Ano 30 | Edição: 535 | Janeiro/2017
CONSTRUINDO O RAMO FINANCEIRO
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2016
foi o inferno astral dos trabalhadores
Sindicato realiza mobilização em protesto ao anúncio do fechamento de agências do Banco do Brasil
2017: PREPARE-SE PARA O TSUNAMI DE MALDADES
BANCOS FECHAM MAIS DE 10 MIL POSTOS DE TRABALHO EM 2016
GERENTE VIAJA E FUNCIONÁRIOS “FICAM A VER NAVIOS’’
ACOMPANHE NOSSA LUTA!
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Edição 535 - Janeiro/2017
Editorial Passados alguns meses de governo Michel Temer, verificase o que já era previsto: uma política conservadora, com diminuição da participação do Estado nas políticas públicas e diminuição de direitos sociais e trabalhistas. Infelizmente, as opções políticas colocadas para solução da crise econômica, social e política mundial seguem no mesmo caminho. Basta ver a eleição presidencial nos Estados Unidos com a ascensão de Donald Trump, cujas tendências oferecem ainda mais dramaticidade a todo o mundo. Segue-se assim, a volta do neoliberalismo, que estava em “stand by” desde o final dos anos 1990, principalmente após a ascensão de governos progressistas e de esquerda na América Latina. Tradicionalmente, toda crise, seja política, econômica e social, exige mudanças, mas muitas vezes, as opções escolhidas pela sociedade são ainda piores do que as anteriores. É justamente isso que vivemos neste momento. Neste sentido, quem direciona os rumos de como o mundo deve ser e quais políticas devem ser adotadas são as grandes empresas transnacionais ligadas ao capital financeiro. São elas que ditam as regras e elegem os políticos em diversos países. Aliás, os presidentes e os congressos passam a ser meros homologadores destas políticas. Ou seja, as empresas passam a ser “donas” dos países. É o capitalismo sem fronteiras e sem travas. Os governos que ousam valorizar um estado forte, soberano, são defenestrados. O capital passa a rotulá-lo de atrasado e corrupto. É incoerente os países não
serem mais “donos” de setores estratégicos. No Brasil, por exemplo, quem comanda a comunicação é a Rede Globo; quem comanda a telefonia é a Vivo nossos minérios foram entregues à Vale do Rio Doce; nosso sistema de distribuição elétrica foi praticamente todo privatizado. Agora, a intenção é entregar ao capital o Banco do Brasil, Caixa e a Petrobrás. Isso sem contar as nossas riquezas naturais, tais como o Aquífero Guarani, e quem sabe, a Amazônia. O objetivo também é transformar direitos básicos como educação, saúde e aposentadoria em mercadoria. Ou seja, viveremos um país, onde o povo não é dono de nada. Quem serão os donos são as grandes empresas transnacionais e o capital financeiro. E o povo? O povo é quem menos interessa a eles. O povo será simplesmente força de trabalho a ser explorada, sem direitos e salários baixos. Afinal, a lógica das grandes empresas transnacionais e do capital financeiro é minimizar custos e maximizar lucro. Para isso, eles estão dispostos a tudo, sem dó e nem perdão. Sem moral e sem ética.
Douglas Yamagata – presidente do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região
Desemprego nos bancos em 2016 já supera 2015 Com 10.009 postos a menos, maioria é de trabalhadores mais velhos e com mais tempo de casa.
