02 EDITORIAL
A importância conhecer nosso país e política
ÍNDICE
03 destaque 04 cultura 05
educação
06
qualidade de vida
EXPEDIENTE Ano 18 - Edição 225 - Setembro/2014 Jornal mensal produzido pela Igreja Batista do Bacacheri (IBB). Distribuição gratuita realizada pelos membros da IBB. JORNALISTA RESPONSÁVEL Marli S. Ciaramella (MTB - 24.450 104 72/SP) EDITORES Renato Mendonça Ana Letícia Pie COLABORADORES DA EDIÇÃO Alana Schreiber Chica Baptista Douglas Pie
Estamos há um mês de uma das datas mais importantes para o nosso país. No dia 5 de outubro iremos representar o Brasil nas urnas, como povo brasileiro temos o dever de exercermos o voto com consiência e conhecimento. Não basta votar em branco ou nulo, afinal nenhum político é de confiança. Mesmo assim, todas as cadeiras serão ocupadas, então vamos votar sim em candidatos que mereçam nossos votos. Vamos conhecer quem são essas pessoas e vamos orar pela vida de cada uma delas. Nossa obrigação como cristãos é orar por nossos governantes e por um país melhor. Nessa edição queremos te ajudar a entender melhor sobre suas obrigações e deveres. Esclarecemos alguns pontos importantes, que podem sim influenciar em sua decisão de voto. Além da nossa matéria de capa, temos uma matéria que ajuda a esclarecer como está indo a economia do nosso país. Trazemos uma matéria que fala da relevância de termos políticos tanto homens quanto mulheres, a igualdade do gênero interfere no desenvolvimento do nosso país. Um dos destaques é o posicionamento da Convenção Batista Brasileira com relação ao decreto que envolve movimentos sociais nas decisões do nosos país. Esse é um tema muito relevante para nós que iremos as urnas em outubro. Até que ponto isso é bom e democrático? A CBB aponta argumentos para auxiliar na formação da sua opinião. Também temos nossas colunas mensais, com temas bem interessantes. Na área de saúde falamos da relação entre mente e corpo. E da importância de cuidar do nosso corpo. Para os pais de adolescentes, trazemos uma uma matéria relevante para a alimentação nessa faixa etária. Nas demais áreas, temos novidades, esse mês falamos sobre o Canadá, um país interessante para viajar, trabalhar e estudar. Se você tem interesse em conhecer mais, aproveite! Também temos uma matéria sobre a possibilidade de uma nova mudança na língua portuguesa. Sinceramente, espero que não aconteça, mas é bom para nos manter informados sobre as possibilidades futuras. Em finanças, algumas dicas para administrar suas finanças junto com sua família. Na área de educação, como é essencial elogiar seu filho ou seu aluno! Aprenda um pouco mais sobre o tema. Fechamos o NJ com a programação da Virada Social, um evento que acontecerá na Igreja Batista do Bacacheri, no dia 13 de setembro,das 9h às 21h. Toda renda do evento será revertida para os projetos sociais da ONG ABC Vida (Associação Beneficente Curitibana). É uma oportunidade de trazer sua família para aproveitar um dia com muitas atrações e atividades divertidas. Além disso você estará ajudando a fazer a diferença na vida de muitas pessoas! Mais informações no site http://viradasocial.ibb.org.br. Ana Letícia Pie, jornalista e membro da Igreja Batista do Bacacheri
07
opinião
Fred Branco Joenalva Porto Marinês Mendonça Nathaniel Brandão
08
capa
09
vida universitária
Priscila Aguiar Laranjeira Priscila Heringer Oliveira Samyra Barros Suelen Lorianny Vítor Sampaio PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Agência IBB - Ana Letícia Pie CAPA
brasil
João Campagnolo COMERCIAL
12 ação social 13
Paulo Ernesto Ormerod Penha Lustosa
10 culinária 11
Osmahir Pereira Rosa
saúde
Isabela Pires REGISTRO DO INPI 825022495 TIRAGEM 4 mil exemplares IMPRESSÃO
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finanças
Grupo RBS CONTATO Nosso Jornal (Igreja Batista do Bacacheri)
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internacional
Rua Amazonas de Souza Azevedo, 134 Bacacheri - Curitiba - Paraná Telefone: (41) 3363-0327
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abc vida
E-mail: nossojornal@ibb.org.br Site: www.ibb.org.br/nossojornal *Parte das fotos utilizadas são meramente ilustrativas. Os conteúdos e opiniões contidos neste material são de responsabilidade de seus autores.
DESTAQUE
03
Comissão do Senado desvia atenção de brasileiros Ainda não nos acostumamos às regras do acordo ortográfico (falido) que vigora desde 2008 e lá vêm novas “invencionices”. A Comissão do Senado que estuda abolir “ç”, “ch” e “ss” da Língua Portuguesa está tentando desviar nossa atenção de fatos relevantes! Estamos órfãos do acento das palavras voo, perdoo, enjoo. Estamos inconformados com a falta do trema em linguiça, enguiça e ainda nem aprendemos a usar corretamente o hífen e as aglutinações de algumas palavras, mas uma Comissão de Educação (note o grifo) do Senado já começou a pensar em novas mudanças, com a intenção de aproximar a linguagem escrita da linguagem oral. Desta forma, palavras como fasilitar (facilitar), aprendizajem (aprendizagem), vosê (você) e asim (assim) seriam comuns na escrita. Vamos no popular: “É pra acabar!” Até 12 de Setembro próximo, a tal comissão deve apresentar esta proposta e nós devemos ficar atentos para rejeitá-la com veemência. As mudanças do acordo ortográfico deveriam, obrigatoriamente, entrar em vigor até o final de 2012, mas tiveram o prazo prorrogado até 2016. O pior é que até agora muita gente não aderiu, e se aderiu, o fez sem concordar ou entender. “Além de reduzir o número de regras e exceções na língua, o objetivo da comissão é expandir o debate com a comunidade, especialistas e países que falam o português. O projeto estava entrando em vigor sem ter sido discutido no Brasil. A Academia Brasileira de Letras (ABL) estava fazendo uma reforma sozinha, de um jeito muito conservador. Então pedimos o adiamento do prazo de obrigatoriedade e montamos uma comissão para propor novas regras, simplificar a ortografia e, principalmente, padronizar
a gramática com outros países” — afirma o presidente da comissão, senador Cyro Miranda (PSDB-GO). A ausência do ç, do h e do ch tem a intenção de substituir o decorar pelo entender, dizem os diletos membros da comissão e querem simplificar a ortografia. No momento eles estão reunindo todas as sugestões possíveis e, depois farão audiências públicas. Para quem entende do assunto essa é uma ação típica de quem não tem nada para fazer e fica inventando propostas e projetos estapafúrdios. Para outros é uma cortina de fumaça que visa desviar o foco do tema mais inquietante do momento – a não reeleição de Dilma. Conheça regras que devem ser propostas pela CE. Fim do H no início da palavra: Homem – Omem Hotel – Otel Hoje – Oje Humor – Umor G fica som de “gue”: Guerra – Gerra Guitarra – Gitarra CH substituído por X: Chá – Xá Flecha – Flexa S com som de Z vira Z: Asa – Aza Brasília – Brazília
Base – Baze X com som de Z vira Z: Exame – Ezame Executar – Ezecutar C antes de E e I vira S: Censura – Sensura Cedo – Sedo Cidade – Sidade SS vira S: Gesso – Geso Fossa – Fosa SC antes de E e I vira S: Nascer – Naser XC com som de S vira S: Exceto – Eseto Excêntrico – Esêntrico Não existe idioma fácil ou difícil. O que existe, ou não, são boas escolas, bons professores, aprendizagem. O Brasil tem um sistema de aprendizagem extremamente deficitário, com alto índice de evasão das salas de aulas. Isso precisa ser mudado. Isso precisa ser corrigido. Deixem o nosso idioma em paz e tratem de trabalhar e, se quiserem mudar semântica ou nomenclatura mudem o nome de Língua Portuguesa para Língua Brasileira e aí sim, contem com o nosso apoio.
