Jornal dos Bancários - nº 547 - Dezembro2018 - Janeiro/2019

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Edição: 548 | Dez/2018 - Jan/2019

bancariosjundiai.com.br

CONSTRUINDO O RAMO FINANCEIRO

BANCÁRIOS ELEGEM NOVA DIRETORIA DO SINDICATO Caixa

Itaú BB

Bradesco

Santander

Com 98,5% dos votos, associados elegem a nova gestão para o triênio 2019-2021. Cientista político Paulo Malerba será o novo presidente Novo Governo

Bradesco

CEF

Como será o amanhã?

Justiça condena CEF por ‘quebra de caixa’

Presidente do Bradesco quer fechar mais 150 agências

Pg. 7

Governo eleito já coloca em prática a pauta do retrocesso

Pg. 6

Pg. 8

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Sindicato consegue adiar votação de projeto que dispensa portas de segurança: A ameaça continua.

Trabalhadores temem buscar direitos

Após um ano de reforma trabalhista, o desemprego não teve redução importante, mas a redução no número de processos trabalhistas foi o principal resultado da reforma trabalhista. Por meio de abaixo-assinado e convencimento dos vereadores, a diretoria do Sindicato conseguiu adiar a votação do projeto que dispensa portas de segurança nas agências bancárias de Jundiaí. O projeto, que seria votado no dia 24 de novembro, foi adiado para o dia 14 de maio de 2019. Antes disso, a Câmara deve realizar audiência pública para ouvir a opinião dos trabalhadores e da sociedade. Paulo Malerba, diretor do Sindicato, diz que o adiamento da votação foi uma vitória por conta da mobilização da categoria. “A nossa categoria se manifesta contrária ao projeto. A retirada das portas pode gerar danos irreversíveis, colocando em risco a vida de funcionários e clientes das agências”, disse. O projeto, de autoria dos vereadores delegado Paulo Sergio Martins e Gustavo Martinelli, pretende tornar dispensáveis as portas de segurança quando houver outros sistemas como alarmes, câmeras e vigilância.

Portas de segurança já reduziram assaltos em 88,6% De acordo com a Febraban, houve redução de 88,6% nos assaltos ocorridos em agências desde o ano 2000 com adesão da maioria dos municípios à instalação das portas de segurança. Em Jundiaí os números também comprovam que depois da instalação das portas, em lei municipal de 1996, de autoria do vereador Mauro Menuchi, houve redução no número de crimes e, principalmente, de mortes no ambiente bancário, algo comum antes. Em 2014, Paulo Malerba, quando vereador, ajudou a aprimorar a lei, ampliando a colocação para áreas de autoatendimento do público. Segundo ele, a retirada das portas pode estimular a migração das explosões aos caixas eletrônicos durante a madrugada para os assaltos durante o expediente, como acontecia de forma recorrente nos anos 1980 e 1990.

Os trabalhadores, com preocupação de serem condenados a pagar custas e honorários, preferem evitar buscar seus direitos pela via judicial. A redução no ano de 2018 foi de 38%. No caso dos bancos, a redução foi de cerca de 60%. Desse modo, criou-se um constrangimento financeiro para que as pessoas não se socorram do judiciário quando necessário, algo inconstitucional, mas que no Brasil dos dias de hoje acontece com normalidade.

Portas de segurança O único banco da região de Jundiaí que não cumpre a lei que exige as portas de segurança detectoras de metais é o Santander, especificamente a agência 040, que já está no novo conceito do banco, de shopping. Apesar das inúmeras reclamações do sindicato, o banco segue em desacordo com a lei. A Prefeitura e o Ministério Público (MP) foram acionados e investigam a conduta do banco. O MP abriu inquérito civil. Estranhamente, no último mês de novembro, a Câmara Municipal quis votar um projeto dos vereadores delegado Paulo Sérgio e Gustavo Martinelli para dispensar a obrigação de portas de segurança em Jundiaí. Estamos de olho!

