Jornal dos Bancários - nº 554 - Agosto/2019

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CONSTRUINDO O RAMO FINANCEIRO

Edição: 554 | Agosto 2019

bancariosjundiai.com.br

Bancários lutam contra trabalho aos finais de semana em todo o país

Assédio persiste em agências do Santander

PG 06

Cassi em risco

MP 881, que autoriza trabalho aos finais de semana e feriados, ataca direitos e afronta categoria já penalizada com demissões e metas abusivas

PG 03

Caixa Suspende PDV para pagar PIS E FGTS

PG 07

Bancários fortalecem unidade nacional em Conferência

Sindicato abre inscrições para o CPA10

PG 08

PG 08

ACOMPANHE NOSSA LUTA!

/bancarios.jundiai

Com lucro de R$13,9 bilhões, Itaú-Unibanco lança PDV

bancariosjundiai.com.br

PG 06

VEM AÍ!


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Edição 554 - Agosto/ 2019

Sindicato vence ação e Caixa terá que incorporar o auxílio alimentação

O TRT da 15a região reformou a decisão do Juízo da 2ª Vara do Trabalho de Jundiaí e julgou procedente a ação proposta pelo Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região para condenar a Caixa (CEF) a incorporar o auxílio alimentação ao salário base dos empregados admitidos antes de 1º de setembro de 1987. Na decisão unânime da 2ª Turma (4ª Câmara) os desembargadores do TRT da 15ª Região acataram em parte o recurso do Sindicato para considerar que o auxílio alimentação pago aos empregados

admitidos antes de 1987 tenha natureza salarial, ou seja, deve ser integrado à remuneração dos empregados, com pagamento dos reflexos advindos da integração. Aos bancários que ingressaram na Caixa após esse período, os desembargadores entendem que a concessão de auxílio-alimentação passou a constar em Acordo Coletivo de Trabalho, que previa, inclusive, a natureza indenizatória do benefício. Ainda cabe recurso. A ação foi conduzida pelo escritório Tavares e Neves Advogados.

Famílias temem viver na pobreza com redução das pensões

Milhares de famílias, com destaque para as viúvas e pensionistas de todo o país, vivem a atual ameaça de terem suas pensões reduzidas por conta da Reforma da Previdência. Conforme as regras aprovadas até agora, o benefício integral será substituído pela soma de 50% do valor da aposentadoria e uma cota suplementar de 10% por dependente.

Além de viver mais do que os homens, as mulheres são minoria entre quem se casa de novo depois da viuvez e costumam assumir o cuidado dos netos quando os filhos se separam, incluído o apoio financeiro. Viúvas, ex-cônjuges, filhas, irmãs e mães são 83% daqueles que recebem pensão por morte do INSS, aponta o Anuário Estatístico da Previdência. Destas, 7 em cada 10 têm 60 anos ou mais.

Em muitos lares, idoso é o sustento da família

Não vai ter vacina Prefeituras da região cancelam campanha anti-rábica. Só em Jundiaí, 45 mil animais deixarão de ser imunizados As prefeituras das principais cidades das regiões de Jundiaí e Sorocaba não terão campanha de vacinação contra a raiva este ano. O motivo é que o Ministério da Saúde não fez o repasse das vacinas para o estado de São Paulo. A orientação para quem tem cães e gatos em casa é que procure uma clínica veterinária particular para comprar a vacina e imunizar o animal ou esperar que a situação seja regularizada. ‘’Acho um absurdo a falta de verba para combater uma doença

Reforma da Previdência

que também coloca vidas humanas em risco’’, afirma uma protetora da região. ‘’Nunca crio expectativas com atual administração e por isso vacino meus cães em clínicas particulares’’. Até o fechamento desta edição, a prefeitura não tinha pretensão em comprar as doses, realizando atendimento para poucos animais com agendamento e, desta forma, deixando de imunizar cerca de 45 mil animais. fonte: G1

