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Ilustração: Dedê Paiva
saúde business • especial top hospitalar 2009
Saiba por que empresas de outros segmentos veem o setor de saúde como um mercado promissor
Mercado Atrativo
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12 ENTREVISTA Ulrike Kreysa, diretora de saúde da GS1, avalia o desenvolvimento de rastreabilidade de produtos na cadeia de saúde no cenário global 18 .COM Confira as notícias que foram destaques no Saúde Business Web 24 PANORAMA Mercado atrativo: o setor da saúde ainda se mostra viável e com potencial de crescimento e, por isso, tem atraído investidores de setores tão diversos como TI e construção civil 32 GESTÃO Atenção redobrada aos riscos: com o FAP, para evitar prejuízos na folha de pagamentos, empresas devem revisar os programas de saúde ocupacional e aumentar a fiscalização interna
36 GOVERNANÇA Governança Corporativa de fato e de fachada 40 ECONOMIA E NEGÓCIOS Domínio das Informações do paciente 42 ARTIGO Regulamentação econômica: quanto, como e a quem serve? 43 MARKETING
50 LADO B Edvaldo Sóter de Figueirôa Júnior, da Cerpo Oftalmologia, não abre mão das boas corridas de kart 52 LIVROS 55 TOP HOSPITALAR Confira a cobertura completa da 12ª edição do prêmio Top Hospitalar 106 HOT SPOT Quase lá
44 SAÚDE CORPORATIVA Quando o barato sai caro 46 RECURSOS HUMANOS O FAP como instrumento de gestão para as lideranças 47 CARTÃO DE VISITA A movimentação dos executivos no setor
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saúde business Saúde Business é uma publicação bimestral dirigida ao setor médico-hospitalar. Sua distribuição é controlada e ocorre em todo o território nacional, além de gratuita e entregue apenas a leitores previamente qualificados.
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SB | Canal aberto
Eu leio a Foto: Divulgação
Saúde Business Marlene Schmidt, diretora executiva da Fanem
Saúde Business é uma publicação completa, que evolui a cada edição oferecendo informações consistentes sobre os principais aspectos relacionados ao mercado da saúde no Brasil. Acompanho atentamente as análises e reflexões publicadas nos artigos e reportagens onde os temas relevantes e complexos são tratados com dinamismo, lucidez e responsabilidade
Próxima Edição Panorama
As Eleições da Saúde: Sendo um dos assuntos de maior interesse para a população, as propostas para o setor podem fazer a diferença. Saiba quais os planos dos candidatos à Presidência da República para a Saúde
O melhor da última edição A equipe da Unidade de Saúde da IT Mídia elegeu o anúncio do Hospital São Luiz, publicado na página 05, como o mais bonito da edição nº13. A peça foi criada por Felipe Zambon e Pedro Guerra, da agência NeogamaBBH. A aprovação foi feita por Claudio Tonello, Manuel Coelho e Neife Hanze do Hospital São Luiz.
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Foto: Roger Soares
SB | CARTA DO EDITOR
RECONHECIMENTO Na correria do dia a dia, poucas são as vezes que paramos para comemorar uma conquista. Isso porque, alcançada uma meta, precisamos pensar na próxima. Desenhar estratégias para vencer a guerra de batalha em batalha. Focamos no topo, mas esquecemos de curtir a escalada. Por isso acaba sendo tão especial os momentos de celebração e a festa da 12ª edição do Top Hospitalar foi um desses. Uma reunião de mais de 400 lideranças, que estavam ali não só pela expectativa de ser um dos vencedores, mas também de prestigiar colegas, de trocar novidades, de confraternizar, de jogar conversa fora, de rever amigos. Para muitos ali, o resultado não fazia tanta diferença, o importante era poder participar daquele momento. De todos os 75 concorrentes, apenas 22 saíram com um troféu -em alguns casos com dois -, e celebraram, sobretudo, o reconhecimento do mercado, uma vez que toda a votação é feita por representantes do setor de saúde. Nesta edição você confere todo o empenho dessas empresas ao longo de 2009, que resultou na conquista do Top Hospitalar. Aos vencedores ficam o reconhecimento e os louros pela conquista. Aos concorrentes, os parabéns por fazerem deste um grande prêmio, e aos participantes do evento, o muito obrigado por, mais uma vez, terem feito da cerimônia uma noite de comemoração.
Boa leitura!
Ana Paula Martins Editora P.S.: envie comentários para amartins@itmidia.com.br
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SB | Entrevista
Linguagem
global Ana Paula Martins – amartins@itmidia.com.br
Diante do cenário globalizado e com uma exigência cada vez maior pela segurança do paciente, a rastreabilidade de produtos na cadeia de saúde tornou-se foco de empresas e governos. Em entrevista à Saúde Business, a diretora de saúde da GS1, organização global voltada para o desenvolvimento de padrões para rastreabilidade de produtos, Ulrike Kreysa, aponta as tendências nesse segmento e destaca o Brasil como um dos primeiros países com uma regulação específica de rastreabilidade na cadeia de saúde Saúde Business: A rastreabilidade de medicamentos por toda cadeia de saúde sempre surge como uma solução para segurança, sobretudo dos pacientes, além de um grande impacto em questões de custos. Hoje, qual a relevância da rastreabilidade dos medicamentos nos sistemas de saúde pelo mundo? Ulrike Kreysa: Segurança e rastreabilidade de produtos farmacêuticos estão na vanguarda da regulamentação governamental e nas preocupações da indústria ao redor do mundo. Como resultado, inúmeras, e muitas vezes irreconciliáveis, soluções de rastreabilidade estão sendo (ou já foram) propostas para os integrantes da cadeia de suprimento, cuja implementação traz significativos custos adicionais para esses integrantes. Portanto, a comunidade da saúde está à procura de uma abordagem harmonizada e padronizada em nível mundial sobre rastreabilidade, enquanto se busca a plena compreensão da importância do assunto.
SB: A GS1 trabalha hoje com sistemas de padronização mundo afora e com a troca de informações entre as entidades participantes. Qual a grande finalidade dessa troca de informações e quais são os países mais avançados nesse assunto? Ulrike: Informações precisas e atualizadas do produto são fundamentais para qualquer relação comercial e de gestão da cadeia de abastecimento. Com relação à troca de principais dados do produto (um conjunto definido de atributos como tamanho, quantidade, etc - “dados estatísticos”), a Austrália é definitivamente o país que tem mais experiência até o momento com a troca de informação padrão e harmonizada. A NeHTA (do inglês, National eHealth Transition Authority) criou o Catálogo de Produtos Nacionais (NPC), o qual é da GS1 GDSN (Dados Globais de Sincronização da Rede). A norma da GDSN permite que os fornecedores insiram informações por meio de quaisquer dados certificados, além de tê-las sincronizadas com outros elementos, como o NPC
australiano, permitindo que os usuários finais tenham um “único ponto de verdade” para informações exatas do produto. No que diz respeito à implementação de sistemas de rastreabilidade (troca de “informações dinâmicas” – eventos, número de série), nós não temos visto ainda uma aplicação completa em nenhum país. Projetos-piloto têm sido conduzidos na Suécia pela EFPIA (Associação Europeia de Produtos Farmacêuticos), pela ETCO no Brasil e pela Swisslog na Suíça. Esses três projetos foram habilitados pelas normas da GS1, ou seja, com um identificador de produto exclusivo (GTIN – do inglês, Global Trade Item Number) e um número de série (identificação única para cada produto). Um grande número de embalagens de produtos foi envolvido nestes pilotos, e os resultados positivos são muito encorajadores. Além disso, o Ministério da Saúde da Turquia está atualmente trabalhando na introdução de rastreabilidade de medicamentos, mas alguns desafios práticos já provocaram atrasos.
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ULrike Kreysa, da GS1:
Fotos: Divulgação
O Brasil está entre os primeiros países com uma regulação concreta em rastreabilidade
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SB | Entrevista
Diversas regulamentações governamentais têm chamado a comunidade de saúde para definir a rastreabilidade como um processo de negócios Ulrike Kreysas, da GS1 Healthcare
SB: Em março, a GS1 Healthcare US divulgou os resultados do grupo de trabalho para a sincronização global de dados. Dentre as observações feitas, a diferença no nível de automação entre os hospitais participantes foi apontado com um ponto a ser verificado no projeto. Se num mercado hospitalar desenvolvido como o americano essas diferenças surgem, quais são os grandes desafios para a padronização nos diferentes países, principalmente no Brasil? Ulrike: Um dos desafios mais importantes da implementação é muitas vezes o nível de maturidade dos particpantes da cadeia de abastecimento. Especialmente neste caso, os hospitais precisam desenvolver e investir em conhecimento e sistemas para automatizar seus processos. Instituições interessadas nos Estados Unidos e em outros países abriram caminho para essa evolução. Hospitais, associações e organizações de grupos de compras também são importantes nestes processos para aumentar a sensibilidade e apoiar a implementação. Na GS1 Healthcare Conference em São Paulo, que ocorreu entre os dias 16 e 18 de
março deste ano, muitos hospitais brasileiros apresentaram seus status atual de automação. Muito trabalho já foi feito nesses hospitais e eles podem servir como melhores práticas para outros hospitais do país (e em outros países também). Por outro lado, a dimensão do país e a diversidade existente entre as instituições podem ser considerados um desafio. A execução só será bem-sucedida se todas as partes estiverem conduzindo o mesmo projeto. A regulação pode forçar os fabricantes a implementar, mas trabalho intensivo e incentivos são necessários ao lado do hospital. SB: No Brasil, foi aprovada no ano passado a lei que criou o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos , que obriga a rastreabilidade dos medicamentos. Como a senhora avalia essa iniciativa e quando comparamos com outros países do mundo, em que estágio o Brasil se encontra? Ulrike: O Brasil está entre os primeiros países com uma regulação concreta de rastreabilidade dos cuidados de saúde. A Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] anunciou que pretende utilizar
o GTIN, além de informações adicionais como, por exemplo, número de série em um GS1 DataMatrix como base para a sua implementação da rastreabilidade, que está muito alinhada com os padrões globais. Recentemente, eles acrescentaram requisitos para um selo de segurança específico, o que, segundo a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), trará custo e complexidade. SB: Muitas das empresas que fazem parte da GS1 têm atuação global. Como os projetos de padronização de rastreabilidade podem ajudar essas empresas em sua atuação? Ulrike: Diversas regulamentações governamentais, ofertas de serviços e soluções incompatíveis têm chamado a comunidade de saúde para definir a rastreabilidade como um processo de negócio suportado por padrões globais. Se esse chamado for atendido, a rastreabilidade poderá melhorar a segurança do paciente, assim como a eficiência da cadeia. Os padrões globais vão permitir também de forma eficaz e eficiente a implementação do sistema de rastreabilidade no Brasil.
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SB: Vocês trabalham com o conceito de padronização para a cadeia produtiva e atuam em diversos setores. Na saúde, pelo menos no Brasil, há uma resistência muito forte a padronizações principalmente quando se envolve os hospitais. Quais são as vantagens para as instituições que se adéquam a essas padronizações? Ulrike: Hospitais em todo o mundo vão se beneficiar com as normas de implementação como, por exemplo, na redução de custos, além de melhorar a gestão do inventário e da eficiência, e, o mais importante, melhorar a segurança do paciente. Nos Estados Unidos, grupos importantes que representam 90% dos hospitais do país estão empenhados em introduzir GLN (Número Global de Localização) como padrão para a identificação de locais/entidades jurídicas em um hospital ou em um parceiro comercial até o final de 2010 e o GTIN (Global Trade Item Number) até 2012. Eles pedem o mesmo de seus parceiros comerciais, se eles quiserem continuar fazendo negócios com ele. Grandes grupos de hospital no Canadá, França, Holanda e outros países fizeram o mesmo. Estes hospitais estão convencidos dos benefícios da padronização e da unidade.
SB: Quando se trata de melhorias de processos, como é o trabalho da GS1? Você pode me dar um exemplo de melhorias que impactaram positivamente a cadeia de saúde? Ulrike: A Norma Mundial de Rastreabilidade da Saúde da GS1 (GTSH) providencia um quadro fundamental que descreve o processo de rastreabilidade e define os requisitos mínimos para todos os interessados, independente das tecnologias, o tamanho da organização ou sofisticação organizacional. A GTSH permite o máximo de interoperabilidade entre os sistemas de rastreabilidade na cadeia de suprimentos de saúde e as fronteiras. Isso é importante porque a cadeia de abastecimento na saúde hoje é global e os produtos são enviados para todo o mundo após sua produção. Assim, a rastreabilidade também deve ser global – tal como foi solicitado pelo grupo Impacto, da OMS.
SB: Qual o impacto que uma rastreabilidade eficiente de medicamentos pode trazer para os custos da cadeia de saúde? Hoje quanto se gasta com falsificações e desvios de medicamentos? Ulrike: A rastreabilidade é “a capacidade de controlar adiante o movimento do estágio especificado da cadeia de abastecimento e de rastreamento e trazer de volta a história, aplicação ou localização daquilo que está em consideração”. Com isso, é possível ter um rápido e eficiente recall do produto, além da detecção de produtos falsificados que entram na cadeia de abastecimento e uma correta
SB: Quais são as tendências para a padronização e para troca de informações acerca desse assunto? Ulrike: A tendência é claramente começar a rastrear para evitar a falsificação da autenticação do produto, uma vez que permite uma aplicação relativamente rápida e de sucesso. Ao verificar os produtos na farmácia antes da entrega ao paciente, os produtos falsificados podem ser detectados e o paciente protegido. Seriação se tornará cada vez mais importante para os medicamentos que estão em risco de ser falsificados nos próximos anos. E a GS1 DataMatrix é claramente
e rápida atualização da Electronic Healthcare Records. É muito difícil definir os gastos com medicamentos falsificados, até mesmo a OMS [Organização Mundial de Saúde] admite que há um número não confirmado, mas apenas estimativas.
o portador de dados preferido para se ter um número de série adicional ou para impressão em código de barras. Já existe um acordo regulamentado na França, Turquia e Coréia. SB: Quais são os próximos passos para a GS1 Healthcare no Brasil e no mundo? Ulrike: A GS1 Healthcare prevê um futuro onde o setor Healthcare utiliza padrões GS1 para todos os itens, em todos os locais, pessoas e processos para conduzir a segurança do paciente e melhoria da eficiência da cadeia de abastecimento - a começar com o fabricante e terminando com o paciente. Ao longo dos últimos anos, a GS1 Healthcare desenvolveu uma série de normas importantes. Por exemplo, mais de 100 especialistas do setor foram envolvidos no processo de desenvolvimento padrão para a AIDC (Identificação Automática e Captura de Dados) - Aplicação de Normas. O mesmo para o desenvolvimento de normas relacionadas com o desenvolvimento da GDSN rastreabilidade e normas para a saúde. Agora é hora de execução. A Organização de Membros GS1 e grupo de usuários locais de saúde em todo o mundo estão empenhados em apoiar a implementação de padrões GS1 em toda a cadeia de saúde. Isso deve ser feito em uma abordagem gradual a partir de experiências como aprendizagem das indústrias que conduzem projetos-pilotos e das melhores práticas. Grupos de usuário locais de saúde, como GS1 Healthcare Brasil, serão fundamentais no engajamento e formação/educação de todas as partes relacionadas. Os grupos locais podem planejar e implementar os investimentos e ajudar a gerir o processo de mudança e de aprendizado uns com os outros. Em um nível global, GS1 Healthcare irá continuar a enviar esforços para a harmonização global. Saúde Business | edição 14 | 15
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as 10 Mais CliCadas “redução da carga horária dos enfermeiros vai criar um blecaute na saúde” lula culpa os médicos pelo caótico sistema de saúde Heráclito Gomes Júnior deixa a presidência da Bradesco Saúde Planos de saúde estão na mira da anS Portfólio da amil cresce com mais uma aquisição
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“normas da anS são inconstitucionais” Philips Brasil anuncia aquisição de empresa de Ti em saúde Provão do SuS identifica melhores hospitais de SP levantamento aponta milhares de vagas na saúde operadoras ameaçadas pelas normas da anS
WeBCasT eNTrevisTa
Top Hospitalar 2009 foi marcado pelo sucesso
confira a cobertura completa da 12ª edição do prêmio. evento reuniu mais de 400 líderes do setor, representantes de hospitais, empresas e associações, para prestigiar os vencedores nas 25 categorias assista esta e outras entrevistas no WWW.SAUDEBUSINESSWEB.COM.BR /WEBCASTS
CFM Vai emiTir cerTiFicadoS diGiTaiS o conselho Federal de Medicina (cFM) vai emitir certificados digitais conjuntamente com a identidade profissional. os cenários para gerenciamento dessa tecnologia também
poderão ser chamada de crM digital ou e-crM. com essa tecnologia os processos ético profissionais poderão tramitar eletronicamente, assim como as elei-
ções dos conselhos de medicina também poderão ser realizadas de maneira informatizada com certificação digital, com o voto sendo efetuado de computadores privados.
