02 EDITORIAL
Editorial O
ano de 2015 foi marcado pela palavra “crise”. Crise financeira e crise política foram os principais temas dos telejornais e das conversas entre amigos, e não tem como dizer que não fomos, todos, afetados por elas. Ao mesmo tempo, nunca vimos uma operação investigativa tão grande contra a corrupção, em uma teia que só está começando. Por isso, o Nosso Jornal de setembro traz uma reflexão sobre o momento econômico e político que estamos enfrentando em nosso país. Uma análise sobre a política e a operação “Lava-Jato”, e sobre a recessão técnica que estamos vivendo. E como lidar com a crise? A coluna Carreira traz uma análise sobre a nossa postura diante da economia e das recorrentes crises econômicas, o NJ traz também um texto sobre maneiras criativas de enfrentar a crise. Qual a diferença entre os povos? O que faz os países serem mais pobres ou mais ricos? Confira essa reflexão na coluna Qualidade de Vida. Você possui Plano de Saúde? Entenda a importãncia de saber escolher o seu Plano de Saúde. A edição de setembro traz também dicas de filmes e as nossas mensagens internacionais.
Joenalva Porto Jornalista e membro da Igreja Batista do Bacacheri
NOSSO JORNAL Ano 19 - Edição 236- Agosto/2015 Jornal mensal produzido pela Igreja Batista do Bacacheri (IBB). Distribuição gratuita realizada pelos membros da IBB. JORNALISTA RESPONSÁVEL: Marli S. Ciaramella (MTB - 24.450 104 72/SP) EDITORES Renato Mendonça e Joenalva Porto COLABORADORES DA EDIÇÃO Cristina Corres; Elisa Marques; Emanuele Oliveira; Ênio Marques; Fred Branco ; Nathaniel Brandão; Osmahir Pereira Rosa; Paulo Ernesto Ormerod; Pedro Ribeiro; Priscila Aguiar Laranjeira. PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO : Agência IBB - Joenalva Porto CAPA João Campagnolo COMERCIAL Isabela Pires REGISTRO DO INPI 825022495 TIRAGEM 4 mil exemplares IMPRESSÃO Grupo RBS CONTATO Nosso Jornal (Igreja Batista do Bacacheri) Rua Amazonas de Souza Azevedo, 134 Bacacheri - Curitiba - Paraná Telefone: (41) 3363-0327 E-mail: nossojornal@ibb.org.br Site: www.ibb.org.br/nossojornal *Parte das fotos utilizadas são meramente ilustrativas. Os conteúdos e opiniões contidos neste material são de responsabilidade de seus autores.
ÍNDICE 02 Editorial
10 Carreira
03 Juventude
11 ABC
04 Cultura
12 Opinião
05 Atualidades
13 Reflexão
06 Empreendimento
14 Finanças
07 Vida Universitária
15 Internacional
08 Capa
16
Qualidade de Vida
JUVENTUDE 03
Uma vida bem-sucedida Por Elisa R. Schreiber Marques Analista do Ministério Público da União e membro da Igreja Batista do Bacacheri
S
ucesso, para muitas pessoas, é sinônimo de uma casa cheia de bens, um carro do último tipo, um emprego bem remunerado, diplomas e certificados. É alcançar bom resultado, êxito, em um negócio. Não é errado buscar essas coisas. Mas será que o verdadeiro sucesso se resume a isso? O rei Salomão (autor dos livros de Provérbios, Eclesiastes e Cântico dos Cânticos, na Bíblia) foi um homem reconhecido por sua inteligência e riqueza. Ele era“o mais rico e mais sábio de todos os reis da terra” (1 Reis 10:23), sendo procurado por pessoas de todos os povos que escutavam falar de sua sabedoria, a qual “era maior do que a de todos os homens do oriente, e do que toda a sabedoria do Egito” (1 Reis 4:30). Salomão tinha conhecimentos de botânica e zoologia, tendo examinado e descrito “desde o cedro do Líbano até o hissopo que brota nos muros”, assim como “os quadrúpedes, as aves, os animais que se movem rente ao chão e os peixes”; proferiu três mil provérbios, além de mil e cinco cânticos (1 Reis 4:32-33). Ele também arquitetou o majestoso templo do Senhor. Deus concedera-lhe um “discernimento extraordinário e uma abrangência de conhecimento tão imensurável quanto a areia do mar” (1 Reis 4:29). Além disso, Salomão possuía doze mil cavalos, importados do Egito e da Cilícia, quatro mil cocheiras para cavalos de carros de guerra (1 Reis 4:26-28), além de uma frota de navios mercantes (1 Reis 10:22). Suas provisões diárias compreendiam a melhor farinha, além de carnes selecionadas (bois, ovelhas, bodes, cervos, gazelas, corças, aves). Nada faltava em sua mesa. Seu trono era feito de marfim revestido de ouro puro (1 Reis 10:18) e todas as taças que utilizava “eram de ouro, bem como todos os utensílios do Palácio da Floresta do Líbano. Não havia
nada de prata, pois a prata quase não tinha valor nos dias de Salomão” (1 Reis 10:21). Com toda essa sabedoria e bens, não é de espantar a reação que teve a rainha de Sabá ao visitar o rei Salomão: “Tudo o que ouvi em meu país acerca de tuas realizações e de tua sabedoria é verdade. Mas eu não acreditava no que diziam, até ver com meus próprios olhos. Na realidade, não me contaram nem a metade; tu ultrapassas em muito o que ouvi, tanto em sabedoria como em riqueza”(1 Reis 10:6-7). Salomão obteve tudo aquilo que qualquer pessoa gostaria de conquistar: riquezas, conhecimento, renome, diversões, comida farta, poder, admiração. Será, então, que ele foi um exemplo de homem bem-sucedido? De alguém que realmente alcançou êxito em sua vida? Em Eclesiastes 2:11, depois de relatar tudo aquilo que havia construído e adquirido, os prazeres que experimentou, os desejos que realizou, Salomão fez um grande desabafo: “quando avaliei tudo o que as minhas mãos haviam feito e o trabalho que eu tanto me esforçara para realizar, percebi que tudo foi inútil, foi correr atrás do vento; não há nenhum proveito no que se faz debaixo do sol”. E a conclusão a que o rei chegou, após considerar e meditar sobre os seus inúmeros feitos, foi a seguinte: “Agora que já se ouviu tudo, aqui está a conclusão: tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos, porque isso é essencial para o homem” (Eclesiastes 12:13). Salomão, o mais sábio e rico de todos os reis da face da terra, ao final de sua vida percebeu que não eram os bens, o conhecimento, o trabalho, a fama, o prestígio, os prazeres, essenciais ao ser humano, mas sim o temor ao Senhor e obediência aos seus mandamentos. O restante, em suas palavras, era “inútil”, “correr atrás do vento”. O exemplo de verdadeiro sucesso, na verdade, é Jesus
Cristo. Antes de ser conduzido à morte na cruz, ele fez uma profunda declaração, registrada no livro de João 17:1 e 4: “Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho te glorifique. (...) Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer”. Jesus é o modelo de sucesso pois completou em si mesmo, com sua própria vida, com seu próprio sangue, a obra para a qual tinha sido separado por Deus, de remir a humanidade de seus pecados. Ele realizou plenamente a missão para que fora enviado, esvaziando-se, tomando a forma de servo, humilhando-se, sendo obediente até a morte (Filipenses 2:5-8); não acumulou riquezas, prestígio, fama, diplomas. O apóstolo Paulo, seguindo o exemplo bem-sucedido de Cristo, também cumpriu durante seus anos de vida o propósito para o qual fora chamado por Deus, de pregar as boas-novas da salvação, especificamente aos não-judeus (Gálatas 2:7-9). Na segunda carta escrita ao seu filho na fé Timóteo, proferiu palavras que devem ser sempre lembradas: “Está próximo o tempo da minha partida. Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. Agora me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda” (2 Timóteo 4:6-7). Também não ajuntou para si bens, riquezas, títulos. O verdadeiro sucesso, portanto, não depende da abundância de posses, fama, conhecimento, mas sim do esforço e diligência em cumprir o grande propósito, missão, da existência humana: glorificar a Deus, dando continuidade à obra que ele mesmo começou, de resgatar a humanidade e coloca-la debaixo do governo de Cristo por meio da mensagem da cruz. O restante, usando as palavras de Salomão, será “correr atrás do vento”.
