OLHO DE PEIXE
NO JOGO, INVERTO FICÇÃO E REALIDADE. ESQUEÇO QUAL IMAGEM VINHA ANTES, NÃO
HÁ MAIS FIM OU COMEÇOS. NOSSA LUZ É DURA, CONTRASTADA, COM SOMBRAS PROFUNDAS. NOS INDICA OUTRAS VISUALIDADES POSSÍVEIS.
Fraternidade marcante
Silas de Paula
Henrique Torres
Fernando Jorge
Drawlio Joca
Leo Henriques
Antonello Veneri
Davi Pinheiro
Marcelo Melo
Vanessa Andion
Sândalo Costa
Aziz Ary
Marília Oliveira
Rodrigo Patrocínio
Giovanni Silva
Felipe Almeida
Regis Amora
Marieta Rios
Beto Skeff
Natasha Mota
Gluck Montenegro
Eduardo Macêdo
Davi Lázaro
Goretti Feitosa
Igor Grazianno
Allan Taissuke
Juliana Miranda
Éden Barbosa
Regina Santos
André Assuero
Yachid Junior
Fernanda Leal
Débora Aragão
David Colaço
Nely Rosa
Cristiano Marques Leopoldo Kaswiner
O ensaio fotográfico A eternidade de cada instante
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OLHO DE PEIXE
Olho de Peixe é uma publicação da KA Editorial.
EDITOR DE FOTOGRAFIA
A. Assaoka e Celso Oliveira
DIRETOR DE ARTE A. Assaoka
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KA
EDITORIAL
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O ENSAIO FOTOGRÁFICO
Silas de Paula
O ensaio fotográfico é uma exigência cada vez maior da área, dos editais, dos concursos. É uma forma muito original de narração e expressão visual que permite amalgamar não só texto e imagens, mas também misturar ciência e arte, observação e ação, detalhes e generalizações.
O que não é fácil, pois direciona nossa atenção para outro aspecto do uso fotográfico na contemporaneidade: a hibridação.
No entanto, muitas vezes a fusão prometida torna-se mera ilustração com legendas. Mesmo quando utilizamos somente imagens, a aleatoriedade das fotos apresentadas pode demonstrar a falta de cuidado com a narrativa. O ensaio deve guardar o traço do olhar do fotógrafo e fazer dele a matéria-prima da narrativa e da composição pictórica, podendo levar aspectos da vida para os campos simbólicos da arte.
Afirmei em outro texto que os fotógrafos são poetas do contemporâneo e o Ceará tem grandes nomes. Começamos nossa caminhada pelos idos de 1840 pelo olhar de Frederick Walter, daguerreotipista irlandês, e com um de seus aprendizes, Insley Pacheco, recebendo o título de Fotógrafo da Casa Imperial. Foi a porta de entrada, ou de saída, para enfrentar nosso sol espetacular que já foi vaiado em plena Praça do Ferreira. Vaia que reafirmou o jargão popular e o livro do nosso grande Gilmar de Carvalho, “Bonito pra chover”, pois tempo bom por aqui é tempo de chuva.
Nossa luz é dura, contrastada, com sombras profundas. Diferente da luz suave europeia, mas nos indica outras visualidades possíveis. Conversando com o fotógrafo Tiago Santana sobre essas dificuldades, ele cunhou o termo “fotografia sol a pino” como enfrentamento aos discursos da cultura visual que exigem meios-tons nas imagens fotográficas. Luz e sombra exageradas fazem parte do nosso cotidiano, mas quando queremos somos capazes, também, de perceber a luz suave das janelas, das telhas translúcidas ou das luzes técnicas do estúdio que nos remetem ao pictorialismo de outrora, tão em voga na atualidade.
A fotografia é um milhão de coisas e mesmo que o ensaio esteja na moda não elimina as grandes fotos isoladas. A fotógrafa Mary Ellen Mark, numa entrevista à Eleanor Lewis, diz: “Eu não penso em mim como uma fotoensaísta (...) Para ser honesta com você, eu sempre tento pensar em imagens específicas. Para mim, o importante é fazer imagens individuais, fortes. Quando olho para um fotógrafo documental, ou fotojornalista, cujo trabalho eu realmente amo – alguém como Eugene Smith – é porque as imagens são individuais. Eu penso nos grandes trabalhos dele como histórias, onde cada imagem é autossuficiente”. Portanto, o ato de fotografar é político. Política como vida, não como partidarismo, e ela determina nossas escolhas que, para mim, são inseparáveis da poética.
