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Movie Investigation A

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Movie.Investigation.Architecture

“ Há muitas formas de fazer filmes. Como Jean Renoir e Robert Bresson, que fazem música. Como Sergei Eisenstein, que pinta. Como Stroheim, que escrevia romances falados na era do cinema mudo. Como Alain Resnais, que esculpe. E como Sócrates, digo, Rossellini, que cria filosofia. O cinema, em outras palavras, pode ser tudo ao mesmo tempo, juiz e litigante. Jean-Luc Godard ”

Aline Martins Beatriz Cavani


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Parte 1

Museu

- Introdução do assunto - Tipos de museu - Filmes que se relacionam com os museus

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Parte 2

Nosso museu - Sobre o museu - Sua classificação

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Parte 3

Uma especulação - A proposta - Planta - Imagens


Parte 1 Tipos de Museus

A segunda edição do fanzine M.I.A, tem como objeto fazer uma análise de forma resumida a partir dos conceitos do livro “Museus para o século XXI” de Josep Maria Montaner. A partir disso, foi possível traçar paralelos com o cinema e o mundo do audiovisual em geral. Dessa forma, considerando as definições de Montaner abordadas no livro, podemos definir os museus contemporâneos em duas categorias gerais que se dividem em seis sub categorias de museus.

De início, observamos duas tipologias principais, mas contrapostas: O Museu como organismo extraordinário que pode ser definido como um museu com entorno artístico, uma grande escultura inspirado em formas orgânicas. E a evolução da caixa, que é o museu que começa a partir de uma caixa, neutro,container ou caixa polifuncional. Em seguida, esses grupos se dividem em seis subcategorias: o museu objeto minimalista, o museu “museu”, o museu voltado para si mesmo, o museu colagem, o antimuseu, e formas de desmaterialização.

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Museu

Minimalista O museu minimalista tem como característica as formas mais essenciais e estruturais, podendo ser estabelecido como forma bastante definida de caixa. Utiliza dos recursos tecnológicos. A forma essencial do museu: tesouro primitivo, lugar sagrado, escavação arqueológica, pórtico público, espaço atemporal da luz. O primeiro arquiteto que a mídia começou a chamar de minimalista foi Tadao Ando, que buscou ao longo de seus projetos uma forma mais arquetípica e sagrada de museu.

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HER MINIMALISMO

O filme “Her” narra a vida de um escritor chamado Theodore que desenvolve uma relação amorosa com um sistema operacional. O drama aborda questões sensíveis, éticas e morais das relações humanas.

Além disso, a narrativa se passa em um futuro, talvez não tão distante, onde é possível observar uma arquitetura bastante minimalista, tanto dos ambientes de interiores, quanto dos grandes projetos arquitetônicos, com bastante recursos tecnológicos.

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Museu

O MUSEU "MUSEU" O museu surge com a chamada tipológica, ou seja, o museu deve ter algum compromisso com alguma tipologia de espaço ou de formas arquitetônicas pré-existentes. O museu faz uma releitura das tipologias arquitetônicas. Além disso, busca também configurar os espaços pensados com critérios de análise tipológica, conforme o caráter as exposições

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O ARTISTA MUSEU “MUSEU”

O enredo percorre entre os anos 1927 e 1932, focando em um ator em declínio e uma atriz em ascensão durante a transição do cinema mudo para o cinema falado. O Artista é um longa-metragem de produção francesa lançado em 2011, contudo, mesmo sendo atual, o filme é mudo e em preto e branco.

Ou seja, assim como o Museu Museu definido por Montaner, o “A artista” é um filme que “resgata” tipologias pré-existentes do cinema, trazendo para as telas do século 21 referências da cinematografia sem cores e não falado, fazendo também uma releitura de Hollywood da época e utilizando constante da metalinguagem. O longa, sobretudo, é uma grande homenagem ao cinema mudo e uma celebração da sétima arte nos anos 1920.

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Museu

O MUSEU QUE VOLTA PARA SI MESMO Surgiu nas últimas décadas e é o museu que se desenvolve entre uma tradição tipológica e aquele que cresce de forma orgânica. O museu voltado para si mesmo gira em torno de uma composição voltada para os espaços, mas também se abre delicadamente para o exterior, buscando foco de luz natural e vistas para o entorno.

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Perks ofof BeiBeinngg aa Wallflower Wallflower MUSEU QUE VOLTA PARA SI MESMO TheThe Perks

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O filme narra a vida de Charlie, um garoto tímido e introspectivo que se esconde dentro de seu próprio mundo até que conhece Patrick e Sam (sua meia-irmã) que o ajudam a viver novas experiências. A comédia dramática ,apesar de mostrar fatos e rotinas do cotidiano de jovens no Ensino Médio, pode ser tudo, menos banal.

