RPCFB REDE DE PRODUTORES CULTURAIS DA FOTOGRAFIA NO BRASIL
PESQUISA Juan Esteves Manu Mello Franco Renata Baralle Renata Massetti Simonetta Persichetti Associação Fotoativa (Região Norte) Carlos Carvalho (Região Sul)
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Sérgio Burgi João Kulcsár Patricia Gouvêa Ricardo Junqueira Fernanda Magalhães
Claudia Tavares (Rio de Janeiro) Estudio Madalena (São Paulo) Guto Muniz (Região Sudeste) IFOTO (Região Nordeste) Rinaldo Morelli (Região Centro-Oeste)
Alexandre Belém Fernanda Feitosa Rinaldo Morelli
CATÁLOGO
Eduardo Queiroga
Coordenação Editorial Iatã Cannabrava
CONSELHO FISCAL
Juan Esteves
Miguel Chikaoka
Talita Virgínia
Eugênio Savio
Design Gráfico
Tiago Santana DIRETORIA EXECUTIVA Iatã Cannabrava Presidente
Ekaterina Kholmogorova Gráfica Leograf
Carlos Carvalho Vice-presidente Milton Guran Diretor de Relações Institucionais Clicio Barroso Diretor Administrativo-Financeiro
PORTAL DA RPCFB Coordenação Editorial
GRUPOS DE TRABALHO
Clicio Barroso
Paulo Boni Educação
Iatã Cannabrava
Eder Chiodetto Difusão
Simonetta Persichetti
João Roberto Ripper Ação Social
Talita Virgínia
Jully Fernandes Relações Internacionais Henrique José Políticas Públicas
Editores Regionais
Ricardo Mendes Memória
Associação Fotoativa (Região Norte)
Guto Muniz Direito Autoral Eraldo Peres Economia da Fotografia Joanna Mazza Gestão de Festivais PESQUISA, PORTAL, ENCONTRO E CATÁLOGO
Carlos Carvalho (Região Sul) Espaço f/508 de Fotografia (Região Centro-Oeste) Henrique José e Rosilene Pereira (Região Nordeste) Manu Mello Franco (Região Sudeste)
COORDENAÇÃO GERAL Clicio Barroso Associação de Fotógrafos Fototech
Design Gráfico
Iatã Cannabrava Estudio Madalena
Ekaterina Kholmogorova
COORDENAÇÃO DE PESQUISA E PRODUÇÃO
Desenvolvimento
Talita Virgínia
memeLab
ASSOCIADOS DA REDE
A Casa da Luz Vermelha / Kazuo Okubo Photo Studio Ltda. A Escrita da Luz – Grupo de fotografia Adalberto Rizzo Adrovando Claro de Oliveira Agência Ensaio Alberto Melo Viana Alcyr Mesquita Cavalcanti Alexandre Belém Alexandre Fonseca Alexandre Santos Ana Carolina Póvoas André Luis Carvalho Andreas Valentin Angela Magalhães Antonio Fatorelli APHOTO – Associação Potiguar de Fotografia Arte 21 Artes e Eventos Culturais Ltda. Arte Plural Galeria ARTSALON – New Art for New Collectors Associação Brasileira de Arte Fotográfica – ABAF Associação Cultural FotoGoyazes Associação de Fotógrafos de Brasília – AFOTO Associação de Fotógrafos de Natureza – AFNATURA Associação de Fotógrafos Fototech Associação Fotoativa Associação Profissional dos Repórteres Fot. e Cinemat. – ARFOC Rio Associação Profissional dos Repórteres Fot. e Cinemat. – ARFOC SP Ateliê da Imagem Espaço Cultural Ateliê Novo Barba Cabelo & Bigode Produções Culturais Bárbara Copque Bernardo José de Souza Bia Fiuza Binóculo Produção e Editora Ltda. ME Bolsa de Arte de Porto Alegre Brasil Imagem Serviços Fotográficos Ltda Brazimage Camera Com Câmera Viajante – Escola de Fotografia e Cinema Camera Work Produções Fotográficas e Culturais Ltda. Candango Fotoclube de Brasília Canindé Soares Carlos Carvalho Carmen Brigida Negrão Casa da Fotografia Rosary Esteves Cipó Comunicação Interativa / Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia de Salvador Claudia Tavares Claudio Feijó Cleber Falieri Clube da Objetiva Clube de Fotografia Gerson Bullos Coletivo Gota de Luz Coletivo Morena Foto Comissão Setorial da Fotografia PE CONFOTO – Confederação Brasileira de Fotografia Confraria Fotográfica
Cosac Naify Dante Gastaldoni Débora Viana Setenta Diógenes Moura Duo Arte Produções Eder Chiodetto Editora Olhares Editora Tempo d’Imagem Eduardo Queiroga Elis Regina Nogueira Emídio Bastos Eraldo Peres da Silva Escola da Travessa Escola de Fotografia Local Foto Espaço f/508 de Fotografia Estúdio 300 Estúdio He Estudio Madalena Feira Foto Clube Fernando de Tacca Foco in Cena (Razão Social: Casa da Foto Ltda) Fórum da Fotografia – Ceará Fórum da Fotografia Paraibana Forum Mineiro de Fotografia Autoral Foto Cine Clube Coelho Neto Foto Clube Cataratas do Iguaçu Foto Clube Piracicaba Foto Clube Roraima Foto in Cena Produções Fotô Produção e Consultoria em Imagem e Arte Ltda. Fotoclube ABC Click Fotoclube BH Fotoclube Foto&Companhia Fotoclube Payayá Fotoclube Poesia do Olhar Francisco Custódio Júnior Francisco Gustavo Costa de Lima e Moura Frido Claudino Full Frame Escola de Fotografia Galeria CMafra Galeria da Gávea Galeria da Rua Galeria de Babel Galeria do Ateliê Galeria Olho de Águia Galeria Tempo Galeria Zoom de Fotografia de Paraty Galeria ZooN de Fotografia Garapa Georgia Quintas GGT Gestão e Produção de Projetos Culturais ME Glicia Gadelha Grupo Câmara Escura Grupo de discussão FotoPE Grupo TotemArt Guerrilha Fotográfica Gustavo Boroni
Hans Georg Helouise Costa Hugo de Macedo Huma – Escola de Fotografia Iatã Cannabrava IFOTO – Instituto da Fotografia IIF – Instituto Internacional de Fotografia Imã Foto Galeria Imagem Brasil ImageMagica Imaginar Fotografias Imago Fotografia Ltda. Inaê Coutinho Inarra – Grupo de Pesquisa Imagens, Narrativas e Práticas Culturais Instituto Casa da Photographia Instituto Cultural Anima Instituto Itaú Cultural Instituto Kreatori Instituto Pireneus Iris Foto Grupo Iris Produção Cultural Ltda. Isabel Amado Itamar Nobre Joana Mazza João Kulcsár João Lobo João Musa Joaquim Paiva José Mamede Kamara Kó Fotografias Ltda ME Labfoto – Laboratório de Fotografia / UFBA Laboratório de Imagem e Som em Antropologia – LISA/USP Ladrões de Alma Lente Cultural Coletivo Fotográfico Luiz Alexandre Lima Ferreira Luiz Eduardo Robinson Achutti Lume Photos Luz Tropical Cultura & Produções Ltda. Magma Cultural Magna Domingos / Galeria Dom Mandacaru Foto Clube-PE Manu Castilho Marcia Mello Marcio Resende Mendonça Maria Bernadete Brasiliense Maria Christina Maria de Fatima da Silva Maria Fernanda Vilela de Magalhães Mariano Klautau Filho Mateus Sá Miguel Takao Chikaoka Milton Guran Nadja Maria Fonsêca Peregrino NFOTO – Núcleo de Pesquisa em Fotografia Nívia Uchôa Núcleo de Fotografia de Campinas Núcleo Imagem Latente
Observatório de Favelas do Rio de Janeiro ONG Alfabetização Visual Pablo Alfredo De Luca Pablo de Regino Pablo Pinheiro Patricia Gouvêa Patrícia Veloso Paula Cinquetti Paulo César Boni Paulo Cesar Rodrigues Amoreira Paulo José Rossi Pedro Vasquez Photo Agência PIUM Fotoclube Porolhos Portfólio Escola de Fotografia Primeira Fotogaleria Projeto Contato – Escola e Estúdio Fotográfico Ltda. Projeto Subsolo – Circulação de Arte Rede Amazônia de Fotografia Renata Maria Victor de Araujo Ricardo Borges Rodrigues Ricardo Hantzschel Ricardo Junqueira Ricardo Lima Ricardo Magoga Gallarza Ricardo Mendes Riguardare Ensino e Desenvolvimento da Fotografia Ltda. Rinaldo Morelli Roberto Henrique da Silva Rodrigo Augusto Soares Rogério Zanetti Gomes Ronaldo Entler Rose May Carneiro Rosely Nakagawa Rubens Fernandes Junior Salvador Fotoclube Sandro Alves Oliveira Sergio Burgi Silas de Paula Simonetta Persichetti Sociedade Fluminense de Fotografia SP Foto Arte Eventos Culturais Ltda. Susana Dobal Terra da Luz Editorial Terra Vermelha Cultural Terra Virgem Editora e Produções Culturais Ltda. Território da Foto Tiago Santana Tibério França Titus Riedl Travessa da Imagem – Ateliê Multimídia Ltda. Trilharte Trotamundos Coletivo Tyba Agência Fotográfica WA Imagem Fotografia e Produção Cultural Ltda.
ÍNDICE APRESENTAÇÃO
8
ENTENDA A REDE
10
ALGUNS ANTECEDENTES E OUTRAS HISTÓRIAS
13
1. Passando a história a limpo: a Funarte e a fotografia brasileira
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2. União dos Fotógrafos de Brasília e os movimentos de fotógrafos no Rio de Janeiro
17
3. O surgimento das galerias especializadas em fotografia no Brasil
20
4. Revisionária – Saga e síntese da fotografia sulista
22
5. A experiência de Belém
25
6. Marcas do Nordeste na fotografia brasileira
30
7. Viva a União! – União dos Fotógrafos do Estado de São Paulo
33
8. Os movimentos da fotografia em São Paulo
37
A PESQUISA
43
I. Os Festivais e Encontros
46
1. Festivais
46
2. Encontros, Seminários e Simpósios
56
3. Projetos especiais
61
II. Os produtores culturais
66
III. Associações de Classe e Fotoclubes
84
1. Associações de classe
84
2. Fotoclubes e Bienais
88
IV. Galerias especializadas em fotografia
90
V. Espaços Culturais
94
VI. Editoras
98
VII. Meios de difusão da fotografia
100
1. Acervos, Coleções e Prêmios
100
2. Publicações especializadas
103
3. TV, Internet, Vídeo
106
VIII. Os Pesquisadores, Críticos e Curadores
109
IX. O Ensino da fotografia
119
1. Ensino acadêmico
119
a) Coordenadores de núcleos de pesquisa, ações culturais e afins
119
b) Instituições de ensino e graduações
122
2. Cursos livres X. A fotografia como instrumento de ação social INTEGRA DAS MESAS DO I CONGRESSO DA RPCFB (DVD)
127 132 138
APRESENTAÇÃO
O I Encontro de Agitadores Culturais da Fotografia no Brasil − realizado durante o 5º Festival
Se juntarmos o total de horas trabalhadas veremos que só mesmo num modelo colaborativo
Internacional de Fotografia de Paraty – serviu de arrancada final para a implantação da Rede de
seria possível alcançar os resultados obtidos.
Produtores Culturais da Fotografia no Brasil. Dois anos depois, confirmamos a suspeita inicial de que, apesar de muito trabalhosa, a tarefa não seria nada difícil. Sabíamos que estávamos
E agora? Os próximos passos de consolidação de nossa REDE traz alguns desafios. O pri-
preparados para formatar esta associação, pois ela é o centro de convergência de um proces-
meiro será o de manter a energia atuante que nos levou a participar ativamente no renascimento
so do qual todos fizemos parte, iniciado nos anos 1980, de organização do fazer cultural na
do Prêmio Marc Ferrez da Funarte (uma edição em 2010 e outra a ser lançada ainda em 2011); e
fotografia brasileira. Os festivais, as escolas, as associações, as galerias, os mestres de nossa
no lançamento em agosto de 2011 de um Prêmio Estímulo inédito para publicações de fotografia
academia, os produtores culturais autônomos e mais uma série de outros realizadores e seus
no Estado de São Paulo. Também será necessário manter viva a energia que nos levou ao núme-
produtos, vivem um momento de maturidade que chegou junto com a identificação dos prin-
ro recorde de 42 festivais e encontros de fotografia no país, que tem possibilitado uma enorme
cipais problemas nos campos da produção, difusão e ensino da fotografia. Era a hora de reunir
quantidade de conexões entre os diversos polos fotográficos, coisa inédita no país, assim como
essas iniciativas, saber quantos somos, o que e onde fazemos e, com o uníssono possível,
a parceria com outras redes e diretores de festivais e iniciativas fotográficas na América Latina.
buscar apoio para o que poderíamos chamar de “colocar a fotografia como política de estado”, e ao mesmo tempo obter apoio para a consolidação da fotografia brasileira entre as expressões do portifólio cultural que forma a imagem do Brasil.
No entanto, o maior desafio será junto aos governos municipais, estaduais e governo federal, à iniciativa privada e a fontes de financiamentos internacionais, para aumentar significativamente os recursos disponíveis para o fazer cultural da fotografia. Dessa forma, precisamos
Com apoio do Ministério da Cultura, que aqui agradecemos juntamente com a Secretaria
trabalhar, por um lado, através de políticas públicas que tenham caráter de política de Estado e,
de Políticas Culturais, que perceberam a importância desse momento histórico e buscaram
por outro, com projetos cuja parceria com a iniciativa privada concretize um portifólio de ações
ter o seu protagonismo no processo, iniciamos a formatação de nossa REDE, organizando e
culturais no campo da fotografia que tenha a dimensão já alcançada pela fotografia brasileira
produzindo esta pesquisa que aqui publicamos, além de disponibilizarmos de maneira com-
contemporânea no cenário internacional. Para alcançarmos esse patamar, é fundamental que
pleta em nosso site, com mais de 500 verbetes que abrangem mais de 300 realizadores
agentes financiadores da cultura tenham números, informação e verba específicos para a foto-
de atividades culturais que envolvem a fotografia. Ainda não é uma pesquisa que nos traga
grafia. Essa tarefa exige a parceria do Estado brasileiro com a iniciativa privada e a sociedade
a dimensão econômica do setor, mas é o passo inicial para – em possíveis parcerias com
civil cultural.
órgãos da ciência da pesquisa, como o IBGE e outras instituições – promover uma pesquisa qualitativa em profundidade, para estabelecer qual o nosso peso no PIB cultural do país.
Aprendemos nesses últimos dois anos de discussão dentro da REDE que a fotografia de fato deve ser compreendida como um campo específico transversal a muitas outras áreas do escopo cultural: somos artistas visuais, mas muitas vezes somos jornalistas, documentaristas,
Nesse processo foi fundamental a integração e o apoio de outras redes e associações, as quais merecem nosso total agradecimento. Primeiramente a Fototech, maior associação de
cientistas, sócio-educadores − e é dentro dessa transversalidade que a atuação da REDE deve se estabelecer como referência para o desenvolvimento da fotografia brasileira.
fotógrafos do país, que teve uma participação fundamental ao emprestar sua expertise, seu nome e sua figura legal, sob a qual foi firmado o convênio que financiou todo o trabalho de pes-
Estamos no protagonismo de um Brasil em transformação, referência mundial em de-
quisa. Também foi fundamental a participação de redes como FotoAtiva de Belém (PA), o Ifoto
senvolvimento econômico e distribuição de renda, caminhando para nos tornarmos a quinta
de Fortaleza (CE), a Fototech Mineira, o F / 508 de Brasília (DF) o FestFotoPoa de Porto Alegre
economia mundial em poucas décadas. Em um prazo de apenas cinco anos, vamos sediar a
(RS) e o FotoRio no Rio de Janeiro, entre muitas outras espalhadas em todas as regiões do
Copa do Mundo e as Olimpíadas. Os fotógrafos e os que pensam a fotografia devem assumir
país. É importante salientar que esta pesquisa inédita só foi possível graças a possibilidade de
a responsabilidade que lhes cabe na documentação deste momento.
trabalharmos no formato Wiki, onde os diferentes realizadores culturais dos vários estados indicavam outros realizadores de outras localidades e cada um ia preenchendo sua própria ficha.
Rede de Produtores Culturais da Fotografia no Brasil
ENTENDA A REDE
A Rede de Produtores Culturais da Fotografia no Brasil é fruto de alguns movimentos que
Em 10 de fevereiro, houve uma nova reunião dos representantes da Rede com José
se iniciaram no final da década de 1970 e início da década de 1980, quando entidades
Luis Herência, secretário de Políticas Culturais, Micaela Neiva, da Secretaria Executiva
como a União dos Fotógrafos de Brasília, UFB, e União dos Fotógrafos do Estado de São
do MinC e Juliana Nolasco, coordenadora dos Negócios da Cultura. Em pauta: o Encontro
Paulo, UFESP, surgiram.
da Rede de Produtores Culturais da Fotografia no Brasil, a ser realizado em Brasília; uma pesquisa quantitativa das iniciativas culturais em nossa área, a ser realizada pela RPCFB;
Também nasceu com respaldo dos movimentos culturais que se iniciaram nas Se-
e seu desdobramento em uma pesquisa qualitativa a ser desenvolvida pelo Ministério.
manas Nacionais de Fotografia criadas pela Funarte, nas Semanas Paulistas de Fotografia organizadas pela UFESP, nas Semanas de Fotografia de Curitiba, nas Bienais, tanto
A vasta pesquisa que encorpa este catálogo é a somatória de meses de trabalho da
profissionais como aquelas criadas pelos fotoclubes, que abriram caminhos políticos e
equipe da RPCFB, em busca de informações de difícil disponibilidade, nos recônditos da
culturais.
fotografia brasileira. Ao dados encontrados publicamente, somaram-se informações fornecidas pelos produtores de diferentes modalidades: do curador ao produtor de festivais,
Essas manifestações ganharam consistência e, ao longo dos anos, desenharam um
do professor ao pesquisador acadêmico, dos produtores de workshops aos militantes
cenário harmonioso para que em setembro de 2009 na 5ª edição do Festival Paraty em
do fotoclubismo, entre tantas e tão diversas manifestações, que ocorreram nas últimas
Foco, pudesse acontecer uma reunião com o objetivo de criar um verdadeiro amálgama
quatro décadas, bem como uma pesquisa histórica que vai mais distante para oferecer
diante de um contingente de produtores tão diversificado e tão distante geograficamente.
mais informações.
Durante uma reunião de “agitadores” culturais, que contou com a presença de re-
Acreditamos que não basta reunir toda essa informação se ela não for compartilha-
presentantes do Ministério da Cultura, foi elaborada a “Carta de Paraty”, buscando maior
da amplamente, e se as dificuldades surgiram, os percalços só engrandeceram esse
respaldo governamental para as ações ligadas à fotografia no país. Depois que o então
conteúdo agora disponibilizado, e que é ainda maior em sua versão virtual. Estamos
ministro da Cultura Juca Ferreira a recebeu, em dezembro de 2009, no dia 05 de janeiro
certos de que essa produção da Rede, de maneira inédita no Brasil, formatou um banco
de 2010 a comissão se reuniu com Sérgio Mamberti, então presidente da Funarte, e com
de memória precioso, que abrigará no futuro com muita pertinência os mais exigentes
Ricardo Rezende, diretor de centro de Artes Visuais do mesmo órgão para aprofundar a
pesquisadores e que por certo faz justiça à criação de uma imagem fotográfica que brilha
discussão sobre os editais de fotografia lançados pela Instituição.
pelos quatro cantos deste grande país.
ALGUNS ANTECEDENTES E OUTRAS HISTÓRIAS
Esses oito textos foram especialmente encomendados a pesquisadores, jornalistas e acadêmicos, testemunhas oculares das diversas manifestações que a fotografia brasileira vem presenciando nas últimas décadas. Começando pelo papel da FUNARTE – INFOTO, passando pelos movimentos regionais de Brasília, Rio de Janeiro, Belém, São Paulo, Sul e Nordeste do país, ou pelo fenômeno das galerias especializadas em fotografia, o pesquisador encontra não só informação, mas opinião crítica de quem testemunhou e agora compartilha a história da produção cultural na fotografia brasileira.
1 PASSANDO A HISTÓRIA A LIMPO: A FUNARTE E A FOTOGRAFIA BRASILEIRA Angela Magalhães/Nadja Fonsêca Peregrino Curadoras e Pesquisadoras Associadas
O ano de 1975 assinala a entrada da Funarte no panorama da cultura brasileira. Sua eficácia se traduz na redefinição do papel do Estado que, se a princípio investia numa política de preservação do patrimônio, agora surge como força inovadora em tempos de abertura da ditadura militar. Voltada para uma atuação nacional, a Funarte se manteria atenta aos interesses e necessidades dos próprios artistas. E sua história, enquanto autarquia federal, desde o ano de criação até o desmonte efetuado pelo governo Collor (1990) – quando se torna Instituto Brasileiro de Arte e Cultura (IBAC) – até a retomada das atividades sob a denominação original – já está inscrita nas páginas dos feitos culturais do país. Uma trajetória assim tão fecunda não surge, porém, desvinculada de seus profissionais. Uma das conquistas decisivas foi a criação da Galeria de Fotografia (1979), pedra angular de um ambicioso programa nutrido por raro aporte de verbas. Ali, sob a égide do fotógrafo Zeka Araújo, atinge-se outro patamar, onde a poética dos artistas-fotógrafos conquista o circuito público-privado. Exposições coletivas e individuais delineiam não só o perfil da produção fotográfica contemporânea, como ressaltam fatos históricos marcantes do século XIX e do período moderno. Assim, podemos relacionar a mostra de Hermínia Nogueira Borges com o movimento pictorialista no Brasil, alvo de estudo posterior de Maria Thereza B. de Melo (coleção Luz e Reflexão/Funarte). Ou, ainda, a mostra José Oiticica
14
Filho – A ruptura da fotografia nos anos 50, cuja pesquisa de Nadja Peregrino e Evandro Ouriques abriu caminhos para o aprofundamento do tema, proposto por Helouise Costa e Renato Rodrigues no livro Fotografia Moderna no Brasil (Funarte, 1999). Sem esquecer que Boris Kossoy, em seu antológico Origens e Expansão da Fotografia no Brasil – século XIX, (Funarte, 1979), que rompe com a perspectiva eurocêntrica ao apontar o pioneirismo de Hercule Florence (1833), como inventor da fotografia no Brasil. Nesse percurso, a fotografia ganha visibilidade, ampliando seu espaço institucional. Não à toa, em 1984, o Núcleo de Fotografia se transformaria em Instituto Nacional, sob a gestão do fotógrafo Pedro Vasquez (1982–1986) – seu primeiro diretor – mais tarde sucedido pelo fotógrafo Walter Firmo (1986–1989). Tudo advinha do trabalho coletivo, de uma equipe entusiasmada que soube, também, captar a urgência da criação do Centro de Conservação e Preservação de Fotografia da Funarte (CCPF). Sob a liderança de Solange Zuñiga, foram lançadas as bases de um programa vital para a manutenção dos acervos nacionais, a partir do treinamento de técnicos no exterior e de parcerias com instituições públicas e privadas no Brasil e na América Latina. É nesse cenário que relembramos das Semanas Nacionais de Fotografia (SNF), que deixaram um imenso lastro cultural pelo país. Vivenciamos a
maioria delas como coordenadoras, o que nos possibilita falar de seus pressupostos, de sua realização, de suas conseqüências – a ponto de associá-las àquilo que Nietzsche denomina de vontade de potência enquanto força criadora de novos valores, como uma pulsão de vida que cada um tem dentro de si. Feito este parêntese, podemos dizer que o primeiro encontro, realizado no Rio de Janeiro (1982), funcionou como projeto piloto para a estruturação de uma política de atuação nacional e, para tanto, fotógrafos de diversas capitais foram convidados a traçar um diagnóstico do movimento fotográfico em suas regiões. Por vários dias, sob a coordenação de Pedro Vasquez, estiveram reunidos no Museu Nacional de Belas Artes, então sede da Funarte, Bené Fonteles (MT), Claudio Versiani (MG), José Albano (CE), Gustavo Moura (PB), Luiz Carlos Felizardo (RS), Milton Guran (DF), Nair Benedicto (SP), Orlando Azevedo (PR) e Valdir Afonso (PE). Buscávamos uma dinâmica de trabalho descentralizada do eixo Rio-São Paulo, que também incorporasse a produção latino-americana, visando estabelecer um diálogo permanente entre fotógrafos veteranos e iniciantes. Logo em seguida, os técnicos da Funarte começaram a percorrer o país para estabelecer parcerias que possibilitassem a circulação das semanas, levando em conta o mapeamento prévio daqueles convidados. Dava-se início, assim, a um diálogo mais consequente entre a Funarte, as instituições locais e os fotógrafos da região. É lícito, portanto, afirmar que a repercussão alcançada se deve, sobretudo, à mobilização dos estudantes-fotógrafos, dos profissionais consagrados, que em grupo ou isoladamente acorreram ao Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sul e Sudeste, para participar de um calendário expressivo de atividades levadas a cabo, ininterruptamente nas II SNF (Brasília 1983); III SNF (Fortaleza 1984); IV SNF (Belém 1985); V SNF (Curitiba 1986); VI SNF (Ouro Preto 1987); VIII SNF (Rio de Janeiro 1988) e VIII SNF (Campinas 1989). Resulta que a reunião contínua dos fotógrafos, que a cada ano percorriam um itinerário culturalmente distinto, acabou por instituir parcerias que até hoje rendem dividendos. Se, por um lado, havia um programa formal, por outro existia um encontro mais informal que se coloca, para usar a expressão de Deleuze, como um rizoma brotando em qualquer lugar, sem hierarquia. Eram desdobramentos imprevisíveis resultantes de um
espaço de convivência não controlado, não hierarquizado, mas exemplarmente integrador, como se atesta nos variados depoimentos de quem vivenciou as SNF. Do ponto de vista multidisciplinar, estava em pauta minimizar a carência do ensino formal, já que nos anos 1980 existiam poucos canais para aquisição de uma sólida cultura visual. Diversas reflexões se multiplicaram através das Semanas. Uma via de análise fecunda foram, por exemplo, as oficinas Fotografia dentro da história da arte (Annateresa Fabris), Fotografia e a pequena história de Walter Benjamin (Maurício Lissovsky), Fotografia e expressão pessoal (Luis Humberto Martins Pereira) e Fotografia enquanto análise antropológica (Etienne Samain). Por sua vez, Alair Gomes, na IV SNF, rouba a cena ao falar com entusiasmo sobre “a fotografia como criação artística”. Já na VII SNF, a programação adquiriu um tom mais unívoco, alinhando-se com questões multimídias, até então pouco abordadas no campo da fotografia. Orientando-se por este pressuposto, o crítico Arlindo Machado e os artistas Eduardo Kac e Ormeo Botelho trouxeram, respectivamente, num ciclo de palestras – O video-impacto da imagem eletrônica (Machado), A holografia (Kac) e A computação gráfica (Botelho) –, sem estabelecer fronteiras a fim de refletir sobre a percepção de fenômenos visuais cada vez mais complexos surgidos na contemporaneidade. Outro comentário nos leva a identificar um contato mais estreito com a América Latina durante as semanas de fotografia. O que pode ser visto nas exposições Cuba, imagens da história, do cubano Raul Corrales; nas coletivas de fotógrafos argentinos e uruguaios, bem como na palestra Por uma reflexão em torno da fotografia latino-americana, com a participação de Diane Mines (Uruguai) e Eduardo Gil (Argentina), sem deixar de citar a sentida ausência de Pedro Meyer (México), que por motivo de saúde não pôde comparecer. Neste percurso não faltaram crises de gestão, falta de verbas e excesso de burocracia. Porém, o pior momento foi o do governo Collor (1990). Já sem a equipe anterior, de quase vinte funcionários, coube a Angela Magalhães, Glicia Pereira e José Augusto Menezes enfrentar um período de imensa dificuldade. Porém, mais do que medir essa crise, é essencial rememorar os diversos eventos concebidos entre 1990 e 2003, que sob a coordenação de Magalhães, deram continuidade a projetos já consagrados (Prê-
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mio Marc Ferrez, Coleção Luz e Reflexão, Seleção de Portfólios). Além, de novas iniciativas, como o I Encontro Nacional de Coordenadores de Eventos fotográficos (1991, Paty do Alferes, RJ) e o Prêmio Nacional de Fotografia (1995-1998), que contemplou, em quatro edições, 28 autores, reunindo para isso o expertise de pesquisadores, fotógrafos, críticos e produtores culturais do país. O Prêmio Marc Ferrez de Pesquisa, por exemplo, instituído na gestão de Pedro Vasquez (1984), se tornaria mais permanente e, depois de sete anos ininterruptos (1991-1997), alcançaria a 10ª edição, contemplando 52 autores. Após um longo hiato, a Funarte retomaria o Marc Ferrez (2010), com sua linha originária de apoio à reflexão teórica, aos ensaios documentais e artísticos – ampliando, ainda, o patrocínio cultural por outros tantos editais.
Trata-se, em alguma medida, de uma semente que germinou em solo fértil de ideias, a partir das ações pioneiras da Funarte na consolidação de políticas públicas culturais. Se as SNF motivaram a realização de encontros congêneres pelo país – Nafoto (SP); Bienais de Curitiba; FotoArte (DF); Devercidade (CE); FotoRio (RJ) – é significativo registrar que boa parte dessas iniciativas estão, hoje, nas mãos de produtores culturais e fotógrafos-artistas autônomos. Isto, em parte, resulta da maturidade auferida, que não prescinde do fomento público-privado. Ao fim, não se pode deixar de saudar a visibilidade conquistada pela fotografia brasileira nestas últimas décadas. Não sem esforço, inúmeros fotógrafos alcançaram reconhecimento no cenário nacional e internacional, fruto de uma luta que vem sendo posta em marcha por várias gerações. Cabe-nos, portanto, zelar por sua difusão e memória.
2 UNIÃO DOS FOTÓGRAFOS DE BRASÍLIA E OS MOVIMENTOS DE FOTÓGRAFOS NO RIO DE JANEIRO Milton Guran Antropólogo, fotógrafo e jornalista
UNIÃO DE FOTÓGRAFOS DE BRASÍLIA A União dos Fotógrafos de Brasília foi fundada em 1978, no contexto de reestruturação da sociedade civil que marcou a transição entre os dois últimos governos do regime militar. É fruto direto do movimento pela retomada dos sindicatos das mãos da pelegagem, no nosso caso liderado no Rio de Janeiro pelo jornalista Carlos Alberto Caó, em São Paulo pelo Audálio Dantas e em Brasília por Carlos Castello Branco. Em sintonia com esse movimento, os repórteres-fotográficos levavam adiante um amplo debate sobre os direitos autorais e as novas regras de trabalho. Havia uma demanda grande por informação diferenciada e o trabalho de free-lancer começava a ser largamente utilizado pela grande imprensa. Em função disso, a pauta própria (não “patronal”) e a tabela de preços mínimos passaram a ser pontos importantes do movimento dos fotógrafos, que gerou também a organização de agências independentes de fotojornalismo. Estiveram presentes na Assembleia Geral de fundação da União, realizada no dia 28 de março de 1978 na sede do Instituto dos Arquitetos do Brasil, 46 “fotógrafos profissionais que prestam (sic) serviços nos setores públicos, imprensa e como autônomos”. A primeira diretoria (1978-1980) foi composta por Salomon Cytrynowicz (presidente), Zeca Pinheiro Guimarães (vice-presidente), Marcio Barros, Eliane Motta, Antônio Pinheiro, Milton Guran, Rolnan Pimenta, Nelson Pen-
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teado, Luis Humberto, Kin-Ir-Sem Pires Leal, Juvenal Pereira, Luiza Venturelli, Jamil Bittar, Deobry Santos, Claudio Alves, Breyner Júnior. A Assembleia deliberou, por unanimidade, considerar como sócios-fundadores Marcos Santilli e José Varella, que estavam ausentes por motivo de trabalho, e aprovou “uma moção de agradecimento a Heinz Förthmann pelo continuado estímulo dado por ele à formação de fotógrafos durante os treze anos em que trabalhou como professor da Universidade de Brasília e de pesar por seu falecimento”. A partir de 1980, a União passou a funcionar na sede do Sindicato dos Jornalistas, sendo presidida por Milton Guran e Kin-Ir-Sem (vice-presidente). Na sua sucessão havia noventa sócios aptos a votar, que elegeram André Dusek (presidente) e Luisa Venturelli (vice) para o biênio 1983-84. Nesse momento, a representação política e profissional dos fotógrafos passou a ser exercida principalmente pela Comissão dos Repórteres-Fotográficos do Sindicato, ficando a União voltada para as atividades culturais. Foi, sucessivamente, presidida por Marcio Barros (1985-86), Yuuggi Makiushi (198788), Duda Bentes (1989-90), Sérgio Seiffert (1991-91), Ignácio Navarro (1993-94) e J. Marcos (1995-96), em cuja gestão se extinguiu. Três outras iniciativas coletivas merecem destaque na organização dos fotógrafos em Brasília. O Grupo Ladrões de Alma, que é talvez o mais antigo coletivo em funcionamento no país, foi fundado em 1988 por Susana Dobal, Rinaldo Morelli, Marcelo Feijó e Usha Velas-
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co. Tendo como proposta inicial o lançamento de uma coleção de cartões postais autorais, o grupo é hoje largamente reconhecido por sua trajetória de exposições e de dedicação à fotografia de cunho experimental. Em 2009, nasceu a Associação de Fotógrafos de Brasília – AFOTO, sob a presidência de Rinaldo Morelli, com o objetivo de unir fotógrafos de várias linhas em torno de questões como a defesa dos direitos autorais e a realização de eventos artísticos. Foi fruto dos projetos Por que eu fotografo? e Foto-Grama que, em 2008, congregou dezenas de fotógrafos de Brasília em torno de uma reflexão sobre o fazer fotográfico, com exposições em galerias e ao ar livre. Foi em 2008, de 19 a 29 de agosto, aconteceu a 1ª Semana f / 508 de Fotografia, promovida pelo Fotoclube f / 508, dirigido por Humberto Lemos. Tem lugar ainda em Brasília o FotoArte, festival de fotografia promovido pela galerista Karla Osório, que em 2009 realizou a sua quinta edição.
MOVIMENTO DOS FOTÓGRAFOS NO RIO DE JANEIRO O Rio de Janeiro tem sido palco de iniciativas importantes no campo da fotografia, desde que o primeiro daguerreótipo ao sul do Equador foi produzido diante do imperador D. Pedro II em frente ao Paço Imperial. Foi no Rio que se formou o primeiro clube de fotógrafos, o Photo Clube do Rio de Janeiro, fundado em 1910, que deu origem ao Photo Clube Brasileiro, em 1923. O FCB publicou as revistas Photo Revista do Brasil e Photogramma e, a partir dos anos 1940, exerceu forte influência na difusão da fotografia de cunho artístico. Este mesmo propósito animou o movimento Photogaleria, que aconteceu igualmente em São Paulo, que na década de 1970 buscava inserir a fotografia no mercado da arte. Congregando alguns dos mais importantes fotógrafos da cidade, a Photogaleria do Rio de Janeiro foi fundada em 1973 por Georges Racz, que foi seu primeiro presidente. Atualmente, funcionam no Rio duas entidades de fotógrafos, a ABAF – Associação Brasileira de Arte Fotográfica e a ARFOC – Associação dos RepórteresFotográficos e Cinematográficos. A ABAF foi fundada em 1951 e considerada de Utilidade Pública em 1952. Presidida por Ary Pimentel, possui uma galeria e promove cursos e seminários. A ARFOC foi fundada em 1946, com objetivo de “incentivar, aperfeiçoar, valorizar
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e defender a profissão e os fotojornalistas e a aplicação da imagem ao jornalismo”. É atualmente presidida por Alberto Jacob. Na vizinha Niterói, tem sede a Sociedade Fluminense de Fotografia, bastante ligada ao movimento fotográfico do Rio. Fundada em 1944, possui uma imponente sede própria, com uma galeria e uma biblioteca de mais de 4 mil volumes e promove cursos e oficinas. Atualmente, é presidida por Antonio Machado. No campo acadêmico, é oferecido pela Universidade Candido Mendes o curso de pós-graduação Fotografia – Imagem, memória e comunicação, coordenado pelo fotógrafo e historiador Andreas Valentim. No plano cultural, cabe mencionar duas iniciativas que se implantaram ao longo dos últimos anos, o Ateliê da Imagem e o FotoRio. Fundado pelas fotógrafas Patricia Gouvêa e Simone Rodrigues, o Ateliê da Imagem é uma escola que funciona também como centro cultural, promovendo exposições e debates sobre fotografia e vídeo. O FotoRio – Encontro Internacional de Fotógrafos do Rio de Janeiro se realiza a cada dois anos nos meses de junho e julho desde 2003 e em 2011 realizou sua quinta edição. Nasceu de um movimento de fotógrafos que teve como polo aglutinador o Curso de pós-graduação em Fotografia como Instrumento de Pesquisa nas Ciências Sociais da Universidade Candido Mendes, em 2002, e foi incorporando os diversos segmentos da produção fotográfica carioca. A equipe realizadora da primeira edição do FotoRio foi composta, então, por Milton Guran, Cinara Barbosa, Joana Mazza, Micaela Vermelho e Roberta Furtado, respectivamente coordenador e alunas do referido curso de pós-graduação. Atualmente, o FotoRio tem como realizadores Milton Guran, Joana Mazza e Melanie Guerra, que também fez parte do curso. O FotoRio está integrado ao EFLAF – Encontro de Festivais Latino-Americanos de Fotografia e ao Festival da Luz, rede de festivais de fotografia que conta com dezenas de eventos espalhados pelas principais cidades do mundo, e à Rede de Produtores Culturais da Fotografia no Brasil. É um evento de adesão, ou seja, os fotógrafos apresentam espontaneamente suas propostas de exposição, projeção, instalação, oficina, mesa redonda ou seminário. Cabe ao fotógrafo viabilizar sua realização e buscar um espaço compatível para abrigá-la. Ao responsável pelo espaço cabe julgar o mérito da proposta. As instituições também podem propor ou abrigar eventos. O FotoRio não co-
bra taxas de qualquer ordem dos fotógrafos nem das instituições: toda adesão é gratuita. No caso de cursos e oficinas ou qualquer outro serviço, o participante paga diretamente ao responsável. A única exceção é a leitura de portfolio. O FotoRio é o realizador do encontro sobre Inclusão Visual do Rio de Janeiro, que reúne anualmente coordenadores e participantes de ações e projetos que utilizam a fotografia como instrumento de inserção social. O primeiro Encontro foi realizado em 2004, como evento preparatório do FotoRio 2005, quando se realizou segundo encontro. O FotoRio 2003 teve seu início marcado pela produção de um daguerreótipo da fachada do Paço Imperial, uma reedição – pelo mesmo processo técnico, com o mesmo tipo de equipamento – da primeira fotografia feita ao sul do Equador, em janeiro de 1840, pelo francês Louis Compte. Nesta sua primeira edição, totalmente organizada e financiada pelos próprios fotógrafos, foram realizados mais de 140 eventos em
70 espaços diferentes, entre exposições fotográficas, nacionais e estrangeiras, projeções e intervenções urbanas, oficinas, cursos, palestras, mesas-redondas e leitura de portfólios. O FotoRio 2005 reuniu 198 eventos em 74 museus, centros culturais, espaços alternativos e logradouros públicos do Rio de Janeiro. Em 2007, foram realizadas 193 exposições, projeções, intervenções urbanas, palestras, debates e oficinas em 102 museus, centros culturais, galerias comerciais e espaços alternativos, além do IV Encontro sobre Inclusão Visual do Rio de Janeiro. Dentre os eventos cabe destacar o FotoRio Rua, que mobilizou, no dia da abertura das exposições do Centro Cultural dos Correios, mais de mil pessoas em torno de projeções de fotografias, exposições ambulantes e ações performáticas, terminando com um baile ao ar livre. O FotoRio 2009 contou com 175 exposições, palestras, debates e oficinas em 77 espaços culturais e alternativos, além da leitura de portifólio e do V Encontro sobre Inclusão Visual.
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3 O SURGIMENTO DAS GALERIAS ESPECIALIZADAS EM FOTOGRAFIA NO BRASIL Rosely Nakagawa
A Galeria Fotoptica nasceu nos corredores da loja da A abertura da Galeria Fotoptica, em 1979, se deu rua Conselheiro Crispiniano no centro da cidade de com o projeto de difusão da fotografia brasileira e um São Paulo, nos moldes de outras galerias de arte, início de posicionamento da mesma no mercado de como a Galeria Prestes Maia,* em 1940. arte. Obviamente funcionava também como vitrine Os fotógrafos, usuários do laboratório, escolhiam de produtos e a intenção de mostrar a qualidade dos suas melhores fotos e expunham nas paredes e correserviços do laboratório da empresa Fotoptica. Por oudores da loja sem pretensão nenhuma além de mostro lado ela também nasceu e viveu pelas relações trar a qualidade de composição e técnica das imagens. de incentivo e envolvimento de Thomaz Farkas com a Vieram as grandes mostras e salões dos Fotoclubes fotografia em todos os campos de atuação. e Associações de amadores da fotografia em 1950. A galeria passou por fases diferentes desde sua Ao longo das décadas de 1960 e 1970 a fotografia fundação. Na primeira fase, sob a minha gestão, fofoi ocupando novos espaços na imprensa especialiram feitas as primeiras exposições individuais de Carzada trazendo novas formas de divulgação. Revistas los Moreira, Mário Cravo Neto, Sebastião Salgado, Micomo a Novidades Fotoptica e a IRIS Foto, surgiram guel Rio Branco, Antonio Saggese, Cristiano Mascaro, e a necessidade de novos espaços foi um desdobraJoão Musa, Arnaldo Pappalardo, Pierre Verger, Alécio mento natural. de Andrade, entre muitos outros fotógrafos, alguns As primeiras galerias especializadas vinculados ao cinema, como Walter Carem fotografia surgiram no final da décavalho e José Medeiros, e às artes gráfi* Construída sob o Viaduto do Chá da de 1970; no Rio de Janeiro, a Photo pelo arquiteto Elisiário Bahicas, como Alex Flemming. ana, a Galeria Prestes Maia foi Galeria e em São Paulo, a Fotoptica, desAo mesmo tempo havia a revista Noinaugurada inacabada em 1940. O ta vez em espaço exclusivo para mostras Salão Almeida Júnior, realizado na vidades Fotoptica, editada por Moracy de galeria por vários anos, abrigou o e lançamentos de livros, e a Álbum, do Oliveira e que funcionava no mesmo endeSalão Paulista de Belas Artes, que Zé de Boni. teve a participação de renomados reço, proporcionando um intercâmbio entre artistas plásticos como Amadeo O momento da fotografia brasileira o editorial e a galeria. Em 1979, a abertura da Zani, Ricardo Cippichia e a modera propício para exposições de trabalhos ernista Anita Malfatti. Em 2000, galeria se deu com uma exposição que disfoi inaugurado o projeto MASPdesvinculados de uma aplicação direta cutia o fotojornalismo das revistas Veja e IsCentro, quando se deu o retorno em jornalismo ou publicidade, num espadas III Graças de Brecheret à toÉ, representadas por seus editores de fogaleria, após uma permanência de ço de livre criação e ensaios de experitografia Sergio Sade e Hélio Campos Mello sete anos no Museu Brasileiro de mentação de linguagem e técnica. Escultura (MUBE). respectivamente. Foi uma noite histórica.
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A galeria também se preocupava com memória e divulgação fotográfica: fizemos álbuns de pequenas tiragens, edições de cartões postais, lançamentos de livros, como os de Bina Fonyat, Luis Humberto, a apresentação da primeira edição em português do livro de Susan Sontag Sobre fotografia, com tradução de Joaquim Paiva, Pierre Verger entre tantos outros. Entre 1985 e 1986, a galeria teve que mudar de endereço, passando por um período sem sede. Funcionou durante um ano em um escritório improvisado numa loja da Fotoptica, na avenida Rebouças – período em que recebemos o arquivo de Chico Albuquerque em comodato. O MAC/USP (sob a direção de Aracy Amaral, membro do conselho da Galeria) nos cedeu uma sala especial, onde pudemos organizar uma série de retrospectivas da produção de fotografia brasileira a partir dos anos 1950 até os anos 1970, mostrando Hans Gunther Flieg, José Oiticica Filho, Geraldo de Barros, Alice Brill, Hildegard Rosenthal, num intercâmbio muito rico com o acervo de fotografia do Museu. A partir de 1986, a galeria se estabeleceu em nova sede. Neste ano, comecei a atuar como curadora independente. A coordenação da Galeria passou para Solange Farkas (até então responsável pela direção da revista, assessoria de comunicação e festivais de vídeo Fotoptica), que a dirigiu por dois anos, quando sua assistente Isabel Amado assumiu a curadoria de 1988 até 1996.
A CASA DA FOTOGRAFIA FUJI Criada por Stefania Bril** em 1990, como um espaço para discutir, pensar e estudar fotografia. O engajamento de Stefania vinha de longe: foi responsável pela criação dos Encontros de Fotografia de Campos de Jordão (1978 e 1979) em São Paulo, além de ser crítica de fotografia da revista Iris Foto e do jornal O Estado de S. Paulo. A partir de 1991, fizemos alguns projetos juntas, incluindo uma tentativa de resgatar os tais encontros. O projeto do que seria um espaço da fotografia como sala de exposições, biblioteca e auditório foi todo desenvolvido por ela. Infelizmente, Stefania Bril faleceu em 1991 e, no ano seguinte, fui convidada para substituí-la. O objetivo da Casa da Fotografia Fuji coincidia em muitos pontos com os da
Galeria Fotoptica, acrescido de um foco mais centrado na formação e educação. A biblioteca, formada por Maria Cristina Barbosa de Almeida, foi desenvolvida ao longo de dez anos e logo tornou-se a melhor biblioteca especializada em fotografia do Brasil. Com seu fechamento em 2004, a biblioteca foi doada para o Centro Universitário Senac. Cursos técnicos, palestras, visitas guiadas e programas para adolescentes fizeram da Casa uma referência na formação de público. O projeto Olho Mágico, desenvolvido com o físico Walmir Cardoso, foi pensado especialmente para introduzir o olhar fotográfico para o público do ensino de primeiro grau, e incluiu uma mostra com instrumentos óticos desmembrados, experiências com espelhos e caixa obscura gigante, numa instalação que percorreu outros espaços, como o Instituto Cultural Itaú e outros locais do estado de São Paulo. As leituras de portifólios realizadas semestralmente abriram o espaço expositivo para coletivas de novos talentos no Brasil e para a participação destes em festivais internacionais, como os selecionados na leitura de portfólio do Fotofest de Houston/Texas EUA, 2002. Os eventos como o Nafoto, o Seminário Internacional (1991 e 1992) e o Mês Internacional da Fotografia, desde 1995 receberam da Fuji e da Casa o apoio institucional e o patrocínio básico para realização de exposições, apoio a convidados internacionais e de todo Brasil. Através deste apoio, foram recebidas as mostras de Martin Chambi, Luiz Gonzales Palma, Keiichi Tahara, a palestra de Hiromi Nakamura do Centro Metropolitano de Fotografia de Tóquio, entre outros eventos. ** Nascida na Polônia em 1922, Stefania Bril chegou ao Brasil Pelo espaço expositivo da Casa em 1950, naturalizada brasileira passaram Maureen Bisilliat, Penna Preem 1955. Estudou ciências e química na Université Libre de aro, Leonardo Crescenti, Helio Campos Bruxelas (Bélgica). Trabalhou Mello, Pedro Martinelli, Pedro Lobo, Luiz como química por treze anos, antes de começar a estudar Carlos Felizardo, Renata Castello Branco, fotografia na escola Enfoco, em Marcio Scavone, entre muitos outros. 1969. Na década de 1970, atuou como crítica, ensaísta e curadora. Mostras Coletivas eram organizadas Divulgou a fotografia brasileira com periodicidade, como o lançamento do no exterior, em eventos como o Colóquio Latino-americano de catálogo da Abrafoto, concursos e lançaFotografia, realizado na cidade do mentos de produtos acompanhados de paMéxico, no Mois de la Photo e a exposição Brésil des brésiliens, lestras e seminários técnicos no auditório. ambos em Paris. Publicou os A Casa da Fotografia Fuji e a bibliolivros de fotografia Entre (1974), A arte do caminhão, em teca estiveram em pleno funcionamento parceria com Bob Wolfenson até 2004, quando a empresa mudou sua (1981), e a coletânea de ensaios Notas (1987). Em 1991, iniciou estratégia de marketing, fechando a gae integrou a equipe do Nafoto – leria e as atividades ligadas à difusão da Núcleo dos Amigos da Fotografia. Faleceu em 1991. cultura fotográfica.
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4 REVISIONÁRIA – SAGA E SÍNTESE DA FOTOGRAFIA SULINA Orlando Azevedo Fotógrafo, editor e curador
No ano de 1994 assumi o cargo de Diretor de Artes Visuais da Fundação Cultural de Curitiba, a convite do então prefeito Rafael Greca. Abandonava assim – por um tempo – minha paixão e vocação de fotógrafo em plena atividade e mergulhava na letargia, aceitando um novo e desconhecido desafio ao serviço da comunidade e da gestão pública. Foram, sem dúvida, quatro intensos anos com dezenas de realizações e mostras. Muitas delas marcantes e inéditas em sua performance, como a grande mostra e evento A Revolta do artista maior Frans Krajcberg – e que teve mais de um milhão de visitantes no período de um ano e da qual tive o privilégio de ser o curador. Todos nós do fazer fotográfico sabemos e conhecemos os lendários encontros de Arles criados por Lucien Clergue, que deram início a um novo ciclo no ver e pensar a fotografia. Também no Brasil, no início dos anos 1980, a Funarte acende as luzes da cultura nacional implantando a semente de um núcleo de Fotografia com a direção de Zeca Araújo e que, posteriormente, gera o Instituto Nacional de Fotografia onde Pedro Vasquez, Angela Magalhães e Nadia Peregrino realizam notável e pioneiro trabalho em prol da fotografia nacional. Roteiros itinerantes de mostras passam a ser o grande percurso das Semanas de Fotografia da Funarte, revelando e ampliando o território geográfico da
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fotografia nacional ao criar uma rede e um mapa de tantas artérias e vertentes. Surge a inesperada e desesperada era Collor, de nefastas cores, que apaga criminosa e impiedosamente este marco da cultura e da identidade nacional. Verdadeira caixa preta do desvario, a era Collor faz a fotografia velar seu ideário num retrocesso delinquente e doente. É nessa lacuna de tantos labirintos e inquisições que despontam os festivais, assim como o ensino de Fotografia como matéria e disciplina superior, novos cursos e empreendimentos. Hoje, os festivais de Fotografia são não apenas uma realidade cultural, mas acima de tudo um processo comercial em sua produção e gestão. Espalhados por todo o país, irradiam informações e, de certo modo, mais do que nunca, todos estes produtores terão que se reinventar na verdade da imagem, criando seu próprio palco com seus personagens e cenário. Sua própria linguagem e código. A qualidade será o grande diferencial. A saída do banal e do grande bacanal que, há muito, babilonicamente se estabeleceu: curadores sem formação deformam o entendimento do ato fotográfico e da fotografia lhe conferindo o status de conceito. A fotografia como suporte entrando pela porta dos leilões de arte e dos acadêmicos, que precisam criar a escola da genuflexão numa contaminação de letal vírus.
Após terem sido realizadas três semanas de Fotografia em Curitiba, coordengi e fiz a curadoria da que seria a quarta e última semana de fotografia e que era, na realidade, apenas uma cópia das semanas da Funarte. Em 1996 nasce a primeira Bienal Internacional Cidade de Curitiba, que viria a se alternar com a mostra da gravura, já com caráter de Bienal. Contudo, alguns aspectos foram decisivos no nascer da Bienal de Fotografia: so e aquisição de fotografias de autores, implantando e constituindo um acervo de fotografia nacional através da Mostra Brasil. Nesta mostra eram escolhidos de cinquenta a sessenta autores, e posteriormente eram selecionados por uma comissão de notório saber de vinte a trinta autores, sendo que, de todos, escolhidos e selecionados, eram adquiridas de três a cinco imagens. Uma grande parte dos fotógrafos ampliou essa aquisição fazendo generosa doação de mais imagens ao projeto da Bienal e da celebração da fotografia em sua multiplicidade. plaria um ou mais fotógrafos para projetos a serem desenvolvidos durante um ano e apresentados posteriormente em mostra na próxima Bienal qualidade. mesas, workshops, feira de livros e equipamentos, leilão de fotografias, leitura de portfólios, projeto lambe-lambe, linha da luz, convidados especiais invadiam o olhar da cidade de Curitiba, sempre durante o mês de agosto, no dia 19, quando se celebra o Dia Mundial da Fotografia. Sebastião Salgado proferiu memorável palestra para uma plateia de 2160 pessoas na Ópera de Arame, numa emocionante e inesquecível apresentação obtendo o mesmo público de Dalai Lama. dente acervo e seleção de autores nacionais que, no ano 2000, nasce o Museu de Fotografia da cidade de Curitiba (o primeiro museu de fotografia da América do Sul), através de Decreto Oficial, com uma coleção de mais de 2 mil imagens, quase o dobro da atual coleção Pirelli de Fotografia e, para a qual a Bienal de Curitiba foi sem dúvida uma grande referência de autores e seu mapeamento.
pela Bienal, viria a ser considerado o melhor livro e publicação do mundo em fotografia nos Encontros de Arles. Bienal que Gilberto Assis Chateaubriand trouxe o grande crítico e curador françês Hervé Chandés. Aqui ele tomou conhecimento pela primeira vez da obra de Alair Gomes, que vem apresentar com grande sucesso na Fundação Cartier, em Paris, da qual é curador chefe. ciação de Fotógrafos da França, fotógrafo oficial de Samuel Beckett e amigo íntimo de Fidel e Guevara; Tereza Siza, diretora do Centro Português de Fotografia; Jean François Couvreur, Maison Européenne de la Photographie; Rui Prata, diretor do encontros de Braga; Alejandro Castellote, curador espanhol; Martin Parr, Flor Garduño, Pablo Monastério, Patricia Mendonza, entre tantos, vêm ao Brasil pela primeira vez através da Bienal de Curitiba, estabelecendo novos contatos profissionais, abrindo, ampliando e solidificando a fotografia sem fronteiras e novos rumos e horizontes. Tal como ocorreu na era Collor, o mesmo processo viria a ser palco da autofágica Curitiba.
O GRANDE RETROCESSO A Fundação Cultural de Curitiba passa a ser presidida pelos organizadores do Festival de Teatro – Cássio Chameki e Leandro Knopfholz – numa das mais desastrosas e obscuras gestões culturais da cidade. Promovem uma mostra denominada Imagética, coordenada pela contratada Base 7, de Ricardo Ribenboim, na qual, numa só paulada, matam e liquidam a mostra de Gravura e a Bienal de Fotografia. Uma imagética de inimagináveis cifras, em que Eduardo Brandão fez a seleção e curadoria da fotografia. Um fracasso absoluto de público e de feedback por parte da imprensa, que sempre havia sido uma cúmplice notável criando páginas e cadernos especiais. Assim, esta gestão fulmina e sepulta a Bienal de Fotografia, que internacionalmente vinha obtendo mais visibilidade do que o Festival de Teatro, que os mesmos organizavam e organizam, no processo mais
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exaustivo da representação do teatro. Um grande teatro num palco moribundo. A gestão que se segue e que se mantém ainda na atual direção da Fundação – Paulino Viapiana, seu presidente – nada realizou nem restaurou. Ao contrário. Mantém até hoje, como não poderia deixar de ser, o Museu de Fotografia com algumas coleções únicas no país como as 150 imagens de Claudia Andujar (impressas por Silvio Pinhatti). Contudo, até o presente não realizou nem legitimou seu tombamento, num desrespeito a artistas, criadores e doadores. Um museu sem interlocutor e, portanto, sem expressão e atuação. Laconicamente, e talvez numa revisão e previsão histórica a, III e derradeira Bienal Internacional de Fotografia da Cidade de Curitiba tinha como tema “A violência do caos ou o caos da violência”. A Bienal de Fotografia da Cidade de Curitiba representava e assumia o Sul do Brasil e sua produção, assim como a visceral ligação com os países irmãos do Mercosul. Sua legítima identidade, muito além da aldeia e do global. Muito além de seu quintal. Hoje, os grandes centros podem ainda ter maior ressonância de mídia, amplificar sua visibilidade, contudo deixaram de ter uma importância maior. Fomos engolidos pelo Google e pela velocidade dos processos virtuais e sua virtualidade. Essa invisível produção se torna possível, veloz, reconhecida e visível na grande tribo tatuada de pixels. Fina e luminosa sintonia.
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Há muito que o Sul do Brasil e, de modo específico, o Rio Grande do Sul, produzem uma fotografia de excelência. Penso que seja hoje, para mim, o mais importante polo produtivo do país, seguido por Belém do Pará. Seria impossível enumerar todo o elenco. Mas Luis Carlos Felizardo, Leopoldo Plentz, Jaqueline Joner, Luís Abreu, Eneida Serrano, Leonid Strelaiev, Eduardo Tavares, Ricardo Chaves, Rochelli Costi, o verdadeiro gênio Manuel da Costa e, na nova geração, Tadeu Villani são apenas alguns dos nomes que se somam aos paranaenses Vilma Slomp, João Urban, Juliana Stein, Anderson Schneider, Rogério Ghomes, Zig Kock, para citar apenas alguns nomes aos quais, curadores e organizadores, terão que vir beber na fonte para saciar o outro num grande encontro. Assim a cadeia e Rede de Produtores Culturais da Fotografia que ora se estabelece e fortalece no país como uma organização política e cultural, poderá e deverá quebrar grilhões e fronteiras, numa real possibilidade de discutir o pensamento oficial no universo da fotografia. Muito mais que uma rede de produtores, nasce uma rede que reproduz a luz de sua vocação e paixão. Foto profissão. Foto ação. Nesta procissão e peregrinação de fé a rede foi lançada. Bendita seja a safra e colheita. É da soma e da vontade, da razão e paixão que a Rede tecerá o grande desafio de seu destino.
5 A EXPERIÊNCIA DE BELÉM “Com certeza, podemos afirmar que a fotografia paraense destaca-se na produção contemporânea brasileira porque foi um movimento que soube incorporar as diferenças internas e atingir uma dimensão social, cultural e política, que nenhuma outra região do país conseguiu.” Rubens Fernandes Júnior1 Para introduzir uma leitura crítica sobre a evolução da fotografia paraense nas últimas três décadas, vamos falar inicialmente de alguns fatos e momentos históricos que, relacionados, podem nos ajudar a entender a constituição do pensamento articulador de um movimento que projetou a produção do fazer fotográfico de Belém do Pará ao reconhecimento nacional e internacional.
ANTECEDENTES 1. Nos anos de 1950, um grupo de pessoas movido por uma vinculação apaixonada e diletante com a fotografia se organiza e cria o Foto Clube do Pará, que passa a promover encontros, passeios fotográficos, cursos, exposições e intercâmbios com organizações similares, integrando o Pará no movimento fotoclubista nacional e internacional. Na IV Bienal de Arte Fotográfica Brasileira, realizada em 1966, o Foto Clube do Pará conquista o 2o prêmio, recebendo o Troféu Hercule Florence. Fato curioso, se lembrarmos que, antes de mergulhar nas investigações sobre processos de reprodução e impressão que o levaram à descoberta2 isolada da fotografia em 1833, anos antes portanto do invento atribuído a Jean Louis Mande Daguerre, Hercule Florence aportou em Belém do Pará em 1829 na condição de desenhista e cronista da famosa expedição Langsdorff. Nos anos de 1970, apesar da dispersão do movimento fotoclubista paraense, alguns remanescentes continuaram ativos nas suas práticas, entre os quais Aldo Moreira, o médico Eliezer Serra Freire e Gratuliano Bibas. Os dois primeiros foram grandes incentivadores na iniciação do jovem Luiz Braga3, que,
no inicio dos anos 80 se lança na carreira autoral e posteriormente virá se transformar em ícone da fotografia paraense. Gratuliano Bibas, por sua vez, ousou experimentos e produziu uma obra instigante que proporciona diálogos com a produção contemporânea.4 2. A criação da União de Fotógrafos de Brasília em 1976 e dos Fotógrafos do Estado de São Paulo em 1980 marca a mobilização, e posicionamento dos repórteres-fotográficos face a mudança no mercado, impulsionada pela crescente demanda por uma produção diferenciada e autônoma do profissional free-lancer. Assim, a pauta própria, a tabela de preços mínimos e o respeito pelos direitos autorais tornam-se bandeiras de luta do movimento de fotógrafos. Nesse contexto nascem as primeiras agências de fotógrafos independentes, como a F4 em São Paulo (1979), com Nair Benedicto, Juca Martins, Delfim Martins e Ricardo Malta, e a Ágil Fotojornalismo em Brasília (1980), com Milton Guran e Kim-Ir-Sem, aos quais se juntaram posteriormente André Dusek, Beth Cruz, Rolnan Pimenta, Salomon Cytrynowicz, Luis Humberto, Waldir Pina, Mailena, Silvana Louzada, a paraense Leila Jinkings, Rui Faquini, Juan Pratginestós, Varella e outros.
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3. Nesse mesmo período, os movimentos de resistência e luta contra a ditadura militar ganham força e ocupam a cena política e cultural do país, provocam o fim do Ato Institucional no 5 (AI-5) e seguem na luta por uma lei que anistiasse os presos, exilados e processados pelos chamados crimes por motivação política. Aprovada em agosto de 1979, a Lei da Anistia, mesmo que restrita, permitiu o regresso dos chamados expatriados que um dia tiveram que deixar o país. Apesar dessas conquistas, o aparato repressivo patrocinado pelos militares, continuou ativo e feroz pelos anos seguintes, exigindo a mobilização da sociedade na luta por uma ordem democrática plena, que só se concretizou com exercício das eleições livres de 1989 e a mobilização que forçou a renuncia do presidente Collor em 1992.
senvolvida na Oficina, seus participantes resolvem se organizar e constituir um grupo, para dar a continuidade ao processo recém iniciado. Com a acolhida de novos integrantes nesse grupo, inclusive de profissionais atuantes como Geraldo Ramos, João Ramid, Patrick Pardini e o cineasta e educador Januário Guedes, surge o Grupo Fotoficina, embrião de um processo que se instala e vai desdobrar-se em outras experiências, que constituem a trajetória recente da fotografia paraense.
