Nosso Jornal - Outubro 2014

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02 EDITORIAL

O que será do futuro das nossas crianças?

ÍNDICE

03 destaque 04 cultura 05

educação

06

qualidade de vida

EXPEDIENTE Ano 18 - Edição 226 - Outubro/2014 Jornal mensal produzido pela Igreja Batista do Bacacheri (IBB). Distribuição gratuita realizada pelos membros da IBB. JORNALISTA RESPONSÁVEL Marli S. Ciaramella (MTB - 24.450 104 72/SP) EDITORES Renato Mendonça Ana Letícia Pie COLABORADORES DA EDIÇÃO Alana Schreiber Chica Baptista Fred Branco

Esse questionamento é frequente nos dias de hoje. Sinceramente, não existe uma resposta certa. Mas essa pergunta não é justificativa para que as crianças sejam ignoradas ou tratadas de maneira inferior. Independente de como será o mundo no futuro, elas são o futuro. Mesmo que a nossa geração esteja destruindo esse mundo, em alguns aspectos, para as próximas gerações, as crianças têm poder de mudar esse destino. Há esperança para um futuro melhor! Nessa edição tratamos mais sobre esses pequenos que muitas vezes alegram nosso dia a dia. Fala-se da importância da educação e do lazer. E quando falamos lazer não é jogar video game o dia inteiro. Seu filho precisa sair de casa. Se você mora em prédio, lembre que moramos em uma cidade privilegiada com tantos parques e lugares para ir. Duas matérias tratam o tema de um jeito especial, “O amor que transforma“, fala sobre como podemos fazer diferença na vida das crianças. E mostra algumas oportunidades de viajar e abençoar os pequenos de muitos países, principalmente na África do Sul. Trazemos também um pouco mais sobre o Lar Batista Esperança, uma entidade que acolhe crianças. E nesse lugar é muito simples de você fazer uma grande diferença! Mostramos como ajudar e participar desse projeto! As colunas de saúde trazem dois assuntos bem interessantes: sobre postura, um tema muito importante e relevante. Além disso, falamos sobre os alimentos que são saudáveis e devemos ingerir. Temos ainda muitos outros temas interessantes! Espero que você aproveite essa edição!

07

opinião

Joenalva Porto Júlia Nasser Marinês Mendonça Nathaniel Brandão

08

capa

09

vida universitária

Priscila Aguiar Laranjeira Priscila Heringer Oliveira Samyra Barros Suelen Lorianny Vítor Sampaio PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Agência IBB CAPA

filhos

João Campagnolo COMERCIAL

12 ação social 13

Paulo Ernesto Ormerod Penha Lustosa

10 culinária 11

Osmahir Pereira Rosa

saúde

Isabela Pires REGISTRO DO INPI 825022495 TIRAGEM 4 mil exemplares IMPRESSÃO

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finanças

Grupo RBS CONTATO Nosso Jornal (Igreja Batista do Bacacheri)

Ana Letícia Pie, jornalista e membro da Igreja Batista do Bacacheri

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internacional

Rua Amazonas de Souza Azevedo, 134 Bacacheri - Curitiba - Paraná Telefone: (41) 3363-0327

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abc vida

E-mail: nossojornal@ibb.org.br Site: www.ibb.org.br/nossojornal *Parte das fotos utilizadas são meramente ilustrativas. Os conteúdos e opiniões contidos neste material são de responsabilidade de seus autores.


DESTAQUE

03

Ouvireis falar de guerra e rumores de guerra Os tempos são maus. A mídia diariamente, ou melhor, de hora em hora, divulga com a rapidez das milhares de conexões, eventos tão cruéis que fogem da nossa compreensão. A pergunta que insiste em não ser respondida é: como chegamos a tal ponto? O ser humano voltou à barbárie? A violência ganhou cores fortíssimas com a guerra se espalhando por diversos países e regiões do mundo. Grupos extremistas como o Boko Haram e o ISÍS espalham pânico e terror. A Síria sofre com milhares de mortes. Os conflitos estão espalhados por todo o globo terrestre e se você pensa que estamos seguros aqui no Brasil é porque não conhece os tratados em vigor e as alianças políticas firmadas entre os países. A guerra civil na Síria está tomando proporções não imaginadas e agora está assustando o mundo. Ela já está em curso desde 2011. Esta guerra pode espalhar-se pela Jordânia e Iêmen. As tensões na Coreia do Nor te, inicial e aparentemente inofensivas se intensificaram e podem dar início a algo preocupante em nível mundial. Seu líder, Kim Jong-Un, apesar de jovem é completamente louco e ameaçou seus vizinhos

enviando-lhes um fax com a promessa de ataque sem piedade. O mundo ouviu falar de Kim . Há conflitos étnicos acontecendo entre o Sudão e o Sudão do Sul, após este ganhar a sua independência. Você nunca ouviu falar deste país? Então, preste atenção aos noticiários, porque há pessoas morrendo lá em número significativo. O ano passado foi terrível para o Iraque; o número de mortos ultrapassou 9 mil cidadãos entre civis e militares. O Paquistão passou por momentos de instabilidade e, através de ataques terroristas perdeu mais de 2500 pessoas. Em Mianmar o processo democrático, após décadas de ditadura, está tentando se fortalecer e firmar, mas os conflitos religiosos entre budistas e muçulmanos estão ameaçando colocar tudo a perder. São mais de 120 mil refugiados e centenas de mortos. Na República Centro-Africana há um sério risco de genocídio e muitos a estão chamando de “a nova Ruanda”, lembrando o massacre de 1994 que vitimou milhões de habitantes. Qual o nosso papel enquanto cidadãos pacíficos? O que podemos fazer para ajudar? Primei-

ramente podemos orar, lembrando que o nosso Deus responde. Em segundo lugar, podemos abrir nosso coração e, sempre que necessário, enviar ajuda humanitária. Também podemos votar com consciência em programas que nos tornem pacificadores e não estimuladores de conflitos. Nestes tempos, quando ouvimos falar de guerras e rumores de guerras, devemos erguer os nossos olhos para os Céus de onde virá a nossa redenção, mas também podemos nos manter atualizados e, principalmente, conscientes de que o que preocupa é nossa inércia, é nossa voz calada frente às injustiças. Podemos erguer um brado contra a violência contra mulheres, crianças, idosos e mais fracos. Podemos lembrar que paz é melhor que guerra, construção é melhor que destruição, amor é melhor que ódio. O mundo é um lugar maravilhoso, mas é apenas transitório. Qual o seu destino? Onde você almeja viver a eternidade? A resposta a esta pergunta faz toda a diferença na maneira de encararmos e vivenciarmos tempos tão difíceis quanto os nossos. O mais importante de tudo é lembrar que há esperança e a esperança é uma pessoa – JESUS CRISTO.

Priscila R. Aguiar Laranjeira – Professora, publicitária, escritora, editora. Membro da Igreja Batista do Bacacheri


04 CULTURA

O Dia do Curinga “Você já pensou que num baralho existem muitas cartas de copas e de ouros, outras tantas de espadas e de paus, mas que existe apenas um curinga?”, pergunta à sua mãe certa vez a jovem protagonista de O mundo de Sofia. Esse é o ponto de partida deste outro livro de Jostein Gaarder, a história de um garoto chamado Hans-Thomas e seu pai, que cruzam a Europa, da Noruega à Grécia, à procura da mulher que os deixou oito anos antes. No meio da viagem, um livro misterioso desencadeia uma narrativa paralela, em que mitos gregos, maldições de família, náufragos e cartas de baralho que ganham vida transformam a viagem de Hans-Thomas numa autêntica iniciação à busca do conhecimento - ou à filosofia. O dia do curinga é a história de muitas viagens fantásticas que se entrelaçam numa viagem única e ainda mais fantástica - e que só pode ser feita por um grande aventureiro: o leitor.

