Jornal dos Bancários - nº 555 - Setembro/2019

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CONSTRUINDO O RAMO FINANCEIRO

Edição: 555 | Setembro 2019

Bancários são pioneiros na conquista da

PLR

Banco é condenado a devolver diferença de caixa a ex-funcionária

Em 2018, impacto da antecipação da PLR na economia foi de R$ 3,2 bilhões. Com lucro dos bancos, neste ano valor deve ser ainda maior.

PG 02

Vamos mesmo ter que trabalhar aos sábados?

PG 03

La Casa de ‘’Que Papelão’’: Brasil pode ter que importar a própria moeda

Veja mais nas páginas 4 e 5

PG 04

Música e diversão marcam festa do Dia do Bancário

Sindicatos cobram mais respeito à categoria

Queimadas criminosas levam país à crise diplomática

BB: respeite a Cassi PG 08

ACOMPANHE NOSSA LUTA!

PG 03

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PG 05

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Itaú-Unibanco

Banco é condenado a devolver diferença de caixa a ex-funcionária Por meio de acórdão publicado no dia 16 de agosto, o TRT15 acolheu o recurso apresentado pelo Departamento Jurídico do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região, em processo movido por uma ex-bancária do banco ItaúUnibanco da região de Jundiaí. Na ação, a trabalhadora requereu a devolução de R$7.673,69, descontados em razão de uma diferença no caixa em 2014, além de condenação por danos morais, com indenização de R$ 5 mil. Segundo a advogada do Sindicato, Dra. Aparecida das Neves, a Justiça entendeu que a trabalhadora foi exposta a situação constrangedora ao atribuir-lhe responsabilidade por falta de numerário no caixa, sem oferecer tempo para ela pesquisar e sem

demonstrar culpa ou dolo por parte da funcionária. De acordo com o juiz relator do acórdão, Tárcio José Vidotti, ‘’a exigência de reembolso (que equivale ao desconto salarial), somente é possível se apurada e comprovada a culpa ou o dolo do trabalhador, o que nem mesmo foi cogitado em defesa. (...) Quanto aos danos morais, assevera que as devoluções exigidas pelo empregador colocaram em risco sua sobrevivência, fazendo-a dispor dos valores necessários ao custeio de suas despesas pessoais, tendo inclusive efetuado empréstimo pessoal para arcar com os valores, situação que configura evidente violação a direitos fundamentais da pessoa humana’’.

“Revisão” das NRs ameaça saúde do trabalhador Em julho, o governo Bolsonaro anunciou um amplo processo de “revisão” das 36 normas regulamentadoras de saúde e segurança no trabalho. Por determinação da OIT (Organização Internacional do Trabalho), da qual o Brasil é membro, o processo de “revisão” se dá de forma tripartite, reunindo representantes do governo, empregadores e trabalhadores no âmbito da CTPP (Comissão Tripartite Paritária Permanente). Entretanto, a atual correlação de forças na CTPP tem sido extremamente desfavorável aos trabalhadores. O objetivo da revisão, declarado pelo governo, seria o de aumentar a competitividade das empresas, diminuindo o ‘custo Brasil’ e a burocracia. Ou seja, diminuir o custo para as empresas sobre a saúde e a segurança do trabalhador.

Caixa e BB anunciam novas linhas de crédito imobiliário

Para o departamento jurídico da Contraf-CUT, o governo está coagindo as bancadas a trabalharem dentro do cronograma e da agenda deles. ‘’Não há busca de consenso, mas sim rompimento com o diálogo social”, alertam os advogados. A entidade também alerta para o desmonte da Política Nacional de Segurança do Trabalhador, promulgada em decreto publicado em 2011. A Contraf-CUT destaca que até a atual mudança, o fiscal do trabalho poderia interditar um local onde o empregado estivesse submetido a situação de risco grave e eminente e homologar a interdição na delegacia regional do trabalho. ‘’Com a mudança da NR-2, é necessário se submeter a instância nacional, acabando com a autonomia regional e diminuindo a fiscalização”.

