Shopping Center - o olhar sobre a arquitetura de complexos comerciais

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BÁRBARA STEPHANY DE MOURA GENOVEZZI

SHOPPINGS CENTERS O olhar sobre a arquitetura de complexos comerciais

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes como requisito parcial para obtenção do Grau em Arquitetura e Urbanismo.

Aprovado em

de junho de 2019

BANCA EXAMINADORA

________________________________________ Componente da Banca – Orientador Paulo Sérgio Pinhal

________________________________________ Componente da Banca – Arquiteto Convidado

________________________________________ Componente da Banca – Professor Convidado


Agradeço

primeiramente aos meus

Aos professores pоr proporcionarem

pais que não pouparam esforços e se

о

dedicaram ao extremo para que eu

muito esforço e dedicação. Todos

chegasse até essa etapa da minha

colaboraram para que o trabalho

vida.

fosse executado da melhor forma

Ao meu amor, toda minha família e

conhecimento

necessário

com

possível.

amigos que, com muito carinho е

A

apoio me ajudaram nessa jornada.

Shopping Center, especialmente ao

Obrigada de vocês.

pelo amor incondicional

todos os meus colegas do Mogi

departamento

Operacional,

por

todas

informações

e

as

conhecimentos

compartilhados

nesses anos de aprendizado.


“Há um gosto de vitória e encanto na condição de ser simples. Não é preciso muito para ser muito.”

Lina Bo Bardi


RESUMO

O presente trabalho visa apresentar os aspectos específicos para a conceituação de um centro comercial, popularmente conhecido como

Shopping Center. O estilo adotado como estudo será Open Mall, conceito em ascensão no exterior e já aplicado em alguns empreendimentos nacionais. Esse modelo é caracterizado pelo estilo aberto, integrando os ambientes externos e internos dando ênfase ao conforto ambiental e sensorial, resultando em espaços comerciais que superaram as expectativas do público visitante, atraídos pela facilidade de acesso aos mais diversificados serviços em um único local. A proposta apresenta discussões conceituais e teóricas, estudos de caso, visitas técnicas e observações que resultam em um projeto de Open Mall para a cidade de Mogi das Cruzes, em São Paulo.

Palavras-chave: Arquitetura e Urbanismo, Shopping Center, Open Mall


ABSTRACT

This project aims to present the specific aspects for the conceptualization of a Shopping Center, popularly known in Portuguese by the same name. The style adopted will be Open Mall, a concept on the rise abroad and already applied in some national undertakings. This model is characterized by the open style, which integrates the external and internal environments. It emphasizes the environmental and sensorial comfort, which results in commercial spaces that exceed the expectations of the public, attracted by the ease of access to the most diversified services in a single place. The proposal presents conceptual and theoretical discussions, case studies, technical visits and observations that result in an Open Mall project for the city of Mogi das Cruzes, SĂŁo Paulo.

Keywords: . Architecture and Urbanism. Shopping Mall. Open Mall.


SUMÁRIO

1 2 3

INTRODUÇÃO pág. 11

DEFINIÇÕES DO TEMA pág. 15 o Definição de shopping center o Definição de acordo com tamanho o Definição de acordo com a modalidade de vendas o Definição de acordo com a tipologia

REVISÃO HISTÓRICA pág. 21 o O início do comércio o Surgimento dos shoppings centers

4

ORGANIZAÇÃO, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DE SHOPPINGS CENTERS pág. 29

5

LEGISLAÇÕES pág. 41

o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o

Lojas Quiosques Mall Sanitários Fraldário Praça de alimentação Praça de eventos Ambulatório Sac Empreendedores e administradores Apoio aos lojistas e funcionários terceirizados Centrais Estacionamento Depósitos Docas Corredores técnicos Rotas de fuga e proteção de incêndio Iluminação Central de água gelada Caixa d’água Cisterna e bombas Central DE gás Subestações de energia

o Código de obras e edificações, nbrs aplicáveis, instruções técnicas do código de bombeiros o Relação entre lojista e empreendedores e regimento interno


6 7 8 9 10 11 ...

ESTUDOS DE CASOS pág. 51 o o o o

Shopping Cidade Jardim Serramar Parque Shopping Fashion Valley Mall Outlet Sawgrass Mills

VISITAS TÉCNICAS pág. 71 o o o

Shopping Villalobos Itaquá Garden Shopping Mogi Shopping

ÁREA DE INTERVENÇÃO pág. 103 o o o o

Terreno Entorno A cidade Legislação

ESQUEMAS ESTRUTURANTES pág. 113 o o o o o

Perfil do usuário Agenciamento Fluxograma Organograma Programa de necessidades

PROPOSTA PROJETUAL pág. 121 o o o o o o

Conceito e partido Desenhos do projeto Plano de mix Tecnologia e sustentabilidade Materiais construtivos e acabamentos Diretrizes urbanísticas e arquitetônicas

PROJETO FINAL pág. 131

CONSIDERAÇÕES FINAIS pág. 178 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS pág. 179


Passeio das Águas Shopping - Goiânia


1. INTRODUÇÃO


INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

O

principal

tema

dessa

com

ABL

(Área

Bruta

Locável)

pesquisa, é explorar o conceito de

superiores a 5.000 m² formados por

arquitetura de shoppings centers,

um conjunto de unidades comerciais

buscando o objetivo de elaborar um

com

projeto de shopping estilo open para

centralizada que loca suas áreas por

a cidade de Mogi das Cruzes – SP.

meio

Atualmente,

em

nosso

país,

o

modelo de shopping center mais

administração de

única

alugueis

percentuais.

Hoje,

e

fixos

ou

existem

571

shoppings centers ativos no Brasil.

utilizado é o formato tradicional, ou

Os

shoppings

tradicionais

seja, os shoppings fechados. No

costumam apresentar um modelo

entanto, é visível o crescimento do

pouco atrativo arquitetonicamente,

Open Mall no exterior,

utilizados para estimular o consumo

modelo

comumente adotado nos Outlets e

e

outros

cenário, acaba por se tornar um vilão

empreendimentos

de

diferentes segmentos. Os

a

demanda

capitalista.

Nesse

das cidades, já que decompõe seus centers,

usuários e os classifica de acordo

comumente, são definidos como um

com suas classes sociais. Esse padrão

centro comercial que reúne lojas de

tem sido enfrentado para que o

produtos e serviços variados, além

segmento

se

de restaurantes, cinemas, teatros,

necessária

a

entre outros serviços.

experiências

De

acordo

shoppings

com

a

ABRASCE

(Associação Brasileira de Shoppings Centers),

inclusão e

sendo

de

lazer,

serviços

aos

complexos visando o crescimento do leque de usuários.

considerados

A partir desse ponto, surge a

shoppings centers empreendimentos

necessidade de adaptar os espaços

com

para uma forma orgânica e livre,

ABL

são

mantenha,

(Área

Bruta

Locável)

superiores a 5.000 m² formados por

acompanhando

um conjunto de empreendimentos

ideologia.

Shoppings Centers | 12

a

mudança

de


INTRODUÇÃO Os opens malls se destacam

A

pelo conforto que o usuário sente ao

pesquisa

se ver livre em uma área que pode

contextualização

ser conectada ao mundo exterior, ao

aprofundando em temas básicos e

bem-estar associado à essa liberdade

específicos de shoppings centers,

e a integração entre os espaços livres

buscando em fontes estratégicas de

e fechados. Esses dialogam em

conhecimento.

primeira

etapa

dessa

foi

destinada

a

teórica,

conjunto com a sustentabilidade já

A segunda etapa foi destinada

que beneficiam o uso de ventilação e

aos estudos de caso nos shoppings

iluminação naturais diminuindo o

Cidade Jardim (São Paulo – São

uso de recursos energéticos e se

Paulo),

comunicam com o espaço onde

(Caraguatatuba – São Paulo), Fashion

estão

Valley Mall (São Diego - Califórnia),

inseridos,

participando

do

Serramar

meio e permitindo a participação da

Outlet

cidade com a edificação.

Flórida) e as visitas técnicas nos

O objetivo é desenvolver uma proposta

de

renovado,

centro

aplicando

conhecimento

adquirido

projeto

em

rico

Sawgrass

Mills

Shopping

(Miami

-

shoppings VillaLobos (São Paulo –

comercial

São

todo

o

(Itaquaquecetuba – São Paulo), Mogi

em

um

Shopping (Mogi das Cruzes – São

funcionalidade,

Paulo),

Itaquá

Garden

Paulo).

estética e conforto em um terreno

A terceira etapa foi destinada

localizado na Av. das Orquídeas,

ao desenvolvimento final de um

Distrito de Braz Cubas, Mogi das

projeto de open mall.

Cruzes - SP.

Shoppings Centers | 13


Iguatemi – Fortaleza


2. DEFINIÇÕES DO TEMA


DEFINIÇÃO DO TEMA

DEFINIÇÃO DE SHOPPING CENTER

Várias fornecidas variando

são por

as

definições

diversos

em

autores,

termos

de

de comercio e prestação de serviços organizados,

regidos

por

administração exclusiva e normas de

complexidade, cada uma trazendo

contrato

especificidades que ajudam em uma

estacionamento constante.

designação mais completa acerca do que vem a ser o shopping Center.

padronizadas,

Todas

estas

além

de

conceituações

trazem conceitos-chave que ajudam

A ICSC, International Council

a

definir

of Shopping Centers (2007) define-os

completa

como

Desta

prédios

uma

estrategicamente

de

uma

este

forma

mais

empreendimento.

forma,

tem-se são

os

estudados desde sua localização à

shopping

disposição interna das lojas. Possuem

comerciais, compostos por um ou

o status de grupo de comércio

mais

varejista uma vez que são planejados

articulados. Possuidores de várias

e administrados por um único grupo.

lojas

Para Hirschfeldt (1986), os shopping

diversificados) e de prestação de

centers são cidades comerciais com

serviços, atendendo a um público

normas internas próprias, onde os

ilimitado. São administrados por um

comerciantes unem-se em prol de

único

interesses

comuns,

benefício

do

consequentemente

centers

que

edifícios comerciais

dono ou

centros

intimamente (com

por

artigos

um

grupo

visando

o

gerenciador, o qual é responsável

consumidor

e

pelo

da

sociedade.

seu

manutenção,

planejamento traçando

metas

e e

Enquanto que para a ABRASCE,

objetivos, além da criação e execução

Associação Brasileira de Shopping

de uma série de normas internas

Centers

para seu bom funcionamento.

(1998)

eles

são

caracterizados como centros de lojas

Shoppings Centers | 16


DEFINIÇÃO DE ACORDO COM TAMANHO layouts

dos

shopping

centers admitem quatro variações de tamanho: a. Shopping de Vizinhança: tem como palavra-chave “conveniência”, atendendo as necessidades diárias de uma faixa de 2.500 a 40.000 consumidores.

Possui

como

loja

âncora um supermercado munido de pequenas lojas (variando de 5 a 20 unidades) e uma área construída que varia entre 3.000 a 15.000m², a loja âncora ocupa de 30-50% desta área. Sua área de influência alcança até 5km de extensão; b. Shopping de Comunidade: em seu conceito inclui palavras-chave como “mercadorias em geral” e “conveniência”.

Suas âncoras são

lojas de departamento de descontos, supermercados

ou

lojas

especializadas em vestuários, móveis etc. Tem área construída de 10.000 a 35.000m³,

com

sua

loja

âncora

5 a 10km, atendendo uma faixa populacional de 40.000 a 150.000 habitantes; c. Shopping Regional: além das mercadorias em geral (alimentos, remédios, etc.), há serviços variados (cinemas e miniparques). Possui lojas âncoras, lojas de departamento de diversos tamanhos, lojas de desconto ou hipermercados. Detém uma área entre 40.000 a 80.000m². As lojas âncoras ocupam 50-70% da área locável, influenciando uma área de 8 a 25km de raio, atraindo uma população de 150.000 a 350.000 habitantes; d.

Shopping

Super

Regional:

assemelha-se ao shopping regional. Sua

área

construída

80.000m²,

da

dedicado

às

qual

engloba

50-70%

lojas

é

âncoras,

aumentando seu raio de influência é maior que 25 km, englobando a partir de 350.000 habitantes.

ocupando 40-60% deste espaço. Sua área de influência abrange um raio de

Shoppings Centers | 17

DEFINIÇÃO DO TEMA

Os


DEFINIÇÃO DE ACORDO COM A MODALIDADE DE

DEFINIÇÃO DO TEMA

VENDAS

O aumento da concorrência

Possuem o interior mais simples que

fez com que até mesmo os shopping

os shoppings convencionais, estando

centers se especializassem, devido a

muitas vezes locados em galpões;

isto

modalidades

e. Shopping Factory – Outlet: são as

surgiram segmentando este setor

lojas de fábrica, as quais vendem

comercial. Hoje, são aceitas oito

seus

configurações:

desconto como forma de desafogar

a. Shopping de Especialidade: não

o estoque com pequenos defeitos ou

possui lojas âncoras por centrar lojas

fora de moda, por exemplo;

especializadas em uma determinada

f. Festival center: construído em

atividade, seja moda, gastronômica,

regiões

esportes,

apresenta produtos de temporada e

uma

série

de

decoração,

automóveis,

próprios

de

intenso

turismo,

típicos

b. Power Center: composto por lojas

destaque são os restaurantes com os

âncoras especializadas que vendem

pratos

suas mercadorias a preços baixos. Há

souvenirs.

poucos

brasileiras, eles são conhecidos como

pequenos

lojistas

região.

com

dentre outros;

e

da

produtos

locais, Em

bares

Seu e

algumas

maior

lojas

de

cidades

igualmente especializados;

“mercados de artesanato”;

c. Shopping Temático: dirigido a

g. Mini-malls: são os pequenos

turistas,

shoppings

possui

atividades

entretenimento,

de

restaurantes,

de

conveniência

localizados perto de condomínios e

lanchonetes, cinemas, lojas a varejo e

avenidas de comércio;

prestação de serviços;

h. Mini-marts: uma versão menor do

d.

Off-price

center:

centros

shopping de vizinhança, possuem

comerciais onde os produtos são

uma

vendidos em varejo com preços bem

estacionamento, provendo bens de

abaixo do mercado, indo de 20 a

consumo diário.

60% de desconto. Shoppings Centers | 18

loja

âncora

com


DEFINIÇÃO DE ACORDO COM A MODALIDADE DE

São cinco formatos populares

Os shoppings de comunidade com

como variação arquitetônica para os

médio porte adotam este partido;

shoppings:

d. Centros em forma de galerias:

a. Strip Centers: são prédios na

lembrando as galerias italianas do

disposição de linha reta. As lojas

século 19, porém com um design

satélites

nas

mais moderno, este tipo de centro

extremidades, enquanto as âncoras

conta com um sistema de ruas

no centro. Possuem corredor social e

cobertas e interligadas, possuindo

estacionamento na frente e uma

lojas frente-a-frente;

circulação

e.

são

de

colocadas

serviço

na

parte

Centros

em

forma

de

posterior das lojas. Esta tipologia é

conglomerados (clusters): este é o

comumente achada nos centros de

layout mais comum dos grandes

bairro;

centros comerciais, principalmente

b. Centros em forma de “L”: este

dos de influência regional. Em uma

tipo de layout é comumente usado

área retangular, as lojas âncoras

em shoppings de vizinhança e de

admitem formas de ilhas, tendo as

comunidade de pequeno porte. Aqui,

lojas satélites ao seu redor;

as lojas satélites localizam-se no

O layout final pode diferir um

meio da edificação e as âncoras nas

pouco, adquirindo vários formatos,

extremidades, deixando o corredor

porém sua concepção original tem

de serviços atrás das mesmas;

como

c. Centros em forma de “U”: as lojas

apresentados e a premissa de uma

âncoras

distribuição

são

implantadas

nas

base

extremidades e no centro do edifício,

unidades,

ficando as lojas satélites distribuídas

tráfego

entre as maiores.

interiores.

os

padrões

equilibrada permitindo

de

clientes

de um em

acima suas maior seus

Shoppings Centers | 19

DEFINIÇÃO DO TEMA

VENDAS


ParkShopping Campo Grande – Rio de Janeiro


3. REVISÕES HISTÓRICAS


O INÍCIO DO COMÉRCIO A atividade comercial é muito antiga,

sendo

datada

a

partir

do

renascimento

comercial e urbano no século XI,

antiguidade e sendo praticada em

começou

diversos locais do mundo, por vários

transformação na economia, na vida

povos e civilizações.