Mom’s Night Out Allyson é mãe em tempo integral e sua rotina se resume em alimentar os três filhos, impedir desastres e aguentar gritarias. Por isso, ela decide sair com suas amigas Izzy e Sondra em uma noite só delas enquanto os maridos cuidam das crianças. O que poderia dar errado? O que acontece é que tudo dá errado, e a noite que era para ser perfeita se torna uma aventura. São situações cotidianas retratadas na tela e quem é pai ou mãe vai se identificar e assistir o filme dizendo “é bem assim!” Existe também uma brincadeira com estereótipos, desde o sargento que come rosquinhas no departamento de polícia até o motoqueiro sensível. Esse estilo de comédia não é novidade, mas até então não se tinha visto um filme cristão dessa categoria. Apesar de ser considerado um filme cristão, este não é o principal objetivo a ser abordado, o que se tem são pessoas passando por situações (e que por acaso frequentam uma igreja). Até é interessante notar a presença de certas personalidades como Sarah Drew (Grey’s Anatomy), Sean Astin (O Senhor dos Anéis), Patricia Heaton (The Middle) e Alex Kendrick (Corajosos e Desafiando Gigantes), famosos por suas participações em produções tão distintas entre si. Mom’s Night Out (Mamãe - Operação Balada; sim a tradução é horrível) é um bom entretenimento para toda e qualquer mãe assistir com a família. Ou, por que não, com as amigas? É um filme divertido para toda família!

Um mundo de justificativas

Durante a Copa do Mundo, muitas pessoas transferiram seus sonhos e suas expectativas para a sexta estrela da seleção brasileira. Mesmo que ela tivesse sido conquistada, a única vantagem para nós seriam alguns momentos de euforia e nada mais. Nossas próprias conquistas, estas sim, dependem das escolhas que fazemos em nossas vidas. Quando comecei a refletir sobre os péssimos resultados da seleção brasileira, algo me chamou muita a atenção: As nossas desculpas. Li e ouvi muitas sobre o que poderia ter acontecido; inclusive as que eu mesmo disse. Frases do tipo: “Eu não escolhi esses jogadores”. “Eu nunca gostei desse treinador”; “A comissão técnica responsável é muito incompetente”; “Muita festa e pouco trabalho”; “Onde estávamos quando ocorreram as escolhas, de quem, como, de que forma?”, e assim por diante. No futebol, temos sempre uma razão para a derrota. No trabalho, as justificativas para o atraso, para o que não deu certo. Na política é recorrente a desculpa para o que aconteceu no passado, está acontecendo no presente e já existem algumas elaboradas para o futuro. Ainda não sei se a justificativa acompanha o ato, ou se o ato já nasce com sua justificativa presente, seja ele qual for. Você já parou para pensar por que temos dificuldades em assumir ou aceitar as escolhas e suas consequências? Precisamos sempre de uma explicação que caia bem. Então chego à conclusão de que há um costume de achar desculpas para todos os nossos atos, mesmo que estes sejam os mais inexplicáveis. Descobri que, se no futebol estamos perdendo destaque, nas justificativas somos os craques.

Alana Schreiber, cineasta e membro da Igreja Batista do Bacacheri Osmahir Pereira Rosa, membro da Igreja Batista do Bacacheri


EDUCAÇÃO 05

Crianças precisam de lazer e cultura O Estatuto da Criança e Adolescente – ECA em seu art. 4º determina que é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária, entre outros mais que asseguram à criança e adolescente ter seu desenvolvimento na sociedade em que vivem. O Estatuto ocupou-se em dar à criança e adolescente o direito ao lazer, pois a necessidade de brincar e praticar esporte existe dentro de toda criança e adolescente, além de influenciar para que desenvolvam outras potencialidades e o bom relacionamento social. Sabe-se que brincar é um direito reconhecido pela Convenção dos Direitos da Criança de 1989, adotada pela Assembleia das Nações Unidas, a Constituição Brasileira de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990, e que, a atividade lúdica não é olhar para coisas prontas e definitivas, mas sim para a apropriação de um conhecimento que a criança constrói para compreender e transformar sua realidade. O Papel dos Adultos pode e deve ser o de estimular a imaginação das crianças, despertando ideias, questionando-as de forma que elas próprias procurem soluções para os problemas que surjam.

Além disso, brincar com elas, ajuda-as a crescer. Brincar com alguém reforça os laços afetivos. Um adulto, ao brincar com uma criança, está fazendo uma demonstração do seu amor. A participação do adulto na brincadeira eleva o nível de interesse, enriquece e estimula a imaginação das crianças. Brincar não significa apenas recreação, antes pelo contrário, é a forma mais completa que a criança tem de comunicar-se consigo mesma e com o mundo. A criança precisa ter tempo e espaço para brincar. É importante proporcionar um ambiente rico para a brincadeira e estimular a atividade lúdica no ambiente familiar e escolar, lembrando que rico não quer dizer ter brinquedos caros, mas fazer com que elas explorem as diferentes linguagens que a brincadeira possibilita (musical, corporal, gestual, escrita), fazendo com que desenvolvam sua criatividade e imaginação. É no brincar que a criança aprende o que mais ninguém lhe pode ensinar. É dessa forma que ela se estrutura e conhece a realidade. Além de conhecer o mundo à sua volta, ela descobre, compreende o papel dos adultos, aprende a comportar-se e a sentir-se como eles. É na brincadeira que a criança reproduz a realidade, por exemplo, brincando de dar comidinha pra boneca, brincar de carrinho na pista. O ato de brincar pode incorporar valores morais e culturais, nos quais as atividades podem

promover a autoimagem, a autoestima e a cooperação, já que o lúdico conduz à imaginação, fantasia, criatividade e à aquisição do sentido crítico, entre outros aspectos que ajudam a estruturar as suas vidas, como crianças e, futuramente, como adultos. É através da atividade lúdica que a criança se prepara para a vida, assimilando a cultura do meio em que vive, integrando-se a ele; adaptando-se às condições que o mundo lhe oferece e aprendendo a competir, cooperar com os seus semelhantes: a conviver como um ser social. Viver os jogos, as brincadeiras e o lúdico é tocar o mundo mágico da criança. O pensamento se processa em diferentes níveis, como uma grande teia mental reversível, em um processo não linear de re-des-organização, pois, há uma desorganização, para depois haver uma outra re-organização.. Assim, a brincadeira, o lúdico e o jogo são um espaço no qual o mais simples gesto apresenta-se com a expressão, com a alegria de poder simplesmente criar, conquistando, valorizando e expressando-se. Além do desenvolvimento da confiança na própria capacidade de conhecer e enfrentar desafios. Enfim, proporcionar lazer dentro e fora de casa, brincadeiras, contato com livros, teatro, cinema, museus, histórias, será essencial para o desenvolvimento integral da criança.

Marcos Meier é mestre em Educação, psicólogo, escritor e palestrante. Em outubro ele estará conosco, na Igreja Batista do Bacacheri, no Encontro da Família. Mais informações infantil@ibb.org.br.


06 QUALIDADE DE VIDA

Como está sua postura?

Esse é um assunto muito sério e também é ignorado por muitas pessoas. Está na hora de cuidar da sua postura para melhorar sua qualidade de vida.

O tema central do mês de Outubro é a criança. Muito bem; vamos então a alguns cuidados que devemos observar com relação à saúde das mesmas e no investimento para um futuro mais saudável. Já reparou se há alguma diferença na postura de atletas ou pessoas que praticam alguma atividade física quando comparados a sedentários? Normalmente verificamos uma postura mais “saudável” e elegante nos indivíduos mais ativos. Através da intensificação no movimento físico o organismo responde aprimorando sua qualidade estrutural resultando em “atitude positiva”. Convém lembrar que o incremento de atividade física deve ser realizado com a técnica adequada para que ocorra um benefício postural. Entretanto a postura não está somente ligada ao aspecto físico, como poderíamos avaliar; o psicológico tem influência vital na mesma. Pessoas “de bem com a vida” apresentam uma postura diferenciada que manifesta seu estado de espírito. Normalmente nos preocupamos com a postura, pois ela influi na aparência estética das pessoas. O individuo está torto, parece um corcunda, pisa pra fora, está sempre olhando para o chão, etc. Muito mais importante do que isto, é o mal que as posturas viciosas acarretam à nossa saúde. Toda a fisiologia humana depende de como nossas estruturas estão dispostas. Atitudes descuidadas podem gerar problemas de saúde que incomodarão seu portador para o resto da vida. Dores nas costas afligem uma larga parcela da população. Os desvios estruturais desencadeiam pinçamentos de nervos que saem da coluna ocasionando dores insuportáveis (lombalgias, ciáticas, etc).