04 CULTURA
Divertida mente (2015)
“
Os Descendentes É
difícil falar sobre filmes que envolvem
procurar quem era o amante – que, por aca-
dinheiro sem se deparar com obras ci-
so, era um dos compradores de seus terrenos
nematográficas que tenham como parte da narrativa o uso de entorpecentes e da pros-
no Havaí. O filme, mesmo se tratando de um tema um tanto pesado, mostra como o ho-
tituição (como se o dinheiro estivesse dire-
mem tem que se portar diante da sua família
tamente ligado a estes).
e da sociedade, pois ele é questionado sobre
Entretanto, deparei-me com a tarefa de
sua ausência em casa e seu muito trabalhar
escrever sobre este filme . “Os Descendentes”, pelo contrário, trata o dinheiro como
para conseguir manter a família em um nível econômico elevado. Contudo, o filme não
segundo plano na vida do protagonista, interpretado por George Clooney. Ele, que
mostra a ostentação de se ter muito dinheiro, até porque os personagens mais ricos andam
é pai de duas meninas, uma de nove e ou-
de bermuda e chinelo (pois moram todos no
tra de dezessete anos, recebe a notícia de que sua esposa havia sofrido um acidente
Havaí), mas mostra o lado do homem que tem que lutar pela sua família, pela sua dignidade,
de lancha e que estava no hospital em estado vegetativo. Ele decide trazer sua filha
e ainda aguentar a crítica que diz que, se tudo dá errado, a culpa é dele.
mais velha da escola interna para rever sua mãe. A menina conta para o pai que a mãe o traía o tempo todo – motivo da rebeldia da adolescente. Depois disto, o protagonista começa a
Por Pedro Ribeiro Estudante de Cinema e membro da Igreja Batista do Bacacheri
A Pixar sempre me surpreende, e mesmo já sabendo da surpresa que me aguarda quando vou assistir a mais um filme deles, sou novamente surpreendido por algo que supera as minhas expectativas. É costume deles a forma de “Antropomorfizar” – humanizar coisas ou objetos -, como fizeram com brinquedos em “Toy Story” – obra que está na lista dos 100 melhores filmes da história, segundo a universidade American Film Institute – ou com os peixes em “Procurando Nemo”, ou mesmo com automóveis em “Carros”. Agora, eles humanizaram os próprios sentimentos com “Divertida mente”. A estória é simples, temos alguns sentimentos (Alegria, Tristeza, “Nojinho”, Medo/ Fobia e Raiva) dentro da cabeça da protagonista, que está passando por um momento difícil quando tem que se mudar para São Francisco com seus pais. Dentro da narrativa, vemos como a mente daquela criança trabalha, suas lembranças e sua forma de encarar o mundo em montagens paralelas – um grande “viva” para o teórico de Cinema Griffith – em acontecimentos simultâneos, ou seja, enquanto vemos as ações da protagonista acontecendo, vemos também as ações dos sentimentos em sua mente. De fato, um filme memorável e que já está na lista dos prováveis do Oscar de 2016 – segundo o site “Termômetro Oscar”. Para quem não se lembra mais como é ter uma grande surpresa ao ver um filme, vale a pena lembrar como é ser surpreendido.. Divertidamente.
ATUALIDADES 05
Adultos por fora, crianças por dentro! Por Ênio Marques Arquiteto e membro da Igreja Batista do Bacacheri
T
enho a impressão que nunca antes na história da
estragaram um brinquedo.
humanidade foi tão forte a ideia de que uma vida
Crianças não conseguem conter seu pesar e sua raiva.
bem vivida é aquela em que todas as suas exigências
E o grande problema para muitos de nós adultos é que
são satisfeitas e que você conquista o máximo de
nós crescemos por fora, mas por dentro continuamos
prazer físico e emocional possível! Uhuuu! Isso sim
com quatro anos de idade, agindo como a criança que
que é vida boa! Bem, isso não é verdade. Nós estamos
derrubou o doce. Nós também precisamos amadurecer
aqui para aprender e para crescer.
emocionalmente e espiritualmente. A nossa vida é nossa
Gosto muito de reparar nos textos bíblicos em
escola. Deus nos ensina lições o tempo todo.
que Deus fala de nós como filhinhos, como crianças,
Parece -me que aprender essas lições ou ter que
mostrando que uma vida boa é aquela que, em nossa
repeti-las depende de nós. E nós aprendemos melhor
jornada espiritual, nós amadurecemos, nos tornamos
onde estamos agora, com quem estamos agora. Nossa
adultos, não permanecemos na infância.
família, com aquela tia chata; nosso local de trabalho,
Vo c ê j á n o t o u q u e a s c r i a n ç a s e s t ã o s e m p r e
com aquele colega fofoqueiro; nossa roda de amigos,
sor r ind o qu and o a s coi s a s e s t ã o i n do be m p a ra
com aquele pessimista; nossas atividades, com aquela
elas, mas no momento que algo sai errado, e elas
pessoa rude; nossos vizinhos encrenqueiros, todos eles
são frustradas, elas não sabem como lidar com suas
são uma base maravilhosa de treinamento! Pessoas das
emoções? Elas gritam e choram e esperneiam, como
quais gostamos, pessoas com as quais temos problemas,
se alguém as estivesse marcando com brasa quente,
cada um deles é um treinamento. Ninguém pode dizer
mas é só porque elas derrubaram o doce no chão ou
que não está tendo tempo de praticar.
