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CONSTRUINDO O RAMO FINANCEIRO
Edição: 565 | Agosto 2020
Caixa
Brasil ultrapassa as 100 mil mortes por Covid19
Fabiana Uehara é nova coordenadora da CEE
PG 9
BB Novo presidente deve tocar agenda privatista
> Real é a moeda mais desvalorizada no mundo > Somos epicentro da pandemia > Países querem distância de negócios com o Brasil
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Santander No Brasil, banco lucra e demite muito durante pandemia
Foto: reuters
Veja mais na página 4
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Campanha Nacional 2020
Itaú-Unibanco
Bradesco
Negociações priorizam emprego, direitos e regularização do home office
Lucro acima de tudo e de todos
Mais 400 agências devem ser fechadas em 2020
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Acompanhe nossa luta!
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Edição 565 - Agosto/2020
Editorial por Paulo Malerba - Presidente do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região
Remédios sem comprovação são distribuídos em Jundiaí A prefeitura de Jundiaí passou a oferecer, em sua rede pública de saúde, três medicamentos para uso contra a Covid: Cloroquina (doação do governo federal); Ivermectina (comprada pela prefeitura) e Azitromicina (que faz parte da cesta de remédios da rede). As três substâncias são para outras doenças e agentes patológicos. Todas foram testadas e não há comprovação de eficácia de nenhuma delas em qualquer fase da Covid. Portanto, seu uso não é recomendado para o coronavírus. Ao utilizar a rede pública de saúde para distribuir uma
medicação com finalidade diferente daquela para a qual se destina, o prefeito comete um grave equívoco; para se dizer o mínimo. Essa ação é demagogia com a pandemia e com a segurança das pessoas, e representa a partidarização da saúde pública para defesa de ideias descabidas e anticientíficas. Não se pode atenuar a gravidade dessa política ao atribuir a decisão aos médicos. Essa medida demagógica irá colocar pressão sobre os profissionais. Ademais, as decisões de todos envolvidos que resultem em prejuízo aos pacientes podem ser julgadas
‘’Jundiaí chegou a 335 mortes por Covid. O número é elevado. Ainda mais se considerarmos o porte da cidade, com 420 mil habitantes. Segundo os dados oficiais são 8440 casos confirmados, sendo 661 casos ativos. Esses números devem ser vistos com atenção. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a taxa de letalidade real (mortes) da doença é de 0,6% do total de casos. Desse modo, pode-se considerar que os casos da doença estão subestimados ao considerar a quantidade alta de mortes (a letalidade em Jundiaí estaria perto de 4%). O mais provável é que há muitas pessoas que ou não apresentaram sintomas ou tiveram sintomas
do ponto de vista ético e judicial. O uso político por Bolsonaro e seus aliados de tais medicações é notório, sobretudo quando se impõe ao Ministério da Saúde a adoção de protocolos sem qualquer base científica. Do mesmo modo, a utilização de recursos públicos dessa maneira não é legítima. Tristes tempos que temos de lidar com essa postura do poder público, seja em âmbito nacional ou municipal. Em tempo: por enquanto, o prefeito ainda não confirmou a utilização de ozônio nas unidades da cidade.
leves, de modo que não procuraram os serviços de saúde e nem foram testadas. É presumível que Jundiaí tenha somado em torno de 55 mil casos e ainda possui 4300 casos ativos. Dessa maneira, toda cautela continua necessária. Embora o nível de letalidade, aparentemente, não seja tão alto, o fato é que a doença se transmite muito rápido e atinge muitas pessoas, colocando toda a sociedade em risco. Continuemos com as prevenções e com as precauções devidas, ao mesmo tempo cobrando do poder público as ações efetivas para conter o coronavírus.’’