é particular a cada pessoa, isto é, a sabedoria do nosso sistema nervoso faz o possível para corrigir as consequências do desleixo ou vícios adquiridos com o passar dos anos. Tomemos como exemplo um indivíduo que tenha ligeiro desvio lateral de coluna (escoliose – veremos adiante); sendo este primeiro desvio à direita, compensatoriamente ocorrerá outro desvio à esquerda. Se um individuo tem pé plano (pé chato), o restante da estrutura corporal busca a melhor forma possível de compensar o defeito congênito. Os tornozelos, joelhos, quadril e coluna otimizam sua função procurando uma postura adaptada à forma mais funcional e econômica. Para o ser humano há basicamente três posturas principais: Em pé, sentado e deitado. Observe no primeiro quadro abaixo as variações de pressão sofridas pela coluna em diferentes posições do corpo humano (eixo vertical, em quilogramas). O quadro refere-se à pressão na terceira vértebra lombar para um individuo com 70 kg de peso corporal. COLUNA VERTEBRAL E POSTURA Não podemos sequer pensar em postura sem avaliar detalhadamente o seu elemento principal: a coluna vertebral. A postura depende do organismo humano como um todo, músculos, ossos, articulações, ligamentos, tendões, etc; entretanto a coluna vertebral é considerada o centro das atenções sempre que abordamos o assunto. A coluna vertebral é composta de vértebras sobrepostas com discos intervertebrais de tecido fibro cartilaginoso, com densidade adequada à

absorção de impactos das partes ósseas (vértebras). O total de vértebras soma 33 assim divididas: 7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 4 coccígeas. Há, ainda compondo esta estrutura complexa, ligamentos e músculos envolvidos na manutenção da estabilidade da mesma. IMPORTÂNCIA DA COLUNA A coluna protege todo o sistema nervoso que “corre” por dentro das vértebras e toma seu rumo com o objetivo de comandar todas as funções corporais. Ela também é responsável por toda a movimentação de lateralidade, flexão, extensão e rotação que envolve o corpo humano. Normalmente a coluna apresenta curvaturas ditas fisiológicas, que, apesar de parecer estranho, aumentam cerca de 17 vezes a resistência da mesma. Os músculos, paredes abdominal e dorsal são os responsáveis pela sua estabilidade. Observe os principais desvios de coluna a que estamos sujeitos (no segundo quadro abaixo). A primeira postura pode ser considerada normal. Os desvios são em relação ao eixo central que é como um “fio de prumo”. Fica o conselho final: Cuide bem da sua coluna desde criança para não se arrepender no futuro. Atividades esportivas em geral são muito importantes no fortalecimento das estruturas corporais. Atenção especial à musculatura abdominal e dorsal, pois a coluna depende única e exclusivamente dos músculos e tendões para manter-se firme e estável.

BOA POSTURA TRADUZ BOA QUALIDADE DE VIDA Postura é a posição que o corpo assume no espaço, em função de inúmeras variáveis. Para cada novo posicionamento assumido pelo nosso corpo, uma série de arranjos ocorrem na sua estrutura com o objetivo de buscar a melhor acomodação possível para aquela situação. Em suma, o sistema nervoso tenta “consertar” qualquer desvio ou atitude imprópria do sistema ósteo muscular. Segundo estudiosos, existe um padrão que pode ser considerado “a postura perfeita”. Uma linha imaginária passaria por pontos anatômicos pré-determinados mostrando, dessa forma, se o individuo tem ou não boa postura. Na prática, de certa forma, a postura perfeita Fred Branco, membro da International Church of Curitiba


OPINIÃO 07

Momentos em família

mulher no dia que eu nasci

Eu nasci mulher; eu e tantas outras. No dia em que nascemos já sentimos que éramos diferentes. Nem todas delicadas e angelicais, nem todas apaixonadas pelo balé. Porém, mulheres. Nascemos com ânsia de justiça, de luta e de revolução. Muitas nem sabem disso, entretanto, é só colocar uma situação difícil, injusta e desumana em sua frente, que ela saberá que não nasceu para deixar as coisas como “elas estão”. Em um mês como este, quando comemoramos o dia da criança de tantas maneiras e todos os tipos de homenagens e presentes aparecem, tive que engolir a divulgação de tolices como “palestra de etiqueta para meninas – aprendendo a ser mulher”. O que me alivia a angústia e aflição de tanta evolução em alguns setores e retrocesso em outros, é que boas maneiras de celebrar o dia 12 de outubro ainda existem. Pais que não compram presentes machistas ou não diferenciam o que é para menino ou para menina, fazem um grande serviço para o futuro dos seus filhos. Muitas diferenças são construídas socialmente e podem prejudicar o desenvolvimento das crianças. Quem nunca ouviu as frases: “Seu irmão pode porque é homem” ou “Homem não chora”? Uma verdadeira chatice para os filhos e filhas, mas para os pais, não. Criar de forma diferente meninos e meninas ainda é comum nas famílias brasileiras. “Elas são educadas para serem meigas, delicadas, cuidadoras, com incentivo à maternidade, à domesticidade e ao embelezamento. Já eles são encorajados a serem agressivos, ativos, independentes”, segundo a psicóloga Jane Felipe, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul em entrevista para o site UOL. As diferenças existem e devem ser respeitadas. Porém, os pais precisam se atentar para que essas especificidades não sejam traduzidas em forças e fraquezas, em qualidades e defeitos, mas em comportamentos próprios, não só ao gênero ao qual pertencem, mas também ao ambiente social e ao comportamento que é esperado nesse meio. Neste mês, deixo aqui o meu convite. Incentive maneiras criativas e igualitárias de criação. Que nos motive e nos lembre de que nascemos meninas e não somos menores ou piores por isso; que os meninos não precisam ser fortes e resistentes em todo o tempo; aceite as crianças nas suas mais variadas formas. Feliz dia da criança!

Suelen Lorianny, jornalista e membro da Igreja Batista do Bom Retiro

Outro dia li uma mensagem que me fez pensar. Muitos esposos e pais chegam em casa com o seu “resto” para encontrar a família. Eles dão o seu melhor lá no trabalho, são super educados com seus clientes e amigos, mas parece que ao chegar em casa eles esquecem que cortesia e boas maneiras funcionam no lar também. A ilustração que a autora usou foi a de alguém que saia de manhã para tomar café com os amigos e pedia para a garçonete embrulhar as sobras. Aí, ele trabalhava, parava para almoçar, voltava a trabalhar e no final do dia chegava em casa e oferecia para seus filhos e esposa o resto do seu café da manhã, que aliás era muito bom, tinha croissant, pão-de-queijo, ovos mexidos, bolos … mas era resto! Pensei nas vezes em que nós, esposas e filhos também não esperamos nossos esposos e pais como eles merecem. Lembro-me de quando meus filhos eram pequenos e nós queríamos estar de banho tomado, bem cheirosos para esperar o papai… Arrumávamos a sala (isto significava juntar os brinquedos nos quais ele poderia tropeçar) e a mesa do lanche. Se o ambiente estava pesado, procurávamos nos acalmar e criar uma atmosfera mais aconchegante por que o “papai já vai chegar”. Quantos sustos meu esposo levou (ou fingiu que levou) ao abrir a porta e escutar aquele “Buuu”. Por mais exausto que estivesse, a alegria das crianças e saber que ele estava sendo esperado, fazia a “nuvem escura” ir embora. Nem todos os dias é possível cria um ambiente assim, mas devemos nos esforçar para ter um lar acolhedor. A família toda se beneficia com isto e estamos criando um modelo na cabeça de nossos filhos. Temos até hoje nossas noites (tardes, ou..) de família, pois, com os filhos grandes não estamos mais juntos nas refeições, nem chegamos a noite no mesmo horário. Mas, estes encontros continuam sendo momentos muito felizes e importantes. Há semanas que nos telefonamos várias vezes tentando achar um horário possível para os quatro. Às vezes assistimos um filme juntos e depois discutimos, outras, jogamos boliche; simplesmente sentamos e conversamos, fazemos um estudo bíblico, jogamos “imagem e ação”, “flash”… O importante é estar juntos e nos relacionarmos, cada um sabendo como o outro está, seus sonhos, suas realizações, sua caminhada com Deus. Estes momentos são as melhores memórias que podemos deixar para os nossos filhos. Se você tem investido tempo na sua formação acadêmica, no seu trabalho, não esqueça de investir em sua família, afinal é dela que vem o seu suporte emocional para enfrentar o dia a dia e é com ela que você vai contar no final dos seus dias. Hedy Silvado, membro da Igreja Batista do Bacacheri