06 EMPREENDIMENTO
Quatro táticas para permanecer criativo durante a crise Por Claudia Gasparini Em matéria pulicada pela Exame
A
criatividade é um traço tipicamente associado à forma de ser do brasileiro. A r e p u t a ç ã o t e m f u n d a m e n t o, a t é c e r t o ponto. Segundo Gisela Kassoy, consultora em inovação, um estudo conduzido na década de 1990 pelo pesquisador norte-americano Robert Burnside mostra que temos uma facilidade extraodinária para improvisar. “O brasileiro não é exatamente inovador, no sentido estrito da palavra, porque em geral não altera estruturas nem processos”, diz a especialista. “Por outro lado, tem uma espécie de criatividade adaptativa, isto é, esbanja jogo de cintura e ‘jeitinho’ diante de adversidades”. I d e i a s o r i gi n a i s - s e j a m e l a s re a l m e nte inovadoras ou apenas criativas - são valiosas e m te m p o s d e c r i s e. O p ro b l e m a é q u e o estresse e o desânimo trazidos pelo momento econômico jogam contra a imaginação. “Para ser criativo, um profissional precisa se sentir livre de julgamentos e pressões, o que raramente acontece num contexto como o que estamos vivendo”, explica a consultora A d r i a n a B a r a l d i , q u e i n t e g r a o Fó r u m d e Inovação da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Na prática, o ner vosismo dos gestores e o medo de errar inibem soluções que poderiam ser a salvação do negócio. Mas como driblar esses obstáculos e usar a imaginação na crise? Ve j a a s e g u i r 4 re s p o s t a s s u g e r i d a s p e l a s especialistas: 1. Defenda-se do desânimo dos outros Segundo Gisela, é preciso lutar para não se contaminar pela melancolia geral - ou você acabará sem energia para criar. “Para se manter positivo, tente se cercar de pessoas jovens, otimistas, que ainda têm gás para trabalhar ”, recomenda a especialista. Também é importante investir em lazer e alimentar o seu ânimo com pequenos prazeres cotidianos. 2. Busque movimento Vá l i d a m e s m o e m t e m p o s d e c a l m a r i a econômica, esta dica é especialmente pertinente durante a crise. Sua cabeça está começando a se repetir? Mude de posição ou saia do recinto em que você está. Além de relaxar os músculos, movimentar o corpo ajuda a d e s p r o g r a m a r u m r a c i o c í n i o v i c i a d o. “ Vá
para o lado de fora, tome ar e só então volte a pensar ”, aconselha Gisela. 3. Olhe para fora Fa z e r b e n c h m a r k i n g é i m p o r t a n t e, m a s também é essencial obser var as práticas de o u t ro s s e to re s p a ra s e i n s p i ra r. D e a co rd o com Adr iana, a multidisciplinar idade é um ingrediente básico da inovação. Trabalha com automóveis? Discuta sobre seus problemas com quem trabalha com cosméticos. Buscar referências “estranhas” ao seu mundo pode ser um impulso precioso para a criatividade quando todas as fórmulas da sua área parecem já ter sido testadas. 4. Faça parcerias Você não precisa inventar todas as soluções sozinho. Segundo Adriana, a criatividade muitas vezes nasce do trabalho colaborativo, em rede. “Em vez de se isolar em busca de uma ‘grande i d e i a’, p ro c u re a a j u d a d e s e u s co l e g a s d e trabalho e pares do mercado”, orienta a consultora. “De uma conversa informal pode surgir uma solução surpreendentemente inovadora”.
VIDA UNIVERSITÁRIA 07
Quatro truques para evitar dispersões no trabalho Metéria veiculada no portal Universia. Para manter o ritmo dentro da empresa e
3 atividades para cada lista que fizer.
Portanto, é interessante fazer pequenos inter-
conseguir cumprir com todas as tarefas até o fim do dia, é necessário ter muita organização.
2 - Use um calendário Uma das melhores formas para se manter
valos de 10 a 15 minutos ao longo do dia. Você pode comer um lanche, ir ao banheiro, beber
Muitas vezes, o simples ato de usar aparelho de celular durante o expediente pode torná-lo
organizado é ter um calendário na própria mesa. Anotando as datas importantes em um
água ou simplesmente levantar para se alongar. Lembre-se de que a saúde física está atrelada
menos produtivo, diminuindo o seu rendimento.
local de fácil acesso, você dificilmente esquecerá eventos importantes como reuniões, por
à atividade intelectual.
exemplo. Isso evita que você perca tempo com
4 - Estabeleça horários definidos para checar seu e-mail
1 - Faça uma lista com prioridades Pa r a s e m a n t e r f o c a d o , é i n t e r e s s a n t e escre ve r n o p ap e l toda s a s at i v i da de s q u e
atividades desnecessárias.
É impor tante estar sempre atento a sua
precisam ser realizadas. Contudo, evite fazer listagens muitos grandes, pois inserindo uma
3 - Faça pequenas pausas Parar por uns minutos e descansar é
caixa de mensagens. Portanto, defina horários certos para checar o seu e-mail, verificando se
enorme quantidade de tarefas, é provável que
fundamental para manter o ritmo durante o
há algo que merece prioridade. Tente seguir
você não consiga filtrar aquelas que merecem
trabalho. Afinal, quando o corpo e a mente
esse esquema diariamente.
mais atenção. Procure escrever uma média de
estão cansados, a produtividade costuma cair.