No dia 20 de agosto, a Caixa anunciou uma nova opção de crédito imobiliário utilizando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) como indexador. Como o financiamento de imóveis são longos, a oscilação do Índice pode tornar o financiamento mais arriscado e caro ao cliente pois se a inflação dispara, o custo do financiamento também sobe e pode gerar problemas como aumento da inadimplência devido à alta variação do IPCA. Nos últimos 15 anos foi mais vantajoso o que já tínhamos, a taxa de juros + TR. Para o economista Sérgio Mendonça, medida deve ser encarada com cautela. “Muitas vezes o discurso é maravilhoso, mas a realidade é outra. E existirá um risco de que a inflação suba no futuro

e a taxa variável suba junto com uma inflação mais alta. Aí o risco de inadimplência aumentará, pois os tomadores de empréstimos terão maior dificuldade de saldar esses empréstimos”, explica. Banco do Brasil - O Banco do Brasil também lançou uma nova linha de crédito habitacional que será oferecida apenas para novos contratos e valerá para imóveis novos usando a Taxa Referencial (TR), que varia muito menos, já que não flutua de acordo com os índices de inflação que beneficiará quem parcelar o financiamento em menos tempo, ou seja, quanto menor o prazo do contrato, menor a taxa e ainda é possível usar o FGTS no financiamento.

Fonte: Reconta Aí

Expediente Informativo do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região - Filiado à Contraf/Fetec-SP/CUT Presidente: Paulo Malerba Diretor Responsável: Sérgio Kaneko

Redação: Tarantina - Assessoria de Imprensa Jornalista Responsável: Sumara Mesquita Diagramação/ Projeto Gráfico: Guilherme Hilário

Tiragem: 1.700 exemplares Impressão: Metagraff Contato: (11) 4806-6650 atendimento@bancariosjundiai.com.br Rua Prudente de Moraes, 843, Centro - Jundiaí - SP

Dire par da ww


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Edição 555 - Setembro/2019

FaLaÍ com o diretor Elvis Bartholomeu A MP 881, chamada pelo governo de MP da Liberdade Econômica, foi aprovada pelo Senado no dia 21 de agosto com mudanças em mais de 20 leis que afetam trabalhadores, empresários e governos. A MP autoriza, entre outros pontos, a abertura de agências bancárias aos sábados. E isso, afirmam representantes da categoria, fere direitos garantidos na convenção coletiva dos trabalhadores e a lei. O diretor do Sindicato, Elvis Bartholomeu, comenta as mudanças. Bancários terão mesmo que trabalhar aos sábados? O artigo 224 da CLT é claro e determina que o trabalho em bancos deve ser de segunda a sexta-feira, ou seja, sábados e domingos são dias de descanso. Além disso, nossa Convenção Coletiva, que foi mantida no acordo de dois anos

Bancários fazem Dia de Luta em defesa da Cassi

em nossa campanha de 2018, também assegura nossos direitos. Na MP 881, em sua redação final, com a intervenção do senador Jacques Wagner (PT-BA), foi excluída qualquer mudança sobre a abertura de agências aos finais de semana. Portanto, as agências estão autorizadas a funcionar somente de segunda à sexta-feira. Foi uma vitória da nossa mobilização! Como fica a questão dos domingos e feriados? Eles queriam mudar as regras para todas as categorias. Esse trecho foi excluído da MP, então, ficam valendo as regras previstas atualmente na legislação trabalhista: a folga semanal deve ser no domingo, “salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa de serviço”; e nesses casos, a empresa deve fazer uma “escala de revezamento quinzenal, que favoreça o repouso dominical. No entanto, nem o governo Bolsonaro nem sua base aliada no

Congresso desistiram da medida e já disseram que a permissão para trabalhos aos domingos e feriados será discutida futuramente em um projeto de lei. Ou seja, não estamos livres desse enfrentamento. Por isso é tão importante fortalecermos nossa luta. Qual o sentimento da categoria com a aprovação da MP? Não é de hoje que as instituições financeiras tentam funcionar aos finais de semana, mas a categoria sempre se mobilizou para defender esse direito conquistado em 1962. O Santander fez isso recentemente com a desculpa de oferecer ‘educação financeira’ a seus clientes e nós conseguimos reverter essa iniciativa. Nosso sentimento é de indignação, porque já há uma pressão intensa no dia a dia, com alto índice de metas e adoecimento da categoria. Impedir-nos de descansar aos finais de semana e de conviver com a família é realmente inaceitável.