O mito do idoso que se torna um fardo para a família no fim da vida está longe de refletir a realidade brasileira. Desde os anos 90, o número de famílias chefiadas por maiores de 60 anos só cresce. Com o aumento da expectativa de vida, os idosos brasileiros passaram a viver melhor, trabalhar mais e manter a autonomia pessoal e financeira. Na virada deste século, o IBGE contou 9,9 milhões de idosos provedores, aumento de 40% em relação a 1991. Foram 12,2 milhões em 2006, total que em 2015 chegou a 17 milhões. Em tempos de informalidade e desemprego, retomam a responsabilidade pelo sustento da família com a renda garantida das aposentadorias e pensões, inclusive amparando os seus familiares afetiva e economicamente. São as chamadas famílias intergeracionais,

nas quais netos, filhos e avós convivem sob um mesmo teto. A aprovação da reforma da Previdência tende a mudar drasticamente esse cenário. É o caso no corte na pensão por morte, que afeta principalmente as mulheres. ‘’Estamos nos unindo à mobilização das entidades que atendem essa população, como a Associação dos Aposentados e Pensionistas de Jundiaí e região, para garantir a manutenção do benefício às viúvas e demais pensionistas como é hoje. É importante destacar que mais de 70% das viúvas do país são idosas, portanto, é muito raro que tenham filhos menores de idade e que venham a receber os 10% por cada filho como propõe a reforma do governo Bolsonaro’’, diz Paulo Malerba, presidente do Sindicato. Fonte: Seeb Jundiaí e Carta Capital

Expediente Informativo do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região - Filiado à Contraf/Fetec-SP/CUT Presidente: Paulo Malerba Diretor Responsável: Sérgio Kaneko

Redação: Tarantina - Assessoria de Imprensa Jornalista Responsável: Sumara Mesquita Diagramação/ Projeto Gráfico: Guilherme Hilário

Tiragem: 1.700 exemplares Impressão: Metagraff Contato: (11) 4806-6650 atendimento@bancariosjundiai.com.br Rua Prudente de Moraes, 843, Centro - Jundiaí - SP


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BB

Descaso é apelido na regional do BB Algumas das agências do BB em Jundiaí têm enfrentado problemas sérios. Por exemplo, há dependências em que a porta de segurança não funciona de forma apropriada, em outras unidades não há vigilantes, e em algumas delas o BB colocou correspondentes bancários trabalhando dentro das agências, algo que é expressamente proibido pelo Banco Central. Sem contar outros problemas menores, que poderiam ser resolvidos com facilidade. No entanto, o que poderia ser fácil, torna-se sempre um processo de conflito. Isso porque o superintendente regional Luciano, responsável pela região de Campinas, inclusive Jundiaí, confere pouca - ou nenhuma - atenção às demandas da região de Jundiaí. Para ficar numa situação, além de ter sido informado de uma série de problemas constatados pelo Sindicato, ou enviados por funcionários sobre as agências e não ter tomado nenhuma providência, chegou a agendar duas reuniões com o Sindicato e desmarcado em seguida, sem justificativas e nova data.

‘’Essa falta de comprometimento demonstra a indiferença do regional com os problemas que os bancários da nossa região enfrentam. É inadmissível que um gestor que ocupa um cargo dessa importância dê as costas para quem representa os trabalhadores’’, diz Silvio Rodrigues, funcionário do BB e diretor no Sindicato. Evidente que o Sindicato não depende do gestor para agir e interferir em temas que colocam em risco a saúde ou a segurança dos trabalhadores. E assim continuará atuando. Contudo, seria ao menos razoável que houvesse gestores comprometidos com a empresa e seus funcionários, sem necessidade de transformar todo problema a ser resolvido em uma polêmica ou, pior, numa atitude de descaso.