A aceleração do número de demissões nos bancos se comprovou na última pesquisa do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego). De janeiro a outubro de 2016, os bancos brasileiros fecharam 10.009 postos de trabalho no país. Esse número supera o total de postos de trabalho bancário fechados em 2015 (9.886) e representa um aumento de 58,4% em relação ao número de postos fechados no mesmo período em 2015, quando foram extintos 6.319 postos. São Paulo foi o estado onde ocorreram mais cortes (menos 4.688 postos, 46,8% do total de postos fechados), seguido pelo Rio de Janeiro, Paraná, e Minas Gerais. Apenas três estados registraram saldo positivo no emprego bancário, com destaque para o Pará, com 104 postos abertos. Mais digital e menos humano Os bancos estão efetivamente trocando seus empregados com mais tempo de casa e mais velhos por jovens que têm mais familiaridade com os avanços da tecnologia. Ao mesmo tempo reduzem despesas, pois os mais velhos acumulam maiores salários, e se preparam para as profundas transformações que o sistema financeiro está vivendo. Esse período é de um novo banco. Mais digital e mais desumano. O presidente do Sindicato de Jundiaí e região, Douglas Yamagata destaca que movimento sindical não é contra a tecnologia, pelo contrário. “Somos contra os abusos e a exclusão que o mau uso da tecnologia pode trazer para os trabalhadores. Nosso
objetivo é proteger o emprego e os trabalhadores ameaçados pelas rápidas mudanças no mundo do trabalho”. Motivos dos Desligamentos Do total dos desligamentos ocorridos nos bancos, 62% foram sem justa causa, totalizando 16.966 desligamentos. Os desligamentos a pedido do trabalhador representaram 28% do total e totalizaram 7.719. Desigualdade entre homens e mulheres As 8.699 mulheres admitidas nos bancos nos primeiros 10 meses de 2016 receberam, em média, R$ 3.123,68. Esse valor correspondeu a 71,5% da remuneração média auferida pelos 8.717 homens contratados no mesmo período, que foi de R$ 4.370,31. Faixa Etária Os desligamentos se concentraram nas faixas etárias superiores a 25 anos e, especialmente, na de 50 a 64 anos, que registrou um corte de 6.071 postos de trabalho (61% do total de postos fechados). Tempo no Emprego O corte se deu principalmente entre aqueles com maior tempo de casa, sendo compatível com o fato de serem os trabalhadores mais velhos. Entre os 27.425 desligados, a maior parte tinha 10 ou mais anos no emprego (9.379 cortes que correspondem a 34,2% do total). Outros 6.048 tinham entre 5 e 10 anos no emprego (22,1%).
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2016 foi o inferno astral dos trabalhadores BB anuncia fechamento de 402 agências. Oito delas só na região de Jundiaí Justificativa é redução de despesas. Quadro de funcionários pode cair de 109 mil para 91 mil.
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omo já era previsto, o governo Temer está faminto por privatizações e vem direto na jugular dos trabalhadores e da população para colocar em práticas seus planos de afundamento total do país. A primeira vítima dessa “ponte para o inferno” é o Banco do Brasil que acaba de anunciar o fechamento de 402 agências de uma só vez e a transformação de 379 em postos de atendimentos. Só na região de Jundiaí já estão confirmados o fechamento de seis agências: na rua Pirapora, na Vigário JJ Rodrigues, na avenida Jundiaí, a agência no Fórum Jundiaí, na Ponte São João e na Avenida São João. Também serão fechadas uma em Jarinú, na Praça 17 de Abril, e outra em Campo Limpo Paulista, na Praça
ESTA AGENCIA IRA FECHAR! OS FUNCIONÁRIOS NÃO SABEM PARA ONDE VÃO. TRATE-OS COM CARINHO E EDUCAÇÃO, POR FAVOR!
DIretoria do Sindicato durante mobilização contra o fechamento de agências do BB
Castelo Branco. “Estamos considerando agências fechadas todas que foram transformadas em PAAs (postos de atendimento avançados), porque só servirão para fechamento de negócios, não oferecendo o atendimento dos caixas convencionais”, explica Silvio Rodrigues Santos, funcionário do banco e diretor do Sindicato
Anúncio chocante O anúncio chocou trabalhadores, sindicatos e a sociedade. “Ficamos sabendo dessa bomba pela imprensa. Tudo foi feito sem nenhuma negociação ou conhecimento do movimento sindical. Uma mudança radical como essa mexe com a vida de milhares de trabalhadores e de suas famílias, além de comprometer instituições como Cassi, Previ e Economus. É um retrocesso imenso, que atinge em cheio o papel do banco público como ferramenta de suma importância no desenvolvimento do país”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região, Douglas Yamagata. O presidente afirma que o Sindicato é contra o fechamento de qualquer agência, até porque o atual sistema financeiro conta com poucos bancos, diferente do que ocorria há 20 anos. ‘Quem vai sofrer com toda essa mudanças são os moradores dos bairros em que as agências serão fechadas”, afirma Douglas.
Além desse massacre, haverá ainda uma brutal redução no quadro de funcionários com o tal Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI), que deve acabar com 18 mil postos de trabalho. A justificativa apresentada pela instituição é de que a medida impactará na redução das despesas anuais na ordem de R$ 750 milhões.