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Diretores do Sindicato dos Bancários de Jundiaí participaram do Dia Nacional de Luta em Defesa da Cassi em 22 de agosto. Veja mais em nosso site www.bancariosjundiai.com.br

Editorial

Paulo Malerba - Diretor Presidente Os bancários e bancárias trabalham para o setor da economia mais rico e poderoso do país: os bancos. Essas instituições são capazes de influenciar toda a política e a economia brasileira. Não é difícil imaginar, portanto, que o desafio de se buscar e defender interesses, como trabalhadores, seja muito difícil. A relação de forças é bastante desigual. Nesse sentido, notamos que, apesar do desafio, nossa categoria tem sido bem sucedida em se organizar. Temos representações sindicais importantes, que conseguem levar à mesa de negociação, ou às greves, quando é o caso, nossas pautas. Os sindicatos dos bancários, em sua maioria, são atuantes. Podemos falar com propriedade do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região. A diretoria, eleita pelos associados, se faz presente nos locais de trabalho, dialoga, leva e recebe informações que ajudam na estratégia de luta coletiva.

O Sindicato não se limita à sua diretoria. Diretoria essa que não é prestadora de serviços e nem os sócios clientes. Compartilhamos de experiências de vida e trabalho em comum. À diretoria cabe construir esse propósito de reforçar nossa identidade coletiva, de luta construída por todos, no cotidiano. Aos sócios, de maneira geral, é fundamental se engajar, pensar, discutir e participar das ações. Se a luta coletiva frente ao poderio dos bancos já é difícil, repleta de obstáculos, pode-se dizer que a luta apenas individual é impossível. A experiência e os estudos nos mostram que o comportamento individualista tem crescido, estimulado também pelos bancos. No entanto, na hora da dificuldade e da crise, ninguém se salva sozinho. Quando chega uma imposição de demissões ou de reestruturação nos bancos, nem sempre, ou quase nunca, leva-se em conta o indivíduo, seu desempenho e sua história. Quando necessário, todos sofrem e vale o velho ditado: “somos apenas números”. Triste realidade

que muitos aprendam somente através da dor. Por isso, quero convidá-lo e convidá-la a ser sócio do Sindicato. Não lhe prometo benefícios ou vantagens diretas. Não somos uma empresa. Talvez você possa usufruir de nossos convênios de descontos, isso é bom, mas não o essencial. O fundamental é seu engajamento. Sua contribuição irá ajudar muito o Sindicato, sem dúvida, para manter lutas de longo prazo, com trabalho diário, mas sua colaboração, para fortalecer uma entidade que está em nossa defesa coletiva, é o principal. Você pode pensar que como já há muitos bancários e bancárias que são sócios, talvez sua filiação não seja importante e não faça diferença. Pelo contrário, cada pessoa que se sindicaliza é um ato significativo, pois rompe com a lógica do “cada um por si”, fortalece nosso coletivo e, sem dúvida, fortalece nossas condições em busca de uma vida melhor. Juntos somos mais fortes!


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LA CASA DE PAPELÃO Brasil pode ter que importar a própria moeda País sofre ameaça de perder maiores patrimônios nacionais com governo federal forçando venda de pelo menos uma estatal “por semana”. Nem os roteiristas da famosa série ‘’La Casa de Papel’’ teriam imaginado uma situação como a que está para ocorrer no Brasil. Com o rompante de privatizar grande parte das estatais do país, que inclusive são os maiores símbolos da soberania nacional, como Correios, Telebrás e Petrobrás, o governo Bolsonaro quer também vender para o capital estrangeiro a Casa da Moeda.

Bancários pioneiros conquista

Ou seja, o Brasil terá que importar sua própria moeda. “Não tem nada mais nacional do que a moeda de um país. Quem vai ganhar com isso? O capital internacional e as multinacionais, que vão comprar essas empresas públicas. E quem, sem dúvida, vai perder é o povo brasileiro”, lamenta Rita Serrano, coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas.

Filme queimado e prejuízo no bolso Quinze grandes marcas estrangeiras já confirmaram que suspenderão o uso do couro brasileiro. ‘’Até que haja segurança de que os materiais usados em nossos produtos não contribuam para o dano ambiental do país’’, informa a nota oficial das empresas. Confira mais detalhes em nossa página: www.bancariosjundiai.com.br

