Jornal dos Bancários - Nº568 - Novembro/2020

Page 1

BANCARIOSJUNDIAI.COM.BR

CONSTRUINDO O RAMO FINANCEIRO

Edição: 568 | Novembro 2020

Bancos demitem mais de 13 mil trabalhadores na pandemia.

Convênios Sindicato firma parceria com Escola Adventista de Jundiaí

Sindicatos lutam para barrar demissões

PG 8

CAIXA Programa de Desligamento Voluntário (PDV) Prazo para adesão vai de 9 à 20 de novembro

PG 7

Itaú

> Sindicato de Jundiaí paralisa agências em Dia Nacional de Luta > Juntos, Itaú, Santander e Bradesco, já lucraram mais de R$ 18 bilhões só no 1o trimestre de 2020

Reestruturação no Itaú: Apreensão e medo fazem parte do dia a dia dentro das agências

> Volume de demissões pode ser ainda maior, uma vez que nem as homologações são feitas pelos sindicatos desde que a reforma trabalhista entrou em vigor Veja mais na página 4 e 5

Santander

Financeiras

Mês da Consciência Negra

Com demissões, agências da região entram em estado crítico

Financiários de Jundiaí e região aprovam Acordo para renovação da CCT

O campeão mundial da F1, Lewis Hamilton, fortalece o movimento #VidasNegrasImportam

Acompanhe nossa luta!

PG 3

PG 6

PG 6

/bancarios.jundiai

PG 6

bancariosjundiai.com.br


2

Edição 568 - Novembro/2020

EDITORIAL Por Paulo Malerba Presidente do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região

#QuemLucraNãoDemite Os bancos sofreram efeitos da crise causada pela pandemia de coronavírus. Em especial na taxa de inadimplência e na necessidade de realizar provisões para devedores duvidosos. Ademais, com menor atividade econômica, menos recursos em circulação e taxa SELIC reduzida, era previsível uma diminuição nas receitas das instituições. Contudo, passados os primeiros impactos, os bancos foram dos primeiros a retomar a lucratividade no terceiro trimestre de 2020. Com a publicação dos balanços nas últimas semanas, notamos que apenas no trimestre o Santander lucrou 3,9 bilhões e oBradesco e Itaú tiveram lucro por volta de R$ 5 bilhões. Mais importante que o número em si, é o ROE ou RSPL em português (Retorno Sobre Patrimônio Líquido). Trata-se de um indicativo da rentabilidade das empresas. Por ele, pode-se observar que os bancos retomaram o crescimento em direção a patamares equivalentes aos anteriores à crise.

Em outra mão, apesar de terem apresentado lucros expressivos, as demissões são crescentes, mesmo em meio à pandemia, que não terminou. Em especial no Santander e Bradesco, porém, houve demissões no Itaú e Mercantil. No banco espanhol são 4335 demissões em 12 meses, com mais de 2 mil apenas durante a pandemia. No Bradesco foram cerca de 4 mil demissões em 12 meses e 2045 apenas de março a setembro. Deve-se frisar que os bancos se comprometeram a não demitir durante a pandemia. Portanto, continua sempre necessário ser cauteloso com as informações que os bancos divulgam e se comprometem junto ao mercado e à imprensa. Não tiveram dúvidas em demitir trabalhadores com décadas de trabalho em meio a uma grave crise. Segue como fundamental a mobilização dos bancários e bancárias junto aos sindicatos para continuar protestando e lutando contra as demissões.

O Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região, como fez em anos anteriores, concederá um bônus aos bancários e bancárias que são sindicalizados. REGRAS Fará jus ao bônus 2020 toda(o) bancária(o) que atender a TODAS as condições abaixo relacionadas: > Ter se sindicalizado até a data de 31 de agosto de 2020 > Estar sindicalizada(o), respeitando-se o critério anterior > Ter encaminhado formulário de solicitação da bonificação 2020 dentro do período compreendido entre os dias 23 de novembro de 2020 até o dia 04 de dezembro de 2020 através do site específico da campanha (será divulgado em breve)

Fale com nossos advogados e saiba mais. O processo é aberto para associados e não associados. Mais informações: (11) 4806-6650 (PABX)

90% dos casos de câncer de próstata tem cura na fase inicial No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). A taxa de incidência é maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.