08 CAPA

O país está nas urnas escolhendo presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais, esta decisão é tão relevante que nos leva, mais uma vez, a uma reflexão sobre o futuro. Assisti algumas vezes ao filme “Os Incríveis” e uma personagem marcante, mas não protagonista, a Edna Moda, diz: “Quem vive de passado é museu. O futuro fazemos agora”. É a mais pura verdade: o futuro fazemos AGORA, hoje. Em Outubro celebramos a infância, as crianças e, para citar um político famoso no imaginário popular, “nunca antes na história deste país” a infância foi tão desrespeitada. Os noticiários mostram crimes alarmantes praticados contra crianças ou por crianças – as duas realidades são terríveis e difíceis de aceitar. O que estamos fazendo para mudar esta triste situação? Indo às urnas, escolhendo quem nos representará na feitura de leis, quem desenvolverá projetos educativos que colocarão as crianças em seu devido lugar, ou seja, na escola. Como foi a sua infância? Lembro-me que podíamos brincar na rua até às dez horas da noite nos finais de semana; que improvisávamos brinquedos com tudo que caía em nossas mãos. Lembro-me de ler por horas e horas e permitir que a minha mente viajasse por lugares que só conhecia através dos livros. Lembro-me que cantávamos músicas inocentes e ríamos de quase tudo! Hoje, as crianças têm acesso quase ilimitado à Internet, seja em seus computadores ou em cada vez mais sofisticados smartphones. Nada contra isso, mas é comum vermos crianças achando ainda mais comum e corriqueiro uma decapitação, por exemplo. O britânico e o americano que tiveram suas cabeças cortadas, cujas imagens ganharam mundo, tiveram milhões de visualizações. O vídeo chocou e tirou tanto a opinião pública, quanto governantes de vinte e cinco países de sua acomodação e expectativa de solução pacífica.

Mas, as crianças não entenderam o quanto aquilo era real. Para muitas, infelizmente, era apenas um jogo, onde o cara malvado agia da única maneira que ele conhecia: com maldade. Provavelmente muitas esperavam que a cabeça voltasse ao lugar, como em um efeito especial, e acharam que o sangue fosse apenas cenográfico... Expostas à violência nas mídias, elas estarão perdendo sua sensibilidade natural? Estarão se acostumando às imagens de tragédias como simples fatos do cotidiano? Mas, deixando de lado a questão mundial tumultuada, voltemos para a realidade nacional. Faltar água no Brasil era algo que parecia impossível, no entanto, o estado de São Paulo já enfrenta racionamento e falta d’água. Isto é real, acontece hoje em nosso país, onde temos uma das maiores reservas de água potável do mundo. A ANA – Agência Nacional das Águas se diz preparada para enfrentar a situação, mas encarar o problema significa gastar milhões em infraestrutura. E onde está o dinheiro? “Gato comeu” já dizia a música. Estradas asfaltadas estão esburacadas e quando vêm as chuvas, se desfazem frente a olhos estarrecidos. A floração de algumas espécies acontecia uma vez ao ano, hoje estamos vendo ipês com flores praticamente o ano inteiro! Lindo, mas uma mudança, com certeza! Não temos mais nem convicção, nem definição climática. Antes verão era verão, sinônimo de chuva e muito sol; no outono as chuvas aumentavam e as folhas caíam; no inverno fazia frio e na primavera o ar se enchia de cores e flores. Atualmente até as estações estão diferentes e especialistas afirmam que somos os culpados. Achar responsáveis é menos importante que mudar de atitude e fazer algo para deixar um país melhor para nossos filhos. A bandeira

deve ser a da educação, pois esta é absoluta e totalmente transformadora. Com educação preparamos para a cidadania, para a convivência, para a vida. No Brasil cresceu a taxa de desemprego e uma recessão técnica já se instalou e a inflação voltou a ser companheira na hora das compras e das operações financeiras. Assistimos filmes de crianças com seus bichos, com seus amigos, em oração ou cantando músicas ingênuas... A inocência nos rostos infantis é cativante e nos enche de esperança. O que o futuro tem reservado para nossos filhos? Será nossa herança um país sucateado e entregue aos interesses de poucos? NÃO! Podemos mudar este quadro, podemos lutar contra a corrupção que se espalha como erva daninha e deixar um Brasil decente para as crianças; deixar o país que queremos para nossos filhos e netos – a geração que vai viver com o que deixarmos, com o que destruirmos ou construirmos. As crianças são o futuro e se começamos a fazer o futuro AGORA é este o momento de ensinarmos a elas princípios e valores que poderão levar pela vida afora. Valores como respeito aos mais velhos, às autoridades, cuidado e amparo para com a terceira idade, preservação ambiental, valorização do outro e muito mais. As crianças têm coração ensinável e cabe a nós a nobre tarefa de ensinar-lhes. O que estamos ensinando? Jesus Cristo, o Filho de Deus, ensinou valores! Amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Se nossas crianças amarem a Deus e a si mesmas, certamente amarão ao outro. E quando amamos, cuidamos. Vamos fazer isso? Afinal, não existe nada mais lindo e mais recompensador que o sorriso de uma criança.

Priscila R. Aguiar Laranjeira – Publicitária, professora, escritora, editora. Membro da Igreja Batista do Bacacheri


VIDA UNIVERSITÁRIA 09

O amor que transforma Existem diversas maneiras de demonstrar amor para uma criança. Pode ser através de uma brincadeira, de um presente, de palavras de afirmação; enfim, as possibilidades são muitas. Porém todas elas compartilham um ponto em comum, você precisa presentear a criança com o seu tempo, algo tão valioso no mundo dos adultos, não é mesmo? Como na nossa coluna sempre falamos de viagem e de outras culturas, no mês da criança não poderia ser diferente. Vim aqui contar um pouco sobre como é possível unir a oportunidade de demonstrar amor e carinho para com os pequeninos e também melhorar uma segunda língua ou conhecer outras culturas. Existem diversas modalidades de viagem. Viagem a turismo, estudos, voluntariado e trabalho. Normalmente viagens de turismo são para levar as crianças, as viagens de estudo são para um foco específico. Mas as viagens de voluntariado e trabalho são diferentes. Hoje em dia é muito comum cristãos de todas as idades usarem o período de férias para fazer missões ou ser voluntário em alguma outra cidade ou país. Esse tempo é muito enriquecedor, e muitas vezes esse voluntariado envolve crianças. A agência onde eu trabalho tem uma parceria com uma missão na África do Sul voltada para a

construção de casas para órfãos. Lá eles têm um programa com as crianças da região. Todo ano eles recebem voluntários brasileiros durante as férias. Numa conversa com uma voluntária, ela nos contou que os brasileiros que voluntariam por lá são conhecidos como S.O.S, aquele termo usado em emergências. Isso quer dizer que eles são aquela ajudinha extra e necessária para ajudar em tudo o que for preciso. Quando perguntamos qual era a principal ajuda que os S.O.S. davam, ela nos falou que era dar atenção e passar tempo com as crianças, e que ao transmitir amor para as crianças, no fim do dia era a outra pessoa quem se sentia amada. Outro estilo de viagem é aquela na qual o intercambista vai trabalhar no exterior por um período específico. Conversei com o administrador de empresas Davi Calixto, de 25 anos, que em 2009 trabalhou em um acampamento no Canadá durante as férias de verão do hemisfério norte. Ele me contou uma experiência muito marcante: “lembro-me de um menino (que acredito que era muçulmano), o nome dele era Mohamed Mustafa. Ele estava bem cabisbaixo durante um dos cultos, do lado de fora da capela. Então eu saí pra trocar uma ideia com ele. Ficamos conversando durante um bom tempo sobre Deus e família. Ele continua

me enviando recados no facebook ATÉ HOJE. Só por causa daquele tempo de conversa”. Apesar de serem estilos de viagem e destinos tão diferentes, o fator comum novamente é o investimento de tempo na vida das crianças. Independente se a criança nasceu na África do Sul ou no Canadá; se ela já sofreu muito em poucos anos de vida ou se ainda está coberta de carinho e proteção, elas precisam de amor, carinho e cuidado; ainda mais quando a criança percebe que uma pessoa veio de um país tão distante só para passar tempo com ela. Imagine o quão especial elas se sentem! Creio que não precisamos ir para longe para cuidar das crianças. Podemos nos envolver hoje em ministérios da igreja, voluntariado em ONGs ou orfanatos. Existe trabalho a ser feito bem perto da nossa casa. O importante é não ficar parado e ignorar o chamado para cuidar dos pequeninos ao nosso redor. E se a oportunidade para viajar e impactar outras nações surgir, vá, pregue, ame, seja luz, abençoe e tenho certeza que você voltará se sentindo mais amado do que as crianças para as quais você demonstrou amor. E que essa experiência traga um aprendizado que possa ser aplicado na nossa comunidade local. Resumindo, transformar para ser transformado.