Precarização e adoecimentos Em negociação no dia 22/11, cobrada pelos sindicatos, a direção do banco reafirmou O fechamento de agências e A transformação de unidades em PABs. “De cara, esse processo vai aniquilar 18 mil postos de trabalho do banco público”, alerta o diretor do Sindicato dos Bancários Silvio Santos. “É evidente que o fechamento de agências, a redução de estrutura de unidades e a saída de pessoal, sem que haja reposição, vai precarizar o atendimento e piorar as condições de trabalho, aumentando o número de adoecimento entre os funcionários”, diz Silvio, que é membro do Conselho Gestor do Cerest em Jundiaí. Acesse nosso site:
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Santander também fecha agência em Jundiaí Já está confirmado também o encerramento da agência do Santander na Rua Barão do Rio Branco, na Vila Arens. Dia 16 de dezembro a agência fecha as portas e a partir do dia 19 de dezembro os clientes serão transferidos para a agência da Vila Arens (próxima ao colégio Divino Salvador). O diretor do Sindicato, Irineu Romero Filho (Tacão), empregado do Santander, esteve reunido na Regional do banco em Jundiaí e foi informado que a maioria dos funcionários também será transferida para a outra agencia da Vila Arens. “Também me disseram que pode haver a transferência de funcionários para outras agências, mas ainda não obtivemos informação oficial do banco. Foi-me dito que não estão previstas demissões. Será?”, questiona o diretor.
Bradesco afirma que também deve fechar agências Em reunião com investidores, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, afirmou que o banco poderá fechar agências e transferi-las para postos de atendimento nos próximos meses. Até o momento, o banco vinha afirmando que não iria fechar agências com sobreposição de unidade do HSBC. Trabuco disse ainda que a decisão para a continuidade das agências sobrepostas serão baseadas nos balancetes e resultados das agências.
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2017: prepare-se para o tsunami de maldades Não dá nem pra acreditar que nosso país despenca ladeira abaixo em todas as áreas por conta do pacote de maldades que o governo Temer não cessa em anunciar. É uma porrada atrás da outra. Muita gente avisou que a saída da presidenta Dilma seria um retrocesso cavalar não só na economia, mas especialmente nas pautas de cunho social. Após 12 anos de crescimento econômico, que melhorou a vida dos mais pobres, Michel Temer, junto com o PMDB, com o PSDB, e um Congresso extremamente conservador, já tinha mandado avisar que viria pra aliviar a vida dos ricos, começando pelos banqueiros, e que iria iniciar um verdadeiro massacre contra os direitos dos trabalhadores. Dito e feito!
O que nos aguarda para 2017
Redução de empregos e redução de salários fazem parte do pacote de maldades do governo Temer
De cara o governo Temer já começou declarando que brasileiro só vai se aposentar a partir dos 65 anos. Um desrespeito aos milhares de trabalhadores e trabalhadoras, em especial aos que pegam pesado desde a infância nos grotões e áreas rurais do Brasil. Muitos dos quais nem chegam aos 60 anos de idade. O presidente ilegítimo já avisou que vai desvincular a aposentadoria do salário mínimo. Tem gente que com o novo cálculo não vai alcançar os R$ 300,00 de benefício. Ou seja, vai fazer uma reforma da Previdência sem consultar a sociedade, esmagando os benefícios de quem mais precisa. Muitas cidades dependem economicamente desse benefício. Em nossa região, o impacto será imenso. Serão mais de 78 mil pessoas, entre aposentados e pensionistas, sofrendo com as mudanças propostas pelo governo.
Reforma trabalhista: achatando ainda mais os salários Os direitos trabalhistas podem se tornar coisa do passado se o Congresso votar a favor das PECs que vão retirar direitos históricos e que foram tão difíceis de conquistar. Tramita um projeto que redefine as relações de trabalho, permitindo a terceirização plena. Se inicialmente a terceirização era um processo corrente em setores com pouca exigência de qualificação, como limpeza e segurança, atualmente essa modalidade de contratação de trabalho vem se expandindo, a exemplo dos bancários.
Reforma do ensino: educar para trabalhar. E só! O PLC 257, a reforma privatista do Ensino Médio via Medida Provisória, diminui a grade curricular (excluindo Filosofia e Sociologia) para preparar a juventude somente para o trabalho, sem nenhuma preocupação com a formação do pensamento e do senso crítico.