O câncer de próstata é diagnosticado quando há crescimento anômalo que acontece na cápsula da próstata, na parte periférica. Dessa maneira, esse câncer não dá sintomas na fase inicial.

Fatores de risco Fatores de risco no estilo de vida do homem que fazem com que o rastreamento da doença deva ser feito mais precoce, a partir dos 40 anos, que são:

› População negra tem uma maior incidência no câncer de próstata; › Antecedentes familiares; › Obesidade; › Hábitos de vida não saudáveis.

Novembro é mês de combate à violência contra a mulher Neste mês de novembro, a luta contra a violência à mulher será tema de uma campanha desenvolvida pela Secretaria de Mulheres da Contraf-CUT. As atividades culminam no dia 25, o Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher. A secretária da Mulher da Contraf-CUT, Elaine Cutis, fala sobre a campanha e como é a luta dentro da categoria bancária, que já registrou conquistas importantes este ano. “A violência doméstica afeta principalmente a habilidade e produtividade da vítima no emprego, se manifestando através de episódios de absenteísmo, atrasos no trabalho, redução momentânea da capacidade decisória e concentração e

aumento do nível de estresse, o que resulta em dificuldades em cumprir as metas”, observa Elaine Cutis, secretária de Mulher da Contraf-CUT. Até 2019, os bancos não possuíam um programa para acolher e apoiar as trabalhadoras vítimas de violência doméstica. “A falta de orientação por parte dos bancos contribui para a continuidade da cultura de violência e uma punição da própria vítima do processo. Se ela não cumpre a meta, é mandada embora”, ressalta Elaine Cutis. Essa dupla punição sofrida pela bancária (violência e demissão) foi discutida com a Fenaban na mesa de negociações de Igualdade e Oportunidades.


3

Edição 568 - Novembro/2020

Coletivo Nacional dos Bancários pede esclarecimentos à Fenaban sobre auxílio doença da categoria Em reunião ocorrida no dia 28 de outubro o Coletivo esclareceu que a complementação salarial prevista na cláusula 29 da CCT, além de complementar o salário total, traz as garantias jurídicas previstas na Convenção. Segundo Mauro Salles Machado, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, a interpretação dos banco sobre a complementação salarial do auxílio doença está em desacordo com a cláusula da CCT e têm gerado prejuízo aos trabalhadores. No que diz respeito aos números de infecção por Covid-19 que estão aumentando em todo o país. Mauro também relatou a indignação do movimento sindical com a demissão de trabalhadores doentes, com doenças graves como câncer e mesmo com Covid-19.

Posição da Fenaban Os representantes da Fenaban, reforçaram a preocupação com a pandemia e concordaram com a necessidade de retomar a mesa de debates sobre o assunto. Em relação aos problemas relativos à interpretação da cláusula 29 da CCT, quanto à complementação salarial e eventual endividamento, ficou definido o aprofundamento do debate junto aos bancos. A Fenaban pediu um prazo para apresentar uma posição sobre o assunto, que deverá ocorrer durante o mês de novembro.

MODERNIZAÇÃO DO ESTATUTO

Categoria aprova modernização do Estatuto do Sindicato A diretoria do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região convocou uma assembleia extraordinária no período de 5 à 9 de outubro para que toda a base do Sindicato pudesse opinar e votar pela modernização do Estatuto da entidade. Com grande participação de bancários e bancárias de várias instituições financeiras da nossa base, a categoria aprova a modernização do Estatuto com

97,98% dos votos válidos da assembleia e agora o Estatuto passará por novas etapas burocráticas até a sua efetiva implementação. A direção do Sindicato informa que a participação de todos e atodas foi essencial nesse processo democrático de revitalização desse importante documento, que faz parte da história da entidade, fundada há 34 anos.

Confira detalhes em nosso site www.bancariosjundiai.com.br

#MêsdaConsciênciaNegra

Racismo Estrutural impacta todo o crescimento de um país No mês da Consciência Negra é importante lembrar como o racismo estrutural impacta a vida das pessoas e de todo o mundo. Esse conjunto de práticas discriminatórias, institucionais, históricas, culturais dentro de uma sociedade que privilegia algumas raças em

detrimento de outras é o principal instrumento de exclusão da sociedade brasileira. O termo é usado para reforçar o fato de que há sociedades estruturadas com base no racismo, que favorecem pessoas brancas e desfavorecem negros e indígenas.