Brasil na contramão do mundo Desde 2000, ao menos 884 serviços foram reestatizados no mundo, segundo o TNI (Transnational Institute), centro de estudos em democracia e sustentabilidade sediado na Holanda. “É só olhar os países do mundo desenvolvido, que funcionam com sistemas públicos que permitem o acesso universal dos serviços às pessoas ou para destinar recursos para investimentos públicos”, compara o economista da PUC São Paulo Ladislau Dowbor. As reestatizações aconteceram com destaque em países centrais do capitalismo, como EUA e Alemanha. Isso ocorreu porque as empresas privadas priorizavam o lucro e os serviços estavam caros e ruins, segundo o TNI. De acordo com Paulo Mendonça, diretor do Sindicato

e empregado da Caixa, o país deixaria de ter o controle direto da produção. ‘’É um verdadeiro papelão por parte deste governo querer vender empresas dessa importância para o país. No caso da Casa da Moeda, qualquer problema que possa ocorrer com a empresa responsável, o país corre o risco, literalmente, de ficar sem dinheiro, com graves consequências econômicas’’. Antes de ser eleito, Bolsonaro gravou um vídeo afirmando:“Querer privatizar essa empresa pública, que é lucrativa, no meu entender, é, no mínimo, contrassenso”. Agora, o presidente Jair e sua equipe Econômica, liderada pelo ultraliberal Paulo Guedes, tem pressionado para que seja vendida uma estatal “por semana”, pelo menos.

Entenda a Regra da PLR: • 54% do salário mais R$ 1.413,46, com limite individual de R$ 7.582,49. • O valor fixo e o limite individual serão corrigidos pela inflação de setembro de 2018 a agosto de 2019, que é de 3,28%, acrescida de 1% de ganho real. A regra da parcela adicional da antecipação é a seguinte: • Divisão linear de 2,2% do lucro líquido do 1º semestre de 2019, com limite individual de R$ 2.355,76, corrigido pela inflação de setembro de 2018 a agosto de 2019 , acrescida de 1% de ganho real.

O Brasil vai perder muito:

Confira a lista de empresas que a gestão Bolsonaro quer privatizar, inclusive as que investem recursos em áreas sociais como cultura, segurança pública e educação:

› Emgea (Empresa Gestora de Ativos); › ABGF (Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias); › Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados); › Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social); › Casa da Moeda; › Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns

Gerais de São Paulo); › Ceasaminas (Centrais de Abastecimento de Minas Gerais); › CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos); › Trensurb (Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A.); › Codesa (Companhia Docas do Espírito Santo); › EBC (Empresa Brasil de Comunicação);

› Ceitec (Centro de Excelência em Tecnol Eletrônica Avançada) › Telebras › Correios › Eletrobras › Lotex (Loteria Instan Exclusiva); › Codesp (Companhia do Estado de São Pau Fontes: Seeb SP/Uol


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Amazônia em chamas

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PLR

Em 2018, impacto da antecipação da PLR na economia foi de R$ 3,2 bilhões. Com lucro dos bancos, neste ano valor deve ser ainda maior

C

om a união e mobilização dos trabalhadores e sindicatos, a categoria bancária foi pioneira no Brasil a conquistar o direito à PLR, Participação nos Lucros e Resultados. A vitória de 1995 nos bancos privados também se tornou realidade para os empregados dos bancos públicos em 2003. E em 2012 mais uma grande conquista com a isenção e descontos na tabela do imposto de renda, dos valores até R$ 6 mil. De acordo com a CCT, os bancos devem pagar a PLR até 20 de setembro. Após os vários ataques dos governos Temer e Bolsonaro contra os trabalhadores, com a Reforma Trabalhista e mais recentemente a MP 881, considerada uma minirreforma, vale destacar que a categoria bancária teve imensa vantagem por conta do acordo de dois anos, válidos até 31 de agosto de 2020. ‘’Por isso é tão importante os trabalhadores apoiarem a luta com o Sindicato, para que juntos possamos nos mobilizar contra essas medidas que vão cortando direitos históricos. Nossa Convenção Coletiva precisa ser respeitada e para isso precisamos pressionar o governo e o Congresso, nas ruas e nas redes. O acordo de dois anos foi estratégico, mas precisamos nos preparar para os enfrentamentos que virão em 2020’’, diz Paulo Malerba

Embora o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, insista que a Amazônia precise de "soluções capitalistas", é justamente seu avanço sobre a floresta um dos principais responsáveis pelo desmatamento na região. O corte de árvores foi 66% maior em julho segundo o instituto de pesquisa Imazon. Já o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que utiliza outra metodologia, apontou para uma alta de 278% no mesmo mês. O Brasil já desmatou, em média, 20% da Floresta Amazônica, um percentual próximo ao ponto sem retorno. Para alguns cientistas, a floresta não conseguirá se regenerar se o desmatamento chegar a 40% da mata.