É bastante

social e principalmente na paisagem

complicado definirmos a partir de

urbana. O artesanato se constituiu

qual momento começou ou foi

como principal meio de produção de

inventada

mercadorias. As feiras, criadas pelos

a

operação

Historicamente, REVISÃO HISTÓRICA

desde

A

comercial.

tem-se

o

na

mercadores,

Europa

uma

destacaram-se

como

conhecimento que o processo de

importantes entrepostos comerciais

trocas de produtos foi o início do

e como centro do desenvolvimento

desenvolvimento

urbano.

da

atividade

comercial nas civilizações que se desenvolviam na antiguidade.

As feiras eram geralmente realizadas

Antigamente, o comércio era

nos

populacionais

burgos que

(núcleos

surgiram

nas

considerado local, pois era realizado

cercanias dos castelos). Nessa época,

apenas entre as pessoas de uma

os núcleos urbanos se ampliaram e

mesma civilização. Nas primeiras

novos muros foram construídos para

civilizações e comunidades, a maioria

abrigar a expansão urbana e para

das pessoas vivia da agricultura, da

proteger as atividades comerciais

pesca e da pecuária, e normalmente

que eram realizadas nos burgos,

cultivavam ou geravam um único

centro da vida social europeia.

produto

específico.

desenvolvimento

do

Por

isso,

sistema

o de

As principais feiras ficavam nas

regiões

do

Champanha,

na

trocas foi fundamental para que as

França, na atual Itália (Gênova e

pessoas tivessem a oportunidade de

Veneza) e em Flanders (atual Bélgica).

terem outro tipo de produto que elas

Inicialmente

não cultivavam. A partir desse ponto,

atividades comerciais mais locais,

surgiram as primeiras feiras.

mas com o

Shoppings Centers | 22

as

feiras

exerciam


passar do tempo elas se tornaram espaços

recebendo

e

de

negócios,

comercial passou por uma grande

comercializando

transformação, passando a existir a

produtos de diferentes regiões da

profissionalização

Europa, África e Ásia.

desenvolvimento.

O comércio tomou um grande impulso no

século XV com as

ponto

o

colonizadores

desenvolvimento

riquezas

e

partir

desse

expandiu

e

sociedade,

ajudando de

no

tecnologias,

para

criação de ferrovias, estradas, portos,

negociarem. As lojas começaram a

pontes entre outros meios. Hoje em

ganhar os formatos parecidos com

dia,

os atuais nesse momento histórico.

maneiras de vender os produtos: na

Antecedendo

essa

época,

os

própria loja, delivery, à distância, pela

comércios

caracterizavam

por

se

especiarias

de

o

colaborou com o desenvolvimento da

atrás

A

comércio

expedições marítimas, onde os povos viajavam

e

o

comércio

tem

diversas

internet, entre outros meios.

serem pequenos empreendimentos (padarias,

armazéns,

lojas),

tudo

muito simples e rústico.

SURGIMENTO DOS SHOPPINGS CENTERS O marco do que hoje em dia

conferido à galeria Le Bon Marché

são chamados shoppings centers

(“O Bom Mercado”, em francês), em

foram os grandes bazares persas,

Paris, cuja fundação data de 1852.

como o de Isfahan data do século 10.

No continente americano, os

Mas,

considerando

a

concepção

primeiros shoppings nasceram nos

moderna de shopping center como

Estados Unidos com apenas seis

um local que oferece produtos dos

anos de diferença, são eles o Market

mais diversos tipos e opções de

Square, fundado em 1916 e Country

entretenimento, o título pode ser

Club Plaza, em Kansas City, fundado em 1922. Shoppings Centers | 23

REVISÃO HISTÓRICA

amplos

Já no século XX, a atividade


REVISÃO HISTÓRICA

Ambos tinham lojas de diversos

trouxesse a facilidade de unir uma

tipos,

e

gama considerável de lojas, cinema,

estacionamento de carros. Porém

estacionamento e até mesmo uma

devemos ressaltar que dentre os dois

pequena loja de departamento, a

últimos citados, o Country Club

Sears. Em 1978, Alfredo Mathias, não

nasceu

tinha meios para sustentar o tão

opções

com

de

um

lazer

sistema

de

gerenciamento semelhante ao atual,

sonhado

empreendimento

e

foi

com uma entidade independente

forçado à vende-lo. Porém o retorno

organizando a distribuição do espaço

financeiro e a popularização dos

e alugando lotes para o dono de

shoppings centers chegaram no final

cada loja.

da década de 1970. Adaptações

O primeiro Shopping Center

foram feitas tanto conceitualmente

do Brasil foi o Iguatemi, em São

quanto na parte de estratégias e

Paulo.

administração para que os shoppings

O

empreendimento

foi

fundado em novembro de 1966 por

se tornassem um fenômeno.

Alfredo Mathias, que obteve fundos

Durante esse tempo, surgiram

por meio de diversos investidores

8

que

de

Iguatemi, sendo que apenas 3 deles

transformar o sistema de vendas da

fizeram um sucesso absoluto logo

época. No início, a ABL (Área Bruta

após a sua inauguração, são eles:

Locável) era de 25.425 m², hoje em

Shopping

dia esse número cresceu chegando a

Shopping Center Ibirapuera (São

33.825 m².

Paulo) e Center Um (Fortaleza).

compraram

sua

ideia

novos

shoppings

Center

além

do

Matarazzo

e

Na inauguração não houve

Acredita-se que o sucesso desses

aceitação

dos

tenham sido pelo modelo que foi

consumidores do novo modelo de

implantado: mais simples sendo lojas

centro comercial, prejudicando os

pequenas com um supermercado

lojistas

que

atrelado, muito similar as lojas de

investiram no negócio. Chegou-se à

centro, mas com passagens cobertas.

conclusão que o Brasil não estivesse

Por mais difícil que tenha sido

uma

e

preparado

por

parte

empreendedores

para

receber

essa

novidade, mesmo que o shopping Shoppings Centers | 24

a adaptação dos brasileiros com os shoppings, uma gama de shoppings


estavam se fortificando e os hábitos

de longo prazo praticamente tornou-

de

se inacessível à grande maioria dos

estavam

sendo

fortemente alterados, resultando em

empreendedores.

uma explosão de empreendimentos

Como consequência desse período

do segmento durante a década de

de turbulência, que acompanhou a

1980. Em apenas nos 3 anos (de

própria crise econômica do país, a

1980 a 1983), foram inaugurados

indústria de shopping centers foi

mais

obrigada

shoppings,

do

que

os

adaptar-se

a

um

inaugurados durante a década inteira

sensivelmente

de 1970 a 1979, resultando em um

Consolidam-se

total de 22 empreendimentos.

varejo e fabricantes, que melhor

Nesse tempo surgiram outros

souberam

mais

país

aquelas

pobre. redes

aproveitar-se

de da

grandes destaques de shoppings,

combinação de preço, durabilidade e

reconhecidos até hoje como: Müeller

qualidade, o famoso custo benefício,

Shopping

com rápida expansão e presença nos

Center

(Curitiba),

Parkshopping (Brasília), Center Norte

pontos de vendas.

(São Paulo), Norteshopping (Rio de

Porém a combinação das lojas de

Janeiro), Shopping Barra (Salvador),

fábrica e lojas de pronta entrega

entre outros. Também, apareceram

levou

os

“Shoppings

classificaríamos aqui como “shopping

Especializados”: o Rio Design Center

de descontos”, onde o conceito de

e o Casa Shopping (Rio de Janeiro).

shopping

primeiros

Na

primeira

metade

ao

surgimento

center

do

tradicional

que

é

da

adaptado para preços democráticos.

década, o varejo no Brasil atravessou

Tal como nos Estados Unidos, esse

o seu período mais turbulento dos

novo centro de compras é definido

tempos recentes quando as maiores

pelo conceito de “varejo de valor”,

organizações de varejo enfrentaram

onde o consumidor quer encontrar

enormes

financeiras,

o

povo

produtos de qualidade, a preços

brasileiro

atravessou

a

crise

sensivelmente mais baixos que nos

perdendo seu poder aquisitivo, em

shopping centers tradicionais.

curto período de tempo, e o capital

Shoppings Centers | 25

REVISÃO HISTÓRICA

consumo


A segunda metade da década foi marcada pelo desenvolvimento de grandes áreas de lazer nos shopping centers. Instalaram-se nos shopping centers complexos múltiplos de lazer, englobando numa única operação boliche, restaurante, simuladores e entretenimento para todas as idades, com o objetivo de servir a família como um todo. Atualmente contamos com 563 shoppings, em funcionamento no Brasil regulamentados na ABRASCE com a previsão de 15 novos shoppings centers para a

REVISÃO HISTÓRICA

inauguração em 2019.

Fonte: Semma Group, 2012

Shoppings Centers | 26


REVISÃO HISTÓRICA Fonte: Semma Group, 2012

Shoppings Centers | 27


Shopping Paladium – Curitiba


4. ORGANIZAÇÃO, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DE SHOPPINGS CENTERS


LOJAS As lojas de shopping são

Executivo

da

Make

espaços físicos planejadas para um

Shopping

&

Varejo,

público especifico, relacionado à sua

especializada no desenvolvimento,

marca,

vivenciadas

planejamento execução de negócios

experiências de compras. Em seu

para o mercado, explica o significado

interior encontra-se a variedade de

do plano de mix:

onde

são

ItWork

-

empresa

produtos e serviços do segmento em que ela atua. A loja tem como principal intuito vender, ou seja, sua função

é

de

impulsionar

o

consumidor a adquirir os produtos. Para isso são aliados a ideia de um conceito, personalidade, marketing e nos dias atuais cada a vez mais trazer a experiência ao cliente. O espaço que define a loja deve propiciar a ORGANIZAÇÃO

oportunidade

de

oferecer

mais

opções além das que os clientes já conhecem. O shopping tem como função organizar seu espaço e locar as áreas para lojas de cada tipologia no espaço certo, pensando qual será sua especialidade, público, necessidade e organização: esse estudo é chamado

Sem qualquer intenção de limitar ou simplificar, mas com o objetivo

Michel Cutait, especialista em Shopping Center e Varejo e Diretor Shoppings Centers | 30

facilitar

um

entendimento, arriscamos dizer que o “tenant mix” é a organização sistemática

de

distribuição

das

atividades comerciais que pressupõe o estudo, análise e escolha de lojas e operações

que

sejam

complementares, harmônicas

e

coesas, distintas,

balanceadas

para

atender às necessidades da demanda de um específico mercado com a finalidade

de

Shopping

estabelecer Center

um

atraente,

competitivo e rentável para todos. (Make itWork)

de “Plano de mix” ou também “tenant mix”.

de

As principais tipologias de lojas

são

âncoras,

satélites, serviços e lazer.

megalojas,


ÂNCORAS Se enquadram na categoria, lojas acima de 501 m² e atraem um fluxo grande de pessoas. Podemos destacar as lojas de departamentos, hipermercado, supermercado, construção e decoração, eletrodomésticos e eletroeletrônicos, entre outras operações que exigem grandes áreas.

MEGALOJAS Podem ser consideradas lojas deste gênero aquelas especializadas em determinada linha de mercadoria, em grande escala, com ampla variedade de produtos, usando superfície de loja entre 151 a 500 m². Podem ser segmentos com

os

seguintes

tipos

de

operação:

vestuário,

eletrodomésticos

e

eletroeletrônicos, moveis, decoração, casa, mesa, banho, papelaria, informática, material de escritório, artigos esportivos, livraria, brinquedos, entre outras operações que se enquadram na área.

SATÉLITES As lojas satélites englobam a maioria dos tipos de loja, com áreas abaixo de 150 m². Podem ser caracterizadas como lojas satélites: vestuário e calçados em geral, artigos do lar, telefonia, artigos eletrônicos, informática, artigos acessórios de viagem, ótica, perfumaria e cosméticos, joalherias, relojoarias, bijuterias e alimentação em geral.

SERVIÇOS As lojas de serviços enquadram-se as lojas prestadoras de serviços, sem que haja, necessariamente, a venda de mercadorias propriamente ditas. Podemos exemplificar como: Armarinhos, vinhos, tabacaria, florista, cabelereiro, correio, lotérica, agência de viagens, lavanderia, estúdios de tatuagens, escolas, universidades, hotéis, chaveiro, tabacaria, etc.

LAZER São lojas que atraem o público para atividades especificas como cinemas, teatros, casas de shows, parques de diversões, boliches, restaurantes, entre outro. Shoppings Centers | 31

ORGANIZAÇÃO

esportivos, papelaria, livraria, brinquedos, artigos infantis, acessórios, artigos e


QUIOSQUES Diferente das lojas, os quiosques são pontos de vendas localizados nos corredores do shopping, ou seja, nos malls. Sua atividade tem um amplo leque de possibilidades, o grande desafio dos quiosques são a metragem. Suas áreas podem variar de acordo com cada empreendimento, mas em média ocupam de 6 a 12 m², sendo inclusos os produtos, caixa de atendimento e vendedores dentro do local. Oferecem a vantagem de menos investimento por parte do lojista, alugueis mais baratos e contratos curtos.

MALL Nos shoppings centers os corredores são chamados de malls. Esses são os maiores agentes dos shoppings centers, eles são conhecidos como área do próprio empreendimento. Os malls são planejados para criar circulação entre as lojas, praças, acessos e andares no caso de mais de um pavimento. Devem ser corredores largos e mobiliados contendo bancos, lixeiras e paisagismo, acessar a escadas rolantes,

ORGANIZAÇÃO

elevadores, escadas e saídas de emergência, além de elementos de serviços ao cliente, como:

sanitários, caixas eletrônicos, totens de pagamento para

estacionamento, diretórios, placas de sinalização, entre outros agentes.

SANITÁRIOS Devem ser instalados conjuntos de sanitários masculinos e femininos, reservando pelo menos uma cabine de acordo com normas de acessibilidade para atendimento a pessoas com deficiência. Também existem os sanitários família, para que os pais possam acompanhar seus filhos pequenos e os sanitários sem gênero, ou seja, banheiros com livre acesso para qualquer pessoa, visando principalmente o bem estar do público LGBTQ+.

Shoppings Centers | 32


FRALDÁRIO O Fraldário é um ambiente onde os pais dispõem de todo o conforto para atenderem às necessidades das crianças. O espaço é equipado com trocadores e pias para higiene, sala de amamentação com poltronas confortáveis, sala de papinha contendo cadeiras para papinha, forno micro-ondas e bebedouro, espaço kids oferecendo diversão aos pequenos.

PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO A praça de alimentação é uma área muito importante para o shopping, que serve tanto para momentos de entretenimento quanto para refeição no horário de almoço ou jantar, por exemplo. A praça, normalmente, é o espaço com maior concentração de pessoas em um mesmo horário além de uma das áreas mais suscetíveis a acidentes como explosões ou incêndios. Por esses motivos uma boa praça de alimentação deve contar saídas de emergência próximas, e, de preferência, mais de uma, além de hidrantes, extintores especiais (como classe K) e todo o equipamento para detecção e combate a incêndio. infantis, sendo as mesas de dois até oito ou dez lugares para receber grupos, e mesas de alturas diferenciadas para atender à cadeirantes. Em uma praça de alimentação não podemos deixar de ressaltar que tratamentos para acústica e ventilação e exaustão eficientes são obrigatoriedade.