Priscila R. Aguiar Laranjeira – Professora, publicitária, escritora, editora. Membro da Igreja Batista do Bacacheri
04 CULTURA
Exodus Exodus é a história de um verdadeiro milagre: a volta dos judeus à sua terra natal após mais de 2000 anos de sofrimentos e perambulações pelo mundo. Nesse gigantesco sucesso de público e crítica, Leon Uris imortalizou a luta de um povo que nunca pediu desculpas por sua origem racial. Apenas exigiu o direito de viver com dignidade. Seus personagens não são as figuras caricatas que fazem parte do folclore universal - o negociante sovina, o médico brilhante ou a mãe judia. Uris mostra um povo que, munido apenas de muita fé e coragem, conquistou o que parecia incoquistável: a soberania de Israel. O livro é sem dúvida completo. O autor consegue descrever minuciosamente todas as fases pelas quaispassaram os judeus durante a segunda guerra, desde os guetos e seu cotidiano terrível até às artimanhas necessárias para a sobrevivência em uma época em que ser judeu era sinônimo de sofrimento e luta. Leon Uris recria o herói que não se abate perante as dificuldades e nos leva junto a bordo do navio que parte em busca de uma nova terra. É um livro que, quando termina, nos deixa com um sentimento de vazio por não podermos mais participar de toda essa epopéia.
Deus não está morto Aclamado por alguns e rejeitado por outros, “Deus não está morto” acabou bem-sucedido. Provavelmente por causa da propaganda em torno da frase, mas mesmo em seus atributos fílmicos é merecedor de elogios e um representante cristão de peso no cinema mundial. Quanto ao filme em si, pode-se dizer que além de cristão, é também anti-ateísta. Josh (um cristão), contra o professor Radisson (um ateu). Em sua aula de filosofia, Radisson declara que não pretende perder tempo discutindo a existência de um ser superior e para selar isso, todos os alunos precisam escrever a frase “Deus está morto”. Mas Josh não participa disso e é desafiado a defender a antítese “Deus não está morto” perante a turma. A trama do filme tem potencial, mas parece não ter sido bem aproveitada. A relação entre os personagens não é explorada, as suas histórias não se entrelaçam. Mesmo assim, cada história é contada de forma cativante, e o filme é enriquecido pelo simples fato de elas existirem. Nas críticas encontradas sobre o filme, muito se fala sobre os argumentos teístas e ateístas utilizados por Josh e Prof. Radisson. Tanto cristãos quanto não-cristãos concordam, na maioria, em uma coisa: Em ambos os lados os argumentos são fracos. Claro que, tratando-se de um filme de pouco menos de duas horas e com muita história para contar, não teria como fazer um debate profundo sobre apologética. Por esse lado, o filme foi bem-sucedido ao pincelar alguns tópicos como a criação do universo, o livre-arbítrio e a moral. Mas o público, sedento por argumentar e colocar o outro ponto de vista em cheque queria mais.
A nova MPB A “Bossa Nova” surgiu no Rio de Janeiro, no final da década de 50 e misturou-se à batida do samba brasileiro e ao Jazz americano. Mais tarde, a Bossa Nova transformou-se na marca do novo conceito musical, em que a letra tem grande importância. Associando grandes poetas a grandes compositores: Vinicius de Moraes, Luiz Bonfá, Chico Buarque, Tom Jobim, Baden Powel. Logo depois surge um estilo chamado Música Popular Brasileira (MPB), como uma nova geração dessa Bossa Nova, trazendo alguns artistas como Geraldo Vandré, Taiguara e Edu Lobo à tona. Quase sessenta anos depois, um novo estilo está sendo difundido, conhecida como a “Nova MPB”, esse estilo traz nossos ouvidos uma esperança quanto ao cenário musical brasileiro que estamos vivendo. A nova MPB surge como um pensamento diferenciado. É a mistura do novo, da tecnologia, com o que passou e ao mesmo tempo é muito presente na nossa música, considerando e ampliando referências. Mostrando que existe boa música sendo produzida hoje, e ganhando cada vez mais ouvintes. A banda curitibana Simonami, formada por um grupo de amigos, é um exemplo claro dessa nova linguagem. Com letras simples e ingênuas, mas muito marcantes, essas composições, que viajam em línguas estrangeiras vêm ganhando espaço no cenário nacional. Uma fuga despretensiosa da vaidade artística emplacada em grande parte dos contemporâneos. Normalmente as pessoas assumem o papel de artistas quando sobem aos palcos, neste caso, acho que os artistas assumem o papel de pessoas, fazendo o expectador se sentir parte da banda nos shows. Cantando e nos encantando com as belezas do cotidiano lúdico e majestoso das línguas, letras e sons. O novo álbum da banda, “Então Morramos” vem com um conjunto romântico de canções e um sentido mais orgânico à produção. Com gravação simples, rápida e produção de Vinícius Nisi (A Banda Mais Bonita da Cidade), “Então Morramos” passeia pela literatura e o imaginário pessoal de maneira gostosa e emocional, simplificando arranjos e abrindo mais espaço para as vozes muito bem aproveitadas em coros apaixonantes de “Janela” e “Nós-Um”, as grandes faixas do trabalho. Conquista o ouvinte exatamente por convidá-lo a fazer parte da roda de violões dos amigos. Há muito para se descobrir sobre o todo e o indivíduo de Simonami. Um suspiro de novidade para os mais duros ou um vendaval de sensações para os mais suaves. Fica a sugestão para conhecer a banda, no site deles (www.simonami.com.br) é possível baixar o novo álbum e no SoundCloud da banda existem diversas canções com uma roupagem que só se encontra por lá. Vítor Sampaio, membro da Igreja Batista do Bacacheri
EDUCAÇÃO 05
Elogie do jeito certo “Elogie do jeito certo” é o titulo que o professor e psicólogo Marcos Meier deu a um de seus artigos, ele descreve abaixo algumas dicas fundamentais para o desenvolvimento emocional das crianças: Recentemente um grupo de crianças pequenas passou por um teste muito interessante. Psicólogos propuseram uma tarefa de média dificuldade, mas que as crianças executariam sem grandes problemas. Todas conseguiram terminar a tarefa depois de certo tempo. Em seguida, foram divididas em dois grupos. O grupo A foi elogiado quanto à inteligência. “Uau, como você é inteligente!”, “Que esperta que você é!”, “Menino, que orgulho de ver o quanto você é genial!” e outros elogios à capacidade de cada criança. O grupo B foi elogiado quanto ao esforço. “Menina, gostei de ver o quanto você se dedicou na tarefa!”, “Menino, que legal ter visto seu esforço!”, “Uau, que persistência você mostrou. Tentou, tentou, até conseguir, muito bem!” e outros elogios relacionados ao trabalho realizado e não à criança em si. Depois dessa fase, uma nova tarefa de dificuldade equivalente à primeira foi proposta aos dois grupos de crianças. Elas não eram obrigadas a cumprir a tarefa, podiam escolher se queriam ou não, sem qualquer tipo de consequência. As respostas das crianças surpreenderam. A grande maioria das crianças do grupo A simplesmente recusou a segunda tarefa. As crianças não queriam nem tentar. Por outro lado, quase todas as crianças do grupo B aceitaram tentar. Não recusaram
a nova tarefa. A explicação é simples e nos ajuda a compreender como elogiar nossos filhos e nossos alunos. O ser humano foge de experiências que possam ser desagradáveis. As crianças “inteligentes” não querem o sentimento de frustração de não conseguir realizar uma tarefa, pois isso pode modificar a imagem que os adultos têm delas. “Se eu não conseguir, eles não vão mais dizer que sou inteligente”. As “esforçadas” não ficam com medo de tentar, pois mesmo que não consigam é o esforço que será elogiado. Nós sabemos de muitos casos de jovens considerados inteligentes não passarem no vestibular, enquanto aqueles jovens “médios” obterem a vitória. Os inteligentes confiaram demais em sua capacidade e deixaram de se preparar adequadamente. Os outros sabiam que se não tivessem um excelente preparo não seriam aprovados e, justamente por isso, estudaram mais, resolveram mais exercícios, leram e se aprofundaram melhor em cada uma das disciplinas. No entanto, isso não é tudo. Além dos conteúdos escolares, nossos filhos precisam aprender valores, princípios e ética. Precisam respeitar as diferenças, lutar contra o preconceito, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas. Não se consegue nada disso por meio de elogios frágeis, focados no ego de cada um. É preciso que sejam incentivados constantemente a agir assim. Isso se faz com elogios, feedbacks e incentivos ao comportamento esperado. Nossos filhos precisam ouvir frases como: “Que
bom que você o ajudou, você tem um bom coração”, “parabéns meu filho por ter dito a verdade apesar de estar com medo... você é ético”, “filha, fiquei orgulhoso de você ter dado atenção àquela menina nova ao invés de tê-la excluído como algumas colegas fizeram... você é solidária”, “isso mesmo filho, deixar seu primo brincar com seu videogame foi muito legal, você é um bom amigo”. Elogios desse tipo estão fundamentados em ações reais e reforçam o comportamento da criança que tenderá a repeti-los. Isso não é “tática” paterna, é incentivo real. Por outro lado, elogiar superficialidades é uma tendência atual. “Que linda você é amor”, “acho você muito esperto meu filho”, “Como você é charmoso”, “que cabelo lindo”, “seus olhos são tão bonitos”. Elogios como estes não estão baseados em fatos, nem em comportamentos, nem em atitudes. São apenas impressões e interpretações dos adultos. Em breve, crianças como essas estarão fazendo chantagens emocionais, birras, manhas e “charminhos”. Quando adultos, não terão desenvolvido resistência à frustração e a fragilidade emocional estará presente. Homens e mulheres de personalidade forte e saudável são como carvalhos que crescem nas encostas de montanhas. Os ventos não os derrubam, pois cresceram na presença deles. São frondosos, copas grandes e o verde de suas folhas mostra vigor, pois se alimentaram da terra fértil. Que nossos filhos recebam o vento e a terra adubada por nossa postura firme e carinhosa.”
