Namoro Cristão Amado irmão, conforme você me pediu, tentarei de maneira breve escrever tudo, ou pelo menos grande parte, do que o Senhor tem me ensinado até hoje sobre namoro cristão. Sou um dos menos habilitados para falar sobre isso pois sou solteiro, e o que tenho aprendido é pelo procurar na palavra e aprender com os outros irmãos. Não tenho buscado muito, e até certo ponto, tenho evitado, ler materiais, livros, artigos sobre o assunto, por buscar ter, antes, um direcionamento fundamentado na Bíblia. A maioria na minha idade já tem uma parceira. Não me considero maduro o suficiente para iniciar um relacionamento e nem tenho um esclarecimento específico para tal. Por conta disso tudo, eu sou um dos que menos merece crédito, portanto, como creio que o que aprendi até hoje foi o Senhor quem revelou, oro para que Ele transcreva seus ensinamentos sobre este assunto, e traga esclarecimento e edificação. Julgue tudo perante as Escrituras, não só os textos citados nas interpretações apresentadas. Não aceite ensinamentos convincentes ou agradáveis a ti, mas analise tudo mediante a palavra e revelação espiritual. Tratarei de assuntos básicos sobre namoro, apenas algumas coisas, mas peço a você que procure pessoas experientes que reflitam a vida de Cristo, que possam te instruir com mais profundidade e autoridade sobre isso. Acima de tudo, se aprofunde no evangelho, em Cristo e este crucificado, pois disto flui todo o ensino de vida necessário.
Um firme fundamento Antes de qualquer instrução sobre o que é ou o que não é o namoro cristão, creio que tenhamos que retirar de nossa mente todos os moldes mundanos de um namoro. Abster-nos de diversos objetivos e práticas, herdados da cultura e natureza mundana, que tem se infiltrado na Igreja e causado tamanha destruição, ao ponto de hoje em dia, uma conduta baseada na Bíblia chegar a ser escandalosa para muitos que se dizem cristãos. Então, como o Senhor nos instrui através de Paulo em Romanos 12:2, Colossesnses 3:10, Efésios 4:22-24, renovemos nosso entendimento, visto que fomos feitos novas criaturas e já não participamos mais da natureza mundana. Precisamos colocar novo fundamento, que é o ensino e vida de Cristo, e não tentar construir o ensino de Cristo em um fundamento mundano. Mais conveniente do que analisar perante as Escrituras, tudo o que sabemos sobre namoro, e ver o que é correto ou não, é construir, através das Escrituras, tudo o que o Senhor quer nos ensinar sobre namoro, pois crescemos ouvindo e vendo praticas mundanas, e achamos que as mesmas são a conduta normal do ser humano, porém, a conduta que vemos é o caminho do ser humano caído, uma vez que fomos feitos novas criaturas, temos que aprender, de nosso Pai, qual a conduta cristã de um relacionamento. Creio que haja certa frustração ao procurarmos instruções sobre namoro na Bíblia, pois não encontramos ensinamentos específicos sobre isso, pelo menos não encontrei até hoje nada tão específico. Encontramos ensinos sobre casamento e noivado, mas não sobre namoro. Porém isto, para mim foi valioso, ao mesmo tempo em que a Bíblia parece não instruir nada referente namoro, ela nos dá todo ensino necessário sobre isto, nós que cometemos um grande equívoco e por isso temos tantas dúvidas. As Escrituras falam sobre Cristo, e nos instrui como é a vida cristã, comumente e sem perceber separamos o ensino sobre namoro de todo o resto da vida cristã, como se fosse algo a parte, que deve seguir as condutas indicadas pelas Escrituras, mas que não está inserida como parte da totalidade de Cristo, como se seguisse ensinamentos diferentes das demais instruções seguidas por todos os crentes. Eu creio que tudo, absolutamente tudo o que precisamos aprender vem da cruz. Se de fato vivemos a cruz, o Senhor há de acrescentar o que for necessário, e esta é a instrução e prática que precisamos viver, a cruz, tudo virá da vida que há na cruz.
Objetivo Acho que nem preciso dizer que o único objetivo de um relacionamento é o casamento, pois não haveria outro objetivo se não esse ou uma satisfação pecaminosa. Porém antes de falar sobre o relacionamento é bom lembrar que em 1 Coríntios 7:25-35, Paulo expressa um desejo de que os homens não casassem, para terem assim, mais tempo livre para servir o Senhor sem ter as responsabilidades necessárias de ter uma família, mas deixa claro em 1 Coríntios 7:7 que cada um tem o dom recebido por Deus. O casamento claramente é um desejo do Senhor e é uma ferramenta útil para o Senhor, como podemos ver em Gênesis 2:18, Provérbios 18:22, o Senhor fez homem e mulher para que se casem. Podemos notar, também, que muitos bispos e diáconos também eram casados (1 Timóteo 3:2; 3:12; Tito 1:6), Pedro era casado (Lucas 4:38), Muitos apóstolos eram casados, e suas esposas os acompanhavam, porém Paulo não (1 Coríntios 9:5), embora muito provavelmente Paulo tenha sido casado, pois fazia parte do Sinédrio e era fariseu, e para isso deveria ser casado. Não sabe-se se ele era viúvo ou divorciado, pelo fato de seguir a Cristo e abandonar o judaísmo. Quanto a isto muitos estudiosos e historiadores têm apresentado suas conclusões. Eu não tenho propriedade para afirmar se Paulo era casado, divorciado ou viúvo. Mas o que vemos claramente é que Paulo manteu-se solteiro em seu ministério. Vemos então que, pelo serviço do Senhor, Paulo diz que melhor seria se não casássemos, porém deixa claro que cada um deve seguir o dom que Deus o deu, e há diversos lugares nas Escrituras que esclarecem a beleza do casamento. Analisados estes pontos, juntamente com o que Jesus nos fala em Marcos 10:9 que Deus é quem une o casal, podemos afirmar que o objetivo do casamento é cumprir a obra do Senhor, pois se somos novas criaturas, nosso casamento não é apenas o cumprimento do ciclo natural humano com a benção do Senhor, mas o objetivo do casamento é que este seja uma ferramenta útil nas mãos do Senhor, é gerado pelo Senhor. Não casaremos por ser este um desejo ou sonho nosso, mas sim por ser (caso seja) o desejo do Senhor. Creio então que deveríamos abandonar nossas vontades e “desvontades” e estar totalmente dispostos ao dirigir do Senhor. Deixar o Senhor decidir e fazer o que Ele quiser. Sabendo que o objetivo do relacionamento é o casamento, e que o casamento é para o cumprimento da obra do Senhor, o relacionamento entre duas pessoas antes disso é a preparação para o casamento, assim como a noiva (Igreja) tem sido preparada no decorrer dos anos para as bodas com o noivo (Cristo) (Apocalipse 19:7, 8). Este tempo é necessário para os dois se conhecerem e se adaptarem, visto que o Senhor declara que serão um quando casarem (Gênesis 2:24), então será um tempo de preparação para que quando casarem estejam aptos para seguir a vontade que Deus tem para usar a união que Ele fez, um dando a vida pelo outro, exortando, fortalecendo, auxiliando, edificando, sendo de fato um.
Irmãos e irmãs Antes de começarmos a falar sobre o relacionamento é bom compreendermos algumas coisas. Como deveria ser a convivência entre os irmãos jovens da Igreja. Primeiramente devemos levar em conta a idade, estamos falando sobre a idade onde os hormônios estão explodindo e o desejo sexual é muito presente na vida do cristão. Embora sejamos cristãos, o poder do pecado ainda habita em nós, de onde surge toda a malícia, por mais que estejamos livres deste poder, ainda há a possibilidade de nos sujeitarmos a ele. Devemos levar isso em conta, que em nós opera uma força que busca nos afastar de Deus. Porém somos novas criaturas em Cristo, e em Cristo somos irmãos uns dos outros, o único problema é que esquecemos isso. Somos irmãos. Compreende? Irmãos. É meio complicado por que já olhamos humanamente as irmãs como talvez futuras esposas, e logicamente isso é fruto do pecado e de uma vida que anda conforme o mundo e não conforme Cristo. Por serem movidos pela malícia os “irmãos” pecam, e por conta disso é que existe a instrução de que meninos falem com meninos e meninas falem com meninas. Evita-se que haja contato de meninas com meninos para evitar que pequem. Mas isto é um problema tão grande, primeiro que priva a irmandade proporcionada por Cristo, segundo que eleva demais o desejo pelo sexo oposto, justamente por que é privado, deve ser limitado, e “bom, se eu nunca falei com uma garota, a primeira vez que eu começar a ter uma amizade com ela, eu já vou achar que estamos namorando”. Devemos compreender, somos irmãos, e a mesma unidade que tenho com um irmão (homem), deveria ter com uma irmã (mulher). Mas, como já falamos, não podemos negar o fato de ser humanos, portanto carnais. E é por isso que o Senhor instrui a Timóteo através de Paulo a tratar as moças como irmãs, com toda a pureza (1 Timóteo 5:2). Em 1 Timóteo 5:1, Timóteo é instruído à tratar os moços como a irmãos, mas no versículo seguinte, é instruído a tratar as irmãs com pureza, aqui a pureza é ressaltada, ou seja, o trato com as moças deve ser puro, incontaminado pela carne, sem malícia, sem a presença de qualquer carnalidade. Não que o trato com os irmãos poderá ser impuro, mas ressalta-se que com as irmãs seja puro, justamente pela tendência natural à impureza. Sendo assim serão irmão com irmã, tal como é irmão com irmão. Um grande problema que ocorre atualmente, e é grande responsável por essa deficiência, é o fato de que quando um irmão e uma irmã tem uma comunhão intensa, os irmãos que os rodeiam instigam a um relacionamento, muitas vezes na forma de brincadeira, mas por fim acabam estimulando um relacionamento. Quão perigoso é isto. Os irmãos condenam um relacionamento que não é conforme a vontade do Senhor, mas em toda a oportunidade induzem, na forma de brincadeira, a um relacionamento. O que pode gerar dúvida entre os irmãos, pode gerar escândalo, desconforto, pode afastar a comunhão de um irmão e irmã que não tem nenhum objetivo além da edificação em Cristo, pode confundir os irmãos e levá-los a cogitar algo fora da vontade do Senhor. Tudo isto por que um irmão e uma irmã estavam vivendo conforme o Senhor deseja que todos os irmãos vivam. Este problema é decorrente do fraco entendimento da irmandade em Cristo, pois se tenho estado junto com um irmão, visitado ele constantemente e me relacionado com ele de forma mais intensa por consequência da edificação que o Senhor gera através dessa unidade, não quer dizer que eu tenha um sentimento pelo irmão, ou que estejamos tendo uma relação homossexual, é simplesmente por que somos irmãos, e em Cristo, edificamo-nos um ao outro. O mesmo deveria
ser entre moços e moças que estão em Cristo. São irmãos. Mas saibamos, em nós ainda há a carne, e só existe essa irmandade a partir da hora que eu não vivo mais pela carne, mas vivo pelo espírito. Devemos conhecer os irmãos e saber até onde poderá ir a intimidade, e por fim sermos inocentes sempre, sem deixar a prudência (Mateus 10:16). Devemos ter a maturidade de saber até onde podemos ir com cada pessoa. Não ter malícia, mas ter inocência, vendo todos como irmãos, e ter a prudência de saber como poderá ser o meu agir com cada irmã. Devemos buscar sabedoria e discernimento do Senhor para saber tratar com cada um. E devemos, com sabedoria, saber tratar cada um como convém, pois podemos ter a mesma relação com duas pessoas diferentes e a receptividade das duas ser diferentes, mesmo agindo da mesma maneira com as duas. Outro motivador destes constrangimentos e falatórios inúteis é a forma que o assunto “casamento” tomou entre o meio jovem cristão, levado na brincadeira, como gozação, tem sido reduzido a piadas, a brincadeiras que visam constranger aos outros, formar casaizinhos apenas por brincadeira, “sem malícia”, mas que por fim não edificam em nada, e não servem para nada, se não causar dúvida entre irmãos, atrapalhar a comunhão, gerar constrangimento e gerar pecado, ao semear um sentimento entre irmãos, sentimento este não vindo da parte do Senhor. Outro ponto que devemos prestar atenção é o contato físico. Novamente digo, saibamos agir como convém com cada pessoa. Eu, particularmente, não proíbo, por exemplo, um abraço. Um abraço pode ser dado com intenção pura ou impura, se ele é dado com intenção impura certamente é pecado e leva à morte, porém ele pode ser dado com intenção pura, porém mesmo quando é dado com intenção pura deve-se prestar atenção a outras coisas, a consciência da irmã e dos demais irmãos. Devemos zelar por todos, e talvez um abraço não vá ser nem um pouco ruim para nós, mas pode ser tentador para a pessoa que recebe o abraço, pode ser uma luta, pode confundir, então tenhamos muita atenção para não levar nossa irmã à confusão e ao pecado. Talvez não haja problema nem para mim nem para a irmã, mas possa vir a escandalizar aos outros que nos veem, então é melhor que se evite isso, pois pode ser escândalo e pedra de tropeço, além de causar acusação e constrangimento entre a Igreja. Essa análise toda toma um rumo meio complicado, confuso e parece se aprofundar em uma filosofia sem fim, que por fim baseia-se em achismos humanos. Mas definitivamente uma coisa é certa, e nos traz luz quanto a isso tudo. Certamente o contato físico não acrescenta em nada no contato espiritual, e ainda corre o risco de afetar negativamente na edificação espiritual, como o objetivo não é outro além da edificação espiritual, não é bom que haja uma motivação ao contato físico e até certo ponto é bom evitar. Mas que fique claro que um abraço sincero e puro como irmãos sem qualquer intenção carnal não é necessariamente impuro diante do Senhor, pode ser uma expressão de amor entre irmãos, e nada além disso. Porém certamente não há necessidade do contato físico, não é uma lei de que deva haver uma privação total a isso, mas, por experiência própria eu digo, o contato físico não acrescenta em nada na edificação espiritual, e a ausência do contato físico não faz falta, pelo contrário, a edificação em Cristo torna-se mais completa e quando este é o foco da comunhão e unidade entre irmãos e irmãs, não há a necessidade nem a vontade de ter um contato físico, e livra os possíveis erros que podem vir a acontecer por conta disso. Portanto, tenhamos maturidade em nosso convívio com as irmãs, sempre vigiando para não vivermos contaminados pela carne, mas vivermos pelo espírito, pois assim o Senhor direcionará como devemos andar, e não satisfaremos os desejos da carne. (Gálatas 5:16) Como jovens, recebemos conselhos preciosos vindos do Senhor, através de Pedro, que geralmente negligenciamos, justamente pela nossa ignorância juvenil. Por vezes sofremos
pesarosamente por sermos jovens cristãos, certamente que o jovem cristão se encontra em uma intensa batalha, mas muitas vezes sofremos desnecessariamente, participamos de lutas inúteis, que não passaríamos se simplesmente vivêssemos aquilo que o Senhor já nos ensinou. É importante uma reflexão profunda em 1 Pedro 5:5-11. Exponho aqui alguns pontos específicos, mas aconselho um estudo mais minucioso. Sejamos submissos aos mais velhos. Geralmente esta instrução é deixada de lado, pois tendemos a viver só entre jovens, não nos relacionar com adultos, e muitas vezes nem se quer ouvir seus conselhos e instruções, por acharmos que “eles não nos entendem”, “temos uma linguagem e entendimento diferente”, “eles não sabem nossa situação”, “eles tem um pensamento muito antigo e bitolado”. Pobres jovens tolos que negam a experiência e não ouvem aqueles que já passaram por tudo o que estamos passando. Sejamos sábios, buscando e convivendo com anciãos que podem nos ensinar coisas preciosas, nos apartar de nossas próprias loucuras, e através amadurecermos (Provérbios 13:20). Sejamos humildes uns com os outros, não buscando ser maior ou melhor que o outro, como é típico de jovens. Mas pelo contrário, aprendendo uns com os outros e crescendo em unidade. O jovem tende a querer ser visto, ser reconhecido, ser popular, mas como cristãos, sabemos que isto é totalmente contrario ao evangelho que revela que somos nada, nos leva a morrer para nós e viver para Deus e para os outros (Lucas 18:14; Filipenses 2:3). Lancemos sobre Ele nossa ansiedade. Na época das “grandes decisões”, do nosso futuro, trabalho, família, relacionamento e outras coisas mais, na época mais decisiva da vida. Lancemos sobre ele nossa ansiedade, não andado ansioso por absolutamente nada, mas deixando diante Ele toda a nossa ansiedade (Filipenses 4:6), confiando que é Ele que nos guia e cuida de nós. Sejamos sóbrios e vigilantes (Mateus 26:41; 1 Tessalonicenses 5:6). Sabemos que somos rodeados pelo diabo, que procura alguém que não o resista, por isso resistamo-lo através da fé, e saibamos que no mundo todo há irmãos que participam das mesmas lutas que nós, fazemos parte de um corpo, e assim como nós, há irmãos em todos os lugares, passando pelas mesmas lutas que nós. Por fim exaltamos ao Senhor, por que pela fé podemos saber que Deus, que em Cristo nos chamou para sua eterna glória, há de nos aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar. Glórias ao Senhor por isso, participemos desta imensurável graça concedida a nós!