PRAÇA DE EVENTOS As praças de eventos também são importantes para os shoppings, principalmente em relação ao poder de atração de público. Essas regiões são locadas para eventos externos e decorações em datas especiais, como o Natal. Pode-se haver mais de uma praça de eventos em um shopping, de diferentes metragens e alturas de pé direito. A praça torna-se um ponto de convívio, onde se é vivido a experiência e interação entre o público e as atrações. Shoppings Centers | 33

ORGANIZAÇÃO

Também deve conter o máximo de assentos possíveis, conter cadeirões


AMBULATÓRIO Os ambulatórios são espaços que realizam o atendimento de primeiro socorro de clientes e lojistas e auxiliam na locomoção da pessoa para hospital através de ambulância. Nos ambulatórios existe um posto de enfermeira (o) fixo e médico plantonista e deve estar amparado com todos os equipamentos de primeiro socorros e medicações básicas, além de medidores de pressão, macas, estetoscópios, cadeiras de rodas, entre outros.

SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO CONSUMIDOR O Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC), pode ser conhecido como Central de Atendimento ao Cliente ou outros nomes. A principal função desse departamento é registrar queixas, reclamações, elogios e orientar e informar os clientes, organizar e controlar os achados e perdidos, controlar o empréstimo de cadeiras de rodas e cadeiras motorizadas, entre outras funções. O SAC é o pilar central do relacionamento entre a administração e o cliente final, por esse motivo deve estar localizado em um local de fácil acesso, e de preferência, próxima à

ORGANIZAÇÃO

alguma entrada do empreendimento.

EMPREENDEDOREE E ADMINISTRADORES Os empreendedores e administradores são os responsáveis por toda a organização dos shoppings centers. Em uma definição simples, os empreendedores são os donos dos shoppings: empresas ou empresários financiadores e investidores, responsáveis pelo empreendimento que podem ou não agirem como administradores. Geralmente, o que encontramos é a opção sócio administrador, destacando as grandes no mercado como a BRMalls, Ancar Invonhoe, Grupo Iguatemi, Brookfield, Multiplan, Aliansce, Tenco e Sonae Sierra. Na maioria dos casos, existe uma equipe de funcionários administrativos dentro dos shoppings, sendo que os cargos e números podem variar dentro dos setores

de

Superintendência,

Jurídico,

Financeiro,

Comercial,

Auditoria,

Merchandising, Marketing, Compras, Recursos Humanos e Operacional (operações, Shoppings Centers | 34


arquitetura, T.I., segurança, limpeza, manutenção, bombeiros, estacionamento), além de aprendizes e recepcionistas. Nos shoppings existem estruturas básicas para possibilitar a execução das atividades de cada ramo, como um escritório administrativo, salas de reunião, sanitários, copa, depósitos de arquivos, refeitório, vestiários, almoxarifado, salas de manutenção, limpeza, equipamentos e infraestruturas.

APOIO AOS LOJISTAS E FUNCIONÁRIOS TERCERIZADOS Os lojistas e funcionários terceirizados são empregados que trabalham diariamente no shopping e necessitam de espaços como vestiários e refeitório para realizarem refeições e trocas de roupas.

CENTRAIS Nos shoppings existem três centrais que são essenciais para o funcionamento do empreendimento, são elas: Central de Segurança, de manutenção e limpeza. localizam as câmeras, equipamentos de segurança, como armas e coletes a provas de balas; A central da limpeza, são armazenados produtos químicos de limpeza, maquinários e outros acessórios e a central de manutenção é o local onde são armazenadas ferramentas, peças e é o local de trabalho para os funcionários desse departamento.

ESTACIONAMENTO O estacionamento deve conter vagas para carros, podendo ou não ser cobertas, atendendo ao plano diretor de vagas para cada 25m² construídos, sendo esses espaços destinados ao público comum, idosos, PCDs, gestantes (não é obrigatório) e motos. Em alguns shoppings atuais encontramos algumas vagas destinadas à carros elétricos, contendo tomadas para recarga. Shoppings Centers | 35

ORGANIZAÇÃO

A primeira é de acesso restrito máximo, pois é nesse ambiente que se


Nesse local devemos encontrar o valet, um serviço contratado diferenciado que conta com manobristas, e bicicletário. Também devem ser reservadas vagas para embarque e desembarque de clientes próximo aos acessos.

DEPÓSITOS Os depósitos são espaços para armazenar produtos ou quaisquer outros materiais. Em um shopping existem depósitos específicos para armazenamento de produtos químicos de limpeza, por exemplo, e também depósitos dos departamentos administrativos como financeiro, comercial, marketing, etc. Nos casos de depósitos administrativos é sempre válido prever um controle de acesso, seja esse por meio de biometria ou fechaduras digitais, pois a maioria dos arquivos são confidenciais.

DOCAS Uma doca é um local de carga e descarga de caminhões. Deve ser localizada em uma área que facilite o embarque e desembarque de mercadorias e não deve ser muito visível; quanto mais camuflada, melhor. Normalmente, são nas docas que se encontram as lixeiras (normais e seletivas), além da compactadora de papelões

ORGANIZAÇÃO

e/ou outros equipamentos que auxilie no descarte do lixo. Também é comum encontrarmos próximos às docas os acessos e infraestruturas para lojistas e terceiros.

CORREDORES TÉCNICOS Uma das principais áreas de um shopping são os corredores técnicos, uma vez que é um ambiente que recebe toda a circulação de pessoas pelos bastidores, ou seja, são corredores operacionais que possibilitam a circulação por todas as lojas fora das vistas dos clientes. Sua principal função é possibilitar entrada de mercadorias, retirada de lixo, entre outras rotinas operacionais sem visibilidade. Em lojas de alimentação, os corredores técnicos são obrigatoriedade, mas em lojas de outros segmentos podem servir apenas para circulação em caso de manutenção ou vistoria. Shoppings Centers | 36


ROTAS DE FUGA E PROTEÇÃO DE INCÊNDIO As rotas de fuga são acessos que indicam um trajeto estrategicamente planejado a ser seguido no caso de necessidade urgente de evacuação de um local em função de incêndio, desabamentos ou outros casos de emergência. Deve-se sempre estar de acordo com as Instruções Técnica do Corpo de Bombeiros, para possibilitar que todos os trabalhadores ou visitantes de um determinado local se sintam seguros em casos de emergência. As rotas devem ser indicadas por meio de placas fotoluminescentes, luminárias de emergência, escadas com portas corte fogo, etc. Além disso, todo o shopping incluindo todas as lojas devem contar com um sistema de detecção de fumaça e combate a incêndio por meio de sprinklers. Também é obrigatório uma cota de bombeiros civis e uma equipe de brigadistas.

ILUMINAÇÃO A iluminação dos shoppings centers comumente é completamente artificial, salvo por claraboias ou pequenas aberturas que possibilitam a entrada de

CENTRAL DE ÁGUA GELADA A central de água gelada é utilizada em quase todos os shoppings que utilizam o sistema de refrigeração por expansão indireta. Uma central mantém a água em uma temperatura bastante baixa, então a água gelada é distribuída para todo o shopping por meio de tubos afim de atender os aparelhos condicionadores de ar instalados em cada espaço junto aos ambientes. O ar quente retorna por estes mesmo dutos é resfriado. Um dos principais condicionadores de ar utilizados em shoppings são do tipo Fan Coil: são recomendados para projetos que demandam uma grande quantidade de cargas térmicas de dissipação, pois eles resfriam tranquilamente uma extensa área mantendo a temperatura dos ambientes uniforme. Shoppings Centers | 37

ORGANIZAÇÃO

iluminação natural.


CAIXA D’ÁGUA A caixa d’água ou reservatório tem duas finalidades: uma delas é amenizar a pressão da água, deixando-a adequada para uso, evitando sobrecargas nas tubulações internas. Já a outra, é uma garantia de continuidade do abastecimento do empreendimento quando houver interrupções temporárias do fornecimento de água pela empresa distribuidora. As Caixas D'água de shoppings centers, são torres com capacidade de armazenamento que variam entre 50 mil a 1 milhão de litros, produzidas em aço carbono ou outro material com resistência e durável, que possibilite a limpeza e manutenção dos reservatórios, resistindo também a ações externas como sol, chuva, entre outros. Podem ser encontradas nos modelos coluna seca e com água na coluna, variando de acordo com a necessidade de pressão sobre a água. Todas as caixas devem seguir as normas regulamentadoras e os padrões de qualidade estipulados pela ABNT. Podem receber uma pintura externa e até mesmo interna, desde que seja garantida qualidade a água que será armazenada.

CISTERNA E BOMBAS

ORGANIZAÇÃO

O sistema de cisterna consiste em um reservatório que faz a captação e armazenamento da água da chuva. É um equipamento economicamente sustentável e seguro utilizado para o reaproveitamento da água. É uma das melhores e mais eficazes opções em relação ao racionamento da água. Normalmente a cisterna é localizada no interior do solo, e funciona da seguinte maneira: a água da chuva passa pelas calhas e é levada a um filtro, que elimina os galhos, folhas e demais resíduos seguindo para dentro do reservatório. Nele, há uma barreira que impede que a entrada de água agite o seu conteúdo. Quando a cisterna estiver cheia, o excesso de água é automaticamente descartado através de um cifrão ligado diretamente na tubulação de água pluvial do sistema. Para captar o conteúdo do interior da cisterna, com auxílio de uma bomba e conjunto de sucção, a água é movida para caixa de água superior, por onde passa por outra filtragem Shoppings Centers | 38


A água capturada não serve para consumo humano, mas pode ser utilizada para descargas de banheiros, regadores de jardim, lavagem de pisos, entre outros usos secundários.

CENTRAL DE GÁS A central de gás é o local onde o cilindro é instalado. Devem possuir os coletores para a rede de distribuição do GLP, dispositivos de segurança, rede de alimentação e distribuição, registro geral de corte, válvulas de bloqueio, retenção e excesso de fluxo. Devem ser sinalizados e instalados de acordo com todas as normas de segurança, pois é uma área de alto risco de inflamabilidade.

SUBESTAÇÕES DE ENERGIA A subestação de energia é uma instalação elétrica de alta potência, que funcionam como pontos de controle e transferência em um sistema de transmissão e distribuição de energia elétrica. Em um grande empreendimento, a aplicação de evitar perdas e danos. Para que o fornecimento de energia elétrica funcione, são utilizados equipamentos chamados de transformadores elevadores que elevam a tensão no início da transmissão, saindo da subestação, evitando perdas excessivas durante o seu percurso através dos cabos, até seu destino final. Assim como as centrais de gás, as subestações devem ser sinalizadas e instaladas de acordo com todas as normas de segurança, pois é uma área de alto risco de acidentes elétricos e explosões.

Shoppings Centers | 39

ORGANIZAÇÃO

uma subestação é fundamental, pois otimiza o funcionamento do maquinário e


Shopping Aricanduva – São Paulo


5. LEGISLAÇÃO


A partir da NBR 9050/2015 norma acerca da acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos; da Lei nº 11.228/92 do Código de Edificações do Estado de São Paulo; do Decreto nº 12.342/1978 do Código Sanitário do Estado de São Paulo e do Código dos Bombeiros foram feitas as diretrizes e premissas para o projeto Villa da Orquídea Open Mall. Os shoppings centers, são locais que recebem um grande fluxo de pessoas, portanto é preciso projetar um espaço que comporte de maneira confortável e acessível a todos os tipos de usuários que utilizam o local. Os tipos de materiais utilizados devem ser específicos para os tipos de ambientes, como por exemplo pisos antiderrapantes em áreas externas e pisos de fácil manutenção e durabilidade nos ambientes internos. Além de acessibilidade em todo o edifício e rotas de fuga e saídas de emergência estrategicamente posicionadas, placas de sinalização por toda a área identificando as principais saídas, extintores de emergência e sistema de combate e detecção de incêndio.

CIRCULAÇÃO E PASSAGEM Segundo a NBR 9050 as rampas devem ter inclinação de acordo com os limites estabelecidos, para inclinação entre 6,25 % e 8,33 %, é recomendado criar áreas de descanso nos patamares, a cada 50m de percurso. E para rampas em curva, a inclinação máxima admissível é de 8,33% e o raio mínimo de 3,00m, medido no perímetro interno à curva. A largura das rampas deve ser estabelecida de acordo com o fluxo de pessoas. A largura livre mínima recomendável para as rampas em rotas acessíveis é de 1,50m, sendo o mínimo admissível de 1,20m. E toda rampa deve possuir corrimão de duas alturas em cada lado. De acordo com o Código Sanitário, corredores de passagens devem ter no mínimo 2,50m de pé

LEGISLAÇÃO

direito e 1,50m de largura. As escadas não poderão apresentar trechos em leque; os lances serão retos, não podendo ultrapassar a 16 degraus e estes não terão espelhos com mais de 0,16m, nem piso com menos de 0,30m, e os patamares terão extensão não inferior a 1,50m. As escadas deverão ser dotadas obrigatoriamente de corrimão. As rampas não poderão apresentar declividade superior a 12% e serão revestidas de material não escorregadio, sempre que acima de 6%. Shoppings Centers | 42


De acordo com a INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 011/2010 do corpo de Bombeiros de Mogi das Cruzes, as saídas de emergência são dimensionadas em função da população da edificação. O acesso às escadas e rampas devem estar a no máximo 25m das portas dos ambientes e a escadas ou rampa não podem estar a mais de 45m dos pontos de saída para as áreas externas. Se faz obrigatório o uso de luminárias de emergência em todo o edifício. Sua previsão deve ser feita nas rotas de fuga, tais como corredores, acessos, passagens antecâmara e patamares de escadas. Também é obrigatório o sistema de alarme manual contra incêndio e detecção automática de fogo e fumaça. O dimensionamento, especificação e emprego dos materiais e elementos construtivos deverão assegurar a estabilidade, segurança e salubridade das obras, edificações e equipamentos, garantindo desempenho, no mínimo, similar aos padrões estabelecidos no Código de Edificações. De acordo com a NBR 9050, uma pessoa sem necessidades especiais precisa de do mínimo 0,60m de vão para sua circulação em pé andando de frente, podendo chegar até 1,20m quando está usando muletas. Para cadeira de rodas considera-se como referência, 1,20m x 0,80m. A dimensão mínima necessária para cadeirantes em linha reta sem obstáculos é de 0,90m de largura. Para manobras das cadeiras de rodas exige-se no mínimo:  Rotação de 90° 1,20m x 1,20m  Rotação de 180° 1,50m x 1,20m  Rotação de 360° diâmetro de 1,50m Além disso, a NBR 9050 dispõe sobre as larguras mínimas para corredores, que são:

 1,20m para corredores de uso comum com extensão máxima de 10m;  1,5m para corredores com extensão superior a 10m ou corredores de uso público;  Maior que 1,5m para corredores com fluxo intenso de pessoas.