O adeus ao professor Fábio França
Foi com grande tristeza que nosso Sindicato recebeu a notícia da morte do amigo e professor Fábio França. Parceiro da luta dos bancários há mais de uma década, Fábio foi professor dos nossos cursos preparatórios Anbima CPA 10, CPA 20 e CEA. Fábio trabalhou por 17 anos no Bradesco, foi gerente operacional da Volvo e desde 2007 se dedicava às aulas e criação de conteúdo. Muito dedicado ao trabalho, sempre disponível e alegre, Fábio deixará saudades entre todos que tiveram a oportunidade de conviver com ele. Nosso abraço fraterno aos familiares e amigos do professor. Diretoria do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região
PREVI
Chapa Previ para o Associado agradece apoio dos bancários do BB A Chapa 1 ‘Previ para o Associado’, apoiada pela Contraf-CUT e pela maioria das entidades sindicais e associativas dos funcionários do BB venceu a disputa com 58,14% do total dos votos e 63% dos votos válidos. O resultado foi divulgado no dia 27 de julho. O pleito elegeu Wagner Nascimento, que é diretor do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e ex-coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB de 2014 a 2019, para a Diretoria de Seguridade. Também
foi eleito parte do Conselho Deliberativo, do Conselho Fiscal e dos conselhos consultivos do Plano 1 e do Previ Futuro. “O resultado comprovou que os funcionários reconhecem quem de fato defende seus interesses e lutará para que a Previ continue sólida e garanta uma aposentadoria com tranquilidade para os associados”, avalia Paulo Malerba, presidente do Sindicato em Jundiaí e funcionário do BB. A Previ é o maior fundo de pensão da
América Latina e uma história de sucesso dos funcionários do Banco do Brasil. Graças principalmente ao modelo de governança, onde os associados têm participação fundamental na fiscalização e na gestão, que se tornou modelo para o sistema de previdência complementar no país. Confira a composição completa da #Chapa1 em nosso site
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Dia do Bancário Por conta da pandemia não teremos festa, mas muita gratidão e homenagens Nossa anual Festa em homenagem ao Dia do Bancário tem sido uma das mais bonitas, seguras e divertidas de toda a região. Em mais de 20 anos de evento, o que mais recebemos são elogios e pedidos para que a festa se mantenha e se amplie a cada edição.
Relembre momentos inesquecíveis das nossas festas
A festa, que já foi realizada em lugares belíssimos, envolvidos pela natureza, com shows, quadras, piscinas e toda alimentação e bebida inclusas, esse ano, pela primeira vez, não acontece em decorrência da pandemia do Coronavírus. Nossa prioridade é garantir a saúde de nossos associados, funcionários, convidados e de nossos idosos e crianças. Estamos na torcida pela descoberta da vacina e desejando muito que em agosto de 2021 estejamos livres para nos abraçar, dançar e cantar muito em nosso grande evento. Mas nossa homenagem se fortalece nesse mês dos Bancários, especialmente neste ano, em que nossa categoria é uma das poucas que, mesmo com a pandemia, continua atuando na frente de batalha. Nossos aplausos e agradecimento a vocês que têm tido um papel fundamental para a sociedade e todo o país. #Gratidão Diretoria do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região
SE LIGA NO SORTEIO! 22 Cestas Gourmet
+ 1 Headphone + 1 Smartwatch
LIVE DIA 28 DE AGOSTO 19 HORAS COM SHOW DE FREDY FEVEREIRO Assista ao vivo em nosso facebook @Bancariosjundiai
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O número de mortos no Brasil com a COVID-19 ultrapassou 100.000 no sábado (8) e continua a subir enquanto a maioria das cidades brasileiras reabrem lojas e restaurantes, embora a pandemia ainda não tenha atingido o pico. Enfrentando seu surto mais letal desde a gripe espanhola, há um século, o Brasil relatou seus primeiros casos do novo coronavírus no final de fevereiro. O vírus levou três meses para matar 50.000 pessoas e apenas 50 dias para matar as próximas 50.000.
Covid no Brasil já matou mais pessoas do que a Bomba de Hiroshima, lançada durante a 2a Guerra Mundial no Japão.