Antes de qualquer coisa Como já dito, naturalmente buscamos um ensino específico como se o mesmo diferisse dos demais ensinos da vida cristã, o que é um engano. Antes de qualquer coisa para um relacionamento, saibamos que “todos se extraviaram , e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só” Romanos 3:11-12, “porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum...” Romanos 7:18, “mas agora em Cristo Jesus, vós que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto” Efésios 2:13 “de sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida “ Romanos 6:4 “sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado.” Romanos 6:6 “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus” Colossenses 3:1 “assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus” Romanos 6:11 pois o “batismo não é o despojamento da imundícia da carne, mas a indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressureição de Jesus Cristo” 1 Pedro 3:21. “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” Jeremias 17:9, “Maldito o homem que confia no homem, que faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor” Jeremias 17:5, “Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor” Jeremias 17:7 “portanto agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito.“ Romanos 8:1. “Jesus dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me” Lucas 9:23 “já estou crucificado com Cristo; e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim, e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim” Gálatas 2:20 “Ora pois, já que Cristo padeceu por nós na carne, armai-vos também vós com este pensamento, que aquele que padeceu na carne já cessou do pecado; Para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus” 1 Pedro 4:1-2 “ E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos nós antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também. Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo, pela graça sois salvos” Efésios 2:16 “se torno a edificar aquilo que destruí, constituo-me a mim mesmo transgressor” Gálatas 2:18 Vemos então que nosso coração é enganoso, por isso o negamos e, pela graça do sacrifício de Cristo, morremos e ressuscitamos com Cristo, porém ainda temos um enganoso coração, por isso devemos nos considerar mortos e não tornar a edificar aquilo que destruímos, o pecado. Pela fé estamos libertos do pecado, e não devemos de maneira alguma servir novamente ao pecado. O pecado não nos domina mais, não nos move mais, fomos feitos novas criaturas em Cristo e já não obedecemos nem somos induzidos por nosso desejo pecaminoso. Antes de qualquer coisa para um relacionamento, vivamos não movidos pelo nosso coração, pelo pecado, pela vida que já morreu, mas por Cristo.
O que nos move agora, já não é mais o nosso coração, é Cristo que vive em nós, sendo assim não seguiremos nosso coração, nossas vontades e desejos, mas aquilo que Cristo manifestar em nós. Lembremo-nos do que 1 Reis 11:1-13 relata sobre Salomão, que feito o homem mais sábio do mundo, de todos os tempos, foi enganado pelo coração, sendo seduzido pela paixão, rendeuse a outros deuses e pecou contra Deus, pecado este que o destruiu. Ai de nós se pensarmos em se quer iniciar um relacionamento, sendo seduzidos e movidos pelo nosso próprio coração. Já que em nós não reina mais nossa vontade, mas sim a vontade de Deus, se de fato assim é, aprendamos então a viver por fé, como os exemplos citados em Hebreus 11, que mostram que pela fé são cumpridas as vontades e determinações de Deus. “Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia.” Hebreus 11:8, “Pela fé ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado; sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito. Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que Deus era poderoso para até dos mortos o ressuscitar” Hebreus 11:17-18. Abraão vivia por fé, era instruído pelo Senhor e seguia-o, no versículo 8 ele não sabia para onde ia, mas seguiu a direção do Senhor. Nos versículos 17 e 18 ele seguiu uma direção que aparentemente era oposta a que outrora recebera, sacrificar aquele que o próprio Deus havia dito ser sua herança, porém Abraão conhecia o Senhor, e sabia que Ele é poderoso para ressuscitar Isaque, para assim cumprir sua promessa. Abraão reconhecia a autoridade de Deus, sabia que suas instruções eram boas e não se rebelava contra elas, ele estava sob a autoridade de Deus e jamais a ultrapassava. Em toda a Escritura vemos diversos relatos de pessoas que estavam sob a autoridade de Deus e por isso eram bem aventuradas, enquanto outras por não submeterem-se a autoridade de Deus eram destruídas. Devemos viver por fé, conhecer o Senhor, estar sujeito à sua autoridade e seguir a sua direção. Salmos 119:1-16 nos mostra a beleza de andar nos ensinos do Senhor, dirigidos por Ele, e assim devemos aprender a viver. Não seguindo nossa vontade, pelo contrário, seguindo a vontade do Senhor. Acredito que está claro de onde surge o relacionamento, do Senhor. E que para isso temos que estar nele, sendo em tudo instruídos por Ele, vivendo sujeitos a Ele, obedientes, vivendo pela fé, debaixo de sua autoridade, e reconhecendo sua voz, conhecendo-o intimamente, para que assim, sejamos participantes de sua vontade. Se isto não é uma verdade em nós, muito provavelmente não estamos prontos para um relacionamento. Seguir sentimentos que surgem do nosso coração, dar atenção para paixões humanas que se manifestam em nós, ser atraídos por qualquer coisa que não seja a vida de Cristo na outra pessoa é sinal de que não participamos da vida de Cristo, por ser imaturo, não conhecer ou negar o evangelho. Não busquemos por um relacionamento. Busquemos ao Senhor, e nos aprofundemos em seus ensinos, e se for a vontade dele, Ele há de nos guiar por este caminho, se estivermos sendo direcionados por Ele. Criar qualquer expectativa de como será a nossa esposa, imaginar como gostaríamos que ela fosse, impor alguns padrões que definam como queremos que ela seja, é fruto dos nossos desejos e vontades carnais, não tem nada a ver com a vontade do Senhor, e enquanto ficarmos esperando achar a princesinha dos nossos sonhos, jamais receberemos a mulher, que é capacitada por Deus, para ser nossa esposa. Nossos sonhos, vontades, desejos, e tudo o que vem de nós, já foi morto na cruz. Participemos da nova vida que há em Cristo.
Sendo assim, toda e qualquer iniciativa motivadora a um relacionamento, que parte de nós, não sendo gerado pelo Senhor é o pecado nos movendo. Não somos nós que atraímos nem somos nós que conquistamos uma mulher, se isto é uma obra do Senhor, Ele mesmo é quem une o casal, a partir da hora que ambos estão sendo em tudo direcionados por Ele. Não deve partir de nós nenhuma iniciativa para conquistar a mulher, a iniciativa que devemos tomar é a partir da direção do Senhor, para iniciar o relacionamento, mas não para conquistar a mulher. Atitudes, vaidade, ou qualquer outra coisa que surge da intenção de chamar a atenção de outra pessoa para incitar um desejo nela e seduzi-la, é deliberadamente contra a vontade de Deus, o que caracteriza uma vida não direcionada pelo Senhor, diferente da vida em Cristo que professamos ter. Baseados nisso tudo, devemos ter a consciência de que qualquer iniciativa nossa, não vinda do Senhor, é fora da vontade e autoridade do Senhor, não parte da fé, mas do pecado, que não deveria mais nos dominar. Sabendo que o objetivo é casar, nós teremos que saber com quem casaremos, e isto se dá antes de qualquer atitude, até do falar ou transparecer que está sentindo algo por alguém. Não expressaremos um interesse, que pode gerar uma falsa esperança na mulher, até que tenhamos certeza de que esta é a vontade do Senhor. Mulheres são sentimentais, e seria um rombo no coração dela, alimentar uma falsa esperança, seduzi-la, tentar conquistá-la sem que tenhamos certeza de que esta é a vontade de Deus, além de que, isto levaria ao pecado. Notemos agora um exemplo. Como nos portaríamos se estivéssemos gostando de uma moça que é filha de pais muito importantes, que tenham um cargo importante, uma patente governamental elevada, sejam notados dentre muitos? Certamente teríamos muito temor, e talvez, com grande receio nos aproximaríamos e arriscaríamos tentar conquistar sua filha. Agora notemos a realidade que nos encontramos. A partir da hora que nos envolvemos sentimentalmente com uma moça cristã, temos que lembrar que esta é Filha do Rei, lembremo-nos, ela é uma princesa, filha do Rei todo Poderoso, filha daquele que criou todas as coisas, daquele que tem todo poder e sabe todas as coisas, nós brincaríamos com os sentimentos desta moça? Iríamos nos aproximar dela e seduzi-la sem que tivéssemos certeza de que isto é a coisa certa a se fazer? Tocaríamos nela? Criaríamos um laço afetivo com ela? Satisfaríamos qualquer desejo carnal com ela? Sabendo que esta é filha do Deus altíssimo, e é assistida por Ele, que sabe tudo o que acontece e tudo o que está no coração dela? Será que teríamos a ousadia de iludir o coração dela, sendo que este deveria estar totalmente voltado ao seu Deus? Roubaríamos e brincaríamos com um coração que pertence a Deus? Pediríamos a Deus a mão de sua filha em casamento, sem ter a certeza de que Ele aprovaria isto? E caso soubéssemos que Ele não aprovaria, ou tivéssemos dúvida quanto a isso, teríamos a ousadia de busca-la e seduzi-la? Se não fomos movidos por Deus, fomos movidos por nós. Teríamos, então, a ousadia de retirar do colo de Deus, a filha amada que Ele buscou do meio das trevas, a filha por quem Ele entregou seu filho, para se fazer participante da natureza humana, e ser rejeitado, e suportar tudo pra salvá-la? Tomaríamos para nós, sem ter consentido com Deus, aquela que uma vez salva, foi ensinada, cresceu, aprendeu com Ele, seguiu seus passos, andou em seus ensinos? Deus matou seu filho para que ela pudesse ser sua filha, teríamos a ousadia de sequestrá-la e levá-la de volta para o reino das trevas? Pois é isso que faremos, se tomarmos a atitude de chamar a atenção, seduzir, incitar qualquer desejo em uma moça, seguir, ser seduzido ou satisfazer qualquer desejo de uma moça, sem que tenhamos convicção de que esta é a vontade de Deus.
