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Relação revista

Como os hospitais podem evitar os entraves burocráticos com as operadoras

Do sonho à

realidade Referência no tratamento do câncer infantil, o Hospital do GRAAC se prepara para um projeto de expansão. Além de ampliar a capacidade de atendimento, a instituição, liderada por Sérgio Petrilli, quer fortalecer a realização de pesquisas na área

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ÍNDICE Revista fornecedores hospitalares • fevereiro • número 184

16 10 – .Com Veja o que foi destaque no Saúde Business Web

Raio X 20– Hospital Marcelino Champagnat Desenvolvido para ser um hospital de referência destinado à saúde suplementar, o Hospital Marcelino Champagnat chega com o objetivo de equilibrar as contas do grupo Aliança Saúde e reduzir o êxodo de pacientes do Paraná para outros estados

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Graacc Com auxílio da iniciativa privada e governo municipal, o Graacc entra em uma nova fase e prepare-se para crescer investindo R$ 100 milhões em uma nova unidade Fornecedores Hospitalares revista

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24 – bem assistido HC aposta em solução automatizada de esterilização para reduzir índice de infecção hospitalar 28 – Panorama Hospitais e operadoras buscam equilíbrio nas negociações para que relação entre ambos seja de ganha-ganha 39 – Saúde Business School Estruturando um programa de Segurança do Paciente

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ÍNDICE Revista fornecedores hospitalares • fevereiro • número 184

56 – De olho nos fornecedores A entrada de empresas estrangeiras e a aprovação da Política Nacional dos Resíduos Sólidos aqueceram o mercado nacional de lixo hospitalar

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60 – Tecnologia A disponibilização do acesso à informações do paciente via internet trouxe uma nova preocupação por parte das instituições de saúde em relação a segurança da informação 64 – Perfil O médico Samir Rahme mostra como a música pode ajudar no cura 66 – Livros 69 – Carreiras 70 – Vitrine

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A rt ig o s 38 – Gestão A profissionalização da gestão 47 – Espaço Jurídico Destino Desconhecido, sem previsão de chegada 68 – RH Gestão que faz a diferença 82 – Hot Spot Proteção 4

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EXPEDIENTE

PRESIDENTE-EXECUTIVO

ADELSON DE SOUSA • adelson@itmidia.com.br

VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO

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CONSELHO EDITORIAL Djalma Rodrigues • Executivo Industrial da Fanem Glauco Marcondes • Diretor de Unidade de Negócios (Hospitalar/Oncologia/Hormônio) Olímpio Bittar • Médico especialista em Administraçao de Serviços de Saúde e Políticas de Saúde Paulo Marcos Senra Souza • Diretor da Amil Sérgio Lopez Bento • Superintendente geral de Operações do Hospital Samaritano Sílvio Possa • Diretor Geral do Hospital Municipal M’Boi Mirim - Dr. Moysés Deutsch

REPÓRTER Guilherme Batimarchi • gbatimarchi@itmidia.com.br Maria Carolina Buriti – mburiti@itmidia.com.br Thaia Duo • tduo@itmidia.com.br Verena Carvalho – vcarvalho@itmidia.com.br PRODUTOR DE ARTE E VÍDEO Bruno Cavini • bcavini@itmidia.com.br

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EU LEIO A

FORNECEDORES HOSPITALARES

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A REVISTA FORNECEDORES HOSPITALARES FAZ PARTE DA LEITURA DOS GESTORES E PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE QUE QUEREM SE MANTER ATUALIZADOS. A PUBLICAÇÃO É FONTE DE INFORMAÇÃO DETALHADA TRAZENDO SEMPRE NOVIDADES DO SETOR COM MATÉRIAS BEM APURADAS E AS PRINCIPAIS FONTES DE SAÚDE NO PAÍS GUILHERME GONÇALVES RICCIO, SUPERINTENDENTE DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE DO GRUPO SANTA CASA DE BELO HORIZONTE

PRÓXIMA EDIÇÃO O cenário dos hospitais filantrópicos no País. Confira as diferentes realidades e os modelos de gestão que têm sido bem sucedidos no mercado

Para anunciar ligue: (11) 3823-6633 • E-mail: comercialsaude@itmidia.com.br

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EDITORIAL

BUROCRACIA FAZ MAL À SAÚDE A

qui na redação da IT Mídia, além de jornalistas compromissados com a missão de desenvolver o setor e com a publicação de conteúdos relevantes para o mercado, somos, como todo mundo, usuários do sistema de saúde. E uma vez inseridos nesse meio, é difícil utilizar os serviços sem prestar atenção em atendimento, processo, qualidade, tecnologia. Na semana entre o Natal e o Ano Novo, resolvi fazer uns exames de rotina, solicitados pelo meu médico. Como todo mundo, também sofro de falta de tempo, e por isso, é importante organizar e cumprir minha agenda. Chegando ao laboratório, no horário estipulado, uma atendente robótica simplesmente me disse que seria impossível a realização do exame, pois a guia estava vencida. Questionei, perguntei qual seria a solução e ela roboticamente continuou repetindo que a guia estava vencida, e que a operadora não autorizaria. Liguei para o atendimento da operadora, e eles disseram que o problema era do laboratório. Como não queria perder a viagem, propus pagar para fazer os exames, sem utilizar o plano, e a sugestão foi prontamente aceita, com direito até a antecipação do exame agendado para a parte da tarde. Depois de fazer todos os exames, resolvi conversar com o gerente responsável para entender a frequência com que isso acontecia. Quando ele soube que eu era jornalista, e trabalhava nessa área, uma nova solução surgiu: seria possível assinar um termo de compromisso, que me permitiria levar uma guia atualizada em até cinco dias, sem precisar pagar por isso. Bom, todo esse relato tem um único objetivo: mostrar como a burocracia e os processos engessados prejudicam o acesso aos serviços de saúde. Este é um pequeno exemplo, mas olha quantos questionamentos podem ser feitos a partir daqui: 1) Se na rede credenciada falta agenda para atender planos mais básicos, por que a guia tem prazo de vencimento de apenas um mês?; 2) Por que o atendimento precisa ser tão diferenciado para quem se dispõe a pagar; 3) Por que não há uma facilidade maior para se fazer exames preventivos (que era o caso), ou um estímulo aos usuários, ou até uma melhor remuneração para esses exames, uma vez que eles têm um importante papel para a promoção de saúde? 4) Quantas pessoas mais não passam por esse tipo de situação e quantos exames devem deixar de ser feitos por conta disso? 5) Tem que ser assim? Foi diante deste questionamento que tentamos descobrir os caminhos para uma relação menos burocrática entre operadoras e prestadoras nesta edição. No entanto, todas as respostas giraram em torno de um só tema: remuneração, que parece ser o único foco dos dois players. Coloco as perguntas como sugestão. Dizem que são as perguntas que movem o mundo. Inovações surgem de problemas a serem resolvidos. Quem sabe já não esteja na hora de questionar mais?

ANA PAULA MARTINS

Boa leitura!

Editora da Unidade de Sáude da IT Mídia S.A

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mais clicadas

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Declaração de serviços médicos será exigida em 2011

Novo código de processo civil e o acesso à saúde

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Dirceu Raposo deixa a presidência da Anvisa

Profissional da saúde: anote estes 10 pontos

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Conheça a nova metodologia do Top Hospitalar 2010

Fabricação: a nova lei de licitações

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MV Sistemas investe R$ 2 milhões em mobilidade para saúde

2011: veja calendário de vacinação pelo SUS para SP

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Totvs compra empresa de softwares de saúde

Anvisa disponibiliza novo Código Farmacêutico do País

EXPERTS

Leia e discuta com nossos experts os assuntos mais quentes do mês: www.saudebusinessweb.com.br/blogs

Alberto Ogata Último post: Como fica a questão da saúde mental? Alberto Ogata é presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida. Médico e Diretor de Responsabilidade Social da FIESP. Autor dos livros “Wellness” e “Guia Prático de Qualidade de Vida”, publicados pela Editora Campus Elsevier.

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Érico Bueno Último post: Governo vai discutir isenções para os Tablets Érico Bueno é especialista em sistemas de saúde e diretor da Health Consult.

Enio Salu Último post: O cliente paciente Enio Salu é professor de Gestão de Contratos, Auditoria de Contas Hospitalares e Informática Hospitalar na FIA e associado da Federação Brasileira de Administradores Hospitalares, Sociedade Brasileira de Informática em Saúde e ASSESPRO.

Gustavo Campana Último post: Medicina Laboratorial na Pesquisa Clínica Gustavo Campana é médico, com residência médica em Patologia Clínica | Medicina Laboratorial. Sócio diretor da Formato Clínico – Projetos em Medicina Diagnóstica, e Sócio da GC2 – Gestão do Conhecimento Científico

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Webcast

Resultado da enquete Veja entrevista com a presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo CRF-SP, Raquel Rizzi. Na Saúde TV: http://bit.ly/ecqRnv

Brasil tem 20% da população sem acesso a medicamentos Por Maria Carolina Buriti – mburiti@itmidia.com.br Cerca de 20% da população não tem acesso a medicamentos, ou seja, 38 milhões em uma estimativa de 190 milhões de pessoas no País.

Veja a entrevista, na íntegra, com a especialista em qualidade de vida Na Saúde TV: http://bit.ly/dE5QkD

Como garantir qualidade de vida no ambiente de trabalho Por Maria Carolina Buriti - mburiti@itmidia.com.br Em programa do Saúde Business Web, a expert Daniele Kallas, falou sobre o impacto do estresse nas doenças, as estratégias das empresas em proporcionar programas de qualidade de vida, atividade laboral entre outros assuntos. Assista outras entrevistas no

www.saudebusinessweb.com.br/webcasts

Cesar Abicallaffe Último post: Os Indicadores do P4P© - Artigo 6 Cesar Abicallaffe é médico e sócio diretor da Impacto Tecnologias Gerenciais em Saúde, com projetos de consultoria para operadoras e hospitais. Autor do modelo P4P© para a implantação de programas de pagamento por performance para planos de saúde, hospitais e SUS.

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Sarah Munhoz Último post: 10 passos de segurança do paciente (2º parte) Sarah Munhoz é enfermeira com Doutorado em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (2006) e professora na disciplina de Administração na Faculdade de Enfermagem da Universidade de Santo Amaro (UNISA).

A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou em dezembro de 2010 um projeto de lei que determina que os hospitais públicos devem destinar até 25% de sua capacidade operacional para pacientes com planos de saúde. A medida causou polêmica no setor. Dessa forma, o Saúde Business Web quis saber qual é a opinião dos leitores sobre a medida. Para a grande maioria - 55,41% - o governo deveria pensar em uma melhor forma para integrar os serviços público e privado. Outros 32,43% responderam que a medida irá prejudicar aqueles que não têm condições de pagar um plano privado e que dependem exclusivamente da rede pública Os 12,16% restantes avaliaram que o projeto é positivo, pois os procedimentos de alta complexidade e, portanto, de alto custo, são usualmente desviados pelos planos de saúde para o SUS. E que os hospitais públicos poderão atender aos pacientes da rede privada, sendo ressarcidos.

No ar

Participe da nossa enquete! Vote em www.saudebusinessweb.com.br/enquete A Emenda Constitucional nº 29, que fixa os percentuais mínimos a serem investidos anualmente em saúde pela União, por estados e municípios, foi aprovada em 2000. No entanto, o texto constitucional não contempla as fontes de recursos federais e a base de cálculo de forma adequada. A EC 29 trata-se de uma regra transitória, que deveria ter vigorado até 2004, mas que continua em vigor por falta de uma lei complementar que regulamente a emenda. Dessa forma, o Saúde Business Web quer saber: você acredita que a emenda será regulamentada na gestão do atual ministro Alexandre Padilha? m Sim, tendo em vista os inúmeros discursos em que o atual ministro afirmou que a regulamentação da EC 29 é uma de suas prioridades. m Não. Porque ela deve esbarrar nos mesmos entraves políticos de sempre. Ou seja, o não consentimento do Governo Federal em destinar 10% da arrecadação de impostos para o setor. m Talvez. O ex-ministro Temporão também era a favor da regulamentação da emenda e nada aconteceu. O futuro da EC 29 ainda está completamente indefinido.

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Opiniões

Confira os artigos mais lidos do mês

SUS: terceirização é antônimo de direito à Saúde Em artigo, o médico neurocirurgião, presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) e da Federação Nacional dos Médicos, Cid Carvalhaes, critica o direcionamento de até 25% dos leitos de hospitais e unidades de saúde pública para pacientes conveniados previsto pelo Projeto de Lei Complementar (PLC) 45/2010. Os prós e contras da extensão das patentes Sócia da área cível do escritório Peixoto e Cury Advogados, Ana Luisa Porto Borges, escreve sobre os impactos nas receitas das farmacêuticas devido à extensão das patentes. O mercado mundial de medicamentos movimentou no último ano o equivalente a US$ 752 bilhões, segundo estudo divulgado pela Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma). No Brasil, foram mais de US$ 15 bilhões investidos.

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Foto: Thinkstock

A era dos dados “Imagine se o seu médico pudesse lhe apresentar os resultados de seus exames em minutos, ao invés de em dias ou semanas. Atualmente já existem tecnologias que permitem esta agilidade. Porém, para que isto se torne realidade, o setor de atendimento à saúde precisa reconhecer que tem um grande desafio. O desafio dos dados”. Com esta provocação que o executivo de Storage da IBM Brasi, Edgar Santos, inicia seu artigo e evidencia alguns problemas do cenário atual.