Leia mais: www.saudebusinessweb.com.br – Seção tecnologia 18 | edição 14 | Saúde BuSineSS
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Blogs
Leia e discuta com nossos blogueiros os assuntos mais quentes do mês: www.saudebusinessweb.com.br/blogs Érico Bueno Último post: Desmistificando as redes sem fio em hospitais P1 Érico Bueno é consultor na área de TI para saúde
Cylene Souza Último post: Ele conseguiu Cylene Souza é jornalista especializada em saúde, com pós-graduação em Comunicação com o Mercado pela ESPM
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Pedro Fazio Último post: A saúde suplementar e o Estado tutor Pedro Fazio é economista e diretor da Fazio Consultoria
Roberto Latini Último post: Um pouco mais sobre a taxa de inspeção extra-zona Roberto Latini é diretor da Latini & Associados e irá abordar as regulações do setor de Vigilância Sanitária
Resultado
da enquete Foi publicado no Diário Oficial da União, de 11 de fevereiro de 2010, o comunicado da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), informando a suspensão dos efeitos da Resolução n. 03 da Anvisa, conforme decisão do seu Comitê Técnico-Executivo. O intuito é de cumprir a decisão judicial. No mesmo período, a Revista Brasindice voltou a publicar Preço Máximo ao Consumidor. O suplemento restabelece a tabela contendo os valores do PMC para os medicamentos exclusivos de uso hospitalar. Caso a resolução não fosse suspensa, os hospitais alegam que teriam como principal prejuízo a renegociação com as operadoras de planos de saúde. De acordo com a Confederação Nacional de Saúde, a resolução imposta pela câmara iria exigir um estudo de custo para suprir a deficiência causada pela ausência do Preço Máximo ao Consumidor. Cerca de 70% dos leitores do portal Saúde Business Web concordam que a Resolução n. 03 da Cmed traz, sim, efeitos maléficos para os prestadores de serviço. Enquanto 30% dos leitores acreditam que a medida da câmara pretende apenas desestimular essa prática e desonerar os sistemas de saúde dos custos indevidos.
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Participe da nossa enquete! Vote em www.saudebusinessweb.com.br/enquetes Você é a favor do Projeto de Lei 2295/00, que beneficia enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem com a redução da carga horária para 30 horas semanais? m Sim. A classe de enfermeiros é a única não regulamentada no setor da saúde. m Não. Esse projeto vai gerar um aumento de 25% nos custos dos hospitais. m Hospitais e enfermeiros devem entrar em um acordo para o bem dos pacientes. Saúde Business | edição 14 | 19
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Opiniões
Confira os quatro artigos mais lidos do mês A transformação de desempenho em lucratividade Consultor Nelson Junque dá dicas de estratégias de pessoas para um resultado melhor dentro da instituição Um novo tipo de pesquisa O diretor da regional Sul da Dasa, Milton Zymberg, fala sobre a relevância de um novo indicador de satisfação Os royalties do petróleo: Grande Mobilização pela Saúde Pública “Lanço ao debate do país a importância destes recursos serem destinados exclusivamente à saúde pública e ao saneamento básico”, relata o médico pediatra Walter Cordoni Filho
Compra da Unibanco Saúde pela Tempo é
aprovada
Linde investe R$ 100 milhões
em nova fábrica
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou a compra de 100% da Unibanco Saúde Seguradora pela Tempo Participações. A aquisição foi firmada no último dia 24 de setembro por meio de um acordo com o Itaú Unibanco e Itaú Seguros. A empresa possui cerca de 900 clientes corporativos, e atende 70 mil usuários.
A Linde, empresa de serviços, tecnologias e produção de Gases Industriais e Medicinais do Brasil, inaugurou as operações de sua fábrica de produção de gases no Pólo Industrial de Camaçari, na Bahia. A unidade, que teve investimentos de R$ 100 milhões, vai produzir Gases do Ar (oxigênio, nitrogênio e argônio). A estimativa é que a nova planta resulte no aumento de vendas e consequente crescimento de market share na região.
Leia mais: www.saudebusinessweb.com.br – Seção Economia
Leia mais: www.saudebusinessweb.com.br – Seção Investimento
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Cylene Souza – editorialsaude@itmidia.com.br
Embora enfrente dificuldades, do ponto de vista econômico, o setor de saúde ainda se mostra viável e com potencial de crescimento e, por isso, tem atraído investidores de setores tão diversos como TI e construção civil
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SB | PANoRAMA
Um mercado que presta serviços essenciais a 190 milhões de brasileiros, que conta com 46 milhões de pessoas dispostas a pagar por atendimento diferenciado e cujas atividades geram renda superior a R$ 137 bilhões, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), chama atenção não só de empreendedores que apostaram nele para iniciar seus negócios, mas também de investidores de diversas áreas que querem diversificar seus portfolios, sejam eles fundos de pensão, de investimentos ou empresas de setores tão diferentes como TI e construção. O mais novo investidor da área, de acordo com especulações do mercado, é Eike Batista, que, segundo boatos, estaria trazendo uma unidade do Hospital Albert Einstein para o Rio de Janeiro e já havia feito sua primeira experiência no setor com a construção do MDX Barra Medical Center. Ainda este ano, a Hypermarcas, que iniciou seus negócios fabricando a lã de aço Assolan, adquiriu a indústria farmacêutica Neoquímica, fabricante de medicamentos isentos de prescrição médica e, no ABC Paulista, um grupo de advogados adquiriu o hospital Neomater e prepara sua reinauguração, sob o nome de Puer. Mas a onda de investimentos de outros setores na saúde começou bem antes. Em Minas Gerais, os fundos de pensão Desban, Forluz e Agros iniciaram a operação do Hospital Lifecenter, em 2002, com 174 leitos. Em 2008, a Visanet, atual Cielo, também deu seus primeiros passos no setor de saúde. Após adquirir a Dativa e a Polimed, a companhia de transações eletrônicas de pagamen-
tos apresentou ao mercado a marca Orizon, que atua na troca de informações em saúde. Também em 2008, a farmacêutica Moksha 8 iniciou suas operações no Brasil, com foco em países emergentes e tendo como sócia a Votorantim Novos Negócios. Na área de análises clínicas, o fundador da Saladino Agropecuária, Rogério Saladino, decidiu diversificar os negócios e tornou-se sócio do laboratório Biofast, em 2005. Desde 2007 é presidente do grupo, que atua não só em unidades próprias, como também fornece suporte em análises clínicas e toxicológicas a outros laboratórios, implanta postos de coleta em grandes empresas, desenvolve estruturas para atendimento ambulatorial ou de emergência em hospitais e responde pelas análises clínicas e toxicológicas de programas de Medicina Ocupacional de empresas parceiras. Para o diretor presidente da Benner, empresa que atua há mais de 10 anos no setor, ainda há muito espaço para empresas que apostam em agregar valor à gestão por meio de tecnologia. “O mercado de saúde está se profissionalizando e é necessário criar e modernizar os processos e melhorar a eficiência dos serviços”, avalia Severino Benner. Braço do conglomerado Andrade Gutierrez, a Logimed acredita que seus negócios serão alavancados pela necessidade de melhorar a distribuição dos serviços pelo País. “Há um aumento continuado na prestação de serviços no setor de Saúde, até em função da maneira pela qual a população brasileira está distribuída. Atualmente há centros de excelência no Brasil comparáveis
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aos mais sofisticados dos países desenvolvidos, porém é preciso reconhecer que ainda existe grande desigualdade no atendimento oferecido, até pela dimensão continental do país. Assim, é possível dizer que, de fato, há espaço para um crescimento vigoroso e sustentado dos serviços”, avalia o presidente da Logimed, Giovanni Foragi. “Este é um mercado eterno. Com crise ou sem crise há demanda por saúde, seja no atendimento de urgência, seja na cirurgia eletiva. É um negócio tão grande que, se dobrar, ainda vai ter demanda”, analisa o proprietário do Hospital Santa Marina, Silvio Miglio.
Papel ativo na
gestão de saúde
A primeira incursão da Benner na área de saúde foi em 1999. A empresa de TI, que começou a se desenvolver em 1997 com o lançamento de um sistema ERP (Enterprise Resource Planning – Sistema Integrado de Gestão Empresarial), percebeu que o mercado de operadoras poderia gerar bons negócios e dedicou a unidade de Maringá ao atendimento deste setor. “A ANS tinha acabado de surgir e as operadoras, que antes ganhavam com a inflação, precisaram ser mais eficientes para se adequar às novas regras e garantir o retorno financei-
ro. Com nossa meta de entrar em mercados com potencial de crescimento e modernizar sua gestão, vimos a oportunidade”, conta o diretor presidente, Severino Benner. A partir de 2006, o foco em serviços ficou maior e a empresa se estruturou de forma molecular, com unidades de negócios em Saúde, Transportes e Logística, Turismo, Governança Corporativa, Comércio, Serviços e Indústria e Inteligência de Negócios. “O setor de TI está cada vez mais indo para serviços. Antes, entregávamos só a plataforma tecnológica, mas vimos que podíamos assumir o processo e alocar pessoas em áreas como gestão de inter-
O mercado da saúde está se profissionalizando e é necessário criar e modernizar os processos Rogério Saladino, da Biofast
Foto: Ricardo Benichio
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nados e prevenção de doenças”, explica o diretor presidente. Para oferecer esta nova gama de serviços, a empresa saiu às compras e adquiriu a Auditech, focada em auditoria médica, e tornou-se acionista da Top Med, para oferecer serviços de medicina preventiva, além de reforçar suas equipes. “Hoje conhecemos as ferramentas e o processo na área de saúde. Passamos por uma mudança radical e formamos uma unidade com profissionais que são do setor de saúde, para ajudarmos os clientes a utilizarem a tecnologia em sua plenitude e para oferecermos um serviço melhor do que o que eles têm internamente, senão, não faz sentido terceirizar. Atualmente temos soluções para gestão do internado, segunda opinião, gestão do sinistro e gestão de pacientes crônicos, entre outras”, enumera o executivo. O segmento de saúde representa hoje 45% do volume de negócios da Benner, mas entender este mercado não foi fácil. “É um outro tipo de venda. Temos que ir para o negócio com uma conversa específica para este setor. TI é linguagem, mas, para quem atua na área de serviços, é preciso mostrar a economia trazida com a solução, o retorno sobre o investimento. É preciso investir mais em personalização e levantamento dos processos.” Para a Benner, a melhor parte de atuar no setor de saúde foi ter entrado no momento certo e contar com boa receptividade para a solução, já que com as mudanças na regulação e as próprias exigências de mercado, a TI se tornou uma ferramenta essencial para o apoio à gestão. “A pior parte é que os processos ainda não estão maduros, há uma dificuldade
em estruturá-los. Antes da Troca de Informações em Saúde Suplementar (TISS), havia 180 layouts para troca de arquivos, cada uma tinha um padrão”, relembra. Também pela falta de processos maduros e pela necessidade premente de profissionalização e controle da gestão, o executivo aposta em bons negócios nas áreas pública e hospitalar. “No SUS, ainda há tudo para ser feito e, entre os hospitais, os sistemas líderes estão muito focados nas classes A e B. Queremos ter soluções mais simples e populares para atender os outros”, revela.
Da construção
par a a farmácia
Em junho de 2008, após três anos estudando intensamente o mercado, a Andrade Gutierrez, conglomerado que atua em construção civil, telecomunicações e energia, percebeu uma deficiência na área de logística hospitalar e decidiu abrir sua própria empresa para gerir as áreas de materiais e medicamentos
destas instituições, a Logimed. “Uma das motivações para o investimento em Saúde foi a expertise da Andrade Gutierrez em projetos que exigem alta capacitação em processos, conhecimento em tecnologia e qualidade. A Logimed foi criada para colaborar com o aumento da eficiência dos serviços de saúde no País e entre seus principais focos estão a gestão em suprimentos para geração de economia ao cliente e o monitoramento da cadeia de suprimentos no ambiente hospitalar e farmacêutico, bases essenciais para o combate ao desperdício no setor”, explica o presidente da Logimed, Giovanni Foragi. A Logimed atua no rastreamento do produto desde o estoque até o hospital, registro de origem, lote, validade e movimentação interna nos pallets e tem entre seus clientes a Santa Casa de São Paulo, cujo contrato inclui a gestão de compra, abastecimento e controle de uso de materiais e medicamentos nos 13 hospitais administrados pela instituição em São Paulo. Para Foragi, o setor de saúde está inse-
Não comprei por filantropia, mas pelo negócio, que é fantástico. O hospital é referência para 2 milhões de pessoas Silvio Miglio, do Santa Marina
Foto: Divulgação
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rido em um contexto que ainda deve gerar boas oportunidades de negócios para empresas que ofereçam soluções focadas em redução e controle de custos e apoio à gestão. “Os cuidados dos brasileiros com a saúde vêm crescendo ano a ano e a população cada vez mais exige serviços de alta qualidade e agilidade no atendimento das suas necessidades. As oportunidades no setor de Saúde, portanto, são bastante amplas e precisam ser aproveitadas com a utilização de tecnologias pertinentes.” Embora as áreas de construção e de saúde tenham dinâmicas bem diferentes, a Andrade Gutierrez, segundo o executivo, não teve muitos problemas para entender o mercado e considerou que as diferentes formas de pensar e atuar entre os executivos das duas áreas trouxe benefícios ao conglomerado. “No nosso caso não houve qualquer tipo de conflito ou dificuldade. A Andrade Gutierrez conta, em todos os seus negócios, com profissionais altamente qualificados e especializados, que contribuem efetivamente para o entendimento adequado e correto dos seus mercados de atuação. Claro que são “cabeças diferentes”, mas para nós essa diversidade nas empresas do Grupo é muito positiva, pois as “cabeças diferentes” se complementam e colaboram para uma rica troca de experiências, o que é salutar para o bom funcionamento de qualquer companhia”, pondera. Sem revelar números, o executivo garante que a Logimed tem atendido às expectativas de sua empresa-mãe e que, no futuro, novos investimentos poderão ser feitos na área de saúde. “O Grupo AG acompanha sempre de muito perto e com grande atenção os movimentos de seus mercados de atuação. Caso sejam identificadas novas oportunidades
no setor de Saúde, que façam sentido para as estratégias do Grupo, certamente iremos avaliar a conveniência de realizar investimentos e participar do setor com novos negócios.”