Shoppings Centers | 43

LEGISLAÇÃO

 0,90 m para os corredores de uso comum com extensão máxima de 4m;


JIRAU, PÉRGULA E ESPELHOS D’ÁGUA Legislação para jirau, pérgula e espelhos d’água (Fonte: Código de Edificações, 2016, LEI Nº 11.228/92)

ABRIGOS Para as construções complementares, como guaritas, caixas eletrônicos, abrigos, seguirá a tabela abaixo:

LEGISLAÇÃO

Construções Complementares (Fonte: Código de Edificações, 2016, LEI Nº 11.228/92)

Shoppings Centers | 44


OCUPAÇÃO Os corredores do shopping, incluindo as áreas administrativas e de operações terão o dimensionamento mínimo de 80 cm e em locais com grande acesso, o mínimo de 1,2 m ou através do cálculo pela quantidade de pessoas. A tabela a seguir representa a lotação por metro quadrado, que deverá ser respeitada:

Ocupação por m² (Fonte: Código de Edificações, 2016, LEI Nº 11.228/92)

ESTACIONAMENTO Segundo o Código de Obras, os estacionamentos devem conter 1 vaga para cada 10,00m² de área de acesso ao público. E a largura mínima a ser considerada para manobras de veículos é de 5,50m. Além de conter no mínimo 20% de vagas para motocicletas. A dimensão de vagas para estacionamento será considerando vagas para veículos grandes, conforme tabela:

LEGISLAÇÃO

Dimensionamento de vagas (Fonte: Código de Edificações, 2016, LEI Nº 11.228/92)

Shoppings Centers | 45


A seguinte tabela define a porcentagem de vagas especiais em relação a quantidade de vagas totais, onde será consideramos os shoppings como coletivo com mais de 10 vagas, resultando em 3% de vagas destinadas a PCD e 3% de vagas para idosos:

Vagas Especiais e Idosos (Fonte: Código de Edificações, 2017, Anexo I integrante da Lei nº 16.642)

No município de Mogi das Cruzes a lei prevê que gestantes e mães com crianças de colo têm direito a vagas preferenciais em estacionamentos de estabelecimentos privados comerciais de grande porte, como shoppings, supermercados e hipermercados, etc. que possuam estacionamento com mais de 50 vagas, sendo 2% do total de vagas destinadas para esse fim.

INSTALAÇÕES SANITÁRIAS

A quantidade mínima de instalações sanitárias, segundo o Código de Obras, é de 1 bacia e 1 lavatório para cada 50 pessoas. E para os sanitários masculinos

LEGISLAÇÃO

50% das bacias poderão ser substituídas por mictórios. Os compartimentos sanitários devem ter no mínimo 1,50m², contendo bacia sanitária e lavatórios, com dimensão mínima de 1,00m. Também serão consideradas a instalação de vasos sanitários, lavatórios e chuveiros, para os vestiários. O dimensionamento mínimo de instalações:

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Instalações Sanitárias (Fonte: Código de Edificações, 2016, LEI Nº 11.228/92)

RESERVATÓRIOS DE ÁGUA Os reservatórios de água deverão respeitar os seguintes itens: serem construídos e revestidos com materiais que não possam contaminar a água; ter a superfície lisa, resistente e impermeável; permitir fácil acesso para inspeção e limpeza; possibilitar esgotamento total; ser suficientemente protegidos contra inundações, infiltrações e penetrações de corpos estranhos; ter cobertura adequada.

CONFORTO TÉRMICO E ACÚSTICO O direito ao sossego está assegurado pela lei federal nº 3.688 de 23 de outubro de 1941, capítulo IV. Em 2014, um projeto que proíbe a propagação de som acima de 85 decibéis em casas de shows, boates e demais estabelecimentos noturnos, foi aprovado na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados. As principais variáveis do conforto acústico são o entorno (tráfego); a arquitetura; o clima (ventilação, pluviosidade); isolamento acústico podem ser vários como espuma acústica, lã de rocha, lã de vidro, painéis, forros e portas acústicas. Projetando um forro acústico com o produto correto, é possível eliminar ou otimizar o excesso de eco e diminuir o som que invade a área externa dos corredores.

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LEGISLAÇÃO

orientação/implantação (materiais, mobiliário). Os produtos indicados para


Portas acústicas, tem o propósito de fornecer uma barreira de passagem de som de um lugar para o outro, possuem alto poder de atenuação acústica pois normalmente são vedadas em todo o seu perímetro e preenchidas internamente com material acústico de alta densidade. O acabamento pode ser em madeira ou metal. Quanto mais altas forem as dimensões do espaço, menores serão os problemas acústicos a serem resolvidos. Um bom tratamento acústico deve contar com painéis refletores para uma boa distribuição da energia sonora. A respeito da insolação e ventilação, o projeto seguirá os seguintes itens do código: • Todo compartimento do projeto deverá ter conexão com o externo para ventilação, ou através de dutos com ventilação forçada; • Serão utilizados em sua maioria a iluminação natural; • Nos compartimentos com necessidades de iluminação e ventilação artificial,

LEGISLAÇÃO

Fonte: Bruna Diniz, 2014

serão comprovadas suas necessidades e seguirão as normas da ABNT;

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LEGISLAÇÃO

Fonte: Bruna Diniz, 2014


Ribeirão Shopping - Ribeirão Preto


6. ESTUDOS DE CASOS


ESTUDOS DE CASO

SHOPPING CIDADE JARDIM

 Nome: Shopping Cidade Jardim  Administradora: JHSF  Localização: Av. Magalhães de Castro, 12.000, Marginal Pinheiros, Morumbi, São Paulo - SP  Data de inauguração: 31 de maio de 2008  Categoria: Shopping Lifestyle  Área Bruta Locável (ABL): 46.000,00 m²  Número de Pavimentos: 5 pavimentos comerciais, 3 pavimentos de estacionamento (subsolo), 1 pavimento de doca (subsolo)  Número de Lojas: 200 lojas  Tráfego de Pessoas (médio): 25.000 pessoas/dia  Número de vagas do estacionamento: 1.500 vagas Desde sua inauguração, em maio de 2008, o Shopping Cidade Jardim é referência nacional no mercado de luxo com um novo conceito de shopping center na cidade de São Paulo. Inspirado nas ruas mais elegantes do mundo e nos centros comerciais de maior sucesso no exterior, o Cidade Jardim é o primeiro shopping center aberto da cidade, com luz natural e lojas de frente para jardins, o que o torna a mais elegante e rebuscado shopping em São Paulo. Arthur Casas, responsável pela arquitetura interna do shopping, projetou os cinco pisos voltados para áreas abertas, possibilitando que grande parte da iluminação fosse natural. Além disso, o paisagismo assinado por Maria João d´Orey faz com que jardins e plantas estejam presentes em todos os espaços do mall, incluindo grandes espécies de palmeiras nos corredores, proporcionando ao cliente a sensação de passear ao ar livre. Os jardins além de belos e ricos em beleza, composição e espécies, interagem diretamente com os consumidores. É natural notar sua presença por todo o shopping, os jardins não foram idealizados para serem uma decoração e sim o coração do projeto, sendo densos, parrudos e ao mesmo tempo dotados de elegância e nobreza. Shoppings Centers | 52


Ralph Lauren, Sephora, Emilio Pucci, Cartier, Hermès, Dior, Fendi, Gucci, Louis Vuitton, Prada, Rolex, Versace, Valentino, entre outras. Em 2008, quando foi inaugurado, o Cidade Jardim introduziu muitas novidades no mercado. Além de ser o primeiro shopping center aberto da cidade, com luz natural e jardins internos, o Cidade Jardim substituiu a convencional praça de alimentação por algumas das melhores opções gastronômicas de São Paulo, o Food

Hall

que

conta

com

28

operações

gastronômicas

de

diferentes

especialidades: restaurantes, lanchonetes, cafés, docerias e sorveterias que ocupam uma área de 1.200 m², no 4º e 5º pisos do shopping. O Food Hall oferece uma variedade de produtos e de pratos das culinárias brasileira, japonesa, italiana e árabe, incluindo opções de pratos congelados para programas alimentares, sem glúten e lactose. Há também frutas, legumes e verduras orgânicos além de muitos produtos gastronômicos para levar para casa. Em relação a gastronomia do Cidade Jardim os destaques são: Nonno Ruggero (Grupo Fasano), Pobre Juan, Adega Santiago, Baked Potato Boutique, Di Capri Cafè Bistrô, Espaço Árabe, Fit Food, Formiga, entre outros. Os restaurantes localizados no 5º piso têm o deslumbre de uma vista exclusiva do skyline de São Paulo. Todas as múltiplas opções de lazer, cultura e serviços que o Cidade Jardim oferece foram selecionadas para atender a um público exigente. O shopping conta com um cinema da rede Cinemark e a completa “Alameda de Serviços” do Cidade Jardim proporciona comodidade para quem procura resolver atividades cotidianas em um único local. Lá o cliente encontra serviços como a gráfica expressa, revelação de fotos, costureira, correio, sapataria, lavanderia, chaveiro, lava-rápido para o carro, entre outros. O shopping conta ainda com pet shop, caixas automáticos, agências de câmbio e turismo, farmácia, unidade diagnóstica do Albert Einstein e operadoras de celular Vivo, Claro e Tim. Pensando no conforto das famílias, o shopping disponibiliza carrinhos de bebês e crianças que podem ser utilizados gratuitamente. O “Espaço Família” oferece toda a infraestrutura necessária para que os pais possam cuidar de seus filhos num ambiente calmo e tranquilo com ambientação especial. Shoppings Centers | 53

ESTUDOS DE CASO

Com cerca de 200 lojas, entre as marcas consagradas estão Michael Kors,


ESTUDOS DE CASO

Uma equipe de concierge fornece, além de informações, o serviço de “freehands”, o que possibilita ao cliente passear pelo shopping sem ter que carregar suas sacolas de compras. O shopping também oferece a seus clientes o serviço exclusivo de “personal shopper” em que profissionais especializados e treinados para auxiliar nas compras ajudam o cliente a escolher as melhores opções de itens para uso próprio ou para presentear. O Shopping Cidade Jardim tornou-se uma referência no mercado brasileiro por oferecer diversidade, praticidade e conforto, em um ambiente bonito e agradável, diferente dos shoppings convencionais. Além de proporcionar experiências inéditas em um shopping, como atividades infantis em uma casa da árvore ao ar livre e apreciar a vista da cidade em um jardim suspenso, repleto de jabuticabeiras. A partir dos serviços oferecidos, localização e mix de lojas fica mais que explicito que o Shopping Cidade Jardim é destinado ao público A. A Classe alta possui um poder aquisitivo e de um padrão de vida e de consumo além do razoável, de forma a não apenas suprir suas necessidades de sobrevivência como também a permitir-se formas variadas de lazer e cultura, é comum chegar aos padrões de consumo eventualmente considerados exagerados. Considera-se no Brasil, como classe alta aquela família que tem uma renda mensal de no mínimo trinta salários mínimos. Estão nessa classe menos de 1% da população, porém representam a maior parte da indústria do entretenimento como atores, músicos, escritores, apresentadores, modelos, atletas e socialites; além de políticos, juízes e desembargadores, empresários e descendentes de famílias nobres tradicionais. Com esse público em mente, foram tomadas medidas estratégicas propositais para afastar as outras classes sociais, como por exemplo a falta de acessos para pedestres e por meio de transportes coletivos como trens, metrôs e ônibus são facilmente notadas.

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ESTUDOS DE CASO

Fachada Shopping Cidade Jardim (Fonte: Google Imagens)

Jardins Shopping Cidade Jardim (Fonte: Google Imagens)

Composição Shopping Cidade Jardim (Fonte: Google Imagens)

Interno Shopping Cidade Jardim (Fonte: Google Imagens)

Paisagismo Shopping Cidade Jardim (Fonte: Google Imagens)

Mall Shopping Cidade Jardim (Fonte: Google Imagens)

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ESTUDOS DE CASO

Lounge Shopping Cidade Jardim (Fonte: Google Imagens)

Restaurante Shopping Cidade Jardim (Fonte: Google Imagens)

Rooftop Shopping Cidade Jardim (Fonte: Google Imagens)

Mix de lojas Shopping Cidade Jardim (Fonte: Google Imagens)

Forças Exclusivo para o público destinado Excelencia em serviços Grifes Internacionais Arquitetura atrativa

Fraquezas Público limitado Marginalização de classes sociais Visado para roubos e assaltos

Oportunidades Expandir espaços de lazer e cultura Aplicação das novas tendêcias de materiais e paisagismo Melhorar acessos por transportes coletivos

Ameaças Shoppings com mais diversidade nas redondeza

Figura – Análise SWOT Shopping Cidade Jardim (Fonte: Bárbara Genovezzi) Shoppings Centers | 56


SERRAMAR PARQUE SHOPPING

 Nome: Serramar Parque Shopping  Administradora: Grupo Serveng  Localização: Avenida José Herculano, 1086, Caraguatatuba, São Paulo  Data de inauguração: 25 de novembro de 2011  Categoria: Shopping tradicional  Área Bruta Locável (ABL): 21.000,00 m²  Número de Pavimentos: 1 pavimento  Número de Lojas: 100 lojas  Tráfego de Pessoas (médio): 13.000 pessoas/dia  Número de vagas do estacionamento: 1.070 vagas

O Serramar Shopping foi planejado para suprir a carência de lazer, gastronomia e conveniência no litoral Norte de São Paulo.

O Shopping está

localizado no cruzamento da Rio Santos com a nova Tamoios, uma região ainda em desenvolvimento. O empreendimento foi idealizado quando se notou a necessidade de um centro comercial para atender a demanda não só de Caraguatatuba, quanto das outras quatro cidades da região. O Serramar Shopping oferece opções de compras e serviços, e lazer um terreno de 163.000m², com de 29.681,13m² área Construída. Contempla mais de 80 lojas, entre essas podemos encontrar opções de fast foods, cafés, sorveterias e docerias, incluindo os conhecidos Burger King, McDonald’s, Spoleto, Kopenhagen, entre outros. O shopping não se destaca por carregar grandes marcas, porém seu mix é variado e oferece opções para os principais segmentos. O shopping conta com 6 lojas âncoras, sendo elas as lojas Pernambucanas, Marisa, Riachuelo, Magazine Luiza, a rede de cinemas Centerplex e hipermercado Extra.

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ESTUDOS DE CASO

No entanto, o que surpreende no empreendimento é a união da funcionalidade com a arquitetura. A proposta do escritório Aflalo & Gasperini Arquitetos era desenvolver um shopping para atender turistas e também a população de Caraguatatuba uma região ainda não muito desenvolvida da cidade, com frente para uma via de grande fluxo, e tornou-se uma inovação para shoppings tradicionais utilizado o conceito de open mal. Por ser um projeto em uma cidade praiana, era essencial que fosse solucionado problemas como o calor e a solução apresentada foi o conceito de espaço aberto e integrado com a natureza. A opção por um shopping térreo mais aberto, com pátios internos arborizados, combinou com o local e as necessidades. Os blocos das lojas foram implantados de forma irregular e angulada, a fim de permitir uma ventilação natural e uma circulação dinâmica. Foi trabalhada a volumetria dos blocos das lojas com o mesmo desenho angulado. O projeto ganhou uma forte personalidade à arquitetura quando sua fachada foi elaborada em linhas anguladas, chamando atenção de todos que passam pela frente. Para privilegiar a vista, a praça de alimentação é aberta para fora do shopping, composta por uma área fechada com vidros transparentes e climatizada, e um deck externo que permite um espaço de contemplação à paisagem. O projeto foi idealizado o suficiente para que não fosse necessária a instalação de maquinas de climatização nos corredores, somente ventiladores mecânicos para potencializar a circulação do ar. As únicas áreas climatizadas são a praça de alimentação e as lojas. Os brises de bambu servem para sombrear e proteger melhor as áreas de circulação. A paleta de cores é leve, composta de cores claras que junto com os tons de madeira encontrados nas praças formam um ambiente mais aconchegante e fresco.