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A ETERNIDADE DE CADA INSTANTE
Iana Soares
Quantos desconhecidos cabem nos teus sonhos e futuros? De quantos mistérios é feita a tua solidão? Quais esperanças restaram depois de tanta seca, tanto sal, tanta lágrima? No lugar de respostas, três sorrisos e algumas angústias. Perdemos a conta. Te vejo percorrer o centro de cada desilusão, inquieto, tentando inventar novos caminhos. É a luz, você justifica. É a luz que te confunde, embaralha tuas certezas e te guia. Sempre intensa, às vezes frágil, nunca indiferente. Espalho as tuas janelas sobre a mesa. Observo, sem pressa, a eternidade de cada instante. É um segundo, você me diz. É uma vida inteira, te explico. Não há relógios que acompanhem as nossas expectativas. Talvez tudo seja ligeiro, água que escorre e logo seca. Você toca meus dedos e procura o rastro molhado daquilo que vivemos. Até abrimos mão das dores e corremos, leves, feito criança que não entende de futuros e gasta o sorriso como se fosse algodão doce: delicioso e efêmero. Mas outra vez você percorre o 10x15 do retrato em busca das rugas de um passado recente, impregnado. Para que tanta ansiedade?
Te mostro outra fotografia e você acha que é espelho. No reflexo, percebo que tudo é diametralmente oposto. Para cada identidade, mil mosaicos. Se existe cor, logo tudo vira preto e branco. Saudade, presente. Passado, viagem. Mestre, aprendiz. Ruído, silêncio. Pobreza, abundância. Onde há vazios, explodem desejos. No jogo, inverto ficção e realidade. Esqueço qual imagem vinha antes e, tal qual cobra de duas cabeças, não há mais fim ou começos. Quando foi a primeira vez que você me encarou? Ali, quieto, pescador com isca pronta. Não te vi, nunca vejo. Apenas intuo. Pressinto cada clique que você nunca me devolveu. É tudo seu, você joga no meu colo. Queria que fosse nosso, grito em mais outro sussurro. Você entende e agradecemos ao acaso e a cada escolha que fizemos, tão cheios de esperanças. É do conflito que nasce cada pixel. É do amor que sobrevivem algumas imagens.
Não sei se é miragem, não importa. Vivemos. Pensamos, sugerimos, odiamos, conversamos, insistimos, amamos. Sonhamos. E é por não saber fazer de outro jeito que arriscamos. Somos invenção. Fotografamos.
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FRATERNIDADE MARCANTE Fernando Jorge
De uma rasteira e breve vista de olhos sobre a fotografia no Ceará, o que instantaneamente percebe-se é a força de seu caráter autoral. Historicamente, em um passado recente e hoje, nota-se uma necessidade de expressão pessoal posta em fatias do espaço-tempo; são marcas de luz que, ao invés de projeções do mundo lá fora para o interior da câmara escura, caracterizam-se mais por serem as emanações de um universo particular postas no mundo. As imagens fotográficas fluem e fruem; compartilha-se a expressão pessoal, agora sim no mundo.
A fraternidade também é marcante neste processo, aqui no Ceará: já foi apontada por Ângela Magalhães e Nadja Peregrino, citadas por Rubens Fernandes Jr., falando da amizade entre Celso Oliveira e Tiago Santana. São caminhos conjuntos, percursos divididos, desejos compartilhados. Novamente Celso, acompanhado agora por Ademar Assaoka, que põem em prática o sentimento de irmandade, sem o qual não há muito sentido nessa forma de produção. Orientam, discutem, rejeitam, perseveram, aceitam. Resultam. Primordialmente, ensinam a dar voz às vontades individuais, e suavizam a parte mais sofrida e angustiante do processo fotográfico: a edição.
A nova edição da revista Olho de Peixe é no que se finda. Um novo começo, as vontades não cessam.
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SILASdePaula
CONVIDADO
Fotógrafo, Doutor pela Universidade de Loughborough – Inglaterra e professor da UFC.
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Gosto de fotografia desde os tempos de estudante, mas só após mais de vinte anos de formado, já no limiar do século 21, é que pude dedicar-me a ela mais seriamente. Acompanhei o surgimento e rápido progresso da fotografia digital, mas só há dois anos passei a adotá-la. Hoje, faço boa parte dos meus trabalhos usando o iPhone e seus aplicativos - uma plataforma que, para mim, oferece um grau inédito de liberdade criativa e ajuda a expandir os limites da fotografia.