Não há como negar: o Brasil é um país racista A Secretaria Nacional de Combate ao Racismo da CUT, afirma que o Brasil é um país racista, e acrescenta: > O racismo estrutural está nas relações socioeconômicas, de trabalho, institucionais e afetivas. > O racismo mata a partir da ação principalmente da PM, isso é evidente. > No Brasil se constituiu como principal instrumento de exclusão No ambiente de trabalho > A ausência de negros e negras em cargos de lideranças nas maiores empresas do país > Desvalorização e restrição de oportunidades para pessoas negrosna ascensão social. Um homem branco, paulistano, com 40 anos e com curso superior, ganha 63% a mais de salário do que uma mulher negra com as mesmas condições.

Negros e pobres são maiores vítimas na pandemia A pandemia do novo coronavírus explicitou o racismo estrutural no Brasil, onde os maiores afetados pela maior crise sanitária do século são, além das pessoas em situação de vulnerabilidade social, a população negra, indígena e a classe trabalhadora. Considerando esses casos, quase 55% de pretos e pardos morreram, enquanto, entre pessoas brancas, esse valor ficou em 38%. A porcentagem foi maior entre pessoas negras do que entre brancas em todas as faixas etárias e também

comparando todos os níveis de escolaridade. Para combater o racismo e essas desigualdades, é necessário uma disposição política de reconhecimento, diz a doutora em Educação Adriana Moreira. “Quando a gente discute racismo, a gente está discutindo uma possibilidade de readequação e de distribuição de bens materiais que são simbólicos na sociedade brasileira. Isso é uma questão central”, afirma. fonte: Portal CUT

Expediente Informativo do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região - Filiado à Contraf/Fetec-SP/CUT Presidente: Paulo Malerba Diretor Responsável: Sérgio Kaneko

Redação: Tarantina - Assessoria de Imprensa Jornalista Responsável: Sumara Mesquita

Diagramação/ Projeto Gráfico: Guilherme Hilário Contato: (11) 4806-6650 atendimento@bancariosjundiai.com.br Rua Prudente de Moraes, 843, Centro - Jundiaí - SP


4

Edição 568 - Novembro/2020

Bancos demitem mais de 13 mil tr Sindicatos lutam para reverter Apesar do acordo de não demissão durante a pandemia da Covid-19 firmado em março, os grandes bancos já dispensaram mais de 13 mil trabalhadores este ano. Os bancários e bancárias estão reagindo à quebra do acordo com campanhas nas redes sociais, tuitaços, manifestações em frente às agências e também entrando com ações na Justiça para exigir reintegração aos postos de trabalho. E a Justiça do Trabalho, segundo o jornal Valor Econômico, tem concedido liminares favoráveis à reintegração de bancários demitidos durante a pandemia com base justamente no acordo firmado pelos três maiores bancos privados do país. No início da pandemia, foi feito um longo e duro processo de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários, que representa e luta pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, e a Fenaban, o sindicato patronal que representa os interesses dos bancos, para garantir os empregos e segurança nos locais de trabalho.

Santander puxou fila de demissões O primeiro banco a puxar a fila das demissões foi o Santander, que não esperou muito e começou a demitir ainda no primeiro semestre. O Itaú passou a demitir funcionários já no segundo semestre, o mesmo acontecendo com o Banco Mercantil do Brasil. A mais recente adesão à lista dos descumpridores do acordo foi a do Bradesco, que combinou uma campanha publicitária para alardear que estava se preparando para o futuro, mas adotou um ritmo de demissões que tem se acelerado nas últimas semanas. De acordo com um levantamento realizado pela Contraf-CUT, somente o Santander teria demitido 1,1 mil funcionários desde o mês de junho. Já o Itaú Unibanco teria demitido outros 130 trabalhadores desde o início de setembro. O Bradesco teria desligado outros 566 bancários somente em outubro.