Shoppings Centers | 58


ESTUDOS DE CASO

Implantação Serramar Parque Shopping (Fonte: Galeria da Arquitetura)

Planta Serramar Parque Shopping (Fonte: Galeria da Arquitetura)

Shoppings Centers | 59


ESTUDOS DE CASO

Corte Transversal Serramar Parque Shopping (Fonte: Galeria da Arquitetura)

Elevação Serramar Parque Shopping (Fonte: Galeria da Arquitetura)

Detalhes Serramar Parque Shopping (Fonte: Galeria da Arquitetura)

Shoppings Centers | 60


ESTUDOS DE CASO

Fachada Serramar Parque Shopping (Fonte: Galeria da Arquitetura)

Serramar Parque Shopping (Fonte: Galeria da Arquitetura)

Fachada Serramar Parque Shopping (Fonte: Galeria da Arquitetura)

Estacionamento Serramar Parque Shopping (Fonte: Galeria da Arquitetura)

Decks Serramar Parque Shopping (Fonte: Galeria da Arquitetura)

Pergolado Serramar Parque Shopping (Fonte: Galeria da Arquitetura)

Shoppings Centers | 61


ESTUDOS DE CASO

Mall Serramar Parque Shopping (Fonte: Galeria da Arquitetura)

Acesso Serramar Parque Shopping (Fonte: Galeria da Arquitetura)

Praça de Alimentação Serramar Parque Shopping (Fonte: Galeria da Arquitetura)

Forças Único na cidade Arquitetura atrativa

Fraquezas Região não desenvolvida Mix sem muitas marcas renomadas

Oportunidades Promover o desenvolvimento do local onde está inserido

Ameaças Impacto ambiental

Análise SWOT Serramar Parque Shopping (Fonte: Bárbara Genovezzi) Shoppings Centers | 62


ESTUDOS DE CASO

FASHION VALLEY MALL  Nome: Fashion Valley Mall  Administradora: Simon property Group  Localização: 7007 Friars Rd, San Diego - Califórnia (Estados Unidos da América)  Data de inauguração: 1969  Categoria: Shopping Outlet  Área Bruta Locável (ABL): 160.400,00m²  Número de Pavimentos: 2 pavimentos  Número de Lojas: 205 lojas  Tráfego de Pessoas (médio): 58.000 pessoas/dia  Número de vagas do estacionamento: 8.000 vagas O Shopping Fashion Valley Mall é um dos destaques no quesito de outlets, pois é um dos maiores e mais frequentados shoppings centers em San Diego. O diferencial é a união entre um shopping ao ar livre, agradável e com um dos tenant mix com tem algumas das melhores marcas do mundo, além disso, conta com um teatro da rede AMC que é muito frequentado. O Shopping Fashion Valley Mall mais de 200 lojas e restaurantes, além de uma sala de cinema. As cinco âncoras são as lojas de departamento Macy’s, Neiman Marcus, Nordstrom, Bloomingdale e JC Penney que são lojas de departamento caracterizadas por venderem multimarcas e na maioria das vezes abaixo do preço normal. Entre as marcas podemos destacar: Ted Baker, Hugo Boss, Banana Republic, Bose, Apple, Gucci, Tiffany & Co., Louis Vuitton, Lego, Nike, Omega, Tory Burch, Victoria’s Secret, Juicy Couture, Forever 21, H&M., Empório Armani, Henri Bendel, loja de brinquedos e roupas infantis como a Build-a-Bear Workshop, a Gap Kid e muitas outras. A estrutura gastronômica atende com qualidade os consumidores com restaurantes e bistrôs como o Califórnia Pizza Kitchen, The Cheesecake Factory, Starbucks, Haagen-Dazs, PF Chang China Bistro, Stacked, Food Well Built, Love Boat Sushi e ainda doze cafés-bistrô para pausas mais rápidas. Shoppings Centers | 63


ESTUDOS DE CASO

O empreendimento possui a infraestrutura básica como estacionamento, fraldário, aluguel de carrinho de bebê, boa estrutura para cadeirantes, wi-fi, entre outros serviços. O que chama a atenção do Fashion Valley Malls é sua arquitetura bem diferente do modelo tradicional americano.

Planta Fashion Valley Malls (Fonte: Google Imagens)

Mall Fashion Valley Malls (Fonte: Google Imagens)

Shoppings Centers | 64

Andar superior Fashion Valley Malls (Fonte: Google Imagens)


ESTUDOS DE CASO

Praça de Eventos Fashion Valley Malls (Fonte: Google Imagens)

Mall Fashion Valley Malls (Fonte: Google Imagens)

Mall Fashion Valley Malls (Fonte: Google Imagens)

Forças Arquitetura em destaque Estacionamento com muitas vagas Excelencia em serviços

Oportunidades Ampliação para atrair ainda mais marcas

Fraquezas Publico aglomerado Filas em sanitários, áreas de alimentação e lojas

Ameaças Impacto negativo no trânsito

Análise SWOT Fashion Valley Malls (Fonte: Bárbara Genovezzi) Shoppings Centers | 65


ESTUDOS DE CASO

OUTLET SAWGRASS MILLS  Nome: Sawgrass Mills  Administradora: Simon property Group  Localização: 12801 W Sunrise Boulevard, Sunrise, 33323, Miami - Flórida (Estados Unidos da América)  Data de inauguração: 1990  Categoria: Shopping Outlet  Área Bruta Locável (ABL): 221.475,00 m²  Número de Pavimentos: 1 pavimento  Número de Lojas: 350 lojas  Tráfego de Pessoas (médio): 72.000 pessoas/dia  Número de vagas do estacionamento: 11.000 vagas O Sawgrass Mills, é conhecido como outlet mais famoso da Grande Miami e autointitulado “maior shopping dos Estados Unidos”. Os números parecem validar essa afirmação: são mais de 350 lojas e 11 mil vagas de estacionamento espalhados em 223 mil metros quadrados servindo 26 milhões de visitantes por ano, uma boa parte deles brasileiros. Entre as lojas mais visitas podemos citar: Victoria’s Secret, Burberry, Hugo Boss, PUMA, Polo Ralph Lauren, Lacoste, Nautica, Giorgio Armani, Tommy, Calvin Klein, Nike, Forever 21, Ecko Unltd, Oakley e Quick Silver, entre outras. Contempla mais de 30 opções de restaurantes, cafés, sorveterias e lanchonetes, incluindo os conhecidos Starbucks, Burger King, Taco Bell e Cheesecake Factory, California Pizza Kitchen, Johnny Rockets, um bar de mojitos, sorveteria, café, restaurante japonês e diversos. Há serviço de estacionamento vallet park, fraldário, aluguel de carrinho de bebê, área de recreação infantil, boa estrutura para cadeirantes e wi-fi grátis para os usuários. O Sawgrass Mills oferece um útil aplicativo que oferece localização de lojas

e

promoções,

empreendimento. Shoppings Centers | 66

motivo

pelo

deslocamento

de

tantas

pessoas

ao


organização como podemos observar na planta:

Planta Outlet Sawgrass Mills (Fonte: Google Imagens)

Terreno Outlet Sawgrass Mills (Fonte: Google Imagens)

Fachada Outlet Sawgrass Mills (Fonte: Google Imagens) Shoppings Centers | 67

ESTUDOS DE CASO

Como estudo técnico o Sawgrass se destaca por seu mix completo e sua


ESTUDOS DE CASO

Acesso Outlet Sawgrass Mills (Fonte: Google Imagens)

Mall Outlet Sawgrass Mills (Fonte: Google Imagens)

Praça de Alimentação Outlet Sawgrass Mills (Fonte: Google Imagens) Shoppings Centers | 68


ESTUDOS DE CASO Forças Fácil acesso

Oportunidades

Estacionamento com muitas vagas

Ampliação para atrair ainda mais marcas

Excelencia em serviços

Fraquezas Publico aglomerado

Ameaças

Filas em sanitários, áreas de alimentação e lojas

Impacto negativo no trânsito

Análise SWOT Outlet Sawgrass Mills (Fonte: Bárbara Genovezzi)

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Park Shopping BrasĂ­lia (Brasilia)


7. VISITAS TÉCNICAS


SHOPPING VILLALOBOS

VISITAS TÉCNICAS

• Nome: Shopping VillaLobos • Administradora: Brmalls • Localização: Avenida das Nações Unidas, nº 4777 - Alto de Pinheiros, São Paulo SP • Data de inauguração: 19/04/2000 • Categoria: Shopping Tradicional • Área Bruta Locável (ABL): 27.332,49 m² • Área Construída: 90.000 m² • Número de Pavimentos: 7 pavimentos • Número de Lojas: 220 lojas • Tráfego de Pessoas (médio): 22.300 pessoas/dia • Número de vagas do estacionamento: 1.824 vagas O shopping VillaLobos, inaugurado desde o ano 2000, na região do Alto de Pinheiros em São Paulo é um shopping caracterizado por sua forte integração entre seu público com o meio onde está inserido. Próximo ao Parque VillaLobos e o Campus Universitário da USP – SP (Cidade Universitária), o empreendimento investe em projetos sociais e ambientais. No entorno, contamos com empreendimentos residenciais, corporativos, parque e biblioteca concentrados em uma única área e independentes tanto administrativamente quanto em ligação por acessos. A localização do shopping influencia diretamente com o seu conceito. Estabelecido em um dos bairros mais nobres da cidade e próximo a uma universidade conceituada que move pessoas, a maioria jovens de até 28 anos, de todo o Brasil para a área insistia em um projeto diferenciado dos shoppings existentes até então nas proximidades. Havia desde o início a ideia de um shopping de padrão alto, mas ao mesmo tempo que fosse jovem, atual, com atrações interessantes, opções de lazer que agradassem os dois públicos principais. A ideia de ecologia, sustentabilidade e Shoppings Centers | 72


interação com os pets tem sido cada vez mais intensificada por meio de seus projetos de marketing, mas essa preocupação já vem sido trabalhada desde o início. Essa visão do foi planejada desde a elaboração do projeto arquitetônico até grande claraboia na Praça de Alimentação, investiu em paisagismo nas áreas internas e externas, possui corredores espaçosos, é de fácil acesso e circulação. A fachada traz muitos elementos paisagísticos mas esconde a verdadeira identidade para os desconhecidos. Além desses detalhes, o mix do shopping é completo e reúne a melhor seleção de restaurantes, marcas, serviços e lazer. Todas essas qualidades somam para que o shopping seja um dos mais agradáveis em questão de conforto e bemestar. Há um ponto de ônibus em frente à portaria, mas as estações de trens mais próximas estão há cerca de 1,5km, o que significa uma caminhada de 20 minutos. O acesso de veículos e de pedestres, sejam esses clientes, prestadores de serviços ou funcionários, são feitos pela Avenida Nações Unidas, também conhecida como Marginal do Rio Pinheiros ou somente Marginal Pinheiros. Porém existe distinção nas entradas, sendo uma de acesso direto para a doca que é usada pelos funcionários de lojas, empresas terceirizadas e prestadores de serviços. Nas docas há 10 vagas para caminhões, área para coleta seletiva, salas de manutenção, infraestrutura, vestiários e refeitórios. O outro acesso liga diretamente ao estacionamento, podendo ser tipo comum ou com serviço valet. Existem 1824 vagas de carros no total, incluindo vagas para carros elétricos. O estacionamento é divido em três pisos de subsolo e um piso térreo descoberto, é setorizado e identificado por meio de placas e sinalizadores de localização. As vagas obedecem a metragem de 5,00m x 3,00m. O VillaValet é um serviço diferenciado de estacionamento, que conta com manobristas e oferece aos seus clientes um espaço para espera equipado com uma área de espera elegante e confortável, climatizada e com som ambiente. O atendimento está locado no piso G1, primeiro nível de garagem do shopping. Shoppings Centers | 73

VISITAS TÉCNICAS

a implantação de fato. O shopping faz uso de iluminação natural por meio de uma


Os pisos são setorizados de acordo com o uso, sendo esses:  L4: Teatro Opus

VISITAS TÉCNICAS

 L3: Cinema (Cinemark), praça de alimentação com 26 marcas (entre restaurantes, lojas de fast food e quiosques), lojas especiais e caixas eletrônicos  L2: Piso com lojas do seguimento de moda, principalmente marcas renomadas. Nesse piso encontramos também o sanitário família, fraldário e administração do shopping.  L1: Piso com lojas do seguimento de seguimentos diversos, incluindo marcas democráticas e conveniências. Também é o ponto de cafés, lojas de alimentos como chocolates e dois restaurantes. É nesse piso que contamos com os acessos de pedestres e veículos, estacionamento descoberto e caixas automáticos para efetuar o pagamento do estacionamento  G1: Piso com lojas exclusivas do seguimento de serviços. No local encontramos o serviço de valet, o VillaAtende (comumente chamado de serviço de atendimento ao cliente), estacionamento coberto e caixas automáticos para efetuar o pagamento do estacionamento  G2: Ambulatório, estacionamento coberto e caixas automáticos para efetuar o pagamento do estacionamento  G3: Estacionamento coberto e caixas automáticos para efetuar o pagamento do estacionamento Nos corredores, chamados de ‘mall’, a iluminação é feita de forma artificial através de lâmpadas de LED e auxiliada pela claraboia central e a ventilação é totalmente artificial. O mobiliário dos corredores é simples: bancos de madeira e acompanhadas por cachepôs com orquídeas. Totens digitais de propaganda e informativos institucionais também aparecem nos corredores. Fator de destaque são os pequenos gestos que reforçam os ideais do shopping: os tapumes de lojas vagas são adesivados com frases motivacionais ou inspiradoras, relacionamento de cliente com animais, lifestyle e até mesmo músicas famosas e vídeos famosos da internet. Aqui, percebemos como o vínculo com o cliente é sempre explorado e reforçado. Shoppings Centers | 74


O shopping é aberto à visita de animais, um dos fatores que garantem um público fiel. Cada vez mais, notamos que as pessoas estão mais ligadas aos pets, considerando-os membros de sua própria família então é natural que o interesse adotaram sacolas para a coleta dos dejetos biológicos dos animais. Refletindo sobre o perfil do cliente, o shopping adotou alguns eventos fixos:  Feira de Orgânicos: É uma parceria do shopping com a Associação de Agricultura Orgânica (AAO-SP), que promove a venda de produtos 100% naturais e sem conservantes. Acontece no estacionamento descoberto todos os sábados, das 8h às 13h, com direito a valor especial no estacionamento.  Horta Comunitária: Espaço de antigas floreiras que foram reutilizados com baixo custo para a implantação de uma horta comunitária. Os produtos estão separados e identificados, qualquer pessoa pode acessar e recolher o que quiser.  Piano no Mall: Foi instalado um piano nos corredores para que os clientes possam tocar. Não existe restrições quanto ao uso: pode ser feito em qualquer horário em que o shopping esteja aberto e funciona como forma de interação entre as pessoas do local. Há uma enorme preocupação na arte de um criar um ambiente que as pessoas desejem estar. Para isso, é forte a tendência da menor percepção possível do cliente com as atividades operacionais, principalmente na praça de alimentação. Dessa forma foi pensado para que os restaurantes tivessem galerias técnicas para o acesso de carrinhos de lixo e abastecimento na parte de trás das lojas, invisíveis aos consumidores. Essas galerias estão ligadas por meio de elevadores até a doca, onde é feito a coleta seletiva e separação do lixo. Também é por meio dos corredores técnicos que acessamos a administração, sendo essa composta de aproximadamente 24 funcionários orgânicos nos departamentos de operações, financeiro, comercial e marketing. As outras funções são exercidas por funcionários terceirizados, como toda a equipe de limpeza, segurança, manutenção, infraestrutura e de rede, estacionamento, etc. Shoppings Centers | 75

VISITAS TÉCNICAS

da participação dos bichinhos na vida cotidiana dos donos. Pensando nisso


O shopping é responsável por entregar os espaços de loja com cabeamento de energia, telefone e rede, água fria e esgoto para os lojistas.

VISITAS TÉCNICAS

A área de lojas vária conforme a categoria de âncora, megaloja ou lojas satélites, sendo encontradas lojas com menos de 20m² até mais de 2.000,00m². Todo o empreendimento é coberto pelo sistema de detecção e combate à incêndios, possui rotas de fugas sinalizadas e de acordo com as normas dos bombeiros.

