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CONSTRUINDO O RAMO FINANCEIRO
Edição: 550 | Abril 2019
PRESENTE DE GREGO Reforma da Previdência pode deixar milhares de famílias e cidades em estado de miséria
Bom para poucos, ruim para o Brasil
Bradesco
Santander
Caixa Agências lotadas, falta de empregados e problemas na infraestrutura
Presidente do Santander avisa: ‘bancos abrirão aos finais de semana’’ FOTO: JJ
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Crime em Campo Limpo é alerta sobre segurança
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Edição 550 - Abril/ 2019
Greve contra privatização de estatal é abusiva, define TST A Seção de Dissídios Coletivos do Tribunal Superior do Trabalho decidiu, em fevereiro (11/2), que greve contra privatização é abusiva. Portanto, os trabalhadores que pararem para protestar contra a venda de estatais à iniciativa privada podem ter os salários descontados. Greve contra privatização é política e, por isso, abusiva, afirma Ives Gandra. Para o ministro greves não podem ter objetivos políticos não relacionados às relações de trabalho. E protestar contra a privatização de estatais, segundo Gandra, não é uma causa trabalhista. Para Maurício Godinho, ministro com voto vencido pela maioria, greves do tipo são pela manutenção dos empregos e, por isso, não podem ser consideradas políticas. “Existem normas da OIT que dizem o mesmo, não podendo ser entendido o contrário”, votou Godinho.
Palestra com José Ricardo Sasseron
Vice-presidente da ANAPAR (Associação Nacional dos participantes dos Fundos de Pensão).
Presidente do Sindicato de Jundiaí representa Brasil em Conferência Global do Trabalho O presidente do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região, Paulo Malerba, foi convidado a participar de duas conferências na Alemanha neste mês. O convite foi realizado pelo Centro Internacional para o Desenvolvimento e Trabalho Decente (ICDD, na sigla em inglês), que custeou toda viagem. As conferências ocorreram em Berlim e Kassel. Entre os temas abordados estão as condições de trabalho em diversos segmentos do mundo, a precarização do trabalho e os desafios das organizações sindicais. ”Os problemas no mundo do trabalho são similares em diversos países, apesar de diferentes escalas, inclusive nos países desenvolvidos”, disse Malerba. Saiba mais em nosso site www. bancariosjundiai.com.br
Sindicato alerta sobre a importância das portas giratórias Tiros e morte no Bradesco de Campo Limpo Paulista No último dia 21 de fevereiro, um homem foi morto a tiros dentro da sala de autoatendimento da agência do Bradesco em Campo Limpo Paulista. O Sindicato esteve presente horas depois do crime e realizou reunião no dia seguinte com os funcionários, inclusive intervindo para que a agência permanecesse fechada. O fato que abalou toda a região ligou um sinal de alerta em todos os clientes e, principalmente nos funcionários sobre o tema das portas giratórias. Em Jundiaí, um projeto de lei de autoria dos vereadores Paulo Sérgio Martins e Gustavo Martinelli pretende retirar as portas com detector de metal nas agências bancárias de Jundiaí. O projeto foi apresentado em novembro de 2018, mas o Sindicato conseguiu adiar a data de votação, fazendo com que os vereadores se comprometessem a realizar uma Audiência Pública até maio de 2019. Até o momento a data da audiência
não foi divulgada pela Câmara. Paulo Malerba, presidente do Sindicato e ex-vereador, que ajudou a aprimorar a lei das portas de segurança destaca que “os bancos deveriam aprimorar a segurança bancária, instalando as portas antes das salas de autoatendimento”. O secretário-geral do Sindicato, Douglas Yamagata, disse que a categoria repudia o projeto. “A categoria está indignada pela possibilidade da retirada das portas de segurança e também por se tratar de uma decisão sem debate com a sociedade. Lamentavelmente, o autor do projeto é delegado de polícia e deveria criar projetos para melhorar a segurança bancária, e não, piorá-la. A diretoria do Sindicato destaca ainda que tão logo a Câmara decida a data da Audiência Pública, os bancários serão informados para participarem do evento. “É muito importante que toda categoria participe, porque o que está em jogo é a vida dos trabalhadores e clientes”, conclui Douglas.