Marcos Meier é mestre em Educação, psicólogo, escritor e palestrante. Em outubro ele estará conosco, na Igreja Batista do Bacacheri, no Encontro da Família. Mais informações infantil@ibb.org.br.
06 QUALIDADE DE VIDA
Mens sana in corpore sano
Mente sã em corpo são, citação antiquissíma em latim do poeta romando Juvenal, no primeiro século; muito antes de estudos desvendarem a relação verdadeira entre corpo e mente. Vamos a uma situação hipotética. Três mulheres estão dentro de um elevador que de repente, para entre dois andares. Uma fica desesperada e imediatamente começa a chorar e gritar. A segunda parece congelada; nada faz, nada fala; nenhuma reação. Passados alguns minutos após terem sido libertadas do elevador ela tem uma crise nervosa e parece que enfim entende o que realmente aconteceu. A terceira mostrou um tremendo autodomínio, consolando e orientando suas companheiras de infortúnio. Por que as pessoas têm diferentes reações a uma mesma circunstância? Os psicólogos e estudiosos do comportamento humano apresentam várias explicações para as ações e reações dos indivíduos. Diferenças de personalidade, influências do meio ambiente e outras variáveis são apontadas como responsáveis pelo comportamento frente às incontáveis possibilidades enfrentadas no dia a dia. Este é sem dúvida um assunto da área psicológica que sinceramente eu nem arrisco opinar. BIOPSICOLOGIA Apresentei esta introdução para podermos pensar sobre o peso que as atitudes que tomamos em relação aos estímulos externos exercem sobre a nossa saúde. Uma ciência que vem tomando corpo ultimamente é a biopsicologia, que é o estudo desta estreita correlação entre a mente e o corpo. A biopsicologia busca informações através de estudos que esclareçam até que ponto o que fazemos ou deixamos de fazer com nosso organismo influencia a nossa mente e vice versa. O QUE ACONTECE NA FISIOLOGIA DO CORPO HUMANO? – NEUROTRANSMISSORES Podemos dizer, em linguagem bastante simples,
que o cérebro “conversa” com todas as células do corpo humano. Na prática ocorre uma vinculação do impulso nervoso com as células, cuja conexão depende de substâncias chamadas neurotransmissores. Os neurotransmissores são as pontes que viabilizam o contato que vai determinar o comportamento das células, tecidos e em consequência, todo o organismo. Existem milhões de neurotransmissores, vamos exemplificar com algumas destas substâncias. 1- Ficamos relaxados e com sono quando um hormônio chamado melatonina é liberado. Isso ocorre quando nosso cérebro lê a informação que o corpo passa ele de que está sobrecarregado por um dia inteiro de atividades de naturezas mental, física ou ambas. O resultado é a solicitação de repouso para a restauração do sistema como um todo. 2- O hormônio ocitocina tem relação com o prazer das relações afetivas e especificamente para as mulheres que estão amamentando. 3- Quando nos exercitamos fisicamente, ocorre a liberação de várias substâncias. Dentre elas a endorfina que gera uma sensação de prazer. Também quando estamos apaixonados são os hormônios que nos levam às nuvens. No fato narrado acima, as duas mulheres que se descontrolaram, cada uma a seu tempo, derramou uma elevada dose do hormônio cortisol na corrente sanguínea. Certamente aquela que se manteve calma não recebeu carga significativa do hormônio. Este hormônio está associado a situações de estresse e provoca aumento significativo na pressão arterial. Ele também aniquila células do nosso hipocampo (região do cérebro responsável pela memória). Em consequência, cada vez mais pessoas esquecem fatos, perdem compromissos, como por exemplo, aquela importante reunião que você não sabe como foi esquecer de ir ou onde foi que você largou
a chave do carro. Coisas assim não acontecem somente com os idosos, por que será? O sistema imunológico é o primeiro a sofrer as consequências do acúmulo de estresse. Ele tornase vulnerável a vírus e bactérias que facilmente se instalam, pois as defesas biológicas estão deficitárias no combate aos invasores. O QUE PODEMOS E DEVEMOS FAZER URGENTEMENTE Algumas mudanças podem trazer benefícios à nossa qualidade de vida. Lembramos que um mal que cada vez mais aflige o mundo chama-se depressão, que é o canal contrário a tudo o que podemos aspirar para uma boa saúde. Segundo Freud, a depressão é uma agressão voltada para dentro do ser humano. Nada mais certo do que esta afirmação; no entanto ela pode e deve ser revertida. Veja algumas dicas: 1- Enfrentar a vida com uma perspectiva positiva talvez seja a melhor decisão a ser tomada. 2- Boa alimentação ajuda, pois proporciona a entrada de nutrientes saudáveis que podem gerar células saudáveis. 3- Atividades físicas, além de liberarem hormônios do bem estar também desintoxicam o organismo. 4- Repouso adequado recupera as energias e o bom humor (poucos conseguem acordar bem humorados depois de uma noite mal dormida). Vários ajustes fisiológicos só podem ser realizados durante o sono. 5- Uma vida cristã visa a busca da paz de espírito que é fundamental para combater o estresse. “...lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” I Pedro 5.6-7 “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal”. Mateus 6.34 Fred Branco, membro da International Church of Curitiba
OPINIÃO 07
recessão técnica no Brasil No dia 29 de Agosto de 2014, o IBGE divulgou a queda do PIB, em 0,6% em relação ao primeiro trimestre do ano. Além disso, o que tinha sido divulgado como crescimento a respeito do primeiro trimestre, foi corrigido para uma queda de 0,2% em relação ao último trimestre de 2013. Por dois meses consecutivos o PIB brasileiro apresentou queda, de forma similar ao que aconteceu em 2008, por ocasião da crise financeira internacional. A diferença que temos em relação àqueles dias, é que a queda do PIB vem acompanhada de elevação significativa na taxa de juros básica da economia, e na gradual e insistente elevação das taxas de inflação. O cenário agora é muito mais crítico e preocupante, pois o Brasil entra num estado de recessão técnica, linguagem que analistas econômicos usam para designar uma tendência de decréscimo da atividade econômica da nação, e que pode ser confirmado nos períodos posteriores. Isto é uma péssima notícia. Mas afinal, como isto afeta a nossa vida? O PIB – sigla de “Produto Interno Bruto” é a soma de todas as riquezas produzidas pelo país em todas as áreas de atividade econômica, ou seja, é a soma do que as indústrias produzem, dos serviços prestados, e do produto gerado pelo nosso trabalho. O PIB indica a maneira como o país está produzindo recursos e bens que serão distribuídos pela sua população, e sua capacidade de manter o crescimento econômico. Um PIB crescente sinaliza saúde para economia, mas para que isto se confirme, alguns outros fatores precisam caminhar juntos. A expectativa do crescimento do PIB de 2014 já foi revisada para baixo várias vezes, e as últimas notícias apontam para um crescimento de 0,4% ao ano. Segundo levantamento do IBGE, a taxa de crescimento da população entre 2000 e 2010 obteve média de 1,17%. Supondo que esta taxa de crescimento populacional esteja mantida, uma comparação simples mostra que, se a economia cresceu menos que a população, esta ficou com menos recursos e, portanto, empobreceu. Além disso, PIB em declínio mostra que as oportunidades de emprego e trabalho estão reduzindo também. O agravante é o recrudescimento da inflação. O fato de pagarmos preços cada vez mais altos pelos mesmos produtos corrói a renda que já está em queda e