Jornal dos Bancários - nº 531 - Maio/Abril/2016

Page 1

Ano 28 | Edição: 531 | Maio/2016

CONSTRUINDO O RAMO FINANCEIRO

bancariosjundiai.com.br

Governo Temer quer sugar o sangue do trabalhador

Começa Campanha Salarial 2016 e financiários já definem pauta

Temer entrega o BC para o Itaú

30 anos

Veja como foi a festa que também celebrou reeleição da diretoria

ACOMPANHE NOSSA LUTA!

/bancarios.jundiai

Bancários Jundiaí

bancáriosjundiai.com.br


2

Edição 531 - Maio/2016

Começa campanha salarial 2016 A Campanha Salarial de 2016 já começou. Os trabalhadores se reunirão ao longo do mês de junho para debater a situação da categoria em cada banco e definir suas prioridades para a construção das pautas

específicas de reivindicações e posteriormente a pauta unificada em nível nacional. Os bancos que se reúnem em junho são BB, Caixa, Itaú, Bradesco, HSBC, Mercantil do Brasil e Santander.

Financiários definem pauta de reivindicações Com o tema “Rumo à organização do ramo”, a 1ª Conferência Nacional dos Financiários, realizada entre os dias 12 e 14 de maio, reuniu na sede da Contraf-CUT trabalhadores e trabalhadoras do ramo, com o objetivo de definir as reivindicações e estratégias de luta do setor. Durante três dias, os financiários deliberaram as prioridades da minuta da categoria e o calendário da campanha salarial, com data-base em 1º de julho. A secretária-geral do Sindicato de Jundiaí, Letícia Mariano, lembra que por conta da terceirização o ramo financeiro é muito fragmentado. “Temos cerca de 900 mil trabalhadores divididos em diversas categorias, como bancários, financiários, securitários, lotéricos e demais trabalhadores em correspondentes, entre outros. Nosso papel como Sindicato é a organização desses trabalhadores para fortalecer a luta e a construção de um ramo de atividade”.

Pauta de Reivindicações Para a construção da minuta de reivindicações, os debates foram divididos entre os temas: 1) emprego e remuneração; 2) saúde, condições de trabalho e igualdade de oportunidades; 3) sistema financeiro e organização do ramo. “É um público relativamente novo e o desafio para o movimento sindical é conhecer a rotina e a realidade de fato desses trabalhadores e suas necessidades. Por isso da importância dessa conferência, na qual os trabalhadores puderam trazer suas demandas especificas” explica Sérgio Kaneko, diretor do sindicato. Segundo ele, ainda há muito o que avançar na representação dos trabalhadores do Ramo Financeiro, e por isso a importância de os financiários participarem das atividades do sindicato. Para Letícia, a minuta contemplou os anseios da categoria. “Agora temos que nos manter mobilizados para que a Campanha 2016 seja vitoriosa”.

Editorial O governo Michel Temer já começa mal, acenando para a implementação de seu projeto “Uma ponte para o futuro”. Aliás, já começou mal na nomeação de seus ministros, onde não se vê sequer nenhuma representação feminina. É a tradução mais original daquilo que representa hoje o Congresso Nacional, composta majoritariamente pela bancada do Boi -Bala-Bíblia. O afastamento de Dilma Rousseff por 180 dias é o prazo que Michel Temer terá para aprovar os principais projetos colocados e que afetarão, sobretudo, os direitos dos trabalhadores, reduzindo também os investimentos sociais, principalmente em saúde e educação. Além disso, é evidente a preparação de um ataque ao setor público, incluindo o Banco do Brasil e a Caixa. Oportunamente, o que se verá daqui para a frente é o discurso de que o país está mal, e que para tanto, será necessário aprovar redução de direitos trabalhistas, aumentar impostos para gerar arrecadação, aumentar os juros para estancar a inflação e entregar parte ou totalmente o setor público à iniciativa privada. Ideia nada genial, pois nada mais é do que a finalização do projeto neoliberal dos anos 1990 deixada incompleta por FHC. No entanto, o que nos motiva é a onda de resistência dos

movimentos sociais, sindicais e estudantis que cresce dia a dia. Soma-se a isso a popularidade de Michel Temer que diminui rapidamente. Além disso, os trabalhadores já começam a perceber o golpe em seus direitos e a armadilha para o qual foram arrastados. Sendo assim, é importante que todos os trabalhadores saibam que este é um momento decisivo não só no seu trabalho, mas em suas vidas, onde o resultado poderá ser irreversível, com a destruição definitiva de direitos históricos. Mas, ainda há tempo de resistir e teremos de estar todos unidos para evitar que tenhamos uma sociedade precária, sem direitos e ainda mais injusta. Douglas Yamagata Presidente do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região