Como toda a base da vida cristã, é o Senhor que decide tudo e Ele que nos conduz em sua vontade. Pela sua graça, temos provado quão boa e perfeita é a sua vontade e o seu operar, por que, em relação ao casamento, preferiríamos que a nossa vontade fosse cumprida, sendo esta uma decisão que deverá durar a vida toda (Romanos 7:1-3)? Há uma dúvida decorrente no meio jovem cristão quanto à escolha. Sou eu quem escolhe e o Senhor abençoa minha decisão? Ou será que Deus escolhe e me direciona a tomar uma atitude mediante sua decisão? Se conhecemos a vida cristã, sabemos que quem nos governa é Deus, e não há como ser outra coisa senão Ele decidir e nos guiar em sua vontade. Como toda a vida cristã, vivendo em Cristo, Ele nos direcionará em sua vontade. Não parte da nossa vontade e da utilização do Senhor apenas para “assinar em baixo”, nem da manifestação sobrenatural de Deus sem a nossa interação, mas de nossa unidade com Cristo, Ele em nós e nós nele, somos direcionados em toda a sabedoria e ousadia para viver conforme a sua vontade. Em Provérbios 19:14 temos um esclarecimento maravilhoso sobre este questionamento. “A casa e os bens vêm como herança dos pais; mas do Senhor, a esposa prudente”. Que maravilhoso é receber do Senhor, uma esposa prudente, e saber que esta é uma herança do Senhor para nós, note, ele não nos dará por herança uma mulher qualquer, mas uma mulher prudente. Ela é herança da parte do Senhor, ou seja, ela é uma propriedade do Senhor que nos é dada como herança. Voltemo-nos agora a outro ponto, que dificilmente atentamos. Provérbios 31:12 nos dá um interessante relato, diz que a mulher virtuosa faz bem e não mal ao seu marido, todos os dias de sua vida. Este texto está falando sobre a mulher virtuosa, porém podemos aprender muito com isto. Notemos quando se diz “todos os dias de sua vida”, isso nos mostra que o bem ao cônjuge é feito não só após a união, mas, todos os dias da sua vida. Devemos, portanto, desde hoje, solteiros ainda, honrar e fazer o bem à nossa futura esposa. Não praticando atitudes que a envergonhariam e a desonrariam caso já estivéssemos casados. Certamente não é este nosso maior foco, no sentido de que, o motivo de não praticarmos atos pecaminosos, de não ficarmos com meninas, de não nos envolvermos com mulheres, com prostituição, de não cobiçar mulheres, e não fazer outras coisas que desonrariam nossa esposa, não é somente por amor à nossa futura esposa, mas acima disso, por amor ao Senhor, por já estarmos libertos do pecado, mas definitivamente, será muito mais honroso para nossa esposa, saber que desde antes de nos unirmos a ela, já a honrávamos. Mas antes mesmo de querer começar a pensar em se relacionar temos que atentar para algo importantíssimo. Sejamos homens. Provérbios 24:27 diz que o homem deve preparar fora a sua obra, e aprontar o seu campo, e então edificar a sua casa. Ou seja, o homem deve estar preparado antes de edificar sua casa, ele proverá o sustento espiritual e material de sua mulher e de sua família, ele será responsável por tudo o que ocorrer em seu lar, ele deverá liderar sua casa, assumir a responsabilidade de tudo o que ocorrer em sua casa, para isso tudo, ele deve estar preparado. Crianças não são capazes de assumir isso, homens sim. É necessidade básica que sejamos maduros para se quer cogitar um relacionamento, e o que mais se vê hoje em dia são crianças querendo iniciar um relacionamento. Deus nos diz que sai o homem de sua casa e une-se a sua mulher (Gênesis 2:24), e isso não diz respeito à idade, isso diz respeito à maturidade. Pessoas que passam horas na internet, que ficam tempo assistindo televisão, jogando, dependem de seus pais, não cuidam de suas contas, não são responsáveis por seu sustento, e outras características de uma criança, não estão preparadas para um relacionamento. Pessoas que não são maduras espiritualmente, que são inconstantes, que não tem intimidade
com o Senhor, que conseguem viver longe do Senhor, nem que seja por pouco tempo, que são fracas na fé, despreparadas no conhecimento do evangelho, não são aptas para sustentar e edificar seus irmãos, não estão preparadas para dirigir um relacionamento, pois Deus dirige o homem, que dirige a mulher (1 Corintios 11:3). Vejamos a realidade em que nos encontramos. O marido é o cabeça da mulher, ou seja, o marido será o responsável por todo o sustento da casa, sustento material e espiritual. Quando Deus falou com Adão ao expulsa-lo do Éden, Ele falou que Adão, e não Eva, deveria trabalhar pelo sustento (Gênsis 3:19). A Igreja deve suprir as viúvas e os órfãos (Tiago 1:27), ou seja, pessoas “sem cabeça”, crianças sem os pais e mulheres sem o marido, que pela ausência do homem necessita do sustento de outros. O homem deve ser maduro espiritualmente, ser forte na fé para o sustento de sua vida espiritual, e da vida espiritual de outra pessoa, o homem será responsável pela vida da esposa. Se o homem é o cabeça da mulher, então é ele quem presta contas diante de Deus da vida espiritual dela. Sim, ela tem a vida dela com Deus e prestará contas disso, mas sabendo que ambos foram feitos um, e que o homem tornou-se cabeça da mulher, ele é responsável pela vida dela. Se ela está mal espiritualmente, se está fraca, é por que não tem recebido sustento de seu cabeça, se ela tem sido insubmissa é por que seu marido não tem sido autoridade, o marido deve suprir sua mulher. Se alguém não é apto para isso, eu creio, que não deve se quer cogitar um relacionamento. Portanto, saibamos que tudo isto está em Cristo, e é Ele vivendo em nós que estas coisas serão manifestas, não adianta de nada tentarmos gerar de nós mesmos toda esta capacidade, insto tudo está em Cristo, e também por outro lado se esperarmos chegar a uma “perfeição” jamais casaremos, porém, é necessário que sejamos maduros espiritualmente, constantes, pois quando a palavra fala de inconstância ela fala de meninos (Efésios 4:14) e não de homens. Desde o início vemos uma característica no homem, a omissão e a facilidade em ser induzido pela mulher. Adão foi omisso ao ser induzido por Eva a pecar, e isso fez com que toda a humanidade fosse separada de Deus (Gênesis 3:6, 17), Abraão foi omisso ao ser induzido por Sara a se deitar com Agar, gerando assim Ismael, sendo os descendentes deste, os inimigos de Israel (Gênesis 16:2). Sansão foi omisso ao ser induzido por Dalila, e isso o levou a morte (Gênesis 16:16-17, 21, 30). O homem é o cabeça, não a mulher, ele, sendo conduzido por Deus, deve conduzir tudo em um relacionamento. O homem deve ser bem instruído na palavra, deve saber liderar, ter autoridade sem ser autoritário, ser amoroso, carinhoso. O homem deve liderar, assumir as responsabilidades para si, saber comandar, instruir, com paciência, mansidão, sabedoria, ser carinhoso, atencioso, observar e viver em Cristo. O homem deve amar a esposa como Cristo ama a Igreja (Efésios 5:25), temos noção de quão grande amor é esse? Se somos nós que vivemos e não Cristo em nós, como amaremos de tal modo? O marido deve entregar-se por sua esposa, para a santificar, purificando-a pela palavra (Efésios 5:26-27) Se não nos entregamos totalmente a Cristo como nos entregaremos a alguma mulher? Se não somos santos como santificaremos alguém? Se não manejamos a palavra, e não somos limpos por ela, como purificaremos alguém através dela? O marido deve tratar a mulher como parte mais frágil (1 Pedro 3:7), e não se irritar com ela (Colossenses 3:19). Se ainda nos irritamos com outros e não damos a devida honra, como daremos à nossa mulher? Um homem deve viver conforme a palavra, andar conforme a vontade do Senhor, pois em si mesmo é incapaz de cumprir com as determinações impostas por Cristo, mas estando inserido em Cristo, pode todas estas coisas, desde que ande em Espirito. Enquanto ainda se preocupa com coisas de crianças, consigo mesmo, enquanto ainda depende inteiramente de outros para estar em Cristo, não estará apto para iniciar um relacionamento.
Como saber se é a pessoa certa Sendo posto em prática tudo o que conversamos, deveremos conhece-la quase que completamente antes de tomar qualquer atitude, acredito que andaremos movidos pelo espírito e não pela carne, e questionamentos imaturos como, aparência, jeitos, gostos, costumes, personalidade não serão motivadores de qualquer cogitação de casamento. A motivação, ou, o que nos atrairá, nos chamará atenção em alguém será a vida de Cristo, a vida prática cristã, a cruz. Então o básico é que a pessoa seja segundo o coração de Deus, e o que nos “seduzirá” é a própria vida de Cristo na pessoa, pois assim viveremos com alguém que compartilha do mesmo desejo. É importantíssimo que saibamos que nos uniremos com uma pecadora e que a única coisa que podemos esperar dela é imundícia e frustração, assim como é a nossa consciência sobre nós mesmos. Porém sabemos que em Cristo estamos livres do pecado, por isso a necessidade de ela viver em Cristo, não segundo sua velha natureza, mas que vive mediante a nova natureza. Sabemos que nos uniremos com uma mulher imperfeita e pecadora assim como nós somos, não devemos esperar alguém que não está sujeita a pecar, mas alguém que, por ter consciência de sua própria imundícia, vive por meio de Cristo, liberta de sua imundícia, e por isso, revela a vida de Cristo em si. Temos de andar guiados pelo Senhor, ter discernimento espiritual para saber a vontade de Deus, buscar pelo esclarecimento da vontade de Deus. O Senhor diz através de Paulo: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?” 1 Coríntios 6:14. O jugo desigual trata de duas pessoas diferentes andando juntas, e isso é impossível. Jugo é o acessório que prende os bois um ao outro para puxar a carroça. Imagine um boi e um cavalo em um mesmo jugo, puxando uma carroça, que desastre seria, um iria correr mais, andariam em ritmos diferentes, dispensariam forças diferentes e certamente não demoraria muita para a carroça cair, e isto figura a sociedade entre luz e trevas. Superficialmente entendemos isto como, “não posso casar com uma menina não cristã”. O texto diz sobre sociedade entre crentes e incrédulos, e incrédulos não são apenas os que não seguem ao Senhor, são os que não creem, isto inclui ímpios e cristãos carnais. Portanto, estaremos em jugo desigual se nos unirmos à uma mulher, que mesmo professando Cristo, é carnal, que não tenha a vida do Senhor. A mulher a quem nos uniremos deverá ser alguém que nos leva ao Senhor, pela qual Cristo nos gera vida e crescimento, alguém pela qual somos edificados, que recebemos acréscimos da parte do Senhor. Alguém que compartilha do mesmo propósito e crescimento no Senhor. Alguém que está vivendo à mesma altura, quanto à espiritualidade, maturidade, fé. Portanto, lembremo-nos que assim como Cristo santifica sua Igreja, seremos com nossas esposas (Efésios 5:25-27), nisto vemos também que o homem deve ser mais maduro do que a mulher, pois cabe ao homem, e não a mulher, o ensino e a instrução. Nossas vidas já foram entregues ao Senhor, estão disponíveis para o seu serviço e tudo deverá levar para a aproximação do cumprimento deste propósito. Sabemos que quando um casal se une, torna-se um. Como nos uniremos e seremos um com algo diferente de nós? De uma fonte não jorra água salgada e doce. Como iremos ser um com alguém que não reparte do mesmo propósito? Não digo isto referente a pessoas que não creem em Cristo. Digo isto quanto a pessoas que não compartilham do mesmo viver espiritual. Grande desastre para a obra do Senhor seria alguém unir-se a um parasita, que ao invés de acrescentar na vida do Reino, o