Outros estimam em 25%. ‘’É por isso que não se deve deixar o meio ambiente nas mãos de quem não entende do assunto’’, afirma Marcos Buckeridge, diretor do Instituto de Biociência da USP. O Greenpeace informa que faltam fiscais e os que sobraram se sentem perseguidos. A Ong calcula que o Ibama teve suas ações reduzidas em 30% no combate ao desmatamento e que houve queda de 65% na aplicação de multas, em 2019. "É uma mensagem do governo aos desmatadores, que estão se sentindo empoderados", afirmam representantes de uma das ongs mundiais mais importantes na defesa do Meio Ambiente.

Paraísos no rolo das privatizações O Governo também anunciou que nos próximos meses prepara a concessão de três parques nacionais (dos Lençóis Maranhenses, o de Jericoacoara, e

o de Foz do Iguaçu) e que iniciará um processo de ‘’programas de parceria’’ para a construção de creches, escolas e penitenciárias federais.

Vexame mundial Desde a eleição, Bolsonaro pregou teorias extravagantes sobre o desmatamento, o aquecimento global, territórios indígenas. Por conta do aumento no desmatamento e no número de focos de incêndio na Amazônia, o Brasil vive, além da crise ambiental, uma crise diplomática. Imagens de

queimadas na floresta circularam na mídia de todo o mundo. Ameaças de boicote a produtos brasileiros e de saída de investidores acenderam a luz amarela. Os presidentes brasileiro e francês protagonizaram uma troca pública de farpas que colocou em risco a ajuda internacional para a Amazônia.

Tudo ao contrário O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse no dia 29 de agosto que, em um cenário conservador, as contas do governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) devem ficar no vermelho até o final do mandato do presidente Jair Bolsonaro, em 2022. Desde a campanha eleitoral, o ministro Paulo Guedes (Economia)

vinha prometendo zerar o déficit em 2019 e fazer superávit já em 2020. Se confirmado o cenário vislumbrado pelo secretário, que consta no PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias) para 2020, serão 9 anos seguidos de rombo nas contas públicas.


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ITAÚ - UNIBANCO

Emprego, remuneração e gestão de pessoas foram os principais pontos discutidos com a direção do banco. Durante reunião realizada dia 28 de agosto, em São Paulo, o banco apresentou os números de fechamento de agências do primeiro semestre, ao todo, 214 unidades foram encerradas, envolvendo 4.226 funcionários. Desses, 94% foram realocados. Dentro dessas, 16 agências foram do Itaú Personnalité. Para Gisele Bonati, diretora do Sindicato dos Bancários, a principal preocupação era em relação à ameaça de demissões ocasionadas pelo fechamento de agências. “Acompanhamos de perto o processo de fechamento

de agências e a realocação de pessoal na nossa região, muitos funcionários estavam apreensivos e buscavam informações junto ao Sindicato” informou Gisele. Remuneração Os representantes dos trabalhadores cobraram a abertura de negociação sobre os programas Ação Gerencial Itaú para Resultado (Agir) e o Score de Qualidade de Venda (SQV). Tanto o Agir quanto ao SQV foram implementados sem participação alguma dos trabalhadores, o que faz com que esses programas

santander

Santander pagará antecipação de PLR dia 30/09 Com um lucro de R$ 7,120 bilhões no primeiro semestre deste ano, um montante 21% superior ao do mesmo período do ano passado, o Santander será o único banco que pagará a antecipação da PLR no dia 30 de setembro, descumprindo e desonrando a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária. Segundo a CCT, os bancos têm até o dia 20 para fazer o pagamento da primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados relativa a 2019 aos bancários. A justificativa do Santander é de que teria dificuldade em rodar duas folhas de pagamento, por conta do pagamento dos programas próprios, PPRS e PPG. No entanto, ambos só serão pagos junto com a segunda parcela da PLR, até 1º de março de 2020. ‘’O banco considera que são apenas 10 dias de atraso, mas isso, com certeza compromete o planejamento e a organização das finanças dos trabalhadores’’, informa o Sindicato. Confira matéria completa em nosso site www. bancariosjundiai.com.br

entrem em conflito com o trabalho real no dia a dia dos funcionários e, no caso do SQV, além de avaliar o comportamento das vendas realizadas pelos bancários, o programa pode gerar penalidades aos trabalhadores. “Fica praticamente impossível alguém ser contemplado nesses programas. Isto somente ocorre quando os funcionários e a agência atingem a pontuação máxima. Queremos envolver o banco em uma discussão conjunta com os trabalhadores para que mais funcionários também sejam contemplados - declarou Gisele

Bonati, diretora do Sindicato. Ainda para a próxima reunião, agendada para 18 de setembro, o banco se comprometeu a dar explicações sobre o programa “Vai que dá”, lançado recentemente. Gestão Os representantes dos trabalhadores entregaram para a direção do banco denúncias de humilhações que estão ocorrendo no momento de demissão e de transferências de funcionários para agências distantes mais de 20 quilômetros do local de origem.