4. Idealizado pelo fotografo Zeka Araujo, é criado em 1979 o Núcleo de Fotografia da Funarte e, em seguida, a Galeria de Fotografia, primeiro espaço expositivo no Brasil dedicado exclusivamente à fotografia. A realização, nesse espaço, de exposições coletivas e individuais começa a delinear o perfil da produção fotográfica brasileira contemporânea, além de ressaltar fatos históricos marcantes do século XIX e do período moderno.5
1. Natureza
5. Em 1980, chega a Belém o paulista Miguel Chikaoka, vindo de uma temporada na França, onde fora morar como bolsita em engenharia, carreira que acabou abandonando pela fotografia. Em Belém, aproxima-se dos movimentos políticos e culturais emergentes e é acolhido pelo Núcleo de Imprensa do Jornal Resistência, órgão da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos, articuladora dos movimentos populares e das forças políticas que lutavam pelo fim do regime militar e em seguida pelo Grupo Ajir, um coletivo de artistas e arte educadores afinados na luta pela liberdade de expressão cultural e artística e por uma educação transformadora. 6. Em 1981, incentivado pelos colegas do Grupo Ajir, Chikaoka desenha e ministra a Oficina de “Iniciação à Arte Fotográfica”, tomando como referência seu processo de aprendizado como integrante de um Foto Clube de Estudantes Universitários em Nancy, na França e inspirado nos pensamentos de obras de autores6 que leu durante o seu período universitário. Motivados pela proposta de reflexão crítica do aprendizado e prática de-
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REFLEXÕES SOBRE A NATUREZA DESSA EXPERIÊNCIA E O AMBIENTE ONDE ELA NASCE E SE DESENVOLVE
É da natureza humana que indivíduos procurem se estruturar coletivamente movidos por afinidades, desejos ou sonhos dos mais diversos, para construir seu desenvolvimento através da cooperação sistêmica em beneficio da aprendizagem e do bem estar comum. Num plano primário poderíamos considerar, portanto, que as experiências do Foto Clube do Pará e o Fotoficina guardam semelhanças na motivação dos atores que neles resolveram investir. Porém o Fotoficina nasce num período no qual reinava um elevado grau de motivação política para organizar e produzir ações com focos convergentes, num ambiente favorável, portanto, para semear e cultivar experiências coletivas. O exercício de agir e refletir coletivamente sobre as práticas realizadas nesse ambiente, constituiu a essência base do pensamento norteador da Fotoficina, que prosseguiu com o Grupo Fotopará e continua atualmente com a Fotoativa.
2. Visão estratégica Um “fluxograma de ações” do Fotoficina, esboçado em novembro de 1983, revela que ações locais como as oficinas e cursos, grupos de estudo e projetos, como a Mostra Paraense de Fotografias – Fotopará, eram pensadas e planejadas levando em conta a evolução da fotografia na cena cultural e política local e nacional. Nesse desenho, é possível observar, por exemplo, que a movimentação local envolvendo te-
mas amplos, como a educação, pesquisa e memória, já se articulava com a atuação da União de Fotógrafos, a criação de Agências de Fotógrafos Independentes e as ações do Núcleo de Fotografia da Funarte. O projeto Fotopará – Mostra Paraense de Fotografia, realizado por três anos consecutivos (1982 a 1984), com o objetivo de mapear e discutir a prática da fotografia no estado do Pará, experimenta um deslocamento do olhar e adota primeiramente um processo seletivo por um júri predominantemente “leigo” em fotografia, constituído por ativistas culturais, arte educadores, jornalistas, poetas, designers, arquitetos e artistas plásticos. Em seguida, propicia o acesso do público ao conjunto das obras inscritas: os trabalhos não selecionados, acomodados num grande álbum, foram colocados à leitura do publico no ambiente da galeria onde estavam expostos os trabalhos selecionados. Por fim, já no final da primeira edição, insatisfeitos com a limitação de horário de funcionamento da galeria, a coordenação do projeto sugere aos fotógrafos participantes um encerramento apoteótico: estender simbolicamente o horário de visitação retirando os trabalhos da galeria para montar um grande Fotovaral7 que, por sua vez, foi aberto à participação de quem quisesse mostrar seu trabalho. Esse evento marca a apresentação “oficial” do Fotovaral enquanto proposta de ação que, pela sua versatilidade e leveza, ganha autonomia, deslocando-se por lugares e situações onde a fotografia servia como meio para abordagem de questões em pauta nesse contexto. Finalmente, durante a última edição da Mostra Fotopará, realizada em parceria com a Secretaria da Cultura do Pará e o Instituto Nacional de Fotografia em 1984, é decidida a criação do Grupo Fotopará, constituído por integrantes do Fotoficina e participantes seduzidos pelos encontros e debates que permearam as três edições da Mostra. Esse período marca também o surgimento de importantes eventos locais e nacionais, com os quais o movimento fotográfico paraense articulou, mesmo que indiretamente, alguma conexão potencializadora para o seu desenvolvimento. As Semanas Nacionais de Fotografia – SNF8, promovidas pelo Núcleo de Fotografia da Funarte, depois IFOTO, servem de termômetro para medir o grau de interesse e a capacidade de articulação local. Mirando uma presença organizada e contundente na III SNF, realizada em 1984 em Fortaleza-CE, os fotógrafos
paraenses decidem converter a indicação de um representante da região patrocinado pela Funarte, numa comitiva de cinco pessoas, cada uma representando um segmento de atuação da fotografia, que se desloca até a capital cearense com os patrocínios obtidos pelo coletivo. Esse clima de mobilização se estendeu pelo ano seguinte, na constituição de uma comissão local que foi a parceira principal da Funarte na organização, acolha e realização da IV SNF em Belém. Essa comissão foi capitaneada por Luiz Braga, que presidia o recém constituído Grupo Fotopará. A presença paraense nas edições seguintes da SNF continuou muito forte, chegando a 13 em Curitiba (1986) e 28 em Ouro Preto (1987), produzindo um leque diversificado de contatos e experiências que abriram novos horizontes para a projeção da fotografia paraense. Essa prática se estendeu pelos encontros e festivais de fotografia, que surgiram por todas as regiões do país. Enquanto isso, o Grupo Fotopará, estimulava o exercício de produção e reflexão com a realização da Jornada “24 horas de Belém” (1985), uma réplica do que já vinha sendo praticado em outras regiões e no exterior, na qual a cidade é revelada nas suas 24 horas de um determinado dia através de olhares dos fotógrafos participantes; o projeto “Rio Abaixo Rio Acima” (1986) com o objetivo de inventariar em imagens o cotidiano da orla de Belém, zona de interação entre a cultura urbana e a vida ribeirinha, e o projeto Autografias (1986), que consistia em relatos de leituras sobre a vida e obra de fotógrafos renomados, feita por escolha de uma ou mais pessoas, fotógrafos ou não, com base numa bibliografia ao alcance, limitada a poucos volumes cedidos de acervos particulares. Eugène Atget, André Kertéz, Eugene Smith, Henri Cartier-Bresson, Diane Arbus e Man Ray entre outros foram os autores visitados num tempo em que a internet ainda não existia. Não seria incorreto pensar que essas vivências foram determinantes para o crescimento da produção fotográfica paraense que se revela nos anos seguintes, em quantidade, qualidade e diversidade, participando de Salões locais como o Arte Pará9 e Pequenos Formatos10, conquistando sucessivas premiações e o reconhecimento de júris constituídos por pesquisadores, curadores, críticos e artistas de todas as regiões do país. No plano nacional, essa produção foi percebida não só nos eventos e espaços expositivos, mas,
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também em prêmios e editais, como o Marc Ferrez, de apoio à criação, pesquisa, reflexão teórica e ensaios documentais e artísticos. Mais de duas décadas passadas, pode-se notar que essa tendência continua, haja vista que na volta do prêmio Marc Ferrez de 2010 foram três autores paraenses contemplados. Coleção Pirelli MASP, Prêmio Porto Seguro, dezenas de mostras individuais e coletivas realizadas no Brasil e no exterior, a Bienal de Veneza com Luiz Braga e Bienal de São Paulo com Guy Veloso são algumas referências que permitem estabelecer conexões com o projeto livro-cd-site Fotografia Contemporânea Paraense 80-9011, publicado no inicio dos anos 2000 que traça um rico panorama da fotografia paraense a partir de um recorte do que foi produzido nas duas décadas anteriores.
3. Visão crítica do processo e o momento atual Em junho de 1983, ainda pelo Fotoficina, Chikaoka ministra uma oficina de iniciação intitulada “Fotoativa – Iniciação à fotografia para crianças e adultos”, que acaba servindo de inspiração para a criação do projeto “Fotoativa – Núcleo de Oficinas Permanentes do Fotoficina”. Como até então, o Fotoficina não havia conquistado a sua personalidade jurídica, esse projeto foi inscrito num edital da Funarte através da Fadesp – Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa e obteve apoio financeiro para execução, através de uma Carta-Compromisso, selada entre a Fadesp e a Funarte, em 14 de agosto de 1984. Como desdobramento das atividades desse Núcleo, surge o projeto Fotoativa Cidade Velha, constituído por ações concatenadas com as “Serestas da Praça do Carmo”, um projeto de revitalização do bairro da Cidade Velha promovido pela Secretaria Municipal de Cultura de Belém. Conduzido por fotógrafos e alunos das oficinas o Projeto Fotoativa Cidade Velha reuniu quatro ações complementares expedições fotográficas organizados por temas; foto-animação com estúdio interativo improvisado por e para moradores e visitantes do bairro; registros fotográficos de programações culturais, culminando com fotovarais na praça do Carmo, reunindo o produto das anteriores. O vigor e a riqueza desse processo magnetizam e envolvem uma grande parte dos integrantes do Grupo Fotopará, esvaziando-o sobremaneira nas discussões
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sobre as questões relativas à organização e gestão da entidade. Esse esvaziamento do Grupo Fotopará pelo deslocamento de seus integrantes para uma ação pautada no exercício do processo ideia-prática-reflexão merece um olhar sobre o envolvimento das pessoas no exercício de construção de processos coletivos. Não há dúvida que, num certo estágio de organização e atuação coletiva em prol de objetivos comuns, a formalização de compromissos entre os seus integrantes torne-se necessária. E isso pressupõe um pacto pautado em obrigações e deveres previamente definidos, aprovados e firmados por todos e que devem ser cumpridos. Esse pacto é uma conquista que exige sensibilidade e vivência, pois, se alcançado sem a devida maturidade, pode destruir-se pela insustentabilidade do compromisso firmado e, caso esta maturidade demore a chegar, acabe por cansar e esvaziar o coletivo. O processo de organização e atuação do Fotoficina, do Fotopará e da Fotoativa se enquadram nessa perspectiva. Enquanto as realizações do Fotoficina se deram paralelamente ao processo de discussão e elaboração do seu estatuto, que acabou não se concretizando nem no papel, o Grupo Fotopará alcançou sua personalidade jurídica mas sem atingir a plena consciência da importância dessa condição, de forma que seus integrantes acabaram seduzidos pelo lado prático da convivência migrando para as ações do projeto Fotoativa. A Fotoativa, por sua vez, atuou durante mais de quinze anos sem o amparo de uma existência jurídica que só se concretizou em janeiro de 2000, após quatro anos de muitas discussões, idas e vindas. Nesse período viu surgir alguns coletivos como o Caixa de Pandora12 com Claudia Leão, Flavya Mutran, Mariano Klautau Filho e Orlando Maneschy. Nessa longa e por vezes confusa trajetória, observa-se que todas as experiências foram permeadas pelo desejo primário de compartilhar evidências e informações, aprender e praticar juntos. A herança desse processo encontra-se hoje depositada na Fotoativa, que a partir do momento que assumiu o seu estatuto de associação, há dez anos, busca exercitar uma organização responsável, mas suficientemente leve e flexível, evitando o engessamento de seus movimentos para preservar a capacidade de articular-se amplamente. Hoje, os projetos anuais como o Pinhole Day Belém, que celebra a pratica da fotografia pinhole com um ampla programação cultu-
ral e educativa; o Colóquio de Fotografia e Imagem, idealizado por Mariano Klautau Filho – que propõe um espaço de reflexão crítica sobre a relação entre produção imagética e os diversos campos do conhecimento –; o Largo Cultural das Mercês, uma feira que se instala na praça sede da Fotoativa que reúne jornadas, exposições e projeções junto com as demais linguagens artísticas. Mais recentemente, o Café Fotográfico soma-se a esses outros projetos constituindo uma teia de ações formadoras de público e de opinião. Mensalmente, o Café propõe um diálogo aberto entre o artista, criador, pesquisador e o público.
4. Pedagogia da Luz A matriz do pensamento crítico de boa parte dos que atualmente pesquisam e fazem fotografia no campo artístico-cultural e educativo no Pará se formou no exercício do aprendizado-prática-reflexão, tendo a fotografia não como uma disciplina, mas como um manancial de possibilidades, aberto a múltiplas abordagens. Abordagens que foram se multiplicando ao longo dos anos, mas sempre focadas num objetivo comum: a emancipação das pessoas. Nessa busca, produziram-se dois deslocamentos marcantes: inicialmente, nas oficinas de “fotografia artesanal”, termo adotado para designar a prática da
fotografia pinhole e do fotograma, promovidas pelo Fotoficina. O aprendizado era então pautado no processo fotográfico em si; a partir do final da década de 1980, com a “fotografia sensorial”, o exercício passa a se produzir no universo das imagens, e não mais puramente com a fotografia; já no final da década de 1990, com a proposta das oficinas “brincando com a luz”, a relação ‘simbiótica’ matéria-símbolo, universalmente presente na cultura do elemento luz, é tomada como território inspirador e norteador do processo, ampliando exponencialmente a possibilidade de abordagens transversais. Desde então, predomina o caráter transdisciplinar desse exercício de investigação-construção do olhar-conhecimento. O que essas vivências proporcionam como experiência individual, potencializada pelo exercício coletivo, é considerado fundamental, tanto que, no desenvolvimento de qualquer atividade proposta, cada instante-movimento é objeto para o exercício do olhar atento e investigativo sobre suas potencialidades na construção do conhecimento crítico do mundo físico, social e espiritual. Como consequência, a chance para exercitar a necessária economia de meios e refletir sobre os fazeres e as tecnologias que permeiam nosso cotidiano. Miguel Chikaoka Fotógrafo e produtor cultural
Rubens FERNANDES JR, “Fotografia Paraense – militância política, dissonância poética”, www.fotoparaense80-90.pa.gov.br/Rubens_texto.htm Boris KOSSOY, “Hercule Florence – A descoberta Isolada da Fotografia no Brasil”, EDUSP. Rubens FERNANDES Junior, “Fotografia Paraense – militância política, dissonância poética”, www.fotoparaense80-90.pa.gov.br/Rubens_texto.htm 4 Orlando MANESCHY, “O corpo sutil das imagens – Fotografias de Gratuliano Bibas”, www.fotoparaense80-90.pa.gov.br/Orlando_texto.htm 5 Angela Magalhães e Nadja Fonsêca Peregrino, “Passando a história a limpo: a Funarte e a Fotografia Brasileira”, www.rpcfb.com.br/2011/01/passando-a-historia-a-limpo-a-funarte-e-a-fotografia-brasileira 6 Paulo FREIRE (Pedagogia do Oprimido), Augusto BOAL (Teatro do oprimido e Jogos para atores e no atores), Clarice LISPECTOR (Uma aprendizagem ou o Livro dos prazeres), Raoul VANEIGEM (Traitédusavoirvivre a lusage de jeunesgenerations), David COOPER (Le language de la folie e Mort de lafamille) e Ronald LANG (La politique de l’experience e La politique de lafamille). 7 O Fotovaral consiste em expor fotografias ao ar livre, montadas sobre cartolina ou similares e presas num varal de roupas. Uma proposta de despojamento, de sair do esquema das salas de exposição e galerias com seu ordenamento e limitações de tempo e espaço. Uma opção libertadora pela leveza, mobilidade, versatilidade e quase imaterialidade do suporte. 8 Angela Magalhães e Nadja Fonsêca Peregrino, “Passando a história a limpo: a Funarte e a Fotografia Brasileira”, www.rpcfb.com.br/2011/01/passando-a-historia-a-limpo-a-funarte-e-a-fotografia-brasileira 9 Arte Pará, promovido anualmente pela Fundação Rômulo Maiorana, desde 1982 é tido com um dos mais importantes salão regional de arte. 10 Pequenos Formatos, Salão de arte para obras de pequeno formato (até 40 cm) promovido anualmente pela Universidade da Amazônia, desde 1984. 11 “Fotografia Contemporânea Paraense – Panorama 80/90”, www.fotoparaense80-90.pa.gov.br 12 Caixa de Pandora – Núcleo de imagens, fundado em 1992 por Claudia Leão, Flavya Mutran, Mariano Klautau Filho e Orlando Maneschy, com o objetivo de realizar pesquisa e experimentação de procedimentos poéticos com a fotografia em suportes diversos. 13 Patrick Pardini, “Escola de Belém – Artesanado da Iniciação”, www.fotoparaense80-90.pa.gov.br/Patrck_texto.htm 14 Ao tomar conhecimento do trabalho da fotógrafa carioca Regina Alvarez que estivera na capital paraense ministrando uma oficina de fotografia pinhole, Chikaoka decide experimentar o dispositivo e, no ano seguinte, acaba por incorporá-lo à Oficina de Fotografia Fotoficina. 1 2 3
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6 MARCAS DO NORDESTE NA FOTOGRAFIA BRASILEIRA Angela Magalhães/Nadja Peregrino Curadoras e Pesquisadoras Associadas
A proposta deste artigo é refletir sobre a fotografia nordestina, partindo de nossa trajetória como curadoras e do elenco de alguns autores que acabam por defini-la. Trata-se de invocar, de início, a conexão com o assunto através do nosso livro Fotografia no Brasil: um olhar das origens ao contemporâneo (Funarte/MINC, 2005), onde demos visibilidade a ícones do fotojornalismo brasileiro: registros que atestam a longa tragédia da seca e da violência no Nordeste como emblemas permanentes na história da cultura brasileira. Assim, tomemos como exemplo os carte-de-visite do fotógrafo Joaquim Antonio Correia, autor da primeira reportagem sobre a seca no Ceará (1878) que retrata homens e mulheres em estúdio, num estado desolador de inanição, uma dramática denúncia social veiculada na capa do semanário O Besouro. Por sua vez, as fotografias do libanês-brasileiro Benjamim Abraão, publicadas na revista Noite Ilustrada, de circulação nacional, mostram Maria Bonita e Lampião, junto aos cachorros de estimação Guarani e Ligeiro (1936), numa versão mais humanizada do mítico casal de cangaceiros que desafiou as leis da República do Brasil. Neste livro mostramos, ainda, a antológica foto das cabeças decapitadas dos principais líderes do cangaço – mortos na Fazenda de Angico, sertão sergipano (1938) – num sinal inequívoco da barbárie, da estupidez e da insanidade praticada pelo homem.
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Não são poucos os exemplos em que a região Nordeste esteve presente em nossa vida. De imediato, lembramos a III Semana Nacional de Fotografia, realizada em Fortaleza (1984), que nos trouxe a oportunidade de conhecer mais de perto a produção do fotógrafo Chico Albuquerque. Ali, desvelamos a doce presença do “seu Chico”, que em seu estúdio transmitia o virtuosismo técnico para amadores e profissionais da área. Lembramos com carinho de seu olhar perspicaz, da imaginação fértil, da excelência de seu acervo, impregnado por uma visão idílica da terra natal e da vida marcada por vagarosa gestação. Não surpreende, portanto, que Albuquerque tenha recebido da Funarte o Prêmio Contribuição à Fotografia Brasileira (1988), um reconhecimento à sua atuação pioneira no campo da fotografia publicitária no Brasil. Além disto, o ano de 1984 foi pródigo em realizações: coordenamos a mostra IFOTONORDESTE, evento promovido pelo Instituto Nacional de Fotografia /Funarte, a partir de uma política de atuação voltada para o mapeamento dos fotógrafos e das manifestações culturais da região. No catálogo desta mostra, vemos a expressiva participação de fotógrafos do Ceará, da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, boa parte deles conhecidos pela sua atuação (Celso Oliveira, Chico Albuquerque, José Albano, Gentil Barreira, Silas de Paula, José Caldas, Adenor Gondim, Aristides
Alves, Ieda Marques, Isabel Gouvêa, Juarez Cavalcanti), entre tantos outros. Mais ainda, esta mostra sinalizava a crescente valorização da chamada fotografia criativa, tal como defendida pelo crítico francês Jean-Claude Lemagny. Para além do próprio tema enfocado, coloca-se em prática a hipótese de que a fotografia em preto e branco, longe de ser reduzida a uma cópia fria e plana, conteria uma espessura plástica atada a uma densidade do ser. A adoção da fotografia em preto e branco pela maioria daqueles fotógrafos enunciava, talvez, o desejo de se restaurar uma relação meditativa com a região de origem. Seguiam uma linha já antecipada pelo norte-americano Ansel Adams, famoso pela criação do sistema de zonas no processamento da fotografia preto e branco. Ao contrário de Miguel Rio Branco que, em sua exposição Nada levarei quando morrer, aqueles que mim deve cobrarei no inferno (Galeria de Fotografia da Funarte, RJ, 1980) traduz em cor a ambiência da comunidade do Pelourinho (BA) para mostrar em instigantes narrativas visuais o quase abstrato contraposto a um contundente realismo. Este também é o momento de constatar que, de alguma maneira, o imaginário nordestino vem se mantendo na produção de diversos fotógrafos brasileiros. Lançando mão do fotodocumentarismo e de distintas estratégias artísticas, este imaginário representa desde o emblemático ciclo das secas e dos retirantes nordestinos até as tradições culturais e sociais embebidas pelo cosmopolitismo. Fazem, portanto, da fotografia um ato de entrega ao mundo concreto, para incorporar, tempos depois, a qualidade da cor e da luz imposta pelo próprio contato com o espaço: um sinal de mudança no foco da produção brasileira. Um exemplo marcante pode ser visto no livro Mar de luz (2000) do grupo “Dependentes da luz”, de Fortaleza, que na contramão das imagens exóticas, lança mão de abordagens menos parciais e difusas de nossa cultura. Ali a cor é o elemento dominante. Surge exuberante nas figuras desfocadas em primeiro plano, na luminescência do contra luz, nos cortes abruptos, nos close-ups radicais; bem como nas cenas casuais, onde a interferência do fotógrafo pouco aparece, a não ser pelos sinais de uma composição cuidadosa e instigante. Na verdade, o que aqui aflora é o fotógrafo como produtor de conhecimento, que reitera a
identidade brasileira sem deixar de consignar a força de sua expressão poética. Lembremos, por exemplo, de Evandro Teixeira, baiano de Jequié, que persegue o sonho de fotografar a lendária Canudos – terra de Antonio Conselheiro – procurando resgatar os vestígios de memória da guerra (Alto dos Enforcados, Lagoa de Sangue, O Vale da Morte) – e os relatos das lembranças dos quase centenários descendentes da região. Suas fotografias mostram a aridez da paisagem dominada pela caatinga ressequida, entremeada pelas raízes de umbu, mandacarú e juazeiro – afagos sobre a terra desabrigada e desértica. Os vaqueiros e os criadores de cabra são representações simbólicas de vida diante do quadro de absoluta pobreza do solo calcinado pela seca. Já Antonio Augusto Fontes adentra o Raso da Catarina, a quinta-essência do nosso semi-árido, um espaço mitológico, cuja dimensão imemorial povoou sua infância em terras paraibanas. Tendo o jornalista Cláudio Bojunga como parceiro, Fontes traz uma investigação formal inspirada no famoso ensaio Let us now praise famous man (anos 1930), do norte-americano Walker Evans, propondo uma “ars poética”, assentada na força e vigor dos retratos de mulheres e homens sertanejos. Tal como Anna Mariani, que realiza num estilo impessoal e contido, um inventário fotográfico das fachadas dos casarios multicoloridos espalhados pelo litoral e sertão nordestino. Em suas fotos, a bidimensionalidade e a materialidade da cor despontam como condição sine-qua-non da análise deste ensaio. Seguindo outras veredas, o cearense Tiago Santana, o paraibano Gustavo Moura e o pernambucano Alexandre Severo, da mesma forma que Maureen Bisilliat, tomam a literatura regional como fonte de inspiração. Para Santana o ponto de partida é o antológico livro Vidas secas (Graciliano Ramos, 1938), um relato da condição dramática de vida de uma população sobressaltada por toda sorte de dificuldades. Tal qual Graciliano, Tiago acentua em suas fotos não somente os elementos característicos da cultura local – a casa de pau a pique, a indumentária do vaqueiro, a mansidão da paisagem – como também instaura uma dinâmica concretizada pelo estilo fotográfico espontâneo e vibrante, em composições de cortes abruptos. Gustavo Moura, por sua vez, em seu
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livro Do reino encantado, embebe-se de uma carga simbólica presente na obra do escritor Ariano Suassuna. Na poética de seu trabalho, o que impera é a imaginação, uma forma imaterial que nos faz transcender a concretude do sertão. Por fim, Alexandre Severo, através de retratos em estúdio montado ao ar livre, alude em seu ensaio Os sertões, à obra homônima do escritor Euclides da Cunha, um marco inaugural da reportagem brasileira, cujo livro foi publicado em 1902. A fotografia popular é o leitmotiv da obra do pernambucano Luiz Santos. Em parceria com Tonho Ceará, um fotógrafo lambe-lambe quase em extinção, idealiza uma viagem para a cidade natal de Tonho em Juazeiro do Norte. É nesse percurso que surgem personagens como vaqueiros, ciganos e índios, registros atemporais, precários em sua materialidade, tendo como pano de fundo a paisagem do semi-árido nordestino. Não por acaso, também, Luiz Santos incorporou as interfe-
rências do fotopintor cearense Mestre Júlio, às fotos que fez nos Salões de Beleza do Hospital Psiquiátrico da Tamarineira, em Recife. São “fotopinturas contemporâneas”, um termo criado por Santos, com o intuito de criar uma possível conexão entre os processos artesanais e a tecnologia digital, uma prática atual que vem substituindo as antigas técnicas fotográficas num processo contínuo e ininterrupto. Sob outra ótica, as imagens performáticas do pernambucano Rodrigo Braga – Desejo eremita – realizado durante um período de moradia no Sertão Pernambucano (2009), apontam para uma leitura transversa das recorrentes logomarcas visuais. De forma mais visceral, Rodrigo desmonta a noção de uma identidade fixa, estável e apartada da ação do artista, quando intervém na paisagem criando situações inesperadas. Trata-se, por fim, de uma expressão poética mais alargada no conjunto dos ensaios aqui destacados.
7 VIVA A UNIÃO! – UNIÃO DOS FOTÓGRAFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO Juan Esteves Fotógrafo e crítico de fotografia
A União dos Fotógrafos do Estado de São Paulo, UFESP, surgiu num período bem peculiar da história brasileira. Pensada por fotógrafos de São Paulo lá por 1979, para o resgate, reconhecimento e valorização da profissão – e em parte inspirada pela criação da União dos Fotógrafos de Brasilia, UFB, no ano anterior – entrou pela década seguinte num país que seria marcado por acontecimentos políticos históricos. Ainda não tínhamos um presidente eleito pelo povo diretamente, a democracia não era plena, como ainda não é hoje, e em 1980 a entidade era oficializada tornando-se uma das mais atuantes entidades da fotografia brasileira até seu último ano de existência em 1994. Oriunda de uma comunidade de fotógrafos mais ligados ao jornalismo, a UFESP surge numa ocasião em que a liberdade de imprensa seguia de certa forma restrita, momento em que os fotógrafos que trabalhavam profissionalmente começaram a se movimentar pelos seus direitos mais simples como o registro sindical – pleno e desvinculado das empresas gráficas ou jornalísticas, por uma categoria reconhecida pelo Ministério do Trabalho, por uma tabela de preços mínimos, e pelo direito de autor, o chamado crédito ao lado da imagem fotográfica ou, resumindo, pelo respeito e liberdade de trabalhar. Para seu primeiro presidente, Roberto Cecato a experiência gerada por fotógrafos como Luis Humberto em Brasília, que não somente teorizava sobre o meio, mas que aplicava certos avanços na redacão do
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jornal onde era editor, forneceu um embasamento teórico e estético que se desdobrava sobre a realidade brasileira. Era preciso fazer algo não só pelos fotógrafos ou pela fotografia, mas pelo país. Pode parecer estranho para um fotógrafo criado na geração 00, por exemplo, o fato de que como profissão, naquela época a categoria “fotógrafo” não existia, e apesar do encaminhamento legislativo moroso, comissões parlamentares capengas, só agora em 2011 estamos chegando perto dessa existência real, e ainda sim, longe da ideal. Igualmente peculiar era o fato das imagens serem publicadas em revistas e jornais sem o nome de seu autor. O desrespeito corria solto, moralmente e financeiramente. Aberrações surgiam, e quem tinha um estúdio era vinculado ao Sindicato das Empresas de Artes Fotográficas. Mas, não se enganem, pois de artístico, não tinham nada, e numa tradução livre, isso permitia que tanto um fotógrafo publicitário quanto o sujeito do linotipo de uma gráfica, ou um balconista de loja de materiais fotográficos (sem desmerecer o trabalho destes) tivessem o mesmo status sindical, e o que importava mesmo era a tal de contribuição sindical obrigatória. Ironia à parte, uma excrescência surgida na década de 1960 criada no início da ditadura militar. Aqueles que trabalhavam nos jornais eram “repórteres-fotográficos”, criados pelas redações, muitos deles resultado de um curioso “processo evolutivo”: O sujeito entrava como contínuo, ou “office boy”, para
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usar um termo de então, arrumava uma vaga no laboratório fotográfico, e depois de quase ficar com as unhas pretas por conta dos químicos –e, se tivesse um talento inato- com sorte virava repórter-fotógrafico. Ia cobrir a madrugada, e quem sabe, um dia trabalharia pela manhã ou pela tarde, fazendo alguma imagem que pudesse ser publicada numa sonhada primeira página. Poucos conseguiram. Portanto, quando em 1980 fotógrafos paulistas começam a se mobilizar em busca de definir a profissão, estava lançada uma proposta ousada que não seria fácil de ser conseguida: literalmente a União dos Fotógrafos do Estado de São Paulo, congregou um contigente enorme de profissionais dos mais diferentes matizes. Precisamos lembrar que mais adiante, na década de 1990, o Sindicado dos Jornalistas de São Paulo, que expedia a carteira de identidade para o repórter-fotográfico ( o termo fotojornalista ainda estava distante), e seu famoso broche amarelinho numerado para poder entrar no estádio de futebol, teve um presidente que declarou certa vez que: “A fotografia era a “porta dos fundos” do jornalismo, numa analogia aos fotógrafos que conseguiam seus registros como profissionais no Sindicato...Bem, mas isso é uma outra história... Vamos voltar então a janeiro de 1980, através de uma Assembléia Geral Ordinária, elegeu-se Roberto Cecato, então fotógrafo freelancer que trabalhava para O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde, e como vice Marcos Santilli, quando ficou decidido que a sede provisória da União seria na Galeria Álbum, na Av. Brigadeiro Luiz Antonio, de propriedade do fotógrafo José de Boni. Lá estavam fotógrafos como José Varella, Rosa Gauditano, Jorge Rosemberg, Nelson Toledo, Juca Martins, Jorge Araújo, Nair Benedicto, Antonio Saggese, Juvenal Pereira, Armando Prado, Bernardo Alps, entre outros. Também alguns jornalistas como Moracy de Oliveira e Rubens Fernandes Junior, gente de dentro e de fora das redações, querendo dignificar o que faziam, serem respeitados por uma profissão real, mas que aos olhos da maioria dos políticos e sindicalistas, simplesmente não existia. Bem, se os burocratas da imprensa e a maioria dos sindicalistas não estavam interessados, aqueles ligados a arte abraçaram a causa e a União dos Fotógrafos do Estado de São Paulo, teve apoio do Museu da Imagem e do Som, MIS onde ocorreu o debate aberto “Material Fotográfico no Brasil, Problemas e Soluções”, um encontro com fabricantes e
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representantes do governo, aberto aos interessados em 1981. No mesmo ano e lugar, foi demonstrada as atividades da União, entre 1980 e 1981, entre outras coisas a criação de um apoio jurídico que deu assessoria aos associados em questões como contratos com editoras. A UFESP contou em sua luta com a participação do advogado Eduardo Vieira Manso, um dos pioneiros na questão dos Direitos Autorais e acabou antecipando os ideais do chamado manifesto La Pyramide, proposto em 1989 na França, que lançou uma abrangência internacional sobre o tema. E se os ventos corriam contra a ditadura, a entidade também seria arrojada ao ponto de lançar o encontro “Video Foto Versus Fotografia convencional” que ocorreu na Galeria Álbum. Segundo Cecato, um projeto pioneiro e visionário de Zé de Boni, por conta, imaginem só, do lançamento da primeira câmera digital da Sony. Mais do que atual a questão! O país ainda continuava no bi-partidarismo e sem eleições diretas, e a primeira fase da UFESP se caracterizava pela luta aos seus direitos mais básicos, como o devido crédito nas imagens, e uma tabela de preços mínimos para ser praticada pelos contratantes, revistas, agências, entre outros. A posição seria levada ao Congresso Nacional e a primeira contribuição foi do economista Jorge Rosemberg, então no início de sua carreira como fotógrafo, que o levaria a grandes publicações como Veja e a agências como a Fotograma. Hoje as tabelas são prática comum, ainda que o tal piso continue, como de início, abaixo da realidade, mas segue firme como referência. Cecato foi substituído por Ricardo Malta, que também em 1979 ajudou a criar a icônica Agência F4. Malta tinha como vice o fotógrafo Juvenal Pereira, que já tinha participado como membro do Conselho Consultivo da UFB que teria como presidente Salomon Cytrynowicz, outro membro da F4. Além das atividades em prol da regulamentação da profissão, atividades de apoio cultural, a UFESP, também publicou um newsletter com suas atividades. Paralelamente à ação política, veio o importante movimento cultural em 1983, a UFESP organiza e inaugura o espaço “Foto Atuação”, Espaço de Atuação Cultural, destinado as atividades fotográficas concebidas pela entidade, abrigado no Centro Cultural São Paulo, espaço mantido pela Prefeitura da cidade, que firmaria uma profícua parceria com os fotógrafos: Entre outras importantes exposições a mostra coletiva
com o emblemático nome “Fotografia Denúncia” e um encontro para debates. Para o historiador Ricardo Mendes, um dos mais importantes pesquisadores da fotografia contemporânea, os eventos da UFESP expressavam com clareza o espírito de uma geração sobre a função da fotografia como instrumento de ação social, bem como o seu reconhecimento do seu potencial de articulação. Unindo a questão ética e profissional às parcerias culturais e de fomento, em agosto de 1983 é inaugurado no CCSP a mostra “Fotografia, uma expressão pessoal” e ainda no mesmo mês, é organizada uma palestra sobre o Mercado de Trabalho, frutos das atividades da entidade. Em substituição a Ricardo Malta, outro fotógrafo teria um papel relevante na presidência da entidade, dando continuidade a suas políticas e rumando para as questões culturais, as preocupações mais filosóficas em torno da imagem: André Boccato, fotógrafo, editor, dealer e um dos pioneiros nas galerias de arte fotográfica no Brasil. Em 1984, no mesmo Centro Cultural São Paulo, a UFESP , sob os auspícios da Comissão de Repórteres Fotográficos, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Brasília, faz um encontro com 49 participantes. É também montada a exposição “São Paulo Gigante e Intimista”, uma das mais importantes mostras da década, reunindo diferentes fotógrafos como Antonio Carlos D’Avilla, Joel La Laina, Rosa Gauditano, Cássio Vasconcellos, Iatã Canabrava, Paulo Peltier, Juvenal Pereira entre outros. Em 1985, a UFESP, com montagem da Associação Cultural José Marti, promove a palestra do fotojornalista português, radicado no Brasil, Juca Martins, membro da Agência F4, no CCSP. Juca Martins trouxe notícias do III Colóquio Latino-Americano de Fotografia. Também a União através do evento Fotoinforme discutiu o III Colóquio, patrocínio da Frata Produtos Eletrônicos. Estabelecia-se assim uma troca relevante de informações culturais entre os fotógrafos associações e indústria fotográfica. O ano de 1985 continuaria a ser interessante para a UFESP. Com sede na cobertura do famoso Edifício Martinelli, no centro de São Paulo, a entidade foi literalmente despejada pelo então prefeito Jânio Quadros que queria o espaço para a sede da recém criada Guarda Municipal. A entidade foi parar na sede da ABI, Associação Brasileira de Imprensa. É ano também que surge a Semana de Fotografia da União dos Fotó-
grafos do Estado de São Paulo. O evento seria o precursor da antológica Semana Paulista de Fotografia. Marco histórico com acontecimentos memoráveis, as semanas se estenderam até o ano de 1991, com exposições, cursos e oficinas ocorrendo no Espaço de Atuação Cultural e outros lugares de São Paulo. Também em 1985 tenta-se eleger o primeiro presidente civil no fim da ditadura militar, colocando o mineiro Tancredo Neves no poder, ainda que de forma indireta. No entanto, o mesmo não sobrevive e morre em abril do mesmo ano. Em dezembro a União promove e participa do debate sobre as organizações dos fotógrafos profissionais de São Paulo e a regulamentação da profissão, com participação da ABRAFOTO, SEAFESP, Sindicato dos Jornalistas (comissão de Fotógrafos e do Deputado Federal Márcio Santilli. O evento acontece no Espaço de Atuação Cultural da União dos Fotógrafos como parte da Semana de Fotografia. Em agosto de 1986, a UFESP realiza o Projeto Nossa Gente como parte da II Semana Paulista de Fotografia. Um exposição com o título O Interior paulista retratado pela própria comunidade trazendo fotógrafos das cidades de Pedreira, Pedra Bela, Piracaia, Atibais e Cosmópolis. Atuam na realização os fotógrafos André Bocatto, Claudio Machado, Clovis Loureiro, Davi Rego Junior, Eugenio Pacceli, João Farkas, Luis Francas, Nelson Toledo e Plinio Borges. A mostra envolveu nada menos que 20 municípios de São Paulo. Também relevante foi o seminário internacional da historiadora norte-americana Naomi Rosemblum A Fotografia Social. Momento de enorme importância cultural ocorre em 1988 com o lançamento do projeto do Núcleo Permanente de Linguagem Fotográfica, que seria responsável por pensar os diversos eventos da UFESP a partir de então. No mesmo ano ocorre o Encontro Paulista de Preservação e Memória Fotográfica. Projeto Fotógrafos Pioneiros do interior paulista. Exposição na Galeria Fotoptica, com patrocínio do Infoto/Funarte e o Encontro Paulista de Preservação e Memória Fotográfica e Debates e oficinas nas Oficinas Culturais Três Rios. Também com igual importância, surge do Núcleo a primeira exposição de jovens fotógrafos no Museu de Arte de São Paulo, MASP. Já podemos perceber então que o percurso reforça o foco cultural, em projetos que não somente assessorem o fotógrafo ao encontro da filosofia da fotografia, mas que através disso a promoção social,
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a congregação da classe possa ser aferida através de grandes eventos aproximando as diferentes cidades do estado. Em 1989, acontece a Assembleia da entidade nas Oficinas Culturais Três Rios, já com a gestão do fotógrafo Iatã Cannabrava na presidência, onde o Núcleo se desenvolve ainda mais, e questões políticas como a Lei Sarney são também discutidas. Outro grande marco da UFESP é sem dúvida o projeto Revele o Tietê que você vê que acontece no dia mundial do meio ambiente em junho de 1991, trazendo coordenadores de primeiro naipe como David Drew Zingg, Du Ribeiro, Eduardo Castanho, Hélio Campos Mello, Juca Martins, Renata Castello Branco, Renata Falzoni, Roberto Bandeira, Vânia Toledo, Haroldo Palo Junior e Rubens Chaves, entre outros. Perto de 150 grupos, em 50 cidades, no total de 3000 pessoas participaram do evento, cujo resultado pôde ser visto numa exposição, no Shopping West Plaza, em São Paulo, com cerca de 670 fotografias. A mostra então percorreria quase todos municípios ribeirinhos, numa ação conjunta com a entidade SOS Mata Atlântica. O Núcleo Permanente de Formação e Linguagem Fotográfica entre 1991 e 1992 também promoveu muitas mostras coletivas no MIS, Museu da Imagem e do Som, com Alexandre Catan, Andrea Scansani, Belkiss Rabello, Camila Mesquita, Deborah Rosenfeld, Duk Jun Lee, Francis Nishiyama, Giovana Assis, José Brunozi, Julio Toledo, Karlis Smits, Lucia Loeb,
Luiz Medici, Marcio Neves, Marisa Cauduro, Monica Caldiron, alguns nomes que acabaram se firmando no mercado de fotografia. Importantes workshops como Aprendendo a ver, com Claudio Feijó, Eduardo Castanho, Wladimir Fontes entre outros; Fotografia de Moda, com Serapião; Fotojornalismo, com Juvenal Pereira; Técnicas criativas de laboratório, com Bete Feijó; Técnicas de Iluminação em Estúdio, com Mario Spinosa ; Aperfeiçoamento no laboratório P&B, com Iatã Canabrava, Escola Imagem e Ação; Retrato de Casamento, com Camila Butcher; Fotojornalismo, com Salomon Cytrynowicz; ou Fotografia Publicitária- Still Life, com Du Ribeiro, que a aconteceram na Escola Imagem e Ação. Não há dúvidas que ao longo destes anos a União dos Fotógrafos do Estado de São Paulo não só promoveu uma interação entre os diversos produtores de fotografia, do publicitário ao jornalístico, da arte à pedagogia, atravessando as questões políticas e de luta de classe, mas também avançou significativamente na questão cultural, formatando caminhos necessários para que hoje pudéssemos ter muito eventos e instituições como a própria Rede de Produtores Culturais de Fotografia do Brasil. Hoje, nas palavras de seu primeiro presidente, Roberto Cecato: “Valeu a pena lutar por tudo isso! O fotógrafo é por definição um ser gregário e solitário, e a União era uma casa onde todos se encontravam para discutir os problemas comuns, como uma grande família.”
8 OS MOVIMENTOS DA FOTOGRAFIA EM SÃO PAULO Rubens Fernandes Junior, pesquisador de fotografia
Apesar da iniciativa pioneira de Hercule Florence, em 1832, a fotografia começa a se instalar na cidade de São Paulo somente a partir de 1850, dez anos após a exibição pública do Abade Compte no Rio de Janeiro. A primeira grande empreitada da fotografia na cidade coube ao carioca Militão Augusto de Azevedo que se instalou na Capital Paulista por volta de 1860. Ele realizou a primeira grande documentação do espaço urbano entre 1860 e 1862, quando produz pouco mais de cem fotografias, que hoje são os documentos fotográficos mais antigos da cidade. Depois dele temos a presença de Guilherme Gaensly, Valério Vieira, Otto Rudolph Quaas, Frederic Manuel, P. Doumet, Aurélio Becherini, B. J. Duarte, entre outros que trabalharam intensamente na construção de uma iconografia urbana, hoje documentos de valor inquestionável para entender o processo de urbanização da cidade. Temos entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX a presença de diversos retratistas – Vincenzo Pastore, Giovanni Sarracino, Vicente Russo, M. Rizzo, entre outros –, de muitas lojas de materiais e equipamentos fotográficos, de litografias e tipografias que pontuam a importância da imagem para a história e memória do período. Em 1939 surge na rua São Bento, o Foto Clube Bandeirante que ao longo de sua trajetória marcará presença na cena cultural fotográfica paulistana. Seu
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objetivo era promover o intercâmbio entre fotógrafos amadores da cidade, mas sua atuação ganha o estado e o Brasil. Em outubro de 1942, inicia seu Salão Paulista de Arte Fotográfica e inaugura a era dos Salões Nacionais de Fotografia que depois de alguns anos se transformará em Salão Internacional, criando pela primeira vez no país uma nova possibilidade de entender a fotografia, particularmente como técnica e linguagem. Em maio de 1946, o foto clube inicia a publicação de seu Boletim, e no ano seguinte (1947) também será marcado pela criação da Revista Iris, de Hans Koranyi, a de maior longevidade na história das revistas de fotografia do país. No final da década de quarenta o MASP – Museu de Arte de São Paulo, promove sua primeira exposição de fotografias, com trabalhos de Thomaz Farkas e mais tarde exibe as Fotoformas de Geraldo de Barros, que surpreendeu o mundo das artes visuais pela coragem e pela inquietação. Posteriormente, esses dois fotógrafos foram convidados pelo prof. Pietro Maria Bardi para organizarem um laboratório no museu e iniciar uma série de atividades na área. A segunda metade da década de quarenta, logo após a Segunda Guerra Mundial, foi significativa para o florescimento da arte e da cultura, e foi nesse período que se iniciou um estimulante processo de fermentação que criou e consolidou as algumas das mais importantes instituições
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culturais do país. Entre elas destacamos: O MASP; o MAM-SP; a Sociedade Brasileira de Comédia, embrião do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC); a Companhia Cinematográfica Vera Cruz; a Sociedade Brasileira de Progresso e Ciência; a TV Tupi; e em 1951 a realização da I Bienal Internacional de São Paulo. O fotógrafo paulista Sergio Jorge ganhou em 1960 o primeiro Prêmio Esso de Fotojornalismo, instituído no ano anterior. No mesmo ano, a Editora Abril criou o Estúdio Abril de Fotografia, que se renovaria em 1972 com a chegada de Chico Albuquerque e Sergio Jorge, tornando-se pioneiro na América Latina na formação de profissionais de qualidade técnica diferenciada. O Foto Cine Clube Bandeirante organizou em 1965 a primeira participação da fotografia na VII Bienal Internacional de São Paulo, através de um grupo formado por Eduardo Salvatore, Paulo Emílio Salles Gomes e Geraldo Ferraz. A década de 1960 ainda é lembrada pela criação de importantes publicações que valorizaram o fotógrafo e a fotografia, entre elas, a revista Realidade (1966), o Jornal da Tarde (1966) com tiragem inicial de quarenta mil exemplares, e a revista Veja (1968) cuja primeira edição foi de setecentos mil exemplares. Os anos 1970 foram emblemáticos para a fotografia paulistana. Iniciamos a década com a publicação da revista Fotografia (1970), que teve duração de treze números e edição fotográfica de George Love. Nasce também a primeira galeria inteiramente dedicada à fotografia – a Galeria Enfoco, decorrente da escola de mesmo nome, com coordenação de Claude Kubrusly e Maureen Bisilliat, que foi fundamental na formação de inúmeros fotógrafos, entre eles Cristiano Mascaro. Em 1971, Boris Kossoy publicou o seu livro Viagem pelo Fantástico, com prefácio do professor Pietro Maria Bardi e um diferenciado projeto gráfico. O livro é uma ruptura na tradição fotográfica brasileira, tanto que Bardi em seu texto registra que “suas fotos são, em síntese, a instauração do ambíguo, do indefinido e do indefinível, do que tentamos explicar e é inexplicável”. É o momento de uma transgressão estética, que ampliada, trouxe uma nova possibilidade para a fotografia no Brasil. No final desta década temos uma série de aconte-
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cimentos que elevam a fotografia de São Paulo a um novo patamar. A crítica Stefania Bril, do jornal O Estado de São Paulo, organizou em 1978 a primeira edição do Encontro Fotográfico de Campos do Jordão, que aos moldes de Arles, tenta estimular a produção fotográfica através de workshops e troca de experiências. Temos também o aparecimento da escola Imagem-Ação, de Cláudio Feijó e sua irmã Bete Feijó. No final desta década, a luta pela reorganização política da sociedade e pelo fim da censura provocou o aparecimento das primeiras manifestações públicas e o desejo de um grupo de fotógrafos atuantes era articular a criação de agências cooperativadas, responsáveis pela nova relação profissional no mercado, inclusive no que diz respeito aos direitos autorais. Destacamos aqui as primeiras reuniões realizadas para a formação da União dos Fotógrafos do Estado de São Paulo (o primeiro presidente foi José Roberto Cecato), e a criação da pioneira Agência F-4 (Nair Benedicto, Juca Martins, Delfim Martins, Ricardo Malta). Nesse novo momento político do país, depois de um longo período de autoritarismo, esses movimentos destacaram-se pela independência das coberturas jornalísticas, pela permanente crítica político-social e pela luta para legitimar o direito autoral. Depois vieram as agências Angular, Fotograma, entre outras. A fotografia se articula em outros campos, valoriza-se e conquista outros espaços. A Galeria Bonfiglioli exibe, em 1973, o movimento Photo Galeria (PhG), que contou com a participação de Boris Kossoy, Madalena Schwartz, Dulce Carneiro, Stefania Bril, Roger Bester, Eduardo Castanho, entre outros. No ano seguinte, George Love e Claudia Andujar realizam no MASP a I Semana Internacional de Fotografia, com projeções e discussões sobre os trabalhos de diversos fotógrafos. Cursos de fotografia são oferecidos pela Enfoco, Imagem-Ação, Camera, Museu Lasar Segall, Foto Cine Clube Bandeirante. Em 1975, tem início na Universidade de São Paulo o movimento PhotoUsp, organizado pelos estudantes da Escola Politécnica, da História e Letras. O MAC organiza, em 1976, a exposição Novos e Novíssimos Fotógrafos. Em 1977, Boris Kossoy publica sua pesquisa Hercules Florence – 1833: a descoberta isolada da fotografia no Brasil.
A fotografia ganha um novo status dentro das artes visuais. Em 1978, a Galeria Augôsto Augusta edita uma coleção de cartões postais e um portfólio, denominado Brasil Anos 70 , com doze imagens assinados pelos fotógrafos Leonid Streliaev, Geraldo Guimarães, Romulo Fialdini, Claudia Andujar, Cristiano Mascaro, Améris Paolini, Boris Kossoy, Olney Kruse, Maureen Bisilliat, Stefania Bril, Regina Vater e Sergio Polignano. Nasce a Galeria Fotoptica (coordenação de Rosely Nakagawa, 1979); a Galeria Álbum (coordenação de Zé de Boni, 1980); o Gabinete Fotográfico da Pinacoteca do Estado (coordenação de Rubens Fernandes Junior, 1980); o Salão Fuji de Fotografia (1980). O MAM promove em agosto do mesmo ano a I Trienal de Fotografia, organizada por Claude Krubusly, Fernando C. Lemos e Norberto Nicola. A Comissão de Seleção e Premiação (Claude, Fabio Magalhães, Fernando C. Lemos, Moracy de Oliveira e Zeka Araujo) atribui o Grande Prêmio a Miguel Rio Branco. O crítico paulista Moracy de Oliveira, do Jornal da Tarde, elege 1978 como o Ano I do livro de fotografia no Brasil. Somente em São Paulo foram publicados: América Latina, de Geraldo Guimarães editado por Massao Ono; Yanomami, de Claudia Andujar; Xingu, de Maureen Bisilliat; Fotografias, de Otto Stupakoff, todos os três pela editora Praxis, com direção de arte assinada por Wesley Duke Lee; Meus Olhos de Luís Tripoli, edição do autor, entre outros. O Museu da Imagem e do Som promoveu a exposição Brás, primeiro ensaio conjunto de Cristiano Mascaro e Pedro Martinelli. A revista Fotoptica dá início a uma nova fase, alterando seu formato e concorrendo agora diretamente com a revista IrisFoto. A multiplicação da produção, mesmo que timidamente, também ocupa os novos espaços das revistas e das galerias. A década de oitenta é responsável por várias ações que projetam a fotografia de São Paulo, com ressonância em todo o Brasil. No campo da teoria fotográfica temos a publicação dos livros A Ilusão Especular, de Arlindo Machado (1984), e Filosofia da caixa preta – por uma futura filosofia da fotografia, de Vilém Flusser (1985), até hoje referências para a reflexão da fotografia no Brasil. Também tivemos a tradução do hoje clássico On
Photography, de Susan Sontag (1981, tradução de Joaquim Paiva), e em 1982 a publicação de A Câmara Clara, de Roland Barthes, pela editora Martins Fontes. Vale destacar também o livro de Claude Kubrusly, O que é fotografia, da coleção Primeiros Passos, da editora Brasiliense. A criação da ABRAFOTO e a realização da exposição Autorretrato do Brasileiro – Cidade e Campo, dentro da exposição Tradição e Ruptura realizada pela Fundação Bienal, com coordenação de Thomaz Farkas e Cristiano Mascaro, marcaram o ano de 1984. No ano seguinte tivemos a I Semana Paulista de Fotografia, promovida pela União dos Fotógrafos, e a I Quadrienal de Fotografia, promovida pelo MAM. Podemos destacar ainda uma iniciativa inovadora da União dos Fotógrafos de São Paulo na área de formação e educação: a criação, no final dos anos oitenta, do Núcleo Permanente de Formação em Linguagem Fotográfica. Em parceria com as Oficinas Três Rios e da Secretaria de Estado da Cultura, cada fotógrafo selecionado ganhava uma bolsa por um período de três meses para desenvolver um projeto e acompanhar uma série de cursos, palestras e oficinas, que tinham como objetivo aprimorar sua capacidade técnica e impulsionar sua capacidade criativa. O projeto idealizado por André Boccato (na época presidente da União dos Fotógrafos) e Pedro Braz, teve cinco edições sob a direção de Iatã Cannabrava, e criou uma geração de novos profissionais que hoje atua em diferentes áreas da fotografia. Esta experiência permitiu que Cannabrava, já como Presidente da União e Coordenador do Núcleo, fosse o coordenador da quarta e quinta edição da Semana Paulista de Fotografia. Mais tarde, ele criou a Clínica Fotográfica, iniciativa centrada em workshops e práticas profissionais, montagem e leitura de portfólio. A década de noventa tem início com a inauguração da Galeria Collectors, dirigida por André Boccato, que associado a Lily Sverner, através da editora Sver & Boccato, iniciaram a coleção As Melhores Fotos/ The Best Photos, editando os livros de Nair Benedicto, J. R. Duran, Cristiano Mascaro e David Drew Zingg. Em 1991 nasce a Coleção Pirelli-MASP de Fotografias com o objetivo de formar uma coleção de fotografias moderna e contemporânea, com edição
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anual da exposição e catálogo. O Conselho Curador foi inicialmente composto por Boris Kossoy, Thomaz Farkas, Mario Cohen, Zé de Boni, Pedro Vasquez, Rubens Fernandes Junior, com coordenação de Anna Carboncini. A década de noventa, pela proximidade, talvez seja a mais potente em toda a história da fotografia paulistana. É criado o Nafoto – Núcleo dos Amigos da Fotografia, em 1991, com o objetivo de organizar o Mês Internacional da Fotografia a partir de 1993, evento bienal que buscou divulgar, valorizar e inserir a fotografia brasileira no cenário da produção cultural internacional. Os fundadores foram Stefania Bril, Nair Benedicto, Rosely Nakagawa, Isabel Amado, Eduardo Castanho, Marcos Santilli, Juvenal Pereira, Eduardo Simões, Fausto Chermont e Rubens Fernandes Junior. Também em 1991, realizou-se a segunda edição do Studio Internacional de Tecnologias da Imagem, em uma parceria entre Unesp e Sesc, sob coordenação de Luiz Guimarães Monforte. A primeira edição aconteceu dentro da 20º Bienal Internacional de São Paulo. Impossível não citar o trabalho de Nelson Brissac Peixoto, que organizou a partir de 1995 várias edições do evento Arte/Cidade, que envolvia fotografia, cinema, vídeo, performance e instalação, permitindo uma inserção diferenciada da linguagem fotográfica nas artes visuais e uma nova discussão sobre a paisagem urbana. Em 1996, vale destacar a realização do Seminário Panoramas da Imagem, organizado pelo grupo formado por Rubens Mano, Everton Ballardin e Eli Sudbrack. Podemos verificar que as últimas décadas foram agitadas para a fotografia em São Paulo. Exposições e livros, teoria e atividades práticas, workshops e palestras, seminários e eventos potencializaram a fotografia como uma das linguagens visuais mais expressivas – tanto política quanto esteticamente. Isso criou uma força incrível para a criação, produção e distribuição da imagem fotográfica, trazendo novos ânimos para os fotógrafos que souberam aproveitar este momento. Se pensarmos nas novas publicações que surgiram no final dos anos noventa e o início dos anos 2000, temos que registrar as experiências da revis-
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ta Fotosite (editada por Pisco Del Gaiso) que paradoxalmente surgiu na web e depois migrou para a mídia impressa, a revista Paparazzi (editada por Carlo Cirenza); da Revista do Vaticano (gráfica Burti); da revista Freeze (editada por J. R. Duran); da revista 55 (editada por Bob Wolfenson) e mais tarde; da revista S/Nº (também editada por Bob Wolfenson). Vale destacar também a experiência da revista FotoFagia, editada pelos alunos da Faculdade de Fotografia do Senac (a primeira iniciativa na área da educação superior), e mais recentemente da revista Pororoca (editada por Everton Ballardin, Rogério Assis e Tetê Martinho) e da Revista Nacional (editada por J. R. Duran). Além das publicações dirigidas por fotógrafos e para fotógrafos, vimos na última década os museus adequarem seus espaços – particularmente no que se refere à climatização, desumidificação e iluminação adequada – para receberem exposições internacionais, e o aparecimento de galerias que centram uma atenção especial à fotografia. Entre elas, destacamos a Vermelho, Luciana Brito, Casa Triângulo, Paulo Darzé, Leme, Fass, Babel e Fauna, que buscam ampliar a inserção da fotografia dentro das artes visuais. Este intenso trabalho de valorização da fotografia, somado à percepção acurada dos organizadores da SP-Arte, permitiu em 2007 o aparecimento da SP/FOTO, uma feira específica centrada na imagem fotográfica.
Destaque nos últimos quinze anos para a criação de coleções, bolsas e prêmios dedicados à fotografia. Entre eles lembramos a Coleção Pirelli-MASP de Fotografia (desde 1991), a Coleção MAM-SP de Fotografia, a Bolsa Vitae, o Prêmio Porto Seguro e o Prêmio FCW de Fotografia, da Fundação Conrado Wessel. Afora isso, a ampliação dos espaços públicos como a Caixa Cultural e o Centro Cultural Banco do Brasil, e espaços privados como o Instituto Moreira Salles e o Itaú Cultural. Este último desenvolveu, dentro da Enciclopédia Visual um segmento para a fotografia com consultoria de Rubens Fernandes Junior e Pedro Vasquez. Também se avançou muito na área da curadoria de exposições de fotografia, com destaque para os trabalhos de Rosely Nakagawa (Galeria Fnac), Diógenes Moura (Pinacoteca do Estado), Eder Chiodetto (Clube de Fotografia do MAM) e Eduardo Brandão (Galeria Vermelho). Os eventos que envolvem a fotografia também se multiplicaram, pois além das edições do Mês Internacional da Fotografia, realizados pelo Nafo-
to, salientamos a regularidade das exposições dos diversos museus e galerias paulistanos, com destaque especial nos últimos anos para as duas edições do Fórum Latino-Americano de Fotografia, sob coordenação de Iatã Cannabrava, que também é responsável pela realização do Paraty em Foco. Com certeza, este texto que pretende registrar uma visão panorâmica sobre a fotografia e suas diferentes atividades em São Paulo, não será suficiente para cobrir toda sua extensão e importância. Seria preciso aprofundar e relacionar mais as inúmeras informações aqui destacadas e assumidas como uma espécie de marco histórico desta rica e diversificada história. Mas é com enorme satisfação que apresentamos uma síntese de um movimento que começou timidamente com Hercules Florence e sua descoberta isolada da fotografia no Brasil, e que hoje se assume como um centro irradiador de boas experiências em todos os níveis – produção, criação, exibição e publicação de fotografias.
Com essa movimentação em torno da fotografia, foi natural o aparecimento de livros específicos que trouxessem pesquisas sobre os movimentos anteriormente citados. Destacamos os livros Fotografia – usos e funções no século XIX, de Annateresa Fabris, entre outros títulos por ela publicados, A Fotografia Moderna no Brasil, de Helouise Costa e Renato Rodrigues da Silva, Noticiário Geral da Photographia Paulistana 1839-1900, de Ricardo Mendes e Paulo Cezar Alves Goulart, e a Coleção Senac de Fotografia, organizada por Thales Trigo e Simonetta Persichetti. Estas publicações trazem análises e reflexões sobre diferentes períodos da nossa história. Além disso, constatamos a presença constante de textos críticos e comentários de Boris Kossoy, Tadeu Chiarelli, Annateresa Fabris, Eder Chiodetto, Simonetta Persichetti, Ronaldo Entler, Juan Esteves, entre outros.
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A PESQUISA
Fruto de uma pesquisa inédita, que pretende funcionar como um primeiro levantamento da produção cultural da fotografia no Brasil, as informações aqui apresentadas servem de norte para pesquisas posteriores e, como tal, acreditamos que balizará a sua continuidade. Esta obra é de fundamental importância e trouxe consigo o desafio de começar uma pesquisa praticamente do zero, com pouquissímas informações disponíveis, o que se somou à dificuldade de encontrar a dinâmica apropriada para explorar o assunto, complexo e rico em sua diversidade. Para dar conta da estrutura complexa do fazer cultural na fotografia, suas nuances e especificidades muito heterogêneas, foram adotados dois termos visando simplificar a sua compreensão: Realizador e Produto Cultural. Usamos “Realizador” para designar a empresa, instituição ou indivíduo que produz um ou mais produtos culturais relacionados à fotografia. Um Realizador pode ter diversos produtos culturais, como por exemplo, uma empresa de produção que promove festivais e cursos, edita livros, e assim por diante. “Produto Cultural”, por sua vez, refere-se às diferentes atividades produzidas pelo Realizador.
Gráfico 1.
Regiões
Gráfico 2.
Sul 24 8%
Coordenadores acadêmicos de núcleos de pesquisa, ações culturais e afins 16 7,80%
Realizadores Norte 19 7%
Pesquisadores, críticos e curadores 39 19,04%
Sudeste 141 49% Produtores culturais 92 44,88%
Nordeste 72 25%
Editoras
7 3,41%
Espaços culturais (históricos) 3 1,46% Espaços culturais 13 6,34%
CentroOeste 33 11%
A solução encontrada para atingir os pontos mais distantes do Brasil e a pluralidade de seus Realizadores e Produtos Culturais foi abrir a pesquisa em formato wiki. A partir das bases elaboradas pelos pesquisadores, os pró-
Associações de classe 16 7,80%
Gráfico 3.