Expediente InformativodoSindicatodosBancáriosdeJundiaíeRegião-FiliadoàContraf/Fetec-SP/CUT Presidente: Douglas Yamagata Diretor Responsável: Antonio Cortezani Redação: Tarantina - Assessoria de Imprensa

Diagramação/ProjetoGráfico:GuilhermeHilário Tiragem: 1.500 exemplares Impressão: Metagraff

Contato: (11) 4806-6650 RuaPrudentedeMoraes,843,Centro-Jundiaí-SP


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Bancários elegem nova diretoria do sindicato Paulo Malerba, bancário e doutor em Ciência Política, será o presidente do triênio 2019-2021. Chapa obteve 98,5% dos votos de associados. O Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região elegeu a nova diretoria para o triênio de 2019-2021. O doutor em Ciência Política, Paulo Malerba, será o presidente da nova gestão composta por 24 diretores representando os cerca de 2.100 bancários da base do Sindicato, que inclui as cidades de Jundiaí, Várzea Paulista, Caieiras, Campo Limpo, Cajamar, Franco da Rocha, Francisco Morato, Jarinu e Itupeva. O Sindicato é o que mais tem trabalhadores sindicalizados na região. Entre as prioridades da nova gestão estão a defesa do emprego e o combate às novas formas de contratação, criadas com a aprovação da Reforma Trabalhista, como a terceirização ilimitada, contratos intermitentes, trabalho autônomo, entre outros. A defesa das empresas públicas, o combate ao assédio moral e as metas abusivas também são ações a serem intensificadas no novo mandato. A posse da nova diretoria acontece em fevereiro de 2019. Pela primeira vez nosso Sindicato será presidido por um bancário do Banco do Brasil. Paulo Malerba, de 34 anos é funcionário do BB há 15 anos. Em 2009 ele ingressou no Sindicato e agora será o presidente da nova gestão. Malerba é doutor em Ciência Política pela Unicamp. Em 2016 foi avaliado como o melhor vereador de Jundiaí pelo Voto Consciente. Neste bate-papo ele conta quais são suas prioridades para os próximos três anos do mandato que se inicia em 1º de janeiro. Qual é o papel do presidente na diretoria dos Bancários de Jundiaí e região? O presidente tem um papel de liderança e diálogo para fortalecer o Sindicato. Parte importante do trabalho é encontrar a harmonia entre os dirigentes sindicais e os trabalhadores, incentivar que todos participem das discussões e atividades do Sindicato. Além disso, é quem representa a entidade perante a sociedade, que estabelece o contato com os outros sindicatos, a federação e a confederação, portanto, é sempre necessária a atenção e atuação nos debates em nível local e nacional.

Escrutinadores fazem contagem de votos. Urnas circularam nas agências das nove cidades da base do Sindicato O que você considera como prioridades da nova gestão para 2019? Sem dúvida, as novas tecnologias e a reforma trabalhista trazem muitas dificuldades para a classe trabalhadora, em especial, para a manutenção dos empregos. Desse modo, temos como prioridade a garantia de empregos e dos direitos de nossa categoria e dos direitos sociais e trabalhistas de modo mais amplo, como no caso da previdência, bem como a defesa dos bancos públicos, que são fundamentais para o país. O que é preciso reverter com maior urgência nas agências locais? Precisamos trabalhar constantemente por melhorias nas condições de trabalho. Há muitos bancários e bancárias que ficam doentes em razão do excesso de metas e intensidade do trabalho. Esse é um tema que está presente em todas as nossas ações. É possível fortalecer a luta do Sindicato mesmo durante um governo de extremadireita? O momento agora é defensivo, isso é, de resistência e de preservação das conquistas. Em um governo como esse, o papel do Sindicato é ainda mais fundamental, pois é quando precisamos de organização,

unidade e força diante de um cenário que se busca retirar ou reduzir direitos, como na proposta de “reformar” a previdência. De um lado, há o governo, grandes empresários e financistas mobilizados, nós, do outro lado, precisamos ter capacidade de analisar e agir para assegurar que não se prejudique os trabalhadores e trabalhadoras e aos mais pobres.

Pela primeira vez bancário do BB presidirá o Sindicato


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Governo eleito e a p Como será o amanhã? O governo Bolsonaro vai mesmo colocar em prática tudo o que havia prometido durante a campanha? Será um governo pautado pelo “desfazer”? Ainda antes da posse, as mensagens que chegaram do novo governo eram contraditórias e preocupantes. Começando pelas privatizações. No dia 23 de novembro de 2018, o ministro da economia, Paulo Guedes, convidou Salim Mattar, dono da Localiza National, para a Secretaria Geral de Desestatização e Desmobilização. A pasta será responsável pelo Desinvestimentos e privatizações do patrimônio público. Guedes havia sugerido também a possibilidade de uma fusão nas operações brasileiras entre BB e Bank of America, bem como a venda de ativos de setores importantes dos bancos públicos, como a BBDTVM, gestora de investimentos do Banco do Brasil e, na Caixa Econômica Federal, os setores de cartões de crédito e seguros.