O consultor que virou dono do hospital
Em março do ano passado, quando o mercado já esperava pelo anúncio de fechamento do Hospital Santa Marina, o empresário Silvio Miglio, sócio da BSM Consulting e da rede de lojas de vestuário feminino Mercearia, anunciou que havia comprado o hospital. “Não comprei por filantropia, mas pelo negócio, que é fantástico. O hospital é referência para 2 milhões de pessoas e, em termos de estrutura física, é um dos maiores da cidade”, afirma Miglio. Sob nova gestão, a maternidade foi reinaugurada, assim como o Pronto Socorro e a UTI pediátrica. Também foi implantada uma ala de hemodiálise e novos equipamentos foram adquiridos. Na área de Recursos Humanos, a mudança foi drástica: 90% do efetivo foi substituído. Atual presidente da unidade, o médico Angelo Badia acredita que hoje o hospital concilia uma visão empresarial, voltada para os resultados financeiros, à visão assistencial, voltada para a qualidade. “Temos uma equipe menor, mas mais experiente e envolvida no dia a dia do hospital. Com controle de custos, adoção de protocolos para todas as áreas e pessoas com mais expertise, conseguimos trabalhar dentro do valor pago pelas operadoras e gerar lucro”, atesta. A maternidade, por exemplo, setor fechado em alguns hospitais com alegação de baixa remuneração dos serviços, manteve-se como carro chefe e con-
tinua a ser estratégica sob o ponto de vista financeiro. “O que é caro é o que não é necessário. Com esta nova filosofia, reduzimos o custo da área em 50% e a unidade materno-fetal voltou a ser nosso grande negócio”, diz Badia. Miglio garante que o Santa Marina voltou a ser lucrativo e já desperta a atenção de investidores internacionais. “Comprei um hospital deficitário e provei que poderia dar lucro. Com isso, em breve devemos anunciar a entrada de um fundo estrangeiro, que vem investir no Brasil. A saúde, junto com turismo e o setor petrolífero, está entre os três grandes negócios do País. O aporte vem para consolidar o mercado hospitalar. Queremos adquirir unidades menores ou com o mesmo porte do Santa Marina e formar uma rede.” Antes disso, a instituição deve investir em outras especialidades com bom potencial de retorno financeiro, como cirurgia plástica e tratamentos com células-tronco. “Também vamos investir em expansão, com mais quatro andares de internação, e vamos oficializar um acordo com o Hospital Johns Hopkins para intercâmbio em pesquisa e na área técnica”, conta Badia. Questionado sobre como utilizaria os recursos injetados pelo fundo internacional, Miglio contou que investiria 50% na compra de unidades em São Paulo, que se tornariam polos de treinamento e “exportação” de profissionais, e 50% em regiões carentes de serviços de saúde, a exemplo do Maranhão, que enfrenta uma crise pela falta de leitos de UTI. “Se eu tivesse que dar um conselho para um empresário que quer entrar na área hospitalar seria: vai e constroi, porque você vai ficar milionário. Este é um negócio perene, que sempre terá demanda”, conclui. Saúde Business | edição 14 | 29
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Em janeiro entrou em vigor o Fator Acidentário de Prevenção (FAP), uma nova metodologia de cálculo dos Riscos Ambientais do Trabalho (RAT), antes chamado de Seguro de Acidentes do Trabalho (SAT). O FAP da Previdência Social pode aumentar ou diminuir as alíquotas de contribuição das empresas em função dos índices de acidentalidade de seus funcionários, observado através da frequência – quantidade de afastamentos -, gravidade e o custo dos acidentes ao INSS, incluindo a taxa de rotatividade do quadro – medido pelas contratações e demissões. E o panorama de acidentalidade de cada empresa também é traçado pela Previdência através de sua base de dados sobre os benefícios de auxílio-doença, auxílio-acidente, aposentadoria por invalidez e morte já concedidos, sendo os dois últimos com peso maior no cálculo. Mas, de acordo com levantamento do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios de São Paulo (Sindhosp) a média do FAP tem sido entre 1,6 e 1,7%, percentuais multiplicados pelo RAT/ SAT dos Hospitais (de 2%) resultando em aumento em mais de 50% sobre o valor da folha de pagamento, já que totaliza o índice de 3,2. Isso quer dizer que, se um hospital recolhe RAT de 2% sobre a folha de pagamento de R$ 100 mil, pagará ao governo R$ 2 mil. Estão isentas de qualquer contribuição ao Seguro Acidente as 3,3 milhões de empresas do Simples Nacional e as instituições de saúde classificadas como filantrópicas. Estudo sobre as inconsistências e efeitos negativos causados pelas mudanças do FAP, elaborado pela Tendências Consultoria, mostra que 67% das atividades econômicas registraram aumento do tributo cobrado, enquanto que a redução está prevista para apenas 4% das atividades.
Ainda assim, o governo alega que o objetivo não é aumentar a arrecadação, mas calcular o imposto maior para as empresas com mais acidentes de trabalho, enquanto as de menor incidência ganham uma redução e, para inverter a situação. A ideia é fazer com que as empresas invistam nos programas de saúde ocupacional para dirimir os riscos, principalmente morte e invalidez. Com isso, se reduziria o Custo Brasil, que consome anualmente 1,8% do PIB, cerca de R$ 50 bilhões em despesas decorrentes da acidentalidade e das condições insalubres e perigosas no ambiente de trabalho. Segundo dados da Previdência, 92,37% das empresas (879.933) serão bonificadas na aplicação do FAP em 2010 e 72.628 (7,62%), terão aumento na alíquota de contribuição.
Conscientização
Para o professor da pós-graduação em Gestão da Saúde da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, Ariel Fonseca, o FAP trouxe uma grande revolução na medicina do trabalho. “É de grande relevância para a sociedade brasileira, porque a Previdência Social tem um custo muito alto com os benefícios em incapacidades, no cumprimento das normas de segurança e sua fiscalização com a acomodação dos empresários brasileiros.” Ele afirma que mexer no bolso é a forma que o governo encontrou para exigir conscientização e investimentos na prevenção dos acidentes, “para punir ou advertir as empresas a efetivamente cumprir as normas de segurança a fim de serem beneficiadas, com uma redução de até 50% da alíquota do SAT”, aponta.
Cálculo
Em 2003, a Lei 10.666 criou o cálculo do RAT e no ano passado o Decreto 6.957 anunciou o FAP, um multiplicador que vai de 0,5 a 2% aplicado às
alíquotas de RAT de 1%, 2% ou 3% incidentes sobre a folha de salários. O percentual de RAT da empresa é definido por meio de seu Código Nacional de Atividade Econômica (CNAE) e associado ao Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP), que lista as doenças relacionadas ao exercício do trabalho. “Se você tiver um RAT originalmente de 1 pode cair pela metade, para 0,5%. Ou pode aumentar e quem paga 1% vai para 2%, daí o impacto de 100%”, aponta a auditora e consultora especialista em Direito do Trabalho e Previdenciário, Deise Neves Botelho Rezende. De tão complexa, a nova metodologia ainda é desconhecida pela maioria das empresas, oneradas sem se dar conta, como conta a especialista, assustada com o cenário que tem encontrado nos cursos sobre FAP que já ministrou em vários estados brasileiros. “Os empresários estão se envolvendo em riscos sem perceber. Acham que 0,5% é pouco, mas não viram o contexto geral de uma folha de pagamentos, que é pesado”.
Impugnações
A Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (Fehoesp) impetrou na 12ª Vara Cível Federal, em 27 de janeiro, um mandado de segurança coletivo para a suspensão da aplicação do FAP por não constarem à disposição das empresas dados suficientes para a interposição de recurso administrativo, além de outros pontos. Em documento, a advogada e coordenadora do Comitê de Segurança e Saúde Ocupacional do Sindhosp, Lucinéia Nucci, explica que enquanto não houver acesso aos dados utilizados pelo Ministério da Previdência Social, não há casos de redução de alíquota de SAT no setor. Em outros casos, por aumentar as contribuições previdenciárias nesse primeiro ano, o FAP foi considerado inconstituSaúde Business | edição 14 | 33
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cional pelo desembargador do Tribunal Regional Federal, Luis Stefanini, que o suspendeu para cerca de 350 mil empresas filiadas a 1.250 sindicatos da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). Além disso, o decreto nº 7.123, publicado em 03 de março, também suspendeu a legibilidade do FAP para empresas que sofreram aumento e contestaram administrativamente a metodologia do cálculo até 12 de janeiro. Com a mobilização do setor, a Confederação Nacional de Saúde entrou com ação contra a exigibilidade da contribuição, porém, as empresas que não entraram com ação administrativa, só poderão fazê-lo em setembro, já que o prazo para o exercício desse ano expirou em janeiro.
Márcia Agosti, da AON Consulting: Há problemas na tipificação do Nexo Epidemiológico e código de atividade econômica
Foto: Divulgação
Intensificação
Natália Franchini, da Aon Consulting:
Foto: Divulgação
Metodologia do FAP ainda é obscuro
Com o novo FAP, o Grupo Santa Luzia, que mantém os Hospitais do Coração do Brasil e o Santa Luzia, em Brasília, registrou um aumento de 50% no recolhimento na folha de pagamentos com 1500 funcionários, já que as empresas ficaram com a média de 1,5%. “Pelo CNAE, pagamos 2% de RAT/SAT, então multiplicamos pelo índice de FAP de cada empresa para chegar ao valor. Não queremos ficar com esse passivo tributário e estamos estudando uma medida com nosso jurídico”, detalha a consultora da diretoria administrativa para Recursos Humanos da SLPAR, holding que controla os hospitais, Aline Silva. Ela diz que tem sido desafiador a relação entre CNAE e o Nexo Epidemiológico, cujas doenças de coluna, sob o CID M40 passa a ser de causa ocupacional. “Mudou a lógica. Antes a gente informava e o perito investigava. Agora é independente da avaliação do médico do trabalho e do técnico da Previdência.” Para combater os riscos no grupo, foram intensificadas as ações de prevenção no
Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT). As rondas tornaram-se diárias em todas as áreas dos hospitais, feitas por médico, engenheiro, enfermeira do trabalho e técnicos de segurança. Funcionários com predisposição a diabetes, obesidade e hipertensão arterial estão sendo acompanhados criteriosamente e as ocorrências de acidentes de trabalho e afastamentos por doenças passam por uma análise crítica com o objetivo de eliminar ou minimizar os riscos ainda existentes.
Ilegalidades
Para a gerente da área médica da Aon Consulting, Márcia Agosti, é complicado a Previdência ter associado algumas doenças ao desempenho de uma função, como ficou definido a tipificação no Nexo Epidemiológico - baseado no Código Internacional de Doenças (CID) -, e ao CNAE da empresa. “Apendicite é entendida como uma doença ocupacional quando, na verdade, é uma patologia no intestino com uma série de causas, mas nenhuma relacionada à função assistencial na saúde, por exemplo.” O professor da Estácio de Sá, Ariel Fonseca, acredita que erros do tipo são passíveis em novos métodos e serão corrigidos. “É uma presunção que vem de estatísticas e precisa ser melhorado. O governo deveria associar a enfermidade ao ambiente de trabalho.” A Previdência Social também não informa qual a situação das demais empresas da mesma atividade econômica, e assim não há conhecimento para questionar o índice e percentual de cálculo, como explica a consultora de benefícios da Aon, Natália Franchini Gliorse. Ainda sobre o ramo de atividade, Márcia salienta que muitas indústrias farmacêuticas e importadores registraram-se com CNAEs que as beneficiam em termos fiscais e hoje esse código é considerado pela Previdên-
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cia como a função principal, podendo prejudicá-las no cálculo de RAT/SAT. Por isso, o controle dos afastamentos e desempenho dos profissionais na ativa é essencial. “Se a empresa é capaz de dizer que o funcionário tinha uma doença degenerativa na coluna quando foi admitido e se houve sobrecarga ergonômica, porque ele tem dois ou três empregos, conseguirá impugnar uma Comunicação de Acidente de Trabalho feito sem seu conhecimento, e isso requer uma revisão da política de aceitação de atestados, investigação dos afastamentos, processos relacionados ao programa de saúde ocupacional e às funções desempenhadas”, pondera a gerente.
Complicações
A consultora Deise Rezende esclarece que a taxa de rotatividade foi o mote diferencial da metodologia, já que os outros índices já eram conhecidos. “É calculado com base nas contratações e demissões, mas se o funcionário se acidentou em outra empresa, a atual deve assumir sequelas que ele ainda tenha?
Você tem de auditar o cálculo e a Previdência para aferir se os dados estão corretos diante de sua realidade porque desde setembro eles divulgaram três vezes os índices e todos estavam errados”, alerta a especialista, que atende o Hospital da Cidade, em Salvador, o Instituto Sócrates Guanaes e a Cooperativa dos Profissionais de Saúde, Assistência, Ensino e Consultoria (COOPSAENC). Outro ponto ressaltado por Deise é quando a empresa recupera seu quadro, substituindo o funcionário em afastamento, mas que também interfere no índice de custo e gravidade e onera a empresa no RAT. “Depois de 15 dias de afastamento é a Previdência que paga o benefício, mas empresa receberá esse custo através de carga tributária”. Fiscalizar os funcionários para o uso de equipamento e oferecer treinamentos é mandatório para o empregador, na visão do prof. Fonseca. “O empresário precisa puni-lo com justa causa se ele não segue as normas. Essa tomada de consciência é necessária e a sociedade tem de promover isso”.
Liminares
Levantamento da Negreiro, Medeiros & Kiralyhegy Advogados, realizado com base nos diários eletrônicos dos Tribunais Regionais Federais (TRFs), mostra que os contribuintes obtiveram 16 liminares contra o FAP. Cinco delas foram concedidas com base no inciso III do artigo 151 do Código Tributário Nacional (CTN), que prevê a suspensão da exigibilidade do crédito tributário enquanto não for julgado recurso administrativo. Nas outras 11 decisões provisórias, discutiuse a legalidade ou constitucionalidade da norma. Nas ações, as empresas alegam que o FAP fere o princípio da legalidade ao majorar as alíquotas do SAT, que só poderiam ser alteradas por meio de uma nova lei.
Mundo
Foto: Divulgação
Aline Silva, do Grupo Santa Luzia: Intensificação de ações de segurança no trabalho, rondas diárias e acompanhamento criterioso dos funcionários
Segundo o Governo Federal, a filosofia da cobrança faz parte da modernidade dos grandes sistemas de seguro de acidentes existentes no mundo: paga mais quem tem acidentalidade maior em relação à sua atividade econômica. Países como a França, Canadá, Espanha, Colômbia, Argentina, Chile e México cobram, em média, quatro vezes mais que o Brasil. Fonte: Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador - DSAST.
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SB | Governança
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Carlos Airton Pestana Rodrigues Diretor presidente da Governance Solutions. (carlos.airton@governancesolutions.com.br)
Governança Corporativa
de fato e de fachada Como sabemos, as práticas de Governança Corporativa visam proteger o interesse dos investidores e demais partes interessadas na organização, os também chamados “stakeholders”. Muitas dessas práticas são obrigatórias, impostas por leis e/ou regulamentações dos órgãos normativos do setor mobiliário e também pelas bolsas de valores, no caso das empresas de capital aberto. O que se nota na prática é que as empresas, ou mais precisamente os empresários, se classificam em basicamente três grupos: o primeiro é o que cumpre estritamente o que é obrigatório e só. O segundo é o que declara que cumpre o obrigatório, mas se utiliza de subterfúgios para burlar as regras quando elas vão contra seus interesses particulares. O terceiro grupo é o que vai muito além do que é obrigatório, por convicção de que proteger os interesses legítimos dos stakeholders cria valor para a sociedade e contribui para sua perenidade. No caso das empresas de capital aberto, listadas em bolsa, é fácil perceber essas diferenças. Basta analisarmos a quanti-
dade e qualidade das informações disponibilizadas por elas em seus web sites de relações com investidores. Algumas fornecem as informações estritamente obrigatórias com comentários muito limitados e muitas vezes evasivos da diretoria a respeito do desempenho dos negócios. Outras publicam seus resultados ressaltando seus méritos e competências com pouco ou nenhum reconhecimento honesto de suas falhas. Como sabemos em casos extremos algumas empresas chegam a fraudar seus resultados contábeis, para esconder seus prejuízos do mercado. Quantos escândalos financeiros já não assistimos por esse motivo? Felizmente tem crescido, ainda que lentamente, o grupo dos empresários que adotam as boas práticas de Governança Corporativa, por acreditarem legitimamente que princípios como transparência, equidade, conformidade, responsabilidade corporativa, conformidade legal e outros são valores dos quais a empresa não deve abrir mão em nenhuma hipótese. Esses empresários se dedi-
cam a disseminar esses valores por toda a organização e tomam todas as suas decisões de forma consistente com essa base de princípios, na qual se apoia a boa Governança Corporativa. Ou seja, praticam o conceito “walk the talk”. Essa coerência entre discurso e ação é percebida por todos os stakeholders: empregados, clientes, fornecedores etc. O resultado é um só: um nível alto de credibilidade que gera confiança e motiva todos os stakeholders a manterem relações econômicas com a empresa induzindo o surgimento de um círculo virtuoso de criação de valor. Empresas como essas sabem reconhecer, de forma honesta, suas falhas, problemas ou até crises e não necessariamente sofrem consequências por isso. Pelo contrário. Sua credibilidade pode até aumentar em períodos difíceis. Elas sabem que têm o dever de informar adequadamente o investidor para que ele tome uma decisão esclarecida sobre o investimento que está fazendo ou pretende fazer na empresa. Vamos torcer para que esse grupo se torne a maioria.