gera grandes dificuldades para a manutenção do consumo mínimo necessário às famílias. Este conjunto de PIB em declínio e inflação em alta é o que os economistas chamam de “estaginflação”, uma condição absolutamente indesejada, pois mostra que o país não cresce e mesmo assim os preços sobem. A equação é simples, menos dinheiro para produtos cada vez mais caros e escassos. Ou seja, inicia-se um ciclo de empobrecimento da nação. Infelizmente, estamos colhendo os frutos de uma governança nacional que escolheu a contínua elevação dos gastos públicos ao invés de investimentos nas condições para estimular o país a produzir, o que geraria mais bens e serviços, ampliando assim a oferta e a renda. Embora preponderante, é evidente que outras decisões de gestão da economia contribuíram para a realidade que enfrentamos agora, mas o espaço é curto para explicá-las. Alguns de já sentem os efeitos desse quadro, outros ainda vão sentir. De uma forma ou outra, todos nós colhemos resultados da falta de crescimento no país e suas consequentes mazelas. Como cidadãos, nos cabe reconhecermos os fatos, e fazermos escolhas que possam mudar os rumos da economia do Brasil. Ao decidirmos em quem votar nos próximos dois meses, vamos cuidar para que as propostas que receberem a nossa confiança sejam capazes de colocar novamente o nosso PIB e a economia no caminho certo! Douglas Pie, economista e membro da Igreja Batista Memorial de Curitiba
Igualdade de gênero
na política e o desenvolvimento do país
A baixa representação das mulheres na política agrava a desigualdade de gênero no Brasil. A avaliação está no Relatório de Desenvolvimento Humano de 2014, divulgado em julho pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). De acordo com o Pnud, o Brasil ficou em 85º lugar no Índice de Desigualdade de Gênero, com nota 0,441. O indicador varia de 0 a 1, com o valor mínimo atribuído a sociedades com menos disparidades entre homens e mulheres. O indicador é baseado em cinco dados: taxa de mortalidade materna, fertilidade na adolescência, proporção de mulheres no parlamento nacional, percentual de mulheres e homens com educação secundária e taxa de participação de mulheres e homens no mercado de trabalho. Em relação ao mercado de trabalho, há uma diferença considerável entre os sexos, com 59,5% das mulheres de mais de 15 anos trabalhando, contra 80,9% dos homens. Porém, a maior lacuna está na representação política. Hoje, apenas 9,6% dos assentos no Congresso Nacional são ocupados por mulheres. Enquanto pesquisava mais informações sobre o tema, no próprio portal do Governo descobri argumentos claros e objetivos para justificar a necessidade do empoderamento feminino na política. Com duas perguntas simples podemos esclarecer: Porque há tão poucas mulheres no poder? A política institucional, ou seja, os espaços de poder clássicos dos sistemas políticos democráticos – Legislativo, Executivo e Judiciário – é uma das esferas sociais das quais as mulheres estão mais afastadas. A política é historicamente dominada por homens e, ainda, as mulheres têm dificuldades em vê-la como um campo do qual podem se apropriar. Uma possível explicação para isso considera duas vertentes: de um lado, os papéis de gênero tradicionais e a divisão sexual do trabalho; de outro, a exclusão promovida pelo próprio campo político. Por que é preciso ter mais mulheres no poder? Primeiramente porque se trata de uma questão de justiça de gênero, mulheres tão representadas quanto homens. Pode-se argumentar também que a presença de mulheres traz efeitos benéficos para as práticas políticas, o que tem sido respaldado por estudos e pesquisas. Porém, antes de tudo, é por uma questão de justiça democrática que precisamos garantir a nossa inserção em condições de igualdade no sistema político. BOAS NOTÍCIAS E para fechar, boas notícias para a próxima eleição. Outubro está chegando e o cenário é melhor do que há quatro anos. O número de mulheres em disputa por algum cargo nas Eleições Gerais deste ano é 46,5% maior do que em 2010. Até semana passada, os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostravam que no universo de quase 25 mil candidatos em todo o Brasil, 7.407 são do sexo feminino, representando 29,73% do total de concorrentes em 2014. Na Eleição de 2010, eram 5.056 candidatas (22,43%). * É importante destacar que os dados do Sistema de Divulgação de Candidaturas (Divulga Cand 2014) estão sujeitos a atualização, sendo que eventuais números podem apresentar alterações em futuras consultas.
Suelen Lorianny, jornalista e membro da Igreja Batista do Bom Retiro
08 CAPA
A campanha eleitoral para a corrida ao Palácio do Planalto, aos governos estaduais, ao Senado e à Câmara dos Deputados iniciou-se oficialmente em Agosto, logo após o velório, quase um palanque de comício, do candidato Eduardo Campos. Os programas, como era de se esperar, fizeram menções e homenagens. Tudo muito justo, principalmente em se tratando de um homem jovem, político em ascensão e pai de cinco filhos; sem mencionar as demais vítimas do acidente, que também eram esposos, filhos e pais. Uma tragédia que alcançou proporções homéricas e chegou até a imprensa internacional e mudou o cenário das eleições de 2014. Dados davam como certo um segundo turno entre a candidata do PT e atual presidente da República, Dilma Rousseff, e o senador do PSDB Aécio Neves. Com a morte de Eduardo Campos, nada mais está tão claro e os melhores analistas avaliam e pesam prós e contras. O crescimento da candidata do PSB – Marina Silva, apenas uma semana após a morte de Campos mostra que os brasileiros indecisos e os que planejavam votar nulo tomaram uma decisão e optaram por uma tentativa de mudança. Para piorar o quadro, a presença dos principais candidatos nas maiores emissoras de TV abertas do país, mostram desempenhos fracos, confusos e com dados que misturam ficção, inverdades, pretensão e arrogância sem limites. Em tempos de informação instantânea e de ferramentas de busca cada vez mais atualizadas e ágeis, só a ação criminosa alterando perfis e adulterando informações poderá impedir ao cidadão o acesso às respostas verdadeiras e dados concretos. Se para a presidência a disputa está acirrada, para governar os estados não está muito diferente. Figurinhas tidas como tarimbadas e garantidas estão obtendo uma baixa aceitação, o que sinaliza que os brasileiros estão profundamente insatisfeitos com o
desempenho do poder atual e não querem repetir erros cometidos nas eleições anteriores. As pesquisas dos mais sérios institutos mostram dados conflitantes, por exemplo: um candidato com baixos índices de intenções de voto obtém alto índice de aprovação. Pode? Não! Tem quer ser coerente, uma coisa depende da outra, ou seja, serão reeleitos aqueles que fizeram um bom trabalho e que merecem continuar representando o povo. Eleição é coisa séria, mas no Brasil ganha tom de piada e vários candidatos mostram total incapacidade para entender a importância de representar seu eleitorado. Já tivemos costureiros famosos, palhaços, jogadores, médicos e outros que entraram no jogo político cheios de boa fé e boas intenções. Alguns saíram ilesos, uns se aliaram à máquina, outros buscaram informação e conseguiram até ser reeleitos várias vezes, e ainda outros, desistiram, totalmente desiludidos. A maquiagem foi iniciada. Os índices de inflação, altíssimos até a primeira quinzena de Agosto, aparecem sob controle desde então; os aumentos foram adiados e diversas isenções de impostos foram anunciadas. O povo brasileiro carente de bons líderes, não investe em assistir ao horário eleitoral, acha chato, cansativo e uma tremenda perda de tempo. Será? Se assim fosse não haveria tantas coligações visando ampliar o tempo de exposição na mídia. Jingles chicletes e propagandas virais estão sendo preparadas para grudar em nossos ouvidos e nos levar a votar naqueles que mais marcaram presença. O que precisamos fazer é ouvir com atenção o que cada candidato tem a dizer e até procurar nas entrelinhas. Não adianta apenas usar palavreado inadequado para criticar e xingar este ou aquele candidato, precisamos ouvir para entender o que eles estão prometendo e se essas promessas são viáveis. Ao escolher um candidato, devemos atentar ao que ele está propondo e,
