Jornal dos Bancários - nº 539 - Agosto/2017

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Edição: 539 | Agosto/2017

CONSTRUINDO O RAMO FINANCEIRO

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REFORMA TRABALHISTA PROTEGE PATRÃO E ATACA EMPREGADO

FESTA DOS BANCÁRIOS 2017

BRADESCO E CAIXA ANUNCIAM PDVs

SINDICALIZE-SE!

#VemPraFesta

Alerta aos trabalhadores!

Venha você também fazer parte dessa luta

ACOMPANHE NOSSA LUTA!

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EDITORIAL

SÓ A LUTA TE GARANTE

O “governo” golpista de Temer apareceu como a “grande solução” à crise econômica, implementando medidas com o argumento de “modernizar” o país. Em suma, para os golpistas, a modernização significa corte de gastos, venda de patrimônio público e diminuição de salários e direitos. Essas eram as reais intenções desde o início. Nesse período de governo, foi aprovada a PEC que congela os gastos públicos em até 20 anos. Foram aprovadas também a terceirização total e a “reforma” trabalhista - que joga a CLT no lixo; essas medidas dificultarão o acesso aos direitos trabalhistas fundamentais e enfraquecerão a representação dos trabalhadores. Há, ainda, a discussão sobre a “Reforma” da Previdência, que na prática excluirá milhões de alcançar os direitos previdenciários. Na realidade, este “governo” quer nos fazer acreditar que tudo o que é público é negativo e deve ser entregue nas mãos dos empresários a preços módicos. Quer nos fazer acreditar que não há condições financeiras “governo” manter saúde, educação, habitação, aposentadoria, empresas públicas, entre outras, e entregar tudo à iniciativa privada, enquanto sustenta, com o orçamento público, gastos bilionários com serviços da dívida pública aos ricos, que a controlam. Não existe e nunca existiu harmonia nas relações entre empresários e trabalhadores. O “governo” vem dizendo que a reforma trabalhista e terceirização buscam relações iguais entre patrões e empregados, mas, logicamente, quem se beneficiará disso tudo serão os grandes empresários que poderão lucrar ainda mais sobre a mão de obra barata dos trabalhadores, pois a relação é desigual e o trabalhador é a parte mais frágil. Portanto, é importante estarmos atentos de qual lado estamos: se dos patrões ou dos empregados. O atual desmonte dos nossos direitos deve-se ao fato de muitos trabalhadores terem acreditado nas propostas dos patrões, e quando viram, já era tarde demais. Ainda é possível revertermos esta situação. Por isso, é fundamental estarmos mobilizados, sabermos de que lado estamos e elegermos majoritariamente nossos representantes para que possam atender aos nossos interesses. Só a Luta nos garante! Douglas Yamagata – Presidente do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região

Expediente Informativo do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região Filiado à Contraf/Fetec-SP/CUT Presidente: Douglas Yamagata Diretor Responsável: Antonio Cortezani Redação: Tarantina - Assessoria de Imprensa Diagramação/ Projeto Gráfico: Capsula Tiragem: 1.800 exemplares

Impressão: Metagraff

Contato:

(11) 4806-6650 Rua Prudente de Moraes, 843, Centro - Jundiaí - SP

SINDICALIZE-SE! Nossa categoria é uma das mais organizadas e fortes do país, que nos assegura uma convenção coletiva nacional com conquistas e direitos acima da média nacional. Neste momento, de duros ataques aos direitos dos trabalhadores e aos sindicatos, é fundamental fortalecer a luta coletiva para impedir os retrocessos. Além da importância de um sindicato forte, também oferecemos aos sócios a oportunidade de formação profissional como os cursos de CPA 10, CPA 20, CEA e Paternidade responsável. Nos últimos 5 anos já formamos mais de 300 bancários com alto índice de aprovação na AMBIMA.

Temos convênios com faculdades e escolas, para os sócios e seus dependentes, além de convênios diversos, como cinema, boliche, lojas, turismo e restaurantes com descontos. Mais um motivo para você ficar sócio é nosso departamento jurídico, que é especializado em direito trabalhista, com enfoque no ramo bancário, mas também oferece assistência em diversas outras áreas. Nesses tempos difíceis este é um serviço imprescindível que oferecemos aos nossos associados.

Venha você também fazer parte desta luta!


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PATERNIDADE RESPONSÁVEL

Para além da certificação

Fruto de uma luta desde 2008 a ampliação da licença paternidade foi uma vitória, mas temos muito para avançar.

