nós tem que crer que esse Deus Criador é também o Deus Salvador, que deu Seu Filho, Jesus Cristo, para que pudéssemos conhecê-LO. “Que me vê a mim vê o Pai. Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim; crede-me ao menos, por causa das mesmas obras” João 14.9-11 Nathaniel Brandão, presidente do Lar Batista Esperança e membro da Igreja Batista do Bacacheri

Espaço dedicado a divulgação do Lar Batista Esperança – Uma entidade social que atende crianças e adolescentes em situação de risco. Atualmente atende, aproximadamente, 120 crianças e mantida por doações espontâneas. Conheça mais no site www.lbe.org.br.

Uma família de fé

Falamos sempre sobre família e filhos, das mais variadas formas. É um assunto sempre essencial em meio à sociedade. Mas existe uma modalidade de filhos em uma família que se torna também tão especial para compartilharmos. Os nossos filhos da fé, a nossa célula (grupo pequeno que se reúne semanalmente).

Quem tem a experiência de conviver em Célula sabe o que é compartilhar, dividir decepções, problemas, tristezas, mas também alegrias e sonhos. E, ao final, em concordância, orarem ao Senhor, colocando em Suas mãos tudo o que foi chorado e celebrado. Filhos da Célula se tornam os nossos “compartilhadores de vida”. São nossos fiéis companheiros de caminhada. Escutam e também aconselham, dão suporte nos momentos mais difíceis e cumprem muitas vezes o papel da família que está distante. Filhos da Célula, mais do que filhos, são parte de nós mesmos, afinal uma Célula é composta de átomos, que embora reajam entre si e com os de fora, fazem parte de um só corpo, o corpo como um todo. O corpo que se multiplica em partes perfeitamente iguais em essência, regidos pelo amor de Deus. Osmahir Pereira Rosa, membro da Igreja Batista do Bacacheri.


SAÚDE 13

Previna-se contra alergias As pessoas com dermatite, rinite, sinusite, bronquite e asma de causa alérgica têm pele e mucosa que reagem exageradamente quando em contato com algumas substâncias (alérgenos). Essa reação exarcebada é como se fosse um sistema de defesa tentando bloquear a entrada de agentes que na maioria das vezes, não são gravemente agressivos ao ser humano. Daí, surgem os sintomas de prurido (coceira), bolinhas (pápulas) e vermelhidão na pele e/ou obstrução nasal (nariz trancado), espirros, coriza, prurido nasal, tosse, falta de ar, cansaço, chiado... Poeira, fungos (mofo, bolor), pólens, odores fortes, ácaro doméstico, pelos de cães e gatos são alguns principais desencadeantes dessas crises alérgicas, que embora às vezes não consigamos ver, vivem em nossas casas. Há também agentes irritantes como a fumaça, perfumes, odorizantes de ambiente e até mesmo mudanças de temperatura.

Dependendo do tempo de exposição aos alérgenos, os sintomas podem aparecer esporadicamente (crises) ou estar sempre presentes, dando a impressão de que estamos sempre resfriados. O tratamento é individualizado, vai depender de cada pessoa, tempo de duração das crises, intensidade e gravidade da doença e até de hábitos de exposição aos alérgenos (ambiente onde a pessoa trabalha ou estuda). Porém, a interrupção do contato com os alérgenos é sempre importante no controle das alergias, para isso existem as medidas de prevenção: A casa (principalmente o quarto do paciente) deve ser limpa com bastante frequência, de preferência com pano úmido ao remover poeira, evitando o uso de vassouras e espanadores de pó. Preferir cortinas leves, fáceis de ser lavadas ou persianas. Manter os ambientes ventilados e ensolarados. Evitar pelúcias, almofadas, livros, e outras coisas que acumulem poeira. Evitar vasos

de planta nos quartos, principalmente com flores. Evitar cobertores, preferir edredons que devem ser lavados a cada 10 dias. Evitar também piso de carpete, pisos lisos são mais fáceis de limpar e não abrigam ácaros. Preferir tapetes finos e pequenos que podem ser lavados com frequência. Não deixar as roupas de inverno (principalmente lã) sem proteção e sim guardadas em sacos plásticos fechados. Usar capas de proteção nos colchões e travesseiros. Perfumes, produtos de limpeza, odorizantes de ambientes, fumaça de cigarro, tintas, inseticidas, poluição, sujeiras de construção e reforma também são capazes de desencadear os sintomas. Preferir produtos glicerinados e neutros, que são hipoalergênicos, para o cuidado pessoal; manter-se hidratado pela ingestão de água e sucos naturais, hidratar a pele com produto adequado, evitar banhos quentes prolongados. Exposição solar antes das 10h e depois das 16h.