Expediente Informativo do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região Filiado à Contraf/Fetec-SP/CUT

Contato:

(11) 4806-6650 Rua Prudente de Moraes, 843, Centro - Jundiaí - SP

Presidente: Douglas Yamagata Diretor Responsável: Antonio Cortezani Redação: Tarantina - Assessoria de Imprensa Diagramação/ Projeto Gráfico: Capsula Tiragem: 2.000 exemplares Impressão: Metagraff

acesse nosso site:

www.bancariosjundiai.com.br


3

Edição 531 - Maio/2016

BRADESCO

SANTANDER

Bancários fazem Dia Nacional de Luta no Bradesco e protestam contra demissões

Santander acaba com espaço Van Gogh

O dia 25 de maio foi marcado pelo Dia Nacional de Luta no Bradesco. Agências de todo o país foram paralisadas para leitura da pauta de reivindicações apresentada pela Comissão de Organização de Empresa. Em Jundiaí, o Sindicato dos Bancários fez a leitura da minuta para os funcionários na agência do Centro, que ficou paralisada por uma hora. Só em 2015, o Bradesco, maior banco de ativos do país, demitiu 4.569 funcionários. Em 2016 já foram extintos 1.500 postos de trabalho. A mobilização é também uma resposta dos bancários diante do descaso do banco em resolver os problemas do plano de saúde e odontológico. Confira as principais reivindicações da Minuta apresentada no Dia Nacional de Luta: - Aumento no número de empregados

Com clientes ficando de saco bem cheio em ter que ajudar os amigos bancários a cumprirem metas e as vendas de produtos despencando, o Santander decidiu cortar o serviço vip Van Gogh com a desculpa de diminuir despesas e, claro, para super aumentar seus lucros. Mas como o combinado não é caro, fica a questão: o Van Gogh não foi criado justamente para clientes vips, com condições de pagar mais por um serviço diferenciado? E agora esses clientes são surpreendidos com o fechamento do espaço e do atendimento diferenciado? E os caixas que atendiam no espaço? Vão para a bateria com os demais caixas? Por quanto tempo? Segundo apuramos, a ordem só foi disparada na Diretoria da Rede Sul e, segundo nossas fontes, teria vindo diretamente da superintendente Marilize, que muito provavelmente esteja servindo de balão de ensaio para toda a rede. Outra pergunta que não quer calar e que direcionamos às mentes brilhantes que idealizaram essa ação: se o banco está operando com corte em parte do serviço, cadê o corte dessa tarifa? Perguntas que, certamente, o banco nunca irá responder.

- Garantia de que agências tenham mínimo de 04 caixas - Garantia de estabilidade de emprego em casos decorrentes de processos de fusão ou aquisição de novos bancos ou empresas - Que as metas sejam de caráter coletivo como forma de combate às metas abusivas - Criação de Plano de Carreira, Cargos e Salários com critérios claros - Participação complementar nos lucros (4% do lucro líquido apurado no exercício anterior) - Concessão de Auxílio Educacional aos funcionários - Inclusão dos pais no Plano de Saúde - Garantia de aposentadoria com plano de saúde - Ampliação da rede de atendimento do plano de saúde e odontológico