afasta da obra do Senhor. Embora Efésios 5 nos traga uma grande responsabilidade de direção e formação de Cristo em nossa esposa, o propósito do casamento não é apenas que nosso empenho esteja em formar Cristo em nossa esposa, mas que juntamente com ela, e pelo acréscimo dela, nos empenhemos em formar Cristo na vida dos outros, nos irmãos da Igreja e nas almas que ainda não conhecem a Cristo. O propósito expresso por Deus ao criar a mulher foi, “não é bom que o homem esteja só, farlhe-ei uma ajudadora que lhe seja idônea”. (Gênesis 2:18). O objetivo de Deus ao criar a mulher é que ela acrescente ao marido, que o auxilie, o ajude de maneira idônea em tudo. Ser idôneo é ser apto, ser capacitado, então ao unirmo-nos a alguém que não é capaz de nos auxiliar seria ir contra o propósito para o qual Deus formou a mulher. Analisaremos se a mulher é segundo o coração de Deus, e a Bíblia nos relata como é uma mulher cristã. Poderíamos nos ater a entender o homem e a mulher, saber suas diferenças, coisas como, o homem é mais prático e direto, conta histórias sem detalhes, a mulher explica cada detalhe e quer tudo explicado detalhadamente, a mulher gosta de conversar muito o homem já não tanto, a mulher faz várias coisas ao mesmo tempo, o homem precisa fazer uma coisa por vez para fazer bem feito e várias outras coisas, mas acredito que essas coisas não sejam muito significantes. A vida de cruz, a formação do caráter de Cristo, a auto-abnegação, a prática do evangelho devem ser notados, pois isso resolverá os “pontos de conflito” entre sexo masculino e feminino, e vivendo isso, os dois se conhecerão e adaptar-se-ão como convém. O capítulo 31 de Provérbios são ensinamentos que o rei Lemuel recebeu de sua mãe, isto nos mostra que é bom receber instruções sobre isso. Então, além de avaliarmos a vida cristã e o cumprimento das condutas ensinadas pelo Senhor e descritas nas Escrituras, devemos observar outras coisas também. Avaliar se ela tem vivido como uma mulher cristã. No versículo 3 ela diz para seu filho não entregar suas forças nem seu caminho às mulheres que destroem os reis. A partir do versículo 10 ela começa a descrever as qualidades de uma mulher virtuosa, o que parece ser uma descrição para que seu filho, Lemuel atente a tais qualidades em uma mulher. Leia Provérbios 31:10-31. Ela começa perguntando quem achará uma mulher virtuosa, pois seu valor muito excede o de finas jóias, ou seja, é rara, e valiosa, difícil de encontrar. Tentarei pontuar algumas coisas básicas que devem ser encontradas em uma mulher para saber que esta é apta para ser esposa, coisas estas que analisaremos se são presentes na moça que avaliaremos. Veremos que de fato é uma raridade, o objetivo não é desmotivar mostrando algo impossível, mas é motivar a buscar alguém conforme o Senhor, e ser dirigido por Ele. A mulher virtuosa tem a confiança de seu marido, ela é digna, merecedora de confiança, alguém em quem seu marido pode confiar, onde não à sombra de desconfiança. Nela não há falta de ganho, ela não o desaponta, não causa prejuízos, não é pesarosa, pelo contrário, acrescenta ao marido, o fato de ele poder confiar nela traz conforto, sustento, ganho ao marido. Ela faz bem ao seu marido, e não faz mal a ele, em todos os dias de sua vida, note como diz que ela faz bem todos os dias, não faz mal para o marido. Ela é ativa, não é preguiçosa, tem boa vontade, é pró-ativa, ajuda aos necessitados, ajuda no suprimento e administração de sua casa. Essas são coisas que devemos analisar se a pessoa será apta para cumprir, se tem a disposição e renúncia necessária para aprender e praticar todas estas coisas. O versículo 30 nos mostra que a graça (beleza) é enganosa e a formosura é vã, mas a mulher que teme ao Senhor será louvada, ou seja, não é a aparência que nos atrairá, mas sim o temor ao Senhor. 1 Pedro 3:3-4 nos mostra que o enfeite da mulher não deve ser o cabelo, ou jóias ou roupas, mas o incorruptível traje de um espírito manso e tranquilo, pois este é precioso diante de
Deus. A mulher não volta sua atenção à sua aparência, mas ao cuidar do seu espírito, e através do espírito presta atenção e cuida de sua aparência como convém, “com roupas decentes, com modéstia e sobriedade, não com cabelo frisado, ou ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos, mas (como convém a mulheres que professam servir a Deus) com boas obras.” 1 Timóteo 2:9-10. A beleza não está na aparência, mas “o coração alegre formoseia o rosto” Provérbios 15:13. A beleza da mulher não será analisada com os olhos, mas será reconhecida com o espírito, se ainda analisamos as coisas com os olhos, se ainda levamos em conta o que vemos, então ainda vivemos uma vida carnal que é baseada em coisas mundanas. Mulheres que se preocupam muito com a beleza, não se preocupam com o espírito, se preocupam com coisas carnais e não com coisas espirituais. Mulheres que buscam alterar ou “manipular” sua aparência, dizem, com seu coração e ações que Deus não tem bom gosto, ou não é bom o suficiente para criar algo belo, ou que precise uma alteração, um retoque. Por outro lado mulheres que não cuidam de sua aparência como convém, que são relaxadas, não dão valor à criação do Senhor e não cuidam dela devidamente. Mulheres que, na preocupação de ter uma aparência atraente, se preocupam com maquiagens e roupas, acabam escondendo a beleza da criação do Senhor, são como atores em um palco que utilizam máscaras e fantasias, para mostrar ao outros, algo que não são na vida real. São por isso, mentirosas e enganadoras. Por fim as maquiagens e roupas servem como máscaras que ofuscam a beleza física criada pelo Senhor e beleza espiritual gerada por Cristo. A vaidade é pecado, mulheres que tem prazer em se enfeitar com adereços e maquiagem, que gostam de estar bela aos olhos, cuidam daquilo que se vê, e não daquilo que não se vê, são como animais que seduzem sua presa para destruí-la. Mulheres que se vestem com roupas indecentes, com roupas muito curtas, com alças muito finas, ou até sem alças, roupas justas que mostram as curvas do corpo ou o volume do corpo, roupas que expõem a sensualidade do corpo, como partes das coxas, dos seios, certamente não zelam pela santidade própria e pela santidade dos irmãos, pelo contrário, tem prazer em serem notadas, admiradas e desejadas, induzindo os irmãos à tentação, e mostram, por suas vestimentas, que não são piedosas e não zelam pela santidade, pois a mulher que professa ser cristã, veste-se de maneira decente, modesta e sóbria. A roupa tem o objetivo, unicamente de cobrir a nudez (Gênesis 3:21), e não de seduzir o outro a conhecê-la. A sensualidade ilude, leva ao pecado (Gálatas 5:19).Não sejamos, jamais, atraídos e seduzidos por ela, sensualidade esta que é presente até em moças que se dizem cristãs, mas que se assemelham à mulher de Provérbios 7:6-27, que embora não tenham as mesmas atitudes, têm o mesmo coração. A mulher naturalmente relaciona a sua beleza ao rosto, às roupas, ao cabelo, aos acessórios. Mas a beleza da mulher cristã está na vida Cristo nela (1 Timóteo 2:9-10; 1 Pedro 3:3-4; Apocalipse 19:8). Que o único padrão de beleza que temos seja a vida de Cristo na mulher. Não sejamos enganados pela beleza que se vê com os olhos. A beleza de Cristo vivendo em uma mulher excede a qualquer beleza jamais vista. A mulher foi feita para que o homem tivesse alguém que fosse ajudadora idônea, por isso a moça deverá ser alguém apta para isso, alguém que de certo modo já tem praticado isso no tempo em que vocês não passam de irmãos. A mulher deve ser submissa (Colossenses 3:18; Efésios 5:22; 1 Pedro 3:11), isto não quer dizer que ela será apenas comandada pelo marido e não deve abrir a boca nunca, ser submissa é estar abaixo da autoridade do marido auxiliando-o
em tudo para juntos decidirem todas as coisas. O marido decide todas as coisas, juntamente com sua mulher, sendo dirigidos em tudo por Deus. Não há hierarquia de um sobre o outro, há apenas serviços diferentes para os quais cada um foi criado, e que, sendo cumpridos da maneira correta será um lar bem-aventurado que vive para o Senhor. Um dos maiores problemas na igreja hoje em dia é a falta de homens cabeças e mulheres submissas, e isso tem destruído muitas famílias, tanto as que se separam, quanto as que permanecem unidas, mas que não andam conforme a palavra do Senhor. E uma mulher tem o poder até de destruir a casa, como vemos em Provérbios 14:1, que diz que a mulher sábia edifica a sua casa, mas a tola com suas próprias mãos a derruba. O marido tem uma natureza geralmente omissa e é facilmente induzido pela mulher, a mulher necessita de proteção, segurança, por isso deve ser cuidada como parte mais frágil (1 Pedro 3:7), se ela não vê seu marido agindo como cabeça, sem perceber, começa a tomar a liderança da casa, fazendo com que seu marido se torne mais omisso ainda, e com isso ela vai tomando mais autoridade e assim vai indo até a destruição total do lar. A mulher deve honrar o marido, “a mulher virtuosa é a coroa do seu marido, mas a que o envergonha é como podridão nos seus ossos” Provérbios 12:4. Deve ser prudente (Provérbios 19:14). Ela será submissa ao seu marido, definitivamente, se ela não é submissa aos seus pais, aos anciãos, a Deus, ela jamais será submissa ao marido. A mulher deve honrar o marido, se ela não honra seus pais, os anciões, a Deus, ela jamais honrará o marido. A mulher não deve ser rixosa, ou seja, briguenta, que causa contendas. Provérbios 19:13, 21:9, 19, 25:24 e 27:15, nos diz que ela é como uma goteira que nunca para, que seria melhor morar no canto de um terraço, que seria melhor morar em uma terra deserta do que morar com uma mulher rixosa. Ela deve ser decente, inocente, sábia, não maldizente, respeitosa, trajada de um espirito manso e tranquilo, hospitaleira (como a mulher de At 16:14). O Senhor recomenda a Tito através de Paulo (Tito 2:5) a que as mulheres sejam sensatas, honestas, boas donas de casas, bondosas, sujeitas ao marido, para que assim não seja difamada a palavra de Deus. A sensatez, ou, a moderação, a honestidade e a bondade deverão ser presentes nela. Ela deve ser boa dona de casa, ou seja, deverá cumprir bem com os afazeres domésticos, que embora o marido ajude também nos afazeres domésticos, é da responsabilidade da mulher, e ela deverá ser boa nisso, moças que não sabem fazer bem os afazeres domésticos são meninas que não estão preparadas para cuidar da sua própria casa. Ela deve ter prazer em estar com mulheres anciãs para aprender (Tito 2:4), deve ser moderada em seu falar, não ser tagarela, saber refrear a língua (1 Coríntios 14:34, 35; 1 Timóteo 2:11). É normal das mulheres o falar muito, mas quando a palavra fala sobre mulheres, não vemos isto, antes, vemos mulheres que aprendem em silêncio e falam aquilo que edifica. São estas algumas coisas a serem notadas em uma moça, não avaliaremos coisas carnais, visto que não vivemos em coisas carnais, mas analisaremos aquilo que é espiritual. A maioria dos versículos fala de mulheres, já casadas, portanto, a moça a quem analisaremos é com quem nos casaremos, e avaliaremos se estas coisas são vivas nela já antes do casamento, e analisaremos isso antes de expressar a direção do Senhor de nos casar com ela. Muitas destas coisas resultam da santificação gerada na mulher através do homem, mas para isso ela deve viver totalmente sujeita ao Senhor. A instrução que o Senhor dá a Tito através de Paulo, diz às mulheres idosas que sejam mestras do bem, ensinando a recém-casadas coisas convenientes a elas. Talvez não veremos a mulher pronta, cumprindo com todas as coisas aqui descritas, mas analisaremos se é
Cristo quem vive e não ela, se ela vive por fé, pela cruz, baseada na palavra, pois a partir disso, tudo será formado nela, pois estas coisas são a vida expressa do caráter de Cristo nela. Estas são coisas que não deveriam necessariamente ser analisadas a partir da hora que o homem se interessa pela mulher, como um padrão de normas de conduta a serem cumpridas para analisar se a mulher é apta ou não. São coisas que já deveriam ser notadas antes de qualquer cogitação de casamento, são as práticas destas coisas, que são a expressão da vida de Cristo na mulher, que motivarão o interesse do homem pela mulher. Mesmo assim nosso coração é enganoso e o amor ilude, assim como fez a Salomão e Sansão. Não devemos nos encantar pelo simples cumprimento de algumas práticas que por vezes são apenas decorrentes de um viver legalista, e não como fruto da vida de Cristo. A Bíblia nos instrui a sermos cautelosos, então temos que analisar com cuidado se esta é realmente a vontade de Deus ou o desejo do nosso coração, mas temos que cuidar para não reduzir todo o questionamento à intelectualidade humana, analisando pela razão carnal, pois não é mediante coisas carnais que saberemos, pelo contrário, devemos submeter-nos à instrução do Senhor até ter plena clareza da sua vontade, para então tomar uma atitude. Antes de falarmos com ela temos que conhece-la quase que por completo, e ter certeza de que iremos casar. Certamente não conseguimos conhecer alguém completamente, pois isso exige um conviver mais intenso, porém é necessário conhecer muito profundamente a pessoa. Não compreendo como pode surgir um casamento que não seja de uma forte amizade, de uma profunda intimidade como irmãos, de um compartilhar intenso de ensinos e lutas, de uma constante edificação entre ambos, que dure mais do que uma breve emoção. Pois, não vindo disso, geralmente é fruto da carne, afeição humana, desejo carnal, coisas estas que já deveriam ter sido negadas. O relacionamento deve fluir de uma forte amizade, de irmãos que já tem edificado, auxiliado, exortado, fortalecido um ao outro em Cristo, irmãos que já tem crescido juntos em Cristo, que já tem intimidade como irmãos. O relacionamento surgirá de uma amizade, mas não de uma amizade que surge com o objetivo de ter relacionamento. De eu começar a “gostar” de uma pessoa, e por isso ter uma forte amizade com ela para poder ter um relacionamento e dizer que foi fruto de uma sólida amizade em Cristo. Não coloco-me como juiz perante as formas que o Senhor une as pessoas e não pretendo limitar o agir do Senhor à uma forma especifica. Não vejo bases bíblicas que indiquem a forma que se inicia um relacionamento. Mas podemos ver vários exemplos no antigo testamento, que nos mostram o que pode até parecer ser contrário ao que estou falando. Nos mostram pessoas que se uniam à outras pelo simples fato de gostarem delas. Não temos muitos exemplos bem explicados. Embora em vários exemplos podemos aprender algumas coisas, como a forma que o Senhor direcionou o casamento de Isaque e Rebeca, como claramente Ele guiou para que assim fosse. Como a frustração do casamento de Sansão que só durou o tempo de sua celebração, uma semana, pois uniu-se a uma mulher que não pertencia a seu povo. Como Deus puniu ao filho de Davi por unir-se à Bate-Seba, pois Davi se apaixonou por ela e mandou matar o marido dela para que ele ficasse com ela. Entre outros exemplos que nos mostram que o Senhor dirige nossa vida em relação ao casamento, mas que nós podemos guiar e receberemos por isto a justa recompensa. Vemos histórias bastante conturbadas, e confusas. Há de se levar em conta que eles não eram dirigidos pelo Espírito, embora fossem visitados por Ele, não vivam sob sua direção.