CAPA 09
O Brasil de alma lavada Estamos em recessão técnica – um termo que a maioria de nós não consegue entender, mas mesmo o brasileiro mais simples sabe que a inflação está de volta. Por Priscila R. Aguiar Laranjeira Professora, publicitária, escritora, editora e membro da Igreja Batista do Bacacheri
E
stamos em recessão técnica – um termo que a maioria de nós não consegue entender, mas mesmo o brasileiro mais simples sabe que a inflação está de volta. A Independência do Brasil celebrada em 07 de Setembro, aconteceu em 1822, quando o país deixou de ser colônia de Portugal. O proclamador da independência foi o Imperador D. Pedro I. Entre as principais causas podemos destacar a vontade de grande parte da elite política brasileira em conquistar autonomia; desgaste do sistema de controle econômico, com restrições e altos impostos exercido pela Coroa Portuguesa e tentativa de recolonizar o Brasil. O imperador não acatou as ordens recebidas da Coroa Portuguesa, que exigia seu imediato retorno para as terras lusitanas e resolveu ficar aqui. A partir desta decisão ele começou a adotar diversas medidas para nos desligar de Portugal: organizou a Marinha de Guerra; convocou Assembleia Constituinte; visitou estados com ânimos exaltados, ou seja precisou ser um grande articulador. O cenário daquela época era tenso e o caldo podia entornar, mas D. Pedro, às margens do Ipiranga deu seu famoso grito “Independência ou morte” e foi coroado. Portugal o que fez então? Aceitou, mas exigiu uma indenização de 2 milhões libras esterlinas – aí começou a nossa dívida externa. Passados 193 anos nos vemos dependentes de diversas situações, mas a pior delas, sem sombra de dúvidas é a corrupção que se espalha de uma forma tão terrível por todos os níveis e cantos do Brasil. A triste palavra do momento significa “oferecer algo para obter vantagem em negociata onde se favorece uma pessoa e prejudica outra. É tirar vantagem em um projeto de poder atribuído geralmente a um partido político que visa dominar e perpetuar-se no poder. As formas de corrupção variam, mas incluem suborno, extorsão, nepotismo, clientelismo, peculato. Muitas vezes a corrupção facilita negócios criminosos
como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e tráfico de seres humanos. Em nosso país, diariamente, ouvimos falar da Operação Lava Jato e também ouvimos falar de um doleiro, mas o que é um doleiro e por que alguém procura um doleiro? Na página do Ministério Público lemos respostas interessantes: “Doleiros são operadores do mercado paralelo ou ilegal de câmbio, que formam um sistema bancário informal e clandestino. Existem em vários países do mundo. Eles atuam no Brasil basicamente de cinco modos: compra e venda de dólares no mercado de balcão de modo ilegal, por meio das operações de dólar-cabo, administração de “caixa 2”, remessa de dinheiro por meio de contratos de importação fraudulentos e transformação de dinheiro eletrônico em dinheiro em espécie. Em regra, para esconder dinheiro sujo e movimentações ilegais (lavagem de dinheiro). Um agente público corrupto não pode simplesmente depositar na sua conta bancária os milhões de reais em propina que recebeu, porque isso poderia despertar a suspeita do banco e desencadear uma investigação. Por isso, ele buscará um “banco clandestino”, isto é, um doleiro, para lavar o dinheiro. Uma testemunha do caso Lava Jato bem descreveu o escritório de Alberto Youssef como “um banco de dinheiro sujo”. A pergunta que não quer calar, quando vemos tantas fases da Lava Jato em curso bem-sucedido é: Ela é grande demais para não se tornar m “pizza”? Esperamos, torcemos, acreditamos que sim. Há quem diga que a Lava jato é feita por heróis românticos, sonhadores. Que o Juiz Sérgio Moro e sua equipe parecem heróis do passado e que não serão bem sucedidos no país do propinoduto. Preferimos acreditar que eles são heróis modernos, que usam as armas à sua disposição para caçar bandidos de colarinho de grife; que usam a delação premiada para descobrir a verdade e chegar aos mandantes
do crime, pois corrupção é crime. Estamos vendo, assustados o futuro do Brasil ser pintado em cores escuras, sem esperança de dias melhores. Onde foi parar o país que estava em franco crescimento? O país que estava caminhando a passos largos para o primeiro mundo? A volta da inflação, o alto déficit das contas do governo, a perspectiva de aumento de impostos tudo isso revela um cenário cruel e inesperado. O brasileiro está novamente ouvindo falar de CRISE – sim, com maiúsculas, pois esta crise que hora se instala no Brasil está chegando sem hora para acabar. Estamos em recessão técnica, pois nossa economia já teve dois trimestres consecutivos de Produto Interno Bruto negativo. Foram produzidas menos riquezas no período em comparação com anteriores, isso serve como um sinal de alerta. A queda do PIB é um forte indicador de que algo não vai bem, mesmo assim os reflexos ainda não são grandes na economia, por isso é chamada recessão técnica e não de fato. Quando e se a recessão se instalar será porque a situação estará deteriorada com alta ainda mais significativa no desemprego, queda na produção, no consumo e aumento nos índices de falência. Claro, que ainda há esperança. Os políticos chamam de impeachment ou de renúncia, nós chamamos de confiança no Ministério Público, na Polícia Federal e nas leis que regem nossa nação. A verdade finalmente está vindo à tona: os números foram maquiados, mas a Polícia Federal está descobrindo o Brasil que há por debaixo dos panos, está passando o país a limpo e o grande pesar é que esta faxinada geral trará resultado, mas antes vai levantar muita poeira. Mas, assim que a limpeza for finalizada teremos o país que queremos e merecemos, o país de todos os brasileiros e não de um grupo político. Um Brasil de oportunidades. O que o brasileiro precisa é de um país de alma lavada. De fato e de direito.