uma vez eleito, ficarmos atentos ao cumprimento das promessas. Quem promete e não cumpre deve ser riscado do nosso caderninho de opções. Em tempos de eleições, não basta gritar e falar mal daqueles que julgamos incompetentes, é preciso buscar saídas, avaliar projetos, conhecer os candidatos, pesquisar a ficha de cada um e saber quais foram suas realizações e, só depois decidir em quem votar. O título eleitoral pode ser o maior instrumento à nossa disposição para uma mudança real e significativa, portanto vamos fazer uso de nosso voto de maneira consciente. O que preocupa, no entanto, é o silêncio dos inocentes – crianças vítimas de abusos; mulheres espancadas física e verbalmente; homens assassinados em frente aos seus filhos; idosos esquecidos em cubículos; pessoas morrendo nas portas dos hospitais e nenhuma atitude adotada para mudar o quadro; doentes esperando horas a fio nas macas e em corredores por um atendimento que pode não chegar a tempo. Quem falará por eles? Quem brigará por eles? Quem os representará? Pense muito antes de votar e faça-o com convicção, com a certeza de que está escolhendo o melhor. Quando Jesus Cristo, o Filho de Deus esteve aqui ele foi a voz que falou para os excluídos; foi a mão estendida àqueles que estavam famintos e sedentos de justiça; foi o braço aberto para abraçar e não condenar. Jesus foi o amor traduzido em ação. Ele não derrubou o império opressor da época com armas e batalhas, mas o fez com Sua vida e com Seu sacrifício pessoal. Ele é o exemplo, o modelo. Um verdadeiro líder, um verdadeiro representante das massas não se preocupa consigo mesmo, ele serve e quando o faz, age com alegria e determinação pensando no bem do seu povo. Jesus, este é o homem. Nele a gente pode confiar.
Priscila R. Aguiar Laranjeira – Publicitária, professora, escritora, editora. Membro da Igreja Batista do Bacacheri
VIDA UNIVERSITÁRIA 09
Oh! Canadá! O segundo maior país do mundo também é um lugar incrível para viajar, estudar e viver. Estamos dando a volta ao mundo através desta coluna. Passamos pela Inglaterra, falamos de Austrália e Nova Zelândia e agora a próxima parada é o Canadá. Esse país gigante da América do Norte é o segundo maior do mundo, perdendo apenas para a Rússia. Separado em duas partes, hoje em dia essa nação tem uma parte francesa, onde o francês é a língua oficial e a parte multicultural, onde o inglês é a língua oficial. Conhecido por sua atitude sempre pacífica para com os conflitos internacionais, ele é um país muito novo. Fundado em 1867, o Canadá dependeu por muito tempo de imigrantes para ajudar a construir a grande nação que é hoje, incluindo nativos britânicos, irlandeses, italianos, alemães, ucranianos e franceses, além de muitas outras nações que foram muito bem recebidas no Canadá. Por isso mesmo, eles se orgulham de ser um “mosaico canadense”. Por esse lado da história, podemos dizer que o Brasil é muito parecido, não é mesmo?
Essa fama de ser um país pacífico e aberto a novas culturas chama muito a atenção de jovens e famílias buscando opor tunidades fora do Brasil. Principalmente pela promessa de que lá as pessoas não vivem em medo constante, que infelizmente é a realidade de muitos brasileiros. Há alguns anos a possibilidade de começar a vida no Canadá era muito mais simples de se tornar realidade. Hoje em dia é necessário passar por um processo burocrático um pouco longo e cansativo. Falando em processos, em maio deste ano um tipo de visto ideal para Brasileiros foi cancelado. Ele permitia ao estudante frequentar uma escola de inglês e no contraturno trabalhar para ajudar nos gastos que todo estudante tem. Por isso hoje existem outras opções, ou você vai para estudar inglês por um curto período, e nesse caso você pode ir com visto de turismo e a outra opção é estudar mais tempo, neste caso se o período for superior a 03 meses, é necessário um visto de estudos. Quem quer
trabalhar no Canadá precisa solicitar um visto específico que exige uma carta convite de uma empresa canadense, além de várias exigências diferentes. Uma delas é um exame com um médico certificado pela Embaixada Canadense. Diferente dos Estados Unidos, você não precisa ir até o Consulado para participar de uma entrevista. Todo o processo é feito pelo correio e normalmente através de um despachante. Esse processo exige várias comprovações financeiras e de laços com o Brasil, além de, em muitos casos, exigir o exame médico. Por isso, sempre recomendamos paciência e muita disposição para juntar toda a papelada, e por essa razão não é recomendado fazer esse processo sozinho. Sempre procure um despachante ou uma agência de confiança e com experiência. Mas acredito que se informar e saber para onde se está indo e qual é o propósito, sempre são passos essenciais ao planejar uma viagem de curta ou longa duração no exterior.
Chica Baptista, empresária e membro da Igreja Presbiteriana do Guabirotuba
10 CULINÁRIA
Está chegando a primavera
O sol brilha lá fora e a primavera se anuncia trazendo um delicioso cheiro de flores. As receitas desta edição são deliciosas e vale muito a pena experimentar, surpreender e agradar sua família.
Bolo Kit Kat Massa: · 1 xícara (chá) de leite morno · 3 ovos · 4 colheres (sopa) de margarina · 2 xícaras (chá) de açúcar · 1 xícara (chá) de chocolate em pó · 2 xícaras (chá) de farinha de trigo · 1 colher (sopa) de fermento químico em pó Recheio (mesmo usado na lateral do bolo): · 1 lata de leite condensado · 1 lata de creme de leite · 1 colher (sopa) margarina · 3 colheres (sopa) chocolate em pó Cobertura: · 1 xícara (chá) de açúcar · 3 colheres (sopa) de amido de milho · 5 colheres (sopa) de chocolate em pó · 1 xícara (chá) de água · 3 colheres (sopa) de margarina · 1 pacote de confete de sua preferência Lateral · 12 pacotes de chocolate Kit kat · Laço de fita para amarrar o bolo MODO DE PREPARO Massa: Bata bem todos os ingredientes da massa no liquidificador. Coloque em uma forma redonda, untada com manteiga e polvilhada com farinha de trigo. Asse por cerca de 40 minutos em forno médio (180ºC), pré-aquecido. Faça 2 massas. Recheio: Faça um brigadeiro com o leite condensado, o chocolate em pó e a margarina e depois de tirar do fogo e esfriar um pouco, misture o creme de leite, até ficar uma massa cremosa. Pode levar ao congelador um pouco para dar maior consistência. Monte: Bolo de chocolate, recheio, bolo de chocolate. Na lateral do bolo passe o mesmo recheio e em cima cobertura (não tem problema misturar a cobertura de cima com a da lateral do bolo, pode até espetar o bolo com garfo para ficar mais molhadinho. Depois separe o Kit Kat um por um e “grude” na lateral do bolo. Coloque os confetes em cima e amarre o bolo com um laço de fita (bom pra firmar bem os chocolates em volta). Está pronto.