Fachada Shopping VillaLobos (Fonte: Google Imagens)

Terreno Shopping VillaLobos (Fonte: Google Imagens)

Andares Shopping VillaLobos (Fonte: Google Imagens) Shoppings Centers | 76


VISITAS TÉCNICAS

Piso L1 Shopping VillaLobos (Fonte: Luciana Kliemann)

Piso L2 Shopping VillaLobos (Fonte: Luciana Kliemann)

Shoppings Centers | 77


VISITAS TÉCNICAS

Piso L3 Shopping VillaLobos (Fonte: Luciana Kliemann)

Piso G1 Shopping VillaLobos (Fonte: Luciana Kliemann)

Shoppings Centers | 78


VISITAS TÉCNICAS

Piso G2 Shopping VillaLobos (Fonte: Luciana Kliemann)

Piso G3 Shopping VillaLobos (Fonte: Luciana Kliemann)

Shoppings Centers | 79


VISITAS TÉCNICAS

Piso G4 Shopping VillaLobos (Fonte: Luciana Kliemann)

Implantação Shopping VillaLobos (Fonte: Luciana Kliemann)

Shoppings Centers | 80


VISITAS TÉCNICAS

Mall Shopping VillaLobos (Fonte: Bárbara Genovezzi)

Circulação vertical e Praça de Alimentação Shopping VillaLobos (Fonte: Bárbara Genovezzi)

Elementos de Mall Shopping VillaLobos (Fonte: Bárbara Genovezzi) Shoppings Centers | 81


VISITAS Tร CNICAS

Elementos de Mall Shopping VillaLobos (Fonte: Bรกrbara Genovezzi)

Estacionamentos Shopping VillaLobos (Fonte: Bรกrbara Genovezzi)

Shoppings Centers | 82


VISITAS TÉCNICAS

Sanitários Shopping VillaLobos (Fonte: Bárbara Genovezzi)

Fraldário, Escritório e Refeitório de Funcionários Shopping VillaLobos (Fonte: Bárbara Genovezzi)

Shoppings Centers | 83


VISITAS TÉCNICAS

Corredores técnicos Shopping VillaLobos (Fonte: Bárbara Genovezzi)

Horta Comunitária Shopping VillaLobos (Fonte: Bárbara Genovezzi) Shoppings Centers | 84


Forças Àreas comuns aconchegantes

Integração do Shopping com o Parque VillaLobos

Inovação em projetos de interesse

Revitalização da fachada

Fraquezas Fachada pouco atrativa Necessidade de manutenção constante

Ameaças Materiais ultrapassados e pouco práticos Acesso por meio de trêns complicado

Análise SWOT VillaLobos (Fonte: Bárbara Genovezzi)

ITAQUÁ GARDEN SHOPPING

 Nome: Itaquá Garden Shopping  Administradora: Tenco  Localização: Est. Gov. Mario Covas Junior com estrada do Mandi, 1205, Bairro Campo Limpo - Itaquaquecetuba - SP  Data de inauguração: 25/04/2017  Categoria: Shopping Tradicional  Área Bruta Locável (ABL): 29.528,90 m²  Número de Pavimentos: 2 pavimentos  Número de Lojas: 255 lojas  Tráfego de Pessoas (médio): 10.000 pessoas/dia  Número de vagas do estacionamento: 926 vagas

Shoppings Centers | 85

VISITAS TÉCNICAS

Qualidade nas lojas e serviços

Oportunidades


O Itaquá Garden Shopping surgiu para suprir a necessidade de um shopping que atendesse a cidade de Itaquaquecetuba. Com área construída de 49.770,36 m², em um terreno que possui 79.512,49 m² de área total, o centro de compras possui VISITAS TÉCNICAS

localização privilegiada e com fácil acesso. São cinco âncoras, entre elas Renner e Riachuelo, um supermercado, quatro megalojas, praça de alimentação com vinte fast-foods e dois restaurantes, e Cinepólis, que terá cinco salas de cinema: 3 salas com tecnologia 3D e duas salas 2D, totalizando 255 lojas. O Shopping é o mais novo da lista e ainda não pode ser considerado um shopping maturado. É importante levarmos isso em consideração, pois shoppings recém-inaugurados tendem a serem fenômenos de visitações nos primeiros meses e depois sofrem a queda do público drasticamente. O público ainda não foi fidelizado em tão pouco tempo, assim como as operações que tendem a variar: muitas lojas em obras, outras ainda sem locação, ainda as que inauguraram e fecharam as portas, enfim, o cenário é inconstante. Não podemos deixar a quantidade de tapumes espalhadas pelos malls, como já foi explicado anteriormente, um fato comum em empreendimentos lançados num breve período do passado. Especialistas explicam que o período médio para que shoppings cheguem à sua estabilidade é de cinco anos, nesse tempo os laços entre o cliente, lojistas e administradores é estreitado. Mesmo não oferecendo ao público o mix esperado, o Itaquá garante muito conforto, beleza e até elegância em seu mobiliário, paisagismo, luminárias e sanitários. O que é de se causar espanto, positivamente, é o uso desses materiais de primeira linha em um shopping classe C. Ainda existe muito preconceito em relação aos frequentadores do shopping e seu comportamento, logo a maioria das empresas do ramo acreditam que um shopping democrático não mereça ser revestido e pensado de forma nobre e esse é um erro enorme. Além disso, por ser um empreendimento novo, o Itaquá apresenta uma tecnologia de ponta para infraestrutura e materiais. Em ambientes de acesso restrito, como depósitos, salas de computadores, central de segurança, administração e etc., a liberação de entrada é feita por meio de leitores digitais nas Shoppings Centers | 86


Sobre os acessos, sua maioridade deve-se a estrada Eng. Mário Covas por meio de veículos particulares ou ônibus. Não existem linhas de metrô e trens nas proximidades e o acesso a pé é inviável pela localização, não existem muitos outros comércios ao redor; tampouco vias que facilitem o acesso sem nenhum tipo de veículo. O principal intuito na visita é observar o que pode ser um concorrente nas redondezas para o projeto fictício, concluindo que o shopping conta com uma praça de alimentação, sanitários, ambulatório, fraldário que atendem o cliente embora ainda sofra com algumas instabilidades no quesito de fluxo de clientes e vacância.

Terreno Itaquá Garden Shopping (Fonte: Google Imagens)

Shoppings Centers | 87

VISITAS TÉCNICAS

portas que só podem ser destravados com o crachá do funcionário autorizado.


VISITAS Tร CNICAS

Mall Itaquรก Garden Shopping (Fonte: Bรกrbara Genovezzi)

Shoppings Centers | 88


VISITAS TÉCNICAS

Administração e sanitários Itaquá Garden Shopping (Fonte: Bárbara Genovezzi)

Shoppings Centers | 89


VISITAS TÉCNICAS

Fraldário e Sanitário família Itaquá Garden Shopping (Fonte: Bárbara Genovezzi)

Salas de infraestrutura e corredores técnicos Itaquá Garden Shopping (Fonte: Bárbara Genovezzi) Shoppings Centers | 90


VISITAS Tร CNICAS

Refeitรณrio, centrais e depรณsitos Itaquรก Garden Shopping (Fonte: Bรกrbara Genovezzi)

Shoppings Centers | 91


VISITAS TÉCNICAS

Lixeiras Itaquá Garden Shopping (Fonte: Bárbara Genovezzi)

Docas, horta e infra externa Itaquá Garden Shopping (Fonte: Bárbara Genovezzi) Forças Novo empreendimento Àreas comuns aconchegantes Tecnologia de materiais e infraestrutura

Oportunidades

Investir no tenant mix Fidelização de um público regional

Fraquezas

Ameaças

Instabilidade

Preferencia dos cliente por outros shoppings

Mix indefinido Estacionamento descoberto

Análise SWOT Itaquá Garden Shopping (Fonte: Bárbara Genovezzi) Shoppings Centers | 92


MOGI SHOPPING  Nome: Mogi Shopping Center  Localização: Avenida Vereador Narciso Yague Guimarães, 1001. Centro Cívico Mogi das Cruzes - SP  Data de inauguração: 20/11/1991  Categoria: Shopping Tradicional  Área Bruta Locável (ABL): 34.095,00 m²  Número de Pavimentos: 1 pavimento  Número de Lojas: 206 lojas  Tráfego de Pessoas (médio): 24.722 pessoas/dia  Número de vagas do estacionamento: 1.745 vagas

O Mogi Shopping, inaugurado desde o ano 1991, em Mogi das Cruzes é um shopping caracterizado por ser o único empreendimento do tipo na cidade. No entorno, contamos com empreendimentos corporativos, a Universidade de Mogi das Cruzes e o Hipermercado D’avó. A região tem sido valorizada atualmente, se expandindo nos arredores. Atualmente o shopping é frequentado por moradores da região e de cidades próximas como Suzano, Poá, Ferraz de Vasconcelos, Guararema e etc. Seu público, em maioria, são jovens vindos por conta da proximidade com escolas, faculdades e universidades. Na hora do almoço os lugares da praça são disputados e aos finais de semana o shopping recebe um fluxo desproporcional ao espaço. Nesses 27 anos de existência, o empreendimento passou por 2 expansões e atualmente encara uma revitalização. Existem projetos ainda não divulgados de mais uma expansão, que criará uma área de mais 16 lojas de áreas grandes, destinadas a implantação de restaurantes e mais uma âncora. Nessa expansão há previsão de três pisos de garagem coberta e um espaço para eventos.

Shoppings Centers | 93

VISITAS TÉCNICAS

 Administradora: HBR


O shopping vem tentando atrair um público diferenciado, com maior poder aquisitivo para compras. A tática foi trazer grandes marcas como a Pandora, L’Occitane, Track & Field, Capodarte, entre outras que mantém uma legião de VISITAS TÉCNICAS

clientes fiéis, mas que se locomovem até a cidade de São Paulo para o acesso. Outro grande desafio tem sido fidelizar os clientes da região para que o público tivesse a preferência em visitar e não só a questão de comodidade. Os administradores perceberam a falta de lazer na cidade de Mogi das Cruzes, por isso a ideia da expansão é trazer mais restaurantes. Hoje somente o Madero, Rock & Ribs e Viseu podem ser encontradas no local com o perfil. O shopping é uma mistura do datado com o novo. As expansões são corredores de piso claro e boa iluminação, enquanto os corredores mais antigos são escuros, com piso preto e claraboias que dão para o piso técnico. O paisagismo é simples, com o uso de bromélias, palmeiras licualas, dracena e murtas nas áreas externas. A praça de alimentação, revitalizada no ano passado, possui paisagismo mais elaborado como espadas de São Jorge, lírios da paz, pleomeles e mini espadas. O mobiliário da nova praça é completamente novo nas cores Fendi e Mel, os pilares são revestidos com TS e espelhos e também notamos as placas acústicas. Os corredores contam com poucos conjuntos de bancos e lixeiras, muitos quiosques e passagem comprometida em alguns pontos, principalmente perto das praças de eventos. São três praças, sendo a principal de 300m² e duas menores, uma com 100m² e outra com 196m². A fachada do shopping deixa a desejar. Não há letreiros nem atrativos, somente uma caixa revestida ora de placas cimentíceas, ora de pintura com textura. O que o shopping perde em quesitos estéticos, ganha em serviços. O mix do shopping é com uma mistura de marcas democráticas e selecionadas, conveniências, muitas âncoras e megalojas além do melhor cinema da região. O investimento em eventos contribui como forma de atração e lazer, fechando com destaque nesse ponto. A estação Estudantes está há cerca de 0,5km, o que significa uma caminhada de menos de 10 minutos. Além disso está localizado próximo a muitos Shoppings Centers | 94


pontos de ônibus e dois terminais rodoviários. Também é possível acessar de carro pela Av. Manoel Bezerra Lima Filho ou pela R. Professor Álvaro Pavan. O acesso de maior fluxo de veículos de clientes e de pedestres é pela Av. funcionários, são feitos pela R. Professor Álvaro Pavan. Ambos dão para o estacionamento, que é descoberto. O shopping é térreo, então a doca também é acessada pelo estacionamento. A doca é pequena, conta com 02 vagas para caminhões e uma vaga para a ambulância fixa. Nesse espaço é localizado a área para coleta seletiva, a compactadora de papeis e papelões, vestiários para funcionários e refeitório para lojistas e terceiros. O Mogi Shopping também conta com o serviço de valet, sendo utilizado o estacionamento do prédio comercial para a guarda de veículos dos clientes que optam pelo serviço. O estacionamento é setorizado e identificado por meio de placas e as vagas obedecem a metragem de 5,00m x 2,50m. O shopping é em sua maioria térreo, abrindo exceção exclusiva ao cinema Centerplex e a academia Runner, localizadas em uma laje especial feita exclusivamente para receber as duas marcas. Nos ‘malls’, a iluminação é feita de forma artificial através de lâmpadas de LED e a ventilação é natural, sendo a praça de alimentação o único espaço resfriado por meio de maquinas condensadoras. Totens digitais de propaganda e um vídeo wall também compõe o visual dos corredores. O shopping, com o apoio de parceiros, investe em eventos e ações que visam contribuir com a comunidade, como por exemplo o Pet Day, Piano Show, Sacola do Bem e Vida em Movimento. A administração do shopping é localizada na laje, sendo essa composta de aproximadamente 70 funcionários orgânicos nos departamentos de operações, financeiro, comercial, marketing, jurídico, RH, TI, atendentes e manutenção. As outras funções são exercidas por funcionários terceirizados, como toda a equipe de limpeza, segurança e estacionamento. Por meio da administração temos acesso aos corredores técnicos que passam sobre todas as lojas e onde se localizam a sala de manutenção, almoxarifado, cabines primárias, Dg’s, central de segurança e estacionamento, além da sala de treinamento. Shoppings Centers | 95

VISITAS TÉCNICAS

Manoel Bezerra Lima Filho. Porém o acesso de prestadores de serviços ou


O shopping é responsável por entregar os espaços de loja com cabeamento de energia, telefone e rede, água e esgoto para os lojistas.

VISITAS TÉCNICAS

A área de lojas vária conforme a categoria de âncora, megaloja ou lojas satélites, mas em sua maioria são locadas lojas de 34m², sendo possível unir mais de uma loja para a criação de um ‘shell’ mais espaçoso. A estrutura obedece a eixos lineares de 8 metros e todo o empreendimento é coberto pelo sistema de detecção e combate à incêndios, possui rotas de fugas sinalizadas e de acordo com as normas dos bombeiros.

Fachada Mogi Shopping (Fonte: Google Imagens)

Praça Boulevard Mogi Shopping (Fonte: Google Imagens)

Shoppings Centers | 96


VISITAS TÉCNICAS

Mall Mogi Shopping (Fonte: Bárbara Genovezzi)

Praça de Alimentação Mogi Shopping (Fonte: Bárbara Genovezzi)

Balcão de atendimento, Vallet e acesso à academia Mogi Shopping (Fonte: Bárbara Genovezzi)

Cinema Mogi Shopping (Fonte: Bárbara Genovezzi) Shoppings Centers | 97


VISITAS TÉCNICAS

Acessos Mogi Shopping (Fonte: Bárbara Genovezzi)

Estacionamento Mogi Shopping (Fonte: Bárbara Genovezzi)

Sanitários Mogi Shopping (Fonte: Bárbara Genovezzi)

Vestiário de funcionários Mogi Shopping (Fonte: Bárbara Genovezzi)

Sala de treinamento Mogi Shopping (Fonte: Bárbara Genovezzi) Shoppings Centers | 98


Refeitório de funcionários Mogi Shopping (Fonte: Bárbara Genovezzi)

Docas e lixeiras Mogi Shopping (Fonte: Bárbara Genovezzi

Corredores técnicos Mogi Shopping (Fonte: Bárbara Genovezzi) Shoppings Centers | 99

VISITAS TÉCNICAS

Sala de manutenção Mogi Shopping (Fonte: Bárbara Genovezzi)


VISITAS TÉCNICAS

Ambulatório e Almoxarifado Mogi Shopping (Fonte: Bárbara Genovezzi)

Administração, copa, salas de reuniões e sala da auditoria Mogi Shopping (Fonte: Bárbara Genovezzi)

Refeitório para administração Mogi Shopping (Fonte: Bárbara Genovezzi)

Vestiários administração Mogi Shopping (Fonte: Bárbara Genovezzi) Shoppings Centers | 100


Forças Qualidade nas lojas e serviços Único empreendimento da cidade Fácil acesso Fraquezas Fachada pouco atrativa Áreas comuns de pouco conforto Estacionamento descoberto

Oportunidades Revitalização completa Atualização da fachada

Ameaças Materiais ultrapassados e pouco práticos Impacto negativo no trânsito

Análise SWOT Mogi Shopping (Fonte: Bárbara Genovezzi)

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VISITAS TÉCNICAS

Depósitos administração Mogi Shopping (Fonte: Bárbara Genovezzi)


Iguatemi São Paulo – São Paulo


8. ÁREA DE INTERVENÇÃO


TERRENO O terreno está localizado na Av. das Orquídeas, S/Nº, Distrito de Braz Cubas, Mogi das Cruzes-SP, CEP 08745-990, segundo os Correios. O Terreno tem uma área total aproximada é de 1,60 km² e não é caracterizado por uma topografia complexa, deve ser considerado plano. A área possui vegetal nativa que deverá ser mantida e

ÁREA DE INTERVENÇÃO

é bem próximo ao rio Tietê.

