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À Universidade e o fotojornalismo

João Rangel

O ensino do Fotojornalismo nas Universidades merece uma reflexão séria e responsável por parte de professores e alunos quanto a importância da imagem no jornalismo e anecessidade dessa informação para todos os profissionais, quer atuem no texto, na imagem ou áreas multimídias do mercado.

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À fotografia é elemento da notícia e uma parte do trabalho nos veículos de imprensa. O enfoque dado a este aprendizado nos Cursos de Comunicação Social mantém, muitas vezes, o fotojornalismo distante dos alunos, revelando a mesma falta de integração comum entre os setores nas redações.

O MEC exige a instalação de laboratório e fornecimento de equipamento fotográfico 35mm completo aos alunos. A minha experiência acadêmica na UnitauUniversidade de Taubaté (onde estudei e hoje sou professor de Fotojornalismo e Editor de Fotografia dos veículos laboratoriais, jornal Comunitau e revista Oficina de Reportagem ) indica que apesar do acesso à técnica, são poucos aqueles que realmente se especializam em fotojornalismo. Nos últimos anos, apenas cinco jornalistas formados pela

Universidade seguiram na função de repórter fotográfico. A resposta pode estar no estímulo aos estudantes.

O descaso ou ignorância da maioria dos alunos em relação à necessidade da fotografia no jornalismo, traz graves prejuíz s para a formação de futuros profissionais. Não são raros os casos em que o jornalista recém-formado volta à ensino dessa disciplina, uma edição do Comunitau - apesar de impressanão foi distribuída, pois faltavam créditos nas fotografias e a imagem da primeira página foi usada sem autorização do autor. À solução encontrada pela equipe de professores editores foi barrar sua distribuição. Publicamos uma retratação na edição seguinte e reunimos os alunos

Outra ação que está dando resultado é o trabalho desenvolvido com os alunos do quarto ano na revista-laboratório Oficina de Reportagem . Na publicação, cada estudante faz o textoe a foto de sua matéria. À execução da pauta fotográfica não é obrigatória. Entretanto, o aluno que se dispõe a executá-la recebe uma pontuação maior. O produto final é avaliado de acordo com a qualidade e aspectos técnicos apresentados. Apesar de ser um veículo novo, a experiência com a revista é bastante animadora: mais da metade dos alunos da última turma, se dispuseram a escrever e fotografar.

Maurilo Clareto apresenta a palestra Fotojornalismo para alunos da Unitau. faculdade para pedir orientação e cursos de extensão em fotografia, pois encontrou um mercado competitivo, no qual é exigência a versatilidade e o conhecimento técnico e prático da edição de imagens. Ai está o fotojornalismo que devemos valorizar na Universidade.

Como exemplo da mudança de tratamento que estamos aplicando ao para discutir a questão. O prejuízo não pôde ser totalmente reparado pois o jornal já estava impresso. Mas evitou-se que, mais uma vez, por descuido de estudantes, professores e editores, a ética e a legislação fossem desrespei-tadas em função do cumprimento de um cronograma de fechamento do jornal. Acredito que todos aprenderam com episódio.

ASSOCIAÇÃO DE REPÓRTERES FOTOGRÁFICOS E CINEMATOGRÁFICOS DO ESTADO DE SÃO PAULO - ARFOC-SP

Rua Rego Freitas,530 sobreloja Vila Buarque São Paulo SP

Edital De Convoca O

A Arfoc convoca seus associados para uma Assembléia Geral Ordinária a ser realizada em nossa sede social e auditório do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, à Rua Rego Freitas,530 sobreloja, em primeira convocação às 20 horas do dia 20 de Dezembro 1999 e, em segunda convocação, com qualquer número de presentes, para tratar dos seguintes assuntos: Alteração do Estatuto Social; 2 Processo Eleitoral e 3 Assuntos de Interesse Geral.

São Paulo, 20 de Novembro de 1999

José Vidal Tupinambá

Cavalcante Presidente ria diferente, todos os dias, com emoção, que prenda leitor e o faça retornar às bancas de jornais no dia seguinte, não é tarefa fácil. Os repórteres fotográficos do LANCE! tentam, diariamente, fazer tudo o que Hito acima.

Atuando com qualidade no ensino do fotojornalismo, podemos incentivar cada vez mais a formação de bons profi sionais em todas as áreas. Partindo de um aprendizado renovado, podemos dizer que a exigência da formação superior para o exercício da função de repórter fotográfico, seja uma das medidas necessárias para a elevação do nível profissional da categoria e a direta valorização dos que trabalham com a imagem na imprensa.

Maurilo Clareto

Ss gostaria de opinar sobre assuntos que conheço muito bem. Mas não posso deixar de falar sobre coisas que me afligem. E me afetam. A mim e a todos nós, que vivemos a realidade cotidiana da reportagem fotográfic

Noto uma padronização, uma tendência à pasteurização da imagem, ao confinamento da produção fotográfica a um padrão inventado por não sei quem, trazido não sei de onde, para a realidade diária do nosso ofício. Uma armadura que coloca o repórter fotográfico no papel de produtor de imagens pré-concebidas, com luzes prédirigidas... enfim uma fotografia realizada dentro de um gabarito. Um enlatado, para o consumo de um leitor já aborrecido, já viciado.

Devo dizer que, felizmente, ainda não percebo isso no meu dia-a-dia. Trabalho em jornal e, até pelo

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