Produtos
Projetos socioculturais/ socioambientais 22 10,95%
Festivais 34 16,92%
prios produtores culturais foram preenchendo e atualizando seus dados e indicando outros Realizadores e Produtos
Galerias que atuam com fotografia (históricas) 6 Galerias que atuam 2,93% com fotografia 13 6,34%
Culturais próximos ao seu círculo de atuação. Escolas de fotografia e cursos livres 21 10,45%
A pesquisa, que demandou um enorme esforço da equipe durante meses, obteve amplo êxito diante de sua amplitude, mas certamente ainda deixará algumas lacunas e incorreções. A ideia é que, no mesmo processo wiki, este importante banco de informações, seja continualmente atualizado.
Festivais (históricos) 9 4,48%
As atualizações no Portal estão sendo feitas de forma ininterrupta, contendo sempre novas informações, o que
Cursos de tecnologia em fotografia 11 5,47%
não desvaloriza esta versão impressa, que já constitui um documento marco do lançamento da Rede de Produtores Culturais da Fotografia no Brasil. Nas páginas seguintes, o leitor encontrará alguns exemplos de interpretações dos dados contidos nesta pesquisa. O Gráfico 1 por exemplo mostra que as disparidades regionais, típicas do Brasil, ainda existem, porém são
Encontros, seminários e simpósios 32 15,92%
Cursos de especialização e pós-graduação 13 6,47% Bacharelados e graduações em fotografia
inferiores ao esperado, sendo possível notar a grande força da fotografia no Norte e Nordeste do país. Nos dois outros gráficos, percebe-se o crescimento e evolução dos festivais de fotografia no Brasil e o crescente volume de cursos de graduação e pós-graduação em fotografia no país. Os verbetes marcados com asterisco (*) são produtos descontinuados ou realizadores considerados históricos, não mais atuantes. 44
Projetos especiais 16 7,96%
4 1,99%
Tv, internet, vídeo 14 6,97% Bienais e salões 3 1,49%
Acervos, coleções e prêmios 13 6,47%
Publicações especializadas 6 2,99%
Publicações especializadas (históricas) 3 1,49%
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nas dos mais renomados profissionais do Brasil e do exterior.
I OS FESTIVAIS E ENCONTROS Os Festivais de fotografia foram a força motriz da criação da Rede. Em 2009 o Festival Internacional de Fotografia de Paraty – Paraty em Foco foi palco da primeira reunião de agitadores culturais da fotografia brasileira, onde se propôs a formação de uma Rede. De lá para cá, tem sido estreita a relação entre a RPCFB e os festivais de fotografia espalhados pelo país, que hoje são uma das principais ferramentas de difusão da fotografia no Brasil.
Canela Foto Workshops O Canela Foto Workshops é um evento anual de fotografia, realizado em Canela, RS, por iniciativa do fotógrafo Fernando Bueno e da jornalista e produtora Liliana Reid. Já realizou seis edições (2001, 2002, 2003, 2004, 2005 e 2010) com uma agenda intensa de atividades como encontros, entrevistas, workshops, exposições, leituras de portfólios e encontros livres com os fotógrafos convidados. O evento é aberto ao público e, com exceção dos workshops, todas as atividades são gratuitas.
Cerrado em Foco
1. FESTIVAIS A Gosto da Fotografia O A Gosto da Fotografia é um festival internacional de fotografia, dirigido pelo fotógrafo Marcelo Reis, realizado anualmente durante os meses de agosto e setembro na cidade de Salvador, BA. Foi criado em 2004 pelo Instituto Casa da Photographia. Teve seis edições, nos anos de 2004, 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010. Atualmente, o festival conta com o apoio do Governo da Bahia quanto aos espaços expositivos, como museus e galerias, entre eles o Museu de Arte Moderna (MAM) e o Museu de Arte Brasileira (MAB), e firmou parceria com a Pinacoteca do Estado de São Paulo, cujo curador de fotografia, Diógenes Moura também é o curador do festival. As atividades do festival são todas gratuitas: exposições internacionais, entrevistas, palestras, feira de livros, oficinas, mostras de filmes e reuniões com diretores de festivais da América Latina. Entre os fotógrafos participantes: Thomaz Farkas, Boris Kossoy, Ricardo Teles, Ana Lucia Mariz e Sabrina Pestana, É editado um catálogo com fotos e textos.
Bienal Internacional de Fotografia Cidade de Curitiba* A Bienal Internacional de Fotografia Cidade de Curitiba foi um evento que, de certa forma, substituiu
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e ampliou a Semana de Fotografia da Cidade de Curitiba. Seu idealizador e coordenador, Orlando Azevedo, fotógrafo português radicado na cidade, na época Diretor de Artes Visuais da Fundação Cultural de Curitiba, já havia coordenado as duas últimas “Semanas” em parceria com o fotógrafo João Urban. A I Bienal aconteceu em 1996. A II Bienal ocorreu em 1998 e a sua última edição, a III Bienal, em 2000, sendo substituida posteriormente pelo evento Imagética. As Bienais promoviam uma série de exposições, workshops, palestras, oficinas, projeções, lançamentos de livros, e o mais importante: a criação de um acervo de mais de 2000 mil imagens, além da criação do Museu de Fotografia Cidade de Curitiba, que hoje abriga essa excepcional coleção. Entre os fotógrafos que estiveram nas três bienais, em suas diferentes participações, estão: João Musa, Celso Oliveira, Fifi Tong, Fabio Colombini, Paula Sampaio, Paulo Leite, Roberto Cecato, Milton Montenegro, Nani Gois, Vilma Slomp, Eduardo Castanho, Iara Venanzi, Elza Lima, Antonio Carlos D’Avilla, Sebastião Salgado, Walter Firmo, Mario Cravo Neto, Rosa Gauditano, Evandro Teixeira, Maureen Bisilliat, Pedro Martinelli, Rogério Reis, Paulo Friedman, Juan Esteves, Rochelle Costi, Gal Oppido, Juca Martins, Denise Greco, Claudia Jaguaribe, Mauricio Simonetti, Antonio Gaudério, Arnaldo Pappalardo, entre outras deze-
O Festival de Fotografia do Cerrado – Cerrado em Foco é um festival que acontece na cidade de Uberlândia, MG, realizado por Ricardo Borges. Teve duas edições, a última em 2011, e visa sensibilizar a população para a importância do olhar, com a premissa de educar os sentidos por meio da fotografia e de suas múltiplas possibilidades presentes em nosso cotidiano. A segunda edição contou com o apoio da Fototech. Aconteceu durante seis dias numa programação enxuta com exposições, palestras, debates, oficinas, projeções multimídia, varal fotográfico em parceria com o Foto Escambo e o Congresso Técnico, tendo workshops com: Vinicius Matos, Clicio Barroso, Pepe Mélega, Guto Muniz, Eugênio Sávio, Tibério França e Pepê Figueroa. As atividades se concentraram no Serviço Social do Comércio (SESC) e no Mercado Municipal da cidade.
imagem e afins, no estado e fora dele, por meio da participação de pesquisadores, curadores, críticos, profissionais, de outros estados e do exterior, além da participação de público de outras regiões. Em suas oito edições realizou discussões sobre a fotografia pensada a partir do conhecimento semiótico, histórico, antropológico e da história da arte. Colocou em debate a crítica fotográfica e abordou questões em destaque no campo das artes visuais contemporâneas por meio dos temas “Identidade e Percepção”, “Poéticas e Processos”, “Materialidades da Fotografia”, “Imagem-cidade” e “Filosofias da imagem: poéticas da caixa preta”.
deVERcidade deVERcidade é um festival de fotografia que acontece bienalmente no entorno do Mercado dos Pinhões, na região central de Fortaleza, CE. Teve quatro edições, nos anos de 2005 (27 de novembro a 2 de dezembro), 2006 (15 a 19 de novembro), 2007 (27 de novembro a 2 de dezembro), e 2010 (24 a 28 de fevereiro). O evento dá acesso livre a oficinas, palestras e seminários e se destaca por sua exposição coletiva, a partir de uma seleção prévia, na qual cada selecionado participa com um ensaio ou uma instalação. Em sua última edição, de 2010, o evento recebeu 280 inscrições e 48 trabalhos foram selecionados. No total, foram exibidos 49 projetos de instalação, 2.686 fotografias e selecionados 43 fotógrafos de 11 estados brasileiros, assumindo, assim, o caráter de mostra nacional. Em 2010 também ocorreram nove palestras e sete oficinas gratuitas, com curadores e fotógrafos profissionais, contribuindo para a estruturação e fortalecimento do circuito local.
Encontro de Fotografia de Mato Grosso Colóquio de Fotografia e Imagem de Belém O Colóquio de Fotografia e Imagem de Belém é realizado anualmente desde 2002 pela Fotoativa. É um ciclo de palestras com duração de uma semana. Além dos seminários, cursos, projeções, oficinas e exposições, o evento estabeleceu um fórum permanente de produção de conhecimento e troca de informações entre pesquisadores, profissionais e estudantes ligados ao campo da fotografia, da
O Encontro de Fotografia de Mato Grosso é realizado em Cuiabá, pela Secretaria de Estado de Cultura por meio do Pavilhão das Artes, que tem como objetivo estimular a produção fotográfica contemporânea do estado. Com sua primeira edição no dia 19 de agosto de 2011, a programação do evento reuniu debates, leituras de portfólio, projeções, exposições, além de lançar o Prêmio Bolsa de Pesquisa Fotográfica Arne Sucksdorff.
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Encontro Internacional de Fotografia Photo Pirenópolis
Encontros Fotográficos de Campos do Jordão*
Festival de fotografia produzido pelo Instituto Pireneus. Teve três edições, nos anos de 2007, 2008 e 2010, entre os meses de agosto e setembro. O último ano teve cinquenta horas de oficinas, duas palestras e dois bate-papos com profissionais da fotografia nacional e internacional, quatro exposições individuais e sete coletivas, por diferentes espaços culturais espalhados pelo Centro Histórico. O festival tem um público médio de 3.5 mil pessoas por edição.
Os Encontros Fotográficos de Campos do Jordão, SP, seguiram o modelo dos encontros que acontecem em Arles, na França, com ênfase nos debates e nos cursos de fotografia. O primeiro encontro ocorreu em 1978, organizado pela curadora, jornalista e fotógrafa Stefania Bril (1922-1992). O encontro acontecia paralelamente ao Festival de Inverno, evento musical tradicional da cidade. Bril também realizou uma segunda e última edição no ano seguinte, onde o fotógrafo Tuca Reinés foi premiado.
Encontros de Agosto Festival de Fotografia Floripa na Foto O Encontros de Agosto é uma iniciativa do Fórum da Fotografia – Ceará, com o objetivo de promover a formação e a difusão em torno da linguagem fotográfica. O evento teve sua primeira edição em agosto de 2011, na cidade de Fortaleza, CE, com seminários, palestras, exposições e workshops, tendo a fotografia contemporânea como tema. Foi realizado pela Imagem Brasil e Anima Cult, em parceria com o Instituto da Fotografia (Ifoto). Entre os participantes do evento, como convidados, estavam Bertrand Lira (PB), Cássio Vasconcellos (SP), Cristiana Parente (CE), Eder Chiodetto (SP), Eduardo Brandão (SP), Flavya Mutran (PA), Isabel Amado (SP), Marcelo Brodsky (Argentina), Mariano Klautau (PA), Mauro Koury (PB), Max Perlingeiro (SP), Miguel Chikaoka (PA), Patricia Veloso (CE), Ricardo Peixoto (PB), Rubens Fernandes Junior (SP), Silas de Paula (CE) e Tiago Santana (CE).
Encontros de Fotografia Popular Os Encontros de Fotografia Popular foram realizados por Valéria Laena e Titus Riedl em 2005, em Fortaleza, CE, no Centro Dragão do Mar, e, em 2008, no Centro Cultural do Banco do Nordeste, em Juazeiro do Norte, CE, com exposições, exibições de filmes, apresentação de portifólios, discussões, entre outras atividades. Individualmente, Titus Riedl realizou exposições da sua coleção de fotopintura em vários espaços nacionais e internacionais, como a Pinacoteca do Estado de São Paulo, a Yossi Milo Gallery em Nova York, a Rose Gallery em Los Angeles, durante o FotoRio 2011 e na Galeria Lopez Quiroga, no México.
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O festival de fotografia Floripa na Foto é um evento que acontece na cidade de Florianópolis, capital catarinense. Na sua primeira edição, em maio de 2010, o festival reuniu na Ilha de grandes nomes da fotografia brasileira gerando mais integração entre Florianópolis e o resto do país, por meio de apresentações e discussões acerca da fotografia na atualidade. É um projeto realizado pela Duo Arte e Produção, de Lu Renata e Lucila Horn.
nas, SP. Foi criado a partir da junção entre o Seminário de Imagem e Atualidade com a Semana Hercule Florence, ambos realizados anualmente desde 2007. A partir de 2010, o Seminário e a Semana tomaram corpo e se tornaram o Festival Hercule Florence, voltado à apresentação e discussão dos trabalhos de fotógrafos renomados, entrevistas e debates, exposições, oficinas e um concurso de fotografia. Com a criação do Festival, o projeto original foi ampliado por meio da inclusão de debates teóricos e ações educativas, como oficinas e workshops gratuitos. A partir de 2010, o Festival passa a acontecer durante todo o mês de outubro em diversas localidades de Campinas: CPFL Cultura, Fnac Campinas, Galeria Penteado, Ateliê Aberto, Casa do Lago da UNICAMP, Galeria de Arte da UNICAMP, Câmara Municipal de Campinas, Centro de Convivência Cultural de Campinas, Museu de Arte Contemporânea de Campinas, PUC (Campus 1 e 2) e no MIS-Campinas. Com um público aproximado de oito mil pessoas, o festival é aberto ao público e suas atividades são gratuitas. O nome do festival remete ao pioneirismo de Florence e sua descoberta isolada da fotografia na cidade de Campinas. Após estudos aprofundados do pesquisador Boris Kossoy, admite-se que Hercule Florence foi pioneiro no desenvolvimento da fotografia, isoladamente de outros como Niepce e Daguerre.
Festival Foto em Pauta Tiradentes Festival de Fotografia que acontece em Tiradentes, MG. Sua primeira edição aconteceu em fevereiro de 2011. Coordenado por Eugênio Sávio através da empresa Camera Work Produções Fotográficas e Culturais LTDA, é fruto do evento Foto em Pauta, ciclo de encontros, produzido e coordenado por Sávio em Belo Horizonte, com palestras e debates gratuitos. O Festival se baseia nas estruturas tradicionais de outros festivais, mas também incentiva os novos talentos. Contou com a participação colaborativa do público, realizando workshops, finalizados em projeções das imagens dos alunos. O evento contou com a participação de fotógrafos convidados de renome e outros talentos menos conhecidos da fotografia brasileira.
Festival Hercule Florence de Fotografia O Festival Hercule Florence de Fotografia é realizado pela Pontíficia Universidade Católica (PUC) de Campi-
Festival Internacional de Fotografia de Porto Alegre – FestFotoPoA O Festival Internacional de Fotografia de Porto Alegre – RS, FestFotoPoa, é realizado pela Brasil Imagem e coordenado por Carlos Carvalho e Zeca Linhares. Foram realizadas, em Porto Alegre, RS, cinco edições entre 2007 e 2011. Sua programação abrange seminários, exposições, debates, workshops, leituras de portfólios, projeções e lançamento de livros, além de outras atividades. Entre os fotógrafos participantes estiveram Boris Kossoy, Eduardo Brandão, Iatã Cannabrava, Claudia Andujar, Marc Riboud, Eduardo Bueno e Luiz Cláudio Marigo. O festival desenvolve a Biblioteca FestFotoPoa que reúne e disponibiliza ao público, durante o evento, materiais oriundos de doações. Na sequência, são encaminhados a uma instituição para sua manutenção e continuidade de acesso do público, para que contemple também comunidades em risco social e territorial.
Em cada edição, o festival homenageia um fotógrafo. E desde sua quarta edição, de 2010, é dirigida a brasileiros ou residentes no país, que também têm uma exposição durante o evento. Desde 2011, é publicado um livro desse homenageado, que se torna uma referência sobre sua obra. Os homenageados foram: Martine Franck (França) em 2007, Claudia Andujar (SP) em 2008, Luis Humberto (DF) em 2009, Thomaz Farkas (SP) em 2010 e Luiz Carlos Felizardo (RS) em 2011.
Festival Internacional de Fotografia Foto Arte Principal projeto da produtora Arte 21, o Festival Internacional de Fotografia Foto Arte tem seis edições produzidas desde 2002. O festival possui um programa de capacitação de professores e educadores, além de beneficiar milhares de alunos da rede pública e privada. São feitas visitas guiadas, oficinas educativas e palestras em regiões menos favorecidas do Distrito Federal. Sua última edição, em 2008, teve 128 exposições e contou com um público de, aproximadamente 200 mil pessoas. Desde 2003, o festival integra o Light, levando exposições para outros estados do Brasil e para o exterior. Além de descobrir e promover novos talentos na fotografia, o festival procurou ampliar formação de público para o segmento artístico, ao promover palestras, workshops, seminários, leituras de portfólio e também incluir sua programação no Programa Educativo do ECCO.
Festival Manaus Bem na Foto O Festival Manaus Bem na Foto acontecerá, anualmente, em outubro, na semana do aniversário da cidade. A ideia de seu produtor, o Coletivo Retratando, formado por Alexandre Fonseca e Ione Moreno, é inserir o Amazonas no circuito dos grandes festivais de fotografia brasileiros. Sem dúvida, é o maior evento do gênero na região. A primeira (e única edição até o momento) aconteceu em 2010. Foi um esforço de seus produtores para unir todas suas ações culturais simultaneamente: palestras, workshops, exposições e eventos como a Maratona Fotográfica, Photovivência, Encontro Rede Amazônia de Fotografia e o Colóquio de Fotografia de Manaus.
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Fórum Latino-Americano de Fotografia de São Paulo O Fórum Latino-Americano de Fotografia de São Paulo é um evento realizado em São Paulo, SP, pelo Itaú Cultural . Sua primeira edição foi em 2007 e a segunda em outubro de 2010. Durante cinco dias de evento, fotógrafos profissionais e amadores, críticos, curadores, galeristas, pesquisadores, estudantes nacionais e extrangeiros participaram de mesas redondas, workshops, entrevistas, leituras de portfólio e exposições. A segunda edição contou com o Fórum Virtual, espaço na web criado meses antes do evento para adiantar e fomentar as discussões com pesquisas de conteúdo sobre a fotografia e seus vários sentidos na estratégia territorial de encontros e passagens. O evento é coordenado por Iatã Cannabrava, do Estúdio Madalena, e contou com a participação de fotógrafos, galeristas e curadores importantes de diferentes países. Alguns dos destaques foram o inglês Martin Parr, o equatoriano Pablo Corral Vega, o guatemalteco Luis Gonzalez Palma, a americana Susan Meiselas, o coletivo brasileiro Cia de Foto, os brasileiros Milton Guran, Diógenes Moura, Eder Chiodetto, Mauricio Lissovsky, Ronaldo Entler e Rubens Fernandes Junior; o argentino Marcelo Brodsky; os espanhóis Ramón Reverté, Claudi Carreras, o peruano Roberto Huarcaya, a colombiana Mara Iovino, e o italiano Paolo Gasparini, entre tantos.
Fotolink – Encontro Internacional da Imagem Evento criado em 2010, coordenado por Fernanda de Magalhães em Londrina/PR. Durante uma semana, o FotoLink realizou oficinas, exposições, leituras de portfólios, mesas redondas, lançamentos de livros, bate-papo com artistas, entrevistas públicas, exibições de cinema, shows e premiações e tem como consultoras as pesquisadoras e curadoras Angela Magalhães e Nadja Peregrino. O FotoLink é realizado por meio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (PROMIC) e da Divisão de Artes Plásticas da Casa de Cultura da Universidade Estadual de Londrina (UEL). O encontro recebeu fotógrafos como Solange Pastorino (Uruguai), José Pilone (Uruguai), Paula Trope (Rio de Janeiro), Saulo Ohara (Suiça/Londrina e Sofia Borges (SP), além de fotógrafos londrinenses, e também contou com a participação de Sérgio Burgi (coordenador da Reserva Técnica fotográfica do Instituto Moreira Salles), Adilson Ruiz (MinC),
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Ricardo Resente (FUNARTE) e Paulo Reis (UFPR). Em 2011 o evento contará com alguns desdobramentos e prepara a revista desta sua primeira edição.
FotoRio – Encontro Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro O FotoRio – Encontro Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro é dirigido por Milton Guran e Melanie Guerra e tem como objetivo valorizar a fotografia, dando visibilidade às grandes coleções públicas e privadas e à produção fotográfica contemporânea brasileira e estrangeira. O evento é bienal e acontece no mês de junho desde 2003. A partir de 2012, passará a ser anual. Promove exposições, projeções, intervenções urbanas, cursos, seminários, oficinas, mesas-redondas, palestras, conferências e leituras de portfólio. Integrados ao evento, são realizados desde 2004, os Encontros sobre Inclusão Visual do Rio de Janeiro, que fazem uma apresentação panorâmica dos projetos que trabalham com o ensino e a prática da fotografia e vídeo nas comunidades, visando intercâmbio de informações. O FotoRio é um evento de adesão, ou seja, os fotógrafos apresentam espontaneamente suas propostas de exposição, projeção, instalação, oficina, mesa redonda ou seminário. Estas são examinadas e uma vez aprovadas são incorporadas ao evento. O fotógrafo viabiliza a sua realização e busca um espaço compatível para abrigá-la. Ao responsável pelo espaço cabe julgar o mérito da proposta. As instituições também podem propor e abrigar eventos. Todos eles são incluídos na programação geral, no site e na programação impressa, que é distribuída a todos.
JF em Foco – Festival de Fotografia de Juiz de Fora O JF em Foco é um festival de fotografia que acontece na cidade de Juiz de Fora, MG. Idealizado por Márcio RM, por meio da empresa Brasilina, teve 3 edições anuais realizadas entre os anos de 2007 e 2010. A proposta do JF em Foco é apresentar a produção fotográfica nacional, mostrando trabalhos de jovens fotógrafos junto ao de profissionais já conhecidos nacionalmente e internacionalmente. Conta com exposições, palestras e oficinas gratuitas que acontecem em diferentes locais da cidade. O evento atende entre 20 a 25 mil pessoas. Den-
tre outros, contou com a presença de Ricardo Mendes, Mateus Sá, Orlando Azevedo e Roberto Linsker, Bárbara Wagner, Carlos Silva, Débora 70, Ed Viggiani, Edson Gamma, Fernanda Chemale, Kelly Lima, Marcelo Reis, Nina Mello, Rafael Castanheiras, Renan Cepeda, Rubber Seabra, Vania Marinho e Zô Guimarães, Gabriel Boieras, Luciana Cattani, Fernanda Chemale.
Mês da Fotografia de Brasília O evento é realizado anualmente nas unidades do SESC Ceilândia, Gama e 504 Sul, em Brasília, DF, com o objetivo de levar à comunidade local uma programação cultural, sensibilizando-a para as artes, por meio da realização de palestras, workshops, oficinas, projeções e exposições fotográficas. O Mês da Fotografia de Brasília é um evento de animação e apresentação da fotografia para a comunidade brasiliense. Tem entre suas metas levar a arte para as cidades que estão à margem do centro cultural de Brasília, aproximando a fotografia das regiões administrativas do Distrito Federal e levando para a população uma nova forma de olhar e refletir o seu cotidiano.
Mês Internacional da Fotografia O 1º Mês Internacional da Fotografia aconteceu em São Paulo, SP, em maio de 1993. Um marco na história da fotografia brasileira com suas exposições e workshops internacionais. A ideia do evento surgiu em 1991, em paralelo à criação do Núcleo dos Amigos da Fotografia, Nafoto, (formado então por Juvenal Pereira, Rosely Nakagawa, Fausto Chermont, Stefania Bril, Nair Benedicto, Rubens Fernandes Junior, Eduardo Simões, Eduardo Castanho, Isabel Amado e Marcos Santilli). Foram realizadas oito edições, de 1991 a 2001, com 286 exposições, centenas de oficinas e palestras. Entre os grandes nomes nacionais e internacionais que participaram estão Mario Cravo Neto, Paula Sampaio, Ricardo Azoury, Patrícia di Pilippi, Penna Prearo, Paulo Friedman, Pedro Vasquez, Ricardo Teles, Iatã Cannabrava, Otto Stupakoff, Carlos Moreira, Rogério Assis e Adi Leite. Entre os internacionais, Pepe Diniz, Alain Fleischer, Keiichi Tahara, Bernard Plossu, Michael O’Neil, Luis Gonzalez Palma e Graciela Iturbide. Em 2011 Nafoto realizou uma grande retrospectiva do Mês, com exposições, seminários e lançamento
do catálogo raisonné. A composição atual do Nafoto é Rubens Fernandes Junior, Fausto Chermont, Nair Benedicto e Mônica Caldiron.
Parahyba Digital O Parahyba Digital é um evento cultural que ocorre em João Pessoa, PB, desde 2005, e tem a fotografia como foco principal. Além de palestras com expoentes da fotografia nacional, o festival oferece exposições de artistas, excursões fotográficas, leituras de portfólios, mostras paralelas e mostras virtuais. Na última edição do Parahyba Digital, em 2008, foi contabilizada uma media/dia de 300 participantes. O evento é realizado por João Lobo e acontece no Parahyba Café e na Usina Cultural Saelpa. Já contou com a participacão de Thales Trigo, Joana Mazza, Ana Ribeiro dos Santos (Portugal) Jason Pessoa (Paraná), Leonor Soza (Chile) e Tuti Maioli (Suiça).
Paraty em Foco – Festival Internacional de Fotografia de Paraty O Festival Internacional de Fotografia Paraty em Foco é realizado desde 2005 na cidade histórica de Paraty, RJ. Foi idealizado pelo fotógrafo italiano Giancarlo Mecarelli e sua esposa Maxime Delmotte, proprietários da Galeria Zoom, da mesma cidade. Desde 2006, a coordenação do evento é do Estudio Madalena em parceria com a Galeria Zoom (exceto em 2008). O Paraty em Foco tem cinco dias de intensa programação, com workshops, exposições, debates, entrevistas, encontros, projeções, leilões, leituras de portfólio, lançamentos de livros, atividades de inclusão social da comunidade de Paraty (Projeto Jovens do ITAE), entre outras iniciativas realizadas simultaneamente na cidade. O festival remete à formação da Rede de Produtores Culturais da Fotografia, que teve seu debate inicial em 2009, com a elaboração da Carta de Paraty, que traçou a intenção de obter maior respaldo governamental para as ações ligadas à fotografia no país. A edição de 2009 também seria marcada pelo 1º Encontro da Blogosfera, uma ação também inédita que aglutinou fotógrafos por todo o país. A partir de 2010 o festival passou a ser temático, abrindo com o tema “Inventários da Terra”. No mesmo ano, o espaço para o público se ampliou com as trans-
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missões de entrevistas da Tenda da Matriz, que acomoda até 500 pessoas. O festival se destaca por trazer ao país convidados internacionais e nacionais, muitos deles vindos ao país pela primeira vez. Entre os fotógrafos destacam-se Loretta Lux, Claudine Doury, Maureen Bisilliat, David Alan Harvey, Georges Rousse, Thomas Hoepker, Walter Carvalho, Pedro Martinelli, Arthur Omar e Gerardo Montiel Klint, entre outros. O festival mantém, durante o ano todo, o blog Paraty em Foco, com posts diários com dicas de exposições, resenhas de livros, entrevistas e novidades sobre o festival. Desde 2006 o Paraty em Foco realizou 89 workshops, 82 entrevistas e 33 exposições, com seis mil pessoas.
tende ser anual seu objetivo é descobrir e divulgar os fotógrafos de Curitiba, unir as escolas e amantes da fotografia, além de ajudar a aquecer o mercado e a cultura fotográfica da cidade. A semana contou com o apoio das principais escolas de fotografia da cidade e apresentou uma agenda de palestras e oficinas que durou sete dias, com a participação de Leopoldo Plentz, Marco Antonio Portela, Roberto Pitella, entre outros. A marca do evento foi a colaboração entre escolas, instituições públicas e os fotógrafos em geral, que realizaram dezenas de exposições nas escolas e em espaços alternativos. Destaque para as exposições de Luiz Garrido e Fernão Pain.
Semana da Fotografia de Belo Horizonte Salão Matogrossense de Fotografia Salão de fotografia realizado em Cuiabá, MT, nos anos de 1999, 2000, 2001 e 2004. Teve como objetivo estimular a qualificação da produção fotográfica no estado, além de promover o intercâmbio entre os fotógrafos e espectadores, a partir da perspectiva de novas tendências e linguagens das artes visuais. Além das exposições dos fotógrafos selecionados pelo concurso, o Salão ofereceu palestras, workshops e outras exposições, como a de Sebastião Salgado em 1999. O evento foi produzido pela jornalista e produtora cultural Magna Domingos, por meio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/MT), com ajuda da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, patrocinada em forma de doação, da Rede Cemat e Açofer e patrocínio cultural da Gráfica Genus. Em suas duas primeiras edições, as atividades se voltaram para a produção fotográfica mato-grossense, sendo subdividida em três categorias: amador, profissional e fotojornalismo. A partir de 2001, o concurso tomou caráter nacional. Sua última edição (2004) foi temática: Um olhar brasileiro sobre a Amazônia, com a proposta de contribuir no processo de descoberta, difusão e valorização da realidade Amazônica.
Semana da Foto de Curitiba A Semana da Foto de Curitiba teve sua primeira edição realizada de 15 a 21 de agosto de 2011, organizada pelos fotógrafos Guilherme Zawa, Téo Pitella, Melanie D’Haese e pela Guerrilha Fotográfica. O evento pre-
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A Semana da Fotografia de Belo Horizonte do Núcleo de Pesquisa em Fotografia (Nfoto) teve sua primeira edição em 2010. Foi coordenada por Anna Karina Bartolomeu e Patrícia Azevedo. Promoveu exposições, palestras e workshops, além de ter abrigado a terceira edição do Projeto Corpo Coletivo/Collective Body. Da primeira edição participaram Joachim Schmid, Arnold Borgerth e Alexandre Sequeira, entre outros. A semana foi aberta ao público e aos acadêmicos que cursam disciplinas ligadas a fotografia na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais.
Semana da Fotografia de Ribeirão Preto A Semana da Fotografia de Ribeirão Preto, é um evento anual que conta com 13 edições realizadas na cidade de Ribeirão Preto, SP. O evento teve sua primeira edição em 1997, a partir da iniciativa de Luiz Francisco Araujo Cortez (Fanca Cortez), na época diretor da Oficina Cultural Regional Cândido Portinari. Contou com o apoio do produtor e fotógrafo Iatã Cannabrava, na sua concepção formal, e foi organizada pela Secretaria de Estado da Cultura, em parceria com a Secretaria Municipal da Cultura e da Prefeitura de Ribeirão Preto. Fanca Cortez ficou envolvido na organização da Semana até 2004. Mas, desde 2002, Nilton Campos, atual diretor do Museu de Arte de Ribeirão Preto (MARP) e Coordenador de Artes Visuais da Secretaria Municipal da Cultura, é quem coordena o evento. Atualmente a Semana é realizada somente pela Secretaria Municipal da Cultura e é de abrangên-
cia nacional. Tem como objetivos levar referências da produção local e nacional para a população de Ribeirão Preto e arredores, por meio da realização de atividades como exposições de fotografia em diversos espaços públicos e privados, atividades de formação, com palestras, workshops, bate-papo com artistas, e oficinas, numa programação que se estende por quase dois meses, ocorrendo de setembro a outubro.
uma iniciativa independente, apoiada pela Universidade e, por não existir um núcleo de fotografia dentro da PUC-Rio, pretende-se que haja uma rotatividade de realizadores. O evento é aberto, e suas atividades (palestras, oficinas e exposições) são gratuitas. O Festival contou com a participação, dentre outros nomes, do fotojornalista Evandro Teixeira e do projeto Imagens do Povo.
Semana de Fotografia da Cidade de Curitiba*
Semana de Fotografia do Recife
A Semana de Fotografia da Cidade de Curitiba, no Paraná, foi organizada pelo fotógrafo Alberto de Melo Viana, por meio da Agência Konexão, contratado pela Fundação Cultural de Curitiba, sob a gestão de Lucia Camargo. Viana foi responsável pelos dois primeiros festivais, que ocorreram em 1991 e 1992. A coordenação do evento ficou então por conta dos fotógrafos João Urban e Orlando Azevedo, diretor de artes visuais da Fundação, que deram continuidade à terceira e quarta Semanas. Na sequência, é criada a Bienal Internacional de Fotografia da Cidade de Curitiba, provocando a extinção do evento. No formato tradicional de festivais, a Semana de Fotografia contava com exposições, workshops, palestras, entre outros eventos, onde participaram fotógrafos, curadores e pesquisadores como Claudio Feijó, Zeca Linhares, Leopoldo Plentz, Miguel Chikaoka, Iatã Cannabrava, Rubens Fernandes Junior, José Albano, Valdir Cruz, Luis Humberto, Boris Kossoy, Rosely Nakagawa, Joaquim Paiva, Aristides Alves, Emidio Luisi, Vilma Slomp, Marcos Magaldi, Bob Wolfenson, J.R.Duran, Sebastião Salgado, Cristiano Mascaro, entre tantos outros.
A Semana de Fotografia do Recife é um evento nacional constituído por palestras, debates, oficinas, projeções, exposições, lançamentos de livros, expedições e leituras de portfólio. Sua primeira edição foi realizada em 2007, na cidade de Recife, PE, somando um total de quatro eventos até 2011. São parceiros da Semana o Centro Cultural dos Correios, auditório da Livraria Cultura Recife, Museu do Estado de Pernambuco, Museu Murilo La Greca, entre outros. A produção e realização é da Prefeitura de Recife, Fundação de Cultura Cidade do Recife, e a coordenação geral é de Mateus Sá, com produção executiva e administrativa da empresa Caramiolas Projetos Afins e Multimídia. A coordenação de oficinas e leituras de portifólios é de Ana Lira, a coordenação de palestras é de Eduardo Queiroga e Mila Targino. Há a participação da Fundarpe, cuja coordenação de Fotografia é de Geyson Magno. Entre fotógrafos e curadores que participaram dos eventos estão: Rogério Reis, Cia de Foto, Simonetta Persichetti, Rosely Nakagawa, Juan Esteves, Alexandre Belém, Georgia Quintas, Luciana Cavalcanti, Dirceu Maués, Jorge Bispo, Camila Targino, Evandro Teixeira, José Albano, Nadja Peregrino, Fernanda Magalhães, entre outros.
Semana de Fotografia da PUC-Rio A Semana de Fotografia da Puc Rio, foi criada em 2011, por um grupo de estudantes interessados em realizar um evento para debater a fotografia dentro da PUC-Rio, por meio da reflexão sobre a linguagem fotográfica, com nomes importantes de diversas áreas da fotografia. Em Maio de 2011 foi realizada a primeira edição do Festival, com o tema “Olhares – Uma Reflexão Sobre a Linguagem Fotográfica”. Organizada por Artur Romeu, Maria Luíza Valois, Stéphanie Saramago e Weiler Finamore, é
Semana de Fotografia f/508 A Semana de Fotografia f/508 é realizada em Brasilia, DF, com o intuito de promover o intercâmbio entre fotógrafos profissionais, amadores e demais interessados em fotografia. A 1ª Semana f/508 de Fotografia – I Love Film, foi realizada de 19 a 29 de agosto de 2010 e homenageou o fotógrafo tcheco Miroslav Tichý, que capta imagens de forma instintiva, com dispositivos feitos artesanalmente. Sua
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programação contou com quatro exposições (“Fotografia Pinhole”, “Processos Fotográficos Históricos”, “Em Busca do Paraíso Perdido” e “Estética do Acaso”); palestras voltadas à fotografia analógica (“O analógico e a mídia contemporânea”, “Preservação da cópia e do original” e “Fotografia low-fi e a estética do acaso”); oficinas direcionadas à prática de processos analógicos históricos, como daguerreotipia, cianotipia, marrom Van Dyke, papel albuminado, papel salgado e pinhole; além de projeções ao ar livre (Feito Poeira ao Vento, vídeo de stop motion produzido pelo fotógrafo Dirceu Maués, com fotografias pinhole; uma seleção de imagens integrantes do grupo Low-fi Brasília, gerenciado pelo f/508 no flickr; e fotografias de Miroslav Tichý, homenageado da Semana, cedidas pela fundação Tichý Ocean, responsável pelas obras do autor). Também ocorreu a sexta edição do projeto Lambe-Lambe, que ofereceu gratuitamente, mediante seleção prévia, o workshop “Experiência Multimídia”, com o coletivo Garapa.
Semana da Fotografia Mineira A Semana da Fotografia Mineira (inicialmente chamada de Semana da Fotografia de Belo Horizonte) é um evento realizado pelo Fórum Mineiro de Fotografia Autoral de Belo Horizonte, MG, que teve sua primeira edição em 2011, com apoio cultural do CentoeQuatro – IAMG. Exposições individuais e coletivas, projeções multimídias, mostra de cinema, palestras, instalações e trabalhos de site specific (obras desenvolvidas exclusivamente para o espaço em questão) foram realizadas no espaço da Praça da Estação. Com entrada gratuita para as exposições e palestras, o evento acontece sem o apoio de Leis de Incentivo e patrocinadores. A Semana organizada pelo Fórum se destaca pelo envolvimento de diversos espaços da cidade, além de contar com um contingente expressivo dos fotógrafos da cidade e do estado, com cerca de 160 participantes e expositores.
Semana Epson Fnac/FS de Fotografia* A Semana Epson Fnac/FS de Fotografia teve cinco edições realizadas, entre 2005 e 2008 em São Paulo, SP. Aconteceram como desdobramento da expansão
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do site www.fotosite.com.br, criado em 2000 pelos fotógrafos Rogério Assis, Adi Leite, Pisco Del Gaiso e Marcelo Soubhia, que já em 2002 seria dirigido apenas pelos dois últimos. Em 2003, o economista Bob Wollheim, diretor geral da Sixpix Content passa a fazer parte da sociedade do Fotosite, que, além da p rogramação da internet, tem também uma agência de prestação de serviços de fotografia. A partir de então surge uma parceria com a empresa francesa Fnac, resultando na produção de uma revista Impressa, a Revista Fotosite. Em parceria com Martine Birnbaum, gerente da Fnac, é criada a Semana Epson Fnac de Fotografia, patrocinada pela empresa Epson. Nelas aconteceram workshops, palestras e encontros com fotógrafos nacionais e internacionais que ocorreram principalmente na sede da Fnac, da Praça dos Omaguás, 34, em Pinheiros, e alguns eventos na Av. Paulista, 901, em Cerqueira Cesar. Entre os participantes da semana, estiveram Robert Stevens, da Times Magazine; Marcelo Grecco, Gianfranco Coppola da Getty Images, Patricia Gouvêa, do Ateliê da Imagens; Lucrecia Couso, do Espaço Ophicina; Egberto Nogueira, da Ímã Galeria; Ricardo Correa, da Editora Abril; Fernando Luna, da Editora Trip; Milla Jung, do Núcleo de Estudos da Fotografia, do Paraná; os fotógrafos Cris Bierrembach, Rochelle Costi, Marcelo Pallotta, Caio Reisewitz, o fotógrafo tcheco Antonin Kratochvil, da VII Agence; Cia de Foto; Iatã Cannabrava, Antonio Saggese, Eder Chiodetto, Thelma Vilas Boas; Pascal Aimar, da Tendance Floue, da França; a jornalista Simonetta Persichetti, os professores e fotógrafos João Pregnolato e Luiz Aureliano do Senac, entre tantos.
Semana Sergipana de Fotografia* A Semana Sergipana de Fotografia foi criada pela fotógrafa Eliane Velozo, do Laboratório de fotografia da Universidade Federal do Sergipe, em Aracaju, em parceria com a Fundação Municipal de Cultura, representada por Josefa Naide Barborsa. Também produziram a Semana Isa Vanny, Jairo Andrade e Marcio Garcez. Anualmente, de 1992 a 1996, durante uma semana, eram realizados em diversos pontos da cidade oficinas de fotografia, palestras, exposições e leituras de portfólio. As exposições e as oficinas eram feitas no Centro Cultural da Universidade Federal do Sergipe.
Semana Nacional de Fotografia Funarte* A Semana Nacional de Fotografia, organizada por diferentes núcleos e departamentos da Fundação Nacional de Artes (Funarte), nasceu sob a inspiração do Les Recontres D’Arles, na França, evento criado por Lucien Clergue em 1970. A I Semana Nacional de Fotografia foi aberta em 16 de agosto de 1982. Apesar da confessa inspiração francesa, a Semana Nacional de Fotografia era diferente por ter caráter itinerante. As Semanas, então organizadas pelo Instituto da Fotografia, Infoto, tinham essa característica única de serem realizadas a cada ano numa cidade diferente de cada região do país, de modo a fomentar a descentralização das atividades fotográficas no Brasil e cumprir o compromisso federalista da Funarte. Realizada na antiga sede da Funarte, no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, a primeira Semana foi atípica, já que foi centrada em exaustivas reuniões de trabalho, durante três dias inteiros, com representantes de diversos estados brasileiros, entre eles Milton Guran, do Rio de Janeiro, Nair Benedicto, de São Paulo, Luiz Carlos Felizardo do Rio Grande do Sul, Orlando Azevedo, do Paraná, Claudio Versiani, de Minas Gerais, entre outros. As edições da Semana foram realizadas anualmente até 1989. Entre os fotógrafos e curadores participantes nas mais diferentes modalidades, podemos destacar: Angela Magalhães, Nadja Peregrino, Pedro Vasquez, Luiz Carlos Felizardo, David Drew Zingg, Walter Firmo, Cássio Vasconcellos, Massao Goto Filho, Iatã Cannabrava, Isabel Pedrosa, Arnaldo Pappalardo, Boris Kossoy, Orlando Azevedo, Leopoldo Plentz, Tiago Santana, Carlos Moreira, Rosely Nakagawa, Claudio Feijó, Sebastião Salgado, Antonio Saggese, José Lunazzi, entre outros tantos.
Semana Paulista de Fotografia* Os eventos chamados Semana Paulista de Fotografia aconteceram na cidade de São Paulo, a partir de 1985, com um evento denominado Semana de Fotografia da União dos Fotógrafos de São Paulo. Foram realizadas cinco edições do evento, sendo a última em 1991. Os cursos, exposições e oficinas ocorriam no Espaço de Atuação Cultural da União dos Fotógrafos de São Paulo, com apoio dos Laboratórios Curt, Fotoptica, Frata, Fuji Filme e Kodak,
entre outros patrocinadores ao longo dos anos. Entre os fotógrafos participantes, estavam Nair Benedicto, Regina Lemos, Rubens Chaves, Carlos Fadon Vicente e Gal Oppido. Na segunda edição, já com o nome II Semana Paulista de Fotografia, de 08 a 14.12.1986, acontece o Projeto Nossa Gente, Galeria da Cosesp. A exposicão envolveu 20 municipios de São Paulo. O Seminário “A fotografia social” com a historiadora americana Naomi Rosenblum, Oficina Fotografia de Palco, com Emidio Luisi e uma série de encontros marcaram a III Semana Paulista de Fotografia (7 a 12.12.1987) com Exposição no Museu de Arte Brasileira (MAB), da FAAP, no Museu de Imagem e do Som (MIS) e workshops com Ricardo Hantzchel e Pedro Vasquez. A IV Semana Paulista de Fotografia, em 1990, teve coordenação Geral de Iatã Cannabrava, produção executiva de Rosa Maraucci, coordenação de Exposições de Isabel Amado, coordenação de Audio Visuais de Rubens Chaves, assessoria de imprensa de Paulo Klein, organização de debates de Fausto Chermont. A V Semana Paulista de Fotografia, de 1991, última edição do evento, também coordenada por Cannabrava teve a mostra “La fura dels Baus”, de Mônica Zarattini e a coletiva “Sobrecor” mostra coletiva de Cássio Vasconcellos, Luiz Braga e Penna Prearo de encontros Casa da Fotografia Fuji, entre outras.
Semana Potiguar de Fotografia A Semana Potiguar de Fotografia é produzida pela Galeria ZooN de Natal, RN, a Idea Haus, Coletivo Potiguar de Fotografia, e diversos fotógrafos locais. A primeira edição da Semana Potiguar de Fotografia aconteceu entre 25 e 28 de novembro de 2010 em Natal. A Semana conta com exposições, oficinas, lançamentos de livros e leituras de portfólio. Entre os participantes se destacam Rosely Nakagawa, Araquém Alcântara, Ricardo Junqueira e Jean Lopes.
Semanas Estaduais de Fotografia do Maranhão* Realizadas entre 1990 a 1993 foram inspiradas nas Semanas Nacionais de Fotografia promovidas pela Funarte. Foram promovidas pelo Centro de Criatividade “Odylo Costa, filho” e tiveram quatro edições anuais,
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com três dias de atividades para cada edição. Contava com palestras, mesas redonda, exposições individuais e coletivas e oficinas como a Descondicionamento do Olhar, de Claudio Feijó. O financiamento foi realizado pela SECMA, e contou com o apoio de empresas locais de fotografia, de órgãos de Imprensa (Jornais locais, TV), dentre outras. Teve como organizadores do evento, Adalberto Rizzo e Jeovah França, além de fotógrafos locais, como Marcio Vasconcelos, Edgar Rocha, Francisco Otoni, Mobi, dentre outros.
Setembro Fotográfico O Setembro Fotográfico, coordenado por Gustavo Moura, foi um evento realizado pela Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) e pela Prefeitura Municipal de João Pessoa, PB, em 2010. Mês de atividades relacionadas à fotografia, com realização de oficinas, mesas redondas, exposições e lançamentos de livros, àlem da Mostra Fotógrafos Paraibanos, exposição que reuniu 45 trabalhos selecionados de 15 fotógrafos nascidos ou radicados na Paraíba.
SP Arte / Foto
SP Photo Fest
Ciclo de Debates Fotografia e Memória
O SP Photo Fest é um festival de fotografia realizado em São Paulo, SP, que teve sua primeira edição em 2009. O festival teve quatro dias de duração, com uma intensa agenda de atividades, como workshops, palestras, exposições, leituras de portfólio, entre outros. Foi criado e é dirigido por Luiz Marinho, empresário paulista, que atuou no Festival Internacional de Fotografia Paraty em Foco nos anos de 2007 e 2008. Diretor criativo de programação e co-fundador do festival, o fotógrafo americano Jay Colton participou da primeira edição, mas faleceu em setembro de 2010. A morte deste acabou suspendendo temporariamente as atividades regulares do festival. Entre os fotógrafos brasileiros e estrangeiros que participaram do evento se destacam Antonio Kratochvil, Cristiano Mascaro, Amy Arbus, Scout Tufankjian, Orlando Azevedo, Marcelo Greco e Eustáquio Neves. Como parte da programação de 2011, vieram ao Brasil os fotógrafos Ralph Gibson, Bruce Gilden e Stephen Shore.
Organizado pela Superintendência de Cultura Popular da Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão, especialmente por Jeovah França e Adalberto Rizzo, com o objetivo de debater a Fotografia do estado com abordagens na história da fotografia local e políticas públicas, voltadas para a fotografia maranhense, assim como a implantação do Museu de Imagem e do Som do Maranhão (MIS-MA). Aconteceu durante 3 dias, em março de 2009, com financiamento através do Prêmio Funarte – Conexão Artes Visuais, além de apoio de fotógrafos locais, empresas de fotografia, dentre outros. Contou com palestras, mesas redonda, oficinas, workshops e exposições fotográficas, de nomes como Eugênio Sávio, Roberta Zanatta (Museu da Imagem e do Som – MIS-RJ), Murilo Santos, Edgar Rocha e outros fotógrafos locais.
2. ENCONTROS, SEMINÁRIOS E SIMPÓSIOS
O Ciclo de Palestras Fotografia Contemporânea: Arte e Pensamento foi um evento realizado em 2009 no Rio de Janeiro, RJ, organizado pelos professores da Escola de Comunicação (Eco) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Antônio Fatorelli e Victa de Carvalho. O objetivo foi apresentar e discutir trabalhos de artistas influentes na atualidade. Além das conferências, o ciclo ofereceu dois workshops gratuitos. Um dos artistas importantes a participar foi o paulista Vik Muniz, radicado nos Estados Unidos.
Não menos importantes, aqui estão elencados os principais eventos fotográficos que não chegam a se caracterizar como festivais, mas que definem sua importância pelas discussões a que se propõem e pela frequência de suas realizações.
Pioneira feira de arte realizada no país, voltada exclusivamente para a produção fotográfica. Sob a organização da SP Arte Eventos Culturais Ltda., coordenada por Fernanda Feitosa, acontece anualmente desde 2007, na capital paulista. A SP-Arte / Foto visa fomentar o mercado brasileiro e cumprir o paCafé Fotográfico pel de evento catalisador e facilitador ao acesso do público de novos admiradores e colecionadores da O Café Fotográfico é um encontro promovido pela fotografia no Brasil e no exterior ao que vem senFotoativa, em Belém, PA, para pessoas interessadas do produzido no país. O evento conta com galerias em discutir a imagem e suas implicações contempoexpositoras, encontros com profissionais, palestras, râneas. Desde 2009, uma vez ao mês, fotoativistas cursos gratuitos, lançamentos de livros de fotografia ou não, reúnem-se para apresentarem trabalhos, artie publicação de um catálogo com galerias e artistas gos, relatos de experiências, audiovisuais, ou mesmo participantes, desde 2010. Desta maneira, contribui assistir a um filme, mediados por interlocutores que para a profissionalização do mercado de fotografia, levantam questões pertinentes ao tema ou pesquisa incentiva o colecionismo, a inclusão de novos e joapresentada. Por sua periodicidade mensal e formato vens artistas no mercado, àlem de dar visibilidade às aberto, o Café Fotográfico estimula a discussão e a galerias participantes e ajudar a inserir o Brasil no cirfruição do fotográfico como prática constante, explocuito internacional de feiras e exibições rando a diversidade de abordagens temáde fotografia, atendendo a mais de 20 ticas e os diferentes meios de difusão da * Produto cultural descontinuado mil visitantes em cada edição. imagem e do pensamento fotográfico.
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Ciclo de Palestras Fotografia contemporânea: Arte e Pensamento
produtores culturais no estado do Sergipe. Já recebeu os profissionais Jorge Henrique Oliveira, Oliver Garcia, Jairo Andrade, Edinah Mary, Isavanny, Ivve Rodrigues, Lilian França, Álvaro Villela e Lineu Lins até o mês de julho de 2011.
Conversas Fotográficas Encontro de fotógrafos, artistas e pesquisadores, realizado nos dias 24, 25 e 26 de agosto de 2011 na Universidade Regional do Cariri (URCA), em Juazeiro do Norte, CE. A programação é composta por palestras, mesa redonda, exibição de filmes e mostra de fotografias.
Corpo Imagem dos terreiros: experiência ritual; produção de presença O evento Corpo-imagem dos terreiros, com co-curadoria de Paulo Rossi, foi contemplado pela seleção pública de debates presenciais do Programa Cultura e Pensamento 2009/2010. O objetivo é discutir a produção de imagens fotográficas, no contexto dos rituais religiosos de matriz africana e gerar um repertório capaz de pensar, criticamente, essa manifestação cultural brasileira. O projeto dá continuidade aos debates on-line Representação imagética das africanidades no Brasil, contemplado com o Programa Cultura e Pensamento 2007. Trata-se de um ciclo de debates presenciais e on-line que reuniu em quatro encontros (Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador) pensadores, fotógrafos, curadores, críticos de arte e de fotografia.
Colóquio de Fotografia de Manaus O Colóquio de Fotografia de Manaus é um evento anual realizado em Manaus desde 2007 pelo grupo A Escrita da Luz.
Conversando Fotografia O evento Conversando Fotografia é uma série de debates e palestras mensais produzidos pelo Coletivo Trotamundos em Aracaju, SE. Desde agosto de 2010, o projeto Conversando Fotografia procura traçar um panorama dos fotógrafos, entidades, pesquisadores e
Encontro Brasileiro de Economia da Foto e da Imagem – EBEFI Evento promovido pela Brazimage em 2011, na cidade de São Paulo. Realizado paralelamente à Feira Fotografar, o Encontro Brasileiro de Economia da Foto e Imagem é uma conferência voltada para as cadeias produtivas e os produtos oriundos da economia criativa no segmento da fotografia e imagem. Discute assuntos relacionados à economia desse mercado, criatividade, inovação e cultura visual, por meio de palestras, entrevistas, debates, e apresentações de materiais multimídia.
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Encontros com o autor
Foto em Pauta
O projeto “Encontros com o autor” foi criado em 2007, pelo Candango Fotoclube, com o objetivo de divulgar e debater a fotografia realizada na Capital Federal. A série já contou com importantes nomes da fotografia de Brasília.
Promovendo encontros com nomes importantes da fotografia brasileira, o Foto em Pauta acontece desde 2004 em Belo Horizonte, MG. Os fotógrafos tem contato com o público diretamente, através de projeções de seus trabalhos, seguidas de debates com a plateia. São gratuítos e também já aconteceram em 12 estados brasileiros. Até o momento já são 40 edições do evento, numa média de 6 a 8 edições por ano. Em 2011, a partir desta experiência positiva de conteúdo e público, foi criado o Festival de Fotografia cidade de Tiradentes, no interior de Minas Gerais, ambos são realizados pela empres Camera Work Produções Fotográficas Ltda, criada pelo fotógrafo Eugênio Sávio.
Feira Largo Cultural da Mercês A feira cultural Largo Cultural das Mercês, acontece anualmente em Belém, PA, desde 2001, durante o mês de agosto, realizada pelo grupo Fotoativa, em comemoração ao aniversário da associação (dia 14) e o Dia Mundial da Fotografia (dia 19). Até 2004, a feira aconteceu na Praça do Rosário e, a partir de 2005, passou a ser realizada na Praça das Mercês. Em dezembro de 2008, a feira cultural ganhou o nome de Largo Cultural das Mercês e, de acordo com o foco temático de cada ano, incorpora outras atividades como jornadas, palestras, audiovisuais, etc.) As atividades são gratuitas. A feira nasceu com o nome Feira Cultural do Rosário (largo do Rosario que fica no bairro da Campina). Os “feirantes” eram os fotoativistas que organizavam a coleta e venda de fotografias, livros, cartóes postais, equipamentos usados e participação de alguns convidados: vendedores de livros usados, comidas típicas, vinís, além da apresentação de artistas da música, artes cênicas, performances, etc., além de mostras fotográficas no tradicional formato Fotovaral.
Fórum Anhembi Morumbi de Fotografia O Fórum Anhembi Morumbi de Fotografia, realizado pela Universidade Anhembi Morumbi, de São Paulo, SP, tem o objetivo de criar um diálogo entre profissionais do mercado e alunos, àlem de difundir a produção acadêmica, através de palestras, workshops gratuitos e abertos ao público, oficinas, exposições fotográficas e audiovisuais. Evento bienal, conta com duas edições realizadas, nos anos de 2007 e 2009, com coordenação e curadoria de Lucy Figueiredo. Em 2007 o evento teve exposições e mesas-redonda com nomes como Cássio Vasconcellos e Cristiano Mascaro, exposições dos alunos e lançamento de um Fotoclube. Em 2009, contou com palestras de profissionais como Bob Wolfenson, Clicio Barroso e do Coletivo Garapa.
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Fotobarragem O Fotobarragem é um encontro de fotógrafos para apreciar, discutir e difundir a arte fotográfica nos seus mais variados formatos. Os eventos acontecem sempre na última quinta-feira de cada mês. São noites de projeções abertas onde os participantes (profissionais e amadores) levam suas fotografias e as projetam para o público. O evento é realizado na Barragem do Lago Paranoá, em Brasília, DF.
Fotobiografia A Fotobiografia é uma atividade de discussão da fotografia, que acontece no Pium Fotoclube, em que são compartilhados estudos, pesquisas e referências visuais, em formato de bate-papo-palestra. Na Fotobiografia, um integrante ou convidado escolhe um fotógrafo ou artista visual e apresenta sua trajetória, seu trabalho, suas experiências e faz uma leitura pessoal sobre ele.
Fotocult / Foto Santos O Foto Cult e o Foto Santos foram dois eventos ocorridos em Santos, SP, organizados pela Prefeitura Municipal da Cidade. O Foto Cult aconteceu em 1995 com uma exposição coletiva de fotógrafos do jornal A Tribuna de Santos – Rafael Herrera, Walter Mello, Luigi Bongiovanni, Ademir Henrique, entre outros. Também promoveu individuais dos fotógrafos Ernesto Papa, Gino Pasquato, Henrique Teixeira,
Marcos Piffer, Reinaldo Ferrigno, Sebastian Rojas, Tadeu Nascimento e workshop de Processos Alternativos e Impressão Fotográfica com Cris Bierrembach – no Centro de Cultura Patricia Galvão, Memória Fotográfica com Marcia Ribeiro Ward, e Especulações sobre o Acaso, com Penna Prearo, e Estúdio Básico com Gino Pasquato, entre outros. O Foto Santos aconteceu em 2004 e deu continuidade ao programa estabelecido pelo FotoCult, desta vez como programação da Pinacoteca Municipal Benedicto Calixto e seu plano de exposições. Mais uma vez, houve a mostra do Jornal A Tribuna com Alberto Marques, Anésio Borges, Carlos Nogueira, Irandy Ribasm, Julio Vieira, Luigi Bongiovani, Marclo Justo, Nirley Senam Paulo Freitas, Raimundo Rosa, Rogério Soares, Silvio Luiz e Walter Mello. E coletiva de convidados, com Alex de Almeida, Benerine Kauffmann Abud, Ernesto Papa, Gino Pasquato, Juan Esteves, Marcos Piffer, Leonaldo Santos, Tadeu Nascimento, William Cavalcante e Wilson Mello, bem como uma sala especial com o fotógrafo José Herrera.
encontros fazem parte de um projeto de realização de eventos, exposições, publicações e sistematizações de pesquisas sobre o assunto. O projeto se originou em 1998, a partir das pesquisas de Titus Riedl, como professor de História da Universidade Regional do Cariri-URCA, no Sul do Ceará, em parceria com Tiago Santana e Nívia Uchoa, e em colaboração com o Memorial da Cultura Cearense, no Dragão do Mar (Valéria Laena), em Fortaleza-CE. O primeiro encontro ocorreu em 2005, o segundo em 2008. As mais recentes atividades foram exposições em Nova York (Yossi Milo, 2010), Los Angeles (RoseGallery, 2011), São Paulo (Galeria Estação). Do projeto foi originado o filme Câmera viajante (direção: Joe Pimentel, Ceará 2007), e os livros Retratos Pintados, Nazraeli Press, Portland, 2010, de autoria de M. Parr e T. Riedl, também o livro Últimas lembranças, Anna Blume, São Paulo, 2002, de autoria de T. Riedl.
Interlocuções do Imaginário Fotofeira O Fotofeira é um projeto que acontece no Rio de Janeiro, RJ. Criado por Ana Cris Loureiro, Carlos Brausz e Juscelino Bezerra, da TotemArt, de intervenção por meio de exposição fotográfica realizado numa barraca da Feira de Antiguidades da Praça XV. A intervenção começa com fotógrafos captando imagens na feira e termina com tais fotos expostas na barraca da própria feira. Participam desse projeto Ana Cris Loureiro, Carlos Brausz e Juscelino Bezerra.
Fotografia em Debate Fotografia em Debate é um evento mensal promovido pelo Mandacaru Fotoclube, realizado em Fortaleza, CE. O debate é realizado desde fevereiro de 2011 e já abordou temas como fotografia de casamento, fotojornalismo, fotografia de moda e calibração de monitores e impressão. As reuniões são abertas, gratuitas e têm um público de aproximadamente 150 pessoas.
Fotografia Vernacular O evento Fotografia Vernacular tem como objetivo coletar dados e divulgar a fotografia popular do Brasil, os
O Interlocuções do Imaginário foi um evento realizado pela Escola Câmera Viajante, de Porto Alegre, RS, que conta com palestras, seminários, oficinas, exposições de fotografia e audiovisuais. Teve duas edições, em 2007 e 2009, com periodicidade bienal. Foi originado da necessidade dos alunos e professores da escola terem um espaço de discussões entre a fotografia e demais artes. Tem como objetivos: pensar a imagem fotográfica como uma importante manifestação da poética visual contemporânea, pensar a fotografia como um meio de encontrar novos caminhos, fugindo das ações óbvias e que permitam a reconstrução de uma nova percepção numa ação dialógica, expor o trabalho de novos talentos da fotografia e das artes. Teve um público de 2 mil e 5 mil pessoas, respectivamente nas duas edições do evento.
Máquinas de Luz: Fórum das Imagens Técnicas O evento Máquinas de Luz: Fórum das Imagens Técnicas é realizado pelo Ateliê da Imagem, empresa coordenada por Patricia Gouvêa, com sede no Rio de Janeiro, RJ. É um evento gratuito constituído por debates, mostras audiovisuais e a oficina de Sensibilização e Criatividade Fotográfica para crianças. Teve sua primeira e única edição em 2009, realizado no Cine Glória, e tem proposta de realização bienal. Propõe uma reflexão sobre fotografia, dialogando com outras técnicas de produção de imagem e lingua-
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gens como por exemplo, o cinema, discutidos em quatro eixos temáticos. Visa mapear e debater essas possíveis interações e promover o intercâmbio entre profissionais de áreas distintas: fotógrafos, cineastas e pensadores.
Maratona Fotográfica Clic o Seu Amor por Londrina A Maratona Fotográfica Clic o Seu Amor por Londrina é um evento realizado sempre nos anos ímpares desde 2001. Faz parte de um projeto que pretende documentar, com pluralidade de olhares, as transformações urbanas e rurais de Londrina, PR. A organização pretende chegar a 2020. Em 2019 será realizada uma grande exposição, com fotografias de todas as maratonas realizadas durante o período do projeto, que mostrará as transformações urbanas de Londrina durante esse tempo. O evento é organizado pelo professor Paulo Boni, da Universidade Estadual de Londrina.
Maratona Fotográfica de Cabo Frio / Mais Ratona Fotográfica A Maratona Fotográfica de Cabo Frio aconteceu na cidade de Cabo Frio, RJ, nos anos de 2006 e 2007. Em 2008, 2009 e 2010, por falta de verba, a maratona deu lugar a Mais Ratona Fotográfica, uma série de projeções. O nome “Mais Ratona” é um trocadilho: enquanto a Maratona era um evento feito com a anuência e patrocíneo da prefeitura municipal, a “Mais Ratona” era um evento que acontecia na Rataria (gíria usada em Cabo Frio), com o investimento dos próprios organizadores. Em ambas, a duração foi de dois dias. Manuela Castilho e Alexandra Arakawa foram as idealizadoras e coordenadoras do evento. As produtoras planejam nova edição da Maratona Fotográfica em 2011.