ANS decide por intervenção na Cassi A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou no dia 22 de julho resolução que instaura a direção fiscal na Cassi. A intervenção na caixa de assistência dos funcionários do BB se deve ao descumprimento de indicadores econômico-financeiros acompanhados pela agência reguladora, segundo a resolução da ANS nº 2.439. Com a intervenção, a própria agência reguladora nomeia um diretor fiscal de mercado para analisar a situação da caixa de assistência dos funcionários do BB e determinar a apresentação, pela Cassi, de um programa de saneamento para solucionar as anormalidades econômicofinanceiras identificadas. Em 2019, apesar de uma pequena melhora, os números seguem insuficientes para recomposição do patrimônio nos níveis exigidos pelo órgão regulador. A caixa de assistência é o maior plano

de autogestão do país e há, sem dúvidas, interesses do segmento de saúde privado nele. ‘’Para nós, funcionários, a Cassi é fundamental. Porém, o banco e o governo a veem como um custo. Precisamos ter responsabilidade com o futuro da Cassi, por isso, nos 90 dias de direção fiscal externa, o corpo social precisa chegar a um consenso sobre uma proposta e pressionar a direção do banco para colocar em votação. Precisamos de entendimento entre os funcionários, de uma estratégia e de diálogo para isso. É urgente”, diz Paulo Malerba, presidente do Sindicato e empregado do BB. Malerba destaca também que o Conselho Deliberativo da Cassi recentemente aprovou novo aumento na coparticipação sobre exames e consultas – inclusive com voto favorável dos indicados do BB e de Sergio Faraco, representante eleito pelos associados. ‘’Isso não resolve o problema e apenas onera mais as pessoas que precisam

de tratamento de saúde. O custo exagerado da coparticipação é injusto”, conclui Malerba. O tema foi debatido no Congresso Nacional dos Funcionários do BB, no qual Malerba e a funcionária do banco Daniela Pasini participaram. O tema é uma das preocupações centrais dos sindicatos de todo o Brasil. Confira detalhes em nosso site www. bancariosjundiai.com.br


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Bancários fortalecem luta na trabalho aos finais de seman

A

Medida Provisória 881/2019, do governo Bolsonaro, em tese tinha o objetivo de desburocratizar regras para as empresas. Durante a tramitação no Congresso Nacional, com apoio de empresários e do governo, a comissão mista, formada por deputados e senadores, passou a realizar outra reforma trabalhista. Os 19 artigos iniciais se tornaram mais de 50 alterações e propõe mais de 30 mudanças às Leis Trabalhistas. Confira abaixo algumas mudanças:

» Liberação do trabalho aos domingos e feriados;

» Extinção do E-social;

» Limites ao poder dos conselhos profissionais na fiscalização dos trabalhadores;

» Fim da obrigatoriedade de criação das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipas) em situações específicas.

A Constituição prevê o descanso semanal preferencialmente aos domingos, se a proposta for aprovada pelo Congresso, os empregadores poderão determinar que o empregado trabalhe aos domingos e feriados, conforme a escala da empresa, sem receber horas extras para isso e sem a necessidade de negociação ou permissão prévia. Outra mudança, que atinge diretamente a categoria bancária, revoga a lei 4.178/62, que impede instituições financeiras de abrirem ao público aos sábados e domingos. ‘’Os deputados, grandes

empresários e banqueiros não se dão por satisfeito. Não bastou a reforma trabalhista, que fragilizou os trabalhadores, e a reforma da previdência, que vai tirar um trilhão de reais do bolso dos trabalhadores e aposentados em dez anos. Para o governo, é preciso criar novos mecanismos que tornem o trabalhador ainda mais refém do momento crítico, com mais de 13 milhões de pessoas disputando uma vaga de trabalho no país’’, avalia Douglas Yamagata, secretário-geral do Sindicato.

