PISCINA PÚBLICA JUNTO AO ELEVADO
piscina pública junto ao elevado faculdade de arquitetura e urbanismo universidade de são paulo Beatriz Carolina de Souza Orientação: Angelo Bucci Dezembro, 2015.
“Peço-lhes que encarem ainda uma vez o seu trabalho de um outro modo, como uma missão: criar para os meninos de amanhã lugares de origem, cidades e paisagens que constituirão o mundo das imagens e a imaginação desses meninos. E gostaria que vocês levassem em conta o contrário do que, por definição, é a sua missão: não projetem apenas construções, criem também espaços livres que preservem o vazio, para que o cheio não nos obstrua a vista - que ele deixe o vazio para o nosso descanso.” Pronunciamento de Win Wenders aos arquitetos
Aos meus pais pelo apoio e paciência na época do vestibular e durante a faculdade. Ao meu orientador Angelo Bucci por cada minuto de dedicação durante as conversas ao longo do ano. Ao Antonio Carlos Barossi pelos ensinamentos durante a graduação. Ao João Paulo Meirelles de Faria por ter aceitado o convite para a banca Ao eterno grupo de trabalho Fernanda Schelp, Gabriela Ho, Kiyoshi Chida e em especial à Gabriela Mueller por me ajudar nas matérias da Poli.
muito obrigada!
Ao escritório Brasil Arquitetura por disponibilizar as bases em cad dos seus projetos. Sem essas bases este trabalho seria inviável.
SUMÁRIO Motivações
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Programa
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Intervenção na estrutura do elevado
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Projeto
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Referências
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Considerações finais
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Bibliografia
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motivações O presente trabalho tem como objeto de estudo o potencial uso de áreas residuais para atividades de lazer. Em uma grande cidade como São Paulo, a oferta de espaços públicos de lazer deveria ser muito maior do que a existente. Somando-se este cenário de carência com a enorme quantidade de áreas residuais deixadas pelas grandes obras viárias feitas ao longo dos anos tem-se uma grande oportunidade de uso desses espaços ociosos para construção de equipamentos públicos de qualidade. Mais do que propor equipamentos públicos pela cidade, é preciso entender como estes espaços podem ser usados como lugares de encontro, de identificação para os moradores. A área escolhida para o projeto é o baixio do viaduto Júlio de Mesquita Filho, que faz parte da Ligação Leste-Oeste. Como em muitos outros viadutos de São Paulo, a implantação deste provocou sérias consequências urbanísticas uma vez que simplesmente cortou uma área já consolidada – o Bexiga – dividindo-o em duas partes e degradando substancialmente o entorno imediato. depoimento de josé celso extraído da tese de mestrado de carolina leonelli. lina bo bardi: experiências entre arquitetura,artes plásticas e teatro.2011.
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“Na época eu achava uma merda fazer aquilo. Então eu disse: ‘detesto o teatro, não rende bosta! ’. E me veio a ideia de fazer a Selva num ringue de boxe...E o Bexiga, onde sempre morei, também estava sendo atravessado por todas essas ondas naquele momento...era um bairro fantástico, marginal. Tinha milhões de bocas, uma marginalia incrível!
Um mundo de cortiços, rasgados de repente por esse minhocão, esse viaduto que partiu as ruas ao meio e devastou tudo...Me dava a sensação de que o que acontecia com o mundo, com a gente, acontecia também naquele bairro lá, que estava sendo entulhado de lixo.”
O depoimento de José Celso, diretor do Teatro Oficina, na época em que o viaduto era construído ilustra bem as consequências sociais e urbanas da construção do viaduto Júlio de Mesquita Filho para a região do Bexiga. A paisagem urbana da área não mudou drasticamente ao longo do tempo. Os arredores do viaduto são constituídos majoritariamente por sobrados e casas de vila onde a vida na rua ainda existe. Não é raro ver os vizinhos conversando na porta e as crianças brincando no meio da rua em um domingo à tarde. A grande quantidade de bares, restaurantes e teatros no entorno fazem com que a vida neste pedaço da cidade seja bastante agitada, tanto de dia quanto de noite. No entanto, a área do baixio do viaduto é praticamente deserta, usada apenas como travessia de um lado para o outro quando extremamente necessário. O único local que as pessoas realmente usam é o sacolão municipal. Junto a esse grande vazio sem uso localizam-se dois edifícios de extrema importância cultural: O teatro Oficina e a Casa Dona Yaya.