Novidade

- Vedar a demissão ou retaliação de empregados com doença ocupacional - Estabilidade provisória para vítimas de sequestro, extorsão ou assalto - Incentivo à diversidade cultural com o Vale-Cultura - Instalação de biombos entre fila de espera e bateria de caixas - Portas de segurança em todas as agências e PAA - Criação de Plano de Previdência Fechada - Complementação de aposentadoria e pensão por morte e invalidez - Promoção da diversidade e igualdade de oportunidades - Respeito ao direito de greve - Reembolso de gastos extraordinários para atividades de trabalho Confira a Pauta completa em: bancariosjundiai.com.br

descontos de a

30 50

%


4

Edição 531 - Maio/2016

Temer quer sugar o sangue Governo interino quer que Brasil tenha leis trabalhistas que esfolam o trabalhador, como já acontece no México, Índia e EUA O golpe instalado no Brasil com o afastamento da presidenta Dilma Rousseff vem com tudo para reduzir e extinguir direitos trabalhistas. A “modernização” proposta pelo governo Temer vai direto na jugular dos trabalhadores com o anúncio do pacote de maldades, começando pela instituição da idade mínima para aposentadoria, a desvinculação da aposentadoria do salário mínimo, a nomeação de um ministro do trabalho que é a favor da terceirização e de uma reforma trabalhista que vai empurrar o Brasil ladeira abaixo, reduzindo direitos ao máximo, como já ocorre em vários países do mundo, nos quais a terceirização corre

solta, a negociação de contrato é feita diretamente entre empregado e patrão - retirando garantias e a força da negociação coletiva -, o tempo de férias é mínimo e onde 13º e FGTS são lendas. Ou seja, numa provável reforma trabalhista, o governo interino vai copiar o que há de pior nas leis trabalhistas de outros países, a exemplo do que fez Carlos Menem, o FHC argentino, que retirou direitos, levou o país à taxa de desemprego de mais de 20 por cento e à uma das piores recessões que a Argentina já teve. A diretoria do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região, alerta todas as categorias sobre a im-

portância da união. “A classe trabalhadora precisa entender que os direitos históricos estão em jogo. Temos que unir nossas forças para combater esse mal que ameaça se instalar no país. E por isso é tão importante que cada um faça parte desse movimento contra as mazelas que o governo Temer está propondo. É importante ressaltar: os sindicatos não terão força sozinhos. É preciso que cada trabalhador e cada trabalhadora esteja unido nessa luta pela manutenção e garantia de direitos que levamos décadas para conquistar”.

Ralação sem fim

O governo Temer quer mesmo subir no lombo do trabalhador brasileiro, que já rala mais do que se trabalha na maioria dos países desenvolvidos. Já na década de 30, os EUA e a Europa Ocidental criaram leis fixando a jornada de trabalho semanal em 40 horas. O Brasil, por outro lado, manteve uma jornada de 48 - além de 12 horas extras permitidas por lei - até 1988, quando a Constituição foi alterada. Só então a jornada máxima passou Derrocada de direitos pode levar o Brasil a ter uma das piores leis trabalhistas do mundo, como já acontece em países onde a terceirização corre solta.

Jornada semanal: 44 horas

Brasil

Licença maternidade – uma conquista dos governos Lula e Dilma. Hoje, em várias empresas, as mulheres tem direito a 120 dias de licença remunerada. 13º salário Férias – 30 dias

Índia Jornada: de 40 a 60 horas É um dos que tem as piores leis, semelhante aos EUA, com péssimas condições de trabalho e salários baixíssimos. Férias - A Índia não prevê férias remuneradas obrigatórias. Na realidade, não é prevista a necessidade de

concessão de férias, a menos que seja sem remuneração. Não é incomum, no entanto, que seja negociada a possibilidade de férias durante a negociação do contrato – estrangeiros que trabalhem no país, por exemplo, geralmente costumam obter um regime de férias semelhante àquele de seu país.

México Jornada semanal: 48 horas Férias: 6 dias ao ano A reforma trabalhista aprovada no final de 2012 no México, que incluiu a regulamentação da terceirização e alterações nos mecanismos de responsabilidade solidária em casos de subcontratações, fez que a situação de trabalhadores terceirizados piorasse de maneira generalizada, apontam movimentos sociais, organizações da sociedade civil e sindicatos que atuam no país. Segundo dados oficiais, não houve diminuição das taxas de desemprego, conforme era defendido por empresários e demais defensores da regularização. Nem a flexibilização de contratos, nem a facilidade de demitir pessoas, nem o pagamento por horas de trabalho, nem a intenção de aumentar salários por meio da produtividade mostraram-se uma “receita ideal”, como defendiam os empresários, para combater o desemprego e a informalidade. Desde a aprovação da reforma, as taxas de desemprego no país são cada dia mais altas.