Einstein faz gestão de desperdício e colhe resultados

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hospital Israelita Albert Einstein desenvolveu um programa sustentável para diminuir o impacto ambiental de suas operações. Reciclagem, gestão de desperdício, uso racional de água e energia e descarte adequado de materiais são algumas das iniciativas do projeto. A instituição segue diretrizes de protocolos internacionais de sustentabilidade. Segundo o hospital, em 2010, os resultados foram positivos: aumento de 38% do volume de resíduo reciclável; intensificação da coleta seletiva, separação de resíduo por tipo de material e encaminhamento para usinas de beneficiamento, onde os materiais são limpos e preparados para utilização da indústria; redução de 9% no consumo de papel A4, devido à conscientização dos colaboradores; queda de 26% na geração de resíduos infectantes (comparando o primeiro e último trimestre do ano); redução de 18% das manchas dos enxovais, diminuindo a utilização de água e sabão e causando menos impacto em recursos naturais; conquista do selo Green Kitchen, que visa transformar a cozinha convencional do HIAE em cozinha sustentável, controlando excessos e priorizando o que agrega valor; redução do desperdício de alimentos em mais de 10% (acima da meta) com a Ação Prato Limpo, além de diminuição no consumo de guardanapos, de 2 para 1,3 por pessoa “Tais conquistas também são resultantes de um trabalho de conscientização realizado junto ao quadro de funcionários do Hospital, que, atualmente, conta com mais de 9 mil pessoas”, disse a instituição em nota. Leia mais: www.saudebusinessweb.com.br – Seção gestão

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MV Sistemas investe R$ 2 milhões

em mobilidade para saúde Por Verena Souza – vsouza@itmidia.com.br

Leia mais: www.saudebusinessweb.com.br – Seção Tecnologia

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islumbrando grande potencial de mercado, a MV Sistemas planeja desembolsar cerca de R$ 2 milhões em soluções móveis para o setor de saúde. O projeto de desenvolvimento da companhia, em parceria com as universidades de Passo Fundo (RS) e Federal de Pernambuco, prevê atuação em três áreas distintas: checagem, assistencial e clínica. Estas estão subdivididas em gestão hospitalar; por meio de indicadores e business intelligence (BI); colaboração, que consiste na troca de informações entre profissionais; atenção básica, com monitoramento de agentes de saúde e logística, que inclui farmácia hospitalar, prontuário eletrônico e dispensação. Segundo o diretor de Sistemas da MV em Passo Fundo, Charles Schimmock, estão sendo feitas pesquisas sobre tecnologias móveis para aplicação de soluções em cada um desses segmentos. “A partir disso teremos uma infraestrutura de mobilidade montada para futuras demandas. A busca por mobilidade vai crescer em um percentual muito maior do que a demanda tradicional de desktops”, afirmou Schimmock. Para se ter uma ideia, a MV realizou pesquisa com sua base de clientes e constatou que 87% deles estão investindo em alguma funcionalidade na área móvel, como tablets, iPads, smartphones e equipamentos de saúde específicos. “Precisamos nos preparar para esta migração”, enfatizou o executivo. Administração de medicamentos sem erros No final do ano passado, a MV desenvolveu um sistema de checagem do medicamento na beira do leito, via dispositivo móvel. Dessa forma, o processo de gerenciamento dos remédios está sendo controlado até a aplicação no paciente. O médico prescreve o medicamento por meio do prontuário eletrônico, a farmácia faz a dispensação por meio de um coletor e o enfermeiro na hora de ministrar a medicação aciona o dispositivo, que confere as informações anteriores através de um código de barras. O código, segundo Schimmock, é único e identifica o lote e validade do produto, além de garantir sua rastreabilidade. No leito do paciente, a enfermeira precisa, primeiramente, identificar o número do seu crachá no dispositivo móvel. Depois, é necessário identificar o paciente através de uma pulseira com código de barras, que já acusará a medicação que precisa ser ministrada naquele horário. Só então, a medicação rotulada é verificada pelo aparelho. Se estiver com o medicamento de outro paciente, o dispositivo informará o engano. “A tecnologia é 100% segura”, enfatiza Schimmock. Para se ter uma idéia, de acordo com um estudo publicado em julho na revista Acta Paulista de Enfermagem, cerca de 30% dos fármacos são aplicados de forma equivocada. O levantamento analisou a administração de medicamentos em cinco hospitais públicos brasileiros. O erro de horário, com variação superior a um hora de antecedência ou de atraso do horário prescrito, foi o principal responsável por esse percentual, registrando 77% das falhas. Porém, o estudo também apontou erros de dosagem, em 14,4% dos casos, seguido de erros de vias de administração (6,1%), de medicamento não autorizado (1,7%) e de troca de paciente (0,5%). A ferramenta para a checagem no leito da MV está sendo testada em três clientes. No entanto, o diretor informou ao Saúde Business Web que já está pronta para ser comercializada.

Santa Casa reforma UTI com R$ 200 mil Com verba parlamentar adquirida, em 2009, a Santa Casa de Marília dá andamento a reforma da UTI Geral, que passará a contar com 12 leitos para internações. A realização da obra só foi possível graças à verba parlamentar conseguida, em 2009, pelo então Deputado Federal Sérgio Nechar, que conseguiu recursos de R$ 200 mil. Segundo o provedor da Santa Casa de Marília, Milton Tédde, a verba demorou a ser liberada devido a mudanças no sistema de convênios do governo federal, com o ingresso da Caixa Econômica Federal. A Santa Casa contará com 20 leitos intensivos para pacientes adultos somando com os leitos da UTI Cardiológica e Unidade de Dor Torácica. Durante as obras na UTI geral, os pacientes são atendidos na Unidade de Dor Torácica. Leia mais: www.saudebusinessweb.com.br – Seção investimentos

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Agenda

FEVEREIRO 26| SÁBADO Curso Básico de indução da ovulação Local: Instituto de Ensino e Pesquisa em Medicina Reprodutiva de São Paulo Sobre o Evento: Fisiologia do eixoneuro-endócrino-gonodal; Caracterização da reserva ovariana; Monitorização da estimulação ovariana; Esquemas para baia complexidade; Uso de agonista GnRH; Esquemas para fertilização in vitro.

22|TERÇA Curso de Formação em Atendimento Pessoal e Telefônico a Pacientes da Área da Saúde Local: Expo Center Norte Objetivo do Curso: Ao final do curso o aluno estará capacitado para realizar atendimento pessoal, utilizando técnicas modernas, novas habilidades e atitudes para superar as expectativas dos pacientes. http://www.conquist.com.br

21 | SEGUNDA Legislação de planos de saúde Local: São Paulo Programa: • A responsabilidade civil das empresas e dos profissionais envolvidos nas transações relativas à saúde suplementar. • Personalização do atendimento em serviços de saúde suplementar. Carga horária: 16 HS http://www.sp.senac.br/tiradentes

12 | SÁBADO Gestão da logística em hospitais Local: São Paulo-SP Sobre o Evento: o participante aprende como favorecer e contribuir para a eficiência e qualidade na gestão e assistência na área da saúde. http://www.sp.senac.br/tiradentes

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MARÇO 10 | QUINTA Curso Teórico-Prático de Reprodução Humana Assistida Local: São Paulo - SP Sobre o Evento: A nova turma iniciará suas aulas no dia 10 março de 2011, data de início do primeiro dos dez módulos do Curso. As aulas serão ministradas às quintas, sextas e sábados, uma vez por mês, em período integral. Público-alvo: Ginecologistas e obstetras, com título da Febrasgo.Serão oferecidas duas vagas para urologistas, com título da Sociedade Brasileira de Urologia. http://medicinareprodutiva.wordpress.com/

19 | SÁBADO Curso genética e infertilidade Local: Instituto de Ensino e Pesquisa em Medicina Reprodutiva de São Paulo Sobre o Evento: Introdução à genética humana; Introdução à citogenética humana; Exames médicos que devem ser solicitados aos casais inférteis; Interpretação de exames; PGD e PGS. Curso teórico com ênfase nos aspectos práticos. http://medicinareprodutiva.wordpress.com

28 | SEGUNDA-FEIRA Curso Custos para Instituições de Saúde Local: PUC Virtual - curso não presencial Sobre o Evento: até 14 março estão abertas as inscrições para o curso de Custos para Instituições de Saúde, com início em 28 março 2011.Já em sua quinta edição, o curso aborda temas relevantes da gestão de custos e resultado.Duração: 5 semanas, em 40 horas. Ver detalhes nos sites: www.pucrs.br/educacaocontinuada www.ead.pucrs.br Instrutor: Dalvio Bertó, consultor de Custos e autor de obra especializada na área. http://www.ead.pucrs.br

10 | QUINTA Curso Reprodução Humana na Prática Local: Instituto de Ensino e Pesquisa em Medicina Reprodutiva de São Paulo Sobre o Evento: Fisiologia do sistema reprodutor masculino e feminino; Propedêutica em infertilidade; Endocrinologia da reprodução; Endometriose; Genética; Imunologia e trombofilia; Laboratório de reprodução assistida; Andrologia; Cirurgias em infertilidade; Videolaparoscopia; Vídeo-histeroscopia; Reprodução assistida de baixa e alta complexidade; Ética; Ovodoação; Metodologia científica. www.medicinareprodutiva.wordpress.com 12| SÁBADO Gestão de manutenção em equipamentos hospitalares Local: Av. Tiradentes, 822 Sobre o Evento: O participante aprende como favorecer e contribuir para a eficiência e qualidade na tomada de decisões relativas à manutenção de equipamentos em organizações de medicina diagnóstica e em unidades hospitalares. http://www.sp.senac.br/tiradentes

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raio x

Hora de

crescer Guilherme Batimarchi – gbatimarchi@itmidia.com.br

Com auxílio do governo municipal e contribuições da iniciativa privada, o Graacc entra em uma nova fase e preparese para crescer investindo R$ 100 milhões em expansão. Além do atendimento a crianças e adolescentes com câncer, o foco da instituição também é a geração de conhecimento por meio de pesquisas genéticas e clínicas

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tender o paciente mantendo sua qualidade de vida e com uma média de 70% de cura em casos de câncer é um desafio que vem sendo enfrentado há dez anos pelo Instituto de Oncologia Pediátrica (IOP/ Unifesp), hospital do Grupo de Apoio ao Adolescente e Criança com Câncer (Graacc). Com um orçamento de R$ 56 milhões previsto para 2011, a instituição conta hoje com aproximadamente 1,1 mil colaboradores – entre médicos, enfermeiros prestadores de serviços e voluntários, e prepara-se para expandir suas operações com a construção de uma nova unidade ao lado das atuais instalações, localizada no bairro Vila Clementino, na capital paulista. O plano de expansão, previsto para os próximos cinco anos contará com investimentos na ordem de R$ 100 milhões. A instituição pretende aumentar sua capacidade de atendimento e desafogar os serviços médicos prestados. Atualmente, o hospital realiza cerca de 68 mil atendimentos por ano e tem uma taxa de ocupação de 85%. Para atingir suas metas e ter um crescimento constante, a entidade adotou há cerca de um ano, um novo modelo de gestão, baseado em governança corporativa e conta também com um novo gestor, o superintendente administrativo e financeiro, José Helio Contador, que ocupa o cargo desde novembro de 2009 e acumula experiência no primeiro escalão de empresas como Siemens, Ford e Visteon, onde foi presidente por 10 anos. “O motivo de ter sido criado esse novo modelo de gestão foi visando o crescimento da entidade. Há 10 anos construíram esta unidade e agora estamos prontos para entrar em uma nova fase de crescimento e expansão”, salienta. De acordo com o Contador, o plano de crescimento, que envolve a construção dos novos anexos, tem o objetivo de tornar a instituição um dos grandes centros de tratamento de câncer infanto-

-juvenil da América Latina, disseminar conhecimento e novas técnicas para outras redes de hospitais, ampliar sua área de pesquisa genética, clínica, biológica, cirúrgica e patológica e aumentar a formação de profissionais especializados em oncologia pediátrica. Para isso, o hospital contou com a doação, feita pela prefeitura de São Paulo, de um terreno ao lado da entidade, com 4,2 mil metros quadrados. A princípio, as novas instalações contemplarão novas áreas de atendimento, como radioterapia, pronto-socorro, 20 novos ambulatórios, mais quatro salas cirúrgicas, incluindo uma voltada para neurocirurgia totalmente robotizada, com o objetivo de atender mais crianças e trazer mais conhecimento por meio de pesquisas realizadas na instituição. O novo complexo também contará com 32 novos pontos de quimioterapia, sete leitos de internação para Transplante de Medula Óssea (TMO), 48 leitos comuns e cerca de 300 vagas de estacionamento dispostas em quatro pavimentos subterrâneos. Por ser uma entidade sem fins lucrativos e com um alto custo operacional, além dos investimentos previstos, cerca de 50% de toda a arrecadação do hospital vem da iniciativa privada, que envolve a colaboração de empresas e pessoa física. A outra metade está dividida entre o atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS), que corresponde a 88% do faturamento e 12% das operadoras. “A comunidade nos ajuda, o Graacc não é só um hospital assistencial que dá remédio, comida e suporte ao paciente, e sim uma rede social, tendo uma casa de apoio, fornecendo transporte e alimentação, o que aumenta a chance de oferecer uma oportunidade de cura à criança brasileira. No passado, 10% de nossos pacientes desistiam do tratamento por falta de condições de ir até o hospital”, completa o superintendente médico, Sergio Petrilli. Segundo Petrilli, uma das filosofias da entidade é buscar a cura do câncer na criança e no adolescen-

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Curar nĂŁo ĂŠ suficiente, queremos curar com qualidade de vida

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Foto: Ricardo benichio

Sergio Petrilli, do Graacc

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te, e para atingir este objetivo a instituição está dividida em assistência, ensino, pesquisa e extensão. Na parte assistencial, o objetivo do hospital é trabalhar na vanguarda do conhecimento, trazendo tudo o que existe de mais moderno. Na área de ensino, a entidade busca formar profissionais para atender sua demanda interna e também a de outras instituições por meio da Unifesp, que possui um programa de residência em oncologia pediátrica que anualmente forma cerca de cinco oncologistas pediátricos que atuarão em diversos lugares do País. O hospital auxilia também na formação de enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, dentistas e outros profissionais da saúde. Geração de conhecimento A área de pesquisa da instituição pode ser dividida em dois departamentos, o de estudos biológicos e de pesquisa clínica. “Hoje somos a única instituição no Brasil com um banco de tecidos biológicos – que armazena tumores de diversos tipos – capacitado para fornecer material e buscar parcerias para pesquisas internacionais para a realização de estudos”, afirma Petrilli. Em alguns casos, além de enviar o material para estudo a instituição envia também seus profissionais para o exterior visando a transferência de conhecimento. Na área de pesquisas clínicas, a instituição desenvolve estudos com novas drogas para o combate ao câncer. “Devido a instituição ter se desenvolvido tendo um centro de pesquisas e ser capacitada a desenvolver estudos na área clínica, ela começa a receber de todas as partes do mundo novos medicamentos para serem testados. Tudo isso graças a infraestrura alcançada pela instituição ao logo dos anos. Curar não é suficiente, queremos curar com qualidade de vida”, diz o superintendente médico do Graacc. Desde 2004 foram realizados 133 projetos de pesquisa clínica na instituição, sendo que 39 deles ainda estão em andamento e nove são patrocinados pela indústria farmacêutica. Para 2011, o Graacc já possui três novos projetos que serão realizados em parceria com entidades de fora do País.

Instituto de oncologia Pediátrica (Unifesp/ GRAACC) Data de inauguração:

Outubro de 1991

Número de leitos:

46 leitos

Número de leitos de UTI:

7 leitos

Número de funcionários:

569

Número de médicos credenciados:

25

Humanização: Para amenizar o impacto do tratamento, o hospital conta com brinquedoteca, quimioteca e professores para lecionar aos pacientes internados

Número de cirurgias por ano:

1,3 mil

Atendimentos/mês:

68 mil

Foto: Divulgação

Investimentos 2010:

R$ 7 milhões Para ver mais fotos do hospital acesse nossa galeria. http://bit.ly/f7YbJa

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Investimentos 2011:

R$ 27 milhões

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Feito

SOB medida Desenvolvido para ser um hospital de referência destinado à saúde suplementar, o hospital Marcelino Champagnat vem com o objetivo de equilibrar as contas do grupo Aliança Saúde e reduzir o êxodo de pacientes do Paraná para outros estados

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revisto para ser inaugurado em outubro de 2011, o hospital Marcelino Champagnat, localizado em Curitiba (PR), será a quinta unidade da rede Aliança Saúde. Para construir e equipar a instituição foram gastos cerca de R$ 50 milhões, sendo R$ 10 milhões desse valor destinados para a compra de equipamentos hospitalares. A construção do hospital veio para sanar um grande déficit no orçamento do grupo, que possui cerca de 80% de suas atividades voltadas ao Sistema Único de Saúde. Segundo o diretor geral do hospital, Cláudio Lubascher, para cada R$ 1 gasto em assistência a instituição é remunerada em, no máximo, R$ 0,65, o que provoca uma defasagem em torno de 85%. “Se formos fazer um levantamento da inflação acumulada nos últimos 15 anos, ela chega a 560%, enquanto as tabelas do SUS foram reajustadas em apenas 55% neste mesmo período, portanto não há milagre que se faça para conter esse déficit”, completa Lubascher. Tendo em vista este cenário e sabendo que não se pode esperar uma solução para o modelo de remuneração o grupo decidiu criar uma nova unidade voltada exclusivamente para a saúde suplementar. Outro ponto analisado pelo grupo foi a falta de um hospital de referência na região. “O Paraná perde muitos pacientes para São Paulo e inclusive para hospitais no Rio Grande do Sul, como o Moinhos de Vento e o Mãe de Deus”, acrescenta Lubascher. Segundo o executivo, diante da necessidade da região por um hospital de referência e após uma análise de mercado que mostrou uma grande demanda, a Aliança Saúde formatou todo o conceito e projeto do hospital. “Falo em conceito, porque, para ser um hospital de referência ele é necessário e para isso elaboramos uma metodologia de trabalho para atingir esta meta”.