Na época, os representantes das instituições financeiras garantiram que não haveria demissões durante a pandemia, que agravou a crise econômica do país e desde o início vem provocando desemprego em massa no país, mas não demorou muito e quebraram o acordo. “O desemprego já estava alto em março. Cobramos [o compromisso de não demitir] e os grandes bancos se comprometeram”, relata a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. De acordo com a dirigente, a negociação cobrou o fornecimento de equipamentos de proteção individual “e também a suspensão das demissões porque o mais importante era garantir o emprego”. “Eles [os representantes da Fenaban] falaram que era um compromisso de mesa e que não queriam se comprometer com data. Mas, o acordo era de não demitir na pandemia. A pandemia não acabou e o compromisso está colocado”, ressaltou a presidenta da Contraf-CUT, que também é a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários.

Lucrando bilhões mesmo na crise “De acordo com levantamento do Valor Data, com base nas demonstrações financeiras das instituições, o Itaú Unibanco teve lucro líquido de R$ 8,1 bilhões no 1º semestre de 2020. Uma queda de 41,6% do lucro obtido no mesmo período de 2019 (R$ 13,9 bilhões). O Bradesco registrou R$ 7,6 bilhões, uma queda de 40%, em relação ao 1º semestre do ano passado (R$ 12,7 bilhões), e o Santander teve R$ 6 bilhões de lucro, ante os R$ 7,1 bilhões no primeiro semestre de 2019, queda de 15,9 %”, diz a reportagem. A Febraban, porém, diz que o volume de ações entre janeiro e setembro é 47,42% inferior ao apontado no mesmo período de 2019 e que a judicialização trabalhista do setor é a menor já registrada. Ainda segundo a entidade, as ações de reintegração estão dentro da normalidade. [Com informações da Contraf e do jornal Valor]

Desemprego no setor bancário O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia mostra que os bancos já demitiram cerca de 13 mil bancários e bancárias e contrataram 11.405, o que significa que 1.389 postos de trabalho foram fechados. O levantamento revela ainda que as instituições aumentaram o ritmo dos desligamentos nos meses de junho (1.363 demissões), julho (1.634) e agosto (1.841).

Justiça De acordo com matéria do jornal Valor Econômico, publicada no dia 22 de outubro, a Justiça trabalhista também tem sido o caminho de centenas de bancários demitidos apesar do acordo. Nas ações contra as demissões durante a pandemia eles pedem a reintegração aos seus postos de trabalho alegando que foi assinado

um acordo e que os três maiores bancos privados do país estão descumprindo o compromisso firmado. Segundo a reportagem, neste ano foram distribuídos 11.087 processos trabalhistas contendo os termos pandemia e reintegração. Deste total, 417 foram contra o Santander, 283 contra o Bradesco e

outras 177 contra o Itaú Unibanco. Advogados dos sindicatos destacam que os processos pela reintegração dos trabalhadores estão baseados no compromisso assumido pelos três maiores bancos privados do país, em reunião com a Fenaban, de que não seriam realizados cortes de pessoal durante a pandemia.

“Apesar de não estar em acordo coletivo, foi assumido, não só nos meios de comunicação, como nos informes aos acionistas, o que gera uma obrigação com os funcionários”, informa a equipe de advogados Saboya & Rocha.

>>>Flávio Gramolelli Junior é engenheiro químico (UFRJ), pós-graduado em Ciências Ambientais (USF) e em em Gestão e Controle Ambiental (USP, 1996) e mestrado em Engenharia Agrícola (Unicamp).


5

Edição 568 - Novembro/2020

rabalhadores na pandemia. Juntos, Itaú, Santander e Bradesco, já lucraram mais de R$ 18 bilhões só no 1o trimestre de 2020 Bancários de todo o país reagem contra demissões

A Contraf-CUT e o movimento sindical bancário em todo o país se uniram para fazer uma campanha contra as demissões, denunciando a quebra do compromisso assumido pela Fenaban de não demitir. Desde o início de outubro estão sendo realizadas manifestações de protestos em frente a agências bancárias, tuitaços para denunciar à população a quebra de compromisso dos bancos e outras ações nas redes sociais.