foto aérea. 1971. fonte: saopauloantiga
“Com platibandas, arcos, frontões e varandas diminutas, as casas alinhadas nas calçadas conformam um casario que intercala fachadas desgastadas pelo tempo com outras pintadas em cores vibrantes e alegres. Dentro delas, famílias remediadas, trabalhadores desqualificados, pequenos comerciantes, aposentados, gente de pouca pressa, que anda devagar e olha nos olhos da gente. Homens ainda consertam o próprio carro estacionado diante de suas casas ou trocam conversa fiada nas esquinas. Tem dona de casa também, pois quem cuidaria das plantas que tornam trechos de calçada em jardins úmidos típicos de cidade do interior?” Infelizmente, este tipo de situação urbana e suas devastadoras consequências se multiplicam ao longo de todas as grandes cidades brasileiras e não apenas em São Paulo; o bairro tradicional do Catumbi, no Rio de Janeiro também foi cortado por uma grande via expressa metropolitana que desestruturou o bairro e a comunidade que ali vivia. Pensar em uma proposta de requalificação urbana de áreas já consolidadas, mas que foram cortadas por grandes viadutos usando como estudo de caso o viaduto Júlio de Mesquita Filho pode ser uma maneira de denunciar o descaso daqueles que constroem as cidades com os moradores desses locais. Esta maneira de lidar com o planejamento da cidade é ainda bastante utilizada atualmente - vide os projetos de monotrilho em São Paulo- com o argumento de que essas obras vão desenvolver as regi-
ões pelas quais passam, o que claramente não acontece. De fato, o baixio do viaduto é um local complicado do ponto de vista urbanístico, no entanto, pequenas intervenções já fazem uma grande diferença. Alguns viadutos em São Paulo possuem uma vida urbana intensa, com programas bem simples como sacolões, quadras poliesportivas, academias, etc. Nesse sentido a tentativa de propor um uso da comunidade nesses locais é necessário e plausível. “Quando se projeta, mesmo como estudante, é preciso fazer uma obra que ‘sirva’, que tenha uma conotação de uso, de aproveitamento. É preciso que essa obra não caia do céu sobre os ‘moradores’, mas que exprima uma verdade, uma necessidade. E ela também tem que ser (e isso vai depender da capacidade de cada um) mais ou menos bonita: você sempre procura o objeto ideal, decente, que possa ser chamado pelo termo antigo de ‘beleza”.
na coluna da esquerda: abilio guerra para o portal vitruvius.jun 2012
lina bo bardi no livro ‘lina por escrito’ p.165.
Se a construção do viaduto ‘caiu do céu na cabeça dos moradores’ a intenção deste projeto é que esta área não seja mais um entrave para quem mora ali. É necessária uma proposta que reconecte as duas áreas separadas com a intenção de criar um novo lugar de identificação para os moradores, promovendo o uso intenso desse espaço para que este se torne novamente parte do cotidiano da cidade.
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casarios nas ruas do entorno
mapa sara brasil de 1930 com tracejado correspodente ao traรงaco atual
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teatro oficina. fonte: archdaily, foto de I単igo Bujedo Aguirre
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casa dona yaya foto de Gladyz Russo.
sacol達o no baixio do viaduto
rua major diogo
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vista do terreno pela rua 14 de julho
vista do terreno pela rua prof. laerte ramos de carvalho
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vista da dona yaya para o viaduto julio de mesquita filho
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PRAÇA ROOSEVELT
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TEATRO
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DONA YAYA
PRAÇA PÉROLA BYINGTON
Viaduto Júlio de Mesquita Filho
Rua jor Ma go
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elevação rua 14 de julho
elevação rua professor laerte ramos de carvalho
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elevação rua 14 de julho
elevação rua professor laerte ramos de carvalho 22
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programa A estratégia para eliminar a barreira urbana -o viaduto- consiste na construção de um equipamento público que atraia as pessoas a usarem este espaço, permitindo então, a reconexão das duas áreas separadas e qualificando o baixio do viaduto. Uma maneira de pensar a apropriação deste espaço pode ser a aproximação do funcionamento deste como o de uma praça local. Jane Jacobs em Morte e Vidas das Grandes Cidades, explica muito bem o funcionamento de uma praça local:
jane jacobs em “morte e vida das grandes cidades” p.118
“Fica claro, no entanto, que as pessoas realmente vão a esses parques em busca de certos produtos indispensáveis especiais, embora elas simplesmente não apareçam pelo seu uso genérico ou impulso. Em síntese, se um parque genérico não pode ser sustentado pelos usos derivados de uma diversidade natural e intensa da vizinhança, precisa ser convertido de parque genérico em parque específico. Uma diversidade de usos verdadeira, que atraia naturalmente uma sucessão de frequentadores diferentes, deve ser introduzida deliberadamente dentro do próprio parque”.