Nomeou para ambos os bancos, profissionais que não são de carreira. O economista Pedro Guimarães, indicado da CEF, foi apresentado como especialista em privatizações, tendo assessorado a venda do Banespa e é sócio do Banco Plural. Rubem Novaes, futuro presidente do BB, declarou que fará o enxugamento e privatizará “o que for possível” no banco, por meio do mercado de capitais. Bolsonaro disse que a venda total das duas instituições “não está no radar”, contudo, suas declarações, além de contraditórias, não afastam o risco de esvaziamento das instituições, com a venda dos setores mais rentáveis. Em ambos os casos, o conflito de interesses entre a iniciativa privada e o setor público são notórios e suscitam preocupação dos funcionários quanto aos rumos das instituições, que se mostraram essenciais ao desenvolvimento do país.

Petrobrás Será dirigida pelo economista Roberto Castello Branco, defensor ferrenho das privatizações. Segundo ele, “a Petrobrás precisa acelerar seu plano de Desinvestimento”. Ele propõe a venda de ativos que vão desde campos de petróleo, em terra e em costa, à saída de parcerias com outras empresas – caso da petroquímica Braskem – ou em áreas de exploração de petróleo fora do país. ‘’Vender patrimônio público estratégico para cobrir déficit orçamentário é um erro, principalmente em momento de crise econômica, quando os ativos estão desvalorizados’’, alertam economistas. A ineficiência e a corrupção não são justificativas para a privatização e, justamente por isso, a legislação de países hegemônicos proíbe a venda de setores estratégicos ao capital estrangeiro.

Após reajuste para salário de 39 mil, juízes vão ao STF cobrar auxílio-alimentação Enquanto isso, mantem-se privilégios de magistrados, militares e políticos e não se cobra as grandes dívidas com o INSS. Tampouco cria-se políticas públicas com objetivo de estruturar o mercado de trabalho brasileiro, pelo contrário, Bolsonaro defende ainda maior flexibilidade, sendo que metade das pessoas economicamente ativa está na informalidade. Se essas pessoas forem inseridas em regimes formais seria possível ampliar a arrecadação previdenciária.


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pauta do retrocesso Total de pobres no país cresce a 54,8 milhões em 2017, afirma IBGE Em um ano, 2 milhões de brasileiros passaram a viver com menos de R$ 406 por mês

Reforma da Previdência Sem conseguir apoio para aprovação das reformas antes de sua posse, Bolsonaro já declarou que pretende apresentar a Reforma da Previdência ainda no início de 2019. Segundo defende sua equipe econômica, o melhor modelo é o de capitalização individual, cada um com sua conta e os valores depositados remunerados no tempo. Esse modelo mostrou-se ruim onde foi aplicado, como no caso do Chile, que agora busca reverter seus efeitos. Na prática, o modelo levou milhares de idosos à pobreza e a ganharem valores inferiores a um salário mínimo, em alguns casos apenas

30% do piso nacional, que não é obrigatório de ser seguido para aposentadorias e pensões naquele país. Portanto, esse tema deve merecer especial atenção dos trabalhadores, estejam próximos a se aposentar ou não, pois seus resultados serão graves. A criação da idade mínima, a elevação do tempo de contribuição, a redução das aposentadorias, prejudicará somente aos trabalhadores e aos mais pobres, enquanto não se respeitar as receitas obrigatórias estabelecidas na Constituição Federal para financiar a seguridade social e que cobririam qualquer déficit.

A crise e o aumento das taxas de desemprego em 2017 fizeram o contingente de pobres no país aumentar em 2 milhões, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística). Havia 54,8 milhões de brasileiros nessa situação no ano passado, ou 26,5% da população brasileira, segundo IBGE. Em 2016 eles eram 25,7% dos brasileiros. Pela linha definida pelo Banco Mundial —que é a métrica adotada pelo IBGE—, são considerados pobres aqueles que vivem com até US$ 5,50 por dia (o equivalente a R$ 406 por mês, segundo a cotação do período analisado) por dia. Também aumentou a quantidade de crianças que vive

em domicílios pobres, passando de 42,9% para 43,4% do total da população com até 14 anos. A Síntese de Indicadores Sociais do IBGE também analisa a prevalência de pobreza considerando as características das pessoas de referência dos domicílios. EXTREMA POBREZA Também cresceu o número de brasileiros em extrema pobreza, um recorte entre os pobres que mostra uma faixa ainda mais vulnerável. No ano passado, 15,2 milhões de pessoas estavam nessa situação. O recorte considera aqueles que vivem com menos de US$ 1,90 por dia (R$ 140 por mês), ainda pela linha do Banco Mundial. Fonte: Folha de S. Paulo