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SB | economia e negócios
Domínio de informações
do paciente Ana Paula Martins – amartins@itmidia.com.br
Com um planejamento estruturado, Philips quer ser protagonista no mercado de TI em saúde. O primeiro passo foi a compra da Tecso Com estratégias bem estabelecidas para os mercados emergentes, a Philips quer ser protagonista em um novo nicho: o segmento de TI em saúde. Na visão do vice-presidente de Cuidados de Saúde para a América Latina, Daurio Speranzini Júnior, vai se destacar nesse mercado a empresa que conseguir dominar a informação do paciente. “Nossa estratégia é dominar a informação do paciente, de forma positiva, para que possamos ajudar os médicos, clínicas e hospitais a terem dados que realmente façam diferença dentro do foco de seus negócios. Hoje, nenhuma empresa no Brasil está trabalhando dessa maneira”, enfatiza. Para alcançar esse objetivo, a Philips desenhou, há dois anos, um planejamento estruturado para tornar-se protagonista no segmento de TI, e o primeiro passo culminou com a compra da Tecso, empresa cariosa focada em Radiology Information System (RIS), e que já trabalhava como parceira da Philips em projetos de PACS e RIS. A opção por adquirir uma empresa nacional veio da necessidade de incrementar o portfólio para atender ao mercado brasileiro. “Há dois tipos de produtos em nosso portfólio: os mais técnicos, que são embasados puramente em tecnologia e que funcionam bem em qualquer mercado, como o PACS, por exemplo; e aqueles que estão puramente relacionados com as especificações dos mercados locais. Portanto, precisamos
ter soluções absolutamente adaptadas aos sistemas de saúde de cada um dos países. Trazer soluções de outros mercados não funciona e não tem funcionado”, destaca o executivo. Hoje a Tecso conta com 60 clientes. Mesmo com uma participação tímida no mercado, a empresa chamou a atenção pelo nível de satisfação gerado nos clientes. “Dentro das pesquisas que fizemos de avaliação de possíveis aquisições, a Tecso mostrou índices de satisfação de clientes maiores que os de mercado. Um dado relevante para um setor que apresenta muitos problemas com a integração de sistemas e com o pleno funcionamento das soluções”, pontua Speranzini. Com a compra da empresa, a Philips pretende alinhar a sua representatividade no mercado com a qualidade na integração das soluções PACS e RIS. O grande diferencial que a multinacional acredita trazer para o mercado com essa aquisição é a oferta de uma solução integrada. “Temos braço para aumentar a participação da solução no mercado e temos expertise na entrega dos projetos integrados”, destaca o vice-presidente. E a estratégia não será apenas focar em penetração de mercado com novos clientes, mas também em conquistar clientes de outras empresas. “Vamos não só aumentar a participação com novos clientes, como também há muitas oportunidades em substituições de soluções que
não estão atendendo adequadamente o mercado”, enfatiza. O diretor da Tecso, Luciano Senos, acredita na estratégia. “É um novo ciclo para a empresa. A gente acredita nessa complementação, de RIS e PACS 100% integrado. Com isso, conseguiremos estimular a troca de soluções”, relata. A negociação começou em 2008, mas em razão dos efeitos da crise econômica mundial, precisou ser adiada por um período. Os executivos acreditam que num prazo de três meses as operações das duas empresas já estarão integradas. “Já estávamos num processo de integração, por isso o processo será mais simples”, explica Speranzini. O valor da negociação não foi dilvulgado. A Philips ainda não divulga os próximos passos do projeto em TI e nem pode ainda confirmar se partirá para a compra de outras empresas locais, focadas em sistemas de gestão hospitalar. “Não estamos parados. Continuamos prospectando e nosso objetivo é dominar a informação do paciente. Se for para partir para outro tipo de sistema, faremos o que for necessário”, reforça o vice-presidente.
M ercados emergentes
A busca pelo fortalecimento do braço de TI em saúde no Brasil está relacionada com a estratégia global da Philips para os mercados emergentes. Trabalhando no conceito de cuidado integral em saú-
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e Daurio Speranzini Júnior, ao lado de Luciano Senos e Antonio Barbosa, da Tecso: Com integração de soluções PACS e RIS, Philips quer ampliar market share Foto: Ricardo Benichio
de a empresa tem a informação como a principal ferramenta. “Queremos ter soluções que sejam capazes de prover informações relevantes para os médicos, para os pacientes, para as instituições e para o governo, para que seja possível atuarmos estrategicamente na gestão da saúde”, aponta o CEO de Mercados Emergentes da Philips Heatlhcare, Ronald de Jong. E a aposta da multinacional holandesa tem a ver com o grande potencial que os países emergentes apresentam. Hoje, esses mercados representam 35% das vendas globais em saúde. Segundo pesquisas da empresa, 85% da população mundial está nos países emergentes, e será onde o crescimento populacional será mais significativo. A estimativa é que até 2050 a população mundial chegue a 9 bilhões de pessoas. Além disso, os índices mostram que em 2020, 75% das mortes será
em decorrência de câncer, e ainda haverá aumentos significativos de doentes crônicos. “Diante desse cenário, há uma oportunidade imensa para a empresa, pois queremos atuar em cuidado integral em saúde e vamos encontrar soluções para esses desafios”, pontua Jong. Pela potência desse mercado, a Philips estruturou há dois anos uma área focada em mercados emergentes, para criar estratégias de crescimento orgânico e inorgânico nesses países. E é o que vem acontecendo no Brasil. A Tecso é a terceira aquisição da Philips no setor. A primeira foi a VMI em 2006, especializada em Raio X, e que marcou a estratégia para o setor de imagem; a segunda foi a Dixtal, em 2007, focada em cuidados críticos e anestesiologia. As compras refletem a estratégia da empresa em ter representatividade nacional no
conceito de cuidado integral em saúde. Como resultados, a empresa também colabora para a transferência de tecnologia e consequente desenvolvimento da indústria local. “Já desenvolvemos o primeiro carro de anestesiologia com pura tecnologia nacional em parceria com a Dixtal, e estamos em processo de reconhecimento de produção local, pelo governo federal, que utilizou os inputs da Philips como referência”, aponta o vice-presidente. Para 2010, a empresa tem como meta melhorar o serviço de pós-venda. No segundo semestre, deverá ser inaugurado no Brasil um novo centro de treinamento, o quarto da Philips no mundo, que tem como o objetivo treinar não só os engenheiros e técnicos da empresa como também os clientes. E novas aquisições não estão descartadas. Saúde Business | edição 14 | 41
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SB | artigo
Eduardo Perillo
Foto: Elias Kitosato
Médico, mestre em administração, doutor em história econômica
Maria Cristina Amorim Economista, professora titular da PUC/SP
Regulamentação econômica:
quanto, como e a quem serve? Quando o assunto é a ação do Estado nas atividades econômicas privadas, quase sempre se ouve a opinião já formada das pessoas, contra ou a favor. Tal debate é imprescindível à democracia, mas torna-se estéril se empreendido nesse grau de generalidade. Para retomar a seriedade, primeiro é necessário centrar a discussão sob a óptica da regulação econômica. Segundo, deve-se analisá-la em perspectiva histórica: não há registro de qualquer economia, desde a revolução industrial (para não recuar demasiado no tempo), que tenha escapado à regulamentação do Estado. O debate relevante é o grau de regulamentação, seus instrumentos e eficácia, e quem dela se beneficia. Há vastíssima literatura explicando por que o Estado deve regulamentar o setor privado da economia, e ao leitor pedimos um voto de confiança: acredite, o tema é superado, entre outros motivos, pela absoluta falta de fatos históricos que apresentem um única experiência de economia sem regulamentação. Qual o grau ideal de regulamentação da economia brasileira? Aquele que simultaneamente garanta a concorrência entre as empresas, promova a inovação e proteja o cidadão. Diferentes indústrias demandam distintos
modelos de regulamentação, ainda que o modelo brasileiro, desde os anos 90, seja capitaneado pelas agências reguladoras. O leitor já notou que o sistema financeiro não ganhou sua agência e quase ficou fora do alcance do Código de Defesa do Consumidor? Qual seria o motivo? A teoria econômica aponta várias formas de regulamentar o mercado: controle das variações dos preços, imposição de barreiras à importação ou ainda exposição dos produtores brasileiros à concorrência internacional (como fez o governo Collor com a indústria de farmoquímicos). Nosso modelo de regulamentação contabiliza mais de uma década de experiência, boa hora para avaliar a eficácia dos controles. Quanto a quem serve a regulamentação, e esse ponto nos parece essencial no debate, a teoria econômica recomenda que sirva aos interesses da população e/ou da soberania nacional, mas reconhece o quanto é difícil que assim seja. O primeiro beneficiado potencial da regulamentação econômica é o capital privado, que necessita de proteção e redução do risco do investimento, de barreiras à entrada de quaisquer concorrentes, subsídios vários e incentivos à inovação. O Estado, ao regulamentar a
economia, concentra poder relativamente ao setor privado, amplia estruturas, e talvez conquiste votos para partido da situação. O cidadão comum é também beneficiado? Sim, desde que a regulamentação se proponha de fato a isso. No caso da saúde, as duas agências reguladoras, Anvisa e ANS, vêm servindo, não sem percalços, para diminuir as assimetrias entre produtores e consumidores de medicamentos, equipamentos, materiais e produtos para a saúde, saneantes, cosméticos, alimentos, serviços de atenção ambulatorial, de internação, de apoio diagnóstico e terapêutico, bem como de planos privados de assistência à saúde. Em qualquer indústria, a regulamentação implica em aumento de custos para determinados grupos sociais e benefícios ou oportunidade de negócios para outros. É legítimo que assim seja? Sim, trata-se do jogo democrático. Por isso mesmo, o grande desafio quanto à regulamentação é subordiná-la aos interesses da população. Se a regulamentação fosse extinta, seria exigida de volta por parte dos empresários e nossa sociedade regressaria à selvageria do capitalismo do século XVIII. Mas afinal, qual é sua opinião a respeito?
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marketing | SB
Renato Borgheresi Foto: André Conti
Sócio-diretor da STRAT CONSULTING, especializada em assessoria na gestão empresarial de marketing. Mestre em Administração e Planejamento pela PUC-SP, atua como professor de pós-graduação da ESPM, sendo coordenador do curso de Inteligência de Mercado.