Samyra Machado Barros, médica da Policlínica e membro da Igreja Batista do Bacacheri


14 FINANÇAS

Você está preparado para emergências? Dentro do planejamento familiar dificilmente pensamos em coisas ruins que podem acontecer conosco no nosso dia a dia. Mas será que estamos preparados para quando o inesperado acontecer? Creio que não. Nós, brasileiros, fazemos parte de uma sociedade que não tem o hábito de pensar em coisas ruins. Culturalmente nós não pensamos no pior, ou seja, nós sempre pensamos no melhor e que coisas ruins nunca acontecem conosco e sempre com os outros. Estatisticamente, uma família leva, no mínimo, 2 anos para se recuperar emocionalmente da perda do chefe da família. E quando falamos das emoções e sentimento de perda, podemos levar em consideração também as finanças, que querendo ou não fazem parte das nossas vidas e que, quando equilibradas, as finanças nos ajudam a manter equilibrados também as emoções e sentimentos. Nos países desenvolvidos, culturalmente, as pessoas se previnem dos infortúnios da vida, fazendo seguro de vida para si e para os seus cônjuges, como fazem também, previdência privada pensando em poder usufruir de um futuro tranquilo na velhice, após a aposentadoria. Se colocarmos na ponta do lápis o quanto custa

pagar a escolaridade de um filho desde o ensino fundamental até a formatura da faculdade, vamos chegar aos seguintes valores: Os valores apresentados abaixo são valores médios de escolas e faculdades particulares de boa qualidade. No Ensino Fundamental são 9 anos de escola, a R$500,00 mensais, significam R$54.000,00 neste período. No Ensino Médio são 3 anos de estudos, a R$800,00 mensais, significam R$28.800,00 neste período. Na Faculdade – por exemplo de Administração, são 4 anos, a R$1.200,00 mensais, significam R$57.600,00 neste período. Somando esses valores, teríamos em 16 anos de estudos, de um filho apenas, o valor total de R$140.400,00. Vale ressaltar que não estamos levando em consideração nesta conta alimentação, material de estudos, transporte e demais despesas. Cabe aqui uma pergunta: Hoje, se você, responsável financeiro pelo sustento da sua família, viesse a faltar teria esse dinheiro guardado para que seu filho tivesse o futuro que você deseja pra ele, falando de sua educação? Pensando agora em você mesmo, no seu futuro,

você está fazendo algo para que após o seu período de trabalho regular, ou seja, na sua aposentadoria, você possa desfrutar de uma vida tranquila, com uma certa qualidade de vida para você e seu cônjuge? Hoje, o INSS paga como benefício de aposentaria máximo o valor de R$4.390,24, que representa um pouco mais de 6 salários mínimos atuais (R$724,00 em 2014). Há 10 anos atrás, esse teto representava mais de 10 salários mínimos. Ou seja, ano a ano esse teto da aposentadoria da Previdência Social vem diminuindo e os valores que precisamos para viver vem subindo. Um contra censo, não? QUAL O OBJETIVO DE TUDO ISSO? Simples, é fazer com que lembremos que precisamos nos preocupar hoje com o amanhã, seja esse amanhã, no dia seguinte, ou daqui a 30 anos. Pense nisso. Coloque no seu planejamento familiar um seguro de vida mínimo para que você possa dar tranquilidade a sua família no caso de um imprevisto. E coloque também nas suas contas uma previdência privada para que você possa ter um futuro tranquilo. Qualquer dúvida ou questionamento sobre esses e outros pontos sobre planejamento familiar entre em contato pelo e-mail peormerod@gmail.com.