Confira a matéria completa em nosso site www.bancariosjundiai.com.br


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jurídico

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Bradesco deve fechar mais 300 agências até 2019 O Bradesco quer fechar 300 agências até 2019. A notícia veio poucos dias depois do banco ter anunciado um lucro de R$ 15,7 bilhões nos noves primeiros meses de 2018, um crescimento de 11,1%, em relação ao mesmo período de 2017 e de 6,0% na comparação ao trimestre anterior. Em doze meses, já foram fechadas 193 agências e 35 postos de atendimento (PA). “Nós queremos saber quais agências serão fechadas, onde e em quais condições os funcionários irão trabalhar. Esse processo deve ser discutido com os sindicatos e os funcionários, pois tem um forte impacto na vida de todos”, argumenta Douglas Yamagata, presidente do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região e funcionário do Bradesco.

Em doze meses, já foram fechadas 193 agências e 35 postos de atendimento (PA).

Magaly Fagundes, coordenadora da COE (Comissão dos Empregados que negocia com o banco) afirma que a cláusula 54 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários, de realocação e requalificação profissional, está pautada com o banco com o objetivo de que

o Bradesco faça adesão à presente cláusula, que trata de situações específicas decorrentes de reestruturações organizacionais. Acompanhe mais notícias sobre o Bradesco em nosso site www.bancariosjundiai. com.br

Justiça ordena CEF a pagar “quebra de caixa”

Desta vez a Justiça condenou a CEF ao pagamento do adicional de “quebra de caixa” para os bancários que trabalham nas funções de Caixa, Tesoureiro e Avaliador. A 3. ª Vara do Trabalho de Jundiaí (juíza Michele do Amaral), em decisão favorável aos trabalhadores, condenou a CEF a pagar o adicional de ”quebra de caixa” para todos os empregados que exerceram ou que venham a exercer

as funções de Caixa/ Te s o u r e i r o / A v a l i a d o r, dentro da base territorial do Sindicato (Jundiaí, Várzea Paulista, Campo Limpo Paulista, Jarinu, Itupeva, Cajamar, Francisco Morato, Franco da Rocha e Caieiras) desde 2012. Ainda cabe recurso da decisão, no entanto, tratase de uma vitória e um passo importante para que os bancários da CEF tenham esse direito garantido e respeitado.

itaú

Renovação da CCV Os acordos de CCV foram renovados por mais dois anos, assim como o acordo referente ao ponto eletrônico. Quem saiu há até dois anos do banco poderá buscar soluções extrajudiciais em temas como horas extras, férias, equiparação salarial, dentre outros. Com a contrarreforma trabalhista, aprovada em 2017, o mecanismo de CCV

torna-se cada vez mais procurado como meio para encontrar soluções sem recorrer ao Judiciário. O Banco Itaú paga os valores acordados em até 10 (dez) dias úteis. Os acordos são realizados junto ao sindicato e deve ser agendado pelo interessado com antecedência no departamento jurídico da entidade. Quanto ao ponto

eletrônico ficam renovadas as cláusulas que estabelecem que não poderá ter limitação para registrar a jornada de trabalho real, tampouco registros automáticos no sistema. Do mesmo modo, não é necessária autorização prévia para registrar a realização de horas extras, e o gestor não pode eliminar os dados registrados.

Reestruturação O Sindicato segue atento à reestruturação do modelo digital realizado pelo banco Itaú, que migrou diversas carteiras jurídicas e físicas para a plataforma digital, que causa preocupação nos funcionários, quanto aos empregos e continuidade dos trabalhos. Assédio Moral O Sindicato segue apurando dois casos recentes de denúncia de assédio moral em Jundiaí e região. As informações obtidas mostram que a forma de gestão extrapolou o aceitável.


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Sindicato

banco do brasil

Mais 17 promotoras legais populares para Jundiaí

A segunda turma de Promotoras Legais Populares de Jundiaí e Região se formou no dia 30 de novembro. Foram nove meses de encontros semanais debatendo temas como maternidade, participação política, violência de

gênero, acesso à justiça, saúde e educação. Dezessete novas PLPs foram certificadas. O projeto social tem incentivo do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região, onde são realizados os encontros semanais.

Contraf-CUT renova acordo de CCV

Foi renovado por mais dois anos, até o final de 2020, o acordo das Comissões de Conciliação Prévia (CCV) para os funcionários do Banco do Brasil sobre as questões de relações de trabalho, antes de serem levadas ao judiciário. A negociação foi coordenada pela Contraf-Cut, com assessoria da Comissão Executiva dos

Empregados (CEE) do BB. O principal público das CCVs são os funcionários em cargos de seis horas que cumprem ou cumpriam oito horas diárias e podem negociar, junto ao sindicato, a adesão ao acordo. O atual modelo de CCV mantém as condições e parâmetros do anterior.

