SUPRA ENSINO, FEVEREIRO/2013

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DICAS

POR DÉBORA CARVALHO

Volta às aulas Atenção especial à saúde da coluna e à a adaptação emocional. nos, e também com a volta à rotina de trabalho - que não é nada fácil. Para ajudar a evitar estresse, é importante planejamento com o material que se carrega. Tanto para não carregar peso desnecessário quanto para não esquecer o indispensável. Lesões nos ombros e na coluna passam de 9% para 15% na volta às aulas, segundo ortopedista do HCor - Hospital do Coração, em são Paulo, Dr. Sérgio Xavier. Só então as pessoas começam a

ficar mais atentas ao que andam carregando desnecessariamente. Alerta: são 19 tipos de lesões no ombro que além de aumentar a fadiga e atrapalar a postura, geram irritabilidade. Irritação prejudica o relacionamento com os colegas, a adaptação com os alunos e o sono. No lado emocional, seria bom começar o ano deixando de lado a hostilidade e as picuinhas com os colegas, esquecer as diferenças e somar forças para fazer de 2013 um ano de aprendizado concreto.

À

s vésperas do retorno à sala de aula, a mídia foi recheada de matérias sobre material escolar, que vai fazer os brasileiros gastarem R$ 6,8 bilhões neste ano, segundo o Ibope; a diferença de preço, que chegou a ser de até 579%, segundo levantamento do Diário, na região do Grande ABC; a fase de adaptação e a mochila ideal para as crianças. O que ficou esquecido é que a direção da escola e os professores também precisam de atenção especial - não só as crianças. Diretor de escola também S ORE S S precisa de um tempo de E F PRO adaptação com os E OS novos membros da equipe, os novos alu-

!

M É B TAM

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INOVAÇÃO

POR DÉBORA CARVALHO

Matemática revolucionária Material pedagógico criativo ensina conceitos e fixa conteúdo através de jogos lúdicos que tornam o abstrato em algo concreto.

T

udo começou com o talento criativo da mestre em matemática Marli Guimarães, professora de Magistério e também da turma de Licenciatura na Fundação Santo André. Na tentativa de tornar o conteúdo de matemática mais “paupável” para os alunos de suas alunas, Marli desenvolvia atividades lúdicas com materiais concretos. Ela acreditava que ao visualizar os materiais manipulativos seria mais fácil as crianças entenderem o universo abstrato da matemática. Marli queria ajudar as professoras a fazerem algo diferente e mais atrativo em sala de aula. Os resultados positivos logo surgiram. As alunas entenderam a técnica e as crianças começaram a apreender o conteúdo mais facilmente. Essa troca

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funcionou como um laboratório. E, atendendo a pedidos das professoras, a ideia tornou-se um negócio.

MATEMÁTICA E NEGÓCIOS Há 16 anos, a MMP Materiais Pedagógicos, com a missão de ajudar escolas públicas e privadas do Brasil a tornarem a matemática mais fácil de aprender. A empresa fornece consultoria para aplicação dos materiais adquiridos, montagem de laboratório de matemática, e adaptação ao método de ensino adotado pela escola - além de kits personalizados para sistema de ensino. São mais de 100 itens para todas as fases e conteúdos do ensino da disciplina do Ensino Infantil ao Superior. “Foi uma necessidade de colocar alguma

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coisa na mão do professor pra ter mais recurso. Porque a matemática é muito árida. Claro que não dá pra ficar a vida inteira trabalhando com material concreto. É pra dar uma introdução através de jogos, não é jogar por jogar. Eles vão memorizando fórmulas, propriedades, etc”, explica Marli.

JOGO COM CONTEÚDO A revolução começa com o treinamento dos professores. O grande diferencial é a forma lúdica de apresentar e fixar o conteúdo matemático. Os jogos ajudam o aluno a entender para além da prova. “A criança tem uma facilidade de aprender quando acredita no que está vendo e não em uma informação jogada na lousa”, destaca a empresária. As aulas manipulativas, ao contrário do que muitos pensam, não atrasam o cronograma de conteúdo da apostila. Pelo contrário, ajudam a adiantar. É importante destacar que o material não é um brinquedo para os pais levarem para casa. E que os professores precisam ser treinados para a aplicação correta dos jogos. Não adianta a escola apenas investir na aquisição. Tem que vestir a camisa. MERCADO “A gente teve na USP uma aceitação muito grande. As escolas começaram a trabalhar conosco”, conta Marli, que criou a maior parte dos jogos. A MMP está cada vez mais presente nas conceituadas instituições de ensino do País, como os colégios Dante


Alighieri, Porto Seguro, Educação Adventista, e fornece também para o Sistema Anglo de Ensino - que agora é Abril Educação - com direito a logomarga personalizada. Qualidade e conteúdo tornam a marca MMP sinônimo de qualidade e expertise no ramo acadêmico Matemático. Até a embalagem é criteriosamente pensada para escola - e as exigências de durabilidade e praticidade. Além da internet, os materiais podem ser encontrados em papelarias, e está em fase de expansão com representantes em diversos estados. Um terreno acaba de ser adquirido para ampliar a fábrica, e a diretoria está cheia de novos projetos para melhorar cada vez mais a qualidade do produto e do serviço.