Guilherme Batimarchi – gbatimarchi@itmidia.com.br A metodologia de trabalho utilizada pelo grupo foi a Estrutura Analítica de Projetos (EAP), que é uma metodologia utilizada no gerenciamento de projetos que os decompõem em partes menores, reduzindo o risco de que alguns pontos sejam omitidos ou esquecidos, facilitando o monitoramento de todas as etapas do projeto. Para alcançar o conceito de referência, o Marcelino Champagnat contratou o Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), parceiro da Joint Comission International (JCI) no Brasil, para fazer uma avaliação de toda a estrutura física e processos do hospital visando a certtificação. “Até a inauguração do hospital já teremos todos os processos mapeados e definidos, tendo como base os conceitos da Joint Comission. O hospital pretende conseguir o selo em 2012”, afirma Lubascher. Além da CBA, a instituição conta com o auxílio de 15 médicos consultores, que, segundo o diretor, é essencial, uma vez que o profissional médico está diretamente envolvido nos processos do hospital. Ao todo são 13 grupos de trabalho que atuam no desenvolvimento de processos e protocolos do hospital. Segundo Lubascher, o Marcelino Champagnat será um hospital geral com ênfase em média e alta complexidade focado em ortopedia, neurologia, cirurgia geral e cardiologia. No entanto, a unidade não atenderá as especialidades de pediatria e ginecologia. Uma das inovações trazidas pela nova unidade é o conceito de pré-indução anestésica, que consiste em anestesiar o paciente fora do centro cirúrgico permitindo mais agilidade dentro da sala de operação. Além disso, a unidade irá explorar alguns conceitos de mercado como, por exemplo, o atendimento pré e pós hospitalar com pacientes geriátricos. Para isso, o hospital está estruturando um sistema de atendimento domiciliar, sem substituir o homecare. Ele levará o atendimento médico para o paciente em sua casa, mantendo todo o monitoramento dentro de uma

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Lubascher, do Marcelino Champagnat:

Foto: Divulgação

Para cada R$ 1 gasto em assistência, a instituição é remunerada em, no máximo, R$ 0,65 pelo SUS, o que provoca uma defasagem em torno de 85% ns contas do grupo

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condição de maior conforto, e a estrutura de apoio para fazer o acompanhamento do paciente in loco. “Estamos desenvolvendo uma gestão muito mais proativa. Um hospital não pode mais ser apenas receptivo, nosso conceito é que o hospital vá até seus clientes criando um vínculo para entender suas necessidades e criar projetos e produtos que venham atender às expectativas do mercado”. Com o foco em saúde suplementar, o hospital está estudando quais os perfis dos planos de saúde que o atraem. “Como o investimento realizado é muito alto, vamos verificar quais são empresas que entendem nossa proposta”, completa o executivo. Segundo o diretor do hospital, o processo de credenciamento do hospital obedecerá aos padroões estabelecidos pela JCI e toda contratação e gestão de pessoal estará baseada em uma matriz de competência para cada uma das especialidades. Isso permite que o hospital tenha uma visão mais clara sobre o perfil do profissional que atua na instituição, viabilizando o desenvolvimento, treinamento e capacitação adequada para cada tipo de colaborador.

Hospital Marcelino Champagnat

Data de inauguração:

Outubro de 2011

(data prevista)

Número de leitos:

118 leitos

Número de leitos de UTI:

31 leitos

Número de funcionários:

390

Número de médicos credenciados: Foto: Divulgação

500

Para ver mais fotos do hospital acesse nossa galeria. http://bit.ly/hPrh6e

O Paraná perde muitos pacientes para São Paulo e inclusive para hospitais no Rio Grande do Sul, como o Moinhos de Vento e o Mãe de Deus

Número de cirurgias por mês:

1000

Atendimentos/mês:

40 mil

Investimentos 2010:

R$50 milhões

Cláudio Lubascher, do Hospital Marcelino Champagnat

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Suslik, do Hospital das Clínicas:

Foto: Ricardo Benichio

Investimento de R$ 6 milhões em modernização do parque tecnológico

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Esterilização: um processo vital Por Verena Souza – vsouza@itmidia.com.br

Máquinas modernas e áreas suja, limpa e estéril bem delimitadas aprimoram a segurança do paciente e dobram a efetividade do Hospital das Clínicas de São Paulo. A Fornecedores Hospitalares foi entender o processo do pioneirismo da instituição na América Latina

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infecção hospitalar deixou de ser um fantasma nos corredores dos hospitais há pouco mais de dez anos – período em que o mundo conheceu importantes padrões globais de segurança do paciente. Entretanto, nenhum país, até hoje, tem o controle absoluto da infecção hospitalar, apenas existem aqueles que possuem números mais baixos de contaminação. Mas o avanço nos processos de acreditação e instituições atuantes na melhoria dos cuidados com a saúde tem ajudado os hospitais a identificar as causas das contaminações e, dessa forma, previní-las. Prescrição e administração de medicamentos, procedimentos cirúrgicos, manipulação de soluções, testes laboratoriais ou investigações radiológicas, todas essas intervenções em saúde são passíveis de falhas, sejam elas humanas ou técnicas. Podendo, assim, originar as indesejadas infecções. A esterilização dos materiais hospitalares está entre os procedimentos fundamentais para assegurar a qualidade assistencial dos pacientes. Além disso, segundo a Associação Brasileira de Importadores de Equipamentos Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares (Abimed), estudos demonstram que o reprocessamento de produtos e materiais destinados a uso único pode afetar a funcionalidade dos mesmos, com sérios riscos aos pacientes (veja informações ao lado). De acordo com um roteiro de vistoria desenvolvido pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), é necessário que os hospitais públicos e particulares sigam cinco princípios básicos: comissão de controle de infecção hospitalar; programa de controle de infecção hospitalar; situação da área de procedimento; central de esterilização de materiais e biossegurança. Efetividade dobrada Atento à importância dos procedimentos de esterilização – que consiste na retirada total de condições de reprodução da vida, seja a que nível for – o Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), inaugurou no final de janeiro um sistema robotizado de lavagem, esterilização e desinfecção de materiais médicos hospitalares, pioneiro na América Latina. Foram investidos R$ 6 milhões no projeto, que substituirá um parque tecnológico com mais de 25 anos, em funcionamento na Central de Material Esterilizado do hospital.

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Riscos • Resíduos da utilização anterior como sangue e seus componentes, secreções e outros componentes corpóreos, que podem resultar em ‘sujeira’ estéril, podendo levar, entre outras implicações mais graves, a reações alérgicas, e/ou resíduos de agentes de limpeza ; • Alterações nas propriedades físicas, químicas ou funcionais dos dispositivos médicos reprocessados, que podem falhar durante um procedimento cirúrgico, ou mesmo romper-se dentro do corpo do paciente; • Dificuldade de rastreabilidade dos produtos reutilizados, contrariando a própria definição do que vem a ser uma “vigilância” sanitária.

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Etapa 1: Suja Expurgo dos materiais

Etapa 2: Limpa Preparo de material limpo

Etapa 3: Estéril

Fotos: Divulgação

Guarda de material estéril

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O grande diferencial da ala, segundo o diretor executivo do Instituto Central do HC, Carlos AlbertoSuslik, está na separação com barreiras entre as áreas suja (expurgo), limpa e estéril. “Chega uma tesoura do centro cirúrgico, por exemplo, e vai para a lavagem nas “termodesinfectadoras”. Em seguida, a partir de um robô passa para a área limpa – estação em que os materiais são embalados para as “autoclaves”, onde se faz a esterilização. Depois, outra máquina armazena os aparatos que voltam para as salas de cirurgias”, explica. Suslik enfatiza que cada local do processo possui uma equipe diferente, não havendo contato entre elas – diferente de como era feito anteriormente. “Temos a certeza da maior segurança embutida no processo devido às modernas máquinas e da melhor rastreabilidade. Além de melhorar a segurança do paciente, otimizamos o trabalho dos funcionários, que ficou menos mecânico e repetitivo”, afirma. O montante investido, segundo o executivo, contemplou a aquisição do maquinário e também reformas de infraestrutura elétrica e hidráulica. O sistema é composto por quatro lavadoras termodesinfectoras, quatro autoclaves - sendo uma híbrida para esterilização a alta e baixa temperatura. Além disso, existe um car wash (máquina de lavagem de carros que transportam instrumentais cirúrgicos) e métodos robotizados para carga e descarga. A rastreabilidade de todo o processo é computadorizada. A capacidade de processamento da nova tecnologia chega a ser o dobro do modelo anterior. Para se ter ideia, serão esterilizadas, por dia, 240 caixas cirúrgicas, 150 pacotes de curativos e de pequenos procedimentos e 500 peças de assistência ventilatória, para atender 52 salas cirúrgicas, 15 Unidades de Terapia Intensiva (UTI), 976 leitos operacionais e 450 consultórios ambulatoriais. O ganho estimado do hospital em efetividade será de 60%. “Com a nova central, a esterilização de todos os materiais da instituição foi centralizada. Não podemos medir o quanto o índice de infecções hospitalares será reduzido, mas certamente a segurança do paciente e do profissional da saúde é maior” ressalta Suslik.

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m 2006, Michael Porter já apontava um problema no modelo de remuneração das assistências médicas, em sua obra “Repensando a saúde”. Para o estudioso, os hospitais deveriam medir e divulgar os resultados médicos, a fim de garantir uma negociação de custo baseado no valor. Mais tarde, em 2008, foi a vez do pesquisador Clayton Christensen avaliar o setor. Em sua obra “Inovação na Gestão da Saúde”, o acadêmico concorda com Porter e diz que a receita para reduzir os custos e aumentar a qualidade do serviço no setor está em abolir o pagamento por serviço prestado. Para Christensen, a ausência de um modelo de gestão inovador na indústria da saúde – em muitos casos por conta do ambiente regulatório engessado – é a razão pela a qual a saúde é cada vez mais insustentável do ponto de vista financeiro. Isto mostra que o dilema da relação fonte pagadora e instituições de saúde é um problema mundial há anos. No Brasil, as operadoras de saúde remuneram os hospitais com base em pacotes ou diárias globais. Este modelo, de acordo com Henrique Salvador, presidente do conselho deliberativo da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), faz com que a saúde suplementar divida com os hospitais o risco assumido com os beneficiários. “O grande desafio é ter entre os elos da cadeia a medida exata do compartilhamento do risco”, sinaliza o executivo. E a “medida exata” é justamente o que determinará a margem de cada player. Neste sentido, o cenário atual é de vale-tudo: hospitais incorporando assistência médica no negócio ou operadoras verticalizando operação com rede própria. Existem ainda os casos em que há uma tentativa dos hospitais de negociar as tabelas. É por isso que a Agência Nacional de Saúde (ANS), que regulamenta a saúde suplementar, instaurou um grupo técnico, formado por representantes de entidades hospitalares e de operadoras de planos de saúde, que tem como objetivo definir um novo modelo para a sistemática de remuneração dos hospitais que atuam com a saúde suplementar. De acordo com a agência, atualmente, os preços dos serviços hospitalares estão, em grande parte, dissociados dos custos de sua prestação. Isso porque, ao longo das duas últimas décadas vem ocorrendo uma contenção dos valores das diárias e de diversas taxas de serviços hospitalares. Ao mesmo tempo, houve aumento significativo das despesas com insumos (materiais, medicamentos, órteses, próteses e materiais especiais - OPME), onde está concentrada a principal parcela das margens dos hospitais. Diante dessa situação, foi gerado um estímulo para o uso de insumos com relação custo-benefício mais perversa para o sistema de saúde, que acarretou em aumento dos custos assistenciais e fez com que parte dos recursos disponíveis, que seria destinada aos honorários médicos, fosse direcionada para o custeio dos insumos. Esse grupo de trabalho da ANS visa desenvolver novas sistemáticas que remunerem os hospitais adequadamente pelos serviços prestados, tornando esses a sua fonte de receita primária. Em consequência, os beneficiários terão maior poder de escolha com base em padrões e na qualidade dos serviços prestados. Entre as ideias que surgem nestas discussões, Salvador defende a existência de um diálogo diferente entre os hospitais privados e as operado-

“O caminho é investir em gestão do corpo clínico, para assegurar que a conduta caminhe conforme os protocolos médicos, bem como ter os médicos imbuídos no espírito da melhor relação custo-benefício” Henrique Salvador, da Anahp

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ras para estabelecer a compra e a venda. “Levando-se em consideração escala, estratégias de mercado e acordos de cooperação para melhorar a competitividade de ambos em determinado mercado”, pondera o presidente da ANAHP. Mas dentro da cadeia não existe apenas hospital e operadora, nas relações que impactam o negócio. Há também o papel do médico, o consumidor de produtos hospitalares. Por isso, Salvador avalia que é preciso alinhar os objetivos do corpo clínico com a estratégia do hospital. “O caminho é investir em gestão do corpo clínico, para assegurar que a conduta caminhe conforme os protocolos médicos, bem como ter os médicos imbuídos no espírito da melhor

relação custo-benefício”, conta. Enquanto um novo formato de remuneração da saúde suplementar está sendo avaliado pelo governo, hospitais e os sistemas de saúde buscam alternativas diariamente. Estreitamento da relação com as operadoras Na Casa de Saúde de São José, do Rio de Janeiro, os canais de relacionamento com as assistências médicas passaram a ser assunto estratégico. Sendo assim, mais do que receita os planos são agora parceiros. De acordo com o diretor executivo da instituição, André Gall, houve um esforço para criar diferenciais e benefícios mútuos, que vão desde a regularização dos acordos verbais em formais e atualização dos contatos

mais antigos. “Somos muito mais receptivos a atender aos pedidos das operadoras para qualquer necessidade especial que a mesma venha a ter, desde que esta ação gere benefícios para ambas as partes”, posiciona-se. É por isso que a instituição está implantando um projeto de gestão do relacionamento com o cliente junto às operadoras de saúde parceiras. Isto diminui o impacto de negativa de exames, insumos, procedimentos e consultas, por exemplo. Afinal, existem protocolos e pacotes negociados previamente junto às operadoras de saúde, que são acordados com os médicos assistentes. “Trabalhamos de forma extremamente transparente com o médico assistente e