O executivo bem educado Quanto mais as empresas se veem pressionadas pela busca por melhores resultados mais se questionam se os seus executivos estão suficientemente preparados para responderem à altura do desafio. É natural, uma vez que os profissionais que de alguma forma participam do processo de tomada de decisão das empresas nem sempre estão devidamente atualizados ou instrumentalizados. Na verdade, sempre há muito o que estudar. As áreas de Recursos Humanos se empenham profundamente em colaborar com suas empresas nesse sentido e são, de fato, aliadas estratégicas da alta administração para a conquista de maior competitividade para o negócio. Apesar disso, as horas investidas na capacitação de tais colaboradores nem sempre se refletem em maior qualificação do processo decisório, ou seja, alguma coisa se perde no meio do caminho entre o que a empresa precisa obter e o que efetivamente recebe ao longo dessas “sagradas” horas “arrancadas” das agendas dos seus profissionais. Há inúmeros fatores que poderiam se responsabilizar por tal situação, algumas localizadas no âmbito da própria empresa, outras no âmbito do prestador de serviço de capacitação, quando for o caso. Contudo, o que fica de concreto é que não houve alinhamento desse esforço
com as reais necessidades mercadológicas da empresa. Se pudermos extrair alguma lição dessa situação a qual, lamentavelmente, é mais comum do que deveria ser, talvez caiba promover uma reflexão mais profunda sobre o processo de capacitação dos profissionais de nossas empresas. Eu recomendo que se comece pelo próprio conceito da questão: treinar ou educar? É apenas uma questão semântica ou há algo a mais que se pode absorver dessa análise? Segundo o Moderno Dicionário da Língua Portuguesa Michaellis, treinar é: vtd 1 Acostumar, adestrar ou submeter a treino. Já, segundo o mesmo dicionário, educar é: (lat educare) vtd 1 Ministrar educação a. vtd 2 Formar a inteligência, o coração e o espírito de. vtd 3 Doutrinar, instruir. vpr 4 Cultivar a inteligência; instruir-se. vtd 5 Aperfeiçoar, desenvolver a eficiência ou a beleza (grifos meus). Como se vê, Educar oferece um sentido mais ampliado para o nosso olhar sobre a questão. As empresas precisam dispor de pessoas que, cada vez mais, sejam educadas a desenvolver a sua inteligência a favor do negócio, pensando, criando, saindo do lugar comum, buscando dentro de si novos recursos para isso. Para um colaborador se envolver plenamente com o projeto da sua empresa ele precisa ser estimulado a ir mais adiante
dos seus limites atuais. É quando a visão de futuro, a missão e os valores da empresa ganham maior sentido ao realizarem o papel de ponto de referência para esse profissional, desde que tais valores estejam devidamente assimilados e sejam efetivamente vivenciados no dia a dia da empresa. Assim, um planejamento de capacitação profissional que seja orientado para Educação promove uma visão sistêmica da organização e do negócio. Com isso o profissional pode identificar seus maiores gap’s de conhecimento e trabalhá-los de maneira mais específica passando, a partir de então, a oferecer soluções cada vez mais estratégicas e relevantes à empresa. Os ganhos para o processo decisório são significativamente maiores num prazo mais curto. Um planejamento de Treinamento, e não de Educação, pode acabar por conceber um conjunto fragmentado de conhecimentos adquiridos, com aplicabilidade potencializada apenas em parte. Mesmo que importantes, tais conteúdos podem não oferecer a qualidade desejada ao processo decisório do dia a dia da organização. Creio que o momento em que vivemos, no qual a pressão sobre a competitividade vem de todos os lados, de dentro e de fora do Brasil, uma reflexão nesse sentido pode fazer a diferença. Saúde Business | edição 14 | 43
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SB | saúde corporativa
Luciana Leitão – editorialsaude@itmidia.com.br
Quando o barato sai caro Voltar atrás e reconsiderar uma decisão que não deu certo. Foi assim que a holding holandesa Arcadis Logos agiu ao perceber que estava pagando um preço alto demais por cancelar programas de prevenção e promoção de saúde. O objetivo era cortar custos. O resultado foi uma oneração de 120% servado ainda tendência de estabilização ou queda dos valores praticados”, explica. O primeiro passo desse processo foi identificar se a organização estava cumprindo a legislação, verificar se não havia atraso de salários, se os equipamentos de proteção individual estavam sendo fornecidos e, ainda, avaliar se o clima organizacional estava favorável. Em seguida, foi o momento de visitar empresas que possuíam essa prática, tanto no Brasil como nos Estados Unidos. Só assim é que foi possível criar programas totalmente voltados à realidade brasileira. “Ocorreu um respeito muito grande à Escala de Maslow, onde só se pode investir em bem-estar se todas as necessidades fisiológicas e básicas já estão sendo atendidas, afinal, não queríamos cometer o erro de discutir espiritualidade se o salário fosse depositado com atraso”, salienta. Com isso, quem saiu ganhando foram os colaboradores da companhia que se beneficiam com diversos programas. Para evitar o estresse, por exemplo, eles recebem, não apenas massagem duas vezes por semana dentro do escritório, mas também sessões de alongamento duran-
te o trabalho. A comunicação também é trabalhada. Os funcionários recebem constantemente mensagens sobre assuntos relacionados a prevenção em saúde e possuem boletim no banheiro, que aborda, todo mês, temas de saúde e autoajuda. Além disso, aqueles que realizam os exames ocupacionais em dia, recebem dois ingressos para a Rede Cinemark. Há ainda sessões de cinema mensais na sala de reuniões do escritório central e grupo de discussões sobre os filmes assistidos. “O grande diferencial desses programas é que não trouxemos eles de fora, mas desenvolvemos coisas que faziam parte da cultura da empresa e eram possíveis”, comenta D’Aguiar. Em relação às operadoras, a empresa não trabalha em parceria com nenhuma delas.“Nosso plano de saúde é administrado, ou seja, todo o risco de doença é nosso, por isso, a operadora não atua”, completa. O executivo acredita que investir em promoção de saúde pode ser um diferencial competitivo entre as empresas de todos os setores da economia. A aposta da Holding Arcadis Logos é crescer 40% em 2010. Eduardo D’aguiar, da arcadis logos: Em três meses sem os programas de prevenção, os custos com o benefício aumentaram
Foto: Divulgação
Todo gestor passa constantemente pelo desafio de cortar custos para gerenciar melhor seu negócio. Porém, essa tarefa não é fácil. Mais difícil do que cortar é saber que custos devem ser cortados. E identificá-los é o que faz toda a diferença. Quem sofreu na prática esse dilema foi a Holding Arcadis Logos, multinacional holandesa que atua na área de engenharia. No ano passado, a empresa optou por cancelar todos os programas de prevenção e promoção à saúde, mas no fim, o que aconteceu foi uma oneração no valor do benefício saúde em 120%. O diretor de saúde da Arcadis Logos, Eduardo D’Aguiar, conta que, antes da crise de 2008, a empresa vinha praticando o custo mensal per capita do plano de saúde de aproximadamente R$ 86. Um ano após os cortes nos investimentos em programas de promoção de saúde, este custo saltou para R$ 190. Segundo o executivo, a situação começou a ficar preocupante um ano e meio depois, ou seja, em dezembro do ano passado.“Percebemos a elevação nos custos com os planos de saúde três meses após o término dos programas de promoção de saúde, porém, não havia clima para sensibilizar a diretoria em rever esta determinação”, relembra D’Aguiar. Foi aí que a empresa resolveu voltar atrás e reimplantar os programas. Hoje, a Arcadis Logos está no meio desse processo. Na avaliação do diretor, está sendo ótimo, pois a empresa está tendo a oportunidade de pensar melhor e fazer algumas adaptações ao que existia anteriormente. “Apesar de estarmos no começo do ano, não foi ob44 | edição 14 | Saúde Business
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SB | recursos humanos
ADILSON SOUZA
Foto: Divulgação
Sócio-diretor da Estação RH Consultoria Empresarial. Mestre em Psicologia e pósgraduado em Administração de Empresas e RH. Bacharel em Economia. Coach de Empresários e executivos. Desenvolve programas de liderança com foco estratégico. adilson.souza@estacaorh.com.br
O FAP como instrumento de Gestão para as Lideranças Para discorrer em torno desse tema, proponho três importantes questões: 1ª) Por que é tão difícil a implementação de programas de melhoria nas empresas? 2ª) Quais os desafios para as lideranças? 3ª) Quais as oportunidades e resultados advindos do Fator Acidentário de Prevenção? A primeira diz respeito ao problema, a segunda refere-se ao elemento mobilizador e a terceira aos ganhos. Já que a primeira questão é o problema, façamos um exame rápido de consciência, em especial no que tange o respeito que temos pela vida, pelas nossas e a dos outros. Podemos iniciar por uma simples questão: A grande maioria de nós adquire consciência que o cigarro, o álcool, o açúcar e a gordura fazem mal à saúde, certo? E quantos de nós verdadeiramente eliminamos ou reduzimos consideravelmente esses ingredientes de nossas vidas? Aqui se encontra o primeiro obstáculo: ter consciência não é suficiente, é necessário conscientizAção, ou seja, uma ação consciente que possibilite uma mudança efetiva. Podemos também citar exemplos de “obrigatoriedade” que salvam ou preservam vidas: cinto de segurança, preservativos, EPI (Equipamento de proteção individual), etc.
Mas se tudo isso é muito óbvio, por que então nem todos praticamos? Simplesmente porque não aprendemos o suficiente no decorrer de nossas trajetórias e, consequentemente, não adquirimos competências para ensinar, e normalmente a melhor forma de ensinar é fazer (ser referência, exemplo) e não simplesmente discursar sobre. Portanto, as lideranças terão um papel fundamental na implementação do FAP, pois além de conduzirem esse processo terão a incumbência de praticá-lo, e como essa mudança diz respeito ao comportamento, haverá necessidade de atenção e esforços adicionais. Entretanto, estou convicto que os resultados serão extraordinários, uma vez que a Gestão do FAP evidenciará as conquistas e/ou fracassos das áreas, assim como seus responsáveis. E minha convicção se dá muito mais pela “obrigatoriedade” do que pela consciência, uma vez que essa “obrigatoriedade” evidenciará uma importante competência organizacional: Gestão de Pessoas, a qual inclui a capacidade de criar condições e mecanismos que preservem a saúde e qualidade de vida de seus colaboradores. Aqui também vale uma atenção especial a dois fatores que contribuirão conside-
ravelmente para o sucesso do programa. O primeiro fator refere-se à capacidade de selecionar pessoas que já trazem esses valores e prática, e o segundo diz respeito ao processo de reeducação e treinamento aos colaboradores. Aliás, o preventivo é sempre menos custoso que o reativo, inclusive esse poderá ser um indicador de saúde organizacional. E para quem são essas oportunidades e ganhos? Certamente todos usufruirão dos resultados: o governo, por redução nos gastos com a previdência; as empresas, pelo aumento de produtividade e qualidade de vida; as lideranças pelo aprimoramento das competências de influências, persuasão, gestão e resultados; e os colaboradores por gozarem de maior saúde e empregabilidade, pois em momentos de promoção e novas oportunidades de trabalhos as empresas procuram observar o histórico de comportamentos praticados no ambiente de trabalho. Tenho a impressão de que o atual momento nos voluntaria para tornar “normal” o que seria “obrigatório” e como parte disso, compartilho um pensamento do Leonardo Da Vinci: “Aprender é a única coisa da qual a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende.”
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SB | CARTÃO DE VISITA
Foto: Divulgação
CLÁUDIO LUIZ LAUDEAUZER DA
DIRETOR DE TI
Fleury SILVA
Bristol-Myers
Desde 2008 o executivo esta va como gerente corporativo de operações de TI do grupo. Formado em engenharia elé trica pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro e com MBA em gerência estratégi ca de informática, o executivo tem mais de 20 anos de experiência na área. Antes do Fleury, Silva passou pela Unimed do Rio de Janeiro.
DREOTTI
LAMBERTO AN CEO
Cornelius. cido por James er ex á s te an to da empresa h sume o pos de operações or et ir O executivo as d io óc de eg o n va com o carg a direção do Andreotti esta sabilidades pel on protesp re de a o d id er m p assu o será a fi sa de or ai um ano, tendo m S. Seu global da BM farmacêutico to Plavix®. am do medic en s te n te pa de ção
Qualicorp
HERÁCLITO GOMES JÚN
DIRETOR-SUPERINTEN
DENTE
IOR
O executivo irá subs tituir João Alceu Am oroso Lima, que ficou no cargo menos de um ano e anteriormente era vice-presidente da seguradora SulAm érica Saúde. Gomes deixou a pr esidência da Bradesc o Saúde depois de ter atuado por 10 anos na companhia. O seu cargo dentro da seguradora será ocupado pelo economista Marc io Serôa de Araujo Coriolano, que até en tão era diretor-gerente na Bradesco Saúde.
SÉRGIO LOPES Foto: Divulgação
Samcil
GESTOR COMERCIAL
s de Saúe comercial da Samcil Plano Sérgio Lopes é o novo gerent possui ivo lhos e Alto Tietê. O execut de para a região de Guaru or e gerente como vendedor, coordenad 16 anos na área e já atuou em outras operadoras. Planos Pesgerenciamento de vendas dos Lopes será responsável pelo do canal ção Empresa; controle e defini soa Física e Pequena e Micro inamento s e promoções de vendas; tre de vendas (corretoras); projeto e negociações comerciais. SAÚDE BUSINESS | EDIÇÃO 14 | 47
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SB | LADO B
Na bateria d Para relaxar e dar espaço à emoção, Edvaldo Sóter de Figuerôa Júnior, da Cerpo Oftalmologia, não abre mão das boas corridas de kart
Foto: Glowimages
50 | EDIÇÃO 14 | SAÚDE BUSINESS
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a do kart Não subestime a capacidade de um kart. À primeira vista o veículo é simples, com pouca estrutura metálica, motor aparente e ausência de portas e equipamentos de segurança. Ele é realmente simples, mas capaz de atingir uma velocidade enorme, proporcionando uma adrenalina imensa aos pilotos. Quem sabe muito bem disso é Edvaldo Sóter de Figuerôa Júnior, sócio-diretor da Cerpo Oftalmologia, que pratica o esporte há mais de 10 anos e coleciona inúmeras milhas rodadas. O gosto pelo kart acompanha Edvaldo desde criança, quando ia com seu pai assistir às corridas de F1 e outras do
gênero. “Sempre gostei de esportes a motor, desde moleque. Mas não procurava e também nem tinha chances. Em torno de 1995, quando começou a febre das pistas de kart indoor, comecei a ir, alugando a pista para andar por determinada hora”. Esse foi o estopim para aderir de vez à velocidade. Logo depois, juntou alguns amigos e compraram um kart para continuar a correr em provas oficiais. Em poucos anos, o médico chegou a participar em grandes provas como a de 500 milhas na Granja Viana, ao lado de pilotos como Christian Fittipaldi, Rubens Barrichello e Felipe Massa. Mesmo não sendo um profissional, as corridas, o percurso e a emoção eram as mesmas. Entre outros lugares, chegou a competir em Itu, Aldeia da Serra e Interlagos. A verdade é que tudo foi intenso como o esporte demanda – o kart é a corrida automobilística que mais se aproxima da F1. “No kart de competição, você anda no limite máximo o tempo todo”, resume. A intensidade também estava na frequência. O executivo costumava correr em baterias (corridas) todos os finais de semana e, às vezes, até durante a semana. Essas competições, como a da Granja Viana, podem levar até 12 horas de corrida. As largadas eram perto da meia noite no sábado e a corrida acabava quase ao meio dia do domingo. “Eu
acelerava o kart e meus problemas diminuam. É um momento em que você está sozinho com você mesmo e para de pensar em outros problemas”. Mas junto da simplicidade do kart estão os riscos. O veículo em alta velocidade é uma bala no gatilho e, se houver alguma titubeação ou o mínimo de imprevisto, o resultado pode ser desastroso. Um simples tocar entre dois veículos, uma batida na grade ou falhas mecânicas podem causar graves acidentes. “Cheguei a correr numa bateria onde um kart decolou e bateu, causando ao piloto fratura na vértebra, afundamento da caixa torácica e parada cardíaca”. Edvaldo começou a questionar até que ponto valia a pena se arriscar tanto nas pistas. Hoje, aos 51 anos, explica que há cerca de cinco anos parou de competir para valer. “Se eu quebrar um dedo que seja, já me prejudico em meus trabalhos de cirurgia”. Hoje com o ritmo mais leve, chega a correr de kart cerca de uma vez por mês. Ainda tem seu kart, que fica num tipo de garagem nas mãos de mecânicos que o deixam preparado para quando for preciso correr. Agora, as corridas continuam na velocidade dos bons karts de dois tempos, que podem chegar até 130km/h em linha reta, mas as baterias são mais lentas e breves, com 40 minutos de duração. Entre amigos, todos têm a preocupação de se preservar, sem perder a diversão.
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SB | LIVROS
“Eu recomendo”
J E R, C P H D
Foto: Divulgação
Esse livro retrata a biografia das pessoas que mais influenciaram a nossa história e a formação do mundo na visão do autor. O mesmo apresenta um retrato de homens e mulheres que conduziram o destino da humanidade, reunindo fatos fundamentais relativos aos maiores líderes religiosos e políticos, inventores, escritores, filósofos, artistas, exploradores e inovadores do mundo, um verdadeiro incentivo para o nosso dia a dia.
O M L N T T
F E A
Diante de tantas publicações sobre negócios, o livro foi criado para ser referência a qualquer pessoa interessada em aprofundar seus conhecimentos sobre o mundo do business. As leituras indicadas estão divididas em 20 capítulos, organizados por categorias como estratégia, liderança, vendas e marketing, além de biografias e grandes ideias. Esse guia é uma fonte de informações e interessará a qualquer um que queira descobrir livros que realmente valham seu investimento de tempo e dinheiro. Além de leituras “técnicas” o livro indica filmes, clássicos da literatura e até livros infantis que podem render insights relevantes.
Escrito em linguagem simples e objetiva, este guia prático fornece método, ferramentas e orientações com êxito comprovado para ajudar as organizações a sobreviver e ter sucesso na acirrada competição global. O livro decorre sobre os alicerces da estratégia, bem como seu conceito, os cinco passos para implementar as iniciativas da estratégia e um caso de sucesso, além de aprender quais são os problemas e obstáculos que normalmente ocorrem no processo. Contém imagens coloridas, facilitando a visualização dos conceitos, além de materiais de apoio online exclusivos, onde pode ser feito o download das ferramentas propostas no livro.
Autores: Jack Covert e Todd Sattersten Editora: Campus Número de páginas: 328 Preço sugerido: R$ 55,00
Autor: Fernando Luzio Editora: Cengage Número de páginas: 312 Preço sugerido: R$ 122,00
AS 100 M AIORES PERSONALIDADES DA H ISTÓRIA AUTOR: MICHAEL A H ART EDITORA: DIFEL NÚMERO DE PÁGINAS: 586 P REÇO SUGERIDO: R$ 69,00
R O novo livro de Jason Fried e David Hansson contraria todos os padrões. Sua lógica para o sucesso está distante de planos de negócio, estudos de competição, procura por investidores etc. Por isso talvez cause certo desconforto - provocação intencional dos autores. Eles defendem a ideia de que é preciso muito menos do que se pensa – sem ser um workaholic e ficar cheio de obrigações. Não é necessário perder tempo em relatórios e reuniões. Tudo isso, na prática, pode se tornar ameaçador para o desempenho pessoal. Energia gasta sem necessidade. O que é preciso é falar menos e agir mais. O livro mostra como ser mais produtivo neste sentido, permitindo que o leitor trilhe seu próprio caminho.
Autores: Jason Fried e David Heinemeier Hansson Editora: Crown Business Número de páginas: 288 Preço sugerido: US$ 22,00
52 | EDIÇÃO 14 | SAÚDE BUSINESS
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Pela 6ª vez consecutiva a Home Doctor é ganhadora do prêmio Top Hospitalar,como a melhor empresa de Home Care do País.