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PEC do Fim do Mundo: Agora já era
Manifestações contra a PEC dos gastos acontece em todo o país
Quem vai pagar essa conta? O governo insiste na questão da crise (que é mundial). Mas Aprovada no Senado em 29/11, a Proposta de Emenda quem vai pagar essa conta somos nós, trabalhadores, porque Constitucional 241 de 2016, criada pelo governo Temer, as grandes fortunas e heranças, com bilhões de impostos com a desculpa de equilibrar as finanças do governo, sonegados, não serão incomodadas com qualquer mudança e vai congelar os investimentos públicos em Saúde, junto com os bancos continuarão enchendo os cofres com os Educação e Assistência Social por 20 anos. Esse dinheiro juros da dívida pública. “economizado” servirá para pagar os juros da dívida pública, que atualmente consome quase metade do Qual será o impacto disso? orçamento do país. Já que o governo só fará o tal ajuste fiscal, sem nenhuma A medida recairá como uma bomba sobre todos preocupação em induzir o crescimento econômico, teremos os trabalhadores, incluindo os servidores públicos, e MAIS RECESSÃO. O resultado será mais desemprego, queda congelará por duas décadas investimentos em áreas de contínua no consumo, queda ainda maior na produção das indústrias, e aí sim poderemos ter uma crise histórica. suma importância para a população mais carente.
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Abuso no Bradesco continua O abuso na cobrança de metas e o cancelamento das férias do final de ano dos funcionários (para atingir metas e ganhar uma viagem) foi a gota d’água para os trabalhadores. Após pressão do Sindicato, o banco revogou o cancelamento das férias, mas a conduta do gestor continua a mesma. Combate ao assédio moral Segundo Douglas Yamagata, presidente do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região, a luta contra o assédio é uma das prioridades do Sindicato. “Temos recebido inúmeras
denúncias que comprovam o quão pressionados estão se sentindo os funcionários dos bancos. A busca por metas tem sido um abuso constante, levando nossa categoria ao adoecimento. Os banqueiros precisam entender que essa prática da meta abusiva também prejudica a empresa, porque as vítimas de assédio adoecem e passam a produzir menos. É um ciclo doentio que só traz desvantagens para os dois lados”, avalia. Veja mais em: www.bancariosjundiai.com.br
Fantasma da reestruturação volta a assombrar empregados da CEF O diretor do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região e empregado da Caixa, Sérgio Kaneko, obteve informações de que alguns empregados com função de tesoureiro foram convocados às pressas para reunião realizada no último dia 18 de novembro. Kaneko informa que nenhum empregado vinculado a entidades representativas, como sindicatos ou APCEF, esteve presente ao encontro. “A discussão envolveu a apresentação de um projeto piloto que transfere novas atribuições aos tesoureiros, que antes eram tarefa dos gerentes gerais e supervisores”, informa Kaneko. Segundo ele, os tesoureiros passariam a ser
subordinados diretamente a uma plataforma do projeto piloto na SR, sendo destacados com uma função equivalente a de gerente IV até a conclusão do projeto, que deve ser implantado até janeiro de 2017. O diretor Paulo Mendonça ressalta ser preocupante o fato de haver vinculação dos caixas a essa plataforma operacional, criando o popular ‘caixa itinerante’, sem lotação na agência. Os diretores lembram que o Sindicato de Jundiaí está acompanhando a implantação do projeto por meio de visitas constantes às agências envolvidas. Leia mais em: http:// b an c ar i o s ju n d i ai . c om . br / category/cef/
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Empregados da Caixa criam GT sobre descomissionamento
Em Jundiaí empregados da Caixa se reúnem para encaminhar propostas
No dia 24 de novembro foi instalado em Brasília o Grupo de Trabalho sobre descomissionamento. Embora a Comissão Executiva dos Empregados tenha solicitado os dados sobre a quantidade de descomissionados no dia 3/11, a Caixa não apresentou esses números na reunião. Por sua vez, o representante da empresa e coordenador da Mesa de Negociação, Sebastião Martins de Andrade, afirmou que todas as denúncias que forem apresentadas pelos sindicatos serão analisadas e obterão resposta dos gestores. Dionísio Siqueira, coordenador da CEE/ Caixa, orienta que todos os empregados atingidos pelo descomissionamento arbitrário procurem seus sindicatos, e que