>> O estigma de que materiais manipulativos, jogos e brincadeiras atrasam o conteúdo é mito. Na verdade, é um investimento que dá lucro. A criança “enxerga” o abstrato e entende melhor os conceitos matemáticos.

www.mmpmateriaispedagogicos.com.br

rcial a Come os, r o t e r i gógic azzi, D Talita M Materiais Peda resa P mp da MM 014 a e de 600 2 m e e u conta q rar um galpão a de gu ric u vai ina e da fáb lmente d e s a v a o m² - a n emáticos. Atu ², em t a m m 220 jogos apenas m e t a e a ár P. ndré - S A o t n a S Em 2013 o material da MMP chega repaginado pela nova diretoria que assumiu em maio do ano passado. É que a fundadora aposentou-se, aos 60, e passou o bastão para a nora, Talita Mazzi Guimarães, ex-bancária, formada em estatística. “Modernizamos as embalagens, o site, a identidade visual”, conta Talita. Marli diz que está muito feliz com o trabalho e as novas ideias da nova diretora.

RESULTADOS:

Em uma escola, apenas uma turma usou os materiais da MMP antes de aplicar os conceitos e exercícios da apostila propriamente ditos. Nas outras classes, os demais professores seguiram fielmente o cronograma da apostila. O assunto era material concreto, fração, divisão. A princípio, na turma que a professora aplicou o material manipulativo da MMP a apostila ficou 10 páginas atrasada em relação às demais turmas. Na turma da amostra a professora, tecnicamente, perdeu uma semana “brincando”. Mas, na semana seguinte, aplicando o conceito, os alunos aprenderam. Os pais viram o resultado. Ela sentiu o efeito e percebeu quão rápido foi e em 15 dias tinha passado os outros professores nas páginas da apostila, porque eles fixaram os conceitos de uma forma mais natural. Funciona assim: O professor entrega o material para ser explorado, depois de ouvir as opiniões, fala as regras do jogo. Depois que teve a brincadeira, entra o conceito matemático. O tempo que ele “perdeu” com a brincadeira, ganha lá na frente.

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NOVIDADE

De quem é esse lápis?

POR DÉBORA CARVALHO

Etiquetas autoadesivas personalizadas ajudam organizar pertences.

Q

uem é que nunca perdeu uma caneta, estojo, guarda-chuva, chave, celular? E quanto a pastas, agendas e materiais que os professores utilizam na escola? Tesoura, grampeador... e até descobrir de quem é, fica complicado. E se perdeu e encontra com outra pessoa que resolveu usufrir do objeto “sem dono”, jamais saberá se é o seu mesmo. Na sala de aula, com os pertences dos alunos então, é uma verdadeira bagunça. E as etiquetas tradicionais de papelaria são frágeis, não podem molhar, soltam facilmente. Contudo, essa dor de cabeça é coisa do passado. Chegou ao Brasil a Tikebum, uma empresa que trouxe da Austrália uma ideia inovadora, prática, com estética personalizada. E o melhor: o material é ultraresistente até mesmo para ser lavado e esterelizado junto com o objeto.

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Pode ser levado ao microondas. Não descola, não dá para a criança arrancar com a unha. E é autoadesivo. Os depoimentos que os clientes postam no site são a prova. A empresa tem apenas três anos, e além do diretor fundador, são mais 4 funcionários atendendo os pedidos de todo o Brasil a partir da cidade de Franca, interior de São Paulo. Os materiais são importados. Pouca coisa é encontrada no Brasil. As máquinas são nacionais. Mas a ideia é tão prática e útil para ajudar a organizar os pertences, que “temos parceiros que são berçários maternais que fazem a divulgação do nosso produto na própria, e os pais adoram”, conta o empresário Cláudio Roberto Martins. “Nosso principal diferencial é a durabilidade. A ideia surgiu quando sua prima voltou de uma viagem à Austrália

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com as etiquetas em mãos, e o material das filhas todo etiquetado. Não tinha no Brasil. “Foi onde eu busquei esse mercado. Desvendei tudo. Os materiais, a matéria prima, os equipamentos para produzir.” E o negócio aconteceu assim que o site entrou no ar, com a ajuda do Google. O cliente escolhe o quite, personaliza o seu layout no próprio site (forma, cores, fonte), digita o texto com a fonte desejada, escolhe o desenho. Depois de montado, envia o pedido e recebe do jeito que fez. São dois materiais à disposição: etiquetas autoadesivas para materiais diversos como plástico, vidro, fórmica, couro; e as etiquetas termocolantes para aplicar em tecidos com o ferro de passar. Assim fica muito mais fácil achar o dono daquela blusa esquecida na cadeira.


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