Chica Baptista, empresária e membro da Igreja Presbiteriana do Guabirotuba


10 CULINÁRIA

Está chegando o final do ano Já estamos em plena primavera e o final de ano se aproxima rapidamente. É hora de começar a pensar em viagens, presentes, descanso, mas antes disso, dá para ir treinando novas e deliciosas receitas como as desta edição de Outubro. Faça! Surpreenda sua família e delicie-se!

Bolo de sorvete com brigadeiro INGREDIENTES . 1 lata de leite condensado . 1 colher (sopa) de margarina . 4 colheres (sopa) de chocolate em pó . 1 xícara (chá) de leite . 1 lata de creme de leite sem soro . 1 e 1/2 litro de sorvete de creme . 1 caixa de chocolate Bis picado MODO DE PREPARO Em uma panela, misture o leite condensado, a margarina, o chocolate em pó e o leite. Leve ao fogo brando, mexendo sempre até dar ponto de brigadeiro mole. Desligue o fogo e misture o creme de leite. Em uma forma de furo central com 22 cm de diâmetro, coloque metade do sorvete e pressione. Leve ao freezer por 10 minutos. Em seguida despeje o brigadeiro ainda quente e por cima, coloque o restante do sorvete, pressionando mais uma vez. Leve ao freezer por 6 horas ou até o sorvete firmar novamente. Desenforme e cubra com o Bis picado. Dica: Você pode usar o sorvete de sua preferência.

Abacaxi caramelado com sorvete INGREDIENTES: · 1 abacaxi . 1 xícara (chá) de açúcar . 1 colher (chá) de gengibre em pó . 1 colher (café) de cardamomo em pó . 4 bolas de sorvete de creme MODO DE PREPARO Corte o abacaxi em quatro partes na horizontal e retire o miolo. Reserve. Em uma frigideira grande, ponha o açúcar e deixe derreter até formar uma calda grossa. Junte o gengibre e o cardamomo e misture. Ponha as fatias de abacaxi aos poucos, para caramelar o pedaço por inteiro. Sirva quente ou frio com sorvete de creme e polvilhado com canela em pó.

Batata recheada com presunto e queijo INGREDIENTES . 1 lata de leite condensado . 1 colher (sopa) de margarina . 4 colheres (sopa) de chocolate em pó . 1 xícara (chá) de leite . 1 lata de creme de leite sem soro . 1 e 1/2 litro de sorvete de creme . 1 caixa de chocolate Bis picado MODO DE PREPARO Coloque a batata ralada sobre um pano de prato limpo e esprema bem. Aqueça uma frigideira ou omeleteira com 20 cm. Junte a manteiga e o azeite. Despeje metade da batata e espalhe bem. Polvilhe o sal, o orégano e a noz-moscada. Espalhe o queijo e o presunto. Cubra com a batata restante e tempere novamente. Cozinhe por dez minutos em fogo baixo até dourar a parte de baixo. Vire com a ajuda de um prato, se estiver usando uma frigideira. Se for na omeleteira, basta virá-la. Deixe dourar. Retire do fogo e sirva com salada de folhas. Penha Lustosa, contadora, cozinheira experimental e membro da Igreja Batista da Alameda


FILHOS 11

A escolha deliberada de lares sem filhos De acordo com o jornal The Atlanta Journal-Constitution, Joe e Deb Schum de Atlanta não estão preocupados em preparar seu lar para a chegada de um bebê. A realidade é que o casal nem mesmo tem intenção alguma de ter filhos e eles sentem orgulho de seu casamento sem filhos. Conforme a matéria do jornal, “o casal Schum é parte de um número crescente de casais nos EUA para os quais filhos não são um fator importante no casamento”. O jornal também apontou para o fato de que a taxa de natalidade americana caiu em 2004 para um histórico nível baixo de 66.9 nascimentos por 1.000 mulheres de idades entre 15 e 44. Isso representa um declínio de 43% desde 1960. Muitos casais sem filhos”, de acordo com a notícia, “sentem prazer em sua decisão, apesar de incomodados com mães e amigos chocados. Outros lutam com a escolha antes de decidir ter um lar sem nenhum filho”. Os Schums simplesmente não querem filhos atrapalhando seu estilo de vida. Eles adoram viajar pelas montanhas da Georgia em suas motos combinadas Harley-Davidson. Eles adoram sua cozinha refinada, toda equipada com utensílios da moda. Deb Schum explica: “Se tivéssemos filhos, precisaríamos de uma mesa onde as crianças poderiam fazer o dever de casa”. Claramente, filhos não são parte do plano de decoração interior deles. Esse padrão de lares sem filhos vem atraindo a atenção dos meios de comunicação. O site esquerdista www. salon.com realmente publicou uma série de artigos intitulados: “Ter ou Não Ter Filhos”. Essa série apresentou casais e indivíduos que decidiram que filhos não são parte de seu estilo de vida selecionado. Certa mulher escreveu que a maternidade não é exatamente parte do plano dela, independente das expectações culturais ao contrário. O papel de mãe simplesmente não se encaixa em sua auto-imagem ou sua programação. “Participo de competições de corrida, natação e bicicleta. Meu marido pratica artes marciais. Nós dois temos carreiras que nos satisfazem. Viajamos pelo mundo… Adoramos nossa família e amigos. Temos um relacionamento íntimo e divertido”. Alguns que escolheram ficar sem filhos chegaram até a formar organizações a fim de se unirem. O grupo “Nenhum Filho” foi formado em Atlanta em 2001 como um desabafo social para os casais que escolhem não ter nenhum filho. Traci Swartz, 30 anos e terapeuta ocupacional, se juntou ao Nenhum Filho com seu marido Jeremy, um analista de computação de 32 anos.“Quando não temos filhos, não ficamos envolvidos em nenhuma atividade como muitas outras pessoas, tais como futebol e balé”, disse Traci. Ela explicou que os membros de Nenhum Filho têm mais probabilidade de conversar sobre bichinhos de esti-

mação, viagens ou outros interesses comuns. Crianças raramente aparecem como assunto de uma conversa. “As pessoas pensam que nos sentamos por aí e conversamos sobre como odiamos crianças, mas quase nunca mencionamos crianças”, Traci explicou. Não é de admirar. Outra mulher no grupo de Atlanta explicou:“A gente investe aqueles sentimentos maternais em outras áreas. Para nós, nossos cães recebem todo esse amor”. Esse modo de ver as coisas é doente, mas mais e mais comum. Os cristãos precisam reconhecer que essa rebelião contra a paternidade representa nada menos do que uma revolta absoluta contra o plano de Deus. A Bíblia mostra que um casamento sem filhos é grande maldição e que filhos são um presente divino. O salmista declarou: “Os filhos são herança do SENHOR, uma recompensa que ele dá. Como flechas nas mãos do guerreiro são os filhos nascidos na juventude. Como é feliz o homem que tem a sua aljava cheia deles! Não será humilhado quando enfrentar seus inimigos no tribunal” (Sl 127:3-5 NVI). Moralmente falando, a epidemia de lares sem filhos não tem nada a ver com os casais legalmente casados que desejam ter filhos, mas por algum motivo não têm a capacidade física de tê-los. A questão envolve os casais que têm plena capacidade de ter filhos, mas os rejeitam como intrusão em seu estilo de vida. O lema desse novo movimento de homens e mulheres que escolhem deliberadamente lares sem filhos poderia ser resumido num adesivo criado na década de 1970 por Zero Population Growth, uma organização dedicada ao controle populacional. O adesivo dizia: “Faça sexo, não faça bebês”. Esse modo de ver as coisas é precisamente o que as Escrituras Sagradas rejeitam. Casamento, sexo e filhos vêm incluídos juntos. Negar qualquer parte dessa inclusão total é rejeitar a intenção de Deus na criação – e Seu mandamento revelado na Bíblia. A revolução sexual teve muitas manifestações, mas podemos agora ver que os americanos modernos estão determinados não só a livrar o sexo do casamento [e até mesmo das diferenças sexuais], mas também da procriação. As Escrituras Sagradas nem mesmo imaginam casais que escolhem não ter filhos. A realidade chocante é que alguns cristãos estão engolindo esse estilo de vida e afirmam que um casamento sem filhos é uma opção legítima. O surgimento dos modernos anticoncepcionais tornou tecnologicamente possível tal opção. Mas o fato permanece que embora a revolução dos anticoncepcionais tenha possibilitado o casamento sem filhos, esse tipo de casamento é uma forma de rebelião contra o plano e ordem de Deus. A Bíblia não dá aos casais a opção de escolher ter