Partindo desta suposição e tomando como referência a lógica de Jacobs para a eficiência ou não das praças podemos dizer que o equipamento público funciona como o item que dá a esta ‘praça’ uma especificidade. Para isso, equipamento escolhido é um conjunto de piscinas públicas. Em São
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Paulo existem cerca de 33 piscinas públicas espalhadas ao longo da cidade (como mostra o mapa na página seguinte), principalmente nos bairros próximos à área central: na periferia são raras as piscinas e o centro não possui nenhuma. Atualmente, a grande maioria das piscinas públicas da cidade funcionam apenas no período de verão e são, principalmente, para lazer. O potencial de uma piscina é muito maior do que apenas lazer no verão e por isso a proposta define uma variedade de usos mais abrangentes para o equipamento, como aulas de esportes aquáticos, aulas de hidroginástica, sessões de terapia e fisioterapia, etc. Com essa diversidade de usos, o equipamento não só pode como deve dar suporte a outros equipamentos presentes na região como escolas, hospitais e postos de saúde, fazendo assim, com que esta área se torne parte do espaço urbano propriamente dito garantindo assim, circulação de pessoas em diversos horários do dia e épocas do ano. A proposta de um café externo à piscina complementa o programa principal e solidifica os diferentes usos já que as pessoas não precisam necessarimante entrar no equipamento para usar o espaço.
ĂĄrea de estudo travessias ĂĄreas abertas lazer metro achiropita biblioteca hospital/ posto de saĂşde escola/ creche museu sesc teatro vai-vai
intervenção na estrutura do elevado Além do viaduto que corta a área, existem duas alças de acesso para o elevado que dificultam ainda mais a vida de quem precisa atravessar essa região a pé. Como o objetivo principal do projeto é a reconstrução das circulações entre as áreas separadas na escala do pedestre foi tomada a decisão de remover as alças de acesso no local. Feito isso, tem-se uma livre maior que viabiliza a construção de um equipamento público na escala pretendida. A circulação dos carros no elevado não será afetada e também não se tem a necessidade de fazer outro grande acesso igual o existente uma vez que mais adiante - no sentido da Praça Roosevelt- o elevado fica praticamente em nível com a rua permitindo a entrada e saída dos carros de forma mais direta. Antigamente a ligação leste oeste possuia uma velocidade máxima bem alta, entre 70 a 80 quilômetros por hora, o que de fato, exigia que os acessos fossem mais complexos por questões de segurança. Atualmente a velocidade máxima no viaduto é e 50 quilômetros por hora e no futuro esse número tem a ser cada vez mais baixo e portanto os acessos mais diretos podem ser construídos sem afetar a segurança de quem já está circulando pela via
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alças de acesso ao elevado
novos acessos ao viaduto em nĂvel com a rua
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projeto O projeto tem como objetivo mais importante a conexão entre as áreas separadas, qualificando o espaço e fazendo com que este se torne um ponto de encontro das pessoas, onde a vida urbana acontece, criando assim o espaço “do mundo das imagens e da imaginação dos meninos”. Para isso, partiu da premissa de que no futuro essa região será mais adensada, com a construção de habitações de uso misto nos terrenos vazios, como os estacionamentos no entorno, sem perder as características dos sobrados e casas de vila que fazem este bairro ser tão singular. A proposta consiste em dois blocos verticais e um bloco semi-enterrado. Piscinas são enormes caixas de concreto que, com muita facilidade, poderiam se tornar mais uma barreira urbana no local. Para que isto não ocorresse, essas caixas de concreto foram colocadas na cobertura e no nível semienterrado, sendo que a circulação externa no nível das ruas se sobrepõe a circulação interna do equipamento. Dessa maneira todos podem ver uns aos outros. Ao todo são cinco piscinas: saltos e recreação na cobertura, piscina coberta e piscina semi-olimpíca para aulas em geral e prática de esportes e piscina para lazer aberta. A disposição dos blocos foi pensada da seguinte maneira: os blocos de piscinas deveriam ficar na maior área do terreno sendo que o bloco