O caminho da conquista é traçado passo-a-passo com muito comprometimento. Neste caminho, tivemos a certeza que a busca contínua pela qualidade gera excelentes resultados.
Agora, temos mais uma estrela em nossa camisa. Home Doctor, Hexacampeã!
2004 - 2005 - 2006 - 2007 - 2008 - 2009
Sã o P a u l o * B a i x a d a S a n t i s t a * Campinas * Vale do Paraíba * Rio de Janeiro * Salvador w w w. h o m e d o c t o r. c o m . b r
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Especial
TOP HOSPITALAR
No dia 7 de abril, o setor de saúde conheceu os 25 vencedores da 12ª edição do Top Hospitalar. A cerimônia de entrega do prêmio reuniu mais de 400 lideranças e veio confirmar o grande reconhecimento do mercado de saúde. Confira aqui os campeões de 2009
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SB | vencedores top hospitalar 2009
Reconhecidos pelo setor
A 12ª edição do prêmio Top Hospitalar também trouxe novidades. Buscando reconhecer aquelas empresas e instituições que consideram a comunicação com o mercado estratégica e investem em ações nessa área, foi criada a categoria Melhor Comunicação com o Mercado. Outra inovação foi a categoria Indústria Nacional, voltada para a premiação de empresas de origem brasileira que fazem a diferença no setor. A eleição dos vencedores é feita em duas fases. Na primeira, 200 representantes do setor, entre diretores de associações, vencedores de edições anteriores do prêmio, administradores hospitalares e executivos, são convidados a indicar espontaneamente empresas, instituições e personalidades em cada uma das 25 categorias. Os mais votados compõem a lista tríplice que é aberta para a votação dos assinantes das revistas Fornecedores Hospitalares e Saúde Business, e do portal Saúde Business Web. Foram 1855 votos válidos, no período de três meses. Aqui você confere a reportagem com os vencedores! Autogestão
Hospital Privado
AMS - Petrobras
20,92%
Hospital 9 de Julho
16,33%
CABESP
6,49%
Hospital Copa D’or
27,70%
CASSI-Banco do Brasil
26,55%
Hospital São Luiz
27,98%
Consultoria
Hospital Público
Deloitte
23,02%
Hospital das Clínicas de SP
34,06%
IQG
12,13%
Hospital Geral de Pedreira
12,60%
Planisa
16,43%
INCOR-SP
26,24%
Cooperativa
Ind. Arquitetura, Engenharia e Construção
Unimed-Belo Horizonte
30,47%
Bross Consultoria e Arquitetura
8,88%
Unimed-Porto Alegre
13,94%
L+M Gets
16,43%
Unimed-Rio de Janeiro
16,91%
MHA Engenharia
15,00%
Home Care
Indústria de Equipamentos
Dal Ben
5,44%
GE Healthcare
25,69%
Home Doctor
23,21%
Siemens
24,93%
Pronep
11,08%
Philips
20,06%
Hospital Filantrópico
Indústria Farmacêutica
Hospital Alemão Oswaldo Cruz
12,32%
Eurofarma
25,98
Hospital Israelita Albert Einstein
32,19%
Roche
21,78%
Hospital Sírio-Libanês
26,27%
Pfizer
19,58%
56 | edição 14 | Saúde Business
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Indústria Nacional
Melhor Comunicação com o Mercado
Eurofarma
28,84%
Amil
14,80%
Fanem
17,38%
Fleury
7,35%
Mercedes IMEC
13,09%
Hcor
25,11%
Hospital São Luiz
9,83%
Totvs
15,37%
Indústria de Infraestrutura Air Liquide
16,24%
Linde
5,25%
White Martins
38,11% Indústria de Materiais
B.Braun
20,53%
BD
10,03%
Johnson & Johnson
38,68% Indústria de TI
MV Sistemas
25,33%
WPD
8,89%
TOTVS
25,91% Indústria de Serviços
Estapar
6,97%
GRSA
8,79%
Sodexo
38,11% Instituição de Ensino
Seguradora Bradesco
35,82%
Porto Seguro
17,38%
Sulamérica
22,06% Serviços Financeiros
Santander
24,26%
Bradesco
22,54%
Itaú
35,53% Sustentabilidade
Associação Congregação de Santa Catarina
14,80%
Banco Real
32,09%
Hospital Israelita Albert Einstein
23,69%
Administrador Hospitalar Charles El Odeh (Hospital 9 de julho)
7,73%
Fundação Dom Cabral
21,11%
Fábio Sinisgalli (Hospital Nossa Senhora de Lourdes)
15,18%
Fundação Getúlio Vargas
56,16%
Gonzalo Vecina Neto (Hospital Sírio-Libanês)
25,59%
Insper
2,87%
Sergio Lopez Bento (Samaritano)
13,46%
Medicina de Grupo
Empresário do Ano
Amil
50,43%
Edson de Godoy Bueno (Amil)
21,11%
Golden Cross
8,21%
Jorge Moll (Rede D´or)
27,98%
Intermédica
10,22%
Paulo Barbanti (Intermédica)
6,40%
Medicina Diagnóstica
Executivo da Indústria
Dasa
13,85%
Claudia Goulart (GE)
34,86%
Fleury
35,43%
Daurio Speranzini (Philips)
14,33%
Hermes Pardini
25,60%
Pablo Toledo (Baxter)
9,36%
* Os percentuais dos três finalistas não totalizam 100% porque os leitores podiam se abster de votar em um deles utilizando a opção “Não sei avaliar esta categoria” Saúde Business | edição 14 | 57
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SB | VeNCedoReS ToP HoSPiTALAR 2009
A SAÚDE
Autogestão fortaleceu a Estratégia Saúde da Família e ampliou o número de clínicas próprias Para a Cassi, instituição de autogestão que presta assistência à saúde, o ano de 2009 foi marcado pela expansão dos serviços. E os números comprovam: foram mais de 26 milhões de procedimentos médico-hospitalares, 817 mil atendimentos. A autogestão também focou na Estratégia Saúde da Família,ampliando o número de CliniCassi, que oferece serviços de atenção integral à saúde, de 46 para 58. Além disso, a empresa mantém o Programa de Assistência Farmacêutica,
que fornece medicamentos de uso contínuo subsidiados para 55 mil pacientes crônicos. “O diferencial está não só na quantidade, mas na qualidade dos serviços prestados”, salienta o presidente, Hayton Jurema da Rocha. Em 2010, a empresa pretende inaugurar 10 CliniCassi em oito estados, implementar serviço de Ouvidoria, aprimorar a rede credenciada e lançar o convênio firmado com a Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência de Funcionários do Banco do
Brasil e da Comunidade. Além disso, a instituição trabalha num modelo alternativo de atuação para que toda a cadeia de apoio ao beneficiário esteja do início ao fim com a autogestão. “Quando se trata de saúde tudo é muito é difícil. Mas estamos preparando algumas mudanças no sistema de atendimento de nossos usuários, como credenciamento de profissionais referenciados em todos os municípios do país”, aponta o diretor de Saúde da Cassi, Douglas Scortegagna.
Estamos preparando mudanças no sistema de atendimento de nossos usuários Douglas Scortegagna, da Cassi
Ilustração: Dedê Paiva
58 | edição 14 | Saúde BuSineSS
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Foto: Ricardo Benichio
Saúde Business | edição 14 | 59
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SB | VENCEDORES TOP HOSPITALAR 2009
I
Estratégia da consultoria trouxe um crescimento de 400% em 2009 Investimento e desenvolvimento de produtos e ferramentas no País. É desta forma que, segundo o líder de Life Sciences & Health Care, Enrico de Vettori, a Deloitte se diferencia no mercado. Para o executivo, em 2009 a consultoria passou a liderar o Life Sciences & Health Care com um só pilar, o que a posiciona como a única consultoria da América Latina a ter tal atuação, atendendo a peque-
nas, médias e grandes empresas nos setores público e privado. “Nos últimos cinco anos, dobramos o faturamento da área em cada ano, e em 2009, o crescimento foi de 400%”, comemora Enrico. Na avaliação do executivo, o crescimento está relacionado não apenas à contratação e desenvolvimento de pessoal – já que possui especialistas em capital humano com experiência em todas as áre-
as da cadeia de saúde -, mas também em estratégia, operações, TI, supply chain, etc. Em 2010, o foco do trabalho será continuar criando a base para continuar crescendo a um ritmo de 100% ao ano pelos próximos 3 anos. Prova disso é que a empresa acabou de renovar um projeto de cogestão com um hospital no Rio de Janeiro, para gerar um faturamento de US$ 3 milhões anuais.
Num período de cinco anos, conseguimos dobrar o faturamento da área em cada ano. Em 2009, o crescimento foi de 400% Enrico De Vettori, da Deloitte
Ilustração: Dedê Paiva
60 | EDIÇÃO 14 | SAÚDE BUSINESS
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Foto: Ricardo Benichio
Saúde Business | edição 14 | 61
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SB | VeNCedoReS ToP HoSPiTALAR 2009
C MARCOU O ANO DA UNIMEDBH
Empresa acrescentou 90 mil novas vidas à carteira e 13% ao faturamento Em 2009, a Unimed-BH registrou o período de maior crescimento em quase 40 anos de história. “Esse ritmo de crescimento acima da média do mercado, em um ano de crise, trouxe tranquilidade à gestão e permitiu desenvolvermos todos os projetos previstos como a entrega de um pacote de mais de R$ 100 milhões em investimentos na rede própria de serviços de saúde, que culminou na inauguração de um hospital de
250 leitos em dezembro”, explica o diretor-presidente da Unimed-BH, Helton Freitas. Para 2010, eles pretendem consolidar a operação do novo hospital; avançar no programa de qualificação da rede credenciada, buscar mais sinergia entre a rede de prestadores e os serviços próprios, qualificar a operadora e expandir os programas de promoção da saúde, com remuneração baseada em resultado.
Para a cooperativa, receber o Top Hospitalar é sinônimo de reconhecimento do mercado. “Foi o melhor ano da história da cooperativa. Houve um crescimento de 90 mil vidas em nossa carteira, aumentamos em 13% o faturamento, e distribuímos mais de R$ 140 milhões em sobras para nossos cooperados. É uma honra receber esse prêmio que é um reconhecimento do setor”, aponta o diretor Luiz Otávio de Andrade.
O ano de 2009 foi o melhor da história da Unimed-BH. Distribuímos mais de R$ 140 milhões em sobras para nossos cooperados Luiz Otávio de Andrade, da Unimed-BH
Ilustração: Dedê Paiva
62 | edição 14 | Saúde BuSineSS
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Foto: Ricardo Benichio
Saúde Business | edição 14 | 63
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19.04.10 19:42:50
SB | VeNCedoReS ToP HoSPiTALAR 2009
A
DESTAQUE DO ANO
Aperfeiçoamento da gestão também esteve na pauta em 2009 Em 2009, a Home Doctor conquistou a certificação da ONA em Nível III – Excelência, logo na primeira tentativa. “Isso ratifica que nossa gestão está alinhada aos rigorosos padrões de qualidade e segurança assistencial preconizados pelo sistema de acreditação e pelo mercado como um todo”, avalia o membro do Conselho Presidencial da Home Doctor, José Eduardo Ramão. Segundo o executivo, a empresa aperfeiçoou a gestão para, cada vez
mais, atender às necessidades dos pacientes e clientes. Além disso, continuou focado em inovar nas aplicação de modelos de gestão voltados a práticas assistenciais. “A opção pelo sistema de acreditação da ONA vem ao encontro dessa postura e foi impulsionada pela busca constante da excelência e, claro, com o objetivo de estabelecer um novo padrão de qualidade, não só no atendimento dos pacientes, mas também em toda a cadeia de
valor da saúde”, explica Ramão. Este ano, há previsão de lançamento de produtos inovadores e, ainda, a viabilização de novos modelos de negócio para o mercado. “É uma satisfação receber o prêmio pela sexta vez. Ele vem coroar um trabalho da empresa e de toda equipe. E certamente, esse será um ano de crescimento e de grande aposta nossa, tanto na área pública como privada”, enfatiza o sóciodiretor Ari Bolonhezi.
Esse será um ano de crescimento e de grande aposta nossa, tanto na área pública como privada Ari Bolonhezi, da Home Doctor
Ilustração: Dedê Paiva
64 | edição 14 | Saúde BuSineSS
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19.04.10 20:00:02
Foto: Ricardo Benichio
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19.04.10 20:00:08
SB | VeNCedoReS ToP HoSPiTALAR 2009
C
Hospital investiu R$ 101 milhões no novo modelo de filantropia O novo modelo de filantropia – baseado no Decreto 5.895/06 – implantado pelo Hospital Israelita Albert Einstein contou com investimentos de R$ 101 milhões e possibilitou o crescimento dos atendimentos na atenção primária de saúde na cidade de São Paulo. Segundo o presidente, Claudio Lottenberg, na parceria com o Programa Saúde da Família houve um crescimento de 27,9% no número de atendimentos em relação a 2008. Já nos procedimentos realizados nas AMA´s, cuja gestão está a
cargo do Einstein, o crescimento foi de 78,4% em relação ao ano passado. Para 2010, há previsão de crescimento e expansão do atendimento prestado ao serviço público através das parcerias com o governo federal, estadual e municipal, garantindo a qualidade na execução de todos os programas de parceria pública e identificar e executar novos projetos de assistência para o desenvolvimento institucional do SUS. Além disso, a instituição pretende concluir o auditório e prédio administrativo, inaugurar a unidade
de Perdizes, em São Paulo, adicionar mais 100 leitos à unidade Morumbi, iníciar a obra da nova unidade de Alphaville. Mais uma vez campeão do Top Hospitalar, o superintendente do HIAE, Henrique Neves comemora o reconhecimento. “Tem dois sentimentos: primeiro é um trabalho de um time muito grande de pessoas e estou aqui em representação do time. Por outro lado é uma responsabilidade, acho que o reconhecimento dessa excelência implica na verdade e na capacidade de manter essa qualidade.”
Acho que o reconhecimento dessa excelência implica na verdade e na capacidade de manter essa qualidade Henrique Neves, do HIAE
Ilustração: Dedê Paiva
66 | edição 14 | Saúde BuSineSS
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19.04.10 19:04:11
Foto: Ricardo Benichio
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SB | VeNCedoReS ToP HoSPiTALAR 2009
E DA EQUIPE
São Luiz projeta investimentos para 2010 Vencedor do Prêmio Top Hospitalar na categoria melhor hospital privado pela terceira vez consecutiva, o São Luiz é hoje uma rede com três unidades hospitalares, mais de 800 leitos e 11 mil médicos credenciados. Humanização, cuidado, atenção e respeito são palavras que orientam todas as atividades da equipe há anos, que conta com ajuda de tecnologia de ponta.
Para a presidente, Denise dos Santos, a conquista do prêmio reforça o valor do modelo de gestão implantado na rede São Luiz, que mantém foco nos interesses da empresa e de todos que fazem parte dela. “Esta é uma conquista de todos nós, que temos o compromisso de sempre buscar as melhores práticas. Para nós é a reafirmação de que construímos um
hospital pautado em credibilidade, o que é vital para uma empresa que trabalha em prol da saúde”, comemora a executiva. Segundo Denise, a instituição busca sempre mobilizar o colaborador para que ele se envolva diretamente na identificação dos pontos fortes do hospital e na busca de melhorias nos processos e em seu ambiente de trabalho.