Há de se levar em conta também que eles estavam sujeitos às leis e ainda não havia se completado a plenitude de Cristo, estando por isso muito mais sujeitos às suas próprias cobiças. É importante notarmos a história de Isaque e Rebeca (Gênesis 24) e pontuar algumas coisas. O servo de Abraão recebeu a instrução de tomar uma mulher de seu povo para Isaque (v. 3-4). Não foi Isaque que saiu buscando sua esposa. Ele recebeu sua esposa, assim como nós não devemos correr atrás de uma esposa, mas saber que é o Senhor que nos traz nossa esposa. Isaque recebeu uma mulher de seu povo, assim como nós receberemos uma mulher de nosso povo (Reino celestial). O servo deveria trazê-la para Isaque, e não leva-lo para ela (v.5-8), Deus disse a Abraão que a terra onde estavam era a que lhe havia dado por promessa, que daria a sua descendência. Isaque era o filho da promessa pela qual vinha a sua descendência e aquela era a terra da promessa onde sua descendência habitaria (Gênesis 12:7). Abraão teria uma descendência que habitaria em uma terra. Abraão não poderia observar apenas uma promessa do Senhor e deixar a outra, não poderia transgredir uma promessa do Senhor para cumprir outra, não adiantaria ele permitir que sua descendência surgisse, sem que fosse na terra que o Senhor prometeu, assim não podemos nos opor ou negar alguns ensinos de Cristo para cumprir ou facilitar o cumprimento de outros. O servo de Abraão obedeceu às suas instruções, clamou pela direção do Senhor e o Senhor o direcionou (v. 9-27), ao ver a vontade do Senhor e seguir as suas instruções podemos e devemos clamar por uma direção esclarecida do Senhor, para então o Senhor nos direcionar conforme a sua vontade, e devemos estar totalmente sujeitos a essa vontade, assim como o servo estava quando seguiu as direções de seu mestre, e foi instruído pelo Senhor. Rebeca anunciou à sua família, que reconheceu o servo como um enviado do Senhor e o acolheu (v. 28-32), assim como é importante que a moça anuncie aos seus familiares, pois ela é submissa aos varões de sua casa. O servo de Abraão expôs a situação e como o Senhor o direcionou, de como ele recebeu sua missão, de como o Senhor o direcionou e esclareceu sua vontade (v. 33-48). Nisto vemos a importância de apresentar a forma com que Deus direcionou tudo, para glorificar ao Senhor e apresentar isto como uma obra das mãos de Deus e não de homens. Após expor como tudo aconteceu o servo de Abraão pede autorização aos responsáveis de Rebeca para leva-la com ele, e se sujeita a decisão deles (v.49), assim como pediremos a autorização aos responsáveis pela moça. Então Labão e Betuel reconhecem a direção do Senhor e deixam o servo levar Rebeca com ele (v. 50-51) Labão e Betuel liberaram por ver que esta era a vontade de Deus. O motivo de nosso relacionamento ser autorizado deve ser acima de tudo, por ser reconhecido como a vontade de Deus, se os responsáveis forem direcionados por Deus, como Labão e Betuel. O servo louva ao Senhor (v.52), reconheçamos que isto é obra unicamente do Senhor e creio que não precisaremos nos atentar em louva-lo pela confirmação de sua vontade, isto com certeza surgirá impulsivamente de nosso espírito se reconhecermos que isto de fato foi feito pelo Senhor. O servo permanece com eles até o outro dia e pretende partir, porém eles pedem para que ela fique mais tempo com eles, mas o servo insiste em ir, eles pedem o que ela quer e ela decide ir, sua família a abençoa e ela vai (v. 5361). Vemos ousadia por parte do servo e de Rebeca em permanecer na direção do Senhor para que se cumpra a vontade do Senhor, mesmo se opondo às vontades afetivas de sua família, assim é importante que o homem e a mulher estejam apoiados acima de tudo na vontade e direção do Senhor, pois surgem sentimentos afetivos familiares, que caso se oponham à direção do Senhor, devem ser negados. Vemos o acordo da família com a decisão de Rebeca e a benção da família ao casamento, como autoridades impostas por Deus até o tempo do casamento é importantíssimo que a família abençoe o filho e a filha para o resto de sua vida. No caminho, Isaque e Rebeca se encontram, o servo expõe como tudo aconteceu e Isaque e Rebeca se casam (v.62-67). Aqui vemos um ponto importantíssimo da união de Isaque e Rebeca. Notemos, o
servo expôs a vontade e direção de Deus à Rebeca e ela seguiu a vontade de Deus, igualmente o servo expôs a vontade e direção de Deus à Isaque e ele seguiu a vontade de Deus. Isaque não amou Rebeca e Rebeca não amou Isaque. Isaque amou a vontade de Deus e igualmente Rebeca amou a vontade de Deus. Isaque não foi atraído por Rebeca, o casamento não surgiu pela Rebeca em si, assim como Rebeca não foi atraída por Isaque e não casou por causa dele, mas pela vontade de Deus, genuinamente foi o Senhor que os uniu. Assim deve ser conosco. É muito comum hoje em dia na Igreja o “estamos orando”, quando duas pessoas expressam o desejo de um pelo outro e propõe-se orar para ver se esta é a vontade de Deus. Quão complicado é ist, por que a partir da hora que se expõem um ao outro e determinam que orarão sobre isto, podem estar totalmente fundamentados em sua própria vontade, oram para cumprir uma burocracia que aparenta um ritual de santificação, mas fundamentados em seus próprios desejos não se dispõem verdadeiramente a vontade do Senhor. Dizem que estão orando para ver se é a vontade de Deus, mas em seu coração não veem a hora de iniciar o relacionamento. Esta ideia de “orar junto” é muito complicada, pois nisto já há um envolvimento emocional. Se não há certeza, se ainda há duvidas, não tome atitudes que podem gerar engano e ferir o outro. Se o Senhor tem operado vontade Dele e se busca uma confirmação ou certeza, faça-o sem expressar a ela, sem nem se quer seduzi-la ou chamar-lhe a atenção. Em toda a Bíblia vemos a vida da Igreja, do Povo de Deus, da Unidade. Sabemos que a Igreja é o corpo de Cristo composto de muitos membros que vivem em comunhão, e já não vivemos mais sozinhos, vivemos em unidade com os irmãos e aprendemos, somos instruídos e exortados através da unidade. (1 Coríntios 12:12-14, 25-27; Efésios 4:4-5,14-18; 5:21; 1Tessalonicenses 5:11,Provérbios 11:14 e vários outros). Sabendo que vivemos em comunhão e somos edificados através da unidade, é de grande importância que busquemos conselho na Igreja, através de irmãos que nos conhecem, que conhecem a mulher, através de anciãos experimentados e experientes, capacitados a nos auxiliar, pois “o caminho do tolo é reto aos próprios olhos, mas o que dá ouvido aos conselhos é sábio” Provérbios 12:15 e “o sábio ouvirá e crescerá em conhecimento, e o entendido adquirirá sábios conselhos” Provérbios 1:5. Podemos estar sendo enganados, andando cegos, e para isso é bom termos irmãos que nos alertem. Ou temos seguido a vontade e direção do Senhor, e para isso é bom termos irmãos para testificar a vontade do Senhor. Não seguiremos o conselho de homem algum, seguiremos o conselho do Senhor, que fala através de seu corpo, a Igreja, para isso devemos conhecer o Senhor, para discernir qual conselho vem de homens e qual conselho vem do Senhor. Não vejamos os conselhos como vindos de homens, mas do próprio Deus.
Quem inicia um relacionamento Tendo o homem certeza da direção do Senhor, ele a expõe. Há diversas indicações bíblicas que não nos deixam dúvida de ser o homem o cabeça (1 Coríntios 11:3; Efésios 5:23; 1 Timóteo 2:11-14; e vários outros), Gênesis 2:24 diz que o homem sai de casa, e não o contrário, Isaias 62:5 diz que o mancebo casa com a donzela, e não o contrário. 1 Corintios 7:36-38 parece colocar o pai como quem decide por sua filha, ou seja, não parte, jamais, da mulher a iniciativa ou motivação ao início de um relacionamento. A mulher foi formada por causa do homem (Genesis 2:18; 1 Coríntios 11:9) Deus dirigiu-se primeiro a Adão no paraíso (Gênesis 3:9) o Homem é o cabeça, a responsabilidade e a iniciativa partem do homem. Conforme a Bíblia, uma mulher que vai atrás do homem e o atrai e seduz é a prostituta (Provérbios 6:20-7:27). Não permita que a mulher tome a atitude de dar o primeiro passo para iniciar um relacionamento, quão terrível seria, a primeira decisão e atitude de um relacionamento surgir daquela, que não será a responsável por tomar as decisões no casamento. Árdua tarefa será reverter os papéis de autoridade depois de já ter sido lançado o alicerce. Dito sobre os pais, em 1 Corintios 7:36-37 entendemos a importância da permissão dos pais, de o homem falar com os pais da mulher, para ver se os mesmos consentem em que se casem. Deuteronômio 22:16 nos mostra o pai como responsável pela moça. Enquanto a mulher está com os pais, o pai é seu cabeça, o pai é responsável por ela. A partir da hora que se casa, o marido passa a ser seu cabeça, estando, a mulher, debaixo da autoridade dele. Não há nenhum indício Bíblico de iniciativa feminina a um casamento, em toda a Bíblia vemos as iniciativas sendo tomadas pelo homem (Gênesis 6:2; 24:1-4; 29:18-19; 34:1-8 (embora em muitas circunstâncias a atitude se mostra pecaminosa, ou não direcionada por Deus, a iniciativa é masculina) as leis acerca de casamento vistas em Deuteronômio tratam do homem como o membro ativo em um relacionamento). Evidentemente é claro que a moça terá que ter convicção de que esta é a vontade de Deus, mas se temos declarado que é o Senhor quem opera esta obra, certamente a moça terá esclarecimento da vontade de Deus.
Quando iniciar um relacionamento Um relacionamento é iniciado, após a prática de tudo o que já vimos, quando há o objetivo de casar, e assim inicia-se um preparo para o casamento. Ambos ainda estão abaixo da autoridade dos pais, por isso a importância de que haja consentimento por parte deles. Certamente, se há convicção de que esta de fato é a vontade de Deus, se algum pai não concordar com o casamento, por motivos humanos, o casal deve manter seguindo a vontade de Deus, pois esta é acima da vontade dos pais, porém havendo a vontade de Deus através dos pais, contra isto não deve haver contrário posicionamento. Ambos estão abaixo da autoridade de Cristo, e com isso, da Igreja, então é de suma importância que haja um consentimento da Igreja. Se os irmãos tem visto que isso não é a vontade de Deus, reanalise, os irmãos servem, além de outras coisas, para nos alertar e abrir nossos olhos quando enxergamos coisas erradas e prosseguimos em um caminho que não procede do Senhor. Busquemos anciãos, e irmãos que conheçam bem a nós e a mulher a quem o Senhor nos tem levado a unir. Há muitos que dizem que só pode namorar depois dos 18, que só pode casar quando acabar a faculdade, ou quando tiver estabilidade financeira. O que define a possibilidade para o início de um casamento é o Senhor, e isso será quando a pessoa tiver maturidade o suficiente para ter um relacionamento, quando estiver apta para cumprir as determinações bíblicas a um casal. E isso independe da idade na contagem humana. Quanto à questão financeira, isto são coisas terrenas que o Senhor há de prover (Lucas 12:22-31), não deve ser levado em conta como fator muito relevante, devemos buscar o Reino dos céus, e o mais será provido. O que não exclui o cuidado e zelo que visa a responsabilidade financeira em que se encontra. Um relacionamento inicia-se com a intenção de casar, e não há outro motivo para tal.
Bases bĂblicas para namoro
Namoro Cristão Como podemos ver, não existem bases bíblicas para o namoro, pois namoro cristão não existe. O que existe é uma preparação para o casamento, ou seja, o noivado. Um conhecimento mútuo de um ao outro, um tratamento mutuo de um ao outro, para a consumação do casamento. Mas não há uma “curtição”, o relacionamento deve se iniciar com a intenção de casar, e não de “ver o que rola”. O tempo antes do casamento não é para ser um tempo de aproveitamento carnal, é para ser um tempo de treinamento, de preparação, o que claro é de muito proveito para o espírito. O erro que ocorre é que o casal passa a viver experiências de casamento sem a responsabilidade de casamento. Quer experimentar coisas de casamento fora de seu tempo determinado por Deus. O que mostra uma vida não dirigida por Deus. A Bíblia nos traz uma palavra incomum nos dias de hoje: Desposar, presente em vários lugares. Deuteronômio 20:7; 22:13-30; 24:1-4; Levítico 19:20; Oséias 2:19-20. Porém analisando as citações bíblicas podemos concluir que quando um homem desposa uma mulher é quando ambos estão ligados um ao outro para casarem-se. Fica-nos claro que enquanto estão desposados, ainda não mantem relação sexual, como era o caso de José e Maria (Mateus 1:18), mas já estão ligados um ao outro com o intuito de casarem-se. Como Igreja somos Noiva de Cristo, estamos desposados com Cristo, aguardando o dia das Bodas do Cordeiro (Apocalipse 19:7). Este deveria ser o que chamamos de relacionamento, ou de namoro, que na verdade é o noivado. Quando homem e mulher determinam-se a casarem. Notemos agora a profunda revelação em Efésios 5:22-33. Aqui o Senhor fala sobre o relacionamento do marido e da esposa, e o relaciona com Cristo e sua Igreja. É importante notar aqui que Cristo e sua Igreja ainda não casaram, não chegou ainda as Bodas do Cordeiro (Apocalipse 19:7) A Igreja é a noiva de Cristo, e ainda não foi feita esposa de Cristo, mas tanto Cristo, como a Igreja, agem como o marido e a esposa são instruídos a agirem. Isto é o desposamento relatado na bíblia, o que chamamos de noivado, ou seja, a preparação para o casamento, onde já existe a prática do casamento quanto ao papel do marido como cabeça e da esposa como submissa, estas funções devem ser exercidas desde o início do relacionamento, não esperando para colocar estas coisas em pratica após o matrimônio, mas já no tempo de noivado. No noivado ainda não há uma união física e geográfica, os dois ainda não são um só corpo, o corpo de um não é do outro, mas já exercem suas funções determinadas quanto ao serviço e tratamento de um para com o outro. Cristo purifica a sua Igreja para apresentar a si mesmo uma Igreja gloriosa, sem mácula, sem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e sem defeito. Até que chegue o dia do casamento, onde a noiva estará pronta (Apocalipse 19:7-8). Assim deve ser o noivado. Falando de desposamento, vejamos que maravilhoso o que foi dito através do profeta Oseias a nós em Oséias 2:14-20, que diz sobre a nova aliança que há em Cristo, na qual estamos inseridos. O Senhor fala aqui da sua Igreja.