um lar sem filhos. Pelo contrário, os mandamentos de Deus nos instruem a receber filhos alegremente como presentes de Deus, e criá-los na instrução e conselho do Senhor. Descobriremos muitas das nossas alegrias e satisfações mais profundas criando filhos dentro do contexto da família. Os que rejeitam filhos querem ter as alegrias do sexo e do companheirismo conjugal sem as responsabilidades da paternidade. Eles se apóiam em outros para produzir e sustentar as gerações futuras. Não será o repensamento secular que corrigirá essa epidemia de deliberados lares sem filhos. Numa campanha para separar o prazer do sexo do poder da procriação, os americanos modernos pensam que é seu direito o sexo totalmente livre de restrições e concepções. Filhos, é claro, representam uma restrição séria na vida dos pais. A paternidade não é um hobby, mas representa uma das oportunidades mais cruciais para a criação de homens e mulheres de Deus nesta vida. A sociedade está claramente engolindo esse conceito. As reivindicações legais para que haja complexos de apartamentos e outras moradias semelhantes resumem-se à reivindicação de que os adultos precisam viver num ambiente sem crianças. Outros afirmam que as crianças já recebem atenção pública e investimentos de impostos demais, e que isso é uma imposição injusta sobre os que escolhem não procriar. É claro, o próprio uso dessa terminologia trai a rebelião nesse argumento. Os animais dão cria. Os seres humanos procriam e criam filhos para a glória de Deus. Sem dúvida, filhos provocam imposições em nossos confortos de criaturas, acordando-nos no meio da noite com necessidades exigentes e interrupções inconvenientes. Os pais aprendem sem demora que filhos não são somente o querubim sorridente dormindo no berço, mas também a criancinha de face suja, o adolescente teimoso e o jovem tempestuoso. As igrejas deveriam insistir em que o padrão da Bíblia para a vida dos adultos significa casamento e casamento significa filhos. Tal padrão nos faz lembrar de nossa responsabilidade de criar meninos para serem maridos e pais e meninas para serem esposas e mães. Vê-se a glória de Deus nessa responsabilidade, pois a família é a esfera decisiva em que a glória de Deus é revelada ou negada. É tão simples assim. As igrejas precisam ajudar a sociedade a readquirir o respeito pelas crianças como presentes de Deus. Deve-se chamar de rebelião moral a escolha deliberada de uma sexualidade estéril e um casamento sem filhos. Exigir que o casamento signifique sexo – mas sem filhos – é defraudar o Criador de Sua alegria e prazer em ver os santos criando Seus filhos.

Albert Mohler Jr. é presidente do Seminário Teológico Batista do Sul em Louisville, Kentucky/USA


12 REFLEXÃO

Uma infância mais humana A nossa história começou no dia 22 de abril de 1988. Parece que foi ontem que a primeira criança chegou ao apartamento da família Brandão. Naquele tempo, vimos uma senhora apanhando restos de comida em nosso latão de lixo e isso foi a gota d’água. Fomos ao Juizado de Menores e nos oferecermos, gratuitamente, para ajudar. Colocamos nosso lar à disposição para estes acolhimentos. Tínhamos a necessidade de vivenciar o verdadeiro Cristianismo, atendendo crianças carentes, abandonadas ou moradoras de rua. Então nasceu o Lar Batista Esperança que se tornou um berçário oficial voluntário e gratuito do Juizado de Menores de Curitiba. Ficou conhecido como “A Casa 01”. O nome da entidade foi dado pela Daniele Cristine, que o criou com o sentido de que aquele lugar fosse um verdadeiro lar e pudesse dar esperança para crianças. O nosso slogan inicial era: “Para o futuro, pensamos no presente”. Logo aprovamos a frase que seria o nosso lema oficial: “Porque Ele (Jesus) vive, posso crer no amanhã”. A ideia a princípio era ter apenas uma unidade, mas a convite da Secretaria da Criança de Curitiba, o LBE inaugurou mais duas casas (02 e 03) para meninos de rua e em seguida as casas 04 e 05 para grupos de irmãos. Foi implantado também o Centro de Educação Profissionalizante Esperança (CEPE) com cursos de inclusão digital, marcenaria, artesanato, reforço escolar, dentre outros. Mas a história ainda não terminara. Implantamos a casa 06 para abrigarmos crianças menores e bebês; em seguida a casa 07 para meninas

viciadas e carentes; a casa 08 para adolescentes com mais de 16 anos. Tínhamos o objetivo de não perder todo o trabalho que havia sido feito na vida deles quando crianças. E enfim, a casa 09, para meninas e adolescentes carentes e em situação de risco total e parcial. Nesses 26 anos, o Lar Batista atendeu cerca de 690 crianças, jovens e adolescentes; dando-lhes esperança de um mundo melhor e mais humano. Não temos dúvida alguma de que quem nos mantém é o Senhor Deus e Ele levanta pessoas físicas, jurídicas, Igrejas e voluntários que representam hoje mais de 50% do orçamento do LBE. Eventos beneficentes, convênios, projetos e parceria da Fundação de Ação Social de Curitiba (FAS) completam as fontes de recursos da nossa entidade. O MINISTÉRIO HOJE Atualmente temos na entidade 22 missionários que atuam como pais e mães sociais; 25 voluntários fixos em diversas áreas de atendimento e a ajuda de pastores, médicos, psicólogos, assistentes sociais, professores, equipes técnicas do FAS, dos Conselhos Tutelares e da Vara da Infância e da Juventude de Curitiba (VIJ). A capacidade de acolhimento e abrigo do LBE hoje é de 120 pessoas entre crianças, adolescentes, pais sociais e seus filhos; e mães solteiras e seus filhos. As crianças são enviadas pela Central de Vagas da FAS após decisão de Conselhos Tutelares e da VIJ. O Lar Batista também realiza o trabalho beneficente com famílias carentes do Estado do

Paraná. Nosso alvo agora é a reforma da casa 07 e a criação de uma casa específica para crianças especiais, a nossa casa 10. COMO AJUDAR O LAR BATISTA ESPERANÇA - Orando por nós: existimos pela oração; sem oração e sem fé não sobreviveríamos. Interceda pela entidade. - Divulgando: fale do LBE aos seus amigos e envie a nossa história. Fale também do Lar Batista nas reuniões da sua Igreja. - Dando uma oferta de amor: precisamos manter essas crianças e adolescentes. Demonstre seu amor fazendo um depósito para o Lar Batista Esperança. “Não é o quanto fazemos, mas quanto amor colocamos no que fazemos”. Você pode escolher o valor e nos ajudar com um débito em sua conta de luz (Copel) e assim você não precisa ir ao banco. - Doando recursos: novos ou usados, em bom estado. Dê o que você tem de melhor. - Visitando: precisamos e esperamos a sua visita, isso nos ajuda nesta luta tão difícil. - Se voluntariando: precisamos de voluntários para afazeres domésticos, mecânicos, eletricistas e pedreiros. INFORMAÇÕES Lar Batista Esperança Telefone: (41) 3077-7989/ (41) 3016-7751 Email: lbe@lbe.org.br Site: www.lbe.org.br

Nathaniel Brandão, presidente do Lar Batista Esperança e membro da Igreja Batista do Bacacheri

Espaço dedicado a divulgação do Lar Batista Esperança – Uma entidade social que atende crianças e adolescentes em situação de risco. Atualmente atende, aproximadamente, 120 crianças e mantida por doações espontâneas. Conheça mais no site www.lbe.org.br.