Bolo de macarrão INGREDIENTES · 250g de macarrão, cozido como para macarrronada · 4 ovos batidos como pão de ló · 1 1/2 copo de leite · 1 colher (sopa rasa de amido de milho) · 1 pires de queijo fresco ralado · 1 collher de sopa de margarina · bacon a gosto MODO DE PREPARO Misturar tudo e levar ao forno, para assar.
Muffins de banana INGREDIENTES · 2 xícaras (chá) de açúcar · 3 xícaras (chá) de farinha de trigo · 2 colheres (sopa) de canela · 1 colher de( sopa) de bicabornato · 3 ovos inteiros · 3 xícaras (chá) de banana amassada · 1 xícara (chá) de nozes picada · 1 xícara (chá) de óleo · 1 colher (sopa) de baunilha MODO DE PREPARO Misturar tudo, colocar em forminha de papel, dentro da forminha de alumínio. Levar ao forno.
Penha Lustosa, contadora, cozinheira experimental e membro da Igreja Batista da Alameda
BRASIL 11
Convenção Batista Brasileira
se manifesta a respeito do decreto 8.243
DECLARAÇÃO DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA A RESPEITO DO DECRETO N. 8.243, DE 23 DE MAIO DE 2014. 1. A Denominação Batista recebeu com preocupação o Decreto n. 8.243/2014. Cuida-se de uma legislação carregada de ideologia contrária aos valores democráticos, à divisão dos poderes e aos pilares de um Estado voltado à consecução do bem comum e comprometido com os valores da cidadania. 2. A consideração da “sociedade civil” esmaece a pessoa humana uti singoli e o cidadão em sua ingente dignidade. Compreendida não apenas como o conjunto dos “cidadãos”, mas também e principalmente como conjunto dos entes “coletivos, movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados, suas redes e suas organizações”, a definição legal permite a inclusão no conceito de entidades e movimentos sociais oportunistas, deslegitimados, adredemente criados para encaminhamento de demandas episódicas, particulares e contrárias aos valores sociais médios, comuns e majoritários. Tais movimentos, com ligação direta com o Governo e com a realização da Administração Pública, condicionarão e validarão as ações governamentais. Com a dinâmica estabelecida pelo Decreto, a legitimidade das decisões de gerenciamento da coisa pública pelos órgãos e entidades federais estará diretamente ligada à consulta prévia a tais entes coletivos, com a vigilância permanente da Secretaria-Geral da Presidência
da República (art.5o., pars. 1o. e 2o., do Decreto). É extremamente preocupante permitir“coletivos, movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados, suas redes e suas organizações” interfiram na própria Administração Pública. 3. A Denominação Batista não admite e abjura que uma Política Nacional de Participação Social tenha como diretriz geral e objetivo a “ampliação dos mecanismos de controle social” (art. 3o., V, do Decreto). 4. Entende a Denominação Batista que a administração pública deve ser voltada ao interesse comum, com foco fechado na eficiência e qualidade do serviço público, como modo de concretização de um regime democrático e, justamente por isso, com reduzida intervenção de cunho político-ideológico. Compreende, assim, que nenhum governo pode, a pretexto de realização da gestão pública, criar instrumentos de controle e mecanismos de aparelhamento ideológico do Estado no objetivo de implementar ações voltadas aos interesses coletivos e comuns. 5. Por compreender que o Poder Legislativo compõe o tripé democrático e legitimador do funcionamento do Estado, espelhando o consenso social porque aglutinador dos plúrimos e multifacetados interesses individuais e sociais, a Denominação Batista repele a pretensão do Decreto de esvaziar o Legislativo de sua função democrática para instituir um meio direto de gestão pública subordinada à “Mesa de Monito-
ramento das Demandas Sociais, instância colegiada interministerial responsável pela coordenação e encaminhamento de pautas dos movimentos sociais e pelo monitoramento de suas respostas” (art. 19 do Decreto). Trata-se de uma espécie de parlamento ou bancada pública para audição e acatamento das “pautas dos movimentos sociais”, o que indica muito bem o auditório com que se pretende interlocução: não é a sociedade civil ainda que complexamente compreendida, mas sim os“movimentos sociais”, não raras vezes comprometidos e subsidiados pelo próprio Estado. Não é próprio de um regime democrático de direito a criação, por governante de qualquer sorte de ideologia, de legislação que enfraqueça o Poder Legislativo e crie um poder paralelo com funções legislativas, com ingerência direta na máquina pública federal em total arrepio dos princípios constitucionais vigentes. O aludido Decreto compromete, portanto, a lisura de todo o processo de gestão, pois se esvazia o Poder Legislativo ao tempo em que se transferem e subordinam as decisões da administração pública a órgãos paralelos com grande carga ideológica. em conexão direta e privilegiada com uma suposta sociedade civil, integrada privilegiadamente pelos “coletivos, movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados, suas redes e suas organizações”. A Denominação Batista, assim, opõe-se ao Decreto n. 8.243, de 23 de maio de 2014, manifestando-se publicamente por sua rejeição pelas Casas Legislativas.
L. Roberto Silvado, presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB) e pastor da Igreja Batista do Bacacheri. Sócrates Olivera de Souza, pastor e diretor executivo da CBB.
12 REFLEXÃO
Como você está
construindo seu futuro? Uma frase atribuída ao poeta José Martí, diz: “Há três coisas que um homem deveria fazer na sua vida: plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro”. Essas são as concepções do poeta cubano sobre os planos de uma vida aqui na Terra. Você já parou para pensar o que quer conquistar nessa vida? Até onde quer ir? Tudo que plantamos hoje, colheremos algum dia. Por isso, todos os dias construímos um futuro. Lembro-me da história de três trabalhadores em uma obra. Um senhor passava por um canteiro de obras e, em meio à confusão de máquinas e materiais, avistou três trabalhadores. Observando aquela construção, o senhor perguntou: “O que está fazendo?”, o primeiro trabalhador respondeu: “Estou fazendo concreto”. Seguindo, o senhor abordou o segundo trabalhador e disse: “O que está fazendo?”, o homem, curioso, respondeu: “Estou levantando uma parede”. O senhor ainda não satisfeito, perguntou ao terceiro homem: “O que está fazendo?”, o terceiro trabalhador, já ancião, respondeu com orgulho: “Construo uma catedral”. Os três homens estavam envolvidos no mesmo processo de misturar areia e cimento. O primeiro se importava com a tarefa que tinha em mãos, o segundo conhecia o seu próximo passo, mas o terceiro tinha consciência de onde queria chegar. É como acontece em nossas vidas quando possuímos um alvo. Mas além desta vida, devemos nos preocupar com a vida Eterna e com as coisas do eterno. O nosso coração deve ser voltado para lá. E o que temos feito para isso? O que temos plantado? O que já estamos construindo, pensando na vida após a morte? Que nossos passos sejam principalmente baseados no eterno; que o nosso coração esteja em Jesus “que pode fazer todas as coisas e nenhum de Seus planos podem ser frustrados” (Jó 42.2). Nathaniel Brandão, presidente do Lar Batista Esperança e membro da Igreja Batista do Bacacheri
Espaço dedicado a divulgação do Lar Batista Esperança – Uma entidade social que atende crianças e adolescentes em situação de risco. Atualmente atende, aproximadamente, 120 crianças e mantida por doações espontâneas. Conheça mais no site www.lbe.org.br.