Como deve ser o noivado Acredito que esteja claro que há somente duas etapas, o noivado e o casamento, que é inclusive o que vemos entre Cristo e a sua Igreja, então deixemos de lado a ideia que tão fortemente foi formada no meio cristão, e que se denomina namoro ou relacionamento. Falemos de noivado. Ambos estão determinados a casar, assim começam a se relacionar para juntos formarem um alicerce firme para fundamentar este casamento. Este alicerce não é necessariamente construído por eles, este alicerce é o próprio Cristo, e o casal passa a se conformar a esse alicerce para, a partir daí, ser construído obra perfeita pelo Senhor, para que agrade ao Senhor. Está claro, pela compreensão do Evangelho, que já não é mais nós que vivemos, mas Cristo vive em nós (Gálatas 2:20). Se somos Filhos de Deus, somos dirigidos pelo Espírito (Romanos 8:14). Então o que deve nos mover, o que deve determinar como as coisas devem ser é o próprio Cristo. Existem diversos questionamentos do que pode ou não pode ser feito, quais os limites, até onde se pode ir em um noivado. Já foi esclarecido o objetivo, visto também que a bíblia fala sobre casamento, e não sobre namoro. Então o noivado será um tempo de aprendizado e prática para a formação daquilo que o Senhor deseja, um aprendizado de maturidade do casal, de conhecimento sobre o que é o casamento, de crescimento espiritual, de sujeição de um ao outro, de conhecimento um do outro, de lapidação e tratamento do Senhor, de conhecimento da relação entre Cristo e sua Igreja para uma compreensão mais aprofundada do casamento e do próprio Cristo, e é este o limite do relacionamento. E isto tudo, baseado em que lugar da Bíblia? Em todas as descrições de um casamento, que devem ser observadas e cumpridas. E para isso o casal deve estar apto, preparado pelo Senhor para cumprir com a palavra do Senhor, para glorificar ao Senhor. Isto abrange uma compreensão mais aprofundada do objetivo de um noivado e como ele deve ser. Não é uma questão de pode ou não pode, é uma questão de motivo, o motivo pelo qual existe o tempo antes do casamento. Neste tempo, o casal irá comungar, crescer espiritualmente, andar com irmãos experimentados para aprender, ser usados juntos pelo Senhor para a sua obra, exortarem-se e conformarem-se um ao outro e a Cristo. Muitas leis são impostas para guiar quais os caminhos e limites que o relacionamento deve caminhar. Mas tenhamos um entendimento esclarecido do evangelho, e assim saberemos como prosseguir. Sabemos que em Cristo estamos livres da lei, estamos acima da lei (Romanos 6:14), e por conta disso não vivemos mais na prática do pecado. A lei esclareceu a nós o que é o pecado (Romanos 7:7), mas em Cristo estamos livres da lei, por que estando abaixo da lei servíamos ao pecado, porém agora, em Cristo, não estamos mais debaixo da lei, estamos debaixo da graça, e não servimos mais ao pecado, servimos a Cristo. O fato de não haver lei, não nos leva a satisfazer os desejos da carne por não haver uma lei que condene isso, mas nos leva a viver submissos à vontade do Senhor, pois morremos para o pecado, e este não tem mais domínio sobre nós (Romanos 6:15-16; 7:4-5). Por provar desta graça divina e preciosa é que não servimos mais às nossas paixões carnais (Romanos 6:22). Porém saibamos que a lei é boa e espiritual (Romanos 7:12, 14). Mas o cumprimento dela está em Cristo (Romanos 10:4). Não convém que nos sujeitemos à lei, não por ela ser ruim ou ineficaz, mas por que em Cristo está o cumprimento da lei. (Gálatas 3:18-26)
“A Lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, nos livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocando ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado” Romanos 8:2-3, pois Cristo não veio para destruir a lei, mas Ele veio para cumpri-la (Mateus 5:17) Logo, se vivemos em Cristo cumprimos a lei. Somos libertos da lei, porém a liberdade não deve dar ocasião à carne (Gálatas 5:13). Certamente agora tudo nos é lícito, mas nem tudo nos convêm, nem tudo edifica, não devemos ser dominados por nada além de Cristo (1 Coríntios 6:12; 10:23), tudo deve ser feito para a glória de Deus (1 Coríntios 10:31, Colossenses 3:17, 1 Pedro 4:11). Por isso, devemos conhecer ao Senhor, para saber o que o agrada, e viver naquilo que o agrada, visto que o motivo de tudo existir, e de nós existirmos é que o Senhor seja louvado. Conhecendo ao Senhor saberemos o que o agrada e o que desagrada, e faremos somente aquilo que o agrada, e aqui pode parecer haver uma contradição com o “não haver mais lei”, pois se não há lei, então como irei proibir certas coisas? O cumprimento da lei é o amor (Romanos 13:10), o grande mandamento é que amemos ao Senhor com todo o nosso coração, com toda a nossa alma e com todo o nosso pensamento, e que amemos ao nosso próximo como a nós mesmos (Mateus 22:37-39). Se de tal maneira devemos amar ao Senhor, então toda a nossa conduta será baseada nisso. Fundamentados no amor ao Senhor é que viveremos, assim já não é mais a lei que nos conduz, mas sim o amor a Deus. Deixaremos de fazer várias coisas por amor ao Senhor, mediante o conhecer a Ele através da intimidade e revelação de sua vontade e através da Bíblia, pois “toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” 2 Timóteo 3:16. Para “coisas do dia-a-dia” geralmente dizemos que não precisa leis, pois não estamos debaixo da lei, mas quando falamos, por exemplo, sobre divórcio, impomos de maneira drástica (e com razão) de que não pode haver divórcio, ou seja, isto nos é claro mediante as Escrituras e sabemos que Deus odeia o divórcio, por isso temos tão firme este pensamento ao ponto de tornar-se lei para nós, ou seja, não nos submeteremos a uma lista de leis religiosas que apenas seguem uma norma de conduta, mas conheceremos ao Senhor e saberemos aquilo que agrada e aquilo que desagrada, e aniquilaremos ao ponto de privar determinadas coisas por saber que tais não agradam ao Senhor. Romanos 7 nos mostra uma árdua militância entre o querer e o fazer, mostrando a operação do pecado em nós (Romanos 7:14-25), vemos isto atuante em nós hoje, muito mais em nossa idade, vemos claramente estas coisas manifestas. Porém é importante saber que o capítulo 7 de Romanos não acaba em si mesmo, o capítulo 8 é uma continuação, ao ponto de que não podemos concluir o capítulo 7 em si mesmo, ele depende do 8 para sua conclusão. No capítulo 8 vemos que a militância presente no 7 tem a sua resolução em Cristo (Romanos 8:1-9). Notemos quão perfeita obra o Senhor tem operado para conosco! Se vivemos pela carne, vivemos abaixo da lei, logo pecamos por não agradar a Deus. Mas se vivermos pelo espírito, estamos debaixo da graça e por isso agradamos a Deus. Não satisfazemos os desejos da carne, não pelo cumprimento da lei, mas sim por viver no espírito, por viver pela fé, por viver na graça. Colossenses 2:20-23 enfatiza de uma forma esclarecedora um direcionamento que devemos seguir. O Senhor nos fala através de Paulo que se estamos mortos em Cristo quanto aos rudimentos do mundo. Não há motivos para seguir ordenanças que proíbem coisas a nós, pois estas ordenanças são conforme o mundo, ou seja, já que estamos libertos do mundo, por que seguiremos ordenanças mundanas? Ele não nos diz que as ordenanças são erradas, ou que não
existam coisas erradas que devam ser proibidas. Ele nos diz que estas ordenanças são mundanas, que são feitas para um viver mundano, que por fim não tem poder contra a satisfação da carne, não são capazes de nos livrar dos laços enganadores de nossa própria carne, por que são ordenanças voltadas à conduta, aos atos, e a partir da hora que vivemos em Cristo, primeiro que já estamos livres do mal e não deveríamos necessitar de ordenanças que nos livrem do mal, participamos da vida divina e isto deveria ser o suficiente para não viver nas práticas mundanas, segundo que, conhecendo o pecado, sabemos que ele não atua apenas na esfera da ação, mas muito mais profundamente, ele já inicia na cobiça. Sendo assim, a presença ou a ausência da manifestação externa do pecado não define se a pessoa é escrava do pecado ou não, ela pode seguir uma série de regras, e isto não passar de obras da carne para auto justificação. Lembremos, em Cristo já somos justificados pela graça através da fé. (Romanos 3:24; Gálatas 3:24). Em 1 Coríntios 10:23 o Senhor nos diz que todas as coisas nos são licitas, mas nem todas convêm, nem todas edificam. Por isto vemos que a regra do pode ou não pode, parece ser anulada. Porém, se compreendermos verdadeiramente, ela não é anulada, pelo contrário, ela é elevada a uma escala tão grande que nos conduz a viver somente naquilo que edifica. Vejamos aqui qual é o alvo da satisfação, o nosso espírito, e não a nossa carne. Mediante isto não viveremos impondo regras do que pode ou não ser feito, por vivermos em espírito (se é que vivemos), não viveremos no pecado, não satisfaremos aos desejos da carne que buscam a própria satisfação, pelo contrário, viveremos naquilo que edifica, naquilo que glorifica ao Senhor. Em 1 Coríntios 10:31, Colossenses 3:17 e 1 Pedro 4:11 somos instruídos à fazer tudo para a glória de Deus, e isto quer dizer tudo. Tudo deve ser feito de maneira que glorifique ao Senhor, tudo o que for feito deve nascer do propósito de glorificar ao Senhor. Isto não quer dizer que tudo o que fizermos, faremos motivados por nossas vontades, mas glorificando ao Senhor. Não, o que glorifica o Senhor é aquilo que Ele deseja que seja feito. Sabemos que é Ele quem opera o querer e o realizar em nós (Filipenses 2:13), portanto só glorifica à Ele, aquilo que Ele quer e opera através de nós para a glória dele. Então não viveremos mais baseados em leis. Viveremos baseados no espírito através da fé. O que nos guiará é o próprio espírito definindo aquilo que convém, ou seja, aquilo que edifica e glorifica ao Senhor. Deve ficar claro que isto é uma atuação do Espírito, ou seja, devemos estar totalmente vazios de nós mesmos. Não é eu fazer o que quero e dizer que “para mim isto edifica, eu tenho consciência de que para mim isso convém, eu estou fazendo isto para a glória de Deus”. O fato de não haver uma lista de regra torna tudo mais complicado, quem julga é o Senhor, e Ele sabe se temos de fato vivido no Espírito, ou se usamos das palavras “me convém”, “me edifica”, “faço para a glória do Senhor” apenas para satisfazer e justificar nossas atitudes carnais. Conheçamos ao Senhor para saber o que o agrada, o que o glorifica, o que convém, o que edifica, e isto será nosso alicerce para que o Espírito opere em nós as instruções de um viver santo diante do Senhor. Para termos um relacionamento puro e santo, devemos viver na prática viva destas coisas. Do contrário, ou viveremos um liberalismo pecaminoso, ou viveremos regras que encobrem o pecado presente e atuante em nossa mente e coração, regras que apenas levam ao culto a si mesmo perante os outros e perante a própria consciência contaminada pelo pecado.