Descaso do governo Bolsonaro aprofunda crise no país
Real foi a moeda que mais desvalorizou no mundo
Somos epicentro da pandemia
Países querem distância de negócios com o Brasil
E daí??
Trabalhadores do ABC participam de manifesto contra descaso do governo Bolsonaro em dia de ato nacional “Pela Vida e por Empregos’’, dia 7 de agosto Analistas internacionais definem o Brasil como uma nação governada por um presidente populista que dá respostas contraditórias à pandemia. Os efeitos concretos da percepção no exterior de que o país ruma para um precipício, com crises históricas na saúde, na política e na economia, já impactam nos negócios e na postura das outras nações diante do Brasil. Cenário totalmente oposto a quando o Brasil chegou a ser considerado um dos países mais respeitados do mundo, no auge do governo Lula.
O cinco ma iores banco s no país, It Bradesco, S a ú, antander, B B e Caixa, lu juntos R$ 1 c ra 08 b ram de 30,3% em ilhões em 2019, um cre scimento relação a 20 18 desempenh o se mantém . O excelente mesmo com agravamen to da crise p o ela pandem coronavírus: ia de somente no 1o trimestre eles já lucra deste ano, ram R$ 18 b ilhões. Ainda assim , o s b a n co s desculpa pa vão usar a c ra demitir e rise como te ntar reduzir De janeiro d d ireitos. e 2 0 1 3 a d e ze bancos fech mbro de 20 aram 70 mil 19 os postos de tr que equiva abalho, o le a uma red ução de cerc da categori a de 14% a. Sendo qu e 51 mil post cortados só os foram entre 2016 e 2019. Os tr reivindicam abalhadore a manutenç s ão dos emp suspensão re das demissõ gos e a es.
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A pior moeda Desde o início de 2020, o real foi a moeda que mais se desvalorizou no mundo, com queda de 45% ante o dólar. O dólar encostou nos R$ 6. No mesmo período, o CDS (Credit Default Swap), indicador que sinaliza o nível de risco país, cresceu mais de 250%.
Domésticos: Categoria somou 4,7 milhões de pessoas, menor nível da série, com quedas recordes em ambas as comparações: -21,0% frente ao trimestre anterior e -24,6% frente a igual período de 2019. ‘’Isso faz com que a gente chegue ao menor contingente de trabalhadores com carteira assinada na série histórica e mostra que essa queda na ocupação está bem disseminada por todas as formas de inserção, seja o trabalhador formalizado, seja o não formalizado’’. Adriana Beringuy, analista da pesquisa do IBGE.
Quase 13 milhões de desempregados
Debandada de investimento Segundo o último relatório do Instituto de Finanças Internacionais, que reúne bancos de investimento em 70 países, o Brasil registrou em março a maior fuga de capital em um mês desde 1995. E agora é o país que mais merece atenção, por causa da rápida deterioração do cenário. A quantia perdida só não foi maior do que a registrada pela Índia. ‘’Colocar dinheiro no Brasil agora deve ser uma tarefa para “especialistas, loucos, oportunistas de longo prazo e aqueles sem outras opções”, resume o economista Armando Castelar, do Ibre/FGV. ‘’Seria como “correr para um prédio em chamas”.
Intervenção dos sindicatos freou contágio nas agências Por intervenção do Comando Nacional dos Bancários e monitoramento diário de todos os sindicatos do país, os bancos foram obrigados a criar um protocolo de segurança durante a pandemia, com contingenciamento de clientes, encaminhamento dos empregados do grupo de risco para o home office, aviso de alerta sobre o risco de contágio na entrada das agências, fechamento de agências para higienização e quarentena para funcionários e terceirizados quando há casos confirmados de contaminação dentro dos bancos. Em Jundiaí, logo no início da pandemia, o Sindicato entrou com solicitação para que a Prefeitura incluísse os bancos no decreto de emergência para suspensão de atividades consideradas não essenciais. Com isso, foram mantidos os serviços básicos à população sem expor os bancários e cllientes aos riscos da pandemia.