Photovivência – Diálogo com o fotógrafo Produzido pelo Coletivo Retratando, composto por Alexandre Fonseca e Ione Moreno, é realizado desde 2009 em Manaus, em parceria com a Livraria Saraiva MegaStore, em cujo espaço acontecem encontros mensais com fotógrafos locais e nacionais, com conversas e projeções. Os encontros acontecem também dentro do Festival Manaus Bem na Foto.
Semana da Fotografia de Belo Horizonte Por Que Eu Fotografo? O Por Que Eu Fotografo? é um projeto realizado em maio de 2008 pela AFOTO no Parque da Cidade, em Brasília, DF. A proposta da intervenção urbana foi levar ao público fotografias sobre diversos temas. Cada imagem era acompanhada por um pequeno texto onde o autor responde à pergunta: Por Que Eu Fotografo? O movimento se organizou em torno de dois eixos: ação e reflexão, com duas exposições em galerias, uma intervenção urbana e dois debates sobre o tema-título. Em 2009, o movimento Por Que Eu Fotografo? cresceu e se tornou a AFOTO.
A Semana da Fotografia de Belo Horizonte do Núcleo de Pesquisa em Fotografia (NFOTO) teve sua primeira edição em 2010. Foi coordenada por Anna Karina Bartolomeu e Patrícia Azevedo. Promoveu exposições, palestras e workshops, além de ter abrigado a terceira edição do Projeto Corpo Coletivo/Collective Body. Da primeira edição participaram Joachim Schmid, Arnold Borgerth e Alexandre Sequeira, entre outros. A semana é aberta ao público e aos acadêmicos que cursam disciplinas ligadas à fotografia na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais.
SP Arte / Feira Internacional de Arte de São Paulo A SP-Arte/Feira Internacional de Arte de São Paulo, que acontece na capital paulista, no pavilhão da Bienal, e é a maior e mais importante feira de arte moderna e contemporânea do Brasil. Ocorre anualmente desde 2005 e reúne cerca de 100 galerias de todo o país, além de convidados internacionais. Além da exposição de mais de 1500 obras de arte, o evento envolve também a realização de palestras, mostras áudio visuais e performances e visitas guiadas a importantes museus, galerias e coleções de São Paulo. A feira foi criada e é dirigida por Fernanda Feitosa, e tem uma versão dedicada especialmente à fotografia e à SP ARTE FOTO.
3. PROJETOS ESPECIAIS Aqui se encontram os produtos que não se caracterizam nem como festivais nem como seminários, encontros ou simpósios, mas que são ou foram importantes na demarcação do território da fotografia no campo das artes visuais.
Semana de Fotografia de São Caetano do Sul Projeto Figura O Projeto Figura foi criado em 2002 por Claudia Tavares e Dani Soter. Trata de exposições fotográficas e audiovisuais realizadas anualmente. As mostras são realizadas em lugares não institucionais, ou seja, lugares que não são direcionados especificamente à circulação de arte, como em galpões abandonados, residências, entre outros. Até 2011, foram realizadas onze edições do projeto. Em agosto de 2008, com a entrada da artista Monica Mansur no projeto, foi inaugurado o Espaço Figura, fechado em 2010.
Papo de Fotógrafo
Projeto Sexta-Livre
Evento realizado mensalmente desde março de 2011 pela Agência Ensaio e pela Associação Paraibana de Arte e Cultura (APAC) em João Pessoa, PB. Realizado na última quinta-feira do mês, o encontro é aberto e os participantes podem levar fotografias e vídeos para projeção. O Papo de Fotógrafo integra a programação do Projeto Lambe-Lambe de Fotografia.
O Projeto Sexta-Livre é realizado no Rio de Janeiro, RJ, pelo Ateliê da Imagem. desde 1999. É um projeto quinzenal, com entrada franca, de atividades como mostras audiovisuais de filmes e projeções de fotografia, palestras, debates e depoimentos, divulgação de projetos autorais e lançamento de livros, reunindo autores consagrados e jovens talentos das artes no
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Brasil. De 2004 a 2008, abrigou dois eventos fixos: a Sessão Curta o Curta e o Ateliê Performático. Tem por objetivo promover a fotografia brasileira e o pensamento sobre a fotografia e a imagem contemporânea. Foram realizadas mais de 250 edições, com a participação de aproximadamente 750 profissionais e artistas, atendendo mais de 20.020 pessoas.
A Semana de Fotografia de São Caetano do Sul é um evento integrante do Salão Nacional de Arte Fotográfica de São Caetano do Sul, organizado pelo Fotoclube ABCclick e pela Secretaria Municipal de Cultura da cidade de São Caetano do Sul,SP. Em 2011, realizou sua terceira edição, com palestras e oficinas sobre direito do fotógrafo, fotojornalismo, foto arte e fotografia em geral, além da saída fotográfica rumo a Paranapiacaba, SP.
Simpósio Fototech de Fotografia Simpósio anual que acontece na cidade de Belo Horizonte, MG, organizado pela filial da Associação de Fotógrafos Fototech, com gerência de seu presidente Guto Muniz. Tem como objetivo discutir aspectos culturais do fazer fotográfico. Teve duas edições, uma em 2009 discutindo “O Direito Autoral na Fotografia Brasileira” e a segunda edição em 2010 abordando o tema “A Fotografia e o Mercado das Artes”. Atende em média 200 pessoas dentre fotógrafos, estudantes, pesquisadores e acadêmicos ligados à fotografia.
1ª Trienal de Fotografia – 1980 A 1a Trienal Brasileira de Fotografia, aconteceu em 1980, organizada pelo Museu de Arte Moderna (MAM), de São Paulo, SP, com uma exposição montada em sua sede, a fim de constituir “uma visão, ainda que incompleta, das principais tendências da produção fotográfica brasileira do momento”, nas palavras de Moracy R. de Oliveira, membro da comissão de Seleção e Premiação do evento. O financiamento da Trienal, que teve somente essa versão, foi assumido pela Kodak do Brasil e os prêmios aquisitivos foram doados pela empresa ao Museu de Arte Moderna. Integram a doação obras de Vera Albuquerque, Orlando Brito, Caíca, Leonardo Hatanaka e Anna Mariani. Entre os participantes, destacam-se Luiz Antonio Seráphico de Assis Carvalho, Orlando Brito, Camila Butcher, Clovis Loureiro, Emidio Luisi, Anna Mariani, Pedro Martinelli, Améris Paolini, Penna Prearo, Dulce Soares, Ricardo Chaves, Luíz Tripoli, Carlos Fadon Vicente, Luiz Carlos Felizardo, Juvenal Pereira, Hildegard Rosenthal, Lamberto Scipioni, Leonid Streliaev, Pedro Vasquez, entre outros.
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Arte/Cidade
Bienal de Fotojornalismo de São Paulo
O Arte/Cidade foi um projeto de intervenções urbanas, realizado em São Paulo desde 1994. O projeto buscou destacar áreas críticas da cidade diretamente relacionadas com processos de reestruturação e projetos de redesenvolvimento, visando identificar seus agentes, linhas de força e ativar sua dinâmica e diversidade. Reunindo artistas e arquitetos, internacionais e brasileiros, voltados para situações urbanas complexas, o projeto visou desenvolver repertório técnico, estético e institucional para práticas artísticas e urbanísticas não convencionais. Entre os fotógrafos ou artistas (que utilizam fotografia) que participaram estão : Abílio Guerra e Marco Valle, Andrea Tonasci, Anna Muylaert, Arthur Lescher, Arthur Matuck, Carlos Fadon, Carlos Reichembach, José Fujocka, Guto Lacaz, Iole de Freitas, Lenora de Barros, Rubens Mano, Regina Silveira, Tadeu Jungle, Walter Silveira, André Klotzel, Antonio Saggese, Arnaldo Antunes, Carlos Fajardo, Cássio Vasconcellos, Eder Santos, Susana Yamauchi e Arthur Omar. Na sequência, em 2002, as intervenções voltaram-se para a grande escala com áreas inacessíveis à observação ocular e desconectadas da organização urbana da metrópole atual, dirigindo-se para a Zona Leste da cidade, criando o evento Arte Cidade Zona Leste, numa área de cerca de 10 km2. Palco da imigração e da primeira industrialização da cidade, a região atravessou longo período de desinvestimento, além da implantação de grandes sistemas de transporte. Nesse núcleo participaram Carlos Fadon Vicente, Antonio Saggese, Cássio Vasconcellos, Willy Biondani, Rochelle Costi e Arnaldo Pappalardo.
A Bienal de Fotojornalismo aconteceu em São Paulo, SP, em 1995, mostrando a produção dos anos 1990 até 1995. Com uma única edição até o momento, foi organizada por curadores próximos da Fundação Bienal de São Paulo, como Agnaldo Farias e Nelson Aguilar, com participação de curadores ligados à fotografia como Anna Carboncini, Secretária da Coleção Pirelli-MASP e o fotógrafo e curador Eduardo Castanho, um dos coordenadores do Nafoto. O leque de participantes do evento é extenso, reunindo profissionais dos principais orgãos de imprensa do país, com a participação de freelancers e agências. No mesmo período, o evento foi inserido na programação do II Mês Internacional de Fotografia, sendo este responsável pela montagem da mesma. Entre os fotógrafos participantes, estavam Ana Ottoni, Jorge Araújo, Alexandre Belém, Nair Benedicto, Sergio Amaral, Miltom Michida, Sergio Dutti, Eugênio Sávio, Itamar Miranda, João Primo, Massao Goto filho, Luludi, Cristina Bocayuva, Eduardo Knapp, Bel Pedrosa,Paulo Giandália e Euler Junior entre outros. A Fundação Bienal também abrigou paralelamente a mostra de Oliviero Toscani, fotógrafo italiano, e a mostra História do Olhar, da coleção francesa do Centre National de La Photographie, organizada por Robert Delpir.
Bienal de Fotografia Ecológica de Porto Alegre A Bienal de Fotografia Ecológica de Porto Alegre teve sua primeira edição em 1979, com exposições de Ruy Varella, Luis Humberto, Araquém Alcântara, Orlando Azevedo, Zeno Simon e Maureen Bisilliat. Em 1981 é realizada a segunda Bienal, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul Aldo Malagoli, em Porto Alegre, RS. A terceira, em 1984, também no Museu De Arte do Rio Grande do Sul Aldo Malagoli. Entre outros participantes, Luiz Felizardo, Leopoldo Plentz, Nego Miranda, Marcos Becari e Jone de Araújo.
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Caixa Populi O evento Caixa Populi aconteceu em São Paulo, SP, em 1999 e 2000, Brasília, DF, em 2001 e Salvador BA em 2003. Realizado pela Agência Fotograma, com curadoria do fotógrafo italiano radicado na cidade, Emidio Luisi, com patrocínio da Caixa Federal. Com um grupo de fotógrafos coordenadores, fotógrafos inscritos fotografaram a cidade e o povo, reunindo imagens para exposições e catálogos. Entre os coordenadores estavam: Paulo Giandália, Silvio Ribeiro, Massao Goto Filho, Helcio Nagamine, Edu Garcia e Iara Venanzi. Entre os fotógrafos participantes de São Paulo estavam Daniele Sandrini, Eduardo Martino, Eliane Piva, Ester Lerner, Isabella Canevalee, Ivan Luiz Gomes, Livia Aquino, Marcos Marini, Maurício Piffer, Marilu Martins, Milena Szafir, Monalisa Lins, Monica Fleury, Paulo Kawaso, Sergio Neves, Adriana Vichi, Andrea Zaguini, Angela di Ricco, Camila Gauditano, Carla Romero, Denise Camargo, Jaqueline de Oliveira, Marcos Blau, Marcos Ribeiro Spinola, Marise Rangel, Melissa Haidar, Paulo Cesar Rocha, Valeska Achemba-
ch, Wagner Gil e Wilma Yabiku, Ana Mesquita, Cristiane Beneton, Eliane Coster, Enio Isshiki, Fabiola Mendonça, Gulherme Andrade, Ivan Sayeg, Kyoe Lizuka, Lin Zhen, Maria Fernanda Lima, Madalena Marangoni, Patricia Cardoso, Perla Rosseti, Valeria Vaz e Vanessa Krami. De Brasília, participaram Alexandre Brandão, Alexandre Carrijo, Célio Rodrigues, Enildo Amaral, Enriqeu Mamute, Fernanda Hissa, Fernando Ribeiro, Jorge Diehl, Leticia Verdi, Maria Lu, Renan Labrea, Rinaldo Morelli, Rodrigo Carletti, Tais Peyneau e Thais Kimrua e da Bahia: Fotógrafos participantes: Bauer Sá, Fina Leite, Lindinete Pereira, Luis Batista, Marcelo Reis, Mario Bestetti Costa, Neusa Antunes Rubim, Paulo Lima, Ricardo Brasileiro, Shophia Rocha, Stella Carvalho, Susana Bispo, Usival Rodrigues, Valeria Simões e Virginia Muni.
Expedição Multimídia Rio Pinheiros Vivo Expedição multimídia organizada pelas produtoras Estudio Madalena e Faina Moz, com patrocínio do Banco Santander e realização da Associação Águas Claras do Rio Pinheiros. Durante todo o dia 15 de maio de 2011, 700 participantes, divididos em 30 grupos, registraram questões relativas ao Rio Pinheiros, em São Paulo, SP, em prol de sua recuperação. Os grupos foram coordenados por profissionais de diferentes áreas como fotografia, meio ambiente, música, literatura, arquitetura e engajados na causa ambiental. Alguns deles foram Dimitri Lee, Luciano Candisani, Garapa, Galeria Experiência, Marcelo Lerner, Gui Mohallem, Juan Esteves, Gal Oppido, Claudio Feijó, João Wainer, Tuca Vieira, Cássio Vasconcellos, Felipe Russo, Lalo de Almeida, entre outros. Posteriormente o resultado foio disponibilizado pela internet.
Foto São Paulo Evento que reuniu mais de 2,5 mil pessoas – fotógrafos profissionais e amadores – o Foto São Paulo aconteceu em setembro de 2001, mapeando fotograficamente o centro de São Paulo. Os participantes foram divididos em grupos coordenados por fotógrafos profissionais e por grupos espontâneos que se juntaram no dia do evento. O resultado deste trabalho foi exposto na Estação das Artes do Complexo Cultural Júlio Prestes, de 25 de janeiro a 23 de fevereiro de 2002. A mostra foi visitada por mais de 30 mil pessoas. As fotos expostas constituem um acervo singular,
que permitirá aos futuros historiadores conhecer em detalhes um fim de semana em São Paulo, no início do século 21. A Coordenação foi do Estudio Madalena.
Imagética – Mostra de gravura, fotografia e artemídia O Imagética – Mostra de gravura, fotografia e artemídia, foi um evento realizado em Curitiba,PR, produzido pela empresa paulista Base 7 Projetos Culturais de Arnaldo Spindel, Maria Eugenia Saturni e Ricardo Ribenboim com realização da Prefeitura Municipal e Fundação Cultural de Curitiba. Teve como Coordenador de Curadoria: Ricardo Ribenboim e Curadores Eduardo Brandão, Ricardo Oliveros e Ricardo Resende. Aconteceu de 11 de novembro de 2003 a 18 de janeiro de 2004. Fez parte da programação da Capital Americana da Cultura. A mostra reuniu a produção brasileira contemporânea nas áreas de gravura, fotografia e artemídia, tendo como eixo central obras que transitam na multidisciplinaridade e na investigação desses três suportes. Participação de 143 artistas. Parte da mostra de fotografia foi oriunda do acervo do Museu de Fotografia, criado pela antiga Bienal de Fotografia de Curitiba. A Imagética acabou por substituir a Bienal, mas teve somente a sua primeira edição, trazendo artistas como Regina Silveira, Regina Vater, Rica Amabis, Ricardo Carioba, Rochelle Costi, Rosana Monnerat, Rosangela Rennó, Tata Amaral, Valdisnei, Vera Chaves Barcellos, Waldo Denuzzo, Waltercio Caldas, entre outros.
Maratona Fotográfica de Curitiba A Maratona Fotográfica de Curitiba é realizada anualmente pela Escola Portfólio, em Curitiba, PR, desde 2000. A ideia central do projeto era organizar um concurso fotográfico sobre a Rua XV de Novembro, uma das mais tradicionais da cidade. O evento contou com a participação de profissionais, iniciantes e amantes da fotografia, em um total de 250 fotógrafos. Na segunda Maratona (2001), o evento deixou de ser apenas um concurso, abrindo espaço para palestras com profissionais da área, além de workshops realizados na sede da Escola de Fotografia Portifólio. O tema do concurso escolhido daquela vez foi: “Paz entre os Povos”, num momento de tensão mundial, frente ao fatídico “11 de setembro”. Em 2002, em sua terceira
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edição, ocorreram workshops e palestras com profissionais vindos de diversas partes do país. Nas edições seguintes, a Maratona Fotográfica de Curitiba (2005 e 2007) recebeu convidados como Cristiano Mascaro, Marcelo Buainaim, Walter Firmo, Klaus Mitteldorf e Araquém Alcântara, entre outros. Em cada uma das duas edições foram mais de 1500 participantes entre alunos de fotografia, universitários, fotógrafos profissionais, convidados, palestrantes e amantes da fotografia. Por motivos de reestruturação do próprio evento e mudanças na Escola Portfolio, o projeto foi interrompido e retorna com a proposta para que a maratona seja bienal. A 6ª edição da Maratona está confirmada para novembro de 2011.
Paulistanos na Paulista Rumo aos 450 anos O Projeto Paulistanos na Paulista, organizado pelo fotógrafo italiano radicado no Brasil, Emidio Luisi, aconteceu em 2004, mostrando uma das principais avenidas da cidade de São Paulo abrindo as comemorações dos seus 450 anos. Sucesso de público, a exposição no Conjunto Cultural Caixa Paulista foi prorrogada duas vezes para visitação. Entre os fotógrafos participantes: Adriana Bertier, Aline Piffer, Artur Calasans, Bianka Tomie, Daniel Waintein, Davilyn Dourado, Flavio Sganzerla, Ike Levy, Krina Tengan, Kátia Sousa, Leticia Belmonte, Lucas Barreto, Marcio Neves, Peca Siqueira e Sergio Zachi.
Pinhole Day Belém Maratona Fotográfica de Manaus A Maratona Fotográfica de Manaus é um evento anual realizado desde 2007 na cidade de Manaus, AM, pelo grupo A Escrita da Luz. É uma espécie de passeio fotográfico pelo centro histórico, que comemora o aniversário da cidade. Está inserida dentro da programação do Festival Manaus Bem na Foto. Concurso de fotografia produzido pelo Instituto Pireneus, acontece na cidade de Pirenópolis, GO. A maratona tem duração de 24 horas, período no qual os participantes, mediante inscrição prévia, fotografam a Festa do Divino e as Cavalhadas, tradicionais na cidade. Vinte imagens são selecionadas para compor um catálogo virtual e itinerarem em espaços culturais. Já conta com três edições, nos anos de 2008, 2009 e 2010, com o objetivo de ampliar o acervo iconográfico regional. A maratona é realizada durante o feriado do Pentecostes, e é uma prévia do festival Photo Pirenópolis.
Maratona Fotográfica de Pirenópolis Concurso de fotografia produzido pelo Instituto Pireneus, acontece na cidade de Pirenópolis, GO. A maratona tem duração de 24 horas, período no qual os participantes, mediante inscrição prévia, fotografam a Festa do Divino e as Cavalhadas, tradicionais na região. Vinte imagens são selecionadas para compor um catálogo virtual e itinerarem em espaços culturais. Já conta com três edições, nos anos de 2008, 2009 e 2010, que têm como objetivo ampliar o acervo iconográfico regional. A maratona é realizada durante o feriado do Pentecostes, e é uma prévia do Encontro Internacional de Fotografia Photo Pirenópolis.
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O Pinhole Day Belém acontece em Belém, PA, desde 2002. É um evento realizado anualmente pela Associação Fotoativa, como parte do Worldwide Pinhole Photography Day, realizado todos os anos em vários países no último domingo de abril. A associação oferece um programa de oficinas preparatórias durante a semana que antecede a jornada internacional no domingo, com opções para iniciantes e pessoas com experiência em fotografia pinhole, utilizando em diferentes oficinas suportes como filmes, papel fotográfico e pinhole digital. Todos os participantes da jornada têm uma foto sua publicada no site oficial do Pinholeday. Como produtos do Pinholeday Belém estão registros audiovisuais, postais, marcadores de livros e camisetas, além da exposição que é aberta em agosto durante as comemorações do Dia Mundial da Fotografia. Belém se destaca no projeto por ter o maior número de participantes de uma mesma localidade (em 2010 foram 165 participantes da cidade), ultrapassando o total de participantes de países como Argentina, Canadá e França.
Povos de São Paulo – Uma Centena de Olhares sobre a Cidade Antropofágica Projeto de produção de imagens cujo objetivo era interpretar a imigração na cidade de São Paulo, através de workshops de fotografia e audiovisual. Coordenado por Iatã Cannabrava, Jurandir Muller e Rachel Monteiro, o trabalho originou um catálogo-livro e exposição na Galeria Olido, no centro de São Paulo, além de uma exposição em Paris, França, no espaço Point Ephemé-
re, com a versão de um novo catálogo com textos em francês, publicado pela Editora Terceiro Nome.
Projeto Caixa & Memória O Projeto Caixa e Memória aconteceu em 1998, em São Paulo, SP, com patrocínio da Caixa Federal e coordenação do fotógrafo italiano radicado no Brasil, Emidio Luisi. De caráter documental, a ideia síntese era descobrir, conhecer e preservar. A descoberta se inicia pelos índios cujo vigor cultural faz com que esses primeiros habitantes ainda resistam apesar de todas as mazelas e crueldades que são cometidas em nome do progresso. O conhecimento através da fotografia, da arquitetura, dos parques, largos, comércio, pessoas, fachadas, e ruas da região central da cidade de São Paulo e a preservação por meio de registros fotográficos, impressos e expostos para o público. No ano seguinte, foi lançado o livro O novo velho centro. Aconteceram palestras, com Rosa Gauditano, Timóteo Guarani e Emidio Luisi e Workshops com os fotógrafos Renata Falzoni, Jorge Rosemberg, Ricardo Albarello, Antonio Milena e Jorge Araújo. Entre os fotógrafos selecionados estavam: Carlos Laberto Dias, Denise Cavalini, Elaine Cimino, Helio Nobre, Joe Osawa, José Ribeiro, José Rosseti, Madalena Marangoni, Marcela Rangel, Perla Rosseti, Rose Caetano, Rosi Canto, Rubia Larrubia, Sebastião Tavares e Sergio Neves, Keiny Andrade, Mascos Blau, Jorge Beraldo, Karla Burnet, Juliana Cortez, Sergio Franco, Guilherme Gadelhas, Valeria Gonçalves, Wilma Yabiku, Aloisio Maurício, Moisés Moraes, Rosangela Tracana, Alessandra Vasconcellos, MeissaVelez, Luis Vilaça, Berenice Farina, Camila Gauditano, Wagner Gil, Olivia Gonçalves, Fernanda Guihguer, Vanessa Krami, Paulo Kawazoe, Esther Lerner, Mariana Meloni, Dorival Moreira, Marise Rangel, Salete Santos, Milena Szafir, Valeria Vaz.
Quadrienal de Fotografia do MAM A Quadrienal de Fotografia aconteceu em 1985, em São Paulo, SP, com um único evento. Foi organizada pelo Museu de Arte Moderna (MAM), de São Paulo, SP, com uma exposição montada em sua sede. Entre os fotógrafos se destacam: Maureen Bisilliat, Luiz Braga. Iatã Cannabrava, Eduardo Castanho, Rochele Costi, Leonardo Crescenti, Hugo Denizart, J R Duran, Claudio Edinger Romulo Fialdini, Walter Firmo, Raul Garcez,
Alair Gomes, Antonio Guerreiro, Olney Kruse, Klaus Mitteldorf, Luis Monforte, Gal Oppido, Kenji Ota, Arnaldo Pappalardo, Miguel Rio Branco, Antonio Saggese, Maria Sampaio, Marcio Scavone, Lamberto Scipioni, Eduardo Simões, João Urban, Cassio Vasconcellos, Mario Cravo Neto, João Farkas e Leonid Streliaev.
São Paulo um caso de amor, 450 pontos de Vista Evento realizado na cidade de São Paulo, SP, na esteira dos 450 anos da fundação da cidade, comemorados em 2004, foi uma produção do laboratório fotográfico Tamgram Photo Service em parceria com a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), Caixa Federal e com apoio da Fuji Film. Teve curadoria da fotógrafa Teca Araújo, que organizou as imagems fornecidas pelos 450 convidados, que foram mostradas em diferentes estações do metrô, e na galeria da Caixa. O evento caracterizou-se por ser uma mistura bastante eclética, sem orientação de curadoria, e que abrigou imagens de fotógrafos profissionais e amadores; escritores, atores, publicitários, arquitetos, músicos, decoradores, jornalistas, novelistas, artistas plásticos, chefs de cozinha, atrizes e atores, rabinos, designers, curadores, cineastas, apresentadores de televisão, padres, índios, cantores, jogadores de futebol, socialites, pesquisadores de fotografia, entre tantos outros. Cada estação reuniu 75 imagens ao longo de seis meses de exposições, pelas estações do metrô paulistano, com imagens variando entre 40X50 e 50X70 cm e exposição no Conjunto Cultural da Caixa. Participam: os fotógrafos profissionais: Armando Prado, Juan Esteves, Fábio Moreira Salles, Érico Hiller, Gal Oppido, Juca Martins, Bob Wolfenson, Alexandre Orion, entre outros. As personalidades da mídia, televisiva, publicitária e social da cidade de São Paulo, como Alice Ruiz, Ana Lanna, Ana Paula Arosio, Nelson Henderson, Paulo Paspe, Cristiano Burmeister, Gabriel Zellmeister, Humberto Werneck, Ignácio de Loyola Brandão, Luiz Tati, Marcio Kogan, Maria Adelaide do Amaral, Patricia Palumbo, Sig Bergamin, Henry Sobel, Xico Sá, Washington Olivetto, Rubens Fernandes Junior, Rosely Nakagawa, Wanderlea, Zé Celso, Mônica Waldewoguel, Marisa Orth, Sergio Viotti, Siridiwe Xavante, Ricardo Mendes, Monica Gadelha, Salete Goldfinger, Walter Casagrande, Sig Bergamin, José Roberto Aguilar, Isay Weinfeld, Arnaldo Antunes, Arrigo Barnabé, Chico Pinheiro, entre outros.
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II OS PRODUTORES CULTURAIS Escritórios ou autônomos, pessoas físicas ou jurídicas, os produtores culturais têm crescido em número e abrangência nos quatro cantos do país. Aqui o pesquisador encontra quem e quantos são aqueles que trabalham nas diversas áreas onde atua um produtor, desde o professor do curso livre até o produtor de ação sociocultural/socioambiental.
Adriele Silva da Silva, 1987, Belém, PA Adriele Silva da Silva é graduanda em Artes Visuais pela Universidade Federal do Pará. Em 2009 foi bolsista do PIBIC/CNPq com o projeto “Caminhos Cruzados: entre crítica de arte e curadoria”, do Programa de Pesquisa e Extensão Territórios Híbridos. Atuou como mediadora cultural no Museu da UFPA e no 27º Salão Arte Pará. É voluntária no Núcleo de Formação e Experimentação da Associação Fotoativa, onde ministra oficinas de iniciação à fotografia e integra o grupo de estudos “Pedagogia da Luz”. Coordenou a ação educativa da Exposição “Amazônia: estradas da última fronteira” do fotógrafo Paulo Santos e da Exposição “Hélio Oiticica – museu é o mundo” na edição Belém. Atuou como assitente de produção do Projeto “água – mídia locativa” da artista Val Sampaio e também como assistente de produção está trabalhando no Salão Arte Pará 2011 junto a Fundação Rômulo Maiorana.
A Escrita da Luz O grupo A Escrita da Luz reúne fotógrafos profissionais e amadores na promoção da fotografia amazonense. Foi criando em 2006 pelos fotógrafos Alexandre Fonseca e Ione Moreno e realiza projetos socioculturais nas áreas de risco, notadamente aquelas habitadas pela população ribeirinha de Manaus. Utilizando a fotografia como interface e meio de desenvolvimento de suas
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ações, o grupo surgiu da experiência de uma oficina de mesmo nome, ministrada pelos fundadores, para a prefeitura da cidade. Entre suas ações estão a Maratona Fotográfica de Manaus e o Colóquio de Fotografia Manaus. O grupo ainda não é uma entidade jurídica, mas vem trabalhando para isso. No momento, conta com ajuda voluntária na realização de seus projetos.
Adalberto Luiz Rizzo de Oliveira, 1957, Duartina, SP Fotógrafo e professor universitário vinculado à Universidade Federal do Maranhão, onde ministra disciplinas de Antropologia Visual (graduação) e Cultura e Imagem (pós-graduação). Atua junto à Secretaria de Cultura do Estado do Maranhão, onde já ministrou cursos livres de fotografia entre 1990 e 1994. Participou da organização das Semanas Estaduais de Fotografia e do Ciclo de Debates Fotografia e Memória. Como pesquisador, desenvolve projeto de pesquisa etnovisual junto a grupos indígenas no Maranhão, com a produção de exposição fotográfica e vídeo etnográfico.
Adrovando Claro de Oliveira, 1964, Natal, RN Produtor cultural autônomo e repórter fotográfico freelancer na cidade de Natal, RN, trabalha com fotografia
desde 1991. Criou o jornal O Foco e a APHOTO – Associação Potiguar de Fotografia. Autor de diversos livros de fotografia, é sócio do banco de imagem Pax Visual, criado em 2010, com o objetivo de vender imagens para editorial, publicidade e propaganda, exclusivamente produzidas por fotógrafos do Rio Grande do Norte.
Agência Ensaio A Agência Ensaio, criada em 1955, é considerada a primeira agência de fotografia do estado da Paraíba. Realiza projetos na área experimental de produção, pesquisa e documentação da imagem. Suas principais atuações são o Projeto Lambe-Lambe de Fotografia, que em 2010 realizou sua 15ª edição, e o evento Papo de Fotógrafo, encontros que têm por objetivo propiciar o intercâmbio entre fotógrafos, artistas, estudantes, pesquisadores e amantes da fotografia. Promove expedições fotográficas para cidades do interior da Paraíba, além de outras atividades de interesse sócio-cultural. A agência é representada por Darcy Lima Junior, Romualdo Luiz de Oliveira e Ricardo Peixoto de Oliveira.
Alberto Melo Viana, 1951, Vitória da Conquista, BA Alberto Melo Viana é fotógrafo, jornalista, professor e produtor cultural. Mora em Curitiba desde 1969. É graduado em jornalismo pela PUC/PR, com mestrado em Comunicação e Linguagens pela UTP. Criou a agência Atelier de Fotografia, em 1986, e a Konexão, em 1990. Foi membro da Executiva Nacional dos Repórteres Fotógraficos, em 1991/92. Tem imagens publicadas em revistas como Veja, IstoÉ, Brasileiros, Placar, Globo Rural; e em jornais como Jornal do Brasil, Folha de S.Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo. Foi idealizador do evento Semanas de Fotografia de Curitiba que ocorreu nos anos 1990. Também foi coordenador da equipe local do Festival de Inverno da Universidade Federal do Paraná, realizado na cidade de Antonina, da qual foi Secretário de Cultura entre 1997 e 2004. Realiza doutorado com pesquisa na área da fotografia e é responsável pelo FOTOMAIL, revista semanal lúdicoeletrônica. Realizou seis mostras individuais e participou de mostras importantes no MASP, Bienal de Veneza e na I Muestra Latino-Americana de Fotografia, no México, entre outras.
Alexandre de Queiroz Lopes, 1966, Belo Horizonte, MG Graduado em Desenho Industrial pela Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerais e Pós-Graduado pela Escola Guignard da mesma universidade. É professor de Fotografia nos cursos de Design Gráfico, Design de Moda, Design de Interiores e optativas de Fotografia de Estúdio, todos da Universidade Fumec. Coordena o Núcleo de Tecnologia e Produção da Faculdade de Engenharia e Arquitetura da mesma Fumec. Queiroz Lopes é o produtor do Pinholeday, evento que acontece em Belo Horizonte desde 2001, e coordena o Laboratório de Fotografia da Universidade Fumec/FEA desde 2004. Na mesma universidade promove anualmente, desde 2008, um ciclo de palestras sobre fotografia, que acontece no evento Maio Profissional. Entre os participantes do ciclo estiveram Otto Stupakoff, Marcio Rodrigues, Pedro David, Tibério França, Leonardo Quintão e Luiz Garrido, sendo que este último também deu uma oficina técnica. No Festival de Inverno da UFMG; em diamantina e em Divinópolis, Queiroz Lopes participou com intervenções urbanas utilizando fotografias, sob orientação dos professores Maria Angélica Melendi e Geraldo Loyola.
Alexandre de Souza Fonseca, 1972, Belém, PA Produtor cultural desde 2005, trabalha com Ione Moreno na cidade de Manaus no desenvolvimento da fotografia amazonense. É responsável pelo Coletivo Retratando, nome fantasia utilizado para suas ações culturais, porém realiza as atividades como pessoa física. Fonseca e Moreno são fundadores do grupo de fotografia A Escrita da Luz e realizam os projetos Photovivência – Diálogo com o Fotógrafo, Festival Manaus Bem na Foto e uma oficina de fotografia para jovens chamada Olhares da Amazônia, entre outros.
Ana Carolina Póvoas, 1970, Rio de Janeiro, RJ Graduada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e mestranda na Universidade de Brasília (UnB) já trabalhou com fotojornalismo e
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ensino de fotografia. Atualmente é produtora cultural autônoma, desenvolvendo temas para debates e trabalhando com curadoria e montagem de exposições fotográficas. Seu trabalho tem enfoque na equalização da demanda por arte na cidades, através de ações em escolas e Ongs. Foi produtora do festival Photo Pirenópolis em 2007, 2008 e 2010 (19 e 24 de agosto) e da Maratona Fotográfica de Pirenópolis em 2008, 2009 e 2010, por meio do Instituto Pireneus (2008-2010).
exposição “Uma Outra Cidade” do fotógrafo Iatã Cannabrava. É uma empresa cujo objetivo é fomentar as artes, comprometendo-se com o desenvolvimento auto-sustentável da região norte, por meio de ações culturais como exposições de fotógrafos locais e dos demais estados brasileiros. Alguns de seus outros projetos são: a mostra da fotografa paraense Walda Marques “Faz querer quem não me quer” e festivais e oficinas de formação na área de audiovisual.
Arte 21 Artes e Eventos Culturais Ltda
Brazimage Criada em 2006 por Mozart Mesquita e Luciana Farias, a Brazimage é um agência de produção cultural com sede na capital paulista. Atua em projetos multidisciplinares nas áreas cultural, socioambiental e educativa. Realizou exposições, produção de livros e workshops direcionados à imagem. Entre estes, o projeto Cidade Galeria, com exposição do fotógrafo paulista Cássio Vasconcellos, em 2010, e promoveu o primeiro Encontro Brasileiro de Economia da Foto e Imagem – Ebefi, em 2011.
Bernardo José de Souza, 1974, Pelotas, RS Responsável pelo Festival Internacional de Fotografia Foto Arte, realizado em Brasilia, DF, desde 2002, a Arte 21 Artes e Eventos Culturais Ltda foi criada em 1999. A empresa, com sede em Brasília abriu em 2005 uma filial no Espaço Cultural Contemporâneo, onde realiza a maior parte de suas exposições.
Associação Fotoativa A Associação Fotoativa foi criada em 1984, pelo fotógrafo paulista Miguel Chikaoka, (que foi seu coordenador até 1994) em Belém, PA. É uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que desenvolve atividades focadas no ensino-aprendizado, pesquisa, difusão e preservação da fotografia. Entre suas principais produções estão os fotovarais, oficinas regulares, Fotoativa Cidade Velha, Fotoativa Ver o Peso, Autografias, Colóquio de Fotografia e Imagem, Pinhole Day Belém, Largo Cultural das Merces, Ver-te Belém Histórica, Café Fotográfico e o projeto Olhos de Ver Belém, com o qual se credenciou junto ao IPHAN, como Ponto de Cultura. Sua estrutura organizacional conta com diretoria, conselho fiscal e 3 núcleos executivos: Formação e Experimentação, Pesquisa e Documentação e Comunicação e Difusão e dois grupos de estudo: Fotografia e Memória e Pedagogia da Luz. Atua com uma ampla rede de parceiros e é credenciado como Entidade de Utilidade Pública Municipal e Estadual.
Barba Cabelo & Bigode Produções Culturais A produtora Barba Cabelo & Bigode Produções Culturais foi criada em 2006 por Lívia Condurú na cidade de Belém, PA. Começou com a produção da
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Bernardo José de Souza é formado em Publicidade e Propaganda pela PUC-RS, com especialização em fotografia e moda pelo London College of Fashion. Desde 2005 é Coordenador de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura de Porto Alegre e professor da PUC-RS, onde ministra a disciplina Imagens Contemporâneas no curso de pós-graduação em Cinema Expandido, e da ESPM-RS, onde ministra a disciplina Mercado de Moda Contemporânea. É membro do Conselho Curador do MAC-RS, foi colaborador da revista Vogue e do jornal Folha de S.Paulo, além de ter ministrado cursos na Escola de Design da Unisinos, Senac Moda-SP e FEEVALE.
Bia Fiuza, 1984, Fortaleza, CE Bia Fiuza organiza exposições coletivas de fotografias e vídeo desde 2004. Fazendo parte da diretoria do IFOTO – Instituto de Fotografia de Fortaleza, desde o início de 2008. Em 2009 assumiu sua direção. Coordenou a quarta edição do deVERcidade (2010).
Brasil Imagem Empresa de produção cultural voltada para a fotografia, trabalha na produção de festivais, seminários, encontros, exposições e publicações. Criada por Carlos Carvalho e Sinara Sandri, tem sede em Porto Alegre, RS, atuando desde janeiro de 2000. É realizadora do festival de fotografia FestFotoPoa. Produz e mantém o site Mesa de Luz destinado à difusão eletrônica da fotografia.
elaboração do site brasilimagem.com.br, banco de imagens especializado em fotografia brasileira. Assina colunas de fotografia no Jornal Já, de Porto Alegre, e no Portal Photos. Como professor, atuou em instituições como Universidade Cândido Mendes (curso de pós-graduação lato-sensu – Fotografia como instrumento de pesquisa social – coordenado por Milton Guran); Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ); Ateliê da Imagem; Universidade Federal do Acre (UFAC). Atualmente organiza eventos e coordena cursos de fotografia documental no Núcleo de Artes Visuais da Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre.
Câmera Work Produções Fotográficas Carmen Brigida Negrão, 1956, São Paulo, SP A Câmera Work Produções Fotográficas e Culturais Ltda é uma empresa de produção cultural fundada em 1998, que realiza os encontros Foto em Pauta e o Festival Foto em Pauta Tiradentes, respectivamente nas cidades de Belo Horizonte e Tiradentes, em Minas Gerais. É também prestadora de serviços de produções fotográficas na área editorial. Tem sede na capital mineira e foi fundada em março de 2004 pelo fotógrafo Eugênio Savio.
Trabalha com gestão de projetos culturais de fotografia. É pesquisadora e produz exposições onde desenvolve relações com a comunidade local por meio das prefeituras e de escolas da rede pública e privada. Seu trabalho é voltado a projetos educacionais que utilizam a fotografia.
Cipó Comunicação Interativa / Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia de Salvador Canindé Soares, 1956, Natal, RN É fotojornalista freelancer, trabalhando com fotografia desde 1980. Junto com Adrovando Claro, criou o jornal O Foco. Foi fotógrafo e sub-editor de fotografia do jornal Tribuna do Norte de Natal. Foi membro da comissão de repórteres-fotográficos e cinematográficos no Sindicado dos Jornalistas do Estado do Rio Grande do Norte; idealizador e organizador da Semana de Fotografia, Maratona Fotográfica, Gincana Fotográfica, além de ter produzido seminários e workshops com fotógrafos como Evandro Teixeira, Flávio Rodrigues, Clicio Barroso e Orlando Brito.
A Cipó Comunicação Interativa e a Oi Kabum são as mesmas iniciativas com o mesmo CNPJ. Criada em 1999, a Cipó é uma associação sem fins lucrativos, que faz uso das tecnologias da comunicação para promover o desenvolvimento artístico e profissional de adolescentes e jovens. A Oi Kabum é um projeto da Cipó voltado a trabalhos fotográficos e audiovisuais em comunidades carentes de Salvador, BA. Como resultado do programa de aprendizado, dois de seus projetos foram expostos no festival A Gosto da Fotografia: Olha Aí o Pelô e Caymmi na Lata, em 2010.
Carlos Carvalho, 1957, Rio de Janeiro, RJ
Claudia Tavares, 1967, Rio de Janeiro, RJ
Carlos Carvalho é fotógrafo desde 1982, com trabalhos para jornais como JB e O Globo. Desde 2007 coordena o Festival Internacional de Fotografia de Porto Alegre, FestFotoPoA. É diretor da Brasil Imagem Serviços Fotográficos Ltda e responsável pela
Claudia Tavares é pós-graduada em Artes pelo Goldsmiths College, de Londres, Inglaterra e em Linguagens Visuais pela Escola de Belas Artes, UFRJ. Desde 2001 atua como artista, produtora e curadora de exposições. Organizou 11 exposições no Projeto
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Figura, com obras de 45 artistas. Em 2010 se tornou sócia da Binóculo Produção e Editora, com Monica Mansur, que tem como principal objetivo realizar eventos, exposições e publicações nas áreas de arte e fotografia.
presas, escolas e pessoas interessadas em utilizar a fotografia para difundir, aprimorar ou desenvolver seu ramo de atuação. Em 2002, Cannabrava alterou parte de suas atividades e mudou o nome para Estudio Madalena, uma empresa dedicada à produção cultural.
Claudio Feijó, 1946, São Paulo, SP
Dante Gastaldoni, 1950, Rio de Janeiro, RJ
Claudio Feijó é pedagogo, psicólogo clínico e fotógrafo. Começou sua carreira na fotografia por volta de 1969. Reside na cidade de São Paulo, foi diretor e professor da Escola de Fotografia Imagem-Ação de 1972 a 2000. Possui vasta experiência na área de ensino (como professor, diretor, orientador educacional e colaborador). Foi consultor técnico da Polaroid do Brasil de 1989 à 1999. Tem trabalhos fotográficos na Polaroid World Collection, na Coleção MASP-Pirelli, na Fototeca Cubana, além de coleções particulares. Foi premiado pelo Banco Real/Fundação Roberto Marinho e com a Bolsa Marc Ferrez/Funarte em 1991. Desenvolve, desde 1978, a Oficina Descondicionamento do Olhar.
Dante Gastaldoni é jornalista e cientista social formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com mestrado no Programa de pós-graduação em Comunicação da UFF. É professor da Universidade Federal Fluminense desde 1980; na Universidade Federal do Rio de Janeiro desde 1983; e na Escola de Fotógrafos Populares da Maré (projeto da ONG Observatório de Favelas) desde 2004, lecionando disciplinas relativas à fotografia. É sócio-fundador da produtora cultural Engenho Arte e Cultura (2009). Desde 1984 é diretor da Editora Gama Filho, onde publicou os livros Linguagem fotográfica e informação (Guran, Milton, 2003, RJ) e Agudás, os brasileiros do Benin (Guran, Milton, Nova Fronteira, 2000, RJ). Participou também, como editor e curador, do projeto Imagens Humanas, livro que apresenta a antologia fotográfica de João Roberto Ripper (Dona Rosa Produções, 2009, RJ), complementado por exposição fotográfica homônima, em itinerância no circuito da Caixa Cultural desde 2009. Entre outras curadorias, assina “Sonhos Velados” (Casa de Cultura Laura Alvim, Rio de Janeiro, 2008) e “Mulheres entre Luzes e Sombras”, de João Roberto Ripper (Espaço Cultural Zumbi dos Palmares, Brasília, 2010).
Cleber Falieri, 1961, Belo Horizonte, MG Cleber Falieri é considerado o criador da primeira publicação didática sobre fotografia pinhole em língua portuguesa. O Manual Prático de Fotografia Pinhole tem como objetivo principal servir como material didático de pesquisa e suporte a fotógrafos, professores e estudantes. Falieri promove oficinas e projetos em escolas de todo o Brasil. É um dos criadores do Núcleo Imagem Latente, grupo de fotógrafos voltados a atividades em festivais e à produção do evento anual e internacional, o “Pinhole Day”, em Belo Horizonte, desde o seu surgimento.
Duo Arte Produções
Empresa de produção cultural criada em 2003 por Luzia Renata da Silva e Maria Lucila Horn, com sede na cidade de Florianópolis, SC. Realiza o Festival Floripa A Clínica Fotográfica foi dirigida pelo fotógrafo e prona Foto e surgiu a partir do interesse comum pelas ardutor cultural Iatã Cannabrava e funcionou de 1991 tes visuais, cinema e fotografia de ambas fundadoras. a 2002, na alameda Lorena, esquina com a avenida A Duo Arte organiza ainda cursos, oficinas, palestras e Nove de Julho, em São Paulo, SP. Foi um centro de workshops. O objetivo de sua atuação é ampliar as atipesquisa, aperfeiçoamento e assessoria fotográfica. vidades relacionadas à fotografia no estado de Santa Atendeu a fotógrafos amadores e profisCatarina, por meio de ações que promosionais, fabricantes e revendedores de vam a difusão, produção de conhecimen* Produto cultural descontinuado materiais fotográficos, assim como emto e formação de público.
Elis Regina Nogueira, 1966, Campo Grande, MT Elis Regina é fotógrafa, jornalista e produtora independente. Desde 1999, realiza projetos sócio-culturais na área da fotografia. Junto com Vânia Jucá, idealizou o Projeto Novo Olhar, que, em 2005, passa a se chamar Projeto Nosso Olhar – Fotografia para a Cidadania. Como produtora, foi responsável por exposições e oficinas fotográficas nos projetos Temporadas Populares, Festival de Bonito, Festival América do Sul, Festival de Cinema de Campo Grande, vídeo Índio Brasil. A realizadora tem como objetivo mobilizar crianças e adolescentes de baixa renda, em situação de exclusão social, que não têm acesso a novas tecnologias para estudar e desenvolver suas potencialidades por meio da fotografia.
Estudio Madalena O Estudio Madalena foi criado em 2002 pelo fotógrafo e produtor cultural paulista Iatã Cannabrava. É originário da Clínica Fotográfica (1989-2001), que promoveu cursos de capacitação direcionados a fotógrafos profissionais. Tem sede em São Paulo, produzindo fotografias, eventos culturais, fóruns e festivais de fotografia, além de trabalhos na área editorial e sócio ambiental.
Foto in Cena Produções Escritório de produção cultural idealizado por Débora Setenta. Promove atividades no Rio de Janeiro, RJ, e em Salvador, BA, desde 1993. É responsável pela produção do programa de TV Foto em Cena, exibido pelo Canal Brasil, em rede nacional, e pelos eventos de projeção Foto in Cena e Quintas Fotográficas.
Clínica Fotográfica*
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Fotô Produção e Consultoria em Imagem e Arte Ltda A Fotô Produção e Consultoria em Imagem e Arte Ltda, é uma empresa de produção cultural com sede na cidade de São Paulo, SP. Criada em 2008 por Eder Chiodetto e Carlos Alexandre Dadoorian, realiza e organiza exposições de fotografia e vídeo até a elabo-
ração do projeto de curadoria e montagem de exposição. Promove aulas de cursos livres, realiza edição de livros de fotografia, consultoria a artistas, fotógrafos e instituições culturais. Destaques para as exposições de German Lorca “Olhar Imaginário” (2010); “Fotopinturas” da Coleção Titus Riedl (2011); “Geração 00 – A Nova Fotografia Brasileira” (2011). Esta última contabilizando cerca de 120 mil visitantes em dois meses de exposição. Chiodetto é jornalista, fotógrafo, curador independente, crítico e professor de fotografia, atuando há mais de 10 anos no mercado. É atualmente o curador de Fotografia do MAM-SP e coordenador editorial da coleção de livros de fotografia brasileira FotoPortátil, da Editora Cosac Naify.
Francisco Custódio Júnior, 1974, Uberlândia, MG Francisco Custódio Júnior trabalha com fotografia desde 1995, atuando na cidade de Uberlândia, MG. É responsável pela organização do acervo fotográfico do Núcleo de Atividades Fotográficas (NAF), e é proprietário da PF – PósFotografia Agência de Imagens e Comunicação, onde ministra workshops e cursos livres. Responsável pelo evento Encontro de Fotografia Interativa (EFI), é também professor universitário de Fotografia no curso de Comunicação Social, na Unitri – Uberlândia, MG, e na Unipam – Patos de Minas, MG. Coordena, ainda, o Curso de Especialização em Fotografia e Mercado da Faculdade de Uberlândia – Unitri.
Fundação Conrado Wessel A Fundação Conrado Wessel é uma intituição sem fins lucrativos, com sede em São Paulo, SP. Constituída em maio de 1994, a partir do testamento do empresário Ubaldo Conrado Augusto Wessel, com o objetivo de difundir a Ciência, Cultura e Arte. Durante seus seis primeiros anos, a Fundação atuou na transferência do espólio de Wessel e, em 2000, estabeleceu seus conselheiros e curadores, que gerenciam seus recursos financeiros. Em 2002 criou o Prêmio Conrado Wessel, destinado à Literatura, Ciência, e Arte, sendo que, neste último, o objetivo é premiar trabalhos fotográficos. Wessel foi um empresário criativo que estudou na Escola Politécnica
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da USP e no exterior. Sua afinidade com a fotografia vem da invenção de um papel fotográfico, patenteado em 1921. A história conta que ele, pessoalmente, ia à Praça da Luz, no centro de São Paulo, onde se concentravam os fotógrafos “lambe-lambe” (aqueles que faziam retratos na hora) para vender seu papel. Em 1924, com a revolução isolando São Paulo, e a dificuldade de se importar o papel do exterior, seu negócio expandiu e tomou conta do mercado paulista. Em 1949 sua fábrica se associou com a Kodak, transformando-se na Fábrica de Papel Fotográfico Wessel-Kodak, onde ele ficou como diretor até 1954, quando transferiu seus direitos de inventor definitivamente. Nascido na Argentina, oriundo de uma família alemã que migrou para o Brasil, Conrado Wessel viveu até os 103 anos de idade, quando em 1993 veio a falecer.
Galeria Zoom de Fotografia de Paraty A Galeria ZOOM de Fotografia de Paraty, especializada em fotografia, com sede na cidade de Paraty, RJ, foi criada em 2004 pelo fotógrafo italiano Giancarlo Mecarelli, que trocou a Itália pelo centro histórico da cidade. A Galeria é co-realizadora do evento Paraty em Foco Festival Internacional de Fotografia, também idealizado por Mecarelli. É um importante ponto cultural na cidade e nela já mostraram seus trabalhos fotógrafos renomados como Antonio Guerreiro, Giancarlo Mecarelli, Walter Firmo, André Cypriano, José Bassit, Eder Chiodetto, Eustaquio Neves, Guy Veloso, Claudio Edinger, Francesco Cito, Araquém Alcantâra, Paulo Friedman, Thomaz Farkas, Rogério Reis, Don João de Orleans e Bragança, Maureen Bisilliat e Iatã Cannabrava. A galeria é dirigida por Mercarelli e Maxime Delmotte, que também fazem parte da coordenação do Festival Paraty em Foco. Os dois também coordenam o programa educativo baseado em fotografia, voltado às crianças atendidas pelo Instituto Instituto Trilha da Arte e Educação (Itae) da região.
move cursos, eventos e exposições. A ideia do espaço surgiu no início dos anos 90, com um grupo de fotojornalistas e artistas que pensaram em fundar uma agência. Entre eles, Marcelo Andrade, Rosa Maciel, Ana Potiguar, Henrique José, Max Pereira, Keila Sena, Renato Medeiro. O grupo começou organizando projeções, encontros, intervenções urbanas, festas, exposições e intercâmbios artísticos. Seus principais projetos são o Projeto Natal de Fotografia, com cursos e intercâmbios (1995 e 1997), a Maratona Fotográfica de Natal Cidade do Sol (1997), o projeto Negras Raizes em Comunidades Quilombolas, o Ponto de Cultura Fotografia e Identidade, que percorreu vários municípios do Rio Grande do Norte, no período de 2005 a 2009 e o Projeto Natal de Formação em Cinema e Vídeo, com cursos e intercâmbios, de 2007 e 2008. Em 2010, a Galeria foi responsável pela organização da Semana Potiguar de Fotografia. A Galeria organiza também o Pinhole Day (2008, 2009, 2010, 2011), além de oficinas, palestras, mostras e cursos livres em vários espaços com parceiros como a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Senac etc. Desde 2009, anualmente, o trabalho dos alunos resulta na exposição Grande Angular de Fotografia.
GGT Gestão e Produção de Projetos Culturais ME Atuando no estado do Ceará, foi criada em outubro de 2006 por Glicia Gadelha Teixeira e tem como objetivo o fomento da produção cultural e o apoio a novos realizadores.
Hugo de Macedo Vieira, 1961, Parelhas, RN Hugo de Macedo Vieira é proprietário da Huma – Escola de Fotografia. Promove a Fotografia Aventura: saídas fotográficas que ocorrem mensalmente desde julho de 2010 e que já passaram por lugares como o litoral potiguar, as serras do sertão, grutas e cavernas do Rio Grande do Norte. Macedo foi curador da exposição coletiva Pelos Quatro Cantos, com obras de sete fotógrafos potiguares, exibida em Natal, RN, e em João Pessoa, PB. Organizou em abril de 2011 o 1º Encontro Semestral de Fotografia, que recebeu uma exposição de fotografias impressas, cinco exposições virtuais, Ricardo Junqueira como fotógrafo convidado, além de ter prestado prestado homenagem aos fotógrafos potiguares veteranos Jaeci e Heleno Dantas.
IFOTO – Instituto da Fotografia Glicia Gadelha, 1961, São Gonçalo, PB Glicia Gadelha é produtora cultural e fez parte da Coordenação do Fórum de Fotografia do Ceará. É diretora do Instituto Cultural Anima, e produtora executiva do festival DeVERcidade desde sua primeira edição. Em 2011, coordenou a execução do Encontros de Agosto.
Galeria ZooN de Fotografia
Grupo TotemArt
A Galeria ZooN foi criada em Natal, RN, em 1994, por Henrique José, Marcelo Andrade e Keila Sena, tendo sido legalizada em 1997 como entidade cultural. Pro-
O Grupo TotemArt, com sede na cidade do Rio de Janeiro, foi criado por Juscelino Bezerra, Ana Cris Loureiro, Carlos Brausz, e busca apresentar, discu-
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tir e divulgar a fotografia como um processo artístico, um trabalho autoral e uma linguagem visual, colocando-se em pauta os possíveis espaços alternativos urbanos e a questão da fotografia como uma intervenção visual. Entre seus eventos estão: Caleidoscópio, Mostra Livre de Artes (MOLA) no Circo Voador, Rio de Janeiro, 2008; Pinto no Lixo, varal fotográfico com o coletivo Estendal, Rio de Janeiro, 2011; Limite, exposição móvel com o grupo Totemart, Rio de Janeiro, 2011; Foto & Grafia, exposição fotográfica com o grupo Opa, Ocupações Poéticas, Rio de Janeiro, 2011; Fotofeira, Rio de Janeiro, 2011.
O IFOTO – Instituto da Fotografia é uma associação sem fins lucrativos, com sede em Fortaleza, CE, que tem como objetivo promover e estimular a produção e a difusão da fotografia. É um centro de discussão com encontros semanais, palestras, exposições, concursos, lançamento de livros, passeios e cursos, reunindo fotógrafos profissionais e amadores. Seus principais produtos são a mostra de fotografia e artes visuais deVERcidade; o projeto Fotobiografia, que consiste em apresentações de obras renomadas de fotógrafos nacionais ou internacionais por meio de seu percurso imagético; o projeto Olhares Refletidos, que divulga o trabalho dos fotógrafos
convidados, como Gustavo Pellizzon, Tiago Santana, Silas de Paula, entre outros, e propõe um olhar mais a fundo sobre a produção contemporânea cearense.
Imagem Brasil A Imagem Brasil é uma agência de imagens e realizadora cultural constituída em 1996, com sede em Fortaleza, CE. Representa o trabalho de mais de 60 fotógrafos brasileiros, exibe o trabalho de expressão pessoal dos colaboradores e também de artistas convidados, dando visibilidade às pesquisas de linguagem e ao exercício de experiências singulares. Como atividade complementar, organiza exposições e articula discussões sobre a arte fotográfica em oficinas, seminários e workshops. É realizadora do Encontros de Agosto 2011.
Imago Fotografia Ltda. A Imago Fotografia é uma agência de imagens criada em 1991, na cidade do Recife, PE, por Roberta Guimarães. Atende a demanda de trabalhos fotográficos nas áreas de documentação, fotojornalismo, publicidade e editoração de projetos fotográficos, além de disponibilizar seu banco de imagens para locações comerciais. Desenvolveu, dentre outras atividades, o Projeto Lambe-Lambe (1995 a 1998), com fotografias dos foliões do carnaval de Recife, projeto que segue com imagens dos fotógrafos Breno Laprovitera e Jarbas Júnior. Teve participação ou executou publicações de diversos livros, entre eles o Brincantes da Mata (2010), quatro livros bilíngües compreendidos numa só caixa, com o registro de quatro manifestações culturais da Zona da Mata pernambucana, com imagens de Roberta Guimarães, Rosê Gondim e Tuca Siqueira.
Inaê Coutinho, 1971, São Paulo, SP A fotógrafa Inaê Coutinho trabalha com fotografia desde 1987. E, desde 1992, atua no ensino de fotografia para adolescentes e adultos, tendo sido agraciada com o Prêmio Internacional de Inovação e Criatividade pela Safed Kids WorldWide em 2005. É mestre pela Escola de Comunicação e Artes, da
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Universidade de São Paulo e doutoranda em Poéticas Visuais pela mesma universidade. Graduou-se em Educação Artística (Bacharelado e Licenciatura Plena) pela Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP (1995). Entre as suas exposições destacam-se “Da Luz na Escuridão”, no Centro Maria Antonia, “O corpo na construção” no Atelier Piratininga, “Memória das Coisas” no Centro Cultural São Paulo e “As casas de Inaê” no Instituto Tomie Ohtake.
Instituto Casa da Photographia O Instituto Casa da Photographia, com sede em Salvador, BA, foi criado em 1997, pelo fotógrafo baiano Marcelo Reis. Promove cursos livres de fotografia, é uma produtora cultural, possui espaço para pesquisas e realiza caminhadas fotográficas. A partir de 2001 foram firmadas parcerias com empresas e instituições públicas e privadas a fim de viabilizar projetos de divulgação da fotografia a partir de Salvador. O Instituto mantém parceria com a Pinacoteca do Estado de São Paulo na realização do festival A Gosto da Fotografia, que tem como curador, o jornalista e escritor Diógenes Moura.
difusão artístico-cultural. No primeiro Encontros de Agosto, de 2011, realizaram dez exposições em diversas galerias de Fortaleza.
Instituto Pireneus O Instituto Pireneus foi criado em 2006 para promover a cultura, o turismo e a conservação do patrimônio histórico e artístico de Pirenópolis, GO. Os objetivos do Instituto são a promoção de estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e a disseminação de conhecimento. Seus projetos relacionados à fotografia são o Encontro Internacional de Fotografia Photo Pirenópolis e a Maratona Fotográfica de Pirenópolis.
Iris Produção Cultural Ltda. Empresa criada em outubro de 2010, por Joana Mazza e Paulo Duque Estrada, com sede na cidade do Rio de Janeiro, RJ, presta serviços de produção cultural como elaboração de projetos, produção executiva, curadoria, tratamento de imagem e serviços de montagem e cenotécnica.
Instituto Cultural Anima
João Kulcsár, 1961, São Paulo, SP
O Instituto Cultural Anima foi criado em 2007 na cidade de Fortaleza, CE, por Cláudia Sousa Leitão, Lia Sousa Parente, Glicia Gadelha Teixeira, Maria Eliza Gunther, Maria Suzete Nunes, Kátia Sousa de Oliveira, Luciana Guilherme, Cristina Maria do Vale Marques, Paulo Sérgio Teixeira Lins e Francisco Fernando Braga Menezes. O Instituto presta serviços como assessoria técnica na elaboração de projetos; coordenação e produção de eventos; realização de pesquisas de mapeamento cultural; e elaboração e implantação de programas de capacitação e formação no campo das indústrias criativas, tais como a identificação e catalogação do acervo fotográfico da Companhia Docas do Ceará e o 1º Encontros de Agosto – Fotografia Comtemporânea. Seus coordenadores expandiram o trabalho e criaram, em 2009, a empresa AnimaCult Consultoria e Treinamento Ltda., para viabilizar projetos de grande interesse público, no campo da formação, geração do conhecimento e
Professor, curador independente e produtor cultural. trabalhando com fotografia desde 1990. Tem Mestrado em artes pela Universidade de Kent, Inglaterra, 1996/7, como bolsista do The British Council, na área de alfabetização visual. Foi professor visitante na Universidade de Harvard 2002/3, como bolsista da Comissão Fulbright. É diretor da Ong Alfabetização Visual que forma professores do ensino médio no uso de imagem fotográfica em sala de aula, e em projetos com jovens de baixa renda. É um dos coordenadores do Bacharelado em fotografia do Serviço Nacional do Comércio (Senac/SP), e do projeto de fotografia com deficientes visuais, Estética do (in)visível, desde 2008; além de diversos outros projetos socioculturais. Entre eles: Conferência Visible Rights/Direitos Visíveis, em 2006/7/8 com o Senac-SP e Universidade de Harvard. Desenvolveu projeto de formação nas seguintes instituições: Senac-SP, Serviço Social do Comércio (Sesc/SP), Univ. de Harvard,
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Itaú Cultural, Fundação Gol de Letra, Ação educativa, Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor (Febem) (fotografia e cidadania), Secr. da Cultura SP, Meninos do Morumbi, APBM&F Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo, Revista OCAS, Projeto Travessia, Penitenciária Feminina (HIV/Aids), e Estação Ciência no Brasil, Portugal, EUA, Inglaterra, Itália e Suíça. Atua ainda como curador independente e realizou as exposições: Magnum 60 anos, Cristiano Mascaro, Claudia Andujar, Thomaz Farkas, Maureen Bisilliat, Pedro Martinelli, David Drew Zingg, Marc Riboud, FSA (Walker Evans e Dorothea Lange), Lewis Hine, Herança Compartilhada (indígena, europeia e africana) Edward Curtis, Mirame, Árvores de SP, Mulheres vêem Mulheres, Lá e Cá – Portugal/ Brasil, Corinthians 100 anos, 100 fotos, Fotogiornalismo Brasiliano, Access to Land in Brazil, Identities: ruptures & permanence e Impressões Visuais (que percorreu todas as 26 capitais brasileiras e o DF). No exterior realizou mostras nos EUA, Itália, Suíça, Cuba, Inglaterra e Portugal.
sidente por duas vezes. Seus trabalhos estão em coleções como a Pirelli – MASP, do Museu de Arte de São Paulo.