Dimensões terreno (Fonte: Google Maps com intervenções por Bárbara Genovezzi)

Metragem terreno e estudo solar (Fonte: Google Maps com intervenções por Bárbara Genovezzi)


Para implantação do projeto, só iremos considerar a área destacada do terreno:

Demarcação do terreno (Fonte: Google Maps com intervenções por Bárbara Genovezzi)

ENTORNO O entorno do lote, onde será implantado o shopping, foi setorizado em 5 áreas, são elas: Jundiapeba, Braz Cubas, Braz Cubas – Vila São Francisco, Mogi das Cruzes (acesso ao centro) e área de APA.

APA CENTRO

BRAZ CUBAS JUNDIAPEBA

O primeiro setor é o distrito de Jundiapeba, região em que a maioria dos terrenos são ocupados por residências unifamiliares e comércios de pequeno porte. Nessa mancha está inserida a estação de trem Jundiabeba, localizada a cerca de 1,4 km do terreno.

Shoppings Centers | 105


O segundo setor é o distrito de Braz Cubas. Nesse local existem algumas empresas de grande porte como a Coca-Cola, Grupo JSL e a Valtra do Brasil; também é um bairro predominantemente residencial, mas com comércios de pequeno e grande porte. Entre os destaques comerciais da área podemos citar a loja Havan e o atacadista Spani. Houve a expansão do comércio local para abastecer a região, com destaque para lojas, restaurantes, padarias e supermercados. Recentemente, foi inaugurado o Hospital Municipal de Mogi das Cruzes, que reúne diversos serviços voltados para o atendimento de crianças e adultos, com atenção especial para pediatria e ginecologia especializada e conta ainda com o Centro de Reabilitação e Fisioterapia, o que traz diariamente para o distrito um grande fluxo de pessoas. O terceiro setor ainda está inserido no distrito de Braz Cubas, denominado como ÁREA DE INTERVENÇÃO

Braz Cubas– Vila São Francisco. O local está deslocado do componente principal por conta da linha de trem. A região ainda é pouco desenvolvida e muito próxima a área de preservação ambiental do Rio Tietê. O local está interligado à Vila Industrial, antigo bairro que sofreu expansões alcançando a região de Braz Cubas. Empresas como Imerys, Caravelas, Placo (Grupo Saint Globan), Pumann possuem plantas nas imediações. Ao longo dos anos também houve um crescimento significativo de apropriações irregulares próximo à estação Braz Cubas, formando um bairro conhecido como Vila Estação. Nessa mancha está inserida a estação de trem Braz Cubas, localizada a cerca de 400m do terreno. O quarto setor é conhecido como Mogi das Cruzes (acesso ao centro), zona residencial abrigando bairros como: Vila Lavínia, Alto Ipiranga, Jardim Universo, Vila Mogi Moderno, entre outros. Adjacente ao terreno há o acesso à Avenida Henrique Peres, que é a via responsável por interligar Mogi das Cruzes ao litoral, onde também há um grande fluxo de comercio local como fast foods, padarias, hipermercados, postos de gasolina, materiais de construção, marmorarias, entre outros. O quinto e último setor foi denominado como APA. Nesse local deve-se preservar a vegetação nativa e a mata ciliar protetora do Rio Tietê. Não são liberadas construções em área de preservação ambiental.

Shoppings Centers | 106


A CIDADE Histórico Mogi das Cruzes foi descoberta pelo Bandeirante Braz Cubas em 1560, após desbravar as matas pelas margens do rio tietê que na época tinha o nome de Rio Anhembi. O primeiro caminho de acesso que foi aberto de São Paulo para Mogi foi realizado por Gaspar Vaz, que o criou quando estava à procura de ouro. O nome da cidade vem da língua indígena, que chamava a cidade de M’Boigy que significa rio das cobras, mas tarde sendo substituído por a palavra Mogi, e o Cruzes do nome vem dos bandeirantes que demarcar o limite da cidade com cruzes. A 1611, data que se comemora o aniversário da cidade. O município é um dos mais importantes da região metropolitana de São Paulo, pois possui o maior cinturão verde da grande São Paulo, sendo é dividido territorialmente por 8 distritos: Central (Sede), Braz Cubas, Jundiapeba, Cezar de Souza, Sabaúna, Taiaçupeba, Biritiba Ussu e Quatinga.

Localização Mogi das Cruzes está situada na região leste da Grande São Paulo, no Alto Tietê. O ponto de referência é o marco zero, um obelisco instalado na Praça Coronel Benedito de Almeida, em frente à Igreja Matriz Catedral Sant'Ana. Os limites são Arujá a noroeste, Santa Isabel a noroeste e norte, Guararema a nordeste, Biritiba-Mirim a leste, Bertioga e Santos a sul, Santo André a sudoeste, Suzano a sudoeste e oeste e Itaquaquecetuba a oeste. Após a capital, Mogi das Cruzes é o maior município em área da Grande São Paulo, com 713,291 quilômetros quadrados. Latitude: -23º31'23,7" sul. Longitude: -46º11'31,2" oeste.

Shoppings Centers | 107

ÁREA DE INTERVENÇÃO

cidade ficou conhecida como Mogi das Cruzes oficialmente em 1º de setembro de


Clima O município é caracterizado pelo clima subtropical de altitude. O clima subtropical ocorre nas regiões abaixo do trópico de Capricórnio. No Brasil, a maior parte do estado de São Paulo pertence a essa definição. No clima subtropical, a temperatura média é de 18ºC. Há chuvas pouco intensas, permanecendo entre 1000 milímetros ao ano. No Inverno a temperatura pode chegar a 0ºC e é esperada a formação de geadas e, em algumas regiões, até mesmo nevadas. O Verão nas regiões atingidas pelo clima subtropical é quente e bastante úmido, podendo facilmente ultrapassar os 30ºC durante o dia. Já Outono e Primavera

ÁREA DE INTERVENÇÃO

apresentam temperaturas médias entre 12ºC e 18ºC.

Relevo A cidade de Mogi das Cruzes está aproximadamente a 740m acima do nível do mar, em sua maioridade sem muitas alterações nesse gabarito exceto na região da serra do Itapety.

População Mogi das Cruzes representa a maior população do Alto Tietê. Segundo o IBGE, os números atuais correspondem a uma população estimada de 440.769 pessoas (2018), sendo que o CENSO de 2010 indicava cerca de 387.779 pessoas, resultando em uma densidade demográfica de 544,12hab/km²

Economia Mogi das Cruzes faz parte do conhecido "Cinturão Verde", abastecendo toda a Região Metropolitana de São Paulo e a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, com sua produção de hortifrutigranjeiros. O parque industrial de Mogi das Cruzes conta com diversas indústrias de vários portes, com destaque para a siderurgia e montadoras automobilísticas (Valtra e General Motors). O município de Mogi das Cruzes é considerado pela Escola Brasileira de Administração Pública (Ebape) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) um dos 100 municípios com melhores condições para o desenvolvimento de uma carreira profissional. Shoppings Centers | 108


A organização Delta Economics & Finance divulgou, no final de 2014, um ranking, feito com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Organização das Nações Unidas (ONU), em que estão listados os 100 melhores municípios para se viver no país. No levantamento, Mogi das Cruzes apareceu na 7ª colocação, destacando-se não só regionalmente, como perante mais de 5.500 municípios brasileiros. Além disso, Mogi das Cruzes é o município com o menor índice de pobreza da Região do Alto Tietê. Essa afirmação tem como base o Mapa da Pobreza e

ÁREA DE INTERVENÇÃO

Desigualdade divulgado pelo IBGE.

Mogi das Cruzes (Fonte: Google Imagens)

Legislação As restrições do uso do solo são estipuladas pelas prefeituras municipais de cada município e são determinadas para que haja características comuns entre as edificações de determinada zona, em dada região. Para consulta efetiva na prefeitura de Mogi das Cruzes, estamos considerando o shopping center na categoria B.2.2 (comercial varejista multicomercial). O terreno é localizado entre três zonas sendos essas a ZCM (Área de Preservação Ambiental do Rio Tietê), a ZDU– 2 (Zona de Diminazição Urbana 2) e a ZOC -2 (Zona de Ocupação Condicionada 2). Nesse caso, iremos prosseguir com as taxa de ocupação permitida equivale a 50% da área total do terreno, ou seja, 800.000,00 m². O coeficiente de aproveitamento é de 1,5 totalizando em 1.200.000,00 m², os recuos são de 5 metros frontais, 1,5 metros laterais e 2 metros de recuo no fundo do terreno. A taxa de permeabilidade obrigatória é de 20%. Na área destinada a APA do Rio Tietê não são permitidas construções. Shoppings Centers | 109


ÁREA DE INTERVENÇÃO

Zoneamento do terreno (Fonte: Legislação de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo)

ZDU (Fonte: Legislação de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo)


Shoppings Centers | 111

ÁREA DE INTERVENÇÃO

Figura 106 - ZOC (Fonte: Legislação de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo)


JK Iguatemi – São Paulo


9. ESQUEMAS ESTRUTURANTES


PERFIL DO USUÁRIO Podemos classificar os diferentes perfis de usuários de shopping primeiramente como funcionários e público final. O público final são os consumidores, aqueles que usufruem dos serviços e lojas. De acordo com a Pesquisa Nacional de Perfil de Clientes de Shopping, do IBOPE Inteligência, o perfil é reflexo, principalmente, da expansão do setor para mercados menores, antes sem acesso a shoppings. Márcia Sola, diretora de geonegócios do IBOPE Inteligência diz que o shopping tem se tornado mais acessível e atrativo para consumidores de classe C e para as pessoas de mais idade. De acordo com ela, essas mudanças têm relação direta com a expansão da oferta ocorrida entre 2010 e 2014, quando os shoppings chegaram aos municípios do interior dos estados brasileiros, onde a presença de

ESQUEMAS ESTRUTURANTES

consumidores de classe CD é mais elevada.

Dados de consumidores (Fonte: ABRASCE)

Shoppings Centers | 114


Outro público de destaque nos shoppings center são os funcionários. Sejam eles administrativos,

lojistas

ou

terceirizados

todos

são

responsáveis

pelo

funcionamento e organização dos shoppings centers. Os lojistas podem ser os donos de lojas ou funcionários, passando a maior parte do tempo dentro das lojas convertendo os produtos em vendas. Os espaços comuns que costumam usar são os sanitários, vestiários e refeitório. Os empregados terceirizados ocupam as funções de seguranças, controladores de acessos, vigilantes, bombeiros civis, limpadores, jardineiros, entre outros. De certa forma, funcionam da mesma maneira que os lojistas, mas ao invés de trabalharem nas lojas, eles ocupam postos fixos nos ambientes comuns. Esses funcionários têm acesso a determinados ambientes de acesso restrito. Os funcionários administrativos, dentro de sua própria hierarquia, são os coordenadores gerais dos shoppings. Normalmente há de 20 a 40 pessoas, sendo subdividos em departamentos como financeiro, comercial, jurídico, operacional e arquitetura, recursos humanos, marketing, T.I. (Tecnologia e Informações), entre lojas e trabalham em um escritório administrativo dentro do próprio shopping center.

AGENCIAMENTO

Shoppings Centers | 115

ESQUEMAS ESTRUTURANTES

outros. Esses funcionários têm acesso ilimitado a todos os ambientes inclusive as


ESQUEMAS ESTRUTURANTES

FLUXOGRAMA

ORGANOGRAMA

Shoppings Centers | 116


ESQUEMAS ESTRUTURANTES Shoppings Centers | 117


PROGRAMA DE NECESSIDADES

AMBIENTE

QUANTIDADE

ATIVIDADE

ÁREAS MÍNIMAS (m²)

