Jornal dos Bancários - nº560 - Março

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CONSTRUINDO O RAMO FINANCEIRO

Edição: 560 | Março 2020

comando nacional

#MêsDaMulher

Resistência tem nome de mulher

Bancárias terão apoio contra violência doméstica

• Bancárias escolhem principais lutas para Mês da Mulher • Feminicídio cresce 7,3% no país • Desigualdade persiste no mercado de trabalho • Mulheres negras ainda são minoria nos bancos • Reforma da Previdência é ataque brutal às mulheres

CAIXA

PG 6

Em abril tem nova audiência sobre reestruturação

PG 7

IR Associados podem fazer declaração com custo zero no Sindicato

‘’E a culpa não era minha, nem de onde estava, nem de como me vestia. O estuprador era você.” Performance de chilenas viraliza em todo o mundo

Marielle Franco, defensora dos Direitos Humanos, assassinada em março de 2018

Veja mais nas páginas 4 e 5

PG 2

santander Confira os novos convênios do Sindicato em Educação, Lazer e Saúde

Douglas Yamagata é novo coordenador da subsede da CUT

PG 8

ACOMPANHE NOSSA LUTA!

Banco não se cansa em adoecer trabalhadores

PG 3

/bancarios.jundiai

PG 6

bancariosjundiai.com.br


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Edição 560 - Março/2020

#ImpostoDeRenda2020

Associados podem fazer declaração com custo zero no Sindicato

Reforma da Previdência é ataque brutal às mulheres A advogada Aparecida Neves, que atua na Assessoria Jurídica do Sindicato, aborda o impacto da Reforma da Previdência sobre as mulheres que estão na ativa, viúvas e aposentadas

Todo bancário sindicalizado pode fazer sua declaração gratuitamente na sede do Sindicato. O atendimento é feito pela Cidinéa Coutinho Silva Mendonça, de segunda, quarta

e sexta, das 7h30 às 10h30 Última declaração Para agendar seu horário entre em contato com o Sindicato através do número (11) 4806-6650. Não deixe para a última hora!

Documentação necessária: › Documento de identificação e título de eleitor › Informe de rendimentos da empresa/INSS › Informe Financeiro › Recibos com despesas médicas, odontológicas, hospitais, etc. › Extratos bancários (poupança, conta corrente, aplicações)

O que de fato as mulheres perderam a partir da aprovação da Reforma da Previdência? Perderam muito, começando pela mudança da idade mínima para se aposentar, que subiu de 60 para 62 anos. Considerando que a grande maioria das mulheres tem dupla e até tripla jornada, o aumento da idade mínima sobrecarrega mais ainda a mulher trabalhadora, que ficou sem direito à aposentadoria por tempo de contribuição. Uma injustiça brutal. Como ficou a situação das viúvas pensionista? Um verdadeiro caos, já que a partir da Reforma a pensão por morte será reduzida em 50% do valor do benefício que era recebido pelo marido. Tendo um acréscimo de 10% por dependente, portanto, a pensionista receberá 60% do benefício que antes da reforma era de 100%. Ou seja, a reforma vem também para aprofundar o fosso da desigualdade social, atingindo em cheio viúvas e idosas, desmontando o sistema de proteção social.

E como ficam as viúvas que são aposentadas? Elas terão que optar por apenas um benefício. Com a reforma já não podem mais acumular pensão e aposentadoria. Então, vão precisar avaliar o que será menos prejudicial e procurar orientação jurídica para escolher o melhor caminho. Como essa perda do valor no benefício pode impactar na renda das famílias? Com a alta taxa de desemprego e informalidade no país, muitas famílias passaram a depender exclusivamente da renda dos aposentados e pensionistas da casa. No caso da mulher que não trabalha fora e vive somente do salário de seu marido, quando este falece, dependendo da idade da mulher, ela terá direito a receber pensão por morte somente por determinado período, uma vez que a lei garante o direito à pensão vitalícia somente aquelas com mais de 44 anos. É uma mudança injusta tendo em vista que, em vários casos, essas mulheres nunca trabalharam fora ou deixaram de trabalhar para se dedicar à criação dos filhos e cuidar da casa. E, por isso, dependendo da situação, serão obrigadas a procurar outra fonte de renda para seu sustento. Trata-se, sem dúvida, de uma violência social.

