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Futebol para todas

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para todas Futebol A Figura

do ídolo

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Historicamente o futebol sempre foi visto como algo masculino e os incentivos para que as mulheres o praticassem sempre foram baixos. No Brasil, o esporte era proibido para as mulheres até 1979. Na Inglaterra, de onde vem o futebol e terra onde se passa o filme dessa sessão, a primeira partida de futebol a ter mulheres aconteceu em 1972 - cem anos depois do primeiro jogo masculino. O quadro das atletas femininas ainda continua precário, além do investimento ainda ser muito baixo se comparado aos homens e os preconceitos que as mulheres enfrentam ainda é uma realidade cotidiana. As mulheres que optam por praticar caem nos estigmas constantes da masculinidade - se 4

estão ocupando um lugar que é na maior parte das vezes é de homens, logo, nessa lógica preconceituosa, elas querem ser homens ou são lésbicas. Jess, personagem principal do filme de hoje, nos mostra que ser jogadora de futebol não significa ser menos mulher ou ser lésbica. Jogadoras de futebol não são menos mulheres que as outras e com certeza um esporte não pode definir a orientação sexual delas. Marta, Formiga e nossa Jesminder Bhamra são exemplo disso, o futebol é parte delas, mas não as define. O futebol, paixão nacional e esporte que trás muita diversão, é para todos e sobretudo para todas, sem distinção.

O futebol é um fenômeno de entretenimento capaz de mover nações, sendo a Copa do Mundo seu principal evento que move torcedores do esporte por todo o globo. Porém, tal atenção só é dada ao futebol masculino. Mesmo com o crescimento constante dos movimentos feministas e apoio cada vez maior as mulheres no esporte, ainda há uma discrepância em questões salariais e de marketing. O filme de 2002 tem a protagonista Jesminder fã do jogador inglês David Beckham, que era a maior celebridade da Inglaterra na época - eleito segundo melhor do mundo no ano anterior e considerado um exemplo por muitos fora e dentro de campo. Esse protagonismo dado para Beckham vem até no título do filme que originalmente é Bend It Like Beckham (Joga como Beckham), mostrando que, por mais que se trate do futebol feminino, o âmbito masculino ainda toma os holofotes. A esperança é uma mudança no cenário conforme há uma maior conscientização da população e uma maior atenção da mídia para a modalidade. Esse processo pôde ser reparado na Copa do Mundo Feminina de 2019, que bateu recordes de espectadores televisivos. Revelando para as jovens praticantes do futebol a gama de jogadoras de alta nível, como Marta, Rapinoe, Alex Morgan, entre outras; essas as quais se tornarão ídolas de uma nova geração.

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