Segundo o IBGE, o contingente de desempregados no país chega hoje a 12,8 milhões. Mas é muito maior, se for considerado os 19 milhões que deixaram de procurar emprego, muitos impactados pela própria pandemia que restringe a procura.
Cenário mundial O Brasil é o país latino-americano que registra mais infecções por coronavírus. E está em terceiro no ranking mundial de número de casos e mortes, atrás apenas dos Estados Unidos e do Reino Unido.
Mais de 3 milhões de contaminados, mais de 100 mil mortes, mas Bolsonaro ignora cientistas Em 9 de agosto, dados do Ministério da Saúde apontavam a existência de 3.013.902 casos do novo coronavírus e 100.546 mortes no país. Além disso, 2.094.293 pessoas já se curaram da doença. O presidente é contrário às restrições e defende apenas o isolamento de grupos mais frágeis para a doença, como idosos e portadores de doença crônica, contrariando medidas adotadas em outros países afetados pela covid-19. Mesmo diante da tragédia, governos estaduais falam em maior reabertura econômica, mesmo sem garantias de que a doença tenha atingido seu pico de contágio.
Com carteira assinada: Total caiu 8,9% em relação ao primeiro trimestre e 9,2% na comparação com o mesmo período de 2019, para 30,2 milhões, menor nível da série. Informais: Total também chegou ao menor nível, a 8,6 milhões de pessoas, queda de 21,6% na comparação com o trimestre anterior e de 24,9% em relação ao mesmo período de 2019. Por conta própria: Total caiu para 21,7 milhões de pessoas, uma redução de 10,3% comparado tanto ao trimestre anterior quanto a igual período de 2019.
População subutilizada bate recorde A população subutilizada chegou a 31,9 milhões de pessoas, o maior número registrado na série histórica. A subutilização leva em conta: pessoas desocupadas (não trabalham, mas procuraram trabalho nos 30 dias anteriores à pesquisa) pessoas que gostariam de estar trabalhando mais horas por dia pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho nos 30 dias anteriores à pesquisa, ou procuraram mas não estavam disponíveis para trabalhar no momento da pesquisa.
CASOS DE COVID EM NOSSA BASE Cidade
Casos confirmados
Óbitos
Jundiaí 8951 339 Franco da Rocha 1700 89 Cajamar 1215 66 Campo Limpo Pta 854 60 Caieiras 1506 79 Itupeva 1185 29 Francisco Morato 2154 74 Jarinu 310 21
fontes RBA/Uol/Época/Contraf/SeebSP/BBC
*dados coletados até o fechamento desta edição - Fonte: https://www.seade.gov.br/coronavirus/
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Confira o resultado das negociações já realizadas até o fechamento desta edição
#NALUTACOMVOCÊ BB Saúde e manutenção de direitos no teletrabalho Na primeira rodada a representação dos funcionários do BB cobra que o banco arque com os custos do home office e a criação de um grupo de trabalho bipartite, com representantes dos funcionários e do banco, para análise do trabalho home office, visando a melhoria das suas condições.
Mais contratações e negociações sobre incorporados pelo BB Durante a segunda rodada de negociação, os trabalhadores cobraram o fim da redução do quadro de pessoal, a contratação de funcionários concursados e também levantou a preocupação sobre uma ação do Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre as carreiras técnicas do BB, como engenheiros e profissionais de Tecnologia da Informação.
Saúde e Condições de Trabalho Já na terceira rodada, O Banco do Brasil propôs mudança na Gestão de Desempenho profissional (GDP) com a implantação de apenas um ciclo avaliatório (um semestre) para descomissionamento, em substituição aos atuais três ciclos (um ano e meio).A CEBB defende justamente o inverso: ao invés de instituir um ciclo para todos os funcionários, que o gestor também conte com um ano e meio de avaliação.