Em tempos ‘modernos’, a maternidade e a paternidade são assuntos delicados e, na maioria das vezes, tratados de forma cada vez menos humanizada. Para a secretária-geral do Sindicato, Letícia Mariano, esse curso é um instrumento de transformação. “Em uma sociedade com valores invertidos e fardos pesados, ter esse espaço de discussão é fundamental. Tentamos, de forma leve, inverter a lógica do TER e frisar a necessidade do SER”. O curso foca na recepção humanizada do bebê; prepara o casal para esse momento de transformação em suas vidas. Aborda temas importantes, tenta desfazer alguns mitos e procura passar uma maior segurança para os pais nesse momento. Além disso, tem como objetivo desconstruir os papeis que a sociedade impõe ao casal: para a mãe o papel do cuidado e, para o pai, do sustento. “A cultura machista pune muito o bebê, pois “define” funções para maternidade e paternidade; combater essa lógica é uma transformação social. Para além da certificação, esse é um curso de cidadania”, conclui Letícia.

Mais informações acesse:

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Itaú

‘Conheça melhor o nosso jeito de trabalhar’: Pressão e acúmulo de trabalho O almoço com as galinhas continua tirando o sono dos bancários O “jeito de trabalhar” no Itaú está cada vez mais instável. A era digital vem precarizando as relações de trabalho. O ‘reajuste’ do quadro de funcionários trouxe transtornos na região tanto na pressão por resultados quanto na necessidade e qualidade de atendimento. Atualmente, o que vem tirando o sono dos bancários é atender mais horas com menos funcionários. Essa é uma conta que não fecha. “O almoço com as galinhas é uma lógica perversa; temos um exemplo claro de fraude na jornada de trabalho, pois essa prática não respeita a fisiologia do ser humano”, afirma Natalício Gomes, diretor do Sindicato e presidente do conselho gestor do CEREST (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador). “No trabalho bancário a imposição para ‘almoçar’ antes das 9h da manhã é um claro desrespeito às condições de trabalho e subverte o objetivo da lei”, acrescenta Natal. A exigência do sindicato é que essa postura do banco seja modificada imediatamente.

DENUNCIE:

Entre em contato com o Sindicato e faça a denúncia.


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Reforma trabalhista protege A reforma trabalhista (Lei 13467) foi aprovada em julho por um Congresso composto majoritariamente de deputados e senadores ligados aos interesses patronais, que tiveram suas campanhas eleitorais financiadas por grandes empresas. Vários artigos da lei foram redigidos por lobistas pagos pelos empresários para defender seus interesses e destruir direitos garantidos na legislação há mais de oitenta anos. A reforma trabalhista alterou mais de 100 artigos da CLT, a Consolidação das Leis do Trabalho, criada em 1943 e aprimorada pela incorporação de vários direitos conquistados pela luta sindical dos trabalhadores nas últimas décadas.

Dificuldade no acesso à justiça do trabalho e, em caso de perda da ação, o empregado terá de arcar com custas e Não há mais honorários do garantia mínima patrão Redução de concursados e aumento de terceirizados com salários e direitos reduzidos

Governo e grande imprensa dizem que estão “modernizando” a CLT. Chamam de moderno fragilizar direitos dos trabalhadores. Tampouco é verdade que a CLT é arcaica, pois ela foi sendo modificada ao longo dos anos. A lei e a Justiça do Trabalho mantinham o caráter de proteção ao trabalhador, a parte mais fraca na relação capital x trabalho. A nova lei coloca patrão e empregado em pé de igualdade e, em muitos pontos, protege mais o empregador do que o empregado. O Estado passa a apoiar os mais fortes em seus ataques contra os mais fracos.

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de direitos previstos em lei – tudo pode ser negociado individual ou coletivamente e rebaixar o piso legal da CLT

Jornada pode ser de até 12 horas diárias e até 44 horas semanais

Verbas adicionais podem ultrapassar 50% da remuneração mensal PLR pode ser dividida e mais de 2 vezes, reduzin salário fixo e incidênc de encargos trabalhistas


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Veja alguns dos pontos que podem afetar diretamente a sua vida: Libera a contratação por tempo determinado e o trabalho intermitente, por algumas horas por dia ou alguns dias por mês, sem garantia de piso salarial Libera a contratação de funcionário como Pessoa Jurídica ou autônomo sem registro em carteira, sem direito a INSS, FGTS e outras garantias

bas is podem ar 50% da ão mensal e r dividida em es, reduzindo e incidência cargos histas