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Sindicato mostra força e maturidade em seus 33 anos de luta Nosso Sindicato chega aos 33 anos contabilizando uma trajetória de extensas lutas e muitas conquistas. Nesse momento em que tantos direitos e benefícios estão sendo cortados pelo governo Bolsonaro, com participação ativa dos banqueiros no desmonte da Previdência e dos direitos trabalhistas, mais do que nunca precisamos unir nossas forças para garantir a manutenção de todo avanço que conseguimos até agora, porque essa luta continua sendo de todos nós. Para falar um pouco sobre essa trajetória que é referência para sindicatos e categorias de todo o país, convidamos os diretores que passaram pela presidência do Sindicato. Irineu Romero Filho (Tacão), aposentado pelo Santander “O sucesso de cada um depende da união e da luta para o sucesso de todos. Por isso acredito que os trabalhadores precisam SER o Sindicato e não só TER o Sindicato. O reconhecimento que o trabalhador merece só acontece quando queremos e lutamos juntos. E hoje o grande desafio é combater a ilusão do individualismo divulgada pelos patrões. Muitos correm atrás de metas, chegam ao topo e mesmo assim continuam sob pressão, inclusive exigindo dos colegas subordinados e acabam se tornando reféns do ‘sucesso individual” Paulo Mendonça, empregado da CAIXA “Não participei da fundação da Associação, em 1988, mas sim de sua transformação em Sindicato, e para mim, toda essa experiência foi uma lição de vida, da qual me orgulho muito. E espero que as próximas gerações, com todos os problemas e lutas que estamos vivenciando e estão por vir, mantenham esse ideal de busca por uma sociedade mais justa e igualitária”.
Douglas Yamagata, funcionário do Bradesco “O atual governo quer destruir os Sindicatos e é importante que não deixemos que isso aconteça. É por meio do Sindicato que conseguimos a maior parte das nossas conquistas, tais como os vales alimentação e refeição, PLR e aumento real de salários. Além disso, o atual governo quer acabar com o protagonismo que o Sindicato tem na sociedade. Afinal, quem tem coragem de colocar os pontos de vista em defesa dos trabalhadores? Só o Sindicato. É o único órgão de representação que entende os anseios da categoria e que tem poder de organizar os trabalhadores na luta contra a ganância dos patrões”.
Paulo Malerba, funcionário do BB e atual presidente do Sindicato “O momento agora é defensivo, de resistência e garantia das conquistas. Em um governo como o atual, o papel do Sindicato é ainda mais fundamental. É um momento em que a organização e união são fundamentais num cenário em que se busca reduzir e retirar direitos. Nossa prioridade é garantir os empregos e direitos da nossa categoria, lutar contra essa reforma da Previdência e defender os bancos públicos, fundamentais para o crescimento do país’’.
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É o Caos
Combate aos privilégios?!
Reforma da Previdência pode deixar milhares de famílias e cidades em estado de miséria
Mesmo com grande parte da mídia tradicional fazendo cobertura favorável à Reforma da Previdência (Pec 06/2019) e, consequentemente, a favor dos bancos, sedentos por abocanharem a Previdência Social, a população começa a entender que a Reforma proposta pelo governo
Bolsonaro vai prejudicar os direitos dos assalariados, sobretudo os mais pobres, dizendo que a Reforma pode gerar uma economia de R$ 1 trilhão em dez anos. Mas onde justamente o governo quer fazer essa “economia”???