Direção
certa Estávamos voltando para Curitiba passando por um caminho que liga dois bairros da cidade. À primeira vista, parecia ser o melhor trajeto, já que economizaríamos um trecho da estrada. Pareceu-me a melhor opção, era só virar à direita na próxima rua e seguir em frente. Chegando à rua específica, havia uma placa dizendo “Desvio, vire à esquerda, siga em frente”. Quadras e mais quadras, todas absolutamente iguais, interrompidas por uma reforma no asfalto. Quando consegui virar à direita novamente, estava fora da rota e não sabia mais por onde deveria ir. O nosso destino estava à direita ou à esquerda? Para quem iríamos perguntar? Vi na placa do carro que estava à frente: “Florianópolis”. Será que eles sabiam para onde estavam indo? Ou será que eles estariam confiantes na rota dos carros com placa de Curitiba? Uma coisa era certa, eu estava totalmente perdido. Chegamos ao final de uma rua e havia uma placa com indicações para os dois lados, deixando-nos ainda mais confusos. Então o carro da frente virou à esquerda e nós seguimos a mesma direção. Aquela noite estava chuvosa e não havia quase nenhuma iluminação pública, e assim foi uma luta até chegarmos a um terminal conhecido. Mas depois de toda aquela confusão fiquei pensando, se eu tinha um GPS no carro, por que não liguei? Não teria sido muito mais fácil ter encontrado o caminho com ele? Será que em nossas vidas, não estamos procedendo da mesma maneira? Se temos um “GPS” que é a Bíblia, onde encontramos todas as orientações que precisamos, por que insistimos em navegar com ele desligado? E, às vezes, ao encontrarmos situações difíceis, continuamos em frente com o risco de nos perdermos? Muitas vezes, também levamos outros à perdição junto conosco. Não seria muito mais fácil consultar o mapa, seguir as orientações corretas, navegar seguro? Ter a certeza que ao final encontraremos Aquele que realmente importa, em vez de tentarmos caminhos que não levam a nada? Não devemos buscar atalhos, buscar caminhos imediatos, navegar por nossas próprias intuições ou sozinhos. O que buscamos é simples e está ao acesso de todos: a Palavra de Deus. A Bíblia é o único GPS a ser seguido. Que não desviemos a nossa atenção dela. Osmahir Pereira Rosa, membro da Igreja Batista do Bacacheri.
SAÚDE 13
Alimentação saudável para crianças e adolescentes atividade física e reduzir o tempo gasto com atividades sedentárias (televisão, videogames, computador- máximo 2h/dia); estimular hábitos alimentares e estilo de vida adequado para TODA A FAMÍLIA; importante ler e interpretar os rótulos dos alimentos industrializados (observar o teor de sódio - sal, quantidade de calorias, açúcares e gorduras, presença de conservantes (como os nitratos que se transformam em nitritos, aumentando o risco de câncer) e aromatizantes em especial de corantes como tartrazina, benzidina e laranja B, tais produtos estão associados a manifestações alérgicas e os últimos ao aumento da incidência de câncer de bexiga). Nunca nos esqueçamos dos agrotóxicos, pois são grandes responsáveis por doenças de pele, câncer e sequelas neurológicas. Maior concentração de energia e maior oferta nutricional deverão ocorrer nas duas refeições principais: almoço e jantar. O conteúdo dos lanches não deverá ser superior a 20% da recomendação nutricional diária, como orienta o Programa Nacional de Alimentação Escolar PNAE (MEC – Min. Saúde). Ao escolher os alimentos com o auxílio da pirâmide alimentar, devemos proporcionar o máximo de nutrientes de risco para estas faixas etárias que são: Ferro, Cálcio, fibras, Zinco, Vitamina A e Vitamina D. Especificamente para o Cálcio (recomendação de consumo: 800 mg/dia), temos: 2 xícaras de leite integral (250ml) – 580mg; 1 fatia de queijo branco (30g) – 205mg; 1 unidade média de mamão – 62mg. São alimentos consumidos preferencialmente no café da manhã ou nos lanches, por isso a quantidade deste nutriente deve ser cuidadosamente observado. Fundamental o cuidado com a higiene do lanche da escola, desde a forma do preparo, bem como armazenamento, transporte, manipulação e dispensação sob condições seguras: lavar as mãos constantemente, quem prepara e quem se alimenta; manter limpas todas as superfícies da cozinha e refeitório; deixar os alimentos longe dos outros materiais da escola; guarde tudo separado e bem embalado, para que o cheiro do sanduíche não interfira no gosto da fruta, por exemplo. As frutas devem ser lavadas, imergidas em solução clorada, secas e embaladas em filme plástico; sempre utilize lancheiras de material
térmico para manter a qualidade dos alimentos. Se a criança levar suco de fruta natural, este deve ficar em garrafa térmica para que não perca as vitaminas. Os alimentos industrializados devem ser observados quanto ao prazo de validade, as embalagens íntegras e condições de armazenamento quanto à exposição ao calor e luz. Quando a criança chega da escola, é hora de verificar a lancheira, ver o que ela comeu, limpar os recipientes e acessórios. Todos os dias, deve ser passado pano com água e álcool, e uma vez por semana a higiene deve ser com água e detergente. Não poderá faltar no lanche da escola: um líquido (suco, chá, água de coco, engarrafados ou em embalagem tetra-pack, preferencialmente sem açúcar); uma fruta fresca da época – reguladores (prática para consumir com casca ou cuja casca pode ser retirada com facilidade – maçã, banana, pêra, morango, uva, tangerina, goiaba, pêssego, ameixa); um tipo de carboidrato – fonte de energia (pães: integral, forma, sírio), bolacha doce ou salgada sem recheio, bolo caseiro, barra de cereais, geleia de frutas e mel (cuidado com a quantidade, é apenas um lanche); um tipo de proteína – construtores (lácteas – queijos, requeijões, iogurtes, achocolatados), somente se for possível manter em temperatura adequada. O que não deve entrar na lancheira: snacks e salgadinhos de pacote, refrigerantes, isotônicos, balas, chocolate, bolos com recheios e cremes, frituras, bolacha recheada.
Samyra Machado Barros, médica da Policlínica e membro da Igreja Batista do Bacacheri Lanche Saudável - Manual de Orientação (Departamento Científico de Nutrologia – Sociedade Brasileira de Pediatria)
Departamento Científico de Nutrologia – Sociedade Brasileira de Pediatria
A faixa de transição entre infância e adolescência (6 a 10 anos) é um período de intensa atividade física, ritmo de crescimento constante e ganho mais acentuado de peso próximo ao estirão do crescimento (adolescência). Dependendo do padrão dietético e da atividade física, as crianças nesse período podem ficar obesas, por isso a qualidade e a quantidade da alimentação devem ser adequadas à necessidade diária. É comum o excesso de consumo de alimentos calóricos e pouco nutritivos associado ao sedentarismo. É importante estimular o consumo de leite e derivados para atingir as necessidades de cálcio e restringir o de refrigerantes, sucos e bebidas a base de soja. Evitar o consumo de alimentos industrializados ricos em gorduras, sal e açúcares, incluindo enlatados, embutidos, salgadinhos, condimentos e comidas congeladas. Restringir o tempo de atividades sedentárias como assistir televisão e uso de computadores e games para no máximo 2 horas por dia. Os alimentos devem prover energia e nutrientes em quantidade e qualidade adequadas ao crescimento, ao desenvolvimento e à prática de atividade física. É necessário incluir todos os grupos de alimentos, conforme a pirâmide alimentar. Priorizar o consumo de carboidratos complexos (arroz, batata, pão, massa e fibras), que devido ao tamanho de sua molécula, são digeridos e absorvidos lentamente, ocasionando aumento pequeno e gradual da glicemia; em detrimento dos carboidratos simples (frutas, mel, xarope de milho, leite e derivados, vegetais e açúcares), pois este último é digerido e absorvido rapidamente, produzindo um aumento súbito na taxa de glicose (açúcar) no sangue. Importante o consumo diário e variado de frutas, verduras e legumes (cinco porções por dia, preferir frutas de época); consumo restrito de gorduras saturadas (trans, monoinsaturadas, poliinsaturadas, colesterol); estimular o consumo de peixes duas vezes por semana; controlar o sal; consumo apropriado de cálcio para formação de adequada massa óssea e prevenção de massa óssea na vida adulta; controlar o ganho excessivo de peso pela adequação da ingestão de alimentos ao gasto energético e atividade física; evitar a substituição de refeições por lanches (estes são mais calóricos e menos nutritivos); estimular