10 CARREIRA
A cirraga e a formiga - uma lição para enfrentar a crise Por Emanuele de Oliveira Emanuele é administradora e membro da Igreja Batista do Bacacheri
O
que mais tenho escutado de clientes e de amigos é que a crise está terrível, que devemos nos preparar para o pior. Então já me vem na cabeça a velha fábula da formiga e a cigarra, sobre se precaver hoje para enfrentar tempos ruins. A CRISE A crise de que todo mundo fala é a provável recessão econômica com a queda do PIB neste ano, inflação estimada de 9,3%, mais que o dobro da meta de 4,5%, além da ameaça do Brasil perder o grau de investimentos, que é um selo de bom pagador que foi conquistado em 2008. Fora isso, os maiores escândalos de corrupção e de crise de confiança na gestão e o risco de impeachment da presidente. Na crise, as empresas investem menos, vendem menos, compram menos, contratam menos ou diminuem o quadro de empregados, aumenta a inadimplência e muitas chegam à insolvência ou à recuperação judicial. A CIGARRA E A FORMIGA A cigarra, sem pensar em guardar, a cantar passou o verão. Eis que chega o inverno, e então, sem provisão na despensa, como saída, ela pensa em recorrer a uma amiga: sua vizinha, a formiga, pedindo a ela, emprestado, algum grão, qualquer bocado, até o bom tempo voltar. “Antes de agosto chegar, pode estar certa a senhora: pago com juros, sem mora.” Obsequiosa, certamente, a formiga não seria. “Que fizeste até outro dia?” perguntou à imprevidente. “Eu cantava, sim, senhora, noite e dia, sem tristeza.” “Tu cantavas? Que beleza! Muito bem: pois dança agora...” LA FONTAINE, J. de. Fábulas de La Fontaine. AS CIGARRAS As cigarras de hoje em dia vivem como se não houvesse amanhã, acabam tendo um padrão de vida mais alto do que poderiam comportar e se tornam mais vulneráveis aos ciclos econômicos e se desesperam porque não estão preparadas para um gasto extra com algum problema de saúde, um conserto de carro, a troca de um eletrodoméstico que estraga. Isso sem falar que não fazem nenhum investimento que garanta uma maior tranquilidade na velhice. Infelizmente a maioria das pessoas não gosta de se aprofundar nos assuntos financeiros porque acredita que é complicado, que dá muito trabalho, ou até mesmo porque acredita que sua situação é única e não pode ser realmente resolvida. Acabam se iludindo com
alguma possibilidade de renda extra, uma herança, um milagre ou até mesmo ganhar na loteria. O jeitinho brasileiro da cigarra faz com que acredite na capacidade de improvisação, de sair-se bem sem ter planejado nada. Criatividade é necessária, mas paga-se um alto custo pela aversão ao planejamento pagando altos juros e as cigarras acabam ficando cada vez mais dependentes do limite dos bancos, do cartão de crédito e de empréstimos diversos.
que de fato traz significado para nossa vida. Vamos fazendo tudo no “piloto automático”, mesmo sentindo cansaço, indisposição e desmotivação, que com o tempo vai evoluindo para depressão, síndrome do pânico, problemas estomacais, impulsos de consumo, dente outras. Vamos batalhando para cada vez ganhar mais, só que a euforia da conquista é passageira e traiçoeira, e conquistar mais coisas só nos deixa ainda mais engessados e escravos do trabalho no círculo vicioso do trabalha-gasta.
AS FORMIGAS As formigas têm consciência de que a primavera e o verão são o tempo de fartura, mas também de trabalho duro, tempo de poupar e de abastecer seus estoques de alimentos para os momentos difíceis. Já no outono e no inverno, elas descansam e se alimentam do trabalho que realizaram na primavera e no verão. Elas não se desesperam porque sabem que estas estações fazem parte do ciclo natural. Para quem planeja, organiza, poupa e investe, em momentos de crise há muitas oportunidades surgindo. Quem fez como as formigas nas últimas primaveras e verões, hoje está aproveitando o momento para investir e aumentar ainda mais sua renda.
E QUAL A MORAL DA HISTÓRIA? Assim como a natureza têm as quatro estações, primavera, verão, outono e inverno, a economia tem períodos de crescimento e desaceleração, então a certeza que devemos ter é que essa não é a primeira nem a última crise que vamos passar porque faz parte da natureza econômica. Só que o pessimismo ou resignação não pode nos paralisar para as oportunidades de melhoria, seja na empresa, na igreja, na nossa casa e na nossa vida. É nesse momento em que devemos colocar uma lupa em todos os processos, rotinas, orçamento, repensar os nossos objetivos e aprender com os erros já cometidos. Quando nos forçamos a reanalisar, avaliar, ponderar e a nos superar, descobrimos que temos uma grande capacidade de adaptação e flexibilidade, e tudo isto contribui para que a mudança e o crescimento sejam menos doloridos. A força das formigas não está só em guardar os mantimentos para os momentos difíceis, elas são insetos sociais que vivem em uma comunidade onde uma depende da outra e se protegem mutuamente porque sabem que somente juntas, terão chances de sobreviver ao inverno. Também devemos aprender com a cigarra, a celebrar o presente, vivendo um dia de cada vez, tendo prazer e alegria nas pequenas coisas da vida. O trabalho não pode ser um fardo, tem que haver vocação e prazer em trabalhar, bem como usufruir do dinheiro que é fruto desse trabalho. Um bom planejamento financeiro nos dará mais confiança para viver o presente sem esquecer o futuro, amortecendo as possíveis quedas que poderemos ter ao longo do percurso. A vida jamais nos tira o direito ao lazer, desde que sejamos bons administradores do tempo e dos recursos de que dispomos. E para você, o mais importante é o que fizeste até outro dia?, Ou o que vai fazer daqui para frente?
A FALTA DE EQUILÍBRIO Não acho que existe uma vilã e uma mocinha nessa fábula porque se percebe uma falta de equilíbrio tanto na formiga quanto na cigarra. Fica a impressão que quem trabalha e planeja carrega um fardo com amargura e quem tem vida louca é feliz, mas perece no final. A formiga provavelmente usufruiu do canto da cigarra enquanto trabalhava e já tinha percebido que a cigarra iria passar dificuldade no inverno. Não teve compaixão pela cigarra e, além disso, foi vingativa na recusa a ajudar do tipo“bobeou, dançou” ou “quem ri por último ri melhor”. Já a cigarra, apesar de toda a felicidade em cantar de dia e de noite, comer as folhinhas que eram abundantes na primavera e verão, provavelmente achava a formiga tola de ficar só trabalhando e não acreditava que iria acontecer algo com ela. Só que quando começou a sentir dificuldades, como saída resolveu pedir empréstimo a juros à formiga. Na nossa vida, dadas às devidas proporções, acontece o mesmo com a falta de equilíbrio e vamos nos tornando formigas pobres e doentes. No ritmo de vida que temos e pelo acúmulo de diversos papéis, não encontramos tempo nem disposição para refletir sobre aquilo
ABC 11
Seja diferença!! Virada Social 2015 Por Cristina Correa Administradora da ABC VIDA
V
ocê gostaria que o Brasil fosse um lugar sem pobreza? Um país onde não existissem pessoas em vulnerabilidade social? O que é vulnerabilidade social: Uma pessoa está em vulnerabilidade social quando apresenta sinais de desnutrição, condições precárias de moradia e saneamento, não possui família e não possui emprego. Esses fatores compõe o risco social, ou seja, é um cidadão, mas ele não tem os mesmos direitos e deveres dos outros. A pessoa que está nessa situação t o r n a - s e u m e xc l u í d o, q u a n d o i n d i v í d u o s são impossibilitados de partilhar dos bens e recursos oferecidos, fazendo com que essa pessoa seja abandonada e expulsa dos espaços da sociedade. Que tal mudar a realidade de uma pessoa que se encontra nesta situação? Você pode ajudar sim! Você pode fazer a diferença na vida de alguém. A música da Tatiana Costa, Faça a Diferença II, diz: “ Hoje alguém irá morrer de fome, hoje o frio vai calar mais uma voz, em algum lugar, em alguma esquina eu sei corações que sofrem sem ter forças pra viver.... ...Somos resposta, somos a mão do Criador.