Quem já se aposentou também vai perder Não é só o pessoal da ativa que vai perder. Aposentados também perdem, principalmente quem recebe salário mínimo. O reajuste da aposentadoria acompanha o mesmo reajuste do salário mínimo. Se a reforma for aprovada o índice escolhido pelo governo, provavelmente, será o menor e desvinculado do salário mínimo. Assim, os 65% de aposentados do país que recebem o salário mínimo podem receber muito menos do que os R$ 998,00 (mínimo) de hoje.
Os militares representam metade dos gastos da Previdência no funcionalismo público. Hoje a União gasta R$ 43,9 bilhões com pensões e aposentadorias para cerca de 300 mil militares e pensionistas. As novas exigências dos militares na reforma terá uma economia de apenas R$ 10 bilhões nos primeiros dez anos. Isso é 1% do total a ser economizado. Ou seja, é mais um plano de cargos militar do que uma reforma. O que os militares terão com a reforma: · Dobrar o bônus na passagem para a reserva – passando de quatro para oito soldos (remuneração dos militares) · Somar gratificação de 10% do
O que dizem os especialistas “Dizer que existe idade mínima em outros países é uma forma obtusa de se fazer a discussão. No Brasil, existe um contingente enorme de trabalhadores diretamente braçais, com nível de mecanização baixo, que tem o vigor físico exigido para o exercício do trabalho. Nesse contexto, a idade mínima existe para impedir o acesso à aposentadoria”. Flavio Batista, professor na Escola Paulista de Direito Social
‘’O texto da reforma não detalha quais serão as formas de reajuste do BPC. Ou seja, os R$ 400 de hoje podem virar R$ 250 daqui a uns anos, sem uma cláusula de reajuste.O governo vai jogar 70% da população de idosos mais pobres na miséria. Eles não vão conseguir se aposentar. Vão sobreviver de auxílios e benefícios”. Eduardo Fagnani, professor de Economia da Unicamp
10 motivos
para entrar em
“Em um regime de capitalização, é cada um por si. O indivíduo não conta com nenhum tipo de solidariedade ou assistência. O Chile hoje é o país da América Latina que tem a mais alta taxa de suicídio entre pessoas idosas. Um dos dados apontados pela pesquisa é a correlação entre a falta de proteção previdenciária, acarretada pela privatização da Previdência na década de 80, e suicídio de idosos que chegam na idade avançada, com problemas de saúde, e não encontram recursos suficientes para se manter’’. Julia Lenzi, (USP) doutoranda em Direito do Trabalho e Seguridade Social.
pânico
1 Reforma acaba com a solidariedade: agora é cada um por si; 2 Sistema de capitalização transforma aposentadoria em negócio; 3 Aumento da idade mínima e do tempo de contribuição: vamos
trabalhar até morrer; 4 Governo não ataca os privilégios; 5 Futuras gerações não terão apoio da Seguridade Social; 6 Reforma ataca mais pobres e vai acentuar desigualdades e opressões; 7 Brasil terá legião de idosos pobres nas ruas; 8 Reforma machista: mulheres serão as mais prejudicadas; 9 Quem já se aposentou também vai perder muito; 10 Reforma pode levar milhares de municípios à falência.
salário da ativa a generais já aposentados. · Criação de um novo posto, de sargento-mor, com gratificações variáveis de acordo com o tempo de serviço (entre 5% e 41%). · Direito ao reajuste nas gratificações pagas por cursos de especialização · Aumento gradual da contribuição previdenciária dos atuais 7,5% para 10,5%. (Ainda assim, a alíquota é menor do que a cobrada atualmente dos servidores públicos federais, por exemplo, que contribuem com 11%). · Tempo de contribuição elevado de 30 anos para 35 anos, mas somente para os novos integrantes das Forças Armadas, quem já está, fica como é.
