REVISTA
CURTA
EDITORIAL Em nossa primera sessão de 2019, trazemos para vocês uma parceria com a semana de língua francesa e da francofonia de Viçosa. O longa apresentado é Intocáveis, dirigido pela dupla Olivier Nakache, Éric Toledano. Foi o filme mais visto na França em 2011 e o mais rentável do cinema francês. Intocáveis foi indicado ao César de melhor filme e Omar Sy ganhou como melhor ator Nessa edição da revista curta, complementamos com curiosidades da produção do filme, uma conversa
sobre amizade e sobre mudança de perspectiva. Aproveitem que a pipoca é por nossa conta e esperamos vocês na nossa prxima sessão! Boa leitura e bom filme!
NESTA EDIÇÃO 3
Ficha Técnica e Sinopse
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Não somos intocáveis
5
Um papo sobre amizade e opostos
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As curiosidades de produção
7
Dicas de cinéfilo, playlist e dicas cinecom
Beatriz Valente
INTOCÁVEIS Intouchables, 2011 Direção: Olivier Nakache, Éric Toledano Roteiro: Olivier Nakache, Éric Toledano Elenco: François Cluzet, Omar Sy, Anne Le Ny, Audrey Fleurot Nacionalidade: Francês
Sinopse
Um milionário tetraplégico contrata um homem da periferia para ser o seu acompanhante, apesar de sua aparente falta de preparo. No entanto, a relação que antes era profissional cresce e vira uma amizade que mudará a vida dos dois.
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Não somos Intocáveis
Você já olhou os acontecimentos ao seu redor e sentiu que o mundo está carente de humanidade? O filme Intocáveis (2011), baseado na autobiografia Segundo Suspiro de Philippe Pozzo Di Borgo, traz à tona várias questões sobre isso. Após um acidente, Philippe fica tetraplégico e vai em busca de um assistente pessoal. Assim, conhece Driss, que é contratado, e uma grande amizade nasce nas circunstâncias mais improváveis das vidas. A história conta com uma leveza contagiante e nos emociona pela humanidade presente na relação entre um deficiente e um ex detento, rompendo as barreiras do preconceito. Certamente, esse é um dos motivos que fazem com que esse filme nos toque tanto.
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A fluidez da amizade, que não depende das limitações ou dificuldades cotidianas do outro. É interessante ver que esse filme tira algumas visões distorcidas que podemos ter, e, ao mesmo tempo, pode nos levar a grandes reflexões sobre nossa própria vida. Driss é um simples cuidador, mas faz muito mais que isso, ele leva uma cura para a alma de Philippe, um novo jeito de olhar a vida, e vice-versa. Intocáveis nos mostra o quanto a empatia é necessária e, que no final, nós podemos nos a judar, sem depender de quem somos ou o que fazemos. Coloca em questão os nossos valores, em uma sociedade cada vez mais amarga.
Enya Chaves
Um papo sobre amizade e opostos Eu tenho uma amiga que é o completo oposto de mim. Quer dizer, somos do mesmo signo e adoramos tomar uma cerveja gelada no fim da noite, mas acho que as similaridades acabam por aí. Ela é honesta, do tipo que te diz a verdade. Eu tenho um medo imensurável de confrontos. Ela pouco se importa com a opinião alheia e o que as pessoas têm a dizer sobre ela, eu me preocupo a cada segundo com o que pensam sobre mim e se estou fazendo o suficiente pra que eu seja uma pessoa “gostável”. Não somos nada parecidas. Assim como no filme de hoje, eu e minha amiga começamos nossa amizade com diversos desentendimentos. Nossas diferenças pareciam gigantescas demais para que a gente se desse bem. Mas mesmo assim, por alguma mágica universal, nos completamos e nos compreendemos de uma maneira tão singular, que eu não a trocaria por nenhum amigo que se parecesse mais comigo. Aprendemos a nos respeitar e à admirar a outra pelo que somos. Eu soube ensinar a ela a ser mais
maleável, ela me ensinou a me defender e a me importar menos com o que possam falar de mim. E talvez esse possa ser o melhor tipo de amizade. Alguém que não seja como você, mas que te entenda, te respeite, te ame e que possa te completar e te ensinar coisas que você nunca aprenderia com alguém similar à si. Bem, talvez seja. Talvez não. Mas sou muito grata a ela e às nossas diferenças, e espero que vocês possam sentir um pouco disso durante a nossa sessão.
Letícia Passos 5
AS curiosidades de produção Intocáveis é um filme francês lançado em 2011 que conta a história de Philippe Pozzo di Borgo, um multimilionário tetraplégico que necessita de um auxiliar para ser o seu enfermeiro e o a judar em sua rotina. Os diretores, Olivier Nakache e Éric Toledano, elaboraram a ideia de produzir o filme após assistirem ao documentário A la vie, à la mort, dirigido por Jean-Pierre Devillers e Isabelle Cottenceau. O documentário também conta a história de vida de Philippe. O papel principal seria interpretado por Daniel Auteuil, conhecido como um dos maiores nomes do cinema francês, vencedor na categoria de melhor ator coadjuvante no prêmio BAFTA, pela sua atuação em Jean de Florette (1986). Para assumir o papel de Philippe, o ator François Cluzet se preparou arduamente. Ele chegou a se encontar algumas vezes com o próprio Philippe para observar os seus comportamentos, modos e atos, para que assim pudesse
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passar o máximo o realismo para as telas. No ano de 2017 foi lançado um remake americano do filme, chamado The Upside,dirigido por Neil Burguer e conta com um elenco estrelado por Kevin Hart, Bryan Cranston e Nicole Kidman.
Bruno Gabriel
dicas de Cindy tem 19 anos e é de Ipatinga. Ela cursa História na UFV e sempre se interessou por arte e todas as suas vertentes. Começou a gostar de cinema de verdade quando tinha 16 anos, na mesma época que se interessou por artes plásticas, por ser atraída por cores e cenários. Wes Anderson se tornou um dos seus diretores favoritos. Top 5 favoritos 1. Garota Interrompida (James Mangold, 1999) 2. Cães de Aluguel (Quentin Tarantino, 1992) 3. Hotel Budapeste (Wes Anderson, 2014)
4. O grande truque (Christopher Nolan, 2006) 5. Bastardos Inglórios (Quentin Tarantino, 2009)
playlist
Tracklist movie Fly - Ludovico Einaudi •
September - Earth, Wind & Fire • L’arbre qui chante - Omar Sy e François Cluzet • The Ghetto - George Benson • L’origine nascosta - Ludovico Einaudi •
dica cinecom
Le français •O Incompreendidos - (1959) •Azul é A Cor Mais Quente - (2013) •O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (2001) •Que mau eu fiz a Deus? - (2014) •Amor - (2013)
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Essa é a nossa primeira sessão! A próxima sessão será em abril.
Revista curta | edição 34 - Março/2019 Orientador: Albert Ferreira Edição Geral: Beatriz Valente Projeto Gráfico: Brenda Scota,
Beatriz Valente Reportagem e Redação: Letícia
Passos, Enya Chaves, Bruno Gabriel Revisão: Beatriz Valente Diagramação: Beatriz Valente Crédito imagens: Reprodução (Capa e pag. 2-8)