Procure orientação no Sindicato O Sindicato oferece serviços de orientação também nesses casos. Para saber mais, basta ligar no (11) 4806-6650 para agendar uma consulta jurídica.

Expediente Informativo do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região - Filiado à Contraf/Fetec-SP/CUT Presidente: Paulo Malerba Diretor Responsável: Sérgio Kaneko

Redação: Tarantina - Assessoria de Imprensa Jornalista Responsável: Sumara Mesquita Diagramação/ Projeto Gráfico: Guilherme Hilário

Tiragem: 1.600 exemplares Impressão: Metagraff Contato: (11) 4806-6650 atendimento@bancariosjundiai.com.br Rua Prudente de Moraes, 843, Centro - Jundiaí - SP


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Falaí!

#MêsdaMulher

Desigualdade persiste no mercado de trabalho A bancária e Secretária de Finanças do Sindicato, Letícia Mariano, analisa a dificuldade de mulheres concorrerem em pé de igualdade com os homens para cargos de chefia e como a maternidade ainda é vista como barreira dentro das empresas. Pesquisa do Dieese de 2019 indica uma desigualdade estrutural no mercado de trabalho. Isso também ocorre na categoria bancária? A categoria bancária tem acordo consolidado que embasa nossos salários. A tendência de desigualdade salarial é menor por conta das nossas lutas e conquistas que são históricas, a exemplo do piso salarial que é em nível nacional. A categoria reflete o panorama nacional com os cargos de chefia tendo homens em sua grande maioria? Esse é o nosso principal desafio e uma das principais bandeiras do movimento feminino na categoria bancária. Inclusive foi um dos temas mais abordados na pesquisa da Contraf*. Somos 50% da categoria. Vemos representatividade como gerentes de conta e de agência. No entanto, conforme o cargo se eleva, fica mais difícil vermos mulheres, como superintendentes, gerentes regionais e diretoras. Então, de fato existe essa desigualdade e nosso desafio é reverter esse quadro. Mas houve uma mudança dentro do movimento sindical da categoria bancária? Temos uma herança histórica do patriarcado e muitas vezes isso vai se reafirmando, como na atual conjuntura, ou nas pesquisas sobre as mulheres no mercado de trabalho, onde a primeira coisa

apontada é o ‘custo da mulher quando engravida’. Isso é cruel demais. Porque além de todo o preconceito, as jornadas triplas, ainda somos obrigadas a ver isso dentro dos nossos círculos de convivência. Mas na categoria bancária, justamente por haver muitas mulheres, conseguimos ocupar espaços importantes, a exemplo dos maiores cargos na representação dos nossos sindicatos, como a Juvandia presidindo a Contraf, a Aline na Fetec e a Ivone comandando o maior sindicato de bancários do país. Isso, sem dúvida, faz com que a pauta feminina avance muito mais do que em outras categorias, nos motivando e nos empoderando. No entanto, temos muito o que avançar e falta muita sororidade*. A questão da maternidade ainda gera dificuldades e preconceito mesmo numa categoria com tantas conquistas? Com certeza. A decisão de ser mãe vem com uma carga de dúvidas e medos imensa. Medo de não ser mais promovida, medo de demissão, medo de discriminação e, principalmente, de não dar conta do insano ritmo bancário. Medo até de fazer o prénatal, que precisa de saídas para exames e consultas e, com isso, ser perseguida pelo gestor. Não fica dúvidas que a decisão sobre o corpo da mulher é coletivo. Você consegue sentir mais essa barreira agora que se tornou mãe? Muitas vezes toda essa pressão e assédio

