Eu posso mudar o mundo

Eu posso construir um mundo melhor

Formação para a Cidadania Biblioteca Escolar

5.º D – 5.º K

Escola Básica Frei João de Vila do Conde Ano letivo 2015/2016

1

No âmbito do programa de Formação para a Cidadania e da temática Os conflitos e a violência, os alunos das turmas D e K do 5.º ano, sob orientação das Diretoras de Turma Isabel Lemos (5.ºD) e Lídia Costa (5.ºK) e da Biblioteca Escolar, foram convidados a refletir sobre situações de violência ou de sofrimento que gostariam de ver resolvidas na sua escola, na sua rua, no seu país ou no mundo e sobre qual poderia ser o seu contributo para agilizar esta mudança.

Após o visionamento do pequeno filme de animação Daisy Chain, numa adaptação da obra infantil com o mesmo nome, da autoria do australiano Galvin Scott Davis, e seguindo um guião fornecido, os alunos identificaram e ilustraram as situações referidas e criaram, na terceira pessoa, pequenas narrativas ilustrativas das situações problemáticas identificadas.

A atividade de escrita constituiu uma adaptação de uma das propostas de Ana Mafalda Damião na sua obra Escrita Curativa, das Edições Mahatma.

Neste ebook se reúne o resultado do trabalho dos alunos, pequenos e simples textos reveladores das suas preocupações e anseios.

As Diretoras de Turma Isabel Lemos (5.ºD) e Lídia Costa (5.ºK) A Biblioteca Escolar

2

Bullying Era uma vez uma menina que todos os dias, na escola,

era

perseguida

por

um

grupo

de

meninas más, que a gozavam e lhe chamavam nomes feios. Com tudo isso, ela passava os dias inteiros a chorar e a pensar que talvez deveria mudar de escola. Passado algum tempo, elas apareceram e a menina ganhou coragem para as confrontar.

Explicou que sofria muito por causa delas e que até tinha pensado em mudar de escola. Disse-lhes, ainda, que poderiam até a vir a ser amigas. Depois de as raparigas perceberem o sofrimento que lhe causavam, resolveram aceitar o seu pedido de amizade.

A partir daquele dia, passaram a ser todas amigas.

A conversar é que todos se entendem!

Jéssica Marques - 5.º K

3

A pobreza

Era uma vez um senhor que jogava regularmente no EUROMILHÕES e que, uma vez, ganhou, mas não fez como muitos, que guardavam o dinheiro só para eles. Deu todo o dinheiro que ganhou às Instituições que acolhem pessoas pobres.

Essas mesmas pessoas fizeram-lhe uma grande homenagem que até saiu nos jornais locais.

Alexandre Dias – 5.º K

4

O homem velho Era já tarde, um homem saiu do seu prédio e foi à padaria buscar pão.

Este vivia só e quase não conseguia andar. No momento em que fazia o seu pedido, sentiu-se mal e a dona da padaria chamou a ambulância.

Estava já a escurecer, quando a ambulância chegou e o homem fui levado para o hospital. A dona da padaria tranquilizou-o, dizendo-lhe que, até ele regressar a casa, cuidaria de tudo.

Ângelo Santos - 5.º K

5

A Maria da minha turma Na escola, os rapazes começaram a

chamar

muitos

nomes feios e a atirar pedras à Maria da minha turma.

Continuaram a fazê-lo

durante

muitos dias, e a Maria, que sofria, não aguentou mais. Até que um senhor apareceu na escola, informando que estava ali para prestar apoio a todas as crianças e que não tivessem medo, pois esses meninos que as faziam sofrer iriam ser castigados. Assim, a partir daquele momento, a Maria da minha turma e outras Marias sentiram-se mais felizes e protegidas.

Bruna Gavina - 5.º K

6

A terra da “fumaça”

Um

dia,

um

menino e uma menina andavam porque

a havia

chorar, muita

“fumaça” no ar e eles não conseguiam ver o Sol e serem felizes.

Pegaram numa bola demolidora

e

demoliram a fábrica que fazia os cigarros, mas à noite, para não magoar ninguém! Dias mais tarde, já podiam olhar para o Sol, cheios de lágrimas de comoção, e, com o calor a tocar-lhes, sentiam-se orgulhosos por tal ação.

Viveram

felizes

para sempre e nunca mais houve fumo de tabaco no seu país.

Carlos Pereira – 5.º K

7

Os atentados Um grupo de crianças assistiu, em França, aos atentados e todos ficaram muito

tristes

“terroristas”,

com pois

os viram

muitos dos seus amigos morrerem e ficarem feridos.

Perante tal gravidade, os meninos pensaram em fazer alguma coisa para parar com os atentados. Assim, em conjunto, eles acederam à Internet, criaram um blogue e lá postaram o vídeo dos amigos que morreram. Muitos o viram, até talvez os autores dos atentados, mas, na verdade, o terror não terminou.

