BÁRBARA MAIA
Arquitetura e Urbanismo | PUC-Rio
2017.2
DIAGNÓSTICO URBANO DA GÁVEA PARA A
DISCIPLINA DE URBANISMO E GRÁFICO DIGITAL EM URBANISMO
O terreno de intervenção situa-se na Rua Marquês de São Vicente, ao lado do Gávea Trade Center, e tem aproximadamente 10 mil metros quadrados. Até a década de 80, era uma filial do laboratório Moura Brasil, que foi vendida para a rede de supermercado Mundial em 2003. Mas a construção foi inviabilizada pelo decreto nº 6.881/1987, que proíbe estabelecimentos de grande porte.
Em 2009, a área foi devolvida para o Mundial, depois de ser desapropriada pela PUC-Rio para instalar um centro de pesquisa tecnológico. Entretanto, em 2014, a câmara de vereadores aprovou o Projeto de Lei (PL) 725/14, que torna o terreno Non Aedificandi e cria o Parque Municipal Sustentável da Gávea. Porém, a criação só ocorrerá de fato com a indenização da Prefeitura para a Mundial.
AUTORA:
Bárbara Maia
LIMITES/BARREIRASNOESPAÇO URBANO
VEGETAÇÃOEMORROS
PRAÇASANTOSDUMONT
MUROJOCKEYCLUBE
MUROAV. PADRELEONELFRANCA
MINHOCÃO
ANÁLISE DO ENTORNO SEGUNDO OS PRINCÍPIOS LEVANTADOS POR JANE JACOBS
De acordo com Jane Jacobs (2000) em Morte e vida de grandes cidades, a segurança nas cidades segue três princípios: a diversidade do uso do solo e consequente apropriação dos espaços, presença dos “olhos da rua” e a separação nítida entre público e privado. Na Gávea, existem poucos espaços que cumprem esses príncipios. O bairro é predominantemente residencial, suas ruas locais são pouco movimentadas, várias delas com acesso restrito, em especial, no Alto Gávea. O Alto Gávea é cercado de áreas verdes, com iluminação noturna insuficiente, ruas sinuosas cercadas de muros. A Rua Marquês de São Vicente, via arterial, de intenso fluxo de veículos e pedestres, até a altura do Gávea Central, é um bom exemplo que segue o modelo de segurança de Jacobs. Possui uso diversificado - comércios, farmácias, shoppings, lojas, bancas de revistas, floriculturas, bares, restaurantes - o que garante uma melhor apropriação das calçadas e presença de ‘‘olhos para rua’’. A avenida Padre Leonel Franca, via expressa que dá acesso a Barra da Tijuca, não é apropriada pelos pedestres, devido ao intenso fluxo de transportes em alta velocidade. Além disso, o muro de uma residência, como visto no mapa de limites/ barreiras, é um bloqueio que impede a livre circulação de pedestres. O Baixo Gávea - Praça Santos Dumont - também possui atividades variadas - restaurantes, bares, escolas, teatros, casas de show - além de ter eventos culturais - festival de cerveja, festas juninas, feira da antiguidade. Os torcedores de times de futebol brasileiros, como o Flamengo e o Fluminense, frequentam bastante o local para acompanhar os campeonatos de jogos. A Praça Sibélius é pouco ocupada pelos moradores, devido a má conservação e por estar localizada entre duas vias de intenso fluxo de transportes, provocam consequentemente uma sensação de perigo. Em alguns turnos do dia, ela é apropriada pelos alunos de uma escola estadual próximo dali, durante horários de entrada e saída e intervalos de uma aula para outra.
ASPECTOS RELEVANTES DA CULTURA LOCAL E IDENTIDADE
No Baixo Gávea (Praça Santos Dumont e arredores, Rua Marquês de São Vicente até a PUC-Rio e ruas adjacentes mais próximas), acontece maior apropriação da rua do que no Alto Gávea. Isso ocorre devido a maior concentração de atividades comerciais e culturais - supermercado, farmácias, restaurantes, bares, casas de show, galerias de artes, teatros. Possui também a PUC-Rio, que ocupa uma grande parte da Gávea Central, onde tem espaço público para passeio de pedestres e de bicicletas. As muitas escolas do bairro ajudam também no “pertencimento” do espaço público, muitos estudantes em horários de intervalo ou de saída, vão para as calçadas. As ruas residenciais ou ruas locais tem pouco movimento e provocam a sensação de calmaria, depois da intensidade “frenesi” que a R. Marquês de São Vicente apresenta em alguns turnos.
O Alto Gávea (Parque da Cidade e arredores) é uma área suscetível a violência, por causa da pouca ocupação de espaços e a consequente falta de “olhos para rua” citado pela Jane Jacobs, devido a Zona de Reserva Natural. Além de possuir também muitas ruas com acesso restrito a escola, clube e condomínios de casas, algumas ruas são sinuosas e estreitas cercadas de muros altos de condomínios fechados.
Arraiá no Baixo Gávea
Violência no Parque da Cidade
FONTE: http://www.jb.com.br/rio/noticias/2017/11/21/policia-prende-suspeito-de-tentativa-de-estupro-em-um-apartamento-na-gavea/
FONTE: https://www.facebook.com/gaveabiertruck/photos
Festival Gávea Bier Truck - Baixo Gávea
FONTE: https://vejario.abril.com.br/cidades/ violencia-vira-rotina-em-bairros-situados-na-rota-dos-traficantes/
FONTE: https://www.facebook.com/gaveabiertruck/photos
Alto Gávea FONTE: GOOGLE MAPS 3DIDENTIFICAÇÃO DE SITUAÇÕES POSITIVAS E NEGATIVAS (PROBLEMAS E POTENCIALIDADES)
FONTE: http://www.rio.rj.gov.br/documents/5450795/7289444/IX+.+Resumo+do+Diagnóstico.pdf
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
2020.2 MASTERPLAN
Parque Cajuína
O Masterplan Parque Cajuína localiza-se nas regiões conurbadas de Teresina e Timon, divididas pelos dois rios, e visa atender a população de ambas as cidades. O projeto responde as demandas das mulheres majoritárias e, ao mesmo tempo, mitiga os impactos da urbanização, com a preservação e restauração de áreas verdes, e melhoria da mobilidade urbana.
AUTORA: Bárbara Maia
Teresina possui invernos secos e verões chuvosos, tendo o clima classificado como tropical chuvoso equatorial.
SUSCETIBILIDADE À INUNDAÇÃO
Teresina sofre com inundações constantes em períodos chuvosos (dezembro a maio), tendo cotas atingindo até 8 a 10 metros.