Durante a quarta rodada de negociação o Comando reivindicou a incorporação à Convenção Coletiva de Trabalho do aditivo assinado em março deste ano que dá as diretrizes para a criação de um programa de prevenção à prática de violência doméstica e familiar contra bancárias e o fim das desigualdades nas instituições bancárias, que atingem preponderantemente as mulheres, negros, homossexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
O Emprego bancário tema da segunda rodad negociação da nossa Ca Nacional. Na mesa com a os trabalhadores aprese dados sobre a redução d de trabalho nos bancos. 2016 e 2019 51 mil posto cortados. Os trabalhado reivindicam a manutenç empregos e a suspensão demissões.
#NaLutaPeloE
#NaLutaComVocê
A terceira rodada de negociação abordou saúde e condições de trabalho, a categoria reivindica a manutenção de todas as cláusulas sobre o tema na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT); medidas para garantir a saúde de quem está em home office que estão previstas na proposta de nova cláusula sobre o home office, já discutida na primeira rodada de negociação -; medidas de proteção contra o coronavírus e também de prevenção contra surtos, epidemias e doenças crônicas; e ainda ações contra as metas abusivas, que comprovadamente adoecem os bancários.
#SaúdeAcimaDoLucro
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Negociações vão até 18 de agosto
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o do #JornaldosBancários
Leia todas as matérias completas em nosso site: www.bancariosjundiai.com.br
Empregados e Caixa debatem home office A Caixa atendeu a cobrança da representação dos empregados e vai manter o teletrabalho. Além disso, o banco se comprometeu a reavaliar todos os casos de home office para coabitantes de pessoas do grupo de risco para Covid-19 além de criar um canal de denúncias para que empregados informem os locais que não estão seguindo os protocolos. As denúncias poderão ser anônimas. A Caixa também ficou de avaliar a reivindicação do movimento sindical para que pais e mães de filhos em idade escolar ingressem no projeto remoto.
foi o da de ampanha a Fenaban, entaram de postos . Só entre os foram ores ção dos o das
CEE/Caixa cobra melhores condições de trabalho para a saúde dos empregados Os representantes pediram ações efetivas da Caixa para esse período de pandemia. Os trabalhadores estão sofrendo com as jornadas extenuantes, a ansiedade da volta ao trabalho presencial e as cobranças abusivas de metas. Outra cobrança da CEE/Caixa foi o cumprimento do rodízio das agências e o retorno das agências ao horário de atendimento normal. Também foi cobrado que o retorno presencial seja negociado com o movimento sindical e isso se dê de forma planejada e assegurando a devida proteção aos trabalhadores.
Caixa Saúde Caixa A CEE/Caixa cobrou ainda uma mesa de negociação específica sobre o Saúde Caixa. O plano de saúde vem sendo atacado pelo governo. É necessária a inclusão de todos os empregados bem como a manutenção do atual custeio.
Cláusulas sociais e econômicas
Emprego
O Comando Nacional dos Bancários apresentou à Fenaban uma série de propostas para regulamentar o teletrabalho. Entre as principais reivindicações estão: - Manutenção de todos os direitos - Respeito à jornada - Igualdade de oportunidades - Ressarcimento de custos e fornecimento de equipamentos
#EmCasaTbmÉTrabalho
#NaLutaPorDireitos
Na quinta rodada de negociação, os trabalhadores dicutiram com a Fenaban (federação dos bancos) suas principais reivindicações econômicas e sociais. A categoria quer aumento real de 5%, PLR e vales alimentação refeição e auxílio-creche/ babá maiores, Plano de Cargos e Salários, além de suspensão da terceirização, instauração de uma comissão bipartite para debater mudanças tecnológicas, isenção de tarifas para funcionários, indenização adicional para coibir dispensas imotivadas, entre outras. Os bancos ficaram de apresentar respostas às reivindicações na próxima mesa, que será na terça-feira 18.
