Revista Curta – Edição nº43 – setembro/2019

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Futebol para todas

Historicamente o futebol sempre foi visto como algo masculino e os incentivos para que as mulheres o praticassem sempre foram baixos. No Brasil, o esporte era proibido para as mulheres até 1979. Na Inglaterra, de onde vem o futebol e terra onde se passa o filme dessa sessão, a primeira partida de futebol a ter mulheres aconteceu em 1972 - cem anos depois do primeiro jogo masculino. O quadro das atletas femininas ainda continua precário, além do investimento ainda ser muito baixo se comparado aos homens e os preconceitos que as mulheres enfrentam ainda é uma realidade cotidiana. As mulheres que optam por praticar caem nos estigmas constantes da masculinidade - se

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estão ocupando um lugar que é na maior parte das vezes é de homens, logo, nessa lógica preconceituosa, elas querem ser homens ou são lésbicas. Jess, personagem principal do filme de hoje, nos mostra que ser jogadora de futebol não significa ser menos mulher ou ser lésbica. Jogadoras de futebol não são menos mulheres que as outras e com certeza um esporte não pode definir a orientação sexual delas. Marta, Formiga e nossa Jesminder Bhamra são exemplo disso, o futebol é parte delas, mas não as define. O futebol, paixão nacional e esporte que trás muita diversão, é para todos e sobretudo para todas, sem distinção.

Julia Lourenço


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