EUA A meca do capitalismo e das boas condições de vida não é nada generosa com o trabalhador. Cada estado tem suas próprias regras, mas em todos as relações de trabalho são definidas por contratos individuais negociados entre patrão e empregado, fazendo com que os trabalhadores não tenham garantias. As férias precisam ser definidas em contrato individual feito diretamente entre empregador e trabalhador. As férias remuneradas não são uma obrigação legal do empregador! Na terra do Tio Sam não há limites para a quantidade de horas de trabalho. No entanto, após 40 horas semanais, o empregador deve pagar 1.5 vezes o valor da hora para o empregado. Mas, se o funcionário não trabalhar mais de 40h por semana, mesmo que trabalhe mais que 8h num dia, que seria o normal, o empregador não precisa pagar o valor de hora extra. Jornada semanal de trabalho (em horas) - 40 Férias - Definidas por contrato (não há consolidação das leis trabalhistas). Se o contrato individual negociado entre patrão e empregado não prever férias, o trabalhador não tem direito ao benefício.

Trabalhadores descem ao ‘inferno’ nos esgotos de Mumbai, na Índia. Leis trabalhistas estão entre as piores do mundo (sem proteção nenhuma)

Trabalhadores do México contra a reforma trabalhista: terceirização já foi regulamentada

Licença Maternidade - Definida por contrato individual. A regra geral é o oferecimento de até 12 semanas de licença, sem remuneração durante o período, e sem garantia de estabilidade.


5

Edição 531 - Maio/2016

ue do trabalhador França Jornada semanal de trabalho (em horas) – 35 Salário mínimo mensal (em US$ *) – 1.855 (Com a Reforma Trabalhista, jornada pode chegar a 48 horas/12 horas por dia)

Franceses protestam contra reforma trabalhista Milhares de pessoas estão tomando as ruas em toda a França para protestar contra o impopular projeto de reforma trabalhista do presidente François Hollande, que dividiu inclusive o governo socialista em um país acostumado à segurança do emprego. Trabalhadores, desempregados e

jovens juntaram forças com as organizações estudantis e sindicatos em mais de 200 cidades em toda a França para tentar derrubar o projeto de lei. A reforma trabalhista quer alterar a carga horária semanal, atualmente em 35 horas e aprovada em 2000 pelos socialistas para reduzir os 10% da taxa de desemprego.

Só férias frustradas

As férias tem alcance Constitucional, pois a Constituição dispõe que as leis irão assegurar ao trabalhador, entre outros direitos, “descanso e férias remuneradas”. Para determinar o prazo de descanso anual, a lei considera o tempo de serviço do trabalhador.

Ministro de Temer é a favor da precarização do emprego

A proposta mantém tecnicamente a semana de trabalho de 35 horas, mas permite que as empresas organizem horários alternativos de trabalho sem seguir toda a indústria, podendo chegar a uma semana de trabalho de 48 horas e 12 horas por dia. Em “excepcional circunstâncias”, os funcionários poderiam trabalhar até 60 horas por semana.

As organizações sindicais pedem uma retirada total do projeto de lei da reforma trabalhista, já adotado em primeira leitura no Parlamento. Hollande afirma que não cederá. (foto: Gonzalo Fuentes)

Argentina

Pior dos mundos

da mesmo que as férias sejam concedidas ao trabalhador antes dessa data. Com o governo interino de Temer, esse processo também pode virar lei no Brasil. Veja como são os prazos, de acordo com o tempo de serviço do trabalhador argentino: • 14 dias corridos, se o tempo de serviço não exceder 5 anos

O prazo de descanso anual que corresponde ao trabalhador é determinado pelo seu tempo de serviço.

• 21 dias corridos, quando o tempo de serviço for superior a 5 anos e não exceder 10 anos

O tempo de serviço considerado é aquele que o trabalhador teria direito na data de 31 de dezembro do ano referente às férias. Esta data é importante pois estabelece a extensão do prazo e será considera-

• 28 dias corridos, quando o tempo de serviço for superior a 10 anos e não exceder 20 anos e, 35 dias corridos, quando o tempo de serviço exceder 20 anos (LCT, artigo 150)