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baixo de piscinas seria colocado para o norte e o bloco vertical para o sul garantindo que o bloco alto e o próprio viaduto não afetariam a incidência de sol na piscina aberta mais baixa. O acesso à este tipo de equipamento precisa ser controlado e o bloco de vestiários faz esse papel. A partir desse bloco, o usuário pode ir às piscinas por duas pontes: uma no nível da cobertura, passando por cima do elevado e outra no nível dos vestiários, passador por cima da rua Major Diogo. O acesso ao café não é controlado, mesmo estando dentro do bloco de piscinas. Ele está acima das piscinas semienterradas, no nível da praça, dentro do equipamento como se fosse uma varanda que tem vista para a piscina coberta. A área dos funcionários se localiza embaixo da piscina de saltos, sendo que seu acesso é feito diretamente por ali, diferente do público que só pode ser realizado pelo bloco dos vestiários. As áreas técnicas estão localizadas no subsolo de ambos os blocos. A estrutura dos edifícios é basicamente composta por paredes estruturais de concreto. Já as passarelas são feitas com estrutura metálica. A fachada é uma fina camada constituída por elementos vazados de tijolo que conferem unidade ao equipamento, revelam o que acontece no interior do edifício e também garantem a ventilação e sombreamento do local.
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O equipamento possui cinco piscinas: duas acima do elevado e três semi-enterradas.
O acesso às piscinas é feito por duas passarelas: uma por cima do elevado conectando as coberturas e outra por cima da rua conectando o piso dos vestiários ao nível semi-enterrado
entrada| recepção café vestiários piscinas área funcionários área técnica
O acesso controlado ao equipamento se dá pelo bloco dos vestiários. As piscinas não obstruem a passagem de quem está fora do equipamento e quer atravessar o viaduto por baixo. Essa passagem é realizada acima do nivel das piscinas por meio de pequenas pontes e uma praça elevada. Assim quem está fora vê o que acontece dentro das piscinas e vice-versa.
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PLANTA COTA 757.5 1. 2. 3. 4. 0
área técnica carga e descarga circulação máquinas 5m
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PLANTA COTA 760 1. entrada|recepção 2. exame médico 3. estar funcionários 4. circulação 5. piscina recreação 6. piscina 25m 7. estar funcionários 8. administração 9. depósito 10. circ. funcionários 11. piscina aulas 0
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PLANTA COTA 764 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 0
depósito vestiário circulação praça elevada vest. funcionários cir. funcionários café 5m
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PLANTA COTA 768 1. 2. 3. 4. 0
depósito vestiário circulação varanda 5m
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PLANTA COTA 772 1. 2. 3. 4. 0
bar solário piscina saltos piscina recreação 5m
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CORTE 1
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1. ELEMENTO VAZADO Composição de 4 tijolos de 24x5,3x11,5 cm formando uma peça.
2. MÓDULO
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Módulo com quatro peças de elemento vazado que se repetirá por toda toda a fachada.
3. FIXAÇÃO A fachada é fixada em uma moldura metálica de 3x3m. A moldura metálica, por sua vez, é fixada na laje do edifício.