SAÚDE 13

Probióticos, Prebióticos e Simbióticos

para nossa saúde A Organização Mundial de Saúde define probióticos como “microorganismos vivos que, administrados em quantidades adequadas, conferem benefício à saúde do hospedeiro”. Isto é, são bactérias benéficas, que nosso corpo precisa, e podem ser encontradas em alimentos e ingeridas como suplementos. Nosso sistema digestório é cheio de bactérias; elas ajudam o sistema imunológico, que por sua vez também trabalha para manter o sistema digestório saudável e eficiente. Porém, bactérias nocivas também podem entrar no nosso corpo, e se perdermos o equilíbrio entre os dois tipos de bactérias, com os probióticos inserimos bactérias benéficas novamente no nosso sistema. Os prebióticos são alimentos (fibra alimentar) para os probióticos. Ingerir prebióticos ajuda os probióticos a funcionarem melhor, pois estimula o crescimento destes. Os prebióticos não são digeridos pelos seres humanos, mas são muito importantes para nos manter saudáveis. São encontrados em frutas, vegetais e grãos integrais. Combinando probióticos e prebióticos, temos os simbióticos, que vão trabalhar em conjunto para que o nosso organismo tenha a

quantidade de bactérias benéficas e saudáveis de que necessita. Podemos encontrar probióticos em alimentos fermentados, como, por exemplo, iogurtes (com culturas vivas, ativas, pois se sabe que altas temperaturas destroem as bactérias, então, é importante saber olhar os rótulos), chucrute e kimchi. Outros exemplos de alimentos ricos em probióticos e alguns simbióticos: kefir, tempeh, microalgas, missô, picles, natto, alguns queijos suaves como o Gouda. Pão de massa ácida também pode conter a bactéria lactobacilli além de frutas como a banana e o tomate, legumes como alcachofras, feijão verde, alho poró, pães integrais e mel. Mas dificilmente conseguimos obter uma quantidade suficiente de probióticos somente pela ingestão de alimento. O microbioma (coleção de bactérias) que existente em nosso intestino contribui para nosso crescimento, desenvolvimento e saúde participando ativamente de funções essenciais como a imunidade e o metabolismo, e pode sofrer alterações significativas; por exemplo, quando tomamos antibióticos via oral para tratar uma infecção respiratória ou urinária,

pois o próprio antibiótico que mata as bactérias nocivas também suprime as bactérias benéficas do intestino, levando alguns a evoluir com diarreia e dores abdominais, fazendo-se necessário aumentar a ingestão de probióticos, prebióticos e/ou simbióticos por meio da alimentação e/ou suplementos. Ainda há muito que se discutir e aprofundar sobre este tema, mas aqui já demonstramos alguns benefícios e nossa intenção de despertar o interesse pelo assunto com relação a nossa saúde, procurando sempre em primeiro lugar a prevenção e promoção desta. A Bíblia nos ensina que devemos amar e cuidar do nosso corpo, isto é, ser mordomo do nosso próprio corpo, que é o templo do Espírito Santo, e isto não se resume em não fumar e não beber apenas, mas sim termos uma dieta balanceada, evitarmos o sedentarismo, dormirmos bem, cuidarmos também da saúde emocional... E além do compromisso de cuidarmos de nós mesmos, temos que ter um zelo especial com nossas crianças, razão porque escrevi tanto sobre a alimentação delas nos dois últimos meses. Então... até o próximo.

Samyra Machado Barros, médica da Policlínica e membro da Igreja Batista do Bacacheri Lanche Saudável - Manual de Orientação (Departamento Científico de Nutrologia – Sociedade Brasileira de Pediatria)


14 FINANÇAS

Gastos surpresas

Se você já reformou sua casa sabe que as finanças pessoais ficam uma loucura com os imprevistos da reforma

Uma dúvida comum que temos com relação a obras em casa são os gastos surpresa que normalmente temos enquanto estamos fazendo uma pequena ou mesmo uma grande reforma. Aí você vai fazer uma pergunta: O que isso tem a ver com Finanças Pessoais? Resposta: Tudo. Tudo porque quando estamos em reforma em casa existe sempre um intruso que participa de toda e qualquer obra ou reforma que fazemos. Você já deve ter tido a oportunidade de estar com ele. É o famoso “Jaque”, ou melhor, dizendo é o famoso e sempre presente “Já Que”. Ou seja, “Já Que” estamos mexendo na janela, que tal colocarmos uma janela dupla ou com veneziana embutida ou com vidro x ou do tipo tal e qual... São tantas as possibilidades que o Jaque nos impulsiona a tomar certas atitudes que quase nunca faziam parte do nosso orçamento inicial. Um ponto importante a ser levado em consideração quando estamos pensando em reformar ou fazer uma pequena obra em casa é de termos a consciência que temos que fazer um orçamento detalhado do que precisamos/queremos fazer juntamente com um limite de valor, previamente estabelecido, para que possamos minimizar a presença incômoda do Jaque.

No seu orçamento familiar, quando estiver com uma reforma em vista deve levar em consideração alguns pontos importantes, tais como: • Identifique o que é necessário, • O que você gostaria de fazer na sua reforma e, mais importante, • Quanto você pode gastar na reforma. Leve em consideração, nas suas contas iniciais, que o valor inicialmente separado para a reforma deve ser ultrapassado em 15% ou 20%. Parece absurdo, mas isso acontece por vários motivos: além da visita do Jaque, existem valores que você até orçou, mas que por um motivo ou outro, aumentaram ou você teve que substituir alguma coisa em função de não existir mais no mercado, por exemplo. COMO FAZER ISSO? Primeiramente estipule um valor para sua reforma – lembrando que o mesmo poderá ficar até 20% maior; Segundo: Escreva suas necessidades por prioridade; e Terceiro: Liste seus desejos pessoais, levando em consideração o seu cônjuge e sua família para que todos tenham a oportunidade de participar do que querem e do quanto estão dispostos a investir na reforma.

Feito isso, você terá que estabelecer um cronograma de compras e de execução para não perder o controle durante a reforma – lembre-se que o tempo pode ficar contra ou ao seu favor. Tenha sempre o dinheiro disponível antes de começar a reforma, pois isso lhe ajudará não só a comprar mais barato, pois algumas compras você poderá fazer pagando à vista e pedindo mais descontos. Estas são dicas que aprendi da pior maneira possível, ou seja, aprendi sozinho e sofrendo com a participação do Jaque nas minhas reformas e pequenas obras e que hoje ajudo algumas pessoas quando falo sobre como administrar finanças pessoais durante um processo de reforma. Para fechar esta questão, posso usar como exemplo a minha última reforma que fiz em minha casa. Ao final da dita reforma, eu não consegui fazer a uma calçada do jeito que queríamos, pois o dinheiro acabou. Mas tive a consciência de que não ia gastar mais do que havia planejado, incluindo os 20% a mais. Conclusão, eu não terminei a calçada que ficou para uma próxima reforma – quem sabe. Lembrem-se estamos à disposição para ajudar nossos leitores na área de finanças pessoais. Entre em contato através do e-mail peormerod@gmail.com.

Paulo Ormerod, empresário e membro da Igreja Batista do Bacacheri


INTERNACIONAL 15

Trevas à distância Ao avisar-nos que viveríamos em tempos de trevas, Jesus nos lembrou que, por Sua causa, somos “a luz do mundo” (Mateus 5.14) e que nossas boas ações seriam o poder contra a escuridão, para a glória de Deus (v.16). Pedro, escrevendo aos cristãos que enfrentavam grande perseguição, disse-lhes que vivessem de forma que aqueles que os acusavam, “…observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação” (1 Pedro 2.12). Há um poder que as trevas não podem conquistar — a força dos atos amorosos de bondade feitos em nome de Jesus. É o povo de Deus que dá a outra face, anda mais uma milha, perdoa e ainda ama seus inimigos. Assim, busque a oportunidade privilegiada de realizar atos de bondade hoje para trazer a luz de Cristo a outros. por Joe Stowell

Keeping Darkness to Bay Warning us that we would live in dark times, Jesus reminded us that because of Him we are “the light of the world” (Matt. 5.14) and that our good deeds would be the power against the darkness for the glory of God (v.16). And Peter, writing to believers in Christ who were facing severe persecution, told them to live so that those accusing them would “by [their] good works which they observe, glorify God” (1 Peter 2.12). There is one force that the darkness cannot conquer—the force of loving acts of kindness done in Jesus’ name. It is God’s people who turn the other cheek, go the extra mile, and forgive and even love their enemies who oppose them who have the power to turn the tide against evil. So look for the privileged opportunity to perform acts of kindness today to bring the light of Christ to others.