Letícia Mariano e seu bebê aos 11 meses

é reproduzido também pelas mulheres. Isso é o que mais nos magoa e nos impacta. A falta de sororidade que vem não só de gestoras mulheres, mas também de colegas e da própria família. E como isso poderia ser revertido dentro do mundo feminino da categoria? A juventude tem nos inspirado com meninas empoderadas, resistentes e ocupando lugares de destaque. Os jovens estão mais sensíveis a pautas essenciais. Precisamos respeitar a decisão de cada uma de nós e nos apoiarmos. Só assim vamos conseguir superar essas barreiras. Um exemplo dessa sororidade é a capa da Forbes, de março deste ano, que destaca uma co fundadora de um banco digital grávida de 40 semanas, trazendo motivação e força para nossa luta. ‘’Ser mãe não significa trabalhar menos. Mulheres que optam pela maternidade precisam ter seu direito respeitado pelo empregador, pelos colegas e pela sociedade’’, conclui Letícia’’.

Douglas Yamagata vai coordenar subsede da CUT O secretário-geral do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região, Douglas Yamagata, foi eleito para coordenar a Subsede da CUT Jundiaí no biênio 20202022. A eleição ocorreu no dia 18 de fevereiro e contou com lideranças do movimento sindical de Jundiaí e região e do vicepresidente da CUT, Luiz Claudio Marcolino.

O novo coordenador disse que a meta é ampliar a atuação da CUT nas cidades de toda a região. ‘’Nosso objetivo é envolver mais a sociedade nos debates contra a perda de direitos e contra todo esse desmonte do Estado que tem sido promovido pelos governos federal e estadual’’. De acordo com Paulo Malerba, presidente do Sindicato dos Bancários, a

Subsede articula os sindicatos da região. ‘’Neste momento de inúmeras ameaças e retrocessos nos direitos trabalhistas e sociais, é fundamental que os sindicatos tenham coesão, atuem conjuntamente, porque isso nos fortalece. A classe trabalhadora precisa estar unida para resistir. Essa lógica vale para o âmbito regional até o nacional’’.


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RESISTÊNCIA TEM Feminicídio cresce no país e explode em alguns estados Consolidação inédita dos dados de 2019 mostra que a estatística do feminicídio trilhou a contramão dos demais crimes violentos e cresceu 7,3 % no país, com expansão expressiva em alguns estados.

E

m 2018, foram 1.222, ou seja, de acordo com os registros oficiais, de três a quatro mulheres são assassinadas em média a cada dia no Brasil, na maioria dos casos por companheiros e excompanheiros. O feminicídio virou qualificadora do homicídio em 2015 — elevando a punição de 6 a 20 anos para 12 a 30 anos. No estudo Raio-X do Feminicídio em São Paulo, concluiu-se que o crime é praticado, em regra, por alguém do convívio da mulher; a motivação costuma ser ciúme, separação ou pedido de rompimento não aceito. “O agressor usa instrumentos ‘caseiros’ como facas, ferramentas, materiais de construção ou suas

Mapa do Feminicídio no Brasil › Brasil possui a quinta maior taxa de feminicídio do mundo

› Mulheres negras são ainda mais violentadas

› Uma mulher é morta a cada duas horas vítima da violência no Brasil

› Feminicídio cresceu 7,3% em 2019 1310 mulheres foram mortas, vítimas de feminicídio (2019)

mãos, o que estiver ao seu alcance, para agredir e matar. Além disso, usa esses instrumentos com voracidade e repetição de golpes, como se pretendesse destruir a mulher”, diz o estudo. A Folha consultou a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, sobre o que o governo tem feito ou planejado para enfrentar o problema, mas não houve resposta. “O feminicídio é um tipo de crime doloso, aquele em que há intenção de matar. É o assassinato de uma mulher em razão de gênero, da condição do sexo feminino. O autor do fato, geralmente, é pessoa próxima à vítima, não necessariamente tem uma relação amorosa, mas quer demonstrar uma superioridade em relação à mulher”

‘’O mundo contado apenas pelos homens brancos e por eles governado continuará sendo machista porque eles moldaram as leis e criaram os mitos, entre eles o de que a mulher é inferior ao homem e a ele deve se submeter. E isso das cavernas até hoje. Juan Arias para El País