Paulo Ormerod, empresário e membro da Igreja Batista do Bacacheri


INTERNACIONAL 15

Mantenha a calma Tendo voltado à terra de Israel após um tempo de cativeiro, os israelitas precisaram vencer seus medos e a interferência inimiga ao começarem a reconstruir o templo (Esdras 3:3). Quando terminaram a fundação, seus oponentes “alugaram contra eles conselheiros para frustrarem o seu plano…” (4:5). Os inimigos de Israel também escreveram cartas acusadoras aos oficiais do governo e tiveram sucesso no atraso do projeto (6,24). Apesar disto, o rei Dario eventualmente emitiu um decreto que permitia ao povo concluir o templo (6:12-14). Quando estamos comprometidos com a obra de Deus e encontramos reveses, podemos continuar calmamente porque, assim como os israelitas, “…Nós somos servos do Deus dos céus e da terra…” (5:11). Os obstáculos e atrasos podem nos desencorajar, mas podemos descansar na promessa de Jesus: “…edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16:18). É o poder de Deus que capacita a Sua obra e não o nosso. Jennifer Benson Schuldt, escritora do Ministério RBC.

Mantener la calma Al volver a su tierra, tras un período de cautiverio, los israelitas tuvieron que vencer sus temores y la interferencia del enemigo cuando empezaron a reconstruir el templo (Esdras 3:3). Después de terminar los cimientos, sus enemigos «sobornaron además contra ellos a los consejeros para frustrar sus propósitos» (4:5). También escribieron cartas acusadoras a los funcionarios del gobierno, y consiguieron retrasar el proyecto (vv. 6, 24). A pesar de todo, el rey Darío finalmente promulgó un decreto que les permitió terminar el templo (6:12-14). Cuando estamos comprometidos en la obra de Dios y enfrentamos dificultades, podemos seguir adelante con calma porque, como sucedía con los israelitas, «somos siervos del Dios del cielo y de la tierra» (5:11). Los obstáculos y las demoras tal vez nos desanimen, pero podemos descansar en la promesa de Jesús: «… edificaré mi iglesia; y las puertas del Hades no prevalecerán contra ella» (Mateo 16:18). Es el poder de Dios lo que nos capacita para su obra, no el nuestro.

Keep calm Having returned to the land of Israel after a time of captivity, the Israelites had to overcome their own fear and enemy interference as they began to rebuild the temple (Ezra 3:3). Once they finished the foundation, their opponents “hired counselors against them to frustrate their purpose” (4:5). Israel’s enemies also wrote accusing letters to government officials and successfully delayed the project (vv.6,24). Despite this, King Darius eventually issued a decree that allowed them to complete the temple (6:12-14). When we are engaged in God’s work and we encounter setbacks, we can calmly carry on because, like the Israelites, “We are the servants of the God of heaven and earth” (5:11). Obstacles and delays may discourage us, but we can rest in Jesus’ promise: “I will build my church, and all the powers of hell will not conquer it” (Matt. 16:18 nlt). It is God’s power that enables His work, not our own.

Mantieni la calma Tornati nella terra di Israele in un periodo di prigionia, gli israeliti dovevano vincere le loro paure e le interferenze nemiche per cominciare a ricostruire il tempio (Esdra 3:03). Quando hanno finito le fondamenta, i suoi avversari “ hanno pagato dei consiglieri per opporsi ai loro piani affinché il loro scopo fosse frustrato ...” (04:05). I nemici di Israele hanno scritto lettere accusatorie a funzionari governativi e riuscirono a ritardare il progetto (vv.6, 24). Nonostante questo, il re Dario ha emanato un decreto che alla fine ha permesso alle persone di concludere la ricostruzione del tempio (6:12-14). Quando siamo impegnati a fare l’opera di Dio e troviamo ostacoli e avversità, continuiamo tranquillamente perché, così come gli israeliti, “... Noi siamo i servitori del Dio del cielo e della terra ...” (05:11). Ostacoli e inciampi possono scoraggiarci, ma possiamo riposare nella promessa di Gesù: “... Io edificherò la mia chiesa e le porte degli inferi non prevarranno contro di essa” (Matteo 16:18). È la potenza di Dio, che ci autorizza a portare avanti la Sua opera e non la nostra capacità.