O problema do pecado é muito mais sério do que as práticas. O fato de não seguirmos ordenanças não é por que estamos liberados para fazer o que quisermos, mas é por que nem se quer as ordenanças são capazes de nos livrar de pecar. O pecado é algo tão profundo, que as ordenanças não são o suficiente para nos livrar dele, apenas Cristo, e a graça que nos alcançou, a qual temos acesso pela fé, é suficiente para nos livrar do pecado. Devemos conhecer o Senhor e saber o que o agrada e o que o desagrada, e nisto será conduzida a nossa vida. O que nos conduz não são ordenanças. O que nos conduz é o amor ao Senhor. A partir disso, nossas práticas e intenções serão conduzidas. Através de um amor genuíno para com Cristo. Observemos o que Jesus nos diz com respeito ao pecado. Ele diz que “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiça, já em seu coração cometeu adultério com ela.” (Mateus 5:27-28). Este é um texto bem conhecido e muito falado, sabemos de sua seriedade, mas será que notamos quão profundo ele é? Ele nos diz que não é necessário praticarmos algo para pecarmos, o fato de cogitar, e alimentar o pensamento em algo que não agrada a Deus, já é pecado, por isso também que as ordenanças ditas em Colossenses não têm valor contra a satisfação da carne, por que o pecado surge antes de fazer, ou deixar de fazer algo. Quanto ao noivado existe um cuidado enorme com o pecado, mas é bom termos bem fundamentada a noção de pecado, para, com um bom fundamento, aprendermos sobre a pureza e santidade em um relacionamento. Um assunto muito polêmico é o contato físico. Porém analisando na Bíblia, ele é mais simples do que parece. O contato físico diz respeito àquilo que é físico. E a Bíblia fala que o casal se torna um quando casa (Gênesis 2:24), ou seja antes disso eles ainda não são um, se eles ainda não são um, são dois, ou seja, dois irmãos. Se não passam de dois irmãos, por que teriam relacionamento físico de um casal? Tá, mas eles estão em um relacionamento para casar, tem o propósito de casar, ok, mas eles ainda não casaram, portanto ainda não tornaram-se um e o corpo de um ainda não pertence ao outro (1 Coríntios 7:3). Outro ponto neste assunto é o desejo sexual carnal. A relação sexual é linda, maravilhosa, até expressada no livro de Cantares. Ela deve ser presente, com intensidade e com muito prazer no casamento, homem e mulher não devem privar-se um do outro, a não ser por consentimento, e sendo assim, por pouco tempo (1 Coríntios 7:3-5). Porém isto é para o casamento, somente para o casamento, só no casamento ela se torna espiritual. Antes do casamento isto é prostituição, lascívia e fornicação, e isto é obra da carne (Galatas 5:19). Sabendo que a relação sexual antes do casamento não é conveniente com a vontade de Deus, tudo o que leva a isso também não convém. Geralmente os homens são induzidos fisicamente e as mulheres são induzidas emocionalmente para o desejo de ter relação sexual, e isso ocorre sutilmente. O erro não está apenas em ter a relação sexual antes do casamento, o erro já está antes, quando há uma provocação para isto, seja física ou emocionalmente. Contatos físicos, como beijo, abraço, carícias, e também elogios demasiados ao outro induzem à relação sexual e convém que sejam evitados. É errado vermos isto como uma regra, de não poder ter contato físico nenhum, pois como já vimos em Colossenses, nenhuma regra irá livrar do erro, pelo contrário, pode até incitar mais ainda a vontade de entregar-se a sensualidade. O que deve haver é uma consciência firme de que o Senhor não se agrada disso, isto não faz parte do que o Senhor pretende operar em um noivado, isso levará ao pecado, à morte. Sabemos de nossa posição diante de Deus, e devemos nos afastar daquilo que nos afasta dele, e já que estaremos em um relacionamento, por amar ao outro, deve-se buscar também livrar o outro do pecado. A partir da hora que eu satisfaço os
desejos da minha carne, eu estou me utilizando do corpo de outra pessoa para pecar, reduzindoo a corpo de prostituta, e também estou levando ela a pecar, ambos estamos, um abusando do outro e caminhando em direção ao inferno. Notemos o quão nojento é isto, não é lindo nem romântico, é tenebroso e horrível. O Senhor nos instrui através de Paulo que “esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição; que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra, não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus; e que, nesta matéria, ninguém defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador” (1 Tessalonicenses 4:3-6). Não há necessidade de discorrer muito sobre isto, pois aqui o assunto é tratando com tamanha profundidade e nos fica muito claro como aqueles que conhecem a Deus mantêm seu corpo santo e não fere a santidade do outro. Ele deixa claro que o desejo de lascívia resulta na contaminação do corpo e aqueles que conhecem a Deus não seguem seu desejo, e por isso não se contaminam. O Senhor é o vingador, daquele que suja a sua santidade, e a santidade do outro. Isto claramente se encaixa ao noivado, e não somente ao noivado, mas também ao tempo de solteiro. O contato físico tem como objetivo a satisfação da vontade carnal, e sabemos que não nos convém satisfazer as vontades da carne (1 Pedro 4:2), e para isto basta que vivamos em Espírito (Gálatas 5:16). Então como um casal sendo formado em Cristo, devem um levar o outro a viver no Espírito. Há uma grande vontade de ter contato físico abusivo, mas devemos resistir ao mal que há em nós, de quem já fomos libertos. Não por uma regra, mas por que já fomos libertos do pecado e por que cada coisa tem seu tempo (Eclesiastes 3:1), e o tempo determinado para o contato físico é para quando o corpo do homem for da mulher, e o corpo da mulher for do homem (1 Corintios 7:3). O perigo do contato físico não é somente por que esta é a porta de entrada para o ato sexual, mas por que o contato físico já é a satisfação carnal. Mesmo que esse não resulte em uma relação sexual, ele tem por intenção a satisfação carnal, o saciar o apetite sexual. É inevitável que tenhamos apetite sexual, estaremos nos relacionando com a mulher que amamos, somos humanos, e é uma questão fisiológica termos desejos sexuais, mas a Bíblia nos instrui, como já vimos diversas vezes, para não satisfazermos o desejo da carne, e isto também inclui a masturbação. A masturbação não deve ser um escape para nos livrar das vontades sexuais atuantes em nosso corpo. O escape que temos é a cruz, a liberdade que há em Cristo. Conhecemos a nós mesmos, é uma auto tortura nos expormos à tentação. É um golpe contra nós mesmos, nos incentivarmos e nos acostumarmos com desejos e praticas que nos tentam a pecar. Cristo provê todas as coisas necessárias para termos um relacionamento em pureza e santidade. Quão lindo é ter um relacionamento conduzido em santidade. Se Cristo tem provido isto de maneira tão preciosa, não há por que estragar toda esta beleza. Como vimos pelas palavras de Jesus, o adultério acontece já no cobiçar uma mulher. Cristo aqui não se refere apenas ao adultério. Ele diz respeito a tudo. Portanto, visto que o contato físico, a indução emocional ao pecado não conduzem à vida, saibamos que não somente estes atos são condenáveis diante de Deus. Mas a inclinação à carne, o desejar, o cogitar e alimentar um pensamento e intenção impura já são condenáveis diante de Deus e sujam uma relação. Impor leis que limitam até onde vai o relacionamento não tem muito valor, pois não são eficazes o suficiente para evitar o erro. Deve ser mais profundo que isto. Ter nossos pensamentos voltados àquilo que não agrada a Deus já é um erro diante dele, e devemos fugir disso. Não é questão de
fazer coisas erradas, é mais profundo, é questão de desejar e alimentar o desejo, nem que seja mentalmente. O que conta não é a ação, é a intenção, portanto, se um noivado move-se a partir de uma intenção que seja diferente da intenção de um relacionamento santo, podemos considerar que este é um caminho errado, que não segue conforme a vontade de Deus. Se no noivado há práticas que não são a edificação de Cristo, o compartilhar de Cristo, o formar de Cristo há sérios erros que desagradam a Deus. O pecado pode ser ações, palavras, pensamentos, qualquer coisa que não conduza à edificação em Cristo. O objetivo é o crescimento espiritual, e não o aproveitamento ou o romantismo. Não devemos em um relacionamento, unir a pessoa a nós mesmos, mas juntamente com ela nos unirmos a Cristo, a sujeição de um ao outro provém da sujeição de ambos ao Senhor. O cumprimento da vontade de Deus leva um a se entregar ao outro, e a conquista de um pelo outro é o Senhor quem opera, a partir da hora que eu não busco conquistar a outra pessoa para mim, mas conquistá-la para Cristo. É importante que estas coisas não sejam vistas como regras, mas que se compreenda o tempo de cada coisa, e o perigo que há em experimentar algo fora de seu tempo determinado. O amor de um pelo outro os levará a Cristo, e não a si mesmos. Seres carnais buscam coisas para si mesmos, satisfações sexuais, físicas, emocionais, mas como cristãos devemos buscar agradar o Senhor, e levar o outro a agradar o Senhor. O romantismo deve ser existente na forma de levar o outro a Cristo, e não como provocação ao pecado. A expressão de amor deve ser em levar o outro a Cristo, e unirem-se até o tempo de tornarem-se de fato um. O romantismo deve vir como uma expressão do amor do próprio Cristo, ou seja, um amor puro, sem intenções carnais, sem a intenção que visa a si mesmo, mas com a intenção que visa glorificar o Senhor e edificar o outro. Visto que este é um tempo de preparo, adaptação e mutuo conhecimento de um ao outro, para o casamento, os dois deverão se conhecer e caminharem em um caminho que visa o tornar-se um, portanto irão conversar sobre tudo, tratar sobre todas as coisas, afim de que entrem no casamento sem contas a prestar, sem muitas novidades, mas já entrem um conhecendo o outro completamente. Se não tiverem maturidade para tratarem de todas as coisas juntos, não estão preparados para o casamento. Isto exige maturidade, e muita humildade, portanto a mesma atitude que Cristo tomou de esvaziar-se de si mesmo para tornar-se homem e nos salvar, a mesma atitude que tomamos de nos esvaziarmos de nós mesmos para ser salvos, também é a atitude que homem e mulher devem ter para que sejam um como a Igreja e Cristo são um. Por isso devem ser humildes, e vazios de si mesmos para tratarem de todas as coisas juntos e conformarem-se um ao outro para serem um. Um grande perigo que ocorre é o de gerar uma dependência muito grande de um pelo outro. Enquanto a dependência deve ser Cristo, e um deverá ser sujeito ao outro, porém não vitalmente dependente. Ou será que homem ou mulher podem substituir Cristo e gerar vida de si mesmo ao outro? O casal deve aprender a entregar-se um pelo outro, mas o motivo e o meio por como isso é feito é Cristo, ambos dependerão totalmente de Cristo e não um do outro. Havendo uma dependência doentia um do outro, há dependência humana, o que não convém. Quando surgirem tribulações um irá querer livrar o outro e não aprenderão com isso. Devem aprender a ser tratados pelo Senhor e permitir que o Senhor trate ao outro. Devem levar as cargas um do outro, levarem juntos a cruz, e não simplesmente retirá-la das costas e deixa-la ao
lado, motivados por um amor humano que “não quer ver o outro mal”, que por fim afasta o tratamento e a edificação que o Senhor deseja operar. O casal, motivado pela paixão, é constantemente tentado a afastar a mão do Senhor que se manifesta através de coisas aparentemente ruins, mas que visam o crescimento. Com o intuito de demonstrar um amor protetor, porém, que afasta a mão do Senhor de edificar, ou seja, por fim acaba desprotegendo e barrando o agir do Senhor. Um dos grandes objetivos do casamento é levar vida aos outros, tanto ímpios como irmãos. Se o casal isolar-se só em si mesmo durante o noivado, há grande chance de ser assim também no casamento. Devem aprender juntos, estarem a sós, isolarem-se dos demais para tratarem-se e crescerem mutuamente, mas sem deixar de estar entre ímpios e irmãos levando o evangelho, aprendendo e sendo tratados, sem deixar a comunhão da Igreja, pelo contrário, estar assiduamente entre irmãos experimentados para que possam ser instruídos na palavra, tanto sobre tudo o que há em Cristo, como especificamente sobre o casamento. Devem estar entre os irmãos e os ímpios para exercerem juntos, a comunhão e edificação, e com isso Cristo irá adaptando um ao outro, formando e solidificando a unidade para que quando casarem sejam uma ferramenta útil nas mãos do Senhor. O casal deve ter maturidade de estarem a sós sem caírem em tentação. Se dependem de que alguém fique velando para não pecarem, então não tem consciência de que Cristo é presente em todo o tempo, e deixam de pecar por causa dos outros e de sua imagem perante os outros, e não por causa de Cristo. O que certamente é visto como pecaminoso diante do Senhor. O casal deve saber o que convém e o que não convém. Se eles compreendem que não convém que fiquem a sós então devem fugir disso, para que não caiam em tentação. O homem e a mulher devem compreender que são diferentes um do outro. Cada um teve uma educação de uma forma, e viveram muito tempo daquela forma. Quando duas pessoas se unem são duas educações, formações, conceitos, pensamentos, maneiras de agir, gostos, jeitos, tudo isso diferente um do outro, e o casal deverá se conformar um ao outro para que sejam um, ou seja todos estes aparentes pontos de conflitos, que por serem diferentes podem ser divergentes entre si, deverão ser conformados para que o casal de fato seja um. Isso só é possível através da cruz. Só é possível se houver humildade e disposição para o casal juntos formar a sua vida de um, baseados na palavra do Senhor. Certamente que não deve haver diferença nenhuma quanto à vida de fé, porém é inevitável que haja diferenças entre os dois, diferenças estas que serão resolvidas através da cruz. O casal irá se dispor a resolver todas as coisas. Não é simples, são educações diferentes, mas através da cruz há a adaptação de um para com o outro. Por serem educações diferentes, por terem vivido situações diferentes, a expressão de amor geralmente é diferente, pode ser para uns em forma de carícia, para outros em forma de palavras, para outros em formas de ações, para outros em formas de dar presente e outras formas. A forma com que se portam perante situações de conflito podem ser diferente, enquanto uns querem resolver na hora outros preferem “deixar a poeira baixar” para resolver as coisas. Portanto é importante que o casal se conheça, e saiba como agradar ao outro como convém. É importante que ambos estejam vazios de si mesmo para de Cristo aprenderem o correto. Sempre teremos por certo aquilo que nós vivemos, e isto pode entrar em conflito com a maneira
por como o outro vive, às vezes um está certo outro está errado, às vezes não é questão de certo ou errado, é apenas que os dois têm maneiras diferentes de se portar, então o casal deverá avaliar aquilo que é correto e viver mediante isto. Há muitas coisas que Cristo acrescentará, e é inútil impormos vários ensinos e conceitos humanos. O que o homem e a mulher devem saber e praticar é a sujeição total à Cristo, pois só assim o Senhor direcionará como as coisas devem ser. Podemos expor várias condutas baseadas na palavra, mas elas serão inúteis se não forem provenientes da vida de Cristo no homem e na mulher. Tudo, absolutamente tudo o que o casal precisa aprender está em Cristo, e o Senhor há de guiar todas as coisas. Existem diversos ministérios, pregações, congressos que falam sobre relacionamento. Mas estes podem não passar de meros esforços humanos para algo que só o Senhor opera, e só opera a partir da hora que homem e mulher, vazios de si mesmos, sujeitos a Cristo, são direcionados pelo Senhor através do Espírito pela fé. Todo o ensino baseado na palavra é útil, todo o esforço para que haja vida é útil, se for operado através da fé. O meio jovem cristão atual se foca muito no assunto relacionamento, enquanto deveria se focar em Cristo e este crucificado e conhecer o verdadeiro Evangelho, e todo o ensino necessário virá disto, da prática do Evangelho. O ensino sobre relacionamento lançado em um alicerce que não é alguém morto onde Cristo vive, pode ser prejudicial, alimentar sonhos e expectativas de algo que o Senhor não fará sem que o homem esteja sujeito a Ele. A Igreja parece agir motivada pelo desespero, por conta da quantidade de pecado que se tem acumulado, por conta da deturpação que tem atacado diretamente a base da família, a sexualidade, a promiscuidade, a sensualidade e toda uma destruição dos conceitos bíblicos de uma família, de um casamento e de um relacionamento cristão. Porém a aniquilação do pecado na Igreja virá pelo conhecimento do próprio evangelho, tal qual foi com Josias, que destruiu toda a idolatria após conhecer as leis do Senhor (2 Cronicas 34), e não de conceitos sobre assuntos específicos que não se baseiam no evangelho. Não que tratar especificamente de um assunto seja prejudicial, mas este assunto deve estar baseado no evangelho, e a resolução do problema é a própria prática do evangelho. É importante que se tenha uma compreensão e que se explique a vontade do Senhor sobre um relacionamento. Mas às vezes o muito falar, o muito tratar, e a maneira que se expõe o assunto, leva os jovens a desejarem um relacionamento, levando a tal ponto que seria quase uma “Disney cristã”, que apresenta contos de fada maravilhosos, pretendendo levar o jovem a não se contaminar com o mundo, mas que promete um relacionamento perfeito e maravilhoso, e não expõe a abnegação necessária, a morte, o viver para o outro, o entregar-se ao outro, e o ensino pode chegar aos ouvidos do jovem na forma de uma satisfação à própria vontade, que por fim visa mais a si mesmo do que a Cristo. É importante tratar do assunto e ter um esclarecimento verdadeiro sobre ele, porém muitas vezes ele se torna tão desejado que o jovem começa a buscar a Cristo para um relacionamento, e não tem Cristo como suficiente, precisa de sua história linda escrita por Deus se cumprindo. Portanto, vivamos o Evangelho. Entreguemo-nos à Cristo, e ele há de operar o que convém para a sua glória, honra e louvor.