MOBILIÁRIO

CONDICIONANTES AMBIENTAIS

LOJAS Lojas âncoras

10 ou mais

350,00

Megalojas

40 ou mais

200,00 variável de acordo como segmento de venda

vendas diversas Lojas satélites

100 ou mais

40,00

Quiosques

25 ou mais

6,00

Lojas de alimentação

25 ou mais

vendas de produtos de alimentação

ventilação e iluminação natural e artifical

ventilação natural e iluminação natural e artifical

40,00

balcão de atendimento, armários, geladeira, pia, bancada, e fogão

ventilação e iluminação natural e artifical

USO COMUM 40 vagas

estacionar bicicletas

vaga: 1,70m x 0,45m

guarita e suporte de apoio de bicicletas

Estacionamento de veiculos

2000 vagas

estacionar carros

vaga: 5,00m x 2,00m vaga PCD: 5,50m x 3,70m

demarcação de vagas, cancelas automáticas

Estacionamento de motos

250 vagas

estacionar motos

vaga: 2,00m x 1,00m

demarcação de vagas, cancelas automáticas

Mall

-

circulação de pessoas

corredores de 7m de largura, mínimo de 2,50m

bancos, lixeiras, vasos, totens e quiosques

Praça de Alimentação

1

realização de refeiçoes

1000,00

mesas, cadeiras, vasos e conjunto de lixeiras

Balcão de Informações

1

orientações

10,00

balcão, poltrona, cadeira

Praça de Eventos

1

realização de eventos

500,00

vasos

Sanitários

8

necessidades fisiológicas

25,00

vaso sanitário, pia e mictório

Sanitário PCD

8

necessidades fisiológicas adaptados para PCD'S

4,00

vaso sanitário e pia adaptados

Sanitário família

2

necessidades fisiológicas adaptados para crianças

5,00

vaso sanitário e pia comuns e infantis

Sanitário sem gênero

2

necessidades fisiológicas sem separação por gêreno

4,00

vaso sanitário e pia

Ambulatório

1

atendimento médico básico

25,00

mesa, cadeira, maca e armário

Fraldário

1

apoio para cuidado de bebês

25,00

trocadores, polltronas de amamentação, cadeirão, bancos e brinquedos

ESQUEMAS ESTRUTURANTES

Bicicletário

Shoppings Centers | 118

ventilação natural e iluminação natural e artifical

ventilação e iluminação natural e artifical

ventilação e iluminação artifical


OPERACIONAL Depósitos de limpeza

8

armazenamento de produtos de limpeza para fácil acesso

Almoxarifado

1

armazenamento de materiais

55,00

estantes, armários, mesa e cadeira

Vestiário

4

necessidades fisiológicas e troca de roupas

35,00

vaso sanitário, pia, mictório e armários

Refeitório

2

realização de refeiçoes

60,00

mesas, cadeiras e lixeiras

Cabines de Energia

3

instalação de substações de energia

100,00

maquinário

ventilação e iluminação artifical

Depósito de manutenção

1

armazenamento de ferramentas

100,00

estantes, armários, bancada e cadeira

ventilação e iluminação natural e artifical

Docas

1

estacionamento de caminhões, caçambas e lixo

400,00

delimitação de vagas, gaiolas para caçamba e lixeiras

Central de Segurança

1

monitoramento e guarda de equipamentos de segurança

50,00

mesas, cadeiras, armários e estantes

Central de Limpeza

1

apoio e guarda de equipamentos de limpeza

35,00

mesas, cadeiras, armários e estantes

Central de Bombeiros

1

apoio e guarda de equipamentos de segurança

35,00

mesas, cadeiras, armários e estantes

Central de Estacionamento

1

monitoramento por câmeras e apoio de cancelas

35,00

mesas, cadeiras, armários e estantes

Corredores técnicos

-

circulação de pessoas para abastecimento

corredores de 4m de largura

-

ventilação e iluminação artifical

Guaritas

4

abrigo de funcionário em ponto estratégico

4,00

balcão e banqueta

ventilação e iluminação natural e artifical

1

espera para atendimento administrativo

10,00

estantes e armários

ventilação e iluminação artifical

ventilação e iluminação natural e artifical

ventilação natural, iluminação natural e artifical

Recepção

40,00

balcão, cadeira, poltronas e vasos

Administração

1

administração do shopping

150,00

mesas, cadeiras, armários e estantes

Copa

1

preparo de lanches rápidos

4,00

bancada, pia e banquetas

Sala de reunião

6

atendimento para fins administrativos

6,00

mesa e cadeiras

Sala SAC

1

atendimento ao cliente

12,00

mesa, cadeiras e armários

Vestiário

2

necessidades fisiológicas e troca de roupas

35,00

vaso sanitário, pia, mictório e armários

Refeitório

1

realização de refeiçoes

45,00

mesas, cadeiras e lixeiras

Sala de Auditoria

1

apoio da equipe de auditores

35,00

mesa e cadeiras

Sala de Superintendência

1

escritório do(a) superintendente

35,00

mesa e cadeiras

Arquivos e depósitos

5

armazenamento de documentos e materiais

30,00

estantes e armários

ventilação e iluminação natural e artifical

ventilação e iluminação artifical

ventilação e iluminação natural e artifical

Shoppings Centers | 119

ESQUEMAS ESTRUTURANTES

ADMINISTRATIVO


Shopping Barra – Salvador


10. PROPOSTA PROJETUAL


CONCEITO E PARTIDO O

projeto

arquitetônico

ser

e materiais utilizados em outros

comunidade

shoppings e se instituiu no programa

regional e da cidade de Mogi das

de necessidades, lojas, restaurantes,

Cruzes um complexo comercial afim

praça de alimentação, praças para

de promover facilidades para o os

eventos e uma série de espaços

consumidores

comuns que poderão ser utilizados

PROPOSTA PROJETUAL

apresentado

leva

à

de

uma

a

forma

diferente ao shopping tradicional

pela comunidade.

que estamos acostumados. Trata-se

Sustentabilidade não poderia ser

de um novo olhar sobre arquitetura

desvalidada no projeto, por isso

de shoppings centers.

incluiremos sistemas para eficiência

O conceito utilizado foi utilizar o

energética, possibilidades de reuso

modelo de outlets aplicados a um

da água, áreas verdes preservadas e

shopping tradicional, criando um

criaremos focos nos jardins comuns

ambiente

para

confortável,

aberto,

promover

a

interação

e

conectado com a natureza e com a

identidade ao projeto.

vizinhança

a

O conforto térmico será estudado de

experiência de compras e lazer que

forma a ser agradável em todas

um shopping center oferece.

épocas do ano, por ser clima tropical,

Outra percepção que motivou a

e sofrermos com a abundância de

escolha do tema, foi que a percepção

luminosidade

na escassez que a cidade possui em

marquises projetadas para resguardo

infraestrutura

dos usuários, além dos ambientes

que

forneça

para

toda

os

seus

e

calor,

moradores no sentido de lazer e

serem

entretenimento.

orientação geográfica positiva para

Para

o

conceito

de

projeto,

é

evitar

projetados

teremos

o

uso

seguindo

de

sistemas

uma de

destacada a participação dos futuros

climatização por todo o shopping,

usuários e clientes: estudou-se as

assim como posição dos ventos

necessidades

predominantes

deste

opções, as tecnologias Shoppings Centers | 122

público,

as

para

ventilação cruzada.

estudo

de


PROCESSO CRIATIVO O processo criativo desse projeto se deu

por

meio

de

estudos

de

volumetria e croquis para definição da setorização dos espaços. Comecei por uma forma de semicírculo, com corredores fazendo a ligação entre as extremidades e se unindo no meio onde seria locada a praça de eventos. Entre as lojas haveriam as áreas abertas com jardim e entre os módulos de lojas satélites estariam locados

os

sanitários.

O

estacionamento é faceado com a Av. das Orquídeas, com uma entrada em destaque,

dando

acesso

aos

boulevares de alimentação. CINZA CLARO: ESTACIONAMENTO CINZA ESCURO: CIRCULAÇÃO PARA FUNCIONÁRIOS BRANCO: CIRCULAÇÃO PARA CLIENTES MARROM: DECK DE ALIMENTAÇÃO (PRAÇA GOURMET) VERDE ESCURO: JARDINS VERDE ÁGUA: LOJAS DE ALIMENTAÇÃO

LILÁS: MEGALOJAS ROXO: ÂNCORAS LARANJA: SANITÁRIOS AMARELO: FRALDÁRIO E ESPAÇO FAMÍLIA VERMELHO: PRAÇA DE EVENTOS ROSA: ÁREAS ADMINISTRATIVAS VERDE CLARO: ÁREAS OPERACIONAIS

Shoppings Centers | 123

PROPOSTA PROJETUAL

AZUL: LOJAS SATÉLITES


Para o estudo 2, mantive o acesso pela Av. das Orquídeas, incluindo um acesso por trás para o aceso à doca. As áreas verdes aumentaram e as megalojas e lojas âncoras tomaram maiores proporções. Mantive as lojas satélites em blocos, com os banheiros ao centro. O formato do edifício se tronou circular, criando a imagem de uma flor em planta.

O estudo 2 teve muitos pontos positivos, então para o 3º e último estudo mantive a base do anterior com adaptação de alguns pontos, como estacionamento, área

PROPOSTA PROJETUAL

de lojas âncoras e os espaços abertos, cheguei ao último estudo.

Shoppings Centers | 124


detalhado nos próximos capítulos. Shoppings Centers | 125

PROPOSTA PROJETUAL

Do último estudo, nasce o projeto nomeado de Villa Orquídea Open Mall que será


PLANO DE MIX Para o estudo de viabilidade de um novo shopping, foram analisados algumas marcas que os moradores de Mogi das Cruzes e cidades vizinhas migram para outros centros urbanos, como São José dos Campos ou São Paulo, para consumir. Abaixo temos marcas apontadas como favoritas que não se encontram na região:

TECNOLOGIA E SUSTENTÁBILIDADE As técnicas de tecnologia e sustentabilidades que serão utilizadas nesse projeto, foram definidas através de pesquisas e estudos para garantir o melhor

PROPOSTA PROJETUAL

aproveitamento do edifício. Seria possível implementar no projeto um sistema de captação e reaproveitamento de água pluviais, que possibilite aos usuários, de maneira simples, armazenar e reutilizar a água da chuva. Como um shopping produz muito lixo e até mesmo desperdício de alimentos, umas das soluções pensadas foi a implantação do equipamento ORCA. O equipamento são duas caixas, com cerca de um metro e meio de altura e três de comprimento que emula o processo de digestão de alimentos a partir de microrganismos. Shoppings Centers | 126


O ORCA recupera entre 70% e 80% da água contida nos alimentos por meio do processo de decomposição induzida. Ele cria um ambiente térmico e biológico propício

para

microrganismos

se

proliferarem

e

digerirem

alimentos,

transformando-os em líquido. Nos dois casos a água resultante da decomposição ou captada da chuva, pode ser reutilizada para irrigação da vegetação, em atividades de limpeza cotidiana ou para abastecer vasos sanitários. Para muitos autores e pesquisadores, a vegetação um importante componente regulador da temperatura, pois absorve com muito mais facilidade a radiação solar que é utilizada nos seus processos biológicos através da fotossíntese e transpiração. O paisagismo será trabalhado nesse projeto com o intuito de proporcionar ambientes frescos e agradáveis para os usuários, reduzir a necessidade de equipamentos de ar condicionado, trazer conforto térmico ao edifício que será construído e integrar o edifício com o meio externo.

MATERIAIS CONSTRUTIVOS E ACABAMENTOS Para a estrutura do edifício será utilizado o sistema de steel deck, pilares de concreto com fechamento de painéis pré moldados. O steel deck é uma laje acompanhada por telha de aço galvanizado, que recebe camada de concreto. Esse sistema construtivo garante uma obra mais limpa, com inserção simples, rápida e com baixo consumo de concreto. O material tem composição de telas eletrossoldadas, que servem para prevenir trincas, ocasionadas pelo uso extensivo. Uma das grandes vantagens do sistema é que o acabamento de alta performance na laje não exige escoramento. A inserção em forros pode ser realizada com facilidade, já que o equipamento suporta passagem de dutos e aceita pintura eletrostática. Os painéis de fechamento são elementos de concreto armado, que cumprem ao mesmo tempo a função de parede de elevada resistência mecânica, bem como isolante térmico-acústico com alta resistência ao fogo.

Shoppings Centers | 127

PROPOSTA PROJETUAL

steel deck tende a não propagar chamas, age como um isolamento térmico, tem


Como todo elemento pré moldados, os painéis de fechamento são projetados para as fases transitórias, compreendidas desde o endurecimento do concreto até a montagem, e para as fases definitivas, que correspondem àquelas posteriores à efetivação das ligações entre os elementos pré moldados para formar a estrutura. Normalmente, paras as situações em serviço, os painéis são projetados para transferir o seu peso e a ação do vento para a estrutura principal. Os painéis apresentam grandes vantagens, pois tem melhor desempenho que os sistemas tradicionais, diminuem significativamente o tempo de obra e ficam com um acabamento mais polido. Em relação à acabamentos os painéis podem ser de concreto liso e aparente sendo desnecessário revestimento de chapisco, reboco ou emboço; texturizado, arranhado, vassourado, jateado, pigmentado com granilha. Também aceita pintura e aplicação de revestimentos. Alguns modelos já possuem inclusos shafts para instalações de hidráulica/elétrica previamente determinados, aceitam instalação de materiais como EPS ou lã de vidro para proporcionar o efeito termo e acústico e permite a abertura de vãos durante a fabricação, podendo-se instalar portas e caixilhos de alumínio.

DIRETRIZES URBANISTICAS E ARQUITETÔNICAS De uns anos para cá, observamos o aumento do consumo resultando no crescente número de shoppings centers no Brasil. O consumo, como comportamento humano, tem passado por uma evolução significativa, que pode ser ilustrada pela famosa pirâmide de Maslow, que é uma divisão hierárquica proposta por Abraham Maslow, que parte das necessidades PROPOSTA PROJETUAL

mais básicas das pessoas, como a fisiologia, e avança até as necessidades mais elevadas como a realização pessoal. Parece mesmo que, após alcançar os valores da realização pessoal, as pessoas buscam ainda mais, e desse ponto nasce o consumo. Isso pode ser associado e impulsionado pela a moda, design ou cultura, pelo prazer de realizar refeições diversas, pela possibilidade de múltiplas escolhas ou até mesmo de vivenciar experiências novas ou satisfatórias. Shoppings Centers | 128


Um shopping reúne tudo isso: opções de lazer, conveniências úteis, serviços, entretenimento de qualidade, espaços planejados para servir, para agradar, para encantar; investem no relacionamento com o cliente, fornecem segurança, expõe arte e a cultura, oferecem ambientes agradáveis por meio da arquitetura e da tecnologia; surpreendem, dando ao consumidor, não só aquilo que ele espera, mas também aquilo que ele nem sabe que precisa e/ou que vai gostar. Além disso proporcionam experiências que permitem que as pessoas façam aquilo que gostam e que as agrada, podendo ou não ser partilhadas com outros indivíduos mas que tem como objetivo que as pessoas guardem boas lembranças. Os shoppings também estão cada vez mais engajados com projetos sociais como arrecadação de roupas e alimentos, doações e patrocínios, eventos que promovem saúde, bem estar e relacionamento de forma a contribuir com a comunidade que está inserido. Por esses motivos, o setor de shoppings centers vem apresentado crescimento

PROPOSTA PROJETUAL

constante e estão entre os lugares mais frequentados em todo o país.



IMPLANTAÇÃO

11. PROJETO FINAL


IMPLANTAÇÃO

Shoppings Centers | 133


BLOCOS A/B, C/D, O/P

Shoppings Centers | 134


BLOCOS A/B, C/D, O/P


BLOCO E/F


BLOCO E/F

Shoppings Centers | 139


BLOCO G/H

Shoppings Centers | 140


BLOCO G/H


BLOCO I/J

11. PROJETO FINAL


BLOCO I/J

Shoppings Centers | 145


BLOCO K/L

Shoppings Centers | 146


BLOCO K/L


BLOCO M/N

11. PROJETO FINAL


BLOCO M/N

Shoppings Centers | 151


BLOCO B/C

Shoppings Centers | 1


BLOCO B/C


BLOCOS F/G, J/K

11. PROJETO FINAL


BLOCOS F/G, J/K

Shoppings Shoppings Centers | Centers | 1 1 Shoppings Centers | 157


BLOCOS H/I, P/A

Shoppings Centers | 1


BLOCOS H/I, P/A


BLOCO N/O

11. PROJETO FINAL


BLOCO N/O

Shoppings Shoppings Centers | Centers | 1 1

Shoppings Centers | 163


Ă REAS ABERTAS

Shoppings Centers | 1


ÁREAS ABERTAS


PRAÇA DE EVENTOS

11. PROJETO FINAL


PRAÇA DE EVENTOS

Shoppings Centers | 169


ESTACIONAMENTO DE MOTOS E BICILETÁRIO

VAGAS DE BICICLETA: 44

VAGAS DE MOTOS: 252

Shoppings Centers | 170


ESTACIONAMENTO DE MOTOS E BICILETÁRIO


SANITÁRIOS E VESTIÁRIOS

11. PROJETO FINAL


SANITÁRIOS E VESTIÁRIOS

Shoppings Centers | 175


CORTES E COBERTURA

Shoppings Centers | 176


CONSIDERAÇÕES FINAIS Durante o estudo realizado para fundamentação desse projeto foi possível constatar que se trata de uma proposta viável para aplicação na região. O local mostrou-se carente de complexos comerciais de grande porte com opções de compras, lazer, serviços e entretenimento. Quando foi articulada a proposta de um novo planejamento para a área, levou-se em consideração o deslocamento necessário dos consumidores locais e a migração para o centro da cidade de Mogi das Cruzes e até mesmo para grandes metrópoles como a cidade de São Paulo. Foram feitos estudos de caso nacionais e internacionais, além de visitas à shoppings regionais para obter conhecimento a respeito da estrutura básica de um shopping center, tenant mix, materiais e técnicas construtivas de eficácia para o

CORTES E COBERTURA

complexo. Em se tratando de um planejamento realista, integral e potente que é capaz de agregar facilidades ao público regional é possível considerar o investimento válido e o retorno vertiginoso já que, basear-se no conceito de serviços para a concepção de novas aplicações pode trazer um ganho real em médio prazo, pois o reuso de serviços mesmo em ambientes heterogêneos é altamente factível.

Shoppings Centers | 178


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050 Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: 2004 AECweb,

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Arquitetura,

Engenharia

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http://www.aecweb.com.br/prod/e/armadura-trelicada_30407_30236. Acesso em: 3 mar. 2018. NEUFERT, Ernst. Neufert: Arte De Projetar Em Arquitetura – São Paulo, GG Brasil, 18º ed. 2013. ABRASCE,

Associação

Brasileira

de

Shoppings

Centers.

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