O prêmio é a reafirmação de que construímos um hospital pautado em credibilidade Denise dos Santos, do Hospital São Luiz
Ilustração: Dedê Paiva
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Foto: Ricardo Benichio
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SB | VeNCedoReS ToP HoSPiTALAR 2009
A
FEZ A DIFERENÇA PARA O HC
Hospital cresceu o número de leitos e aumentou as áreas de urologia e ginecologia Em comemoração aos 65 anos, o Hospital das Clínicas da FMUSP implantou a Escola de Educação Permanente, ampliou o setor de urologia, entregou uma nova ala de ginecologia e aumentou o número de leitos. Além disso, adquiriu o Ciclotron, um equipamento capaz de detectar tumores no nível molecular. Este ano, o HC está entregando uma passarela que liga o Prédio dos Am-
bulatórios do Instituto Central do HC ao Instituto do Câncer. Há ainda a previsão de inaugurar o Centro de Imagens do Instituto de Ortopedia. “Nossa prioridade é a de sempre garantir melhorias institucionais, que vão desde as condições de trabalho adequadas aos funcionários e do atendimento humanizado aos cidadãos, até o cuidado com o meio ambiente, focado na sustentabilidade”, explica
o superintendente, José Manoel de Camargo Teixeira. “O Top Hospitalar é o reconhecimento pelo trabalho de melhoria continuada que empregamos na nossa gestão”, completa. O HC da FMUSP está em busca da excelência, baseados em modelos consagrados como o Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ) e o Prêmio Nacional da Gestão em Saúde (PNGS).
Nossa prioridade é a de sempre garantir melhorias institucionais, que vão desde as condições de trabalho até o cuidado com o meio ambiente José Manoel de Camargo Teixeira, do HC
Ilustração: Dedê Paiva
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Foto: Ricardo Benichio
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C
MERCADO CORPORATIVO
L+M Gets entregou projetos que somam mais de R$ 1 bilhão em investimentos Com 23 anos de experiência, a L+M Gets construiu mais de 1 milhão de m2 detalhados exclusivamente ao mercado da saúde. “Somos uma empresa jovem, dinâmica e sempre contemporânea”, garante a coordenadora geral de apoio, Iside Miamoto Falzetta. Segundo o gerente de desenvolvimento, Lauro Miquelin, em 2009, a empresa entregou um estoque de projetos que apontam para investi-
mentos de R$ 1,4 bilhões dos empreendedores da Saúde nos próximos anos. Além disso, administrou empreendimentos, - entre obras, equipamentos e tecnologias - de clientes da saúde que somam R$ 120 milhões. Ainda ano passado, a empresa consolidou a atuação no mercado corporativo , ampliou os serviços para Unimeds, ultrapassando o número de 60 cooperativas já atendidas em
todo o Brasil, criou soluções de design específicas para o mercado de clínicas de até 300 m2 e, ainda, reforçou o conceito de ‘construir saúde’ para apoiar Organizações Sociais em projetos e execução de empreendimentos. “Em 2010, trabalharemos para projetar, viabilizar o financiamento, construir, equipar e manter empreendimentos de saúde ‘como se eles fossem aviões’”, avisa Miquelin.
Somos uma empresa jovem, dinâmica e sempre contemporânea Iside Falzetta, da L+M Gets
Ilustração: Dedê Paiva
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Foto: Ricardo Benichio
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E
FEZ A DIFERENÇA
Investimento em fábrica nacional reforça estratégia da empresa para a América Latina O marco da GE em 2009 foi o anúncio da estratégia global denominada Healthymagination, que prevê investimentos de US$ 6 bilhões durante os próximos cino anos para o desenvolvimento de inovações na área da saúde.A iniciativa tem como meta reduzir em 15% o custo de procedimentos e processos; aumentar em 15% o acesso das populações a
serviços e tecnologias, alcançando 100 milhões de pessoas a mais a cada ano; e melhorar em 15% a qualidade e eficiência para clientes, simplificando e refinando os procedimentos de saúde e padrões de cuidado. Este ano, acontece a inauguração da fábrica da GE em Contagem, Minas Gerais, cujo investimento foi de US$
50 milhões no primeiro semestre. “Investimos em tecnologias inovadoras, que garantem diagnósticos mais precisos e precoces, o que resulta em mais segurança para médicos e radiologistas, e mais saúde e qualidade de vida aos pacientes”,explica a presidente da GE Healthcare para América Latina, Claudia Goulart.
Investimos em tecnologias inovadoras, que garantem diagnósticos mais precisos e precoces Claudia Goulart, da GE Healthcare
Ilustração: Dedê Paiva
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Foto: Ricardo Benichio
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P GESTÃO
White Martins investirá em novos serviços em 2010 Apesar das incertezas da economia em 2009, a White Martins não mediu esforços para continuar investindo na confiabilidade de seus produtos e serviços e na capacitação de sua equipe. A empresa lançou linhas de produtos e trabalhou incessantemente pela satisfação plena dos clientes. Uma prova desse comprometimento foi a implementação da ferramenta NEO - Nova Excelência
Operacional - uma iniciativa pioneira da White Martins no mercado de gases que avalia a qualidade do atendimento todas as vezes que algum funcionário da empresa interage com o cliente. “Temos o know-how de uma empresa que atua com excelência no Brasil há 98 anos e uma equipe qualificada e comprometida que busca sempre, da melhor forma possível, atender as ne-
cessidades de nossos clientes”, garante o diretor de desenvolvimento de negócios medicinais, Jorge Reis. A expectativa para 2010 é continuar investindo em novos produtos e serviços, novas unidades de produção e novos projetos que visam atender a demanda do mercado dos hospitais do país como, por exemplo, o processo de medicalização de gases.
Temos o know-how de uma empresa que atua com excelência no Brasil há 98 anos e uma equipe qualificada e comprometida Jorge Reis, da White Martins
Ilustração: Dedê Paiva
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Foto: Ricardo Benichio
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N
PAUTARAM A JOHNSON & JOHNSON
Empresa investiu num instituto de inovação, primeiro da América Latina Em 2009, a divisão Medical Devices & Diagnostics da Johnson & Johnson do Brasil registrou um crescimento bastante satisfatório em relação ao ano anterior. A empresa avançou na implementação de novas estratégias de negócios, lançou produtos, e iniciou o planejamento para integrar a Mentor Inc. - líder no mercado de produtos para Cirurgia Plástica estética e reconstrutiva. Além disto, finalizou a construção do Johnson & Johnson Medical Innovation Institute, o primeiro da América Latina,
inaugurado em fevereiro, em São Paulo. O objetivo é oferecer a médicos, enfermeiros, técnicos, administradores hospitalares e de planos de saúde os mais modernos treinamentos em equipamentos médicos e procedimentos diagnósticos. A previsão é que 4 mil desses profissionais já sejam treinados este ano. Em 2010, a empresa continuará focada em fortalecer o negócio no mercado de saúde e, principalmente, em dar prosseguimento e solidificar ainda mais a parceria que tem com os clientes, sem-
pre alinhados aos valores do Credo da Johnson: buscar ser referência em tudo que faz e, tocar mais vidas a cada dia, em todo o Brasil. Para o chefe executivo de saúde corporativa da empresa, Alexandre Peixoto, o prêmio vem coroar o trabalho realizado. “Na verdade é um prazer receber o prêmio, que representa um reconhecimento do esforço e trabalho da equipe, sempre visando o paciente no final. Com isso a gente tenta gerar e agregar valor em toda nossa cadeia de serviço.”
Na verdade, é um prazer receber o prêmio, que representa um reconhecimento do esforço e do trabalho da equipe Alexandre Peixoto, da Jonhson & Johnson
Ilustração: Dedê Paiva
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Foto: Ricardo Benichio
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C
Empresa foca em consolidação de soluções globais No sentido contrário à crise, ocorrida no ano passado, a Sodexo conseguiu fechar grandes novos contratos em todo o território nacional e gerou novos postos de trabalho. Na opinião da diretora dos segmentos saúde e educação, Ana Cristina Coleti, essa conquista, e o saber aproveitar as oportunidades em meio a um período de muito trabalho, cautela e apreensão mundial, representa o empenho da equipe Sodexo em gerar oportunidades e soluções não só adequadas como ino-
SODEXO
vadoras, sem perder o foco na excelência e geração de qualidade de vida aos colaboradores de nossos clientes. “O prêmio representa toda a dedicação de nossos colaboradores em oferecer serviços de alta qualidade”, comemora. Para a Sodexo, 2010 será um período de consolidação e crescimento por meio de soluções globais de serviços que vêm de encontro com o excelente momento do mercado brasileiro. “Com a chegada de novas empresas no país e com os planos de expansão
de companhias nacionais, a Sodexo tem como proposta gerar qualidade de vida e oferecer soluções customizadas de acordo com o perfil de cada cliente”, completa a executiva. Ao receber o prêmio mais uma vez, a Sodexo comemorou o reconhecimento. “A Sodexo fica feliz em receber um prêmio como esse. É um grupo muito forte e esse prêmio vem reconhecer esses 30 anos de esforço no Brasil”, pontuou o gerente comercial de saúde, Sérgio Caires.
A Sodexo é um grupo muito forte e o prêmio vem reconhecer esses 30 anos de esforço no Brasil Sérgio Caires, da Sodexo
Ilustração: Dedê Paiva
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Foto: Ricardo Benichio
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A INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS
A Totvs foca em consolidação na cadeia de saúde A Totvs se consolidou como um dos principais fornecedores de solução para o setor de saúde em 2009. Foram firmadas parcerias estratégicas e conquistadas contas importantes e de referência no segmento. Com mais de 500 clientes no setor, recebeu novas versões dos produtos com alta tecnologia e diferenciação. Além disto,
disponibilizou a oferta de Operador Administrativo, com serviços de valor agregado (infraestrutura, BPO, educação e Service Desk) e consultoria, com o objetivo de apoiar seus clientes no uso de suas soluções. Com foco em atender toda a cadeia de saúde, a Totvs aposta na integração de sistemas para atender aos clientes. Se-
gundo o diretor do segmento saúde, Gerson Gensas a empresa continuará investindo em soluções de software, serviços de valor agregado e consultoria especializada. “Traremos ao mercado novos módulos, novos recursos e serviços, traduzidos em uma inovação tecnológica de alto valor agregado para os clientes”, afirma Gensas.
Traremos ao mercado novos módulos, novos recursos e novos serviços, traduzidos em inovação tecnológica Gerson Gensas, da Totvs
Ilustração: Dedê Paiva
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Foto: Ricardo Benichio
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C
Eurofarma estreou no Top Hospitalar levando dois prêmios Enquanto o mercado farmacêutico cresceu 14% em 2009, segundo a auditoria do IMS, a Eurofarma cresceu 23%. A área de Prescrição Médica foi responsável por cerca de 62% do total de vendas brutas da empresa e se destacou pelo lançamento de 17 medicamentos de marca. O desempenho da Unidade de Negócios registrou 22% de crescimento em vendas, com mais de 50 milhões de unidades comercializadas. Já a Unidade Hospitalar foi responsável por 13% do total de vendas.
Segundo a diretora de sustentabilidade e novos negócios, Maria Del Pilar Muñoz, muitas ações podem ser citadas como destaque para o desempenho da empresa, como a confirmação da aquisição da Quesada, laboratório argentino, dando início ao processo de internacionalização. “Nossa meta é cobrir, até 2015, 90% do mercado latino-americano”, prevê Maria. Entre os próximos projetos está uma compra internacional, manter o investimento contínuo em P&D (com
destaque para as pesquisas para o lançamento da vacina para o combate ao câncer de pulmão) e a busca de novas licenças. O prêmio duplo foi motivo de comemoração para a companhia. “A alegria é em dobro em ter esse reconhecimento. É nosso primeiro ano e começamos em grande estilo, fruto do trabalho de toda equipe da Unidade Hospitalar da Eurofarma”, destacou a gerente de produtos, Tatiane Manotti.
A alegria é em dobro em ter esse reconhecimento. É nosso primeiro ano e começamos em grande estilo Tatiane Manotti, da Eurofarma
Ilustração: Dedê Paiva
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19.04.10 20:02:26
Foto: Ricardo Benichio
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FGV
INSTITUIÇÃO DE ENSINO
Parcerias e novos cursos estão no foco da instituição Criada em 1954, pelo esforço conjunto do governo e do empresariado brasileiro, com a colaboração da Michigan State University, a Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP) vem continuamente investindo esforços para atender às demandas das comunidades acadêmica e empresarial, criando e implementando novos cursos e serviços em diversos setores. No ano passado, a instituição deu início aos Mestrados Profissionais em Gestão e
Políticas Públicas e em Gestão Internacional. Desde 2000, a FGV-Eaesp passou a fazer parte das instituições de ensino no mundo que possuem os mais importantes credenciamentos internacionais, tornando-se a primeira da América Latina a possuir três acreditações internacionais de qualidade de ensino e pesquisa: The Association to Advance Collegiate School of Business (AACSB International), Equis (da European Foundation of Management Development) e Association of MBAs (Amba).
O intercâmbio também é um dos diferenciais da instituição. Por meio das parcerias com mais de 50 universidades em todo o mundo, os alunos podem fazer parte do curso no exterior sem pagar taxa extra. A FGV comemorou a conquista. “Nós ficamos muito felizes, pois estamos há muitos anos desenvolvendo a área de ensino em administração hospitalar”, ressaltou o coordenador do curso de auditoria em saúde, Álvaro Escrivão Júnior.
Estamos há muitos anos desenvolvendo a área de ensino em administração hospitalar Álvaro Escrivão Júnior, da FGV
Ilustração: Dedê Paiva
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19.04.10 19:26:16
Foto: Ricardo Benichio
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SB | VeNCedoReS ToP HoSPiTALAR 2009
A
MARCOU O ANO DA AMIL
Operadora tornou-se a maior empresa do segmento, responsável por 10% do mercado No final do ano passado, a Amil celebrou a compra da Medial Saúde. Com a aquisição, somou 5 milhões de beneficiários no país, e tornou-se a maior rede credenciada, segundo a ANS. A Amil possui, sozinha, mais de 10% do mercado brasileiro de planos e seguros de saúde. São 5,2 milhões de beneficiários, um milhão a mais do que a vice-líder do setor. Em 2009, tornou-se a maior empresa de saúde privada da América Latina.
“Mesmo frente a crises econômicas, a operadora conseguiu manter seu bom gerenciamento e manteve a sinistralidade equilibrada, gerando maior confiança e credibilidade no mercado, sem onerar os seus clientes”, comenta o gerente de relacionamento, Claudio Tafla. Segundo o executivo, o objetivo é continuar a liderar o mercado de saúde complementar, mantendo o compromisso com a excelência e a trans-
parência, criando relacionamentos de valor com clientes, colaboradores, fornecedores, acionistas e sociedade, sempre acreditando que a ética gera a sustentabilidade dos resultados positivos para o negócio. “Para nós é uma honra ter esse reconhecimento do mercado, que é resultado de um trabalho duro, de 30 anos de história”, comemorou o diretor da Amil, Paulo Marcos Senra Souza.
Para nós é uma honra ter esse reconhecimento do mercado, que é resultado de 30 anos de história Paulo Marcos Senra Souza, da Amil
Ilustração: Dedê Paiva
88 | edição 14 | Saúde BuSineSS
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19.04.10 18:30:41
Foto: Ricardo Benichio
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19.04.10 18:30:49
SB | VeNCedoReS ToP HoSPiTALAR 2009
A MARCOU O ANO DO FLEURY
Empresa já planeja investimentos para 2010 O ingresso no mercado de capitais, juntamente com a aquisição do Laboratório Weinmann - a maior empresa de medicina diagnóstica de Porto Alegre -, foram, na opinião do presidente do Grupo Fleury, Mauro Figueiredo, grandes conquistas da empresa no ano passado. Somando a isso, o grupo empreendeu iniciativas que permitiram continuar o processo de crescimento orgânico, entre elas a inauguração da Unidade Itaim, sob a marca Fleury Medicina e Saúde. No âmbito da inovação, o Fleury foi
a primeira empresa privada brasileira a realizar o exame para a detecção do vírus H1N1. “Possuímos um conjunto de diferenciais que nos torna referência nos mercados nacional e internacional”, comemora o executivo. Desta forma, em 2010, o grupo pretende continuar diversificando seus negócios, proporcionando aumento progressivo da representatividade dessa unidade de negócio nos seus resultados. “Acreditamos que a linha de negócio gestão de doenças crônicas apresenta significati-
vo potencial de crescimento, pois permite que operadoras de planos de saúde e empresas contratantes reduzam seus custos com saúde”, aposta Figueiredo. Tantas novidades resultaram no reconhecimento do mercado. “É uma emoção. O trabalho é árduo, o ano é longo. É uma luta de um ciclo maior do que a gente gostaria, e isso é um reconhecimento que vem coroar o esforço de mais de 800 colaboradores”, relatou o diretor de Diagnóstico por Imagem do Fleury, José Marcelo Oliveira.