Luta contra violência é apontada como bandeira mais importante por bancárias do país

A Contraf-CUT realizou uma pesquisa com mulheres da categoria para saber quais bandeiras de luta as bancárias acreditam que devam ser priorizadas O “Fim da violência contra a mulher e feminicídio” foi a proposta com o maior número de votantes. Do total de participantes, 78,58% escolheram esta opção. A proposta com o segundo maior número de votantes (65,74%) foi “Fim do assédio sexual e da cultura do estupro”. “Igualdade de oportunidades e salários” veio logo em seguida, com 62,20% das votantes. Das cinco mais votadas, as duas últimas propostas com mais votos foram “Combate ao Racismo e todas as formas de discriminação contra as mulheres” e “Políticas de emprego decente/ Não ao trabalho precarizado”, com 46,55% e 44,69%, respectivamente.


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Mercado de trabalho

Mulheres negras ainda são minoria nos bancos A taxa de desemprego entre mulheres negras é de 16,6%, o dobro da verificada entre homens brancos, de 8,3%. ‘’Primeiro sofrem por serem negras e depois porque são mulheres’’, lembra Letícia Mariano, Secretária de Finanças do Sindicato. ‘’No meio bancário é rara a contratação de negras. E quando são, o racismo impera’’. Letícia lembra da dívida histórica do país com os negros e da falta de acesso à educação. ‘’Até quebrarmos essa barreira imensa da desigualdade e do preconceito,

que reverbera na educação, será difícil vermos esse quadro mudar, principalmente nos cargos de chefia’’. Ainda que o preconceito estrutural se mantenha, o Sindicato de São Paulo elegeu pela primeira vez uma mulher negra como presidenta. Ivone Silva lembra que, embora as campanhas publicitárias dos bancos enalteçam a diversidade, na prática é bem diferente”, diz. “As medidas são incipientes para superar o racismo institucional nos bancos”, alerta.

A diferença continua!

Mapa da diversidade Produzido em 2014 pelo Sindicato de SP, o Mapa da Diversidade da Categoria Bancária identifica a desigualdade racial na categoria. Embora tenham tido um pequeno aumento em relação a última edição, os funcionários autodeclarados pretos nos bancos são apenas 3,4% e os pardos 21,3%. Em relação à remuneração, as mulheres negras recebem o equivalente a 68% do que recebem os homens brancos. “Na formação do quadro funcional, ainda é reproduzida a cultura de privilégios”, completa Ivone.

fontes: Folha/Uol/Contraf/Geledés/El País/

NOME DE MULHER


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Bradesco

Prêmio por Desempenho Extraordinário (PDE): é justo? O movimento sindical sempre cobrou a implementação de um programa de remuneração variável que valorizasse os funcionários do Bradesco. Vale lembrar que os funcionários do Itaú e Santander já recebiam este tipo de remuneração há anos, fazendo com que muitos funcionários do Bradesco se sentissem desmotivados. Não são poucos os casos em que o funcionário do Bradesco saiu do banco para ingressar nos concorrentes. Assim, o PDE pode ser considerado uma conquista dos Sindicatos, que pressionaram o Bradesco constantemente por um programa de remuneração variável. No entanto, o Bradesco implementou o programa de forma unilateral, sem que fosse

discutido com os trabalhadores e com os Sindicatos, gerando certo grau de descontentamento para os funcionários. O primeiro erro, é que o PDE do Bradesco não é para todos, mas para alguns. Os caixas e escriturários que participam do cotidiano da agência e ajudam a indicar ou vender produtos, simplesmente não são contemplados na participação do PDE. Um outro erro, é que mesmo alcançando as metas da agência, não necessariamente o funcionário vai ser contemplado com algum tipo de remuneração variável, caso ele não conquiste a meta individual. Desta forma, o PDE perde o sentido em alcançar objetivos coletivos, desmotivando a equipe como um

santander

Segmentar entre pessoas que recebem e as que não recebem, desestimula e abre margem para disputas entre os próprios colegas. E isso, é muito ruim quando se busca o espírito de equipe.” – comenta Douglas Yamagata, diretor do Sindicato e funcionário do Bradesco.