Kamara Kó Fotografias Ltda. ME Criada em 1991 pelo professor e fotógrafo Miguel Chikaoka, a agência fotográfica tem sede em Belém, PA. A Kamara Kó desenvolve projetos culturais e educativos, e conta com um acervo de 80 mil imagens. Além de trabalhos publicados na mídia impressa e eletrônica nacional e internacional, possui obras em acervos de museus em São Paulo (MASP), Rio de Janeiro (Biblioteca Nacional), Washington (Museo de Arte de las Américas) e Belém (Memorial dos Povos, MAC Onze Janelas). Com a criação da galeria Kamara Kó, em 2010, a agência passou a desenvolver projetos culturais que aliam a pesquisa à geração de produtos com exposições e publicações como Cenas da Fé e JapanAmazônia – Confluências Culturais.
João Lobo, 1958, Brejo do Cruz, PB Kim-Ir-Sen Pires Leal, 1951, Anápolis, GO João Lobo trabalha com fotografia desde a década de 1980. Além de fotógrafo, atua como produtor cultural realizando projetos culturais como o Intercâmbio Brasil/Argentina, em 2004, a exposição coletiva Olhares e o festival de fotografia Parahyba Digital, em 2005, 2006 e 2007.
Juvenal Pereira, 1946, Romaria, MG Juvenal Pereira é fotojornalista desde 1970. Foi fotógrafo da revista O Cruzeiro em Belo Horizonte (1970), e Salvador (1971–1974). Mudou-se para Brasília (1975-1981), onde trabalhou para os jornais Correio Brasiliense e Jornal de Brasília, e para as revistas Veja e IstoÉ. Foi sócio fundador da União de Fotógrafos de Brasília. Em São Paulo, onde reside desde 1981, trabalhou como repórter fotográfico do jornal Folha de S.Paulo (1988-1989). Foi membro fundador do NaFoto – Núcleo dos Amigos da Fotografia (1991) e responsável pela realização do Mês Internacional da Fotografia em São Paulo. Pereira também participou da diretoria da União dos Fotógrafos do Estado de São Paulo, sendo vice-pre-
Kim-Ir-Sen Pires Leal iniciou suas atividades como fotógrafo em 1972, em Brasília, DF, onde foi professor e um dos fundadores da Três por Quatro Escola de Fotografia e Cinema Super 8. De 1980 a 1988 dirigiu e atuou na Ágil Fotojornalismo, na qual foi responsável pela sistematização dos processos de arquivamentos de imagens. Foi um dos fundadores da União dos Fotógrafos de Brasília. Promoveu mostras, encontros e seminários e realizou cinco feiras de fotografia no Centro de Realização Criadora (Cresça), Escola de ensino infantil e fundamental que possuía a disciplina Fotografia em sua grade curricular. Coordenou a área de fotografia do 1º Festival Latino-Americano de Arte e Cultura (FLAAC), onde promoveu exposições e cursos.
Lente Cultural Coletivo Fotográfico O Lente Cultural Coletivo Fotográfico é um coletivo de fotógrafos criado em 2009, em Brasília, DF, que tem como objetivo difundir a arte fotográfica. O LC traba-
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lha na elaboração, apoio, gerenciamento e execução de projetos e programas que têm a fotografia como foco principal, qualquer que seja o seu formato, e artes em geral. Realiza intercâmbio de obras, de conhecimento e de todas as técnicas fotográficas. Fazem parte do coletivo os fotógrafos André Abrahão, Carol Peres, Eraldo Peres, Fábio C. Pozzebon, Joédson Alves e Sérgio Almeida.
Luz Tropical Cultura & Produções Ltda. A Luz Tropical Cultura & Produções Ltda. foi criada em 2008 por Milton Guran e Melanie Guerra, com o objetivo de realizar projetos de natureza artística e cultural. Entre eles, curadoria, produção de exposições, seminários, palestras, conferências e cursos, pesquisa e produção de textos, serviços fotográficos, incluindo comunicação visual e edição de publicações. Desde 2009, produz exposições para o FotoRio – Encontro Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro.
Magma Cultural Criada em 2003, na cidade de São Paulo, tendo como responsáveis, Paulo Kassab e José Eduardo Aranha Moura, a Magma Cultural surgiu atuando no segmento editorial, trabalhando com temas e títulos que explorassem a cultura brasileira. Em 2006, a empresa expandiu sua área de atuação em projetos culturais voltados à educação e entretenimento e, em 2008, inaugurou a Pyro, uma produtora de séries de animação infantil em formato 3-D. Em ambas as áreas, os projetos abordam temas de acerca patrimônios culturais e ambientais.
MT. Atualmente é gerente de artes visuais da Secretaria de Estado de Cultura e coordenadora do Pavilhão das Artes Estadual.
Manu Castilho, 1980, Rio de Janeiro, RJ Manu Castilho é produtora cultural, membro do Fórum Mundial U40 para promoção da Convenção da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) sobre a proteção e promoção da diversidade das expressões culturais. Produziu a projeção DiVerCidades, as exposições A brisa que tranquiliza a alma e Festas (participantes do Fotorio 2007) e Um olhar sobre o outro (2010). De 2008 a 2010 criou a Mais Ratona Fotográfica, evento de projeções de fotógrafos da Região dos Lagos. Elaborou e ministrou aulas de produção cultural no Circuito Humano Mar de Oficinas, em dez municípios do norte fluminense. Coordena a Maratona Fotográfica de Cabo Frio. Atualmente, inicia as atividades de seu escritório de produção Levante Cultural.
Marcio Resende Mendonça (Marcio RM), 1961, Rio de Janeiro, RJ Marcio RM é fotógrafo profissional desde 1982, dedicando-se desde 2002 à produção cultural. Reside na cidade do Rio de Janeiro. Fez a curadoria das exposições de fotografia da Semana Cultural em Santa (edições de 2006, 2007 e 2008) e do Foto em Santa, evento integrante da programação oficial do FotoRio em 2007. É o idealizador do JF em Foco – Festival de Fotografia de Juiz de Fora.
Maria Christina, 1959, Serra do Navio, AM Magna Domingos / Dom Negócios Culturais Produtora cultural, diretora da Dom Negócios Culturais. Formada em comunicação social pelo Instituto Várzea-grandense de Educação e pós-graduada em Planejamento e Gestão Cultural. Atua na área cultural desde 1994, como produtora e gestora. Produziu exposições de fotógrafos como Evandro Teixeira, Pedro Martinelli, Guy Veloso, Fatinha Silva e Sebastião Salgado. Responsável pelas quatro edições do Salão Mato-grossense de Fotografia, realizado pelo Sebrae/
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Maria Christina é jornalista, fotógrafa, produtora cultural e pesquisadora independente. Coordenadora e produtora do Projeto Arca de Noé. Entre produção e coordenação de eventos, destacam-se: 29º Festival de Inverno da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 1997, na cidade de Ouro Preto; 6a Semana Sergipana de Fotografia, em Aracaju, SE, 1997; Imagens da Amazônia, Espaço Cultural Torre Malakoff em Recife, PE, 2000; Cultura Pará 10 anos, 2007; Arte & Sociedade, da Bienal de Cultura Popular, Belém, PA, 2008; Fotoativa Pará Cartografias Contemporâneas –
Sesc Pompeia e Santana, São Paulo, 2009, e a mostra Amazônia a Arte, Museu Vale, emVitória, ES e Belo Horizonte, MG, em 2010, entre outras realizações. Foi vice-presidente da Associação Fotoativa e coordenadora do departamento de projetos e eventos da mesma associação, além de ter sido Editora de Fotografia do periódico Amazônia Jornal, e de vários livros, como Cenas de Fé , de Miguel Chikaoka e Emmanuel Mattos, Banco da Amazônia, 2008.
Maria de Fatima da Silva (Fatinha Silva), 1953, Caratinga, MG Maria de Fatima da Silva está radicada no Pará desde 1983. Lá desenvolveu seu trabalho como fotógrafa e produtora cultural, iniciando seu aprendizado no campo de artes visuais em 1999, por meio da Fotoativa, grupo que fez parte de sua diretoria entre 2000 e 2011. É diretora da Namazônia, que desenvolve trabalhos na área cultural. Desde fevereiro de 2011, vem atuando como gerente na Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves. Como produtora cultural, coordenou e produziu importantes exposições individuais e coletivas em Belém, como a exposição Hélio Oiticica – Museu é o Mundo. Atualmente, prepara a exposição e o lançamento do livro Fronteira Norte – Demarcando e Aproximando a Amazônia, contendo o acervo fotográfico da 1ª Comissão Brasileira Demarcadora de Limites.
Maria Fernanda Vilela de Magalhães, 1962, Londrina, PR Maria Fernanda Vilela de Magalhães é artista, fotógrafa, performer, professora da Universidade Estadual de Londrina, PR, e doutora em Artes pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP. Como produtora cultural, desenvolve trabalhos focando as questões do corpo. Criou e coordena o Ateliê de Fotografia e o projeto A Expressão Fotográfica e os Cegos. Foi chefe da Divisão de Artes Plásticas da Casa de Cultura da Universidade Estadual de Londrina (2009/2010), criou e coordena o evento FotoLink – Encontro Internacional da Imagem, e o projeto de pesquisa Fotografia e o “Contra-Olhar” – uma reflexão sobre a construção das imagens contemporâneas no campo das artes. É sócia da Imagem Palavra Produções Culturais.
Mariano Klautau Filho, 1964, Belém, PA Fotógrafo e pesquisador, Mariano Klautau Filho é mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, doutorando em Artes no Programa de pós-graduação da Escola de Comunicação e Artes, da Universidade de São Paulo (USP), e professor de fotografia da Universidade da Amazônia. É coordenador do projeto Fotografia Contemporânea Paraense – Panorama 80/90 [Edital Petrobrás Artes Visuais – 2002]. Criador e coordenador do Colóquio Fotografia e Imagem, realizado pela Fotoativa desde 2002, e Curador Geral do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, instituido pelo jornal Diário do Pará desde 2010.
Mateus Sá, 1975, Olinda, PE Mateus Sá é formado em Comunicação Social/Relações Públicas pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). Começou a fotografar em 1997, foi um dos fundadores do Coletivo Canal 03. Desde 2007 coordena a Semana de Fotografia do Recife, que já está em sua quarta edição. Ainda em 2007, foi um dos fundadores do projeto Fotolibras – Fotografia Participativa com Jovens Surdos, onde atua como educador e é um dos coordenadores. É idealizador e coordenador da série de livros Linguagens – um recorte da produção fotográfica contemporânea de Pernambuco. Em 2009, passou a integrar a grade de professores do bacharelado em fotografia da Faculdades Integradas Barros Melo/AESO, Olinda/PE.
Miguel Takao Chikaoka, 1950, Registro, SP O fotógrafo paulista Miguel Chikaoka mudou-se para Belém, PA, em 1980, e começou idealizar projetos e eventos, como o grupo FotoOficina, as coletivas FotoPará e os Fotovarais. Em 1983, criou a oficina FotoAtiva, desdobrando-a em seguida para um projeto que resulta na criação do projeto Fotoativa, voltado ao ensino, pesquisa e difusão da fotografia. Em 1985 coordenou o projeto FotoAtiva Cidade Velha. Foi colaborador da Agência F4 e fundou a Kamara-Kó em 1991, agência com a qual realiza trabalho de documentação sobre questões sociais e ambientais da região. Em 1999, coordena o projeto FotoAtiva Ver-o-Peso.
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Em 2000, com a transformacão da FotoAtiva numa Associação, Chikaoka passa a constituir o Núcleo de Formação e Experimentação da Fotoativa. Idealizou as oficinas Fotografia Sensorial, Photo Morphosis, Fotografia Experimental, Brincando com a Luz, Tubo de Ensaio, De Olhos vendados e Imagens em Trânsito. Olhos dÁgua, H2Olhos, Olhos de Ver Belém e, mais recentemente, Fototaxia, são os projetos com os quais desenvolve percursos educativos pautados na abordagem transdisciplinar da fotografia enquanto processo.
Milton Guran, 1948, Rio de Janeiro, RJ Milton Guran é fotógrafo, antropólogo e jornalista, doutor em Antropologia (EHESS- França, 1996) e mestre em Comunicação pela Universidade de Brasília (UnB, 1991). É realizador e coordenador geral do FotoRio – Encontro Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro. Em 2006, fez parte do Comitê internacional do Mois de la Photo de Paris. Foi co-curador da participação brasileira no Photoquai, bienal internacional organizada pelo Musée du Quai Branly (Paris), e curador convidado da MEP – Maison Européenne de la Photographie (Paris), para exposição do Mois de la Photo de 2010. Foi presidente da União dos Fotógrafos de Brasília entre 1980 e 1982. É autor do livros Linguagem Fotográfica e Informação e editor da coleção Antologia Fotográfica (AGIL/Dazibao, 1989-90). É pesquisador do LABHOI – Laboratório de História Oral e Imagem da Universidade Federal Fluminense (UFF). Faz parte da diretoria executiva da Rede de Produtores Culturais da Fotografia no Brasil.
Fotografia, acontecendo em 1993. O Núcleo trouxe diversos produtores internacionais e nacionais, promovendo um intercâmbio rico em exposições, workshops e palestras. Sua formação original contou com Nair Benedicto, Rubens Fernandes Junior, Eduardo Castanho, Rosely Nakagawa, Stefania Bril, Isabel Amado, Fausto Chermont, Juvenal Pereira e Marcos Santilli. Ao logo do tempo, o evento tornou-se irregular nas suas edições e passou a agregar diversas exposições periféricas de outros produtores à grade de sua programação, também alterando seu corpo diretivo. Dos registros impressos, há um catálogo sucinto da segunda edição e alguns folders, bem como o atual catálogo raisonné dos vinte anos. O Nafoto hoje é composto por Rubens Fernandes Junior, Nair Benedicto, Mônica Caldiron e Fausto Chermont.
Orlando Azevedo, 1949, Ilha Terceira dos Açores, Portugal
Nívia Uchôa, 1970, Aracati, CE
Pablo Alfredo De Luca foi professor do curso de Fotografia Básica e Especializações Fotográficas do Senac, AL, nos anos de 2002 e 2003. Em 2007 administrou, também no Senac, o Curso de Fotografia Digital Profissional. Em 2008, participou do projeto social de inclusão digital Olhar Circular, dando aulas de fotografia no CEFET da Cidade de Marechal Deodoro – AL. Em 1990, criou o banco de imagens Fotoalagoas, composto por mais de 80 mil fotografias de assuntos variados, apenas do estado de Alagoas: paisagens, artesanato, manifestações religiosas, personalidades de destaque, cultura popular, flora e fauna, etc.
Nívia Uchôa é fotógrafa, professora de fotografia, cinema e vídeo, produtora cultural e fundadora do grupo de fotografia Poesia da Luz. É também membro do IFOTO e da Associação de Audiovisual do Cariri. Como curadora, realizou trabalhos coletivos e individuais no Ceará: em 2006, a Mostra de Artes Visuais do Cariri; em 2008, o II Encontro de Fotografia Popular; em 2009, a Exposição Juazeiro como te Vejo; em 2009, Ladeira das Cores. Atualmente, é responsável pelo Encontro Conversas Fotográficas, que será realizado na Universidade Regional do Cariri (URCA).
Núcleo Imagem Latente Nafoto – Núcleo dos Amigos da Fotografia Entidade criada em 1991 por fotógrafos, pesquisadores, críticos e curadores de São Paulo, o Nafoto – Núcleo dos Amigos da Fotografia – promoveu vários eventos, como exposições, seminários, workshops, encontros e leituras de portifólio, ao longo de duas décadas, comemorando vinte anos de atividade em julho de 2011, com exposição retrospectiva e publicação de um catálogo raisonné de suas atividades. Ainda em atividade, teve inicialmente caráter de bienal, ocorrendo nos meses de maio em São Paulo, com o primeiro evento, o Mês Internacional da
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O NiL – Núcleo Imagem Latente é um grupo formado por professores e fotógrafos que realizam exposições, eventos, cursos, palestras e outras atividades relacionadas à fotografia pinhole. Com sede em Belo Horizonte, MG, é organizado por Cleber Falieri, Tibério França, Luis Moraes Coelho e Alexandre Lopes. O grupo é responsável, em Belo Horizonte, por todos os eventos de comemoração e celebração do Pinhole Day – Dia Mundial da Fotografia Pinhole – que acontece na cidade desde 2004. O NiL trabalha também com projetos sociais e atividades lúdicas e de capacitação para empresas, prefeituras de cidades do interior e escolas particulares.
Fotógrafo, curador e produtor cultural independente, mudou-se para o Brasil em 1963, estabelecendo-se em Curitiba, PR. Graduado em Direito pela Faculdade de Direito de Curitiba, em 1980, iniciou sua carreira profissional na fotografia no mesmo ano, atuando em publicidade e fotojornalismo. Colaborou com as principais revistas e jornais do país. Entre 1993 e 1996 dirigiu o departamento de Artes Visuais da Fundação Cultural de Curitiba, onde foi o responsável pela criação e coordenação dos três eventos Curitiba (1996 a 2000). Idealizou e implantou o Museu de Fotografia Cidade de Curitiba (1998).
Pablo Alfredo De Luca, 1963, Buenos Aires, Argentina
Pablo de Regino Araújo Pinto, 1980, Santos, SP Pablo de Regino é responsável pela criação e organização da I Semana de Artes e Design, em Goiânia, GO, em 2002, na Universidade Federal de Goiás, trazendo palestras e oficinas sobre artes plásticas, fotografia e design gráfico. É fundador e atual presidente da Associação Cultural FotoGoyazes.
Patricia Gouvêa, 1973, Rio de Janeiro, RJ Patrícia Gouvêa é graduada pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É Especialista em Fotografia e Ciências Sociais
(Ucam), e Mestre em Tecnologias da Comunicação e Estéticas da Imagem (Eco/UFRJ). É também fotógrafa e criadora do Ateliê da Imagem, espaço cultural dedicado à pesquisa, reflexão e produção da imagem, do qual é diretora. Atua também como produtora cultural e curadora, organizando concursos, exposições, seminários e debates, com destaque para as duas edições do Concurso Estadual Foto + Prêmio Hercule Florence (2005/2006), e as duas exposições dos finalistas na Casa França-Brasil (2006/2007); as exposições Nano e Corpoimagem na Feira ArtBO 2005 e 2008 (Bogotá, Colômbia), as exposições A Presença, de José Caldas, em 2009 e Alquimia, de Guy Veloso (em parceria com Claudia Buzzetti), ambas na Galeria do Ateliê da Imagem e o projeto Máquinas de Luz: Fórum das Imagens Técnicas.
Patrícia Veloso, 1960, Teresina, PI Patrícia Veloso é produtora cultural, curadora e editora, atuando na área da fotografia desde 1985. É membro da coordenação do Fórum da Fotografia – Ceará e foi coordenadora geral do Encontros de Agosto 2011. Atualmente, cursa o mestrado em Comunicação da Universidade Federal do Ceará com pesquisa em fotografia. É mestra em Administração de Empresas pela Universidade de Fortaleza (2002), com dissertação sobre Gestão Cultural e Cidadania Empresarial. Administra a Imagem Brasil, agência de imagens e realizadora cultural, constituída em 1997, que representa o trabalho de mais de 60 fotógrafos brasileiros. Fundou e dirige a empresa Terra da Luz Editorial e é responsável pela publicação da obra de Chico Albuquerque e José Albano, entre outros títulos dedicados à fotografia, história, memória, patrimônio cultural e natural.
Paula Cinquetti, 1978, São Paulo, SP Paula Cinquetti trabalhou como assistente e produtora de cursos e projetos do fotógrafo Walter Firmo e foi assistente de Silvio Pinhatti, Clicio Barroso e do fotógrafo norte americano David Alan Harvey. Desde 2006, desenvolve projetos de organização de acervos fotográficos e realiza consultorias, cursos e palestras sobre fluxo de trabalho digital. Em
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2009, lançou o projeto Offestival, com o intuito de buscar novos públicos para a fotografia, por meio da colagem de ensaios fotográficos nas ruas das cidades-sede de festivais de fotografia. O Offestival já aconteceu em paralelo aos festivais FotoRio, SP Photo Fest, Paraty em Foco, FestFotoPOA, New York Photo Festival e Mês da Fotografia de Brasília. Desde 2009, coordena a área de fotografia do Senado Federal, onde desenvolveu a modernização do fluxo de trabalho e da atuação da Agência Senado, trabalhando também como fotógrafa e editora de fotografia.
Oficina Vendo o mundo pelo buraco da agulha. Foi curador associado do evento Corpo Imagem dos Terreiros: experiência ritual, produção de presença, que fez parte do programa Cultura e Pensamento 2007, do Ministério da Cultura. Em 2011, ministrou o curso A Fotografia no Brasil: do descobrimento à fotografia moderna (1840-1945). Atualmente, trabalha como fotógrafo freelancer e ministra cursos particulares de fotografia e também no Zarinha Centro de Cultura. É co-fundador e presidente da Associação Paraibana de Arte e Cultura (APAC).
Photo Agência Paulo Cesar Amoreira, 1968, Fortaleza, CE Paulo Cesar Amoreira é coordenador de Cultura Digital do Centro Urbando de Arte, Cultura, Ciência e Esporte – CUCA Che Guevara. Foi criador do Fórum de Cultura Digital (fotografia – audiovisual – artes integradas), do Fórum de Quadrinhos do Ceará e delegado na Conferência Nacional de Cultura, na pré-conferência setorial de arte digital, na Conferência Estadual de Cultura do Ceará e na Conferência Municipal de Cultura de Fortaleza, CE. Foi curador do deVERcidade de 2005 a 2010. É fotógrafo e membro do conselho curatorial do Instituto da Fotografia, IFOTO.
Criada pelo fotógrafo Eraldo Peres, a Photo Agência tem sede em Brasilia, DF. É uma empresa de prestação de serviços fotográficos, agenciamento de fotógrafos e desenvolvimento de projetos e produtos culturais. Atua no campo da fotografia documental, do fotojornalismo, do atendimento institucional, na elaboração e desenvolvimento de projetos culturais e na documentação da cultura popular e do patrimônio imaterial brasileiro. Desenvolve há mais de dez anos o Projeto Festa Brasileira – Informação, formação e divulgação da Cultura Popular Brasileira – onde sua equipe de fotógrafos e jornalistas realizam atividades de documentação fotográfica e audiovisual das festas populares e folclóricas brasileiras.
Paulo José Rossi, 1965, São Paulo, SP Projeto Subsolo – Circulação de Arte Paulo José Rossi é graduado em Sociologia e Política pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, tem pós-graduação, com mestrado em Sociologia pelo programa de pós-graduação da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da USP e graduação em Estudos Sociais pelo CIEDEL – Centre International d’Études pour le Dévèloppement Local, Université Catholique de Lyon, França. Trabalha com fotografia há vinte anos, primeiro se dedicando à fotorreportagem e depois ao ensino da fotografia. Como professor, lecionou nos cursos livres de fotografia do Senac-SP e, na mesma instituição, no curso de Bacharelado em Fotografia. Em 2010, participou do programa de Oficinas Culturais da Funjope, Prefeitura de João Pessoa; foi coordenador e curador da exposição Variações do Feminino: bastidores do universo trans, idealizou o projeto social
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O Projeto Subsolo Circulação de Arte é uma produtora cultural com sede na cidade do Rio de Janeiro, RJ, criada em 2005 por Ana Angélica Costa, Janaina Garcia e Roberta Macedo. A empresa elabora e realiza projetos com foco na arte contemporânea. As atividades do núcleo são desenvolvidas a fim de integrar e articular diferentes públicos, a partir da circulação da arte, por meio de ações como seminários, exposições, intervenções, intercâmbios, residências, publicações, experimentação de novas mídias e suportes, pesquisa e curadoria, sempre tendo em vista o trabalho em parceria e as possibilidades de desdobramento educativo. Alguns projetos realizados: Regina Alvarez: experiência fotossensível (2011) – exposição, oficinas, catálogo e conservação de acervo; Pesquisas Artísticas Presentes (edições 2011 e 2008)
– apresentações de processos criativos; Possibilidades do Ateliê Contemporâneo (2010) – palestras; Fotografia e Pensamento Artístico Contemporâneo: convergências, interrupções, deslocamentos (2008) – palestras.
Coordenou o núcleo de montagem e pesquisa de Portfólio e exposições da galeria Collectors – São Paulo. Foi professor de fotografia da Panamericana de Artes – São Paulo e ministrou workshops em diversas cidades brasileiras.
Ricardo Borges Rodrigues, 1971, Campina Verde, MG
Ricardo Lima, 1971, Assis, SP
Fotógrafo profissional desde 2000, reside na cidade de Uberlândia, MG. É produtor cultural autônomo, realizador do Festival de Fotografia do Cerrado – Cerrado em Foco. Realizou o projeto Retrato da Realidade – Fotografia por todos os cantos, a exposição Na África das Zonzuzelas de Eugenio Sávio e o projeto Grande Angular, intercâmbio entre fotógrafos de Belo Horizonte e fotógrafos de Uberlândia.
Ricardo Hantzschel, 1964, São Paulo, SP Ricardo Hantzschel é jornalista formado pela PUC-SP e pós-graduado em Fotografia e Mídia pelo Senac-SP. É profissional há vinte e cinco anos e professor da faculdade de fotografia do Senac desde 2000. Desenvolve o projeto educacional em linguagem visual Cidade Invertida há cinco anos, com atuação em entidades da periferia, faculdades, museus e eventos fotográficos. O projeto foi premiado em 2006 pelo Programa de Ação Cultural do Governo do Estado, voltando a ser premiado em 2008 com a certificação de “Mérito Cultural” pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, e novamente reconhecido em 2010 por meio do Fundo Comgás de patrocínio sociocultural.
Ricardo Junqueira, 1965, Brasília, DF Formado em Comunicação Social pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília (CEUB). Realizador e curador da mostra “Coletivo Potiguar”, exposição coletiva que pretendia mostrar um pouco da produção fotográfica autoral no estado do Rio Grande do Norte. Este projeto circulou pelas unidades da Caixa Cultural de São Paulo, Brasília e Rio de Janero. Em novembro de 2010 realizou a I Semana Potiguar de Fotografia com palestras, workshops e exposições.
Ricardo Lima é jornalista formado pela PUC-Campinas e atua, desde 1995, como repórter fotográfico. Fez parte da diretoria da Associação dos Repórteres Fotográficos do Estado de São Paulo (Arfoc), entre 2008 e 2010, e organizou, de 2007 a 2009, o Seminário Imagem e Atualidade e a Semana Hercule Florence. Em 2010, estes dois eventos tornaram-se o Festival Hercule Florence de Fotografia. Lima começou sua carreira como fotógrafo publicitário, mas mudou para o fotojornalismo, passando a integrar a equipe da sucursal de Campinas, SP, do jornal Folha de S.Paulo, posteriormente trabalhando para outros periódicos de São Paulo e da região.
Rinaldo Morelli, 1966, São Paulo, SP Rinaldo Morelli é fotógrafo, professor e produtor cultural. Mestre em Arte e Tecnologia pela Universidade de Brasília (UnB). Em 1987 participou da produção da I Semana de Fotografia de Brasília, realizada pelo. Em 1989, foi Subcoordenador de Fotografia do II Festival Latino-Americano de Arte e Cultura (II FLAAC). Em 2008, foi um dos idealizadores do projeto Por Que Eu Fotografo?, evento que procurou promover a reflexão sobre e fotografia e levar exposições fotográficas para as ruas de Brasília. Em 2009 foi um dos fundadores e primeiro presidente da Associação de Fotógrafos de Brasília (Afoto). Atualmente é repórter-fotográfico da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).
Roberto Henrique da Silva, 1965, Petrolina, PE Roberto Henrique da Silva realiza oficinas de fotografia com jovens da cidade de Petrolina, PE, desde 2003, durante a comemoração do dia da consciência
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negra e, em outros momentos, com entidades que querem realizar oficinas com seu público. Exibe as fotos feitas durante o evento, em um varal no centro da cidade, para que a população possa ver o resultado das oficinas e entender melhor o pensamento dos jovens da periferia.
de Fotografia destinada exclusivamente à fotografia nacional. A empresa, por meio desses eventos, vem promovendo o mercado de arte brasileiro – em especial fomentando significativamente o de fotografia – o desenvolvimento da cultura no país, integrando produtores e colecionadores, brasileiros e estrangeiros. De caráter internacional, atende em média 100 mil pessoas por ano.
Rodrigo Augusto Soares, 1975, Santo André, SP Terra Vermelha Cultural Atua como fotógrafo desde 2002 e como produtor cultural independente. Dirige o jornal impresso e o site Portal Rio Casca Online, na cidade de Rio Casca, MG. É promotor de shows musicais e eventos culturais de outras naturezas. Realiza eventos de fotografia, buscando soluções para conseguir relevância nos projetos abrangidos por ela em sua região.
A Terra Vermelha Cultural, com sede em Brasilia, DF, é uma organização civil de natureza cultural. E tem como finalidade a defesa do patrimônio historico, artistíco, documental, fotográfico, científico, social, espiritual e ecológico do Brasil. A TVC promove a inclusão social pelo ensino de técnicas fotográficas para crianças, jovens e adultos da população carente.
Sergio Burgi, 1958, São Paulo, SP
Tiago Santana, 1966, Crato, CE
Sergio Burgi é graduado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e em Ciências Sociais pela mesma universidade. Fez mestrado em Conservação Fotográfica da School of Photographic Arts and Sciences, Rochester Institute of Technology, NY, EUA, onde obteve, em 1984, os diplomas de Master of Fine Arts in Photography e Associate in Photographic Science, ambos com trabalhos específicos na área de conservação fotográfica. Foi coordenador do Centro de Conservação e Preservação Fotográfica da Funarte, no Rio de Janeiro, entre 1984 e 1991. É membro do Grupo de Preservação Fotográfica do Comitê de Conservação do Conselho Internacional de Museus (Icom) e, desde 1999, coordena a área de fotografia e a Reserva Técnica Fotográfica do Instituto Moreira Salles (IMS), principal instituição voltada para a guarda e preservação de acervos fotográficos no Brasil.
O fotógrafo Tiago Santana atua desde 1989 como profissional, desenvolvendo ensaios fotográficos pelo Brasil. É fundador da Editora Tempo d’Imagem (1994), onde atualmente desenvolve projetos editoriais e também curador do IFOTO (Instituto da Fotografia) em Fortaleza, Ceará, Brasil, onde é o coordenador do encontro de Fotografia deVERcidade. Publicou os livros O chão de Graciliano, Patativa do Assaré e Benditos, pela Tempo D’Imagem. É um dos dois brasileiros a fazer parte da coleção francesa de livros de fotografia Photo Poche.
SP Foto Arte Eventos Culturais Ltda. Empresa de produção cultural criada em 2005, por Fernanda Feitosa, com sede na cidade de São Paulo. É realizadora dos eventos SP Arte / Feira Internacional de Arte de São Paulo e o SP-Arte / Foto, Feira
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Trotamundos Coletivo O Trotamundos Coletivo foi criado em 2009, na cidade de Aracaju, SE, por Alejandro Zambrana, Ana Lira, Danilo Bandeira, Marcelinho Hora e Zak Moreira. O Coletivo atua nas áreas de produção fotográfica, estudo de linguagem, formação e discussão crítica no estado de Sergipe, por meio do trabalho com ensaios, reportagens fotográficas, coberturas, oficinas e rodas de discussão. É responsável pelos projetos Quem faz a Foto? 2009 e 2010, e Conversando Fotografia.
WA Imagem Fotografia e Produção Cultural Ltda. A WA Imagem – Agência de Fotografia e Produção Cultural é uma empresa baseada em Goiânia, GO. Iniciou suas atividades em 1994. Atua no mercado de serviços fotográficos e elabora também projetos
culturais relacionados à fotografia, apoiados nas leis de incentivo Municipal, Estadual e Federal. A WA Imagem foi criada pelo fotógrafo Wagner de Araújo e é responsável pelo Prêmio Goiás de Fotografia.
Walfrido (Frido) Claudino, 1981, João Pessoa, PB Frido Claudino trabalha com a fotografia documental brasileira. Baseado em João Pessoa, PB, vem se dedicando a pesquisas sobre cultura, manifestações populares, expressões religiosas e estilos de vida. Graduado em Ciências Sociais, desenvolve pesquisas pesquisa em Antropologia Visual e pesquisa teórica sobre fotografia, imagem, política e cultura. Junto ao Fórum da Fotografia Paraibana, trabalha na organização do movimento cultural na área de fotografia e na construção de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento das artes visuais e da fotografia.
Titus Benedikt Riedl, 1966, Marburg, Alemanha Professor universitário no estado do Ceará, Titus Benedikt Riedl reside em Crato, CE, e desenvolve pesquisas em torno da fotografia vernacular do Brasil, com ênfase na fotopintura e na fotografia Lambe-Lambe. Atua na região Nordeste do país e realizou os Encontros de Fotografia Popular (2005 e 2008), além de uma série de exposições sobre fotopintura. Os destaques do seu acervo são as fotopinturas, contendo mais de cinco mil originais e um pequeno acervo de fotografia vernacular.
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III ASSOCIAÇÕES DE CLASSE E FOTOCLUBES As primeiras associações fotográficas que conhecemos, os fotoclubes, exercem até hoje importante papel disseminador da fotografia para o grande público. Aqui é possível encontrar e saber quantos são os fotoclubes e as associações de classe espalhados pelas cinco regiões do país.
1. ASSOCIAÇÕES DE CLASSE
Associação Cultural FotoGoyazes
Aqui se concentram as associações formais de fotó grafos, que exercem papel de mediação entre o poder público e os profissionais da área, ou que atuam como realizadores de produtos, como forma de suprir algum tipo de carência no campo cultural fotográfico.
Associação criada em janeiro de 2011 em Goiânia, GO, por Pablo de Regino. Reúne fotógrafos profissionais com o objetivo de promover a fotografia no estado por meio de reuniões mensais. Executou em março de 2011 uma ação social durante o Dia do Bem, fotografando e entregando fotografias à comunidade carente de Terezópolis de Goiás. Atualmente, a associação conta com 60 membros, e organiza curadoria de algumas exposições, além de divulgação de eventos.
Aphoto – Associação Potiguar de Fotografia Associação com sede na cidade de Natal, RN, procura sensibilizar órgãos, entidades e a opinião pública sobre a importância cultural e econômica da fotografia no estado, buscando representatividade da fotografia potiguar. A Aphoto é originária da Apofoto, primeira fase da associação, criada em 2003, seguindo os fundamentos básicos do Foto Cine Clube Bandeirante, de São Paulo. Adrovando Claro foi eleito presidente nessa primeira fase e, em outubro de 2006, a Apofoto se transformou em Aphoto, sendo reinaugurada em setembro, propondo sua reformulação quanto à estrutura para atendimento dos associados. Uma nova composição foi eleita determinando como presidente Alex Gurgel. A associação promove oficinas, cursos, passeios fotográficos, mostras coletivas, palestras e intercâmbio fotográfico com profissionais de outros estados e países.
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Associação de Fotógrafos de Brasília – Afoto Criada em 28 de março de 2009, como fruto de um processo de aglutinação de fotógrafos iniciado com o projeto Por Que Eu Fotografo?. A proposta da associação é investir na produção de eventos de fotografia, que valorizem os fotógrafos e a fotografia em Brasília, trazendo à discussão questões como a regulamentação da profissão, direitos autorais dos fotógrafos, entre outros.
Associação de Fotógrafos de Natureza – Afnatura A Associação dos Fotógrafos de Natureza, Afnatura, foi criada em 19 de agosto de 2009. É uma
organização sem fins lucrativos que busca divulgar, normatizar, defender e fomentar a atividade de fotografia de natureza no Brasil, como ferramenta de conservação e preservação ambiental e cultural. A Afnatura defende a liberdade de criação fotográfica como o princípio maior da identidade cultural brasileira na formação de elo com a natureza. Gerida por Diretoria e Conselho Consultivo, pauta-se em ações voluntárias e produções culturais com a participação ativa de fotógrafos conhecidos da área, em todo o Brasil, sem distinção entre profissionais e amadores. Atualmente sua Diretoria é formada por: Gustavo Pedro (presidente), José Caldas (diretor de fotografia), João Quental (diretor de relações públicas), Ricardo Siqueira (diretor de projetos e fiscalização); e seu Conselho Superior: Fábio Colombini, Haroldo Palo Jr., Lena Trindade, Luis Claudio Marigo, Monique Cabral, Silvestre Silva e Zig Koch. Entre os associados: Luciano Candisani, Adriano Gambarini, Marco Terranova, Leonide Principe, Roberto Linsker, Roberto Ripper, Walter Firmo, Sebastião Salgado e muitos outros.
Associação de Fotógrafos Fototech Criada em 2006 pelos fotógrafos Clicio Barroso Filho, Renate Hartfiel e Bruno Zanardo, tem sua sede na cidade de Santo André, SP. De caráter nacional, seu presidente atual é o fotógrafo Clício Barroso. A Fototech surgiu de uma lista de discussão na internet sobre técnicas fotográficas, formada por Clicio Barroso Filho, em 1998, aberta para convidados e indicados. Quando alcançou quase mil membros, a associação foi oficializada, com pouco mais de sessenta associados com interesses comuns: o empenho pela moralização do ofício do fotógrafo, o fomento e estímulo à fotografia como produto cultural, a criação e manutenção de um mercado digno para a negociação, compra e venda de fotografias. Hoje, atende cerca de quatrocentas pessoas, promovendo encontros periódicos para troca de informações, como o Simpósio Fototech workshops, congressos e palestras, divulgação e exposição dos trabalhos fotográficos produzidos pelos associados, que têm, dentre outros benefícios: integrar a Confoto, descontos em produtos e serviços com as parcerias firmadas, participação
gratuita nos eventos promovidas e produzidos pela Fototech. Também promove parceiras como a participação no Festival Internacional de Fotografia Paraty em Foco.
Associação Profissional dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos – Arfoc Rio A Associação Profissional dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos (Arfoc) foi criada em 1946, no Rio de Janeiro, RJ, por fotojornalistas. Por decreto nº1229, de 09/10/1962, passou a ser uma associação profissional. Hoje, a Arfoc é uma associação profissional e cultural sem caráter político-partidário e sem fins lucrativos. Seu objetivo é incentivar, aperfeiçoar, valorizar e defender a profissão fotojornalística. A Arfoc organiza exposições, seminários e congressos, além de oferecer convênios, credenciamento de jogos de futebol e orientação sobre direito autoral. Nos anos seguintes, foram criadas as Arfoc em outros estados, como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Algumas tiveram continuidade, outras encerraram suas atividades temporariamente. O atual presidente da Arfoc do Rio de Janeiro é o fotógrafo Alberto Elias Jacob.
Associação Profissional dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos – Arfoc SP A Associação Profissional dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos (Arfoc) de São Paulo foi criada por fotojornalistas paulistas em 1995, em São Paulo, SP, cujos estatutos foram alterados em 1996 e 2008. Seu atual presidente é o fotógrafo Paulo Whitaker, e sua sede funciona no Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, na capital paulista. É uma associação profissional e civil. Hoje a Associação Profissional dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos (Arfoc) é uma associação profissional e cultural de caráter político-partidário e sem fins lucrativos. Seu objetivo é incentivar, aperfeiçoar, valorizar e defender a profissão fotojornalística. A Arfoc organiza exposições, seminários e congressos, além de oferecer convênios, credenciamento de jogos de fu-
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tebol e orientação sobre direito autoral. Desde 1946, foram criadas Arfoc em outros estados, como no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Algumas tiveram continuidade, outras encerraram suas atividades temporariamente.
Grupo Luminous de Fotografia, filiado à entidade. Segundo seu diretor, a Confoto é a única entidade brasileira que vem apoiando os fotoclubes desde a data da sua fundação. Atualmente, conta com 3.000 associados, biblioteca e obras fotográficas doadas pelos associados.
Coletivo Gota de Luz Fórum da Fotografia – Ceará O Coletivo Gota de Luz é um grupo de educadores formado em 2006, durante uma oficina realizada no deVERcidade. Em parceria com a prefeitura de Fortaleza, CE. Nas atividades do grupo, são utilizadas máquinas confeccionadas artesanalmente com caixas de fósforo (fosfoto), lata, tubos de filme ou qualquer outro recipiente que possa ser convertido em câmera. Fátima Alves é a coordenadora e os membros são Zaneir Gonçalves, Emanuel Brandsma e David Brandsma.
O Fórum da Fotografia-Ceará (Fórumfoto-CE) que acontece em Fortaleza, CE, foi criado em março de 2011. É um órgão colegiado que tem como objetivo promover a união e a articulação dos produtores de fotografia do estado do Ceará, bem como a interlocução entre a sociedade civil e as diversas esferas de governo, tendo em vista a participação democrática para o desenvolvimento e o fomento de atividades culturais ligadas ao setor.
Fórum da Fotografia Paraibana Comissão Setorial da Fotografia PE A Comissão Setorial da Fotografia, com sede em Recife, PE, foi inicialmente criada para servir de canal de diálogo entre o setor da fotografia e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). A Comissão Setorial ampliou seu objetivo para ser um canal com todo o setor público, envolvendo as esferas do município e do estado.
O Fórum da Fotografia Paraibana foi criado em 2009, e acontece na cidade de João Pessoa, PB. É uma reunião e mobilização de iniciativas pessoais e coletivas de profissionais e agentes culturais da fotografia, voltadas para a criação de políticas públicas, com foco no desenvolvimento da área.
Fórum Mineiro de Fotografia Autoral Confoto – Confederação Brasileira de Fotografia A Confederação Brasileira de Fotografia, Confoto, com sede em São Paulo, SP, é uma entidade criada em 1958 por diversos fotoclubes de diferentes regiões do Brasil. Tem como objetivo congregar fotoclubes associados, promovendo troca de experiências entre os associados, dando suporte para a realização de Bienais e Salões de fotografia de arte, como as Bienais de Arte Fotográfica em Preto e Branco – Bienais Monocromáticas, realizadas desde 1960; a Bienal de Arte Fotográfica Natureza em Cores (2008, 2011); e as Bienais de Arte Fotográfica Cores, realizadas desde 1979. Seu atual presidente é Sidney Sault e seu Diretor Administrativo é Ourivaldo Barbosa do Valle, que também é presidente do
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O Fórum Mineiro de Fotografia Autoral é sediado em Belo Horizonte, MG, reunindo fotógrafos profissionais, amadores, impressores, curadores, editores, críticos, professores, empresários, estudantes e entidades como a Fototech MG e o FotoClube BH. A finalidade é discutir, propor e gerenciar ações que promovam o desenvolvimento da arte fotográfica em Minas Gerais, atuando como representação da sociedade civil organizada, perante orgãos públicos e privados de fomento a produção e divulgação cultural. A ideia do Fórum surgiu de uma mobilização de fotógrafos locais junto ao governo do Estado, para a restituição da sede do Instituto Moreira Salles, importante espaço cultural que trazia exposições de fotografia à cidade. Dessa atitude surgiu uma parceria entre a Fundação Clovis Salgado e o IMS, que resultou na criação do Centro de Arte Contemporânea e Fotografia. O Fórum promove reuniões esporádicas para tratar
de suas ações, contando com cerca de 140 membros que mantêm pela internet um grupo de discussão para tratar de suas ações. A coordenação é de Tibério França.
Foto Cine Clube Bandeirante Criado em abril de 1939, ainda com o nome de Foto Clube Bandeirante, uma denominação sugerida, segundo alguns, por José Donati e inspirada nos antigos desbravadores do Brasil, numa analogia ao ainda inóspito caminho a ser seguido pela fotografia. A ideia surgiu de um grupo de aficionados que se reuniam na loja Photo Dominadora, na rua São Bento, centro histórico de São Paulo. Um dos frequentadores, José Medina, mantinha um programa de rádio diário, o “Instantâneos no ar” e seu primeiro presidente foi Alfredo Penteado Filho. A primeira sede ficava no 22º andar do Edifício Martinelli, no centro da cidade. Em julho do mesmo ano, realizara a primeira excursão fotográfica e o primeiro concurso interno com fotos do passeio. Em 1940 a sede foi transferida para a rua São Bento, em cujo prédio ficava a loja Fotoptica, de Desidério Farkas, pai do fotógrafo Thomaz Farkas. O primeiro Salão Paulista de Arte Fotográfica data de 1942 e, em 1945, o nome mudou para o atual Foto Cine Clube Bandeirante. Entre os grandes fotógrafos, hoje considerados “modernistas” que passaram pelo clube destacam-se: Eduardo Salvatore, José Yalenti, Gaspar Gasparian, Benedito J.Duarte, Thomaz Farkas, Gertrudes Altschull, Geraldo de Barros, Rubens Scavone, Ademar Manarini, José Reis e German Lorca. O Bandeirante, filiado à Confederação Brasileira de Fotografia, Confoto, hoje promove cursos, palestras e workshops. Em sua sede dispõe de estúdio, laboratório fotográfico e estações digitais, que atendem associados de todas as idades. Seu presidente atual é José Luiz Pedro, e a sede da entidade está localizada na rua Augusta, 1108, centro da cidade de São Paulo.
Rede Amazônia de Fotografia Teve seu primeiro encontro em outubro de 2010, durante o festival Manaus Bem na Foto. É uma rede que visa à discussão de políticas públicas e intercâmbios para a fotografia do Norte do país, contando com a presença de fotógrafos dos estados da região.
União dos Fotógrafos de Brasília A União dos Fotógrafos de Brasília foi fundada em 1978, no contexto de reestruturação da sociedade civil, que marcou a transição entre os dois últimos governos do regime militar. Em sintonia com esse movimento, os repórteres-fotográficos levavam adiante um amplo debate sobre os direitos autorais e as novas regras de trabalho. A primeira diretoria (1978 – 80) foi composta por Salomon Cytrynowicz (presidente), Zeca Pinheiro Guimarães (vice-presidente), Marcio Barros, Eliane Motta, Antônio Pinheiro, Milton Guran, Rolnan Pimenta, Nelson Penteado, Luis Humberto, Kin-Ir-Sem Pires Leal, Juvenal Pereira, Luiza Venturelli, Jamil Bittar, Deobri Santos, Claudio Alves, Breyner Júnior. A Assembleia deliberou, por unanimidade, considerar como sócios-fundadores Marcos Santilli e José Varella.
União dos Fotógrafos de São Paulo A União dos Fotógrafos de São Paulo teve sede em São Paulo, SP, e foi criada por fotógrafos no final de 1979, tornando-se uma entidade no início de 1980. Além das atividades em prol da regulamentação da profissão, a União promoveu atividades de apoio cultural e publicou um periódico de suas atividades em formato newsletter. Desde a sua fundação, realizou diversas exposições, workshops, encontros fotográficos, palestras e o evento, como a Semana Paulista de Fotografia. Em 1983, a União criou o espaço Foto Atuação, no Centro Cultural São Paulo, onde se realizaram encontros e mostras. Em 1985, promoveu um debate sobre as organizações dos fotógrafos profissionais de São Paulo e a regulamentação da profissão, com participação da Abrafoto, Seafesp, Sindicato dos Jornalistas (Comissão de Fotógrafos), contando com a participação do então deputado Márcio Santilli. Em 1986, A União realizarou o Projeto Nossa Gente, com exposição na Foto Galeria Metro-Curt. Em 1988, a União foi responsável pela criação do Núcleo Permanente de Linguagem Fotográfica. Em 1991, organizou o evento Revele o Tietê que você vê – Expedição cívica, ecológica e fotográfica ao Rio Tietê. Na direção da entidade estiveram os fotógrafos Roberto Cecato, Ricardo Malta, André Boccato e Iatã Cannabrava (de 1989 a 1994).
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2. FOTOCLUBES E BIENAIS De maneira geral, um fotoclube é uma associação que reúne fotógrafos com o objetivo de difundir a arte fotográfica e apoiar seu crescimento entre os seus associados e a comunidade em geral. Participam amadores e profissionais que se dedicam à fotografia. São realizadas diversas atividades, como cursos, palestras, workshops, saídas, exposições, encontros, varais fotográficos, dentre outros. São também os fotoclubes que produzem os Salões Nacionais de Arte Fotográfica, que muitas vezes se desdobram em outros salões temáticos, como o Salão Nacional de Auto Retrato. Com poucas exceções, a grande maioria dos fotoclubes, aqui citados, é filiada à Confoto. Alguns fotoclubes foram citados anteriormente em Associação de Classe porque exercem um papel diferenciado. Suas atividades vão além do que um fotoclube geralmente se propõe. Afocar – Associação Fotográfica e Cultural de Angra dos Reis (Angra dos Reis, RJ) Amazônia Foto Clube (Belém, PA) Associação Brasileira de Arte Fotográfica – ABAF (Rio de Janeiro, RJ) Associação dos Fotógrafos do Estado do Maranhão – Afema (Paço do Lumiar, MA) Associação Fotográfica da Região de Canoinhas – Afoca (Canoinhas, SC) Bauhaus Cine Foto Clube (Ribeirão Preto, SP) Candango Fotoclube de Brasília (Brasília, DF) Cine Foto Clube de Ribeirão Preto (Ribeirão Preto, SP) Clube Atibaiense de Fotografia (Atibaia, SP) Clube da Foto (Vitória, ES) Clube da Imagem Fotográfica da Região do Alto Tietê (Mogi das Cruzes, SP) Clube da Objetiva (Goiânia, GO) Clube de Fotografia Gerson Bullos (Feira de Santana, BA) Clube de Fotografia Cianorte (Cianorte, PR) Clube do Fotógrafo de Caxias do Sul (Caxias do Sul, RS) Clube Foto Amigos de Santos (Santos, SP) Clube Foto Filatélico e Numismático de Volta Redonda (Volta Redonda, RJ) Coletivo Morena Foto (Campo Grande, MS) Confraria Fotográfica (Salvador, BA) Feira Foto Clube (Feira de Santana, BA) Foto Cine Clube do ABC (Santo André, SP)
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Foto Cine Clube Coelho Neto (Coelho Neto, MA) Foto Cine Clube Gaúcho (Porto Alegre, RS) Foto Clube “A Flor da Pele” (São Paulo, SP) Foto Clube ABCClick (São Caetano do Sul, SP) Foto Clube Aracoara (Araraquara, SP) Foto Clube Barra Velha (Barra Velha, SC) Foto Clube Brusque (Brusque, SC) Foto Clube Câmera & Luz (São José dos Campos, SP) Foto Clube Cataratas do Iguaçu (Foz do Iguaçu, PR) Foto Clube de Londrina (Londrina, PR) Foto Clube de Santa Catarina (Indaial, SC) Foto Clube do Jaú (Jaú, SP) Foto Clube Espírito Santo (Vitória, ES) Foto Clube Foto&Companhia (Fortaleza, CE) Foto Clube Gaspar (Gaspar, SC) Foto Clube Guarujá (Guarujá, SP) Foto Clube Itajubá (Itajubá, MG) Foto Clube Jaraguá do Sul (Jaraguá do Sul, SC) Foto Clube Maringá (Maringá, PR) Foto Clube Piracicaba (Piracicaba, SP) Fotoclube BH (Belo Horizonte, MG) Fotoclube Câmera55 (Campinas, SP) Fotoclube Campinas (Campinas, SP) Fotoclube Cultura Mogi (Mogi Guaçu, SP) Fotoclube Jequitibá (Campinas, SP) Fotoclube Lentes da Amazônia (Manaus, AM) Fotoclube Olhares do Vale (Lajeado, RS) Foto Clube Olho Vivo (Jaboticabal, SP) Foto Clube Paraná (Curitiba, PR) Foto Clube Pouso Alegre (Pouso Alegre, MG) Foto Clube Rio Preto e Branco (São José do Rio Preto, SP) Foto Clube de Uberlândia (Uberlândia, MG) Fotoclube Massuo Aoki (Presidente Prudente, SP) Fotoclube Passos (Passos, MG) Fotoclube Payayá (Jacobina, BA) Fotoclube Roraima (Boa Vista, RO) Fotoclube Tempo B (Porto Alegre, RS) FotoRJ Clube de Fotografia (Rio de Janeiro, RJ) Fotossíntese Foto Cine Vídeo Clube (Governador Valadares, MG) Grupo Amigos da Fotografia de Ribeirão Preto (Ribeirão Preto, SP) Grupo Câmara Escura (Recife, PE) Grupo de discussão FotoPE (Recife, PE) Grupo Luminous de Fotografia (São Paulo, SP) Grupo Imagem – Núcleo de Fotografia (Sorocaba, SP) Grupo Olhares Fotoclube de Votorantim (Votorantim, SP)
Guaíba Foto Clube (Guaíba, RS) Ibituruna Photo Clube (Governador Valadares, MG) Iris Foto Grupo (São Carlos, SP) Join Fotoclube (Joinville, SC) Ladrões de Alma (Brasília, DF) Leme Fotoclube (Leme, SP) Mandacaru Foto Clube-PE (Recife, PE) Natividade Fotoclube (Natividadel, RJ) Núcleo de Fotografia de Campinas (Campinas, SP) Paralelo 30 Fotoclube (Porto Alegre, RS) Photos&Focus (Recife, PE) PIUM Fotoclube (Rio Branco, AC) Poesia do Olhar Clube de Fotografia (São Luís, MA) Porolhos (Ipatinga, MG) Salvador Fotoclube (Salvador, BA) Sampa Foto Clube (São Paulo, SP) Sinos Foto Clube (São Leopoldo, RS) Sociedade Fluminense de Fotografia (Rio de Janeiro, RJ) Sociedade Fotográfica de Nova Friburgo (Nova Friburgo, RJ) Sociedade Petropolitana de Fotografia (Petrópolis, RJ) Sul Foto Clube (Porto Alegre, RS) Visão Photo & Cine Clube de Caxias do Sul (Caxias do Sul, RS)
primeira edição da Bienal Brasileira de Arte Fotográfica em Cores aconteceu em 1979 e foi realizada pelo CFFNVR – Volta Redonda. Em seguida: 1981, Nova Friburgo, RJ; 1983, Paraná; 1985, Vila Velha, PR; 1987, Santos, SP; 1989, Porto Alegre, RS; 1991, Londrina, PR; 1993, Porto Alegre, RS; 1995, Niteroi, RJ; 1997, São Paulo, SP; 2000, Niterói, RJ; 2001, Rio de Janeiro, RJ; 2003, São Paulo, SP; 2005, Ribeirão Preto, SP; 2007, Salvador, BA; 2009, Ribeirão Preto, SP.
Bienais de Arte Fotográfica da Natureza em Cores As Bienais de Arte Fotográfica da Natureza em Cores foram organizadas pelos fotoclubes locais (em algumas cidades podem ser dois ou três), filiados à Confederação Brasileira de Fotografia – Confoto. Reúnem em suas edições trabalhos de seus associados, que recebem premiações, por meio de um corpo de jurados especialmente convocado para a ocasião. A primeira ocorreu em 2008, na cidade de Ribeirão Preto, SP, e, a segunda, na mesma cidade em setembro de 2011.
Salões Nacionais de Arte Fotográfica Bienais de Arte Fotográfica Cores As Bienais de Arte Fotográfica Cores são organizadas em todos os anos ímpares pelos fotoclubes locais (em algumas cidades podem ser dois ou três), filiados à Confederação Brasileira de Fotografia – Confoto. Reúnem em suas edições trabalhos de seus associados, que recebem premiações, por meio de um corpo de jurados, especialmente convocado para a ocasião. A
Os Salões de Arte Fotográfica acontecem anualmente e são realizados por diferentes fotoclubes espalhados pelo Brasil, em parceria com a Confederação Brasileira de Fotografia (Confoto). O objetivo principal é apresentar e divulgar os trabalhos de fotógrafos de todo Brasil, por meio dos fotoclubes afiliados à Confoto. Têm caráter exclusivamente cultural, sem qualquer modalidade de sorteio ou pagamento e as inscrições são abertas em todo o território nacional.
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IV GALERIAS ESPECIALIZADAS EM FOTOGRAFIA As primeiras galerias especializadas em fotografia surgiram no final da década de 1970. Photo Galeria, Fotoptica e Álbum são as pioneiras no fenômeno que continua em ascensão no Brasil. Algumas das galerias aqui citadas não trabalham exclusivamente com fotografia, mas figuram neste catálogo por sua grande contribuição na difusão da arte fotográfica.
Arte Plural Galeria A Arte Plural Galeria tem sede em Recife, PE, e foi criada em 2005 por Fernando Neves e Luciana Carvalho. Tem o propósito de incentivar a formação de um pólo de produção, exposição e discussão de arte. Na área da fotografia, realiza eventos que propiciam a valorização do segmento e o aperfeiçoamento de técnicas fotográficas, por meio da realização de exposições de trabalhos de novos e já consagrados fotógrafos. Promove grupos de estudo e workshops, ministrados por importantes nomes da fotografia. Promove, ainda, palestras para o debate de ideias e experiências nesse setor, como o Terças-Foto, com 27 edições realizadas, e intercâmbio entre fotógrafos de diversos estados brasileiros, por meio do projeto PE Convida, com curadoria de Simonetta Persichetti. Além do espaço da galeria, possui uma pequena biblioteca, acervo de obras e um espaço destinado á impressão fine art.
Gisele Camargo, Marina Marchetti, Patrícia Thompson e Tinko Czetwertynski.
no, para atendimento aos fotógrafos e participantes dos eventos, e uma sala para exposições, além de um arquivo para as obras do Acervo Porto Seguro. O espaço promove também visitas monitoradas de escolas e publica um mini catálogo com imagens.
Galeria Álbum* A Galeria Álbum, com sede em São Paulo, SP, foi criada e dirigida pelos fotógrafos Zé de Boni e Janine Decot, em 1980. Além de galeria, foi um espaço para palestras, cursos, biblioteca, livraria, acervo, estúdio e laboratório. Abrigou reuniões da União dos Fotógrafos do Estado de São Paulo. O período ativo se estendeu até o segundo semestre de 1982. A galeria promoveu exposições importantes como a retrospectiva da Agência F4 e também teve participação no exterior, no Les Recontres D’Arles, em 1982. Em sua curta duração, publicou também um newsletter, distribuido gratuitamente, informando aos assinantes seus eventos e publicações disponíveis em sua livraria, uma das primeiras especializas em fotografia no Brasil.
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Galeria da Gávea A Galeria da Gávea, com sede no Rio de Janeiro, RJ, é um espaço permanente de exibição, produção e venda de fotografias. A Galeria realiza quatro mostras por ano. O acervo do espaço tem imagens que seguem os padrões internacionais, são numeradas em tiragens limitadas, têm certificado de autenticidade, assinatura e acondicionamento apropriado. A Galeria da Gávea foi criada em 2009 e é coordenada pelos sócios Bruno Veiga, Isabel Amado, Ricardo Fasanello e Ana Stewart.
Galeria da Rua
Bolsa de Arte de Porto Alegre Galeria CMafra A Bolsa de Arte é uma galeria com sede em Porto Alegre, RS, criada em 1980 por Marga Pasquali e Egon Kroeff Neto, atuais diretores. A galeria representa artistas e nomes importantes da fotografia gaúca, assim como da fotografia brasileira, realizando exposições e na participação ativa em feiras de arte no Brasil e no exterior. Em 2011, a galeria mudou-se para uma nova sede, ampliando seu espaço para, aproximadamente, 500 m2, e possui um pequeno acervo. Alguns fotógrafos que representa são: Leopoldo Plentz, Clóvis Dariano, Eneida Serrano, Denise Gadelha, Luiz Carlos Felizardo, Mario Cravo Neto, Vera Chaves Barcellos.
A Galeria CMafra foi criada em 2009, por Cícero Alberto Mafra, e tem sede em Belo Horizonte, MG. É um espaço cultural com quase 500 m2, onde além do espaço expositivo, tem estúdio fotográfico, biblioteca e uma loja. É totalmente voltado para a arte, dedicada a produzir e expor fotografias dentro dos padrões internacionais de qualidade. Seu objetivo é atender aos clientes e profissionais de arquitetura e decoração, fornecendo também banco de imagens fine art. O espaço já acolheu exposições como Heads e Kalei, do fotógrafo Cícero Mafra.
Espaço Cultural Porto Seguro
Galeria Collector’s / Li & Bocatto Photogallery*
O Espaço Cultural Porto Seguro foi inaugurado em julho de 2010, em São Paulo, SP, como iniciativa da empresa de seguros Porto Seguro. O início das atividades da galeria remete ao começo das inscrições para a décima edição do Prêmio Porto Seguro Fotografia. As exposições são dedicadas aos premiados e selecionados. As dependências incluem um mezani-
Galeria criada em 1987, por Lily Sverner e André Boccato, em São Paulo/SP. Surgiu na esteira do sucesso de galerias especializadas em fotografia, como a Fotoptica e Álbum. A galeria era um pequeno espaço expositivo que também vendia materiais para portifólios e exposições, mat boards de padrão museológico, entre outros.
Artsalon – New Art for New Collectors Galeria virtual baseada no Rio de Janeiro, RJ, foi criada em 2009 por Julia Dias Leite e Ana Luisa Leite. É especializada em fotografia e busca trazer acessibilidade e interatividade à arte. A galeria é voltada à fotografia carioca e representa artistas como Duda Carvalho, Felipe Hellmeister, Gabriel Mendes, Gabriela Maciel,
Em 1991, a fotógrafa Lily Sverner deixa a sociedade na Galeria Collector’s e André Bocatto se associa ao colecionador e empresário Clifford (Cliff) Li. Continua funcionando na sede da rua Normândia, no Brooklin velho, e depois no Itaim, já com outro nome Collector’s Photograllery, até que a galeria, definitivamente, é administrada apenas por Li. Hoje, André Boccato abandonou a fotografia é um renomado chef de cozinha. Teve suas atividades interrompidas em 1997.