Fontes: Superinteressante, Exame, Direitos Brasil

Ministro de Temer é a favor da precarização do emprego O ministro do Trabalho do governo interino, Ronaldo Nogueira, chegou chegando e já disse ser favorável à regulamentação da terceirização (leia-se precarização total do emprego) e que não vê problemas de o processo ocorrer nas atividades fim das empresas (que tal você voar com um piloto terceirizado?), desde que haja garantias para os trabalhadores (coisa que só existe em contos de fadas). Segundo ele, a terceirização já é um fato no país. Ele disse também que vai conversar com o presidente interino sobre a reforma trabalhista (misericórdia!!) para negociar as medidas de “modernização” com empregadores e trabalhadores (“modernização” que certamente estará mais para época medieval). Oremos

Confira mais notícias em nosso site:

bancariosjundiai.com.br


6

Edição 531 - Maio/2016

Tem raposa no galinheiro

Temer entrega BC para o Itaú O Banco Central acaba de ser entregue a um banqueiro. O economista-chefe e sócio do Itaú, Ilan Godfajn, foi nomeado presidente do Banco Central do Brasil pelo governo interino de Michel Temer. Ele assumirá o lugar do atual mandatário, Alexandre Tombini. “Já prevíamos que o governo Temer se uniria a empresários e banqueiros. Com a entrega do BC aos donos dos bancos, interesses da população e dos clientes jamais serão prioridade. O novo presidente vai agir de

acordo com interesses do Itaú e demais especuladores”, avalia o diretor do Sindicato, Irineu Romero Filho, o Tacão. Segundo ele, Temer colocou a raposa para cuidar do galinheiro. “O emprego bancário corre riscos. Uma equipe dessas pode não ter interesse nenhum nas necessidades dos usuários se, por

exemplo, os bancos substituirem agências e trabalhadores dos bancos por correspondentes bancários ou pelas agencias digitais para aumentar o lucro das instituições financeiras”, afirma Tacão, ressaltando que aos banqueiros só interessa monitorar a inflação. “Se a inflação subir, sobem os juros. E se a inflação está alta e precisa cair,

sobem os juros também. O que importa para eles e para os demais especuladores é ganhar ainda mais especulando com os títulos da dívida pública. E a sociedade paga por isso com a recessão”. Tacão lembra que a política anunciada pelo governo Temer é a política que foi derrotada massivamente nas eleições. “É a mesma política que fez com que países da Europa quebrassem. É a política defendida nas eleições de 2014 pela candidatura de Aécio e seu candidato a ministro da Economia, Arminio Fraga”, conclui.


7

Edição 531 - Maio/2016

ITAÚ

Itaú e o Risco Extremo da justa causa

O programa de nome cafonérrimo “Risco Extremo” do Itaú só podia ser mais uma criação do banco que adora esfolar o couro de seus funcionários. Com a ladainha de novo conceito, a novidade não sai das mentes e bocas dos gerentes desesperados em fazer com que suas equipes cumpram as metas abusivas exigidas pelo Itaú. Com o Risco Extremo - que na verdade se refere à qualidade das vendas, cancelamentos ou reclamações - o bancário que não aderir ao “jeito de fazer Itaú” (que pesadelo) corre mesmo é o risco imenso de entrar para a lista negra do banco. O castigão vem com advertências,

feedback negativo e, somandose a tortura toda, resulta numa bela demissão por justa causa. Ou seja, é mais um caminho que o banco encontrou para facilitar a demissão. O conceito cafona, que lembra filmes de porrada do Van Dame, tem mesmo é final de terror. Para funcionários e clientes, incluindo demissões a rodo e a agência digital, que diminui quadros (e acaba fazendo o cliente trabalhar pelo banco). O Sindicato alerta os funcionários sobre as metas abusivas e o assédio moral. Se você se sentir vítima de ações como estas, denuncie!

CAIXA #ContraoPLP268

PL 268 é contra os participantes da Funcef Proposta em tramitação na Câmara dos Deputados reduz espaço dos trabalhadores nos fundos de pensão. O Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região é totalmente contra a aprovação do projeto de lei complementar (PLP) 268, em tramitação na Câmara dos Deputados, que acaba com a eleição de diretores de entidades patrocinadas por empresas e órgãos públicos e ainda reduz a um terço a representação dos participantes nos Conselhos Deliberativo e Fiscal. A proposta, já aprovada no Senado, cria a figura do conselheiro “independente”, que será contratado no mercado através de processo seletivo, realizado por empresas especializadas. A paridade na Diretoria dos fundos de pensão e a eleição de participantes, pelo voto direto e secreto, para atuar na gestão dos seus próprios recursos, foi uma conquista dos trabalhadores. Agora, eles correm o risco de perder esse espaço, pois o projeto reduz drasticamente o poder dos participantes nos fundos.