Até o fechamento desta edição, mais de mil trabalhadores já tinham sido desligados do Santander. Só no Bradesco já são mais de 430 demissões e 400 no Itaú. Os três maiores bancos privados do país, que juntos lucraram R$ 18 bilhões só no 1º trimestre de 2020,descumprem um compromisso assumido publicamente em março, o de não demitir durante a pandemia. Em 2019, só os três bancos tiveram lucro líquido de R$ 86,648 bilhões.

Sindicato de Jundiaí paralisa agências em Dia Nacional de Luta Em Jundiaí , o Sindicato dos Bancários paralisou agências dos três bancos privados na região central da cidade no dia 29 de outubro, durante o Dia Nacional de Luta contra as demissões durante a pandemia que ocorrem em todo o país. ”So na região, o Bradesco já demitiu mais de 10 funcionários”, conta Douglas Yamagata, secretário geral do Sindicato. As agências foram paralisadas até as onze horas da manhã. ”Nosso descontentamento não é só por conta das demissões. No caso do Bradesco, o banco tem tirado caixas de várias agências, prejudicando também toda a população”.

Homologações: volume de demissões pode ser muito maior A presidente da Contraf, Juvandia Moreira, afirma que o volume de demissões pode ser ainda maior, uma vez que nem todas as homologações são feitas pelos sindicatos desde que a reforma trabalhista entrou em vigor. A reforma desobrigou as empresas a fazerem as homologações nos sindicatos, que checavam os dados e davam garantias de que os trabalhadores iam receber realmente tudo a que tinham direito.

Sofrimento para os clientes Paulo Malerba, presidente do Sindicato, lembra que é inadmissível tantos trabalhadores serem demitidos em plena pandemia com bancos que têm lucros bilionários e que os clientes também são afetados com essa postura bruta dos bancos. ”Cada vez o atendimento é mais precarizado porque faltam funcionários. É um sofrimento para os clientes também. A lógica é só a do lucro. Por isso precisamos continuar protestando pra mudar essa lógica”, disse.

Santander desrespeita o país e coloca mais de mil

Itaú descumpre acordo e mais de 430 famílias são

Bradesco ignora pandemia e demite pais e mães com

funcionários na rua

afetadas com demissões

anos de casa


6

Edição 568 - Novembro/2020

Financiários

Itaú Itaú

Financiários de Jundiaí e região aprovam Acordo para renovação da CCT Os financiários de Jundiaí e região, que compõe toda a base do Sindicato, aprovaram, com 76,19% dos votos válidos, o acordo para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria em assembleia virtual realizada durante os dias 21 e 22 de outubro. O Sindicato indicou a aprovação do acordo, que prevê renovação de todos os direitos previstos na CCT por dois anos (2020-2021), e ainda: reajuste de 1,13% (que corresponde a 55% do INPC do período) nos salários e nos salários

de ingresso, com abono de R$ 1 mil para todos. Além disso, todos os benefícios terão reajuste integral do INPC, isto é, correção de 2,05%. O presidente do Sindicato, Paulo Malerba, informa que para 2021, o acordo prevê ainda reajuste nos salários, inclusive os de ingresso, pelo INPC integral do período (acumulado entre 1º de junho de 2020 a 31 de maio de 2021). Confira todos os detalhes do acordo em nosso site

Santander

Com demissões, agências da região entram em estado crítico No Brasil, o banco Santander já demitiu mais de mil funcionários durante a pandemia. Assim como Itaú e Bradesco, o banco descumpre o que foi prometido em mesa de negociação de não demitir enquanto o país atravessa as crises sanitária e econômica. Mas o Santander vai além da demissão. O banco demite por telefone, demite por e-mail, demite gestantes e agora, em algumas cidades do país, começa a terceirizar o call center. ‘’É um momento surreal para os trabalhadore e clientes do Santander, que também sofrem com o atendimento que vai se tornando péssimo com a falta de funcionários’’, conta Natal Gomes, diretor do Sindicato em Jundiaí e região. Ele lembra que além das demissões, há funcionários que adoecem e saem de licença.