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Padronização de insumos e uso de protocolos minimizam conflitos

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Negociação de contrato Gerenciando uma carteira de 21 operadoras credenciadas, o Hospital Santa Catarina de Blumenau, localizado na região sul do País, trabalha com contratos estabelecidos de acordo com a resolução normativa 42, da ANS. No entanto, mesmo com todas as regras previstas e com uma relação de transparência, existem problemas, como atraso nos pagamentos, glosas indevidas e dificuldades de autorização de procedimentos e exames. Na opinião do diretor de negócios da instituição, Maciel Costa,a padronização de insumos e o uso de protocolos técnicos são os principais mecanismos para minimizar o conflito diário entre hospitais e operadoras. “O profissional de saúde estabelece o uso de determinado insumo ou procedimento sob determinada perspectiva técnica. A visão da operadora pode ser oposta, o que instala um conflito muito comum no dia a dia das organizações hospitalares”, exemplifica o executivo. Ao usar o conceito de diária global como forma de remuneração, o hospital é pago pelo serviço prestado. Por isso, torna-se crucial estabelecer protocolos de uso de medicamentos de alto custo, por exemplo. “Na prática, as ações visam otimizar os recursos financeiros que permeiam a relação prestador/operadora”, pontua o diretor. Do ponto de vista assistencial, o hospital adotou, por exemplo, desde 2007, a prática das metas internacionais de segurança, como identificação de risco dos pacientes, melhora da segurança de medicamentos de alta vigilância, entre outros. O objetivo deste tipo de ação não se restringe apenas à qualidade assistencial, como também à melhor performance dos custos hospitalares. “Além de garantir a qualidade e a segurança na assistência, conseguimos contribuir significativamente para a otimização dos custos dos serviços”, conta Costa. Entretanto, o gerenciamento dos custos e as melhorias no processo assistencial não garantem necessariamente uma negociação favorável de contrato junto às operadoras de saúde, segundo Costa. Isto porque ainda existem mercados em que há uma concentração e domínio de poucas assistências. “Quando se otimiza o processo, consegue-se otimizar custos por meio da resolutividade. No entanto, esta é uma prática que ainda não é muito reconhecida pelas operadoras no momento da negociação em algumas regiões, que não conseguem um diferencial de remuneração por apresentar estas melhores práticas”, pontua.

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familiar, após esgotarmos todas as possibilidades de resolução do problema junto às operadoras de saúde”, conta Gall. Mais do que isso, é feito um trabalho preventivo às restrições das operadoras no momento do pré-agendamento e nas reuniões com o corpo clínico. O estreitamento na relação fez com que o hospital aumentasse em 10% o número de operadoras, saltando de 58, em 2009, para 64, em 2010. “Reduzimos o percentual de glosa e criamos espaços dentro de nossa estrutura para os grandes parceiros instalarem unidades de atendimento aos seus segurados e médicos credenciados, criando facilidades para ambos”, conta o diretor, justificando a crescente procura por operadoras. Com mais de 2 mil médicos e mil colaboradores, a Casa de Saúde de São José realiza 300 partos e 2.100 cirurgias por mês. Para o executivo, o desafio sobre o modelo de remuneração entre as operadoras e hospitais deve resultar em um novo modelo, em que a saúde suplementar tem saúde financeira para manter sua solvência sem afetar a qualidade da assistência prestada ao paciente. Para isso, é preciso “Criar indicadores assistenciais que permitam não só as operadoras de saúde, mas aos clientes (médicos e pacientes) escolher a instituição onde fará seu tratamento pela qualidade do serviço prestado e não pela aparência que o serviço demonstra”, acredita Gall. Para estabelecer uma relação de confiança junto à saúde suplementar, o diretor executivo avalia que são necessários desenvolver quatro caminhos: Transparência na relação; Criação de um relatório com os indicadores de desempenho assistencial e financeiro para as operadoras de saúde, para que façam a diferenciação entre seus prestadores e com isso possam tratar os desiguais de maneira desigual; Compartilhamento do risco; Aproximação das empresas contratantes, oferecendo um serviço de prevenção aos funcionários das mesmas.

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Coriolano, Bradesco Saúde: TISS e TUSS ajudam a reduzir custos e burocracia

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Diálogo e padronização A Bradesco Saúde, que também é controladora da Mediservice, entende que o principal desafio na relação entre hospitais e operadoras está em acelerar a mudança da sistemática de remuneração do setor. Para o presidente da Bradesco Saúde e Mediservice, Marcio Coriolano, já se faz urgente a migração do atual “fee for service” para um padrão de pagamento por pacotes, entre outros modelos que favoreçam a excelência dos serviços com maior previsibilidade de custos assistenciais. “Essa migração torna-se cada vez mais necessária em função das taxas da inflação médica que são sistematicamente superiores às dos índices gerais de preços, o que ameaça o orçamento das empresas e das famílias que são destinados à assistência médico-hospitalar privada”, defende. Mesmo diante deste cenário, os custos médico-hospitalares da carteira de planos de saúde da Mediservice ficaram estáveis no ano passado, enquanto o aumento de custos no mercado tem sido de cerca de 8 a 10% anuais. O executivo aponta que o controle financeiro foi baseado em uma relação de transparência, diálogo e negociação junto às instituições hospitalares. Apesar de a Mediservice ter 271 mil vidas, a Bradesco Saúde já soma 2,5 milhões de segurados. De acordo com Coriolano, a escala que o grupo Bradesco proporciona favorece nas negociações de tabelas, que por fazerem parte do mesmo grupo não podem ter custos substancialmente diferentes. “O trabalho desenvolvido, e aceito pelos estabelecimentos hospitalares, foi o de aproximar ao máximo as tabelas da Bradesco Saúde e da Mediservice e adotar pacotes já experimentados pelas duas. Foi fruto de diálogo com os hospitais, clínicas e laboratórios”, explica. Além do trabalho de equiparação de custos, o presidente acredita que a adoção dos projetos de padronização de informações e nomenclaturas da ANS, a TISS e a TUSS, proporcionou ganho em eficiência para a equipe de gestão médica com a padronização de apresentação e análise de contas médicas, o que contribuiu para facilitar o relacionamento com a rede credenciada. “A TISS e a TUSS vieram para padronizar procedimentos administrativos e operacionais e, dessa forma, reduzir custos e burocracias”, conclui.

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Confira os FINALISTAS TOP HOSPITALAR 2010 Um elenco brilhante de gestores hospitalares de todo o país mencionaram espontaneamente e avaliaram fornecedores em nove grandes grupos subdivididos em 23 categorias de produtos e serviços hospitalares. Esta foi a primeira fase do estudo. Agora os finalistas foram definidos e são os próprios hospitais que escolherão seus fornecedores preferidos - as estrelas do Top Hospitalar. A etapa de votação pela internet já começou e irá até 23 de março. A votação está aberta somente para os hospitais assinantes das revistas Fornecedores Hospitalares, Saúde Business e cadastrados na newsletter do Saúde Business Web.

Hospital participe da votação e concorra a prêmios! GRUPO SERVIÇOS FINANCEIROS

Bradesco

Itaú

Santander

GRUPO CONSULTORIA

IQG

Planisa

Pró-Saúde

Categoria Análise Laboratorial Categoria Cirurgia Categoria Cuidados ao paciente Categoria Diagnóstico por imagem Categoria Maternidade Categoria Suporte e manutenção à vida

Categoria Alimentação Categoria Facilities Categoria Resíduos

Categoria Gasoterapia Categoria Materiais de consumo Categoria OPME

Categoria Hardware Categoria Software Categoria Serviços

Categoria Medicamentos Categoria Não-medicamentos

Categoria Arquitetura, Engenharia e Construção Categoria Mobiliária Categoria Indústria de Armazenamento e Conservação GRUPO DISTRIBUIDORES

GRUPO INDÚSTRIA DE EQUIPAMENTOS Abbott Roche Dräger KTK Dräger Maquet GE Philips Fanem Intermed Dräger Maquet

Siemens Maquet Stryker Siemens Olidef Philips

GRUPO INDÚSTRIA DE SERVIÇOS Gransapore Brasanitas Ecourbis

Sodexo Tejofran Refina

GRSA Gocil Loga

GRUPO INDÚSTRIA DE MATERIAIS Air Liquide Linde Gases 3M B. Braun Johnson & Johnson Medtronic GRUPO INDÚSTRIA DE TI Dell MV Sistemas Eco Sistemas

HP Wheb Sistemas Lexmark

GRUPO INDÚSTRIA FARMACÊUTICA Eurofarma B.Braun

Roche Baxter

GRUPO INFRAESTRUTURA Bross Arquitetura Domingos Fiorentini Mercedes Imec Nilko CISA Metalfrio Cirúrgica Fernandes

Cirúrgica Mafra

White Martins Johnson & Johnson Synthes

IBM WPD Tecnoset

Sanofi-Aventis Fresenius

L + M Gets Nucleo Tech Suzuki Hospfar

A

CATEGORIAS ESPECIAIS MELHOR EXECUTIVO DO FORNECEDOR MELHOR EXECUTIVO DE MARKETING MELHOR EXECUTIVO DE VENDAS

José Carlos Lucentini - GRSA Paulo Silva – Fresenius Kabi Marcos Corona - GE Healthcare

Marlene Schmidt - Fanem Reynaldo Makoto Goto - Siemens Sandro Dian - Stryker

Maurizio Billi - Eurofarma Sérgio Pacheco - Boehringer Ingelheim Wilson Robson Miguel - Agfa Healthcare

OBS: No grupo Infraestrutura, a categoria Energia foi eliminada por falta de consistência amostral. São 23 categorias de fornecedores + 3 categorias especiais somando 26 categorias que serão premiadas.

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um elenco brilhante votando em estrelas

Agora, a academia é o hospital e as estrelas são os fornecedores Mais informações: WWW.TOPHOSPITALAR.COM.BR

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GESTÃO

A PROFISSIONALIZAÇÃO

DA GESTÃO

P

GENÉSIO KORBES MBA em Gestão Empresarial Sócio da Korbes Consulting Diretor Associado da NP Consulting

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or que a profissionalização da gestão é um processo tão doloroso e “acidentado” nas empresas familiares? Trata-se de uma pergunta intrigante, para a qual não existe resposta pronta. Ao participar deste processo, conversar com os envolvidos e acompanhar as entrevistas dos profissionais cotados para conduzi-lo, a impressão que se tem é a de que se trata de uma implantação simples e corriqueira. Parece que tudo acontece num estalar de dedos, após o qual o projeto tão cuidadosamente desenhado começa a funcionar. Mero e ledo engano. Há inúmeros exemplos de empresas que não alcançaram – e provavelmente não alcançarão – o êxito na profissionalização. Arrisco-me a elencar alguns motivos que atravancam e impedem o sucesso de profissionalização da gestão. Antes, contudo, é preciso responder uma pergunta fundamental: O que é a profissionalização da gestão? É, antes de tudo, adotar uma postura profissional em todas as esferas da organização e geri-la através de indicadores confiáveis, tendo como principal alvo a busca de resultados, a partir de uma relação causa e efeito exaustivamente avaliada. Vamos, então, aos obstáculos impostos à profissionalização da gestão nas empresas: Ausência de reflexão aprofundada de uma estratégia. O que se quer com a profissionalização da gestão? O que queremos? Por que queremos? Como faremos? A intenção e os propósitos, via de regra, são sempre nobres, mas as decisões e as ações, na maioria das vezes, não passam de boas intenções. A tônica e a prática nessas empresas é a forma obsoleta como ela é administrada onde estas decisões são

tomadas intuitivamente e na maioria das situações emocionais. A falta de maturidade para delegar autoridade total a um profissional que, pressupõe-se, tenha passado por um rigoroso processo de seleção. A falta de confiança do dono da empresa no profissional faz com que a delegação de autoridade aconteça pela metade. Mormente delega-se responsabilidade, o que conceitualmente não existe. Para que haja cobrança de responsabilidade é imperioso que haja delegação da respectiva autoridade. O apego absoluto ao poder é outro grande complicador. Proclama-se a profissionalização, mas, na prática, as desautorizações são constantes, enfraquecendo a posição do profissional e não concedendo a ele o espaço indispensável, o que gera situações de inibição para tomada de decisões e até posições. A permanência dos controladores na operação ou até a convivência física na empresa é outro obstáculo crucial. Isso se torna pior quando ainda tomam decisões operacionais, o que cria um clima de total insegurança em todos que atuam na empresa e comprova a ausência de qualquer estratégia. A seleção do profissional errado também pode ser um empecilho. Para evitar que isto aconteça é aconselhável a contratação de uma empresa especializada ou headhunter reconhecido pelo mercado. Conclui-se, a partir de cenário descrito acima, que no centro das razões para o fracasso das decisões de profissionalizar a gestão estão a falta de maturidade, a ausência de uma estratégia clara e objetiva e o despreparo emocional dos dirigentes de empresas familiares.

REVISTA FORNECEDORES HOSPITALARES

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S a ú d e B u s i n e ss S c h o o l Os melhores conceitos e práticas de g e s t ã o , a p l i c a d o s a o s e u h o s p i ta l

Módulo 02

ESTRUTURANDO UM PROGRAMA DE SEGURANÇA DO PACIENTE Este caderno pode ser destacado

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Introdução Depois do sucesso dos primeiros saúde business school, continuamos com o projeto. Este ano falaremos sobre Segurança do paciente Na busca por auxiliar as instituições hospitalares em sua gestão, trouxemos no terceiro

equipes na organização de seus programas de segurança.

ano do projeto Saúde Business School o

Em cada edição da revista Fornecedores Hospitalares, traremos

tema Segurança do Paciente. Ainda que

um capítulo sobre o tema, escrito em parceria com médicos,

exista uma vasta literatura sobre o tema, a

enfermeiros, consultores e instituições de ensino, no intuito de

nossa função aqui é construir uma manual

reunir o melhor conteúdo para você.

prático para a geração de um ambiente

Os capítulos, também estarão disponíveis para serem baixados

hospitalar mais seguro, que auxilie as

em nosso site: www.saudebusinessweb.com.br

O projeto envolve os seguintes temas: Módulo 1 - Introdução à segurança do paciente Módulo 2- Estruturando um programa de segurança do paciente Módulo 3 - Identificação e notificação dos erros Módulo 4- Melhoria de comunicação e processos Módulo 5 - Envolvimento das equipes em segurança Módulo 6 - O papel da TI na segurança do paciente Módulo 7 - Gestão segura de medicamentos dentro dos hospitais Módulo 8 - A influência do ambiente hospitalar na segurança do paciente Módulo 9 - Leis e Regulações envolvendo a segurança do paciente Módulo 10 - Segurança do paciente no centro cirúrgico Módulo 11 - Os processos de acreditação e a segurança do paciente Módulo 12 - O papel do paciente

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ESTRUTURANDO UM PROGRAMA DE SEGURANÇA DO PACIENTE Helaine Carneiro Capucho*

Desde a publicação do relatório To Err Is Human, do Institute of Medicine dos Estados Unidos, em 1999, os profissionais de saúde vêm se despindo do tabu de reconhecer que eventos adversos ocorrem e os processos assistenciais são frágeis. Este relatório chocou o mundo, mas, por outro lado, foi um divisor de águas: deixou claro que os erros e outros eventos adversos acontecem e que algo deveria ser feito para evitá-los. Escondê-los ou culpar uma pessoa por eles não resolve. O documento, que indicou que a segurança era a primeira dimensão da qualidade em saúde, trouxe uma importante mensagem: precisamos agir. E rápido. A Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2004, lançou a “Aliança Mundial para a Segurança do Paciente”, despertando os países membros para o compromisso de desenvolver políticas públicas e práticas, recomendando a todos atenção máxima para a segurança do paciente e para a qualidade do cuidado em saúde. A segurança do paciente tem sido tema constante de eventos técnico-científicos brasileiros nas diferentes áreas da saúde e publicações sobre o tema vêm ocupando cada vez mais espaço nos periódicos nacionais. Programas de segurança do paciente têm sido estruturados em diversos hospitais por todo o país, especialmente aqueles que trabalham com programas de acreditação e qualidade. Entretanto, ainda há muito a ser feito. A freqüência de eventos adversos aumenta o tempo de internação, a morbimortalidade dos pacientes e, por consequência, aumenta os custos tanto para os hospitais quanto para o sistema de saúde. Além disso, quando o resultado deste evento é a perda de vidas, a imagem da instituição também é afetada, reduzindo a credibilidade do hospital perante a sociedade. Sob esta ótica, torna-se necessário implantar e implementar programas de segurança do paciente nos hospitais brasileiros: um programa desta natureza não implica em despesa, mas sim em investimento.