A Galeria da Rua, com sede em São Paulo, SP, é especializada em fotografia. Criada em março de 2011 pela curadora Isabel Amado, e pelos empresários Marcos Amaro e Bruno Rizzo, os dois últimos, respectivamente, presidente e diretor do Instituto Brasis, à qual o espaço é vinculado. É um espaço dedicado a exposições fotográficas de fotógrafos consagrados e dos fotógrafos oriundos do Projeto Trecho 2.8 – Criação e Pesquisa em Fotografia, desenvolvido pelo Instituo Brasis, a cada 3 meses.
Galeria de Babel A Galeria de Babel, criada em 1999, por Jully Fernandes, é dedicada especialmente à fotografia. Inicialmente, com atividade online, a galeria passou a ter uma sede em São Paulo, SP, desde 2010. Tem atuação internacional e representa 27 artistas brasileiros e estrangeiros, com exclusividade no Brasil e/ou por países específicos, promovendo exposições em parcerias com museus, galerias, institutos culturais, festivais, feiras de arte (ou especializadas em fotografia) e grandes leilões. Participa da SP Arte – Feira Internacional de Arte e SP Arte-Foto. Realizou exposições
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de artistas como: Steve McCurry, Elliott Erwitt, Andreas Heiniger, Martin Parr, Iatã Cannabrava e Joel Meyerowitz. Desde 2009, representa, com exclusividade na America Latina, a Magnum Photos para venda de prints fine art. Possui unidades de representação na Argentina, México, Chile, Bolivia, Equador, Cuba e Inglaterra. Seu acervo conta com 700 obras e biblioteca com 850 títulos.
Galeria do Ateliê A Galeria do Ateliê, com sede no Rio de Janeiro, RJ, é especializada em fotografia e artes visuais e gerenciada pelo Ateliê de Imagens, de Patricia Gouvêa. Foi criada em 1999, e seu espaço é aberto à visitação pública e gratuita, de segunda a sábado, de segunda a sábado. Em 2004, mudou para uma nova sede, onde passou a ter seis exposições anuais.
Galeria Fotoptica*
mo bairro, ocupando o térreo do edificio com a galeria e com uma livraria especializada, remanescente da loja da Fotoptica na rua Conselheiro Crispiniano. Esta última direção, de 1988 até 1996, quando a galeria encerrou suas atividades, foi de Solange Farkas, então nora de Thomaz Farkas, com Isabel Amado como assistente. Entre as mais importantes exposições se destacam as da mexicana Graciela Iturbide, a do lançamento do Mês Internacional da Fotografia, Nafoto, e as dos fotógrafos Miguel Rio Branco, Cristiano Mascaro e Cássio Vasconcellos.
à videoarte, contando com um acervo de fotografias históricas e contemporâneas. Além de artistas consagrados, a Galeria que é dirigida pelas proprietárias Marcia Mello e Carolina Dias Leite, também representa novos talentos. O espaço é um local de exposição e, ainda, presta serviços de curadoria, conservação e restauração de fotografia. Entre os artistas representados estão André Cypriano, Antonio Saggese, Fernando Lemos, Evandro Teixeira, Custódio Coimbra, Luiz Garrido, Renan Cepeda e Rogério Reis.
Galeria Olho de Águia
Galeria Três por Quatro*
A Galeria Olho de Águia foi criada em 2002, na cidade de Taquatinga, DF, por Ivaldo Cavalcante e coordenada por Morisson Cavalcanti. Tem como objetivo abrir espaço para todas as expressões artísticas. Desde então, abriga exposições, lançamentos de livros, mostras fotográficas, saraus e outros eventos afins. Já realizou mais de cem exposições fotográficas.
Primeira galeria de fotografia de Brasília, DF, foi criada em 1976 junto à Três por Quatro Escola de Fotografia e Cinema Super 8. A galeria teve vida curta, abrigando uma única exposição de Cristiano Mascaro.
com fotógrafos renomados, como Klaus Mitteldorf e Tuca Reinés. Em 1998, a Li Photogallery mudou de nome para Espaço Paul Mitchel continuando no mesmo endereço, no bairro do Itaim, em São Paulo, SP. Entre importantes mostras se destacaram Willy Biondani, Mario Fontes, Pedro Lobo, Bob Wolfenson, Emmanuelle Bernard, Cássio Vasconcellos, Angelo Pastorello, Ike Levy, Manuk Poladian, Tuca Vieira, João Wainer, Ana Ottoni, German Lorca, José Herrera, entre outras dezenas de exposições. Em 2004, o empresário Clifford Li fecha o espaço Paul Mitchel e, no mesmo lugar (a parte superior de seu restaurante Na Mata Café), abriga a Leica Gallery, filial da importante galeria internacional, que é coordenada por ele e pelo empresário Luiz Marinho. De curta duração, a Leica Gallery apresentou quatro importantes exposições: de Eliot Erwitt, Orlando Azevedo, Marcio Pilot e Guto Seixas, funcionando até 2007.
Imã Foto Galeria Lume Photos
A Galeria Fotoptica, foi criada em 1979, sendo a primeira do país dedicada exclusivamente à fotografia. Sua origem data da década de 1940, com as mostras informais realizadas na Loja Fotoptica, na rua São Bento, centro de São Paulo, por iniciativa do fotógrafo Thomaz Farkas, filho do proprietário da loja e um dos administradores da mesma. Em 1979, com coordenação da hoje curadora Rosely Nakagawa, foi inaugurado um espaço expositivo específico, na rua Bela Cintra, no bairro dos Jardins, em São Paulo. A primeira exposição foi uma mostra de fotojornalismo das revistas Veja e IstoÉ. A publicação Novidades Fotoptica, originada em 1950, tinha sua redação no mesmo endereço, sob direção do jornalista e crítico Moracy de Oliveira. A loja Fotoptica entrou na década de 1980 espalhando quiosques de revelação de filmes por toda a cidade de São Paulo: em menos de um ano, elas chegaram a 250. Em 1984, os quiosques foram embora e a tecnologia entrou de vez nas lojas, equipadas com modernos laboratórios para oferecer revelação rápida de filmes. Além da venda de portifólios de fotógrafos como Paul Strand e Edward Weston, material este comprado pelo próprio Thomaz Farkas no exterior, foram feitos álbuns de pequenas tiragens, de fotógrafos brasileiros como Carlos Moreira, e séries de cartões postais. Em 1985, a galeria muda temporariamente para uma das lojas da empresa, na avenida Rebouças, no bairro de Pinheiros, até que, em 1986, muda-se para a rua Cônego Eugênio Leite, no mes-
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Galeria Paparazzi* A Galeria Paparazzi foi criada em 1996 por Carlo Cirenza, publisher da revista Paparazzi. Fruto da parceria da revista com a Secretaria de Edução da cidade de São Paulo, que cedeu a parte externa na Escola Municipal de Educação Infantil Pedroso de Moraes, na rua de mesmo nome, tem um formato peculiar, ocupando uma grande vitrine próxima ao muro da escola, na calçada oposta onde funciona o Laboratório Paparazzi. Entre as mostras ali apresentadas, destacam-se a de Klaus Mitteldorf, de 1998; a coletiva “Oscar Niemeyer, um olhar sobre a sua obra” com imagens de Armando Prado, Roberto Wagner, Claudio Elisabtsky e Marcello Palota, entre outros. “Clássicos do fotógrafo Miro” de 2003; “O construtivismo fotográfico de José Oiticica Filho”, de 2003; “Poetas das almas limpas – Moradores de rua” de Edson Russo, de 2005; Otto Stupakoff, de 2006; “Templos Politeístas” de Dimitri Lee; “Muhamad Ali” de Thomas Hoepker; e a coletiva “Era dos Festivais 1960/1970”, entre outras.
Galeria Tempo A Galeria Tempo foi criada em 2006, no Rio de Janeiro, RJ, e dedica-se exclusivamente à fotografia e
A Imã Foto Galeria, com sede em São Paulo, SP, é uma galeria de arte especializada em fotografia, criada em 2001 pelo fotógrafo santista Egberto Nogueira. Possui acervo com mais de três mil imagens de fotógrafos brasileiros e estrangeiros. Promove exposições, palestras, cursos, workshops e lançamentos de livros. Produz entrevistas, matérias e documentários em que, são divulgados no site, blog e nas redes sociais da galeria. Anualmente, promove em torno de três exposições, quatro cursos livres regulares e nove workshops. Entre as exposições, nomes importantes da fotografia como Walter Firmo, Monica Zaratini e Ana Lúcia Mariz.
A Lume Photos, com sede em São Paulo, SP, foi criada em fevereiro de 2011 por Felipe Hegg, Paulo Kassab Jr, Luiz Felipe Aranha Moura e José Eduardo Aranha Moura. É uma empresa que visa apresentar o trabalho de artistas renomados e de jovens artistas, com obras de mais de 120 fotógrafos, em mais de 1.400 originais, por meio de edições de fotografias, em tiragens limitadas de seis a 100, já emolduradas, numeradas e com certificado de originalidade, a um preço moderado, buscando assim, tornar o mercado de arte mais acessível para uma nova geração de colecionadores.
Primeira Fotogaleria* Li Photogallery / Espaço Paul Mitchell / Leica Gallery*
A Primeira Fotogaleria foi um espaço especializado na exibição e comercialização de arte fotográfica em A Li Photogallery foi uma galeria de arte especializada Belo Horizonte, MG. Inaugurada em novembro de em fotografia e uma das pioneiras no país. Com sede 2003, por iniciativa do fotógrafo e professor universiem São Paulo, SP. Foi criada em 1993 pelo empresário tário Tibério França, a Primeira Fotogaleria propunha, e colecionador de arte Clifford Li. Entre as exposições por meio de suas ações, mapear e aproximar a proda galeria, destacaram-se Clicio, Gui Paganini, Ricardo dução fotográfica mineira contemporânea. Fechou as de Viq e Thomas Susemihl. portas em março de 2006, tendo realizado diversas A Li é oriunda da “Li & Bocatto Phoexposições, lançamento de livros, alem togallery” dirigida por Clifford Li e André de servir de espaço para debates e reaBocatto, que teve mostras importantes * Produto cultural descontinuado lização de oficinas.
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V ESPAÇOS CULTURAIS Espaços culturais, que têm a fotografia como norte, também são um fenômeno crescente nas últimas décadas no Brasil. Assim como nas galerias, aqui também figuram espaços que não tratam exclusivamente da fotografia, mas que exercem papel fundamental em sua difusão.
A Casa da Luz Vermelha A Casa da Luz Vermelha, com sede em Brasilia, DF, é uma galeria pioneira na cidade, voltada exclusivamente para a fotografia Fine Art. Seu objetivo é fomentar a produção artística e fotográfica nacional, ampliar o mercado, ampliar o mercado, além de contribuir para o aperfeiçoamento dos profissionais de fotografia ao oferecer cursos, palestras e oficinas. O espaço foi idealizado e é dirigido pelo fotógrafo Kazuo Okubo e tem como consultora e curadora a arquiteta Rosely Nakagawa. Conta com acervo de obras de produtores importantes como André Dusek, Thomaz Farkas, Cristiano Mascaro e Walter Firmo, entre outros. A galeria também atua como produtora em projetos culturais relacionados à fotografia e oferece serviço de impressão Fine Art.
Ateliê da Imagem Espaço Cultural O Ateliê da Imagem Espaço Cultural foi fundado em 1999 no Rio de Janeiro, RJ. Além de funcionar como uma escola livre de imagem, o Ateliê se destaca por sua produção cultural, promovendo diversas atividades “dentro e fora de casa”, como o evento quinzenal Projeto Sexta-Livre, as exposições da Galeria do Ateliê, seminários, palestras, curadorias e consultorias. Dirigido pela artista visual Patricia Gouvêa, já promo-
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veu mais de 300 eventos no Projeto Sexta-Livre e realizou mais de 45 exposições de artistas comtemporâneos, brasileiros e estrangeiros, em sua galeria. Mantém parcerias permanentes com instituições que objetivam a inclusão visual para comunidades de baixa renda como a Escola de Fotógrafos Populares da Maré, a ONG Olhares do Morro, o portal de notícias Viva Favela, entre outros. Nessas parcerias, todos os alunos ganham bolsas integrais nos cursos ministrados.
Ateliê Novo O Ateliê Novo, com sede em São Paulo, SP, foi criado por Rogério Nagaoka, em 2009, um espaço independente e alternativo de produção, difusão e reflexão sobre arte. O espaço foi pensado como uma livre iniciativa gerida por artistas visuais, que têm como objetivo desenvolver ações artísticas, educativas e parcerias entre ateliês (exposições, grupos de trabalho e residências artísticas), com instituições culturais, universidades, museus e galerias. São oferecidos cursos livres e residência artística em fotografia. O espaço está aberto para promover discussões relacionadas ao fazer artístico, por meio do trabalho e do debate coletivo. As propostas fotográficas se desenvolvem em forma de grupos de trabalho, exposições e publicações. O Ateliê Novo tem sua ex-
periência vinculada ao Espaço Coringa (1998-2009), uma reunião de artistas com o intuito de expor seus trabalhos, debater sobre arte e criar coletivamente. Em 2009, o Espaço Coringa encerrou suas atividades deixando em seu legado, diversos desdobramentos como o Novo, que perpetua as iniciativas geradas pelo EC no mesmo endereço.
Casa da Fotografia Fuji* A Casa da Fotografia Fuji foi um espaço inaugurado em agosto de 1990 e pela fotógrafa Stefania Bril e pela Fuji Film do Brasil. Com a morte de Stefania Bril em 1992, a coordenação do espaço passou a ser da arquiteta Maria José Ferraz de Barros e de Luciene Moreira, até 1997, com curadoria de Rosely Nakagawa. O espaço promoveu exposições e cursos de fotografia voltados, em sua maioria, a projetos educacionais para jovens e atendimento a escolas. O projeto Fujiteen durou quatro anos, e era direcionado a estudantes entre 11 e 17 anos, atendendo mensalmente seis turmas de 60 alunos; o projeto Olho Mágico também visava jovens e ensinava o princípio de funcionamento da câmara obscura. As Leituras de Portfólio analisavam os trabalhos dos participantes, em um período de quatro meses, que resultava que resultava em uma exposição coletiva de novos talentos. Entre os fotógrafos que mostraram seus trabalhos na galeria, estão Luise Weiss, Eduardo Simões, Marcio Scavone, Luis Humberto, Juan Esteves, Rosa Gauditano e Pedro Lobo. Entre os palestrantes, Luis Humberto e Marco Bischof, filho de Werner Bischof, Hélio Campos Melo e Ricardo Chaves. Outra atração da Casa Fuji foi sua biblioteca, com mais de 1.100 livros e catálogos, além das 50 assinaturas de revistas nacionais e internacionais, vídeos, CDs e jornais. Com o encerramento das atividades em 2004, a biblioteca foi doada para o Centro de Comunicação e Artes do Senac, para atender o curso de bacharelado de fotografia e cursos livres, em São Paulo.
ve exposições de fotografia, disponibiliza venda de fotografias via banco de imagens e presta serviços fotográficos em geral. Rosary Esteves é graduada em Artes Visuais, com Especialização em Técnicas Audiovisuais Aplicadas, e fotógrafa há mais de 30 anos. É professora do Curso Livre de Fotografia do Departamento de Artes e Arquitetura da Universidade Católica de Goiás – UCG, desde os anos 1970, e professora do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Goiás – UFG, ministrou Fotografia para os cursos de Jornalismo, Rádio e TV e Relações Públicas. Hoje, continua na Escola de Arquitetura ministrando aulas para os cursos de Arquitetura e Design. Fotógrafa consagrada, já participou de vários seminários e exposições a convite do Núcleo de Fotografia da Funarte/ Rio e do Mês Internacional da Fotografia, Nafoto/SP.
Espaço f/508 de Fotografia O f/508 foi fundado em julho de 2005, no Espaço Cultural Renato Russo, em Brasília, DF. Idealizado pelo fotógrafo e professor de fotografia Humberto Lemos, o grupo surgiu com o objetivo de desenvolver projetos na área de fotografia, com foco em trabalhos autorais e de inclusão visual, bem como incentivar os participantes à pesquisa da linguagem. Atualmente, o Espaço f/508 reúne escritório, pequena galeria, loja conceitual, espaço expositivo, laboratório fine print, estúdio e salas de aulas, nas quais são realizados cursos, workshops, palestras, bate-papos, entre outros eventos.
Espaço Figura* Espaço localizado no Rio de Janeiro, RJ, que funcionou como sede do Projeto Figura entre 2008 e 2010. O espaço promoveu cursos, bate papos e palestras sobre fotografia e audiovisual e foi fechado em 2010.
Casa da Fotografia Rosary Esteves
Fundação Pierre Verger
A Casa da Fotografia Rosary Esteves, com sede em Goiânia, GO, é uma Instituição de ensino da fotografia dirigido por Rosary, Regina e Raquel Esteves. Além de diversos cursos de fotografia, a Casa promo-
A Fundação Pierre Verger foi criada em 1988, em Salvador, BA, como uma entidade jurídica sem fins lucrativos. Gerida por um grupo de amigos, colaboradores e admiradores do fotógrafo e etnólogo fran-
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cês Pierre Verger (1902-1996), a Fundação cuida da preservação e divulgação de sua obra. O acervo da FPV é formado por livros, negativos, objetos e documentos reunidos por Pierre Verger durante a sua vida. O acervo está disponível a pesquisadores e se constitui de biblioteca, acervo fotográfico e arquivos pessoais de Pierre Verger. A biblioteca é formada por mais de 3.500 volumes, em sua maioria dedicados à cultura, à história e às religiões africanas e afro-brasileiras. Não é permitido o empréstimo, tampouco cópia xerográfica de livros e periódicos. Apenas algumas obras raras ou danificadas não estão disponíveis ao público. O conjunto da obra fotográfica de Pierre Verger é constituído por cerca de 62 mil negativos e oito mil ampliações fotográficas. Uma grande parte dessas ampliações foi feita entre 1934 e 1950. É possível consultar a maior parte das fotografias de Pierre Verger por meio de um banco de dados.
Instituto Itaú Cultural O Itaú Cultural, com sede em São Paulo, SP, é um instituto voltado para a pesquisa, produção de conteúdo, mapeamento, incentivo e a difusão de manifestações artístico-intelectuais; braço cultural do Banco Itaú. Ao longo do ano são promovidos, gratuitamente, eventos culturais, como exposições, mostras audiovisuais, espetáculos de dança e teatro, shows, seminários e cursos. Entre os eventos ligados à fotografia está o Fórum Latino-Americano de Fotografia, coordenado por Iatã Cannabrava. O instituto também é um dos patrocinadores do festival Paraty em Foco, com entrevistas e exposições abertas ao público. Sua Enciclopédia de Artes Visuais tem mais de 2 mil obras fotográficas, em seu banco de dados. Parte delas captadas pelo seu departamento de pesquisa em fotografia, pioneiro nos institutos brasileiros, coordenados em seu início por Marcia Ribeiro Ward, com consultoria de Rubens Fernandes Junior e Pedro Vasquez. A Enciclopédia é disponibilizada online através do site do instituto, e podem ser vistas imagens de fotógrafos como Nair Benedicto, Juca Martins, Eduardo Simões, Juan Esteves, Jorge Araújo, Antonio Gaudério, Eduardo Castanho, entre outros. Também é do Itaú Cultural a coleção de fotografias Modernas Para Sempre, cuja exposição já passou por Belo Horizonte, Porto Alegre, Assunção, no Paraguai, e Belém.
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Instituto Kreatori O Instituto Kreatori, com sede no Rio de Janeiro, RJ, foi criado em 2009 e promove atividades culturais como exposições, cursos, workshops e palestras. Possui um espaço multiuso, para manifestações artísticas como teatro, performances e lançamentos literários. Oferece cursos voltados à elaboração e produção de projetos culturais, inscrição de projetos em leis de incentivo, fotografia e audiovisual, comunicação em mídias sociais e digitalização de acervos fotográficos pessoais. O Kreatori é dirigido por Fabiano Cafure, artista plástico, por Thiago Fraga, administrador, e por Felipe Dias, economista.
Instituto Moreira Salles O Instituto Moreira Salles foi fundado em 1999, pelo embaixador e banqueiro Walter Moreira Salles. É uma entidade civil sem fins lucrativos, com três centros culturais, no Rio de Janeiro,RJ, São Paulo, SP, e Poços de Caldas, MG. Com mais de 550 mil imagens em seu acervo, possui um conjunto de fotografias do século XIX, no Brasil, boa parte delas dedicada ao Rio de Janeiro, além de um conjunto de fotografias nacionais da primeira metade do século XX. O acervo está reunido na Reserva Técnica Fotográfica do IMS, com cerca de 600 metros quadrados de área distribuídos em três pavimentos. O edifício,é um anexo à antiga residência de Moreira Salles, na Gávea, e é voltado à preservação, restauração, guarda e divulgação de acervos fotográficos. Os principais temas do conjunto são as transformações da paisagem urbana brasileira ao longo dos séculos XIX e XX, e parte da história comtemporânea, por meio de retratos e imagens de arte. São trabalhos de fotógrafos expressivos como Marc Ferrez, Militão de Azevedo, Guilherme Gaensly, Marcel Gautherot, Hildegard Rosenthal, Augusto Malta, entre outros. Na parte mais contemporânea, o IMS abriga imagens de Otto Stupakoff, Juca Martins e Thomaz Farkas (este último em caráter de comodato). Também disponibliza na Internet, aos pesquisadores e interessados, acesso a uma seleção do acervo, bem como a aquisição de prints fine arts. Entre suas publicações, o IMS contempla fotógrafos nacionais e
internacionais, como Robert Polidori, Paul Strand, Alexandér Rodtchenko, Thomaz Farkas, Boris Kossoy, Juca Martins, Hildegard Rosenthal, José Medeiros, Carlos Moskovics, além de outros. O Instituto também mantém largo acervo na área de pintura, escultura e música. O responsável pela área de Fotografia e sua reserva técnica é Sergio Burgi.
MARP – Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi Fundado em dezembro de 1992, pela Secretaria Municipal da Cultura de Ribeirão Preto, o MARP tem como diretor atual, Nilton de Oliveira Campos, e o objetivo principal da instituição é trabalhar com atividades voltadas para a arte contemporânea, em especial com a educação através da arte. Um dos principais eventos realizados pelo MARP são as edições anuais da Semana de Fotografia de Ribeirão Preto, entre outras atividades como exposições, visitas guiadas, workshops, em diversos eventos como o Sabbart – Salão Brasileiro de Belas Artes de Ribeirão Preto, dentre outros. Seu patrimônio atual corresponde a uma biblioteca com aproximadamente 2.000 volumes e acervo de arte com aproximadamente 1.200 itens. Sua infraestrutura conta com espaços museológicos como salas de exposição, escritório (diretoria), reserva técnica, ateliê para conservação de obras de arte, espaços para atividades educativas e auditório.
Museu Lasar Segall O Museu Lasar Segall foi criado como uma associação civil sem fins lucrativos, em 1967, e está instalado na antiga residência e ateliê do artista, na Vila Mariana, em São Paulo, SP. Além de seu acervo museológico, o espaço constitui-se como um centro de atividades culturais, oferecendo cursos e oficinas de fotografia. O Museu ainda abriga uma ampla biblioteca especializada em artes do espetáculo e fotografia.
Território da Foto O Território da Foto, com sede em São Paulo, SP, é um espaço cultural fundado em 2009 pelos fotógrafos Gabriel Boieras e Luciana Cattani. Promove workshops, exposições, discussões e possui um banco de imagens com cerca de 10 mil registros. O lugar oferece exposições e promove workshops.
Travessa da Imagem – Ateliê Multimídia Ltda O Travessa da Imagem – Ateliê Multimídia Ltda foi criado em 2010, em Fortaleza, CE. Junto à Escola da Travessa e promove cursos livres, workshops, e palestras, voltados à produção audiovisual contemporânea. Seu espaço também abriga exposições de fotógrafos emergentes na Galeria Pinhole, possuindo uma biblioteca com cerca de 300 livros de fotografia.
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VI EDITORAS De maneira tímida, porém crescente, estamos observando o mercado dos fotolivros alcançar o grande público. Não só as editoras especializadas em fotografia, mas também outras editoras de livros de artes visuais contribuem grandemente com essa difusão e crescimento.
de textos de historiadores, antropólogos, sociólogos, críticos, escritores e poetas, resultando em obras de interesse cultural abrangente. A editora é dirigida, em São Paulo, por Isabel Santana é entre seus títulos, estão Benditos, O chão de Graciliano, Patatativa do Assaré, todos de Tiago Santana; Brasil sem fronteiras, com imagens de Santana, Celso Oliveira, Ed Viggiani e Luis Humberto, Do lado de fora da minha janela, do lado de dentro da minha porta, entre outros.
ções históricas, artísticas e culturais. Entre os títulos publicados pela editora destacam-se os livros: Ceará Terra da Luz (1ª e 2ª edições), Chico Albuquerque Fotografias, Mucuripe, Ah, Fortaleza! (1ª e 2ª edições), José Albano 40 anos de Fotografia, Manual do viajante solitário, Ceará Feito a Mão e Theatro José de Alencar.
Terra Virgem Editora e Produções Culturais Ltda. Senac Editora
Binóculo Produção e Editora Ltda. ME A Binóculo Produção e Editora, com sede em Barra do Pirai, RJ, foi criada em 2005 por Monica Mansur. Tem como objetivo principal publicar livros voltados à cultura visual e realizar eventos e exposições sobre arte e fotografia. Em 2008, houve uma troca de sócia, entrando Claudia Tavares. Entre seus títulos estão, Dialeto I, Paisagens Cristais e O Olhar Repetido: Reprodutibilidade e arte contemporânea.
Cosac Naify A Editora Cosac Naify, com sede em São Paulo, SP, foi criada em 1997, por Charles Cosac e Michael Naify. Tem mais de 70 títulos de fotografia em português, como 100 fotografias: Juan Rulfo, Ligeiramente fora de foco, de Robert Capa, Paris Doisneau (Robert Doisneau), Henri Cartier-Bresson: o século moderno, Viagem ao Afeganistão de Arthur Omar, O lugar do escritor, de Eder Chiodetto, Imagens da Fé, de José Bassit, Cadernos etíopes de J.R.Duran, Otto Stupakoff e Boris Kossoy Fotógrafo, entre outros. Charles Cosac é também um dos mais importantes colecionadores privados de arte brasileira. Nascido no Rio de Janeiro, viveu em Petrópolis e na Inglaterra, onde se graduou pela Essex University, em História da Arte. A Cosac teve entre seus
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editores o intelectual Augusto Massi, e tem como coordenador editorial o jornalista Cassiano Elek Machado.
Editora Olhares A Editora Olhares, com sede em São Paulo, SP, foi criada em 2008 por Otavio Cronemberger Nazareth e Eduardo Len, é uma editora de livros de arte e outros produtos culturais, relativos à pesquisa iconográfica e a geração de conteúdos originais. Já publicou títulos na área de fotografia como: Brasil e a transformação da paisagem e Japoneses no Vale do Aço, ambos com fotografias de José Caldas; No campo da memória, jogando conversa fora, com fotos de Stephan Schmeling e As seis crônicas saborosas de Leonardo Prado.
A Editora Senac, com sede em São Paulo, SP, foi criada em 1995, e conta com um catálogo ativo de mais de 1.000 livros de diferentes perfis, da gastronomia à fotografia, lançando anualmente, cerca de 80 novos títulos. Por dispor de uma boa rede de distribuidores, coloca seus produtos em praticamente todas as cidades do Brasil. Na fotografia, a editora se destaca por títulos como O fotográfico, organizado por Etienne Samain, e A fotografia, entre documento e arte contemporânea, de André Rouille. Também já publicou livros de fotógrafos como Cristiano Mascaro, entre outros. A editora também publica a Coleção Senac de Fotografia, uma série de monografias, em formato pocket, coordenadas pela jornalista Simonetta Persichetti e pelo fotógrafo e professor Tales Trigo. Entre os títulos estão Thomaz Farkas, Luis Humberto, Paula Sampaio e Ricardo De Vick.
Terra da Luz Editorial A Terra da Luz Editorial, com sede em Fortaleza, CE, foi criada em 1989. Atua no segmento de publica-
A editora Terra Virgem, com sede em São Paulo, SP, foi criada em 1993, pela jornalista Ana Augusta Rocha e o fotógrafo Roberto Linsker. Atualmente, dirigida por Linsker, é uma produtora cultural que se dedica a realizar projetos em que fotografia e texto contam histórias, com o propósito de revelar um Brasil então desconhecido para milhares de brasileiros. A Terra Virgem dedica-se, principalmente, a projetos de publicações de livros, por meio das leis de incentivo, mas também desenvolve projetos culturais de exposições, documentários, projetos exclusivos para empresas (“Tailor-Made”), e ainda fornece um banco de imagens, com mais de 50 mil imagens exclusivas do Brasil. Seu principal produto cultural é a série Brasil Aventura, um grande sucesso editorial, com 6 volumes e mais de 50 mil livros vendidos. Entre os livros publicados destacam-se: Pierre Verger: Fotografias para não esquecer, de Pierre Verger, Aéreas, de Cássio Vasconcellos e Mar de homens, de Roberto Linsker. A Terra Virgem também passou a publicar edições especiais acompanhadas de prints com tiragens limitadas, em 2010.
Editora Tempo d’Imagem A Tempo d’Imagem, com sedes em São Paulo e em Fortaleza, CE, foi criada em 1994 pelo fotógrafo Tiago Santana. É uma editora especializada em livros de fotografia. Nascida no Ceará, a editora desenvolve projetos editoriais de documentação do Brasil. Além de obras documentais, investe em trabalhos autorais, divulgando um panorama da fotografia brasileira contemporânea. Os ensaios fotográficos são sempre acompanhados
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VII
encontram: Cris Bierrembach, Carlos Goldgrub, Claudio Edinger, Claudia Jaguaribe, Ding Musa, Juan Esteves, João Musa, Araquém Alcântara, Guy Veloso e Flávio Damm, entre outros.
MEIOS DE DIFUSÃO DA FOTOGRAFIA Coleção Fotoportátil Falar dos instrumentos que alavancam a arte fotográfica não é assunto fácil, tendo em vista sua numerosidade. Porém, aqui faz-se uma tentativa de elencar os produtos, que têm por objetivo a difusão da fotografia, em suas mais diversas manifestações.
1. ACERVOS, COLEÇÕES E PRÊMIOS Em crescente ascensão, aqui é possível encontrar os acervos, coleções e prêmios que estimulam a produção fotográfica.
Clube de Colecionadores de Fotografia do MAMAM O Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM) lançou em 2010 o Clube de Colecionadores de Fotografia. A proposta do Clube é fomentar o colecionismo junto ao grande público, possibilitando que autores renomados, e promissores talentos, sejam adquiridos e contemplados em suas ideias, conceitos e estéticas. A linha curatorial, estabelecida por Georgia Quintas e Alexandre Belém, tem como objetivo trazer, a cada ano, artistas nacionais que trabalhem com a expressão fotográfica em seus vários segmentos, que abarcam a fotografia documental e a criação experimental. A cada ano, cinco artistas são escolhidos pelos curadores. Cada autor doa uma obra que fica fazendo parte do acervo do MAMAM e que será reproduzida em prints numeradas e assinadas. Cada sócio recebe cinco obras por edição (uma de cada autor). Nesta primeira edição serão aceitos 30 sócios. Na edição de 2010 foram selecionados: Alcir Lacerda (PE), Claudia Jaguaribe (RJ), Ricardo Labastier (PE) Rodrigo Braga (AM) e Tiago Santana (CE).
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Clube de Fotografia do MAM/Coleção de Fotografia do MAM O Clube de Fotografia do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), com sede em São Paulo, SP, foi criado em 2000, pelo curador paulista Tadeu Chiarelli, então curador geral do museu, com o intuito de incentivar o colecionismo de fotografias e, ao mesmo tempo, incrementar o acervo do MAM com a expressiva produção de fotógrafos brasileiros, por meio da parceria entre o Museu e os cinco artistas que doam trabalhos a cada ano. Em 2005, o fotógrafo e curador paulista Eder Chiodetto assume a curadoria do Clube e cria linhas de pesquisa pautadas pelos eixos temáticos: Identidade nacional, Documental imaginário, Limites/ Metalinguagem, Retrato/Autoretrato e Vanguardas históricas. Em 2010, em comemoração dos 10 anos do Clube, foi realizada a exposição Dez anos do Clube de Colecionadores de Fotografia, com curadoria do mesmo Chiodetto, com 55 obras do acervo e obras dos cinco artistas selecionados na edição 2010. Também é necessário ressaltar a coleção de fotografia do MAM, que teve início em 1980 e ganhou impulso a partir de meados dos anos 1990, quando o museu passou a apresentar, colecionar e discutir mais efetivamente a fotografia contemporânea. A Coleção é formada tanto por aquisições, doações como pelo formato Clube de Fotografia. Estima-se que há mais de 2.000 fotografias na coleção. Entre os artistas se
A Coleção Fotoportátil é publicada desde 2005, pela editora Cosac Naify, com sede em São Paulo, SP, e é coordenada pelo fotógrafo e curador paulista Éder Chiodetto. Em formato inédito (sanfonado), propiciando uma manipulação interativa, a coleção enfoca a produção contemporânea brasileira. Reúne autores que subvertem a questão documental clássica da tografia, por meio do uso de uma forte carga de subjetividade. Entre as monografias publicadas estão Cris Bierrembach, Antonio Saggese, Eustáquio Neves, Raul Garcez, Luiz Braga e Rosangela Rennó.
Coleção Pirelli-MASP de Fotografia A Coleção Pirelli-MASP de fotografia está abrigada no Museu de Arte de São Paulo. É uma das principais coleções de fotografia brasileira. Teve início em 1990, num projeto conjunto do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) com a filial brasileira da empresa italiana Pirelli S.A. É financiada exclusivamente por essa empresa e tem seu gerenciamento por curadores, fotógrafos e pesquisadores, que compõem um conselho, integrados por nomes como Rubens Fernandes Junior, Boris Kossoy, Tadeu Chiarelli e Mario Cohen. A coleção é secretariada por Anna Carboncini e o MASP é responsável pela preservação da mesma. A cada aquisição anual, a coleção confere ao autor um cachê simbólico, e as imagens fazem parte de um catálogo elaborado anualmente, simultâneo a uma exposição no museu. Eventualmente, parte do acervo é exposto fora da cidade de São Paulo. Apesar do declarado foco contemporâneo, a coleção se caracteriza por certa flexibilidade quanto ao período da produção das obras, assim como denota a pluralidade da expressão fotográfica brasileira, pela diversidade de abordagens desenvolvidas pelos fotógrafos, pela multiplicidade de questões histórico-sociais, estéticas e formais. Em 22 de novembro de 2006 foi tornada pública a eColeção, versão eletrônica da Coleção Pirelli-MASP de Fotografia, sob a forma de um site, compreendendo os principais dados acerca das
obras e seus autores. Em 2010, com a 18ª edição, a Coleção totaliza 297 autores e 1.112 obras, entre eles, Zé de Boni, Iatã Cannabrava, Juan Esteves, Cia de Foto, Luiz Carlos Felzardo, Mario Cravo Neto, Miguel Rio Branco, Claudia Jaguaribe, Ana Ottoni, Maurício Simonetti, Juca Martins, Delfim Martins, Nair Benedicto, Pierre Verger, Walter Firmo e Antonio Gaudério.
Coleção Senac Fotografia A Coleção Senac Fotografia, publicada pela Editora Senac, de São Paulo, é organizada pelos professores Thales Trigo e Simonetta Persichetti. Tem como objetivo oferecer um panorama dos fotógrafos e da fotografia brasileiras, nas suas mais diversas áreas, como a moda, a publicidade, o fotojornalismo, a paisagem, mesmo a urbana, com suas complexidades e sutilezas, sem deixar de fazer uma abordagem da fotografia experimental e autoral, de conceituação muitas vezes difícil. Os livros têm formato pequeno (pocket) com média de 70 páginas, sem uma periodicidade específica. Publicou uma parcela razoável, mas significativa, da obra de fotógrafos como Márcio Scavone, Flávio Damm, Iolanda Huzak, João Lobo, Ella Dürst, Edgar Moura, Cristiano Mascaro, Klaus Mitteldorf, João Urban, Paula Sampaio, Nelson Kon, Thomas Susemihl, Luiz Carlos Felizardo, Ricardo de Vicq de Cumptich, Hélio Campos Melo, Luis Humberto e Thomaz Farkas.
Galeria Virtual ZooN A Galeria Virtual ZooN foi criada em 1997, com base em Natal, RN. Conta com um acervo de mais de 300 obras de fotografias, máquinas, revistas, livros, filmes, entre outros materiais sobre artes visuais, organizados, digitalizados e disponibilizados na Biblioteca Multimídia (Mediateca) na sede da ZooN e no site www.zoon.org.br. A galeria virtual é um canal de devolução social das imagens produzidas, socialização do conhecimento e divulgação e sistematização das oficinas realizadas pela Galeria ZooN.
Olha o Tietê O Concurso Olha o Tietê! foi realizado em outubro de 1992, objetivando incentivar a participação da comuni-
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dade no processo de despoluição do Rio. O concurso, de alcance estadual, foi realizado pelo Projeto Tietê e a Companhia Energética do Estado de São Paulo (CESP), sendo organizado pela empresa Clínica Fotográfica. Dividiu-se em quatro categorias – fotografia histórica (feitas antes de 1960), fotografia amadora, fotografia profissional e vídeo, reuniunindo imagens abordando degradação, beleza e memória da convivência entre o rio e a população. A exposição resultante do concurso foi inaugurada na Casa da Fotografia Fuji no dia 25 de janeiro de 1993, composta por 60 imagens e a apresentação dos vídeos selecionados. O concurso é a continuação do Revele o Tietê que Você Vê, ato cívico realizado em agosto de 1991.
Prêmio Bolsa de Pesquisa Fotográfica Arne Sucksdorff O Prêmio Bolsa de Pesquisa Arne Sucksdorff foi Lançado durante o Encontro de Fotografia de Mato Grosso. É um projeto contemplado pelo Edital da Funarte Prêmio Amazônia e conta com o apoio da Agecopa, Secretaria de Estado de Cultura, Instituto Federal de Mato Grosso/ IFMT – e Universidade Federal de Mato Grosso/UFMT, via Pró Reitoria de Cultura. A concepção e coordenação são da produtora cultural Magna Domingos, cuja edição 2011 tem a consultoria e curadoria de Ângela Magalhães e Nadja Peregrino. Serão oferecidas três bolsas de pesquisa para os fotógrafos residentes em Mato Grosso, visando fomentar a produção fotográfica no Estado na sua rica articulação com os diferentes contextos culturais, sem deixar de consignar a força poética dos artistas que serão selecionados. O projeto se insere na programação cultural prevista para a Copa de 2014, que busca dar visibilidade a multiplicidade cultural de Mato Grosso.
Prêmio FCW de Arte O Prêmio Fundação Conrado Wessel de Arte é destinado a fotografia e promoveu anualmente as melhores imagens do período anterior, nas categorias publicidade e de ensaio fotográfico, com distinção para os dois primeiros colocados em cada modalidade, no total de 4 premiados que recebiam um significativo valor, o maior destinado ao gênero no país. Inicialmente o prêmio atendia apenas a fotografia publicitária, passando depois, na sua quinta edição, a premiar também a imagem de ensaio, veiculadas em livros ou revistas e outras publicações, extendendo essa premiação aos ensaios inéditos. Hoje o prêmio atende somente a categoria ensaio, tanto inéditos quanto publicados. O prêmio, a partir de sua segunda edição, passou a contar com a curadoria de Rubens Fernandes Junior, e contou com jurados de diferentes comunidades, como a publicitária, fotográfica e jornalística, entre outras. Entre os jurados: German Lorca, Marcos Magaldi, Eder Chiodetto, Marcelo Soubhia, Juan Esteves, Gal Oppido, Thomaz Farkas, Sergio Jorge, Alexandre Belém, Ricardo Chaves, Helouise Costa, Ronaldo Entler, Wilson Pedrosa, Graça Seligman, Ana Lucia Mariz, Rosely Nakagawa, Diógenes Moura, em representação a entidades como o jornal Folha de S.Paulo, o jornal Zero Hora, Abrafoto, FAAP, Associação dos Profissionais de Propaganda, MAC-USP, Clube de Criacão, revista Meio e Mensagem, revista About, revista Fotografe Melhor, Associação Paulista de Propaganda e UNICAMP, Pinacoteca do Estado, entre outras. Entre os premiados, nas diferentes categorias: Bob Wolfenson, Klaus Mitteldorf, João Castilho, Tiago Santana, Paulo Vainer, Alexandre Salgado, Ricardo Cunha, Felipe Hellmeister, Mauricio Nahas, Andreas Heiniger, Gustavo Lacerda, Lalo de Almeida, Julio Bittencourt e Tadeu Vilani, entre outros grandes profissionais.
Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia Prêmio Foto Arte O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é um projeto promovido pelo jornal Diário do Pará, empresa da Rede Brasil Amazônia de Comunicação, com curadoria geral de Mariano Klautau. Abrange a fotografia em toda sua diversidade e acontece anualmente, sendo a primeira edição em 2010. Além da premiação a trabalhos fotográficos, o evento também engloba palestras, encontros com artistas, oficinas, bate-papos e atividades de arte-educação.
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Segundo a organização do evento, divulgada no site oficial, duas ideias norteiam o Prêmio: Beneficiar e valorizar os fotógrafos, dando mais visibilidade aos seus trabalhos e chances de prêmios significativos, além colaborar por meio da fotografia para uma causa que a comissão julgadora entenda ser nobre. Na sua primeira edição, o tema foi Brasília e criou-se um banco de imagens, selecionadas e
premiadas, que, segundo a organização, foi doado à ONG Brasília Convention & Visitors Bureau, para apoiar a divulgação da capital do país. A 2a Edição, de 2009, tratou de imagens da natureza e as fotos selecionadas foram doadas à WWF – Brasil, ONG dedicada à preservação ambiental.
Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia O Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia foi criado em 1984, pelo Instituto Nacional da Fotografia da Funarte (Infoto), com o intuito de premiar projetos relacionados à fotografia, documentação, pesquisa e produção de conhecimento teórico e crítico. De 1990 a 2003, a direção é de Angela Magalhães, com a coordenação do Núcleo de Fotografia, que substituiu o antigo Instituto. No primeiro prêmio foram feitas 265 inscrições e selecionados oito projetos, dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Entre eles, Trabalhadores e Trabalhadeiras, de Maria Luiza de Melo Carvalho, A visão fotográfica do operário sapateiro francano, de Fernando de Tacca e a A arquitetura em madeira, alvenaria e concreto na região Sul, de Leopoldo Plentz. Em 2010, o XI Prêmio, última edição até o momento, contemplou 36 pessoas físicas que desenvolveram projetos inéditos. Cada uma delas recebeu até R$ 40 mil. As propostas foram relacionadas a uma das três categorias a seguir: projetos de pesquisa, experimentação e criação em linguagem fotográfica; documentação fotográfica/registro das transformações do cotidiano na sociedade; e produção de conhecimento por meio de apoio ao pensamento crítico e teórico. Entre os contemplados na categoria Pesquisa, Experimentação e Criação em linguagem fotográfica destacam-se Claudia Jaguaribe, Matheus Rocha Pitta, Flavya Mutran, Cris Bierrembach e Eduardo Fraipoint, entre outros. Na categoria Documentação Fotográfica, Registro das Transformações do Cotidiano na Sociedade, destacam-se João Ripper, João Castilho e Luana Fischer, entre outros.
Prêmio Porto Seguro Fotografia O Prêmio Porto Seguro Fotografia é realizado em São Paulo, SP, pela empresa de seguros Porto Seguro. Está em sua décima edição, realizada em 2010. O Prêmio
Porto Seguro Fotografia é destinado a fotógrafos brasileiros ou estrangeiros residentes no Brasil. A competição foi temática até a última edição, de 2010, quando, sob curadoria de Cildo Oliveira, foi requerido apenas que as imagens se enquadrassem como ensaios. No total, foram 25 prêmios divididos em três categorias: São Paulo, Brasil e Pesquisas Contemporâneas. Há diversas categorias e prêmios de aquisicão. Entre os premiados nas diferentes categorias, estão fotógrafos como German Lorca, Numo Rama, Claudio Edinger, Maureen Bisilliat, Tuca Vieira e Eduardo Castanho.
2. PUBLICAÇÕES ESPECIALIZADAS Vale lembrar que aqui estão listadas apenas as publicações que visam à reflexão, uma vez que é grande o número de publicações comerciais especializadas em fotografia.
Catálogo Nafoto O catálogo 20 anos Nafoto é uma espécie de raisonné comemorativo dos vinte anos do Núcleo dos Amigos da Fotografia (Nafoto), contém de 150 páginas, foi lançado no dia 2 de julho em São Paulo. A publicação resume o que aconteceu desde 1991, quando abriu a exposição coletiva na Galeria Fotoptica, inaugurando oficialmente os trabalhos do Núcleo. Logo na abertura do livro, o retrato com a primeira turma: Juvenal Pereira, Bel Amado, Eduardo Castanho, Marcos Santilli, Stefania Bril, Nair Benedicto, Fausto Chermont, Rubens Fernandes Junior e Eduardo Simões (na ordem do retrato). Rosely Nakagawa, que também fazia parte do grupo, não pôde comparecer à sessão de fotos. A organização é didática, seguindo uma ordem cronológica, contemplando todos os participantes dos oito eventos denominados Mês Internacional da Fotografia. Está dividido em Coletivas Nacionais, Coletivas Internacionais, Individuais Internacionais, Individuais Nacionais, Exposições Inéditas, Eventos Paralelos e Retrospectivas Internacionais. Entre outros detalhes, a relação dos workshops, palestras, leituras de portifólio de outras atividades, como exposições em pequenos lugares que se somaram ao evento. Há também um portifólio representativo das exposições, que é distribuído gratuitamente.
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Fotografia Contemporânea Paraense – Panorama 80/90 O Fotografia Contemporânea Paraense – Panorama 80/90 foi um projeto de pesquisa histórica e uma análise crítica sobre a produção fotográfica no Pará ao longo das décadas de 80 e 90, com curadoria de Rosely Nakagawa e pesquisa de Rubens Fernandes Junior e Patrick Pardini. O projeto dedicou-se à fotografia de autor e abrange fotógrafos cujos trabalhos possuem um percurso poético autêntico, formando assim um conjunto de imagens, no qual se pode perceber uma diversidade de linguagens e estilos próprios. O projeto propõe a reflexão crítica da produção fotográfica paraense daqueles vinte anos, dentro do contexto da arte visual contemporânea, e sua difusão através de atividades como exposições, criação de acervo, produção de livro, CD-ROM e material educativo.
Jornal O Foco* Com o objetivo de divulgar a fotografia do Rio Grande do Norte, o jornal O Foco foi um importante veículo para a história da fotografia no estado, nas suas dezoito edições, em seus cinco anos de jornal impresso e, atualmente, como site na Internet. Fundado pelo jornalista Fernando Pereira e os fotógrafos Canindé Soares e Adrovando Claro, teve sua primeira publicação em julho de 1992. Os artigos e notícias visavam apresentar opiniões e informações técnicas fotográficas, além de registrar o que ocorria de exposições, lançamentos de livros e mostras na área. A circulação, que se iniciou mensal, depois bimestral, passou a ser trimestral. Houve uma tentativa de tornar o jornal regional, mas a pouca atenção do mercado à proposta do veículo atrapalhou os planos, e, na edição de janeiro de 1996, O Foco parou de ser impresso. O projeto, então, ficou parado por dois anos, quando em 1998, migrou para a internet e é mantido até hoje.
Livro Mato Grosso – Território de imagens Mato Grosso – Território de imagens (Edições Aroe, 2009), organizado por Domingos e com curadoria geral das pesquisadoras de fotografia Angela Magalhães e Nadja Peregrino, apresenta de forma cronológica a
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evolução do território mato-grossense. O livro conta com a pesquisa do historiador João Antonio Lucidio, que mostra um panorama histórico da fotografia de Mato Grosso de 1860 a 1960. A publicação traz uma retrospectiva de imagens clássicas e de dezesseeis fotógrafos contemporâneos: Laércio Miranda, Raimundo Reis, Mário Friedlander, Edson Rodrigues, Marcos Vergueiro, Marcus Vaillant, João Carlos Bertolli, Mário Vilela, Ênio Araújo, José Luiz Medeiros, José Maurício, Jocil Serra, Silvio Vince Esgalha, Márcio Hudson, Izan Petterle e uma homenagem especial ao fotógrafo e cineasta Arne Sukesdorff.
Revista Studium A revista Studium tem como objetivo divulgar trabalhos de estudos acadêmicos sobre o fotográfico, e é um periódico de publicação semestral, veiculado na internet, com acesso gratuito. É vinculada ao Departamento de Multimeios, Mídia & Comunicação do Instituto de Artes da UNICAMP, e teve já 32 edições regulares publicadas e seis projetos especiais, desde 2000, quando foi fundada por Fernando de Tacca, professor docente da instituição. A primeira publicação demonstrou imediato acesso e legitimação da proposta, e então, foi dada a continuidade ao trabalho de publicação de artigos de pesquisadores nacionais e estrangeiros. No decorrer deste período foi contemplada em vários editais e com parcerias com instituições públicas e privadas de relevância, como o Memorial da América Latina e a Fundação Pierre Verger. Atualmente, a revista tem como comitê editorial: Fernando de Tacca, Mauricius Farina e Iara Lis Schiavinatto, e, em média, possui 250.000 acessos mensais, atingindo recordes de um milhão de acessos em alguns meses.
Revista Foto Grafia A revista Foto Grafia foi criada em 2009, publicando os projetos de conclusão da primeira turma de Pós-Graduação em Fotografia da Unversidade do Vale do Itajaí – Univali. Atualmente, é editada somente na versão digital, e publica trabalhos de novos fotógrafos e nomes já consagrados, contando com a colaboração de profissionais da fotografia brasileira na construção do seu conteúdo.
Revista Discursos Fotográficos A revista Discursos Fotográficos, de periodicidade semestral, indexada nacionalmente e internacionalmente, tem classificação Qualis B3 pela Capes e está vinculada ao SEER e ao DOI. Possui uma tiragem impressa de 1.000 exemplares e é também disponibilizada na internet. A revista é distribuída gratuitamente para as escolas de comunicação de todo o país, instituições de fomento à pesquisa, pesquisadores e professores de fotografia, imprensa especializada, sócios da RPCFB e profissionais do mercado de trabalho. Idealizada pelo Curso de Especialização em Fotografia: Práxis e Discurso Fotográfico, seu editor é o Prof. Dr. Paulo César Boni e, em seu conselho consultivo, conta com a colaboração de nomes como Boris Kossoy, Fernando de Tacca, Jorge Pedro Sousa, Milton Guran, Pedro Vasquez, Simonetta Persichetti e outros importantes pesquisadores da fotografia.
como Eduardo Salvatore, fundador do Foto-Cine Clube Bandeirante e Thomaz Farkas, da Fotoptica, entre outros que colaboraram com artigos ou cedendo imagens para publicação. Entre seus editores podemos destacar Simonetta Persichetti, Nilza Boteon, Ana Maria Cicaccio, Sergio Oyama, Luiz Carlos Franco e Silvana Carvalho. Alguns fotógrafos, jornalistas, críticos e pensadores também participaram com colunas fixas, como Moracy de Oliveira, Rubens Fernandes Junior, Ana Maria Gariglia, Luis Humberto, Roberto Pontual, Ricardo Hantzschel, Stefania Bril e Marcio Scavone. Algumas colunas populares foram Na Estante e O Melhor do Fotojornalismo. A revista Iris Foto, por seu caráter nacional, foi, por muitos anos, um meio de intergração da fotografia pelos recônditos brasileiros. Em suas páginas, portifólios de grandes fotógrafos, como Miro ou Antonio Saggese, chegaram as mãos de fotógrafos em seus mais distantes lugares do país, bem como suas matérias sobre técnica fotográfica serviram para dirimir dúvidas de muitas gerações de fotógrafos amadores ou profissionais.
Revista Novidades Fotoptica* A revista Novidades Fotoptica foi lançada no início da década de 1950, como uma espécie de grande catálogo, pela loja de materiais fotográficos Fotoptica, com sede em São Paulo, SP. Foi referência para profissionais e amadores, como grande espaço de divulgação dos principais nomes e trabalhos da fotografia nacional, principalmente entre 1970 e 1987. O sucesso foi tão grande que, em pouco tempo, mudou de formato e passou a se chamar Revista da Fotoptica, a primeira revista de fotografia do Brasil a atingir o mercado internacional. A Novidades Fotoptica foi criada por Thomaz Farkas e tinha na direção o jornalista paulista Moracy de Oliveira, então um dos mais i mportantes jornalistas e críticos de fotografia do Brasil. Ao mesmo tempo em que a empresa Fotoptica foi diminuindo suas atividades, a revista foi deixando de ser publicada.
Revista Paparazzi*
A revista Paparazzi, com cerca de 90 páginas, foi publicada em São Paulo desde 1995, por Carlo Cirenza, proprietário do Laboratório Pararazzi. Tinha periodicidade bimensal, com foco dirigido aos ensaios fotográficos. O primeiro número trouxe entre outras coisas ensaio do fotógrafo Alan Porter. O número 2, teve como tema a relação entre África e Brasil, com imagens de Antonio Roseno e outros. Já o terceiro número o destaque foi de Rogério Reis, com seu ensaio Carnaval na Lona. A edição N6, de 1996, trouxe destaque para os acontecimentos políticos do Tibet. Alguns números se tornaram polêmicos como a edição N9 de jan/fev de 1997, com a capa trazendo uma imagem do livro “Anjo Proibido” do fotógrafo Fábio Cabral. O livro, publicado em 1991, foi retirado das livrarias por ordem judicial. Em 1996, a edição N8 de nov/dez traz o jogador Pelé na capa. Revista Iris Foto* A revista trouxe trabalhos de Paul Winternitz, Manuel da Costa, Rafic Farah, Willy Biondani, Roberto Stelzer, A revista Iris Foto foi uma revista brasileira de foto e Donaire, Marlene Bérgamo, Antonio Gaudério, Cristiacinematografia lançada em 1947, pelo austríaco Hans no Mascaro, Claudio Feijó entre outros grandes nomes Koranyi. Seu último exemplar foi publicado em agosto da fotografia brasileira e internacional. Algumas de suas de 1999, contando cerca de 525 números editados. edições foram dirigidas, destacando temas como o foPublicava portifólios, material filosófico e tojornalismo do Jornal da Tarde, ou a putextos sobre filosofia e técnica fotográfica. blicidade. Cirenza publicou a Paparazzi até Ganhou força com o apoio de diletantes * Produto cultural descontinuado meados da década de 2000.
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3. TV, INTERNET, VÍDEO
Fotosite
Aqui também vale lembrar que estão listados apenas produtos audiovisuais, ou veiculados via internet, que visam à reflexão, pois também é grande o número de produtos deste tipo no meio fotográfico.
O Fotosite, com sede em São Paulo, SP, foi um site pioneiro, dedicado à fotografia. Criado inicialmente pelos fotógrafos Marcelo Soubhia, Adi Leite, Pisco Del Gaiso e Rogério Assis, passou a ser dirigido apenas por Soubhia e Del Gaiso, e, posteriormente, com a entrada de Bob Wollhein, pela empresa Sixpix Content, em 2000. O Fotosite na verdade foi um portal de fotografia, que se expandiu com a criação da Revista FS, da Semana da Fotografia Epson Fotosite, com cinco edições e o Fotosite TV, precursores da disseminação de conteúdo fotográfico multiplataforma. Além do portal, foi criada a Agência Fotosite, a primeira agência de fotografia independente do país a disponibilizar fotos digitais para download com cobertura fotográfica em tempo real, administrada atualmente por Soubhia. Após a associação de Bob Wollhein, as atividades se multiplicaram por outras plataformas e publicações on line e impressas, perdendo seu caráter original conectado integralmente à fotografia. O site encerrou as atividades em 2009, devido à inviabilidade econômica e estratégica, ao lado dos demais produtos da Sixpix Content, e por conta de seus criadores procurarem novos desafios noutros campos da fotografia. O portal hoje é disponiblizado pelo blog Olhavê, como um arquivo relevante para a fotografia nacional. A produção do Fotosite teve caráter noticioso e cultural, com notícias, resenhas de livros e artigos exclusivos e filosóficos sobre a imagem brasileira e internacional. Teve participação, no início, da jornalista Simonetta Persichetti, e outros nomes ligados à fotografia nacional, além de um colunista fixo, o fotógrafo santista Juan Esteves, com mais de duzentas colunas publicadas, que também editou o site por um período, e colunistas esporádicos como Iatã Cannabrava, Marcelo Greco, Eder Chiodetto, entre outros. A criação da Revista Fotosite surgiu da parceria com a empresa francesa Fnac, e era distribuída exclusivivamente em sua rede de lojas. Entre os colaboradores da revista se destacam: Pisco Del Gaiso, Juan Esteves e seu último editor, o fotógrafo João Wainer.
Dobras Visuais O Dobras Visuais é um blog criado em 2009, por Lívia Aquino, para compartilhar sua aproximação com a fotografia, o que pensa sobre e por imagens. Um dos seus desafios é o exercício contínuo de observação e reflexão das ações e dos discursos, nos diversos meios onde a imagem aparece. Atualmente, além da exposição dos projetos, é composto pelas seções: Desempacotando minha biblioteca, Doutorar, Estudos, Exposições, Gosto de ver, Livros, Modos de Recordar, O que é fotografia?, Pensando e Por aí.
Extraquadro O Extraquadro é um Blog que tem como objetivo arquivar e disponibilizar textos e pensamentos sobre fotografia e imagem, desenvolvidos pela antropóloga e professora pernambucana Georgia Quintas. O nome do blog é inspirado em texto do pensador e professor Arlindo Machado, extraido de seu livro A Ilusão Especular, Introdução à Fotografia, de 1984, e nos sugere o quão é significante percebermos o intangível na fotografia.
FotoPlus O FotoPlus é um web site de referência sobre a história da fotografia no Brasil, idealizado e coordenado pelo historiador e pesquisador paulista Ricardo Mendes, que reúne serviços diversos, como ensaios editados no boletim Páginas Negras, ou sites associados, como Vilém Flusser no Brasil. O www.fotoplus.com teve caráter pioneiro na disponibilização de conteúdo sério e de alta qualidade na internet, com textos e referências da imagem brasileira de diversos períodos, mapeamento de atividades no meio, entre outros serviços. Foi desenvolvido em meados da década 2000.
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Foto em Cena – Programa de TV A Foto em Cena é uma série para TV veiculada desde 2007 pelo Canal Brasil. É produzida por Débora Setenta
(Débora 70) por meio da Foto in Cena Produções. Com duração de 10 a 12 minutos por episódio, o programa traz depoimentos de fotógrafos brasileiros como Claudio Edinger, Pedro Vasquez, Leopoldo Plentz, Luiz Garrido, Luiz Eduardo Achutti, Joaquim Paiva, Claudio Feijó e Clicio Barroso, entre outros. A primeira temporada, de 2007, teve 26 programas, reprisados em 2008, e a segunda temporada, também com 26 programas, foi exibida em 2010 e reprisada em 2011.
Foto Escambo O Foto Escambo, criado em 2010, pelo fotógrafo gaúcho Hans Georg, em parceria com o Grupo Baita Profissional, durante o 4° FestFotoPoa, sob o nome “Varal do Escambo.” De forma independente do festival, os fios foram instalados em frente ao Café do Cofre, no Santander Cultural. É um projeto democrático, que visa fomentar o colecionismo e o apreço pela imagem. Formado por um banco inicial de imagens, que são expostas em forma de varal, sem identificação do autor e disponibilizadas para serem trocadas pelos interessados. Amadores e profissionais se misturam e escolhem a foto que mais lhes agrada, deixando uma de autoria própria no lugar da retirada. O Foto Escambo aconteceu também no Paraty em Foco, e já contou com imagens de grandes profissionais brasileiros como Leopoldo Plentz, Iatã Cannabrava, Fifi Tong, entre outros.
Foto in Cena – Projeções Realizado pelo Foto in Cena Produções, o Foto in Cena é um evento de projeção multimídia, de trabalhos fotográficos com outras intervenções artísticas, realizado, mensalmente, entre 1993 e 2003, no Rio de Janeiro, RJ, e em Salvador, BA. O objetivo é divulgar a fotografia brasileira e abrir diálogo com outras artes. Já participaram do Foto in Cena mais de duzentos fotógrafos brasileiros. Além das projeções, o evento dura até quatro dias, abrangendo debates, oficinas e exposições fotográficas. Entre os fotógrafos participantes estão Walter Firmo, Evandro Teixeira, Walter Carvalho, Zeka Araújo, Miguel Rio Branco, Luiz Garrido, Cássio Vasconcellos, além dos artistas Belô Velloso, Bianca Ramoneda, Michel Melamed, Lan Lan, Elisa Lucinda.
Icônica O Icônica é um blog criado em 2009, pelos professores e pesquisadores Rubens Fernandes Junior e Ronaldo Entler, a fim de compartilhar pesquisas e reflexões sobre a fotografia de ambos os pesquisadores, relacionando-as com experiências cotidianas, com o objetivo de ampliar o diálogo sobre temas do ambiente acadêmico e outros mais gerais, que envolvem desde publicações de livros a análise de exposições, trabalhos de fotógrafos, reflexões filosóficas e outras demandas pelo pensamento da fotografia, de ontem e da contemporânea. Com posts sempre pertinentes, o blog hoje é um dos mais interessantes na discussão da imagem fotográfica e seus desdobramentos. Seu endereço é www.iconica.com.br.
Offestival: intervenção urbana com fotografia O projeto Offestival: intervenção urbana com fotografia foi lançado em 2009, pela produtora paulista e fotógrafa Paula Cinquetti, com o intuito de buscar novos públicos para a fotografia por meio da interação de ensaios fotográficos de fotógrafos diversos, com as cidades-sede de festivais de fotografia. No Offestival as fotografias são coladas na rua, de forma a relacionar o ensaio com a situação urbana local, unindo pessoas e diferentes localidades por meio da identificação visual. Até o momento 12 fotógrafos já participaram do projeto, com intervenção nos festivais: FotoRio, SP Photo Fest, Paraty em Foco, FestFotoPOA, New York Photo Festival e Mês da Fotografia de Brasília.