as entidades se mobilizem para acolher a denúncia. Reunião em Jundiaí No dia 21 de novembro o Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região reuniu empregados da Caixa para abordar a criação de GT sobre o Fim do Descomissionamento Arbitrário e o Fim do Caixa Minuto. A reunião contou com a parceria da APCEF/ SP, representada na reunião pelos seus diretores Leonardo dos Santos Quadros e Edvaldo Rodrigues da Silva. A partir desta reunião, foram encaminhadas propostas aos GTs em Brasília. Leia mais em: http:// b an c ar i o s ju n d i ai . c om . br / category/cef/
Expediente Informativo do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região Filiado à Contraf/Fetec-SP/CUT Presidente: Douglas Yamagata Diretor Responsável: Antonio Cortezani Redação: Tarantina - Assessoria de Imprensa Diagramação/ Projeto Gráfico: Capsula Tiragem: 1.500 exemplares
Impressão: Metagraff
Contato:
(11) 4806-6650 Rua Prudente de Moraes, 843, Centro - Jundiaí - SP
Reestruturação no Itaú
Sindicato quer diálogo com novos regionais Ser funcionário do Itaú não é nada fácil. A “reestruturação” que o banco vem desenvolvendo comprova que os trabalhadores vão enfrentar ainda mais dificuldades, além das pressões cotidianas, das demissões que correm soltas e das mudanças no sistema de trabalho, como as agências digitais, que tem deixado os trabalhadores de cabeça quente. Somado a esse cenário de insegurança e pressão, tem ainda a última gestão dos regionais de Jundiaí (área comercial e operacional) que deu o que falar. Atento às denúncias e às práticas abusivas na busca insana por metas, o Sindicato quer dialogar com os regionais que vem para assumir cargos na região. “Os últimos
regionais apresentaram uma política que desagradou, perseguiu e adoeceu os trabalhadores. Não vamos permitir que os novos gestores também tornem a vida dos bancários em um pesadelo”, afirma Letícia Mariano, secretária-geral do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região. Para reverter esse quadro, o Sindicato procurará diálogo com os novos gestores, através de reuniões. “Nossa região está carente de regionais no Itaú que desenvolvam uma gestão saudável, sem abuso, sem ameaças. Nosso objetivo é fazer com que os trabalhadores, que sempre deram o sangue pelo banco, sejam respeitados e tenham seus direitos cumpridos”, conclui Letícia.
Sindicato participa de Seminário sobre Direitos LGBT O Sindicato dos Bancários de SP, juntamente com o escritório de advogados Crivelli, realizou no dia 23 de novembro um seminário especial sobre Direitos LGBT: dignidade e trabalho. O Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região contou com a participação das diretoras Letícia Mariano e Lívia Bernuci. Letícia destaca que o Sindicato sempre lutou por uma sociedade livre, justa e igualitária. “Nossas lutas são diárias e as conquistas históricas”. Segundo ela, a categoria bancária é uma das pioneiras na garantia de direitos aos LGBTs. “A Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários assegura, em todo o país, a extensão de todos os direitos usufruídos por casais heterossexuais aos pares homoafetivos”, informa. Para Rose Gouvea, advogada e militante da ONG Aliados, de Jundiaí, a população LGBT “se esconde” por medo do preconceito. “Dessa forma acabam mantendo os papeis sociais que o empregador e a sociedade de forma geral impõem. Ou seja, vivem presos dentro de si
mesmos”. Para avançar na CCT é importante inserir a população LGBTnapauta,sabersuasdemandas, combater as discriminações. Para tanto, os LGBT’s precisam de VISIBILIDADE! Nas diferenças, somos todos iguais!
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2017 será um ano em que todos os brasileiros precisarão lutar e resistir contra as medidas extremas tomadas pelo governo Temer e o Congresso Nacional, que promovem um retrocesso histórico em todos o país, retirando conquistas de trabalhadores, aposentados e estudantes. É o momento de nos mantermos mobilizados e unirmos nossas forças para defender nossa pátria, nossa democracia, nossas riquezas naturais e nossos direitos.
Faça parte dessa luta e ajude-nos a continuar defendendo tudo que conquistamos.
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