comando nacional

Banco não se cansa de adoecer categoria

Enquanto o mundo se apavora com a epidemia do novo Coronavírus, aqui no Brasil já existe uma outra epidemia há muito tempo de doenças produzidas pelo stress das cobranças abusivas nos bancos. Infelizmente, o Santander continua no pódio do BC e promove, cotidianamente, uma leva de doentes que caem na fila do INSS. Nossos diretores contam que a todo o tempo o Sindicato recebe informações e denúncias de casos de assédio moral no Santander, justamente a mola propulsora que produz essa epidemia. Mas quem paga essa conta de tantos funcionários doentes originados pelo Santander? Com certeza o próprio bancário, seus familiares, que são obrigados a conviver com uma pessoa emocionalmente desequilibrada, e em seguida a sociedade, que acaba arcando com os altos custos gerados nos cofres do INSS. Existe luz no final do túnel? Com certeza! De acordo com o diretor Natal Gomes, os Sindicatos têm levantado diversas frentes de luta para combater e dar assistência a esses trabalhadores, buscando todos

todo, pois não garante o mínimo possível na participação de resultados. “É importante que os funcionários apontem todos os descontentamentos para que os Sindicatos possam pressionar por melhorias no PDE. Nada mais justo que todos recebam algum tipo de remuneração mínima, pois todos participam dos objetivos.

os meios, como nas esfera judicial e de saúde pública para coibir e minimizar a dor daqueles que já estão calejados de sofrer. Recentemente, em Jundiaí, após ações do Sindicato, dois gestores foram penalizados por práticas comprovadas de assédio. Um com demissão e outro com advertência e transferência. Natal informa que há novos casos sendo investigados pelo Sindicato e que, se comprovados, também sofrerão as ações cabíveis. Ele destaca a importância em se fazer a denúncia diretamente ao Sindicato, porque só assim o mal pode ser combatido de forma efetiva. As denúncias são totalmente sigilosas. ‘’Outro fato importantíssimo é o fortalecimento da luta sindical’’, diz Natal. Segundo ele, é preciso ter o entendimento que sem associados o Sindicato não sobrevive e não terá forças para lutar pelos direitos de toda a categoria. ‘’Para ajudar o Sindicato é preciso que todos se sindicalizam. Nosso Sindicato é referência de resistência. Precisamos nos unir e nos fortalecer para combater a retirada de direitos e as metas abusivas’’, conclui.

Bancárias terão apoio contra violência doméstica

Juvandia Moreira, presidente da Contraf-CUT, e Ivone Silva, presidente do Sindicado dos Bancários de São Paulo

O Comando Nacional dos Bancários e a Febraban assinaram, no dia 11 de março, um aditivo à nossa CCT, dando diretrizes para a criação de um programa de prevenção à prática de violência doméstica e familiar contra bancárias, que também garante o apoio àquelas que forem vítimas. Por reivindicação da categoria, a proposta vinha sendo negociada desde março de 2019. Na reunião de negociação ocorrida em fevereiro de 2020, os bancos aceitaram a criação do programa. “Diariamente vemos os noticiários sobre a violência praticada contra as mulheres em suas próprias casas. As

bancárias não estão imunes a este tipo de violência. Precisam faltar ao trabalho, perdem produtividade e muitas acabam sendo demitidas. Isso é punir quem é vítima!”, disse a presidenta Contraf-CUT, Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “Esperamos que, com este acordo, no setor bancário não haja mais a punição às vítimas e as bancárias sejam acolhidas. E também que, nós, juntamente com os bancos, possamos criar políticas de trabalho que levem em conta a situação vivida por elas”, completou. Saiba mais em nosso site www. bancariosjundiai.com.br