Fim do #Sextou! MP 881 ameaça jornada de trabalho dos bancários, que há 57 anos conquistaram a folga aos sábados. A proibição do trabalho aos sábados, domingos e feriados é uma conquista de 1962. Todos os bancários deveriam trabalhar seis horas por dia de segunda a sexta-feira. Nem todo mundo sabe, mas a jornada reduzida tem uma razão lógica. Até 1933, os bancários tinham uma jornada superior a oito horas. A categoria sofria com altos índices de adoecimento. As mais comuns eram tuberculose e neurose. As doenças mentais

são ainda muito presentes nas instituições financeiras, pois, além das metas abusivas, os bancos passaram a utilizar a jornada de oito horas de trabalho camuflada como função de confiança. O presidente do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região, Paulo Malerba, diz que o projeto vai beneficiar apenas os bancos. ‘’Não haverá contratação, nem, tampouco, diminuirão as demissões. É uma forma de as empresas terem o trabalhador disponível sete

Bancários de t estão se mobiliza 881 por meio de uma Senado Federal. A Co dos Trabalhadores d (Contraf-CUT) e os sin trabalhadores a Para votar contra mais es condições de trabalho d NÃO à pesquisa no Entre no e-cidadani Pública e na busca d Ou clique no link d sobre o tema e

dias por semana para utilizarem como bem entenderem. Quem conhece a realidade dos trabalhadores no comércio sabe como essa realidade é negativa, na qual não se consegue organizar a vida, a convivência familiar, participar de datas importantes. A pessoa vive em função do trabalho”. Para Malerba, esse é um momento crucial de união da categoria. ‘’Precisamos travar essa luta em nível nacional, assim como estamos fazendo contra a Reforma da Previdência”.


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acional contra na

Desprezo à solidariedade e proteção

Para a Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (Abrat), as mudanças desprezam os princípios de solidariedade e de proteção, de garantias e de afirmação democrática dos trabalhadores. “Não se pode em nome da ‘liberdade empresarial’ e da ‘flexibilização’ das normas empresariais, sua constituição, manutenção e produção, pisotear normas internacionais subscritas pelo Brasil, afastar ou dificultar a aplicação dos princípios constitucionais, notadamente de proteção de ser humano e de sua dignidade e, sobretudo, do valor social do empreendimento, que não pode atender apenas ao empreendedor, mas, sim, por ordem da Constituição, ao País pelo conceito do “valor social” da empresa”, afirma nota da instituição.

Transtornos mentais

As doenças mentais persistem na categoria e o trabalho aos finais de semana pode impactar ainda mais quem enfrenta esse problema. Além da obrigatoriedade de cumprimento de metas abusivas, que são definidas de cima para baixo, sem levar em consideração a realidade de cada agência, estudos apontam que, são nas horas finais, quando os trabalhadores estão mais cansados, que ocorrem mais erros. E, quando se mexe com dinheiro, qualquer erro pode significar o prejuízo, que é descontado dos bancários.

VOTE

todo o país já Confira a edição de julho do ​Jornal dos Bancários​que ando contra a MP aborda a Síndrome do Burnout na categoria a pesquisa no site do onfederação Nacional do Ramo Financeiro ndicatos orientam os a votarem NÃO. sse absurdo que ataca as de nossa categoria, VOTE o site no SENADO. ia, vá para Consulta digite PL 881/2019. direto nas matérias No dia 13 de agosto o texto da MP 881 foi aprovado com Por se tratar de medida provisória, o texto já está em vigor em nosso site. pequenas alterações na Câmara dos Deputados. Com a ideia em seu formato original, sem as alterações no Congresso, de reduzir a burocracia, o texto reduziu a proteção trabalhista mas precisa ter a aprovação concluída até o próximo dia 27 O ponto mais controverso é o trabalho aos domingos. Ele para não perder a validade. ficou liberado. A única limitação é que haja uma folga a cada Paulo Malerba, presidente do Sindicato de Jundiaí e quatro domingos trabalhados. região, informa que ficará a critério dos bancos abrir as O procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury, afirma agências aos finais de semana. ‘’O bancário poderá ter que que a medida prejudica o trabalhador que não terá folga trabalhar tanto aos sábados quanto aos domingos, sem junto com a famíia. ‘’Vai passar a ser regra trabalhar aos ganhar mais para isso. Precisamos de união de todos para domingos. A realidade nos mostra que não vai haver a impedir isso, pois vai prejudicar muito a vida dos bancários. existência de controle’’, alerta ele. Será como trabalhar no comércio de shopping, que sabemos Foi aprovada autorização para os bancos abrirem aos é algo muito ruim. Poderá haver apenas uma folga de finais de semana. Portanto, o tempo é curto. A categoria domingo ao mês, isso prejudica a convivência familiar e precisa lutar unida com os sindicatos para impedir a teremos toda a nossa vida à disposição das empresas, para aprovação da MP com estes pontos no Senado. definir os nossos horários de trabalho.’.