‘’Pelo menos cinco agências da nossa região estão em estado crítico. É o caos estabelecido no atendimento’’, lamenta Natal. ‘’Para o banco não exista pandemia’’, afirma Natal. Ele destaca que lucrar bilhões e chutar pais e mães de família não tem sido suficiente. ‘’Os funcionários do Santander precisam fazer visitas em plena pandemia e bater metas com as equipes pela metade. É um susto por dia’’. Natal lembra que sindicatos de todo o país, junto com os trabalhadores, estão reagindo fortemente contra essa gestão de terror e desrespeito. ‘’Nossos atos de protesto não vão parar. Vamos defender a categoria e contar para toda a sociedade como é que o banco lucra bilhões em cima do lombo do trabalhadores e dos juros absurdos’’.

#QuemLucraNãoDemite Demitindo gestantes O Santander serve de mau exemplo para outros bancos. Não bastasse as demissões pelo não cumprimento de metas, em plena pandemia, agora o banco passou a demitir gestantes e departamentos inteiros estão sendo substituídos por terceirizados. ‘’O banco erra quando demite e demonstra total insensibilidade por deixar uma mulher grávida sem plano de saúde, justamente em um momento que ela mais precisa do convênio médico para fazer exames. Ainda mais em plena pandemia. E quando conseguimos que a Justiça determine a reintegração, o banco ainda apresenta a possibilidade de acordo para não promover a reintegração”, informa a coordenadora da COE, Lucimara Malaquias.

Santander retira controle de jornada dos gerentes de atendimento O Santander comunicou no final de outubro que os trabalhadores com função de gerente de atendimento passarão, a partir de 1º de dezembro, a não registrar o ponto (controle de jornada), conforme o artigo 62 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). “A alteração é prejudicial aos trabalhadores e foi apenas comunicada ao Sindicato e, não tendo sido objeto de negociação, dificulta o controle de jornada o que poderá sobrecarregar ainda mais esses trabalhadores”, afirma Lucimara Malaquias, coordenadora da COE do Santander. O Sindicato orienta a todos os trabalhadores inseridos nessa condição a realizarem controles próprios e a informarem à entidade os desvios e a extrapolação de jornada.

Reestruturação: Apreensão e medo fazem parte do dia a dia dentro das agências do Itaú

Se já não bastasse a ameaça de contaminação diária pelo COVID-19 dentro das agências, os funcionários do Itaú ainda são surpreendidos com outros assuntos preocupantes como o fechamento de agências, extinção de cargos e as constantes ameaças de demissões. Durante as visitas do Sindicato às agências da nossa região, os nossos diretores receberam vários questionamentos sobre os “boatos” relacionados à reestruturação que correm pelas agências, esta situação tem deixado os funcionários do banco apreensivos em relação ao futuro, uma vez que falta transparência do banco sobre como se dará o processo. Para Letícia Mariano, diretora do Sindicato e funcionária do Itaú, a falta de transparência no processo de reestruturação deixa o clima dentro das agências péssimo. “Não param de chegar questionamentos dos colegas por mensagens no celular e quando visito as agências, o clima é de apreensão e medo em relação ao que está por vir. Ninguém tem certeza de nada e a cada hora surge um novo boato de demissões na região. Fora isso ainda temos os casos suspeitos de Covid-19 que continuam aumentando nas agências da região”. Denuncie ao Sindicato todo tipo de pressão ou ameaça através dos números (11) 4806-6650 (PABX), (11) 4806-6651 (WhatsApp Business) ou diretamente para um dos diretores.

Bradesco

Sindicato realiza atos contra demissões no Bradesco O Sindicato se mobilizou contra as demissões ocorridas em agências do Bradesco na região. No centro de Jundiaí houve manifestação com cruzes em outubro, a agência 0150 foi paralisada. No país foram demitidos mais de 1.300 funcionários e, só na região de Jundiaí, foram contabilizadas mais de 13 demissões até o fechamento desta matéria. O banco havia se comprometido em não demitir no período da pandemia, mas não honrou a palavra, apesar do lucro de quase R$4 bilhões apenas no segundo trimestre de 2020. “Vimos que o banco não tem palavra e nem piedade dos funcionários, que estão se desdobrando durante a pandemia e correndo risco de adoecer’’, informa Douglas Yamagata, secretário geral do Sindicato. ‘’Há casos em que o bancário estava preste a entrar na pré-aposentadoria. É um verdadeiro absurdo direcionado a quem deu o sangue pelo banco por décadas’’, afirma. Para piorar a situação, o presidente do Bradesco afirmou que o fechamento de agências se intensificará também em 2021. Até junho de 2020, o banco fechou 311 unidades e pretende fechar mais de 400. No final de junho deste ano, o Bradesco contava com 4.167 agências. Com relação à reestruturação, o Sindicato vê com grande preocupação a retirada de caixas e fechamento de agências, que irão impactar toda a população da região. Além disso, a retirada de vigilantes e das portas giratórias tornará vulneráveis as unidades de negócios, colocando em risco os aposentados, clientes, usuários e os próprios funcionários.


