CAPACITAÇÃO NA CADEIA PRODUTIVA DO BAMBU-ECODESIGN E GERAÇÃO DE RENDA JUNTO AO ASSENTAMENTO RURAL HORTO DE AIMORÉS. TRAINING IN SUPPLY CHAIN-ECODESIGN BAMBOO AND INCOME GENERATION TO THE RURAL SETTLEMENT OF HORTO DE AIMORES Gabriel Fernandes dos Santos, Caroline Apolinário Gomes, Ronni Massashi Guiotoko Marco Antônio dos Reis Pereira – Campus de Bauru – Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação – Design de Produto – gabrielfernandes.cereja@gmail.com – UniSol/Santander.
RESUMO Palavras-chave: extensão universitária, bambu, geração de renda, ecodesign.
1.INTRODUÇÃO O presente trabalho pretende dar continuidade ao Projeto Bambu em desenvolvimento na UNESP, junto ao assentamento rural Horto de Aimorés, por meio de práticas para a geração de renda, utilizando para isso um recurso renovável e versátil como é o bambu. Segundo Pereira & Beraldo (2007), “o bambu é o recurso natural que menos tempo leva para ser renovado, não havendo nenhuma espécie florestal que possa competir em velocidade de crescimento e aproveitamento por área.” Num primeiro momento o trabalho é desenvolvido com um grupo de famílias já organizadas dentro do assentamento - grupo agroecológico Viverde - este grupo funcionará como multiplicador da nova ferramenta introduzida na comunidade. Os agricultores são capacitados na cadeia produtiva do bambu que envolve o plantio, o manejo, a produção de mudas, o tratamento, a secagem, o conhecimento sobre as principais espécies, seus usos e as técnicas para o seu processamento, beneficiamento e a confecção de produtos artesanais e processados com valor agregado capazes de gerar renda. Propõe-se, através de ações do Design Solidário e de várias outras disciplinas e parcerias que são incorporadas ao projeto, transferir os conhecimentos aos assentados. Como metodologia a relação entre o Projeto Bambu e a comunidade do assentamento é feita por meio de várias atividades, como por exemplo, palestras e oficinas práticas semanais de capacitação, que já mostram resultados, através da geração de renda em feiras e mostras locais. Espera-se com isso formar e fortalecer um grupo organizado, entre os assentados, com os conhecimentos necessários para a utilização e implantação da cultura do bambu em seu meio.
2.1 Objetivo Geral Desenvolver junto à comunidade do Assentamento Rural Horto de Aimorés o interesse pela cultura do bambu e suas potencialidades, possibilitando a geração de renda à partir da comercialização de produtos.
2.2. Objetivo Específico Transmitir a tecnologia e o conhecimento da cadeia produtiva do bambu, necessários à introdução da cultura em seu meio Estimular a participação em feiras e eventos para geração de renda com produtos criados pelos próprios assentados.
. 3.MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Oficinas semanais Ocorrem semanalmente oficinas práticas de confecção de produtos com bambu in natura no Laboratório de Experimentações com Bambu da UNESP de Bauru. Essa, tem como intuito capacitar os assentados tanto na produção de produtos in natura como com bambu laminado colado. 3.2 Confecção de produtos Durante as oficinas ocorridas semanalmente os assentados confeccionam produtos criados por eles mesmos com o auxílio dos alunos de Arquitetura e Design para possíveis melhorias e melhor visibilidade de mercado. 3.2 Participação em feiras e eventos Os produtos confeccionados durantes as oficinas são vendidos em feiras e eventos locais ou regionais de modo a verificar sua aceitação.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1 Oficinas semanais As oficinas tem mostrado resultado positivo tanto na capacitação como na confecção de produtos, integrando alunos e assentados num processo mútuo de aprendizado e desenvolvimento. A Figura 1 mostra uma das oficinas semanais.
Fig. 01: Oficinas realizadas com a participação de alunos e assentados.
4.2 Confecção de produtos É possível identificar ao longo do projeto, um avanço na confecção dos produtos, tanto tecnicamente quanto ao design. Os produtos já começam a apresentar uma identidade própria, atingindo diversos públicos com um maior valor agregado. A Figura 2 exemplifica alguns dos produtos confeccionados e comercializados em feiras.
Fig. 02: Produtos artesanais confeccionados
4.3 Participação em feiras e eventos O Grupo Viverde tem participado ativamente em diversas feiras e eventos destacando: Feira das Nações, Feiras de Ubá, Virada Ambiental, Feiras Pão de Açúcar, Agrifam, entre outras, buscando aumentar a divulgação e a visibilidade do projeto e ao mesmo tempo a aceitação dos produtos e a conseqüente geração de renda. A medida que os produtos são aceitos e comercializados são então incorporados ao portfólio de produtos do projeto . A figura 3 destaca a participação em uma das de feiras. Fig. 03: Participação na feira do Pão de Açucar, Praça Vitória Régia e Pederneiras.
5.CONCLUSÕES Os resultados mostram uma melhoria progressiva nos produtos confeccionados, percebido pela sua aceitação e comercialização em feiras, incentivando alunos e assentados neste desenvolvimento. Devido a esses progressos esta sendo possível aumentar a divulgação, a comercialização e a geração de renda.
6. BIBLIOGRAFIA PEREIRA, M. A. DOS R & BERALDO, A. L. Bambu de corpo e alma. Bauru: Canal 6, 2007. 239p. MANZINI E; VEZZOLI C. Desenvolvimento de Produtos Sustentáveis. Os requisitos ambientais dos produtos industriais. São Paulo: EDUSP, 2008.