Revista Curta – Edição nº18 – agosto/2017

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QUANDO É

NECESSÁRIO PARTIR Cada pessoa que decide ir morar sozinha possuí os seus motivos. Por mais que tudo esteja bem na casa dos seus pais, a vontade de ter o seu próprio espaço pode aparecer mais cedo ou mais tarde, e, principalmente, é na adolescência que nós sentimos essa vontade mais acelerada. Sair da casa dos nossos pais e se aventurar no mundo do “já sou grandinha para cuidar de mim” parece uma ótima ideia. Mas, muitas vezes, os pais não aceitam a libertação dos filhos do seu domínio e cuidado. Querem que eles não cometam os erros que cometeram, então interferem mais do que deveríam. Por vezes, acabam por não aceitar que os filhos se mudem e tracem seus próprios caminhos. Há, sim, a resistência por parte de grande parte dos pais. O curso na faculdade ou apenas o desejo por maior liberdade, muitas vezes, são justificativas usadas para convencer a família (e que ganha maior força quando o jovem consegue alguma ajuda financeira para se manter e não depende apenas da renda familiar). Porém, tais justificativas, apesar de serem aceitas, deixam o

“ninho” vazio, o que gera um sentimento inicial de perda. Lidar com este sentimento é necessário, apesar de ser difícil. Nós sabemos que não é fácil romper o laço da convivência diária entre pais e filhos. E mesmo que o desejo pela liberdade seja grande, a saudade aperta nos diversos momentos. Aí passamos a compreender o motivo dos nossos pais de nos quererem por perto. Mas, ao mesmo tempo, percebemos que somos os reis de nós mesmos e de nossos futuros e que precisamos de nossas asas para conquistarmos o mundo que tanto desejamos.

por Ana Luísa Medeiros


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