ABC VIDA 16

O que é mais relevante na sociedade? Formar no cidadão a percepção de que ele tem direitos, ou dar a ele acesso aos serviços estabelecidos em lei e que são destinados ao seu atendimento? Uma boa resposta é outra pergunta: qual asa é mais importante para que o pássaro voe? Obviamente ele necessita das duas coisas. A ABC Vida é uma organização que atende famílias em situação de pobreza, compreendendo que estas pessoas são cidadãos de direito. Mas, que diferença isso faz? Muita. O assistido não é visto como um incapaz, ou alguém dependente única e exclusivamente da ajuda da instituição, pois existem em nosso país políticas públicas de assistência e uma lei totalmente voltada para isto que é a LOAS – Lei Orgânica da Assistência Social (Lei nº 8.742, de 07 de Dezembro de 1993.). Nesse sentido, a organização não só atende a emergência como também constrói pontes para que as pessoas tenham acesso aos seus direitos. Portanto, nosso trabalho começa com a entrega de cesta básica, mas vai além, com o olhar que procura possibilidades, e o “empoderamento”. Empoderamento é uma expressão muito utilizada pelo Serviço Social. É uma palavra que vem do inglês empowerment, que significa uma ação coletiva desenvolvida a partir de decisões individuais, ou seja, existiu um processo de reflexão, um processo de estudo e finalmente a tomada de decisão individual, mas que afetou a todo um grupo, ou vice-versa. O ponto principal desse processo é a pessoa tomar consciência de que suas decisões podem ser diferentes e que SEMPRE

há uma escolha a ser feita. Cada caso atendido na ABC Vida é diferente do outro, tanto quanto o ser humano pode ser. Há situações em que o melhor a fazer é manter a cesta básica para que aquela família tenha o mínimo de dignidade e o que comer. Em outros, a cesta básica nem é necessária, os encaminhamentos são outros e resultam na qualidade de vida das pessoas atendidas. Há também famílias que aprenderam a viver do mendigar e isto se torna sua profissão e precisamos de técnica e conhecimento para atingi-la com um novo olhar e tirá-la da zona de conforto, levando-a para o confronto. Outros casos demandam denúncia e enfrentamento, para garantir os direitos dos mais vulneráveis como são as crianças, os deficientes e os idosos. Ainda vivemos um tempo em que decisões políticas e públicas podem ser questionadas, e há uma nova geração sendo educada para ser cidadão de direito. Cremos que isso melhora em todos os sentidos os serviços públicos, pois precisamos que os impostos pagos reflitam em serviços de qualidade para os brasileiros. É o que desejamos de nossos governantes. A ABC Vida não substitui a responsabilidade governamental, mas complementa, soma ou cobra o acesso aos serviços destinados à população. Dentre suas ações e todas as contribuições que faz para com a sociedade através de seus 25 projetos sociais, talvez sua maior relevância esteja no fato de saber o seu lugar na sociedade e na compreensão de que as pessoas por ela assistidas merecem viver com um mínimo de

dignidade. Para garantir isso estuda as leis, os serviços, faz reuniões com órgãos públicos, celebra parcerias com instituições públicas e privadas, capta recursos e promove uma infinidade de ações para GARANTIR DIREITOS, a quem não sabe a quem recorrer ou como buscar a solução ou ajuda para as situações difíceis que enfrenta. Graças a isso, em 2013 a ABC Vida alcançou a mais de 19 mil pessoas, com informações, orientações, palestras, roupas, comida, serviços, formação profissionalizante, oportunidade de emprego, fomento ao empreendedorismo, encaminhamento para comunidades terapêuticas, lazer, esporte, cultura, saúde, que resultaram em DIGNIDADE, para os que passaram pela instituição. Você quer ser um cidadão mais atuante na sociedade? Gostaria de saber como é possível assistir pessoas sem gerar clientelismo? Quer receber informações sobre serviços públicos e privados disponíveis em nossa região? Forme um grupo de pessoas e entre em contato conosco para agendar um horário em nosso projeto ABC Noite Aberta. Neste projeto apresentamos um pouco do nosso trabalho de assistência às famílias e oferecemos informações básicas de como podem ser atendidas (grupo de no mínimo 20 pessoas). Os interessados podem nos enviar um e-mail solicitando a cartilha de serviços de assistência em nossa região. Entre em contato por meio dos e-mails cristina@ abcvida.org.br ou claudia@abcvida.org.br ou pelo telefone (41) 3024-6155.

Márcia Suss, coordenadora da ABC Vida e membro da Igreja Batista do Bacacheri


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