7

Edição 568 - Novembro/2020

Caixa

Presidente da Caixa já anuncia planos do IPO do banco digital para o ano que vem

fonte: Fenae

Para avançar a agenda de privatização das subsidiárias da Caixa, Pedro Guimarães diz que estuda abrir o capital do banco digital em listagem no Brasil e no exterior O banco digital da Caixa Econômica Federal ainda nem foi criado e o presidente da empresa pública, Pedro Guimarães, já faz planos para vendê-lo no ano que vem. À agência Reuters, Guimarães disse que pretende fazer o IPO (oferta inicial de ações) em listagem no Brasil e no exterior. O presidente da Caixa também informou que pretende vender cerca de 15% do Caixa Tem por meio do IPO. No entanto, a abertura de capital depende de aprovação do Banco Central e as tratativas para constituir o negócio ainda estão no início.

A conselheira de Administração da Caixa (CA/ Caixa), Rita Serrano, critica a venda do banco digital. “A Caixa já anunciou o interesse em fazer IPOs nas áreas de cartões, loterias e DTVM, além da Caixa Seguridade, que teve a abertura de capital adiada pela segunda vez. O banco digital ainda não existe, mas sua criação e posterior privatização já alertam para a possibilidade de cisão da Caixa, pois não é possível dividir a estrutura operacional da instituição, praticamente todas as operações são digitais. Seria o caminho para seu fim”, alertou a representante dos empregados.

Caixa anuncia mais um PDV Caixa divulga seu novo Programa de Desligamento Voluntário (PDV) na tarde do dia 6 de novembro Ofertando um valor de incentivo financeiro de 9,5 remunerações-base e com um teto de R$ 470 mil (Ref. 30 Set 2020), a Caixa apresentou o seu novo Plano de Desligamento Voluntário, exatamente após concluir o desligamento dos empregados que estavam enquadrados no RH 229.

A adesão ao plano será entre os dias 9 e 20 de novembro, com desligamento previsto para o período de 23 de novembro à 31 de dezembro de 2020, sem possibilidade de prorrogação ou alteração por iniciativa do empregado.

Direção da Caixa não se posiciona sobre o caos da Verocard Banco não retorna cobranças do movimento sindical por conta das inúmeras falhas nos serviços de vales alimentação e refeição, que restringem um direito dos empregados Enquanto milhares de empregados da Caixa estão há mais de três meses com um direito restringido, sendo constrangidos quando buscam um restaurante, supermercado ou pedem uma refeição por meio de aplicativo, a direção do banco dá de ombros para todo este caos provocado pela

Verocard, empresa que oferece um serviço de vales alimentação e refeição totalmente inadequado e insuficiente. Os representantes dos trabalhadores continuam cobrando uma solução da Caixa já que é prevista um cancelamento do contrato em caso de serviço insatisfatório.

Saiba mais detalhes em www.bancariosjundiai.com.br

BB

Funcionários exigem melhorias na proposta do acordo de teletrabalho A CEBB do BB se reuniu com a direção do BB no último dia 11/11 para discutir o acordo sobre teletrabalho. Mas a representação dos trabalhadores avalia a proposta apresentada pelo banco como insuficiente e reivindica que ajuda de custo seja paga a partir de janeiro “O banco precisa avançar em sua proposta, principalmente com relação ao início do pagamento da ajuda de custo para quem está em home office. Não temos como aceitar que seja somente a partir de julho de 2021. Queremos que o banco reavalie e comece a pagar a partir de janeiro”, afirmou a secretária de juventude e representante da ContrafCUT na mesa de negociações com o BB, Fernanda Lopes. O debate teve início durante a campanha nacional. No início, os bancos avaliavam que o teletrabalho era um privilégio. Mas como os bancos economizaram muito com o sistema e os bancários tiveram mais custos para trabalharem em casa, o