HENRIQUETorres CONVIDADO
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FERNANDOJorge
CONVIDADO
“Um poeta pode suportar tudo. O que equivale a dizer que um homem pode suportar tudo. Mas não é verdade: são poucas as coisas que um homem pode suportar . Suportar mesmo. Um poeta, em compensação, pode suportar tudo. Com essa convicção crescemos. O primeiro enunciado é correto, mas conduz à ruína, à loucura, à morte”.
Roberto Bolaño
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Trabalha profissionalmente como fotógrafo desde 1989, atuando nas áreas do fotojornalismo, fotografia publicitária, industrial, arquitetônica, still e principalmente fotografia documental. No seu trabalho autoral, enquanto documentarista, desenvolve ensaios e projetos de documentação fotográfica tendo como foco principal o ser humano.
DRAWLIOJOCA CONVIDADO
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PENSAR FOTOGRAFIA
O ENSAIO FOTOGRÁFICO AS ESCOLHAS A NARRATIVA A OSCOMPOSIÇÃO SÍMBOLOS
LUZ E SOMBRA AS DÚVIDAS OS CAMINHOS A EDIÇÃO
LEOHenriques
“Letras, esta imagem lenta, lânguida e longínqua. Fotografa estas letras que saltam ao papel
Em delicada resolução
Que valem lentes se não captam a imagem tátil, volátil
Que valem letras se não tingem papéis
Paixões, alegrias, amor...
Tu poeta, prendes a emoção
Escreve imagens, fotografa
letras...”
Waleska Testa
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Nascido na Itália em 1973. Professor de literatura, latim e história, desde o ano de 1999 atua como jornalista para revistas e jornais. Durante uma travessia pela Amazônia, de barco, tira uma foto da vida, mas essa foto, do ponto de vista técnico, ficou péssima. Resolve, então, estudar fotografia e contar histórias por imagens, e isto torna-se uma profissão, mas acima de tudo uma companheira de viagem.
ANTONELLOVeneri
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Nascido no Crato e criado em Fortaleza, fotógrafo documentarista e ensaísta desde 2005. Acredita na preservação da memória através do registro de pequenas coisas do cotidiano.
DAVIPinheiro
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Meu trabalho fala de viagens, de cartografia. Me sinto mais um cartógrafo do que propriamente um fotógrafo. Mesmo sendo metódico no que se refere à técnica, o que acho um paradoxo, deixo o meu olhar encontrar seu próprio caminho, seja geograficamente ou de uma outra ordem, que eu diria ser o que me conduz – ao meu encantamento com aquilo que vejo.
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MARCELOMelo
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VANESSAAndion
“Quem anda no trilho é trem de ferro, sou água que corre entre pedras: liberdade caça jeito.”
Manoel de Barros
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SÂNDALOCosta
O fotógrafo, assim como o pintor, é um artista. Enquanto o pintor usa tinta para fazer sua arte, o fotógrafo usa a luz para fazer a sua. Outra diferença está no tempo para se produzir uma obra. O pintor pode levar meses pintando um quadro. O fotógrafo, muitas vezes, tem apenas uma fração de segundos para fazer uma foto.
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Arquiteto com mestrado na Alemanha, trabalhou muitos anos na França como arquiteto e infografista. Trabalhou como fotógrafo independente para a Deutschewelle na Alemanha e participou de diversas exposições coletivas. Atualmente, mora em Fortaleza onde atua como arquiteto e fotógrafo.
AZIZARY
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MARÍLIAOliveira
Fotografar é colocar o olho a serviço da experiência humana, lapidar a percepção para compreender melhor a si. Nos refletimos no outro e fotografamos reflexos: mais que um botão apertado, são todas as convicções e paixões capturadas em um clique
– o instante que nunca se repetirá. O sensível e latente é a matéria-prima da fotografia. Como disse Antunes, “Decanta em cada canto Um instante De dentro do segundo Seguinte Que só por um momento Será antes”
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RODRIGOPatrocínio
Em 2006 troquei um celular por uma câmera fotográfica, a ideia era viajar, mas viajar de bicicleta, e assim sentiria de perto a cena, o cenário e o que o compõe numa troca permanente, a fotografia nascia para mim como brinquedo novo que se ganha.