BRADESCO

Sindicatos cobram mais respeito à categoria Na reunião realizada em 20 de agosto, os representantes dos trabalhadores trataram de temas como a renovação de acordos específicos e a exposição vexatória de bancários na ação Folha em Foco. Folha em Foco A campanha de incentivo impele os bancários a fazerem vídeos constrangedores, que viralizaram na internet, expondo-os muitas vezes de forma vexatória. Bancários foram expostos em grupos de WhatsApp. O banco informou que os gestores foram reorientados a não prosseguir com essa ação, para tentarem uma nova abordagem. PDE Os representantes dos trabalhadores cobraram que o programa seja objeto de negociação com o movimento sindical e reforçaram a reivindicação para que todos os bancários do Bradesco sejam elegíveis para o PDE, inclusive funcionários de departamentos. PDV O Banco anunciou o PDV na noite do dia 29 de agosto. Isso contraria o que a empresa havia dito na mesa de negociação para a Comissão de Organização dos empregados (COE). Quando

questionado sobre o tema, o banco afirmou que não havia previsão de PDV. Essa postura de omissão e mentira não é aceitável em uma mesa de negociação. Celular coorporativo Os representantes dos bancários reivindicaram esclarecimentos sobre o uso dos celulares corporativos, especialmente no que diz respeito ao tempo que os bancários devem ficar a disposição para ligações de clientes, uma vez que cartazes nas portas das agências divulgam os números para contato. PLR Questionados pelos representantes dos funcionários, o banco informou que ainda não tem a data para o pagamento e que informará assim que a mesma for definida. Pela CCT, o pagamento deverá ter ocorrido até o dia 20/9. Plano de saúde - Inclusão de Dependentes, O banco enfatizou que não há espaço para mudanças já que a exigência de comprovação de dependência econômica para inclusão de dependentes sempre constou na apólice.


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caIXa

Falta de empregados, sobrecarga de trabalho e prorrogação de jornada Falta de Empregados Recentemente o Ministério da Economia publicou no Diário Oficial da União (DOU) uma portaria que limita o número de pessoal para a Caixa Econômica Federal em 86.837 empregados.

Durante visita às agências da base do Sindicato os diretores têm encontrado empregados apreensivos em relação à falta de informação sobre o início do pagamento dos saques do FGTS em meio a incertezas relacionadas à prorrogação de jornada diária e trabalho aos sábados. As principais dúvidas giram em torno do modo que será adotado para montar as equipes de trabalho e se ocorrerá alguma pressão para adesão ao trabalho extraordinário.

“Meus compromissos particulares e responsabilidades familiares foram assumidos levando em consideração a minha jornada de trabalho habitual, não posso ser obrigado a aderir a algo que mude drasticamente minha rotina pessoal sem um prazo mínimo” declarou uma pessoa que não quis se identificar. O movimento sindical tem acompanhado este tema, inclusive pautando-o para discussão na CEE/Caixa. Caso alguém sofra pressão ou presencie tal ato, denuncie para o Sindicato através do (11) 4806-6650, o sigilo é garantido.

Nos últimos cinco anos, a Caixa perdeu mais de 15 mil empregados. Em 2014 eram pouco mais de 101 mil empregados, segundo o balanço divulgado em março de 2019, o número chegou a 84, 826 mil (sem contar os 11 mil estagiários e aprendizes). A contratação de mais trabalhadores para atingir o teto pedido pelo governo federal ainda não atenderia a demanda atual do banco que sobrecarrega e adoece seus empregados com a exigência de metas cada vez mais elevadas.