Santander

Santander no controle do Banco Central

O executivo do Banco Santander, Roberto Campos Neto, irá comandar o BC a partir de janeiro, no governo Bolsonaro. A indicação reforça novamente o conflito de interesses entre a autoridade que deveria regular e fiscalizar o setor bancário e os bancos, que continuarão a controlar a política monetária, cambial e creditícia do país conforme seus interesses. Além disso, Campos Neto é um dos

nomes mencionados no escândalo “Bahamas Leaks” a famosa lista internacional de empresários, banqueiros e executivos que possuem offshores no paraíso fiscal. O Santander foi aliado de primeira hora na reforma trabalhista e da previdência, defendendo ambas publicamente.

Mesas temáticas são implantadas com reivindicação sobre a Cassi

As mesas temáticas de negociação presentes no último acordo coletivo começaram a funcionar na segunda-feira (26/11), em reunião entre a direção do Banco do Brasil e a Contraf-Cut. São elas: saúde e segurança no trabalho, teletrabalho e escritórios digitais e entidades patrocinadas de bancos incorporados. Um dos primeiros temas cobrados pelos sindicatos foi

a retomada de negociação sobre a Cassi, na medida em que foi apresentada uma proposta de consenso entre as entidades representativas dos funcionários, com auxílio e apoio técnico da diretoria da Cassi. A Contraf reiterou a disposição em negociar uma proposta sustentável e de longo prazo para a Cassi, que seja discutida com o funcionalismo.


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Declaração Universal dos Direitos Humanos completa 70 anos A Declaração Universal dos Direitos Humanos completou 70 anos no último dia 10 de dezembro. A data comemorativa acontece num momento em que muitas garantias às pessoas são questionadas, não respeitadas ou ameaçadas. A declaração, surgida num contexto posterior aos crimes bárbaros da segunda guerra, em particular o holocausto, foi aprovada pela comunidade internacional e buscou assegurar a proteção mínima aos direitos das pessoas, para que aqueles fatos, surgidos pelo desrespeito a outro ser humano, não voltassem a acontecer. Embora muitas pessoas não reconheçam, suas individualidades são protegidas pelos direitos humanos, entre eles, o direito à vida, às liberdades de opinião e expressão, o direito de trabalhar, direito à educação, à informação, de se casar consensualmente, de se associar a religiões, partidos, sindicatos, de reivindicar, de ser respeitado independente de sua nacionalidade,

Eleanor Roosevelt segurando a Declaração Universal de Direitos Humanos em 1948 origem social, de sua raça, gênero, orientação e garantias fundamentais. Desse modo, o poder sexual, todas essas são garantias da declaração, público deve tanto respeitar quanto garantir absorvidas em diversos países. a aplicação adequada dos direitos humanos, Obrigar os Estados a tratarem cada pessoa aplicando as sanções a quem não os cumprir, como um sujeito de direitos e de dignidade muitas vezes contra os próprios agentes estatais. é o grande legado da declaração, pois coloca Portanto, a data é de comemoração e de se um limite sobre o qual nenhuma instituição reafirmar o compromisso com os direitos ou pessoa pode ultrapassar contra um ser humanos, que devem proteger a cada uma e a humano. Historicamente, foram os Estados que todas as pessoas. patrocinaram as maiores violações aos direitos

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

PDV irá aumentar a sobrecarga dos empregados Vem aí

365 Se a situação nas agências Caixa já é complicada, a partir de agora, com a adesão de mais pessoas ao novo Plano de Demissões Voluntárias (PDV), ela deve piorar. O objetivo da CEF é desligar até 1600 empregados em todo o Brasil. O PDV continua com a política de enxugar a quantidade de empregados, que chegou a ser mais de 100 mil em 2014 e hoje é de cerca de 84 mil. Com isso, os empregados estão sobrecarregados nas agências, o atendimento fica precário e as condições de trabalho pioram. A realização de PDVs seguidos e a falta de concursos públicos, que

eram comuns na década passada, levam a situação ao limite e muitos empregados são afastados da rotina de trabalho ou precisam tomar medicamento devido aos transtornos mentais causados pelo estresse. É possível ser eficiente, com qualidade e garantir um atendimento digno à população. Para isso, faz-se necessário investir no principal ativo da Caixa, que são seus empregados. Vamos continuar mobilizados e cobrar melhorias na Caixa, que presta um relevante trabalho ao país e precisa ser valorizada.

Novas oportunidades de lutarmos por um Brasil mais justo

Feliz 2019


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