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GIOVANNISantos
Quase sempre não nos atentamos para os detalhes do ambiente que nos cerca deixando passar o que está fora de nosso campo visual central. Este ensaio está pautado em olhar e perceber aquilo que está acima de nossas cabeças ou abaixo de nossos pés. Ora belo ora feio, ora acessível ora inacessível, ora responsável ora irresponsável.
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FELIPEAlmeida
Sempre gostei de arte, mas demorei a desenvolver uma paixão pela fotografia. Flertamos algumas vezes, porém nunca chegamos a conversar.
Sempre muito complicada, eu não conseguia entendê-la. Não que hoje eu consiga, mas pelo menos a vejo por uma nova perspectiva.
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REGISAmora
A caminhada em busca de um olhar fotográfico é longa, silenciosa e, por vezes, solitária. O ensaio Mil Dias em Silêncio, livremente inspirado na canção “Mil Dias” da cantora Kátia Freitas, fala de ir “em marcha bem pouco veloz” e de comer “com olhos, boca, pele, mão”. A solidão, a partida, o estar e não estar são os motes que levam o modelo Davi Alenquer às “letras, cores, sons que degustei”.
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MARIETARios
Fotografia é brincar com luz. É retratar a emoção e leveza da imagem, como nos passos da bailarina.
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BETOSKEFF
A CAÇA
A foto é a caça, É o intimo da caça
sem o desejo de matar, É a caça dos anjos, Engatilhamos, Miramos, Atiramos e... CLACK. No lugar de um morto, a eternidade.
Chris Marker
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Formada em Artes Visuais realizou pesquisas pessoais na área de fotografia, mais especificamente na área de educação.
NATASHAMota
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GLUCKMontenegro
Minha relação com a fotografia vem desde a juventude e é renascente quando vejo algo substancialmente rico, nos mais diversos sentidos, expressos ou implícitos no cenário. Quem sabe! Talvez seja legado da minha ascendência.
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EDUARDOMacedo
Mecânico de automóveis, estudante de engenharia mecânica, descobriu a fotografia ao longo da vida, não exerce atividade profissional de fotógrafo, somente um amante da arte.
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DAVILázaro
Fotógrafo livre. Atuo na difusão da fotografia e no mercado da fotografia social e de books, mas permaneço eterno estudante da fotografia e da imagem. Vejo-me em um casulo de estímulos visuais esperando o amadurecimento necessário para a mutação.
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GORETTIFeitosa
A fotografia me localiza no mundo...
Ela é espelho, forma, fonte e reflexo... escudo e lança!
A fotografia me pega pela mão e me leva pra passear dentro e fora de mim...
Minha fotografia me revela para o mundo...
Faço fotografia para organizar a profusão de emoções que teima em me habitar...
Ela me organiza!
Fotografo para dar forma ao meu viver...
Para fugir da vida, para me refugiar por trás da objetiva...
Faço fotografia como escrevo poesia...
Faço porque é preciso existir!
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IGORGrazianno
Os primeiros cliques aos sete anos. Ganhara uma “Love” do pai. O primeiro tema foi o próprio quarto: bonecos, carrinhos de ferro, peixes beta. Aos 21 anos cursou Fotografia Básica na Casa Amarela Eusélio Oliveira. Passados oito anos, retornou como professor. Hoje atua como fotógrafo na Universidade Federal do Ceará e compõe o quadro de professores da Travessa da Imagem.
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ALLANTaissuke
Tenho pouco tempo no mundo da fotografia, mas é nela que me encontro, onde me realizo. Entrei de gaiato, e hoje ela se tornou pra mim um refúgio.
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JULIANAMiranda
Minha relação com a fotografia é de aprendizado, sempre... algo terapêutico. Apesar da praticidade da tecnologia digital, sou apaixonada por fotografia analógica e todo o processo que a envolve. Fotografo por hobby e com imagens tento passar a beleza que enxergo em tudo, sejam elas paisagens, animais ou abstrações.
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ÉDENBarbosa
Fotógrafo e Arte-educador. Iniciou em 2011 estudos aprofundados na fotografia analógica/experimental mesclando linguagem e materiais na fotografia digital. Fundador do grupo “Lomo Fortaleza” atualmente executa oficinas de Lomografia e fotografia analógica em Fortaleza e interior do Ceará.
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REGINASantos
Marcada pelo “ser arte” e pelo “não-ser arte” a possibilidade que a fotografia tem de traduzir em imagens o ininteligível em cores fortes ou leves, e a dizer algo sobre a vida neste mundo, é que faz da fotografia algo mágico.