D E S EN V OLV EN D O A C ULT URA D E S E G URAN Ç A D O PA C IEN T E

A redução dos riscos de eventos adversos depende de mudanças na cultura e nos processos de trabalho adotados nos hospitais. Esta iniciativa requer um forte apoio da liderança da organização em sua implantação, bem como na vigilância, na divulgação das práticas mais seguras, e no acompanhamento dos resultados. Assim, pode ser obtido um modelo institucional de cultura de segurança do paciente. Para tanto, os colaboradores da equipe devem sentir-se seguros ao informar sobre os eventos adversos e entender que estes ocorrem muito mais frequentemente devido à existência de sistemas frágeis, e não por causa de falhas dos profissionais. Criar uma identidade visual do programa institucional de segurança do paciente pode ser um bom aliado na sua divulgação, obtendo resultados mais rápidos quanto ao envolvimento das diferentes equipes nas atividades propostas, como a de relato de incidentes. Para obter uma informação qualificada sobre riscos ou eventos adversos, a organização deve estabelecer um sistema de notificação desses eventos, seja por vigilância passiva (baseado em notificações voluntárias), seja por vigilância ativa, que está baseado em sistemas de monitoramento intensivo ou busca ativa.

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SISTEMAS DE VIGILÂNCIA DE RISCOS E EVENTOS ADVERSOS

Para que os riscos sejam gerenciados e propostas de melhorias sejam executadas, é mister que sejam conhecidos os riscos dos processos relacionados aos cuidados em saúde. Assim, esforços são necessários para identificá-los antes que resultem em incidentes com danos aos pacientes (eventos adversos). Países como o Brasil, que ainda não tem como prática plenamente difundida em seus hospitais o monitoramento da ocorrência de eventos adversos e que, geralmente, não dispõem de recursos humanos e financeiros para utilizar métodos ativos de detecção de eventos adversos, podem estabelecer como principal método de identificação desses eventos o relato ou notificação voluntária, pois este sistema tem se mostrado bastante custo-efetivo, desde que a instituição tenha uma cultura de notificação bem estabelecida. Desta forma, a notificação voluntária constituirá a base do sistema de detecção de riscos e eventos adversos, podendo ser complementado por outros métodos de acordo com as necessidades e disponibilidades de cada instituição. Para se estabelecer um sistema de notificações voluntárias, alguns passos devem ser seguidos: Elaboração do instrumento de notificação: a notificação pode ocorrer por diferentes meios - impresso, telefone, fax, intranet, internet. Atualmente, o meio mais utilizado pelos hospitais é o meio impresso, contando com um formulário a ser preenchido. O formulário deve ser de fácil preenchimento, deve ter clareza nas informações e deve estar disponível para todos os colaboradores. A forma de check list tende a dar velocidade e evitar dúvidas durante o preenchimento da ficha, porém ela deve conter um espaço para que o notificador descreva o evento adverso e faça suas observações; Estabelecimento do fluxograma de notificação: deve-se estabelecer para onde a notificação será enviada e como ela será analisada, contemplando claramente todas as instâncias pelas quais deve passar. A centralização desta informação em um serviço como o de qualidade ou gerenciamento de riscos é desejável; Divulgação do instrumento e do fluxograma: é a parte que despende maior empenho, já que se deve educar os colaboradores do hospital para utilizar o instrumento e seguir o fluxograma pré-determinado. Essa etapa pode ser feita junto à divulgação do programa de segurança do paciente. Para que seja obtido sucesso com o sistema de notificações voluntárias, a OMS sugere que ele tenha características especiais, conforme Quadro 1.

C aracter í sticas dese j á veis para S istemas de N oti f ica ç ã o de S u cesso , seg u ndo a O rgani z a ç ã o M u ndial de S a ú de Característica

Descrição

Não punitiva

Notificadores livres de retaliação ou punição por ter notificado

Confidencialidade

A identificação do notificador nunca é revelada

Independente

O sistema de notificação é independente de qualquer autoridade com poder para punir

Análise por especialistas

As notificações são avaliadas por especialistas, que entendam aspectos clínicos e reconheçam as possíveis causas do evento

Agilidade

As notificações são analisadas rapidamente e as recomendações sejam prontamente divulgadas para os interessados, especialmente nos casos graves

Foco no sistema

As recomendações incidem sobre as mudanças nos sistemas, processos ou produtos e não estão orientadas para o indivíduo

Sensibilidade

O setor que recebe as notificações dissemina as recomendações, e a organização de saúde compromete-se a implementá-la, sempre que possível

Após a obtenção do relato, é imperativo que sejam tomadas ações acerca dos problemas relatados, especialmente quando se trata de notificações sobre danos aos pacientes, ainda que temporários. Cada relato exerce um papel importante no processo de aprendizagem, visto que, quando um incidente é notificado e reconhecido, esse tende a não reicidir, desde que ele não seja ignorado pela equipe envolvida. Os programas de segurança do paciente não se resumem à notificação de erros em saúde, pois a notificação é um método reativo de lidar com os problemas. É um bom começo trabalhar sob esta perspectiva, porém vários são os aspectos que podem afetar a segurança dos pacientes em um estabelecimento de saúde: as infecções hospitalares, lesões de pele, úlceras por pressão, complicações em cirurgias, reações adversas e outros problemas relacionados aos medicamentos, quedas, entre outros. Portanto, a atividade pró-ativa deve ser implementada, complementando o método de notificação voluntária.

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P R Ó - AT I V I D A D E P E L A S E G U R A N Ç A D O S PA C I E N T E S

Muitas instituições estão iniciando seus programas norteados pelas seis metas internacionais para a segurança dos pacientes estabelecidas pela OMS (Quadro 2).

M etas I nternacionais do P rograma “ A liança M undial para a S egurança dos Pacientes ” da O rgani z aç ã o M undial de S a ú de

1. Identificar os pacientes corretamente 2. Melhorar a comunicação entre as equipes 3. Melhorar o gerenciamento de medicamentos de alto risco 4. Eliminar cirurgias em membros ou em pacientes errados 5. Reduzir os riscos de infecções 6. Reduzir os riscos de lesões decorrentes de quedas A revisão do processo de identificação do paciente pode ser a primeira meta do programa na instituição, pois este é considerado o fundamento do cuidado seguro. Falhas neste processo levam a erros de medicação, cirurgia em paciente errado, encaminhamento equivocado de pacientes. A meta deve ser 100% dos pacientes e leitos. Gerenciar medicamentos de alto risco ou potencialmente perigosos pode evitar erros e reações adversas com medicamentos. Elaborar e implantar etiquetas coloridas nos medicamentos podem alertar todos os profissionais, principalmente a enfermagem, que é a última barreira para evitar erros de medicação, auxiliando esta equipe na administração de medicamentos. A lista destes medicamentos pode ser vista no site do ISMP Brasil (Institute for Safe Medication Practices). Para a comunicação efetiva, prevenção e controle de infecções hospitalares, cirurgia segura, quedas e outros, torna-se evidente a importância da elaboração e implantação de protocolos que sejam aplicados sistematicamente em toda a instituição, porém não basta elaborá-los: tem que haver acompanhamento da efetiva adoção destes pela equipe de saúde. A redução de infecção pós-cirúrgica e outros eventos adversos em cirurgia podem ser evitados por uma medida simples e barata: a implantação do check list desenvolvido pela OMS, durante a campanha “Cirurgias seguras salvam vidas”, que pode ser adaptado para se adequar às necessidades do hospital. Este check list já está traduzido para o português e encontra-se no site da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). As iniciativas em segurança do paciente têm como principal desafio contar com o envolvimento de todos os colaboradores da instituição.

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M O N I T O R A M E N T O D O S R E S U LTA D O S

Após a realização das intervenções, deverá haver o monitoramento dos resultados, a fim de saber se as mesmas foram efetivas. Caso não tenham sido, deverá ser desenvolvida nova estratégia. Esse monitoramento deve ser contínuo. Cada instituição deve determinar qual é a sua prioridade, mediante estudo realizado por equipe multidisciplinar, que não deve limitar-se à alta administração. A participação de líderes de diferentes níveis hierárquicos é fundamental para que os planos tenham melhores resultados.

COMITÊ DE SEGURANÇA D O PA C I E N T E

A constituição de um comitê multidisciplinar que articule e coordene programas e atividades de prevenção de eventos adversos é muito importante para que seja obtido êxito no programa de segurança do paciente. Os membros deste comitê devem representar diferentes setores do hospital, e, quando possível, é interessante contar com a participação de pacientes e cuidadores, além de especialistas no assunto, como no caso de hospitais ensino que podem contar com professores da área. É desejável que os membros deste comitê tenham especial interesse pelo assunto, além de conhecimento e engajamento pela causa. Um comitê de segurança do paciente deve ter como finalidade a promoção de uma cultura hospitalar voltada para a segurança dos pacientes, através de planejamento, desenvolvimento, controle e avaliação de processos assistenciais, a fim de garantir a qualidade dos mesmos em cada hospital. Além disso, o comitê deve avaliar o grau de adesão da instituição de saúde para as práticas e recomendações emitidas por ele no que se refere à utilização segura dos medicamentos.

E N V O LV I M E N T O P E L A S E G U R A N Ç A D O PA C I E N T E

A formação de profissionais para cooperar com o programa é fundamental para o sucesso dessa iniciativa. Educar os profissionais em práticas de segurança, formando-os para o trabalho em equipe, para observar melhor as situações do dia-a-dia e notificar falhas do processo assistencial. Outra forma de reduzir eventos adversos é contar com pacientes e familiares, que poderão assumir um papel proativo, trazendo informações e alertando os profissionais para eventuais falhas no cuidado prestado. A assistência à saúde está cada vez mais complexa, fragmentada e menos segura. O compromisso e o empenho de profissionais individuais são atitudes imprescindíveis, porém não o bastante. É necessário que as organizações de saúde despendam esforços para superar a cultura tradicional da culpa e punição, e incentivar uma cultura do relato e do aprendizado com as próprias falhas. Assim, é fundamental que se pense na importância do gerenciamento de riscos voltado para a segurança do paciente em nosso país. Cada vez mais o sistema de saúde será exigido quanto à performance e à qualidade dos serviços prestados, tornando-se mais evidente a importância de fornecer uma assistência segura.

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C as o d e s u c e ss o Segurança em foco Com o objetivo de aumentar a qualidade nos processos executados, o Hospital Celso Pierro encontrou na acreditação uma ferramenta para aumentar o nível de segurança do paciente e seus colaboradores Guilherme Batimarchi – gbatimarchi@itmidia.com.br Implementado em 2006, o serviço de qualidade do Hospital e Maternidade Celso Pierro, em Campinas (SP), tem o objetivo de realizar ações contínuas de melhoria relacionadas aos serviços prestados e à segurança do paciente. Esta atenção rendeu ao hospital, em outubro de 2010, a certificação nível um da ONA (Organização Nacional de Acreditação). Para garantir a segurança de seus pacientes e colaboradores, o hospital adotou uma série de protocolos para elevar o nível de segurança para pacientes e colaboradores. “Tínhamos uma realidade e queríamos melhorá-la, afim de oferecer uma assistência mais segura e adequada aos nossos pacientes, e a ferramenta para aumentarmos o nível de segurança do hospital foi o processo de acreditação”. Uma das primeiras atitudes tomadas pelo Celso Pierro foi criar um comitê de gerenciamento de riscos para mapear os processos de trabalho incluindo riscos clínicos e não clínicos para melhor gerenciá-los. “Nas unidades de atendimento, trabalhamos com um mapeamento de riscos específico para cada paciente, ou seja, temos o mapeamento de risco por processo de trabalho e paralelamente a isso o mapeamento de risco desenvolvido para cada paciente”, afirma a assessora de qualidade do hospital Celso Pierro, Ellen Meireles. Além do mapeamento de riscos a instituição também implementou um programa de gerenciamento de pacotes de prevenção à infecção hospitalar ligado ao Institute for Helthcare Improvement (IHI) e um plano de preparo e aplicação de medicamentos. Para fiscalizar estes processos, o hospital conta com a participação da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente (Rebraensp), responsável pela auditoria interna, de todos os procedimentos de segurança da instituição. Segundo a assessora de qualidade do hospital, outros processos de segurança estão em fase implementação, como a descrição e gerenciamento dos protocolos de conduta clínica, planos de terapêuticos, que consiste em um planejamento de todo o tratamento que será recebido até o momento da alta, e o plano de alta, que consiste nos cuidados necessários para que o processo de alta da pessoa internada seja o mais seguro possível. De acordo com Ellen, o maior desafio enfrentado pela instituição para implementar as novas políticas de segurança do paciente foi envolver os profissionais no desenvolvimento desses protocolos, fazendo com que os setores do hospital trabalhassem de forma integrada. “Um exemplo é o gerenciamento de prevenção de pneumonia por ventilação mecânica em UTIs. Este processo envolve uma série de profissionais, como médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, enfim, todos os envolvidos na assistência daquele paciente”.

Sobre o Autor AUTOR

Helaine Carneiro Capucho é farmacêutica, Doutoranda em Ciências e Mestre em Ciências Farmacêuticas pela USP Ribeirão Preto, possui MBA em Marketing pela FUNDACE – USP. Gerente de Riscos Sanitários do HCFMRP-USP, é presidente o Comitê de Segurança do Paciente do mesmo hospital e consultora em saúde. Contato: hcapucho@hcrp.usp.br

empresa

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP) é um hospital de ensino, integrado ao SUS. Tem como missão desenvolver e praticar a assistência, ensino e pesquisa em saúde, por meio da busca permanente da excelência, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população. Foi pioneiro dentre os hospitais públicos brasileiros ao criar o Comitê de Segurança do Paciente, em 2007. Atualmente, conta com 866 leitos, 36 salas cirúrgicas, 428 consultórios/salas de atendimento, atendendo mais de 3.000 pacientes diariamente.