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A única renda de muitos lares Estudo de 2018 identificou um aumento de 12% no número de famílias que dependem financeiramente de aposentado no Brasil. Segundo a pesquisa, a quantidade de lares em que mais de 75% da renda vem da aposentadoria de um membro da
família passou de 5,1 milhões para 5,7 milhões no último ano. Ao todo, pouco mais de 10,8 milhões de brasileiros dependem de um parente com mais idade para viver. Nesses lares, o número de desempregados é quase o dobro da média do país. *Pesquisa LCA/Folha
Municípios quebrados Em pelo menos 500 cidades do país, os benefícios pagos pelo INSS representam mais de um quarto do PIB. Em alguns casos, a dependência em relação aos benefícios é bem mais
elevada e chega a passar dos 60%. A reforma pode quebrar a economia dessas cidades e, consequentemente, deixar grande parte da população em estado de miséria.
Aposentados demitidos não vão receber FGTS A reforma de Bolsonaro exclui a obrigatoriedade da empresa recolher o FGTS do trabalhador que já for aposentado. E também permite que o empregador não pague multa
de 40% na rescisão contratual em caso de demissão. E mesmo que a empresa prossiga com os depósitos, se demitido, o aposentado não recebe após a reforma ser aprovada.
Idosos na miséria Entre as propostas mais cruéis da reforma está a que diminui de um salário mínimo (R$ 998,00) para apenas R$ 400,00, o valor do Benefício de Prestação Continuada (BPC) a idosos pobres a partir dos 60 anos. Somente a partir dos 70 anos os idosos em condição de miserabilidade teriam direito ao benefício de um salário mínimo integral como é hoje. Atualmente, o BPC é pago a 2 milhões de idosos e 2,5 milhões de pessoas com deficiência pobres, que comprovem renda mensal per capita familiar inferior a um quarto do salário mínimo.
Chile amarga recorde de suicídios entre aposentados Bolsonaro também quer implementar o regime de capitalização da Previdência . É o mesmo sistema implantado no Chile durante a ditadura de Pinochet, em 1981. Como funciona o sistema de capitalização? · O trabalhador tem que fazer sua própria poupança. Isso é um problema para os mais pobres, com salários muito baixos, que não tem como poupar. · Não há uma conta coletiva por repartição. · Enquanto isso, os bancos vão usando (investindo) esse dinheiro do trabalhador em benefício próprio. · Não é prevista contribuições do governo nem das empresas · No caso do Chile, os aposentados recebem, em média, entre 40% a 60% do salário mínimo. · A idade mínima para mulheres é 60 e 65 para homens. · Três décadas depois do Sistema de Capitalização, o Chile quer reverter o modelo, pois não funciona!
Mulheres serão as mais atingidas
Pelas regras atuais, uma mulher com 55 anos de idade e 25 anos de contribuição teria de trabalhar mais cinco para se aposentar por idade e conseguir receber o benefício integral. Ou seja, estaria aposentada aos 60 anos e com 30 anos de contribuição. Com a reforma de Bolsonaro, a idade mínima sobe para 62 anos. Ou seja, essa mesma mulher terá que trabalhar mais sete anos (55+7) para se aposentar por idade. E o benefício será menor, de 75% do integral.
4O anos sem parar
Pelas novas regras, para atingir o valor integral do benefício, as mulheres terão que contribuir por, no mínimo, 40 anos. A mulher na faixa etária dos 55 anos ou menos será a mais prejudicada. Se ela quiser se aposentar com benefício integral, terá de trabalhar mais sete anos e continuar a contribuir por mais dez anos. Ou seja, somente aos 70 anos de idade ela se aposentaria com salário integral. Equiparar a idade de homens e mulheres para aposentadoria é ignorar a tripla jornada de trabalho das mulheres que além da profissão, continuam sendo responsáveis pelo cuidado dos filhos e da casa.