Veto de Bolsonaro esmaga direitos A reforma trabalhista criada no governo Temer acabou com a ultratividade e o governo Bolsonaro vetou o trecho da Lei, aprovada pelo Congresso Nacional, que garantia a ultratividade durante a pandemia de Covid-19. Portanto, todos os direitos previstos nas CCTs e nos ACTs são suspensos ao final do acordo vigente, ou seja,os bancos poderão, por exemplo, deixar de pagar os vales alimentação e refeição e até a PLR. ‘’Vamos continuar cobrando dos bancos que garantam a ultratividade e acelerem o ritmo das negociações, mas precisamos que toda a categoria se mobilize e participe das atividades da Campanha Nacional junto aos sindicatos’’, informa o secretário geral do Sindicato, Douglas Yamagata.
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Itaú
Bradesco
Bradesco prevê fechamento de mais 400 agências Uma matéria do Valor informa que o banco deve fechar mais de 400 agências este ano, com afirmação do presidente, Octávio de Lazari, de que o ajuste na estrutura física do banco vai continuar de forma intensa em 2020 e 2021. Nos últimos 12 meses já foram fechadas 414 unidades. “A gente deve fechar mais de 400 ou transformar em unidades de negócios neste ano”, afirmou Lazari. ‘’A informação do fechamento de mais 400 agências ultrapassa o número informado no ano passado. E o banco faz isso em plena
pandemia, aumentando o pânico e insegurança dos trabalhadores’’, destaca Douglas Yamagata, funcionário do Bradesco e diretor no Sindicato. Corte nos lanches Os representantes dos trabalhadores pedem que o banco revogue a suspensão do fornecimento de lanche nos departamentos e agências, anunciado com a justificativa de desperdício. Os trabalhadores informam não concordar com a suspensão porque não houve nenhum comunicado ou negociação por parte do banco.
Santander
No Brasil, banco lucra e demite muito durante a pandemia Segundo balanço do banco divulgado dia 29 de julho, o lucro líquido gerencial no primeiro semestre do ano foi de R$ 5,989 bilhões. O resultado foi de queda (15,9% em relação ao mesmo período de 2019 e de 44,6% em relação ao trimestre anterior), mas apenas porque o banco aumentou a chamada Provisão para Devedores Duvidosos (PDD), que é a provisão feita pelos bancos para cobrir possíveis calotes. Em 12 meses (de junho de 2019 a junho de 2020), foram fechados 93 agências e 2.564 postos de trabalho, sendo que, apenas durante o período de pandemia da Covid-19 foram 50 agências e 844 postos de trabalho.
Esses números mostram a total falta de responsabilidade social do banco no Brasil. Em março, o Santander assumiu um compromisso de não demitir durante a pandemia em mesa de negociação com os trabalhadores brasileiros, mas em junho descumpriu o compromisso e iniciou um processo de demissões em massa. ‘’É um total desrespeito com nosso país, com os trabalhadores e também com os clientes brasileiros, já que o banco espanhol não está demitindo em nenhum outro lugar do mundo. E, incrivelmente, faz isso justamente no país onde mais obtém lucro’’, conclui Natal Gomes, diretor do Sindicato e funcionário do Santander.
Lucro acima de tudo e de todos Com a retomada do atendimento presencial nas agências do Itaú que foram fechadas no início da pandemia, na base do Sindicato, todas as unidades estão abertas, no entanto, não há funcionários suficientes para tamanha demanda. ‘’Faltou planejamento em todo o processo, gerando sobrecarga de trabalho e esgotamento dos funcionários. A reabertura foi feita sem pensar em realocação de funcionários e nem na escala de férias”, informa Letícia Mariano, diretora do Sindicato e funcionária do Itaú. Além disso, as metas voltaram com força total, inclusive com cobranças ainda mais altas durante a pandemia. “ Vemos bancários cada vez mais sobrecarregados e esgotados. Enquanto alguns gestores insistem no discurso que ‘tudo já passou’ visando resultado” comenta Letícia.