A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica (Fenae), juntamente com outras entidades de trabalhadores, pretende fazer uma mobilização nacional contra o projeto. “Sem nossa participação, essa mudança vai dar mais poder à Caixa de mudar nossos planos de benefícios, direitos e estatutos”, disse Paulo Santos Mendonça, diretor do Sindicato. O texto aprovado no Senado estabelece também uma série de pré-requisitos para o exercício do cargo de conselheiro de fundo de pensão. Entre eles, a exigência de o gestor não ter exercido atividades político-partidárias nos 24 meses anteriores à nomeação. “É mais uma prova de que o Brasil tem hoje o Congresso mais conservador dos últimos tempos e que atua contra o trabalhador. Se o projeto passar, vamos perder a capacidade de interferir na gestão de recursos que são nossos. Mas já antecipamos que vai ter luta”, afirma o diretor. Fonte: Fenae

Sociedade participa de evento sobre a Pauta-Bomba

No último dia 24, o Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região realizou no Complexo Argos evento para debater os 55 projetos que tramitam no Congresso Nacional visando a redução e retirada de direitos históricos conquistados pelos trabalhadores brasileiros. Com a palestra intitulada “Pauta-Bomba: O ataque aos direitos trabalhistas”, o encontro reuniu sindicatos, associações de base, autoridades e lideranças da cidade. O administrador e assessor técnico do Diap, Departamento Intersindical da Assessoria Parlamentar, Neuriberg Dias e Maria Rita Serrano, do Conselho Administrativo da Caixa foram os palestrantes da noite. Neuriberg falou sobre a pauta -bomba, analisando a atual conjuntura e os desafios para os trabalhadores. “Considero o evento de suma importância porque vivemos um momento difícil, com grandes amea-

ças aos direitos já conquistados pelos trabalhadores e a assombração do retorno do desmonte do Estado com a privatização de empresas públicas”, disse. O assessor avalia que o evento cumpriu o papel fundamental de ampliar e fortalecer o trabalho de qualificação dos dirigentes sindicais, alertando sobre as iniciativas em curso que limitam, reduzem ou acabam com os direitos, tais como: terceirização, negociado acima do legislado, trabalho escravo, entre outros. Douglas Yamagata, presidente do Sindicato, afirma que o grande golpe se dará em cima dos trabalhadores, transformando-os em subtrabalhadores, semelhante ao que ocorre na China, na Índia, no México e em diversos países do mundo. “Tudo isso sob o pretexto da dita competividade mundial, cuja lógica é a terceirização, baixos salários e menor intervenção do estado”.


8

Edição 531 - Maio/2016

Sindicato celebra 30 anos com posse da 10ª Diretoria Entidade foi lembrada como protagonista de várias lutas na região. Lideranças reiteram importância do Sindicato na luta contra o ataque aos direitos em curso no país. A celebração dos 30 anos do Sindicato dos bancários de Jundiaí e Região, com posse da Diretoria reeleita para o triênio 2016/2019, reuniu várias lideranças da região e do Estado em evento realizado na noite do dia 29/4, na sede da Associação dos Aposentados de Jundiaí e Região. Os fundadores, diretores e convidados reiteraram a importância do Sindicato de Jundiaí, legitimando a entidade como protagonista de várias lutas que ultrapassam as questões da categoria e reafirmando o mérito do trabalho realizado pela diretoria reeleita. Emocionado, o presidente Douglas Yamagata agradeceu os diretores que fundaram o Sindicato em 1986. “Essa é uma noite histórica porque celebra a luta desses jovens trabalhadores que fundaram um dos Sindicatos mais importantes e combativos da nossa região, e tudo isso ao final de uma ditadura. Hoje eles prosseguem na luta, agora defendendo a democracia brasileira”, finalizou o presidente. (veja mais em nosso site)

Confira as fotos da Festa de 30 anos realizada na sede da AAPJR


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.