Olhavê O blog Olhavê, criado e coordenado pelo fotógrafo pernambucano Alexandre Belém e pela antropóloga e professora pernambucana Georgia Quintas, é um território virtual onde se estabelece o diálogo e a discussão sobre fotografia. O blog começou em setembro de 2007 e conta com um vasto arquivo que pode ser consultado a qualquer momento. O objetivo é promover discussões sobre a linguagem fotográfica, aspectos históricos e sua contemporaneidade. Ganhou o primeiro lugar na categoria Blog/Site do prêmio “O Melhor da Fotografia, Brasil 08/09”. O blog
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também abriga link especial para o arquivo do extinto site www.fotosite.com.br e para outras formatações como Extraquadro, Fórum Virtual, Perspectiva e Sobre Imagens. Um dos espaços virtuais mais procurados, traz grandes entrevistas com renomados fotógrafos, portifólios de fotógrafos consagrados e iniciantes, e procura estabelecer uma sincronia visual e filosófica da fotografia.
Perspectiva Perspectiva é um site de interesse e de busca em reconhecer os que fazem e produzem a partir da linguagem fotográfica. Mais do que “elencar” nomes de fotógrafos, a intenção é dar visualidade a seus trabalhos. Mais de vinte fotógrafos de diversas regiões do país já tiveram a chance de expor suas fotografias na galeria virtual do Perspectiva. O site é editado pelo fotógrafo pernambucano Alexandre Belém e pela antropóloga e professora pernambucana Georgia Quintas. É linkado com o blog Olhavê, dirigido pelos dois.
Quintas Fotográficas Quintas Fotográficas foi um evento semanal de projeções e entrevistas realizado pela produtora Foto in Cena Produções e pelo Instituto Cultural
Arteclara entre 2004 e 2005, no Rio de Janeiro, RJ. As projeções eram seguidas de uma entrevista feita por Débora Setenta com o fotógrafo convidado. O evento reuniu em torno de oitenta pessoas por edição.
Sete Fotografia
VIII OS PESQUISADORES, CRÍTICOS E CURADORES Acadêmicos ou não, os pesquisadores, críticos e curadores exercem papel fundamental para a fotografia. Aqui, o pesquisador encontra esse elenco diverso, rico em qualidade e grande em quantidade.
O Sete Fotografia é um blog de fotografia, dedicado à pesquisa e debates acerca da imagem. Editado por Ana Lira, Bella Valle, Priscilla Buhr, Joana Pires, Maíra Gamarra e Val Lima.
Trama Fotográfica O Trama Fotográfica é um blog sem periodicidade fechada, dedicado à discussão da fotografia, criado e editado pela professora e jornalista italiana Simonetta Persichetti. Nesse espaço virtual, escreve-se sobre exposições, livros, imagens, comentários de fotos e fatos. O nome do blog é inspirado em texto do pesquisador e fotógrafo paulista Boris Kossoy que, entre outros, escreveu o livro Realidades e ficções na trama fotográfica. Boa parte do conteúdo se resume a reproduzir também as matérias da jornalista, publicadas no Caderno 2 , do jornal O Estado de S. Paulo e na revista Brasileiros.
Alexandre Belém, 1974, Recife, PE Alexandre Belém é graduado em Comunicação Social pela Universidade Católica de Pernambuco (1995). Jornalista e fotógrafo, trabalha com fotografia desde 1992. É Editor de Fotografia do site Veja.com, em São Paulo. Foi repórter-fotográfico no Jornal do Commercio, de Recife, por duas vezes, em 1993–1996 e 2004– 2009. Foi co-fundador de duas agências de fotografia em Pernambuco: Lumiar e Titular. É o criador e autor do blog Olhavê e co-autor do site Perspectiva. Belém foi também editor do Fórum Virtual, espaço na web do 2º Fórum Latino-Americano de Fotografia de São Paulo (junho-outubro de 2010), e editor temporário do blog colaborativo do festival de fotografia Paraty em Foco – (junho a setembro de 2009). Desenvolve ação curatorial no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães, MAMAM, de Recife, coordenando com Georgia Quintas o Clube da Fotografia.
Alexandre Ricardo dos Santos, 1963, Caxias do Sul, RS Alexandre Ricardo dos Santos é graduado em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) (1990), onde também fez mestrado (1997), e doutorado (2006), ambos em Artes Visuais com ênfase em História, Teoria e Crítica de Arte. Atua, como
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docente e pesquisador, no Instituto de Artes da UFRGS, junto ao Departamento de Artes Visuais e ao Programa de pós-graduação em Artes Visuais. Concentra as suas pesquisas em Fundamentos e Crítica das Artes, principalmente nos seguintes temas: arte contemporânea, história da fotografia, arte e gênero. Atua também como crítico de arte e curador independente. É membro do Comitê Brasileiro de História da Arte (CBHA), da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) e da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA).
Angela Magalhães, 1954, Rio de Janeiro, RJ A carioca Angela Magalhães é pesquisadora, curadora e produtora cultural independente, com importantes realizações na difusão da fotografia brasileira e internacional. Trabalhou no Núcleo de Fotografia / Instituto Nacional de Fotografia da Funarte (1979– 2003). Coordenou, com Nadja Peregrino, as Semanas Nacionais de Fotografia (1982-1989), e mais de uma centena de mostras nacionais e internacionais. Entre 1990 e 2003, presidiu o Núcleo de Fotografia onde criou o I Encontro Nacional de Coordenadores de Eventos fotográficos (1991), e o Prêmio Nacional de Fotografia (1995–1998), dando, também, continuidade ao Prêmio Marc Ferrez (de bolsa de pesquisa) e à Coleção Luz e Reflexão, com o lan-
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çamento de livros como: A Fotografia moderna no Brasil, Helouise Costa e Renato Rodrigues/Minc/ Funarte/IPHAN, 1995. Participou de comissões de premiação nacionais e internacionais, dentre elas, o Prêmio máximo de Fotografia da Bienal Internacional de Fotografia de Curitiba (1996). Participou de conferências internacionais no México, Inglaterra, Uruguai e, na área da pesquisa, conquistou prêmios como o da Fundação Vitae e Rio Arte. Tem diversos artigos publicados em livros, catálogos e revistas nacionais e estrangeiras.
Antonio Fatorelli, 1957, Rio de Janeiro, RJ Antonio Fatorelli é professor da Escola de Comunicação da Universidade Fedaral do Rio de Janeiro, UFRJ. Realizou várias exposições de fotografia e de imagem digital em que predominam a dimensão experimental e conceitual. É pesquisador do Núcleo N-Imagem (ECO/UFRJ) e coordenador do Seminário Temático Cinema como arte, e vice-versa, da Socine. Desenvolve atualmente os projetos: Transcinema fotografia e cinema nas imagens interativas, apoiado pela Faperj, participa do projeto integrado Cinema no campo ampliado: entre cinema e arte contemporânea, financiado pelo CNPq, e coordena o projeto Midiateca da ECO/UFRJ, financiado pela Secretaria Estadual de Cultura do Rio de janeiro.
Bárbara Copque, 1969, Porto Alegre, RS Bárbara Copque é doutora em Ciências Sociais pelo Programa de pós-graduação em Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPCIS/UERJ). Professora nas Universidades Estácio de Sá, FGV e Uni La Salle. Tem experiência na área de Antropologia e Sociologia, atuando principalmente nos seguintes temas: antropologia visual, narrativas fotográficas, menores em situação de risco, criminalidade feminina, violência urbana e envelhecimento. Publicou artigos sobre fotografia e antropologia, realizou ensaios fotográficos e participou de realização de vídeos etnográficos. Atualmente, é Membro do Grupo de Estudos da Família contemporânea/Grefac e pesquisadora associada do Grupo de Pesquisa Imagens e Narrativas, onde coordena os seminários internacionais Imagens e
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Narrativas, e dramaturga de imagens na peça Estamira, em produção, com a atriz Dani Barros e direção de Beatriz Sayad.
Brasília, em 1987. A instituição promoveu mais seis semanas de fotografia na cidade. Suas atividades se encerraram no início da década 1990.
tografia e vídeo para instituições como MAM-SP, Itaú Cultural, Caixa Cultural, Museu da Casa Brasileira e Sesc, entre outros.
Boris Kossoy, 1941, São Paulo, SP
Diógenes Moura, 1957, Recife, PE
Fernando de Tacca, 1954, Franca, SP
É graduado em arquitetura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (1960), pós-graduado (mestrado e doutorado) em Ciências pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (1977–79). Entre 1998 e 2008 foi professor de cursos de graduação do Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA-USP. É membro do conselho consultivo da Coleção Pirelli-MASP de Fotografia, entre outras instituições culturais. Foi diretor do Museu da Imagem e do Som de São Paulo e do Idart – Divisão de Pesquisas do Centro Cultural S.Paulo. Como historiador e pesquisador tem sua obra mais conhecida voltada à investigação da história da fotografia no Brasil e América Latina, aos estudos teóricos da expressão fotográfica e ao emprego da iconografia como fonte de pesquisas nas Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. É autor dos livros de história e pesquisas: Hercule Florence, a Descoberta Isolada da Fotografia no Brasil; Origens e Expansão da Fotografia no Brasil – Século XIX; Álbum de Photographias do Estado de São Paulo 1892: Estudo Crítico; São Paulo, 1900; Dicionário Histórico-Fotográfico Brasileiro; Fotografia e História; Realidades e Ficções na Trama Fotográfica; Os Tempos da Fotografia: O Efêmero e O Perpétuo. Como fotógrafo autoral publicou Viagem pelo Fantástico, em 1971 e Boris Kossoy, Fotógrafo, de 2010. É também co-autor com Maria Luiza Tucci Carneiro de O Olhar Europeu: o Negro na Iconografia Brasileira do Século XIX; A Imprensa Confiscada pelo Deops-SP (1924-1954).
Escritor, jornalista e roteirista, vive e trabalha em São Paulo, SP. Notabiliza-se pelo pensamento crítico fotográfico e artístico, exposto em textos sobre obras de grandes fotógrafos – fluxo de seu trabalho como curador na Pinacoteca do Estado de São Paulo e da sua relação entre fotografia e literatura. Foi premiado em três edições pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) e recebeu, em 2009, o prêmio de Melhor Curador de Fotografia do Brasil pelo Sixpix/Fotosite. Autor de livros de ficção e poesia, entre eles Elásticos Chineses – Poemas Físicos (1998) e Drão de Roma – Dezembro Caiu (2006), ambos publicados pela Editora Fundação Casa de Jorge Amado. Como curador, foi responsável pelas exposições A Procura de um Olhar, Fotógrafos Franceses e Brasileiros Revelam o Brasil (2009); German Lorca – Fotografia como Memória (2007); Boris Kossoy – O Caleidoscópio e a Câmera (2008); Estúdio de Arte Irmãos Vargas – A Fotografia de Arequipa, Peru, 1915/1930, (2010), e Bom Retiro e Luz: um roteiro, 1976/2011, (2011). É também curador do festival A Gosto da Fotografia, realizado em Salvador, Bahia, que integra a Rede de Festivales y Encuentro de la Fotografía Latino-Americana.
Fernando de Tacca é mestre em Multimeios (UNICAMP, 1990), doutor em Antropologia (USP, 1999). É professor Livre Docente no Departamento de Multimeios, Mídia & Comunicação do Instituto de Artes da UNICAMP, e responsável pelas disciplinas “História da Fotografia” e “Antropologia da Imagem”, do curso de Midialogia. É professor do programa de pós-graduação em artes da UNICAMP, na linha de pesquisa “Cultura audiovisual e mídia”. Foi professor brasileiro visitante na Universidade de Estudos Estrangeiros de Osaka, Japão, e assumiu a Cátedra de Estudos Brasileiros na Universidade de Buenos Aires, em 2004. Coordenador do Núcleo de pesquisa “Fotografia, comunicação e cultura” Intercom. (2004/2007). Foi contemplado no Concurso Marc Ferrez de Fotografia da Funarte em 1984 e 2010 e também pela Bolsa Vitae de Artes 2002. Em 2006, ganhou o Prêmio Pierre Verger de Fotografia da Associação Brasileira de Antropologia e o Prêmio de Reconhecimento Acadêmico Zeferino Vaz (UNICAMP). Publicou dois livros, dentre eles o A Imagética da Comissão Rondon (2001), e mais de cinquenta artigos sobre fotografia, cinema e antropologia visual, além de onze trabalhos em anais de eventos e seis capítulos de livros. Realizou várias exposições fotográficas no Brasil e no exterior. É coordenador do Núcleo de Pesquisa “Fotografia: Comunicação e Cultura”, da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares em Comunicação, desde 2004. Idealizador e coordenador editorial desde 2000 da Revista Eletrônica Studium.
Centro de Pesquisa Fotográfica do Centro Universitário de Brasília O Centro de Pesquisa Fotográfica do Centro Universitário de Brasília foi criado no final da década de 1979, por fotógrafos ligados à vida acadêmica. Destacou-se como um dos principais centros de formação de fotógrafos em Brasília. Organizou, junto com a União de Fotógrafos de Brasília, a I Semana de Fotografia de
Eder Chiodetto, 1965, São Paulo, SP Eder Chiodetto é mestre em Comunicação e Artes pela Universidade de São Paulo, jornalista, fotógrafo, curador independente e crítico de fotografia do jornal Folha de S.Paulo, veículo no qual atuou como repórter fotográfico (1991 a 1995), e como editor de fotografia (1995 e 2004). É autor do livro O lugar do escritor (Cosac Naify, 2002), um dos vencedores do Prêmio Jabuti 2004. Coordenador editorial da coleção de livros de fotografia brasileira FotoPortátil na editora Cosac Naify. Ministra aulas nas cadeiras de Fotojornalismo e Fotografia Documental no Bacharelado de Fotografia do Senac-SP. Responde atualmente pela curadoria do Clube de Colecionadores de Fotografia do MAM-SP. Nos últimos anos realizou diversas curadorias de fo-
Francisco Gustavo Costa de Lima e Moura, 1960, João Pessoa, PB Francisco Gustavo Costa de Lima é curador da mostra Setembro Fotográfico, que reuniu quinze fotógrafos, em João Pessoa, PB, com o obejtivo de incentivar e divulgar os artistas locais. Atualmente, é fotógrafo da Coordenação de Extensão Cultural da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), e desenvolve trabalhos para o mercado editorial, além de projetos autorais.
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Georgia de Andrade Quintas, 1973, Recife, PE Georgia Quintas é professora e pesquisadora nos campos da teoria e filosofia, além de crítica da imagem fotográfica. Doutora em Antropologia pela Universidade de Salamanca (Espanha), mestre em Antropologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pós-graduada em História da Arte pela Fundação Armando Álvares Penteado – Faap/ SP. Atualmente, é coordenadora da pós-graduação em Fotografia da Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP/SP. Curadora do Clube de Colecionadores de Fotografia do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM), Recife/PE. Co-autora do site Perspectiva e Olhavê. Foi do conselho editorial do Fórum Virtual, espaço na web do 2º Fórum Latino-Americano de Fotografia de São Paulo (junho-outubro de 2010). É autora do livro Man Ray e a Imagem da Mulher – A vanguarda do olhar e das técnicas fotográficas (Cepe, 2008).
Gustavo Boroni, 1981, Maceió – AL Gustavo Boroni é graduado em Relações Públicas, pela Universidade Federal de Alagoas, e em Publicidade e Propaganda pela Faculdade Alagoana de Administração. Desde 2007, é professor do curso livre de Inicialização à Fotografia e Fotografia Digital. Em 2011, criou a coluna Imagem Digital, publicada no Caderno de Tecnologia do O Jornal, destinada à divulgação de novos talentos das Artes Visuais em Alagoas.
Teoria e Crítica do Museu. Atua na área de Artes com ênfase nos seguintes temas: fotografia moderna e contemporânea, fotojornalismo, fotografia e representação, teoria e crítica de arte, museologia, história das exposições de arte e arquitetura de museus. É co-autora do livro A Fotografia Moderna no Brasil (Cosac Naify, 2004).
Iatã Cannabrava, 1964, São Paulo, SP Iatã Cannabrava é fotógrafo, curador e produtor cultural. Como fotógrafo, desenvolve trabalhos documentais com a paisagem urbana das cidades e tem trabalhos nos principais acervos brasileiros, como a Coleção Pirelli-MASP, a coleção do Museu de Arte de São Paulo e a Coleção Joaquim Paiva. Foi presidente da União dos Fotógrafos de São Paulo de 1989 a 2004. É proprietário do escritório de produção cultural Estudio Madalena, com sede em São Paulo, por onde organizou mais de 30 exposições, e ministrou mais de oitenta workshops, além de projetos especiais, como Revele o Tietê que Você Vê, (1991); Foto São Paulo (2001); Povos de São Paulo – Uma Centena de Olhares sobre a Cidade Antropofágica (2004); Expedição Cívica, Ecológica e Fotográfica De Olho nos Mananciais (2008), e o Encontro de Coletivos Fotográficos Iberoamericanos (2008). É responsável pela coordenação da programação do Festival Internacional de Fotografia Paraty em Foco e, atualmente, coordena o Fórum Latino-Americano de Fotografia de São Paulo, realizado pelo Instituto Itaú Cultural.
Helouise Costa, 1960, Rio de Janeiro, RJ
Inarra – Grupo de Pesquisa Imagens, Narrativas e Práticas Culturais
Helouise Costa é graduada em Arquitetura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1983), e pós-graduada, com mestrado em Artes pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (1994), e doutorado em Arquitetura pela mesma Universidade (1999). Prestou concurso de livre-docência na área de História, Teoria e Crítica de Arte em Museus, no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, em 2009. Foi vice-diretora do MAC USP no período de junho 2006 – julho 2010 e, atualmente, é Coordenadora da Divisão de Pesquisa em Arte,
O Inarra, Grupo de Pesquisa Imagens, Narrativas e Práticas Culturais, com sede no Rio de Janeiro, RJ, foi criado em 1994. É um grupo de pesquisa ligado ao programa de pós-graduação em Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Desde então, vem atuando na formação de pesquisadores no campo da Antropologia Visual. Coordenado por Clarice Peixoto, reúne estudantes de graduação, de pós-graduação e pesquisadores diversos, interessados em refletir sobre a narrativa imagética e em aplicá-la na pesquisa antropológica.
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Isabel Amado, 1963, Rio de Janeiro, RJ Isabel Amado trabalha com fotografia desde 1988, quando mudou-se para São Paulo, SP. Curadora independente, sócia da Galeria da Gávea, no Rio de Janeiro, RJ, e diretora da Galeria da Rua, em São Paulo, dirige a empresa Anima Montagens desde 2000, especializada na organização e na manutenção de arquivos e acervos de fotografia. Foi coordenadora da Galeria Fotoptica entre 1988 a 1996, realizando 74 exposições de fotógrafos brasileiros. De 1997 a 2000, coordenou o Departamento de Fotografia do Museu da Imagem e do Som (MIS), de São Paulo. Participou de diversos grupos e festivais fotográficos, como as IV e V Semanas Paulistas de Fotografia (1990/1991) e do Nafoto – Núcleo dos amigos da Fotografia, (1991/97). Fez parte das comissões da Funarte (1994/1995) e foi organizadora do 1º Leilão de Fotografia da Bolsa de Arte (2008), e dos leilões do Festival Paraty em Foco (2007/2008/2009/2010).
Itamar de Morais Nobre, 1962, Natal, RN Itamar Nobre é graduado em Comunicação Social (Jornalismo) pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1997), com especialização em Antropologia, mestrado em Ciências Sociais (Cultura e Representações) pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2003), e doutorado pelo Programa de pós-graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2005). Atualmente, é professor de terceiro grau adjunto III, pelo Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. É docente-pesquisador do PPgEM/ UFRN – Programa de pós-graduação em Estudos da Mídia. É Líder do Grupo de Pesquisa Pragma – Pragmática da Comunicação e da Mídia: Teorias, Linguagens, Indústrias Culturais e Cidadania. Tem experiência na área de Ciências Sociais e Comunicação Social, com ênfase nos estudos e pesquisas sobre Fotografia, atuando como pesquisador, principalmente nos seguintes temas: imagem, fotojornalismo, fotografia, cultura e sociedade, narrativa visual e meio ambiente.
Joana Mazza, 1975, Rio de Janeiro, RJ É sócia da Iris Produção Cultural, coordenadora do projeto Imagens do Povo, professora convidada da Uni-
versidade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, RJ, e do Ateliê da Imagem, na mesma cidade. Coordena as exposições das edições do Encontro Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro, o FotoRio, desde 2003. No evento, já foi curadora de mostras como Limiares Urbanos, em 2007, e atuou como assistente dos curadores Jean-Luc Monterosso e Milton Guran.
Joaquim Paiva, 1946, Rio de Janeiro, RJ Diplomata de carreira, trabalhou em diversas embaixadas brasileiras na América e na Europa. Colecionador de fotografia contemporânea, também é fotógrafo com trabalhos autorais já expostos em diferentes mostras e espaços brasileiros. É colecionador desde 1978 e tem cerca de 1.200 imagens em seu acervo, de mais de 170 fotógrafos brasileiros contemporâneos. Tal coleção foi exibida pela primeira vez, e, em parte, em São Paulo em maio de 1993, na Casa da Fotografia Fuji, durante o I Mês Internacional da Fotografia, organizado pelo Nafoto. Seguiram-se mostras em: 1994, São Francisco, EUA, no Center for the Arts at Yerba Buena Gardens; 1995, Rio de Janeiro, no Centro Cultural Banco do Brasil; 1996, Curitiba, durante a I Bienal Internacional de Fotografia, e em Buenos Aires, Argentina, no Teatro General San Martín; 1997, Buenos Aires, no mesmo local; 1998, FotoFest Houston; 1999, Lima, Peru, no Centro Cultural da Universidade Católica e na Galeria da Municipalidade de Miraflores; 2000, La Paz, Bolívia, no Museu de Arte de La Paz; 2001, Paris, França, Fondation Cartier pour l’art contemporain, com fotografias de Alair Gomes. A coleção se encontra registrada no livro Visões e Alumbramentos, publicada pelo Banco Santos. Sua coleção estrangeira, com aproximadamente 300 fotografias, de 70 fotógrafos, tomou corpo especialmente depois que o colecionador começou a participar, nos anos de 1998, 2000, 2002 e 2004, da bienal americana – FotoFest Houston – realizada nessa cidade do Texas e que constitui um dos maiores eventos do circuito internacional de fotografia. A coleção estrangeira foi exposta uma única vez e em parte: no ano 2000, em Lima, Peru – “10 Fotógrafos Norte-Americanos” – na Galeria El Ojo Ajeno. A coleção estrangeira é constituída de fotógrafos de diversas nacionalidades, principalmente norte-americanos e latino-americanos.
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Labfoto – Laboratório de Fotografia / UFBA O Laboratório de Fotografia (Labfoto) é um órgão da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia, de acordo com as normas do Conselho Federal de Educação que estabelece a criação de laboratórios com o objetivo principal de capacitar a formação dos estudantes nas habilitações oferecidas pelo curso de Comunicação. Além de atender aos cursos de Jornalismo e Produção Cultural da Faculdade de Comunicação, o LabFoto mantém cursos livres de fotografia, realiza exposições, conferências, projetos fotográficos e outros eventos. Funciona ainda como uma agência de fotografia para atender às demandas internas e externas à Faculdade de Comunicação/UFBA.
em Artes Visuais e Mestre em Multimeios pela UNICAMP, além de bacharel em Psicologia pela Universidade Federal do Paraná. É professora do curso de pós-graduação em Fotografia da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap). Foi docente no Bacharelado e na pós-graduação em Fotografia do Centro Universitário Senac (2000-2008), em São Paulo, nas disciplinas Modos de Recordar e Celebrar, O suporte como discurso, Orientação de Projetos e Seminários de Pesquisa. Participou, ainda, do processo de reformulação do currículo desses cursos, por meio de uma pesquisa em grupo, dentro do campo das artes, para mapeamento da fotografia como objeto de estudo na Universidade.
Luiz Alexandre Lima Ferreira, 1962, Rio de Janeiro, RJ Laboratório de Imagem e Som em Antropologia – Lisa/USP O Laboratório de Imagem e Som em Antropologia, Lisa, faz parte do Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Foi inaugurado em outubro de 1991. Tem como responsável a Profa. Sylvia Caiuby Novaes e Yara Schreiber Dines como pesquisadora associada. Atua como um centro básico de pesquisa e formação de alunos no campo da Antropologia Visual e da Etnomusicologia. Abriga um acervo de cerca de 1.000 vídeos, 8.000 imagens (entre fotos, cromos e chapas de vidro), além de documentos de referência, como livros, teses e catálogos, e possui um laboratório fotográfico. Promove encontros de docentes e pesquisadores das diferentes áreas da Antropologia, como o Simpósio Internacional Tradução e Percepção, Ciências Sociais em Dialógo (2006). Desde 1998, o grupo de antropologia visual desenvolve pesquisas sistemáticas em antropologia visual com o apoio da Fapesp, Capes e CNPQ, estabelecendo diálogo com outras áreas das Ciências Humanas como Cinema e Fotografia. Realizou, dentre outros, os projetos temáticos Fapesp: Imagem em Foco nas Ciências Sociais (1998– 2003), e Alteridade, Expressões Culturais do Mundo Sensível e Construção da Realidade (2004–2007).
Lívia Aquino, 1971, Fortaleza, CE Lívia Aquino é fotógrafa e pesquisadora do campo da imagem. Escreve no blog Dobras Visuais. É doutoranda
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Luiz Alexandre Lima Ferreira é pesquisador da história da Associação Brasileira de Arte Fotográfica, Abaf. Criador e editor da revista Espaço Photo. Foi colunista da publicação Guia de Artes Plásticas Atelier, com a coluna Falando de Fotografia. Exerceu o cargo de presidente da Abaf durante os anos de 2006 e 2007, e, atualmente, é presidente do conselho deliberativo da instituição. Trabalha como fotógrafo na Fundação de Arte de Niterói (FAN).
Porto Alegre, RS. É autor de vários livros de fotografia, entre os mais importantes, A matéria encantada, Xico Stockinger e Iberê Camargo por Achutti.
Marcia Mello, 1958, Rio de Janeiro, RJ Marcia Mello é produtora cultural autônoma e trabalha com conservação de acervos fotográficos. É formada pelo Centro de Conservação e Preservação da Fotografia da Funarte e pelo Atelier de Restauration et de Conservation de Photographies de la Ville (Paris). Foi curadora de exposições como “O daguerreótipo nas coleções cariocas”, no Paço Imperial (RJ), em julho e agosto de 1998, evento integrante da campanha nacional de identificação de daguerreótipos nas coleções brasileiras, promovida pela Funarte e coordenada pela pesquisadora. Tem textos publicados no Brasil e no exterior, destacando-se o Manual de acondicionamento de materiais fotográficos, editado pela Funarte com apoio da Fundação Vitae, escrito em parceria com Maristela Pessoa, em 1994. Entre 1992 e 1997, trabalhou no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, respondendo pela conservação de sua coleção de fotografia e onde realizou diversas exposições. Atualmente é curadora da Galeria Tempo, no Rio de Janeiro, RJ.
Luiz Eduardo Robinson Achutti, 1959, Porto Alegre, RS Nadja Peregrino, 1949, Rio de Janeiro, RJ Luiz Eduardo Robinson Achutti é professor do Instituto de Artes e da Antropologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atua também como fotógrafo e pesquisador independente. Há quinze anos publica livros documentais de fotografia. É também professor do Instituto de Artes e do Programa de pós-graduação em Antropologia Social da UFRGS, além de associado à Phanie Centre de l’ethnologie et de l’image, em Paris. Em Porto Alegre desenvolve pesquisas na área de antropologia e em técnicas fotográficas antigas de sensibilização de papeis de desenho. Em 2003, fez a curadoria da exposição A Universidade da Fotografia, no Museu da UFRGS, Porto Alegre, RS. Em 2005, ministrou oficina na VI RAM, “VI Reunión de Antropologia del Mercosur”, Montevidéu, Uruguai, e, em 2007, a oficina “Photoethnographie: La photographie sur Le terrain”, na VII Reunião de Antropologia do Mercosul,
Pós-graduada em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, atuou no Instituto Nacional de Fotografia da Funarte (1979–1990/RJ) e no Centro de Artes da Universidade Federal Fluminense (1990– 1998/Niterói/RJ), realizando as Semanas Nacionais de Fotografia (1982–1989), e inúmeras exposições como José Oiticica Filho, A ruptura da Fotografia (Funarte, 1983), e a mostra coletiva Identidade, do analógico ao digital (UFF, 1992). Associada à Angela Magalhães realizou inúmeras mostras, entre as quais Uncertain Brasil, apresentada no festival de Pinghao, China, em 2010. Entre suas conferências destacam-se aquelas realizadas no V Colóquio Latino-americano de Fotografia, México (1996), na Feira Internacional do Livro/Genebra /Suíça (2002), no Museu Nicéphore
Niépce, França (2006); no Fórum Latino-Americano de São Paulo (2007), no Photograma (Montevidéu, 2007/2008/2009), no Fotolink em Londrina (2010), no Ciclo de Artes Visuais em Mato Grosso (2010), e na Semana de Fotografia de Recife (2010). Na área de pesquisa, acumula prêmios tais como a Bolsa Rio Arte/98 e a da Fundação Vitae Brasil (2004); publicou diversos artigos em revistas nacionais e estrangeiras, a exemplo do Dicionário Oxford Companion to the Photograph, Inglaterra/2005 e Barnabás Bosshart, Brasilienbilder, 1980-2005 (Suíça, 2007), além dos livros O Cruzeiro – A revolução da fotorreportagem (Editora Dazibao,1991), Fotografia no Brasil, um olhar das origens ao contemporâneo (Funarte/Minc, 2004), Mato Grosso – território de imagens (Secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso, 2008), Fotoclubismo brasileiro, o legado da Sociedade Fluminense de Fotografia (no prelo), estes três últimos em co-autoria com Angela Magalhães. Em 2010, foi jurada do Prêmio Marc Ferrez (Funarte), e do ArtePará (Fundação Rômulo Maiorana).
NFoto – Núcleo de Pesquisa em Fotografia O NFoto – Núcleo de Produção e Pesquisa em Fotografia – foi criado por Patricia Gomes de Azevedo e funciona numa sala cedida pelo Departamento de Fotografia, Teatro e Cinema da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte, MG. O núcleo atua no estado promovendo a união de projetos relacionados às chamadas “lens media”, iniciativas que têm a fotografia e o vídeo, por exemplo, como objeto de estudo. A intenção é fomentar a pesquisa e potencializar seus diversos desdobramentos, como exposições, cursos, eventos, seminários, palestras, publicações, etc. Entre os eventos produzidos estão o Projeto Corpo Coletivo/Collective Body, um projeto de pesquisa em arte, educação e novas mídias, idealizado por Patrícia Azevedo (UFMG/BR) e Clare Charnley (LMU/UK). Concebido como uma atividade colaborativa, realizada via internet, o programa dá forma visual a uma série de diálogos, envolvendo estudantes e professores de arte de quatro universidades, em três continentes. Ao longo de cinco semanas, 40 participantes desenvolvem projetos em parceria com pessoas que, até então, não co-
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nheciam. Já foram realizadas as edições de 2008, 2009 e 2010, com a coordenação de Anna Karina Bartolomeu e Patricia Azevedo. Outro evento é a Semana da Fotografia de Belo Horizonte, que ocorreu em 2010, com as mesmas coordenadoras.
sim como as obras infantis empregando a fotografia: Olhos de ver, 2001; e A princesa Isabel, o Gato e a fotografia, 2010.
Ricardo Mendes, 1955, São Paulo, SP Paulo César Boni, 1958, Cambé, PR Professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL, Paraná) desde 1982. Em 1997, criou o Curso de Especialização em Fotografia: Práxis e Discurso Fotográfico – o primeiro curso de pós-graduação Lato Sensu em fotografia do país. Em 2005, começou a editar a revista Discursos Fotográficos, com periodicidade anual. Em 2008, a revista passou a ser semestral. Foi o coordenador do projeto de implantação do Mestrado em Comunicação Visual da UEL, em 2008, do qual é coordenador. É lider do Grupo de Pesquisa Comunicação e História, cadastrado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Avaliador de cursos e institucional do Inep/MEC.
Pedro Vasquez, 1954, Rio de Janeiro, RJ Fotógrafo, pesquisador, crítico, curador, escritor e professor, mestre em Ciência da Arte pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Destacou-se, nos anos 1980, como produtor cultural e incentivador da fotografia no cenário artístico brasileiro. Foi um dos responsáveis pela criação do Instituto Nacional de Fotografia da Fundação Nacional de Arte – Infoto/Funarte, em 1984, órgão que dirigiu até 1986; criou em seguida o Departamento de Fotografia, Vídeo e Novas Tecnologias do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Mam/RJ), do qual foi curador até 1988. Trabalhou também como editor de fotografia da revista Photo Câmera e subeditor de fotografia do jornal O Dia. Recebeu o Prêmio Nacional de Fotografia da Funarte, em 1996, e Bolsa Vitae de Fotografia, em 1998. Participou de diversas exposições no Brasil e no exterior. Dedica-se, sobretudo, a pesquisas na área da história da fotografia. É autor de 23 livros, entre os quais: Dom Pedro II e a Fotografia no Brasil, 1985; Fotógrafos Alemães no Brasil do Século XIX, 2000; e o Brasil na Fotografia Oitocentista, 2003. As-
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Pesquisador independente especializado em história da fotografia no Brasil desde 2005. Trabalha como pesquisador no Centro Cultural São Paulo, desde 1992, onde organizou a Equipe Técnica de Pesquisas em Fotografia (1993–2006). É responsável pelo projeto Vilém Flusser no Brasil e criador do site FotoPlus, que disponibiliza textos críticos sobre fotografia, um dos melhores na consulta de textos e eventos da fotografia brasileira.
Ronaldo Entler, 1968, São Paulo, SP Ronaldo Entler é jornalista graduado pela pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC). É mestre em multimeios pelo IA-da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), doutor em artes pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (USP), pós-doutor em multimeios pelo IA-UNICAMP. Atuou na imprensa como repórter fotográfico entre 1997 e 2002, participou de exposições coletivas e individuais. Foi diretor artístico da área de fotografia da Fundação Cultural Cassiano Ricardo de São José dos Campos, entre 1991 e 1995. Atualmente, é professor e coordenador de pós-graduação da Faculdade de Comunicação, e professor da Faculdade de Artes Plásticas, ambas da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), e professor visitante no Programa de pós-graduação em Multimeios do IA–UNICAMP. Possui capítulos de livros publicados, textos em catálogos de exposições, traduções de livros, além da produção de diversos artigos. Mantém o blog Icônica com o professor Rubens Fernandes Junior.
25 anos, foi uma das criadoras da Galeria Fotoptica da qual também foi diretora e curadora. Em 1991, foi uma das fundadoras do Nafoto (Núcleo dos Amigos da Fotografia). Foi Curadora da Casa da Fotografia Fuji, de 1997 a 2004, e participou de dezenas de edições e publicações de livros, congressos e seminários no Brasil e no exterior. Mais recentemente, fez a curadoria do DVD e livro Encontros com a Fotografia, em comemoração aos dez anos da Fnac no Brasil. Nakagawa também é colecionadora, e seu acervo já foi exposto em parte, na exposição itinerante “30 Anos de Fotografia”, na Caixa Cultural em 2009.
Rubens Fernandes Junior, 1950, Rio Claro, SP Jornalista, crítico e curador, doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, professor e diretor da Faculdade de Comunicação da Faculdade Armando Álvares Penteado (Faap). Pesquisador de fotografia é membro do Conselho Curador da Coleção Pirelli-MASP de Fotografia (Museu de Arte de São Paulo) e da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Reside e trabalha na cidade de São Paulo e mantém o blog Icônica, com Ronaldo Entler. É também membro do Conselho Curador do Festival Paraty em Foco e do Conselho Curador do FestFotoPOA. Fernandes Junior foi um dos criadores do Nafoto – Núcleo dos Amigos da Fotografia, responsável pelos eventos do Mês Internacional de Fotografia, que ocorreram de 1991 a 2011, em São Paulo. É autor do livro Labirinto e Identidades, Panorama da Fotografia no Brasil. 1946-98, pela Cosac Naify; A Fotografia Brasileira no Século XIX, da editora Francisco Alves, entre outros, além de participar como consultor e autor de textos em dezenas de livros brasileiros. Foi juntamente com Pedro Vasquez, um dos criadores e consultores do Departamento de Pesquisa de Fotografia do Itaú Cultural, atuando também como consultor para inúmeras entidades públicas e privadas.
Rosely Matuck Nakagawa, 1954, São Paulo, SP
Sandro Alves Oliveira, 1966, Unaí, MG
Graduada em arquitetura pela Escola de Arquiterura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, trabalha com fotografia há mais de trinta anos, como produtora cultural, curadora e pesquisadora. Em 1979, aos
Sandro Alves Oliveira é mestre em Artes pela Universidade de Brasília (2006). Participou do Grupo Ladrões de Alma na coleção de postais Reincidentes, 1989. Contemplado no XI Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotogra-
fia, na categoria Produção de Conhecimento, por meio de apoio ao pensamento crítico e teórico no campo da fotografia, com o projeto para redação do livro Achados de Assis: a fotografia em Dom Casmurro.
Silas de Paula, 1950, Castelo, ES Silas de Paula é jornalista, fotógrafo, pesquisador e professor doutor pela Universidade de Loughborough, Inglaterra (1996). Professor do Curso de Comunicação da Universidade Federal do Ceará (UFC), desde 1985. Na Universidade, além de dar aulas para a graduação, atua na linha de pesquisa em Fotografia e Audiovisual do Mestrado em Comunicação e coordena o grupo de Pesquisa em Cultura Visual. Integra o Ifoto. Participou da organizaçao do DeVerCidade, de 2005 a 2007; do Encontro Internacional de Imagens Contemporâneas em 2009. Em 2000, do consurso Ceará Cinema e Vídeo, em 2001 do II Edital Ceará Cinema e Vídeo. Em 2010, ganhou o Prêmio Marc Ferrez de Fotografia, Funarte. Desde 2006, desenvolve pesquisa sobre a fotografia de álbuns de família.
Simonetta Persichetti, 1956, Roma, Itália Simonetta Persichetti é jornalista, mestre em Comunicação e Artes e doutora em Psicologia Social. Vem escrevendo sobre fotografia há 30 anos, em colaborações para revistas como Íris Foto e Paparazzi. Publicou dois livros: Imagens da Fotografia Brasileira 1 e 2, em 1997 (Prêmio Jabuti 1999, na categoria Reportagem) em 2000, respectivamente. Com o professor Thales Trigo, coordena e edita, desde 2003, a Coleção Senac de Fotografia, publicada pela Editora Senac, São Paulo, totalizando 18 volumes publicados. Foi editora de conteúdo do Fotosite e editora de texto da revista REF, da Abrafoto. Trabalhou em diversos veículos importantes como a Editora Abril, especialmente entre os anos de 1991 e 2000, como coordenadora da área internacional do Dedoc (departamento de documentação, no setor de fotografias). Foi editora de imagem na Enciclopédia Larousse Cultural, Editora Universo/ Abril Cultural (1988–1989). Há quinze anos é colaboradora do Caderno 2 do jornal O Estado de S. Paulo e há quatro da revista Brasileiros. Trabalha também na área de ensino, onde atuou como professora na Faculda-
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de de Comunicação e Artes do Senac, entre os anos de 1999 e 2005, onde também foi coordenadora do curso de pós-graduação Lato Sensu em Fotografia. É professora de Semiótica e Estética da Imagem na pós-graduação Lato Sensu em Fotografia e no Mestrado em Comunicação Visual – especialização em Fotografia, da Universidade Estadual de Londrina, UEL, onde integra o Conselho Editorial da Revista Discursos Fotográficos do Curso de Especialização em Fotografia. É também professora de fotojornalismo da Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero. Ministra cursos de teoria da imagem fotográfica no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), desde 2005. Desde 2009, é curadora de fotografia da Arte Plural Galeria, na cidade de Recife, PE.
Stefania Bril, Gdansk, Polônia 1922 – São Paulo, SP, 1992 Stefania Bril foi fotógrafa, crítica de fotografia e química. Polonesa, naturalizou-se brasileira em 1955. Estudou ciências e química na Université Libre de Bruxelas (Bélgica), formando-se em 1950. Transferiu-se para o Brasil, radicando-se em São Paulo, onde trabalhou como química por 13 anos, antes de começar a estudar fotografia na escola Enfoco, em 1969. A partir do final da década seguinte, teve atuação destacada como crítica, ensaísta e curadora, sendo responsável pela criação dos Encontros de Fotografia de Campos de Jordão – realizados nos anos de 1978 e 1979 e pela criação da Casa da Fotografia Fuji, em São Pau-
lo, em 1990, integrando, no ano seguinte, a equipe fundadora do Nafoto – Núcleo dos Amigos da Fotografia. Foi uma das grandes divulgadoras da fotografia brasileira no exterior, em eventos como o Colóquio latino-americano de Fotografia, realizado na capital mexicana, e o Mois de la Photo à Paris, assim como a exposição Brésil des brésiliens, realizada também em Paris, no Centre Georges Pompidou.
IX O ENSINO DA FOTOGRAFIA Por meio de cursos livres ou do ensino acadêmico, a fotografia tem estado cada vez mais presente no ensino das artes. Aqui é possível encontrar os atores dessa história, assim como as ações produzidas para dar visibilidade a essa modalidade de ensino, a alfabetização do olhar.
Tibério França, 1959, Belo Horizonte, MG Tibério França começou a se envolver com fotografia no inicio dos anos 1980, passando pelo fotojornalismo e pela fotografia publicitária. Formado em Comunicação Visual pela Escola de Artes Plásticas-Fundação Mineira de Arte (Esap/Fuma), MG, especializou-se no uso do grande formato, no Istituto Europeo di Design, em Milão, Itália. Foi diretor e curador da Primeira Fotogaleria de Belo Horizonte, entre 2003 e 2006. Especialista em Arte Contemporânea pela Universidade do Estado de Minas Gerais. Membro do Colegiado Setorial de Artes Visuais do Ministério da Cultura no período de 2010/2012, e um dos fundadores do Fórum Mineiro de Fotografia Autoral em 2010. É professor de Fotografia da Escola Guignard/UEMG desde 1997. Foi um dos organizadores da Semana da Fotografia de Belo Horizonte, realizada em agosto de 2011. Tem atuado como curador e consultor de exposições e festivais de fotografia, e participado de diversas exposições e publicações sobre arte contemporânea.
1. ENSINO ACADÊMICO
A) COORDENADORES DE NÚCLEOS DE PESQUISA, AÇÕES CULTURAIS E AFINS
Alexandre Ricardo dos Santos, 1963, Caxias do Sul, RS Alexandre Ricardo dos Santos é graduado em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) (1990), onde também fez mestrado (1997), e doutorado (2006), ambos em Artes Visuais com ênfase em História, Teoria e Crítica de Arte. Atua, como docente e pesquisador, no Instituto de Artes da UFRGS, junto ao Departamento de Artes Visuais e ao Programa de pós-graduação em Artes Visuais. Concentra as suas pesquisas em Fundamentos e Crítica das Artes, principalmente nos seguintes temas: arte contemporânea, história da fotografia, arte e gênero. Atua também como crítico de arte e curador independente. É membro do Comitê Brasileiro de História da Arte (CBHA), da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), e da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA).
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André Luís Carvalho, 1973, Brasília, DF André Luís Carvalho é graduado em Comunicação Social, habilitado em Publicidade, Propaganda e Jornalismo pela Universidade Católica de Brasília (UCB). É também pós graduado em Comunicação, pela mesma universidade, e professor do curso de Comunicação Social na UCB, atuando também nas áreas de extensão, pesquisa e gestão. Coordenou por seis anos o Núcleo de Fotografia Captura (UCB). Desde agosto de 2009, assumiu a Direção do Curso de Comunicação Social da UCB. A ênfase de sua atuação acadêmica e profissional é em Fotografia.
Andreas Valentin, 1952, Rio de Janeiro, RJ Andreas Valentin é doutor em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com uma pesquisa sobre a fotografia amazônica do alemão George Huebner (1862-1935). É mestre em Ciência da Arte pela Universidade Federal Fluminense e graduado em História da Arte e Cinema pela Swarthmore College, Pennsylvania, EUA. É coordenador e professor dos cursos de pós-graduação “Fotografia: Imagem, Memória e Comunicação” e “Arte e Cultura” do Instituto de Humanidades da Universidade Cândido Mendes, do qual é também diretor. É professor-assistente de fotografia no Colégio de Aplica-
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ção da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Foi coordenador de projetos da Funarte e trabalha como curador.
Departamento de Fotografia, Teatro e Cinema – UFMG O Departamento de Fotografia, Teatro e Cinema, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem na sua linha de graduação a área de fotografia, que oferece disciplinas para alunos de diversos cursos da Universidade. Curso de Artes Visuais: Fotografia Básica, Fotografia Digital Básica, Imagem Técnica, História e Critica da Fotografia, Estúdio Fotográfico, Laboratório P&B, Ateliê: Fotografia Documental, Ateliê: Projeto Fotográfico; Curso de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis: Fotografia Básica, Exames Especiais; Curso de Comunicação Social: Oficina de Fotografia Básica, Oficina de Fotojornalismo, Oficina de Fotografia Publicitária; Curso de Arquitetura e Geografia: Fotografia Básica; Ensino a Distância: Fotografia e Tecnologias Contemporâneas. A universidade também abriga o Projeto Corpo Coletivo/Collective Body e a Semana da Fotografia de Belo Horizonte, realizada pelo Núcleo de Pesquisa em Fotografia (Nfoto).
Eduardo Bentes Monteiro (Duda Bentes), 1955, Rio de Janeiro, RJ Eduardo Bentes Monteiro é graduado em Ciências Sociais pela Universidade de Brasília (1990), e mestrado em Comunicação pela Universidade de Brasília (1997). Atualmente, é Professor Assistente da Universidade de Brasília. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Comunicação Visual. Atuando principalmente nos seguintes temas: Teorias da Comunicação, Técnicas da Comunicação, Fotografia, Hermenêutica Profunda, Comunicação Visual. Foi presidente da União dos Fotógrafos de Brasília.
Eduardo Queiroga, 1969, Recife, PE Eduardo Queiroga é formado em Jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco e trabalha
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com fotografia desde 1990. Atualmente, é professor do bacharelado em Fotografia nas Faculdades Integradas Barros Melo, em Olinda, PE, e coordenador do projeto Fotolibras. Entre suas principais exposições estão “Sobreposições”, individual que já passou pela Arte Plural (PE), e Capitania das Artes (RN), IX Bienal do Recôncavo – Centro Cultural Dannemann (São Félix – Bahia – novembro 2008), III Mostra Recife de Fotografia (agosto 2008), 14º Concurso Latino-Americano de Fotografía Documental “Los Trabajos y los Días (Colômbia – Medelin – Museo de Antioquia – maio de 2008) e Linguagens (Torre Malakoff – agosto 2007). Já foi repórter fotográfico do Jornal do Commercio, é um dos fundadores da Agência Lumiar de Fotografia, da Algaroba Cultura Fotográfica e da Gema.
Arte de São Paulo. Entre livros publicados se destacam Um Inverno, Edusp, 2010 e Depois do Inverno, Instituto Tomie Ohtake/Edusp, 2010.
recente a Semana Potiguar de Fotografia, no qual trabalhou na produção.
José Carlos Mamede, 1965, Salvador, BA
Renata Maria Victor de Araujo, 1966, Recife, PE
José Carlos Mamede é graduado em Jornalismo (1992), e mestrado em Comunicação e Cultura Contemporânea (1997), pela Universidade Federal da Bahia. Atualmente é professor do Departamento de Comunicação da Universidade Federal da Bahia, onde coordena o Labfoto – Laboratório de Fotografia, desde 2006. Tem experiência de ensino e pesquisa na área de Comunicação, com ênfase em Ciências da Comunicação e Novas Tecnologias, atuando principalmente no campo da fotografia.
Renata Maria Victor de Araujo é graduada em Comunicação Visual pela Universidade Federal de Pernambuco (1986), com especialização em Design também na UFPE. Atualmente, é coordenadora e professora do curso de graduação em Fotografia da Universidade Católica de Pernambuco. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em fotojornalismo, fotopublicidade e curadoria em exposições fotográficas. Foi editora de fotografia do Jornal do Commercio, de Recife, entre 1988 e 1998.
João Luiz Musa, 1951, São Paulo, SP
Maria Bernadete Brasiliense, 1958, Jataí, GO
Ricardo Magoga Gallarza, 1962, Restinga Seca, RS
O fotógrafo João Luiz Musa é graduado em engenharia de Produção pela USP (1974), Mestrado em Artes (1990) e Doutorado em Artes em (1999). Atualmente é professor da disciplina de Fotografia no curso de Artes Plásticas da USP. Suas áreas de atuação são fotografia, edição, sensitometria, recuperação, memória, documentação e digitalização. De 1976 a 1978, foi professor titular de fotografia da Faculdade Comunicações e Artes Plásticas Farias Brito, responsável pelos cursos de fotografia nos cursos de Comunicação Visual, Educação Artística e Artes Plásticas, São Paulo. Entre 1976 e 1980, foi responsável pelo Laboratório Didático junto ao Laboratório de Recursos Audio-Visuais da FAU/USP, São Paulo. De 1980 a 1984, atuou como Pesquisador Cultural na área de fotografia, junto ao arquivo de negativos do Departamento de Patrimônio Histórico da Secretaria da Cultura do Município de São Paulo, pela Divisão de Iconografia e Museus. Com Raul Garcez (1949-1987), Sérgio Burgi e Cristiano Mascaro, entre outros, João Musa integra, na década de 1970, o Movimento Photo USP, em São Paulo. Na falta de uma formação acadêmica especializada na área, esses fotógrafos montam laboratórios nas Faculdades de Engenharia e Arquitetura da Universidade de São Paulo. Desde 2006, faz parte do Comitê Técnico Consultivo para apoio das exposições e atividades ao Prof. Dr.Teixeira Coelho, no Museu de
Maria Bernadete Brasiliense é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário de Brasília e mestre em Comunicação pela Universidade de Brasília. Foi professora e diretora do Centro de Pesquisa Fotográfica do Ceub e atualmente leciona na Universidade Católica de Brasília. Em 1988 criou O Projeto Luz Agência de Produção Fotográfica e trabalhou no Jornal Correio Braziliense em 1980. Entre 1987-1990 foi professora e diretora do Clube de Fotografia do Ceub.
Ricardo Magoga Gallarza é professor da Universidade do Vale do Itajaí, SC, desde 1999, onde atua como coordenador dos cursos de graduação e pós-graduação em Fotografia. É também professor de fotografia dos cursos de Design de Moda e Gráfico, do curso superior de tecnologia em fotografia e dos cursos de pós-graduação em Gastronomia e Fotografia. É sócio da RGF Comunicação e Culura, na qual é editor da revista Foto Grafia: Revista Acadêmica de Fotografia.
Pablo Pinheiro, 1977, São Paulo, SP Pablo Pinheiro é formado em Publicidade e Propaganda pela Universidade Paulista, onde mais tarde coordenou e lecionou os cursos de Comunicação Digital e Fotografia Digital, durante o período de 2003 a 2005. É hoje o principal responsável pelos cursos livres do Estúdio P. Em Natal, RN. Lecionou a disciplina de Fotografia na Universidade Potiguar (UnP), durante o período de 2006 a 2008, e Fotografia Publicitária na Fanec, durante o ano de 2007, ambas no curso de Comunicação Social. Realizou dois encontros da fotografia local em formatos de mesa redonda na UnP. Participou e participa de diversos eventos culturais em Natal, que visam fomentar o conhecimento fotográfico, sendo o mais
Rogério Zanetti Gomes, 1966, Ponta Grossa, PR Rogério Zanetti Gomes é graduado em Desenho Industrial pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (1988), com especialização em Fotografia pela Universidade Estadual de Londrina (1998), e mestrado em Desenho Industrial pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2009). Atualmente, é professor da Universidade Norte do Paraná no curso de Artes Visuais – multimídia; coordenador da pós-graduação no nível de especialização em Design, Cognição e Mídia da Faculdade Pitágoras. Pesquisador nas áreas de Artes Visuais, Comunicação Visual e Design Gráfico
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Rose May Carneiro, 1969, Santos, SP Rose May Carneiro é mestre em comunicações e processos culturais pela Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (FAC/UnB). É professora de fotojornalismo e introdução à fotografia no Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb). Na Universidade de Brasília, defendeu a dissertação “O mito da marginalidade no filme O Bandido da Luz Vermelha”, sob a orientação do semioticista Luiz Carlos Assis Iasbeck. Fez cinema na Faap/SP.
Susana Dobal, 1965, Rio de Janeiro, RJ Susana Dobal é professora na Universidade de Brasília e uma das fundadoras do Grupo Ladrões de Alma. Fez mestrado no International Center of Photography/New York University e doutorado em História da Arte no Graduate Center/CUNY. Participou de diversas exposições individuais e coletivas em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Nova Iorque, Madrid, Buenos Aires e Nice. Publicou o livro Peter Greenaway and the Baroque: writing puzzles with images (Berlin: LAP, 2010).
B) INSTITUIÇÕES DE ENSINO E GRADUAÇÕES
Bacharelado em Fotografia – Centro Universitário Senac O curso de bacharelado em Fotografia do Centro Universitário Senac São Paulo, foi o primeiro curso superior de Fotografia da América Latina. Em 1995, a instituição iniciou estudos para implementar um curso no campo da educação superior. Os professores consultaram fotógrafos, editores, curadores, laboratoristas, profissionais como Boris Kossoy, Eduardo Castanho e Cristiano Mascaro, entre outros, sobre a viabilidade do empreendimento. Em 1996, a unidade especializada em Comunicação e Artes, que já dedicava-se aos cursos livres de fotografia, se instala no bairro da Lapa e abriga o Bacharelado, onde permanece até hoje. Os dois anos seguintes foram marcados pelos trâmites ne-
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cessários à viabilização e aprovação do MEC, e em fevereiro de 1999 as aulas tiveram início com aula magna e exposição fotográfica de Cristiano Mascaro, na galeria que já recebeu mostras de Claudia Andujar, Maureen Bisilliat, David Drew Zingg, Sebastião Salgado, Lewis Hine, Marc Riboud, Pedro Martinelli, Thomaz Farkas, entre outros O reconhecimento pelo sucesso da iniciativa não tardaria. Em meados de 2002, quando a primeira turma se formou, o curso obteve distinção máxima do MEC, sendo agraciado com o conceito A. No primeiro momento, a área de fotografia da entidade, que cuidava do Bacharelado, era coordenada por Maria Eunilde Montanino, com consultoria de Thales Trigo e Marcos Lepiscopo. Também foram coordenadores do curso Rosana Beneton e Soledad Galhardo. Durante o ano os alunos participam de intercâmbios artísticos e culturais por meio de parcerias internacionais, como a do Instituto Português de Fotografia, de Portugal e da École Nationale Supérioure de La Photographie, em Arles na França. Alunos formados no curso têm recebido inúmeros prêmios em concursos internacionais e nacionais, obtendo destaque em publicações e exposições fotográficas no Brasil e no exterior. Entre os professores atuais e antigos do curso destacam-se Antonio Saggese, Bebete Viegas, Denise Camargo, Eder Chiodetto, Fernando Fogliano, Helouise Costa, João Pregnolato, João Kulcsár, Kenji Ota, Leandro Melo, Livia Aquino, Patricia Gatto, Patricia di Fillipi, Paula Palhares, Paulo Rossi, Simonetta Persichetti, Thales Trigo, Wladimir Fontes, e Yara Schreibeir. Em 2012 o curso passará a ser ministrado nas novas instalações no Campus Santo Amaro. A coordenação atual é feita por Bebete Viegas e João Kulcsár.
Bacharelado em Fotografia – Faculdade Panamericana O curso de Bacharelado em Artes Visuais – Fotografia, da Escola Panamerica de Arte – Faculdade de Arte e Design, com sede em São Paulo, SP, teve início no segundo semestre de 2011. O curso é coordenado por Francisco Lopes e, segundo a entidade, pode oferecer o Bacharelado ao aluno com um curso de apenas 3,5 anos. Entre algumas de suas disciplinas estão Antropologia Visual, Crítica em Fotografia, Curadoria, Desenho, Edicão de Imagens, Estudio fotográfico, Éti-
ca e legislação, Fotografia de gastronomia, de arte e espetáculos; Fotografia Cultura e Memória; fotografia no Brasil, Gestão e captação de recursos, História da Arte, Sociologia e Menthoring. Entre outros no corpo docente estão, Eder Chiodetto e Ricardo Hantzschel.
Bacharelado em Fotografia – Faculdades Integradas Barros Melo (AESO) O Bacharelado em Fotografia das Faculdades Integradas Barros Melo, em Olinda, PE, é o primeiro da área no Norte-Nordeste e o segundo no Brasil. Foi fundado em 2007 e tem duração de sete semestres. O curso mantém o blog de Esquinas da Imagem é coordenado pelo fotógrafo e professor Eduardo Queiroga.
Curso de Graduação em Fotografia – Universidade Anhembi Morumbi O Curso de Graduação em Fotografia faz parte da grade curricular da Universidade Anhembi Morumbi, com sede em São Paulo, SP, que tem histórico de lançamento de cursos inéditos no Brasil, e em parceria com a Rede Internacional de Universidades Laureate. Atuante desde a década de 1970, atualmente com diversas sedes na cidade de São Paulo. Oferece curso de graduação e de pós-graduação em Fotografia, além de realizar o Fórum de Fotografia. Os cursos são coordenados por Lucy Figueiredo, e correspondem a um projeto pedagógico para atender à demanda da região para qualificar profissionais do mercado fotográfico e audiovisual. O curso de graduação foi criado em 2007 e atende 200 alunos por ano. E o curso de pós-graduação em Cinema, Vídeo e Fotografia foi criado em 2006, atendendo 100 alunos por ano. A Universidade conta com uma infraestrutura com estúdios de foto, vídeo, laboratórios químico e digitais, ateliês e videoteca, entre outras facilidades.
Curso de Especialização em Fotografia: Práxis e Discurso Fotográfico – UEL O curso, da Universidade Estadual de Londrina, PR, foi criado em 1997. E segundo seus diretores, é o mais antigo curso de pós-graduação em fotografia do
país. Voltado para a preparação de docentes para o ensino de fotografia, para a pesquisa e geração de conhecimentos e capacitação para o mercado de trabalho, já formou e titulou mais de 300 profissionais. O curso prima pela relevância da pesquisa, pela consistência teórica e pelo aprimoramento técnico. Para tanto, além do corpo docente permanente da UEL, promove a participação de professores, pesquisadores e profissionais de diversos estados do país.
Curso de Especialização em Fotografia – Univali O Curso de Especialização em Fotografia da Universidade do Vale do Itajaí – Univali, em Santa Catarina, é ofertado desde 2007 e visa a atualização teórico-prática, tendo como base o uso de novas tecnologias, associadas ao desenvolvimento social regional visto de um ponto de vista global. Por meio de três eixos principais – teórico, tecnológico e projetual – aborda aspectos da cultura audiovisual, com enfoque na fotografia. Também trata do uso da imagem nas relações humanas, o uso de novas tecnologias de produção e o aprimoramento do olhar fotográfico.
Curso de Extensão em Fotografia – Dart/UFCG Curso semestral de extensão promovido pela Universidade federal de Campina Grande (UFCG), desde 2003, em Campina Grande, PB. O curso tem aproximadamente 30 alunos por semestre e é coordenado por Sóstenes Carneiro Lopes.
Curso de pós-graduação em Cinema, Vídeo e Fotografia – Universidade Anhembi Morumbi O Curso de pós-graduação em Cinema, Vídeo e Fotografia é de especialização, e faz parte da grade curricular da Universidade Anhembi Morumbi, com sede em São Paulo, SP, que oferece um pensamento reflexivo sobre as questões relacionadas ao Cinema, ao Vídeo e à Fotografia, somados à elaboração de uma produção videográfica, fotográfica ou em multimeios. Tem como objetivo perceber a inter-relação
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das linguagens no contexto da produção audiovisual e artística contemporânea; evidenciar o uso das novas tecnologias e hibridismos das imagens na contemporaneidade e seus desdobramentos na escolha de diversos suportes; destacar a inter-relação do som no universo das imagens; estimular a produção dessas linguagens, pautada pela criatividade, domínio técnico, coerência estética e conceitual e formar um profissional capacitado a uma gramática do ver, estimulado pela reflexão e criatividade. Sob coordenadoria da Profa. Lucy Figueiredo, o curso tem duração de dois semestres de disciplinas e um semestre para elaboração da produção prática e da monografia. Especialização ministrada no Campus Vila Olímpia.
Curso de pós-graduação Fotografia e Imagem e Movimento – Universidade Positivo o Curso de pós-graduação Fotografia e Imagem e Movimento é um curso desenvolvido no Instituto IDD, Faculdades Essei e na Universidade Positivo, em Curitiba, PR. É uma Especialização Lato Sensu em Fotografia e Imagem em Movimento idealizada por Joseane Daher, com duração de dois anos e aulas quinzenais. Tem como principal objetivo abordar a fotografia e as imagens em movimento em seus diversos campos de aplicação, oferecendo as ferramentas técnico-metodológicas para a compreensão, utilização e discussão das imagens, tanto na formação/reciclagem profissional, quanto em nível filosófico. A 1ª edição ocorreu em 2009, no Insituto IDD, em parceria com as Faculdades Essei, em Curitiba. A 2ª edição iniciou em março de 2011, na Universidade Positivo, também em Curitiba. Possui em sua grade, professores como: Cristiano Mascaro, Leopoldo Plentz, Miguel Chikaoka, Milton Guran, Rosely Nakagawa, Rubens Fernandes Júnior, Sérgio Burgi e Simonetta Persichetti.
Curso de pós-graduação em Fotografia “Fotografia e Mercado” – Unitri O curso de pós-graduação em Fotografia “Fotografia e Mercado” do Centro Universitário do
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Triângulo, Unitri, de Minas Gerais, é oferecido desde o segundo semestre de 2011. A carga horária do curso é de 360 horas e compreende disciplinas como História da Fotografia, Linguagem Fotográfica, Semiótica da Imagem,Gestão de Negócios em Comunicação, Recursos Analógicos e Digitais, Fundamentos e prática do fotojornalismo, fotografia e Marketing de Serviços, entre outros.