Depois, os amigos descobriram uma página Web

da

autoria

de

jihadistas. Os meninos enviaram um email ao seu líder e sugeriram-lhe que se pusesse no lugar das

pessoas

morreram,

ou

que seja,

enfrentaram-no. Este, envergonhado e reconhecendo o mal que tinha feito, parou com aqueles atos de terrorismo, pois o que fazia era matar e magoar crianças.

Eduardo Torres - 5.ºK 8

O momento da Silvana Num dia normal de escola, às 10:35h, a Silvana estava na aula de Educação Física

com

professor jogassem

a

turma.

sugeriu voleibol

O que

e

ela

perguntou aos colegas se queriam

jogar

com

ela.

Todos disseram que não.

Então, Silvana, posta de lado, enquanto via todos os colegas a jogar, teve uma ideia: jogar sozinha.

Todos os colegas olharam para ela e repararam que jogava muito bem.

A partir daí, Silvana nunca mais fez equipa consigo própria.

Joana Maia - 5.º K

9

Rosário e a diferença Rosário

era

uma

menina

que

não

conhecia

os

pais e, por isso, era considerada diferente.

Era,

frequentemente, humilhada

e

não

gostava nada dessa sensação.

Não

falava com ninguém. Chegou um dia em que a mãe adotiva lhe perguntou se estava bem. Ela disse-lhe tudo o que acontecia em relação a ser considerada diferente, ou seja, abriu-se com ela, o que lhe soube muito bem e, a partir daí, começou a falar com mais pessoas

e

até

descobriu que, às vezes,

é

preciso

desabafar

com

alguém para nos sentirmos melhor.

Joana Neves - 5.º K

10

O bullying Na Escola da Lapa havia um menino que chamava nomes a outro colega da sua turma, o João.

Um certo dia, o João contou aos pais o que lhe andavam a fazer, mas estes não deram grande importância e pensaram: “Brincadeiras de criança!”.

Mas não era verdade, ele era mesmo ameaçado.

Então, na escola, o João ficou admirado quando lhe apareceu a imagem do seu tio Américo no céu que gritou “João, precisas

de

ajuda?”. O menino que

o

insultava

ficou assustado e nunca

mais

se

meteu com ele.

João Paulo Pereira - 5.º K

11

Refugiados Um dia, a Leonor estava a ver a televisão, quando deu uma notícia bombástica: “Refugiados

da

Síria chegam a Vila do Conde”.

Assim, ela foi logo ter com a sua mãe e ambas pensaram numa solução para os acolher, até que chegaram a uma ideia. Arranjar dinheiro para um hotel que acolhesse refugiados.

No fim de algumas semanas, realizaram um sorteio que permitiu a distribuição de senhas que davam casas

a

estas

pessoas. Ao fim de alguns

meses,

conseguiram dar casa a todos os refugiados que havia em Vila do Conde.

Lucas Cruz – 5.º K 12

Leonor Era uma vez uma pequena menina que se chamava Leonor.

Ela

tinha

cabelos

castanhos ondulados, olhos escuros e era muito moreninha. Mas ela era gozada por amigos, chamavam-lhe “preta”, o que a deixava muito triste.

Passados alguns dias, fez uma amiga que se chamava Nina.

Elas passaram a andar juntas e Nina animava Leonor, mas os outros continuavam a chamar-lhe nomes.

Nina, sem ninguém saber, decidiu pedir à professora que falasse com esses rapazes.

Eles

perceberam

que

estavam

errados,

depois, foram pedir desculpas à Leonor e, no final, ficaram todos amigos.

Maria Júlia Silva -5.º K

13

Sara e a altura

Era uma vez uma menina chamada Sara. Ela era baixa e, por isso, gozavam com ela.

Ela

queria

mudar

essa

situação, então, para pensar melhor, foi dar um passeio.

Sara,

quando

estava

a

andar, viu um prédio a arder. Os bombeiros estavam a tentar entrar, mas o único sítio que havia para eles entrarem era demasiado pequeno.

Assim, ela ofereceu-se para ajudar e essa “missão” teve sucesso.

A partir daí nunca mais gozaram com ela.

Marta Laranjeira Reis - 5.ºK

14

O medo de Rita Um dia, a caminho da escola, a Rita ficou à espera de que os seus amigos chegassem, para poder

estar

acompanhada.

Mas,

enquanto não vinham, alguém lhe bateu e ela começou a chorar.

A Rita começou a correr e nesse preciso momento apareceram os amigos.

Estes estavam muito preocupados, pois a amiga continuava a chorar. Os amigos da Rita sugeriram-lhe que fosse falar com o senhor Pedro, em quem todos confiavam, e garantiram-lhe que ele iria ajudar a resolver o problema. Ao falarem com o senhor Pedro, a Rita disse que queria fazer uma participação, mas que tinha medo.

Este simpático Assistente Operacional da escola ajudou-a com a participação

e,

só

depois, é que foram falar com o rapaz que lhe batera, dizendolhe que a Rita fez uma participação dele. Ele pediu-lhe desculpa e não lhe voltou a fazer mal.

Marta Reis - 5.º K 15

A pobreza Era uma vez um senhor

chamado

João. Ele tinha uma cara muito bonita, mas

andava

sempre mal vestido e dormia na rua.