Já sabe qual será seu prejuízo se a Reforma for aprovada? O DIEESE elaborou uma calculadora pra tirarmos essa dúvida. Acesse o site: www.dieese.org.br ou digite ‘calculadora Dieese’ no Google. Fontes: Dieese, Contraf-CUT, Estadão, Uol, Esquerdaonline, Revista Fórum, Valor
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ITAÚ
SANTANDER
Presidente do Santander avisa: ‘bancos abrirão aos finais de semana’’ Em março, o presidente do Grupo Santander Brasil, Sérgio Rial, anunciou outro desrespeito aos trabalhadores do banco.
Num vídeo enviado aos funcionários, ele disse, de forma autoritária e unilateral, que abrirá as agências durante o fim de semana para “educação financeira” da população, desrespeitando a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários, pois o trabalho bancário é de segunda a sexta. No vídeo, ele fala ainda sobre educação financeira familiar, dizendo que usará as agências do Santander como “centros de orientação financeira”. Segundo ele, esta seria uma colaboração do banco para ajudar no crescimento do país. “Na verdade, a intenção do banco é ter agência aberta para aumentar ainda mais os lucros enviados para a Espanha e o bonus dos executivos”, criticam os dirigentes sindicais.
O vídeo caiu como uma bomba nos locais de trabalho do Santander. Além da proposta ser ilegal, ela desrespeita ainda a Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários e a mesa de negociação entre os trabalhadores e a Fenaban, da qual o Santander é participante. A proposta também não foi negociada com os trabalhadores, tratando-se
BRADESCO
de mais um desrespeito da extensa lista de ataques promovidos pela gestão brasileira do banco, que também suga seus clientes brasileiros. Na Espanha e em outros países desenvolvidos o banco espanhol cobra da população menos de 10% de juros ao ano, enquanto que no Brasil os juros de modalidades como cheque especial beiram os 400% ano.
Bancários cobram redução do ‘turnover’ A rotatividade de funcionários do Itaú é cada vez mais alta. Após 10 anos de contribuição com a empresa, os funcionários mais velhos e experientes vão sendo trocados
por outros mais novos e, consequentemente, com salários mais baixos. Diante desse quadro, a COE tem cobrado a redução da prática, chamada de Turnover, que chegou a 10% em 2018.
Ao todo, 9.870 novos empregados foram contratados e 8.618 demitidos, o que gerou 1.252 postos de trabalho. As novas contratações são direcionadas a jovens com conhecimentos na área de tecnologia da informação, enquanto trabalhadores que atuavam como caixas, gerentes e demais cargos da área operacional
das agências vão sendo demitidos. A COE também cobra a criação do centro de realocação e qualificação, que é uma conquista da campanha salarial de 2016, além da questão do emprego, da remuneração, retomada das reuniões do GT de Saúde do convênio médico.
Prêmio por Desempenho Extraordinário (PDE) não contempla a todos No último dia 11 de março, a COE do Bradesco se reuniu com representantes do banco para discutir o recém-criado Prêmio por Desempenho Extraordinário (PDE). O programa de remuneração variável é uma reivindicação histórica do Sindicato. O Bradesco é o único entre os grandes bancos que não contava com este sistema de remuneração. No entanto, pela proposta do banco só serão elegíveis para o PDE os gerentes de agências, gerentes administrativos e gerentes da área comercial. “O movimento sindical bancário sempre cobrou a remuneração variável no Bradesco, mas de uma forma que contemple todos os funcionários. A proposta do banco, além de não ter sido elaborada em conjunto com o Sindicato, exclui diversos funcionários que são importantes aos resultados do banco”, enfatiza Sandro Bacan, diretor do Sindicato e funcionário do Bradesco. Segundo o banco, o PDE será atrelado a resultados individuais e coletivos. O acompanhamento será mensal e o prêmio anual, proporcional ao período trabalhado, considerando afastamentos como licenças saúde e maternidade, e transferências de agências. O banco informou que já possui as ferramentas necessárias para a medição de resultados e que o regulamento detalhado do programa será divulgado em breve.