Curso de pós-graduação em Fotografia – Faap O Curso de pós-graduação em Fotografia das Faculdades Armando Álvarez Penteado (Faap), teve início em 2011. É coordenado pelo professor e pesquisador Rubens Fernandes Junior e pela professora e antropóloga Georgia Quintas, com carga horária de 408 horas. Há uma especial atenção aos novos caminhos da fotografia documental, que envolve diálogos com outras linguagens, sua difusão pelas redes, uma forte penetração nos espaços dedicados à arte contemporânea, e uma redefinição de seu papel de memória. Entre os professores: Antonio Saggese, Rosely Nakagawa, Armando Prado, Kenji Ota, Ronaldo Entler, Livia Aquino, Helouise Costa, Fernando Fogliano, Cecília Salles, Sergio Burgi, Millard Schisler, Guilherme Maranhão, Marília Palhares, Humberto Pereira, João Guedes.
Curso de pós-graduação em Fotografia – Universidade Cândido Mendes O curso de pós-graduação em fotografia “Imagem, Memória e Comunicação” da Universidade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, RJ, foi criado em 2011. Com duração de 360 horas, o curso é coordenado pelo professor Andreas Valentin. Seus módulos são: A construção histórica da fotografia; O processo fotográfico; linguagem fotográfica; fotografia e memória; a fotografia no Brasil; Fotografia e comunicação; Arte e tecnologia e Orientação e pesquisa. No corpo docente: Ana Maria Mauad, Antonio Fatorelli, Fernando de Tacca, Joaquim Marçal, Joaquim Paiva, Marcla Mello e Milton Guran.
Curso de pós-graduação em Fotografia – Unopar
Curso de pós-graduação em Fotografia: Técnica, Linguagem e Mídia – UNA
O curso de especialização em Fotografia da Universidade Norte do Paraná (Unopar), em Londrina, PR, foi criado em 2011 e tem carga horária de 500 horas, com a coordenação de Rogério Zanetti Gomes.
O curso pós-graduação em Fotografia: Técnica, Linguagem e Mídia foi criado em 2010 pelo Centro Universitário UNA, de Belo Horizonte, MG. Com carga horária de 360 horas, o curso é coordenado por Maria Magda de Lima Santiago.
Curso de pós-graduação Fotografia e Imagem – Fama Escola Superior de Marketing
Curso de pós-graduação “Poéticas Visuais: Gravura, Fotografia e Imagem Digital” – Feevale
O curso de pós-graduação da Escola Superior de Marketing, em Recife, PE, foi criado em 2008 e é coordenado por Patrícia Luna. É especialização em fotografia e imagem, possuindo carga horária de 368 horas. Em sua grade curricular constam: História da Arte aplicada em Fotografia, Fotografia e Laboratório Experimental, Ética profissional, técnicas fotográficas, estúdio, prática fotográfica, planejamento e montagem de exposições, fotografia digital e tratamento de imagem, iconografia, direção de fotografia em cinema, entre outras matérias.
O curso de pós-graduação Poéticas Visuais: Gravura, Fotografia e Imagem Digital é realizado em Novo Hamburgo, RS, pela Universidade Feevale, desde 2000. O curso é coordenado por Clovis Vergara de Almeida Martins Costa e tem carga horária de 360 horas. Entre as disciplinas estão Arte Contemporânea, Articulação teórico-prática, Laboratório de Gravura, e seminários de Intersecções Imagens nas Artes.
Curso de pós-graduação em Fotografia e Mercado – Faculdade Pitágoras
O curso foi criado em 2005, tem sede em Vila Velha, ES, com duração de dois anos e de formação específica, e é coordenado por Marcia Capovilla. Seu objetivo é formar um profissional com sensibilidade e capacidade de realizar projetos fotográficos pautados em técnicas já conhecidas e em novas tecnologias, visando uma formação profissional nas áreas de publicidade, jornalismo, imagem industrial, moda e fotografia científica, entre outros.
O Fotografia e Mercado é um curso de pós-graduação promovido desde 2010 pela Faculdade Pitágoras, de Londrina, PR. Com carga horária de 360 horas, é coordenado por Hertz Wendel de Camargo e destinado à formação de profissionais com visão aprofundada dos processos de criação fotográfica e conhecimento de processos mercadológicos. Tem parceria para aulas práticas com o Estúdio do Caximbo, o maior e mais equipado de Londrina. O trabalho de conclusão é prático e o aluno deverá entregar um ensaio fotográfico de sua autoria ao final do curso. Algumas das disciplinas se destacam: Fotografia e Arte Contemporânea, Tratamento de Imagem Digital, Direção de Arte em Fotografia, Fotografia e Linguagem Audiovisual. As aulas práticas compreendem os maiores segmentos de atuação do fotógrafo: Gastronomia, Moda, Arquitetura e Decoração, Espetáculo e Natureza. Entre os professores, Wilson Oliveira e Nilo Biazetto.
Tecnologia em Fotografia – Centro Universitário Vila Velha
Tecnologia em Fotografia – Ceunsp O Curso de tecnologia em Fotografia, com duração de dois anos, do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (Ceunsp), com sede em Salto, SP, foi criado em 2006 e é coordenado por Felipe Matos Sales. O curso conta com estúdios de Cinema, Fotografia, Televisão, Rádio e Teatro Escola com 250 lugares, totalmente equipado, pavilhão de eventos com mais de 8.000 m 2, laboratórios de Informática, Áudio com Pro Tools, Revelação e Ampliação de
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35mm e médio formato, Vídeo em HD (alta definição), Redação de Jornalismo, Agência Experimental, Auditórios Multimeios climatizados, entre outras facilidades.
de graduação em Fotografia. Tem duração de 1.605 horas e é coordenado por Renata Maria Victor de Araújo.
Tecnologia em Fotografia – Unip Tecnologia em Fotografia – Faculdade Cambury Curso de tecnologia em fotografia oferecido desde 2006 pela Faculdade Cambury, em Goiânia, GO. Coordenado por Alberto Cesar Maia, o curso tem duração de dois anos. Trabalha teoria e prática dos processos de criação e edição de vídeo e fotografia. Producão de projetos audiovisuais, técnicas de conservação e recuperação de imagens e softwares de tratamento de imagens, entre outras disciplinas. O curso, segundo a faculdade, é reconhecido pelo MEC, na graduação como tecnólogo.
Tecnologia em Fotografia – Iesb O curso foi criado em 2010, pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb), de Brasília, DF. Tem duração de quatro semestres e seu coordenador é Paulo Duro. Trabalha na aplicação das especificidades da atividade fotográfica dentro dos novos desafios que a tecnologia apresenta, garantindo a identidade do perfil profissional, por meio do desenvolvimento de habilidades e competências específicas, incluindo fundamentos tecnológicos, científicos e humanísticos necessários ao desempenho do profissional de fotografia.
O curso de Tecnologia em Fotografia é oferecido pela Universidade Paulista (Unip), em São Paulo, Campinas, Santos e Sorocaba, SP, desde 2005. Com coordenação de Ivan Daliberto Frugoli, o curso tem duração de dois anos.
Tecnologia em Fotografia – Univali O Curso Superior de Tecnologia em Fotografia da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Santa Catarina, é um curso de graduação ofertado desde 2009, que visa formar Tecnólogos em Fotografia com conhecimentos técnico-científicos e culturais, princípios éticos e práticas interdisciplinares, para planejar, executar e gerenciar processos de produção fotográfica, articulando técnica, estética e simbologia, atento às inovações conceituais, tecnológicas e comportamentais intervenientes na concepção da imagem fotográfica. O curso tem duração de 4 semestres e 1.065 horas/aula. As aulas acontecem nas sedes da Universidade, em Florianópolis e em Itajai, coordenado pelo Prof. Ricardo Magoga Gallarza. Na unidade de Florianópolis, a coordenação é do Prof. Renato Buchele Rodrigues.
Tecnologia em Fotografia – Universidade de Caxias do Sul Tecnologia em Fotografia – Ulbra O curso da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) em Canoas, RS, foi criado em 2002 e tem duração de quatro semestres. É coordenado por Antônio Sobral.
Tecnologia em Fotografia – Unicap O curso de Tecnólogo em Fotografia, da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), em Recife, PE, foi criado em 2011, como curso tecnológico
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O curso de Tecnologia em Fotografia da Universidade de Caxias do Sul foi criado em 2003, e é coordenado por Edson Luiz Scain Corrêa. Com sede na cidade de Caxias do Sul, RS, tem duração de três anos, oferecendo módulos como Produção fotográfica, em setores de mercado como o de propaganda e marketing, moda e decoração, segmento técnico-científico, fotografia documental e editorial; atuação em empresas jornalísticas, cinematográficas, laboratórios especializados, comércio de equipamentos fotográficos, centros de pesquisas, estúdios e escritórios de decoração/arquitetura e moda.
Tecnologia em Fotografia – Universidade Estácio de Sá Curso de tecnologia em fotografia oferecido pela Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, RJ. O curso é coordenado por Sady Bianchin. Tem duração de três anos e é oferecido desde 1998.
nas mais diversas áreas da fotografia, workshops e cursos de técnicas avançadas. As aulas são presenciais e acontecem em sala de aula, e/ou em laboratórios e/ou em campo. A universidade utiliza métodos de caso, simulações, aulas expositivas, práticas e discussão em grupo, realização de trabalhos, apresentações e atividades práticas direcionadas.
Tecnologia em Fotografia – Universidade Tuiuti Paraná
2. CURSOS LIVRES O Curso Superior de Tecnologia em Fotografia da Universidade Tuiuti Paraná, com sede em Curitiba, PR, foi criado em 2008 e é coordenado por Josélia Schwanka Salomé. A duração do curso é de dois anos. Forma profissionais que operam equipamentos e utilizam técnicas de produção, obtenção e processamento de imagens fotográficas, tanto analógicas quanto digitais, para atuar no âmbito da produção fotográfica, em setores de mercado como o de propaganda e marketing, arte, moda e decoração, segmento técnico-científico, fotografia documental e editorial. Podem, ainda, atuar em empresas jornalísticas, cinematográficas, laboratórios especializados, comércio de equipamentos fotográficos, centros de pesquisas, museus e centros culturais, estúdios e escritórios de decoração, moda e arquitetura, bem como, de forma autônoma ou como empregado, na prestação de serviços de fotografia. Conta ainda com o Ceartes – Centro de Artes e Computação Gráfica, vinculado ao curso de Artes Visuais, espaço destinado a atividades de pesquisa, criação, confecção de projetos e trabalhos na área das artes e da computação gráfica, envolvendo exposições, eventos, cursos de computação e animação gráfica, tendo como apoio a programação visual realizada por meio do computador.
Universidade da Fotografia A “Universidade da Fotografia” está no campus I da Universidades Integradas (Upis), com sede em Brasília, DF. O objetivo da instituição é o desenvolvimento de pesquisas técnicas, científicas, artísticas, desenvolvimento de cursos livres, troca de experiências e valorização da prática fotográfica e dos profissionais do setor. São oferecidos cursos
Câmera Com A Câmera Com é uma escola de fotografia com sede em Florianópolis, SC, criada em 2001 por Edu Lyra. É coordenada por Edu Lyra e Carolina Vidal. A escola oferece cursos livres de fotografia, workshops e passeios fotográficos.
Câmera Viajante – Escola de Fotografia e Cinema A Câmera Viajante- Escola de Fotografia e Cinema, tem sede em Porto Alegre, RS. Foi criada em 1999, por Rogério Pedroso do Amaral Ribeiro e Karla Nyland. Originalmente, era para práticas fotográficas ao ar livre, depois criou uma sede para atender a demanda do público, com salas de aula, estúdio e salas de tratamento/edição de imagem. Aos cursos básicos de fotografia foram sendo agregados cursos avançados em áreas como fotojornalismo, retrato, moda e eventos, dentre outros. Hoje, conta também com um curso de Fotografia Profissional e cursos de Cinema Digital. Além disso, promove atividades culturais como encontros, saraus, exposições (também no interior do estado) e bate-papos sobre a fotografia e cinema. Em 2007 e 2009, promoveu o fórum Interlocuções do Imaginário, um diálogo entre a fotografia e outras artes visuais. A Escola conta com uma galeria que recebe exposições como a de Tadeu Vilani “Qué Passa Compadre?”, na sua inauguração. Possui, ainda, um patrimônio constituído por uma cinemateca com 110 títulos, biblioteca com 378 livros, 112 obras fotográficas e um acervo de equipamentos fotográficos antigos.
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Cursos livres de fotografia – Escola Panamericana A Escola Panamericana de Arte, com sede em São Paulo, SP, oferece em sua grade de cursos de curta duração os seguintes cursos livres de fotografia: Fotografia de Design de Interiores e Arquitetura (30 horas), História da Fotografia (36 horas), Fotografia como Hobby (36 horas), Fotografia Instrumental (30 horas) e Foto Gourmet (30 horas).
Cursos Livres de Fotografia Senac-SP O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) de São Paulo, além de gerenciar o curso de graduação em fotografia (bacharelado), e pós-graduação (Lato Sensu), também em sua unidade Lapa Scipião, em São Paulo, SP, promove cursos livres de fotografia regulares e especiais. Entre eles: Ensaio Pessoal, Formação básica em Fotografia, Fotografia Digital, Fotografia Publicitária, Fotografia de Arquitetura, Fotografia de Casamento, Fotografia de Moda, Beleza e Retrato; Fotojornalismo Digital, Introdução à fotografia digital, Introdução à Iluminação para Estúdio, Laboratório, Oficinas de Flash, Produção de fotografia publicitária, Retrato comercial, Retrato e Book e Tratamento de imagem digital para fotógrafos. Os cursos têm certificados, e as instalações técnicas são as mesmas utilizadas pela Universidade, com equipamento de última geração. Entre os fotógrafos que já deram ou dão aula na entidade, estão, Nelson Kon, Paulo Rossi, Juan Esteves, Ricardo Teixeira, Marcelo Leiner e Clicio Barroso.
Cursos Livres MAM O Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), com sede em São Paulo, SP, além de promover o Clube de Fotografia e sua coleção de imagens, com mais de 2.000 exemplares, também promove cursos livres entre prática e teoria da fotografia e assuntos afins, reunindo fotógrafos e professores como educadores. Entre eles estão: “Fotografia básica” com Karina Bacci,“ Fotografia=Luz marginal procura corpo vago” com Gal Oppido, “Foto-
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grafia Autorial, com Marcelo Greco, “Ensaio Fotográfico” com Éder Chiodetto, “O universal está no meu Quintal” com Nair Benedicto, “Imagem, Estilo e Identidade” com Magnólia Costa, “História da Fotografia (três módulos) ” com Simonetta Persichetti, “Pensadores da Fotografia” com Simonetta Persichetti, e “Cinema e Arte Contemporânea” com Pedro França.
enfoco – Escola de Fotografia A enfoco, Escola de Fotografia, teve sede em São Paulo, SP. Funcionou de agosto de 1968 a julho de 1976. A Enfoco foi criada por Cláudio “Clode” Kubrusly, que trabalhava na sucursal paulistana do extinto Jornal do Brasil. Segundo Kubrusly, após ter sido demitido, foi convidado por um casal que vendia livros na redação para montar um pequeno curso de fotografia. Kubrusly não se considerava um fotógrafo, “nem mesmo um repórter fotográfico”, escreveu ele, mas gostava de ensinar. A tal parceria com o casal não aconteceu, mas desempregado, ele resolveu criar a escola com a ajuda de alguns amigos, como Sandra Abdalla, Carlos Ebert, Pedro Martinelli, Lucio Kodato, Moacir Amaral e Rubens Matuck entre outros. Ao longo de sua existência, a enfoco tentou algumas parcerias, que, segundo Kubrusly, funcionaram por algum tempo: Importécnica, Fotoptica, Escola Brasil, Imagem-Ação, Istituto de Artes e Decoração, IAD, Inak e Equipamentos de Iluminação. Pela escola passaram professores como Maureen Bisilliat e Cristiano Mascaro, entre outros. Como monitores, Hilton Ribeiro, Lúcio Kodato, Luiz Eduardo Martins. Entre os vários fotógrafos que se consagraram na fotografia brasileira passaram pela enfoco: Antônio Saggese, Antônio Saggese, Cláudia Scatamacchia, Dulce Soares, Euclides Sandoval, Gil Monteiro Ribeiro, Hilton Ribeiro, Hugo Amaral Gama, Josemar Carvalho Ribeiro, Leonardo Crescenti, Lily Sverner, Lúcio Kodato, Luis Sérgio Chvaicer, Nair Benedicto, Paulo Klein, Regina Stella D’Ângelo, Richard Kohout, Roberto de Guglielmo, Rodrigo Whitaker Salles, Rosa Gauditano, Rosely Nakagawa, Stefânia Bril, Suzana Amaral, Thales Trigo, Vera Galli, Vera Roquete Pinto, Zé de Boni, Mazda Peres, Ella Durst e Pedro Martinelli.
Escola de Fotografia Imagem-Ação A Escola de Fotografia Imagem-Ação, uma das mais celebradas escolas de fotografia do Brasil, teve sede em São Paulo, SP, e foi criada por Elisabete Feijó e seu irmão Claudio Feijó, em setembro de 1972, mas registrada legalmente em 1973. Por suas salas de aula e exposições passaram diversos fotógrafos, hoje renomados. Teve início com um grupo de interessados em fotografia, como Vera Simonetti, Nair Benedicto, Libertad M. Sanches, Bete Feijó, Maria Elisa Jardim, Ayrton Ribeiro e outros. Ao longo de seu funcionamento, mais de 20 mil alunos passaram pela escola. Foi pioneira em laboratório de foto cor de uso amador e promoveu durante anos as Semanas de Fotografia da Imagem-Ação. Encerrou suas atividades em 2000, mas está agregada hoje na Oficina de Descondicionamento do Olhar, da qual Claudio Feijó é seu coordenador.
sos ocorrem palestras que podem ser estendidas à visitantes, mediante pagamento específico. Entre os palestrantes, destacam-se Georgia Quintas, Eder Chiodetto, João Wainer, Ed Viggiani, Claudia Jaguaribe, Marcia Fortes. A escola dispõe de uma excelente biblioteca de arte, fotografia e design, e uma ampla videoteca para os alunos.
Estúdio 300 Escola de fotografia Estúdio 300, com sede em Belo Horizonte, MG, foi criada por José David de Azevedo Aguiar. A escola promove cursos livres como tratamento de imagens, linguagem fotográfica, história da fotografia, processos alternativos e históricos (cianótipo, kalitipia, goma bicromatada, salted paper, papel albuminado, processos cruzados, produção de negativos digitais), mesclagem de processos alternativos/digitais, entre outros.
Escola de Fotografia Local Foto Estúdio He Fundada por Fernanda Cunha Oliveira, José Wagner da Silva e Eduardo Soares Queiroz. As atividades da escola ainda estão sendo realizadas sem periodicidade, e o planejamento é criar um cronograma para 2012.
Escola São Paulo – Espaço de Cultura Contemporânea A Escola São Paulo, com sede na cidade homônima, foi criada e é dirigida por Isabella Prata. Promove cursos livres em diversas áreas, como Artes Visuais, Cinema, Vídeo, Design e Fotografia. Nesta última, oferece cursos como: Fotografia Prática: Noções Básicas, Processos Criativos na Fotografia: Pensamento e Prática, Fotografia Prática: Aprimorando Conceitos, entre outros, com professores como Bob Wolfenson, Claudia Jaguaribe, Gabriel Boieras e Melissa Szymanski. Também oferece um curso de longa duração voltado à filosofia e técnica fotográfica, coordenado por Juan Esteves e Marcos Issa (que também fazem parte do corpo docente), que conta com profissionais como Clicio Barroso e Gabriel Boieras como professores. Dentro dos cur-
A Estúdio HE é uma escola de fotografia com sede em Fortaleza, CE. Destinada a cursos, workshops, palestras, oficinas e outras atividades em fotografia, a escola tem uma sede com mais de 100 m2, e dispõe para os alunos uma biblioteca de cerca de 320 livros de fotografia, equipamentos de estúdio e equipamento para apresentação de portfólios e palestras. O “He” do estúdio simboliza o elemento químico Hélio, que significa sol em latim. O Hélio é o gás mais abundante nessa estrela, nossa grande fonte de luz natural. E a fotografia é a escrita da luz, daí ser a referência.
Foto Oficina Escola de Fotografia Escola de fotografia fundada em 2003, por Carlos Carvalho, em Porto Alegre, RS. Promoveu cursos livres de fotografia como Fotografia Básica, Fotojornalismo, Fotografia Documental, e tratamento de imagens. Teve suas atividades interrompidas em 2007, quando os cursos foram incorporados ao FotoFestPoa.
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Full Frame Escola de Fotografia A Full Frame é uma escola de fotografia com sede em São Paulo, SP. Foi idealizada em 2007 por Rodrigo Zugaib e Thales Trigo. Oferece cursos regulares, especializações, além de workshops e um curso profissionalizante. Trigo é fotógrafo profissional desde 1983, e foi durante 15 anos Coordenador e Professor dos cursos livres, do Bacharelado em Fotografia e do curso de Pós – Graduação Lato – Sensu em Fotografia do Senac – SP.
Huma – Escola de Fotografia A Huma – Escola de Fotografia é uma escola criada em março de 2010 pelo fotógrafo Hugo Macedo, em Natal, RN. Promove cursos livres de fotografia como Fotografia Básica e Avançada, Formação Profissional, Fluxo Digital, Estúdio Básico e Avançado, Fotojornalismo e Paisagem. Já atendeu aproximadamente 250 alunos.
IIF – Instituto Internacional de Fotografia O IIF – Instituto Internacional de Fotografia, é uma escola com sede em São Paulo, SP, criada em 2009 pelo fotógrafo Danilo Russo. Oferece workshops, cursos livres e especializações. A escola é uma evolução dos workshops ministrados pelo fotógrafo já em 2001.
Oficina Descondicionamento do Olhar A Oficina Descondicionamento do Olhar foi criada e desenvolvida pelo fotógrafo paulista Claudio Feijó desde 1978, e aperfeiçoada em parceria com Tatiana Feijó. A oficina tem por objetivo amparar a pedagogia aplicada ao ensino da fotografia e promover o desenvolvimento da linguagem e do olhar criativo do indivíduo para expressão pessoal e/ou profissional. Anteriormente intitulada “Vivenciando as Imagens”, foram realizadas, aproximadamente, 100 edições, em diversos locais do Brasil, e para as áreas corporativa, educacional e de desenvolvimento criativo. A oficina já atendeu por volta de três a cinco mil pessoas desde o início do projeto. Sua peculiaridade está na sua
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proposta, que foge do ensino da técnica fotográfica, ou de teorias da fotografia, e busca o contato direto com as sensações e emoções por meio de exercícios, dinâmicas e vivências, como jogos, dramatizações e técnicas de sensibilização, etc. Hoje, a oficina é também dirigida ao mundo corporativo por meio da empresa Eteh – Desenvolvimento Humano.
Portfólio Escola de Fotografia A Portfólio Escola de Fotografia é uma escola com sede em Curitiba, PR. Foi criada em 1998, pelo fotógrafo Nilo Biazzetto Neto e a administradora Simone Biazzetto. É uma empresa dedicada a produções fotográficas e cursos de fotografia. A empresa é formalmente dividida em dois segmentos: escola e estúdio fotográfico. Todos os anos a Portifólio realiza vários eventos culturais, palestras, workshops, safáris fotográficos, viagens, exposições, etc. Desde 2000, a Portfólio organiza a Maratona Fotográfica de Curitiba.
José Roberto Comodo Filho. Oferece cursos livres com o objetivo de despertar a sensibilidade artística de cada aluno. Tem comprometimento social fazendo concessão de bolsas de estudo, desenvolvendo atividades culturais junto a comunidades carentes. Possui uma biblioteca com 400 livros de fotografia, DVDteca com 80 títulos de filmes relacionados à fotografia e artes visuais, além de acervo impresso com proximadamente 100 obras fotográficas de artistas diversos. Já atendeu mais cinco mil alunos nesses anos de atuação. Comodo Filho, como advogado, também tem importante atuação na área de direitos autorais em relação à fotografia.
Três por Quatro Escola de Fotografia e Cinema Super 8 A escola Três por Quatro Escola de Fotografia e Cinema Super 8 foi criada em 1976, com sede em Brasília, DF. Fundada por Kim-Ir-Sen Pires Leal, Juvenal Pereira, Salomon Cytrynowicz (Samuca), Tadeu Rodrigues Ferreira e Aluizio Salles. Promoveu cursos livres de fotografia e abrigou a Galeria Três Por Quatro. Todos
os finais de semana eram realizadas mostras de fotografia e audiovisual. A Escola teve suas atividades encerradas em 1979.
Trilharte A Trilharte é uma escola de fotografia, com sede no Rio de Janeiro, RJ. Criada em 1997 pela antropóloga e fotógrafa Monique Cabral, que se dedica ao desenvolvimento de atividades educativas a fim de estimular o olhar cuidadoso com o mundo natural em fotógrafos profissionais e amadores. Oferece cursos de fotografia digital com aulas práticas vinculadas ao ecoturismo e o turismo cultural e também cursos em módulos. Mantém a Academia do Olhar, um espaço de convivência para a troca de experiências sobre o exercício do olhar, promovendo atividades como roteiros fotográficos seguidos de debates, além de semestralmente, organizar e incentivar a produção coletiva de exposições fotográficas. Os eventos acontecem no espaço da Trilharte ou em estabelecimentos de parceiros. A Escola já recebeu diversos apoios, dentre eles do Instituto Moreira Salles.
Projeto Contato – Escola e Estúdio Fotográfico Ltda. A Projeto Contato – Escola e Estúdio Fotográfico é uma escola com sede em Porto Alegre, RS, voltada para o ensino de fotografia. Foi criada em 2004 por Flávio Dutra, Lúcia Simon e Nede Losina. Oferece diferentes tipos de cursos: os cursos de formação, com abordagem mais aprofundada; os de especialidades e linguagem, voltados ao desenvolvimento do trabalho autoral; e as oficinas, cursos rápidos com temas específicos. Já realizou expedições para a Patagônia e projetos especiais que correspondem a saídas fotográficas com temas pré-definidos. Conta com uma estrutura com duas salas de aula (para cerca de 30 alunos) e um estúdio para produções fotográficas.
Riguardare Ensino e Desenvolvimento da Fotografia Ltda. A Riguardare Ensino e Desenvolvimento da Fotografia Ltda é uma escola de fotografia com sede em São Paulo, SP, criada em 2003 pelo fotógrafo e advogado
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X A FOTOGRAFIA COMO INSTRUMENTO DE AÇÃO SOCIAL Não é de hoje que a fotografia vem sendo utilizada como um instrumento de mobilização social. Sua natureza permite e estimula seu uso como uma ferramenta poderosa. Seja para aumentar a auto-estima de uma comunidade ou alertar uma degradação ambiental. Uma ação social pode encontrar na fotografia um semnúmero de possibilidades eficientes de comunicação.
ImageMagica A ImageMagica é uma entidade com sede em São Paulo, SP, criada em 1995 pelo fotógrafo André François. É uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), sem fins lucrativos, que promove educação, cultura e saúde por meio da fotografia, criando condições para o pleno desenvolvimento pessoal e social e potencializando nos indivíduos o papel de transformadores da realidade. Um dos seus primeiros projetos foi a Escola do Olhar, no qual eram criados núcleos de fotografia em escolas. As câmeras eram feitas com latas (pinhole), e com um ônibus transformado em laboratório foi possível levar o projeto para várias cidades. Nesses cinco anos de atividades, produziu importantes livros, com fotografias de François: A curva e o caminho – Acesso à saúde no Brasil (2008), Escolher e viver – Tratamento e qualidade de vida dos pacientes renais crônicos (2009), De volta para casa – Um documentário sobre o tratamento domiciliar no Brasil (2010). François também foi premiado pela Fundação Conrado Wessel e as ações da ImageMagica premiadas pela International Union for Health Promotion and Health Education.
Observatório de Favelas do Rio de Janeiro O Obser vatório de Favelas do Rio de Janeiro, com sede no Rio de Janeiro, RJ, foi criado em
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2001, como um programa do Instituto de Estudos Trabalho e Sociedade (IETS) e com o apoio da Fundação Ford. As ações se ampliaram e, em 2003, o Observatório tornou-se autônomo. Boa parte dos fundadores da instituição são pesquisadores, mestres e doutores, oriundos da Maré. Sediado no Complexo de Favelas da Maré, RJ, o Observatório de Favelas é uma instituição de pesquisa, consultoria e ação pública, integrada por profissionais de diversos perfis, que se dedica à produção e à troca de conhecimentos sobre as comunidades populares e à elaboração de políticas em direitos civis, sociais, culturais e humanos para esses espaços. Para a educação fotográfica, destaca-se o Programa Imagens do Povo.
ções: Senac-SP, Sesc-SP, Universidade de Harvard, Itaú Cultural, Fundação Gol de Letra, Ação educativa, Febem (fotografia e cidadania), Secretaria do Estado da Cultura SP, Meninos do Morumbi, APBM&F Bovespa, Revista OCAS, Projeto Travessia, Penitenciária Feminina prevenção de HIV/Aids, e Estação Ciência, entre outros.
ClicaMaravilha O ClicaMaravilha é um programa educacional de fotografia criado em 2001, em Fortaleza, CE, pela fotógrafa italiana Francesca Nocivelli, como parte do projeto Casa da Convivência Familiar (CCF), destinado a crianças e adolescentes que pertencem a comunidades de baixa renda na Favela Maravilha da cidade de Fortaleza. Francesca Nocivelli é doutora em Arquitetura (IUAV, Veneza, Itália), diplomada em Fotografia (École MI21, Paris) e autora do livro Maravilha (Editora Tempo D’Imagem).
Conferência Direitos Visíveis A Conferência Direitos Visíveis foi realizada em 2006 (SP), 2007 (EUA) e 2008 (SP), com parceria da Universidade de Harvard e do Senac-SP. A proposta é apresentar as diferentes formas que a fotografia tem sido utilizada, por crianças e jovens, como mediação para a o desenvolvimento da Alfabetização Visual em diversos países como Colômbia, Gana, Mali, India, Tailandia, Guatemala, Paquistão, Inglaterra, Estados Unidos, e Argentina.
Educação Lúdica do Olhar ONG Alfabetização Visual Organização não governamental, a ONG Alfabetização Visual, com sede em São Paulo, foi criada em 1990, pelo professor João Kulcsár e realiza projetos de pesquisa, produção cultural e social com fotografia participativa. Tem como objetivo atuar com formação de professores da rede pública e de ONGs, para uso de imagem fotográfica em sala de aula no Brasil e no exterior (Portugal, EUA, Inglaterra, Itália e Suíça). Desenvolveu projeto nas seguintes institui-
A Educação Lúdica do Olhar é uma oficina de atividades transdisciplinares promovida pela Galeria ZooN, em Natal, RN. É promovida em parceria com governos, entidades e grupos sociais, em comunidades, ONGs e escolas em diversos pontos do Brasil. São utilizados recursos multimídia, materiais pedagógicos, experimentos de física e vivências lúdicas – envolvendo os cinco sentidos da percepção humana – para promover reflexões, sentimentos e expressões que favoreçam a qualidade de vida, a auto-estima, a cidadania e uma leitura crítica da re-
alidade. Reflete sobre as propriedades da luz e os mecanismos da visão humana, é traçado um paralelo entre o olhar e o ver. As aulas procuram ressaltar importância de uma educação do olhar, capaz de promover a leitura das imagens que nos rodeiam com ética e responsabilidade social, desenvolvendo as Inteligências Libertadoras de Celso Antunes e a alfabetização do olhar (leitura e a escrita de imagens por meio da luz, com base na metodologia de Paulo Freire). A proposta é a construção de imagens sem a utilização de um equipamento fotográfico convencional.
Estética do (in)visível O Estética do (in)visível é um projeto de fotografia participativa desenvolvido desde 2008 pelo Senac São Paulo com pessoas deficientes visuais. Acontece semanalmente, às quartas-feiras, e permite aos alunos do Bacharelado em fotografia desenvolverem a competência de educadores. Até 2011 o projeto resultou em três exposições fotográficas: Percepções do Visível; Estética do (in)visível, com Evgen Bavcar; e Acessibilidade, direito de ir e vir. Já foram atingidas diretamente 90 pessoas e indiretamente, 12 mil pessoas, envolvendo o público das exposições.
Expedição De Olho nos Mananciais Realizada em 1º de junho de 2008, a Expedição de Olho nos Manaciais, foi um evento pela recuperação dos mananciais que abastecem São Paulo. Desenvolvido pelo Instituto Socioambiental (ISA) em parceria com o Sesc-SP e o Estudio Madalena, promoveu uma jornada cívica, ecológica e fotográfica às represas Billings e Guarapiranga. A expedição foi uma ação da Campanha De Olho nos Mananciais, do ISA, que tinha como objetivos esclarecer os moradores de São Paulo sobre a situação dos mananciais da cidade e a mobilização da população para o uso racional da água. O evento reuniu mais de 2.000 participantes que se dividiram em grupos coordenados por mais de 30 fotógrafos de diferentes atuações. Cada grupo passou o dia produzindo registros fotográficos das áreas escolhidas.
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Fotografia e Cidadania na Febem O Fotografia e Cidadania na Febem, projeto desenvolvido pelo educador, curador e produtor paulista João Kulcsár, teve início em Agosto de 1999 e término em 2005, na extinta Febem (Fundação estadual do bem estar do menor), com apoio do Senac-SP e da Fuji Film. Formou cerca de 85 monitores, agentes de educação e funcionários como educadores ( professores de fotografia), beneficiando mais de 1.600 jovens internos com este processo. O projeto tinha três módulos, o primeiro era a formação e acompanhamento dos educadores, o segundo a capacitação dos jovens num módulo básico e, o último, um nível avançado com estúdio. Vários jovens que participaram dos cursos atuam profissionalmente no mercado de trabalho. O Projeto Fotografia e Cidadania foi premiado com o Prêmio Itaú Unicef ano 2001.
FotoLibras – Fotografia Participativa com Jovens Surdos O FotoLibras é um projeto de fotografia participativa com pessoas surdas em Recife, PE, pioneiro no Brasil, que tem por objetivo aumentar a criatividade, a auto-estima e a visibilidade de surdos por meio da fotografia. No curso, os alunos passam por uma experiência lúdica para despertar o olhar. Além das aulas regulares, são realizadas saídas fotográficas para pôr em prática a teoria aprendida em sala de aula. Também são elaborados ensaios fotográficos relacionados aos temas abordados durante o curso e a outras áreas de interesse. Para aumentar a visibilidade da comunidade e da cultura surda, são organizadas exposições das fotos produzidas. O primeiro curso do projeto foi realizado entre fevereiro e agosto de 2007 e teve 25 alunos. Em 2010, os jovens formados na turma de 2009 atuaram como multiplicadores da metodologia em organizações sociais da região, visando a ampliação do projeto, que já teve diversos desdobramentos, incluindo a produção do Guia FotoLibras (2009), que sistematiza toda a experiência para que outras pessoas possam desenvolver atividades com a mesma metodologia. Essa disseminação também já inspirou o aparecimento de outros projetos. O FotoLibras fez um intercâmbio com o MAM-SP no intuito de repassar experiência para um projeto similar.
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Hoje muitas oficinas e cursos são planejadas e executadas pelos multiplicadores, gerando um fluxo de surdo para surdo, diminuindo as barreiras de comunicação. O FotoLibras foi aplicado em eventos como o FotoRio, FestFotoPOA e Semana de Fotografia do Recife. Desenvolveu o curso de Stop Motion AnimaLibras, produzindo animações a partir de produções fotográficas. Em 2010, desenvolveu o ensaio “Sou surdo, sou feliz”, publicado na forma de postais e camiseta. Mais de 600 surdos da Região Metropolitana do Recife, do interior de Pernambuco e também da Bahia, Paraíba e do Rio Grande do Norte já tiveram contato com as atividades do FotoLibras.
Imagens da Escola As Imagens da Escola foram oficinas básicas de fotografia realizadas em 1992 para escolas de 1º e 2º graus, ministradas por doze profissionais a 225 alunos da Rede Pública Estadual de São Paulo. Contou com um curso de treinamento a arte-educadores e teve como resultado uma exposição itinerante composta por 300 painéis. A exposição, no Sesc Pompeia, no mês de outubro a novembro daquele ano, foi resultado de dois meses do trabalho conjunto entre a Fundação para o Desenvolvimento da Educação, órgão vinculado à Secretaria Estadual da Educação, 15 escolas e a Clínica Fotográfica.
Em 2002, foram realizadas três oficinas em bairros da periferia de Campo Grande/MS, com o patrocínio do Fundo de Investimentos Culturais de MS-FIC/ MS. Nas oficinas foram capacitados 60 alunos. Em 2003, o projeto patrocinado ainda pelo FIC/MS, atendeu 180 crianças e adolescentes dos sete núcleos da Escola Pantaneira, situados na região de Aquidauana/MS. Em 2004, foi realizada uma oficina de fotografia em parceria com a Agência Gira Solidário, no município de Ribas Do Rio Pardo/MS, capacitando 21 crianças, “ex-carvoeiras”, dentro do projeto educativo Direito de Crescer, direcionado a crianças e adolescentes que trabalharam em carvoarias do município de Ribas do Rio Pardo/MS. Em 2005, já com o nome de Nosso Olhar, foram atendidas 190 jovens que cumpriam medidas sócio-educativas na Unei – Unidade Educacional de Internação – em Campo Grande/MS, instituição vinculada à Secretaria de Assistência Social do Estado de Mato Grosso do Sul. Essa edição foi patrocinada pelo Programa Petrobrás Fome Zero. Em 2010, foram ministradas três oficinas de fotografia para 60 indígenas da etnia Guarani, na Região de Dourados/MS.
Oficina Olhares da Amazônia Projeto de cunho social por meio da utilização da fotografia, é realizado pelo Coletivo Retratando de Alexandre Fonseca e Ione Moreno. Em 2011, a Oficina Olhares da Amazônia foi contemplada com o Prêmio Mais Cultura, da Funarte, Ministério da Cultura.
Nosso Olhar – Fotografia para a Cidadania O projeto Nosso Olhar-Fotografia para a Cidadania é uma oficina de fotografia direcionada a crianças e adolescentes de quatro a dezessete anos, que acontece em Campo Grande, MS. A ideia se originou em oficinas ministradas em escolas particulares, mas atualmente é direcionado à educação artística e fotográfica de jovens em bairros periféricos de Campo Grande, menores infratores das unidades de internação local, escolas afastadas, no pantanal, entre outros. Assim, cada uma das seis edições realizadas atingiu um público diferente. O projeto aconteceu nos anos de 2002, 2003, 2004, 2005, 2007 e 2010, neste último como parte do Projeto Ava Marandu. O trabalho é produzido e organizado pelas fotógrafas Elis Regina Nogueira e Vânia Jucá.
Programa Imagens do Povo O Programa Imagens do Povo, no Rio de Janeiro, RJ, é um centro de documentação, pesquisa, formação e inserção de fotógrafos populares no mercado de trabalho. Criado pelo Observatório de Favelas, alia a técnica fotográfica às questões sociais, registrando o cotidiano das favelas por meio de uma percepção crítica, que leve em conta o respeito aos direitos humanos e à cultura local. Seus principais projetos são a Agência Escola, voltada à prestação de serviços de cobertura fotográfica para clientes e parceiros. A Agência oferece os equipamentos necessários para a realização do trabalho, como câmeras e acessórios, computadores e acesso à internet, para os
mais de 30 fotógrafos; o Banco de Imagens é um acervo digital com imagens de aspectos variados do território brasileiro, com enfoque na cobertura de temas sociais e do cotidiano em espaços populares em geral; a Galeria 535 está localizada na sede do Observatório de Favelas, no conjunto de favelas da Maré. É um espaço exclusivo para a fotografia, apresentando uma programação artística de qualidade e gratuita, em uma região historicamente desfavorecida de equipamentos culturais; a Escola de Fotógrafos Populares, criada em 2004 pelo fotógrafo João Roberto Ripper, oferece cursos regulares e de aperfeiçoamento fotográfico, tendo como princípio a inclusão visual. O curso regular tem duração de 10 meses e conta com a parceria da Universidade Federal Fluminense; além do Curso de Formação de Educadores em Fotografia e as Oficinas de Pinhole.
Projeto Cidade Invertida O projeto Cidade Invertida, idealizado e coordenado pelo fotógrafo e professor paulista Ricardo Hantzschel, está em atividade desde 2006. Trata-se de um grupo formado por fotógrafos e educadores que atua em projetos culturais relacionados à fotografia. Com ênfase na democratização cultural e investigação da linguagem visual, a equipe desenvolve publicações, workshops, exposições, pesquisas estéticas e ações didáticas em torno da imagem. Uma das características marcantes do projeto é a presença de um trailer, que opera como laboratório fotográfico e câmera obscura, imprimindo às ações um caráter itinerante. O projeto busca incluir visualmente e promover a cidadania através da alfabetização visual de crianças, jovens e adultos, por meio da fotografia. Colabora como consultora pedagógica e educadora e fotográfa paulista Inaê Coutinho.
Projeto FotoLata – Arte e Ciência O Projeto FotoLata – Arte e Ciência que acontece em Brasilia, DF, é de caráter social e foi idealizado por José Rosa, promovendo a inclusão visual por meio da fotografia pinhole, utilizando uma câmera fotográfica “gigante” (trailer) onde os participantes experimentam a luz como matéria prima na formação das
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imagens, desde as câmeras de orifício (pinhole) até o processo digital.
Projeto Jovens do Itae O projeto Jovens do Itae (Instituto Trilha das Artes e Educação) acontece desde a primeira edição do Festival Internacional de Fotografia Paraty em Foco, em 2005, sob a coordenação de Giancarlo Mecarelli e Maxime Delmotte. O objetivo é encaminhar jovens da comunidade carente de Paraty para uma formação cultural. Ao longo do ano, os alunos aprendem a fotografar e conhecem trabalhos de grandes fotógrafos. Para contribuir com a formação de uma linguagem fotográfica, e como resultado desse processo, as fotografias são expostas durante as edições do Festival Internacional de Fotografia – Paraty em Foco.
Projeto Libertas – Caje Oficina fotográfica realizada pelo Espaço f/508, de maio a julho de 2008, com os internos do Caje (Centro de Atendimento Juvenil Especializado de Brasília). A unidade atende hoje cerca de 315 jovens, entre 14 e 20 anos, nascidos em famílias de classe média-baixa e afastados da escola por comprometimento com roubos ou homicídios. A metodologia empregada teve como base estudos de psicologia experimental da Gestalt, a semiótica de Charles Sanders Peirce e conceitos de antropologia visual. Com oito participantes, foram produzidas 550 imagens. Em 2009, o projeto foi convidado a integrar a 5ª edição do Encontro sobre Inclusão Visual, promovido pelo FotoRio 09, quando foram realizadas uma palestra e uma projeção de fotos dos trabalhos produzidos pelos participantes da oficina.
Projeto Retratando com Alma Inspirados pelas questões levantadas pela produção do filme A Janela da Alma, de João Jardim e Walter Carvalho, e pelo fotógrafo cego Evgen Bavcar, o grupo f/508 realizou em 2005 uma oficina visando proporcionar a deficientes visuais a produção de imagens fotográficas e, consequentemente, a sensibilização desses participantes a uma nova forma de relação com o mundo. Os
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quatro participantes (Adalberto Rodrigues, Claudivan Lima, Débora Tavares e Fernando Rodrigues) utilizaram uma câmera analógica Cannon BF-800 – Prima e trabalharam com a multissensorialidade e compreensão imediata de diferentes aspectos como forma, tamanho, espaço, posição relativa e cor. As imagens produzidas durante a oficina foram expostas no Espaço Cultural da Câmara dos Deputados, em Brasília, em 2008.
das, de forma itinerante, em varais fotográficos realizados em espaços públicos de Aracaju, no projeto Arte em Toda Parte e na Virada Cultural. Em seguida, um audiovisual realizado com esse material foi projetado no Mercado Central de Aracaju, em shows de artistas locais e nacionais, na ocasião da comemoração do aniversário de 155 anos da cidade.
Vendo o mundo por um buraco de agulha Projeto Trecho 2.8 O Projeto Trecho 2.8 é de cunho sociocultural, com exposições de fotografia e manifestações de arte, realizado pela Galeria da Rua e idealizado por Marcos Amaro e pela curadora Isabel Amado. Nasceu da parceria da Galeria com o Instituto Brasis Estudos e Ações e o Instituto Gens de educação e cultura. O objetivo do projeto é promover a transformação social por intermédio da arte. Por meio de técnicas de criação e utilização de fotografias, promove a geração de renda para jovens e adultos em situação de rua. A primeira exposição do projeto, intitulada “Movimento Coletivo” inaugurou a Galeria em março de 2011, com uma mostra coletiva de imagens produzidas pelos nove participantes do projeto. Todas as fotografias ficaram à venda e a verba arrecadada foi revertida diretamente para os participantes e para o Instituto Brasis.
A Vendo o mundo por um buraco de agulha é uma oficina ministrada pelo fotógrafo Paulo Rossi e foi
realizada no segundo semestre de 2010, como parte integrante do programa Oficineiros da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope). As aulas atenderam adolescentes entre 13 e 16 anos de idade do ProJovem, na sede da Associação recreativa Cultural e Artística (Arca), localizada num dos bairros da periferia de João Pessoa, Ilha do Bispo. A oficina contempla a leitura da fotografia de forma geral, leitura das fotografias produzidas pelos participantes. Ao final da oficina foram realizadas uma exposição em forma de varal fotográfico, e uma projeção da produção dos participantes para toda a comunidade.
Quem Faz a Foto? O Quem Faz a Foto? é um projeto socioeducativo realizado no primeiro semestre de 2009 pelo Coletivo Trotamundos, de Aracaju, SE. É composto por uma série de oficinas que têm como objetivo incentivar a leitura crítica da imagem e o uso da fotografia como forma de expressão. A primeira edição foi realizada no Centro de Atendimento Psicossocial Jael Patrício de Lima (Caps) para moradores da periferia da Zona Norte da cidade, usuários e não usuários do Caps. A segunda etapa ocorreu no primeiro semestre de 2010, com jovens moradores do Centro de Referência da Assistência Social (Cras), do bairro da Coroa do Meio, em uma ação que trabalhou, entre outras coisas, o direito à cidade. O resultado do primeiro projeto resultou em uma exposição na Galeria Jenner Augusto, da Sociedade Semear. As fotografias da segunda etapa foram exibi-
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ÍNDICE REMISSIVO
Canindé Soares, 1956, Natal, RN (p. 69)
Curso de pós-graduação em Fotografia – Universidade Cândido Mendes (p. 124)
Carlos Carvalho, 1957, Rio de Janeiro, RJ (p. 69)
Curso de pós-graduação em Fotografia – Unopar (p. 125)
Carmen Brigida Negrão, 1956, São Paulo, SP (p. 69)
Curso de pós-graduação em Fotografia “Fotografia e Mercado” –
Casa da Fotografia Fuji (p. 95) Casa da Fotografia Rosary Esteves (p. 95)
Unitri (p. 124) Curso de Pós-graduação em Fotografia e Mercado –
Catálogo Nafoto (p. 103) Centro de Pesquisa Fotográfica do Centro Universitário de Brasília (p. 110)
Faculdade Pitágoras (p. 125) Curso de pós-graduação em Fotografia: Técnica, Linguagem e Mídia –
Cerrado em Foco (p. 47) Ciclo de Debates Fotografia e Memória (p. 57)
Una (p. 125) Curso de Pós-graduação Fotografia e Imagem –
Ciclo de Palestras Fotografia contemporânea: Arte e Pensamento (p. 57) 1ª Trienal de Fotografia – 1980 (p. 61)
Associação Profissional dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos – Arfoc SP (p. 85)
A
Cipó Comunicação Interativa / Oi Kabum! Escola de Arte e
Fama Escola Superior de Marketing (p. 125) Curso de pós-graduação Fotografia e Imagem e Movimento –
Tecnologia de Salvador (p. 69)
Universidade Positivo (p. 124)
Ateliê da Imagem Espaço Cultural (p. 94)
Claudia Tavares, 1967, Rio de Janeiro, RJ (p. 69)
Cursos livres de fotografia – Escola Panamericana (p. 128)
Ateliê Novo (p. 94)
Claudio Feijó, 1946, São Paulo, SP (p. 70)
Cursos Livres de Fotografia Senac-SP (p. 128)
Cleber Falieri, 1961, Belo Horizonte, MG (p. 70)
Cursos Livres MAM (p. 128)
A Casa da Luz Vermelha (p. 94) A Escrita da Luz (p. 66)
ClicaMaravilha (p. 133)
A Gosto da Fotografia (p. 46)
B
Clínica Fotográfica (p. 70)
Adalberto Luiz Rizzo de Oliveira, 1957, Duartina, SP (p. 66)
Bacharelado em Fotografia – Centro Universitário Senac (p. 122)
Clube de Colecionadores de Fotografia do MAMAM (p. 100)
D
Adriele Silva da Silva, 1987, Belém, PA (p. 66)
Bacharelado em Fotografia – Faculdade Panamericana (p. 122)
Clube de Fotografia do MAM/Coleção de Fotografia do MAM (p. 100)
Dante Gastaldoni, 1950, Rio de Janeiro, RJ (p. 70)
Adrovando Claro de Oliveira, 1964, Natal, RN (p. 66)
Bacharelado em Fotografia – Faculdades Integradas Barros Melo
Coleção Fotoportátil (p. 101)
Departamento de Fotografia, Teatro e Cinema – UFMG (p. 120)
Coleção Pirelli-MASP de Fotografia (p. 101)
deVERcidade (p. 47)
Agência Ensaio (p. 67)
(Aeso) (p. 123)
Alberto Melo Viana, 1951, Vitória da Conquista, BA (p. 67)
Barba Cabelo & Bigode Produções Culturais (p. 68)
Coleção Senac Fotografia (p. 101)
Diógenes Moura, 1957, Recife, PE (p. 111)
Alexandre Belém, 1974, Recife, PE (p. 109)
Bárbara Copque, 1969, Porto Alegre, RS (p. 110)
Coletivo Gota de Luz (p. 86)
Dobras Visuais (p. 106) Duo Arte Produções (p. 70)
Alexandre de Queiroz Lopes, 1966, Belo Horizonte, MG (p. 67)
Bernardo José de Souza, 1974, Pelotas, RS (p. 68)
Colóquio de Fotografia de Manaus (p. 57)
Alexandre de Souza Fonseca, 1972, Belém, PA (p. 67)
Bia Fiuza, 1984, Fortaleza, CE (p. 68)
Colóquio de Fotografia e Imagem de Belém (p. 47)
Alexandre Ricardo dos Santos, 1963, Caxias do Sul, RS (p. 109)
Bienal de Fotografia Ecológica de Porto Alegre (p. 62)
Comissão Setorial da Fotografia PE (p. 86)
Ana Carolina Póvoas, 1970, Rio de Janeiro, RJ (p. 67)
Bienal de Fotojornalismo de São Paulo (p. 62)
Conferência Direitos Visíveis (p. 133)
E
André Luís Carvalho, 1973, Brasília, DF (p. 119)
Bienal Internacional de Fotografia Cidade de Curitiba (p. 46)
CONFOTO – Confederação Brasileira de Fotografia (p. 86)
Eder Chiodetto, 1965, São Paulo, SP (p. 111)
Andreas Valentin, 1952, Rio de Janeiro, RJ (p. 119)
Binóculo Produção e Editora Ltda. ME (p. 98)
Conversando Fotografia (p. 57)
Editora Olhares (p. 98)
Angela Magalhães, 1954, Rio de Janeiro, RJ (p. 109)
Bolsa de Arte de Porto Alegre (p. 90)
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Brazimage (p. 69)
Curso de Especialização em Fotografia – Univali (p. 123)
Educação Lúdica do Olhar (p. 133)
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Elis Regina Nogueira, 1966, Campo Grande, MT (p. 71)
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Curso de Extensão em Fotografia – Dart/UFCG (p. 123)
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Curso de Graduação em Fotografia – Universidade Anhembi Morumbi (p. 123)
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Curso de pós-graduação “Poéticas Visuais: Gravura, Fotografia
Encontros com o autor (p. 58)
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Encontros de Agosto (p. 48) Encontros de Fotografia Popular (p. 48) Encontros Fotográficos de Campos do Jordão (p. 48) enfoco – Escola de Fotografia (p. 128)
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Escola de Fotografia Imagem-Ação (p. 129)
Fotografia Contemporânea Paraense – Panorama 80/90 (p. 104)
I
L
Escola de Fotografia Local Foto (p. 129)
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Labfoto – Laboratório de Fotografia / UFBA (p. 114)
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Lívia Aquino, 1971, Fortaleza, CE (p. 114)
Estética do (in)visível (p. 133)
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Estúdio 300 (p. 129)
FotoRio – Encontro Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro (p. 50)
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Francisco Custódio Júnior, 1974, Uberlândia, MG (p. 71)
Imagética – Mostra de gravura, fotografia
Lume Photos (p. 93)
Expedição De Olho nos Mananciais (p. 133)
Francisco Gustavo Costa de Lima e Moura, 1960, João Pessoa, PB (p. 111)
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Imago Fotografia Ltda. (p. 73)
Extraquadro (p. 106)
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Inaê Coutinho, 1971, São Paulo, SP (p. 73)
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Inarra – Grupo de Pesquisa Imagens, Narrativas e Práticas
e artemídia (p. 63)
Culturais (p. 112)
F
Luz Tropical Cultura & Produções Ltda. (p. 76)
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Instituto Casa da Photographia (p. 74)
Magna Domingos / Dom Negócios Culturais (p. 76)
Feira Largo Cultural da Mercês (p. 58)
G
Instituto Cultural Anima (p. 74)
Manu Castilho, 1980, Rio de Janeiro, RJ (p. 76)
Fernando de Tacca, 1954, Franca, SP (p. 111)
Galeria Álbum (p. 91)
Instituto Itaú Cultural (p. 96)
Máquinas de Luz: Fórum das Imagens Técnicas (p. 59)
Festival de Fotografia Floripa na Foto (p. 48)
Galeria CMafra (p. 91)
Instituto Kreatori (p. 96)
Maratona Fotográfica Clic o Seu Amor por Londrina (p. 60)
Festival Foto em Pauta Tiradentes (p. 48)
Galeria Collector’s / Li & Bocatto Photogallery (p. 91)
Instituto Moreira Salles (p. 96)
Maratona Fotográfica de Cabo Frio / Mais Ratona Fotográfica (p. 60)
Festival Hercule Florence de Fotografia (p. 48)
Galeria da Gávea (p. 91)
Instituto Pireneus (p. 74)
Maratona Fotográfica de Curitiba (p. 63)
Festival Internacional de Fotografia de Porto Alegre – FestFotoPoA (p. 49)
Galeria da Rua (p. 91)
Interlocuções do Imaginário (p. 59)
Maratona Fotográfica de Manaus (p. 64)
Festival Internacional de Fotografia Foto Arte (p. 49)
Galeria de Babel (p. 91)
Iris Produção Cultural Ltda. (p. 74)
Maratona Fotográfica de Pirenópolis (p. 64)
Festival Manaus Bem na Foto (p. 49)
Galeria do Ateliê (p. 92)
Isabel Amado, 1963, Rio de Janeiro, RJ (p. 113)
Marcia Mello, 1958, Rio de Janeiro, RJ (p. 115)
Fórum Anhembi Morumbi de Fotografia (p. 58)
Galeria Fotoptica (p. 92)
Itamar de Morais Nobre, 1962, Natal, RN (p. 113)
Marcio Resende Mendonça (Marcio RM), 1961, Rio de Janeiro, RJ (p. 76)
Fórum da Fotografia – Ceará (p. 86)
Galeria Olho de Águia (p. 92)
Maria Bernadete Brasiliense, 1958, Jataí, GO (p. 121)
Fórum da Fotografia Paraibana (p. 86)
Galeria Paparazzi (p. 92)
Maria Christina, 1959, Serra do Navio, AM (p. 76)
Fórum Latino-Americano de Fotografia de São Paulo (p. 50)
Galeria Tempo (p. 92)
J
Maria de Fatima da Silva (Fatinha Silva), 1953, Caratinga, MG (p. 77)
Fórum Mineiro de Fotografia Autoral (p. 86)
Galeria Três por Quatro (p. 93)
JF em Foco – Festival de Fotografia de Juiz de Fora (p. 50)
Maria Fernanda Vilela de Magalhães, 1962, Londrina, PR (p. 77)
Foto Cine Clube Bandeirante (p. 87)
Galeria Virtual ZooN (p. 101)
Joana Mazza, 1975, Rio de Janeiro, RJ (p. 113)
Mariano Klautau Filho, 1964, Belém, PA (p. 77)
Foto em Cena – Programa de TV (p. 106)
Galeria Zoom de Fotografia de Paraty (p. 72)
João Kulcsár, 1961, São Paulo, SP (p. 74)
MARP – Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi (p. 97)
Foto em Pauta (p. 58)
Galeria ZooN de Fotografia (p. 72)
João Lobo, 1958, Brejo do Cruz, PB (p. 75)
Mateus Sá, 1975, Olinda, PE (p. 77)
Foto Escambo (p. 107)
Georgia de Andrade Quintas, 1973, Recife, PE (p. 112)
João Luiz Musa, 1951, São Paulo, SP (p. 120)
Mês da Fotografia de Brasília (p. 51)
Foto in Cena – Projeções (p. 107)
GGT Gestão e Produção de Projetos Culturais ME (p. 72)
Joaquim Paiva, 1946, Rio de Janeiro,RJ (p. 113)
Mês Internacional da Fotografia (p. 51)
Foto in Cena Produções (p. 71)
Grupo TotemArt (p. 72)
Jornal O Foco (p. 104)
Miguel Takao Chikaoka, 1950, Registro, SP (p. 77)
Foto Oficina Escola de Fotografia (p. 129)
Gustavo Boroni, 1981, Maceió–AL (p. 112)
José Carlos Mamede, 1965, Salvador, BA (p. 121)
Milton Guran, 1948, Rio de Janeiro, RJ (p. 78)
Juvenal Pereira, 1946, Romaria, MG (p. 75)
Museu Lasar Segall (p. 97)
Fotô Produção e Consultoria em Imagem e Arte Ltda (p. 71) Foto São Paulo (p. 63) Fotobarragem (p. 58)
H
Fotobiografia (p. 58)
Helouise Costa, 1960, Rio de Janeiro, RJ (p. 112)
K
N
Fotocult / Foto Santos (p. 58)
Hugo de Macedo Vieira, 1961, Parelhas, RN (p. 73)
Kamara Kó Fotografias Ltda. ME (p. 75)
Nadja Peregrino, 1949, Rio de Janeiro, RJ (p. 115)
Fotofeira (p. 59)
Huma – Escola de Fotografia (p. 130)
Kim-Ir-Sen Pires Leal, 1951, Anápolis, GO (p. 75)
Nafoto – Núcleo dos Amigos da Fotografia (p. 78)
140
141
Nfoto – Núcleo de Pesquisa em Fotografia (p. 115)
Prêmio FCW de Arte (p. 102)
Roberto Henrique da Silva, 1965, Petrolina, PE (p. 81)
T
Nívia Uchôa, 1970, Aracati, CE (p. 78)
Prêmio Foto Arte (p. 102)
Rodrigo Augusto Soares, 1975, Santo André, SP (p. 82)
Tecnologia em Fotografia – Univali (p. 126)
Nosso Olhar – Fotografia para a Cidadania (p. 134)
Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia (p. 103)
Rogério Zanetti Gomes, 1966, Ponta Grossa, PR (p. 121)
Tecnologia em Fotografia – Centro Universitário Vila
Núcleo Imagem Latente (p. 78)
Prêmio Porto Seguro Fotografia (p. 103)
Ronaldo Entler, 1968, São Paulo, SP (p. 116)
Primeira Fotogaleria (p. 93)
Rose May Carneiro, 1969, Santos, SP (p. 122)
Tecnologia em Fotografia – Ceunsp (p. 125)
Programa Imagens do Povo (p. 135)
Rosely Matuck Nakagawa, 1954, São Paulo, SP (p. 116)
O
Tecnologia em Fotografia – Faculdade Cambury (p. 126)
Projeto Caixa & Memória (p. 65)
Rubens Fernandes Junior, 1950, Rio Claro, SP (p. 117)
Tecnologia em Fotografia – Iesb (p. 126)
Observatório de Favelas do Rio de Janeiro (p. 132)
Projeto Cidade Invertida (p. 135)
Offestival: intervenção urbana com fotografia (p. 107)
Projeto Contato – Escola e Estúdio Fotográfico Ltda. (p. 130)
Oficina Descondicionamento do Olhar (p. 130)
Projeto Figura (p. 60)
S
Oficina Olhares da Amazônia (p. 135)
Projeto FotoLata – Arte e Ciência (p. 135)
Salão Matogrossense de Fotografia (p. 52)
Olha o Tietê (p. 101)
Projeto Jovens do Itae (p. 136)
Salões Nacionais de Arte Fotográfica (p. 89)
Olhavê (p. 107)
Projeto Libertas – Caje (p. 136)
Sandro Alves Oliveira, 1966, Unaí, MG (p. 117)
Tecnologia em Fotografia – Universidade Estácio de Sá (p. 127)
ONG Alfabetização Visual (p. 132)
Projeto Retratando com Alma (p. 136)
São Paulo um caso de amor, 450 pontos de Vista (p. 65)
Tecnologia em Fotografia – Universidade Tuiuti Paraná (p. 127)
Orlando Azevedo, 1949, Ilha Terceira dos Açores, Portugal (p. 79)
Projeto Sexta-Livre (p. 60)
Semana da Foto de Curitiba (p. 52)
Terra da Luz Editorial (p. 99)
Projeto Subsolo – Circulação de Arte (p. 80)
Semana da Fotografia de Belo Horizonte (p. 52)
Terra Vermelha Cultural (p. 82)
Projeto Trecho 2.8 (p. 136)
Semana da Fotografia de Ribeirão Preto (p. 52)
P
Terra Virgem Editora e Produções Culturais Ltda. (p. 99)
Semana da Fotografia Mineira (p. 54)
Território da Foto (p. 97)
Pablo Alfredo De Luca, 1963, Buenos Aires, Argentina (p. 79)
Semana de Fotografia da Cidade de Curitiba (p. 53)
Tiago Santana, 1966, Crato, CE (p. 82)
Velha (p. 125)
Tecnologia em Fotografia – Ulbra (p. 126) Tecnologia em Fotografia – Unicap (p. 126) Tecnologia em Fotografia – Unip (p. 126) Tecnologia em Fotografia – Universidade de Caxias do Sul (p. 126)
Pablo Pinheiro, 1977, São Paulo, SP (p. 121)
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Semana de Fotografia da PUC-Rio (p. 53)
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Quadrienal de Fotografia do MAM (p. 65)
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