É uma emoção receber o prêmio. O trabalho é árduo, o ano é longo. É um reconhecimento que vem coroar o esforço José Marcelo Oliveira, do Fleury
Ilustração: Dedê Paiva
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Foto: Ricardo Benichio
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SB | VENCEDORES TOP HOSPITALAR 2009
A
DESTACARAM O HCOR
Instituição aposta em diferentes veículos de comunicação Concorrente na nova categoria do Top Hospitalar, o HCor venceu como Melhor Comunicação com o Mercado. A instituição, que tem na comunicação uma estratégia de posicionamento com o mercado, comemorou o reconhecimento. “São produzidas comunicações periódicas com informações sobre prevenção da saúde como também de produtos e serviços do hospital, utilizando os mais diversos meios de comunicação além do relacionamento constante com a imprensa por meio de divulgações de produtos, serviços, ações, projetos institucionais, eventos e cursos”,
destaca o superintendente médico de relações institucionais, Luiz Henrique de Almeida Mota. Em 2009, o HCor inaugurou o edifício interligado ao prédio principal, somando 5,2 mil m² ao complexo hospitalar, com 31 novos apartamentos de hospital dia. Ampliou também a área de atendimento na ortopedia e medicina esportiva além do serviço de reabilitação ortopédica/fisioterapia e inaugurou o Instituto do Joelho e o Centro de Ensino, Treinamento e Simulação. Além disso, por meio do Instituto de Ensino e Pesquisa HCor,
coordenou o maior estudo clínico da história na área de prevenção de nefropatia induzida por contraste. Neste ano, a instituição iniciou a construção de dois novos prédios, cuja inauguração está prevista para o final de 2011 e, ainda, firmou parceria com o Ministério da Saúde para a melhoria da qualidade assistencial do SUS. O objetivo é fornecer uma segunda opinião por meio da telemedicina na interpretação de eletrocardiogramas realizados nas ambulâncias do SAMU. “A meta é expandir essa tecnologia para todas as 147 centrais de regulação do SAMU”, explica.
São produzidas comunicações periódicas com informações sobre prevenção de saúde e também sobre os serviços do Hospital Luiz Henrique Mota, do HCor
Ilustração: Dedê Paiva
92 | EDIÇÃO 14 | SAÚDE BUSINESS
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20.04.10 16:40:55
Foto: Ricardo Benichio
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19.04.10 18:32:44
SB | VeNCedoReS ToP HoSPiTALAR 2009
M
ARROJADAS
Com crescimento significativo e sob nova gestão, a Bradesco Saúde se prepara para aumentar a carteira Apesar da crise econômica mundial em 2009, que teve reflexos na redução da atividade econômica aqui no Brasil e no ritmo de contratação das empresas, a Bradesco Saúde cresceu 7%, na carteira. Nesse mesmo período, houve significativo aumento da rede referenciada e prestadores de serviços de saúde. Líder do segmento de seguradoras de saúde e com posição de destaque no mercado suplementar, a Bradesco possui 2,6 milhões de
segurados, ao que se somam os mais de 1,5 milhão de segurados dos produtos Bradesco Dental. Segundo diretor-presidente da Bradesco Saúde e Mediservice, Marcio Serôa de Araujo Coriolano, o compromisso é superar o desempenho de 2009, quando foi incorporado cerca de 255 mil novas vidas do Saúde e 252 mil Dental. “Também temos metas arrojadas para as áreas operacionais, incluindo fortes investimentos em sistemas de
dados que ampliem as informações estruturadas para os clientes corporativos”, conta o executivo. Para o superintendente comercial da seguradora, Giancarlo Pereira, a conquista do prêmio veio ratificar o envolvimento da equipe. “Essa conquista reflete o compromisso de todos os colaboradores com os resultados, e ao longo deste ano, continuaremos focados em manter a excelência em nossos serviços”, aponta.
Essa conquista reflete o compromisso de todos os colaboradores com o resultado da companhia Giancarlo Pereira, da Bradesco Saúde
Ilustração: Dedê Paiva
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19.04.10 18:25:52
Foto: Ricardo Benichio
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19.04.10 18:26:00
SB | VeNCedoReS ToP HoSPiTALAR 2009
E ENTREGAR
Banco Itaú foca em personalização de solução e busca crescimento na área de saúde Em 2009, em pleno processo de fusão das equipes e processos, o Itaú Unibanco realizou a identificação de melhores práticas de cada instituição, o que deu origem a uma estrutura ainda mais robusta de atendimento a clientes empresariais, com um olhar mais atento aos diferentes nichos de negócio, entre eles, o de saúde. Como resultado dessa estratégia, foram desenvolvidos produtos e serviços diferenciados, como a personalização da cobrança de servi-
ços médicos e o aumento da oferta de linhas de crédito para o financiamento de equipamentos. Segundo a diretora de Produtos Empresariais do Itaú Unibanco, Sandra Boteguim, o banco investe continuamente no conhecimento aprofundado do negócio do cliente, o que o ajuda a desenvolver soluções compatíveis com as particularidades de cada área de atuação.”Assim, contribuímos para otimizar recursos e ampliar os ganhos financeiros, tornan-
do-nos parceiros do desenvolvimento de nossos clientes”, explica Sandra. Para este ano, o Itaú prevê a expansão da área de relacionamento com as empresas de saúde, buscando ampliar soluções em linha com as necessidades de cada cliente. “Em 2010, a gente pretende expandir a área, fazer novos negócios, tentar entender cada um dos players do setor e trazer melhores soluções para cada um deles”, enfatiza Mariana Morato, da diretoria de Produtos Jurídicos do Itaú.
Em 2010, a gente pretende expandir a área, fazer novos negócios e trazer soluções que atendam cada player do setor Mariana Morato, do Itaú
Ilustração: Dedê Paiva
96 | edição 14 | Saúde BuSineSS
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19.04.10 18:34:52
Foto: Ricardo Benichio
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SB | VeNCedoReS ToP HoSPiTALAR 2009
R SUSTENTÁVEIS
Grupo Santander investiu mais de 120 milhões de euros em sustentabilidade As relações com os grupos de interesse: clientes, acionistas, funcionários e a sociedade, assim como a proteção do meio ambiente e, em especial, a colaboração com as Universidades, fazem parte da estratégia do Banco Real, pertencente ao grupo Santander, há anos e contribuem para que a insituição seja uma empresa com vocação de futuro.
Para se ter uma ideia, apenas em 2008, foram investidos na área mais de 126 milhões de euros. De acordo com a a superintendente de desenvolvimento sustentável do Grupo Santander, Linda Murasawa, sustentabilidade é uma estratégia para o desenvolvimento da sociedade. “O setor de saúde é primordial, porque sem saúde e
sem educação nosso país não vai se tornar sustentável. E, a cada dia que passa, esse desenvolvimento para nós torna-se mais importante”, diz a executiva. Para Linda, a conquista do prêmio foi um reconhecimento muito importante, afinal, “é bom saber que nossos clientes e parceiros enxergam todo o trabalho que estamos fazendo.”
O setor de saúde é primordial, porque sem saúde e sem educação nosso país não vai se tornar sustentável Linda Murasawa, do Santander
Ilustração: Dedê Paiva
98 | edição 14 | Saúde BuSineSS
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19.04.10 19:57:46
Foto: Ricardo Benichio
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SB | VeNCedoReS ToP HoSPiTALAR 2009
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PESO
À frente da GE Healthcare, Claudia Goulart fez a unidade de DI da empresa crescer e assumiu grandes desafios Natural de Belo Horizonte, Claudia Goulart é formada em Economia pela Universidade Federal de Minas Gerais e pós-graduada em Psicologia pelo CEMPE-MG. Já trabalhou no IG, Citigroup, Butler Mfg Co. e Ferrovia Centro Atlântica. Claudia iniciou sua carreira na GE em janeiro de 2003 como Gerente Regional para o Brasil da divisão de Diagnóstico por Imagem. No ano seguinte,
tornou-se gerente geral da mesma área, e em 2008 chegou à presidência da GE Healthcare para a América Latina, cargo que ocupa hoje. Segundo a executiva, o maior desafio é liderar numa região que tem a complexidade como uma de suas principais características. Composta por 35 países independentes, com diferentes leis, realidades econômicas e moedas, além de sistemas de saúde específicos em cada
país, a América Latina demanda, antes de mais nada, flexibilidade, agilidade, expertise e diversidade. Desde 2004, quando foi indicada para o posto de gerente geral de Diagnóstico por Imagem (DI) para a América Latina, Claudia e sua equipe acumularam uma série de realizações, que incluem crescimento de 100% no tamanho dos negócios de DI, alcançado em 2007.
O maior desafio é liderar numa região que tem a complexidade como uma de suas principais características Claudia Goulart, da GE Healthcare
Ilustração: Dedê Paiva
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19.04.10 19:40:26
Foto: Ricardo Benichio
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SB | VENCEDORES TOP HOSPITALAR 2009
G V
ADMINISTRADOR
Há cinco anos como superintendente corporativo do Hospital Sírio-Libanês executivo celebra uma carreira de grandes conquistas À frente da administração do Hospital Sírio-Libanês há cinco anos, o médico sanitarista e superintendente corporativo e diretor de filantropia, Gonzalo Vecina Neto, graduou-se pela Faculdade de Medicina de Jundiaí e fez mestrado em administração de empresas, concentração de Saúde pela EAESP/FGV. Além disso, atuou como secretário municipal de Saúde de São Paulo, entre 2003 e 2004, Secretário Nacional da Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde e
foi diretor presidente da Anvisa. A experiência adquirida durante a gestão pública é aplicada hoje na administração do hospital filantrópico. Em seus projetos, o Hospital Sírio-Libanês não faz distinção de tratamento para pacientes encaminhados pela rede pública, seja em acomodação, equipe médica ou uso da tecnologia. Entre as principais metas está a transferência de conhecimento e tecnologia para o Sistema Único de Saúde, por
meio da qualificação e treinamento da rede pública, visando levar a todo o país a medicina de ponta que hoje exerce em São Paulo. Para o executivo, o prêmio valorizou sua atividade. “Todos os concorrentes tinham condição e conheço o que fazem. O administrador tem uma vida ingrata, porque é sempre lembrado pelos erros e nunca pelos acertos. Por isso é que é bom ter esse sentimento de reconhecimento.”
O administrador tem uma vida ingrata, porque é sempre lembrado pelos erros. Por isso que é bom esse reconhecimento Gonzalo Vecina, Hospital Sírio-Libanês
Ilustração: Dedê Paiva
102 | EDIÇÃO 14 | SAÚDE BUSINESS
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Foto: Ricardo Benichio
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19.04.10 18:59:44
SB | vencedores top hospitalar 2009
Visão
Estratégica
Buscando investir em áreas estratégicas, o empresário Jorge Moll criou um dos maiores grupos hospitalares do País e planeja ampliá-lo Formado em 1969 pela Faculdade Nacional de Medicina do Brasil e mestre em cardiologia pela UFRJ, Jorge Neval Moll, fundou, em 1977, no Rio de Janeiro, a Cardiolab – empresa inovadora na área de diagnóstico por imagem. O sucesso deste empreendimento levou a abertura de novas unidades Labs, de diagnóstico, por imagem e laboratório, em todo o Rio de Janeiro e, mais tarde, em 1998, a abertura do primeiro Hospital D’Or – O Hospital Barra D´Or, na Barra da Tijuca, também na capital carioca. Atualmente, a Rede D’Or e formada por mais de 46 unidades Labs D’Or, quatro Hospi-
tais D’Or e 13 Hospitais Associados (Rio de Janeiro, Recife e São Paulo), cuja gestão é compartilhada. Em abril foi anunciada a compra do Hospital e Maternidade Brasil, em Santo André. Além de empresário, Moll ocupou posições de destaque em instituições importantes, como o departamento de Ecocardiografia e o departamento de Cardiologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Além disso, o executivo foi membro da Faculdade de Cardiologia Americana e do Instituto de Pesquisa Cardiovascular da Universidade da Califórnia.
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Saúde Business | edição 14 | 105
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Foto: Ricardo Benichio
SB | hot spot
Alberto Leite Alberto Leite é Diretor Executivo e Publisher da IT Mídia S.A
Quase lá Conheço muitas pessoas que “quase” chegaram lá. Não sei se você, caro leitor, as reconhece, mas são aquelas que fizeram milhões de coisas na vida, sempre “quase” chegando lá. Quando digo lá, refiro-me ao sucesso, que pode ser medido por autorrealização ou reconhecimento público. Ainda não estou falando de dinheiro. Por conta disso tenho aprendido que mais vale ser muito bom em algo do que “quase” bom em um montão de coisas. Tenho provas do que falo. Recentemente, numa conversa com um grupo de indianos responsáveis por um projeto intitulado ibrics, falamos sobre a gestão dos picos na Índia. Como funciona isso? O governo indiano, preocupado com toda a infraestrutura que possuía, além dos serviços que praticava e o nível percebido por seus produtos fora do país, decidiu adotar a gestão de picos. Focouse num primeiro momento no mercado de tecnologia, em especial a terceirização de mão-de-obra. Num segundo momento, o foco foi o mercado farmacêutico. Sem dúvida, o mundo reconhece a Índia por sua notoriedade em 2 ou 3 segmentos. Com isso a atenção voltada ao país
trouxe melhorias em todos os segmentos. O Brasil adotou essa estratégia, mesmo que sem pensar nela, nos últimos anos. O Brasil é reconhecido no mundo por sua competitividade nos setores de oil and gas e banking. Em nossas organizações da saúde vejo a mesma coisa acontecendo. Vejo inúmeras organizações procurando serem boas em várias tecnologias, serviços, produtos e sempre chegam “quase lá”. Aquelas que adotam o foco em poucos ou mais selecionados serviços ganham notoriedade. Um dia desses também reencontrei no Twitter o cantor dos anos 80, imortalizado pela sua clássica canção “Menina Veneno”. Ritchie era seu nome de guerra na época. Está bem, com negócios sempre indo muito bem. Esportistas após uma longa e boa carreira, dedicando-se a outros negócios irão bem. Músicos idem. Por quê? Porque chamam a atenção para si por sua reconhecida capacidade de criar algo e não o “quase algo”, sendo imensamente recompensados pela sociedade. Tenho amigos assim e fico feliz que tenham essa capacidade de transformar uma ideia em produto, serviço ou negócio.
A gestão de picos pode ser feita de forma simples. Num primeiro momento você precisa descobrir, considerando seu públicoalvo, quais são suas competências percebidas no mercado. Em seguida, aquelas que eles querem perceber. Muitas vezes temos muito a dar, mas as pessoas querem outras coisas. Aí a conta não fecha. Em terceiro, temos que criar um plano de ação para potencializar aqueles pontos que devem ser percebidos como melhores e minimizar aqueles que devem ser esquecidos. Com isso em mãos, atacamos de um a três pontos, somente. Em um tempo inferior a um período (no caso de empresas 1 a 3 anos), você notará uma mudança sutil na forma como você é percebido por sua comunidade. Simples assim. Nessa história, facilmente conseguiremos lembrar de pessoas célebres e que tornaram-se referências em áreas como ciência, medicina, história, cinema, e que só a conquistaram por um fator bastante simples: gestão de picos, nada mais que isso. Sem isso, seriam pessoas simples que “quase” chegaram lá.
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