Integração de novos empregados e isonomia de direitos A matriz da Caixa Econômica Federal comunicou, à Comissão Executiva dos Empregados (CEE), que as entidades representativas não terão mais espaço de fala na integração dos novos trabalhadores. A direção da Caixa está discriminando os trabalhadores convocados, informando-os de que não terão direito a assistência à saúde, desrespeitando o Acordo Coletivo de Trabalho. A cláusula 33 do ACT, vigente até 31 de agosto de 2020, assegura a assistência à saúde aos contratos após 31 de agosto de 2018. Os novos trabalhadores apenas terão reembolso de no máximo 50% das despesas com saúde, com critérios estabelecidos unilateralmente pela Caixa, perdendo o direito na aposentadoria.

bb

Sindicato discute pendências com Superintendência regional A diretoria do Sindicato reuniu-se no dia 26 de agosto com Luciano Damarem, atual superintendente do BB na região. Na ocasião, foram abordados assuntos como funcionamento de portas de segurança e presença de vigilantes, com comprometimento de resolução por parte da superintendência. O presidente do Sindicato, Paulo Malerba e os diretores Silvio Rodrigues e Álvaro Pires participaram do encontro. Segundo eles, Damarem anunciou que a agência da Pirapora será reformada e voltará a atender com caixas, ou

seja, voltará a trabalhar com dinheiro em espécie. ‘’Ele destacou ainda que a agência 0340, da Rua Padroeira, passou por reparos e deve sofrer mudanças estruturais, como a transferência do PSO para a agência da Rua Barão de Jundiaí.”, informa Silvio. Embora não entenda como uma ação equivocada, Damarem afirmou que vai iniciar a retirada dos correspondentes bancários das agências. ‘’Mostramos que a resolução do Banco Central não permite essa ação dentro das agências’’, atesta o presidente Malerba.

Paulo Malerba disse que essas reuniões são necessárias para a solução de problemas pontuais nas agências e também para estabelecer uma comunicação direta entre o banco e os representantes da categoria, agilizando soluções. “Durante a reunião, ele passou informações sobre o resultado do PAQ, Plano de Adequação de Quadro, na região de Jundiaí, que teve perda de funções e redução do nível de agências, além de alguns desligamentos. Ele também se comprometeu a manter um canal de diálogo com o Sindicato’’, conclui.


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m a c r a m o ã s r e iv d a it Sol, natureza e mu . s io r á c n a B s o d 9 1 0 2 a Fest Em novo endereço, a edição 2019 da Festa dos Bancários foi sucesso de público e crítica. Em meio à intensa presença da natureza, com muitas árvores, cascata e lago, os bancários e suas famílias se divertiram ao som das bandas Skyppe, que fez a galera dançar em frente ao palco principal, e também ao som intimista de Fredy Fevereiro Trio, que tocou jazz e MPB no restaurante do Solar de Jundiaí. O espaço kids e a piscina foram dominados pela criançada, que também se esbaldou com muito sorvete, algodão doce e mini-churros. Os adultos aprovaram o novo cardápio, com almoço completo, churrasco e o delicioso chopp artesanal. ‘’Gostei muito do Solar porque tem vários lugares diferentes pra gente passear e também porque ficou mais acessível’’, disse a aposentada Elza Cuqui. A nova caneca também fez sucesso. Em alumínio, nas cores preta e bordô, tornou-se lembrança desse dia tão especial para celebrar o Dia dos Bancários. ‘’Fazemos a festa pra marcar a data e reunir trabalhadores de todos os bancos da região. Apesar das dificuldades cotidianas, não podemos deixar de sorrir e tentar levar a vida de forma mais leve’’, disse o presidente do Sindicato, Paulo Malerba. Confira mais fotos em nosso site www.bancariosjundiai.com.br ou em nosso facebook e instagram oficiais em @bancariosjundiai

Confira os novos convênios do Sindicato

Especial Educação Associados do Sindicato têm desconto nas faculdades:

» Pactum Saúde (Cartão Saúde) » Império dos Óculos » Personal Trainers ( Guilherme » Elos Saúde (Clínica

» UNIP » Anchieta » Faccamp » Anhanguera

Odontológica) » RPG (Veja matéria no site) » Cross Life (Rua do Retiro)

e Gabriel) Funcional e corrida, para adultos e crianças

» Esamc (polos Jundiaí, Campinas e São Paulo) » Positivo EAD - polo Jundiaí

Saiba mais em nosso site ou com nossa diretoria. Ligue (11) 4806-6650

ACOMPANHE TODOS OS CONVÊNIOS: www.bancariosjundiai.com.br/convenios/


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