NÃO

Governo e Câmara dos Deputados autorizam abertura de bancos aos sábados e domingos


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ITAÚ - UNIBANCO

Com lucro de R$ 13,9 bilhões, Itaú-Unibanco lança PDV No mesmo dia em que divulgou lucro de R$ 13,9 bilhões no primeiro semestre de 2018, o Itaú-Unibanco anunciou um Plano de Desligamento Voluntário (PDV) pelo qual pretende demitir 6,9 mil bancários. Um informe sobre o processo revela que o Itaú-Unibanco irá priorizar demissões de trabalhadores com mais de 55 anos, afastados por doença do trabalho, em estabilidade após retorno de afastamento pelo INSS, ou integrantes de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa). As regras do PDV apontam que o Itaú-Unibanco dispensará do seu quadro de funcionários muitos trabalhadores que fizeram história no banco e que devem ser valorizados. O Sindicato lembra que o banco decidiu pelo PDV sem nenhuma discussão com o movimento sindical. ‘’A decisão de aderir ao PDV é voluntária, portanto, o funcionário que se sentir pressionado deve procurar a direção do Sindicato e fazer a denúncia’’, informa Elvis Bartholomeu, diretor do Sindicato e funcionário do Itaú. O que o banco oferece

NEGOCIAÇÃO COLETIVA

santander

Assédio persiste em agências do Santander

No início de julho, o Sindicato já havia se reunido com a gestão do Santander para tratar de casos de assédio moral. Pelo menos quatro gestores estavam sendo denunciados por funcionários de agências da região. Após as denúncias, os casos estão sendo acompanhados. No entanto, uma das situações notificadas se agravou, levando funcionários a procurarem novamente o Sindicato. Entre as denúncias, os trabalhadores relatam uma gestão de terror, estabelecida por meio do medo, com exposição vexatória, cobranças via whatsapp,

O Itaú oferece duas formas de desligamento. O funcionário que quiser aderir ao PDV poderá escolher entre: 1. Receber meio salário para cada ano trabalhado na empresa, sem ultrapassar o limite de 6 salários, mais a manutenção do plano de saúde por 5 anos 2. Receber meio salário para cada ano trabalhado na empresa, sem ultrapassar o limite de 10 salários, mais a manutenção do plano de saúde por 2 anos. Segundo a empresa, “ambos os pacotes possuem outros benefícios, tais como participação nos lucros e resultados e pagamento de todas as verbas rescisórias legais”. O PDV do Itaú se soma ao do BB, que também foi aberto em agosto. A Caixa realizou há dois meses o seu PDV. Sinal de corte de postos de trabalho, alegadamente devido à tecnologia. Mas, por outro lado seguem a terceirização e os contratos PJ, mais precários e sem cobertura da convenção coletiva. Confira mais informações em nosso site www.bancariosjundiai.com.br

exigência de metas inalcançáveis e manipulação da equipe, colocando uns contra os outros. Há ainda a denúncia de que tal chefia teria proteção de superiores do banco. O Sindicato já levou a denúncia à diretoria de Recursos Humanos e espera uma decisão enérgica do banco. ‘’É inadmissível que após tantas denúncias o Santander continue aceitando um abuso desses, com conhecimento não só dos funcionários, mas dos superiores’’, conclui Natal Gomes, diretor do Sindicato. ‘’A solução é imediata e inadiável’’.