que era exceção corre o risco de se tornar regra. Para trabalhadores e sindicatos, é de suma importância que haja controle da jornada, ajuda de custo para cobrir as novas despesas, fornecimento de equipamentos e móveis adequados. Negociações Desde março de 2020, cerca de 300 mil profissionais passaram a trabalhar de casa. As premissas para um acordo sobre teletrabalho foram definidas a partir de uma pesquisa feita pelo Dieese com 11 mil trabalhadores da categoria que fizeram home office. A primeira negociação com a Fenaban na renovação da CCT foi sobre o teletrabalho. A negociação avançou após a campanha nacional da categoria, banco a banco. O primeiro foi o Bradesco, que fechou um acordo sobre o tema. Agora as negociações acontecem com o BB e o Itaú.

Sem comunicar sindicatos, BB amplia horário de atendimento até 15h O Banco do Brasil enviou, na semana passada, um comunicado às unidades que realizam atendimento presencial aos clientes (agências e Postos de atendimento – PAAs) informando a ampliação do horário, a partir desta terça-feira (3), para até às 15h. Desde março, quando foi decretada a pandemia no Brasil, a pedido do movimento sindical, os bancos tinham reduzido o horário para até 14h. Antes da pandemia o atendimento ocorria até 16h. “A redução do horário de atendimento tinha a função de diminuir a lotação dos transportes públicos nos horários de pico e a exposição dos funcionários ao risco de contágio. Estamos vendo um novo aumento dos casos de Covid-19, por isso, acreditamos que haveria a necessidade de manter a redução do horário por mais algum tempo”, defendeu a secretária de Juventude e representante da Contraf-CUT nas negociações com o BB, Fernanda Lopes. “Além disso, a ampliação do horário de atendimento pode aumentar, ainda mais, a sobrecarga sobre os funcionários que estão na linha de frente”, completou. veja mais informações em nosso site


8

Você sabia?

Edição 568 - Novembro/2020

Associad@s do Sindicato podem fazer CPA 10, CPA 20 e muito mais com custo zero! Em parceria com o Instituto Fenae, nosso Sindicato oferece aos bancários sindicalizados uma plataforma EAD (Educação à Distância) com diversos cursos, que vão desde CPA10 e CPA-20, Língua Inglesa, MasterMind, oratória, Matemática Financeira e até Introdução ao mundo dos vinhos

Em parceria com o Instituto Fenae, nosso Sindicato oferece aos bancários sindicalizados uma plataforma EAD (Educação à Distância) com diversos cursos, que vão desde CPA-10 e CPA-20, Língua Inglesa, MasterMind, oratória, Matemática Financeira e até Introdução ao mundo dos vinhos A inscrição é gratuita e pode ser feita diretamente pelo e-mail atendimento@bancariosjundiai.com.br. Envie com o título ”EAD” e no corpo do e-mail coloque seus dados com nome completo, celular, CPF, agência bancária em que trabalha e Curso que pretende fazer.

Saiba mais em nosso site: www.bancariosjundiai.com.br/institutofenae

Sindicato acaba de firmar convênio com o Colégio Adventista de Jundiaí A Escola Adventista de Jundiaí é parte de uma rede mundial de escolas que está presente em mais de 165 países com aproximadamente 1,8 milhão de alunos. Só no Brasil são mais de 145 anos de Educação Adventista, com mais de 458 unidades escolares que oferecem da Educação Básica à Pós-Graduação, além de 16 colégios em regime de internato.

Visite nossas redes www.jundiai.educacaoadventista.org.br colégioAdventistadeJundiai colegioadventista.jundiai

› Ensino Infantil ao Fundamental I (Maternal ao 5º Ano) › Aulas Especiais: Inglês, Musicalização (somente para Educação Infantil), Educação Física, Canto Coral. › Fundamental II (6º ao 9º Ano) › Aulas Especiais: Inglês, Espanhol, Educação Física.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.