Bradesco terá que manter plano de saúde para aposentados demitidos O Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região entrou com ação coletiva contra o Bradesco para que o banco mantenha o plano de assistência médica dos empregados aposentados demitidos sem justa causa e que tinham dez anos ou mais de vínculo com a instituição. De acordo com a advogada Aparecida Neves, da Tavares e Neves Advogados, que presta assessoria jurídica ao Sindicato, o aposentado já se encontra em situação
complicada quando sai da ativa e, para piorar, perde benefícios como vale alimentação e plano de saúde. ‘’A sentença é de suma importância porque não deixa o aposentado desamparado, haja vista que o plano de saúde é o que, frequentemente, mais pesa no orçamento dos aposentados”. Caso não cumpra a sentença, o banco será multado em R$ 50 mil por trabalhador. Ainda cabe recurso para ambas as partes.
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CAIXA
Agências lotadas, falta de empregados e problemas na infraestrutura Durante as visitas realizadas no último mês, os diretores do Sindicato encontraram agências lotadas, empregados sobrecarregados e problemas prediais relacionados à infiltrações e climatização. Segundo Sérgio Kaneko, empregado Caixa e atual Diretor de Comunicação e Imprensa do Sindicato, todos os apontamentos e acompanhamentos são feitos com a Superintendência Regional, inclusive em busca de minimizar os impactos provocados falta de empregados. "Em todos os casos que chegam para o Sindicato, entramos imediatamente em contato com a Superintendência Regional cobrando ações em relação ao problema encontrado, ocorre que em virtude do problema de falta de pessoal ser generalizado, às vezes a solução encontrada pela regional é paliativa e não definitiva", declarou Kaneko. A drástica redução no número de pessoal é resultado dos sucessivos programas de
desligamento de empregados promovido pela empresa sem a ocorrência de novas contratações, somados a isto ainda temos as escalas de férias e os empregados adoecendo em virtude da sobrecarga de trabalho. Por estas e outras razões Kaneko reforça a importância da união e mobilização dos
empregados contra os ataques diretos à Caixa. “Pela manutenção de uma Caixa 100% Pública, por mais empregados e contra a retirada de direitos históricos conquistados pelos empregados no passado, convidamos todos os empregados Caixa à fortalecerem esta luta”, finalizou.
banco do brasil
Presidente do BB faz pouco caso da empresa Durante evento no Rio de Janeiro, o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, afirmou que a venda de estatais como o BB e a Caixa não está em cogitação, mas disse estar “convencido” de que o Banco do Brasil deveria ser privatizado. Novaes defendeu que o BB, que lucrou mais de R$ 13 bilhões em 2018, estaria “melhor na mão do setor privado”. ”É lastimável a colocação do presidente do BB, comprovando que ele de fato não conhece o funcionamento do banco e o papel que a instituição desempenha na economia”, avalia Paulo Malerba, presidente do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região. Segundo Malerba, o BB é um dos bancos com a melhor eficiência operacional, com grande lucratividade e de imensa importância para as políticas públicas do país, como o crédito rural, sobretudo a agricultura familiar, o Fies e linhas de crédito para empresas. Malerba destaca a necessidade do Banco do
Brasil para o país. “A linha adotada pelos bancos privados não atende ao interesse da sociedade. Se abrirmos mão do BB como um banco público o governo perde um instrumento de suma importância para suas políticas públicas e
também um instrumento que pode servir para equilibrar o setor financeiro, com a oferta de crédito de longo prazo e taxas de juros menores. Por isso os bancos públicos tem se mostrado tão importantes em todo o mundo”, conclui.
Expediente Informativo do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região - Filiado à Contraf/Fetec-SP/CUT Presidente: Paulo Malerba
Redação Tarantina - Assessoria de Imprensa
Diretor Responsável: Sérgio Kaneko
Diagramação/ Projeto Gráfico: Guilherme Hilário
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33 ANOS DE LUTAS E CONQUISTAS