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A ce ss e o mat e r ia l c o m p l e m e n ta r e m w w w. r ev ista f h . c om . b r /b u s i n e sssc h o o l

Saúde business school

Saúde Business School é uma iniciativa da IT Mídia. Todos os direitos reservados.

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ESPAÇO JURÍDICO

DESTINO DESCONHECIDO SEM PREVISÃO DE CHEGADA E

RODRIGO ALBERTO CORREIA DA SILVA Sócio do escritório Correia da Silva Advogados, presidente dos Comitês de Saúde da Câmara Britânica de Comércio (BRITCHAM) e da Câmara Americana de Comércio (AMCHAM), advogado de diversas associações de classe e empresas de produtos e serviços de saúde, Mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e autor do livro “Regulamentação Econômica da Saúde”

FORNECEDORES HOSPITALARES REVISTA

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m um debate recente no Comitê de Saúde da Amcham sobre genética, evoluímos a discussão para a pesquisa aplicada e as razões do Brasil não avançar mais na criação de produtos e serviços inovadores em saúde. Afinal, por que a despeito de termos pesquisadores reconhecidos internacionalmente, médicos do mesmo gabarito, serviços de saúde altamente qualificados, diversidade biológica, fundos disponíveis da Finep, Fapesp, BNDES, e terem se tornado cotidianos termos como IPO´s, Investment Grade, Private Equity, M&A, Start Up´s, etc... ainda não vemos produtos e serviços ligados a ciências da vida genuinamente nacionais? O que falta? Alguns temas foram levantados: (1) a carreira universitária não privilegia a geração de propriedade intelectual, pelo contrário, estimula a publicação e difusão do conhecimento; (2) os fundos públicos disponíveis são voltados para pesquisa, não para o desenvolvimento comercial, e são muito pulverizados não permitindo estudos caros e de longo prazo demandados pelas novas descobertas no setor; (3) o brasileiro ainda não tem uma cultura de criação e proteção de propriedade intelectual sem a qual o pesquisador não obtém os retornos do seu trabalho, portanto não há estímulo; (4) as empresas e os pesquisadores vivem em mundos diferentes, falam línguas diferentes, têm velocidades diferentes e lhes falta a tecla SAP, (5) ... São todos pontos verdadeiros e altamente relevantes, alguns inclusive foram mitigados por meio da Lei de Inovação, que ainda não pegou de verdade, a qual foi, inclusive, reforçada com a recente alteração da Lei de Licitações Públicas que flexibiliza a necessidade de licitação para compra de produtos e serviços voltados para atividades enquadradas na Lei de Inovação. Ainda assim, há um sentimento de que isto não será o suficiente, uma sensação de reprise da decolagem do voo da galinha já vista tantas vezes. Pior é que estas tentativas de incentivo são sempre acompanhadas de barreiras a produtos tidos como inibidores do desenvolvimento local, tornando o caldo ainda mais amargo. Esta inquietação me levou a pensar em uma abordagem diferente. Imaginei quais seriam as minhas expectativas e motivações caso fosse um pesquisador ou um investidor/empreendedor focado no setor de ciências da vida. O que me estimularia e o que me desestimularia na direção da criação de um produto e consequentemente uma empresa que pudesse receber um

investimento inicial (Angel): uma segunda rodada mais significativa (Private Equity) e ao final glória das glórias fazer o tal IPO? Ou criar uma patente para licenciar e passar o resto da vida ganhando um bom dinheiro por isto para mim e para a Universidade em que eu trabalho? O que motiva? Ora, o vil metal, o desafio intelectual e a solidariedade com os pacientes. Para uns mais uma coisa ou mais outra. Mas não se pode negar que este feixe de interesses fez surgir muito, senão tudo, o que nos levou a uma expectativa de vida saudável tão longa. Refletindo sobre estas questões dentro do setor da saúde, entendo que dois são os principais fatores que acabam por desmotivar investimentos e avanços tecnológicos: tempo e incerteza. O TEMPO e a INCERTEZA. O fator tempo está presente até que o produto já desenvolvido esteja no mercado. Peguemos, por exemplo, casos mais críticos, como de empresas Start Up´s. Até que uma pessoa jurídica receba suas autorizações básicas (Registro na Junta, CNPJ, etc...) o Banco Mundial fala em aproximadamente 180 dias. Além disto, com as instalações físicas prontas e funcionários contratados até que esta empresa receba Autorização de Funcionamento e Licença de Funcionamento são mais dois anos, isto com rapidez; para obtenção de Boas Práticas de Fabricação se leva mais um ano, isto também sendo um processo veloz; registro de produto mais um ano e meio, e por aí vai... A incerteza dos prazos se soma à incerteza do conteúdo das decisões, pois a Anvisa não conseguiu até hoje que seus técnicos tenham um entendimento harmonizado sobre a regulamentação. Além disto, a própria regulamentação é instável, pois a Agência muda constantemente os requisitos de empresas e produtos em processos não transparentes, em muitos casos abruptos e com grande distanciamento do setor regulado, suas entidades representativas e até da população. Previsibilidade de tempo do retorno e certeza do ambiente que gerará o lucro do investimento são requisitos mínimos para que tanto pesquisadores, quanto investidores/empreendedores se sintam atraídos a embarcar nesta jornada. Sem isto, é embarcar em um avião sem radar, que não se sabe quanto combustível tem, sem destino certo e hora para chegar. Você faria esta viagem?

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Um dia o ser humano percebeu a força transformadora das ideias, derrubando cercas, barreiras, preconceitos e compartilhando livremente suas experiências. 500 mil pessoas se reúnem espontaneamente no Festival Woodstock, 1969.

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Ele descobriu a força da mobilização coletiva fazendo valer suas escolhas. Os meios de comunicação explodem após a ditadura, mobilizando 300 mil em comício pelas Diretas Já, 1984.

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Ele viu a Cidadania emanar da conexão de jovens corações sedentos de liberdade, superando ortodoxismos e ecos do passado. A primeira mobilização de cunho não religioso em um país árabe nasce das redes sociais na Internet, reunindo 250 mil pessoas no Egito, 2011.

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O mundo já percebeu que só faz sentido se estivermos juntos. Mais de 300 mil pessoas fazendo negócios e juntas na transformação do setor da Saúde no País, 2011.

Catálogo Hospitalar, a nova mobilização do setor de saúde.

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DE OLHO NOS FORNECEDORES

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REVISTA FORNECEDORES HOSPITALARES

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Território em TRANSIÇÃO Maria Carolina Buriti - mburiti@itmidia.com.br

Aprovação da Política Nacional dos Resíduos Sólidos e a entrada de grupos estrangeiros no Brasil aquecem o mercado de empresas do setor de tratamento de resíduos, nicho que movimenta cerca de R$ 1,5 bilhão

A

aprovação da Política Nacional dos Resíduos Sólidos no Senado, em julho de 2010, pouco mudou nas regras específicas para os Resíduos Sólidos de Saúde (RSS), o chamado lixo hospitalar, que engloba os rejeitos de clínicas, postos de saúde, consultórios dentários, laboratórios e unidades veterinárias. Mas de certa forma, as novas medidas refletem no segmento, pois a maioria das companhias atuantes no Brasil tratam também de outros resíduos ou pertencem a grupos com essa finalidade. De acordo com dados da Associação Brasileira de Tratamento de Resíduos (Abetre), o mercado de resíduos teve receita estimada em R$ 1,5 bilhão em 2009, um crescimento de 14% em relação a 2008. Um mercado atrativo que tem chamado atenção de grupos internacionais. Esse é o caso da Serquip. Fundada em 1999, em Recife (PE), a empresa, presente em 11 estados no Brasil, chamou atenção da gigante americana Stericycle, com atuação nos Estados Unidos, Argentina, Chile, Irlanda, Portugal, Romênia e Inglaterra e o resultado foi a compra de 70% das ações da empresa pela multinacional. Com a aquisição, a Serquip começou a operar como braço internacional da companhia no Brasil e pretende adotar a marca da Stericycle ainda este ano. A operação, segundo o presidente da empresa no Brasil, Alexandre Menelau, deu fôlego às aquisições e à expan-

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são. “O que trouxe de bom, em primeiro lugar, foi contar com a maior marca do mundo em crescimento e grandes clientes, multinacionais procuram a Serquip. Outra coisa, é a absorção de tecnologia, como a Stericycle trabalha com várias tecnologias nós temos acesso a know how e à capacidade de investimento”, explica. Troca de experiências e conhecimento também são atrativos na opinião do diretor executivo da Núcleo de Gerenciamento Ambiental (NGA), Alessandro de Souza Campos. O executivo acredita que a parceria com grupos de fora é importante para compartilhar conhecimento. A NGA é especializada em RSS e pertence à holding Geovision. Em maio de 2010, o grupo português Mota Engil e a Leão Ambiental adquiriram 50% da holding. Na época, o valor do acordo divulgado foi de 21 milhões de euros. “Nós vemos com muitos bons olhos a vinda do grupo e a parceria. Deixa a empresa com mais força para atuar no mercado. Uma vez que é um grupo muito expressivo com presença em mais de 17 países no mundo, com negócios diversificados”, avalia. MERCADO EM MOVIMENTO Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), hoje são cerca de 50 empresas associadas à entidade e deste grupo, cerca de 10 trabalham exclusivamente com lixo hospitalar. O diretor executivo da associação, Carlos Roberto da Silva Filho, acredita que a entrada de grupos estrangeiros tornará a disputa mais acirrada. “Esse interesse das empresas estrangeiras vai tornar o mercado mais competitivo e traz a tendência, de justamente, aquecer no sentido de tornar mais acirrada as disputas de contrato, a maioria é licitação. Existirá mais profissionalização desse mercado e novos players”. Apesar da movimentação, Silva Filho acredita que esse mercado é de empresas que já possuem expertise e não de novatas. “Para esse nicho precisa ter equipamento, licenciamento, trabalho do órgão ambiental” Se depender da expansão de territórios e conquista de marketi share, a competição em 2011, tudo indica, será quente. Antes da Stericycle adquirir as ações da Serquip, ela comprou a RPM, do Rio Grande do Sul, e em dezembro, foi a vez da Serquip- já representante da marca no Brasil, comprar a ATT Ambiental e entrar no mercado do ABC paulista. Segundo Menelau, há um horizonte de novas aquisições. Hoje a empresa é líder de mercado, possui 500 funcionários espalhados por 11 estados brasileiros e detém 30% do mercado- cerca de 15 mil clientes. Em 2010, a empresa faturou cerca de US$ 40 milhões e pretende crescer 50% este ano. As ações negociadas na Bolsa de Nova York, estão em ascensão. “Já éramos o número um antes da aquisição, em quantidade de unidades e população atendida. Hoje, a ideia não é só crescer, mas crescer com competitividade, respeito ao meio ambiente

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de olho nos fornecedores

e segurança. Esse conhecimento que foi agregado ao nosso negócio nos coloca em padrão internacional”, destaca Menelau. Tímida se comparada à líder de mercado, mas com projetos de expansão para 2011, a NGA tem 40 funcionários e concentra suas atividades no nordeste paulista, região que possui 1500 pontos de coleta só em Ribeirão Preto. A empresa também pretende crescer por meio novas aquisições, assunto que segundo Campos está em estudo, mas não é divulgado por questões estratégicas. A empresa cresceu de 10% a 12% em 2010, se comparado ao ano anterior. Para 2011, a estimativa é algo entre 15% e 20% de crescimento “Este ano, a NGA terá um trabalho forte na manutenção dos seus contratos, melhoria dos trabalhos, e implantação de novas unidades de negócio. Estamos em fase de fechamento do estudo. Não sabemos quantas serão” Nova Política A Política Nacional de Resíduos Sólidos não trouxe grandes modificações na área dos Resíduos Sólidos de Saúde, que já possuem regras bem definidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), órgão do Ministério do Meio Ambiente. Uma das principais mudanças da política foi a obrigação do plano de gerenciamento de resíduos pela entidade geradora. Campos, da NGA, acredita que a medida traz boas expectativas para o mercado. “Para nós, ela veio somar, expõe e coloca de forma estruturada para os geradores de resíduo uma conscientização de ter o cuidado adequado com o descarte de resíduos. Eles enxergam com ainda mais atenção todo o fluxo, desde o ponto de vista da necessidade de descarte. O cliente ficará mais exigente”, diz. “A maioria das regras são direcionadas ao lixo urbano. Faltava a segurança jurídica, que a política trouxe, fiscalização e aprimoramento, com tudo isso temos interesse das empresas estrangeiras atuarem no Brasil”, comenta Souza Filho.

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Foto: Ricardo Benichio

Já éramos o número um antes da aquisição, em quantidade de unidades e população atendida. Hoje, a ideia não é só crescer, mas crescer com competitividade, respeito ao meio ambiente e segurança Alexandre Menelau, da Serquip

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TECNOLOGIA

Fortalezas

DIGITAIS Por Guilherme Batimarchi – gbatimarchi@itmidia.com.br

Com a disponibilização de acesso a informações do paciente via internet, instituições de saúde têm investido cada vez mais em segurança

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rontuários eletrônicos, ferramentas de Business Inteligence, ERPs clínicos e administrativos e sistemas de RIS/PACS são cada vez mais comuns dentro das instituições de saúde. A disponibilização dessas informações médicas e administrativas em rede e com acesso remoto tem melhorado o desempenho das operações nos hospitais e aumentado a segurança do paciente. Em contrapartida, todas essas informações, disponíveis em rede podem estar vulneráveis a ataques cibernéticos. Preocupados com a integridade de seus dados, hospitais de todo o País vêm investindo em segurança da informação para evitar que arquivos e prontuários possam ser roubados de suas redes comprometendo a imagem das instituições. Outros fatores que também incentivaram investimentos em segurança no segmento hospitalar foi o surgimento de legislações e resoluções que obrigam as instituições de saúde a garantir o sigilo e integridade das informações contidas na rede dos hospitais. “A criação de normas como o ISO 27799 (Health Informatics) e o Health Insurance Portability and Accountability Act (HIPAA) motivam altos investimentos em segurança de TI, além da quebra de sigilo por roubo de informações”, afirma o analista de mercado da Frost & Sullivan, Fernando Belfort. De acordo com Belfort, a quebra de sigilo de pacientes ocorrida em alguns países colaborou para a movimentação deste segmento. “A quebra do sigilo tem o potencial de manchar de forma irreversível a reputação de instituições de saúde, por isso elas investem pesadamente em soluções para minimizar riscos de segurança”, afirma. No entanto, investir nas melhores ferramentas de segurança não basta para ter a rede de um hospital segura e permitir que apenas o pessoal autorizado tenha acesso ao sistema. Para o gerente geral da AeC Hospitale, Erico Carvalho, antes de investir em equipamentos e soluções é necessário ter uma arquitetura de TI adequada ao hospital e suas demandas por segurança. “É necessária mão-de-obra especializada para que essa arquitetura seja desenvolvida corretamente. Ela vai muito além de firewalls, antivírus”. Segundo Carvalho, se esse planejamento for feito de forma inadequada a instituição de saúde sairá perdendo na relação custo/ benefício da tecnologia adotada. “Mesmo com tecnologia de ponta, as