Cheios de amor e de esperança em nossa voz, ao seu lado existem muitos que não conseguem mais sorrir, faça a diferença. Faça alguém feliz..Pare um minuto e olhe ao seu redor. Temos uma obra linda a fazer, Em qualquer lugar, em qualquer esquina aqui, leve a esperança e amor pra repartir...” A ABC VIDA, ONG da Igreja Batista do Bacacheri, trabalha há 22 anos para mudar esta situação. Hoje atuamos em 25 projetos diferentes, desde crianças até a terceira idade. São projetos como o EDUCA, na Vila Zumbi, com crianças de 5 a 7 anos no contraturno escolar; o Linha da Vida que é um ônibus odontológico que atende na Região Metropolitana; a ginástica e a informática para a Terceira idade; o Projeto Aprendiz Capaz que capacita jovens e adolescentes para o primeiro emprego; o projeto de Assistência a Famílias, a moradores de rua; cursos de artesanato, corte costura, cabelereira, uma tarde linda e gostosa com as senhoras da terceira idade confeccionando enxoval para entregar a famílias carentes. Foram mais de 12.000 pessoas assistidas no ano passado. Você pode ajudar a manter esses projetos, par ticipando da Virada Social no dia 12 de
setembro. Serão12 horas de muita diversão para todas as idades. Teremos parque infantil com brinquedos infláveis, lava car, passeio de moto e de bicicleta, feira gastronômica com barraca de tapioca, sushi, espetinho, pastel, hot dog, tortas finas, almoço com um delicioso churrasco. Você também poderá comprar roupas no bazar, fazer a unha e o cabelo no salão de beleza, participar de oficinas, shows, esporte, e muito mais. A VIRADA SOCIAL conta com mais de 400 voluntários, 20 barracas na feira de gastronomia e de artesanato, dois parques infantis, dois palcos com shows, salão de beleza, restaurante para mais de 600 almoços, quatro oficinais infantis e adulto. Todo o recurso arrecado neste dia será revertido para os projetos que você conheceu. Tenha um dia diferente, com muita alegria e descontração para toda a família. Compre seu convite para o Churrasco e faça sua inscrição para as oficinas no site eventos.ibb.org.br, ou pelo e-mail abcvida@abcvida.org.br Participe e seja diferença!! VIRADA SOCIAL 2015 12 de setembro das 9h às 21h Local: Igreja Batista do Bacacheri
12 OPINIÃO
Crise, melhor por dentro ou por fora? N
uma crise, onde será o melhor lugar para estar? Tenho certeza absoluta que você me diria, POR FORA, claro. Mas numa crise não é exatamente ao contrário, pois é a oportunidade que se busca para aprender coisas novas. Não é mesmo? E a pergunta então passa a ser: Como aprender? Durante uma crise temos muito mais perguntas do que respostas, mas não seria exatamente este o aspecto positivo da crise? Acrescento que nestes momentos nós poderemos retirar da palavra crise exatamente o “s”, o que nos levaria a uma nova palavra “CRIE”. Esta atitude não é de minha criação, certifico que já ouvi sobre este tema em culturas como a japonesa, por exemplo. Cria-se tomando novas atitudes, buscando novas soluções, encontrando novos caminhos, buscando conhecimentos novos. Resumindo: m ov i m e nt a n d o - s e, t ra n s fo r m a n d o e at u a l i z a n d o ve l h o s c o n c e i t o s e ve l h o s p ro c e d i m e n to s. Le m b ra d a a f i r m a ç ã o : “m e s m a s atitudes certamente levarão a mesmos resultados”? O que acho extremamente negativo: imaginar que não temos mais nada a aprender, pois já sabemos tudo, e sobre tudo também. Espero sinceramente que você não esteja n e s te e s t á gi o e s e a c h e m u i to ve l h o p a ra aprender. E não seja também par tidário do ditado: “não se ensinam truques novos para
Por Osmahir Pereira Membro da Igreja Batista do Bacacheri
cachorros velhos”. Mentira! Todos nós aprendemos em qualquer momento de nossas vidas. Seja no início, pelo ensino, seja durante toda a vida, exatamente por participar dos acontecimentos. Mas então, se aprendo mais quando participo de etapas da minha vida, por que dizer que o melhor lugar para estar numa crise é o lado de FORA? Pelo contrário, o melhor lugar para se estar é o de “DENTRO”. É exatamente aqui que poderemos mudar alguma coisa, seja pela nossa influência, seja pelo nosso t ra b a l h o, s e j a p o r n o s s a s co nv i cçõ e s, s o b qualquer ponto de vista. Observe, os resultados obtidos nos vários trabalhos de correção estabelecidos pelos órgãos encarregados do acompanhamento e fiscalização de procedimentos. Tenho certeza, que, num passado muito recente, nós ouvimos muitas pessoas se referindo ao que estava o co r ren d o co m o p i n i õ es d o t i p o : “s em p re foi assim, jamais serão alcançados, presos, nem pensar, pois estão acima da lei, nunca se envergonharão do que fizeram, pois pareciam estar acima do bem e do mal”, e, no entanto hoje ninguém mais acredita que sairão ilesos destas correções, nem mesmo eles. Participe do processo, crie mecanismos de controle e acompanhamento. Mostre aos que estão à sua volta que nós estaremos sempre
atentos e, que há muito tempo, deixamos para trás a ingenuidade e o despreparo. Esta mudança de postura é exatamente a mesma que aprendemos a utilizar no acompanhamento e no tratamento de um dependente químico. Ele somente começa a mudar, quando acredita e obser va que os que lhe cercam mudaram suas atitudes e procedimentos em relação a ele e, que é mais importante, ao que ele esteja fazendo ou praticando. Va m o s e s t a b e l e ce r a g o ra u m co m p a rativo entre as crises econômica que estamos passando e a crise estabelecida no ambiente familiar, relacionada ao convívio e ao tratamento de um ou mais dependentes químicos. O todo de qualquer crise, nela incluindo todas as suas fases e soluções, incluem no tratamento, fase inicial de estudo, de pesquisa, de conhecimento, aqui consideradas por nós como fases do por FORA e uma fase de participação, de convívio, fase relacional mesmo, que aqui consideraremos como fases do por DENTRO. A somatória de todo este processo será concluída na fase de saneamento, no caso da dependência química, denominado passos da CURA e LIBERTAÇÃO e, no caso de uma crise econômica, passos de ATITUDES de correção de rumos. Em qualquer hipótese, seja a crise que for, a parte principal será o 1º passo, e eu acrescento a urgência e a sabedoria de vê-lo tomado.