Infelizmente

era

pobre!

João andava sempre a cheirar mal e era gozado.

Uma altura, uma senhora sentiu pena dele e ajudou-o a resolver as suas dificuldades: deu-lhe roupa e comida. O mendigo deixou de ser gozado, deixou de cheirar mal, deixou de andar mal vestido e todos o respeitavam.

A senhora que o ajudou ficou orgulhosa, porque o João auxiliava-a no transporte das compras, nas tarefas domésticas e nele encontrou um novo amigo.

Foi

nesta

fase da sua vida que João ficou a ser

um

respeitado acima

de

senhor e, tudo,

amado por todos.

Martim Paquete – 5.º K 16

Pedro Pedro

e

sua

família não faziam a separação de resíduos, nem os colocavam no Ecoponto reciclagem, simplesmente,

para atiravam, o

lixo

para o chão. Por causa deste mau hábito, a cidade onde ele vivia cheirava mal, mas tão mal, que todos, menos a família de Pedro, se foram embora. Pedro e sua família pensaram em como preservar a sua terra e construir um bom futuro. Para isso acontecer, começaram a fazer a reciclagem e a utilizar o Ecoponto.

A partir daí, todos regressaram

à

cidade.

Miguel Silva - 5.º K

17

O problema do Luís Era um dia de normal na vida do Luís, que era gozado por

todos

os

meninos na escola.

O rapaz tinha alguns

amigos,

muito bons, que o ajudavam em todos as suas dificuldades e problemas.

Um dia, o Luís fartou-se de ouvir chamarem-lhe nomes muito feios e pediu os colegas que com ele estavam para o ajudarem a bater nos que o insultavam, mas, depois, foi castigado por isso.

O

Luís

pensou

muito

chegou

e à

conclusão de que bater

não

era

melhor opção.

Decidiu ignorar aqueles que lhe faziam mal e o problema

ficou

resolvido.

Rodrigo Ribeiro - 5.º K

18

A amizade Era uma vez um menino

chamado

Alásio, que gostava muito

de

jogar

futebol. Mas, um dia, cinco grandes

chegaram meninos que

rebentaram a sua bola e ele começou a chorar.

Os rapazes, quando o viram a chorar, ficaram arrependidos e ofereceram-lhe uma bola nova.

Moral

desta

história: não faças aquilo

que

queres

que

não te

façam a ti!

Paulo Nogueira - 5ºK

19

Vanessa

Era

uma

menina

vez

uma

chamada

Vanessa que tinha 10 anos. Muitos gozavam com

ela,

porque

a

achavam gorda e feia.

Um dia, a menina estava a passear na escola, sozinha, quando um rapaz disse: - Que gorda é esta rapariga!

Ao ouvir aquilo, Vanessa começou a chorar.

Passou por ela uma rapariga chamada Joana que lhe perguntou: - O que se passou?

- Chamaram-me gorda. - Respondeu a Vanessa.

- Não fiques triste. - Disse a Joana.

Nesse momento, Vanessa parou de chorar e, nos dias seguintes, passou a estar com a Joana.

Catarina Santos - 5.ºD

20

No hospital

A

melhor

amiga da Ana foi para

o

hospital

porque tinha tido um AVC.

Esta

ficou

muito triste com o estado da amiga.

No dia seguinte, foi ao hospital, lá os médicos disseram que a sua amiga precisava de um tratamento e de alterar a sua alimentação, pois ela não tinha uma dieta alimentar correta.

Passados alguns dias, teve alta e pode dizer-se que o AVC mudou a sua alimentação e a sua vida.

Maria Ferreira – 5.ºD

21

Uma menina muito pequenina Era uma vez uma menina chamada

Júlia

que

era

muito

pequenina. Tinha dez anos e apenas media um metro e doze centímetros.

Ela não tinha amigos e achava que tudo se devia à sua baixa estatura.

Um dia, foi falar com a mãe, na tentativa

de

esta

impedir

que

gozassem com ela e de arranjar amigos. A mãe foi falar com a Diretora de Turma para falar com os alunos que a gozavam, mas não resultou. A Júlia foi para casa a chorar e trancou-se no quarto. A sua mãe, desesperada, foi falar com as mães dos seus colegas para estas lhes darem uma lição. No dia seguinte, Júlia entrou na escola cabisbaixa e de lágrimas nos olhos e os colegas logo lhe perguntaram o que acontecera.

- Estou farta de ser pequenina, quero ser normal e ter amigos.

De repente, a menina viu muita gente a aproximar-se dela e assustou-se, foi a correr para a casa de banho e ficou lá muito tempo.

Quando chegou à aula de Matemática, a professora repreendeu-a por ter chegado atrasada.

No fim do dia, a mãe da Júlia estava a falar com as outras mães e os colegas aproximaram-se, dizendo:

22

- Júlia, nos estávamos a brincar contigo, pensávamos que alinharias na brincadeira. A partir de agora, vamos ser todos amigos para sempre. Não chores mais.

A menina muito pequenina sorriu e foi para casa muito feliz.

Sara Costa - 5.º D

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