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ANDRÉAssuero
“Dos confins do meu deserto, através da fotografia, me comunico com o mundo. Nela está minha digital, única no mundo, impregnada de onde vim, de onde estou e de onde vou...”
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Formado em Ciências da Computação pela Faculdade Farias Brito. Tem aprendido a olhar os detalhes à sua volta, em pessoas e prédios, em paisagens e formas. Com o estudo dessa ciência inexata tem descoberto cada vez mais sobre si e o mundo.
YACHID
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Fotografar é enxergar além desse quadro que a câmera me mostra, é estar aberta para o mundo e poder alcançá-lo a cada clique. Acho que não saberia viver se não existisse a fotografia. Jornalista, pós-graduanda em fotografia: Práxis e Discurso FotográficoUniversidade Estadual de Londrina.
FERNANDALeal
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DÉBORAAragão
Economista, mestre em desenvolvimento econômico internacional, mas o meu coração pertence à fotografia há muitos anos, e nas horas vagas adoro fotografar as delicias gastronômicas que encontro pelo mundo.
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DAVIDColaço
Engenheiro e amante da fotografia, incentivado por um grande amigo comecei a fotografar em 2011 e em 2012 fiz um curso de fotografia avançado da Travessa da Imagem onde só aumentou minha paixão pela arte e hoje fotografo por prazer.
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NELYRosa
Quando penso em fotografia, lembro sempre das palavras de Maiakovski:
“Iluminar para sempre
Iluminar tudo
Iluminar por toda a eternidade
Iluminar e só
Este é o meu lema E o do sol“
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CRISTIANOMarques
Busco retratar coisas que normalmente passam despercebidas aos nossos olhos.
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LEOPOLDO Kaswiner
Lutar contra o esquecimento. Hoje, toda minha fotografia dedica-se a manter vivos nossos primeiros costumes de vida como a velha arte dos pescadores de arrastão, vaqueiros encourados, rendeiras, etc. Vítimas do esquecimento e do descarte que o moderno sistema social impõe aos tradicionais modos de vida. Práticas centenárias simplesmente são esquecidas e colocadas de lado. É dever da fotografia resgatá-los ou, senão, lutar para que sejam preservados. Valeu e vale a pena viver e conviver ao lado de meus heróis de carne e osso.
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Revista Olho de Peixe é o resultado do curso Pensar Fotografia – uma experiência inédita, no Brasil, sobre ensaios fotográficos e do design gráfico – realizado por Assaoka e Celso Oliveira, com apoio do Governo do Estado do Ceará, iFoto, Prodisc e Casa Fora do Eixo, e participação de Drawlio Joca, Fernando Jorge, Henrique Torres, Iana Soares e Silas de Paula. Produção de José Wagner, tratamento de imagens de Elton Gomes e a participação de todos os alunos. Agradecimentos:
Aldeia Indígena Jenipapo
- Kanindé, Arialdo Pinho, Airton Uchoa, Bia Fiúza, Chico Gualbernei, Fernando Costa, Isabel Andrade, Ivan Ferraro, Paulo Linhares, Silvio Frota, Tiago Santana, Valéria Cordeiro e Vanessa Andion.
Foto da capa: Felipe Almeida
Tiragem: 2.000 exemplares
Fortaleza, abril de 2013
PENSAR FOTOGRAFIA
A metodologia e organização deste curso foi desenvolvido por A. Assaoka e Celso Oliveira.
Contatos: assa.o.kaad@gmail.com
(85) 9777-3433
cofoto@gmail.com
(85)9634-0502
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OLH de PEIXE
FOTÓGRAFOS:
Silas de Paula
Henrique Torres
Fernando Jorge
Drawlio Joca
Leo Henriques
Antonello Veneri
Davi Pinheiro
Marcelo Melo
Vanessa Andion
Sândalo Costa
Aziz Ary
Marília Oliveira
Rodrigo Patrocínio
Giovanni Silva
Felipe Almeida
Regis Amora
Marieta Rios
Beto Skeff
Natasha Mota
Gluck Montenegro
Eduardo Macêdo
Davi Lázaro
Goretti Feitosa
Igor Grazianno
Allan Taissuke
Juliana Miranda
Éden Barbosa
Regina Santos
André Assuero
Yachid Junior
Fernanda Leal
Débora Aragão
David Colaço
Nely Rosa
Cristiano Marques
Leopoldo Kaswiner
2ª EDIÇÃO