Acordo de dois anos foi acerto estratégico A partir de 1º de setembro, os salários, verbas e PLR serão ajustados pelo INPC, com mais 1% de aumento real. Para o presidente do Sindicato em Jundiaí e região, Paulo Malerba, isso demonstra o acerto da estratégia de dois anos. ‘’Num contexto tão desfavorável como o que estamos enfrentando, com trabalhadores de várias categorias perdendo o poder de compra, os bancários conseguem reajuste acima da inflação e manutenção de todos os direitos”, informa o presidente. Malerba destaca que, desta forma, a categoria terá mais tempo para se mobilizar em torno de outros assuntos também importantes como a MP 881, que prevê a volta do trabalho aos sábados, e a reforma da Previdência. ‘’São temas preocupantes e

perigosos para a categoria e que, dificilmente, receberiam atenção integral se estivéssemos num embate por negociação salarial neste ano’’, disse o presidente, lembrando que dificilmente, na atual conjuntura, haveria aumento real. ‘’Como muitas categorias não conseguiram o aumento real, o mesmo poderia acontecer com os bancários’’. Censo da Diversidade Uma das conquistas dos bancários na Campanha Nacional de 2018 foi a realização de um novo Censo da Diversidade Bancária. O objetivo é embasar políticas de inclusão, de combate à discriminação e de promoção da igualdade de oportunidades no setor bancário. Saiba mais em nosso site : www.bancariosjundiai.com.br


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BB

BB anuncia mais uma reestruturação com PDV Transferência de funcionários anunciada pela diretoria do Banco do Brasil já causa reflexos na rotina de trabalho O Banco do Brasil anunciou mais um plano de reorganização que afetará funções, agências e departamentos. O programa passou a valer a partir do dia 30 de julho. O banco também prepara um novo plano de desligamento incentivado. O banco informou que as unidades de negócios especializadas (Estilo, Estilo Digital, Escritório) e de varejo em São Paulo não sofrerão mudanças. Na reestruturação, o banco informa que será criada a Unidade Inteligência Analítica, “que acompanhará o desenvolvimento de técnicas, ferramentas e inovações que utilizam soluções com Inteligência Analítica e Inteligência Artificial”. Serão criadas 42 novas Agências Empresas, até outubro, 333 agências serão transformadas em PAA e outros 49 PAAs em agências. “O BB vem focando a abertura

de agências digitais, afetando diretamente a população, principalmente a de baixa renda”, afirma Álvaro Pires, diretor do Sindicato e funcionário do BB. Plano de demissão Além das movimentações, o banco preparou um novo plano de desligamento voluntário. A adesão será voluntária, e de caráter pessoal. Segundo informações, o PDV só será validado nas agências que tiverem quadro em excesso. “Como em outros bancos, a direção do BB implementou um plano de demissão sem discussão com o movimento sindical, gerando maior sobrecarga de trabalho aos funcionários que decidem ficar”, critica Alvaro. “Por isso, cobramos a realização de novos concursos com o objetivo de suprir a redução das vagas em decorrência dessa reestruturação”. O Sindicato é contra a

reestruturação e a forma como os funcionários foram informados das medidas, por meio de notícias veiculadas pela imprensa. É importante ressaltar que a decisão de aderir ao plano de desligamento é voluntária, e os sindicatos irão acompanhar de

perto o processo para evitar que os funcionários sofram qualquer tipo de pressão para aderir ao PDV sem avaliar de fato os impactos em suas vidas. Saiba mais em nosso site www. bancariosjundiai.com.br

CAIXA

Caixa suspende desligamento de 2 mil empregados para cumprir cronograma do PIS e FGTS Para cumprir o calendário dos saques das contas do FGTS e das quotas do PIS, a Caixa Econômica Federal adia o desligamento de cerca de dois mil empregados que aderiram ao Programa de Demissão Voluntária (PDV). Aberto no dia 20 de maio com duração até 07 de junho , o​PDV teve a adesão de 3,5 mil trabalhadores,​segundo fontes ligadas ao banco. Alguns já saíram, mas a maior parte ainda aguarda na fila o desligamento. Além disso, a Caixa decidiu acelerar a convocação de cerca de dois mil trabalhadores aprovados no concurso de 2014, sobretudo de pessoas portadoras de deficiência. Na primeira etapa das admissões, no dia 15 de julho, foram contratados 174 novos empregados. Uma nova rodada será feita em agosto, quando serão admitidos mais 684 empregados. A chamada dos aprovados obedece uma determinação do Ministério Público para que o banco se enquadre na