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tecnologia

Segurança é algo que deve estar no foco do hospital e também do fornecedor de tecnologia

perdas nesse sentido podem chegar até 50% do que foi investido, caso a infraestrutura de TI não seja adequada” completa. Um estudo realizado pela consultoria Frost & Sullinvan, em março de 2010, mostrou que o Brasil é um dos países que mais investe em segurança da informação na América Latina, tendo uma participação de 37% neste mercado, que mesmo com a crise econômica internacional, em 2009, movimentou cerca de US$ 254 milhões. Para Belfort, as maiores tendências de investimento em segurança da informação no Brasil para o setor de saúde abrangem soluções móveis como smartphones para acesso seguro a e-mails e informações de pacientes e a criação de novos centros de processamento de dados nas instituições ou até mesmo a utilização da computação em nuvem (cloud computing) para guardar todas as informações disponíveis em uma instituição de saúde. “Com o aumento exponencial no segmento de armazenamento de dados, tivemos forte crescimento em soluções de Data Loss Prevention (DLP), uma solução unificada para a descoberta, monitoração e proteção de dados confidenciais, onde quer que sejam armazenados ou usados”. Outras soluções apresentadas pelo analista foram a utilização de Unified Threat Management (UTM), que inclui software e hardware, unindo a execução de várias funções de segurança em um único dispositivo como firewall, VPN, prevenção de intrusões de rede (IPS), antivírus, antispam e filtro de conteúdo. Além da contra-

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Foto: Divulgação

Gustavo Perez, CEO da MTM Tecnologia

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tação de um provedor especializado em segurança da informação, que por sua vez seleciona, implanta, monitora e opera soluções de segurança de TI. Para Gustavo Perez, CEO da MTM Tecnologia, empresa responsável pela criação de aplicativos móveis para sistemas de saúde, existe uma preocupação muito grande com segurança da informação por parte dos hospitais, porém o grande problema é que mesmo possuindo equipes de TI extremamente competentes, a segurança dessas informações não dependem somente das instituições, mas também dos fornecedores de sistemas. “Boa parte dos ataques ocorridos são nos próprios softwares e não nas redes, pois é mais fácil atacar o sistema, onde há maior probabilidade de se encontrar falhas, pois o próprio sistema irá prover os dados buscados. Por esse motivo é preciso que o provedor do sistema também tenha uma preocupação com a segurança”. Segundo Perez, se segurança não fosse algo extremamente crítico e os softwares trabalhassem em um ambiente seguro, talvez um simples sistema de criptografia de usuário e senha resolveria o problema, mas, quando se trata de mobilidade e acesso web, as instituições de saúde estão disponibilizando todo sistema para o mundo, o que significa ser atacado em escala global. ”É uma escala muito maior de risco, pois há uma maior possibilidade provenientes de qualquer localidade. Uma pessoa de outro país pode entrar em sua rede simplesmente para dizer que o sistema é falho”, completa. Perez aponta dois pontos fundamentais para a segurança das informações. Primeiro, não basta ter uma equipe de TI competente, é preciso ter um sistema confiável e frequentemente atualizado. O segundo ponto é sempre trabalhar em cima de riscos para avaliar todos os tipos de falhas e ataques que seu sistema pode sofrer. “Segurança é algo que deve estar na cabeça do hospital e também do fornecedor de tecnologia”, alerta. Para reduzir o índice de ataques em seu sistema, o Hospital Santa Genoveva, em Uberlândia (MG), trabalha com um sistema de gerenciamento online de seus computadores para a atualização dos sistemas de segurança, como antivírus. Na parte de configuração de acesso, a instituição definiu uma hierarquia dentro de seu sistema, permitindo que os profissionais da instituição tenham acesso somente às informações relevantes as suas funções. Essa hierarquização foi aplicada em seus sistemas de ERP, na rede e na parte de internet. Segundo o gerente de TI do hospital, Murilo Santos, além das medidas de segurança, sistemas implementados sofrem uma auditoria que consiste na simulação de ataques aos sistemas para detectar possíveis falhas e corrigí-las antes que um ataque real aconteça. “Com a implantação de sistemas de prontuário eletrônico existiu a necessidade de aumentar os níveis de segurança de nossa TI para que o sigilo dessas informações não sejam quebrados”, afirma Santos. Para garantir a integridade das informações registradas nos ERPs, o hospital utiliza um sistema de logins e senhas que garante a rastreabilidade desses dados e identificar quem os atualizou na rede. “Para 2011, estamos trabalhando em um projeto para implementação da certificação digital, para a eliminação do papel e melhor acessibilidade às informações do paciente”. De acordo com o gerente, antes da implantação dos novos sistemas de segurança, o hospital Santa Genoveva sofria cerca de 500 ataques a sua rede e sistemas por dia. “Em determinados computadores do hospital encontramos mais de 1,2 mil vírus”, relata. “À medida que você disponibiliza as informações do paciente de forma digital, ganha-se em agilidade, acesso e disponibilidade e outra série de facilidades. Em contrapartida, isso traz uma necessidade maior de segurança como uma maior disponibilidade de sistema, maior frequência na atualização de programas de proteção, redundância entre outros”, completa Santos.

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DICAS Para o especialista em segurança da informação, Edison Fontes, alguns pontos devem ser levados em consideração por toda a organização para que os protocolos de segurança sejam bem sucedidos.

1. AVALIE O NÍVEL DE EFETIVIDADE DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO • A organização precisa saber qual o nível de efetividade dos controles existentes. Somente assim poderá definir e priorizar as ações que precisam ser feitas. 2. DEFINA UMA ESTRUTURA PARA CUIDAR DO PROCESSO DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO • É necessária a existência de um profissional e de uma estrutura para cuidar e garantir a existência do processo de segurança da informação 3. TENHA O APOIO DA ALTA DIREÇÃO • Um processo de segurança da informação somente será efetivo se tiver o apoio explícito da alta administração da organização. 4. DEFINA O CONJUNTO DE POLÍTICAS E NORMAS • É essencial que a política principal (diretriz) e as demais políticas e normas de segurança da informação sejam definidas e aprovadas pela direção da organização. 5. ENVOLVA AS ÁREAS DE NEGÓCIO • A segurança da informação não existe por si só. Ela existe porque a organização possui objetivos de negócio. Sendo assim as áreas usuárias e as áreas de negócio definirão vários parâmetros da questão de segurança.

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Música: a felicidade da alma Por Verena Souza – vsouza@itmidia.com.br

A arte da medicina e a sutileza de uma orquestra transformam a vida de pacientes em diversos hospitais do Brasil

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ão é um consultório comum. É mais espaçoso do que o convencional, as cores vão muito além do branco e dos tons pastéis. Ele tem um quê mais aconchegante. Talvez seja pela mobília rústica, pela grande quantidade de objetos ou a diferença apenas esteve no bate-papo agradável em uma tarde clara, porém chuvosa. A conversa transcorreu por dois temas intimamente ligados – a arte e a medicina. Duas paixões num único personagem: Samir Wady Rahme. Médico, maestro e compositor, Rahme, de 53 anos, concilia o dia a dia entre consultas na capital paulista, ensaios e concertos com sua orquestra Limiar. Composta por 14 jovens, a orquestra de cordas faz parte do programa Músicas nos Hospitais, promovido pela Associação Paulista de Medicina, em parceria com a Sanofi-Aventis, desde 2004. Tornar a rotina menos maçante e proporcionar momentos de alegria aos enfermos é o grande intuito dos músicos da Limiar. “A arte é o caminho mais seguro e fantástico de transformação humana”, diz o regente. As apresentações acontecem no saguão dos hospitais e são abertas ao público. A partir de 2010, os integrantes começaram a se dividir em quatro grupos – três quartetos e um trio - para tocar nos quartos dos pacientes inaptos a descer. O repertório é escolhido a dedo, inclusive é composto por músicas encomendadas a compositores brasileiros como Ronaldo Miranda, Ernani Aguiar e Clóvis Pereira dos Santos. Seguindo a trajetória histórica, o concerto perpassa pelo Barroco, Clássico, Romântico e Contemporâneo. Rahme diz fazer questão de conversar com a plateia e prepará-la para uma maior introspecção. “Peço que fechem os olhos para que consigam sentir a música melhor. É um momento terapêutico”, explica. Um dos ápices do espetáculo se dá quando Mozart entra em cena. "O cara é perfeito demais. Dá até raiva. Ele faz a alma da gente dançar", afirma com entusiasmo. Para o maestro não há dúvida de que a música ajuda no tratamento do

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doente. No entanto, segundo ele, depende da música e da relação que a pessoa cria com ela. “Os instrumentos de cordas atingem aqui”, diz o médico apontando para o peito; e completa - “no sentir”. O término do concerto tem um tom animado, repleto de arranjos para canções brasileiras. Com mais de seis anos de estrada, o programa Música nos Hospitais já beneficiou mais de 20 mil pessoas pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal. “A arte nos hospitais, seja ela em forma de poesia, pintura, entre outras, tem de ser incentivada”, enfatiza. A origem Descendente de árabes, e nascido em Minas Gerais, Rahme foi tocado pelo rock progressivo da década de 70. Bandas como Genesis e Focus foram responsáveis pela empreitada artística que estaria por vir. Não por acaso, o instrumento que o acompanha até hoje é a flauta transversal - consequência da paixão pelo flautista do grupo holandês Focus, Thijs Van Leer, que Rahme fez questão de mostrar em inúmeros vídeos no Youtube. Daí em diante passou a estudar cada vez mais e decidiu fazer vestibular para composição e regência na Universidade Estadual Paulista (Unesp) em 1995. Seis anos depois estava formado. Tanta sensibilidade reflete no exercício da medicina. Tanto é que Rhame é clínico geral, especializado em antroposafia - medicina baseada não só na parte física do ser humano, mas também no corpo vital, fundamento da vida, das características puramente vegetativas, crescimento, regeneração e reprodução; astral, fundamento da organização sensitiva do homem; e organização para o “Eu”, representando a auto-consciência. De acordo com o médico, a música “mexe” principalmente com o corpo astral do indivíduo. Dessa forma, o nome Limiar também não foi escolhido por acaso. O substantivo, segundo Rahme, representa o mundo terreno e o espiritual, ambos presentes na música. “A arte mais completa de todas”.

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Fotos: Arquivo Pessoal

Composição da orquestra Limiar Regência: Samir Rahme Spalla: Marcos Scheffel Violino I: Felipe Dias, Wassi Dias Carneiro, Kilsen Girotto, Evaldo Alves do Santos Violino II: Jean Paulo Casimiro, Marcela Venditti, Gustavo Cunha, Anderson Figueiredo Viola: Glaucia Faelis, Irina Matzen Violoncelo: Luis Américo Sena, Leandro Tenório Contrabaixo: Kenneth Stanley

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LIVROS

EU RECOMENDO José Antônio Barata de Almeida Bueno, Diretor de Planejamento e Controle da Fundação Amaral Carvalho (Jaú, SP) Sugiro o livro HONRÁVEIS BANDIDOS - UM RETRATO DO BRASIL NA ERA SARNEY

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Se alguém quer conhecer um pouco da maneira como se faz política no Brasil, recomendo ler este livro. Algumas passagens são realmente inacreditáveis. Palmério Dória conta, com muito bom humor e uma pena afiada, os bastidores do surgimento, enriquecimento e a chegada ao poder da família Sarney.

GESTÃO DE SERVIÇO DE NUTRIÇÃO HOSPITALAR O título reúne experiências vividas pelas autoras em diversas áreas do segmento como, direção, qualidade, ensino e treinamento do serviço de nutrição e dietética do Instituto do Coração (Incor), e pretende abordar os aspectos que compõem um serviço de nutrição hospitalar. O livro possui informações sobre planejamento do espaço de uma cozinha, gestão de produção de refeições, custo, qualidade, assistência nutricional, riscos ocupacionais, entre outras questões que envolvem o tema. Autores: Mitsue Isosaki e Myoko Nakasato Editora: Elsevier Número de Páginas: 380 Preço sugerido: R$89,00

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GESTÃO DE RISCO E SEGURANÇA HOSPITALAR

Autor: Palmério Dória Editora: Geração Número de Páginas: 208 Preço sugerido: R$21,90

A MEDICINA NA ERA DA INFORMAÇÃO

O gerenciamento de risco hospitalar é um processo multidisciplinar que engloba conhecimento em administração, enfermagem, medicina, farmácia, direito, odontologia, engenharia clínica e ambiental e outras espcialidades. A intenção deste livro é notificar, abordar e monitorar os fatores de risco para que seja possível prevenir eventos adversos, que podem prejudicar pacientes e instituições de saúde. Desenvolvido por um grupo de especialistas, sugere uma série de ferramentas e métodos e traz práticas realizadas em hospitais sobre gestão de risco possibilitando ações de excelência e a superação das expectativas, garantindo a segurança de todos que frequentam o ambiente hospitalar.

O livro se caracteriza como obra que marca o processo dialógico entre duas áreas de grande significado social: a medicina e a ciência da informação. Ambas se ocupam de importantes desafios científicos, sendo a medicina voltada à luta pela saúde e bem-estar social, e a segunda à sustentabilidade do desenvolvimento da ciência e da cultura, por meio do acesso e uso da informação. Nesta obra, estão registradas informações sobre debates sobre a qualidade dos trabalhos apresentados por acadêmicos e pesquisadores do Brasil e de Portugal, assim como por pós-graduandos e profissionais que atuam no segmento médico e da ciência da informação, o que permite ao público leitor o contato com a interlocução qualificada que se efetuou durante o Medinfor.

Organizador: Liliane Bauer Feldman Editora: Martinari Número de Páginas: 375 Preço sugerido: R$59,00

Organizadores: Zeny Duarte e Lucio E Farias, Editora: Edufba Número de páginas: 506 Preço sugerido: R$40,00

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RECURSOS HUMANOS

GESTÃO QUE FAZ A DIFERENÇA O

RODRIGO ARAÚJO Sócio-Diretor Sênior da Korn Ferry responsável pela Especialização em Ciências da Vida e Saúde

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setor de saúde corresponde a 8% do Produto Interno Bruto brasileiro, movimenta R$ 16 bilhões por ano e emprega 10% da população brasileira ativa. Indicadores apontam que o mercado brasileiro de saúde já é o sexto maior do mundo e cresceu mais de 20% em 2010 - três vezes mais do que a economia como um todo -, e experimenta a maior expansão de sua história no País. Entre as estrelas dessa movimentação positiva está o setor hospitalar. De acordo com dados da Associação Nacional dos Hospitais Privados (ANAHP), nos últimos cinco anos, a receita dos 40 maiores hospitais privados cresceu 50%, atingindo a marca de 6,5 bilhões de reais. Os números superlativos nos dão as pistas da dimensão do setor e também dos desafios que chegam às mãos dos gestores. Nesse cenário, a busca pelos líderes mais adequados no caso da gestão hospitalar também inclui uma questão importante: qual a importância do comando estar nas mãos de médicos? Historicamente neste segmento, cuja origem está fundada na gestão familiar no Brasil, os presidentes de hospitais eram escolhidos por sua trajetória como médicos e também pelo respeito conquistado entre pacientes e colegas da profissão. Porém, os paradigmas do setor estão mudando drasticamente. Se olharmos pela perspectiva dos novos investimentos recebidos, observamos que apenas em 2010 foram realizadas mais de 10 operações de fusões e aquisições envolvendo empresas da área de saúde que totalizaram transações de mais de 3,5 bilhões de dólares. Ou seja, as lideranças do futuro precisam ser mais do que médicos talentosos. Torna-se crítico que tragam também habilidades de gestão capazes de navegar por ambiente complexo e turbulento, permeado por desafios diários, cujo produto final deve ser a promoção da saúde e do bem-estar de seus clientes, aliada aos resultados extraordinários para seus investidores. Nessa equação complicada é fácil concluir equivocadamente que um médico não deve ser a primeira opção para as posições de liderança e, sim, um executivo que já tenha acumulado sucesso na gestão de grandes operações, ainda que seja de empresas de outros mercados. Porém, uma análise mais cuidadosa revela que a questão não é tão simples e envolve o desenvolvimento de uma liderança adequada.