A REFORMA NÃO IRÁ GERAR EMPREGOS

Banco de horas não precisa de acordo sindical e horas extras podem ser compensadas em até 6 meses Funcionários com salário acima R$ 11 mil não serão mais garantidos pelo Acordo Coletivo

Aumento no teletrabalho, obrigando o funcionário a exercer atividades em casa, sem jornada fixa e com sobrecarga

T

emer, deputados e senadores desprezaram a posição contrária de trabalhadores, organizações sociais e sindicais, que realizaram a maior greve geral e a maior manifestação nacional de protesto da história recente contra as reformas. Com a terceirização irrestrita aprovada recentemente, a reforma trabalhista destrói a legislação protetiva dos trabalhadores. A tendência é de aumento na terceirização, da “pejotização”, redução dos salários, demissões coletivas e aprofundamento da crise, já que a massa salarial vai reduzir, o consumo deve cair e a atividade econômica continuará em queda.

Diante do forte desemprego da atualidade, o governo quer transmitir aos trabalhadores angustiados a utopia de que a reforma trabalhista criará empregos. Isso não é verdade! Por uma razão claramente econômica: as empresas apenas contratam e investem se houver demanda de consumidores pelos seus produtos e serviços. Desse modo, frente a uma recessão, o primeiro obstáculo a ser superado é promover a retomada do crescimento econômico. Nenhum empresário irá contratar se não tiver novos pedidos de clientes, apenas porque o custo do trabalho ficou menor e tornou-se mais fácil empregar e demitir. No máximo, ele trocará o funcionário que têm mais direitos por outro que aceite um salário menor e condições piores. O saldo é desfavorável socialmente: não se cria empregos e se reduz o valor do trabalhador.


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BRADESCO E CAIXA ANUNCIAM PROGRAMAS DE DEMISSÕES VOLUNTÁRIAS (PDVs) “Os PDVs trarão mais transtornos aos funcionários e clientes das agências, que já sofrem com falta de funcionários. No Bradesco, é nítida a intenção de desligarem os aposentados e pessoas nesta condição. No entanto, nenhuma proposta foi nem sequer mostrada ao movimento sindical. Acreditamos que este PDV é apenas uma etapa do projeto de demissões que está por vir, pois a reforma trabalhista ainda nem começou a vigorar.” – comenta Douglas Yamagata, presidente do Sindicato.

Paralelamente à desestruturação das relações de trabalho promovidas pela “Reforma” Trabalhista, os bancos vêm promovendo as reestruturações internas, visando ainda mais a diminuição de custos. O Bradesco e a Caixa enviaram recentemente seus “Programas de Demissões Voluntárias”, que ligam um sinal de alerta a todos os trabalhadores.

“Sabemos que em um momento crítico como esse, onde os funcionários que são elegíveis estão extremamente desmotivados e sem perspectiva dentro da empresa, podem ser levados a aderir. Mas alertamos que essa deve ser uma decisão muito consciente, pois a conjuntura atual requer muita cautela e segurança nas atitudes que tomamos, pois podem ter reflexo no futuro de cada um” ressalta Paulo Santos Mendonça, diretor no Sindicato e empregado da CAIXA.

Em 2017 este é o segundo PDVE que a Caixa Econômica Federal abre, reforçando a intenção que a direção da Empresa e do governo tem de promover o seu sucateamento, cuja falta de funcionários é visível.

BANCO DO BRASIL

Resistência ao desmonte do banco De dezembro de 2016 a maio de 2017, o número de agências do BB caiu de 5.493 para 4.877 (-563). A carteira de crédito reduziu de R$ 798,4 bilhões no final de 2015 para R$ 688,7 bilhões em abril de 2017. No mesmo período os ativos totais do BB ficaram estacionados em R$ 1,4 trilhão, perdendo o posto de maior banco brasileiro para o Itaú. Essa estratégia mal disfarça a aliança do governo com os bancos privados, no sentido de esvaziar as instituições públicas. Com isso, o BB que tinha cerca de 118 mil funcionários no

final de 2014, hoje está com aproximados 101 mil. O congresso dos funcionários do BB, realizado no início de julho, foi unânime nas resoluções: valorização do papel do BB, contratação de funcionários e melhores condições de trabalho. Outra delas foi o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa do BB, com deputados e senadores de vários partidos e o apoio de organizações da sociedade civil que precisam do BB para produzir e gerar emprego e renda.


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REFORMA DA PREVIDÊNCIA

E agora Miguel?