legislação, que assegura 5% do quadro de pessoal das empresas para trabalhadores portadores de deficiência. Cronograma A Caixa está trabalhando na elaboração de um esquema especial para atender a população e evitar filas no banco. Em agosto, começa o pagamento do PIS e em setembro, os saques do FGTS (de até R$ 500 por conta).

As agências localizadas nas capitais e grandes cidades deverão funcionar aos sábados e, nos dias úteis, abrir duas horas mais cedo. Filas O diretor do Sindicato, Paulo Mendonça, lembra que o saque dos R$ 500 anunciados por Bolsonaro, certamente resultará em filas quilométricas e sobrecarga de trabalho para os empregados da Caixa.


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Bancários fortalecem a unidade nacional e traçam estratégias para defesa de direitos A 21a Conferência Nacional dos Bancários aprovou, no dia 4 de agosto, as resoluções que vão nortear o movimento sindical bancários no próximo período. Os textos são resultados dos debates acumulados nas conferências estaduais e regionais durante os três dias de evento, que reuniu mais de 600 delegados sindicais, 395 homens e 209 mulheres, na quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo. Confira os pontos mais importantes debatidos na Conferência: Reforma da Previdência 76% da categoria bancária é contra a Reforma da Previdência e 82% acreditam que as mudanças farão a desigualdade social no Brasil aumentar. Estes foram os principais resultados da Consulta Nacional dos Bancários. “Se cada trabalhador e sindicato se responsabilizar por cobrar de um deputado, ainda dá para mudar esse jogo. Isso é pressão popular”, afirmou o palestrante Carlos Gabas, especialista em previdência e ex-ministro.

Soberania Nacional A concentração de renda atingiu níveis inéditos, com alta desigualdade. A lógica da financeirização da economia, com predominância do capital financeiro, submete vários países ao interesse do lucro dos grandes players internacionais. Apenas com união e conscientização poderemos ter uma política de desenvolvimento do Brasil, com inclusão social, garantia de direitos e oportunidades. Mudanças tecnológicas O mundo está diante de uma mudança tecnológica muito profunda, que inclui redução dos postos de trabalho e que obriga os trabalhadores a se adequarem aos postos existentes. Segundo o

economista Marcio Pochmann, da Unicamp, neste cenário, o mercado e a economia determinam se há ou não empregos. A escolha é o que se deve fazer com o excedente financeiro da produtividade. Para onde os lucros maiores deverão ir? Apenas para o bolso de poucos, ou se a opção é garantir que a tecnologia e seus ganhos sirvam à maioria das pessoas, para que possam ter direito de trabalhar e viver com dignidade? Calendário de lutas A 21a Conferência Nacional dos Bancários também tirou um calendário de lutas, para fortalecer o engajamento dos bancários em nível nacional com defesa em várias frentes:

» Defesa da Mesa única de

negociação

» Defesa da CCT » Defesa dos acordos coletivos em

nível nacional

» Defesa da igualdade de oportunidades » Defesa dos bancos públicos e da soberania nacional Temas gerais:

» Defesa da Amazônia » Defesa da Liberdade de Imprensa » Defesa da democracia » Repúdio à tortura e seus

defensores

» Repúdio ao uso de agrotóxicos

CPA 10: inscrições abertas Estão abertas as inscrições para formação de turma o Curso Preparatório CPA 10. A data limite para inscrições é 27/08/2019 Para garantir sua vaga, solicite sua ficha de inscrição através do e-mail:

atendimento@bancariosjundiai.com.br e entregue-a preenchida juntamente com os cheques na Secretaria do Sindicato até 27/08 (terça-feira). Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 4806-6650.

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