REFLEXÃO 13
Espaço dedicado à divulgação do Lar Batista Esperança – Uma entidade social que atende crianças e adolescentes em situação de risco. Atualmente atende, aproximadamente, 120 crianças e mantida por doações espontâneas. Conheça mais sobre esta entidade acessando o site www.lbe.org.br.
Trabalho Coletivo Nathaniel Brandão Presidente do Lar Batista Esperança e membro da Igreja Batista do Bacacheri
N
a vida, ninguém está pronto para viver ou trabalhar sozinho. As coisas acontecem justamente quando temos a cooperação um dos outros. O uvi uma histór ia que retrata bem isso. Em uma certa marcenaria, as ferramentas resolveram se reunir. Havia uma briga constante sobre quem era mais importante para o marceneiro. O Martelo assumiu a direção, mas as outras ferramentas alegaram que o martelo f a z i a m u i t o b a r u l h o, i n c o m o d a v a m u i t o, por isso não podia ser o líder. Além disso, o martelo batia muito e machucava. O martelo, triste, respondeu que o parafuso também não poderia ser o líder, pois dava muitas voltas, era muito enrolado. O parafuso reconheceu o seu defeito, mas disse que a lixa também não poderia ser a líder, porque era áspera e provocava muitos atritos. A lixa, conformada, disse que também não
aceitaria que o metro fosse o líder, já que ele se achava o mais correto de todos. A confusão não tinha fim, para todos, o defeito do outro era muito maior. O marceneiro José então entrou na marcenaria para construir uma escrivaninha. Ele usou o martelo, a lixa, o metro, o parafuso e as outras ferramentas. Em poucos minutos, a escrivaninha tomava forma. Uma forma linda, perfeita. José estava muito feliz e agradeceu a Deus pela instrumentalidade. Quando José saiu, todos voltaram a discutir, e o serrote disse: “Meus amigos, não há dúvida que temos muitos defeitos, muitos erros. Mas quando estamos nas mãos do marceneiro, ele usa nossas qualidades, e Ele não pensa e não vê nossos pontos fracos mas nos usa como somos. Então, vamos usar nossos pontos fortes”. Então todos descobriram que eram fracos e tinham problemas, assim como os humanos que
são fracos, TODOS, e têm problemas e pecados. Na carpintaria todos viram que o martelo era forte, que o parafuso unia e dava força à estrutura a ser construída, a lixa era especial e única para limar e afinar as asperezas e o metro era preciso e exato, assim o móvel saia perfeito.E todos as outras ferramentas reconheceram que tinham pontos fracos mas tinham pontos fortes e únicos nas mãos do marceneiro José. Então ficaram ALEGRES e viram que um dependia do outro. Somos iguais e nas mãos do MESTRE E SENHOR JESUS, somos lapidados. Deus é o grande marceneiro e arquiteto em nossas vidas. Então devemos ser humildes, sinceros e sábios. Encontrar virtudes e fazer o bem aos outros não é para perdedores pois estas são características de vencedores. “Quem julga e acusa as pessoas não tem tempo para amá-las” (M. T. de Calcutá)
14 FINANÇAS
Plano de saúde, é bom ter! Por Paulo Ormerod Empresário e membro da Igreja Batista do Bacacheri a destinar 40% de sua renda para o pagamento da mensalidade inicial média de um plano com abrangência nacional – segundo estimativa do IBGE, o brasileiro nessa faixa etária ganhando, em média, R$ 1.231,76 por mês, enquanto a mensalidade do plano custa R$ 494,55. Os tiveram as vendas suspensas e outros 976 planos
planos estaduais abocanham, em média, 26%
voltaram ao mercado após comprovar melhorias
da renda desse mesmo consumidor.
no atendimento.
Em Curitiba, existem vários Planos de Saúde
Para um cenário de crise e grana curta, é
ditos de primeira linha, temos a Unimed Curi-
muito difícil para nós consumidores manter
tiba, SulAmérica Saúde (que nem é Plano de
tualmente, em função da baixa remu-
os pagamentos em dia, assim como também é
Saúde, é Seguro Saúde, mas é considerado
neração dos Planos de Saúde aos seus
complicado para alguns médicos que também
por muitos como um bom Plano de Saúde) e
respectivos profissionais, os Plano de Saúde têm
estão passando por dificuldades financeiras em
também o Evangélico Saúde.
enfrentado problema s graves em atendimento
função da crise.
A
à população que possui tal serviço.
Gostaria de destacar neste momento o Plano
Então o que fazer? A resposta talvez não seja
de Saúde do Evangélico Saúde. Este é um plano
Isso é tão grave que, no mês de agosto (mês
tão simples, mas temos uma forma de contornar
de altíssima qualidade, apesar do que se fala
passado), a ANS suspendeu a comercialização
isso, pelo menos do lado do atendimento dos
do Hospital Evangélico. Por que eu falo isso?
de 73 Planos de 15 Operadoras.
Planos de Saúde. A solução seria contratarmos
Porque existem vários hospitais no Brasil, quer
os Planos de Saúde ditos de primeira linha.
sejam públicos ou privados, que estão passando
Das 15 operadoras com planos suspensos nesta etapa, 11 constavam na lista de
Sabemos que estes são os mais caros, mas são
por dificuldades e dificuldades muito sérias. O
suspensão do período anterior. Das quatro
esses que possuem não só uma maior rede de
problema do Hospital Evangélico é que este
que não estavam na última lista, duas terão
atendimento, como também um serviço melhor
caiu na mídia de forma a chamar a atenção para
a comercialização de planos suspensa pela
tanto no atendimento, quanto na prestação do
a sua situação. Mas quem conhece ou já teve
primeira vez. Além de interromper a venda,
serviço médico-hospitalar.
a oportunidade de se tratar neste Hospital vai
as operadoras que negaram indevidamente
Porém, uma pesquisa do IDEC (Instituto
poder dizer com certeza que o atendimento
cobertura podem receber multa que varia de
Brasileiro de Defesa do Consumidor) mostra
é de primeira e que, se não todos, a maioria
R$ 80 mil a R$ 100 mil.
o impacto que a adesão a um Plano de Saúde
dos médicos são médicos renomados de fama
Desde o início do Programa de Monito -
de primeira linha representa no orçamento do
nacional e até internacional por suas competên-
ramento, 1.140 planos de 155 operadoras já
brasileiro. Um usuário na faixa dos 30 anos chega
cias e especializações.