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referências As referências colocadas aqui são um recorte de uma pesquisa feita ao longo do ano na busca de uma coleção imagens que pudesse servir de inspiração para certos aspectos do projeto direta ou indiretamente. Como o lugar de estudo é muito singular não foi possível encontrar referências diretas de projeto. No entanto as ilustrações de Angela Leon para o livro Guia Fantástico de São Paulo são uma bela referência de como as áreas antes ocupapas pelo carro podem se tornar lugares de lazer e encontro como, por exemplo quantdo a artista imagina como seria o túnel de ligação entre a Avenida Paulista e a Avenida Doutor Arnaldo fosse um espaço público, no caso uma piscina. As imagens colocadas neste recorte são: competição de saltos Red Bull Cliff Diving em Açores, Portugal organizada pela Red Bull onde os atletas saltam de penhascos e pontes; ilustrações da Angela Leon para o Guia Fantástico de São Paulo, no qual a artista ilustra situações nada usuais de como poderia se dar a apropriação do espaço público pelas pessoas; a série fotográfica Absence of Water onde a fotógrafa Gigi Cifali mostra a beleza existente no vazio deixado pelas piscinas públicas abandonadas no Reino Unido;a série fotografica IMPACT! por Adam Pretty tirada debaixo d’água durante a competição na plataforma de 10m no mundial de Shanghai
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absence of water. foto: gigi cifali
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guia fantástico de são paulo. ilustração: angela leon
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impact! foto: adam pretty
considerações finais Áreas residuais de grandes construções rodoviárias como o terreno escolhido para a proposta é um tema bastante complexo, porém muito importante para ser abordado e discutido. A quantidade de vazios urbanos desse tipo é imensa, não só em São Paulo, mas também em outras grandes cidades que cresceram rapidamente e por isso a maioria delas passam pelo meio da cidade desorganizando a vida de quem mora perto. As características topográficas e a forma dessas áreas são bens diferentes dos terrenos padrões existentes na cidade e isso foi um desafio durante o desenvolvimento da proposta. Conciliar as circulações de dentro e fora do equipamento, lidar com a topografia acidentada e as limitações de altura debaixo do elevado e propor novas conexões foram os principais problemas a serem solucionados e também onde tive o maior aprendizado. A proposta aqui apresentada é apenas uma das mil possibilidades de projeto que podem ser realizadas no local. Vejo a proposta deste trabalho – projeto de equipamentos públicos- como uma maneira de abordar temas que acho importante para o meu próprio aprendizado em arquitetura e que encontrei uma certa deficiencia neste tema durante a graduação
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BIBLIOGRAFIA _BRASIL. Instituto Brasileiro de Administração Municipal, Rio de Janeiro Centro de Pesquisas Urbanas. Quando a rua vira casa. A apropriação de espaços de uso coletivo em um centro de bairro. Rio de Janeiro :FINEP/IBAM,1981. _JACOBS, Jane. Morte e vida das grandes cidades. São Paulo: Martins Fontes,2007. _DE CERTEAU, Michel. A invenção do cotidiano. Petrópolis: Vozes, 2012. _BUCCI, Angelo. São Paulo, razões de arquitetura. Da dissolução dos edifícios e de como atravessar paredes. São Paulo: Romano Guerra, 2010. _BARDI, Lina bo. Lina por escrito textos escolhidos de Lina Bo Bardi 1943-1991. São Paulo : Cosac & Naify, 2009. _LEONELLI, Carolina. Lina Bo Bardi [experiências] entre arquitetura, artes plásticas e teatro. Dissertação de Mestrado. São Paulo, FAUUSP, 2011. _GUERRA,Abilio.Grotão do Bixiga. http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquiteturismo/06.064/4389. Acesso em 3, maio.2015 MAPAS E BASES _Brasil Arquitetura. http://www.brasilarquitetura.com.br _Prefeitura de São Paulo. http://www.capital.sp.gov.br _Google earth _Sara Brasil,1930 IMAGENS _P.ag.5 Centro Aquático de Medellin por Luis Callejas http://www.luiscallejas.com/ _Pag.7 Viaduto em 1971 fonte:São Paulo Antiga http://www.saopauloantiga.com. br/ _Pag.10 Teatro Oficina por Iñigo Bujedo Aguirre http://www.archdaily.com.br/ Casa Dona Yaya por Gladys Russo http://passearefotografar.blogspot.com. br/ _Pag. 29 Imagem por Adam Pretty http://www.adampretty.com/ _Pag.65 Competição Redbull Cliff Diving em Portugal http://www.redbullcliffdiving. com/ _Pag. 66,67 Guia Fantástico de São Paulo por Angela Leon _Pag.68,69 Série Fotográfica Absence of Water por Gigi Cifali http://www.gigicifali. com/ _Pag. 70 Campeonato Mundial em Shangai por Adam Pretty http://www.adampretty.com/ 74