Grupo de Risco Letícia destaca ainda que alguns funcionários do grupo de risco, encaminhados ao home office por conta da pandemia, até hoje não receberam notebooks para trabalhar em casa e acumulam horas negativas há três meses. ‘’Essa é uma total falta de planejamento e organização do Itaú e mais uma vez demonstra que o banco está indiferente para situação desses bancários’’. O Sindicato orienta aos bancários que não receberam notebook para desenvolver o trabalho em home office que entrem em contato com o Sindicato pelo whats (11 )48066654 com nome completo e agência de lotação, o intuito é tentar pressionar o banco.
Itaú flexibiliza medidas na pandemia Fechamento e higienização das agências só ocorrerá mediante um resultado positivo Para a direção do Sindicato, o protocolo anterior garantia mais segurança para bancários, terceirizados e clientes. ‘’Mais uma vez, constatamos que o banco só se preocupa com a entrega de resultados’’, diz Letícia Mariano, diretora do Sindicato e funcionária do Itaú. Segundo ela, pelos números levantados, a política do banco era assertiva. ‘’Em quase cinco meses de pandemia tivemos
aproximadamente 13 casos de Covid confirmados entre funcionários e terceirizados de nossa região’’. ‘’Destacamos a necessidade de os bancários entrarem em contato com nossos diretores e informarem os casos suspeitos para que possamos realizar o acompanhamento e monitoramento de perto’’, conclui Letícia.
Mercantil
Pressão por metas aterroriza e deprime funcionários Como se não bastassem a insegurança e a excessiva lotação nas agências do Mercantil do Brasil, principalmente nos 5 primeiros e 5 ultimos dias úteis de cada mês, com o pagamento dos beneficiários do INSS, aumentando também o risco de contágio pela Covid-19, os funcionários do banco estão sofrendo com pesadas cobranças, a truculência e a falta de humanidade da área
comercial, aumentando a pressão para o cumprimento de metas inatingíveis. Segundo denúncias de funcionários do Mercantil em todo o país, a área comercial do banco chega ao absurdo de propor e exigir dos funcionários a venda de seguro de vida e outros produtos bancários sem o conhecimento dos clientes, o que é considerada uma prática abusiva e ilegal. As denúncias estão
vindo também por parte de clientes, insatisfeitos e abismados com essa postura do banco. A vigilância excessiva sobre os bancários, através das câmeras de segurança instaladas nas agências, e a sobrecarga na jornada de trabalho, com funcionários permanecendo nas unidades de 8 a 9 horas diárias e ininterruptas também aceleram quadros de adoecimento e depressão
dos trabalhadores, que já não suportam mais tanta ganância e prepotência da gestão comercial do Mercantil. O assédio moral é ilegal, deprime, adoece e retira a dignidade dos trabalhadores. Por isso, os funcionários que se sentirem vítimas dessa situação, não devem se calar. Façam a denúncia ao Sindicato. O sigilo é absoluto.
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Caixa
Troca de coordenação na CEE/CAIXA
Cartilha “Saúde Caixa para todos” Material explica como funciona o Saúde Caixa e por que ele está ameaçado É fundamental que os empregados se mobilizem pela manutenção dessa conquista da luta dos trabalhadores, que se consolidou como direito no Acordo Coletivo da Caixa em 2004. Dentre as ameaças estão a resolução CGPAR 23, que impede o registro do Saúde Caixa no Acordo Coletivo e o ingresso de novos participantes no plano; os sucessivos déficits registrados
à partir de 2016, que ainda são menores que o superávit acumulado e a inclusão da limitação da contribuição do banco para o plano a 6,5% da folha de pagamento no estatuto da empresa, com esta limitação o déficit em 2023 será de R$ 2,4 bilhões, a ser bancado pelos usuários, o que representa um aumento de mais de 300% em relação aos valores atuais.