14 FINANÇAS
Como lidar com as finanças em família? Este assunto parece à primeira vista simples de se lidar. Mas em minha opinião não é. E por que não? A resposta é simples: estatisticamente, no Brasil o homem, na maioria das vezes, é o responsável pelas finanças da casa. Até aí nada de errado ou de diferente daquilo do que a maioria de nós pensamos. Mas, infelizmente, por ser o homem sulamericano muito machista, ele acaba fazendo disso, do controle financeiro da casa, uma tarefa exclusivamente sua. Essa exclusividade faz com que ele tome todas as decisões que envolvem finanças sozinho. Na média, e não em sua totalidade, nos lares brasileiros da geração dos meus pais – década de 40/50, os homens eram absolutos no mercado de trabalho. Graças a Deus isso mudou, mas a mentalidade de muitos de nós – brasileiros, ainda não. O que tudo isso quer dizer? Quer dizer que o homem, ainda, na maioria dos lares, é quem toma todas as decisões do que fazer com o dinheiro, sendo ele o provedor principal ou não. Como disse anteriormente, isso está mudando, mas talvez ainda um pouco lentamente. E o que temos que fazer para que isso possa mudar mais rapidamente? É simples, temos que começar nos nossos lares, o quanto antes, a falar de dinheiro com toda a família, fazendo com que se discuta o orçamento da casa e também e principalmente os planejamentos futuros junto com todos que compõem a família. E mais, temos que ensinar aos nossos filhos que essa tem que ser uma tarefa da família, para que eles possam participar de forma efetiva e para que também no futuro tenham a mesma atitude em seus lares. Não é tão difícil falar de dinheiro na família. A principal barreira é que achamos que o que fazemos com o dinheiro da casa é responsabilidade apenas do provedor
principal da casa e não de todos. Para que possamos mudar isso, é muito simples, basta que coloquemos sobre a mesa todas as contas da casa para que a família possa participar da decisão do que pagar e com qual prioridade. Claro que não vamos falar das contas básicas, tipo água, luz, telefone, por exemplo, pois essas e outras são essenciais para a vida da família. Mas mesmo assim, devem ser apresentadas/discutidas entre todos para que todos tenham noção de onde está indo o dinheiro da família. O principal da discussão em família, e isso é um outro tabu que tem que ser quebrado é o Planejamento Familiar. Esse é um tema que muitos não praticam e na maioria nem sabem como lidar com isso, apenas vivem suas vidas um dia após o outro. Quando eu falo em Planejamento Familiar, não estou me referindo apenas em pagar contas, mas sim decidir o que e quando comprar, para que e o quanto poupar, investir, etc. Caso contrário seria apenas o provedor principal da família apresentar a lista de contas a pagar e informar a todos que está tudo sendo pago – caso tenha dinheiro para isso, ou se não, informar que contas vão atrasar e pronto. Para fazer um Planejamento Familiar, temos que ter toda a família participando, desde a criança pequena até os marmanjos, incluindo o cônjuge. Todos têm que sentar juntos, ao redor de uma mesa, e conversar abertamente sobre a situação financeira da família, listando todas as contas já contratadas a pagar, mês a mês, para em um segundo passo, começar a discutir sobre planos futuros. Agora podemos dividir esses planos futuros, que também podemos chamar de metas da família, em três partes, sendo: Meta de Curto Prazo – de 6 meses
a 1 ano; Meta de Médio Prazo – de 1 ano a 5 anos; e Meta de Longo Prazo – acima de 5 anos. Ou então, para facilitar o entendimento dos pequeninos, podemos dizer que devemos dividir os nossos sonhos e desejos em 3 partes (iguais ou não) sendo: 1a Parte para este semestre; 2a Parte para o próximo ano; e ainda 3a Parte para daqui a 5 anos. Para que fique melhor ainda o entendimento de todos, vamos exemplificar: Meta de Curto Prazo ou 1a Parte – Jantar em um restaurante especial no aniversário de casamento; Meta de Médio Prazo ou 2a Parte – Viajar nas férias daqui a dois anos, todos juntos, para uma praia do nordeste; e Meta de Longo Prazo ou 3a Parte – Fazer uma viagem ao exterior. Vejam, caso isso seja feito em família com a participação de todos, fica mais fácil conseguir atingir as metas, pois todos saberão o esforço de cada um dentro desse processo. Tipo, os filhos mais velhos terão que cortar as pizzas das sextas-feiras; os filhos mais novos terão que comer menos doces; talvez a mãe tenha que ir menos ao salão de beleza e o pai talvez tenha que participar de menos churrascos com os amigos do trabalho. Ou seja, é um esforço coletivo para que cada meta seja atingida no tempo determinado. Caso contrário, cada um só se preocupará consigo mesmo, não pensando no coletivo. Pense nisso com carinho. Assuma o desafio de ainda neste mês, sentar juntos em família para conversar sobre finanças. Que Deus nos abençoe e nos dê sabedoria para usarmos nossos recursos financeiros de forma correta e coerente com nossas obrigações e sonhos. Qualquer dúvida ou outra questão sobre este assunto, entre em contato comigo através do e-mail peormerod@gmail.com.
Paulo Ormerod, empresário e membro da Igreja Batista do Bacacheri
INTERNACIONAL 15
Acreditar Uma série de histórias da Bíblia se refere à espera: Abraão esperando por um filho (Gênesis 12–21). Os israelitas esperando por libertação. Profetas esperando pelo cumprimento de suas próprias previsões. Os discípulos esperando por Jesus agir como o poderoso Messias tão aguardado. As palavras finais de Jesus no encerramento do livro do Apocalipse são “…Certamente, venho sem demora”, seguido por uma urgente oração, “Amém! Vem, Senhor Jesus!” (22.20). Nós ainda esperamos por isso. A pergunta que me faço é: Enquanto esperamos, por que somos tantas vezes temerosos e ansiosos? Podemos, como os prisioneiros, agir de acordo com as boas-novas que dizemos crer. O que é fé em Deus afinal, senão acreditar antes no que somente terá sentido no porvir? por Philip Yancey
Believe in advance A number of Bible stories center on waiting: Abraham waiting for a child (Gen. 12–21). The Israelites waiting for deliverance from Egypt. Prophets waiting for the fulfillment of their own predictions. The disciples waiting for Jesus to act like the powerful Messiah they anticipated. Jesus’ final words at the end of Revelation are “I am coming quickly,” followed by an urgent, echoing prayer, “Amen. Even so, come, Lord Jesus!” (22:20). For this, we still wait. Here’s the question I ask myself: As we wait, why are we so often fearful and anxious? We can, like the Allied prisoners, act on the good news we say we believe. What is faith in God, after all, but believing in advance what will only make sense in reverse?
Creer de antemano Varias historias bíblicas se centran en esperar: Abraham espera un hijo (Génesis 12–21); los israelitas esperan ser librados de Egipto; los profetas esperan el cumplimiento de sus predicciones; los discípulos esperan que Jesús actúe como el poderoso Mesías que aguardaban. Las últimas palabras del Señor al final de Apocalipsis son: «vengo en breve», seguidas de una oración resonante e inmediata: «Amén; sí, ven, Señor Jesús» (22:20). Por esta razón, seguimos esperando. Ahora bien, me pregunto: Mientras esperamos, ¿por qué solemos estar temerosos y angustiados? Como los prisioneros aliados, podemos actuar en función de la buena noticia que decimos que creemos. Después de todo, tener fe en Dios es creer de antemano lo que solamente tiene sentido al revés.
Credere Una serie di storie della Bibbia si riferisce all’ attesa: Abramo che si aspetta da Dio un figlio (Genesi 12-21). Gli Israeliti in attesa di liberazione. I profeti che aspettano l’adempimento delle proprie previsioni. I discepoli di Gesù in attesa di una azione potente da parte sua, come un poderoso Messia. Le ultime parole di Gesù alla fine del libro dell’Apocalisse sono “... Ecco, io vengo presto”, seguita da una preghiera urgente, “Amen! Vieni, Signore Gesù” (22:20). Noi ancora aspettiamo questo! Le domande che mi pongo è: Mentre aspettiamo, perché siamo così spesso paurosi e ansiosi? Possiamo agire in conformità alla “Buona Novella” in cui affermiamo di credere? Finalmente, che cosa è la fede in Dio, se non è il credere prima, in quello che solo vedremmo dopo?
ABC VIDA 16
A importância da influência
do pai na família A
Jaqueline Figueiredo, assistente social da ABC Vida e membro da Igreja Batista do Bacacheri