O poder DA da notícia O PODER NOTÍCIA
ntes dos satélites, da TV a cabo, dos canais de notícias 24 horas, da internet e das centenas de revistas e jornais, o povo americano procurava um homem para conseguir informações: Walter Winchell (Stanley Tucci). Mais de 55 milhões de pessoas ouviam seu programa semanal de rádio ou liam sua coluna diária, transformando-o no jornalista mais poderoso e temido de todos os tempos. Buscando uma nova forma de atingir o público comum, ele decidiu informar seus ouvintes e leitores sobre os segredos dos ricos e famosos – alterando para sempre as regras do jornalismo mundial. Por mais de 30 anos, Winchell utilizou seu poder de comunicação como nenhum outro, explorando a vida particular de pessoas públicas sem se importar com as conseqüências. A história de Winchell foi para o cinema, no filme O poder da notícia (1998) que narra a ascensão do jornalista, a partir dos anos 20 até o final da Segunda Guerra, e seu declínio a partir dos anos 50. Enquanto Winchell limitava-se a colocar no ar e no jornal as fofocas sobre os ricos, tudo corria bem. Com o início da guerra, o jornalista viu-se obrigado a tratar de política. E começou a massacrar Hitler. O dono do jornal não gostou, porque tinha interesses a defender, e passou a censurar um homem que sempre falou o que quis. Ele era, inclusive, muito bem quisto pelo presidente da república, Franklin Roosevelt. Em um dos encontros entre os dois, Roosevelt previu a chegada de Hitler. O diálogo pode não ter acontecido, mas ilustra muito bem a relação de Winchell com a notícia e seu compromisso com divulgação e análise dos acontecimentos, apesar de em uma das cenas o próprio jornalista dizer que já foi chamado de tudo, menos de repórter. Roosevelt: “Eu acho a democracia uma coisa divina. Temo que o mundo esteja se tornando perigoso, é uma bomba cujo pavio já foi aceso. Não sei onde explodirá, mas você é o único repórter que não obedece a ninguém. A