O filme retrata com delicadeza o amadurecimento, processo de autoconhecimento, socialização e a jornada de um jovem que passou por traumas, mas que aos poucos começa a se abrir para o mundo e pessoas que estão ao seu redor .

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Museu

Colagem O museu colagem surge de uma cultura que se firmou nos anos 80 nos museus da última geração, dentro da condição pós-moderna que confere um papel muito representativo dos edifícios consagrados. O museu como colagem de fragmentos é a expressão do triunfo da cultura de massas e emblemático da implosão. Sendo bastante hedonista e popular, divertido e comunicativo, fragmentos para articular, de maneira estimulante para os sentidos, os novos volumes dentro dos existentes. Ele é essencialmente uma colagem de fragmentos diversos, subdividindo as diversidade das exigências em diversos corpos

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Pulp fiction COLAGEM

Aclamado tanto pela crítica,como pelo público, Pulp Fiction é um ícone da cultura pop, com cenas tão marcantes que até hoje, duas décadas depois, ainda é bastante comentado e adorado por grande parte dos telespectadores. A narrativa não é tão convencional, sendo ela fragmentada, ou seja, o telespectador vai acompanhar três histórias, a princípio independentes,com uma cronologia “embaralhada” mas que ao longo do filme se encontram,

formando quase como um “colagem” de histórias que se cruzam para compor o entendimento do filme. Dirigido pelo reconhecido Quentin Tarantino, o filme recebeu diversos prêmios, e rendeu sete indicações ao Oscar, rendendo o prêmio de melhor roteiro original.

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Museu

Antimuseu O museu que dissolve da realidade, negando qualquer solução convencional e representativa, tentando sempre ultrapassar seus limites realizando críticas as vanguardas artísticas e reconhecendo o caráter problemático de qualquer lugar dedicado à arte contemporânea. Não há preocupação ser muito “visível”, ou seja, ter uma fisionomia/forma específica que chame muito atenção.O antimuseu faz uma crítica impulsionando ampliação das possibilidades de conteúdos e continentes para o museu. Essa alternativa de crítica radical desenvolveu-se a partir dos anos 70 com o desejo de romper com a tradição da caixa branca da modernidade mais convenciona

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ANTIMUSEU

Brilho Eterno de uma mente sem lembrancas

Brilho eterno de uma mente sem lembranças conta a história de Joel e o final de seu relacionamento com Clementine. A narrativa, dentre outros aspectos, reflete sobre os esforços que fazemos para esquecer um antigo amor e do que somos capazes para “apagar” lembranças indesejáveis. No decorrer do filme Joel descobre que Clementine descobriu uma forma de “apagar” suas memórias com ele, logo, Joel decide fazer o mesmo.

Contudo, ele se arrepende e tenta reverter a situação. Grande parte do filme se passa na mente do protagonista, tendo uma narrativa não cronológica, com cenas que voltam, uso de flashbacks, cenas que alternam entre passado e presente e monólogos interiores do personagem que nos ajudam a compreender o filme, representando assim, uma metáfora da nossa mente que, por vezes, pode ser caótica e desnorteada, confundindo a realidade com o imaginário.

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Museu

Formas da desmaterializacão O museu do tipo “Formas da desmaterialização” é uma tendência que busca a desmaterialização e quase desaparecimento da forma, tendo suas raízes na arte contemporânea com o intuito de dissolução do espaço por meio da própria desmaterialização, ou seja, realizando uma museografia que rejeita o “tradicional” e se fundamenta em dioramas, projeções, transparência e translucidez, réplica e reproduções, assim, recusando os objetos tradicionais e utilizando de um museu audiovisual, ou mesmo virtual com base de dados. É um jogo de transparência e translucidez, reflexo e visões, luz e sombra delicadamente integrado ao ambiente circundante. O museu se torna um lugar de contínua transformação, com princípios relativos e revogáveis e multiplicidade de formas que definem o caráter do século XXI.

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Birdman FORMAS DE DESMATERIALIZACÃO

Riggan Thomson foi um ator bastante conhecido por interpretar Birdman, um famoso super-herói da época e ícone cultural. Contudo, após o sucesso do filme, sua carreira começou a decair e como tentativa de recuperar a fama e reconhecimento, ele decidiu estrelar e roteirizar uma adaptação de um texto da Broadway. Com essa premissa, Birdman, dirigido por Alejandro Iñárritu, utiliza a técnica do plano-sequência no audiovisual que consiste em fazer uma cena sem cortes, ou seja, uma cena contínua.Essa ferramenta normalmente tem o intuito de trazer para o espectador uma sensação de imersão, pois, como no caso de Birdman, a câmera acompanha a vida dos personagens de uma forma mais íntima e sem interrupções de cortes, tornando o filme mais próximo da vida real.