Se por um lado um executivo experiente pode trazer ao negócio a energia necessária para promover seu crescimento, sua falta de conhecimento das questões relacionadas à área de saúde pode levar a lacunas importantes no processo decisório. Já um médico experiente, que reúna profundos conhecimentos da gestão de saúde, pode patinar na hora de definir qual o melhor alvo para investimento dos recursos. Em resumo, é uma questão de formação e adequação ao que a instituição necessita. Não há uma fórmula pronta. Cada instituição tem a missão de determinar quais são seus objetivos e habilidades de liderança críticas neste processo. Os hospitais devem identificar o estilo de liderança que seja adequado à cultura organizacional, ao time executivo e também ao corpo médico. Cabe uma avaliação profunda das lideranças, identificando individualmente suas forças e fraquezas e quem será o melhor gestor para condução do negócio. Essa definição é importante para prevenir erros comuns como promover um médico a posição de liderança apenas por já estar a caminho da aposentadoria. Ou ainda trazer uma estrela do mundo de negócios que “esqueça” o ideal da promoção da saúde de seus clientes, em favor do retorno financeiro rápido. Para médicos, é uma oportunidade para que estes profissionais conquistem caminhos diferentes e a demanda é crescente. Estudos apontam que médicos trazem vantagens – um mix de habilidades únicas conquistadas por sua formação – que podem enriquecer a condução dos negócios do setor. Já para executivos é a chance de trazer para um novo cenário metodologias que promovam maior eficiência e qualidade nos atendimentos prestados e ainda usem sua experiência para construir alianças que tragam inovação e investimentos em P&D no ambiente hospitalar. Às instituições, cabe o desafio de encontrar lideranças que tragam em si as habilidades críticas para “fazer a diferença”. O segredo para este gestor é trazer para perto de si o corpo médico como elemento apoiador das decisões. E aqui é indiferente ser médico, vale, sim, a habilidade de inspirar pessoas para a construção do novo e do diferente. Valor diferenciador para hospitais que desejam marcar posição entre os líderes do mercado.

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Beneficência Portuguesa tem novo superintendente

A Beneficência Portuguesa de São Paulo anunciou Fábio Tadeo Teixeira como seu novo superintendente corporativo. O executivo será responsável pelas áreas de compras, comunicação, Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC), controladoria, estudos econômicos, Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (SAME), filantropia, jurídico, qualidade, Serviço de Apoio ao Associado (SAS) e TI. O superintendente terá como missão aplicar seu conhecimento de mercado, com o objetivo de desenvolver estratégias que tornem o complexo hospitalar mais competitivo e rentável. Trajetória Fábio Tadeo Teixeira, 46 anos, tem mais de 26 anos de experiência no setor de saúde, dos quais 20 em posição executiva, com responsabilidade de direção de hospitais e projetos de saúde. Também atuou de forma estratégica nas áreas financeira, recursos humanos, suprimentos, comercial, marketing, hotelaria hospitalar, assistencial, obras e infraestrutura.

Foto: Ricardo benichio

Santas Casas de Misericórdia nomeia nova diretoria

Hospital Samaritano contrata novo Gerente Financeiro

A nova diretoria da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) foi eleita no final de janeiro. O novo presidente é o médico José Reinaldo Nogueira Junior, de São Paulo, que tem como vice, Saulo Levindo Coelho, presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Minas Gerais além de provedor da Santa Casa de Belo Horizonte desde 2000. O diretor Administrativo e Financeiro do Hospital Santa Isabel, de Blumenau, Vilson Alberti Santin, assumiu o cargo de diretor Financeiro da (CMB). A Confederação é um órgão de união, integração e de representação das Federações de Misericórdias constituídas nos respectivos Estados, bem como das Santas Casas, Entidades e Hospitais Beneficentes. Atualmente, a CMB é composta por 14 Federações Estaduais, entre elas a Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas do Estado de Santa Catarina (Fehosc), presidida também pelo diretor do Hospital, Vilson Santin. A Confederação também contabiliza mais 2.100 hospitais associados. Composição da nova diretoria da CMB: Presidente - Dr. José Reinaldo Nogueira de Oliveira Junior Vice-Presidente - Saulo Levindo Coelho Diretor Tesoureiro - Vilson Alberti Santin Diretor Jurídico - Maçazumi Furtado Niwa Diretor de Comunicação - Luiz Nivaldo da Silva Diretor Secretário - Mirócles Campos Veras Neto

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Foto: Divulgação

O Hospital Samaritano de São Paulo contratou Luis Fernando Forni para a função de gerente financeiro. Segundo informou a instituição, o executivo terá sob sua responsabilidade as coordenações de faturamento e tesouraria. Luis Fernando é graduado em Ciências Contábeis, Administração de Empresas e Mestre em Ciências Contábeis e Financeiras. Em sua experiência profissional, passou por empresas como Abril Multimídia, Planisa e Hospitais Albert Einstein, Santa Helena e Nossa Senhora de Lourdes, exercendo as funções de analista econômico financeiro, coordenador financeiro, consultor e gerente financeiro.

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Nesta edição, selecionamos os destaque em maternidade e neonatal

VERSATILIDADE

A Fanem apresenta o medidor THOR, desenvolvido para apresentar valores de grandezas: temperatura, umidade relativa do ar, concentração de oxigênio e radiação. Desenvolvido para uso na área de neonatal, o instrumento apresenta, via display alfanumérico, essas medições que, dependendo da função escolhida, trabalhará como um termohigrômetro; indicará leituras da concentração de oxigênio em incubadoras, tendas de oxigênio etc.; ou proporcionará medições relativas sob diferentes fontes de luz para diversos tipos de fototerapias existentes no mercado. www.fanem.com.br

MONITORAMENTO DE GÊMEOS

RESPIRAÇÃO TRANQUILA

O Inalafante NS é a novidade disponível na Lunamed e se destaca pelo fácil manuseio, baixo consumo de energia e o visual que torna mais atrativo e estimulante às crianças. O material lúdico, em forma de elefante, é atóxico e facilmente ajustável ao micro nebulizador para sempre garantir este estímulo aos pequenos pacientes. www.ns.com.br

O Monitor Fetal Cardiotocógrafo, da Microem, é um equipamento de alta tecnologia e não invasivo que dispõe de recursos precisos, confiáveis e análise em tempo real destinado à cardiotocografia gemelar. O equipamento, fornecido pela Brasilmed Hospitalar, é composto por sistemas hardware e software, que registram os resultados da captação dos sinais cardíacos fetais, movimento fetal e contração uterina. O resultado é visualizado em um monitor de vídeo e pronto para ser gravado em arquivo eletrônico e enviado à impressora.

ALIMENTAÇÃO VITAL

www.microem.com.br

FOWLER A MOTOR

A cama infantil Fowler Motorizada, da Mercedes Imec, oferece movimentos de dorso e perna acionados eletricamente por meio do controle remoto por fio. Com mais resistência e durabilidade, sua base é confeccionada em tubos de aço com acabamento em pintura epoxy, assim como seu estrado, feito em chapa de aço dobrada em forma de canaletas. A cabeceira e peseira são removíveis e suas grades têm movimentos verticais com trava central.

A bomba tira-leite materno da EME Equipment, fornecida pela Lunamed, tem bomba do tipo diafragma, com facilidade de uso, isenta de óleo e quase sem ruídos. O vácuo baixo é sua principal característica, sendo que a intensidade é controlada pela lactante, não causando dores e danos aos mamilos. O tira-leite tem formato anatômico e tem filtro de barreira para evitar refluxo de líquido para o motor. Seu reservatório tem capacidade de 125 ml. Elétrico, portátil e de baixo custo, tem tubo de sucção feito de PVC atóxico e de fácil encaixe. www.eme.com.br

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empresas citadas c o n h e ç a a s e m p r e s a s q u e pa r t i c i pa r a m d e s ta e d i ç ã o

a

AeC – 60 Anahp – 28 ANS - 28

C

Casa de Saúde São José – 28

E

EME Equipment – 70

f

Fanem – 70 Fundação Amaral Carvalho – 66 Frost & Sullivan – 60

g

Graacc – 16

H

Hospital Celso Pierro – 39 Hospital Marcelino Champagnat – 24 Hospital Israelita Albert Einstein – 10 Hospital Santo Antônio – 20 Hospital Santa Genoveva – 60

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Lunamed – 70

M

Medela – 70 Mercedes Imec – 70 Microem – 70 MTM Tecnologia – 10 MV Sistemas – 60

n

NGA – 56

s

Santa Casa de Belo Horizonte – 07 Serquip – 56

revista Fornecedores Hospitalares

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PARTICIPE

desse importante grupo de empresas que acreditam em nosso compromisso de levar conteúdo de gestão ao setor e aproximar os decisores que são impactados pela comunicação dos anunciantes aqui representandos.

W W W . REVISTA F H . CO M . B R

ADH São Camilo – 23 Tel.: (11) 3465-2700 www.saocamilo-sp.br ANER – 67 Tel.: (11) 3030-9390 www.aner.org.br Cosimo Cataldo – 75 Tel.: (11) 5073-3838 www.cosimocataldo.com.br Deltronix – 74 Tel.: (16) 4009-5454 www.deltronix.com.br EFE – 75 Tel.: (81) 4009-9900 www.efe.com.br Fademac – 59 Tel.: 0800 11 91 22 www.fademac.com.br Fanem – 2ª capa Tel.: (11) 2972-5700 www.fanem.com.br

FGV-RJ – 27 www.fgv.br/MBA-Rio

Medicalway – 71 Tel.: (41) 3253-0500 www.medicalway.com.br

Fresenius – 19 Tel.: (11) 2504-1400 www.fresenius-kabi.com.br

MV – 05 Tel.: (81) 3972-7000 www.mvexperienceforum.com.br

GTT – 72 Tel.: (48) 3344-3963 healthcare@gtt.com.br

Schioppa – 09 Tel.: (11) 2065-5200 www.schioppa.com.br

Hospclean – 75 Tel.: (11) 4408-5773 www.hospcleanlavanderia.com.br Instramed – 77 Tel.: (51) 3334-4199 www.instramed.com.br JG Moriya – 78 Tel.: (11) 5573-9773 www.jgmoriya.com.br KDL – 4ª Capa e 75 Tel.: (11) 2486-8999 www.kdl.com.br

Sercon – 73 Tel.: (11) 2149-1733 www.sercon.ind.br Sony – 79 Tel.: (11) 3478-9642 www.sonypro.com Synthes – 75 Tel.: (19) 2112-6600 www.synthes.com WEM – 72 Tel.: (16) 3512-4600 www.wem.com.br Wheb – 3ª Capa Tel.: (47) 3144-4000 www.wheb.com.br

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HOT SPOT

PROTEÇÃO J

á falei algumas vezes sobre este tema, mas voltarei a falar. Latinos não gostam de proteger o que mais importa a eles. Deixa i sso sempre para uma instituição de fora: religião, política, etc. Começamos com nossa casa, nossa calçada, nosso bairro e vamos até a nossa família, passando por uma infinidade de coisas. Vejamos o caso de nossa saúde. Brasileiros não compram planos de saúde, mesmo que custem baratinho. Se você der hoje 500 reais a mais para 92 milhões de brasileiros que perfazem a classe C, provavelmente teremos que produzir mais 92 milhões de carros, mas não planos de saúde. Por quê? Senso de proteção. Isso não é problema deles, é do governo. Qualquer brasileiro que se preza faz conta com de qual a melhor gasolina deve colocar no seu carro, mas não sobre a sua alimentação, afinal, isso anda é problema do plano de saúde. A calçada então é da política, assim como o bairro, a rua, o trânsito e mais um montão de itens. Quando falamos de empresas a coisa piora. Um dia desses conversei com um amigo e citei que na empresa que dirijo qualquer projeto merece atenção financeira, de marketing, de vendas, de operações e jurídica. Jurídica? Sim, jurídica, temos mais de 150 marcas registradas e nada sai sem registrar. Por quê? Isso é problema nosso e não do governo. Estou cansado de ver projetos lindos, sem dono, sem registro, sem nada. De quem é essa preocupação? Do governo? Nunca, do pai da criança. Teve a criança, registre-a ou outro o fará. Estou agora em Lua de Mel, e

passeando pelo Louvre, tive uma impressão de que o Brasil não sabe contar história. Criamos o samba, o carnaval. Milhões de pessoas já viajaram milhares de milhas para ir até o carnaval brasileiro, ver as mulatas, a bateria, o enredo, as escolas etc. Um ano depois, todo o trabalho é desfeito e vai para o lixo. A única empresa que detém todo o conhecimento do carnaval chama-se Rede Globo. Fora isso, nenhum carnavalesco bom sabe. Por quê? Novamente, não é problema de ninguém, e sim do governo. Chamo através desse algum empresário fã do carnaval que crie o Museu do Samba, do tamanho do Louvre, com quilômetros de extensão, com carros alegóricos expostos, suas explicações, fotos, músicas para escutar, comprar, cadernos, itens de decoração, máscaras etc. Alberto, mas espere aí, isso não tem nada a ver com tecnologia. Não tem mesmo, tem a ver com a atitude com as nossas riquezas. Se cada empresário que criou algo no Brasil tivesse o interesse, a preocupação ou a vontade de registrar suas ideias, patentear (sei que é difícil em nosso país), seríamos hoje donos de empresas como SAP, Oracle, IBM, etc. Nós criamos o avião, o relógio de bolso, de pulso, o samba, a bossa nova, o futebol, a novela, temos uma das maiores frotas de helicópteros do mundo, somos o terceiro em produção de aeronaves, primeiro em energia, temos carros flex, elétricos, a gás, gasolina, álcool e até a vinho. Temos três das angels da Victoria Secret e não sabemos contar isso. Somos do Brasil, o melhor país desse mundo. E vamos juntos!

ALBERTO LEITE Diretor Executivo e Publisher da IT Mídia s.a

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REVISTA FORNECEDORES HOSPITALARES

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