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CAIXA

Nova audiência sobre reestruturação agendada para 13 de abril Uma audiência inaugural foi realizada em 4 de março na 6ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Brasília, para tratar do processo de reestruturação na Caixa Econômica Federal. Como não houve conciliação entre o banco e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), que representa os empregados no processo, foi marcada uma

audiência de instrução para 13 de abril. No dia 11 de fevereiro, a Confederação obteve uma liminar prorrogando o prazo para manifestação dos empregados, em 15 dias. Na liminar, o juiz Antonio Umberto de Souza Júnior, da 6ª Vara do Trabalho de Brasília, determinou o imediato sobrestamento do processo até a realização de reunião e de

tratativas no âmbito da Mesa Permanente de Negociação. No dia 12 de fevereiro as representações dos trabalhadores se reuniram com a Caixa, mas não houve acordo. O juiz determinou ainda que o banco reformulasse o cronograma de adesão, fixando novos prazos para adesão pelos empregados, não inferior a quinze dias após a conclusão das negociações.

Programa de Auxílio à Infância (PAI) sofre alterações A Caixa extinguiu o enquadramento de menores de 21 anos oferecido aos dependentes de empregados do banco considerados incapacitados permanentemente para o trabalho. O anúncio da alteração ocorreu após os questionamentos de diversos empregados que haviam deixado de receber o benefício.

Segundo resposta divulgada pela instituição, “a solicitação de enquadramento de filho na condição de incapacitado permanentemente para o trabalho ocorre em um dos períodos a seguir: entre 180 dias e 1 dia antes data de 21 anos, no caso de beneficiário que está cadastrado como dependente direto. E entre

180 dias e 1 dia antes data de 24 anos, no caso de beneficiário que está cadastrado como dependente indireto”. O PAI era uma forma de “auxílio creche” para os empregados com filhos que por problemas de saúde nunca poderão trabalhar. Esta é uma conquista do Acordo Coletivo de Trabalho, prevista no parágrafo

3o da cláusula 14. A mudança ocorre mesmo com as frequentes declarações do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, quanto a responsabilidade social da instituição. Os representantes dos empregados irão pautar o tema na próxima reunião com a direção do banco

BB

Trabalhadores do BB se mobilizam contra reestruturação Em fevereiro, sindicatos de todo o país realizaram o Dia de Mobilização Nacional nas agências do BB contra a reestruturação imposta pelo Banco que reduz salários, reduz PLR e remunerações fixas e causa mais adoecimentos por conta das metas abusivas e da competição interna. Nosso Sindicato paralisou a agência central na Rua Barão de Jundiaí. O presidente do Sindicato, Paulo Malerba, explica que essa é a primeira vez que o banco promove uma redução nominal dos salários. Segundo ele, a reestruturação também vai mexer com a PLR. ”A PLR é calculada com base no valor de referência (VR) da gratificação

paga aos funcionários. As mudanças anunciadas pelo banco reduzem o VR e, com isso, a PLR também pode ser reduzida”. O pretexto do banco, segundo Malerba, é evitar a perda de funcionários para bancos e outras empresas privadas. O banco instituiu um bônus de até quatro salários por ano para quem cumprir metas. Mas, em contrapartida, o banco vai reduzir as remunerações mensais pagas aos funcionários comissionados. O presidente lembra que a direção do BB tenta vender gato por lebre, alegando que as mudanças serão benéficas para os funcionários. No entanto, os

ACOMPANHE NOSSA LUTA!

bancários do BB e suas entidades representativas sabem que o objetivo é impor uma redução salarial. ”Estão impondo uma reestruturação de forma arbitrária, unilateral, sem qualquer

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negociação com as entidades representativas e os trabalhadores. E o que vemos são funcionários contrariados e muito preocupados com tudo que está acontecendo”, revela Malerba.

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Edição 560 - Março/2020

Associad@s do Sindicato podem fazer CPA 10, CPA 20, CEA e muito mais com custo zero! Em parceria com o Instituto Fenae, nosso Sindicato oferece aos bancários sindicalizados uma plataforma EAD (Educação à Distância) com diversos cursos, que vão desde CPA10 e CPA-20, Língua Inglesa, MasterMind, oratória, Matemática Financeira e até Introdução ao mundo dos vinhos

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Bem Estar ›Bem-estar ›Yoga ›Óticas ›Cross Life ›Assessoria Esportiva

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