Essa ferramenta normalmente tem o intuito de trazer para o espectador uma sensação de imersão, pois, como no caso de Birdman, a câmera acompanha a vida dos personagens de uma forma mais íntima e sem interrupções de cortes, tornando o filme mais próximo da vida real. Apesar desse recurso de filmagem não ser “raro” ou novo, o filme ousa quando quando faz quase 100% da narrativa num plano sequência, sendo uma forma também de fugir do estilo “tradicional” do cinema e aproximando o público da sétima arte. Na verdade, todo o processo do filme foge das “formas tradicionais” do cinema, seja nas dinâmicas e posições das câmeras para executar efetivamente os planos sequência ou mesmo o jogo de luz para encontrar um equilíbrio na iluminação sem comprometer o movimento das filmagens.

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Parte 2 MUSEUM OF THE MOVING IMAGE O Museu da Imagem em Movimento é um museu de mídia, que fica localizado em um prédio antigo da Astoria Studios (atualmente Kaufman Astoria Studios), no bairro de Astoria em Queens, NY. Originalmente o museu foi inaugurado em 1988, mas iniciou uma expansão de 67 milhões de dólares em 2008, reabrindo em janeiro de 2011.

Essa expansão foi projetada pelo arquiteto Thomas Leeser. O museu existe com a finalidade de promover ampliação do público da arte, história, técnicas e tecnologia do cinema, sendo exposto em sua composição elementos do audiovisual e projeções que contribuem também para a compreensão de como esses meios midiáticos funcionam e evoluem.

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Museu

Sobre o Museu Fundado em 2011, pela Leeser Architecture, o museu da imagem em movimento foi inaugurado com um teatro de 264 lugares, sala de cinema de 68 lugares, Anfiteatro de Exibição de Vídeo e galeria para exposições mutantes. O redesenho completo do andar térreo, mais a construção de uma adição de três andares e o jardim do pátio, dobrou o tamanho do edifício existente, permitindo o crescimento e a inovação na apresentação abrangente e única do Museu da cultura da tela em todas as suas formas (filme, televisão, e mídia digital) e dar as boas-vindas aos visitantes em uma experiência na qual a arquitetura é perfeitamente fundida com a imagem em movimento

A entrada foi realocada e apresenta para os visitantes uma grande porta de vidro espalhado e transparente com as palavras : “ Museum of the Moving Image “. Assim, os visitantes podem entrar e seguir para o saguão, depois, virando a direita, podem entrar em um dos túneis em azul e chegar no teatro de 264 lugares. No topo da grande escadaria, a nova galeria de exposições alternadas do terceiro andar oferece ao Museu o primeiro espaço totalmente flexível para a apresentação de novos projetos de vanguarda.Com 4.100 m² de espaço livre, a galeria foi projetada para permitir que o Museu apresente materiais de exposição de todos os tipos, de artefatos de cultura de tela a instalações de mídia digita.Além disso, há um cinema com 68 lugares sendo esta sala de exibição secundária com uma entrada rosa choque, alto-falantes expostos e uma superfície de parede acústica perfurada cinza, tornando-a mais uma máquina exposta para a imagem em movimento .

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EVOLUÇÃO DA CAIXA O Edifício pode ser enquadrado como a “evolução da caixa”, sendo um museu tipo caixa polifuncional e eletrônica. Bastante uso da tecnologia.

FORMAS DA DESMATERIALIZAÇÃO Museografia que se fundamenta em projeções, transparência,translucidez réplica e reproduções, com um acervo de arte audiovisual, fugindo da forma tradicional de colecionar objetos. Jogo de transparência e translucidez, reflexo e visões, luz e sombra integrada ao ambiente. M.I.A 17



Parte 3 Um museu para o bairro do Recife A partir das análises dos tipos de museus abordadas no fanzine, foi proposta uma "especulação" de museu temporário em um bairro do recife. O terreno está localizado no cruzamento da Rua da Moeda com a Rua Me. de Deus, o edifício é atualmente um local para carros. Com isso, foi proposto uma intervenção nessa área.

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Museu

A proposta A proposta de intervenção no bairro do Recife tem como objetivo desenvolver um museu do tipo “evolução da caixa” , assim como trazer o museu do tipo “ formas da desmaterialização” para compor a definição do acervo, ou seja, esse novo museu além de trazer características de uma caixa polifuncional e tecnológica, também "rejeitará” o museu tradicional, a partir de um acervo de audiovisual. Além disso, o museu terá um espaço para exibição, com arquibancadas e um telão para projeções.E ainda, uma área de convivência aberta para o público integrando com o lado de fora do lote. Dessa forma, o objeto do museu é, além de proporcionar um espaço confortável e agradável para as pessoas, promover a cultura e valorização do cinema nacional de Pernambuco.

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Planta Esquemรกtica M.I.A 21


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