Limitar la oscuridad Al advertirnos que viviríamos en épocas de oscuridad, nos recordó que, por Jesús, somos “la luz del mundo” (Mateo 5.14), y que nuestras acciones serían nuestro poder contra la oscuridad, para la gloria de Dios (v. 16). Además, Pedro, al escribirles a los cristianos perseguidos, les pidió que vivieran de tal modo que aquellos que los acusaban “[glorificaran] a Dios en el día de la visitación, al considerar [sus] buenas obras” (1 Pedro 2.12). Hay una fuerza que la oscuridad no puede contener: los actos de amor y bondad hechos en el nombre de Jesús. Los hijos de Dios que ponen la otra mejilla, recorren la segunda milla, y perdonan e incluso aman a sus enemigos tienen poder para frenar el mal. Por eso, busca hoy la oportunidad de realizar un acto de bondad para que la luz de Cristo alumbre a otros.

Tenebre lontane Avvertendoci che vivremmo in tempi di tenebre, Gesù ci ha ricordato che, in Lui siamo “la luce del mondo” (Matteo 5.14), e che le nostre buone azioni sarebbero il potere contro l’oscurità, per la gloria di Dio (V.16). Pietro, scrivendo ai cristiani che stavano affrontando grande persecuzione, ha detto loro di vivere in modo che coloro che li accusavano, “... osservandovi in vostre buone opere possano glorificare Dio nel giorno della visitazione” (1 Pietro 2.12). C’è un potere che le tenebre non possono conquistare - la forza degli azioni amorevoli e bontà fatte nel nome di Gesù. È il popolo di Dio che offre l’altra guancia, cammina un miglio in più, perdona e ama i nemici. Quindi, cerca l’occasione privilegiata per compiere atti di gentilezza oggi e così portare la luce di Cristo agli altri.


ABC VIDA 16

Você sabe como fazer a diferença na sociedade? A Associação Beneficente Curitibana – ABC Vida, fundada pela Igreja Batista do Bacacheri, em abril de 1993, é uma sociedade civil, de direito privado, sem fins lucrativos, de natureza filantrópica, beneficente, e que tem por finalidade o desenvolvimento de projetos de Educação, Assistência Social e Saúde, possuindo todos os registros pertinentes as áreas de sua atuação. A ABC Vida possui sede no bairro do Bacacheri e atende anualmente mais de 10 mil pessoas em situação de carência, em Curitiba e Região Metropolitana, através da inclusão produtiva e defesa e garantia de direitos. Sua visão é: “Na dependência de Deus, ser reconhecida como uma ONG que promove a transformação integral do ser humano” e sua missão é “Ser uma organização altamente qualificada, com habilidade de envolver e encantar voluntários, e competência de desenvolver estratégias para promover, com excelência, transformação integral de pessoas, sociedades e povos”. O principal capital da organização é o amor que faz com seus cooperadores e voluntários se esforcem para fazer o melhor, superando as expectativas dos assistidos e parceiros mantenedores quanto à qualidade dos serviços oferecidos para as comunidades mais vulneráveis. É POLÍTICA da QUALIDADE da ABC “VIDA” gerenciar a melhoria contínua dos serviços assistenciais por ela fornecidos, atendendo aos requisitos de qualidade, estabelecidos por seus mantenedores, obedecendo à legislação específica direcionada para a população alvo, de forma sustentável, envolvendo para isso os seus cooperadores efetivos e voluntários. Desenvolve quatro programas sociais: No Programa de Defesa e Garantia de Direitos atende: • Famílias em situação de vulnerabilidade; • Apoio a Moradores de Rua; • Apoio para encaminhamentos de pessoas para comunidades terapêuticas; • Promove campanhas emergenciais; • Empréstimo de equipamentos hospitalares; • Apoio a refugiados e haitianos; • Capacita agentes sociais pelo projeto Noite Aberta. Somados, estes projetos atendem mais de 4000 pessoas por ano.

No Programa de Aprendizagem desenvolve os seguintes projetos: • Mobilização de adolescentes para o mundo do trabalho; • Aprendizagem profissionalizante (lei 10097/2000) • Cursos profissionalizantes • Espaço do Saber; • Investir vale a pena; • ABC Empregos; • Assessoria e fomento de aprendizagem profissionalizante. Juntos, estes projetos atingem mais de 1200 adolescentes e jovens por semana. O programa de aprendizagem da instituição, conhecido anteriormente como Instituto Betesda foi registrado como um case de exemplo para instituições da área, através do livro Ser Aprendiz, organizado pela Procuradora do Trabalho Dra. Mariane Josviak e pela Coordenadora da Área de Aprendizagem do Governo do Estado do Paraná Dra. Regina Blay, publicado em 2009, no Artigo: A Aprendizagem e Seus Efeitos sobre a Promoção Social de Adolescentes e Jovens na História do Trabalho Infantil. (Livro: SER APRENDIZ Aprendizagem Profissional e Políticas Públicas: aspectos jurídicos, teóricos e práticos, São Paulo: LTr, 2009). Este projeto recebe incentivo fiscal! As doações depositadas em sua conta no Fundo da Infância e Adolescência podem ser abatidas do imposto de renda. No Programa de Qualidade para a Terceira Idade ocorrem as seguintes ações: • Oficina de enxoval de bebê; • Oficina de tricô e crochê; • Oficina de qualidade de vida (atividades físicas e palestras); • Oficina de canto; • Oficina de artesanato; • Inclusão digital para a terceira idade. Nestas ações mais de 200 idosos participam, são acompanhados e fortalecem os vínculos de afetividade, aumentando seus círculos de convivência social. No Programa Dignidade ações são desenvolvidas na região metropolitana de Curitiba: • Curso de corte e costura;

• Artes marciais para crianças e adolescentes; • Atendimento odontológico. São mais de 200 pessoas atendidas anualmente. Por três premiações consecutivas a organização foi contemplada pela Força Voluntária Itaipu com os seguintes projetos: Sorriso Feliz (2007), que descreveu o funcionamento e impacto social produzido pelo projeto Linha da Vida, na Vila Zumbi/Mauá. Costura Fina (2009), relatando nossa experiência no projeto desenvolvido na formação de costureiras na região metropolitana de Curitiba. Enxoval Solidário (2011), demonstrando as ações voltadas para a humanização dos atendimentos em hospitais. PÚBLICO ALVO DA INSTITUIÇÃO O público atendido pelos programas da ABC Vida é composto de crianças de 0 a 13 anos e adolescentes a partir de 14 anos até a Melhor Idade. Somando-se todos os projetos, cerca de 1000 pessoas são atendidas diretamente por mês. Quanto à sua condição SÓCIO-ECONÔMICA, cerca de 80% das pessoas assistidas encontra-se em situação de vulnerabilidade social, sobrevivendo com uma renda per capta de ½ salário mínimo, com nível escolar predominantemente do Ensino Fundamental ou cursando o Ensino Médio. Da mesma forma, são moradores da periferia da cidade, onde as facilidades para o uso de um computador com internet banda larga e as oportunidades de trabalho são muito reduzidas. Temos ainda aproximadamente 10% deste público composto por pessoas em situação de abrigo, morador de rua, ou adolescente em conflito com a lei. As características desse público podem ser assim resumidas, considerando-se a média de 1000 pessoas assistidas anualmente: • Adolescentes (até 18 anos): 47% • Jovens (até 24 anos): 20% • Adultos e Melhor Idade: 15% • Crianças de 0 a 12 anos: 15% • Pessoas com deficiência: 01% • Moradores de rua, refugiados e haitianos: 02% Quer fazer parte disso? Entre em contato com abcvida@abcvida.org.br e sabia como!

Jaqueline Figueiredo, assistente social da ABC Vida e membro da Igreja Batista do Bacacheri


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