INTERNACIONAL 15 Por Hilip Yancey
Acreditar Uma série de histórias da Bíblia se refere à espera: Abraão esperando por um filho (Gênesis 12–21). Os israelitas esperando por libertação. Profetas esperando pelo cumprimento de suas próprias previsões. Os discípulos esperando por Jesus agir como o poderoso Messias tão aguardado. As palavras finais de Jesus no encerramento do livro do Apocalipse são“…Certamente, venho sem demora”, seguido por uma urgente oração, “Amém! Vem, Senhor Jesus!” (22:20). Nós ainda esperamos por isso. A pergunta que me faço é: Enquanto esperamos, por que somos tantas vezes temerosos e ansiosos? Podemos, como os prisioneiros, agir de acordo com as boas-novas que dizemos crer. O que é fé em Deus afinal, senão acreditar antes no que somente terá sentido no porvir?
Creer de antemano Varias historias bíblicas se centran en esperar: Abraham espera un hijo (Génesis 12–21); los israelitas esperan ser librados de Egipto; los profetas esperan el cumplimiento de sus predicciones; los discípulos esperan que Jesús actúe como el poderoso Mesías que aguardaban. Las últimas palabras del Señor al final de Apocalipsis son: “vengo en breve”, seguidas de una oración resonante e inmediata: “Amén; sí, ven, Señor Jesús” (22:20). Por esta razón, seguimos esperando. Ahora bien, me pregunto: Mientras esperamos, ¿por qué solemos estar temerosos y angustiados? Como los prisioneros aliados, podemos actuar en función de la buena noticia que decimos que creemos. Después de todo, tener fe en Dios es creer de antemano lo que solamente tiene sentido al revés.
Believing In Advance A number of Bible stories center on waiting: Abraham waiting for a child (Gen. 12–21). The Israelites waiting for deliverance from Egypt. Prophets waiting for the fulfillment of their own predictions. The disciples waiting for Jesus to act like the powerful Messiah they anticipated. Jesus’ final words at the end of Revelation are “I am coming quickly,” followed by an urgent, echoing prayer, “Amen. Even so, come, Lord Jesus!” (22:20). For this, we still wait. Here’s the question I ask myself: As we wait, why are we so often fearful and anxious? We can, like the Allied prisoners, act on the good news we say we believe. What is faith in God, after all, but believing in advance what will only make sense in reverse?
Credere Una serie di storie della Bibbia si riferisce all’ attesa: Abramo che si aspetta da Dio un figlio (Genesi 12-21). Gli Israeliti in attesa di liberazione. I profeti che aspettano l’adempimento delle proprie previsioni. I discepoli di Gesù in attesa di una azione potente da parte sua, come un poderoso Messia. Le ultime parole di Gesù alla fine del libro dell’Apocalisse sono “... Ecco, io vengo presto”, seguita da una preghiera urgente, “Amen! Vieni, Signore Gesù” (22:20). Noi ancora aspettiamo questo! Le domande che mi pongo è: Mentre aspettiamo, perché siamo così spesso paurosi e ansiosi? Possiamo agire in conformità alla “Buona Novella” in cui affermiamo di credere? Finalmente, che cosa è la fede in Dio, se non è il credere prima, in quello che solo vedremmo dopo?
QUALIDADE DE VIDA 16
Diferença entre os povos Por Fred Branco Membro da International Church of Curitiba
S
ei que nosso tema principal é Qualidade de Vida. No entanto este mês vamos abordar um assunto que escrevi em 2003 e acabei não publicando. Encontrei-o no meio de vários outros comentários que diferem um pouco daquilo que temos “discutido” nesta coluna. Pensando em Qualidade de Vida como um termo bastante amplo, creio que não estamos na realidade fugindo dele. Para reflexão e... ação. O Brasil vive um clima de escândalos no meio politico. Praticamente todos os dias temos “novidades” que nos deixam revoltados em ver como o nosso país tem sido explorado por um bando de oportunistas. Baseado em opiniões variadas fizemos a seguinte análise sobre o que levaria um povo a descambar para o lado da corrupção e desrespeito a toda e qualquer norma ética. O que diferencia os povos? Admiramos alguns povos por suas qualidades e características peculiares e reconhecemos em outros as dificuldades pelas quais têm passado através dos séculos. O que torna um país rico ou condena-o à pobreza? Analisemos os aspectos abaixo. A idade dos povos. A diferença entre os países pobres e os ricos não é a idade do país. Isto pode ser demonstrado por países como Índia e Egito, que têm mais de 2000
anos e são pobres. Por outro lado, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, que há 150 anos eram inexpressivos, hoje são países desenvolvidos e ricos. Os recursos naturais A d i fe re n ç a e nt re p a í s e s p o b re s e r i co s também não reside nos recursos naturais disponíveis. A Suíça não planta cacau, mas tem o melhor chocolate do mundo. Em seu pequeno território, cria animais e cultiva o solo durante apenas quatro meses no ano. Não obstante, fabrica laticínios da melhor qualidade. É um país pequeno que passa uma imagem de segurança, ordem e trabalho, o que o transformou na caixa forte do mundo. Recursos intelectuais e físicos Executivos de países ricos que se relacionam com seus pares de países pobres mostram que não há diferença intelectual significativa. A raça ou a cor da pele também não são importantes: Imigrantes rotulados de preguiçosos em seus países de origem são a força produtiva de países europeus ricos. QUAL O SEGREDO ENTÃO? Não há segredo. A diferença é a atitude das pessoas, moldada ao longo dos anos pela educação e pela cultura. Ao analisarmos a conduta das pessoas nos países ricos e desenvol-
vidos constatamos que a grande maioria segue os seguintes princípios de vida: 1. A ética como princípio básico. 2. A integridade. 3. A responsabilidade. 4. O respeito às leis e regulamentos. 5. O respeito pelos direitos dos demais cidadãos. 6. O amor ao trabalho. 7. O esforço pela poupança e pelo investimento. 8. O desejo de superação. 9. A pontualidade. Nos países pobres, apenas uma minoria segue esses princípios básicos em sua vida diária. Não somos pobres porque nos faltam recursos naturais ou porque a natureza foi cruel conosco. Somos pobres porque nos falta atitude. Nos falta vontade para cumprir e ensinar esses princípios de funcionamento das sociedades ricas e desenvolvidas. Qual o plano de importância para cada um destes aspectos acima mencionados em nossas consciências como cidadãos; como cristãos? Observe que o respeito a estes princípios fortalece a nação como um todo, modificando um panorama que hoje em dia está mais para o avesso destes valores.