Os trabalhadores querem saber! Nosso Sindicato tem participado de forma determinante na luta contra o desmonte da Previdência proposto por este governo ilegítimo e golpista, participando com mais 17 entidades em nossa região que fazem parte do Movimento Sindical Unificado, fazendo atos, paralisações, protestos e denúncias contra os traidores do povo que querem acabar com sua possibilidade de aposentar. Em nossa região, como já apontamos em diversas matérias, o Deputado Federal Miguel

Haddad do PSDB, que já votou favorável à reforma trabalhista e à terceirização ilimitada, é objeto de nossa atenção: queremos saber se ele vai votar pelo desmonte de nossa previdência ou ouvir o clamor popular. “Com este intuito estamos, com outras entidades, fazendo um abaixo assinado cobrando que ele não vote nesta reforma. Já coletamos mais de seis mil assinaturas e prosseguimos a coleta até esse assunto entrar na pauta do congresso” comenta Antonio Cortezani, diretor do Sindicato. Foto: Jornal da região

Desafio do emprego bancário: crescimento dos canais alternativos Cada vez mais os bancos investem em infraestrutura tecnológica como forma de realizar seus negócios. Atualmente, já são 1 milhão de clientes que possuem contas totalmente digitais e o smartphone já é o principal meio em que os clientes realizam transações. As principais instituições investem pesado para transformar as agências e os bancos, de forma geral, em plataformas financeiras; o bancário em consultores e assessores financeiros. Isso significa enormes desafios aos bancários. Desde 2012, os bancos fecharam 45 mil postos de trabalho. Por trás dessa estratégia, encontra-se, evidentemente, a busca pela redução dos custos e aumento da rentabilidade. É claro que a tecnologia estará, constantemente, mais integrada à vida das pessoas. As novas formas de tecnologia bancária, como inteligência artificial, cyborg, espaços digitais, entre outras, precisam ser reguladas com participação dos trabalhadores. O desafio central da classe trabalhadora é se mobilizar para que a tecnologia seja utilizada a seu favor. As pessoas podem trabalhar menos e manter os empregos. O aumento da produtividade, que resultará em maiores lucros, deve representar a utilização racional do trabalho, permitindo que os trabalhadores também se apropriem de seus resultados financeiros e sociais.

GRÁFICO DE TRANSAÇÕES POR CANAIS DE ATENDIMENTO Mobile 34% Internet 23%

P.O.S 10% Correspondentes 8%

Agências Caixas Eletrônicos 8% Call-Center 15% 2%


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PRESSÃO NO SANTANDER

Santander transforma dia a dia dos funcionários em um verdadeiro inferno

Práticas abusivas por parte de certos gerentes do Banco Santander em nossa região tem sido frequentemente denunciadas pelos funcionários de algumas agências. Dentre elas, o constrangimento e exposição pública através de ranking, ameaças de demissão e pressão para o funcionário se comprometer com a meta que vai entregar no dia. Essa meta é sempre acima daquela imposta de forma autoritária, forçando os

funcionários a colocarem cordas em seus próprios pescoços. Estes métodos acabam atingindo os gestores de forma generalizada, produzindo uma verdadeira fábrica de assediadores, transformando o ambiente de trabalho numa caldeira prestes a explodir. O Sindicato está denunciando estas práticas ao Setor de Relações Sindicais e fará protestos para coibir estes abusos.

DENUNCIE: Entre em contato com o Sindicato e faça a denúncia.

Não sofra calado!

TÁ CHEGANDO!

A tradicional FESTA DOS BANCÁRIOS está chegando e você não pode ficar de fora!

No próximo dia 26 de agosto, na Chácara dos Sonhos, realizaremos mais uma edição de nossa tradicional festa. Além da estrutura maravilhosa da Chácara, chopp gelado e comidas deliciosas, os bancários, familiares e amigos contarão com música ao vivo, por conta da banda Sombra e Água Fresca. Como de costume, o Sindicato sorteará algumas cortesias para os associados. “Esse ano inovamos ao sortear 10 convites da festa para os bancários associados” – comenta o presidente do Sindicato Douglas Yamagata. “Durante a festa sortearemos vouchers dos parceiros do Sindicato, DVD, Headphone, ValeViagem e uma TV Smart”.

AINDA DÁ TEMPO DE GARANTIR SEU CONVITE!

#VemPraFesta

Você pode fazer a solicitação dos convites até 18/08, basta enviar um e-mail para: festa2017@ bancariosjundiai.com.br com nome completo, RG e grau de parentesco de seus dependentes e convidados.


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