Quando devem se casar Outro ponto bastante discutido entre os irmãos é o tempo. Quanto tempo deve durar o noivado. Há os que dizem que deve casar logo para não pecarem. Se for assim, deixemos de lado todo o evangelho que falamos até aqui. O casal deve ter domínio próprio. Isto é um fruto do espírito (Gálatas 5:22), e se não vivem no espírito certamente não terão domínio próprio. Não se engane, isto é um fruto do espírito. Tentar ter domínio próprio, com as próprias forças é impossível, e mesmo que seja possível, não é atuação de Cristo em nós, por isso não gera vida. Quando sua esposa ficar velha e pelancuda, você irá trai-la com uma moça jovem por não ter domínio próprio? O amor é o que sustentará a relação o tempo todo, até a morte, e este será o motivo para que não pequem enquanto ainda não casaram, e para que não pequem depois de já ter casado. O amor de Cristo, onde um se entrega ao outro. Há os que dizem que deve ficar um tempão para se conhecerem bem, mas com isso acabam enrolando, não amadurecem, e por fim acabam não andando conforme o guiar do Senhor. Não são conduzidos pelo Senhor, que determina o tempo de cada coisa, e por isto acabam se apoiando nos próprios conceitos, e não na direção de Cristo. Há os que dizem que deve casar logo, por que se o objetivo é casar, então já casa logo. Mas como já vimos a importância deste tempo, sabemos que isto não convém. Será inconveniente ter que aprender tudo o que se deve aprender antes do casamento, já estando em um casamento, e por conta disso, entrar em um casamento despreparado para tal, sendo como um filho prematuro, que embora cresça e tenha vida, passa por uma série de dificuldades e tratamentos especializados no início de sua vida e pode ficar com sequelas a vida toda. Há os que dizem que deve esperar acabar a faculdade, juntar dinheiro e ter uma renda financeira estável. Mas sabemos que o suprimento é o Senhor quem provê, não devemos adiar a vontade do Senhor por conta de coisas que são concernentes a este mundo. Pelo contrário, devemos buscar o reino dos céus. E é justamente isto que definirá o tempo certo, quando estivermos sendo reinados pelos céus. O tempo certo é o Senhor quem determina, e o casal só saberá, novamente, estando vazios de si mesmos, buscando pela vontade do Senhor, estando submissos à sua autoridade, sendo direcionados por Ele, conhecendo Ele e tendo discernimento dele. O Senhor sabe o tempo determinado de cada coisa, sabe quando o casal estará pronto para se casar. E o casal deve estar em Cristo, para serem conforme a sua vontade. Só assim cada coisa ocorrerá no tempo do Senhor.
O que consuma um casamento Este é outro assunto bastante discutido entre os irmãos, o que vem a consumar um casamento, a partir de que momento podem dizer que são casados? Casamento civil, casamento religioso, relação sexual? Vemos em vários casos na bíblia, mostrando como “o homem a tomou por mulher”, “o homem entrou à mulher”, “o homem coabitou com a mulher”, mas não explicam mais detalhadamente quando ocorre o casamento. Vemos em casos como e de Jacó e Lia, como o de Sansão, como o casamento que Cristo foi convidado, que havia um evento, uma cerimonia de celebração, as bodas. Mas quando pode dizer que são casados? Quando se tornam um? Sabemos que devemos prestar contas aos homens (Mateus 22:21), e nisto entra o casamento civil, onde perante a lei homem e mulher são casados, por isso tornam-se um, quando é feito a certidão de casamento, quando legalmente são casados. Sabemos que é Deus quem une o casal (Marcos 10:9), então é perante Deus que há a união, que Ele mesmo fez. É difícil pontuar o momento exato que o Senhor os trata como casados, por que diferente do casamento civil, o agir do Senhor, a benção do Senhor, o trabalhar do Senhor nos dois para serem um, já se inicia desde o dia em que começaram a andar juntos neste propósito. Sabemos que a relação sexual une dois corpos (1 Coríntios 6:15-16). Sabemos que a partir da hora que o homem sai de sua casa e se une à sua mulher se tornam um (Gênesis 2:24). A base, o alicerce, é que a união seja gerada pelo Senhor, lembremos que a esposa é um dom de Deus, ou seja, é o próprio Deus que faz a aliança. Somos apresentados perante o mundo como um casal a partir da hora que o somos legalmente, quando assinamos a certidão de casamento. Se notarmos em toda a bíblia, aliança e sangue tem uma relação direta entre si (Hebreus 9:1820; Êxodo 24:8; Mateus 26:28) . Quando eram feitos os sacrifícios deveria se apresentar o sangue, deveria ser derramado sangue, pois além de servir para a purificação, ele fazia a aliança entre Deus e o homem através do perdão dos pecados. A nossa aliança com Cristo deu-se após ele derramar seu sangue, que nos purifica e sela a aliança dele conosco e dos irmãos entre si. Até hoje celebramos, através da ceia, o sangue de Cristo que gerou a Nova Aliança. Na primeira relação sexual entre o casal, há troca de sangue, e isto firma a aliança. Tanto que esta era a prova que os judeus davam da virgindade da mulher (Deuteronômio 22:15). Podemos dizer que o casamento inicia no desposamento. Porém ainda não se pode dizer que são um, que são casados. Poderão dizer que são um quando perante os homens se tornam um (casamento civil), quando perante de Deus se tornam um (quando determinados e certos de que é o tempo determinado por Deus para se casarem, se unem), quando fisicamente se tornam um (relação sexual) e quando saem debaixo da autoridade dos pais para constituírem sua própria família, a partir daí é que é formada uma nova família, a partir daí estão casados e são um. Há casos de pessoas que moram juntas, mas que não podemos dizer que estão casadas. Há casos de pessoas que tem relação sexual, mas que não podemos dizer que estão casadas. Creio que seria o cumprimento de todas estas coisas mediante a direção do Senhor, tendo a decisão e a intenção de casarem. A aliança, a união, é feita partindo da intenção e da convicção que aquele é o tempo determinado por Deus para que se casem. A celebração festiva vai do que o casal decide, mas a presença ou ausência de um evento não determina se estão casados ou não.
A suficiência de Cristo Um “bom e velho” (porém sempre novo) versículo que todos conhecem e tem decorado diz que “o Senhor é o meu pastor, e nada me faltará” (Salmos 23:1). No Senhor não há falta de absolutamente nada, pois Ele é a essência de todas as coisas. Nele há completo suprimento a nós. Se de fato morremos, ressuscitamos e vivemos em Cristo, certamente não nos falta nada, pois nele reside toda a plenitude da divindade (Colossenses 2:9-10), nele estão todas as bençãos espirituais (Efésios 1:3), e nele há todo o suprimento necessário. (Filipenses 4:19). Se afirmamos que somos cristãos e declaramos que não somos mais nós que vivemos, mas é Cristo que vive em nós, já não há mais necessidades. Toda e qualquer necessidade que surgir, o Senhor há de suprir, conforme a real necessidade. Não há mais falta, pois Cristo é o suficiente. Cristo deve ser toda a nossa suficiência, e isso é tão difícil de notar hoje em dia, por conta do conformismo demasiado da Igreja com o mundo. Vemos diversas coisas sendo colocadas como suprimento no lugar de Cristo. Atos, sentimentos, coisas, momentos, eventos, propósitos, lazer, bajulação, e qualquer outra coisa não devem preencher a lacuna de suficiência em nós. Se professamos ser cristãos não precisamos de absolutamente nada além de Cristo, para estarmos supridos, pois em Cristo não há falta alguma. Não devemos nem se quer necessitar de algo que supra o nosso “ir” e “estar” em Cristo. Isto já foi feito por Ele, e já temos isso pela graça, através da fé que Ele deu, através do Espirito Santo que Ele deu. Quando Cristo é a nossa suficiência não há necessidade de mais nada, Se há algo que ainda necessitamos para busca-lo, nós ainda não o vemos como suficiente. A palavra, os irmãos, a comunhão, e tantas outras coisas, são suprimento do Senhor a nós, porém temos este suprimento dele através dele, e não fora dele. O suprimento necessário para estar Nele, virá Dele, quando Ele nos é suficiente. Não são os cumprimentos religiosos que nos levarão a Cristo. Ele nos buscou e nos supre conforme a necessidade. Não é a leitura bíblica, a prática de orações, o congregar, o louvar que suprirão nossa falta de Cristo, deve ser a suficiência de Cristo que nos leva a fazer estas coisas, pelo simples fato de Ele nos ser suficiente e nos suprir. O que quero dizer é que se há algo que necessitamos além de Cristo, não estamos satisfeitos nele, por que não temos provado do seu amor, por pensar em nós e nas coisas do mundo, e não ver a plenitude que há nele. Cristo fez tão grande obra nos livrando do império das trevas, por que viveríamos nós ocultos à tão intensa e radiante luz? Se Cristo não nos é suficiente, não é por que Ele seja pouco. É por que não temos visto o quão grande Ele é, por que ainda estamos cegos por nossa própria carne, perdidos em nossa própria vaidade. Como podemos declarar que Cristo vive em nós, se Ele não é nossa total suficiência? Não quero com isso levar a nos esforçar para tentar conseguir ver o quão completo Ele é, e tentar com isso nos convencer que de fato Ele nos é suficiente. Se não vemos nossa suficiência em Cristo não é por que Ele ainda não nos tem revelado, mas é por que nós nos cegamos a nós mesmos e não vemos a suficiência que há em Cristo. A obra que Ele fez é completa. Quero que com isso olhemos para Cristo e que seja somente Ele em nós, para que possamos nos deparar com toda a proporção de sua obra, e não desmerecer tão imensurável obra. Não devemos necessitar de nada além de Cristo. Sabendo dessa suficiência que há em Cristo, ou seja, é somente Dele que necessitamos, e Ele é a totalidade de nossa suficiência, podemos concluir que nós não precisamos ter um relacionamento, se não vivemos nós, mas Cristo vive em nós, então é Cristo que deseja que nós tenhamos um relacionamento, para que com isso a vontade e obra Dele seja cumprida, e assim
Ele seja exaltado e glorificado como convém. Não que Cristo seja necessitado de que nos casemos, que isto lhe seja necessário, lhe cause falta. Mas isso virá como o suprimento da vontade e a serviço do Reino Dele, e não nosso. O relacionamento não serve para suprir nossas faltas emocionais, carnais, sexuais, afetivas ou qualquer outra falta, pois toda e qualquer falta, ou foi suprida por Cristo, ou foi mortificada na cruz, se é que estamos em Cristo. Não precisamos de um relacionamento para ter mais de Cristo, ou para participar mais intensamente da obra do Senhor, ou para exercer com mais veemência a obra de Cristo. Se necessitamos de um relacionamento para estar em Cristo estamos nos afastando de Cristo e quando iniciarmos um relacionamento caminhamos para mais distante do Senhor. Não precisamos de um relacionamento para aprofundar nossa vida em Cristo, necessitamos de Cristo e se necessário Ele nos unirá a alguém. O relacionamento não é o suprimento de uma carência. Ele irá acontecer quando estivermos satisfeitos em Cristo. Não devemos buscar um relacionamento para estar mais completo em Cristo, é justamente a nossa suficiência em Cristo que nos encaminhará na vontade Dele para a glória Dele, para o suprimento da vontade Dele em nós, e não para o suprimento de nós mesmos, que já deveríamos ter morrido para que Ele vivesse.
Então é isso Por enquanto é isso que o Senhor tem esclarecido a mim. Espero que o Senhor possa lhe acrescentar e assim acrescentar à Igreja. Peço que você me instrua em todo o engano que eu possa estar vivendo, e que você continue me questionando em suas dúvidas para que juntos possamos aprender de Cristo o seu verdadeiro ensino. Oro para que estas palavras e ensinos vindos do Senhor frutifiquem em vida, e que sejas instruído em tudo. Quer cases, quer não cases, que glorifiques ao Senhor naquilo que ele tem te direcionado, no dom que recebeste Dele. Para concluir, e resumir tudo o que procurei expressar e creio que o Senhor buscou ensinar sobre o que precisamos saber sobre “namoro cristão” é: Morra, e Cristo viva em ti. Tudo o que precisamos aprender, saber e viver é fruto de uma vida entregue ao Senhor, que é vazia de si mesmo, na qual Cristo vive, onde o Senhor direciona todas as coisas em pessoas sujeitas à autoridade dele que o conhecem por viverem intimamente com Ele, baseiam-se nos ensinos através das Escrituras e da comunhão com a Igreja, santa e gloriosa, que através do seu relacionamento com Cristo, nos mostra a expressão de tudo aquilo que precisamos aprender sobre um noivado e casamento conforme a vontade de Deus. Que o Senhor esteja te direcionando em todas as coisas, para que em tudo o Senhor seja louvado, engrandecido e exaltado como convém, para que a Ele seja a glória e a honra para sempre!
“Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele e o mais Ele fará” Salmos 37:5