Acesse a cartilha em nosso site www.bancariosjundiai.com.br
Após 4 anos à frente da coordenação da comissão executiva, Dionísio Reis é substituído por Fabiana Uehara Proscholdt “A gente acompanha esse trabalho desde 2016, no momento do golpe. Precisamos inventar uma nova forma de fazer a executiva dos empregados, de cobrar e garantir os direitos dos empregados. Tenho muito orgulho de ter participado desse momento e de ter moldado os trilhos que permitem fazermos uma série de discussões atualmente”, disse Dionísio que coordenou a CEE da Caixa por quatro anos, mas permanece como integrante da comissão. Para Fabiana Uehara, a nova coordenadora da CEE, a sua
responsabilidade na coordenação será muito grande e o foco continuará sendo defender os trabalhadores da Caixa, seus direitos e o próprio banco enquanto empresa 100% pública. ”Eu agradeço a confiança que foi depositada em mim.Já acompanho o Dionísio há um tempo. Ele fez um trabalho fantástico enquanto coordenador e continuaremos trabalhando juntos. Temos uma Campanha Nacional pela frente e espero contar com todos os colegas da Caixa unidos e mobilizados”, declarou Fabiana.
Governo federal publica MP que autoriza fatiamento e venda de partes da Caixa Na noite de 7 de agosto, o presidente Jair Bolsonaro editou a Medida Provisória 995, que “dispõe sobre medidas para reorganização societária e desinvestimentos da Caixa Econômica Federal e de suas subsidiárias” . A
medida prevê o fatiamento e posterior venda de partes da Caixa. As partes da Caixa que são alvo da cobiça são as Loterias, Seguros, Cartões, Gestão de Ativos de Terceiros e, mais recentemente, o
Banco Digital, que seria criado a partir das poupanças sociais abertas para os saques do FGTS e Auxílio Emergencial. A Medida Provisória tem validade de 60 dias, e pode ser prorrogada por mais 60.
BB
Novo presidente do BB deve tocar agenda privatista que Novaes não conseguiu Indicado pelo mercado para presidir o Banco do Brasil, André Brandão deve acelerar a venda de ativos do banco e tocar a agenda privatista pretendida pelo governo Bolsonaro. O antecessor, Rubem Novaes, apadrinhado por Paulo Guedes, falhou na missão, não só por ceder uma carteira de crédito de R$ 2,9 bilhões com deságio de 90% ao BTG ( banco fundado por Guedes), como também falhou na missão de defesa do banco e dos funcionários. Por sua inaptidão, foi substituído por alguém mais próximo do mercado. Além de carreira em bancos de investimento, Brandão presidiu o HSBC no Brasil à época em que o escândalo internacional Swiss Leaks, de sonegação fiscal e evasão de divisas, veio à tona. Paulo Malerba, presidente do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região e funcionário do
BB, diz que a lógica do governo para o banco é a privatização. ‘’É lamentável o governo Bolsonaro insistir na privatização dos bancos públicos. É uma falta completa de visão da história do país, inclusive da história atual, nesse momento da pandemia em que os bancos públicos têm sido imprescindíveis’’. Malerba lembra que André Brandão era do HSBC do Brasil, que foi vendido para o Bradesco. ‘’Essa concentração de bancos é muito ruim para o país. O ideal seria termos mais instituições bancárias para diluir riscos e também para que o consumidor tenha mais opções’’. Para ele, o governo Bolsonaro buscou um profissional do mercado que já conduziu um processo de fusão para tentar fatiar o BB, privatizando um banco de extrema importância para setores sociais, como o setor rural. ‘’Há
uma rede de pequenos e grandes agricultores que são financiados pelo Banco do Brasil e que, por não apresentarem grandes lucros, não interessa aos bancos privados. Vale lembrar que 70% de todo alimento consumido no país são financiados pelo BB’’. Paulo afirma que o governo encontrará resistência não só das entidades sindicais, mas também de setores empresariais, que compreendem a importância do BB, como as indústrias e o agronegócio e também da sociedade, que vê o quão necessário são os bancos públicos, especialmente em momentos de crise. ‘’Se não houver um banco que possa realizar empréstimos com juros menores, vários setores serão impactados’’.